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Avaliação do custo de arquiteturas fotovoltaicas para uma planta

residencial em diferentes localidades no Brasil

João Lucas de Souza Silva (UNICAMP) - jlucas.souzasilva@gmail.com


Daniel de Bastos Mesquita (Instituição - a informar) - mesquita.b.daniel@gmail.com
Geyciane Pinheiro De Lima (UNICAMP) - geycianelimaa@gmail.com
Elson Yoiti Sakô (Unicamp) - elsonyoiti8@gmail.com
Hugo Soeiro Moreira (UNICAMP) - moreirahugos@gmail.com
Marcelo Gradella Villalva (UNICAMP) - villalva@unicamp.br

Resumo:

Com o desafio de decidir entre diversas arquiteturas fotovoltaicas (FV) disponíveis, se faz
necessário estudar fatores que comparem arquiteturas, como desempenho, adaptabilidade ao
local de instalação, recursos e custo. Quanto ao custo, muitos integradores realizam a
comparação de diferentes arquiteturas FV com a relação preço por potência instalada, o que
pode não ser válido verificando os benefícios em relação ao desempenho do sistema FV, bem
como, a outras peculiaridades oferecida por cada arquitetura FV. Neste ensejo, o presente
artigo tem como objetivo avaliar o custo das principais arquiteturas FV disponíveis no
mercado, com foco nas arquiteturas modulares, que são compostas por microinversores ou
otimizador de potência para sistemas fotovoltaicos (Power Optimizer for Photovoltaic Systems
- POPS), em comparação com a arquitetura convencional (inversor string ou central). Para
tanto, são realizadas diversas simulações de um cenário, com as três arquiteturas, sem e com
sombreamento, e em diferentes localidades do Brasil. Posteriormente, uma figura de mérito
relacionando o custo da arquitetura FV com a geração de energia anual é apresentado,
fornecendo para literatura uma margem de custos para cada arquitetura perante diferentes
condições. Como resultado, é visto que em condições de sombreamento, a arquitetura com
POPS, pode obter melhor custo-geração do que a arquitetura convencional. Logo, é
recomendável sempre realizar simulações FV computacionais considerando as características
do local em que o sistema FV será instalado, assim pode-se estimar precisamente qual será a
melhor arquitetura FV.

Palavras-chave: Arquiteturas Fotovoltaicas, Otimizador de Potência, Microinversor

Área temática: Conversão Fotovoltaica

Subárea temática: Tecnologias e ensaios de inversores e outros equipamentos de eletrônica


de potência

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VIII Congresso Brasileiro de Energia Solar – Fortaleza, 01 a 05 de junho de 2020

AVALIAÇÃO DO CUSTO DE ARQUITETURAS FOTOVOLTAICAS PARA


UMA PLANTA RESIDENCIAL EM DIFERENTES LOCALIDADES NO
BRASIL

João Lucas de Souza Silva – jlucas.souzasilva@gmail.com


Daniel de Bastos Mesquita – mesquita.b.daniel@gmail.com
Geyciane Pinheiro de Lima – geycianelimaa@gmail.com
Elson Yoiti Sakô – elsonyoiti8@gmail.com
Hugo Soeiro Moreira – moreirahugos@gmail.com
Marcelo Gradella Villalva – villalva@unicamp.br
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Laboratório de Energia e Sistemas Fotovoltaicos (LESF)

Resumo. Com o desafio de decidir entre diversas arquiteturas fotovoltaicas (FV) disponíveis, se faz necessário estudar
fatores que comparem arquiteturas, como desempenho, adaptabilidade ao local de instalação, recursos e custo. Quanto
ao custo, muitos integradores realizam a comparação de diferentes arquiteturas FV com a relação preço por potência
instalada, o que pode não ser válido verificando os benefícios em relação ao desempenho do sistema FV, bem como, a
outras peculiaridades oferecida por cada arquitetura FV. Neste ensejo, o presente artigo tem como objetivo avaliar o
custo das principais arquiteturas FV disponíveis no mercado, com foco nas arquiteturas modulares, que são compostas
por microinversores ou otimizador de potência para sistemas fotovoltaicos (Power Optimizer for Photovoltaic Systems
- POPS), em comparação com a arquitetura convencional (inversor string ou central). Para tanto, são realizadas
diversas simulações de um cenário, com as três arquiteturas, sem e com sombreamento, e em diferentes localidades do
Brasil. Posteriormente, uma figura de mérito relacionando o custo da arquitetura FV com a geração de energia anual
é apresentado, fornecendo para literatura uma margem de custos para cada arquitetura perante diferentes condições.
Como resultado, é visto que em condições de sombreamento, a arquitetura com POPS, pode obter melhor custo-
geração do que a arquitetura convencional. Logo, é recomendável sempre realizar simulações FV computacionais
considerando as características do local em que o sistema FV será instalado, assim pode-se estimar precisamente qual
será a melhor arquitetura FV.

Palavras-chave: Arquiteturas Fotovoltaicas, Otimizador de Potência, Microinversor

1. INTRODUÇÃO

O Brasil se destaca por possuir uma matriz energética composta por cerca de 45% de fontes renováveis. De acordo
com o Plano Decenal de Expansão de Energia, a expansão está prevista para manter essa característica, alcançando 48%
de fontes renováveis em 2029. Paralelo a isso, a expansão na composição da matriz energética pode trazer outros
benefícios, como ganhos econômicos e sociais na produção de energia, destacando também a geração de empregos no
setor elétrico decorrente da instalação de todos os projetos, principalmente os de cunho solar fotovoltaico (FV) (PDE,
2019).
A tecnologia solar FV evoluiu de forma significativa: avanços importantes no processo de manufatura, novos
recordes de eficiência dos módulos FV e a redução dos custos de equipamentos tornaram o sistema cada vez mais
acessível (ABSOLAR, 2019). A resolução ANEEL n° 482/2012 (ANEEL, 2012) que foi aperfeiçoada para ANEEL n°
687/2015 (ANEEL 2015), embora seja de recente conjuntura regulatória, trouxeram aumento na viabilidade econômica
de projetos no setor. Bem como, regulamenta a geração distribuída (GD) no Brasil (Silva et al., 2018), elevando o
número de sistemas FV do tipo GD implementados e, consequentemente, de integradores FV.
Na conjuntura de geração energética a partir de sistemas FV, faz-se necessário analisar os fatores que influenciam
diretamente no rendimento dos sistemas, sendo estes elencados: perdas e problemas devido a sombreamento, altas
temperaturas, sujeira como poeiras, fezes de pássaros, pólen e sal marinho, além de perdas devido aos materiais
envolvidos no processo fotovoltaico (Gheitasi, 2015; Mani e Pillai, 2010). Para mitigar estes efeitos, a literatura fornece
algumas soluções como: diodo bypass, limpeza do módulo FV, melhores algoritmos para rastreamento do ponto de
máxima potência (Maximum Power Point Tracking - MPPT), e diferentes arquiteturas FV (Moreira et al. 2018). O uso
de diferentes arquiteturas é um fator discutido pelos integradores, mas que tem como desafio o custo inicial de
implementação dependendo do projeto.
Neste ensejo, o presente artigo tem como objetivo avaliar o custo das principais arquiteturas FV disponíveis no
mercado, com foco nas arquiteturas modulares, que são compostas por microinversores ou otimizador de potência para
sistemas fotovoltaicos (Power Optimizer for Photovoltaic Systems - POPS), em comparação com arquitetura
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convencional (inversor string ou central). Para tanto, utilizou-se o cenário proposto em Silva et al. (2019c), que realizou
testes de desempenho com a arquitetura convencional em comparação com POPS, sem e com sombreamento sobre os
módulos FV, acrescentando simulações com microinversores. Posteriormente, utilizando o relatório do National
Renewable Energy Laboratory (NREL, 2018) e os preços internacionais de cada arquitetura, estabeleceu-se uma relação
de preço por kWh produzido em cada arquitetura FV anualmente, verificando a diferença em porcentagem de cada
arquitetura em diferentes localidades no Brasil. Dessa forma, contribui-se para literatura com a informação relativa aos
diferentes custos de implementação inicial para cada arquitetura e com uma metodologia para comparar o custo inicial
das arquiteturas FV disponíveis, buscando facilitar a escolha para os integradores FV.
O presente trabalho divide-se em cinco seções. Seguido da introdução, a seção 2 descreve as arquiteturas
fotovoltaicas, na qual destacam-se: a arquitetura convencional, a com microinversor, e a arquitetura com POPS. Em
seguida, a seção 3 descreve a metodologia, na qual foi selecionado, na literatura, cenários e custo-geração para
realização das simulações de arquiteturas FV no Brasil. Na seção 4, com resultados e discussões, apresentou-se os
resultados mais relevantes em condições de sombreamento; e finalmente, a seção 5 apresenta as considerações finais.

2. ARQUITETURAS FOTOVOLTAICAS

Existem diferentes arquiteturas FV que surgiram diante da necessidade de adequar a conversão de energia em
diferentes situações, almejando alcançar a maior eficiência de conversão possível. No mercado destacam-se a
arquitetura convencional, arquitetura com POPS e com microinversor, apresentadas na Fig. 1. Com base nessas três
arquiteturas, existem outras variantes, diferenciando a forma de conversão de cada conversor, principalmente no meio
científico.

Figura 1 – (a) Arquitetura convencional com inversor string ou central, (b) arquitetura com microinversor e (c)
arquitetura com POPS

A Fig. 1 (a) apresenta um exemplo da arquitetura convencional. Na arquitetura convencional um inversor string ou
central busca extrair a maior potência possível de um conjunto de módulos fotovoltaicos conectados em série, paralelo
ou misto, por intermédio de um MPPT (Silva, 2019c). O inversor string é mais comum em sistemas residenciais, em
que um ou mais inversor converte energia de uma string ou mais (no caso de múltiplos MPPT e/ou entradas), já o
inversor central é um elemento mais utilizado em usinas FV, por ter uma eletrônica mais simples e conseguir converter
uma quantidade maior de potência para strings com mesma orientação e inclinação.
Quando se faz uso de sistemas FV com arquitetura convencional, sempre vai existir uma limitação no sistema FV
causada por mismatch. As perdas por mismatch são divididas em perdas por mismatch de fabricação e de operação
(Sakô, 2019). Em ambos os casos, o módulo FV de menor geração irá afetar os demais de um mesmo MPPT em um
sistema FV convencional, já que os módulos FV são interligados em série e/ou paralelo, interferindo na geração do
módulo FV vizinho. Além disso, a maioria dos inversores faz uso de algoritmos de MPPT simples, que não conseguem
garantir a máxima eficiência em situações de sombreamento parcial (Moreira, 2019), fenômeno que acontece durante a
operação do sistema FV, aumentando ainda mais a limitação da potência produzida em determinados cenários.
Entretanto, devido o baixo custo do investimento inicial e potencialidades em situações em que os módulos dificilmente
são afetados por sombreamento (Silva, 2019b), a arquitetura convencional é a mais escolhida pelos integradores FV de
modo a obter o menor orçamento possível para convencer o cliente.
A Fig. 1 (b) apresenta a arquitetura com microinversor. A arquitetura com microinversor surgiu e despontou diante
dos desafios pertinentes à arquitetura convencional. Dessa forma, conseguiu-se mitigar perdas por mismatch, por alocar
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um microinversor, que basicamente é um inversor FV de pequeno porte conectado em um ou em uma pequena


quantidade de módulos FV, permitindo a operação do sistema FV modularmente, reduzindo ou eliminando a
interferência de um módulo FV sobre o módulo vizinho. Entretanto, aumentando um pouco as perdas durante a
conversão por apresentar um estágio de conversão CA em cada microinversor instalado (Silva, 2019c).
A Fig. 1 (c) apresenta a arquitetura com POPS. A arquitetura com POPS se diferencia da convencional por
adicionar conversores CC/CC modulares, com algoritmo de rastreamento do ponto de máxima potência (maximum
power point tracking - MPPT) antes do inversor FV (Silva, 2019b). Dessa forma, é possível melhorar o desempenho do
sistema FV por mitigar as perdas por mismatch. Com POPS, devido cada módulo FV ter um conversor CC/CC a
limitação é praticamente inexistente. Além disso, POPS destoa devido potencialidades no quesito monitoramento,
segurança e, até mesmo, inteligência artificial (Silva, 2019a). A diferença da arquitetura com POPS e a arquitetura com
microinversor é a redução das perdas durante a conversão CA, por não ter um estágio CA em cada POPS e a evolução
no quesito segurança devido aos sistemas de proteções implementados em POPS (Silva, 2019c).

3. METODOLOGIA

No primeiro momento da pesquisa foi escolhido na literatura um cenário para realização das simulações de
arquiteturas FV no Brasil no software PV*SOL (PV*SOL, 2019). Para tanto, adotou-se o cenário apresentado em Silva
et al. (2019c) (vide Fig. 2 com cenário utilizado, e Fig. 3 com os perfis de sombreamento considerando a melhor
condição possível de geração por um ano), com um sistema FV de 4,32 kWp com inclinação de 35º e orientação para o
norte (respeitando a inclinação e orientação do telhado), considerando situações sem e com sombreamento em cinco
localidades do Brasil, utilizando arquitetura convencional e com POPS, acrescentando novas simulações com
microinversores. As localidades em questão são Belém-PA (Latitude -1.45502 e Longitude -48.5024, irradiação global
anual de 1846 kWh/m²) devido ser um dos locais de maior potencialidade no Brasil para instalação de sistemas FV
devido o custo da energia e bons índices solarimétricos (Pensamento Verde, 2018); Curitiba-PR (Latitude -25.4284 e
Longitude -49.2733, irradiação global anual de 1417 kWh/m²) devido ser um opção contrária ao motivo da escolha de
Belém-PA; Sete Lagoas-MG (Latitude -19.4679 e Longitude -44.2477, irradiação global anual de 1661 kWh/m²), pois
Minas Gerais é um dos estados com mais instalações de GD no Brasil (Silva, 2018); Campinas-SP (Latitude -22.9064 e
Longitude -47.0616, irradiação global anual de 1645 kWh/m²) local onde é situada a universidade que realizou a
pesquisa; e Paulo Afonso-BA (Latitude -9.41097 e Longitude -38.2358, irradiação global anual de 1854 kWh/m²), que é
uma cidade com bons índices solarimétricos (Pereira, 2006).
A Tab. 1 apresenta os componentes utilizados para simulação das arquiteturas. Os módulos escolhidos para todas
arquiteturas foi o BYD 270P6C-30, totalizando 16 módulos. Para simulação do sistema convencional utilizou-se um
inversor Ingecon Sun 4,6 TL. Para simulação do sistema com POPS da SolarEdge foi utilizado POPS modelo P320-NA
e um inversor SE4000H da própria SolarEdge, necessário para o funcionamento dos POPS. Para a simulação de sistema
Tigo, foi utilizado POPS TS4-R-O e o inversor Ingecon Sun 4,6 TL. Para simulação de microinversores, foram feitas
simulações com Enphase C250 e, posteriormente, Hoymiles MI-300, utilizando um por módulo FV.

Figura 2 - Cenário adotado na simulação FV (Silva et al., 2019c)


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Figura 3 - Perfil de Sombreamento, (a) Belém-PA, (b) Sete Lagos-MG, (c) Curitiba-PR, (d) Campinas-SP e (e)
Paulo Afonso-BA

Tabela 1 – Componentes utilizados para simulação de sistemas FV.

COMPONENTE QUANTIDADE MODELO


Módulos Fotovoltaicos 16 BYD 270P6C-30
Inversor String 1 Ingecon Sun 4,6 TL
Inversor para SolarEdge 1 SE4000H
POPS Tigo 16 TS4-R-O
POPS SolarEdge 16 P320-NA
Microinversor Enphase 16 C250
Microinversor Hoymiles 16 MI-300

Para análise dos resultados de simulação foi calculado o performance ratio (PR) do sistema FV, que é uma medida
para indicação da qualidade de um sistema FV, por indicar o rendimento do mesmo, sendo a relação do rendimento real
sobre o esperado (SMA, 2019). Quanto mais próximo de 100% for o PR, o sistema está mais próximo do ideal.
Posteriormente, foi coletado os preços das arquiteturas com base nos relatórios do NREL (2018) e realizado o
cálculo conforme a figura de mérito definida na eq (1), que relaciona o custo total da arquitetura pela energia injetada na
rede elétrica anualmente pelo sistema FV obtido na simulação, chamado no presente trabalho de relação de custo-
geração (RGC). É válido destacar, que essa figura de mérito tem como objetivo estimar o custo inicial de cada arquitetura
perante a geração de energia injetada na rede elétrica no primeiro ano, desconsiderando fatores como degradação do
sistema, manutenção, instalação, entre outros custos durante a vida útil. O uso dessa ferramenta é importante para
estimar qual será o preço do kWh referente à parcela da arquitetura FV, e para efeitos comparativos entre arquiteturas
FV.

(1)
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Os valores utilizados para as arquiteturas FV são listados na Tab. 2, considerando o custo médio de cada
componente divulgados pelo NREL (2018) para sistemas residenciais (3-10 kWp) em diversos mercados FV. Para
tanto, foi utilizado somente os valores referentes aos custos de arquiteturas (componentes que integram o sistema FV)
em dólar, considerando o preço global, sem considerar fretes, custo de projeto e instalação, já que são semelhantes para
ambas arquiteturas. Logo, para a arquitetura convencional o custo considerado foi de $0,88/Wp, com microinversores
de $1,23/Wp e com otimizadores o custo foi de $0,93/Wp.
Ao utilizar tais arquiteturas no Brasil, é necessário realizar a conversão para reais aplicando ou não determinados
impostos. Como o objetivo é focar nas arquiteturas e algumas delas como o uso de otimizadores, ainda não é comum no
Brasil, utilizou-se os valores internacionais. Dessa forma, a comparação da relação de custo-geração pode servir de
referência para estabelecer uma noção de quanto custa as arquiteturas FV, em diferentes condições, sem e com
sombreamento.

Tabela 2 – Custo Médio de Componentes para Arquiteturas FV em diferentes mercados, segundo o NREL (2018).

COMPONENTE CUSTO
Módulo FV $0.47/Wp
Inversor convencional $0.12/Wp
Conversão com otimizador $0.18/Wp
Conversão com microinversor $0.39/Wp
Estrutura metálica $0.10/Wp
Componentes de proteção, acionamento, condutores e
$0.19/Wp
eletrodutos (Sistema convencional)
Componentes de proteção, acionamento, condutores e
$0.18/Wp
eletrodutos (Sistema com otimizador)
Componentes de proteção, acionamento, condutores e
$0.27/Wp
eletrodutos (Sistema com microinversor)

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com base nos custos obtidos na literatura, a Fig. 4 mostra os componentes considerados para obtenção do preço de
cada arquitetura FV e o peso exercido considerando o custo total necessário por Wp. É perceptível que os módulos FV
tem maior peso no sistema convencional, e já nos sistemas modulares, principalmente no caso do microinversor, o peso
diminui, pois a etapa de eletrônica dos conversores tem seu custo aumentado. A Tab. 3 mostra a diferença do custo de
cada arquitetura para o sistema de 4,32kWp, apontando o percentual de aumento do custo em relação a arquitetura
comparada, considerando somente a potência. A comparação na Tab. 3 é realizada considerando o valor da primeira
arquitetura em relação à segunda arquitetura listada.

Figura 4 – Gráfico representando o peso referente a cada componente

Tabela 3 – Custo Médio de Arquiteturas FV por Wp, baseado no NREL (2018), considerando o percentual de aumento
do custo da primeira arquitetura listada em relação a outra comparada.

Potência Comparação Aumento do custo do Wp em porcentagem


POPS x Convencional + 5,68 %
4.32kWp Microinversor x Convencional + 39,77 %
Microinversor x POPS + 32,26 %
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Com as simulações realizadas no PV*SOL, foi obtido a Tab. 4 que apresenta os valores de PR, energia injetada na
rede elétrica anualmente, e o RGC para as cinco localidades e três arquiteturas. A energia injetada na rede elétrica (EINJ)
anualmente é considerado o valor apresentado pelo PV*SOL referente ao primeiro ano de geração de energia elétrica,
em que o acerto da simulação é o maior e que o programa utiliza como base para cálculos das figuras de mérito.
No geral, a Tab. 4 apontou que no cenário com sombras, a arquitetura com POPS SolarEdge e/ou Tigo pode ter
custo inferior à arquitetura convencional. Nessa situação com sombreamento o RCG aumenta, já que o sistema FV gera
menos energia, entretanto, o RCG referente ao sistema convencional aumenta em uma proporção maior que os demais.
Por isso, o seu custo pode acabar superando o custo das arquiteturas modulares, mesmo sendo uma arquitetura mais
simples.
Quanto à geração nos diferentes cenários, o PR mostra uma redução depois do sombreamento devido as perdas,
entretanto, com as arquiteturas modulares o PR aumenta consideravelmente, mostrando uma mitigação das perdas em
relação a arquitetura convencional.

Tabela 4 – Resultado das simulações realizadas em PV*SOL e da relação Custo-Geração (Continua na página seguinte).

LOCALIDADE CENÁRIO ARQUITETURA PR EINJ RCG


Convencional 84,10 % 5.920 kWh 0,64 $/kWh
POPS - SolarEdge 88,00 % 6.191 kWh 0,65 $/kWh
Sem
POPS - Tigo 85,80 % 6.042 kWh 0,66 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 87,40 % 6.152 kWh 0,86 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 87,50 % 6.156 kWh 0,86 $/kWh
Belém-PA
Convencional 72,20 % 4.996 kWh 0,76 $/kWh
POPS - SolarEdge 77,70 % 5.380 kWh 0,75 $/kWh
Com
POPS - Tigo 75,70 % 5.242 kWh 0,77 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 76,70 % 5.309 kWh 1,00 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 76,70 % 5.312 kWh 1,00 $/kWh
Convencional 85,70 % 6.178 kWh 0,62 $/kWh
POPS - SolarEdge 89,70 % 6.463 kWh 0,62 $/kWh
Sem
POPS - Tigo 87,50 % 6.305 kWh 0,64 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 89,10 % 6.420 kWh 0,83 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 89,10 % 6.424 kWh 0,83 $/kWh
Sete Lagoas-MG
Convencional 67,10 % 4.718 kWh 0,81 $/kWh
POPS - SolarEdge 74,30 % 5.229 kWh 0,77 $/kWh
Com
POPS - Tigo 71,80 % 5.048 kWh 0,80 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 73,10 % 5.143 kWh 1,03 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 73,10 % 5.146 kWh 1,03 $/kWh
Convencional 86,80 % 5.627 kWh 0,68 $/kWh
POPS - SolarEdge 90,70 % 5.880 kWh 0,68 $/kWh
Sem
POPS - Tigo 88,60 % 5.743 kWh 0,70 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 89,80 % 5.820 kWh 0,91 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 89,80 % 5.824 kWh 0,91 $/kWh
Curitiba-PR
Convencional 68,00 % 4.294 kWh 0,89 $/kWh
POPS - SolarEdge 75,20 % 4.751 kWh 0,85 $/kWh
Com
POPS - Tigo 73,00 % 4.602 kWh 0,87 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 74,00 % 4.676 kWh 1,14 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 74,10 % 4.678 kWh 1,14 $/kWh
Convencional 85,40 % 6.184 kWh 0,61 $/kWh
POPS - SolarEdge 89,30 % 6.467 kWh 0,62 $/kWh
Sem
POPS - Tigo 87,20 % 6.311 kWh 0,64 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 88,70 % 6.427 kWh 0,83 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 88,80 % 6.431 kWh 0,83 $/kWh
Campinas-SP
Convencional 67,00 % 4.741 kWh 0,80 $/kWh
POPS - SolarEdge 74,30 % 5.255 kWh 0,76 $/kWh
Com
POPS - Tigo 71,80 % 5.080 kWh 0,79 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 73,00 % 5.165 kWh 1,03 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 73,00 % 5.167 kWh 1,03 $/kWh
Continua
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Tabela 4 – Continuação
LOCALIDADE CENÁRIO ARQUITETURA PR EINJ RCG
Convencional 84,60 % 6.103 kWh 0,62 $/kWh
POPS - SolarEdge 88,50 % 6.383 kWh 0,63 $/kWh
Sem
POPS - Tigo 86,40 % 6.228 kWh 0,65 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 87,90 % 6.342 kWh 0,84 $/kWh
Paulo Afonso- Microinversor - Hoymiles 88,00 % 6.346 kWh 0,84 $/kWh
BA Convencional 66,90 % 4.767 kWh 0,80 $/kWh
POPS - SolarEdge 73,60 % 5.245 kWh 0,77 $/kWh
Com
POPS - Tigo 71,10 % 5.073 kWh 0,79 $/kWh
Sombras
Microinversor - Enphase 72,40 % 5.164 kWh 1,03 $/kWh
Microinversor - Hoymiles 72,50 % 5.167 kWh 1,03 $/kWh

A Tab.5 realiza a comparação entre duas arquiteturas nas diferentes condições e localidades, mostrando quanto a
mais ou a menos a primeira arquitetura custa por kWh em relação a segunda. Os resultados mais relevantes foram para
os POPS que em condições de sombreamento superaram, na maioria das vezes, o custo do sistema convencional por
kWh.

Tabela 5 – Diferença de custo percentual comparando arquiteturas em diferentes condições e localidades.

LOCALIDADE CENÁRIO COMPARAÇÃO DIFERENÇA DO RCG


POPS SolarEdge x Convencional 1,06 %
POPS Tigo x Convencional 3,55 %
Microinversor Enphase x Convencional 34,50 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 34,41 %
Sem Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 33,10 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 29,89 %
MicroinversorHoymiles x POPS SolarEdge 33,01 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 29,81 %
Belém-PA
POPS SolarEdge x Convencional -1,86 %
POPS Tigo x Convencional 0,72 %
Microinversor Enphase x Convencional 31,53 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 31,46 %
Com Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 34,03 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 30,59 %
Microinversor Hoymiles x POPS SolarEdge 33,95 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 30,52 %
POPS SolarEdge x Convencional 1,02 %
POPS Tigo x Convencional 3,55 %
Microinversor Enphase x Convencional 34,50 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 34,42 %
Sem Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 33,14 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 29,89 %
MicroinversorHoymiles x POPS SolarEdge 33,06 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 29,81 %
Sete Lagoas-MG
POPS SolarEdge x Convencional -4,65 %
POPS Tigo x Convencional -1,23 %
Microinversor Enphase x Convencional 28,22 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 28,15 %
Com Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 34,47 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 29,82 %
Microinversor Hoymiles x POPS SolarEdge 34,39 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 29,74 %
Continua
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Tabela 5 – Continuação.
LOCALIDADE CENÁRIO COMPARAÇÃO DIFERENÇA DO RCG
POPS SolarEdge x Convencional 1,13 %
POPS Tigo x Convencional 3,55 %
Microinversor Enphase x Convencional 35,14 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 35,04 %
Sem Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 33,62 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 30,51 %
Microinversor Hoymiles x POPS SolarEdge 33,53 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 30,42 %
Curitiba-PR
POPS SolarEdge x Convencional -4,48 %
POPS Tigo x Convencional -1,39 %
Microinversor Enphase x Convencional 28,35 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 28,30 %
Com Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 34,38 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 30,17 %
Microinversor Hoymiles x POPS SolarEdge 34,32 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 30,11 %
POPS SolarEdge x Convencional 1,06 %
POPS Tigo x Convencional 3,56 %
Microinversor Enphase x Convencional 34,49 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 34,40 %
Sem Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 33,08 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 29,87 %
MicroinversorHoymiles x POPS SolarEdge 33,00 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 29,79 %
Campinas-SP
POPS SolarEdge x Convencional -4,66 %
POPS Tigo x Convencional -1,37 %
Microinversor Enphase x Convencional 28,30 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 28,25 %
Com Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 34,56 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 30,08 %
Microinversor Hoymiles x POPS SolarEdge 34,51 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 30,03 %
POPS SolarEdge x Convencional 1,05 %
POPS Tigo x Convencional 3,56 %
Microinversor Enphase x Convencional 34,51 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 34,42 %
Sem Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 33,11 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 29,88 %
MicroinversorHoymiles x POPS SolarEdge 33,03 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 29,80 %
Paulo Afonso-BA
POPS SolarEdge x Convencional -3,95 %
POPS Tigo x Convencional -0,69 %
Microinversor Enphase x Convencional 29,03 %
Microinversor Hoymiles x Convencional 28,95 %
Com Sombra
Microinversor Enphase x POPS SolarEdge 34,33 %
Microinversor Enphase x POPS Tigo 29,93 %
Microinversor Hoymiles x POPS SolarEdge 34,25 %
Microinversor Hoymiles x POPS Tigo 29,85 %
VIII Congresso Brasileiro de Energia Solar – Fortaleza, 01 a 05 de junho de 2020

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo apresentou simulações realizadas no software PV*SOL, considerando um cenário sem e com
sombreamento, em diferentes localidades e com diferentes arquiteturas FV. Posteriormente, analisou-se a relação de
custo-geração para as arquiteturas simuladas, realizando comparações. Como resultado, foi percebido que em situações
com sombreamento a arquitetura FV com POPS teve melhor custo-geração na maioria dos casos do que a arquitetura
convencional, e em outros ficou muito próximo da arquitetura convencional. Dessa forma, no cenário apresentado
arquitetura com POPS deve ser considerado, devido também a outras potencialidades que a mesma pode fornecer ao
sistema FV, como monitoramento individual, mais segurança, escalabilidade e facilidade de manutenção. Já a
arquitetura com microinversor teve um custo superior as outras duas arquiteturas, entretanto, em alguns locais de riscos,
o microinversor é uma boa opção, devido toda eletrônica ficar mais próxima do módulo FV.
Com isso, é possível notar que é necessário sempre realizar simulações computacionais do sistema FV antes da
instalação para verificar qual arquitetura FV pode ser utilizada e adotar metodologias que considerem também a geração
de energia com o perfil da instalação FV, assim é possível verificar o real ganho com cada arquitetura e convencer o
cliente a escolher o melhor sistema FV. Dessa forma, a figura de mérito custo-geração pode comparar diferentes
arquiteturas e ponderar o uso de arquitetura com características adicionais que irão variar de acordo com perfil do
cliente como, segurança, tipo de monitoramento, manutenção e escalabilidade.

Agradecimentos

Este trabalho foi desenvolvido através do programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor Elétrico PD-00063-
3032/2017 - PA3032: “Desenvolvimento de um modelo de Campus Sustentável na UNICAMP – Laboratório vivo de
aplicações de mini geração renovável, eficiência energética, monitoramento e gestão do consumo de energia", regulado
pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, em parceria com a empresa CPFL Brasil. Os autores também
agradecem ao CNPq, CAPES e FAPESP (2016/08645-9).

REFERÊNCIAS

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EVALUATION OF THE COST OF PHOTOVOLTAIC ARCHITECTURES FOR A RESIDENTIAL PLANT


IN DIFFERENT LOCATIONS IN BRAZIL

Abstract. With the challenge of deciding between several available photovoltaic (PV) architectures, it is necessary to
study factors that compare architectures, such as performance, adaptability to the installation location, features, and
cost. As for cost, many integrators compare different PV architectures with the price per installed power ratio, which
may not be valid by checking the benefits of PV system performance as well as the other peculiarities offered by each
PV architecture. In this context, this paper aims to evaluate the cost of the main PV architectures available in the
market, focusing on modular architectures, which are composed of microinverters or Power Optimizer for Photovoltaic
Systems (POPS), in comparison with conventional architecture (string or central inverter). For this, several simulations
of a scenario are performed, with the three architectures, with and without shading, and in different locations in Brazil.
Subsequently, a merit figure relating the cost of PV architecture to annual power generation is inserted, providing for
literature a cost margin for each architecture under different conditions. As a result, it is seen that under shading
conditions, the cost of POPS architecture under shading conditions can be lower than the conventional system.
Therefore, it is always advisable to perform computational PV simulations considering the characteristics of the place
where the PV system will be installed, so one can estimate precisely what will be the best PV architecture.

Key words: Photovoltaic Architectures, Power Optimizer, Microinverter

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