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A Importânica e o Valor do Ensino das Artes Visuais na Formação de Crianças e

Jovens: Os Desafios da Contemporaneidade

The Importance and Value of Teaching Visual Arts in the Education of Children
and Young People: The Challenges of Contemporaneity

Joana Alexandra Varela Matos1

Resumo
Com base na Importânica que as Artes Visuais têm ao longo do desenvolvimento das
crianças e dos jovens, na sua preparação para a vida futura e sociedade envolvente,
pesquisa-se e fundamentam-se as Artes Visuais, a fim de apresentar de que forma
influenciam o desenvolvimento pessoal de cada aluno enquanto cidadão do Mundo que
o rodeia, auxilia nas dificuldades de aprendizagem transversal e contribuem para o
desenvolvimento da aprendizagem das diversas competências curriculares escolares.
Para tal, define-se o conceito de Artes Visuais e qual a sua importânica na educação das
crianças e dos jovens e de que forma as artes visuais podem auxiliar a combater as
dificuldades de aprendizagem dos alunos perante a contemporaneidade.
O presente ensaio foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica de alguns
artigos científicos, livros e outras publicações consideradas relevantes, na medida em
que caracterizam a problemática enunciada, após uma leitura dos materiais
bibliográficos, foram respetivamente selecionados e analisados, verificando a relação
das informações e conteúdos, com a abordagem temática. sendo que este processo de
leitura foi finalizado, através da interpretação objetiva dos materiais.

Palavras-chave:
Educação Artística; Ensino; Artes Visuais; Contemporaneidade; Valor

Abstract

1
Licenciada em Artes Plásticas e Multimédia, Especialista em Design Editorial, Estudante do 1º ano de
Mestrado em Ensino das Artes Visuais no 3º ciclo e Ensino Secundário da Universidade Lusófona,
E-mail: lisboa.matos@gmail.com
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Based on the Importance that the Visual Arts have throughout the development of
children and young people, in their preparation for future life and the surrounding
society, Visual Arts are researched and based on, in order to present how they influence
the personal development of each student as a citizen of the world that surrounds him,
helps with transversal learning difficulties and contributes to the development of
learning the various school curriculum skills. To this end, the concept of Visual Arts is
defined and what is its importance in the education of children and young people and
how the visual arts can help to combat learning difficulties.
The present essay was carried out through a bibliographical research of some scientific
articles, books and other publications considered relevant, insofar as they characterize
the stated problem, after a reading of the bibliographic materials, they were respectively
selected and analyzed, verifying the relationship of the information and contents, with
the thematic approach. and this reading process was finalized, through the objective
interpretation of the materials.
Keywords: Artistic Education; Teaching; Visual Arts; Contemporaneity; Value

Introdução:

Esta pesquisa foi considerada no âmbito da unidade curricular de Didática das Artes
Visuais II, presente no plano de estudos do Mestrado em Ensino das Artes Visuais no 3º
Ciclo e Ensino Secundário, nomeadamente como resposta inicial à questão, Qual a
Importância das Artes Visuais no desenvolvimento das crianças e jovens ?
Este ensaio recai sobre os desafios na contemporaneidade que as artes visuais
enfrentam perante o curriculo, a escola e os alunos. Mariana Pascoal (2021, pp. 14),
considera que:
“A educação artística tem justificado a sua importância como área
curricular com vários argumentos ao longo da sua história, que se prendem com a
visão e o espírito da época, desde critérios técnicos, competências de autocontrole e
disciplina sobre o corpo e a mente, formação da sensibilidade estética e gosto
refinado, auto expressão e exteriorização de sentimentos e emoções e cultivo da
vida psíquica e emocional, no modelo expressionista entre outros argumentos.
Todas estas justificações, que são entre si complementares, moldam currículos de
educação artística substancialmente diferentes e respondem aos desafios do seu
tempo.”
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Neste seguimento, verifica-se nesta pesquisa uma procura constante relativa à


importância das Artes Visuais no Currículo, como fundamento ao desenvolvimento das
crianças e dos jovens.
Verifica-se igualmente que, quando uma criança ou um jovem, entra na escola, descobre
um mundo novo, um conjunto de novas experiências e através da educação pela arte, o
aluno desenvolve competências transversais, cognitivas, sociais, emotivas, criativas,
etc… é de fato fundamental a permanência de unidades curriculares artisticas no
curriculo do ensino regular, o trabalho pedagógico junto dos alunos deve ser realizado
procurando “ensiná-los a pensar, mais do que somente memorizar; ensiná-los a
questionar o mundo, mais do que aceitá-lo passivo; ensiná-los a criticar a Ciência, mais
do que recebê-la pronta!” (Ronca & Terzi, 1995, p.51) inicia-se este processo pela
caracterização do próprio conceito de arte, uma panoplia de fundamentos em que se
verifica que a arte pode ser representada através de várias formas, expressões,
movimentos, sons e linguagens, e que tem extrema influência no processo de
desenvolvimento Humano.
Salienta-se a importância e o valor que as artes detem na educação, sendo que os
desafios na contemporaneidade são uma constante diária na prática pedagógica e
acompanham o decorrer do tempo, concluindo ainda que, as artes visuais são uma área
de estudo fundamental para a aquisição de competências transversais ao curriculo
escolar regular, havendo necessidade de uma maior relevância nos tempos de
globalização da informação que se verificam hoje.

 O Conceito de Arte:
O conceito “arte” está relacionado com a palavra oriunda do latim “ars” que significa
habilidade ou ofício, desde há alguns séculos que vários filósofos tentam chegar á sua
definição exata, centrando-se na expressão, forma e representação.
As teorias essencialistas da arte, criadas por filósofos da época, defendem que existem
propriedades essenciais comuns a todas as obras de arte e que só nas obras de arte se
encontram, apresentam assim um fundamento para o conceito de arte na sua
generalidade, inicinado assim pela mais antiga das teorias relacionadas com a arte. A
teoria da arte como imitação que por sua vez se divide em dois objetivos, que consistem
no facto de, a obra de arte ter de reproduzir algo e ser tanto melhor, quanto mais
fielmente reproduzir aquilo que imita. Esta teoria é defendida por Aristóteles e Platão.
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Aristóteles defende que a as obras devem ser imitações perfeitas de imperfeições da


Natureza. Platão defende que um artista, ao imitar a natureza, está a imitar uma
imitação. Segundo esta teoria, uma obra só é arte se é produzida pelo homem e imita
algo, esta primeira teoria, foi bastante refutada, segundo Aires Almeida, (2015) , “não
precisamos de procurar muito para percebermos que, apesar de muitas obras de arte
imitarem algo, são inúmeras aquelas que o não fazem. O que constitui a sua refutação
inequívoca. Obras de arte que não imitam nada encontramo-las tanto na pintura como na
escultura abstractas ou noutras artes visuais não figurativas. De forma ainda mais
notória encontramo-las na literatura e na música.” Na medida em que se verificava um
clima de Insatisfação no que seria a teoria da arte como imitação (ou representação),
muitos filósofos e artistas românticos do século XIX propuseram uma definição de arte
que procurava libertar-se das limitações da teoria anterior, ao mesmo tempo que
deslocava para o artista, ou criador, a chave da compreensão da arte. Trata-se da teoria
da arte como expressão. Teoria que, ainda hoje, uma enorme quantidade de pessoas
aceita sem questionar. Segundo a teoria da expressão, uma obra é arte se, e só se,
exprime sentimentos e emoções do artista.
Sendo que, segundo Aires Madeira (2015)
“Como podemos nós saber se uma determinada obra exprime
correctamente as emoções do artista que a criou, quando o artista já morreu há
séculos? Na tentativa de apurar até que ponto uma obra de arte é boa, muitos
estudiosos defensores desta teoria lançaram-se na pesquisa biográfica do artista
que a criou, pois só assim estariam em condições de compreender os
sentimentos que lhe deram origem. Alguns deles, como Sigmund Freud, até se
aventuraram a sondar as profundezas da psicologia do artista, sem o que uma
correcta avaliação da obra não seria possível. Freud foi ao ponto de o fazer com
um artista morto há séculos, como é descrito no seu livro Uma Recordação de
Infância de Leonardo da Vinci. Supondo que, como de resto já tem acontecido,
a obra em causa tinha sido erradamente atribuída a outro autor, essa obra
deixaria de poder ser considerada como obra-prima?”

mesmo que uma obra de arte provoque certas emoções no público não advém que essas
emoções tenham realmente existido no artista enquanto criava a obra.
Verificando que a diversidade de obras de arte é bem maior do que as teorias da
imitação e da expressão fariam supor, uma teoria mais elaborada, e também mais
recente, conhecida como teoria da forma significante ou teoria formalista que
abandonava a ideia relativa à existência de uma característica que poderia ser
directamente encontrada em todas as obras de arte. Esta teoria, considera que não se
deve começar por procurar aquilo que define uma obra de arte na própria obra, mas sim
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no sujeito que a aprecia, no público-alvo, uma obra é arte se, e só se, provoca nas
pessoas emoções estéticas. Isso não significa que não haja uma característica comum a
todas as obras de arte, mas que podemos identificá-la apenas por intermédio de um tipo
de emoção peculiar, a que chama emoção estética, que elas, e só elas, provocam no
público. Segundo Aires Madeira (2015)
“Tendo em conta a definição dada, reparamos que a característica
de provocar emoções estéticas constitui, simultaneamente, a condição
necessária e suficiente para que um objecto seja uma obra de arte. Mas se
essa emoção peculiar chamada emoção estética é provocada pelas obras
de arte, e só por elas, então tem de haver alguma propriedade também ela
peculiar a todas as obras de arte, que seja capaz de provocar tal emoção
nas pessoas.”

Pelo que se verifica, nenhuma das teorias aqui enunciadas parece satisfatória. As teorias
essencialistas não são sequer capazes de proporcionar uma boa definição explícita do
conceito de arte. Tendo reparado nas insuficiências das teorias essencialistas, alguns
filósofos da arte, como Morris Weitz (2007, p. 62), simplesmente abandonaram a ideia
de que a arte pode ser definida; “pretendo mostrar que nunca irá aparecer uma teoria –
no sentido clássico exigido – em estética e que, como filósofos, faríamos melhor em
substituir a questão ‘Qual é a natureza da arte?’ por outra, cujas respostas nos darão toda
a compreensão das artes que é possível ter.” outros, como George Dickie (2001, p.26),
“Com “arte”, teremos de chegar a uma extensão preliminar razoável e então procurar uma
prática cultural que esteja subjacente a essa extensão preliminar ou a algum subconjunto
significativo dela.” apresentaram definições não-essencialistas da arte, apelando, nesse
sentido, para aspectos extrínsecos à própria obra de arte; outros ainda, como Nelson
Goodman, concluíram que a pergunta de partida centra-se em “o que é arte?” deveria
ser substituída pela pergunta mais adequada “quando há arte?”, defende-se uma relação
cognitiva entre a estética e as emoções, segundo Goodman (2006, p. 271)
“A simbolização é, pois, avaliada em função de como serve ao propósito
cognitivo: pela sutileza das suas distinções e pela justeza das suas alusões; pelo
modo como apreende, explora e dá forma ao mundo; pelo modo como analisa,
categoriza, ordena e organiza; pelo modo como participa na produção,
manipulação, retenção e transformação do conhecimento. Considerações de
simplicidade e sutileza, poder e precisão, âmbito e seletividade, familiaridade e
inovação são igualmente relevantes, rivalizando frequentemente entre si; o seu
peso é relativo aos nossos interesses, informação e investigação.”

Considera-se então que o conceito de Arte, padece de diversidade, conforme a cultura e


as vivências da própria sociedade em que um individuo está inserido, contamos ainda
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com a sua presença em todo o Mundo, desde os primórdios dos nossos dias, desde que,
o Homem percecionou, conseguir, expressar-se através da representação e deixar
marcas, acontecimentos, acções, eternas. Para as gerações futuras, para o conhecimento
futuro, para a história, de acordo com Nájela Tavares Ujiie (2013, p.11)
“A arte é representação do mundo cultural com significado, imaginação; é
interpretação, é conhecimento do mundo; é expressão de sentimentos, da energia
interna, da efusão que se expressa, que se manifesta, que se simboliza, é fruição. Ao
mesmo tempo, é conhecimento elaborado historicamente, que traz consigo uma visão de
mundo, um olhar crítico e sensível, implicado de contexto histórico, cultural, político,
social e econômico de cada época.”

O conceito de arte acompanha o Homem desde sempre assim como a tecnologia,


sendo que em pleno Século XXI, vivemos transformações significativas diárias,
vivemos em tempos de “rapidez”, estas transformações, refletem implicância até na
forma como criamos, usufruimos e apresentamos a Arte, cada vez mais se tende a
incluir a arte no coitidiano, verifica-se igualmente a importância de sabermos estar
connosco e com os outros, trabalhar a sensibilidade, a criatividade, segundo Freire
(2013, pp. 359-360)
“A criatividade tem que ver muito com uma das conotações da vida, do
fenômeno vital, que é a curiosidade. (…) Assim, ao nível da experiência
existencial, a curiosidade, que implica às vezes uma certa estupefação diante do
mundo, uma certa admiração, uma certa inquietação, um conjunto de perguntas,
indagações ou silêncios, termina nos empurrando para uma refeitura do mundo.
Nós, mulheres e homens, nos tornamos seres refazedores, reconstrutores do
mundo que não fizemos. E não há reconstrução sem criatividade. No fundo, a
criatividade tem que ver com a remodelação do mundo.”

Consequentemente através da arte, é desenvolvido e aprimorado o Pensamento


crítico, a conscientização dá às pessoas o poder de agir para transformar a sua realidade,
graças à possibilidade de reflexão, por sua vez, a reflexão é necessária para formar o
pensamento crítico, pois é através da reflexão que analisamos um cenário e criamos
qualquer tipo de julgamentos. conforme Freire (2013) “Transformação é possível
porque a consciência não é um espelho da realidade, simples reflexo, mas é reflexiva e
refletora da realidade.”, a arte permite que vivamos numa sociedade generalizadamente
harmoniosa e integra, mas permite acima de tudo, perceber o que cada um de nós
essencialmente é como pessoa e com o mundo que o rodeia, através de inúmeras
possibilidades de manisfestação, de acordo com Antoine de Saint-Exupéry, (2001)
“Ninguém escapa ao sonho de voar, de ultrapassar os limites do espaço
onde nasceu, de ver novos lugares e novas gentes. Mas saber ver em cada coisa,
em cada pessoa, aquele algo que a define como especial, um objeto singular, um
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amigo, é fundamental. Navegar é preciso, reconhecer o valor das coisas e das


pessoas, é mais preciso ainda.”

Não se pode dissuadir a arte do público, na relação que se cria entre ambos, são
retiradas aprendizagens e experiências para toda a vida, daí se considerar a existência de
importãncia e de valor no que toca às artes, relativamente ao desenvolvimento do
Homem enquanto indivíduo que integra uma sociedade.
Na procura de um significado concreto relativo ao conceito de arte,complementa-se este
estudo, com a definição segundo o Dicionário Infopédia da Porto Editora (2023),
“Arte, é um nome feminino, que tem por significado:
Aplicação do saber à obtenção de resultados práticos, sobretudo quando aliado
ao engenho; habilidade; ofício que exige a passagem por uma aprendizagem;
conjunto das técnicas para produzir algo; técnica especial; expressão de um
ideal estético através de uma atividade criativa; conjunto das atividades
humanas que visam essa expressão; criação de obras artísticas; conjunto das
obras artísticas de um determinado período ou lugar; capacidade; dom; jeito;
artimanha; astúcia.”

O conceito de arte, aos dias de hoje, detem inúmeras aplicações e não concebe de um
único significado no seu todo, a arte sabe-se também ser fundamental no
desenvolvimento e na formação do ser humano, desde os primórdios da filosofia, até à
contemporaneidade várias foram as tentativas de definição, certo é que a importância
das artes na educação são um ponto essencial no que toca ao desenvolvimento das
crianças e dos jovens.

 A importância e o valor da Arte na Educação

A arte é fundamental no desenvolvimento e na formação do ser humano, através da


educação pela arte, não se propõe aos alunos apenas que criem as suas obras, mas
também que aprendam a apreciar, a interpretar, a examinar e avaliar, conforme se
verifica segundo Mateus, (2019, pp. 241):
“Pois promover o desenvolvimento da criatividade, do pensamento crítico, da
capacidade reflexiva e do sentido estético são direitos universais … Esta visão toma a
escola como um palco de reflexão, um lugar para promover pensamentos individuais de
cidadãos conscientes, autónomos, críticos e tolerantes “

considerando assim novas aprendizagens, conhecimentos, ideias e capacidades, a arte


possui a capacidade de transformar o mundo que nos rodeia, dada a sua capacidade não
só de captar a realidade, mas também expressá-la por meio representações nas mais
variadas manifestações. A arte possibilita o encontro do individuo consigo mesmo, de si
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com os outros, e com a totalidade da realidade humana, conforme se verifica segundo


Barbosa (2020, pp.1)
“Eisner, no seu livro de 2002 “The Arts and the Creation of the Mind”,
afirma a Educação como o processo de nos inventarmos a nós próprios, e a Arte
na Educação com 7 funções primordiais: “auto expressão criadora, solução
criadora de problemas, desenvolvimento cognitivo, cultura visual,
potencializadora da performance académica e preparação para o trabalho”

Através de uma outra perspetiva pedagógica, considera-se que a educação é arte e


juntamente com a estética, constituem uma dimensão fundamental do fazer educativo,
(Freire, 2013 pp.361)
“Eu diria também que uma das notas centrais de uma prática
educativa, principalmente nesses tempos atuais de avanços tecnológicos
em que você pode virar tecnicista, é você viver intensamente a
esteticidade da educação. Sou tão exigente com isso que nem sequer uso
a expressão que deu título ao famoso livro de Herbert Read “A educação
pela arte”, nos anos 1950. A educação é já essa arte, apesar de se poder
fazer pela arte também. Ela é em si uma proposta artística, ela já tem
arte.”
É importante manter a cultura e o património de cada sociedade, para as
gerações futuras, para tal é também necessário, a formação artistica, a existência de
unidades curriculares artisticas no curriculo tradicional e ainda a formação e
actualização de conteúdos constante pelo professor de artes , o professor é o mediador
entre o aluno e a arte, o orientador deste processo de aprendizagem e o responsável por
criar situações que estimulem e ampliem a compreensão artística do aluno, verificamos
igualmente (Moser, 2015; OCEPE,1997) “Pois sendo a educação um importante meio
para apoiar o indivíduo na sua relação com o mundo, é fundamental oferecer-lhe uma
variedade de estímulos e saberes que lhe permitam encontrar o seu lugar no mundo”,
muito além de ensinar, abre a porta para um novo mundo onde nada é impossível, até
que se prove o contrário o valor da educação artística reside na importância da
aprendizagem da análise e reflexão relativas à arte em si e também da arte como
potenciadora das restantes aprendizagens, segundo (Rezende et al,“Parangolé: Arte,
Infância e Educação”, 2014) . “as Artes na Educação podem abarcar eixos transversais
da Educação para a Cidadania e promover a transdisciplinaridade, quebrando as
barreiras e permitindo o desenvolvimento de uma vasta gama de competências criativas
e poder crítico.”, a Arte na educação, desperta a capacidade de criação e auxilia os
alunos a expressarem sentimentos, interagindo de maneira a trabalhar a inserção social
de forma ampla nas instituições escolares. Assim, as disciplinas artísticas vão muito
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além da recreação e do lazer, integrando parte do processo natural de desenvolvimento


cognitivo e motor das crianças e dos jovens. A arte pode fazer toda a diferença na vida
de muitas pessoas, sobretudo na infância e adolescência. Segundo a especialista Ana
Mae Barbosa (2020):
"é absolutamente importante o contato com a arte por crianças e adolescentes.
Primeiro, porque no processo de conhecimento da arte são envolvidos, além da
inteligência e do raciocínio, o afetivo e o emocional, que estão sempre fora do currículo
escolar. Além disso, grande parte da produção artística é feita no coletivo. Isso
desenvolve o trabalho em grupo e a criatividade".

Atualmente, o ensino de Artes Visuais tem por base, diversos estudos e análises
que estruturam o currículo educativo, estabelecendo diretrizes básicas que orientam a
prática pedagógica em todo o país. A educação artística oferece aos estudantes uma
compreensão geral da aplicação da disciplina, das suas metodologias, técnicas e
propostas pedagógicas, neste sentido, as crianças e os jovens podem desenvolver não
apenas cognitivamente, mas também social e emocionalmente as suas competências.
Por isso, a Arte deve ser trabalhada em sala de aula da melhor maneira possível e de
acordo com as diretrizes oficiais educativas.
A formação das disciplinas foi definida para atender à diversidade social,
cultural e política existente no país, criando condições para que os alunos tenham acesso
ao conhecimento e ao exercício da cidadania, entre inúmeras outras competências, neste
sentido, recorre-se ao “Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória”, como
base dos programas curriculares das diversas disciplinas artisticas, afetas ao grupo 600,
inerentemente a esta base, consideram-se os conteúdos programáticos especificos de
cada unidade curricular, sendo que através da educação pela arte, os alunos
desenvolvem a cognição e adquirem novas habilidades. As atividades artísticas
funcionam como estímulos e são facilitadores no que toca ao desenvolvimento das
aprendizagens, tanto dentro, quanto fora da sala de aula. A disciplina ainda permite que
os discentes aprendam por associações, ou seja, interligando conceitos, referências e
conhecimentos já abordados nas restantes disciplinas e unidades curriculares.
A Educação através da Arte permite, igualmente, que os alunos desenvolvam
diferentes perspectivas e sensações a respeito de um mesmo assunto. Geralmente, as
atividades artísticas estão relacionadas ao pensamento e à adoção de uma postura crítica
em relação à sociedade e ao mundo envolvente. Além disso, as crianças e os jovens têm
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a oportunidade de observar o processo criativo, questionar e analisar de forma racional e


inteligente as produções de Arte de distintas épocas e culturas, adquirindo assim novas
competências e conhecimentos.
Os Alunos devem ser incentivados desde cedo a expressar ideias diferentes e a
ter um pensamento livre, e o ensino de Arte basea-se exatamente neste objetivo, a
criatividade é uma capacidade humana que deve ser trabalhada e desenvolvida por meio
do ensino de Arte nas escolas, as atividades pedagógicas artisticas permitem que os
discentes pensem fora da caixa e criem alternativas para a solução de problemas,
verifica-se através de Andreia Valquaresma & Joaquim Luís Coimbra, em CRIATIVIDADE E
EDUCAÇÃO A educação artística como o caminho do futuro? Um artigo desenvolvido no
âmbito da Revista CONTEMPORANEIDADE NA EDUCAÇÃO ARTÍSTICA Fernando
Hernandéz, Manuela Terrasêca & José Paiva (Eds.) 2013 , onde se verifica uma
fundamentação das conclusões acima referidas,
“Vygostky (1917/1998) explora a relação da arte com o desenvolvimento do
sujeito psicológico humano no seu potencial máximo, o que nos permite equacionar a
relação entre a criatividade e a aprendizagem fomentada com base na zona de
desenvolvimento proximal. Esta noção do desenvolvimento, basilar e diferenciadora das
perspetivas teóricas até então formuladas, possibilita esboçar significativas conclusões
quanto à inter-relação entre criatividade e educação. Será através da interação social
com outros sujeitos, na posse de uma experiência mais vasta e diversificada e, no
decurso das ilações supra-apresentadas, com maior potencial criativo, que decorrerá o
processo de aprendizagem. Tal como verificámos no caso do desenvolvimento da
criatividade, também a aprendizagem advém da assintonia entre o nível de
desenvolvimento atual e potencial e funciona de modo prospetivo, dado que permite
delinear o futuro da criança e o seu estado dinâmico de desenvolvimento. Portanto, para
que as janelas de aprendizagem se convertam em oportunidades reais de crescimento e
aprendizagem, a criança – e o sujeito psicológico, em geral – terá de apelar,
incontornavelmente à criatividade. Só assim conseguirá atingir o controlo
metacognitivo que lhe permitirá operar, autonomamente, sobre o mundo que o rodeia.
Neste sentido, serão de equacionar todas as potencialidades inerentes à conjugação da
arte com a educação, dada a relevância destas para a introdução de uma diferenciação
qualitativa no desenvolvimento do sujeito psicológico humano, permitindo-lhe aceder a
uma visão única da realidade.”

Através das conclusões supra referidas, conclui-se igualmente que através da


interdisciplinaridade entre a Arte e outras disciplinas, torna-se interessante de forma a
aumentar a motivação e o desempenho escolar dos discentes, a educação, neste sentido,
passa a ser um instrumento que impulsiona o autoconhecimento, a comunicação das
emoções, do inconsciente, também, o juízo de que existem diferentes perspectivas e
pontos de vista sobre o mundo e a cidadania. O ambiente escolar, entende-se como um
espaço de diálogo, crítica e transmissão de conhecimentos onde se proporcionam
oportunidades para que os alunos, partilhem experiências e interpretações, e ampliem a
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sua compreensão do mundo ao seu redor. Através da educação artística, os diferentes


alunos têm a oportunidade de se expressar de forma autêntica, explorar novas formas de
pensar e criar, e construir novos significados e narrativas.
Desta forma, a educação artística desempenha um papel fundamental na
promoção da diversidade e inclusão. A arte possibilita que os indivíduos desenvolvam
habilidades criativas, críticas e colaborativas, além de estimular o pensamento reflexivo
e a sensibilidade estética. Ao permitir que os alunos se apropriem das formas de
representação artística, a educação artística valoriza as vozes e perspectivas de cada um,
contribuindo para a construção de uma sociedade mais plural e democrática.
Foram consultados vários estudos e pesquisas realizadas no âmbito da
importância e do valor das artes na educação, inclusivé atuais, através de Carlos Gomes
(2021), “A educação integral para todos, uma das razões de ser da escola pública, exige o
desenvolvimento de uma literacia artística e tecnológica capaz de promover o desenvolvimento
de todas as potencialidades do ser que habita a criança, ao mesmo tempo que promove o
desenvolvimento das competências necessárias para uma cidadania ativa e empenhada...” aos
dias de hoje ainda é uma constante, a necessidade de justificação relativa à pertinência do
Ensino Artistico e/ou pela Arte, a contemporaneidade mantém esta particularidade como se
poderá verificar seguidamente.
 Os desafios da educação artistica perante a contemporaneidade

Hoje, vivemos mergulhados na globalização da informação, onde


aparentemente, está tudo à distância de um simples click. Mas o “puxar” pelo
pensamento está a ficar, perigosamente, em segundo plano ou mesmo, simplesmente,
esquecido, o ensino pela e através da arte, será uma realidade fundamental para o
desenvolvimento intelectual de cada cidadão, a capacidade de saber observar, escolher,
avaliar, os milhares de informações e imagens com que cada ser Humano se cruza
diariamente.
Atualmente, a arte tem sido alvo de frequentes estudos e pesquisas devido à sua grande
importância na vida Humana, nas suas mais diversas manifestações e pelo seu caráter
universal e inclusivo, é certo que, em ambiente escolar, as áreas artisticas por vezes são
desvalorizadas, até pelos próprios professores, ou de outras áreas curriculares, muitos
professores referem-se às unidades artisticas, meramente como um passatempo ou
forma de diversão para os alunos, sem a devida consciência e percepção dos beneficios
proporcionados pelas Artes Visuais, os professores que agem desta forma, não exploram
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devidamente este eixo curricular como instrumento incentivador da sensibilidade por


meio do qual ocorre a expressão das emoções e sensações, o que permite facilitar a
socialização dos alunos no cotidiano, e na sua preparação para a vida e para o Mundo.
A globalização, a crise e a democracia são temas que podem igualmente ser
explorados dentro do contexto da relação desafios entre educação artística e
contemporaneidade.
A globalização pode ser vista como uma tensão entre perspectivas locais e
internacionais, onde há um choque entre influências culturais diversas e a preservação
da identidade local.
A crise, por sua vez, gera relações sociais mais desiguais e ofertas de trabalho com
salários precários, o que afeta diretamente as condições e oportunidades para a prática
artística.
Quanto à democracia, tem-se observado uma transferência das decisões dos cidadãos,
para os fundos de investimento e os centros de capitalismo financeiro, o que pode
limitar a autonomia e a participação dos artistas e dos professores no processo
educativo.
No entanto, é importante destacar que a educação artística oferece uma
oportunidade para desafiar e questionar todas as questões acima referidas, isto implica
utilizar abordagens artísticas que incentivem a reflexão crítica, a expressão pessoal e
coletiva, e a exploração de múltiplas perspectivas, estas metodologias artísticas podem
fornecer ferramentas para promover a conscientização, a transformação social e a
construção de novos significados e representações na própria educação artística
contemporanea.
Desta forma, é possível ampliar o alcance da educação artística e torná-la mais
relevante e impactante no contexto contemporâneo, verifica-se através da UNESCO que
declara em Educação para a Resiliência e a Criatividade (2020, Pp.1), que: “os estudantes
adquirem novas habilidades e encontram consolo por meio do apoio psicossocial oferecido
pelas artes e pelas formas de expressão, a educação artística também tem o potencial de preparar
os estudantes não apenas para sobreviver, mas para prosperar na realidade pós-COVID.”,
efetivamente a contenporaneidade é uma incerteza perante o futuro, mas arte também é uma
forma de terapia, permitindo que os indivíduos se conectem consigo mesmos e com os outros de
forma significativa.
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A educação artística é uma ferramenta poderosa para promover a inclusão e a


diversidade, proporciona um espaço para que as vozes e perspectivas de diferentes grupos sejam
ouvidas e valorizadas. Ao explorar obras de artistas de diferentes culturas e períodos históricos,
os alunos têm a oportunidade de expandir os seus horizontes, desenvolver empatia e
compreender melhor o mundo ao seu redor. Além disso, a educação artística é uma aliada na
promoção da saúde mental e do bem-estar dos alunos. Através da expressão artística, podem
canalizar as suas emoções, encontrar uma saída criativa para o stresse e desenvolver habilidades
de autocontrolo emocional.
A atualidade em que vivemos, dificulta o trabalho dos professores das áreas artísticas, na
medida de vários aspectos, entre eles a desvalorização da profissão, a desinformação, a
desvalorização da área artística no curriculo escolar, entre outras, que ao longo deste ensaio
foram referidas, sendo a arte uma área de estudo fundamental ao desenvolvimento pessoal,
social e emocional, de todo e qualquer individuo, verifica-se uma preocupação constante, na
procura de soluções, sendo certo que os alunos, frequentam a escola e o papel dos professores é
orientá-los para a vida futura, presupõem-se que ingressaram no mercado de trabalho, após a
conclusão dos seus estudos.
Relativamente, ao mercado de trabalho no seu contexto geral, verificam-se igualmente a
necessidade de atualizações constantes, a arte desempenha um papel vital no mercado de
trabalho contemporâneo. Através da arte o individuo desenvolve habilidades essenciais, como
criatividade, comunicação, resolução de problemas, sensibilidade estética e trabalho em equipe,
que são cada vez mais valorizadas pelos empregadores. Portanto, investir na prática e na
apreciação da arte pode trazer vantagens significativas para o desenvolvimento profissional e
para o sucesso no mercado de trabalho, faz sentido que seja valorizado e não o contrário no que
se relaciona ao curriculo escolar, à comunidade escolar e familiar.

 Considerações finais:
Concluí-se que importa ressaltar, apesar de todos os benefícios da educação artística,
muitas vezes ela é negligenciada no currículo escolar Português. Pressões por resultados
académicos, cortes nas verbas, corte de horas semanais nas unidades curriculares e falta
de compreensão sobre o valor da arte podem levar à redução ou até mesmo à eliminação
das disciplinas artísticas nas escolas.

Para garantir a valorização e integração da educação artística na contemporaneidade, é


fundamental que governos, instituições educacionais e a sociedade como um todo
reconheçam a sua importância. É necessário investir em programas curriculares e
recursos adequados, capacitar os professores de arte, promover parcerias com
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instituições culturais e incentivar a participação ativa dos alunos nas atividades


artísticas. A educação artística na contemporaneidade não se trata apenas de formar
futuros artistas, mas de fornecer uma base sólida para o desenvolvimento de indivíduos
criativos, críticos e compassivos. É uma ferramenta essencial para capacitar os alunos a
enfrentar os desafios do mundo atual, cultivando a apreciação estética, a diversidade
cultural e a expressão autêntica. Portanto, é fundamental que a educação artística seja
valorizada e incorporada em todos os níveis do sistema educacional, para que possamos
construir uma sociedade mais criativa, inclusiva e harmoniosa.

O Professor de Artes Visuais enquanto profissional detem um papel fundamental neste


equilibrio entre os alunos e os conteúdos, aprendizagens ou conhecimentos, é
responsável pelo sucesso do processo que ajudará o aluno a melhorar e desenvolver a
sua sensibilidade, assim como os conhecimentos teóricos e práticos.

O desafio do professor é organizar o seu trabalho, com o compromisso de contribuir


para a melhoria da qualidade do ensino da Arte, deve analisar quais são os interesses,
vivências, linguagens e práticas de vida dos seus alunos. Conhecer os estudantes, na sua
relação com o próprio local e com o mundo, é o ponto primordial para uma pedagogia
artistica que realmente tenha significado na vida dos alunos e na sua relação com o meio
social e cultural. É nessa relação com o meio que os alunos desenvolvem as
experiências estéticas e artísticas, segundo RICHTER, S. (2004, Pp. 21-22).

“Este é o compromisso da arte na educação desde a infância: educar a


sensibilidade para que a criança possa jogar com os possíveis do humano no
espaço e tempo de sua cultura. Significa perseguir a experiência poética e
estética como experiência de formação e transformação, como acontecimento da
pluralidade e da diferença, como aventura em direção ao desconhecido como
produção infinita de sentidos…”
O Professor de artes visuais, deve, portanto, procurar metodologias de forma a ajudar os
alunos a tornarem-se mais flexíveis na sua relação com as possibilidades de
interpretação e criação, favorecendo desta forma a aprendizagem. Deve refletir sobre si
mesmo, sobre o seu trabalho, a sua prática, conciliando a teoria com o contexto social
da comunidade onde leciona.
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Lisboa, 2005.

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https://criticanarede.com/aalmeidateoriasessencialistasdaarte.html Aires Almeida,
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Afrontamento] Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto.
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2004.

Legislação:

https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Aprendizagens_Essenciais/
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