Fanny Owen- Augustina Bessa-Luís

Escritora portuguesa, Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa-Luís nasceu a 15 de

outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e morreu a 3 de junho de 2019 no Porto.
O Douro, onde viveu a sua infância e onde voltava durante as férias escolares da
adolescência o que marcou o seu imaginário romanesco. Começou a escrever muito
cedo, ainda adolescente, mas publicou a sua primeira obra de ficção, a novela Mundo
Fechado, apenas em 1948. Nessa altura já estava casada e a viver em Coimbra. A partir
de 1950 fixou residência no Porto, onde publicou o seu primeiro romance, os Super-
Homens.
A obra que vou falar hoje chama-se Fanny Owen, publicado em 1979 escrito em três
capítulos: 1- Os Morgados/2- O paraíso/3- Os lodeiros.
Fanny Owen é o relato de uma história de amor a que se deve admiração por alguns
motivos:
 Por um lado, apesar da escrita um pouco arcaica, existe um grande domínio da
língua portuguesa demonstrado pela autora,
 Por outro lado, verifica-se claramente o reflexo da sociedade, a ser romantizado,
girando á volta de algumas expressões grandiosas e infelizes.
Esta história baseia-se em facto reais, refere a amizade entre dois amigos
despreocupados, José Augusto,( um jovem rico herdeiro das vinhas do douro) e
Camilo Castelo Branco.
Passando se no Porto, no séc.19, estes dois homens apaixonam-se pela mesma
jovem mulher, sendo um deles intimado por ela, acaba por a raptar para se casar
com ela.
As espectativas face á relação saem fracassadas, e, no espaço de um ano, ela morre,
doente, vítima de tuberculose.

Uma frase que eu achei muito interessante, escrita no prefácio deste livro foi:
“Cada livro é uma peregrinação; não precisa de passaporte e aviso que o distingua e lhe
assegure hospitalidade.”.
Apesar da maneira grandiosa de escrever, isso dificultou um pouco a minha leitura.
pessoalmente não gostei muito deste livro, foi muito enfadonho, tornando-se uma leitura
aborrecida. Aconselho o livro a quem tiver um alto nível de compreensão da leitura.