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INDIAMARA SOLIGO

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA


UNOESC -CAMPUS XANXERÊ
5ª FASE - ÁREA CIÊNCIAS HUMANAS
FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA ARTE
CURSOS LICENCIATURA EM ARTES

A presente resenha é sobre a obra: Arte Educação Contemporânea:


Consonâncias Internacionais. Ana Mae Tavares Bastos Barbosa. São Paulo:
Cortez, 2006.
Anna Mae Tavares Bastos Barbosa é uma pedagoga, educadora e
pesquisadora brasileira no processo de ensino da Arte, seus livros descrevem
concepções sobre o ensino e a história da educação artística. Através de suas
teorias se estruturou uma das bases conceituais de parâmetros curriculares de
ensino de arte, pois, Barbosa é responsável pela sistematização da abordagem
triangular voltada para a arte e educação, escreveu 16 livros que circulam
internacionalmente.
O livro descreve sobre o ensino da arte contemporânea com temas volta a
sociedade como um todo. Na primeira sessão do livro Barbosa descreve sobre a
história e o ensino da arte, no decorrer da leitura percebeu-se concepções sobre a
história da arte, reflexões críticas sobre linguística, sociologia e principalmente sobre
a construção de significados.

Para os Parâmetros Curriculares Nacionais a área de Arte visa a destacar


os aspectos essenciais da criação e percepção estética dos alunos e o
modo de tratar a apropriação de conteúdos imprescindíveis para a cultura
do cidadão contemporâneo. As oportunidades de aprendizagem de arte,
dentro e fora da escola, mobilizam a expressão e a comunicação pessoal e
ampliam a formação do estudante como cidadão, principalmente por
intensificar as relações dos indivíduos tanto com seu mundo interior como
com o exterior (Brasil, 1998, p. 19).

Nessa primeira parte, pode-se entender a hermenêutica do ensino da arte,


nos mostrando várias formas de interpretar, isso é um estimulo para ler obras
voltadas a educação artística e elaborar planejamentos para aulas que despertem o
prazer do aluno, pois, a arte estimula o aluno a perceber, compreender e relacionar
tais significados sociais (BRASIL, 2018).
Na sequência a autora conta com concepções de autores como Brent Wilson
e faz um breve relato sobre como deveria ser visto o ensino da arte na no período
pós-moderno. Nessa mesma parte Barbosa questiona a função do professor de
artes que trabalha nos museus, bem como a desatenção da educação nas esferas
culturais e artísticos bem como a sua desvalorização. Nota-se que neste capitulo
falasse também da era tecnológica e das ferramentas estratégicas utilizadas na
propagação da arte, podem levar a resultados positivos ou negativos, dependendo
da forma que forem utilizadas.
Ainda na segunda parte, a obra destaca conceitos de David Thistlewood que
traz reflexões sobre a arte moderna, contemporânea e os avanços a cerca do ensino
da arte. Barbosa descreve informações baseando-se nas colocações de Kerry
Freedman que defende a concepção de que a arte está diretamente ligada com a
sociedade e essa união é muito importante, pois, o aluno consegue construir sua
visão e seus conhecimentos em relação a arte, isso é essencial para o aluno adquirir
conhecimentos por meio das diversas culturas. No desfecho da segunda parte Ana
destaca as estratégias voltadas a leitura de textos por meio da proposta triangular
(contextualizar, apreciar e praticar) com o objetivo de a criança desenvolver o seu
sentido de maneira critica.
A autora na terceira parte da obra destaca que os termos interculturalidade e
multiculturalismo são termos originados e que definem a Ana Barbosa, foram termos
divulgados mundialmente. Dentro dessa parte a autora inclui relatos de vários
autores que contam experiências do ensino da arte destacando a necessidade de se
repensar a diversidade cultural e reflexões acerca da importância de se preservar
valores coletivos. No decorrer do texto, percebeu-se ideias voltadas para a arte e
educação voltadas a comunidades objetivando a intercultural e a oportunidade de se
estudar a arte local com as escolas nas comunidades. Também se percebeu
questões a cerca de estar buscando estratégias que despertem o interesse da
criança e o prazer na arte, na arte contemporânea é preciso estar sempre
incentivando atividades voltadas ao sentido crítico e democrática das crianças.
Ainda na terceira Ane Mae Barbosa, abre espaço para concepções que
defendem desenvolver uma pedagogia volta ao coletivo e ao trabalho em grupos,
por fim, abordando gênero e sexualidade na educação artística, um assunto
dominado pelo autor Belidson Dias, as ideias de tal autor volta-se para a arte visual,
aonde junta, arte, corpo, beleza e traços.
Na quarta parte a autora destaca a interdisciplinaridade no ensino da
educação artística, aonde alguns autores destacam a importância e as dificuldades
de se trabalhar tal assunto tanto para os alunos como para os docentes, nessa parte
os autores trazem reflexões acerca do imaginário e seu papel na educação e no
ensino da arte utilizando imagens e textos, projetos entre artistas e escolas
objetivando enaltecer o ensino e aprendizagem da arte no processo de
aprendizagem das crianças.
O desfecho da obra, destaca concepções acerca do processo de avaliação da
aprendizagem nas artes visuais, destaca os desafios na pós-modernidade, e
possíveis rumos para a arte visual. Outra questão é uma polêmica acerca dos
métodos tradicionais e do tipo de linguagem utilizado na educação artística, se é
positiva ou negativa. A autora reforça a ideia da avaliação, abrindo espaço para Enid
Zimmerman expor suas concepções e reforça que é preciso se fazer uma avaliação
utilizando estratégias múltiplas voltada a ações práticas como é o caso dos projetos
de artes que envolvem um trabalho coletivo e exige entrega de cada componente.
Após a leitura é valido dizer que é uma obra que faz à tona toda a história da
arte, nos faz repensar alguns objetivos e estratégias sobre arte e educação. Sendo
assim, afirma-se que é uma obra para todos os docentes que atuam diretamente
com artes visuais, pois, apresenta um leque de estratégias que ajudarão a repensar
a educação artística tradicional e implantar novas formas de formar crianças ou
futuros cidadão críticos e democráticos, pois, a sociedade de um modo geral vive a
era da informática e o docente têm o poder sobre o futuro da arte e pode elaborar
aulas práticas votadas para a interculturalidade.

REFERENCIAS:

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


arte /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.

___________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n o 9.394, de 20


de dezembro de 1996. Brasília: 1996.

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