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COMO  www.comopensartudoisto10.asa.

pt

PENSAR
TUDO ISTO?
Um manual para
ensinar como pensar
Um manual adaptável
a diversas necessidades
Recursos que tornam Os fins justificam
os meios!
o ensino da filosofia MILL
estimulante e apelativo
Discordo!
KANT

Manual Versão Manual Caderno Caderno de Apoio


do Professor do Aluno do Estudante ao Professor
Um manual para
ensinar como pensar

Apresentação
do assunto principal
2
Identificação
do problema central
em análise Organização
do manual

Capítulos 1 a 3 dedicados a
problemas relacionados com
as competências filosóficas
fundamentais.

Capítulos 4 a 7 dedicados
aos problemas filosóficos
destacados nas
Aprendizagens Essenciais.

Capítulo 8 apresenta
orientações sobre como
escrever um ensaio filosófico
e disponibiliza o acesso
direto a recursos digitais
para dois temas/problemas
do mundo contemporâneo.
Para o professor são
disponibilizados recursos
para quatro temas/
problemas.

MUITO PRAZER,
SOU O INSPETOR LEBEAUX!
AO SEU SERVIÇO NO
CAPÍTULO 2 DESTE PROJETO.

Explicitação
dos objetivos de
aprendizagem

3
Um manual para
ensinar como pensar

Pretende-se munir os alunos


de ferramentas que os ajudem
a pensar de modo crítico e
fundamentado.

Ensinar aos alunos não o que


pensar mas como pensar.

De mim não aprendereis


filosofia, mas antes como
filosofar, não aprendereis KANT
pensamentos para repetir,
mas antes como pensar.

Os problemas filosóficos
são sempre o ponto de
partida através da rubrica
Laboratório mental.

Laboratório
mental

rio
Laborató tal
men
Na pista de um assassino
Durante um jantar numa mansão isolada, • Pela distribuição do veneno no prato, pode
Mr. Boddy, o anfitrião da noite, admite que está perceber-se que este foi despejado por alguém
a chantagear todos os convidados. As luzes destro.
apagam-se e Mr. Boddy aparece morto, e agora • O Professor Plum e a Mrs. Peacock são destros,
todos são suspeitos. Quem será o assassino? mas não tiveram acesso à comida do Mr. Boddy.
A jovem astuta, atraente e sedutora Miss Scarlett? • A Miss Scarlett nunca esteve sozinha com a
O elegante e perigoso Coronel Mustard? comida do Mr. Boddy. Numa ocasião, ela e o
A governanta explorada Mrs. White? O Reverendo Reverendo Green estiveram a sós na cozinha.
Green, que parece ser capaz de tudo para esconder Noutra ocasião, o Coronel Mustard tentou
o seu segredo? A Mrs. Peacock? Ou o enigmático seduzi-la na sala de jantar antes de os outros
Professor Plum? convidados chegarem. Portanto:
Todos eles tinham um motivo e eram os únicos • Se foi a Miss Scarlett, então o Reverendo
no local do crime. Mas como resolver este mistério? Green ou o Coronel Mustard teriam de ser seus

bêbedo
Para o Inspetor LeBeaux, que ficou responsável cúmplices.
por resolver este caso, a solução era óbvia. Depois de • O Reverendo Green estava verdadeiramente
ipez inho e o que tenho
examinar todas as provas disponíveis e questionar
todos os suspeitos, LeBeaux obteve as seguintes
apaixonado pela vítima. Portanto:
• O Reverendo Green não matou nem compactuou O princ por
– Para me
esquecer de
confessou
o bêbedo, ba
ixando
4 seguinte er
a habitado ve rg on ha –
informações: com ninguém para matar o Mr. Boddy. O planeta ro u po uco, mas a cabeça. tou saber
• Os suspeitos são: a Miss Scarlett, o Coronel • O Coronel Mustard é esquerdino. . A visita du
grande de quê? – ten
um bêbedo inho numa – Vergonha vontade de
o
Mustard, a Mrs. White, o Reverendo Green, • A Mrs. White teve acesso à comida do o principez ho, cheio de
mergulhou o pr in cip ez in
ao
a Mrs. Peacock e o Professor Plum. Mr. Boddy, mas não teve acesso ao veneno. tristeza. perguntou ajudar. concluiu o
er o quê? – de beber! –
• O Mr. Boddy foi envenenado. Mistério resolvido! – gritou o Inspetor, depois – Estás a faz ele m uito calado, – Vergonha itivamente
no
• O veneno foi posto na comida do Mr. Boddy por de alguns minutos em silêncio. bêbedo. Fo
i dar com
garrafas va
zias e do , fec ha ndo-se defin
a coleção de bêbe
alguém que teve acesso à comida e ao veneno. Baseado nas personagens do jogo de tabuleiro Cluedo.
diante de um de garrafas cheias. seu silêncio
.
e embora,
leção ndeu o bêbe
do, ezinho foi-s
de uma co ber – respo E o princip
Laboratório
mental

nça
eta , sua sente
Cada plan nda nte Os Salarian era
m uma espécie
rem
de anfíbios com
amente rápido.
Isso fazia
as, o Co ma olis mo ext -
Nas suas viagen
s intergaláctic um metab sar, falar e mover
a eno rm e diversidade fos sem capazes de pen
epa rd dep aro u-se com um
es, ess a com que
que qua lqu er outra espécie.
Sh Por vez do
turas e costumes. -se mais rápido hecimento, o
de espécies, cul co perplexo. Os orizavam o con
xava-o um pou Os Salarian val as restantes
diversidade dei uls ava m os filhos de ho e a efic áci a e consideravam
mplo, exp trabal guiçosas.
Quarian, por exe ma ioridade e só os ora ntes, lentas e pre
es atin gire m a esp éci es ign adura e estavam
casa antes de est ontrarem algo de iam sob uma dit
ta depois de enc Os Batarian viv planeta natal. Os
poucos
aceitavam de vol lor açã o da gal áxia. de sair do seu
viagens de exp proibidos tino viviam
valioso nas suas do inó spi to planeta seg uia m escapar a esse des oo
Entre os Krogan
, natura is m que con icavam-se tod a
e o egoísmo era espalhados pel
a galáxia e ded ravos
Tuchanka, apenas
a agressividade
e o altr
Laboratório
uís mo , s ileg ais, com o o tráfico de esc
tica
udes; a compaixão mental tipo de prá
egurar a sua sob
revivência.
vistos como virt dos com o sin ais de
cót ico s, par a ass
eram encara e nar
por fazer com
que o
pelo contrário, os a todo o cus
to.
Tudo isto acabou
eriam ser evitad nasse: “Será que
o certo
fraqueza que dev tou grande parte
da
ndante se questio
víru s que afe Co ma a em que nos
Devido a um era m rar as e muito dep end em do planet ta
eas férteis e o errado esta esta pergun
população, as fêm unidade Mas, assim que
, viviam numa com encontramos?”. he que também
preciosas. Por isso am ent e cab eça , oco rre u-l
crianças e só esp
oradic lhe passou pela s noções de bem
e
à parte com as s, escolhidos de havia diferente
de alguns macho no seu planeta tura dominante
.
recebiam a visita ass egu rar a con tinuidade l, con soa nte a região e a cul da
os ma is for tes para de ma ma par eci a ser ain
ent re , eram um a o pro ble
ari, por sua vez E, no entanto, tro das mesmas
da espécie. Os As sua fisiologia única pois mesmo den
um género. A
• Animação: O que
mais profundo, acerca do certo
espécie só com era nça mé dia de de nós
resta
hav ia opi niõ es divergentes to
es uma esp culturas o depende do pon
proporcionava-lh sibilidade de se . “Será que tud
mil ano s e a pos e do err ado amente certas e
vida de cerca de ou esp éci e. m coi sas obj etiv
qualquer género de vista ou existe interrogava-se
reproduzirem com
motivo tenham
adotado uma O que resta de nós outras objetivam
ente erradas?” –
Talvez por esse tiva me nte às outras espécies, am ent e o Co mandante.
a rela nov
atitude cooperativ do conflito. Em 2013, um surto de uma mutação de um éon.
indispensável para o sucesso do projeto e que,
lomacia em vez
valorizando a dip adas sobretudo
com bas e
fungo infesta os Estados Unidos, Bioware e pela
transformando
vido pela
EA e Lucien Mals
em8 consequência disso, acabará por morrer.
pp. 26-2
isões era m tom RPG desenvol aria Civilização,
As suas dec as out ras esp écies nãoos seus
Mass Effect, jogo
hospedeiros As Crianças Selva
humanos
8). em gens. Porto: Livr
criaturas hostis, Assim que ouve estas palavras, Joel irrompe pela
eravam que
(198
na razão e consid emoções. conhecidas como “infetados”. sala de cirurgias, atacando todos aqueles que se
levar tanto pelas
se deviam deixar Vinte anos mais tarde, a civilização foi atravessam no seu caminho, e arranca Ellie, ainda
dizimada pela infeção. Os poucos sobreviventes inconsciente, da mesa de operações, fugindo dali
#a go ra _p envivem sa
• Animação : Cada em zonas de quarentena altamente
ou err ada s? Porquê?
o mais depressa possível. 5
planeta, sua sentença policiadas, ouetiv espalhados
amente cer emtas pequenos povoados Quando estavam prestes a sair da cidade,
que exi ste m coisas obj
1. Ser á e grupos nómadas. Joel é um contrabandista a Ellie recupera os sentidos e questiona Joel sobre
Soluções quem foi confiada a mais importante missão da o sucedido. Este resolve mentir-lhe e diz-lhe que
Apoio
no Caderno de história da humanidade: conduzir a jovem Ellie, os médicos chegaram à conclusão de que não era
ao Professor. que desenvolveu imunidade à infeção, até uma possível desenvolver uma cura para a infeção
AL DA ÉTIC A instalação médica do outro lado do país, onde e acabaram por desistir a meio do processo.
PESSOAL E SOCI
A DIMENSÃO
uma equipa de cientistas se prepara para a receber Dadas as circunstâncias extremas em que
162
e pretende usá-la para desenvolver uma cura que se encontravam, é inevitável questionarmo-nos se
Um manual adaptável
a diversas necessidades
Textos filosóficos clássicos e
contemporâneos para análise
direta em sala de aula.

Ideia-chave
identificada para
apoio à análise
do texto.

Exposição clara e
sistemática das
principais ideias e
argumentos incluídos
nos textos.
6
TOMARA CONSEGUIR
ORGANIZAR OS MEUS
PENSAMENTOS ASSIM TÃO
CLARAMENTE!

Formulação explícita
na forma canónica
dos argumentos
centrais em análise.

De acordo com Rawls, se D2 não coin- Contudo, para Nozick isso constitui uma Este argumento consiste numa falácia da derrapagem. Serão as premissas do argu-
cidir com o tipo de distribuição exigida pelo interferência inaceitável do Estado, pois mento plausíveis?
Princípio da Diferença, será necessário re- viola direitos de propriedade e desrespeita
Para melhor compreenderes a crítica de Nozick, considera o seguinte esquema:
distribuir o dinheiro para se voltar ao pa- a liberdade individual de cada um gerir o
drão inicial D1, ou seja, a uma distribuição seu rendimento e riqueza como bem en-
2
da riqueza de acordo com o Princípio da Di- tender. Por outras palavras, na perspetiva Ações livres
D1 D2
ferença (e não meramente com base na ti- de Nozick, e seguindo a ética deontológica dos indivíduos
tularidade, isto é, no direito de propriedade). de Kant, o Estado estaria a tratar Cham-
berlain como um mero meio. 1
Mas, para voltar a esse padrão inicial
D1, de forma a respeitar o Princípio da Dife- Nozick defende que a tributação dos Padrão Padrão quebrado
rença, será necessário o Estado redistribuir rendimentos do trabalho (isto é, cobrar (Princípio da Diferença)
o dinheiro de Chamberlain, por exemplo, impostos sobre o salário obtido através da
através de impostos. realização de um trabalho) é equiparável 3
Interferência do
ao trabalho forçado. Nozick defende esta Estado (impostos)
ideia no texto que se segue:


Eticamente
A tributação dos rendimentos do trabalho é equiparável ao trabalho forçado. Ficar com os inaceitável
rendimentos de n horas de trabalho é ficar com n horas de trabalho da pessoa; é como forçar
a pessoa a trabalhar n horas para os objetivos de outrem. Aqueles que se objetam ao trabalho
A interferência do Estado viola direitos de propriedade
Ideia-chave forçado, também objetariam a obrigar cada pessoa a trabalhar cinco horas extra por semana
do texto
e desrespeita a liberdade individual
para beneficiar os necessitados. Mas um sistema que fica com cinco horas do rendimento
A tributação dos em impostos (normalmente) não lhes parece que force alguém a trabalhar cinco horas.
rendimentos
O facto de outros intervirem intencionalmente, violando uma das partes, faz do sistema Analisando este esquema, podemos


do trabalho é
fiscal um sistema de trabalho forçado. 3
equiparável ao tirar as seguintes conclusões:
trabalho forçado. Robert Nozick. (2009). Anarquia, Estado e Utopia. Trad. Vitor Guerreiro. Para que o padrão inicial seja reposto,
Lisboa: Edições 70, pp. 213-215 (com supressões e adaptado).
1 a propriedade terá de ser redistribuída.
O Princípio da Diferença é uma conce- O Estado terá de intervir através de
ção padronizada da justiça: a proprie- meios como a cobrança de impostos.
dade deve ser distribuída de forma que Deste modo, para se concretizar o pa-
os mais desfavorecidos fiquem o me- drão do Princípio da Diferença o Estado
A ideia central por detrás da argumen- lhor possível. De acordo com Rawls, se tira a alguns indivíduos parte daquilo
tação de Nozick é a seguinte: tributar o não se respeitar este padrão, então a que possuem legitimamente para be-
trabalho é ficar com os rendimentos de sociedade será injusta. neficiar os mais desfavorecidos.
n horas do trabalho de uma pessoa, ou
seja, é como ficar com o resultado do es- 2 4
forço associado a essas n horas de traba- Mas, uma vez dado o rendimento e a ri- Porém, de acordo com Nozick esta re-
lho. Ora, ficar com o resultado do esforço queza às pessoas segundo o Princípio distribuição interferirá consideravel-
associado a n horas de trabalho de uma da Diferença, algumas gastá-los-ão, mente com a liberdade e os direitos de
pessoa é como forçar essa pessoa a tra- outras obterão mais, e assim a socie- propriedade de que as pessoas deviam
balhar essas n horas para garantir a satis- dade acaba por se afastar do Princípio gozar. Segundo Nozick, esta interfe-
2. O utilitarismo de John Stuart Mill
fação dos objetivos de outrem. Mas isso é da Diferença. Portanto, algumas ações rência do Estado é eticamente inacei-
apresentado a esse respeito e, em certa


equiparável a trabalho forçado. Portanto, livres (trocas, ofertas, apostas, seja o tável, pois viola os direitos de proprie-
medida, parece ser suficiente para satis-
a tributação do trabalho é equiparável a que for) acabarão inevitavelmente por dade dos indivíduos e desrespeita a
John Stuart Mill é o defensor de uma Neste excerto, Mill começa por defen- fazer a nossa necessidade de justificação. [É] notório que as pessoas desejam coi-
trabalho forçado. quebrar o padrão. liberdade individual.
teoria chamada “utilitarismo”. O utili- der que a única prova de que algo é visível Por exemplo, que outra prova posso apre- sas que, na linguagem comum, são de-
tarismo caracteriza-se por defender que: (ou audível) é o facto de ser visto (ou ouvi- sentar para justificar a minha convicção cididamente distintas da felicidade. […]
262 O PROBLEMA DA JUSTIÇA SOCIAL
– a única coisa que tem valor intrínse- do) por alguém. Por analogia, Mill conclui de que está um livro àDAminha
O PROBLEMA frente a não
JUSTIÇA SOCIAL 263
O princípio da utilidade não significa
co é a felicidade – teoria do valor; que a única prova de que algo é desejável ser a de que estou a ver o livro? Aparente- que qualquer prazer (como a música, por
John Stuart
– a ação correta é aquela que, de entre é o facto de ser desejado por alguém. Em mente, nenhuma. Mas isso não nos deixa exemplo) ou que qualquer ausência de
Mill (1806-
as alternativas disponíveis, mais pro- seguida, nota que a única coisa que as pes- insatisfeitos. Pegamos no livro, folheamos dor (como a saúde, por exemplo) devam
1873), filósofo
e economista soas desejam, como um fim em si, é a sua o livro, lemos o livro, sem necessitar de ser vistos como um meio para uma coisa
move a felicidade – teoria da obri-
inglês, foi um dos
própria felicidade. Por isso, conclui que a qualquer outro tipo de prova de que este coletiva chamada “felicidade” e desejados
mais importantes gação.
efetivamente existe. nessa perspetiva – são desejados e desejá-
reformistas sociais felicidade individual é a única coisa que é,
do séc. XIX. veis em si e por si mesmos. […]
por si mesma, desejável para cada pessoa.
A felicidade Mill considera que algo de semelhante Nestes casos […] [a]quilo que che-
Chamemos a este argumento “ar- se passa com o facto de algo ser visível gou a ser desejado como instrumento
Segundo Mill, o fundamento da mora- gumento da felicidade”. O argumento (ou audível). Isso só pode ser demonstra- para atingir a felicidade acabou por se
lidade é aquilo a que ele decidiu chamar pode ser reconstruído conforme se segue: do pelo facto de ser, efetivamente, visto tornar desejado por si mesmo. Ao ser
“Princípio da Utilidade” (ou “Princípio (ou ouvido) por alguém. desejado por si mesmo é, no entanto,
da Maior Felicidade”). Este princípio es- (1) A única prova de que algo é visível desejado enquanto parte da felicidade.
Com base nessa premissa, Mill infere,
tabelece que: (ou audível) é o facto de ser visto A pessoa torna-se feliz, ou pensa que se
por analogia, o passo (2) do seu argumen-
tornaria feliz, com a sua simples posse, e


(ou ouvido) por alguém.
to: “a única prova de que algo é desejável


torna-se infeliz por não conseguir obtê-lo.
[…] as ações são corretas na medida em que tendem a promover (2) Logo, a única prova de que algo é o facto de ser desejado por alguém”. John Stuart Mill. (2020). Utilitarismo.
a felicidade, e incorretas na medida em que tendem a produzir o é desejável é o facto de ser desejado


Trad. Pedro Galvão. Lisboa: Book Builders, pp. 62-66
por alguém. (De 1, por analogia) A estas duas ideias, Mill acrescenta a
reverso da felicidade.
premissa (3), que sustenta que “a única
John Stuart Mill. (2020). Utilitarismo. Trad. Pedro Galvão. Lisboa: Book Builders, p. 13 (3) A única coisa que cada pessoa
deseja, por si mesma, é a sua coisa que cada pessoa deseja, por si mes-
felicidade. ma (e não apenas como um meio para
Para justificar a sua perspetiva, Mill qualquer outra coisa), é a sua felicidade”.
(4) Se a única prova de que algo é Ideia-chave do texto
começa por argumentar a favor da sua
desejável é o facto de ser desejado Mas como pode Mill defender esta Tudo aquilo que nós desejamos é parte
teoria do valor. Nas suas palavras: da nossa felicidade ou um meio para a
por alguém, e a única coisa que cada ideia? Pelo menos à primeira vista, parece alcançar.
pessoa deseja, por si mesma, é a


haver diversas coisas que as pessoas de-
A única prova que se pode apresentar para mostrar sua felicidade, então a felicidade sejam independentemente da felicidade.
que um objeto é visível é o facto de as pessoas efe- individual é a única coisa que é, por si
Por exemplo, ser boa pessoa exige, fre-
tivamente o verem. A única prova de que um som é mesma, desejável para cada pessoa.
quentemente, que as pessoas sacrifi- De seguida, na premissa (4), Mill limita-
audível é o facto de as pessoas o ouvirem, e as coisas (5) Logo, a felicidade individual é quem a sua felicidade individual e, no en- -se a estabelecer que as ideias defendidas
passam-se do mesmo modo com as outras fontes da a única coisa que é, por si mesma,
tanto, há quem deseje ser boa pessoa. Há, nos passos (2) e (3) implicam que “A felici-
nossa experiência. Similarmente, entendo que a úni- desejável para cada pessoa. (De 2 a 4)
também, quem deseje ter dinheiro, fama dade individual é a única coisa que é, por si
ca evidência que se pode produzir para mostrar que
e poder, a todo o custo. Como é que Mill mesma, desejável para cada pessoa”.
uma coisa é desejável é o facto de as pessoas efetiva-
mente a desejarem. […] [C]ada pessoa, na medida No que diz respeito à premissa (1), explica estas possibilidades?
Ideia-chave Assim sendo, uma vez que as duas
do texto em que acredita que esta é alcançável, deseja a sua o que Mill está a tentar fazer é mostrar Mill defende que tudo o que nós de- condições que formam a antecedente des-
A felicidade própria felicidade. Isto […] dá-nos […] toda a prova que o tipo de prova que podemos for- sejamos é desejado ou como um meio sa condicional parecem estar satisfeitas
que é possível exigir, para mostrar que [...] a felicida-


é um bem. necer em relação a certos assuntos, para a nossa felicidade, ou porque se (linhas (2) e (3)), Mill conclui, no passo (5),
de de cada pessoa é um bem para essa pessoa […]. embora possa ser encarado por alguns tornou uma parte constituinte e in- que “A felicidade individual é a única coisa
John Stuart Mill. (2020). Utilitarismo.
Trad. Pedro Galvão. Lisboa: Book Builders, p. 62
como sendo bastante limitado, é o único distinguível da própria felicidade. Nas que é, por si mesma, desejável para cada
tipo de prova que pode alguma vez ser suas palavras: pessoa.”

194 A NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO DA MORAL – ANÁLISE COMPARATIVA DE DUAS PERSPETIVAS FILOSÓFICAS A NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO DA MORAL – ANÁLISE COMPARATIVA DE DUAS PERSPETIVAS FILOSÓFICAS 195

O professor pode optar por explorar cada uma destas três


possibilidades isoladamente, ou combiná-las do modo que
considerar mais adequado às necessidades dos seus alunos.
7
Recursos que tornam o ensino
da filosofia estimulante e apelativo

ideias em diálogo Avaliação cr


ítica do arg
da boa von umento
tade
Diálogos imaginários entre Um utilitaris
ta, como Mill
, poderá reje
De acordo co
de é sempr
m esta pers
e intrinseca
petiva, a infe
licida-
a premissa
filósofos que ajudam os de, defenden
(1) do argum
do que a fe
ento da boa
itar
vonta-
possa ser in
mesmo a in
strumentalm
mente má (a
ente boa).
inda que
intrínseco in licidade tem felicidade de Assim,
alunos a compreender as estar associa
dependente
mente do fa
da a uma bo
valor
cto de
na melhor
das hipótese
um criminos
s, um valor m
o terá,
mente instru
ideias em confronto. a vontade ou
não. tras pessoa
mental (poi
s de agir de
s pode dissua
era-
dir ou-
forma semel
hante).
id e ia s e m
d iá lo g o
Os diálogos recriam o Sim, mas se
reparares
ambiente da popular Mill
Olá Kant! Nã
é que podes
o percebo co
defender qu
mo
ea
Mill
limitei-me a
instrumenta
afirmar que
lmente má,
era
felicidade nã é, má porque isto
aplicação WhatsApp e trazem com valor int
o é a única
rínseco.
coisa
Nunca defen
po
a muita infeli de conduzir
cidade.
di que era
os filósofos e as suas ideias intrinsecam
ente má.
Não só acho
para o universo dos alunos. como nem se
intrinsecam
que não é a
única,
quer acho qu
e ela é Queres dizer
que se não
ente boa. houvesse m
Kant aneira de
essa felicida
de influenciar
negativamen Kant
te o
comportam
Como assim ento dos ou
? Não achas seria má de tros, não
felicidade é qu todo? Por ex
Mill algo que tem e a imagina que
o criminoso
emplo,
por si só? valor em segredo fugiu
para uma ilh
deserta, prefe a
rias que ele
vivesse feliz
para o resto
seus dias ou dos
Não. Para qu que viesse a
e a felicidade de alguma fo sofrer
valor tem de tenha rma por todo
se que causou o mal
felicidade de r merecida. A ?
um crimino
escapou à jus so qu
tiça não é um e Kant
coisa boa. a
Para mim, to
do o sofrim
é intrinseca ento
men
Mill que, por veze te mau, ainda
• Animação: Ideias em s, possa ser
ide ias em diá log o E então?! Na o – Nozick e Rawls
diálog instrumenta
minha opini lmente bom
ão, a felicida dado que ne . Assim,
é sempre int de ssas circuns
Nozick Mill rinsecamen o seu sofrim tâncias
vai exigir Julgo que a
uma te boa. ento seria
Não vês que isso única razão absolutamen
pode qu e te
interferência constante do po mos dar para justificar seria melhor inútil, penso que
“Teoria da justiça” rq
o,ue é que a que vivesse
Robert Nozick criou o grupo Estado para repor esse padrã felicidade do sem causar fel
a cr
liberdim ade
ino so mais nenhum iz
t Nozic k altero u o ícone do grupo desrespeitando assim o facto de ela
é uma coisa
má é de sofrimen tipo
Rober to seja a qu
Nozick individual? poder servir em for.
encorajamen de
to para outro
possíveis cr s
ao grupo iminosos.
John Rawls foi adicionado a
por Robert Nozick Imagina que duas pessoas têm Pois eu acho
que seria jus
esbanja to
mesma riqueza; uma delas sofrer e ser
de alguma fo ele
Rawls iro e a outra faz castigado pe rma
todo o seu dinheEntãacab lo mal que
que
investimentos fel
o afiam admlhe
nal por ites que alg
fez.
Kant
icida uma
Olá Rawls! trazer mais dinheiro. de pode ser má?
• Animação:
Ideias em
diálogo – Mill Kant Mill deixou
Nozick
Achas justo que o Estado
e Kant de seguir-te.
Olá, Nozick!
redistribua esse dinheiro?
Rawls
214
A NECESSIDA
DE
É uma maneira de garantir
DE FUNDAME
tua
Não estou de acordo com a
NTAÇÃO DA
MORAL – AN
ÁLISE COMP
teoria da justiça. que toda a gente tem Rawls
ARATIVA DE
DUAS PERSPE
TIVAS FILOS
condições mínimas de vida.
ÓFICAS
Nozick

Mas porquê?
Mas isso é equiparável
Rawls a trabalho forçado!!!
Nozick
parece
O teu Princípio da Diferença mais
ades O que estás a dizer é que os
não respeitar as nossas liberd a uma
desfavorecidos têm direito
Nozick fundamentais.
parte do meu trabalho.

E isso parece-me
Como assim?!
simplesmente inaceitável!
Rawls

o Então e se alguém, como tu,


As pessoas são livres e fazem que até aqui usufruiu de bons
a sua Rawls
que bem entenderem com rendimentos fruto do seu traba
lho,
(desde
Nozick pessoa e com os seus bens sofrer algum infortúnio
).
que legitimamente adquiridos
8 (um incêndio ou um
acidente, por exemplo)
E qual é o problema disso?
Rawls
desses
e ficar privado do usufruto
nuar a
O problema é que, no uso das
suas bens e incapacitado de conti
buição desenvolver o seu trabalho?
liberdades, o padrão de distri
da
Nozick estabelecido pelo Princípio
acaba-
maior importância, mas
m a justiça como algo da
o que era a justiça, elogiara à pergun ta. Mai s aind a, de cada
onder de forma satisfatória
ram por não conseguir resp se a uma defi niçã o de justiça, aca-
r algo que se assemelhas
vez que tentavam oferece do, assim, que afinal não
sabiam
em flag ran tes contradições, mostran segue:
bavam por cair o dist o é o diál ogo que se
estavam a falar. Um exempl
muito bem de que é que

ide ias em diá log o

“SÓCRATES:

POLEMARCO: Qu
Explica então tu, […] que
Simónides disse tão acertada
e é just o rest
men
itui r
te
a cad
é que afirmas que
acer ca da justiça?
a um o que se lhe
Sócrates
O que é a justiça?

, ao fazer esta afirmação.


deve. Parece-me que diz bem
etiva, a infe
licida- dúv ida que não é fácil deixar de dar cré-
SÓCRATES: Sem se lhe
te má (ainda
hom em sábio e divino. Em todo É restituir a cada um o que
que
dito a Simónides, pois é r
s talvez o que ele quer dize
Polemarco
nte boa). As deve.
o caso, tu, Polemarco, sabe
sim,
criminoso te
rá, eu igno ro-o . Pois é evid ente que
com isso, ao passo que o,
m valor mer
um amigo em perfeito juíz
se alguém receber armas de
a-
de dissuadi
r ou- louc ura, lhas recl ama sse, toda a gente Então, se um amigo te pedi
r
a semelhant e este, tomado de o
entregar, e que não seria just
e
e). para guardar a sua arma
diria que não se lhe deviam dever, penso eu,
Sócrates
depois enlouquecer, a cois
a
]. E con tudo , fica -se a !
restituir-lhas [… certa a fazer é devolver-lha?
em depósito? Ou não?
uma coisa que foi entregue
s
POLEMARCO: Fica .
quando
ue era
á, isto SÓCRATES: Mas de mod
o algum se deve restituir,
da razão recl ama r? Não, nem pensar!
duzir alguém que esteja privado Polemarco

POLEMARCO: É verd
ade – disse ele.
que pa-
SÓCRATES: Então não
é isto, mas outra coisa, ao
que r dize r, rela tiva men te a ser justo
rece, que Simónides


ça?
Então, afinal, o que é a justi
restituir-se o que se deve. Sócrates

. Trad. Maria Helena da


Rocha Pereira. Lisboa: Polemarco saiu do grupo.
Kant Platão. (2017). República enkian, pp. 9-10 (adaptad
o)
Fundação Calouste Gulb

, se-
ntada pelo seu interlocutor
definição de justiça aprese
Sócrates mostrou que a lhe dev e”, não se aplica a todas as
ituir a cada um o que se
gundo a qual “é justo rest al, em que consiste a just
iça.
• Animação: Ideias
dem ons tran do que talvez este não saiba, afin
em diálogo – Sócrates situações, per-
ou dos militares e lhes
e Polemarco nteceu quando se aproxim
Algo de semelhante aco ndo questionou os pro fess ore s:
agem?”, e também qua
guntou: “O que é a cor tou aos arti stas : “O que é a be-
nto?”, ou quando pergun
“O que é o conhecime especialistas nos respetiv
os assuntos
que recl ama vam ser
leza?”. Enfim, aqueles respeito dos mes mos . Foi aí que se
m, seu desconhecimento a
acabavam por revelar o do orác ulo. Ao con trár io da-
por perceber a mensagem
s
fez luz, e Sócrates acabou qua ndo dev idam ente questionados
e o conhecimento, mas
queles que julgam possuir os tinha consciência da
sua
dem ons trar a sua ignorância, ele pelo men
acabam por
ignorância.

E AO FILOSOFAR
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
14

QUE
DIVERTIDO!

Os mesmos diálogos estão disponíveis sob a forma


de divertidas animações em Aula Digital.

9
Recursos que tornam o ensino
da filosofia estimulante e apelativo

3. Como ne
gar propos
ições
A negação
de proposiç
petência fil ões é outra
com-
osófica fund
amental. Co Negar nega
mos, a nega
ção invert mo vi- ções
dade de um e o valor de
a proposiç ver- Comecemos
uma propos ão, ou seja,
quando pela ne
ição é verdad ções. É fáci
eira, a sua ne l perceber qu
é falsa, e vice gação gação é o e
-versa. mesmo qu
que ela ne e
Isto significa ga. Por exem
que, mostr verdade qu p
negação de ando que e a Mrs. Whi
uma prop a te n
deira, mos osição é ve é o mesmo
tramos qu rda- que dizer “A
é falsa. e essa propos cente”. Uma Mr
ição tabela de ve
ideia ainda rd
Assim, quan mais clara.
do um filós “P ” Con
uma dada te ofo não ac representa
se, por exem eita “A Mrs. Whi
tabela de ve te
negar essa plo, tem de rd ad e para a pro
proposição sa ber
para saber é verdade que
mente qual exata- a Mrs. White
é a tese que pode ser pr nã
milarmente está a defend eenchida co
, quando um er. Si- nform
filós of dando os se
conclusão de o não aceita guintes pass
um argumen a os:
negar (pelo to válido, te Em primei
menos) um rá de ro lugar, de
sas. Como as a da s suas prem valor de ve te
teses e as pr is- rdade da ne
mentos surg emissas dos contra imed gação
em de todas ar gu - ia tamente at
é importan as formas e é o operador rás d
te que os feitios, que tem men
negar todo filós ofos saibam op er or âm
s os tipos de ad or aplica-se ap
proposiçõe “P ”, enas à
s. por isso, in
verte os va
apresenta. lores

LÓGICA INFORMAL
112

Diálogos apresentados sob a


forma de atraentes bandas
desenhadas ajudam o aluno
a captar os aspetos essenciais
da discussão de uma forma
didática e divertida. 78
LÓGICA FORM
10
AL
s
gar negaçõe
s
mecemos
pela negaçã
É fácil perc o de nega
eber que ne -
é o mesm gar uma ne
o que afirm -
a nega. Po ar aquilo
r exemplo,
e que a Mrs dizer “Não
. White não é
mo que dize é inocente”
r “A Mrs. W
Uma tabela hite é ino-
de verdade
da mais clar torna esta
a. Consider
senta “A Mrs ando que
. White é inoc
verdade pa ente”, a
ra a propos
que a Mrs. W ição “Não
hite não é in
preenchida ocente”
conforme se
eguintes pa segue
ssos:
meiro luga 141
r, determin HUMANA
rdade da ne amos o DETERMINIS
MO E LIBERD
ADE NA AÇÃO
gação que
diatamente se en-
atrás de “P
r que tem m ”, pois
enor âmbito
lica-se apen . Este
as à propos
, inverte os ição
valores que
esta

3. Relativismo
O relativismo cultural defende que os Assim, podemos considerar que, para
juízos morais são crenças acerca do um relativista:
Recurso multimédia
código moral vigente na nossa socie- Diálogo sobre a
dade ou cultura, ou seja, acerca do con- natureza da moralidade –
Quando alguém afirma “x é errado” relativismo
junto de regras que os membros da socie-
está simplesmente a dizer “a minha
dade acordaram para organizar a sua vida A NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO DA MORAL – ANÁLISE COMPARATIVA DE DUAS PERSPETIVAS FILOSÓFICAS 231
sociedade reprova x”, e quando al-
em conjunto. Assim, o relativismo é uma
guém afirma “x é correto” está sim-
alternativa ao subjetivismo, que considera
plesmente a dizer “a minha socie-
que, em vez de se referirem às nossas
dade aprova x”.
preferências individuais, os nossos juízos Este diálogo
Outros diálogos encontram-se
morais referem-se às nossas preferên-
encontra-se
também disponível
acessíveis para os alunos
cias coletivas ou, mais propriamente, Um através de comummente
dos argumentos
no Caderno de Apoio
ao Professor.
ao conjunto de normas sociais acordadas
códigos QR e também disponíveis
pelos membros da sociedade.
apresentados a favor do relativismo é o
chamado argumento da diversidade
no pode
Deste modo, Caderno deoApoio
dizer-se que rela- ao Professor.
cultural. Segundo este argumento:
11
tivismo também é uma perspetiva cogni-
tivista, pois considera que os juízos mo- (1) Culturas diferentes têm códigos
rais têm valor de verdade. Contudo, à morais diferentes.
semelhança do que acontece com o sub- (2) Se culturas diferentes têm
jetivismo, também o relativismo defende códigos morais diferentes, então não
Recursos que tornam o ensino
da filosofia estimulante e apelativo

#agora_pensa_mais
A necessidade de fundamentação da moral – consolida
análise comparativa de duas perspetivas filosóficas os teus
conhecimentos
GRUPO I · Seleciona a alternativa correta. 10 × 7 pontos = 70 pontos

1. De acordo com o utilitarismo de Mill, a única coisa que tem valor intrínseco é...
Fichas
A. a boa vontade.
B. a felicidade.
C. o prazer espiritual.
D. o prazer corporal.
formativas
2. De acordo com o utilitarismo de Mill, uma ação é correta se, e só se, ... complementadas
por testes
A. promove a felicidade do maior número de pessoas.
B. promove o maior total de felicidade, independentemente da forma como está dis-
tribuída.
C. promove a felicidade do próprio agente.
D. promove a felicidade apenas daqueles que são dignos de ser felizes.
interativos
#a go ra _p en sa 3. O utilitarismo de Mill… na Aula Digital.
A. é uma teoria hedonista, pois defende que a felicidade consiste apenas no prazer e
REV ISÃO na ausência de dor.
?
1. O que é a posição original B. não é uma teoria hedonista, pois defende que a felicidade consiste apenas no prazer
?
2. O que é o véu de ignorância e na ausênciaição original?
de dor.
par tes em confronto na pos
acterizadas as C. é uma teoria hedonista, se segpois .
uemdefende que a felicidade não consiste apenas no prazer
3. Como são car (F) as afirmações que
ou fals as e na ausência de dor. entar em
verdadeiras (V) deve ass
4. Indica se são um a soc ieda de seja justa dão s
que D. não é umaefe teoria cida
hedonista,
re pois defende que a felicidade não consiste apenas no
F a. Segund
o Rawls, para real e tivo ent
num acordo
tenham origem prazer e na ausência de dor.
princípios que • Teste interativo 1
e rac iona is. em est ar ple namente
livr es original dev Exclusivo do Professor
tes na pos4. ição
O utilitarismo iona de Mill…
F b. Segund
o Rawls, as par m rac is. • Teste interativo 2
escolhas seja
a que as suas A. é uma teoria salvaguardpois
deontológica, ar osdefende que as consequências não são o único fator
informadas par ição orig inal querem
ls, as par tes na pos relevante para determinar o estatuto moral dos atos.
o Raw
V c. Segund
interesses . a será. defenda que as consequências são o único fator
de, mais justembora
Soluções
seus próprios B. é uma teoria deontológica,
for uma socieda no Caderno de Apoio
mais igualitáriarelevante para determinar equi-
F d. Segund
o Rawls, quanto des ign ada “justiça comoo estatuto moral dos atos. ao Professor.
vezes as
de Rawls é porC. é uma teoria inal partem tod pois defende que as consequências são o único fa- Soluções das
V e. A teo
ria da justiça par tes na pos ição orig
consequencialista,
na escolha dos
questões de
garante que as são imparc iaisdeterminar
dade”, porque con seguintorte, relevante para o estatuto moral dos atos. escolha múltipla
ição e, por
da mesma pos D. é uma teoria consequencialista, embora defenda que as consequências não são o
exclusivamente na
iça. como equi- edição do manual para
princípios da just es des ada “justiça
ignrelevante
por vez
único fator parasm determinar
a quan- o estatuto moral dos atos. o professor.
ria da just iça de Rawls é tamente a me
F f. A teo
ant e que tod os recebem exa
gar
dade”, porque
s primários. sentiriam
tidade de ben inal jamais con
na posição orig ssem a ganhar
und o Raw ls, as partes que todos tive
F g.
Seg
des igua l de bens, ainda
ição
numa distribu
numa distri-
com isso. consentiriam
posição original A NECESSIDADE com isso. DA MORAL – ANÁLISE COMPARATIVA DE DUAS PERSPETIVAS FILOSÓFICAS
und o Raw ls, as partes na os tivessem a
ganhar
DE FUNDAMENTAÇÃO 239
V h. Seg desde que tod
ben s, s da
buição desigua
l de
açõ es com as característica
nos que em situ nos fosse aco
ntecer.
V i. A reg
ra maximin diz- olh er como se o pior
é raciona l esc s da
posição original característica
ações com as
nos que em situ curar maximizar
a
F j. A reg
ra maximin diz- de forma a pro
inal é rac ional escolher
posição orig
e esperada.
nossa utilidad
os
s sociais e que
DIS CUS SÃO rentes classe
pondem a dife dem ao rendim
en-
A, B e C corres segue correspon
5. Imagina que dro que se sse s em
ntados no qua dessas cla
valores aprese de cada uma
es de euros)
al (em milhar
• Atividade inter
ativa to médio anu B C Total
soc ieda des possíveis. A
duas
55 98
com Raw ls, qual 7 36
5.1 De acordo Sociedade 1
Soluções
ia a soc ieda de mais justa? 30
Apoio ser 10 12
no Caderno de tiva 8
com a perspe Sociedade 2
ao Professor. 5.2 Concordas Por quê?
Raw ls?
Soluções da ques
tão
defendida por
nte na
4 exclusivame
ual
edição do man
r.
para o professo

L
DA JUSTIÇA SOCIA
O PROBLEMA
254

Questões do manual
complementadas por
atividades interativas
na Aula Digital.

12
Laboratório
mental

ntença
eta, sua se
Cada plan Os Salarian eram
uma espécie de
anfíbios com
rápido. Isso fazia
o Comandante extremamente
intergalácticas, um metabolismo de pensar, falar
e mover-
Nas suas viagens enorme diversidad
e
fossem capazes
e com uma com que outra espécie.
Shepard deparou-s Por vezes, essa do que qualquer
ras e costumes. -se mais rápido conhecimento,
o
de espécies, cultu pouc o perplexo. Os Salar ian valorizavam o resta ntes
va-o um Os vam as
diversidade deixa os filhos de cia e considera
plo, expulsavam trabalho e a eficá uiçosas.
Quarian, por exem irem a maio ridade e só os ies igno rante s, lentas e preg
estav am
ating espéc ura e
casa antes de estes ntrarem algo de m sob uma ditad
#como_pensar_tudo_isto?
is de enco Bata rian vivia pouc os
depo Os natal. Os
aceitavam de volta ração da galáxia. do seu planeta
viagens de explo proibidos de sair viviam
valioso nas suas ito plane ta m escap ar a esse destino
naturais do inósp que cons eguia -se a todo o
Entre os Krogan, ade e o egoís mo eram s pela galáx ia e dedicavam vos
as a agressivid espalhado tráfico de escra
Tuchanka, apen e o altruísmo, ilegais, como o
des; a compaixão tipo de práticas sobrevivência.
vistos como virtu como sinais de assegurar a sua
eram encarados e narcóticos, para o
pelo contrário,
riam ser evitados
a todo o custo .
Tudo isto acab ou por fazer com que
que o certo
No início deste capítulo, falámos do diferentes, essa pessoa deveria ter a liber-
fraqueza que deve de parte da questionasse: “Será
que afetou gran Comandante se ta em que nos Comandante Sheppard e de como este, nas dade de seguir a sua vida de acordo com as
Devido a um vírus raras e muito ndem do plane
as férteis eram e o errado depe esta esta pergunta
população, as fême nidade Mas, assim que
preci osas. Por isso, viviam numa comu
radicamen te
encontramos?”.
cabe ça, ocor reu-l he que também suas viagens pela galáxia, acaba por se cru- mesmas.
crianças e só espo lhe passou pela noções de bem
e
à parte com as os, escolhidos de havia diferentes zar com uma enorme diversidade de espé-
de alguns mach no seu planeta ra dominante.
recebiam a visita
s para assegurar
a continuidade de mal, consoant
e a região e a cultu
ainda
Se aderisse ao relativismo cultural,
entre os mais forte uma lema parecia ser cies, cada uma com as suas tradições e os
Os Asar i, por sua vez, eram E, no entanto, o prob o dent ro das mesmas poderia adotar a tolerância dos Asari face
ie.
da espéc sua fisiologia única mais profundo,
pois mesm
acerca do certo
um género. A iões divergentes seus costumes e com as suas respetivas
espécie só com média de
proporcionava-lhes
uma esperança
bilidade de se
culturas havia opin
que tudo depende
do ponto às diferentes formas de vida de cada pla-
mil anos e a possi e do errado. “Será objetivamente
certas e
noções de “certo” e “errado”. Ainda que a
vida de cerca de géne ro ou espécie. ou existem coisas neta ou cultura, pois iria considerar que as
qualq uer de vista – inter rogava-se
reproduzirem com adotado uma ivamente errad
as?”
Talvez por esse
moti vo tenh am
ies, outra s objet situação relatada seja ficcional, a verdade noções de “certo” e “errado” são sempre
a relativame nte às outras espéc nova men te o Comandante.
atitude cooperativ conflito. é que também no mundo real, à superfí-
macia em vez do Malson.
relativas às diversas culturas. Se os Quarian
valorizando a diplo tudo com base pela Bioware e
pela EA e Lucien
eram tomadas sobre RPG desenvolvido Livraria Civiliza
ção, pp. 26-28
As suas decisões
ideravam que as
outras espécies
não Mass Effect, jogo
(1988). As Criança
s Selvagens. Porto:
cie do nosso próprio planeta, encontramos consideram aceitável abandonar os filhos
na razão e cons pelas emoç ões.
r levar tanto semelhante diversidade. Este facto faz-nos
se deviam deixa
pela galáxia antes da idade adulta, então
#ag ora _pe nsa questionar acerca da objetividade da mora- isso passa a ser aceitável dentro da sua cul-
• Animação: Cada ça Porquê?
s ou erradas?
planeta, sua senten
em coisas objet
ivamente certa lidade. Será que existem coisas objetiva- tura. O que não quer dizer que seja aceitável
1. Será que exist
Soluções
Apoio
mente certas ou erradas? Vejamos diferen- para os Terráqueos. E, assim como os Ter-
no Caderno de
ao Professor. tes formas como o Comandante Sheppard ráqueos não devem interferir nos hábitos
A DIMENSÃO
PESSOAL E SOCIAL
DA ÉTICA
poderia encarar essa diversidade. dos Quarian, também estes devem evitar
162

Se este adotasse o não-cognitivismo, intrometer-se nos nossos. Nenhuma cul-


entenderia os juízos morais como reco- tura pode ser considerada melhor (ou pior)
do que qualquer outra e, por isso, nenhuma
Uma visão integradora
mendações, ou como manifestações de
emoções. De acordo com esta perspetiva, tem legitimidade para tentar impor os seus
poderia tentar usar esse tipo de juízos para próprios padrões às outras.

de cada capítulo na rubrica levar os outros a seguir essas recomenda-


ções, ou para tentar contagiá-los com emo-
Se abraçasse o objetivismo, poderia
propor algo como a Declaração Interga-
#como_pensar_tudo_isto?, ções semelhantes em relação aos mesmos
acontecimentos. Podia, por exemplo, dizer
láctica dos Direitos de Todas as Criaturas.
Essa Declaração poderia incluir o direito a

ligando as principais ideias que achava errado abandonar os filhos pela


galáxia, para tentar persuadir os Quarian
ser protegido pelos progenitores durante a
infância, o que significa que teria de tentar

estudadas ao Laboratório
a abandonar essa prática. Ou tentar enco- argumentar junto dos Quarian para mostrar
rajar os Krogan a adotarem uma postura por que razão essa prática não é imparcial-
menos agressiva.
mental inicial.
mente justificável. Poderia também tentar
Se optasse pelo subjetivismo, poderia incluir o direito à autodeterminação e à
assumir que em questões de moralidade liberdade da tirania e da opressão, o que
cada um sabe de si. Isto poderia levá-lo a dificilmente teria a aceitação dos gover-
respeitar a liberdade individual de cada um nantes Batarian. Enfim, não parece que
fazer aquilo que acha que está certo, inde- fosse uma tarefa fácil unificar todos esses
planetas debaixo de um sistema mínimo de
Podcasts com resumos de todas
pendentemente de padrões morais impos-
tos por outros. Se os Krogan gostam de regras comuns. Mas talvez valesse a pena
ser agressivos, que sejam. Se os Salarian tentar!

as matérias, acessíveis a partir das valorizam o conhecimento acima de tudo,


tudo bem. Mas se no seio destas comuni-
E tu? O que pensas de tudo isto? Afi-
nal, haverá coisas objetivamente cer-

páginas do manual destinadas a dades houver alguém que tem preferências tas ou objetivamente erradas? Porquê?

Síntese de capítulo. A DIMENSÃO PESSOAL E SOCIAL DA ÉTICA 181

13
Recursos que tornam o ensino
da filosofia estimulante e apelativo

Salas do crime

Um jogo interativo
onde o aluno se
serve das suas
competências
dedutivas para
solucionar diferentes
crimes, sempre
sob a orientação do
Inspetor LeBeaux.

Simulador de ética: Posto perante sucessivos dilemas


morais, o utilizador vai fazendo as suas
Eticamente 1.0 opções, obtendo no final um perfil (mais)
deontológico ou (mais) consequencialista.
Ao longo do estudo, as opções do aluno
podem modificar-se e revelar evolução no
seu perfil ético!
14
Simulador de lógica formal: Logicamente 2.0

Novíssimor
simuladoa!
de lógic
A grande inovação
é este software
ter aprendido as
regras da lógica
e, por isso, ser
capaz de gerar um
leque ilimitado de
exercícios.

NUNCA VI
NADA ASSIM!

Permite que o aluno aplique e consolide os seus conhecimentos


de lógica formal através de:
– classificação de formas proposicionais
– classificação de formas argumentativas
– completação de formas argumentativas

Inclui uma calculadora de tabelas de verdade e de inspetores


de circunstâncias que permite analisar se uma proposição é
tautológica, contraditória ou contingente, verificar equivalências
lógicas e analisar a validade de argumentos. Deste modo, facilita
tanto o estudo autónomo como a correção de exercícios em sala de
aula.

Contém, ainda, as funções de cópia e download das tabelas geradas,


para o professor as poder usar na elaboração dos seus materiais.
15
Caderno
do Estudante

Orientações para
o aluno

Resumos e fichas
de verificação

Fichas formativas
PARTE II Resumos e fichas de verificação

Textos de apoio Resumo do capítulo 4 – Determinismo e liberdade


e questões de na ação humana
É natural pensarmos que somos livres,

verificação
Um dos argumentos centrais a favor do in-
pois diariamente somos confrontados compatibilismo é o argumento da conse-
com a necessidade de escolher entre di- quência . Este argumento pode ser resumi-
ferentes cursos de ação possíveis e pa- damente apresentado conforme se segue:
rece inevitável sentirmos que, em certas
ocasiões, aquilo que vem a acontecer (1) Se o determinismo é verdadeiro, então

Soluções online
depende fundamentalmente daquilo que não temos possibilidades alternativas .
decidimos fazer . Mas, aparentemente, (2) Se não temos possibilidades alterna-
também não conseguimos viver sem as- tivas, então não temos livre-arbítrio .
sumir que todos os acontecimentos são
(3) Logo, se o determinismo é verdadeiro,
causados por acontecimentos anteriores
então não temos livre-arbítrio .
e por certas leis naturais . Existe uma ten-
são entre estas duas crenças, porque, se
Uma das estratégias mais comuns utili-
todos os acontecimentos (incluindo as
nossas ações) forem a consequência de zadas pelos compatibilistas contra este
coisas que nós não controlamos, não pa- argumento consiste na rejeição da pre-
rece haver muito espaço para a liberdade missa (1) . Para isso, os compatibilistas
humana . recorrem a uma análise condicional do
conceito de “possibilidades alternativas” .
Dizer que os seres humanos são livres,
neste sentido, é o mesmo que dizer que De acordo com essa análise condicional,
estes têm livre-arbítrio . Temos livre-ar- “Um dado agente tinha possibilidades al-
bítrio se, e só se, algumas das coisas que ternativas numa dada ocasião se, e só se,
acontecem dependem, em última análi- caso tivesse escolhido fazer outra coisa,
se, da nossa vontade . À tese de que tudo tivesse feito outra coisa (isto é, não tivesse
o que acontece é a consequência neces- sido impedido de o fazer por nada nem nin-
sária de acontecimentos anteriores e das
guém) .” Esta conceção de possibilidades
leis da natureza dá-se o nome de “deter-
as alternativas é compatível com o determi-
Fichas formativ minismo” .
PARTE III nismo, pois mesmo que todos os aconteci-
Um dos principais problemas que se le- mentos sejam a consequência necessária
vantam a respeito do livre-arbítrio e do do passado e das leis da natureza, há si-
determinismo é o problema da compati-
tuações em que, caso tivéssemos escolhi-
iva 5 bilidade . Este problema pode ser formu-
Fi ch a fo rm at
do fazer outra coisa, teríamos efetivamen-
ica lado conforme se segue: “Será o livre-ar-
ssoa l e social da ét te feito outra coisa (ou seja, não seriamos
A dimensão pe
bítrio compatível com o determinismo?” .
impedidos de o fazer por nada nem nin-
10 × 7 pontos
= 70 pontos Há duas respostas possíveis para este
problema: o incompatibilismo e o com- guém) . Por exemplo, o indivíduo que passa
reta.
na a alternativa cor fome no deserto, porque não tem alimen-
GRUPO I · Selecio patibilismo . O incompatibilismo é a tese
. de que o livre-arbítrio não é compatível tos, não é livre de comer; mas o indivíduo
a a opção correta
uem e selecion com o determinismo . O compatibilismo que faz uma greve de fome em frente da
juíz os que se seg
7 pt 1. Atenta nos é a tese de que o livre-arbítrio é compatí- Assembleia da República, em nome de
em Paris.
el está situada do. vel com o determinismo . uma causa, é livre, porque se desejar co-
1. A Torre Eiff alguma vez cria
o monumento
el é o mais bel mer, come (isto é, não será impedido por
2. A Torre Eiff em 2001.
inal izou o uso de drogas nada nem ninguém de o fazer) .
crim
3. Portugal des é inaceitável.
uso de drogas
inalização do pondem a juíz
os
4. A descrim eas 3 e 4 corres 30
os de facto e as alín
1 e 2 cor res pondem a juíz
A. As alíneas os encontrar respostas a questões filosóficas que
pondem a juíz em variadíssimas situações, uma vez que,
eas 2 e 4 corres
de valor. facto e as alín representem um desafio. ao analisar os argumentos a favor e contra
dem a juízos de
1 e 3 correspon Outra razão para estudar filosofia é o facto
B. As alíneas dem a juíz os qualquer posição, adquirimos aptidões que
e 3 correspon
de valor. e as alíneas 2 de isso nos proporcionar uma boa maneira podem ser aplicadas noutras áreas da vida.
juízos de facto
eas 1 e 4 cor respondem a de aprender a pensar mais claramente sobre
C. As alín juízo Nigel Warburton. (2007). Elementos Básicos de Filosofia.
responde a um um vasto leque de assuntos. Os métodos
de valor. a alínea 4 cor Trad. Desidério Murcho e Aires Almeida.
os de facto e
pondem a juíz do pensamento filosófico podem ser úteis Lisboa: Gradiva, pp. 15-20
1, 2 e 3 corres
D. As alíneas
de valor.
objetivos, então… r tais valores.
juízos morais devem corrigi
7 pt 2. Se hou ver tes dos nossos
valores diferen Questões de verificação da leitura
des que tiverem ser discutida.
A. as socieda desses juízos
não pod e
ou a incorreção, nte dos costum
es.
B. a correção, ependenteme ente.
ou errados ind e agem erradam
os estão certos nossos pensam
1. De acordo com o autor do texto, qual das seguintes tarefas não se
C. esses juíz ren tes dos (EN 2019 2F) enquadra na atividade
que tive rem valores dife filosófica?
s
D. as pessoa , ou de não
do seu agrado A. Inventar argumentos. C. Analisar conceitos.
religião que é
um praticar a
gios a é a libe rdade de cada B. Discutir argumentos D. Fazer experiências laboratoriais.
7 pt 3. A liberdade reli
er religião.
praticar qualqu então… 2. O autor do texto defende que...
valor objetivo,
religiosa for um A. vale a pena estudar filosofia, porque esta disciplina lida com questões
Se a liberdade religiosa. fundamentais
def end em a liberdade culturas. acerca do sentido da nossa existência.
A. tod os tral de muitas
elemento cen
religiosa é um B. não vale a pena estudar filosofia, uma vez que tudo o que os filósofos
B. a liberdade a.
fazem é discu-
reli gios
C. deve haver
libe rda de ros valores. tir sofisticamente o significado das palavras.
do que os out (EN 2017 2F)
is importante
religiosa é ma C. vale a pena estudar filosofia, porque esta disciplina ajuda-nos a
D. a liberdade compreender a bio-
logia humana.
D. não vale a pena estudar filosofia, uma vez que os filósofos continuam
a discutir os
16 mesmos problemas desde a antiguidade, sem nunca os resolver.

3. Qual das questões que se seguem não é um bom exemplo de uma


questão fundamental
acerca do sentido da nossa existência?
A. Há alguma demonstração da existência de Deus?
B. Quantos dentes tem, em média, um urso polar adulto?
64
C. As nossas vidas têm algum propósito?
D. O que faz com que algumas ações sejam moralmente boas ou más?
Caderno de Apoio
ao Professor

Inclui:
Apresentação
Guião de recursos multimédia
Ensino digital
Planificações
Cidadania e Desenvolvimento Temas/Problemas do mundo
e DAC contemporâneo
Laboratórios mentais 1. Erradicação da pobreza
Material complementar 2. Guerra e paz
Guiões de visionamento de filmes Como avaliar ensaios filosóficos
Fichas de avaliação + Soluções/ Como avaliar apresentações orais
Cenários de resposta* Soluções/Cenários de
Questões + Soluções/Cenários resposta de #agora_pensa
de resposta e #agora_pensa_mais*

* Cenários de resposta organizados por níveis


de desempenho para facilitar a correção.
entais
Laboratórios m E?
RA QU E SE RV mentais (ou
ME NTAL E PA a experiências
EX PE RIÊ NC IA quentemente
O QU E É UM A ? recorremos fre a como auxilia
r do
l Com o Pen sar Tud o Isto
na sal a de aula ou em cas
nua lorado
Ao longo do ma o um rec urs o a ser exp
pensamento) com ar as
experiências de ica. ários para afin Material Complementar
estigação filosóf cenários imagin
estudo e da inv a este tipo de os de tudo
s e filó sof os têm recorrido de pen sam ento é libertar-n
, cienti sta ias iais de um
Desde sempre de tais experiênc aspetos essenc 1. INTRODUÇÃO À FILOSOFIA E AO FILOSOFAR
rias. O propósito concentrar nos
tar as suas teo nos possamos
suas ideias e tes sas na vid a real, para que
plica as coi e 1.1 O homem que fazia perguntas
aquilo que com biente artificial
estigação no am
problema. par te da sua inv filosofia as
os cie nti sta s fazem uma ent o que realizamos em “Há cerca de 2400 anos, em Atenas, um velha e sábia mulher,
uma sibila, que respondia às
Da mesma for
ma que
nas experiênc
ias de pensam específicas, com homem foi condenado à morte por fazer demasiadas perguntas que
io, tam bém com car act erísticas muito do, a lhe eram feitas pelos visitantes. As
lad o do lab oratór bas tan te art ificial, con cep tua l. Contu perguntas. Houve outros filósofos antes dele,
contro uma forma tór io mas suas respostas eram geralmente dadas na forma de
ser descritas de l, fora do labora mitem-nos
situações podem os no mundo rea científicas, per foi com Sócrates que a disciplina deu realmente o um enigma. ‘Existe
nos depararíam as experiências sa Temgrande as/pro alguém mais sábio do que eu’,
elmente jamais acontece com teorias e na nos b
salto.le [...]
as quais possiv é que , tal com o
empenham nas nos sas m as do mu perguntou Querefonte. ‘Não’, respondeu o oráculo.
tais descrições que estas des sas intuições ace
rca
n d o
importância de min ar o pap el
e-n os tes tar as nos 1. ER R A D IC De nariz arrebitado, corpo co n tempomal
atarracado, ‘Ninguém é mais sábio’. Quando Querefonte contou
variáveis e exa cenários permit râ o a Sócrates, o filósofo começou por não acreditar.
estranho, Sócrates não seneisto
isolar diversas A ÇÃeOum
do, este tipo de , rigorosa. vestido DA pouco
PO B R EZ
ens ão do mu ndo. Deste mo um a for ma , mais ou menos me nto Vi ve A
compre os ou teorias de comporta mos num com os demais. Apesar de fisicamente Ficou realmente intrigado. ‘Como posso ser o
enquadrava
pios, argument s da cafeína no ndofin
mundo
de cer tos princí udar os efeito umanceirafeio mente de grvezes
grande homem mais sábio de Atenas quando sei tão
ntista está a est controlo, mante que e dedesaandar muitas andes sujo, assimtinha
gin em os que um cie me nta l e um grupo de ativ ida de outrascarisma fogadas,
cobrilhante. etrias so
Por exemp lo, ima Guiõ es de visio
ter umnamgrupo exp
ento
eri
ito s alim entare s, a vi vem se em uma mente m a poss Em Atenas,
ib toda a copouco?’,
cioe nómicas
perguntava-se. Passou vários anos a
hode
cis a de filmsones/s os
o, éries háb qu e te r condiçõe ili da de
isso, o cientista
pre ras de erimental.vivemgente em mel s para houve de obter
bensquestionar
. Alasgupessoas
humano. Para os doi s gru pos – como as os ele me nto s do grupo exp ap en as
concordava
hores co que nunca
nd satisfaze alguém como e se rv iç
mas pess para ver se alguém era mais
oas vive
re r
iáveis fixo ent eína ingerida pel rtamento dos algoele muie,toprovavelment
recomen e, nunca
ições têm as suas ne sábio doos
Era único.cessidades que deele.
granPor fim, compreendeum vidasaquilo que
conjunto de var GUIÃape O
nas2 a qua ntidade de caf ver ) obs erv adas no compo dá ve
mais
a obhaveria.
rigação de m ai
de qu alidade,
ao pa o
o variar as hou Mas era também extremament l, mas qu ajudar .aq o oráculo queria s básicdizer e percebeu
física, etc . – faz end
de que as dif ere nça s (se
ou tra s variáv eis . 1. 1 O Prob e nã e incomodativo
o é errado ue les que vi as . Se rá que as que asssibila estava
cer tez a a das le m certa. ve pe
Só assim pode
ter a a qualquer um Para Via-se a como uma daquelas moscas que dão mordidas não faze Muitas m pessoas
pior? Oeram ssoas nas várias
competentes
à ing est ão de cafeína e não des env olv em os em filosofia. r?
coisas que faziam
u será qu e iss
em o que dolorosas
Asrsim, um — um moscardo. São irritantes, mas não — os carpinteiros eram o é bons em
indivíduos se dev deSérie:
pensamSherloentck (Episódio 1.1 –eçã o, tem)os de
O Tirano mante
nas experiências ou noutra dir o seguin s causam importan
te probgraves. Mas, em Atenas, nem carpintaria e os soldados sabiam sobre a guerra.
ante acontece inclinar numa(Episo l há sempre muitote: “Terem problemas lema filos
Algo de semelh faz er a nossa intuiçãoTítulo original: éti co de
na vid–a Area
1.1 Study in que está toda aos a obrig
gente concordava. ófico que Mas nenhuma delas era verdadeirame
to o que est á a os um dile ma Pink)
xa. Assim, se
aq ui em caus aç ão moral de Alguns gostavam
po demdele; nte sábia. Não
os discut
sabermos ao cer mplo, quando
enfrentam Realizador: a dec o muito comple por “pdif
isãigan obreza outros a é impo
consideravam rtan-no combate ir acerrealmente
sabiam ca da erra aquilo de que falavam.
var iáveis. Por exe tex to que tornam Paul McGu
s rel evantes ere absoluta te esuma
cl ar
influência r a pobr
perigosa. ez a di
s cer tas a con fat ore ”. ec er ab so ca çã
fixa ficos de cad apenas um dos Coomde
o que se luta?” Pa
nde por “o A .palavra
o da pobr
gentes especí ar situElenc
açõeso:em que ict
Bened Cumbsa monral desse tip ecemos Na sua juventude, Sócrates fora um entebravo mpreendvem doeztermo
ra co‘filósofo’ a é grego que
fatores contin podemos imagin
erbat
avach,liaçãoMarti Freem
de oan, UnasaStubb s,pelo que brigaç‘amor er melho
ir sobre ética, relativo na nos
pestoGrave ral, a afinar co a ntnosrastarsoldado concei lutara
to de “p nas guerras do Peloponeso significa ão moràalsabedoria’.
” e o que A tradição r o filosófica do
queremos reflet tivos, par a det erm ina r o seuRuper
dets, Louise da
ermina Brealey teo ria mo o nível m co m o deEspartanos ob re
“pobreza e os seus aliados. za absoluta Ocidente [...] difundiu-se se enGrécia
tende Antiga para
ári os alte rna ça num a éd contra os Na
”. sua meia- da
entre dois cen sa confian io de vida relativ Para ente
reforçar a nos Argumento: Steven Moffat (criad vivem pr da região on pelo a” . Uma pe nder
de levar-nos a a por completo. or) ivadte -idade, passeava-se mercado, ssoa pode
interrompend ser oconsid
muitas
o signipartes
ficado de do mundo e sofreu influências de
casos. Isso po mesmo a revê-l ira versão des as de de muita de vive . Em Port ste conc
sob re o assunto ou até Basea do na
ado ,
obra po r
de exe mplo. Na prime pessoas amcin ai s co
po br
vez sem dasquando
coisas quas pessoas eugfazendo-lhes
al , po
ideias
eradvindas
a pobredopoOriente. ei
Ototipo
temdeos sabedoria que
perspe tiva o des govern Sir Arthur Conan ris em Doyledir
re eçã
la o es que vi e são indi r exempl rna
coargumentaçã
elé tric os car tiv am perguntas ve m sp en o,
valoriza
ex baseia-se mparaçã
no cél ebr e dilema do Ano: con tro lad am ente pel a alte ente
rna tivapo br es. As pe
incómodas.
em Portug Era mais ou menos
al têm ac
sáveis pa tudo
ra o istem pe
ss oa o como, no raciocínio e
Pensemos que des liza des2010 o par a um linh
a qu al qu er que es se terna um colocação de s carenc
questões,
elétric o elé tric tip fazia. As ss
questões
oa s que que colocava eram so a boa vida ia
e não na
das quecrença em coisas
tico, temos um ca queão: pode desviar o o de com
paração, vivem na gratincisivas.
uito à saúd . Contud
cenário hipoté to a um a ala vanDuraç 88 minut el faz ê-l o? Pareciam simples,
sã o mas não eram. po
[...] br ez eapenas
e à ed porque
uc alguém o, m
importante
es m o as disse que eram
ontramo-nos jun é se seria aceitáv
os Nas pala is absoluta
men a absolu ação e
o pobres ParapoSócrates,
pessoas. Nós enc ta que se coloca co vidas valem as de Ro
mavr
bert McN te, Sócrateste pobres.
ta sãverdadeiras. r isso sãoa sabedoria
apenas não consistia
com um a pes soa. E a pergun a ace ita r que , à par tida, cin ent re si: Repetidamen am ar a: demonstrava que as independ
en
apenas Resumo: os dispostos a diferenciar os
indivíd“A uos em saber muitos factos temou ente emdesaber como fazer
17
pre ten de tes tar é se estam nos per mit pobreza pessoas
vár ios ao
ano sní
que encontrava no mercado não sabiam
alguma
Aquilo queSherlo se ck é uma rmação que ilidade dese ter
res hum realmente ve l ab luto coisa. Significava compreender a verdadeira
asérie
nenhumbritân infoque
a ica consiste numa a mesma probab anos com soaquilo […que
] é apensavam
vida nos saber. [...] Sócrates natureza da nossa existência, incluindo os limites
isso, não é dad inocentes, com adaptação contemporânea circun carência
do que uma. PorSherlock Holm hos, es, sumive
preescrit aslmepornte Sir Arthur Conan Doyle.
dasstânhistór
as condiç as moise
ci iasgostava
dorádetet de ive
revelar s gros limites
avíss imas,daquilo
limite ques daas expessoas
feit os est ran õe ári ve is e de qu e ist ên ci a. daquilo que podemos conhecer. Atualmente, os
são todos per A série retrat a um "detetive consultor", Holm
que ase trata de
um cen s prrealmente
ivilegiadas sabiam grad de questionar luta
e an m pela em Os pobres ab
a frente, etc. es, que auxili a arPolíci
sidera de que de tes, quase inos postulados
concebív sobrevivfilósofos ência nu fazem solumais
tos sãoou menos o mesmo que
de vida feliz pel Detetive Inspetor Lestradenos Gregsos alu
(Rupe nos
rt também) é con nos
Metro
são aprpolita
esenta na,das . Ou
princi
que palmebaseavam
nte o sfrutavidas.
as suas m os Um diálogoei s que
pa m co
dos Grave s), na resolução s que [nos paíse ra a im
Sócrates: nj unto de difíceis, observam razões
seu coleg cia natural (e s do que aquela de vários crimes. Holmes é terminasse s indu ag
strializad inação sofisticad
fazem perguntas
A nossa tendên a de quart o, o Dr.
sempreJohn maisWatsoalterna n,tiva
que voltou do serviço militar
assistido pelo com todos aRo perceberem
bert McN o quão pouco e os
provas,
].” esforçam-sea por
ANoStudy
mundo
in Pinkreaél há o primeiro episódio da série no Afeganistão. sabiam era, para ele, um êxito.amAntes ara. (197isso e responder a algumas das
muito artificial. e retrata a apresentação de Em tearm 3 8). Reque
lat questões mais importantes
aosWatso
maicontinuar ór io que podemos colocar
acreditar que se sabe alguma coisa do Desenvolvimento
dois começaram a partilhar um Holm · 10.°
sofi es ano
sar tudo isto?
– Filo s ncoenccomo
retos,aos
apartamento em Baker Como pen
© Stree podem sobre a natureza M daunrealidade e sobre como deve
t, Lond dial
Simulador de lógica formal:
Logicamente 2.0 Salas do crime

Animações de diálogos Animações tutoriais


entre filósofos sobre lógica formal

18
O que pode encontrar?

Simulador de lógica formal: Atividades interativas complementares


Logicamente 2.0 para todas as secções de exercícios
De entre as várias tipologias de do manual
exercícios encontram-se as seguintes: Animações tutoriais passo a passo para
– completar tabelas de verdade para alguns aspetos de lógica formal
classificar fórmulas proposicionais
e argumentativas Divertidas animações de diálogos
– completar formas argumentativas entre filósofos. Os diálogos recriam
de acordo com as regras de inferência o ambiente da popular aplicação
estudadas WhatsApp

alas do crime – um jogo interativo onde


S Animações de Laboratórios mentais
o aluno se serve das suas competências Apresentações em Power Point para
dedutivas para solucionar diferentes os capítulos 1 a 7
crimes, sempre sob a orientação do Canal YouTube do projeto com vídeos
Inspetor LeBeaux relacionados com todos os capítulos
Simulador de ética: Eticamente 1.0 Resumos áudio para todos os capítulos
para construir um perfil ético em função
da resposta a dilemas morais Testes interativos para o aluno e outros
exclusivos do professor
Gerador de testes
Kahoot
Atividades interativas para lógica
formal – exercícios com correção Conteúdos do Caderno de Apoio
automática para treinar: ao Professor em Word para facilitar
a adaptação dos recursos às
– quadrado da oposição necessidades dos professores
– tradução
– regras de inferência

Vídeos para compreender e rever melhor


a matéria
Quizzes rápidos com explicação imediata
Avaliação do progresso
Acesso em qualquer lugar

19
COMO  www.comopensartudoisto10.asa.pt

PENSAR
TUDO ISTO?
Um manual para
ensinar como pensar
Um manual adaptável a
diversas necessidades
Recursos que tornam
o ensino da filosofia
estimulante e apelativo

Rigor

Criatividade

Alinhamento com as
Aprendizagens Essenciais,
o Perfil dos Alunos
à Saída da Escolaridade
Obrigatória e as Provas
de Avaliação Externa
de Filosofia VEMO-NOS DE
NOVO NUMA SALA
DE AULA!

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