Você está na página 1de 32

MONOGRAFIA

CULTURELLE
®
2

2
SUMÁRIO
A microbiota..........................................................................................................4

Como a microbiota exerce seu efeito?..............................................................6

Como a microbiota pode ser modulada?.........................................................10

Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®)................................................................15

Diarreias agudas infecciosas e associadas a antibióticos............................18

Helicobacter pylori (Hp) e gastrite....................................................................21

Alergias e imunomodulação..............................................................................22

Doença inflamatória intestinal..........................................................................24

Doenças funcionais do tubo digestivo.............................................................25

3
Dr. Ricardo C. Barbuti
CRM-SP: 66.103
RQE nº 45.233
Médico-Assistente Doutor do
Departamento de Gastroen­
terologia do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo
(HCFMUSP)

A microbiota amniótica. Bactérias e vírus têm sido en-


contrados no mecônio de recém-nascidos,
Cada vez mais recebemos evidências da confirmando essa hipótese. Mas é com o
participação da microbiota na manutenção nascimento que a colonização mais robusta
de nossa saúde e de sua relação com várias começa a ocorrer. São fortes as evidências de
afecções intestinais e extraintestinais. Sabe- que os partos normal e a termo participam de
mos que todos os tecidos expostos ao meio forma importante na formação de uma micro-
ambiente se apresentam colonizados por biota saudável.1-4
bactérias, fungos, arqueias e vírus, e mais
recentemente se discute ainda a importância No parto normal, a colonização inicial será ini-
de protozoários e inclusive de helmintos, es- cialmente por bactérias do períneo da mãe.
tes últimos muitas vezes identificáveis a olho Já no parto cesáreo, o contato inicial do re-
nu. Os sistemas respiratório e geniturinário, a cém-nascido se faz com bactérias da pele e
pele e, principalmente, o tubo digestivo con- do hospital onde é feito o parto, parecendo
têm um número enorme de microrganismos, também importante o estresse do trabalho
que, se pesados, poderiam chegar a mais de de parto como agente importante para a pre-
1,5 kg de toda a nossa massa.1 sença de microrganismos benéficos. Crian-
ças nascidas de parto cesáreo, principal-
A colonização de nosso intestino se inicia mente parto agendado sem rotura da bolsa
já dentro do útero materno, mesmo sem amniótica e sem trabalho de parto, tendem
haver qualquer evidência de ruptura da barreira a ter chance maior de desenvolver doenças
4
alérgicas, autoimunes, degenerativas e meta- Estudos parecem confirmar que o aleitamento
bólicas, tanto intestinais como extraintestinais, materno se correlaciona negativamente com o
incluindo obesidade e doenças cognitivas desenvolvimento de infecções virais e bacte-
como, por exemplo, autismo e depressão.1-4 rianas, e de doenças alérgicas e autoimunes
etc., do mesmo modo que o parto normal.2,5-8
Com o nascimento, inicia-se o aleitamento,
sendo extremamente importante para a forma- À medida que a criança cresce, ela começa a
ção de uma microbiota saudável a amamenta- entrar em contato com diferentes microrga-
ção natural. Não existe nenhuma fórmula lác- nismos e diferentes alimentos e estímulos,
tea que sequer se aproxime do leite materno. essenciais para o incremento de suas bac-
Neste último, destaca-se a presença de lac- térias, fungos, vírus etc., e mais do que isso,
tobacilos e de carboidratos conhecidos como começa a aparecer uma variedade maior de-
human milk oligosaccharides (HMOs).2,5-8 les, cria-se uma maior diversidade bacteria-
na, essencial para a formação de uma micro-
Esses HMOs são extremamente importan- biota saudável.9-11
tes para que a criança forme microbiota
saudável e se desenvolva de forma adequa- Especialmente os 1.000 primeiros dias de
da. Os HMOs funcionam como prebióticos, vida vão exercer papel vital em nossas vidas,
estimulando o crescimento e o desenvolvi- já que a microbiota formada nessa época será
mento de bactérias boas; ligam-se a recep- aquela responsável por modular nossa saúde
tores da mucosa intestinal, que poderiam a partir de então. Qualquer interferência na
ser ocupados por bactérias patogênicas, formação da microbiota nesses três primei-
dificultando, por exemplo, o aparecimento ros anos pode trazer impacto para o resto de
de infecções; apresentam efeito imunomo- nossas vidas. Logo, infecções que desenvol-
dulador importante, controlando o desen- vemos, uso de medicamentos que interfiram
volvimento de nosso sistema imune; mo- na imunidade, secreção ácido-péptica e moti-
dificam a proliferação e a diferenciação de lidade intestinal, e especialmente antibióticos,
células intestinais; participam, inclusive, da aleitamento, tipos de alimentos etc. podem
formação de nosso sistema nervoso central fazer com que a microbiota formada não seja
(SNC), o que explica, por exemplo, o coefi­ a ideal, com consequências importantes a
ciente de inteligência maior em crianças longo prazo.9-11
que receberam aleitamento natural em de-
trimento das que não receberam, fato que É importante também mencionar que não
pode ser corrigido ao longo dos primeiros somente as bactérias são importantes nesse
anos de vida, na dependência dos estímu- processo. Mais e mais o viroma, o fungoma,
los recebidos pelo lactente. protozoários e helmintos têm se mostrado
5
também bastante importantes na manu- intestino têm de nos proteger de infecções
tenção de nossa saúde. Pessoas dife- por microrganismos patogênicos. Essa fun-
rentes, microbiotas diferentes, a tal pon- ção é exercida deslocando os patógenos
to de esse conjunto de microrganismos (dois corpos não podem ocupar o mesmo
ser considerado hoje tão exclusivo quanto lugar no espaço ao mesmo tempo), compe-
impressões digitais. tindo por nutrientes e por receptores e, ain-
da, produzindo fatores que possam interferir
Além dessa variação individual, existe cla- na sobrevivência de cepas patobiontes, por
ra diferença entre populações de diferentes exemplo, secretando bacteriocinas (proteínas
origens, mesmo dentro de um mesmo país, que funcionam como verdadeiros antibióticos
mais ainda quando consideramos culturas di- naturais, além de favorecerem a colonização
ferentes, de diversas regiões.1,12-15 (Figura 1) de cepas do bem e agirem como imunomo-
duladores), fermentando prebióticos e geran-
do ácidos graxos de cadeia curta – AGCCs
Figura 1. Diferente microbiota e
diferentes populações (butirato, propionato, lactato, acetato etc.),
que, ao reduzirem o pH colônico, dificultam a
proliferação bacteriana.16-19

Outra atividade importante é a função meta-


bólica promovendo a diferenciação de células
epiteliais intestinais, metabolizando eventuais
carcinógenos presentes na dieta, sintetizan-
do vitaminas ou facilitando sua absorção e a
Yanomami Malawi Venezuela Estados Unidos
de outros nutrientes e oligoelementos.16
Adaptada de: Davenport ER, et al. BMC Biol. 2017;15(1):127.1

A microbiota ainda pode nos ajudar no pro-


cesso digestivo produzindo enzimas que fa-
Como a microbiota vorecem a digestão de vários alimentos, sen-
exerce seu efeito? do a lactose, talvez, o exemplo mais evidente.
Bactérias do gênero Lactobacillus podem
A microbiota interfere em nosso organismo de produzir betagalactosidase e, assim, facilitar
forma bastante abrangente, direta e indireta- a quebra de lactose, diminuindo sintomas de
mente. (Figura 2) intolerância a esse dissacarídeo.20

Uma função importante é a protetora, ca- Uma das funções mais importantes dos
pacidade que as bactérias boas de nosso microrganismos consiste em seu efeito
6
Figura 2. A microbiota intestinal interfere ou contribui para uma ampla
variedade de processos
Prod
de nutr ução
ien
tes
l
da tina
s Ácidos graxos de cadeia curta
int o
rei çã
e

Muco
bar rote

Vitaminas
ra

Enzimas Produção hormonal


P

Neurotransmissores
Mensagens

neuro
intestino-

Comunicação
Exclusão de -cérebro
patógenos
Microbiota

endócrina
Junções
de oclusão
Bacteriocina
intestinal

Inflamação
Di g b so
ea

Trânsito intestinal Resposta


alérgica
Regulação do pH
es rçã

Vitaminas
o

Minerais
o Glicose
o
u l a çã
M o d ne
imu

imunomodulador, que é exercido de manei- importante. Possuem estruturas conhecidas


ra bastante complexa e em conjunto com a como pattern recognition receptors (PRRs),
modulação do eixo cérebro-intestinal. Uma como os receptores toll-like (TL) e os NOD,
vez com saúde, vivemos em um regime co- que são capazes de identificar todos os antí-
nhecido como eubiose, no qual existe equi- genos presentes na luz intestinal, agrupados
líbrio entre bactérias boas, ruins e o sistema sob o nome de microorganism-associated
imunológico da mucosa intestinal. Células molecular patterns (MAMPs). Uma vez em
específicas da mucosa intestinal têm impor- eubiose, antígenos “bons” são reconhecidos,
tância crucial na manutenção da saúde. Es- havendo resposta saudável da mucosa intes-
sas células, conhecidas como células de tinal mantendo sua produção de IgA, muco
Paneth, apresentam característica bastante e defensinas e mantendo funcionantes os
7
tight junctions intestinais, garantindo, as- reconhecido pelos PRRs intestinais, que agora
sim, permeabilidade intestinal intacta.21 fazem com que a mucosa intestinal comece a
(Figura 3) agir de forma não saudável, diminuindo a pro-
dução de muco, IgA e defensinas e fazendo
Havendo predomínio de bactérias pato- com que os tight junctions deixem de funcionar
biontes, ou quando há perda da diversidade de maneira adequada. Isso faz com que haja
bacteriana, entramos em um processo conhe- aumento da permeabilidade intestinal promo-
cido como disbiose. Esse estado também é vendo a passagem de antígenos bacterianos e

Figura 3. Diferente microbiota e diferentes populações


a. Microbiota normal b. Exposição ao antibiótico
Antibiótico

MAMPs

MAMPs

Camada de muco
Camada PRR (adelgaçando)
de muco

Junção
oclusiva
IEC

MAMPs: padrões moleculares associados a microrganismos; PRR: receptores de reconhecimento de padrões;


IEC: células epiteliais intestinais; AMPs: peptídeos antimicrobianos.

Microbiota AMPs Defensinas


Patógenos Catelicidinas Alvo direto de antibióticos
IgA secretora Lectinas tipo C Efeito indireto dos antibióticos

Adaptada de: Davenport ER, et al. BMC Biol. 2017;15(1):127.1


8
alimentares, produtos bacterianos e de outros essa informação para nosso SNC, que vai
microrganismos, para camadas mais profun- agora filtrar e modular esses dados, man-
das da mucosa intestinal. Como consequên- dando resposta eferente, diretamente por
cia, células do sistema imune são atraídas para via nervosa – normalmente o nervo vago é
esse local (mastócitos, por exemplo), ocorren- o mais importante –, além de alterar con-
do liberação de várias citocinas pró-inflamató- comitantemente o eixo hipotálamo-hipó-
rias, as quais, por sua vez, atraem mais células fise-adrenal. Ocorre, assim, modificação
inflamatórias para esse local, fazendo com que motora, secretória e de sensibilidade intes-
uma cascata inflamatória tenha início.21 tinal, além de alterações sistêmicas meta-
bólicas e bioquímicas, capazes de modificar
Esse estado é “percebido” por fibras nervo- toda a fisiologia de nosso organismo. 9,22-24
sas aferentes, que, por sua vez, transmitem (Figura 4)

Figura 4. A microbiota modula o eixo cérebro-intestinal por


mecanismos vagais, via circulação sanguínea e via sistema imune

Luz Barreira
intestinal intestinal
SNC

Nervo vago
Estímulo vagal

Sistema circulatório

Neurotransmissores
Hormônios
Metabólitos
Sinalização imune

Sistema imunológico
MAMPs
Metabólitos
SNC: sistema nervoso central.
Adaptada de: Sampson TR, Mazmanian SK. Cell Host Microbe. 2015;17(5):565-76.26
9
Essas mesmas citocinas produzidas podendo reconhecer a microbiota e outros
na submucosa do intestino podem antígenos. Elas têm a capacidade de deter-
ganhar os vasos sanguíneos, alcan- minar qual tipo de resposta imune será ati-
çando a barreira hematoencefálica, vado, orientando respostas de predomínio
modulando a ação do SNC, alterando, Th1, Th2 etc., não somente do intestino,
por exemplo, a expressão de vários re- mas de todo o nosso organismo, direta e
ceptores como os serotoninérgicos, promo- indiretamente, via modulação do SNC. 29,30
vendo sintomas sistêmicos como depres- (Figura 5)
são, fadiga crônica, perda ou aumento do
apetite etc. 25,26 Algumas bactérias podem É mister mencionar que é possível a micro-
produzir neurotransmissores, aminoácidos biota ser alterada durante o envelhecimen-
e hormônios, que, uma vez absorvidos, to, desencadeando modificação da micro-
são transportados pelo sistema circulató- biota e de sua imunomodulação, fazendo
rio, alterando as mais variadas funções de com que a microbiota do idoso tenha ca-
nosso corpo. 26,27 racterística pró-inflamatória, predominando
a liberação de citocinas como a interleucina
A microbiota ainda é capaz de modular a (IL)-6, o fator de necrose tumoral alfa (TNFα)
expressão de vários receptores intestinais e e a interferona-gama, promovendo o que
extraintestinais, promovendo modificações chamamos de imunossenescência, carac-
nos mais variados sistemas.26,27 terística do processo de envelhecimento e
que está relacionada com o aparecimento
Nosso intestino também apresenta grande de doenças degenerativas e mesmo mi-
número de células neuroendócrinas, algu- tóticas. Processo parecido, por exemplo,
mas em íntimo contato com a luz intestinal também é encontrado na obesidade, outra
e que têm a função, entre outras, de liberar situação pró-inflamatória e também relacio-
grande variedade de neurotransmissores, nada com maior risco de várias afecções
que podem alterar diretamente o eixo cére- benignas e malignas. 31,32
bro-intestinal. Mais de 30 hormônios já foram
descritos no intestino, e praticamente 95% Como a microbiota pode
de toda nossa serotonina também é encon- ser modulada?
trada nesse local.28
São vários os mecanismos pelos quais a mi-
Outras células essenciais presentes no in- crobiota pode ser modificada para o bem e
testino são as células dendríticas, impor- para o mal. Talvez a responsável mais co-
tantes por efeito imunomodulador. Essas mum seja a dieta. A ingestão especialmen-
células apresentam os mesmos PRRs, te de prebióticos é essencial para manter
10
Figura 5. Imunomodulação e a importância das células dendríticas e
sua relação com a microbiota intestinal

LUZ

Lb. acidophilus Lb. gasseri Lb. reuteri B. longum Lb. rhamnosus B. bifidum
Lb. casei Lb. plantarum B. infantis Lb. rhamnosus Lac23a LMG13195
Lb. johnsonii Lb. lactis B. bifidum GG B. bifidum
DSM20239

Célula M IEC

DC
DC

Th1

IL-12

Th-17 IL-23
IL-1β
IL-10
Th2

PRR Complexo HLA/TCR Sinais coestimulatórios

PRR: receptores de reconhecimento de padrões; IEC: células epiteliais intestinais;


HLA: antígeno leucocitário humano; TCR: receptor de célula T. LÂMINA PRÓPRIA
Adaptada de: Dongarrà ML, et al. Curr Allergy Asthma Rep. 2013;13(1):19-26.29

uma microbiota saudável. Os prebióticos, na São justamente essas fibras solúveis que re-
maioria, são fibras que podem ser definidas presentam uma fonte importante de nutrientes
como carboidratos não digeríveis, sendo, para as bactérias intestinais. Esses prebióti-
portanto, incapazes de ser absorvidas, po- cos promovem, assim, o crescimento de cepas
dendo ser solúveis e insolúveis, na depen- bacterianas específicas, havendo, inclusive,
dência de sua solubilidade em água.19,33-35 o que chamamos de índice prebiótico, isto é,
11
para cada bactéria existe um prebiótico Têm também efeito redutor da aderência de
ideal, de tal modo que, quando usamos cepas patobiontes ao nosso intestino e esti-
um simbiótico (prebiótico + probiótico), mulador da atividade de células NK (natural
caso utilizemos a combinação não ideal, killer) e da atividade fagocítica (dificultando
pode haver estímulo para o crescimento as infecções bacterianas), modulam resposta
de cepas não desejadas.19,33-35 imunológica via ação de TL das células den-
dríticas, são capazes de reduzir inflamação
Esses prebióticos, uma vez fermentados pe- promovendo secreção de citocinas anti-infla-
las bactérias intestinais, geram a produção matórias como a IL-10 e reduzindo as infla-
dos chamados ácidos graxos de cadeia cur- matórias como a IL-1β e a IL-6. Por fim, são
ta, como o propionato, o acetato, o lactato descritos inclusive efeitos antimitóticos. A falta
e, principalmente, o butirato. Esse último tem de ingestão de prebióticos pode levar à utili-
função essencial, já que consiste na principal zação do próprio muco intestinal como fonte
fonte para manutenção da trofia dos colonóci- de alimento pela microbiota, interferindo, de
tos, favorece a absorção de água e eletrólitos, forma negativa, na defesa da mucosa, além
coordena a motilidade intestinal, melhora o de promover a produção de AGCCs com po-
compliance retal, acelera a reparação dos en- der inflamatório e pró-neoplásico, como o iso-
terócitos, promove a diferenciação intestinal, valerato, o isobutirato, o 2-metilbutirato, entre
apresenta efeito anti-inflamatório e restabele- outros.9,26,36,37
ce a permeabilidade intestinal.19,33-35
A fermentação bacteriana faz com que ocor-
Os AGCCs são absorvidos e, uma vez na circu- ra também produção de gases, os quais por
lação, podem modular a barreira hematoence- si só podem resultar em distensão e descon-
fálica e interferir de maneira positiva na chegada forto, ao mesmo tempo que são capazes de
de substâncias quimicamente ativas ao SNC e, interferir na motilidade intestinal. Por exemplo,
consequentemente, inclusive fármacos. o metano está diretamente relacionado com
quadros de constipação intestinal.38
Os AGCCs se ligam a receptores específicos
da mucosa intestinal (free fatty acids receptors) A alimentação ainda é importante como
e, assim, podem interferir diretamente no eixo agente modulador da microbiota do hos-
cérebro-intestinal e, com acoplamento aos TL pedeiro via modificação genética. Bactérias
intestinais, controlar vários fatores relaciona- ingeridas pela alimentação podem trocar
dos com nosso metabolismo, de maneira ge- material genético com nossas bactérias in-
ral. São robustas as evidências que mostram testinais e, assim, modificar suas funções
alterações na liberação de grelina, leptina, (fenômeno conhecido como horizontal ou la-
PYY, GLP-1, GLP-2 etc. teral gene transfer).39
12
Mudanças na alimentação podem modificar intestino do hospedeiro, não somente de
rapidamente a microbiota, podendo ser bené- bactérias, mas de todos os componentes
ficas ou não.40 fecais, podendo-se incluir microrganismos e
variada quantidade de proteínas, citocinas,
Os alimentos podem também modificar a mi- carboidratos etc. Esses fatores fazem com
crobiota por ação indireta via modulação do que o quesito segurança do transplante de
eixo cérebro-intestino, por acoplamento a qui- fezes seja analisado com extremo cuidado.47
miorreceptores encontrados em células neuro-
endócrinas intestinais (taste receptors). Modifi- Qualquer medicamento que interfira na mo-
cações no pH e na temperatura dos alimentos tilidade e secreção intestinais, imunidade,
também podem alterar esse mesmo eixo, ago- secreção ácido-péptica etc. pode também
ra por ação sobre os chamados transient re- modificar a microbiota. Fármacos como inibi-
ceptor potential channels (TRP).41-43 dores da bomba de prótons, antidepressivos,
quimioterápicos, diuréticos etc. são exemplos
O segundo modo de alterar nossa microbiota conhecidos. Entretanto, são os antibióticos,
é por meio da atividade física. A prática regular sem dúvida, os que causam maior impacto
de exercícios está relacionada com melhora do como exemplos clássicos de promotores de
humor, previne o declínio cognitivo, modifica a disbiose. Os antimicrobianos podem, todavia,
imunidade da mucosa e interfere diretamen- ser utilizados para manipulação da microbiota
te na microbiota intestinal, aumentando sua de maneira positiva, como é o caso das in-
diversidade, diminuindo cepas patobiontes, fecções intestinais e extraintestinais ou, por
produzindo agentes antioxidantes e também exemplo, na síndrome do supercrescimento
incrementando a produção de AGCCs.44-46 bacteriano de intestino delgado.48-50

O transplante fecal modifica claramente a O uso desses medicamentos de forma in-


microbiota, sendo seu uso na prática clínica discriminada, especialmente durante a for-
restrito ao tratamento de colites secundárias mação da microbiota, ou seja, nos 1.000
ao Clostridium difficile que não responderam primeiros dias de vida, pode ter impacto no
à terapia com metronidazol e vancomicina. resto de nossas vidas, por exemplo, promo-
Protocolos em andamento tentam estudar vendo maior predisposição para a obesidade
esse método de manipulação da microbiota ou magreza excessiva e doenças alérgicas e
para tratamento também de doenças inflama- autoimunes. Quanto mais antibióticos usa-
tórias intestinais, doenças funcionais, depres- mos, mais desequilibrada será a microbiota
são, obesidade, doenças autoimunes etc. É e, consequentemente, maior será a chance
muito importante que se diga que o uso do de nossos filhos já serem colonizados por
transplante fecal engloba a introdução, no cepas não desejadas.48-50
13
Por fim, outra maneira de manipular o Depois de todo esse processo, os probióticos
conjunto de microrganismos intestinais passam por um processo de multiplicação
é a suplementação com probióticos para que possam ser comercializados, sendo
(“organismos vivos que, quando con- muito importante um controle sobre eventuais
sumidos em quantidades adequadas, mutações espontâneas ou induzidas por fagos
fazem bem para a saúde do hospedeiro” – pelo fabricante, já que esses fatores podem in-
World Health Organization – WHO 2001). Os terferir na eficácia e, principalmente, na segu-
probióticos podem ser bactérias ou fungos rança da cepa ou cepas suplementadas.51
e devem, portanto, estar vivos e em número
adequado no seu local de ação: a luz intesti- É muito importante mencionar que os probió­
nal. Para que isso aconteça, devem resistir à ticos não são iguais, embora possam existir
passagem pelo estômago e intestino delga- características comuns a gêneros e espé-
do, já que o ácido clorídrico (HCl), a pepsina, cies iguais; do mesmo jeito que somos to-
os sais biliares e as enzimas pancreáticas dos Homo sapiens, existe grande variação de
apresentam forte poder bactericida. É muito acordo com a cepa considerada, assim como
importante que sejam conservados e trans- possuímos diferentes RG e CPF. Assim, exis-
portados de forma adequada. De modo que, tem bactérias de mesmo gênero e espécie,
quando probióticos necessitam ser conser- mas com RG diferentes (cepas diferentes), o
vados refrigerados e não o são, existe per- que pode acarretar respostas completamente
da de cepas viáveis. Alguns microrganismos diferentes. Cepas diferentes de mesmo gêne-
não podem ser transportados de avião por ro e espécie podem ser tão parecidas como
não resistirem à variação de pressão atmos- nós somos parecidos com uma palmeira ou
férica. um peixe.1,53,54

A conservação dos probióticos pode ser in- O mecanismo de ação dos probióticos foi
fluenciada também pela zona climática, de tal descrito anteriormente quando abordamos
modo que pode haver diferença de viabilidade a importância da microbiota e suas funções.
e ação em diferentes regiões do planeta.1,51 Entretanto, sua ação pode variar de acor-
do com a cepa, característica genética dos
Para o desenvolvimento de um probiótico, de- PRRs, clima, temperatura, medicamentos e
ve-se respeitar um longo período de estudo, alimentos utilizados em conjunto e o restante
que engloba a escolha da cepa com potencial da microbiota do receptor.51,54
probiótico, o estudo de seu comportamento,
o teste de sua segurança e eficácia in vitro e É muito importante que mencionemos que
depois in vivo, passando por estudo em co- a associação de diferentes cepas em um
baias e posteriormente em humanos.52 único produto não significa que isso leve a
14
melhores respostas clínicas. Cepas diferen- é melhor do que o de probióticos isolados, já
tes podem competir por nutrientes e recep- que para cada probiótico existe um prebiótico
tores, produzir bacteriocinas que matam ou- ideal.51,54
tras cepas e ter diferentes características no
que diz respeito à interação com alimentos e A mensagem mais importante é que o efeito pro-
medicamentos e à sobrevivência em diferen- biótico é cepa-específico e deve ser estudado
tes regiões climáticas.51,54 como tal. Quanto mais estudada a cepa, mais
podemos confirmar suas indicações e eficácia
A ação dos probióticos também pode variar de em diferentes situações clínicas. (Figura 6)
acordo com a matriz utilizada, ou seja, probióti-
cos em leites fermentados podem funcionar de Uma das cepas mais bem estudadas é, sem
forma diversa quando são fornecidos em cáp- dúvida, o Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®),
sulas. E, finalmente, como foi dito anteriormen- e passamos agora a mostrar suas característi-
te, o uso de simbióticos não necessariamente cas e indicações para suplementação.

Figura 6. Resumo dos efeitos dos probióticos


Função de barreira epitelial Modulação do Alteração direta da
intestinal reforçada sistema imunológico microbiota intestinal

Melhorar a resistência transepitelial Aumentar a produção total e Interferir com adesão e invasão
Melhorar a produção de muco específica de IgA de patógenos
Modificar a glicosilação epitelial Reduzir a responsividade das Produção de bacteriocinas
Reforçar a integridade do epitélio do células T Diminuir o pH luminal por meio da
citoesqueleto e a integridade da Diminuir atividade fagocitária formação de ácidos orgânicos
junção de oclusão Melhorar a apoptose de imunócitos Resistência à colonização
Promover restituição epitelial Alterar perfis de citocinas
Evitar a apoptose de células epiteliais Induzir tolerância oral
Efeitos antioxidantes

Adaptada de: Rioux KP, et al. Gastroenterol Clin N Am. 2005;34:465-82.55

revelando-se mais 300 proteínas específicas,


Lactobacillus fato que diferencia essa cepa de outras. É
rhamnosus GG (LGG®) considerado hoje a cepa probiótica mais bem
estudada desde sua identificação em 1985
O LGG® (depositado na American Type Cul- pelos professores Sherwood Gorbach e Barry
ture Collection – ATCC – como DSM 33156) Goldin, sendo o primeiro probiótico do gênero
consiste em um bacilo Gram-positivo original- lactobacilo a ser patenteado em 1989. Essa
mente obtido do intestino de um adulto sau- cepa tem várias qualidades que fizeram muitos
dável, já tendo sido totalmente sequenciado, pesquisadores iniciarem protocolos estudando
15
a importância de sua suplementação em Estudos de recuperação fecal após suple-
diversas situações clínicas.
56-61
(Figura 7) mentação oral mostram que o LGG® conse-
gue sobreviver à passagem pelo estômago e
Figura 7. intestino delgado, apresentando índices de
recuperação intestinal bastante bons.62-66

A adesão é fundamental para a exclusão


competitiva, particularmente no caso da
competição por patógenos. Demonstrou-
-se que o Lactobacillus GG (LGG®) adere às
proteínas do muco muito melhor do que as
cerpas estreitamente relacionadas in vitro.56
(Figura 8)
Adaptada de:

Figura 8. Lactobacillus GG apresenta


O LGG consegue resistir bem ao ácido gástri-
® maior adesão às proteínas do muco do
co e à bile, adere eficazmente a células intes- que as cepas relacionadas
tinais humanas, além de produzir substância 40
35
com poder bactericida. O LGG® interfere na 30
Adesão (%)

25
colonização de cepas patobiontes por compe- 20
15
tição por espaço na luz intestinal e acoplamen- 10
5

to a receptores, do mesmo modo que produz L. casei Shirota L. johnsonii LJ1 L. rhamnosus GG L. rhamnosus LC-705

bacteriocinas que estimulam a proliferação ce- Adaptada de: Segers ME, et al. Microb Cell Fact. 2014;13 Suppl 1:S7.56

lular intestinal, além de incrementar bastante a


produção de muco, fazendo com que o au- Um subconjunto de proteínas específicas do
mento da permeabilidade intestinal, observa- LGG® é amplamente responsável pela capa-
do em situações de disbiose, seja corrigido. O cidade do LGG® de aderir às células epiteliais
LGG® adere a proteínas do muco muito melhor que revestem o intestino. Essas proteínas
do que outras cepas tanto em adultos como são componentes estruturais dos pili, proje-
em crianças, o que garante uma colonização ções semelhantes a pelos que fixam fisica-
mais duradoura desse microrganismo. mente os lactobacilos a locais específicos em
células epiteliais.67 Esses pili são visíveis na
Mais de 1.000 estudos foram conduzidos micrografia eletrônica na figura 9. Tripathi e
com essa cepa, incluindo mais de 200 es- seus colegas visualizaram os pili usando um
tudos clínicos em humanos, permitindo sua segundo método, microscopia de força atô-
indicação em diversas situações clínicas.56-61 mica.67 (Figura 10)
16
Figura 9. Essa capacidade de aderência é essencial
para que o probiótico possa exercer seu efei-
to imunomodulador, incrementando a ativida-
de macrofágica e de outras células imunes,
estimulando a produção de imunoglobulinas
e citocinas (IgA, IgG, IgM, IL-6), inibindo a
produção de lipopolissacarídeos e TNF-α,
Adaptada de: Tripathi P, et al. Langmuir. 2012;28(4):2211-6.67
aumentando a expressão de vários recep­
tores TL, além de equilibrar a resposta imuno-
lógica, seja para alérgenos alimentares ou de
maneira geral.31,67,68
Figura 10.
Uma consideração muito importante com
relação a qualquer probiótico é com rela-
ção à sua segurança. É lógico pensarmos
na possibilidade de que a suplementação
de uma bactéria ou fungo possa causar
bacteremia ou fungemia e isso culminar em
sérias infecções. 69-73
Adaptada de: Tripathi P, et al. Langmuir. 2012;28(4):2211-6.67

Essa variável é potencialmente viável em


casos de grande comprometimento da per-
Os pili são compostos de proteínas específicas meabilidade intestinal, como em pacientes
da linhagem, ou pilinas, que se unem fixando em estado de choque grave, grande imu-
rapidamente os lactobacilos ao epitélio.67 nodeficiência ou, eventualmente, quando,
por equívoco da equipe de saúde, o pro­
A SpaC, uma pilina e a proteína-chave de biótico é introduzido diretamente na veia do
adesão do LGG®, liga-se à mucina e ao co- paciente. Outro fator a ser considerado se
lágeno e pode interagir com outras pilinas de deve à imunomodulação.69-73
SpaC. A SpaC atua como os dentes de um
zíper – permanecendo próxima e protegendo Cepas que induzem, por exemplo, resposta
as superfícies e junções celulares, enquanto Th1 podem piorar doenças Th1-dependentes.
as células epiteliais fazem a recíproca da liga-
ção, formando uma rede. Em última análise, a Por fim, causa preocupação a possível trans-
origem dos benefícios para a saúde ocorre na missão de resistência bacteriana via plasmí-
adesão do LGG® ao epitélio intestinal.67 deos de probióticos para eventuais bactérias
17
com potencial patogênico presentes na A espécie Lactobacillus alcançou o Qualified
microbiota do hospedeiro.69-73 Presumption of Safety (QPS) do Comitê
Científico da European Food Safety Authority
A experiência prática de mais de 30 and Generally Recognized, assim como foi
anos de uso em 90 países confirma a considerado seguro (GRAS) pela US Food
segurança e a tolerância em larga escala and Drug Administration (FDA). No LGG ®,
do Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®). Es- os genes de resistência a antibióticos são
tudos epidemiológicos extensivos mostram distintos dos genes transferíveis e o LGG ®
que o rápido aumento do consumo dessa não possui os plasmídeos que podem dis-
cepa na Finlândia não aumentou a incidên- seminar genes transferíveis.77
cia de isolados de Lactobacillus ou LGG® em
amostras de hemoculturas.70 Considerando as centenas de estudos clíni-
cos em populações saudáveis e vulneráveis,
A segurança do LGG® é ainda apoiada por incluindo adultos, crianças e bebês, junta-
estudos de vigilância que avaliaram o poten- mente com as afirmações anteriormente ci-
cial aumento de infecções clínicas com o au- tadas, as evidências mostram que o uso de
mento do consumo de probióticos.71-73 LGG® é seguro e eficaz e é o padrão-ouro em
suplementação probiótica.
Esses estudos em um período de nove
anos mostraram que, apesar de um notável Se considerarmos todas as características
aumento no consumo de LGG ® (~10 vezes) que um probiótico ideal deve ter, o LGG® con-
na Finlândia, o número de infecções envol- segue se encaixar em todas.78 (Quadro 1)
vendo espécies de lactobacilos relatadas
às autoridades de saúde em Helsinque São vários os estudos que mostram a eficácia
permaneceu em um nível constante de 10 da suplementação com LGG® em diversas si-
a 20 casos por ano. Casos de bacteremia tuações clínicas. (Quadro 2)
ocorreram em pacientes com comprome-
timento imunológico subjacente, doença Diarreias agudas
crônica ou debilidade. 74 Não há relatos de infecciosas e associadas
sepse relacionada ao uso de probióticos a antibióticos
em pessoas saudáveis. 75,76
O LGG® é, sem dúvida, a cepa mais bem
Dezenas de estudos clínicos não demons- estudada no tratamento e na prevenção
traram nenhum impacto adverso nos parâ- de várias síndromes diarreicas em adultos
metros nutricionais, metabólicos ou imuno- e crianças. Os últimos consensos e diretri-
lógicos devido à administração de LGG®. zes de várias entidades médicas colocam
18
Quadro 1. Características de uma cepa probiótica ideal
Cepa probiótica ideal Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®)
É derivada de humanos X
Resiste à passagem pelo trato digestivo X
superior (HCl, enzimas pancreáticas, bile)
Coloniza o tubo digestivo humano X
Inibe bactérias patobiontes X
Age com imunomoduladora X
Resiste à fermentação X
É bem tolerada e segura X
Adere a células intestinais de humanos X
Adaptado de: Guarner F, et al. J Clin Gastroenterol. 2012;46(6):468-81.78

Quadro 2. Consenso asiático sobre uso de probióticos colocando as várias


indicações de suplementação em diferentes regiões do planeta. LGG® se
encontra como primeira opção em várias indicações
Doenças Europa Estados Unidos América Latina Mundo
Gastroenterite aguda T L. rhamnosus GG, L. rhamnosus GG, L. rhamnosus GG, S. boulardii, L. rhamnosus
S. boulardii, L reuteri S. boulardii S. boulardii, L. reuteri GG, Indian Dahi
DAA P L. rhamnosus GG, L. rhamnosus GG, L. rhamnosus GG, S. boulardii; L. rhamnosus
S. boulardii S. boulardii S. boulardii GG, B. lactis Bb12 + 
S. thermophilus,
L. rhamnosus strains E/N,
Oxy and Pen
DACD P S. boulardii, L. rhamnosus GG L. rhamnosus GG, L. rhamnosus GG, B. lactis
Diarreia nosocomial P L. rhamnosus GG B. lactis Bb12, Bb12 + S. Thermophilus
S. thermophilus, B. bifidum
Diarreia do viajante P
Transtornos intestinais T Evidência insuficiente L. rhamnosus GG, VSL#3 L. rhamnosus GG,
funcionais (SII) L. reuteri DSM17938
L. reuteri DSM 17938 L. reuteri DSM 17938
Cólica infantil T L. reuteri DSM 17938
VSL#3 VSL#3
DII (DC, CU, pouchite) T E. coli Nissle 1917,
VSL#3
Infecção por Helicobacter T Não recomendado L. casei DN-114 001
pylori
T: tratamento; P: prevenção; DAA: diarreia associada a antibiótico; DACD: diarreia associada ao Clostridium difficile; SII: síndrome do intestino irritável; DII: doença
inflamatória intestinal; DC: doença de Crohn; CU: colite ulcerativa.

Adaptado de: Cameron D, et al. World J Gastroenterol. 2017;23(45):7952-64.82

o LGG® como a melhor opção para o tra- LGG® são bem mais robustas e baseadas
tamento de diarreia aguda infecciosa tanto em estudos bem conduzidos, com número
em adultos como em crianças. Compara- adequado de pacientes estudados. O LGG®
do com outras cepas, as evidências com parece diminuir a inflamação intestinal mais
19
rapidamente, reduzindo as citocinas Figura 11. Lactobacillus GG reduz
pró-inflamatórias e incrementando a duração da diarreia durante o
as citocinas anti-inflamatórias muito tratamento com eritromicina
mais do que outras cepas. O grau de

Média de dias de diarreia


10
evidência na maioria dos consensos é
8
A para o tratamento da diarreia aguda 8
4
infecciosa e B para a prevenção dela e da 2
2
diarreia do viajante. 78-86

0
Lactobacillus GG Placebo

Na prevenção e tratamento das diarreias


N=16

associadas a antibióticos. As evidências a Dose: não revelada


Idade: 18 a 24 anos
Duração: uma semana
favor do LGG® como melhor opção nessa
situação também são muito fortes, colocan- Em conjunto, esses estudos indicam o papel do Lactobacillus
GG na redução dos riscos de eventos adversos associados
do o LGG® como a melhor escolha nessas a antibióticos.

situações clínicas.78,81,82,84,87
Adaptada de: Siitonen S, et al. Ann Med. 1990;22(1):57-9.89

Ainda nesse grupo, o LGG® também tem


sido estudado no tratamento de uma com- Um exemplo de disbiose resultante de mu-
plicação mais grave das diarreias associadas dança na dieta e no ambiente é a diarreia do
a antibióticos, a colite pseudomembranosa. viajante, que afeta 20% a 50% dos viajan-
Os resultados nessa indicação parecem ser tes para destinos tropicais e subtropicais.
também bastante animadores.58,88 Os enteropatógenos bacterianos causam
aproximadamente 80% da diarreia do via-
Siitonen e colaboradores forneceram su- jante, cuja fonte é predominantemente co-
porte adicional para a eficácia de LGG® mida contaminada. O LGG® protege contra
na diarreia associada a antibióticos. Esses esse tipo de diarreia, como demonstrado
pesquisadores administraram iogurte su- por Oksanen e Hilton. 85,90 Hilton e seus co-
plementado com LGG ® (dose não revelada) legas recrutaram centenas de viajantes em
ou iogurte simples placebo a adultos que todo o mundo e demonstraram que a admi­
tratados com eritromicina por duas sema- nistração do LGG®, 2 bilhões de UFC/dia,
nas.89 (Figura 11) Até o final da intervenção, reduziu significativamente a incidência de
houve redução na duração da diarreia no diarreia do viajante quando comparado
grupo suplementado com LGG® em com- ao placebo.90 O grupo tratado com LGG®
paração com aqueles no grupo placebo, e apresentou metade da probabilidade de ter
menos desconforto abdominal, dor de estô- diarreia quando comparado ao placebo.
mago e flatulência. (Figura 12) O estudo também mostrou que
20
Figura 12. Lactobacillus GG reduz a LGG®, que viajou para a cidade de Alanya,
incidência de diarreia do viajante em apresentou incidência significativamente
adultos, inclusive em pacientes com menor de diarreia do que o grupo place-
histórico prévio
bo. Essas pesquisas indicam que colonizar
Lactobacillus GG reduz a incidência o trato gastrointestinal com LGG® antes da
de diarreia do viajante em adultos
viagem (em uma dose tão baixa quanto 2 bi-
8
Participantes com

7,4 lhões de UFC/dia) e continuar com essa su-


diarreia (%)

4
3,9 plementação durante a viagem para várias
2 regiões do mundo pode reduzir a incidência
0
Lactobacillus GG Placebo
de diarreia do viajante.

Análise de subgrupo:
adultos com histórico prévio Helicobacter pylori (Hp)
40
Eventos ainda mais pronunciados
e gastrite
Participantes com
diarreia (%)

30
29
20 16,7
O Hp consiste em infecção frequente no mun-
10
do inteiro, especialmente no Brasil, onde há
0
Lactobacillus GG Placebo
quase 70% da população infectada. Todos
N=24 os pacientes colonizados apresentam gastrite
Dose: 2x109 UFC
Idade: 17-80 anos
Duração: 1 ou 2 semanas crônica ativa associada a essa bactéria, o que
pode gerar, em determinada fração, sintomas
O risco global da diarreia do viajante foi significativamente
reduzido para a coorte Lactobacillus GG. Para pacientes com dispépticos. O Hp ainda pode estar relacio-
histórico prévio de diarreia do viajante, o benefício da
administração de Lactobacillus GG foi ainda maior. nado com outras afecções mais graves como
doença ulcerosa gastroduodenal e mesmo
Adaptada de: Hilton E, et al. J Travel Med. 1997;4(1):41-43.90
com câncer e linfoma gástricos. Os probió-
ticos têm sido estudados no tratamento do
o benefício da administração de LGG ® foi Hp com o intuito de reduzir efeitos adversos
ainda maior para pacientes com história e aumentar índices de erradicação. Até o mo-
prévia de diarreia do viajante. mento, não há cepa específica com evidência
suficiente para esse fim, entretanto o LGG®
Esse estudo de Hilton apoiou descobertas tem se mostrado útil em vários ensaios.91-100
anteriores de Oksanen e associados que
estudaram 820 viajantes estrangeiros para Antonio Gasbarrini e seus colegas realiza-
duas cidades turcas.90 Os viajantes se auto- ram vários ensaios clínicos para estudar o
administraram LGG®, na dose de 2 bilhões potencial do LGG® para melhorar os even-
de UFC/dia, ou placebo durante viagens de tos adversos dos coquetéis de antibióticos
uma ou duas semanas. O grupo tratado com prescritos para a infecção por H. pylori.
21
No primeiro estudo, todos os parti- A erradicação do H. pylori foi semelhante
cipantes seguiram o esquema triplo entre os grupos probiótico e placebo em
de rabeprazol, claritromicina e tinida- todos esses três estudos. 96-98 Essa série
zol por uma semana. Esses indivídu- de estudos clínicos demonstra que a su-
os foram randomizados para LGG® ou plementação com LGG ® melhora a tolera-
placebo durante o esquema triplo e por bilidade do tratamento, reduzindo vários
mais uma semana. O estudo mostrou que a eventos adversos, incluindo diarreia, asso-
incidência e a gravidade de diarreia, náusea ciados aos esquemas triplos de anti­b ióticos.
e alterações do paladar foram significativa- (Figura 13)
mente reduzidas no grupo probiótico em
comparação ao grupo placebo.96
Figura 13. LGG® ajuda a reduzir a
incidência de diarreia durante a
No segundo estudo, os adultos tratados com terapia tripla antibiótica
o coquetel de antibiótico para H. pylori com-
40

posto de pantoprazol, claritromicina e tinidazol 30


Participantes com

28,6 30
por uma semana tiveram menor probabilidade
diarreia (%)

20 23,3

de apresentar diarreia ao iniciar a suplementa- 10


3,3
5,6 5

ção concomitante com LGG e continuar esse


® 0
1. Armuzzi, et al. 2001 N=60;
Duração = 2 semanas
2. Armuzzi, et al. 2001 N=120;
Duração = 4 semanas
3. Cremonini, et al. 2002 N=85;
Duração = 4 semanas

tratamento probiótico por mais uma sema- Lactobacillus GG (12 bilhões CFU/d) Placebo

na.97 O acompanhamento continuou por mais Adaptada de:

duas semanas. A suplementação com LGG®


resultou em redução significativa do risco de Alergias e imunomodulação
distensão abdominal, diarreia e distúrbios do
paladar em comparação com o placebo. Como dito anteriormente, o LGG® interfe-
re diretamente na resposta imunológica do
O terceiro ensaio clínico investigou a adminis- hospedeiro de maneira a reequilibrar essa
tração de LGG ®, uma cepa diferente de pro- resposta, tratando e prevenindo infecções,
biótico, e uma combinação de probióticos, mas também modulando a resposta imune
durante e após uma semana de antibiotico- tanto humoral quanto celular, além de inter-
terapia tripla com rabeprazol, claritromicina ferir nas respostas alérgicas normalmente
e tinidazol. 98 Os indivíduos foram acompa- IgE-mediadas, tais como a dermatite atópi-
nhados por duas semanas adicionais. A ca e alergias alimentares. O LGG® tem sido
administração de probióticos, incluindo o estudado nesse grupo com resultados mui-
LGG ®, levou a menor incidência de diarreia, to bons, com redução de até 50% na chan-
bem como a redução do distúrbio do pa- ce de desenvolver atopia quando existe his-
ladar em comparação ao grupo controle. 98 tória familiar de alergia.101-103 Diretriz recente
22
recomenda a suplementação com probióti- maneira diferente em adultos com hipersen-
cos para grávidas, lactantes e em crianças sibilidade e tolerantes ao leite.105 Eles com-
com risco de alergia.104 pararam a expressão de receptores fagocíti-
cos em neutrófilos e monócitos antes e após
O primeiro estudo, relatado por Pelto e co- o desafio com leite entre adultos saudáveis
laboradores, determinou que o LGG® pode e hipersensíveis ao leite com ou sem LGG®
modular respostas imunes inespecíficas de (0,26 bilhão de UFC/dia).105 (Figura 14)

Figura 14. Suplemento com Lactobacillus GG reduz a expressão de receptores


fagocíticos induzidos pelo leite em pessoas com hipersensibilidade ao leite

Expressão em neutrófilos
80
Alteração desde o início (%)
60
40
20
0
-20

Sem LGG® Com LGG® Sem LGG® Com LGG®


Indivíduos controle Indivíduos com hipersensibilidade
CR1 CR3 FCγRI FCγRII FCγRIII Ig=R

Expressão em monócitos
80
Alteração desde o início (%)
60
40
20
0
-20

Sem LGG® Com LGG® Sem LGG® Com LGG®


Indivíduos controle Indivíduos com hipersensibilidade
CR1 CR3 FCγRI FCγRII FCγRIII Ig=R
N=17
Dose: 0,26 bilhão UFC/dia
Idade: 22 a 60 anos
Duração: 1 semana

Adaptada de: Pelto L, et al. Clin Exp Allergy. 1998;28(12):1474-9.105

23
A fagocitose, mediada por esses re- de UFC/dia) ou placebo a adultos com
ceptores, é importante para a ativação OAS induzida por pólen de bétula por
precoce da resposta inflamatória, mes- 5,5 meses antes da temporada de pólen
mo antes da produção de anticorpos. de bétula. 106
O consumo de leite aumentou signifi-
cativamente a expressão dos receptores Os autores realizaram um teste oral com
de fagocitose CR1, CR3, FcγRIII e FcαR em maçã antes, durante e após a temporada de
indivíduos hipersensíveis ao leite, enquanto pólen e coletaram amostras de saliva e soro
a adição de suplementação de LGG® ate- antes de cada desafio. Eles descobriram que
nuou esse aumento e, por fim, a resposta a administração de LGG® aumentou os ní-
imunoinflamatória. No entanto, o leite com veis de IgA e IgG específicos para pólen de
LGG® teve o efeito oposto em participantes bétula e maçã em comparação com place-
saudáveis, nos quais o processo fagocítico bo, indicando que LGG® estimulou o sistema
aumentou e a expressão do receptor foi re- imunológico da mucosa oral. Embora não
gulada positivamente. Consequentemente, estatisticamente significante, os escores de
o LGG® parece ser capaz de modular po- sintomas diminuíram no grupo LGG®. No ge-
sitivamente a resposta imune dependendo ral, esse estudo indica que a suplementação
da sensibilidade do participante ao leite e com LGG® tem efeito imunoestimulante na
é possivelmente o mecanismo pelo qual o mucosa oral.106
LGG® melhora o desconforto gastrointesti-
nal nesses indivíduos sensíveis. Doença inflamatória
intestinal
Outra forma de alergia alimentar, a síndro-
me de alergia oral (SAO) é uma condição Aqui a disbiose é um achado constante, o
alérgica clinicamente reconhecida, carac- que torna a suplementação com probió­
terizada por prurido ou inchaço da boca e ticos tecnicamente uma alternativa lógica
língua após o contato de alimentos espe- com o intuito de reequilibrar a microbiota,
cíficos (geralmente frutas e vegetais) com além de poder atuar como imunomodu-
a mucosa bucal. A SAO é uma alergia me- lador. As evidências são maiores sobre o
diada por IgE associada à reação cruzada efeito benéfico da suplementação probió­
com determinados pólens, como o pólen tica na retocolite ulcerativa. O LGG ® tem
de bétula. 106,107 sido estudado como auxiliador na manu-
tenção da remissão da própria retocolite
Para estudar os efeitos dos probióti­cos na res- ou ainda como adjuvante no tratamento da
posta imune oral em adultos, Piirainen e co- bolsite em pacientes operados, com evi-
laboradores administraram LGG® (20 bilhões dências de efeito anti-inflamatório direto
24
do LGG ® sobre a mucosa intestinal, tanto abdominal, melhorando a qualidade de vida
in vitro quanto in vivo. 108-110 dos pacientes. 111-115

Doenças funcionais do A síndrome do intestino irritável (SII) é o


tubo digestivo diagnóstico mais comum na gastroentero-
logia.116 Embora os benefícios do LGG® te-
As doenças funcionais do tubo digesti- nham sido bem estabelecidos para a saúde
vo se caracterizam por alterações do eixo imunológica, diarreia associada a antibióti-
cérebro-intestinal e disbiose. Entre elas, cos e diarreia do viajante em adultos, pes-
a síndrome do intestino irritável é a mais quisas positivas sobre o uso do LGG ® no
estudada, devido a sua alta prevalência e tratamento da SII foram publicadas apenas
acentuado prejuízo da qualidade de vida. nos últimos anos. Um ensaio clínico reali-
Parece lógico aqui também lançar mão de zado por Pedersen e colaboradores inves-
probióticos, os quais teriam a função de re- tigou o efeito da dieta pobre em FODMAP
equilibrar a microbiota, atuando diretamen- (fermentáveis, oligossacarídeos, dissaca-
te sobre a permeabilidade intestinal (leaky rídeos, monossacarídeos e polióis) versus
gut), apresentando ação imunomodulado- LGG® (6 bilhões de UFC/dia) na SII e des-
ra e analgésica, além de poder atuar sobre cobriu que os participantes de ambos os
o eixo cérebro-intestinal. O LGG ® também grupos apresentaram redução significativa
tem sido estudado nessa situação clínica. nos escores de sintomas de gravidade au-
Comparado com placebo, o LGG ® parece torreferidos em comparação com o grupo
ser capaz de diminuir a intensidade da dor controle com dieta ocidental.117

25
Conclusões
O LGG® constitui-se na cepa probiótica isolada mais bem estu-
dada e apresenta características únicas que o diferenciam das
demais cepas probióticas.59 (Figura 15)
Graças ao seu extenso estudo, tem sido recomendado como
cepa de escolha em várias afecções intestinais e mesmo extrain-
testinais. Seu uso tem se mostrado seguro em crianças, grávidas
e adultos.59

Figura 15. Os efeitos benéficos do probiótico Lactobacillus para a saúde

Efeito terapêutico e preventivo


Sistema imune da mucosa 4
Inibição do crescimento, exclusão
Transtorno intestinal
Imunomodulação 3

Lactobacillus Inibição da adesão Patógenos


Bifidobacterium Inibição do crescimento Bactérias prejudiciais

Inibição da adesão
Estímulo do crescimento 2
Inibição do crescimento

Efeito preventivo 4
Lactobacillus probiótico 1
e terapêutico

Lactato 2 Redução do pH luminal


Estímulo do crescimento celular epitelial
Bactéria que utiliza lactato Estímulo do fluxo sanguíneo colônico
Modificação da motilidade intestinal
Absorção de água e minerais
Ácidos graxos de cadeia curta
3 Aumento da produção de muco
Etc.

Adaptada de: Ohashi Y, et al. Anim Sci J. 2009;80:361-71.118

26
Conheça mais sobre o Culturelle®:
Culturelle® é um probiótico que contém o Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®). O LGG® é o probiótico mais
estudado do mundo, com 35 anos de pesquisas científicas.59
O LGG® apresenta excelente atuação na prevenção da disbiose e manutenção do equilíbrio da saúde
gastrintestinal.10-15
Em gastroenterologia, o LGG® mostrou evidências em:
• prevenção e tratamento de gastroenterites agudas;16-24
• diarreia aguda por antibióticos;16,19,20,22,25
• diarreia do viajante;16-24
• tratamento de Clostridium difficile;59,88
• auxiliar o tratamento do H. pylori.91-97,99,100
Em relação à imunidade, o LGG®:
• reduz até 50% a chance de desenvolver atopia quando existe história familiar de alergia;101-103
• contribui para o fortalecimento do sistema imunológico.10
Além disso, apresenta segurança comprovada em tratamentos de longo prazo, permitindo uso por
consumidores de todas as idades e em qualquer condição de saúde.59
Em resumo, o LGG® proporciona bem-estar diário, equilibra e protege a microbiota intestinal, contribuindo não
somente com a saúde digestiva e gastrointestinal, mas também com o fortalecimento do sistema imunológico.10,59

PUREZA E POTÊNCIA GARANTIDAS119


• Culturelle® garante que todos os produtos atendem aos mais altos padrões de pureza e potência.
• Para um probiótico oferecer o desempenho ideal, ele precisa sobreviver e se multiplicar. Por isso, ao
contrário de outras marcas, que medem o número de colônias ativas de probióticos no momento da
fabricação, Culturelle® garante o número declarado de culturas vivas de LGG® até a validade do produto.
• Cada porção de Culturelle® é embalada individualmente e protegida a fim garantir a sobrevivência do
nosso probiótico sem a necessidade de refrigeração.

PADRÕES DE QUALIDADE DO LGG®119


• Produzido de acordo com as boas práticas de fabricação definidas pelo FDA (US Food and Drug
Administration)
• Cada lote de produção é inspecionado e aprovado por um rigoroso sistema de qualidade.
• Cepa aprovada pela ANVISA de acordo com a nova regulamentação.120

27
Referências bibliográficas
1. Davenport ER, Sanders JG, Song SJ, Amato KR, Clark AG, Knight R. The human microbiome in evolution. BMC Biol.
2017;15(1):127. 2. Akagawa S, Tsuji S, Onuma C, Akagawa Y, Yamaguchi T, Yamagishi M, et al. Effect of Delivery Mode and
Nutrition on Gut Microbiota in Neonates. Ann Nutr Metab. 2019;74(2):132-9. 3. Dinan TG, Stanton C, Cryan JF. Psychobiotics: a
novel class of psychotropic. Biol Psychiatry. 2013;74(10):720-6. 4. Vandenplas Y, Huys G, Daube G. Probiotics: an update. J Pediatr
(Rio J). 2015;91(1):6-21. 5. Bode L, Jantscher-Krenn E. Structure-function relationships of human milk oligosaccharides. Adv Nutr.
2012;3(3):383S-91S. 6. Bode L. Human milk oligosaccharides: prebiotics and beyond. Nutr Rev. 2009;67 Suppl 2:S183-91. 7. Bode L,
Jantscher-Krenn E. Human milk oligosaccharides and their potential benefits for the breast-fed neonate. Minerva Pediatr. 2012;64(1):83-
99. 8. Bode L. The functional biology of human milk oligosaccharides. Early Hum Dev. 2015;91(11):619-22. 9. Mohajeri MH, Brummer
RJM, Rastall RA, Weersma RK, Harmsen HJM, Faas M, et al. The role of the microbiome for human health: from basic science to clinical
applications. Eur J Nutr. 2018;57(Suppl 1):1-14. 10. Butel MJ. Probiotics, gut microbiota and health. Med Mal Infect. 2014;44(1):1-8. 11.
Butel MJ, Waligora-Dupriet AJ, Wydau-Dematteis S. The developing gut microbiota and its consequences for health. J Dev Orig Health
Dis. 2018;9(6):590-7. 12. Schloissnig S, Arumugam M, Sunagawa S, Mitreva M, Tap J, Zhu A, et al. Genomic variation landscape of the
human gut microbiome. Nature. 2013;493(7430):45-50. 13. Wammes LJ, Mpairwe H, Elliott AM, Yazdanbakhsh M. Helminth therapy or
elimination: epidemiological, immunological, and clinical considerations. Lancet Infect Dis. 2014;14(11):1150-62. 14. Virgin HW. The
virome in mammalian physiology and disease. Cell. 2014;157(1):142-50. 15. Human Microbiome Project Consortium. Structure, function
and diversity of the healthy human microbiome. Nature. 2012;486(7402):207-14. 16. O’Hara AM, Shanahan F. The gut flora as a forgotten
organ. EMBO Rep. 2006;7(7):688-93. 17. Dobson A, Cotter PD, Ross RP, Hill C. Bacteriocin production: a probiotic trait? Appl Environ
Microbiol. 2012;78(1):1-6. 18. Hammami R, Fernandez B, Lacroix C, Fliss I. Anti-infective properties of bacteriocins: an update. Cell Mol
Life Sci. 2013;70(16):2947-67. 19. Brüssow H, Parkinson SJ. You are what you eat. Nat Biotechnol. 2014;32(3):243-5. 20. Oak SJ, Jha
R. The effects of probiotics in lactose intolerance: A systematic review. Crit Rev Food Sci Nutr. 2018:1-9. 21. Willing BP, Russell SL, Finlay
BB. Shifting the balance: antibiotic effects on host-microbiota mutualism. Nat Rev Microbiol. 2011;9(4):233-43. 22. Piche T. Tight
junctions and IBS--the link between epithelial permeability, low-grade inflammation, and symptom generation? Neurogastroenterol Motil.
2014;26(3):296-302. 23. Bercik P, Collins SM, Verdu EF. Microbes and the gut-brain axis. Neurogastroenterol Motil. 2012;24(5):405-13.
24. Khlevner J, Park Y, Margolis KG. Brain-Gut Axis: Clinical Implications. Gastroenterol Clin North Am. 2018;47(4):727-39. 25. Sharon
G, Sampson TR, Geschwind DH, Mazmanian SK. The Central Nervous System and the Gut Microbiome. Cell. 2016;167(4):915-32. 26.
Sampson TR, Mazmanian SK. Control of brain development, function, and behavior by the microbiome. Cell Host Microbe. 2015;17(5):565-
76. 27. Clarke G, Stilling RM, Kennedy PJ, Stanton C, Cryan JF, Dinan TG. Minireview: gut microbiota: the neglected endocrine organ.
Mol Endocrinol. 2014;28(8):1221-38. 28. Fukui H, Xu X, Miwa H. Role of Gut Microbiota-Gut Hormone Axis in the Pathophysiology of
Functional Gastrointestinal Disorders. J Neurogastroenterol Motil. 2018;24(3):367-86. 29. Dongarrà ML, Rizzello V, Muccio L, Fries W,
Cascio A, Bonaccorsi I, et al. Mucosal immunology and probiotics. Curr Allergy Asthma Rep. 2013;13(1):19-26. 30. Yousefi B, Eslami M,
Ghasemian A, Kokhaei P, Salek Farrokhi A, Darabi N. Probiotics importance and their immunomodulatory properties. J Cell Physiol.
2019;234(6):8008-18. 31. Peterson CT, Sharma V, Elmén L, Peterson SN. Immune homeostasis, dysbiosis and therapeutic modulation
of the gut microbiota. Clin Exp Immunol. 2015;179(3):363-77. 32. Kolb R, Sutterwala FS, Zhang W. Obesity and cancer: inflammation
bridges the two. Curr Opin Pharmacol. 2016;29:77-89. 33. Vaiserman AM, Koliada AK, Marotta F. Gut microbiota: A player in aging and
a target for anti-aging intervention. Ageing Res Rev. 2017;35:36-45. 34. Anderson JW, Baird P, Davis RH Jr, Ferreri S, Knudtson M,
Koraym A, et al. Health benefits of dietary fiber. Nutr Rev. 2009;67(4):188-205. 35. Leonel AJ, Alvarez-Leite JI. Butyrate: implications for
intestinal function. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2012;15(5):474-9. 36. Saad SMI. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Rev
Bras Cienc Farm. 2006;42(1):1-16. 37. Saad N, Delattre C, Urdaci M, Schmitter J, Bressollier p. An overview of the last advances in
probiotic and prebiotic field. LWT – Food Science and Technology. 2013;50(1):1-16. 38. Triantafyllou K, Chang C, Pimentel M.
Methanogens, methane and gastrointestinal motility. J Neurogastroenterol Motil. 2014;20(1):31-40. 39. Juhas M. Horizontal gene transfer
in human pathogens. Crit Rev Microbiol. 2015;41(1):101-8. 40. David LA, Maurice CF, Carmody RN, Gootenberg DB, Button JE, Wolfe
BE, et al. Diet rapidly and reproducibly alters the human gut microbiome. Nature. 2014;505(7484):559-63. 41. Farré R, Tack J. Food and
symptom generation in functional gastrointestinal disorders: physiological aspects. Am J Gastroenterol. 2013;108(5):698-706. 42. Moran
MM, McAlexander MA, Bíró T, Szallasi A. Transient receptor potential channels as therapeutic targets. Nat Rev Drug Discov. 2011;10(8):601-
20. 43. Martin CR, Osadchiy V, Kalani A, Mayer EA. The Brain-Gut-Microbiome Axis. Cell Mol Gastroenterol Hepatol. 2018;6(2):133-48.
44. Bilski J, Mazur-Bialy A, Brzozowski B, Magierowski M, Zahradnik-Bilska J, Wójcik D, et al. Can exercise affect the course of
inflammatory bowel disease? Experimental and clinical evidence. Pharmacol Rep. 2016;68(4):827-36. 45. O’Sullivan O, Cronin O, Clarke
SF, Murphy EF, Molloy MG, Shanahan F, et al. Exercise and the microbiota. Gut Microbes. 2015;6(2):131-6. 46. Cook MD, Allen JM,
Pence BD, Wallig MA, Gaskins HR, White BA, et al. Exercise and gut immune function: evidence of alterations in colon immune cell
homeostasis and microbiome characteristics with exercise training. Immunol Cell Biol. 2016;94(2):158-63. 47. Ramai D, Zakhia K, Ofosu
A, Ofori E, Reddy M. Fecal microbiota transplantation: donor relation, fresh or frozen, delivery methods, cost-effectiveness. Ann
Gastroenterol. 2019;32(1):30-8. 48. Maier L, Pruteanu M, Kuhn M, Zeller G, Telzerow A, Anderson EE, et al. Extensive impact of non-antibiotic
28
drugs on human gut bacteria. Nature. 2018;555(7698):623-8. 49. Blaser MJ. Antibiotic use and its consequences for the normal
microbiome. Science. 2016;352(6285):544-5. 50. Cox LM, Blaser MJ. Antibiotics in early life and obesity. Nat Rev Endocrinol.
2015;11(3):182-90. 51. Sanders ME, Klaenhammer TR, Ouwehand AC, Pot B, Johansen E, Heimbach JT, et al. Effects of genetic,
processing, or product formulation changes on efficacy and safety of probiotics. Ann N Y Acad Sci. 2014;1309:1-18. 52. Rodriguez J.
Probióticos: del laboratorio al consumidor. Nutr Hosp. 2015;31(Supl 1):33-47. 53. Petschow B, Doré J, Hibberd P, Dinan T, Reid G, Blaser
M, et al. Probiotics, prebiotics, and the host microbiome: the science of translation. Ann N Y Acad Sci. 2013;1306:1-17. 54. Fijan S.
Microorganisms with claimed probiotic properties: an overview of recent literature. Int J Environ Res Public Health. 2014;11(5):4745-67.
55. Rioux KP, Madsen KL, Fedorak RN. The Role of Enteric Microflora in Inflammatory Bowel Disease: Human and Animal Studies with
Probiotics and Prebiotics. Gastroenterol Clin N Am. 2005;34:465-82. 56. Segers ME, Lebeer S. Towards a better understanding of
Lactobacillus rhamnosus GG – host interactions. Microb Cell Fact. 2014;13 Suppl 1:S7. 57. Ouwehand AC, Kirjavainen PV, Gronlund
MM, Isolauri E, Salminen SJ. Adhesion of probiotic micro-organisms to intestinal mucus. Int Dairy J. 1999;9:623-30. 58. Zmora N,
Zilberman-Schapira G, Suez J, Mor U, Dori-Bachash M, Bashiardes S, et al. Personalized Gut Mucosal Colonization Resistance to
Empiric Probiotics Is Associated with Unique Host and Microbiome Features. Cell. 2018;174(6):1388-405.e21. 59. Capurso L. Thirty
Years of Lactobacillus rhamnosus GG: A Review. J Clin Gastroenterol. 2019;53 Suppl 1:S1-S41. 60. Saxelin M, Elo S, Salminen S,
Vapaatalo H. Dose response colonisation of faeces after oral administration of Lactobacillus casei strain GG. Microb Ecol Health Dis.
1991;4(4):209-14. 61. Saxelin M, Pessi T, Salminen S. Fecal recovery following oral administration of Lactobacillus strain GG (DSM
33156) in gelatine capsules to health volunteers. Int J Food Microbiol. 1995;25(2):199-203. 62. Kumpu M, Swanljung E, Tynkkynen S,
Hatakka K, Kekkonen RA, Järvenpää S, et al. Recovery of probiotic Lactobacillus rhamnosus GG in tonsil tissue after oral administration:
randomised, placebo-controlled, double-blind clinical trial. Br J Nutr. 2013;109(12):2240-6. 63. Arvola T, Laiho K, Torkkeli S, Mykkänen
H, Salminen S, Maunula L, et al. Prophylactic Lactobacillus GG reduces antibiotic-associated diarrhea in children with respiratory
infections: a randomized study. Pediatrics. 1999;104(5):e64. 64. Hatakka K, Savilahti E, Pönkä A, Meurman JH, Poussa T, Näse L, et al.
Effect of long term consumption of probiotic milk on infections in children attending day care centres: double blind, randomised trial. BMJ.
2001;322(7298):1327. 65. Malin M, Verronen P, Korhonen H, Syväoja EL, Salminen S, Mykkänen H, et al. Dietary therapy with Lactobacillus
GG, bovine colostrum or bovine immune colostrum in patients with juvenile chronic arthritis: evaluation of effect on gut defence
mechanisms. Inflammopharmacology. 1997;5(3):219-36. 66. Szachta P, Igny I, Cichy W. An evaluation of the ability of the probiotic strain
Lactobacillus rhamnosus GG to eliminate the gastrointestinal carrier state of vancomycin-resistant enterococci in colonized children. J
Clin Gastroenterol. 2011;45(10):872-7. 67. Tripathi P, Dupres V, Beaussart A, Lebeer S, Claes IJ, Vanderleyden J, et al. Deciphering the
nanometer-scale organization and assembly of Lactobacillus rhamnosus GG pili using atomic force microscopy. Langmuir. 2012;28(4):2211-
6. 68. Fang H, Elina T, Heikki A, Seppo S. Modulation of humoral immune response through probiotic intake. FEMS Immunol Med
Microbiol. 2000;29(1):47-52. 69. Kothari D, Patel S, Kim SK. Probiotic supplements might not be universally-effective and safe: A review.
Biomed Pharmacother. 2019;111:537-47. 70. Salminen MK, Tynkkynen S, Rautelin H, Saxelin M, Vaara M, Ruutu P, et al. Lactobacillus
bacteremia during a rapid increase in probiotic use of Lactobacillus rhamnosus GG in Finland. Clin Infect Dis. 2002;35(10):1155-60.
71. Salminen MK, Tynkkynen S, Rautelin H, Poussa T, Saxelin M, Ristola M, et al. The efficacy and safety of probiotic Lactobacillus
rhamnosus GG on prolonged, noninfectious diarrhea in HIV Patients on antiretroviral therapy: a randomized, placebo-controlled, crossover
study. HIV Clin Trials. 2004;5(4):183-91. 72. Luoto R, Isolauri E, Lehtonen L. Safety of Lactobacillus GG probiotic in infants with very low
birth weight: twelve years of experience. Clin Infect Dis. 2010;50(9):1327-8. 73. Luoto R, Laitinen K, Nermes M, Isolauri E. Impact of
maternal probiotic-supplemented dietary counselling on pregnancy outcome and prenatal and postnatal growth: a double-blind, placebo-
controlled study. Br J Nutr. 2010;103(12):1792-9. 74. Whelan K, Myers CE. Safety of probiotics in patients receiving nutritional support:
A systematic review of case reports, randomized controlled trials, and nonrandomized trials. Am J Clin Nutr. 2010;91(3):687-703.
75. Allen SJ, Martinez EG, Gregorio GV, Dans LF. Probiotics for treating acute infectious diarrhoea. Cochrane Database Syst Rev.
2010;(11):CD003048. 76. Gogineni VK, Morrow LE, Malesker MA. Probiotics: Mechanisms of action and clinical application. Journal of
Probiotics & Health. 2013(1):1-11. 77. Kankainen M, Paulin L, Tynkkynen S, et al. Comparative genomic analysis of lactobacillus
rhamnosus GG reveals pili containing a human-mucus binding protein. Proc Natl Acad Sci U S A. 2009;106(40):17193-8. 78. Guarner F,
Khan AG, Garisch J, Eliakim R, Gangl A, Thomson A, et al. World Gastroenterology Organisation Global Guidelines: probiotics and
prebiotics October 2011. J Clin Gastroenterol. 2012;46(6):468-81. 79. Liu J, Gu Z, Song F, Zhang H, Zhao J, Chen W. Lactobacillus
plantarum ZS2058 and Lactobacillus rhamnosus GG Use Different Mechanisms to Prevent Salmonella Infection in vivo. Front Microbiol.
2019;10:299. 80. Szajewska H, Guarino A, Hojsak I, Indrio F, Kolacek S, Shamir R, et al.; European Society for Pediatric Gastroenterology,
Hepatology, and Nutrition. Use of probiotics for management of acute gastroenteritis: a position paper by the ESPGHAN Working Group
for Probiotics and Prebiotics. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2014;58(4):531-9. 81. Valdovinos MA, Montijo E, Abreu AT, Heller S, González-
Garay A, Bacarreza D, et al. The Mexican consensus on probiotics in gastroenterology. Rev Gastroenterol Mex. 2017;82(2):156-78.
82. Cameron D, Hock QS, Kadim M, Mohan N, Ryoo E, Sandhu B, et al. Probiotics for gastrointestinal disorders: Proposed
recommendations for children of the Asia-Pacific region. World J Gastroenterol. 2017;23(45):7952-64. 83. Floch MH. The Role of
Prebiotics and Probiotics in Gastrointestinal Disease. Gastroenterol Clin North Am. 2018;47(1):179-91. 84. Hungin AP, Mulligan C, Pot B,
Whorwell P, Agréus L, Fracasso P, et al. Systematic review: probiotics in the management of lower gastrointestinal symptoms in clinical
practice – an evidence-based international guide. Aliment Pharmacol Ther. 2013;38(8):864-86. 85. Oksanen PJ, Salminen S, Saxelin M,
Hämäläinen P, Ihantola-Vormisto A, Muurasniemi-Isoviita L, et al. Prevention of travellers’ diarrhoea by Lactobacillus GG. Ann Med.
1990;22(1):53-6. 86. Szajewska H, Skórka A, Ruszczyński M, Gieruszczak-Białek D. Meta-analysis: Lactobacillus GG for treating acute
29
diarrhoea in children. Aliment Pharmacol Ther. 2007;25(8):871-81. 87. Cai J, Zhao C, Du Y, Zhang Y, Zhao M, Zhao Q. Comparative
efficacy and tolerability of probiotics for antibiotic-associated diarrhea: Systematic review with network meta-analysis. United
European Gastroenterol J. 2018;6(2):169-80. 88. Gorbach SL, Chang TW, Goldin B. Successful treatment of relapsing Clostridium
difficile colitis with Lactobacillus GG. Lancet. 1987;2(8574):1519. 89. Siitonen S, Vapaatalo H, Salminen S, Gordin A, Saxelin M,
Wikberg R, et al. Effect of lactobacillus GG yoghurt in prevention of antibiotic associated diarrhoea. Ann Med. 1990;22(1):57-9.
90. Hilton E, Kolakowski P, Singer C, Smith M. Efficacy of lactobacillus GG as a diarrheal preventive in travelers. J Travel Med.
1997;4(1):41-43. 91. Coelho LGV, Marinho JR, Genta R, Ribeiro LT, Passos MCF, Zaterka S, et al. IVTH Brazilian Consensus
Conference on Helicobacter pylori infection. Arq Gastroenterol. 2018;55(2):97-121. 92. Zaterka S, Eisig JN, Chinzon D, Rothstein W.
Factors related to Helicobacter pylori prevalence in an adult population in Brazil. Helicobacter. 2007;12(1):82-8. 93. Myllyluoma E,
Kajander K, Mikkola H, Kyrönpalo S, Rasmussen M, Kankuri E, et al. Probiotic intervention decreases serum gastrin-17 in Helicobacter
pylori infection. Dig Liver Dis. 2007;39(6):516-23. 94. Westerik N, Reid G, Sybesma W, Kort R. The probiotic Lactobacillus rhamnosus
for alleviation of Helicobacter pylori-associated gastric pathology in East Africa. Front Microbiol. 2018;9:1873. 95. Malfertheiner P,
Megraud F, O’Morain CA, Gisbert JP, Kuipers EJ, Axon AT, et al. Management of Helicobacter pylori infection-the Maastricht V/Florence
Consensus Report. Gut. 2017;66(1):6-30. 96. Armuzzi A, Cremonini F, Bartolozzi F, Canducci F, Candelli M, Ojetti V, et al. The effect of
oral administration of Lactobacillus GG on antibiotic-associated gastrointestinal side-effects during Helicobacter pylori eradication
therapy. Aliment Pharmacol Ther. 2001;15(2):163-9. 97. Armuzzi A, Cremonini F, Ojetti V, Bartolozzi F, Canducci F, Candelli M, et al. Effect
of Lactobacillus GG supplementation on antibiotic-associated gastrointestinal side effects during Helicobacter pylori eradication therapy:
a pilot study. Digestion. 2001;63(1):1-7. 98. Cremonini F, Di Caro S, Covino M, Armuzzi A, Gabrielli M, Santarelli L, et al. Effect of different
probiotic preparations on anti-helicobacter pylori therapy-related side effects: A parallel group, triple blind, placebo-controlled study. Am
J Gastroenterol. 2002;97(11):2744-9. 99. Goderska K, Agudo Pena S, Alarcon T. Helicobacter pylori treatment: antibiotics or probiotics.
Appl Microbiol Biotechnol. 2018;102(1):1-7. 100. Qureshi N, Li P, Gu Q. Probiotic therapy in Helicobacter pylori infection: a potential
strategy against a serious pathogen? Appl Microbiol Biotechnol. 2019;103(4):1573-88. 101. Isolauri E, Sütas Y, Kankaanpää P, Arvilommi
H, Salminen S. Probiotics: effects on immunity. Am J Clin Nutr. 2001;73(2 Suppl):444S-50S. 102. Isolauri E, Arvola T, Sütas Y, Moilanen
E, Salminen S. Probiotics in the management of atopic eczema. Clin Exp Allergy. 2000;30(11):1604-10. 103. Kalliomäki M, Salminen S,
Arvilommi H, Kero P, Koskinen P, Isolauri E. Probiotics in primary prevention of atopic disease: a randomised placebo-controlled trial.
Lancet. 2001;357(9262):1076-9. 104. Fiocchi A, Pawankar R, Cuello-Garcia C, Ahn K, Al-Hammadi S, Agarwal A, et al. World Allergy
Organization-McMaster University Guidelines for Allergic Disease Prevention (GLAD-P): Probiotics. World Allergy Organ J. 2015;8(1):4.
105. Pelto L, Isolauri E, Lillus E, Nuutila J, Salminen S. Probiotic bacteria down-regulate the milk-induced inflammatory response in milk-
hypersensitive subjects but have an immunostimulatory effect in healthy subjects. Clin Exp Allergy. 1998;28(12):1474-9. 106. Piirainen L,
Haahtela S, Helin T, Korpela R, Haahtela T, Vaarala O. Effect of lactobacillus rhamnosus GG on rBet v1 and rMal d1 specific IgA in the
saliva of patients with birch pollen allergy. Annals of Allergy, Asthma and Immunology. 2008;100(4):338-42. 107. de Groot H, de Jong
NW, Vuijk MH, Gerth van Wijk R. Birch pollinosis and atopy caused by apple, peach, and hazelnut; comparison of three extraction
procedures with two apple strains. Allergy. 1996;51(10):712-8. 108. Zocco MA, dal Verme LZ, Cremonini F, Piscaglia AC, Nista EC,
Candelli M, et al. Efficacy of Lactobacillus GG in maintaining remission of ulcerative colitis. Aliment Pharmacol Ther. 2006;23(11):1567-74.
109. Gosselink MP, Schouten WR, van Lieshout LM, Hop WC, Laman JD, Ruseler-van Embden JG. Delay of the first onset of pouchitis
by oral intake of the probiotic strain Lactobacillus rhamnosus GG. Dis Colon Rectum. 2004;47(6):876-84. 110. Pagnini C, Corleto VD,
Martorelli M, Lanini C, D’Ambra G, Di Giulio E, et al. Mucosal adhesion and anti-inflammatory effects of GG in the human colonic mucosa:
A proof-of-concept study. World J Gastroenterol. 2018;24(41):4652-62. 111. Hojsak I. Probiotics in Functional Gastrointestinal Disorders.
Adv Exp Med Biol. 2018 Dec 22. doi: 10.1007/5584_2018_321. [Epub ahead of print] 112. Francavilla R, Miniello V, Magistà AM, De
Canio A, Bucci N, Gagliardi F, et al. A randomized controlled trial of Lactobacillus GG in children with functional abdominal pain. Pediatrics.
2010;126(6):e1445-52. 113. Gawrońska A, Dziechciarz P, Horvath A, Szajewska H. A randomized double-blind placebo-controlled trial
of Lactobacillus GG for abdominal pain disorders in children. Aliment Pharmacol Ther. 2007;25(2):177-84. 114. Bauserman M, Michail S.
The use of Lactobacillus GG in irritable bowel syndrome in children: a double-blind randomized control trial. J Pediatr. 2005;147(2):197-
201. 115. Horvath A, Dziechciarz P, Szajewska H. Meta-analysis: Lactobacillus rhamnosus GG for abdominal pain-related functional
gastrointestinal disorders in childhood. Aliment Pharmacol Ther. 2011;33(12):1302-10. 116. Kajander K, Myllyluoma E, Rajilić-Stojanocić
M, Kyrönpalo S, Rasmussen M, Järvenpää S, et al. Clinical trial: Multispecies probiotic supplementation alleviates the symptoms of
irritable bowel syndrome and stabilizes intestinal microbiota. Alimentary Pharmacology and Therapeutics. 2008;27(1):48-57.
117. Pedersen N, Andersen NN, Vegh Z, Jensen L, Ankersen DV, Felding M, et al. Ehealth: Low FODMAP diet vs lactobacillus rhamnosus
GG in irritable bowel syndrome. World J Gastroenterol. 2014;20(43):16215-26. 118. Ohashi Y, Ushida K. Health-beneficial effects of
probiotics: Its mode of action. Anim Sci J. 2009;80:361-71. 119. Culturelle® Probiótico. Disponível em: https://culturelle.com.br/. Acesso
em: 17 ago. 2020. 120. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ministério da Saúde (MS). Resolução da Diretoria Colegiada –
RDC nº 243, de 26 de julho de 2018. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3898888/RDC_243_2018_.
pdf/0e39ed31-1da2-4456-8f4a-afb7a6340c15. Acesso em: 24 ago. 2020.
30
Culturelle® e Culturelle Saúde Digestiva® são marcas registradas da DSM. LGG® é uma marca registrada da Chr. Hansen A/S.
Reg. MS: 673990004/673990003/673990002

Material elaborado e produzido pela Europa Press Comunicação Brasil Ltda.

© EUROPA PRESS COPYRIGHT 2020


Produção editorial: Europa Press Desenho: Weverton Candido
Tiragem: 0.000 exemplares Empresa responsável:
11527_CUL_BRA_GAB_v12 Jornalista responsável: Pedro S. Erramouspe Europa Press Comunicação
31
CULTIVE O probiótico
SEU
MELHOR.
mais vendido
e estudado
no mundo.1,2

7000006757 – setembro/2020

Referências bibliográficas: 1. Nicholas Hall’s global OTC database DB6 (MSP), 2019. 2. Based on the number of Lactobacillus rhamnosus GG clinical studies, as of January 2020.

www.culturelle.com.br @culturellebrasil Facebook.com/culturellebrasil

Você também pode gostar