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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

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FICHAMENTOS
Alunos: EDUARDO BEZERRA DE SOUZA,

TÍTULO DO ARTIGO: ARTE CONTEMPORÂNEA: O NOVO QUE ASSUSTA


AUTORES: LUCIA DO CÉU CARDOSO AGOSTINETTI E JARDEL DIAS CAVALCANTI
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2008 PÁIS/ESTADO DA COLETA DE DADOS:
PARANÁ/LONDRINA
PROFISSIOANAIS ENVOLVIDOS: Professores e alunos do 3ª ano do Ensino Médio de uma
escola.
OBJETIVOS DO ESTUDO: O objetivo do artigo foi refletir e buscar alternativas para as práticas
pedagógicas, procurando desmistificar a arte contemporânea e levá-la ao aluno a fim de que este
possa interpretá-la de tal modo que passe a fazer sentido em sua vida.
USO DE INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS ( ) SIM ( x ) NÃO QUAIS
INSTRUMENTOS?
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: O presente artigo apresenta um estudo sobre a arte
contemporânea e um estudo realizado com alunos do 3ª ano do Ensino Médio. As etapas da
pesquisa foram divididas em: 1- Estudo sobre O Ensino da Arte e a Arte contemporânea no
Brasil onde foram consultadas fontes bibliográficas como Buoro, Parsons e Barbosa. Demonstra-
se a dificuldade de muitos professores em abordar a Arte contemporânea, visto que antes de 1950
o Brasil tinha uma arte moderna com critérios bem definidos quanto à sua análise. Até este período
o olhar dos professores permaneceu fundamentado nos critérios da arte moderna limitando-se à
compreensão de qualidades estéticas, que dependiam de ações da percepção. O ensino da arte
dentro de uma concepção contemporânea começou a ser construída no início da década de 60, a
partir da reflexão de estudiosos americanos, canadenses e europeus. No Brasil essa proposta foi
divulgada com a publicação dos PCNS- Parâmetros Curriculares Nacionais. Como características
do ensino de arte contemporânea são apontadas: a perspectiva cultural, a valorização da bagagem
do aluno, a criatividade, a ênfase na leitura critica, o despertar nos educandos a vontade de
apreender, interpretar, elucidar, e aperfeiçoar-se. Em seguida apresenta-se uma diferenciação da
arte moderna e da arte contemporânea no item Moderno ou Contemporâneo? São consultadas
fontes bibliográficas como Cauquelim, Brito, Canongia, Archer, Bandeira entre outros. É tecida uma
reflexão sobre o moderno e o contemporâneo. Apresenta-se uma linha do tempo apontando as
principais obras da arte contemporânea: Anita Malfatti e Lasar Segall, passando por Marcel
Duchamp, considerado por muitos como o pai da arte contemporânea. Posteriormente os autores
apresentam as pesquisa das principais fontes bibliográficas procurando relatar de forma simples o
surgimento da arte contemporânea e seu desenvolvimento no Brasil, com o título Arte
Contemporânea Brasileira, faz-se um pequeno relato sobre a primeira Bienal do Brasil e o
surgimento do Grupo Ruptura em São Paulo e o Grupo Frente no Rio de Janeiro. Em seguida
apresenta-se a Exposição de Arte Neoconcreta, com os estilos do Concretismo e do
Neoconcretismo seguida da apresentação e influências de artistas como: Lygia Clark e Helio
Oiticica. Após, no item Ser professor de Arte Contemporânea discorre-se um estudo sobre a
preocupação com a postura do professor de arte em sala de aula consultando fontes de Chiovatto.
São elencadas algumas características requeridas ao professor de arte: domínio de conteúdo,
planejamento, organização para elaborar discussões que despertem o interesse e novas
descobertas pelos alunos ajudando-os em seus processos de significação, destaca-se o papel
mediador do professor nos sentido de saber articular conteúdos, mundo, vida, experiências (suas e
dos alunos) num todo significante, considerando as necessidades, respostas, explorando e
aprofundando cada descoberta interligando-os numa construção coletiva. O professor deve
favorecer a recriação do objeto estudado, avançando em questionamentos estéticos, juízos de
valor, sistemas e critérios críticos de arte. No último tópico os autores apresentam um relato de
experiência da aplicação do material pedagógico elaborado. Trata-se de um Programa de
Desenvolvimento Educacional PDE, realizado em turmas do 3º anos do Ensino Médio que foram
convidados a pensarem sobre o que era arte para eles, devendo ilustrar com uma imagem aquilo
que refletisse o seu pensamento. Dentre as respostas surgiram: expressão de sentimentos, belo,

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conceito de beleza, conhecimento, cultura, expressão, criatividade, talento, curtição. Na conclusão


os autores demonstram que o ensino da arte e de qualquer outra disciplina só tem importância se
tiver como objetivo a transformação, que pode ser intelectual, moral, espiritual, cultural. E papel da
arte estabelece a curiosidade, a criatividade e despertar o senso critico do aluno cabendo ao
professor desvincular o “eu não entendo” do “eu não gosto”, encontrando seus significados.
AMOSTRA
CARACTERÍSTICA E CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
RESULTADOS: Percebeu-se que os alunos já possuíam "critérios enraizados" - como a beleza, a
simetria, a harmonia - ou baseavam-se em questões formais colocadas pela arte moderna. Deste
modo, justificou-se um trabalho com a arte contemporânea a fim de desmistificar a ideia de que a
arte só tem valor se tiver um ideal de beleza baseado nas artes de estilo clássico. Foram
externadas as mudanças ocorridas no conceito de arte e sua relação de oposição as ideias do
Cristianismo com autores como Marx, Nietzsche, Freud e Darwin. Foram abordadas obras de
artistas como Cildo Meirele, Arthur Barrio, Nuno Ramos e Leda Catunda e Vik Muniz.
CONCLUSÕES: Os autores demonstram que o ensino da arte e de qualquer outra disciplina só tem
importância se tiver como objetivo a transformação, que pode ser intelectual, moral, espiritual,
cultural. E papel da arte estabelece a curiosidade, a criatividade e despertar o senso critico do
aluno cabendo ao professor desvincular o “eu não entendo” do “eu não gosto”, encontrando seus
significados.

Alunos: EDUARDO BEZERRA DE SOUZA,

TÍTULO DO ARTIGO: TECENDO UMA REDE DE RELAÇÕES INTERCULTURALIDADE E O ENSINO DAS ARTES VISUAIS
AUTORES: Marília Diaz
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2008 PÁIS/ESTADO DA COLETA DE DADOS:
PROFISSIOANAIS ENVOLVIDOS:
OBJETIVOS DO ESTUDO:
USO DE INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS ( ) SIM ( x ) NÃO QUAIS INSTRUMENTOS?

Neste artigo a autora busca realizar uma aproximação do conceito de arte, cultura, multiculturalismo
interculturalidade, currículo e sustentabilidade. Primeiramente aponta-se que a arte é uma área do
conhecimento humano e como tal passível de ser ensinada e aprendida, pois tem conteúdo. A arte
é expressão, linguagem, cultura, criação e é trabalho. Ela promove o desenvolvimento de
competências, habilidades e conhecimentos necessários a diversas áreas de estudo; entretanto,
não é isso que justifica sua inserção no currículo escolar, mas seu valor intrínseco como construção
humana, como patrimônio comum a ser apropriado por todos. Nas ultimas décadas o ensino da arte
incorporou os termos alfabetização visual e leitura de mundo. Esses termos pressupõe o
entendimento de mundo como aquele construído, dos aspectos culturais, históricos, do tempo
vivido e de como tudo isso se incorpora à história pessoal, configurando assim um espectro imenso
de possibilidades, ampliando-se o entendimento de leitura para todo o mundo imagético, sonoro,
olfativo, gustativo, táctil. Segundo Hernandez (2000) o campo da cultura visual proporciona uma
compreensão crítica das relações de poder e revelam as referências que constroem experiências
de subjetividade, de identidade e de valores. Deste modo, os educadores devem estar
especialmente atentos aos objetos da cultura do grupo com o qual trabalham, pois as imagens que
estão nas capas dos cadernos e pastas dos educandos, as revistas que leem os programas de
televisão a que assistem seus grupos musicais e jogos preferidos, suas roupas e seus ícones
populares revelam suas identidades e subjetividades. Esses objetos configuram-se como
instrumentos que potencializam um sistema hierarquizado de poderes e privilégios e sinalizam para
a hegemonia de determinada cultura. Tais poderes não são determinados somente pelas relações
econômicas e materiais, ligados ao capital social, mas por relações culturais e simbólicas que
envolvem os indivíduos de maneira geral e explica o conjunto de recursos relacionados à cultura
dominante ou considerada legítima, o que remete à priorização de uma cultura em detrimento de
outra. Neste contexto, a autora nos aponta o sentido da palavra cultura: cujo conceito não é passivo
e requer entendimentos diversos sobre o ser humano, seu contexto e o tempo histórico, enfim se

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constitui em um território móvel. A cultura é considerada como o conjunto dos traços distintivos
espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e
que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de viver juntos, os
sistemas de valores, as tradições e as crenças, a cultura é viva e está em constante movimento no
bojo do patrimônio cultural. Em face das infindáveis possibilidades do conceito de cultura e inclusive
as elencadas na Constituição Federal cabem aos professores e a equipe pedagógica da escola
oportunizar processos educativos em que o aluno viva intensamente os bens de natureza material e
imaterial, a fim de criar pertença, construir valores e ampliar o seu campo de referências tornando a
sua bagagem cultural muito mais abrangente. Além do termo cultura, apresenta-se a ideia e o
conceito de Multiculturalismo, mostrando que na Inglaterra, Raquel Mason foi a primeira educadora
a sistematizar esses entendimentos com a intenção de compreender os preceitos e o manejo das
diferenças nas sociedades, desenvolver uma visão crítica e antiracista, bem como abarcar a
pluralidade de diferentes culturas, religiões, etnias e as relações de gênero. O termo
multiculturalismo pressupõe o diálogo e a valorização entre as diferentes culturas, deste modo a
escola deveria oportunizar espaço para a comunicação e promoção de discussão em campo
neutro, em uma atmosfera real e aberta com um professor que fosse capaz de trabalhar conflitos,
mediar situações e que fosse apto para lidar com o progresso, com o crescimento de cada aluno,
acreditando sobremaneira no desenvolvimento humano. No ensino de arte, espera-se que o
professor faça uso de um referencial imagético ampliado com emprego de imagens tanto do país de
origem quanto de outras culturas, fora do eixo da eurocultura, tais como tribos e etnias distantes,
bem como a arte das minorias. Pretende-se contextualizar as obras de arte geograficamente,
antropologicamente e em seu tempo histórico com o intuito de favorecer a produção e a reflexão.
Assim, espera-se que em sua prática o educador empregue o cruzamento de diversos códigos da
produção artística em sintonia com o contexto em que foram idealizados e produzidos. Em seguida
a autora apresenta o conceito de pluralidade, visto a partir da perspectiva da Declaração Universal
da UNESCO e dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que contempla a Pluralidade Cultural,
entendida como multiplicidade, heterogeneidade, variedade. Ambos os documentos retomam a
ideia de valorização da heterogeneidade, das diferenças para além de uma simples tolerância.
Busca-se reconhecer o outro, aceitar, acolher, compreender e aprender com ele. Enfatizam a
importância de aprender, garantir a equidade ou igualdade de oportunidades e socializar os direitos
humanos, levando a compreensão de que as pessoas não são desfavorecidas, mas as situações a
elas impostas é que não são igualitárias. Após apresentação dos conceitos de cultura e
multiculturalismo a autora propõe uma articulação com o termo interculturalidade estabelecendo
pontes com arte, cultura, moda, vestuário e muitos outros saberes de distintos continentes e povos.
São apontadas exemplos de conteúdos que o professor pode trabalhar nas aulas de artes,
sugerindo a interculturalidade. Cita-se como exemplos: o filme Patchwork em que a protagonista,
uma noiva norte-americana, participa da feitura de uma colcha, na técnica de trabalho com retalhos
de tecido junto com suas parentas. A partir do filme é possível estabelecer pontes com os fazeres
especiais das próprias parentas dos alunos no levantamento dos familiares que trabalham com
ofícios assemelhados – costureiras, alfaiates, artesãos ou até pescadores –, visto que também
utilizam instrumentos parecidos como as agulhas para consertar redes. Novos encadeamentos
podem desdobrar-se com a demonstração de obras de Leonilson, Lígia Clark, Leda Catunda,
Ernesto Neto, os irmãos Campana que são designers e o artista textil Meiji Uchida de Kyôto.
Também é apresentada como exemplo a empresa Catarinense Fibrasca, que reutiliza garrafas PET
– polietileno tereftalato – na produção de linha para costura de calçados, produção de cordas e
fibras, bem como enchimentos de travesseiros, pode se propor aos alunos uma reflexão sobre a
origem, destino, produção e acabamento de todos esses materiais considerando seus países de
origem, produção, etc. Segue-se com exemplos de Frida Kahlo e da boneca Barbie. Todos esses
exemplos podem se constituir em momentos para discutir cultura, o papel da mulher, questões de
gênero ou outro tema afim. Contudo, é preciso que o educador considere os conceitos de currículo
e o de sustentabilidade.

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CONCLUSÕES: Os conteúdos e as estratégias metodológicas usadas em sala de aula precisam


valorizar a variedade de formas culturais e os processos identitários, a pluralidade cultural como um
fator de força e criatividade para caminhar na perspectiva intercultural. No que tange a
sustentabilidade o educador precisa estar em sintonia com o novo paradigma de vida sobre o
planeta e viver com ética e adequação às necessidades da contemporaneidade em nosso
microcosmos. Nesse enfoque uma das questões de destaque é o uso dos materiais menos
poluentes e a reutilização do maior número possível de materiais para a produção plástica.

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TÍTULO: VISUALIDADES X IDENTIDADES: APRENDER A VER PARA SER, ESTAR E CONVIVER NO


MUNDO
COM ALTERIDADE.
AUTORES: JAILDON JORGE AMORIM GÓES
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2016 PÁIS/ESTADO DA COLETA DE DADOS: BAHIA/SALVADOR
PROFISSIOANAIS ENVOLVIDOS:
OBJETIVOS DO ESTUDO:
USO DE INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS ( ) SIM ( ) NÃO QUAIS INSTRUMENTOS?
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Trata-se de uma dissertação de mestrado apresentado á
Universidade Federal da Bahia no ano de 2016 sob o título: VISUALIDADES X IDENTIDADES:
APRENDER A VER PARA SER, ESTAR E CONVIVER NO MUNDO COM ALTERIDADE.
(PROPOSTA ARTE/EDUCATIVA EM ARTES VISUAIS). A pesquisa foi idealizada e desenvolvida
durante o período escolar do ano de 2015, de forma colaborativa com os educandos do 9ª ano do
Colégio Estadual Tereza Helena Mata Pires e se justifica para orientar os educandos na dificuldade
de compreender a importância e o significado/sentido das imagens em seu cotidiano, para que eles
percebam os tendenciosos mecanismos de manipulação visual que interferem e influenciam na
formação das suas subjetividades/identidades. A problemática levantada pelo autor parte da
necessidade de um olhar ampliado sobre o percurso arte/educativo e uma reflexão sobre a
Abordagem Triangular e também sobre os Territórios de Arte e Cultura e a Cultura Visual,
procurando uma síntese entre essas três bases conceituais. O autor inferiu que os educandos
mesmo vivenciando um constante contato com imagens e sendo sujeitos de uma sociedade
contemporânea multimagética, inter e pluri/multiculturalista, é possível identificar a dificuldade que
eles têm em refletirem sobre a importância, o significado e sentido das representações imagéticas
na formação das suas subjetividades. Com isso, percebe-se no comportamento dos educandos um
processo que denominou de invisibilidade do visível, ou seja, eles enxergam as imagens, mas,
ainda não desenvolveram um olhar atencioso que lhes possibilite uma aprendizagem do saber ver.
Deste modo o objetivo do trabalho centrou-se nas possibilidades de repensar e de propor
processos metodológicos arte educativos em Artes Visuais, através da análise das imagens
provenientes da Cultura Visual e da Arte Contemporânea para discutir a temática das visualidades
inter-relacionadas as das identidades. O texto está estruturado em seis partes: No primeiro
tópico, o autor elabora uma apresentação dos pressupostos que o sustentam. Apoia-se em textos
de Barbosa (2010), Martins, Picosque e Guerra (1998), Costa (2013), Romanelli (2010), Arnheim
(2013), Santaella (2012) tecendo importantes considerações sobre o papel da arte e sua influência
na formação identitária dos educandos. Apresenta o entendimento em relação à disciplina Artes
Visuais, tendo a imagem como objeto de estudo e a importância da Alfabetização Visual para os
educandos aprenderem a ver de forma multifacetada. Para o autor a Arte compreende uma área de
conhecimento próprio, que carrega a história da construção sociocultural da humanidade, assim
ela se relaciona com a identidade cultural, a formação da cidadania e colabora com as
possibilidades de reflexão, crítica e transformação da sociedade. A importância do ensino e
aprendizagem das Artes Visuais evidencia a necessidade dos estudos sobre o poder das imagens
para compreensão da realidade o que implica dizer que as imagens produzidas pela Cultura Visual,
são as que mais povoam o cotidiano dos educandos, e estes não se dão conta do poder construtivo
e/ou destrutivo que elas exercem também na construção das suas identidades e na percepção das
diferenças é neste sentido que deve-se desenvolver o processo da visualidade dos educandos,

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enquanto expressão pessoal, cultural e campo de conhecimento. De acordo com o autor é


necessário desenvolver o que Santaella (2012) chama de Alfabetização visual. Um caminho seria
investir e incentivar o contato com a Arte (em especial, as Visuais) na escola e no cotidiano dos
educandos para que estes avancem nesses conhecimentos, porque é com a oportunidade de
conhecer os fundamentos desta linguagem visual que os educandos vivenciarão experiências para
que superem a pouca fluência dos códigos artísticos visuais.
O autor busca refletir sobre os processos de visualidades correlacionados às temáticas da
identificação, diferenciação, subjetividade, identidade, diferença e alteridade no cotidiano e na
escola. Parte do pressuposto que este tema já está incluso no tópico Temas Transversais dos PCNs
(Parâmetros Curriculares Nacionais) do Volume de Pluralidade Cultural (1998), em seguida
apresenta o conceito de identidade que é o conjunto de características próprias de um indivíduo ou
de uma comunidade, quer em sua semelhança ou em sua diversidade. Pontua que a nossa
identidade é construída a partir de diversos fatores que influenciam a nossa forma de ser, estar e
conviver no mundo com ou sem alteridade, sendo que a compreensão da formação das identidades
torna-se importante no processo arte/educativo em Artes Visuais, porque são nestas experiências
artísticas e estéticas, que o sistema de significações e representações simbólicas consegue operar
no jogo das diferenças e nas relações de poder. Assim como as identidades e as diferenças estão
relacionadas a mecanismos de poder, as imagens também estão imbrincadas nesta questão. Torna-
se importante salientar que toda imagem que também é um texto, só que visual, carrega um mundo
metafórico que contém uma série de significados e de sentidos a serem compreendidos
passivamente e ou proativamente. Logo, as Artes Visuais que têm a imagem como forma de
representação da realidade, consequentemente nos obriga à preocupação com o estudo das
representações simbólicas que chegam até aos nossos educandos, já que estas promovem
situações de identificação e de diferenciação consciente e ou inconsciente em seus
comportamentos. Desde modo é tarefa das Artes visuais levar o aluno a questionar as
representações imagéticas, em seu processo de formação identitária, criticar os padrões de
normatividade e de estranhamento das imagens que formam a subjetividade de cada um levando-
os também a questionar os significados e os significantes que sustentam as formas dominantes de
representação. O autor busca fundamentar e refletir sobre o processo de construção da
metodologia arte/educativa em Artes Visuais, através das bases conceituais da Abordagem
Triangular, dos Territórios de Arte e Cultura e da Cultura Visual. A escolha deste referencial teórico
para a metodologia usada teve como objetivo desenvolver a inteligência/sensibilidade e incentivar a
autonomia artística visual dos educandos, possibilitando aos envolvidos com o Ensino de Arte,
situações de escolhas em relação à organização do próprio percurso criativo, baseado na pesquisa
dos fundamentos artísticos e estéticos visuais, concernentes aos modos de cada um, aprender a
ver o seu contexto pessoal e sociocultural de forma ampliada. O autor justifica sua metodologia a
parti de duas questões: a primeira seria a dificuldade dos educandos em produzir, ler e
contextualizar as imagens vistas no cotidiano e a segunda seria a privação e a limitação do
repertório artístico e cultural dos educandos, que se davam pela não apropriação dos
conhecimentos artísticos básicos e sistematizados da linguagem visual. Sendo assim, a Abordagem
Triangular, considerada como maior referência metodológica para os arte/educadores na atualidade
procurou englobar vários pontos de esino/aprendizagem ao mesmo tempo: leitura da imagem,
objeto ou campo de sentido da arte (análise, interpretação e julgamento), contextualização e prática
artística (o fazer). Para o autor os educandos deveriam apropriar-se dos conhecimentos da
diversidade/multiplicidade cultural, sendo assim, a linha de raciocínio de Pougy coadunou com esse
pensamento. Além disso, a Abordagem Triangular esclarece que o termo Pluri/Multicultural
pressupõe a coexistência e o mútuo entendimento entre as diferentes culturas na mesma
sociedade e o termo Intercultural significa a interação entre as diferentes culturas. Para Barbosa o
processo de ensino e aprendizagem em Artes Visuais, passa a ter a imagem como centro de
estudo, assegurando aos arte/educadores e aos educandos o inter-relacionar das ações destas
experiências no fazer criativo, na leitura e interpretação e no contextualizar as obras de arte. Os
Territórios de Arte e Cultura, segundo Ferrari (2014), proposta por Mirian Celeste Martins e Gisa
Picosque apresenta a ideia de currículos-mapa e pensamento rizomático6 em que arte/educadores

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e educandos realizam percursos educativos no ensino, aprendizagem e em Arte fazendo conexões,


relacionando ideias, ampliando saberes e transitando por territórios e conceitos a respeito do
arte/educador propositor, da mediação cultural, das linguagens artísticas, da forma e conteúdo, das
materialidades, do patrimônio cultural, dos saberes estéticos e culturais, das conexões
transdisciplinares e dos processos de criação. A Cultura Visual, proposta por Hernández (2000) é
um movimento cultural que se refere a uma diversidade de práticas, reflexões e interpretações na
maneira de ver e visualizar as representações culturais. Como processo metodológico em torno das
produções visuais, é considerado interdisciplinar, por agregar conhecimentos das áreas de Arte,
arquitetura, design publicidade, história, cultura, psicologia, antropologia. Defende uma abordagem
de Arte, que considere e a cultura como mediadora de significados culturais, na qual o sentido pode
ser interpretado e construído através da observação das imagens que os educandos veem (intra)
subjetivamente e constroem sobre eles mesmos e sobre os temas relevantes da realidade do
mundo. Em seguida o autor apresenta em forma esquemática o percurso metodológico adotado:
Escolha pela Abordagem Triangular do Ensino das Artes: Compreender, apreciar e produzir. Estes
foram, basicamente, os objetivos que se esperavam atingir com os alunos. De acordo com o plano
e a proposta pedagógica adotada estes foram os três vértices que orientaram o trabalho do
professor. Entendemos que estes três vértices são as bases dos conteúdos procedimentais (o
saber fazer) que incluem a observação, a experimentação e a representação, que, por sua vez,
derivam dos conteúdos conceituais (o saber) que tratam dos conhecimentos em Arte. Somam-se a
essas vértices: investigação, provocação, apreciação, experimentação estética, mediação e
movimentação cultural, ócio criativo, mapeamento cultural, sensibilização, visualização mediativa e
avaliação. No item último item o autor apresenta os resultados e as discussões das experiências
artísticas e estéticas vivenciadas pelo arte/educador e educandos e por fim, apresenta as
observações finais, analisando criticamente a eficiência proposta pedagógica.
RESULTADOS: Os resultados mostraram que a proposta metodológica foi eficiente e satisfatória para
o desenvolvimento da inteligência visual e das potencialidades artísticas, estéticas, criativas e
poéticas dos educandos. A metodologia pensada mostrou-se eficiente, por ter permitido
uma prática educativa colaborativa e aberta aos interesses da construção individual e coletiva
dos conhecimentos em Artes Visuais que oportunizou a compressão do significado/sentido das
imagens em nossa cotidianidade e do poder de influencia que elas exercem na nossa existência
tanto pessoal, quanto sociocultural, nos níveis local e global. A pesquisa emergiu a necessidade de
abrir um leque de propostas metodológicas pós-modernas que permitam compreender que o
arte/educador deve ter clareza e domínio da sua área de atuação. Além da compreensão de que os
educandos só aprendem a alfabetizar o olhar quando eles se conscientizam da necessidade de
desenvolver a visualidade, a partir da apropriação e da reflexão sobre os elementos estruturantes
dessa área de linguagem, inseridos na diversidade/multiplicidade da cultura, através das
experiências artísticas e estéticas no cotidiano escolar.
CONCLUSÕES: O arte/educador da área, não deve improvisar nas aulas, mas deve conhecer os
princípios que norteiam as Artes Visuais, área de conhecimento cultural caracterizado pela mistura,
combinação e a integração com outras linguagens artísticas que são vistas na contemporaneidade
de forma híbrida.

Alunos: EDUARDO BEZERRA DE SOUZA,

TÍTULO DO ARTIGO:
AUTORES:
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2008 PÁIS/ESTADO DA COLETA DE DADOS: PARANÁ/LONDRINA
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OBJETIVOS DO ESTUDO:
USO DE INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS ( ) SIM ( x ) NÃO QUAIS INSTRUMENTOS?
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: AMOSTRA
CARACTERÍSTICA E CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
RESULTADOS:
CONCLUSÕES:

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