Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alice Sampaio
Eduardo Marçal Chaves
Isabella Salles
Letícia Garcia
Luana dos Santos Guimarães
Omar de Proença
Yasmin Andrade Lopes de Campos
ARARAQUARA
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………......03
PEDAGOGIA DO TEATRO……………………………………………………………….06
ABORDAGEM TRIANGULAR…………………………………………………………...07
CONCLUSÃO…………………………………………………………………………….
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como intuito discutir a relevância da arte como ferramenta
pedagógica para o desenvolvimento das diferentes habilidades pertinentes ao aprendizado,
abordando especificamente sua relação com o teatro e a música, evidenciando possibilidades
de construção de novas perspectivas e espaços de ensino, tendo em vista sua contribuição na
formação afetiva, física, psicológica, intelectual e social.
Para isso, será realizada uma análise do ensino de arte no Brasil, partindo da
implementação dos PCN ́s (Parâmetros Curriculares Nacionais) lançados na década de 90,
responsável por estabelecer as diretrizes elaboradas pelo Governo Federal que orientam a
educação no Brasil, documento que evidenciava a importância da linguagem teatral na
ensino, assim como na educação artística como um todo, assim como, da Lei n. 9.394/96, na
qual, o ensino da arte se torna obrigatória na educação básica.
Em 1948 quem iniciou a divulgação do movimento Educação pela Arte no Brasil foi
Augusto Rodrigues; depois de manter contato com Herbert Read sua obra discute a questão
da liberdade individual de criar. Augusto criou no Rio de Janeiro a escolinha de Arte do
Brasil. A Educação Através da Arte é, na verdade, um movimento educativo e cultural que
busca a constituição de um ser humano completo, total, dentro dos moldes do pensamento
idealista e democrático. Valorizando no ser humano os aspectos intelectuais, morais e
estéticos, procura despertar sua consciência individual, harmonizada ao grupo social ao qual
pertence. (FERRAZ E FUSARI, 2001, p.19).
Nos anos de 1970 é assinada a Lei nº. 5692/71 que traz modificações nos
ensinamentos de Arte; a Educação Artística foi inserida na grade curricular das instituições
escolares com vistas a melhorar o desenvolvimento dos alunos no que tange à expressão e à
produção artística.
Todo o processo de busca por melhorias no ensinamento de Arte foi apoiado por
movimentos importantes como o movimento Educação Através da Arte e o Arte Educação.
Com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) obteve-se uma
visão compreensiva da Arte nas escolas, começando desde a Educação Infantil e indo para os
demais níveis da Educação Básica. Com isto, nos meados da década de 90, a Arte se
consolidou nas escolas, não sendo mais reconhecida como Educação Artística, e sim como
disciplina que possui conteúdos próprios e que deixou de ser uma simples atividade para se
tornar parte da cultura e de maneira significativa.
3 PEDAGOGIA DO TEATRO
Os estilos musicais mais consumidos pelos jovens hoje em dia são sertanejo, pop, rap
e funk, sendo o rap e o funk os estilos mais hostilizados. Com isso o educador que decidir
trabalhar com a música na educação deve estar preparado para contextualizar a música com a
realidade cultural do aluno, valorizando as múltiplas realidades pois o educador lidar com
crianças de diversos contextos socioculturais. O aprendizado musical mesmo quando é feito
em um ambiente não escolar, também está promovendo aprendizado pois está possibilitando
o jovem de ter uma percepção do mundo mais autônoma, o que acaba refletindo na formação
pessoal do aluno também.
A música hoje em dia está em todos os lugares, o acesso a música é maior, com a
tecnologia o jovem tem a música na palma da mão o que facilita a sua relação com ela, o
educador hoje pode utilizar da música como sua aliada.
8 MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE ENSINO
Para autores como Arroyo (2002), Fialho (2003), Queiroz (2004, 2005), Santos
(2006) e Souza (2004), é importante considerar e valorizar as diferentes realidades e
contextos, assim como é necessário buscar meios para uma prática educativa que contemple
esses aspectos. Segundo Arroyo (2000) os educadores musicais “têm demonstrado
preocupação com a valorização do contexto social e cultural dos alunos, bem como da sua
experiência cotidiana.”, pois “como ser social, os alunos não são iguais [...]. E nós,
professores, não estamos diante de alunos iguais, mas de jovens ou crianças que são
singulares e heterogêneos socioculturalmente, e imersos na complexidade da vida humana
(SOUZA, 2004, p. 10). “(...) um ensino que desconsidere as diferenças intrínsecas a cada
realidade em particular, não pode ser concebido como consistente e significativo…” (p02)
“(...) os indivíduos enquanto seres sociais e diferenciados entre si, necessitam de
uma educação que contemple essa pluralidade sociocultural, e isso nos leva a
perceber a importância de aproximar o discurso sobre a valorização e respeito aos
múltiplos contextos e saberes musicais, da prática em sala de aula, tornando-a
ampla, significativa e efetiva.” (p02)
Não só os saberes musicais, mas todos os saberes que a criança e o jovem carrega em
sua bagagem educacional, social, psíquica e humana, ou seja, a experiência individual de
cada ser. Queiroz (2005a, p. 60) aponta que “o reconhecimento da diversidade nos [...] [faz]
perceber que não existe uma única música e/ou sistema musical, e que, portanto, não
podemos ter uma educação musical restritiva e unilateral”. Pode-se aqui fazer um paralelo
com a educação formal das escolas, pois é preciso entender que nesses espaços também não
se pode universalizar o ensino, como os currículos pedagógicos atuais fazem.
“A música ainda aparece como um objeto que pode ser tratado descontextualizado de
sua produção sociocultural. Nos discursos e nas práticas ainda temos dificuldades de incluir
todos aqueles ensinamentos das mais recentes pesquisas da área de musicologia,
etnomusicologia e mesmo da educação musical” (SOUZA, 2004, p. 8). Ou seja, ao apresentar
uma música em sala de aula, deve-se levar em conta o contexto em que a música foi feita, o
contexto que o autor da música vivia quando ela foi feita e se esse contexto é o mesmo em
que será utilizado o recurso musical.
A partir disso vemos como a educação musical, enquanto projeto social, é importante
para a formação humana e para apaziguar as desigualdades. Mas não será essa nossa função
enquanto educadores? É problemático que epistemologias e metodologias estejam sendo
desenvolvidas para sanar uma problemática que não deveria existir, uma vez que a educação
formal básica deveria suprir as demandas que estão sendo supridas através desses projetos
sociais. Sem fórmula mágica, cabe a nós estarmos sempre atentos às novas perspectivas que
podem nos ajudar a cumprir esta difícil missão que é educar a maioria da população
brasileira, que se encontra em situação precária, seja social, econômica, cultural, intelectual,
espiritual, política, etc. Não que o ensino da música não seja importante para a educação
formal, porém a música deve ser um auxiliar, um dos pilares da educação, e não um
apaziguador das desigualdades geradas por uma má educação formal.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACARIN, Lígia Maria Bueno Pereira; NOMA, Amélia Kimiko. História do movimento de
arte-educação no Brasil. ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA –
Londrina, 2005.
CONTÃO, Camila Cristian; LANA, Débora Maria de Souza; SIMAN, Lana Mara de Castro.
Teatro Negro e Atitude: A Descolonizacao do Corpo em Performance . Revista
Interdisciplinar, v.7 no 2 ano, 2022. Disponível em:
<https://cadernoscajuina.pro.br/revistas/index.php/cadcajuina/article/view/591/556>. Acesso
em: 10 dez de 2022.
KILOMBA, Grada. Quem pode falar: falando do centro, descolonizando o conhecimento.
In:Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, pp.
32-46, 2020.
SANTOS, Carla Pereira dos. Educação musical nos contextos não formais: um enfoque
acerca dos projetos sociais e sua interação na sociedade. XVII Congresso da ANPPOM,
São Paulo, 2007.