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Algumas obras: A Noite Vertebrada, 1960; Quarta Dimensão, 1961; Terra Imóvel, 1964; O
Seu a Seu Tempo, 1966; Dezanove Recantos, 1969; Os Sítios Sitiados, 1973; A Lume, 1989.
O Poema (II)
Piso do poema
chão de areia
Digo na maneira
mais crua e mais
5 intensa
de medir o poema
pela medida inteira
o poema em milímetro
de madeira
10 ou apodrece o poema
ou se ateia
ou se despedaça
a mão ateia
Eu, artífice
Atento agora ao traço,
corrijo o mais da matéria,
ergo a minha arte do poço
onde flutua.
JORGE, Luiza Neto, 2001. “Os Sítios Sitiados”. In poesia. 2.ª ed. Lisboa: Assírio & Alvim (p. 135) (1.ª ed.: 1993)
OEXP12PC © Porto Editora
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fotocopiável
Recanto 2
Viver, entretanto, é ver, ir vendo
e também ver inclui dormir
sem que nada se desfaça ou exclua
no interior dos sonhos.
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Gramática
Identifica a função sintática desempenhada por “no comércio de viver” (v. 5).
1
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Plagiadas arcadas:
Fernand Leger, Nature morte, 1914.
e o meu olhar margina In Les Soirées de Paris: recueil mensuel,
as águas, pródigas águas n.º 26-27, julho e agosto de 1914.
Biblioteca Nacional de França, Paris
20 que redemoinham após a seca.
JORGE, Luiza Neto, 2001. “A Lume”. In poesia.
2.ª ed. Lisboa: Assírio & Alvim (p. 239) (1.ª ed.: 1993)
1. jorram;
2. parte mais reservada e fundamental, âmago;
3. de nádegas formosas.
b lo co i n fo r m at i vo pp. 320-321
fotocopiável
72 Luiza Neto Jorge
Encantatória
10 Custa é saber
como se emenda morte,
ou se a desvia,
como a tecla certa arreda
do branco suporte
15 a porcaria.
JORGE, Luiza Neto, 2001. “A Lume”. In poesia.
2.ª ed. Lisboa: Assírio & Alvim (p. 240) (1.ª ed.: 1993)