Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ir
*, ,. ,1'.,1;i 'i '''
;;*:,.i.
j
,
. ;-:à.r:*
.i- .. i
::.ti,ffi
+ r§tt
§
.g.r*Êiru$§t-
X iiru$ F,'.u,
,âFe-$=+$$ ${;,''n',
l:r:. i \
http://www.obrascatolicas.com
ffi
ffi§,-,.'
,--.,i,J
T,':;
http://www.obrascatolicas.com
AS FRAUDES ESPIRITA§.
http://www.obrascatolicas.com
t
\ . 1]]
.f--\;
ü' http://www.obrascatolicas.com
:ii:....
ir*, :'.:i
: .i'
AE pcs8oes lntcligcEte3
aprendcm Ee3Do dos tolog;
nr8 o§ tolos não lprmdctrl
de nthguêrr.
Cccllle
Traduçáo de
LEAL FERREIRA
[]
r949
. RIo pE
-EDITORA VOZES LTDA., PETRÓPOLIS, R. J.
sÁCi .pÀúLó
JAr{ErRo -
http://www.obrascatolicas.com
:.;is:
;i1y.
ITTPRItrÁTUR
POR COilrSSfO ESPBCTAL pO
EXIIO. B REViIO. 3R. BISFO DE
FETRÓPOLIS, D. iIANUEL PEDRO DA
CUNHA CINTRA, PEÍRÓPOLIS, 5 DE
' ,ANETRO DE leae. FRE! LAURO
osrERltANN, O. P. t.
-OS
TODOS DIREITOS RESE:RVAI}OS
http://www.obrascatolicas.com
PreÍácio.
- Cailos M. de Heredia, S. J.
México, D. F., Dezembro de lS3O.
http://www.obrascatolicas.com
http://www.obrascatolicas.com
,
LIVRO I.
AS FRAUDES ESPÍRITAS.
.i
http://www.obrascatolicas.com
-
ij
i.*
',]
http://www.obrascatolicas.com
Câpltulo l.
Os Babilôniog.
http://www.obrascatolicas.com
' que assistla às Íunç€. es do seu imenso circo de tr&
ro§. Esse estudo prático levou-o a tirar a mesma edudlusão'
.- conhecesse-a ou não
' havia - que.milhares
legado em seus escritoC
de angs aRtes nos
o inspirado autor io Eclesir§-
tes; sômentg exprimiu ele o seu pensamento dizeÍrdo qre.:
"Every minute a sucker is born", isto é, que.A caUa írf.';:
nuto nasce um lompo". O lompo é o tipo de certos peixeÉw
que têm a boca cunstantemg$e aberta e engolem tudo qualfÉiJ
to se lhes põe na frente, sendo por esta -lazáo o símbolo -
.fus tolos, dos bàbos e de muitas-outras variedades da ex-.:
tensa farnília dos 'fnéscios".
- De uma variedade deles faremos aqui erpecial mençãoi :i
dos í'néscios religiocos" a que chamaremos fubitônio§, pe.'i
Jas razões que sã +erão na .história que varúos relatar. '
Se o leitôr quer dar-se o trab4lto de ebnir o tiwo de 'irj :i
,Daniel e ler ,ati ô capítulo XIV, encontará a-yerídica fris- ,:i
tória que vamos contir a nos6o modo. ' i
. Tinham os Babilônlos um ídolo chamado Bel, ao qual .'f I
haviarn 'levantado um magnífico templo e a cujo serviço i
havia dedicados muitos sacerdotes. Os Babllôniôs tinham,.;
profundamente araigada a crença de que aquele ídoto {àf
p{r" tinha uma goela descomunal e u!Íl suco gástrii$l
abundantíssimo para digerir qüantos manjares lhe-pusesl'1l
sem diante. Tê-lGia inveiado Heliogábalo. Càda dia çolo-'-.i
cavam os bons Babilônios diante dó altar de Bel toda e§-._l
pécie de cornestíveis em e.xtraordinária abuúdância, e Eg",od
ãia seguinte achavam it*pr;; pr;d. ilà;;.a,-u,'u*-iiiffi
Babilônios deduzido qub seu -deus tinha um apetite
superior ao dos pobres rnortais, e que a,expansibil!{ade {
*g 'estômago estava na ruzâo direta da sua'. divindade-."X
a,título de fervorosos crentes, continuavam levando-lhe
dia pratos mais bem temperados e em maior
§em que a qua4tidaS, ;que ,ia .crescendo conforme
a devoção dos Babilônios, pudesre causaÍ o..menor,
torno digesüvo ao deus gastrônomo.
Por aquetes dar üüa em Babilônis um Profeta iufiUi:.: ,.
lr** de_Deus, gue tinha muito cohhecimenb neo sO, úüii.§,
§agradas Escrituras como também do oração humanoi, q::r$
chamava-se Daniel.
http://www.obrascatolicas.com
i:,it úÉaram a explorai os Babilônio's em seu favor; pois eram
' ,. gSq. com su:rs mulheres'e Íilhos, e não o ídolo de pedra,
:1t&*n comia à noite as oferendas. Por muitos anos durara
ô- ttinquedinho aos ministros do peus, saindo-lhes seÍnPÍe
, btú, pgig não só os .Búilônios da classe pobre e média,
como também os Babilônios ricos e o próprio rei, acredita-
- vàm, a pés juntos,'no mítagre da extràordinária deglutição
do ídolo de pedra. Eis, porém, que um dia "se encontraram
r 9om e forma das saqdálias deles".
. O Profeia Daniel observara o me§mo fato qae os Ba-
tittôrriop;'mas, para explicá-lo, formulara uma ÍripdÍese dis-
. tinta da .deles. O fato era que "durante o dia os fiéis le'
vavaln suas oÍerendas ante b altar de Bel"; o templo fe-
I ctava-se à noite "sem que ninguém pudesse entrar pelas
i. portas maciças"; mas no'dia seguinte, apésar dieso, "as
1, lo-mHas tinham desaparecido". Sobre este fato os Babilô-
:,,^ ff@ formúlavam uma teoria baseada no "Deu§ ex machi-
j,.11*' dizendo: "E' um fato quê as comidas ficam no altar,
'pelas
'r..e'ê'um lato qué ninguém entia no templo portas. Não
, r estúdri à noite dentro do recinto senão Bel, claro é que
.{''.' ê"Be[ (vlsto que os comestíveis desaparecem) quem come
, ob manjares. . . " A conclusão não podia seí mais eviden-
te.,. para os Babilônios, e assirn não lhes ocorreu usar
,,,. dG qualquer outra hipótese. O'mesmô não sucedeu, porém,
ctm o Profeta Daniel. :
http://www.obrascatolicas.com
penelra úeia de cinzaq esparzia uma caniade qir[üe: isr:',' 'r
perceptível dessa aubstância ao redor do.altar. Feito tsb; r
juntou-se ao rei e, mandando eSe "fedrar as portas ào,
-:u
tem-Rlo, selou-as. No dia bcm_ poir eetave ,;r.,
-sequinte 9edo,
ansioso por saber o resultafu,
gsigry o rei foi ao -ternpto
ternpto oonl
oom s;j
..r
Daniel e com os seus, encontrando intactos os eehs; por ":
, ati ninguêm podia ler entrado. Abrem-se as portae e, ao',,ij
notar que os manjares haviam desaparecido, como de cos; .
http://www.obrascatolicas.com
':'t
..:.
-:... 11
ftuerdii
?' or r3
ReÍlexõcs Psicológlcas.
.1.::
http://www.obrascatolicas.com
' Gpítulo II. ii
 Bnxomania. .l
http://www.obrascatolicas.com
t-
I
*
ao §abá na noite da sexta-feira para o sábado, voando
..: pçJos ares montâdas em cabos de va§§ouÍa,' em feixes de
iaras; riu em demônios disfarçados em iabritos ou noutro§
anjmâis em moda 8) Boiar de mãos e pés amarrâdas,
envoltas numa manta.
- It{anter insensÍvel a parte do
-.9)
rio dia da iniciação delas, as ha-
TÍpo em .quenão _Satanás,
nela dor alguma, por mais quç,
,. viá marcado, sentindo
: A§ ê§pê{âs§em.
Tudo isso era acreditado firmemente não sô pelas in-'
como também por todo o povo e pela gente le-
' teressadas,
trad{ daqueh época, protestantes ou católiCos, pois segun-
do eles'a ed§tência de tais poderes e qualidades eta evi-
' dente, pelo'icon§tante e univàrsal iestemunho das Bruxas,
: rncsmo quando postas a tratos; além de inúmeras pessoas.
, de tôdàs.as idades'e ondições testificarem, uns terem vÍato
', .) .ld do ft. grafia fonética de saááar,
de :bruxae - §aàd:
e feiticeiras.
conciliábulo
http://www.obrascatolicas.com
:ffi
http://www.obrascatolicas.com
As Fraadcs gsfnifusi os Ferdletllrr Hapúqaicot 17 -
-ramembora
incon{esso apesar dos maiores tormentos
simplesmente qaeimados vlvas, e - fo-
'não pela Inquisição
Espanhola; mas pelo culto rei protestante Jaime VI (?!).
A este caso acrescentaremos outro não menos famoso
nos fastos da Inglaterra. Na Pendle Forest, no Lancashire,
vivia um lenhadoi que tinha um Íilho de uns doze anos,
charnado 'Robinson. Esse mau menino, como ele próprio
confessiu anos mais tarde, foi a causa de serem queima-
' das como Bruxas inúmeras mulheres. Consoante o seu tes-
temunho, estando um dia no bosque colhendo ameixas, viu
dois grandes cachorros pretos, que pensou pertencerem'a
um certo nobre que moiava não longe daü. Havendo sal-
tado um coelho, o menino tratou de açular os lebréis para
que o perseguissem,. porémi por mais que fizesse, os ani-
mais não se mexeram. Ia ele dar-lhes uma paulada quan-
do, sübitamente, viu que os cachorros'se converteram num
'' menino.pequeno e numa mulher, que ele logo reconheceu
seÍ a Mãe Dickenson, Bruxa de sua aldeia.
: A malvada mulher ofereceu-lhe dinheiro para que ele
, vendesse a alma a Satanás, mas, tendo o menino Robinson
. recusado isso com indignação, a Bruxa tocou o outro me-
: nino com sua vara de condão,.convertendo-o em cavalo,
. montando no qual a Bruxa Íorçou Robinson a lazer o me§-
mo. Começou o cavato a voar por montes e prados, até que
"- enfim chegaram a um celeiro onde, por meio de ensalmot,
sete Bruxas taziam aparecer presuntos, tortas e outros co-
.sumamente
' mestíveis apetitosos. Quando elas concluÍram
. seus ensalmos, começou o convite, ao qual logo acudiram
: voando até vinte Bruxas da vizinhança, que o menino re-
conheceu sem dificuldade. Robinson foi contar o acontecido
às autoridades, que, baseando-se em tão sólido (?) teste-
munho, prenderam a Mãe Dickenson e as outras vinte Bru-
xa§. denunciadas pelo menino. caluniador, e, como de cos-
tume, submeteram-nas- ao tormento paÍa que "cantassem'l
daí resultando serem logo oito queimailos vívos.
Sir Ceorge Mackenzie, no seu livro !'Criminal Law",
publicado efii 1678, enhe outros muitíssimos ôasos análo-
Frrudes Erplrltas 2
-
http://www.obrascatolicas.com
gos.conta o de {m iafeliz he§q que foi.dar.na.Íorca co- - "3
md Bruú, pejq àe nesmo estãva |ersuedido'de o ser, iá, , t
que itilmgvã.sem tltubear 'ier yi"t" o^diabo dal4ai$[,
ao redor de uma rrel4 em fema de mosd; e o fatg de o
diabo transformar-se comummte em mosca era nada me-
nos do que o fundamento de um dos mtúltiplos, mOtoOos l
que então sê usilv?Ín na Inglaterra, como na Alernadta ei
em outras nações, para descobrir as Bruxas. Parece que i
o inventor desse "método" foi o famosíssimo inglês, Oà*: , ,-,i
cobridor de Bruxas, Mateus
-Hopkins, .que,
em vi"rtude do . ,
seu'cargo, a si_próprio se inütulava "The Witch-Findu- j
General", o Descobridor Geral de Bruxas. Vários-eram às I -l
processos para descúrir essas aliadas de Sptanás, sendo -. -;
o primeiro deles baseado na insensibilidade das Bruxas no , "_
http://www.obrascatolicas.com
tn.- -:
http://www.obrascatolicas.com
** **Efl
Mas cligamos uma patavra da Alernanha e de oÚros
oaíses protestantes. SeúnUo a Chamber's Encyclopaedie
tvof. X, pâg. 235), em-Genebra, Sutça, só em três meses
rIàm qràitn"ro.t q.iirnrrrt* Bruxas. Em Tréve.ris' em mgÉ . -
tos poucos anos, seglundo a New Internationat Encyclop4e", '.'
dia,-Íoram iustiçadas sete mil Bruxas.
E na Alemanha, segundo a Nelson'g Encyclopae$", ,
. no espaço de dois séóulos-"the Witch-Mania is estimated tg
nave toit 1OO.O00 lives in Germany alond'
: ". ' ' avalia' .."'t
,ã qru a Bruxomania custou cem mil vidas sàmente no
Ãte'àanht'. Juntem os protestantes todas as útimas, de toi,
das. as classes, da Inquisição Espanhola, e compareÍn-ni§
religioso-social.
Á crença firmíssima nos poderes preternaturais. §. " t-'
Búras deixôu sulcos profundos, não só na literaturâ,'fli', .
ropeia dos século§ XVi e XVII, como também na p{P-IÍF: ,.,.'
Ieiislação civil e canônica. Se, pois, - a lei, .19 at PT§oa§
inãtruiáas e autorizadas daquela idade acreditavam fir-me
,ãrüãu.,- dã tato, pot meiot diabólicos, as Bruxas Pt' t
duziam'tenpestad*, mios, pestes e outros fenômeno§ (qíG'
hoie'chamamos meteorológiêos ou patotôgicos), se'as-yq.r;,, :l
poiaçOes cientÍficas de enJão reconheciam como diaMlms':
"esses fenômenos" *;; iliã óno"n"r*, à morte troÍneàe-."-:;'l
u-ãuin.t." que "com ieus ensalmos" tinham enchiQ !e
iont" o gadô, ou produzido chuvae de--pedlas,-não ê
âdmirar {ue, crendúas autoras 'de semelhantes lenômenos*
o vulgo at entregasiê à iustiça turn qórnem piedade, q;-
colheãdo a§ infelizes :'íem flagrante delito" (isto é, no ate
de .produzlrem com scus 'ensslmos ufru tempestade; fit:
http://www.obrascatolicas.com
r&
Às Praúàs-EsFÍrfru c oi, F@ras JÉctaBstquicac ' 2-l
i' 1_,r-
http://www.obrascatolicas.com
-' i: 'lr
Ul .:.:- : Carlos.rútda,:dl Her&,.$1 ,-,i-:, -L..:'.,, ,,::i-
dabos ds bdxa condiçb, dgir.ndo,B.,ü qbdtó f{ra ss-
autoridades maiores.
-- .Dqtes Íábulas está.eiüada a literahrra & ürtfu, e e§-rr :i
critores considerados naquela época como vcnÊdciÍrs au. .iij
üoridades, tais como Sprenger na sua obra clássica
- (?) ,
http://www.obrascatolicas.com
:::. *.:eSJ.=:ú;g
. Caf,tulo.IU.
PsicoloÉia da,.BnriomaÍria.
http://www.obrascatolicas.com
r!j,r\l
:'ii:..
http://www.obrascatolicas.com
$E Ih€§ Íffia àt,Eãoe, 'lrê36o. csm tgt6 ft É
pcle.
\, Quando esse eslpêcle de Bruxas era poata a tratot,
tipitas e"'princÍpio nqevam haverem produzklo tmpettr-
êh ou causado a morte do gado, etc., maE, cüt. tpüsot Qtl
4.-.dor+s e preferindo arffi1e, por estar um Poüco mds lon-
§gque o tonneÍto, delaravam quc "efetiúamentg poÍ úm
.pacto aoÍn Satanás, tinhalil produzido esses e outrsg fenü
ÍBÊnosl', coÍt o que paravam de atormentá-las paÍa con-
úrzi.las mais tarde à fogueira.
, À§ Bruxas loucas otr autô-sugestlonadas (que por cer-
to eram muito numerosas) estavam persuadidas de que ti-
nhám aqueles poderes, devido ao pacto diaMlico, e assini,
guandô caíà uma saraivada na vizinhanÇ4 por exairplo,
declaravam sçm rebuço serem elas a causa de scmelhante
fenômeno. Levadas à tortura, logo confessavam que real-
mênte'-"êram Bruxas", e enquanto os verdugos ás tortu-
ravam, eias murmuravam *ensalmos" com a Íirme .persua-
sâo de que Satanás lhes yiria em auxilio, o que, cómo de
supor, nunca sucedia.
' . Esta constante maneira de proceder dumas e doutras
riôio a demonstrar aos luízes, e por meio deles aos letra-
dos daquela época, que "a teoria das Bruxas e o seu
pacio diabólico eta um Íoto", argumentando eles desta sor-
te: aplicando "activa pàssivis", pode o Demônio produzir
esses fenômenos; assim é'que as Bruxas asseguram "te-
rem feito pacto com Satanás; e confessam isto até mesmo
no tormento; logo, em virtude desse pacto, as Bruxas po-
dem produzir tempestades, raios e enfermidades "à sua
vontade". E acrescentavam mais: não sômente podem pro-
duzi'los, mas "de fato" os têm produzido, coniorme "elas
mesmas" têm confessado; qas, não tendo por si mesmas
poderes para semelhante eoisa, resulta gue, se o têm feito,
é por arte diabólica, corno elas igualmente afirmam. E
aqui temos estabelecida a teoria do "pacto". Contudo, nem
mesmo aos mais ferrenho-s defensores dessa suposição, co-
mo ao fariroso D.elrio, -escapava que tal pacto não podia
ter força algurna ".para obrigar Satanás a lazer o que pro-
metera". Donde r.esulta que, paÍa a Bruxa, o pacto era
perfeitamente inútil, ,iá que o Diabo só hayia de fazer' o
http://www.obrascatolicas.com
'$§':, -'.1*:'..;::§4,íe§'jilgrà, te Í*eçCt§a, ti -.f.:rr"i"=- .Çe''--:;
St ltr tBe rrc.gOto,. úão' tr*erao rt&frnn' ,ffi.t*e.'ffi-
gá-Io cumprir
a a-palawa.
': ' Poi ríútro ledo, a giiite :ordiàária,bem doúü:'fs sá- ':
bfios'de erúâo, fiáüíâm nõta'dà quererta esiréê€ dé d6dÍiç3§
sé pÍopâgà\n por.rneio das'inosras e dos,ratôf'(O,qúe efrá
conÍirmedo por experiências rcceúes). Mas a4Jur*ertevam
assim: "aB moscàs e. os ratos ttão são cottw,-pbprcbtú
para produzir semelhaates.regultados; logs ê o 'Diab ein
forma de moscas ou'de ratos qual os produz". Não o-
nhecendo a existência das bactérias, como harremos igdí-
cado, era moralmente impoisível aos eruditoo da+r{a êpo-
ca explicar-rc como uma mosca ou um rato fo*em. ila
çausa" de urnl enfermidade, e assim atribuíain a origern
desse poder, não aos micróbios por elas transportados -to-
mo veículos, mas a §atanás, que com seu poder sobre$rLÍr-
ral podià causar uma epidemia. E aqui temos outro fato
certo explicado por meio de uma teoria falsa, Íatos esqes
que, iunto oom a teoria, deram origem a "outra proprie-
dade das Bnlxas", isto é, a de poderem elas mesÍãas con-
verter-se, ou converter outros, em animais, por'' úêio dm
seus ensalmos. E a verdade era que "esta forma & alu-,
cinação" tinha, na realid_ade, por iundanrento uma r{1!g,.
agora benr conhecida: a Licanhopia -'"- .
http://www.obrascatolicas.com
:]Ps '.
:'r,-feira prra osábádo, voaRdo peloe arm montadas nurn
aúo. de vassoum, nurn
rl'.í-::: dc vetos, ou eÍn diabog dis-
' -lerçados em Cabritos ou Í€ixe
em outrog animais. Coisa que cau-
--.ra admiração, ao lermos livros escritos por autores verda-
êiramente inteligentes e letrados, como o famoso Delrio
g outros muitíssimos, é rrermos como eles estavam Persua-
i'verdade desse (?), e como o defendiam
.dd-os da
' cofi razões e argumeRbsfoto" de todas a§,,classes. Para nós,
esses histórias sãô melo's "contos que cbnsideÍamos digno§
- das amas para entretergm e assustarem as-criançau'; mas
durante m sectrlos XV, XV{ e XVII isso não foi brlncadeira,
mas as§unto:da maior transcendência, de que se oguparam
os mâl§:insignes letrados, iurisconsultos e sábios da época,
escrevendo livros para provar a "Íerdade" de suas áipd:
,reoas, 'que eles coífundiám constantemente com os ntstà{'.
! Rdkxões Psicológicas.
http://www.obrascatolicas.com
Câpltuló IV.
Fun&rnento e Princípio.
Mesmo antes de Franklin haver demoastçae e oÍts
gern do raio e de Pasteur ter feito pública a eiistênôia do-s
micróbios, iá as Bruxas andavam em décadência, rnas des-
& o momento em que se encoatrou a verdddeÍra'causa desi
ses fenômenos, que por tantos séculos tstivera oculta, as
-a desaparecer
Bruxas começaràm com rapidez extra-
ordinária.
"A especialidade' daquelâs infelizes fôra a produção
de trovões, relâmpagos e raios, ou a propagaÇão do car-
búnculo, da ronha e de outras doenças, produzindo "a do-
micílio" tempestades e epidemias; assim, quairdo fol'des- .-.,1
coterto o embuste,.elas foram para o olho da ma,_cotiir .-,,{
-a :-r-
loja Íechada e a freguesia
-D---'j- dispersa. Mas, como ovE$..
..:-Í= -_ :.,ê
.::
ruim não se quebra", e os Babilônios modernos, qtte'tati. ._i
to aburidam, não se deram por vencidos, como poi veni!É-:
dos não se deram seus gloriosos antepassedos, bem dÉ::,
pÍessa apareceu.o novo. 6roto da Bruiom4nia: o Espil[. -:
tismo. E às Bruxas sucederam os Médiuns, e as Peneiras ...,-i
e Cabos de Vassoura foram substituídos "cientlficamente" .
http://www.obrascatolicas.com
Aj:irwdey êfpfrAos c os,Faúàiwt 'tlklap§íçwcos 29
http://www.obrascatolicas.com
& meilinasFor tinhim uma irmã iá casa& e (pe en-
tão se ctamava'Senhora Fhú, norne do primeiro.ruari&.
Essa irmã tinha mna filha Isabel FisctU que eoataVa en-
t![o quinze anos. Esta menina, neta da Sra. Fox e sobrinta,
das pequenas, embora maior do que elm, achar6-se de vi-.
sita à ÍamíIia de sua avó, quando.esta se fiudara, havÉ
pouco; para a casa de Arcádia.- Querendo assustar a §o;
brinha Isabel, as duas meninas Fox tiveram a ideia de amar-
Íar umas maçãs com um fio e fazê-las rolar peto assoalho
de madeira quando Isabel começava a dormir. A pobie rar
pariga se assustava, e as irmãs Fox riam dos sustos dela,
mas sem que ela descobrisse a causa daqueles ruídos.- No:'
afã de aparentar Que não tinham parte nos ruidos,'comé
çeram as meninas Fox a estalar os dedos das mãos, Ínâtr+: -
dando as maçãs repetirem ruídos semelhantes. Esta ideia
despertou-lhes nos cérebros infantis e travessos a ideia de
lazer o mesmo com o.s dedos dos pés, e a invenção devzu-
se a Catarana, a menor. Quando as pequenas descsbriram
que podiam fazer esses ruídos metidas na cama e conseÍ-
vando as mãos à vista de todos, ficaram contentíssimas,
pensando il) §ucesso que iam ter com t2Ío prodigiosa des-
coberta, mormente quando notaram que, apoiando os pés rç, _
espaldar da cama de madeira, os ruídos eram muiüo mri§--_ i
fortes, servindo-lhes a§ tábuas de caixa de rêssonânçiá1.....1:
Então foi quando 'lcomeçaram os ropl' e a.mãe asqstd{1.,..|.::
"ideou a fatnosa hipótese espírita que aiada perdurd'..Cut$:'":.,*
pre notar que a mãe, e não as meninas, foi qrem foriou,,
a história do morto (que veio a verificar-se ser inteiia-
métr Íalsa), e que as travessas criafuras só respondiat#. :
'sim" ou "não" conforme lhes dava ná telha. Isabe! a. ,
princípio, também acreditou que ôs ruídôs eram prodrzider .--+
por.espíritos, mas, como é natural, bem depreÕsa sê &iÉ,,',iÉ
côata de, sereÍn as.p€quenas as autoras de setÉlhante.-fiÊÊ.- .
nômeno.
Sem trair suas tiazinhas contando a fraude à avó, Íof'','
descobri-la a sua mãe a Sra. Fisch, que morava eur Ro'.
cÍrester, Nwa York, não longe de Arcádia. Velo ê§t2 5i;-:,: .
http://www.obrascatolicas.com
:.-:.rri::::; q:l
http://www.obrascatolicas.com
gZ - l Car,los.,ffrúe ile'Hs&; -?.,,, : ' .'..,' .,
i
http://www.obrascatolicas.com
'' Ás Fraude.çi§àÍrrH*c"el.oifaúnüanoc,fiiaâpdqatcos . Sl
t
:r';rçorio,.erzr'natuld, os iqp6itHêa àisedtarant-ria, : e els
-
Êlui algrrmas das suas afirmáções, reimpressas no lívro ôi-
tado: '{O Espiritismó não me importa coisa alguma; pelq
qIà me toca, Éão tehho mai§ o que fazer corn ele. Mas,'sobre
:_ Cete,:ponto, afirmo que ô Espiritismo é uma das maidições
-. ,rff§Ures que o rirundo tem cãnhecido,,.
,. r-,"Í'Não o negarei. O Espiritismo é pura farsa do princí-
pi6+ ao fim. Ei ô embuste maior do piesente sécttlo,'.
: "Sei e conheço com certeza que iodas e cada uma das
manifestaçôes- espíritas por mim produzidas em Londres e
em todas.as partes foram fraudulentas,, (págs. 54 a 5g).
-l-1o
. inesperadas revelações feitas nada menos do que
pdas, fundadoras do Espiritismo nos Estados Unidos, não
Êuderam deixar de cauiar uÍna'sensação tremend",
çialmente entre os adeptos de boa ou. de má fé, e acarre- "rp.-
tarflE sobre ambas as irmãs um verdadeiro dilúvio de car-
tas, ameaçadoras umas, insultuosas outras, e cheias de an-
siedade p desconsolo as demais. Nelas os missiyistas pediam
, *,ltfnã: Fox que, por tudo o qüe lhes fosse'rnais ságrado,
Itres quisessem fazér saber de maneira autêntica se ãquilo
que os jornais tinham publicado era verdade ou ,sômãnte
conversa fiada de repórter, pois se achavam cheios de an-
4çt,,",.$fi"n1, ao coasiderar que as süas crenças e con-
ytr*$ basead4s, de.maleira mui principal, no iestemunho
ffi,durante quarenta anos. pelas Fundadoras da Nova Re-
yglação, v!1!am a cair'por terra, e ser certo o que os
iornai^s publicavam como revelações autênticas.
cadeado tão terrível furacão, iá estava àespedaçado pelos
Íemorsos, mas ao receber essas Çartas elas compreeàdàram
não ser bastante declorqr sômente que o Espiiitismo era
rêlp,q. mas ser preciso manifestar ao público os meios de
que-;qe..${Bm-valido desde o princípio para enganá-lo. E
q§ín-d$tqiu JHargarida sair dê novô à ãrena e,"do patco,
dgclal{ que fola uma embusteira e explicar .orno'p'.ãor-
zira 'aaqueles tão .surpreendentes como' inexptictiiiis'
menos".
fittô-
Era a noite de 2l de Outubro de lggg. A Academia de
Música de Nova York estava cheia de ,uma coneorrênçia
tão numerosa quanto distinta, nao tatanào, .;Ê-;;';;
pectadores, furlbundos espíritas que estavam decididos
-ou a
aÍmar sarilho, para ridicularizar inpedir a exposiçaã
Pnuder EspÍritas 3
-
http://www.obrascatolicas.com
. ,,"**i
3a _ êertos t@'ill Hcr&r §r.:I., ' :' ; i 1
http://www.obrascatolicas.com
t' l ' :
Reflexões Psicológicas,
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo V.
Psiçblogia da DecePsão.'
http://www.obrascatolicas.com
4 "Meçonarh, pregaado ao pelourinhg ser4 raedo algun,
os I. I..'. : .
Os crimes ndandos, Quç revelou, op inúmeros e concÍc-
tor testerrunhos. çt:'aduziu contra ga Maçõeq em folhetot
e livros 'cheios de eetarnpar.esclarecsdoꐤ, tornarern-no um
dos escritsres mais populares na França e no estrangeiro,
'
Corn piedrde filial foi a Roma pedir a.Leão XIII a Bênção
AtrxxtóSca para continuar lutando contia os Mações e con-
trr,toda espécie de sociedades secretas qu diabólicas. Bis-
pos,: Padres e católicos proeminentes da França e do es-
fiúdgeiro prestaram-lhe generoso apoio, com o que a sua
popularidade cÍesceu como a espumâ. Por doze anos pu-
blicou, um apôs outro, artigos e liwos em esülo tão fasci-
ttat1te que, arpesar de estarem eivados de '"documenios",
qeus essritos eram devorados com avidez por inúmeros lei-
lgres. Foi ele quem desmascarou os lVlações, provando até
à -evidência, - com testemunhos antigos e ,rnodernosr Qt1e as
Irg{as, eram centros do mais horrível e sangrento culto Sa-
lf,&p. O Demônio em pessoa assistia àqqêles çonciliábulos
secretos, recebendo dos Mações um culto- abominável e sa-
crifíêios espaptosos. Suas revelações eram fundadas tanto
em documentos como na sua própria experiência. Ali esta-
I{8, sB nãol Diana Vaughan, Sacerdotisa.dos,Mações,.por
q1qp. §atanás se enamqrara doidamente e de quem hou-
yerla" um filho... o futuro Anticristo... Mas já não era
só ele: vários outros o acompanhavam na sua obra colos=
sal, contando-se entre eles o alemão Ç Hackes, conhecido
pelo pseudônimo de Dr. Bataille. Foram eles que descobri-
ram os misteriosos templqs de Calcutá, Washington, Nápo-
les e Charlestoir, onde se tributava a Satanás um .culto tão
obsceno como abominável, em nada inferior ao qüe o Es-
Srito das TÍevas recebia no interior' do, Rochedo de Gi-
üfáEÍ, nos labirinüos da Cova de Mammouth em Kentuck|,
ê'no :I[4&tico..Templo Diabólico de Singapu r a. P ara compro-
var guas asserções em especial à monu-
mental obra "Le Diable- referirno-nos
au XIX Siàcle ou Les Mystêres du
Spíritismd' ("O Diabo no Século XIX ou os Mistérios do
Espiritismo"), editada pelo Dr. Bataille publicou os Íe:
tratos de mais de vinte Diabos com os -respectivos nom€s.
Textualmente assim diz: "Les principaux démons, tels qdils
opproissent tordiruire, topràs les diverses constato-
http://www.obrascatolicas.com
tu
38 ' r'Carlos tllatia"de llüdio, §, ,. ' '
'l
um.logro de primeira classe. Para este dramático dosfecho,
anunciãu uma grande Conferência no editício da §oçiedade ,'
õeàlratrca de Éaris, na qual ap1ésentaria em público Dlana ,,i
Vaughan, de cuja existência muitos iá começavam a duvi-
dar.-Chegado o dia, perante uma multidii,o enorme, subiu 1
http://www.obrascatolicas.com
:I;ilr-*r-tÉ
r;
http://www.obrascatolicas.com
S,:.. .,,,;,,ec&ç.,1{rrL+#i.Il#rodsmr,S'fi'*,u,;.,.ê',:.!
, A .decepção.,pode -ser:pro&ratlà. dÊ. muite.ma*§, i :s
{ç+ç uha daô traisigrbqf,* ê a pÍq&fiidr por:,,!is{trG§&?,
Tome-se, por. erernplo; usue.Foeda-que posra rer &lmm'
te ,escmiqadleatie, oe de@, {Ídihidor.e.polq*r,
braço,estg1rdido descreva-se úm, quarto e.cÍrorhrirtka*lo
fu,o
a moeda ao teto. Repita-ce esta ação eonpeqrtivamortc{iÊ
tro vezes e, escamoteando ent4o a moedi, ,1gp{fa"gg, peta -
guinta- vez o mesmo mov.inrento já sem a. mogrla ni. rnfo, .
fazendo n9 final o movimento de mão que fa^rianrgs coÍro
se'na realidade aÍirássemos a moeda ao-alto, teodo o cui- .
dado de tixar o olhar no ieto, como sê com eie.seguíssemos i
a moeda. Nao iànão çta ía nos; ,ãã ; ê64àõ ; ,ii
quê o nossri olhar;está tito ,no a1tó, os espectadãtes esÍar.áo , ,,',$
iegurol.dg lue rêal14qnte atirqmgs' ,;ãq;
? í-qri
i,.t",o i
esta ali desapareceu, o que é inteiramente falso, pois a .
falso.
rcrov. / _
i ri ii',
Para que. um escritor sela acreditado pelo púb:li§g,
deve pêÍsuadir'este não só de que "diz o que sabe'i, cprtp :
'
o qu€ sabia, e que o que Taxil sabia era certo. Para ma-
niÍéstar e sua sinceridàde, com refinada hipocrisia foi'tái
com Leão XIII para lhe pedir a bênção para lutar qoptrà i,.
os Mações, "inimigos da- Igrejd'. Este âto de hipocrlsia,
qre Taxil teve o cuidado de gue chegasse aos ouü&s de
todos "não por conduto delê", rnas pelo da'Ímprensa câ: ,_l
:
http://www.obrascatolicas.com
,.',. 1,, . -* d..
.as Fisndc.r. gfpmU s oetEÊnúàirsnai , ficnpstquicoa i[Í
j:
Rellexões Psicotógicas.
http://www.obrascatolicas.com
'__r::i:-. : . --;, t_ -: 5, -.. , . "..: r;'i
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo vl.
http://www.obrascatolicas.com
lr<:e"
. -'.,
http://www.obrascatolicas.com
4&".--: .-.-üã
ás Ficldce ' &iaírlbs € oe früúãàínaa NctapsÍquicos {§
i,:i 1,i"1
--.',
E: - --,',.8Ín 1916, o P. Emtáquio Ugarte de Erdlla, S. J., pu-
üücava em Bareelona o seu livro "O Espiritismo Moderno".
": :.t.
Na,página 26 encontrarÍoE, vertida pâÍa o castelhano, a
:
r.i\.. mesma história das Fox, dando como Íonte, entre outres,
Êmma Hardinge, a qual, diz o autor, "é citada por muitos
arbreE" .(pâ9. 29, nota).
Finalmente, em 1917, o P. Lucien Roure, S. J., toman-
j.: - '
do-o, em compêndio, de Ernest Bersot, conta-nos, cofto au-
|"f:).
'á)i. .
têntico, o mesmo caso das Fox. (Le -Merveilleux Spirite,
.+!a :- \ '
.'-:.'
SJ',
ir'
Ég. 8).1
. :.--
".i r Consoante o que vimos nos capítulos anteriores, as ir-
,!r mãs Fox expuseram püblicamente a fraude em 1888. Mas
ii
já desde o ano de 1850 os doutorçs'Flint, Lee e Cor4enty,
:it.' de BufÍalo, haviam examinado as Fox e declarado que os
à,... nrídos proCediam do estalido das juntas. E este parecer
x.
1'. foi publicado e bem conhecido pelos que realmente e com
sinceridade se interessavam pelo descobrimento da verdade.
Daqui se vê que o relato de Emma Hardinge, publicado em
§I 1870; absolutamente não foi sincero; mas, fosse o Que fo§se
:1lir'
Ili" ,
desse relato, mais do que suficiente para deiiar por terra
rtü-. i ,"
§). _. essa e útras histórias ainda melhor urdidas é a pública e
espontânea retratação das Fox, em 1888, a que se seguiu
a p[blicação do livro anteliormente mencionado, do qual
se, to$ou a fazer outra reimpressdo em 1897, apesar dos
esforço§ qge os espíritas tinham feito para acabar com os
exemplares.
Sendo o caso das Fox o Princípio e Fundamento do
,atual espiritismo, tem uma importânáa extraordinária esse
acontecimento, que, a ter sido certo, teria dado fundamento
à hipótese espírita.
= Sr) P.
do
_No_!Êu tivro "Le $piritisme d'aujourd'hui et d'hier", ôopian-
Thurston, que por sua vez ô copia não sei de q-uem,
Sercertamente não do livro original das Fox eacrito por Davenport
{The Death-Btow to Spirituãlistq", do qual tirafuos principal-
-4ente a nossa informação, diz o P. Roure que as Foi tinham
de l-4 i l5 anos quando começaram a sua frairde, o que é falso.
lari bgo Íormula
duzido- pelae.Fox
a questáo de saber sê todos os fenômenos pro-
Íoram náo_sempre fraudulentos. Ao'que
-ou do
rrEp-onde, "guiado pela- mão P. Thurstàn, que houve- de tudo,
de falso e de rrerdadeiro, e assim o crê pela - retratação
'Roureforçadá
de Catarina Fox". Claramente se vê que nem o P. nem
o P. Thurston lcram o livro "origi.nal-" das Fox; porque, se o
,'tudo
tiv,essêm. lido, náo lhe-s restaria dúüda de que foi'fíaude',,
coimo afirmamos anteriormente.
http://www.obrascatolicas.com
$ 'Corlos fui*'de .Herc{ia;,'§'1 f. 1; '''-. :i ;;;'
I
http://www.obrascatolicas.com
üi;
Ê-:.
Às Fratdes rEsirrfcs c os Frgâalews, Netapsiqaicos
t.
mal e$á em quc não'só os Babilônios por nasdmenso ou
por edrcaçãe, porém muitas outras peslxras, como vlaiaates
i#eligentes e zelosss missionários, que "ouviram" contâr
o que os Faquires fazen na lnclia, ou quiçá pessoas,.como
Jacolliot, que virom os prodÍgios desses seres misteriosos,
_.i . têm feito suar os prelos com as suas maravilhosas e nunca
ouvidas descrições de fenômenos incompreensíveis que, por
este ,simples fato, eles classificaram entre os fenômenos Es-
pídtas. Se temos de dizer a verdade, não vemos como a
i.' .
maiorio dos "fenômenos extraordinários" dos Faquires po§,
sam ser considerados como fenômenos psíquicos por qual-
qüer pesso4 que entenda da natureza destes; e, todavia,
quase todos os nossos autores que recentemente escreveram
Iivros sobre o Espiritismo dedicam páginas e até capítulos
ao estudo de ditos "fenômenos", com o que ainda mais
complicam a einaranhada série de fenômenos "Espíritas".
No curiosíssimo capítulo do seu livro "Hypnotism and
Spiritism", antes citado, o excelente doutor Lapponi, sob a iâ
,.d
epígrafe "Fenômenos próprios do Espiritismo" faz-nos a ,-+l
http://www.obrascatolicas.com
4S Cailos'ÀfÊr*!'-de lftr:dfg.,, § i/. ,. I
,i$J
http://www.obrascatolicas.com
r la'
rE}
http://www.obrascatolicas.com
§0
r ' .i'
e rffiidr;, Nadq,êsmíttm*t" Eíds.,le,-ci@Í& Pmr,:" ,
s& t'ttüpo trEfira&,'dc tete, ctorzêr,vinte:+.l6ti Sr
rtris diaq, à vónte&,do.viriante, pÚds'se à:extstl0çlo .':i
do faquir. Às vezes deve-* aguardar algo meiar, poie ,ôr.
ouhos Íaquires, com o intuito de afastar çalquer euspeita,
retiraram-se para longe, e é mister enYiar-lhec'úma nÍear
sagêm com três ou quatro'dias de antecedência, .FinalnÊnüG: '-':
chegam, e diante de tgdos tira-se f, cercq acltando'o.tÍi: .
go crescido sobre o sepulcro sem o menor sinal'& haver .,
si& removida a terra em qualquer ponto. Um dos faquires
manda retirar a terra, dirigindo pessoalmente essa ddicada l
emprese, enquanto os outros Íezam as suas orações ou êtl- ;
salmos, chamando os espíritos protetores do Íaquir enter'n
rado para lhes obter o aúxiüo Por fim deseobre-se a lousa.
:.j
oq as tábuas, que, com cuidado extraordináriq são tiradac,
pelos ouhos fuquires, e à vista do viaiante e dot seus atô- i
titos acompanhantes apaÍece o Í4uir enterrado, "que mais
parece. uma múmia. Retiram-no com muito cuidadQ, e entre r.i,:
v*rios o lerram ao "bungabw" mais prÓximo, onde se pro- ;
cede ao lentÍseimo processo da desipnotização. Ao cabo de
elgum tempo o faquir cor.n€ça a mover os lêtárgicos mÊIlt1
.brãs, abre os olhos caverno§o§ que Parecem olhar o vácuo
Fazern-no beber algumas gotas dq um líquido cspecíal le- ,,,
vado pelos outros faquires, e, depois de lhe fazerqm FPs r,:.
eepéciê d,e massagem, ele se põe m É, e com-a cara€te., ,":
riótica zumbaia oriental faz ao viaiante um prdun{o qrm:
primento. E' reconhccido mêdicamente; o pulso está.muito ::
iraeo, porém normal, e, depois dc r-ecebq a be$ ganha- re- .ii
muneiáção, retiram-se os faquires, levando quary em triur
lo o seu herói e üeixando o üaiErte sern sabêr Gomo ex--
plicar tão estrairho funômeno, sobre cuia auterÉieidade não.
têm dúüda
O fato é inegável; teríamos' de reieitar o testemrld.o,; , ',3';
humano como um dos'critérios de" ver&de se aqásseqile'
o ido.Isto úo é possível
-está se se pretende iulgar- com prc1
iUiáaAe. A questão em expliur esse fato. I*qqs slt=r
tores.irrclinám-se a yer nete oilefeitos da iítervenção:dfae
bôlica, como o cr&m alguns missionárioE que presenciarm
o lato ou o ouviram referir por teslemunhg oculqrcs. Ou+;
tros,. oç espÍritas, não duvidam de que di se mostra a in:
-8., Aos espíritos desencarnados' O P,
tewâ'rçao L-a,nsto§
O. S. ao. termiãar a narração que etê copia,' de' Mírvitlq
http://www.obrascatolicas.com
I
"e os.lFffÊü,aa§
lliffi.rís.s llgÍaptlqúr'co§ tl
http://www.obrascatolicas.com
:'!i'k:
*. .'
úà êtrrài,rffi# * natAA;,S.*Ê.ir,'.iii
ur {$trnâ inaneira de abcdrçãp de oxigênio, reidlàtiàrres cou
tecidoc,.,çryno nas plantaq seja diretamente por .meio da
boca e das narinas, como é o comum, posto que de'n@
imperceptível Bar3 o obseivadoÍ e em quantidades por c{rÍr-
seguinte pequeníssimas. Not€:sê .que sempre se.p.Íocgra qq,Ç
a sepulhrra seia folgada, o.que podê ser tenhe pgr o!r:
ieto dar maior volüme de oxigênio ao enterrado. Por três,
quatro ou cinco dias, talvez essa quantidade.pudesse bar
tar, tendo mr conta o que havemoç indicado; mas por um,
dois ou dez meses, parece quase impossível. Não sabêrnos
se o leitor terá reparado no que dissemos ryil -acima, isto
-os "rnomentos ante§" de enterrarem o Faqúir, enchem.
é., que,
lhe ouvidos com certa màsa de composição deseonlieci;
da. Frgora perguítamos: não seiá possível quB dita subs-
'tllncia contenha egr sqa composição, supoúamos, algumas
ervas carregadas de potassa misturada com outros ingre'
dienües, a'qual, "absorvendo o anídrido carbônicii't qüe o
Íaquir elimina poderia rnanter respirável por um lernpo mais
largo a pequena quantidade de ar encerrada nti ataúde?
De maneira semelhante rião se procede piua a purifíçação
dQ ar nos submarinos? Se isso losse certo, terÍamos efpJi-
cados os dois fatores necessários para a conseÍvaçãa ,da
vida: o sono reparador hipnótico e a purificação do ar ç.a.ra
que o sepultado possa respirar. E será esta .a ve$á$ffi',.iiin
solução? , .
Rellcxões Psíco,lógicas- 'r
"
'
A moderna crítica histórica assentou coino 'princípio -
que 'rpara.escrever históri,a_não_basta o $vei li{o afguns
duantós livros sobre a matéria de que se trata e §enteÍ-§e
iã-g, encher laudas"l é nectssário emPregar targal hoqs :r
"
em- biblíotecas
u.I. srY..v.v e arquiüos, rebulcando
-'--:-
áocúmentos
----- z-:-. del
qug -;,1:. 'lt{
..;
vem pa§sar-se depois pelo crivo de uma rigorosa crítlcê jj
DisUp'guir ctararnente o lendário, o provável e o certo. Eiii. .#
ifi;;;, uatiát ànos rivenoo e corrigindo um manuscrito ,ri,
antes de dá-lo à irnpressão. Porém muitos escritores sotr
,i
o Espiritismo têm tiúo até agora o-privilégio Sg abalânçi.I: ri
se a publicar livros sobre esta matéria só c-onr haverem lido
i+
uns ôuantps livros semelhantes ao do Dr. lapponi, dei- :
xando o resto encommdado à fecmdidade da miáginaçao e :
àõ brilhântismo das suas bem aparàdas penas.
" '"
http://www.obrascatolicas.com
Cápltulo VII.
http://www.obrascatolicas.com
Íenômenos produzidos pelot ÍaquiÍes e vcr cc ne realiilrde
eram cxheo-rdinárioa ou apenas-arülc daquelec Hindug. rtor
poucos foi ganhando a conÍiança de várbs gnrpos de fa'.
$rir€ aos quais maravilhava com $rim sorteq "lncomprc«r-
eíveis para eles". A troco de ensimr-lher elguuras dcstar,
mes principalmente dando.ltes uma boa quantidade de
I
roplas, conseguiu Mr. Baldurín ir descobriodo um um og
ardis de que ós faquirec sc rra[.m pra deEar.-teu& "u-
haordinárlos fenômenor", e, & volta aoa Eiúdos Uniibs,
publlcou efl 1885 um livro charüa(o "The Secreb of
Iltahatma Land Explainedil ("Os segredos Ca. terre dos
Mahatnas expllcaddsr). Nele ôonta e ãxptka à crecçlmento
de plantas em muito poucls horas, a dença das Íolhas e
outror Íenômenos que, na Europa e na Américq tanto de-
ram que persar 4 não poucos escritoÍes,. atribriindô-se ee.
úr 'fenômenos" a forçr oçultas oupostas conhotâdas pe-
lds íaquirett
Vendo o professor Beldwin que, em mettos de cinco
minutos o Íaquir saíra do cepulcro, pensou, primeiro quc
tdvez o tiversem hipnotizado ou distreído para não ver
quaído aquele homem Ec escapasse da sepulfura. Mas,,sua
§PoB, que estava no !'bungalonr" vizinho; onde hahitavmrr-
segulra todoc' ss movimentos doc oltroc fquir,eo e.nãg'
rptara nada de anormal. ÂÍartada, pors, a ideja.,de *,h,
ver o faquir escapado do ceputcro ântcs & rer reel4lq$,
enterrado, És-sc o ProÍesror a penoeÍ, como iá Í?ier,a tffi"'
tas vezes, de que maneira poderia produzir o mesmo te.
nômeno, pois estava: seguro de que este, como todos.os
restâotcs, era simplesmente uma burla de natureza tão óbvia,
qne 'fiustamente:por isso" aão lher ocorria.a. $lução aos
euroPeus.
Contam que-umâ profeutora peryuntava ã urn íqrk*rÍ
Vamos a ver, loãozinho, se de dole. se tiram dois, quarttdl
Ílcam? Mas o pequerc não respon'deú. Procurando expl.É
car-lÍe a pergunta'cbm um exemplo, disse-lhe a proÍesro-,
ra: Olhe, Joãozinho,. suponha'que eu lhe dou cinco-centavàs
9 você os deixa rio bolso; chega a casa e não os encontrái
pode dizér:-Íde 4gorâ gue é .Que você tem'rro htso?"b
menino chupou ci cledo e respondeu muito sérío:''tenho urh
utiacd'; À'fgtnia':cb-isa
'disüo deye {er ocorrido'.iio Múatma
Btânoo, e, .dêpôis de distribuir boas ruptas àntre õd,fài;,
http://www.obrascatolicas.com
i , r'l'.i-..
tti rrr*ao':'g*rtros 4:rt;iç6ftiúabs rrkrqPs!íacos ü5
http://www.obrascatolicas.com
5ô
'É
á.
..t
http://www.obrascatolicas.com
Àl Pr@. eplrdÍàq e ds'Feaôaicnos'ileie4qaicos 57
:..-
. Reflexões Psicológicas.
:
http://www.obrascatolicas.com
Crdtrlo. Vllt,
http://www.obrascatolicas.com
.,4à
b Fràlilc*.' EtffiÉ e. os,fãtú*tLnot* ltldúafdÍsicoç B
.ffiut'dlr-me ü'GlrteúÔÍ que tudo'qu$tro dizenr ettês bffiE
É,for .tfo dhparãtu à mentlrar, cthndo ftnpeseor' rym{f
cGrçt doe $nirorec ô CotnGlho Rcal, §üno se ertcc Íorsrt
',3búte,'plra ddrar prblicar.tanta mentita lunta, t!trtas hr
mfr' ê tantos ''cnGüttamentos, que fazem' perder o iuÍzol"
(DoE QtÍl*ote, parte primeira, capítttb XXXII, trad. do
V c.'de BeaalcanÍor).
ximos dlto e pelo que adiante Yeremos, é multÍreimo mais
df,clt do que se pode imrglnar obter, não iá certeza, mas
orna prgbrbilldaüe raciond sobt.e a autenticidade dausa
éEsse "úc futômenos. Por esta razão, entre outras, nós oc
çe talc'arruntos escrevemos devemos ter extremo cuidado
pbra que não re cumpÍa em nós e nos que lêíam os nossos
slcrítor rquele "Cc,cl sunt ct daces cecorum: c@cut au-
tem sl ceco ducotum prestet ofibo in fovcam codrnf i
-tít{t
15, 14). Por lnÍelicldade, tem havido e M muitos es-
àüo,reo cátólicoc a que paÍGce não haver nada mais. fácil
tb p ercÍeveÍ sobre Espiritismo. Tendo à mão uns tan-
. b+ tlçrot que tratem da.matéria, rluitos se abalançam a
Glcrever ooplando... e assim sai essa beleza.
Contam que certa vez um frade teve uma visão na
grat lhe pàreceu estar no Paraíso, onde se encontrou com
Elh§. O Ptofeta estava rodeado de inúmeros livros, per-
gamlnho*, jornais e manuscritos de toda sorte, tomando no-
ta!, comlrarando fatos e finalmente escrevendo um discur-
ro. Perguntoü-lhe o frade o qúe estâva fazendg, e Elias rer
pondeu-lhe que estava atareÍadÍssimo, preparando, havia iá
muitas centenas de anos, o sermão que ti'nha de pregar no
fim do mundo. O frade sorriu ao veÍ os trabalhos que o
bom do Profeta estava toman& paÍa escrever o seu ser-
I Bâo;-,e lhe disse: "Tanto trabalho para um só sermão?
Slrr*r diese Elias, escrevi estas poucas páginas e ainda te-
-
.Et$o de' revisá.las, pois não estou satisfeito com elas. -
o,Íra& acrescentou: Não vejo para que tanto trabalho;
nó meu,mosteiro o guardião manda qualquer frade pregar,
serÀ preparação alguma, quandp .lhe pedem um sermão, e
ele vai e prega..." Elias Íicou olhando Para o frade por'
qrÍna"dog ócUlos e respondeu-lhe. estas únicas palavras: "E
..:
.. . il ';'Cegoc úo e condutores de cegos; maq se um cego guia
ifrftro ccgo, ambos rêm' a cair no fosso".
http://www.obrascatolicas.com
e .::: &-W,4*,td0, Iícr!ditr.ScJ*,,-"..5 i "-i .!'
":^.:, -.
ücün d ,eru,bcleE ', El ,futo o flG- tffidG .coír. ild&t
([le ÇtcÍw@ toDre o E$iÍitiutroí l'e emi6-r*d-rrr.,br,lÊh?i
E,gra SE o leitor nío dgarg+ fdamol de,pe$&ie +r,?
.mot tomrr cooo exenflo um.Hvro endderado p..,rffi
clrm um dor ruclhorerleecritos,tobrr cstrE netéÍrt1 '1q.*fr,,.
notim e o Eryiritismof', & Dr. Lapponi. e&.-Évre,.,jt
antes cita&r Que ânda nas mãos de multoc, ofu', sô m3re+
oeú a honra de ,várias ediçõeq, mas foi üaürzido esr di-
venas línguas.
Ao falar deste e dos outroa livros sobre o Es1úrltirmo,
rqetimos.que não nos rÇÍerimos â sua pçrte;1rp.orel.e. rs.
lislosâ mas táo-§ôÍnente o analisamos sob o. po6o de {+h
da sã crÍtica e pelo prisma científico. E não {úemop iste
por outro motivp.senão para aleihr os que tais:tivros lêcnt
já que o.livro antes mencionado ê considerado e.çitado por
nlio poucos como autoriáade na maté1ia :..,
' Do ponto de ústa crÍÍico e cicntífbo,1o liyto do ;Dn . !
Lapponi, na parte quê se,refere ao Espiritismo, demgu§traÍ .
l) que o qedulidade do autor é excessiva; 2) que, embora i
homern de ciência no que se tefere à medicinar,ltéo.larc,,a :
matéria. ,t#
O capítulo terceiro intitula-o ele "Phenomena prCpçG-S
Spiritism" (cito sempre a tradução inglesa da segunda e6,
ção itdiana, puhlica{a por Longmans, Green and Cq" .
Loldon, reeditada em l9l0 e em l9l5), e só deste ca$tgle
vado-no§ ocuPar egoÍe.
No número marginat l, começa eb dizendo: liPara fori
maÍ uma idaa sulicientemente clara dos lenômenos eEe ,t
constiirem o fundamentro do espiritismo, ascÀÉarnos com t
irmginaçÃo a uma sess6o dada por um dos m4ibres e qr&
estirnados médiuns. Seiam homens. ou mulhss, eles têm
geralmente uma lparência agradável, maneiras larcinadoraí
e oomportürcntg gcntil. Inteligpntes e cultocr os médiuur
cativam fàcilmente os. que .deles. se acercant"., .
' Pata pod,er oompeÍer, ouçaÍlos egora o gle'Mme. Pao;:
la Carrara (filha de Lombroso) nos diz de Euápia Path-
dino, a médium mais notável dos tempos modernêç 'Nâsccu
Eurápia na pequtina vila de Mireoo-Murge,nq,pitiptncia, &. '
http://www.obrascatolicas.com
ás Fruulcs'eqdÍüür c os Fafi;cn& üaqfdqúicos Cl
http://www.obrascatolicas.com
j .i
:' 1,. ]
http://www.obrascatolicas.com
1 :.j
,ri
'trasladado
no ar por uma força invisível e levado à ja-
http://www.obrascatolicas.com
rpta.'Estl rE aÜ,re sem q$B,rún$ÍéÍtt â,@re (SsÉej §Ú- *
canml).,-c, ündo.lhc pasagem, de úâi Ífutemdo'pelü',iesi -,
paFt, &pois do que volta e, ao"aproximaFi* dE otltra tc-
Eêla,,csta se eb(e'tembétn espontânearilente pera làe'üar 1
.1-;,,*i1.i;
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo lK
http://www.obrascatolicas.com
nômenos, e em todo á caP.'3, de que Íazemos menção, sem'
pre Íala de que os espíritos fazem e o espírüos loqam a
Íazer, quando narra qualquer das coisas inverossím-eis qre
"copiottl' de outros livros e que teve'cnmo verdadeirc e
inegÍveis, pêla razão assaz cândida de as haver lido em
livós escriios Por pessoas que tinham estudado a matêria.
. Outro dos caracteres também comun§" naqueles Que
sobre estas matérias escrevem é citarem pro$qqÜammte
como 'icompiovados" Ímômenos que não o são, ou dar-
lhes um caiáter maravilhoso que não têm. Para amostra,
õitarêmos o menc-ionado Dr. Lapponi, que, no número I
'seu
dó livro, continuando a famosa "seance" (sessão) de
a dar conta aos nosso§ leitores nos capí-
que começamos 'continua
tulos pasiados, de§crevendo as coisas, 4ais por-
tentosâs que 'iele ima-gina" §e passam "de orünário'l nas
' i'sgances". Assim diz ele,
Pois:
"Entre os espec-tadores, algum pede ao ,médium que
pare coÍn tanto trànstorno e procure eptrar mellror €Ír cott-
hrsaçag oom os Espíritos. É o médium, corretís§imo, â@-
de-lhã aos deseios. A pedido -dele a baraÍunda cesse e o8
presentes escolhem umã mesa como instruore,nlg de_c-o1.1-
'nlc'ação entre, os viventes e a cotena de espititos qü€ vie* .
:
http://www.obrascatolicas.com
,i,- As Fiaflde§.,&plfu * os Flltlârrettd§'.$$apslqaicos §Z
http://www.obrascatolicas.com
6B Cütd'ttAr ac Eqcúa) *.,. ' :-
http://www.obrascatolicas.com
'As Fráúcs.ãphü*'c os Fcn@ W@*iw d,
i'.; {§s'r. Âo torner ã hr,a dcccriçlo da,ga {s{§GEDr,'9,'S6rs
a-- BÍ. derrc ter p6ado grc os hi{ores, por nric o€&loq
I çe Íots.fii; deviam tcr algmar dúvidas soüre a auffií.
:j:, .d*Ée de, sra nrrraflo,. € pan rebater o cÍeuo di:-nc .o
rçginte m drffio l7 do @tulo-cita&:
i-,-;- ' .' 'Ao tcr o $rmáÍio tle todu er matavlthas cspÍrúfos'que
',-i-
c*fêíro8,'ürlvez etgufur pctr3Ê ter diante de si um ca-
pÍffi & rcmmce fantástico ou ao fienos uma novela mais
oü menm,mgenhocamente escita. Mas que tão eingulares
aoatecimentoo por mim relatados, timdos dia obros cita-
:t: de§, e as lídis e emtas mnqões dqueles,que eeârdaram
a matérta, sãa verdadeiros, está comprovado por um nú-
,,. m€Ío quas€ infinito (?) de testemunhas"... !!!
: Parece incrÍvêl que um homern em seu iuízo perfeito
Enha estampado em letras de fôrma asserção semelhante.. .
=-.
i. E o livro do Dr. Lappo*i é, para.muitog uma autoridade
r, ênl matéria de espiritismo!
.'.. . Veiamos, porém, quais são "os autores' que ele con-
1:- cr{tou;
i' rezaPara'provar seus diversos assertos e demonstrar a pü-
:t- das fontes onde bebeu, Lapponi cita "jornais" como
:. o -lGiornate d'Italia" e o dcoráôre delle. Pú$iez; cita a
i:, ttuvcb, de Flammarion, "Urenia"; Cícero, "De Diünatio-
neà; uma carta de Petrarca de 1324; Appolonio de Tian4
$E noÍreu, ao gu€ ele diz, no ano 96 da nossa Era; Teo-
doro Agrippa d'Aubigné, que na sua história universal im-
i- priessa em t6l6 conta o qüe se passou com o Cardeal de
Lorena em 1574; e ouhos .autores tlio mó{ernos como o§
a,, citados, acrescentando as obras de Kant, as Memórias de
ii Dqnas Filho, e outras de diversos emritores tão autoriza-
doc em Espiritismo eomo os iá mencionados.. .
Mas no número 17 o Dr. mostra-se à altura da si-
;. tnaçãq citando a estatística, segundo a qual diz ele poder-
§e Éqn bastante segurança concluir que o número dos es-
piiitlstas em t89l era de pelo menos seÍs milâões, reiei-
tando ctm severidade de crÍtico a cifra de quinze milhões
a'que chega o cômputo do rnagazine "Il Vescillo Spirita"
de Julho & l8gl, uma das suas fonÍes de informação. Ora;
çgundo a Íonte oficial, "The American Census for lg(X)",
o total de ecpiritistas amtricanos nos Eatadoe Unidm era
i:,. de 45.(m, quarenta e cinco rrfl e trinta; e o anuádo, mui
http://www.obrascatolicas.com
e
fidedigno, "Th€ tntern*tional Year Btiok', & lglg- óâ ,
para o ano de lEgB um total, em núrneros redon@ de
6000m; seiscentos mil eqpírÍfcs em todo o msnd{r'Nlo
&ixarearos' de lazer notar, imparclaknente,- qref i s'The
National Spiritualist Àsmciation"r'.doo Estadtis Unidini.-dtz
qüe no ano de l9l0 contava 75.m0 Ítembros, coú''ads-
rentes que chegavafli a quase-dois. milhões, número ne qual,
segundo observa cordatamente J. McCabe-(em'eu ÍffintÊ
livto "Spiritualism, a popular history from l*l'l, Publi-
cado por Dôdd, Mead & Co., N. Y., em lgã));-,pgr ltgses'
"eoastitaeacÍ', ou aderentes no sentklo lato da,palavra, de-
rcm entender-s "Íodos aqtelcs q.ae atguma vez: ffi vida
penffiram no espiritisrm". De todo modo, entre et seÀr ru'-
lhõss de Lapponi em l89l e os seiscentos mil dss estatÍsti-
cas oÍiciais em 1918,. já vai diferença.
-Creio que com o anteriormente dito'Íica proVafu o meu
primeiro asserto: "Que no seu livro o Dr. Lapponi aparece
como excessivamente crédulo".
Pelo que toca ao segundo, isto é, "que o autor aáo
teve a men-or experiência no que se-reÍere aos mal cüarna-
dos fenômenos espíritas", é coisa fácil de Provar, deuido-.à
sinceridade e honradez do Dr. Lapponi, o qual, no nútilero
18 do capítulo tantas vezes citado, diz: "Várias-vezss Íio,s:
têm perguntado se tivemos experiência pessoal da reeli.
dade e verdade dos maravilhosos fenômerios que havçrnge
descrito. Amando a verdade, yem(Fnos obrigados a req
ponder negativamenÍe; tem-nos faltado oportuniúde e fan'
çitidade para examinar sêriamente os fen&menos do espiri'
tismo com o cuidado necessário, com a independência iadis'
pansável, com os aparelhos requeridos e'com o auxílio con-
veniente". Esta confissão honra muitíssimo o. D+. .LaPponi,
mas isto não impede que, com sua autoridade, nascida pre-
cisamenle da sua honorabilidade, tenha ele contribuído, in-
vsluntàriamente, para que muitos escritores sérios e muitos
es,critorezinhog usando do seu livro como de autoridade no-
qus se refere à parte crítico e científiu, tenham propagado
como verdadeiros muitíssimos fatos falso§ ou deqmedida-
mente exagerados, contribuindo desta sorte. Rão.'Para a re'
futação, t ws Wa o cimentoção dos eÍros espíritas entre
os catôlicos, dando-lhes uma publicidade e eredíbilidade que
não merecem. Ainda mais: alguns escritorezinhos eifàÉúados
http://www.obrascatolicas.com
.r
.,.'co*o'ã-üuro {g D" -r-epponi ua Ttriloy-1ft1t-,ild.
:"t. 'to+-p*
ltj,, autores-."tOtrc* q*' ,.o t*.lrt:,l- p::n
:::i::,,:
;ffiÍÍr;r;;;üêtiam
-iátiÁ a sorte qu,e P§.mãos do cura tive-
Cavalaria de Dom Quixote'
i.*esos livros de
livros o qu€ §e 'dá com as novelas
,.
" Dâse oom e§§es Baseando-ie nun§ tantos fatos mal:
úamadas histórlcas.
pe-
povados e num ou dois certos, o norrelista toria uma
parte, reais e parte
fuin" história com peͧonagens .tdirr
é incapaz. de distin-
[otos,.e como m"úti" dos- leitores
" do fictício,
gtit .o verdadeiro como certo, ou Pelo
-engole
ffir,n* como provável, o que-não-passa de uma criação da
i*t"ri". pará o histoiiadôr, a novela histórha é uma ver-
àioãit. "caiamidade", ma§ Para o vulgo ignorante é 'lhis-
tdria autêntica".
Isto nos lembra o que não há muito se passou entre
da
nÕs e um senhor espanhôl, com quem falávamos acerca
,ú-a.l Dom Pedrô o Cruel, recentemente publicada.ern
ingiàt por Edward Storer. Cirando a convêrsação em tor-
oo" Or"'Oi"ersas Pessoas que influíram na vida daquele
mo-
narba, citamos Dom Diegb Garcia de Padilla, Albuquerqup
e Dom luan Tenorio, Pe-rsonagem este último o realmente
' histórico, e não o da iicção. Mal nomeamos este, a fisio-
Romia do nosso interlocutor pareceu iluminar-se, porque'
enquanto os outros personagens lhe eram totaldrente des-
ioritreciOos, a grande figura te "Dom Juan- Tenorio" (o de
Zorrilla) era-!À'e em extiemo tamiliar' ' ' Ele sabia na pon-
ia aa língua aquele "Mármore em que Dona Inês" ' Não
é -verdadã, pomba minha. . . etc.", e não poucos desses
u.rtot fopui"r.t de Dom Juan Tenorio em cujo drama
õ;;;dd;'; históriaa de dito per§onagem (!!)' storer.nada
tihha a lhe ensinar respeito desse Dom Juan, que ele co-
nhecia "a fundo" desde a infância.
Esta é a psicologia da maior parte dos livros Espíri-
taq: ."iábgrt'de inú"meros embusfes Para -os homens de
:ciência, e ãe verdades histórica§ para o vulgo'
http://www.obrascatolicas.com
ráf '
i* f-T-:*{,-=ffi
.
t; :.
- .-" --Ê- ,., .1:l
.ts.'-
futas líprie de 'rí?rd4,-A-i, ,
.--: . ..
Rdbxfics pdcet{gieea'_ ...- .. . 1,,
http://www.obrascatolicas.com
ó"prt n X.
http://www.obrascatolicas.com
.Ê*ei
<,:
14 Csrtos Nír:ia de lteredia, §. I
êsH r favor do Espiritismo, é Í[ar,s do que pdemos-mm:
preen&r.
Estamos 'na idade da Ciência", € d€ onde ineoe se
p€nsa salta "um sábio". Basta que um pdagogo púlique
um tivro, para que algum de seus companheiros de leto-
gios mútuos" lhe chame em letras de fôrnia "nooso sábio
companheiro, o ProfessoÍ X", c?m o que o ProÍessor X:iá
lica inscrito no número dos sábiôs. :
' Qualquer
\aualquçl um hoie çlll
fltll III,JE dia é "homem
em Ul4 g laqalvlrl de lrvrlvlc,
w ciêncÍâ"i ev Y
http://www.obrascatolicas.com
Êir*.,,. * ..r+ . r-*
..":: - l
ás.Fr@s:E§@dc' e,'os fcndàiaoi,'..@ggdqclicos ?5
'_ i"
.
http://www.obrascatolicas.com
Ér:i
.: i:. tt=.r
=:=': :.-.,,, r...:",1ffi
Cqlos Wia dc. Hcredioi §,,I.
http://www.obrascatolicas.com
.rls Frmdcs. EW*lEr c os 'Faúlttctw:'lídralrtqaicos Tl
r hD, e de "grende sensibilidade', é a médium. Vai nr corn-
,;,r, Émhlâ dela outra rnúlher que não só detre servir-lhe de
pioteção, estando a médium entre homens e devendo ser
e*aminada, como também para hipnotizá-la. Não pode o
oüservatlior cíentífico opor-se a esta condição, que lhe pa-
,',, dEce tão cavalheiresca como justa. Vários médicos exami-
:"'
-' nàm a médium de um modo científico. O quarto.e o ga-
binete onde a médium deve operar não são examinados,
Íi por estarem na mesma casa do O. C.1, QU€' pessoalmente
::'
- dispôs as cortinas do gabinete. Cada qual se senta no lugar
cientllicamente prefixado. A médium vestida de malha ne-
grâ-cientlficamente examinada, entra no gabinete e corre as
cortinas. A pedido da médium, a lruz é vermelha e conve-
.nientemente colocada. Não são este§ também os requisitos
para se poder revelar uma chapa fotográfica? Pois, do
mesmo modo, o ectoplasma náo pode desenvolver-se senão
na penumbra.. . A razáo é científica, e o O, C. submete-
§e. sem dificuldade a esta condição. Ademais, a luz intensa
pode produzir efeitos'fatais à médium, que durante o tran-
se se supõe estar num estado de hiperestesia extraordinário.
:. ' Junto
J-- -- da luz vermelha, o secretário periôdicamente
; toma notas das circunstâncias, mesmo as mais triviais. Eis
aqui algumas das suas anotações:
"Às I p. m. A médium entra no gabinete e pede aos
presentes que cantem a meia voz. 8,05, o cànto conti-
nua. * 8,07, cessa o canto e percebe-se- com toda clareza
1i. a respiração fatigada da médium. 8,10, esta chama a
companheira para hipnotizá-la, ê ã- companheira entra no
gabinete. 8J3, esta sai do gabinete. . A respiração da
médium é-menos fadigosa. a própria médium des-
cerÍa as cortinas do gabinete - 8,15,
e fica sentada e imóvel.
8116, sobre a cabeça da médium vê-se aparecer uma espé- -
çte de neblina. que toma' a forma de uma cara.
: E P, a um sinal - 8,18,
convencionado da companheira, o O. C.
prodqa o relâmpago de magnésio para impressionar qua-
tro chapas das câmaras colocadas de antemão em dife-
rentes pontos do quarto. 8,21, a m&ium chama ur-
gentemente a companheira, -pois a luz produziu-lhe grande
efeito. 8,25, o O. C. termina de tirar as chapas, tendo
colocado - outras novas. 8,28, a companheira está ao lado
-
i) O. C. ObseÍvador CientÍfico.
-
http://www.obrascatolicas.com
78 .'Cdrros ltarfu dc Hue@, E.'./.,.., .-: -i
da médium, gugl paÍcce deefal&, Atana.a som e h,lçô;
+ 8,3Q, saem- ambaa do gabinete, gue é rigorosaiiriente ^;
examinado; resultado negativo, 8,40, a m&ium:é & l
novo examinada cientificamente.- Resultado ,negativo. *
8,50, a sessão terminou. Revelam-se as chapa§ e errcsntrar
se, sobre a cabeça da médium, ttma caÍa, que parece de
mulher, no meio de dobras de ectoplasma...?
A experiência foi inteiramente científica. Tomaram-se
tddas as precauções pos§íveis. Não há, por consegpinte, se*
não uma solução: a médium materializou o ectoplasma em
forma de rosto. Ali estão as chapas. A existência do ecto- -:l
plasrnaé a únicaexplicação. AprovaécientífÍcae aex- ,
periência decisiva. j
E, todavia, com perdão do O. C., passou-se alguma
coisa muitoi diversa que éIe não observou.
- A companheirà está de ligação com a médium e é o
seu principal auxílio.
'; I médiuà teva dois pentes de travessa em cuja parte
superior, que é oca, pode esconder meio metro de musse- ;
lipa finissima, com que se simula o ectoplasma. Como lsto :,
não basta, quando a companheira entra no gabinete a pÍe-.
texto de hipnotizar a médium leva na mão um lenço, 'g .-,
=:
http://www.obrascatolicas.com
-,§gOavis, não faltcm muiúos'que se riam e se mostrm_-in-
úÉdulos; mas eh rçponde mostrando-lhes as fotogrrilias.
'.,..-:
http://www.obrascatolicas.com
t Cartes Jlcria ie Hucúa, g ,. - ,.-'-
tor, que ch admite isso? Qüal! oomo há de admlür?.nerr
'Ê{erttÍffcâ nem flnanceiramente" lte eonvénr uúessar, wr
htimildade e probidade, güê, ao menoa em tal ou'qual easo,
evidentemente ele fol enganado. Não, senhor; ainda:qrre re
veja obrigado a admitir "os fatos', iá gue suas póprias fo-
tograÍias os'tornam patentes, §empre tem alguma explica-
ção para eles, e, quando o caso é de todo eüdente, ele sat*
ta dizendo: "Não acho neste caso como orplicar o fato
misterioso". E isto que aqui temos dito não é imaginação,
pois nos reÍerimos ao livro "Phenomena of Materialization"
publicado ültimamente pelo Dr. Von Schrenck Notzlfrg. Re-
fgrimo-nos a Eva C. (aliás Marta Bertaud) e à eua inse-
parável companheira Mme. Bison, mais grosseira do que
a própria médium. Se o Dr. Notzing tivesse chamado para
examinâr tanto a médium como a companheira uma ma-
trona ríis que registam mulheres contrãbandistas nas al-
fândegas, ter-se-ia convencido de que uma ou outra ou
arnbas ocultavam em suas pessoas "o maÍerial" das tais
materializações. '
http://www.obrascatolicas.com
,'"I
http://www.obrascatolicas.com .t
É
. ..(
' ' : ;:'
82 earlos le*?a * Huetlia, 8,J: .: '''"
Rcttcrões Psi$Mgtlrls.
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo Xl.
.t
Psicolosia do Medium.
http://www.obrascatolicas.com
't
84 Carlos tloda de Huedia, §. !. . '.
. Complete
Course
http://www.obrascatolicas.com
:
.:. l
http://www.obrascatolicas.com
66 Carlu Llorie de Hend*+ í l. .,
http://www.obrascatolicas.com
"''.q3g.r<l-
', ás Faàtúcc,BpÍrilgs c os Fenôr,cnos Metqoslqücos' frí
ir] http://www.obrascatolicas.com
Êr&=i
Íemom E, D. Home, confessa tÍrncàmertüe'a $la foqbtÊn;
da frlas ne múbÍià dos casos não so dá' isto.'Supo* o
{Fe, paÍa fazerem certas inveatigaçõee; várbe sábbs sc:.ÍrEh/
uniram em sessão corn o rnédiurn,. e espeíam pacienfrmente
a produção dos fmômenos. Passaf,r-se horas e'ahores,som ''
riritaaó algum. Voltam outro dia à sessão; fama do r 1j
médium tern de sofrer se não se.produzirem alguas fenô-
menos; mas estes não podem ser genuíiros, porqü€ as cir.
cunstâncias não são favoráveis. Que fazer? O médium vê
claramente que um resultado verdadeiro e apr€ciável não
pode ser produzido naqueles momentos, e,.deseiando agra-
dar' aos sábios observadores, mas não podendo,fazê-lo de
modo genuíno, vê-ee numa entaladela, e, claro, a saiCa
é. . . produzir o fenômeno fraudulentamente.. . Os otrser-
vadorês, que não repararam na fraude, ficam ,saüsfeitos, g
o médium respira mais desafogadamente. Achou o meio de
sair da enrascada, e sempre qúe se acha em cirôunstâncias
análogas, mesmo com risco de ser descotÉrto, torna a fin-
gir o fenômeno.
Dissemos que, embora esta especie de médiuns não tta* j I
http://www.obrascatolicas.com
'Ê' *
l|s Frdà,ilec.EipürJrcs e ob Fcarilrànos lf&pdqurcos @
.'+r ,'
âlltu&, ainda qrc não muito moral, qu€ tligâmoai 6 der.
".r,
.'{l- tmente muito humana...
'i , 'gâo qr..causa
Se ao que foi dfto se acrescentar a veÍdadelra fascinr
"enganir um hômem de ciêacia" naquilo que
ele consitlera o seu prqprio terreno, ver-se-á que não há
rarla tão tentador para o médium, mormente em caso de
, neessidadê, como recorrer' à fraude. O médium eiperi-
.menta uma sensação muito
farecida com a do prestidigi-
tador que laz crer ao seu auditório gue a moça que ele
pobriu oom um lençol, diante de todos, desapareceu instan-
tânmmente do cenário para voai invislvel à galeria. Seu
Orgulho e satisfação é o do artista drâmático que, ao ,e-
prcentar um papel, o faz tâo vfuamente, que o público cho-
ra comovido como se na realidade se. tivesse passado o
Que ele tão hàbilmente declamou. E' incrível, repetiqros, a
lascinação que causa por experiência própria,
çomo havemos indicado, - sabemo-lo
tendo-se diante de si um au-
dttório seleto de homens -verdadeiramente intelectuais, ávi-
, dos de observar "algo de extraordinário", mas "cienilfica-
mente" preçavidos contra o possível logro, ver como aos
poucos eles vão caindo nas redes da irópria ilusão. Ver
alguns com os olhos abertos até formarem as órbitas ver-
dadeiros círculos, enquanto que no rosto dos outros apa-
Íecem sinais inequívocos de terror. E ao ler claramente, na
_ expressão entre admirada e perplexa dos restantes, a prova
evidente de que "naquele momento" eles crêem na realidade
dos seus poderes extraordinários, que no caso que supomos
n![o passam de grosseiríssima burla, o médium experimenta
uma satisfação indescritível, vendo a inteli§ência subjugada
pelo logro.
Cremos que Eva C., ao ver enganados pela sua astúcia
"rnediúmnica" homens de fama científica europeia, não se
trocaria por Sara Bernhardt, nem deixaria seú "gabinete"
. pelo'cenário da Comédia Francesa. Que bons momentos os
que Eva C. e la Bisson terão passado "rindo-se" da "sa-
bedoria" dos homens! Parece-nos que suas conversas par-
ticulares, se fossem publicadas, as tornariam muito mais fa-
mosás do que o são na atualidade. Quando vemos esses
"sábios moderno§" encantados "cientlficamente" ante o ma-
terializado mamulengo produzido por Eva C. em com-
panhia da Bisson, não podemos deixar de - pensar no
-
http://www.obrascatolicas.com
S Gertrps MqÍia] de H*ediai §: f.":r.'. :
http://www.obrascatolicas.com
" :. n
:. Reflcxões Psioológicas.
http://www.obrascatolicas.com *
CaPítulo Xtl.
As Coincidências.
*'
, Quem queÍ que se haja dedicado um pouco a colecio-
nar-"fenômenos e'spíritas" ('?) e ob tenha examinado com
alguma detenção, terá notado que grande maioria deles são
meres coincidências, às vezes sumamente notáveis. Em
quantas ocasiões os ruídos misteriosos que se ouvem em
algumas casas durante as noites tempestuosas e que se
atribuem às almas do outro mundo, quando investigados por
alguma pessoa menos medrosa verifica-se terem sido pro-
duzidos por uma lâmina de metal solta ou açoitada pelo
vento!! Ou o fantasma branco que se move misteriosamente
por entre as árvores e que se vê faze, contorsões à luz dos
relâmpagos descobre-se ser algum farrapo pendente de um
ramo!
Esses "fenômenos espíritas" são bastante frequentes, E ir.
cada um de nós tem alguns no seu repertório.
Em outras ocasiões, a coincidência é mais rara, e, sôt ;.
não se chega a descobrir e evidenciar devidamente "o fenô- '
meno", estã fica comprovado de maneira definitiva e 'tran-
chante", tanto para o "vulgo vulgald como para os homens
de ciência simples e crédulos, da escola de Lapponi.
Quando, na mocidade, o nosso falecido amigo Harry
Houdini andava com sua esposa como "saltimbangui", ga-
nhando a vida como melhoi podia, vendo o grande ne§ó-
cio que faziam os "médiuns espíritas'f, resolveu explorar
tão lucrativa profissão. E eis que, da noite para o db,
"Hawy e Beatriz" começaram a dar "sessões". Da vida de
Houdini, escrita por sua esposa, tiramos as anedotas se-
guintes, que vêm coínprovar admiràvelmente o nosso as-
serto, de como "as coincidências" úo causa frequentg dos
"Íenômenos espíritas". (Vide: Houdine, "His Life-Story",
N. Y., Harcourt, Brace and Co., págs. l0l e seguintes).
* http://www.obrascatolicas.com
l, As Frudes Esfiritas e os Fmâmenos MetapdEaicos Sl
"
ir "Quando pelo ano de 1897 os Houdini trabalhavam
, . , ol companhia de saltimbancos do Dr. Hill, indo os neg6-
.','= cios de-mal a pior, o Dr., meio desesperado, teve a ideia
tl-!-
http://www.obrascatolicas.com *
% 'Carlos filariü 'ile Hercüô, §,
J. : , :r .i
há chàÉu, não dou mensagem", replicou Bess. "Os espí-
ritos- não queremvir esta noitê", diSe Houdini em voz alta, 6
explicando ao auditório o adiamento da mensagem. 'Você
me compra o chapéu?" contiruou repetindo "a rnédlum,'.
Finalmente, suâhdo em bica poi causa da situação, Houdini
respondeu-lhe: "Com mil diabos, compro". Os olhos da mé-
dium cerraram-se incontinenti, Íingindo entrar por firn errl
transe, e ela começou a dar as mensagens que o espogo
lhe sugeria ao ouvido (!).
Uma'das pessoas do auditório perguntou: Onde está ü
meu irmão João, de quem nada sei há quase dezenove anos?
e assinava Mary Murphy.
. A tais perguntas,'conta a Sra. Iloudini, eu costumava
geralmente responder com Íespostas gerais e evasivas co- "
mo: "Dentro de um mês terá notícias dele", ou então: "'Vejo
que ele lhe está escrevendo uma carta que não tardará mul-
to a receber..." Nessa ocasião, contudo, a minha resposta
foi tttuito concreta. Eu tinha conhecido em Nova York, não
muito longe de onde morávamos, um tal John Murphy que
tinha uma sorveteria no E§te da rua 72. Estando nós na
Íronteira do Canadá, muito tonge de Nova Yoú, pareceü-
me bastante seguro responder, como o fiz, que "seu irmão_
João tinha ume sorveteria no Este da nta 72", Houdini fi-
cou surpreso com a minha resposta, e quando depoís da
"s€ss!o" me perguntou porque eu tinha feito isso, resfondi:
Ihe que enquanto Mary Murphy escrevessé a Nova Yorlr ti- .:
recebesse a resposta desiludindo-a de ser aquele Murphy [r- ,
s http://www.obrascatolicas.com
;^ I
\
As Fruritcs Espbitas e os Fenôhanos ltlctapslquicos 9S
ru.,.
1:r* -no quarto vizinho e saiu em meu auxílio, indicou-me .q[e
delxasse'as coisas como estavam, porquaüto, por mais que
t:$ eu quisesse persuadir a Ínulherzinha, nãg conseguiria, e ele
' tiúa Íxzeo. Anos
, depois, quando Houdini se dedicou a des-
'' mascaÍar "médiuns", apresentou-se-nos um dia na nossa
ií casa da rua I 13 uma mulher que disse chamar-se Mary
Murphy. Sendo tão comum este nome, fui recebê-la tranqui-
' Iamente. Mal ela me viu, recanheceu-me imediatamente e
me disse: "Eu sou Mary Murphy e moro aqui em Nova
*York com meu irmão João já há muitos anos, e Íoi a Sra.
'quem,
num transe, me disse onde ele estava. Não sei por
que agora seu marido anda perseguindo os médiuns, quan-
http://www.obrascatolicas.com
96 Cwlàs Matia de. nàrcdia, §. ,.
jantar e junio dela estava o quarto onde se passaÍâm os
fenô,menos que vamos narrar. Não havia comunicação en-
tre uma e outrol No §egundo andar, por cima do quarto em i"il
questão, havia uma espécie de despensa, ou quarto de tras-
" tes inúteis. Por cima da sala de jantar, e ocupando o mes-
mo espaço que esta, havia uma sala ou ."paÍlor" (sala de
conversa ou locutório). Por cima deste estava o terceiro
andar formado pelo sótão ou "atic", num de cujos ângu-
los, opostos ao quarto antes mencionado, haüa um peque-
no quarto ocupado, havia tempo, por um honrado velhinho.
Os ôutros quártos,- ocupados iloi'trOspeAes transitórios, es- s
"
http://www.obrascatolicas.com
:,.,
᧠f 9í
o tróspede torÍtou a:rcsolução de raspa-se ddí noJim
*t':,.,ti,rtàtt,
;,.-:de uma semana, corno realmen§ fez. dias'dffc;
f.,. -Poucos
no quarto :mb
--
..1 cBou üm novo ftóryhde, que foi aloiado
:t: ' tsiorc, e, tendo ouvido,'cs '"Íeps", inteirado da morte do
: -. sulcida e do que com sêu antecessor se passara, "deu o
.: forall no firn da semana. Durante'a semana próxima, ocupou
.--. o;:r[Êsrrto quarto outro hóspede, que, sendo doente do co-
ração, sofreu; na terceira noite, um ataque tão forte, ao ou-
t, Coúto vir- as pancadas, que foi necessário levá-lo paÍa o hospital,
i, - a todos os outros hóspedes que continuavam ocupan-
-. do o fatídico quarto sucedla a mesma coisa, e a casa co-
t
::., *eçal1 a ganhar fama de 3al-asyqbrada;, a proprietária,
Sra MurphS tomou a resolução de ir expor o'caio a um
11. pots sqcerdote da paróquia. O conselho que este lhe deu, de-
de ouvido o relato, foi o seguinte: "O Padre Herédia,
.. que é perito em coisas de espíritos, vem breve fazer uma
' eonferência em Brooklyn, vá procurá-lo e consufte-o sobre
o caso".
Acostumado-como estou a receber sempre qma quan-
- tidade de consultas "espíritas" a1ús
-aa as minhas conferências,
.''não.me causou espécie a visita Sra. Murphy. Expôs-me
. ela o caso, não como o relatei, mas cercado de muitos ou-
: tros incidentes mais; como, por exemplo, que desde que
- prinffaÍamque os ruÍdos tinha perdido vários objetos, dinhei-
{i etc., o antes nunca sucedera; que um espelho se
' desprendera do prego sem que ninguém o tocasse, e caíra
no chãs fazendo-se em pedaços; finalmente, {üÊ no espaço
de uma semana se.lhe haviam entornado dois saleiros, es-
parramando-se o conteúdo, etc.. . . Vinha com a Sra.
t lÍhrrphy um moço dos que se hospedavam na casa dela,' e
r pedi a ele ficasse uns morlentos comigo, quando â boa ir-
, Iandesa se fosse embora; o que ela só fez depois de ter
obti$ a- pÍomessa de que eu iria à sua casa para esfirdar
"no terrcno" as manifestações que tanto a aftigiam. Pelo
r moÇo goube eu, pois, que a doni da casa fÕra, fuo menos
duas nezes, consultar uma "fortune teller" (cartomante), a
. ÍFa! Ihe assegurara que as pancadas provinham de'que
a alma do suicida ou pedia sufrágios ou andava em busca
de algum dinheiro qui antes delmorrer, devia ter €scon-
dido nalgrune perte do quarto... Tomei tamMm algumas
lnformações sobre os hóspedes, das quais resultou que tan:
FÍludci EsplÍltrs ?
-
http://www.obrascatolicas.com
j i.
s ,:r,,cgÍros t[afia de àeaa, § J. , "" ]
http://www.obrascatolicas.com
As $aaáis:Eiplrliàt e os Fcnltrenoc NelapsÍquicos 9S
.'' 81tr, depois dê Íumar, baüer com o câchlnib0, ptrÍá
-
@â-tq na gÍende wige que vai do quarto dele ao núrneto
um (fjg. la.), não ê aosim?'
O Sr. é bruxo, Padre, respondeu Pat cada vez mais
t ádmkado; era isso mesmo o que se passava, mas como
pode o Sr. adiünhá-lo? .
http://www.obrascatolicas.com
lO0 . CoJes ã4aria dà H*eúa, & l. ü '''
força deesa balela que a Sra. Murphy teve -de mudar-se
parâ outra parte,'e pouco tempo depois aquell cavreúe
ioi derrubada, para dar lugar a um belo chalé. z
R etlexõ es Psicológicas.
http://www.obrascatolicas.com
tt
Capíüdo Xlll.
http://www.obrascatolicas.com
lg2, ' ' I '"..
Carlos Mbria dc Hereüa,t S, !. -
{e1am maior importância. Na [erce-ira noite, *àt do, não
deixaram de glarmar-sg guando uni deles, no meio d; p*
numbra, vislumbrou debaixo da cama um vutto
{uu
gania como um cachorro e que lhe tirou as cobertas,
"rorme de.
saparecendo logo que acenderam uma vela. Na noite se-
guinte as mesas e cadeiras da câmara onde dormia outro
dos Agentes começaÍam 4 dançar na escuridão, fazendo urn
barulho espantoso, e quando os companheiros vieram corn
luzes acharam todos os móveis. em desordeq-ou .e o infeliz
Agente afogando-se debaixo de um ronúã ;"à;i;;
Na..noite seguinte meteram-se os duendes pois já não
-
podia haver a menor dúvida de serem duendes''- óm as
panelas, jarros, frigideiras e demais instrumentos culiná,
rios, fazendo um barulho infernal, que acordou os Agentes
já dormidos- profundamente. Na noite seguinte flzerãm os
duendes a festa na sala de jantar, atirãndo.ao chão os
pratos e vasos da antiga baixela real, a qual, sendo .de
prata,-não se quebrou, mas desapareceu comô por encanto,
pols durante essa "farândula diaMlica', a8 matiças poftâ;
da sala de jantar tinham ficado fechadas e seladas ôm o
selo dos Agentes.
Convencidos como estavam de que tudo aquilo se ope-,
rava por intervenção do diabo, chamaram um minlsho orc-
testante para que, recitando alguns trechos da Bíbtia,'ex-
pulsasse do castelo os espíritos malignos. Oh poder da ora-
ção protestante! por duas noites não se sentíu o menor
ruído. Passada, porém, a eficácia daquetes exorcismos; os
liabo1 voltararn secretamente à noite e, enquanto os Agentes
dormiam, roubaram as calças e bs sapatos de todos istes;
g não'se contentando os espíritos malignos com essa brin-
cadeira tão pesada, na noite seguinte investiram a pedra-
das, pauladas e tijoladns contra os Agentes, gr€, bCm es-
carmentados, voltaram para Londres, contando, de cabelos
4rrepiados, as manifestações diabólicas do Real palác.io de
rrVoodstock. Por longos anos continuaram essas
tropelias dos
Espíritos, Diabos ou Duendes naquele castelo encantado,
até que, restabelecido de novo o poder Real na Inglaterra,
aqs poucos foram cessando aquelas manifestações espíri-
tâs,. . Então veio-se a descobrir que Gil Sharp, em vei de
ser um furibundo revolucionário, como se mosirara, era um
furibundo reálista. Construído, segundo dissemos, de mn-
http://www.obrascatolicas.com
Ifrplrfu a or Fàôdiimr ilEfapdqstcos !03
Ê '.-
. lfussdade mn 'L idsiaÊ dâ IdaúE' Méüa, o rrstÉd .de
'*Iooôtock tinha 'ppagens octltas, corredores' subbitâi
.gue,
EoB, portas dissimündas, bem conhecidas'como eram
de Süàrp pois ele'wscora po castdo, eram poÍ dc
- -
usdrs com o fim de eÍugentar os revohcionários e con-
st+vtr o patácio no mdhor estado posslvel, até à votta dos
E&; rcui antigos e legítimos possuidores. Logrou Sharp o -
seu objeüvo, rtâs nem por isso a gente dos arredores dei-
xou de crer Íirmemente, por muitíssimos ano§, que o an-
ügo Castelo de lVoodstoclç era infestado pelos espíritos ma-
lisqos. O verdadeiro Rome de Oil Sharp era José.Collins,
que, aco{npanhado de outros quatro realistas oomo ele, pro-
duziram todos aqueles distúrbios 'preternaturais" que a
lenda e a história nos conselaram com grandes Pormenores.
O fato que vamos narÍaÍ e que se encontra em Garinet,
!'Histoire de ta Magie en Françe" (pá9. 75), demonstra-nos
que, qüando se mete de permeio o interesse, até pessoas
recpeitáveis costumam cometer ações bem ruins. E como
Os )'Tenômenos espíritas" se prestam muito fàcilmente a
tramóias, não é de estranhar que deles se valham Para 3a-
tisfazer sua cobiça mesmo pessas por outro lado honra-
dasl "o cobiçoto e o velhaco são primos irmãos", diz um
adágio.
. Doou S. LuÍs, rei de França, uma casa de campo em
'seis
Chanttlly a monges cartuxos, Para quB ali estabele'
oesstÍn um mosteiro. Desse lugar descgrtinava-se o antigo
e .desabitado palácio de Vauvert, construldo pelo rei Ro'
berto para residência real. O lugar que os mongês habi-
tavam era pequeno e rodeado do ülório, ao passo quê'
Vauvert estáva no centro de um bosqui frondoso e cerca-
do de terrenos culüváveis. Os monges sentlram deseios de
adquirir aquele castelo, mas não ousaram pedi-lo ao .bon-
doso S. Luís. Sucedeu, pois, que, Passando o tempo, come-.
çàraril a espalhar-se pela comarca Íumores de que Vauvert
era rnal'assombrado e de que à noite se ouviam queixumes
como'de almas penadas, gemidos que saíam das ianelas
do castelo. Pouco a pouco esses rumores foram tomando
corpo, pois vários aldeões afirmavam ter visto fantasmas
brancos passearem pelos terraços do edifício às altas horas
da noite, e-nquanto vários vízinhos asseveravam que na noi-
te.de sexta-feira para sábado se viam luzes vennélhas e
http://www.obrascatolicas.com
10+ OsrÍos- Uiin a, àcrea*i; i, ,,.,-;'
rrer@.1p:arecerêm: ê deeaparecerem por urr,d.s l*uo.oo
cartdki, Erann os diúoe ácompanheúc,de-6nuaí e tirurc :
qn vinharn ao rabá. A essas maniÍetações pacíÍieas hem
dcpressa se juntaram outras agresivas,'poil as pemos§
9!e por desgraça pessayam por perto" do castelo @oi§
da oração da noite eram apedreiadas por mãos invisí.vei+
havendo saído feridos não poucos dos que por fuanido
ou curiosidade se haviam aproximado do'hgàr sinisho.
Bem depressa chegaram esses rumores aos ouvidos do
Rei, que nãô se surpreêndeu pouco com eles, pois Vauvert
nunca tivera fama de ser habitada por espíritos m4lign'os,
Bernardo de Ia Tour, superior dos-mongés e.homem- tão
bom como crédulo, nem um momento duvidou em atríbuir
tudo aquilo a manifestações diabólicas, e, considerands-se
com forças suficientes para medir-se com toda umá legião
inÍernal, pediu ao bom Rei lhe permitisse, a ele e aos seus
companheiros, transferir sua.habitação para o antigo palá-
cio, a fim de lutar corpo a coÍpo com o espírito das tre-
vas. O Rei concedeu-lhe benignamente essi perrnissão, e
no dia seguinte Bernardo e seus companheiros, seguidos
de alguns criados, encaminharam-se paÍa o paláeio e es-
peraram a chegada das sombras tenebrosas. Estava Ber-
nardo sôzinho no salão principal e passeava na escuridlio
recitando salmos, quando de repentê caiu sobre ele uina'
chuva de pedras. Colhido sübitamente pela presença do'
"sobrenatural", ele correu para fora, mas, uma vez acal- '
http://www.obrascatolicas.com
&pirt'ttst cior tuúífuü,iietapcgttctos l0lt
Eà
ücfi na oorinha,fuce o Innão Bernardo, yiatwlt pcurá;
l*. Conr efeito, Iá-EE @2fuúa, debaixo. de um moffio.&
Inla encontrava-sc qpo,bre irmão cozinheiro, vÍtima da
Feeguições do Mau. -*
FoÍ essa, todavia, a úttima meniÍestação diabólica em
.íanvert Os monges continraram ali vivendq e não se tor-
Qrrun a ouvir ruÍdos nem á ver fantasmas no antigo pa-
lácio, que desde então 'ficou ,convertido em mosteiro, as-
dnrndo o Rei a doação aos Ínqnges em 1259. O bom Ir-
mão Bernardo ficou convencido a vida toda de que de-
vi& às orações dos seus monges o Mau abandonara para
sempre o castelo. Quando haverià o bom monge de imagi-
qar que , o "inocente e simples" Irmão Batista, de acordo
eom. dois sobrinhos seus que viviam no povpado, fore a
causa daquelas manifestações ."diabólicas", Que tinham o
piêdoso fim de fazer que, persüadido de ser o castelo in-
Íesta{g de diabos, o Rei o cedesse aos monges'(que tão
ardentemente desejavam paÍa mosteiro aquele magnífico
lugar), já que devido às orações deles o Mau Iora afu-
gdntado para sempre daqueles sítios? Segundo atestava
com toda seriedade o lrmão Bernardo, o diabo que habi-
tava aquele castelo fora sepultado para sempre no Mar Ver-
melho, sendo deste parecer os outros monges, exceto o
."inocente e simples" Irmão Batista, que sorria sensamente
quando suas Paternidades falaüam de Asmodeu.-
. Ora, para que não se diga que "essas coisas" só se
passavam em tempos de "obscurantismo e superstiçãoi', va-
mos naÍrar o que se passou há poucos anos na cultíssima
. cidade de Boston, E.U.A., em plena luz, por espaço de
três semanas e perante muitos milhares de pessoas.
Há três anos e meio, estàndo eu em Nova York, recebi
a visita do gerente geral do Circuito.'de Keith, o qual, en-
tregando-me umas cartas, rogou-me me inteirasse do con-
teü& delas. O gerente do antigo teatro Keith de Boston
participava-lhe'sucintamente qug por espaço de nove dias,
tanto na função da tarde como na da noite, tinham estado
caindo em diferentes partes do teatro pedaços de ferro de
uÍna a três polegadas de largura, causando vários feri-
mentos nas pessoas do auditório. A polícia de Boston, tan-
to a pública como a secreta, fizera tudo quanto estava ao
- eár alcance paÍa ver quem atirava esses projetis; maE, ao
http://www.obrascatolicas.com
f06 f,;ar/ot Mar:ia de Hcccüt, §. /. ,:: ' '
. :
etrbo, & üma ceme[a de obgcrvação coqúantàl- dava-se gm
yoncida Sugerla que, "poden& aquilo ser.@ise dos es.
píritoo d dos cqriritlstae", por alvitre de alguns memüÍog
da Polícia Secreta talvez o Pe. Herédie, venado nà8 coi-
sa§ dos espítitos, pudesse decifrar o mistério. Pcdia-lhe,
pois, que em nome dele me convidasse a ir a Bi»ton para
tirá-los daquele aperto. Naquela mesma noite segui para
Boston, onde cheguei no dia seguinte. O gerente recebeu:
me com toda atençâo e imediatamente'me levoir ao teatro
paÍa que, "in loco", me desse conta _do assunto.
O caso era o seguinte: Há-nove dias, disse-mê ele, caiu
um pedaço dé chave aqui, nas poltronas. O caso não úa-
mou a atenção de ninguém, a náo ser por ter batido .na
cabeça de um dos 'tagalumes" (acomodadores). À noite
caíram quatro pedaços de ferro pequenos, em diÍerentes
partes, como o Sr. poderá ver neste plano do teatro, assi.
nalados os lugares com uma cruz vermelha. No dia se-
guinte, os projetis Íeriram quatro pessoas à tarde e cinco
à noite, fazendo já um total de catorze. Olhe o Sr. o pta-
no'seguinte. Imediatamerite demos parte à polícia e pedi-
Ínos a todos os jornais que não dessem alarme, pois do
contrário teríamos de fechar o teatro para evitar desgraças.
 polÍcia tomou a peito o assunto com todo empenho. Co-
locaram-se detectives em trinta partes diferentes. Nesse dia
caíram 22 projetis e houve três feridos, um deles um. po-
licial. Aqui está o plano. Assim continuamos nos seis dias
seguintes, havendo umas vezes mais proietis à noite, ou-
tras mais à tarde, porém não faltando senão num só dia,
na quinta-Íeira. Nesse dia não houve nenhum. Temos dei-
xado a luz'acesa todo o-tempo, mesmo quando pomos a
película costumada, e nada se tem podido conseguir. Ago-
ra, Padre, acrescentou ele, faça-me o favor de vir comigo
ao meu novo "museu" para ver os projetis. Fomos a um
quarto grande, e ali, em cima de duas largas mesas, estava
uma porção de papéis brancos sobre os quaís 'havia um
ou mais pedaços de Íerro fundido e outros projetis diver-
sos, e em cada um se achava cuidadosamente anotada a
data e a hora em que havia caído ou tinha sido encontra-
do. Fiquei espantado ao olhar âguela coleção, que então
constava de mais de cento e trinta projetis, quase todos
de ferro Íundido, excedendo muitos deles do peso de meia
http://www.obrascatolicas.com
- i'
'': .ls Fruadrs Espbitos c os F nóaflos ltl*tapstquicos lgt
-'Srr. E, lpctr .&sa rrcrdedeira "baragem", pcrgunEii
.- ri&:,pâde,o Sr. utn4uem at{rara ÊEEcs enotmes pc@n?
'§..* ne reepondan:,,!'Mtis de trinta pessas, entre poli-
dab ! empregefu, úúcadag, como lhe disse em outras
.útrs.partes diversas ds teatro, absolutamente não pude-
Íün. vcr nada. Muitos virtm os projetis no. aÍ, maE Rin'
g$n pOde observar de onde saíam. Parece que procedem
- de pontos diversos".
paÍeceu-me tão curioso como difícil .de
I problema
tesolver, mas decidi aceitar o demfio dos "espíritos". Por
' quatro tardes e quatro noites seguidas estive no teatro ob-
servando constantemente de distintos pontos: dos camaro-
tes, ds galeria, das poltronas; e não pude descobrir "o es-
, Srito" que arremessava oB proietis; mas vi estes muito
bem Numa noite caíram "vinte e cinco pedaços de ferro",
$mtro deles enormes, no próprio cenário, enquanto os ato-
Íes Íepresentavam. Nada; não pude ver quem os dispara-
va. Subi até o sótão, desci aos porões, e Íiz várias obser-
vsçõcs importantes, porém nada descobri. Sem úbargo, no
..., . ffitrto dia dei por terminadas minhas investigações e pÍes-
"=, tei minha inÍormação.
"Do couro saem as correias", disse eu ao gerente. "Um
,: dos .seus empr€gados é sem dúvida quem atira os proie-
tisf'. O gerente sorriu ao ouvir a minha explicação, e, ti-
rando de uma gaveta um papel, entregou:mo. Era a lista
:i dos empregados e a sua folha de serviços no teatro. O
que tinha menos tempo servia havia sete anos no teatro,
e o mais. antigo 23. "Percorremos um por um, disse ele,
todos eles; fi-los observar pelos policiais, e estamos ple-
namente certos de que nenhum é capaz de semelhante aten-
tado. Por outro lado, acrescentou, a nenhum deles convi-
nha esse procedimento. Nossos empregados são mais bem
remunerados do que os de qualquer outro teatro de Boston.
Tratásro-los com muitas considerações, e, melhor'que nin-
Su-&n; eles vêem o perigo de ir para o xadrez poi vários
anos se forem descobertos. Não creio, Padre, seja essa a
exflieação". Essa resposta não me fez titubear, e repli-
{uei: Qual dos empiegados faltou nos dias em que não
r cairam
caíram projetis? Esta observação fez impressão no gerente,
,,:
' e este logo mandou que lhe trouxessem um livro onde cons-
tavarn os dias de saída de cada empregatlo. Depois de
ler, sorriu e me disse: "Padrg creio que isto também não
http://www.obrascatolicas.com
-
itá a solução. Os dois que etiwÍam ausentÉ re pÍiÍnciGr
qulnhr,feira são os mais antigos no teatro e pesscr'inEür.
ramente honêstas; Na semana seguintc os dois bÍnâra6
a saiÍ tanrbêrr na quinta-feira, dia êm que não caÍ1am pro-
ietis". "Está bem", respondi-lhe, e, tirando um dot- proie*it
de ferro, disse-lhe: "Sabe o Sr. se em alguma parte &
teatro há alguma grade de ferro de onde pudessem ter
tirado êste pedaço?" "Não sei, Padre, mas poderia averi-
güâÍ-sê". 'Não há necessidade, pois iá o fiz; em tal parte, ,i
disse-lhe eu, encontrará uma grade antiga da qual teúo a
certeza plena de haverem sido tirados este e outros pe-
daços'1. Ele ficou pensâtivo por alguin tempo e logo acres-
ceÍntou: "Mas, Padre, com que instrumento pode alguém;
sem ser visto, lançar a quinze ou vinte metros de distância
esses proietis, tão distintos, em forma, uns dos outros?"
"Com isto", respondi-{he.. E tomando de cima da mesa
dele um dos programas comuns em forma de caderno, dos
que se distribuem em cada função,.fazendo com ele um
rolo, meti dentro o pedaço de ferro e lhe disse: "Acompa-
nhe-me". Saímos para um corredor e ali, fazendo um siin-
ples movimento, isto é, movendo o cilindro num ângulo dé
fr) graus, o projetil saiu disparado e foi bater na parede
oposta, a mais de doze metros de distância. O gerente Íi.
cou surpreendidq ao presenciar essa simples experiência ê -
me disbe: "Padre, vou acreditando que o Sr. pode ter ra-
záo". "Eu creio que a tenho",-respondi; "não sou polieial -
e nünca andei à caça de bandidos, mas estou seguro de-,
que.deixo em suas mãos a chave do mistério. A juízo meu,
é um dos empregados que saeú às quinta-feiras. Não sé
esqueça do provérbio: "Do couÍo saem as Correias". Esse
indivíduo faz provisão de projetis principalmente no quâr-
to onde está a grade de ferro, e atira-os valendo-se de um
dos próprios'programas dos que os Srs. distribuem".
Voltei para Nova York naquela mesma noite. Seis dias
depois recebi uma carta do gerente do teatro Keith .de -:
Boston, dizendo-me: "PadÍe, o Sr. é um Sherlock l|olnes.
Segui seus conselhos e afinal pegamos o delinquen'te. Êra
um dos empregados mais velhos, de quem ninguém des.
confiava, um dos que saíam todas as quintas-feiras. Se- ,i
gundo a sua própria confissão, usou elõ várias vezes de
'-Ê
http://www.obrascatolicas.com
Ás Frsailüs Esfiritas e os Fenâmmos lüctaq@cos 109
http://www.obrascatolicas.com
õapftulo XIV.
http://www.obrascatolicas.com
i, As Fr@cs',Esplritas c os Fenômenos Hetapslqücos lll
a"
'i;a&ira"
' dá muild' @ resultados, continua-se coln eta ttê
_que úega a formar .um hábito, uma necessidadÊ.
Vamos contar dois casos de "brincadeiías', uma mal
' e ottra bem inüerpretads. A.primeira esteve a ponto de ser
câtl§â da publicação de um livro, no estilo do de Lapponi;
ao passo que a segunda Íoi causa de uma carta que mui-
to nos acreditou perante o púbtico.
http://www.obrascatolicas.com
t
ll2 . . , Carlos- Maila de ltraadiÚ,, §. ,.
http://www.obrascatolicas.com
:,!
s
As Fraades.flíPlrfu e os Fciúiwros' Mdapslqaicos tl3,
pgocedimento. Pa§§ar'ânr-se alguns dlas e não chegava le.
ihnnra resposta, o que o Padre atribuiu ao fato de hryÉr-
sG esquecido de pôr na carta o dólar exigido Para a re§:
posta e, como estivesse muito intrigado com o assunto, fez
com que um dos seus iovens amigos pusesse outra carta
para á adivinha incluindo-the os honorários. Santo rem6'
dig, a resposta chegou no terceiro dia. Mal começou a lê-
la, o Padre ficou desfigurado. Sempre e§crevera com nome
supôsto, e agora a adivinha o chamava pelo seu próprio
nome. "Reverendo Padre X, dizia ela, não creia que
-
o fato de lhe não haver -respondido antes - tenha sido pelo
esqúeCimento do dólar, mas sim pelo trabalho extraordiná-
rio que tenho tido para'obter resposta às suas perguntas.
O'"Espírito" parecia terrlvelmente excitado, e fui objeto de
trataméntos os mais cruéis da. parte dele. Junto vai a res-
posta, escrita sob a influência dele. As respostas vão it1-
completas porque, ao chegar à quarta, o Espírito foi ço-
lhido por um terror indizível, devido à presença de algum
obieto religioso que sem dúvida V. Revma. tinha perto de
si ao escrever aque[a pergunta. Rogo-lhe que não torne
mais a fazer-me perguntas, pois o Espírito está furioso co- '
http://www.obrascatolicas.com
t-
http://www.obrascatolicas.com
ià.]1
*;-!
j As Frwdes bptritas e os Fmhmànos Màtapsíquicas tt5
'Efetivemente, no dia seguinte almocei com S. .Excic.,
que me encheu'de perguntes a que só respondí com ery*
sfuás; pols, como lhe disse mui corretamente, ainda não
tfuiln pensado em revelar "meus .segredos"! Então ete mé
-pediu quisesse eu fazer ali, na Dêlegação, uma conferência
paÍe es pessoas que ele desejava convidar, ao que acedi
con gosto. Chegada a noite e disposto o satão da De-
legação com as cortinas pretas que formam o .,gabinete,,
espírita, iniciei minha -conferência .como de ordinárío cos-
tumo fazêlo, quer dizer, manifestando ao auditório que não
tenho poderes sobrenaturais de espécie algum4 nem trato
com os espÍritos, nem pacto com o diabo, e que tudo o
que vou fazei é pura trapaça. Que meu propósito é aluci-
ná-los com a reprodução dos fenômenos espíritas, e que
poÍ con-seguinte tudo o que eu lhes disser, desde que o
pano subir, será "pura mentira". Que, por conseguinte, não
creiam nem uma só palavra do que eu lhes disser, pois tudo
vai dirigido a enganá.los. Terminada a minha peroração e
cgm a promessa formal de que não me haveriam de crer,
iniciei a reprodução dos fenômenos espíritas, perante uma
concorrência de mais de cem pessoas. Havia ali vários Srs.
Bispos, não poucos Monsenhores, muitos doutores da Uni-
versidade Católica, membros do corpo diplomático, médi-
cos, advogados e homens de negócios. A assistência não
podia ser mais seleta Não teriam passado cinco minutos,
e já, nos surpreendidos rostG de S. Excia. e dos demais
membros da assistência, podia eu observar geral-
mente costuma suceder-me com ouhos auditóríos - como menos
ilushes qu€ a acreditar no que eu lhes
dizia, como- se eles'começavam
realmente fossem verdades, e que não. po-
diam explicaÍ-se por que meios se verificavam aqueles fe-
nôÍRenos. Numa palavra: .Sua Excelência e seus convida-
doa tinham caído no laço! A admiração cÍesceu de ponto
quando, segurando-me as mãos S. Excia. de um lado
e um Sr. Bispo do outro, sentadas - várias pessoas ao redor
de uma mesa, em menos de dois segundos que durou a
esturidão vieram os "espíritos", desabotoatam a batina de
um, atiraram o barrete de outro a vários metros de distân-
cia e, quando a sala voltou a iluminar-se, S. Excia. andava
muito atrapalhado procurando o seu ..zuccheto,' ou solidéu,
p^ois os espíritos lho haviam levado e colocado na cabeça
8.
http://www.obrascatolicas.com
ll6 Carlos Maria.de Heredia, S.' l.
de'um dodtor da Universidade, que ocuPava tmt asento a
. bastante distância. Mas a surPresa subiu de ponto quando,
ern plma luz, rodeando uma pesada mesa S. Excia.; trps
Bispos e dois doutores, e tendo posto sobre ela as mãós,
sem que dela me aproximasse eu, a -mqa :9meçou a.le-
vantar-se rio ar a uma altura de mais de 20 centímetros
acima do solo! A .impressão que então receberam os assis-
tentes foi tão intensa que instintivamente vários fizeram o
sinal da Cruz.
. Mas o que deixou estupefato o Sr. Delegado e lhe
fez crer, como ele me disse depois, que o que eu fazia eta
por intervenção diabólica, foi o seguinte: pedi-lhe que fos'
ie ao seu gabinete e escrevesse num papel uma pergunta
sem que ninguém visse. Feito isto, pusesse o papel numa
sobrecarta e a fechasse, guardando-a na carteira Para que
niriguém tivesse a menor notícia do que ela continha. Feito
is@ voltou S. Excia. ao'salão e, sem mostrar a ninguém
o escrito, numas lousas que ele mesmo harria limpado e
marcado com letras Para que constasse não haver nada es-
crito nelas, e estando estas perfeitamente amarradas com
umas fitas, ao abri-las de novo achou escrita numa delas
a seguinte resposta: "Quando for nomeado'Cardeal", que
iorrespondia à pergunta por ele feita secretamente e que
ele trázia escrita no envelope que tinha na carteira. Dizia
*
a pergunta: "Quando voltarei a Roma?" E, efetivammte,
asiimlucedeu anos itepois. .Hém disso, revelei-lhe particu-
larmente duas coisas perfeitamente smretas e que ele eta
o único a saber. Ele Íicou tão inquieto depois deste último'
'fenômeno (?), que de maneira alguma podia explicar "na-
turahtente", gu€, interrompendo a conferência, me chp
mou eÍn particular para pedir-me explicações, porquanto, §e-
gundo dizia, não podia deixar que aquilo tosse adiante sem
úm protesto, pois estava persuadido de que o que eu lazia
era com aiuda preternatural. Por mais de um quarto de
hora neguei-me redondamente a dar-lhe qualquer explica-
ção, mostrando-me disposto a ir-me embora e a interrom-
per a conferência; mas como isto, segundo ele, podia ser
ocasiãô de .maior escândalo, rogou-me e suplicou-me lhe
, dissesse Írancamente se o que eu fazia era PtrÍamente por
meios naturais. Quando' já o vi maduro e depois de the
.ter Íeito várias evasivas, exigindo-lhe ó segredo, expliquei-
http://www.obrascatolicas.com
,ls ridià-s Esptritas e os Fcnômenos Metapsiquicos Il?
lr lhe- como havia prô&zido aqueles fenômeno§ (?) tão ex-
-baordinários. A princípio ele ficou tão impressiona& ,gte
I; qlo queria cÍer-me, nas poÍ fim, clnvencido pela evide-
çia dos meus argumentos, acreditou-o e soltou uma. §onoÍa
gargalhada... E me disse: "Padre, confesso-lhe ingênua-
mente que eu náo teria ido deitar-me esta noite com boa
qgnsciência, e iá estava. meditando como interromper, de
óra em diante, as conferências de V. Revma., pois chegriei
a persuadir-me de que' ao menos em parte, isso era pro-
duto da intervenção demoníaca". "E agora, disse-lhe eu,
V. Excia.,está satisfeito?" "Amânhã V. Revma. saberá de-
tinitivamente a minha opinião", respondeu-me ele com um
sorriso enigmático. Quem não passou bem aquela noite fui
eu, pois temia, e fundadamente, ainda não estivesse o Sr-
údgaAo convencido e fosse dar um passo definitivo con-
tra mim. Pelo meio da manhã o secretário telefonou-me di-
zendo.me que S. Excia. queria falar-me. Cheguei à Dele-
gação bastante inquieto: Na porta esperava-me S. Excia.,
qug por todo cumprimento me estendeu uma carta, dizen-
do: 'jFaça o favor de lê-!a". Abri o envelope com mão trê-
mula. ','Está-se vendo que o Sr. não é adivinho", disse rin-
do o Sr. Delegado. Com efeito: em vez de uma suspensão
"a divinis", ou algo semelhante, encontrei-me com uma caÍ-
ta que vai à frente do meu livro em inglês "Spiritism and
Common Sense",'a qual me tem servido de escudo en-r não
pouces ocasiões.l
r) Unidos da América.
lSll
Delecacão Aooetólica.
Biltmô;e'St. - Estados
Washington, D. C.28 de Norrembro de 1920. -
-
Revercndfusimo Padrt: Tendó a'ssistido a duas confurências que
V. Revma. com tanta habilidade fez nesta cidade, tenho o pÍarcÍ
de Íelicitá-to. Estou encantado e ao mesmo tempo agradecido, não
só pelo prazer gus V. Revma. nos proporcionou, aos espectadores
-ainda
e a rnini como pelo bem que scm dúvida alguma hã.o de
produzlr'essas conferências. Procuremos abrir cada vez rnais os
ôttroa 0o público, eàpeciatmente do público. católico, para que veja
c,leralren*: os perigos do espiritismo, capacitando-se de que a
rraior parte doó fenômenos atribuídos a forças ocultas são cau-
sados por hábeis trapaças. Aceite, pois, V. Revma. novamente os
sentimtlrte da minha admiração. Abençoando a V. Rewta. no Se-
nhor, compraz(Htre em firma,r a presento de próprio punho.
R. P.- C. M. de Hertdia, S. J.
Holy Crocs Coltege.
worcester' Mass'
De V. Revma. Servo em Cristo,
Arcebispo * çlsffil#, HrÊ::; Âpoaórico.
http://www.obrascatolicas.com
tt8 Cailos Naria.de Hcrcdia, §. !.
R filcxões Psicolôgicas.
http://www.obrascatolicas.com
C;aPÍtulo XV.
:
Em AuxíIio da Polícia.
Para no.s darmos exata conta das diversas fases da
Íreude EspÍrita e das suas "v4riadas aplicações", vamos
nariar- um caso muito curioso no qual a polícia se valeu
de um médium para pegar um criminoso. Esta prática, ent
certas ocasiões sumamente eficaz, tem sido causa de dar
aos médiuns grande reputação, porquanto, conhecendo o
'Erecanismo" tão-sômente osnnteressados, e não lhes con-
vh& divulgaÍ seus métodos, todo o prestÍgio resulta em
favor do Espiritismo, cujos médiuns aparecem, assim, co-
mo instrumentos providenciais e benéIicos para a socieda&.
Cometeu-se um crime sensacional nume pequena vila
do sul dos Estados Unidos, orjo autor permanecêra oculto
àe mais minueiosas investigações da polícia. Deixara o cri-
minoso apenas pôquenos rastros da sua personalidade, pois
a única coisa que dele se saHa era que "era alüo e de
bigode ruivo". Sendo naquelir época muito comum-o uEo
do bigode, e havendo tantos homens altos e ruivos nos
Estados Unidos, os sinais mencionados davam pouquíssima
luz no assunto. Contudo, o culpado deixara na casa do
crime uma mala com roupa, mas sem marcar, sendo a
úniça ooisa notável de toda aquela indumentária três gra-
vatas de cor vermelha muito viva com estrelinhas, círcllos
ou meias luas brancas e azuis. Um detective moço, de
Chícago, tomara a peito o assunto com particular empe-
nho; mas, depois de ir à vila on.de o crime tora cometido
e de indagar por toda par-te, passados seis meses não ti-
nha derícoberto nenhum Íio que o levasse a decifrar o
enigma. Contudo, mal via um Àcimem dto e de bigode rui-
vo, seguia-o e averiguava-lhe o passado, especialmente se
alguma vez tinha estado no Sul ou quiçá no lugareio do
assassinato. Já desesperava dê dar com o çriminoso, Qr1an-
do a Proüdência lhe vein em auxílio, de modo inespeiado.
http://www.obrascatolicas.com
ln Cartac Núio dc Haeüa, t. !.
Âlmoçava ele nrm pequÊno reetaurente, çando viu senta@
e uma mesa e comeado um homem de bigode ruivo. Desi-
ludldo-como iá estava do iaso, teria deixado tranquilo aque-
le indivíduo se não tivesse notado que ele trazia uma gra-
vata de cor vermelha muito viva. Palpitou-lhe forte o co-
taçáo, e ele exclamou: "Já encontrei o meu homem". Suas
suspeitas tomaram incremento quando, depois de comer, o
suieito, que era alto, pois passava dos seis.pés, levantou-se.
Ali tinha ele um homem alto e de bigode ruivo, com uma
gravata parecida com as que tiúam sido encontradas na
mala na casa do crime. Dentro em poucos dias o detective
era ínümo amigo do presumido criminoso, e cosfumevem
almoçar iuntos todos os dias. O detective fizera-se passar
por um caixeiro-viajante, e assim em nada surpreendeu o
seu novo amigo quando lhe disse que ia empreender uma
viagem a Boston. Separaram-se ne estação os dois amigos
e quinze dias mais tarde tornaram a encontrar-sê no Íêt-
taurante, estando o "caixeiro" de volta da sua e5pedíção.
Era tempo de inverno, e o detective lwava um" agasalho
em volta do pescoço. Sentados um em freute do outro, ao
começar a almoçar o detective descobriu-se com toda na-
turalidade e, tirando o "cache-col", deixou ver uma gra-
vata vermelha com meias luas brancas. bonita gra-
vata! disse o.presumido réu; eu tinha, - háQue
algum tempo,
uma exatamente igual, mas perdi-a numa de minhas via-
gens, pois roubaram-ma da minha maleta.
numa.§a de Boston,'íêllicou o "caixeiro", sem- Comprei-â
dar, apr
rentemente, àquela declaração importância alguma.
Ao terminar o almoço os dois se separaram como de
costume, e o detective foi diretamente ao próximo posto
policial, pedindo ali uma ordem de prisão para o seu "ami-
go", pgis estava seguro de ser ele o criminoso. Mas o Co-
missário não foi da mesma opinião, iá que podia muito
bem ser certa a explicação dada com tanta naturalidade
pelo inculpado, do roubo de sua gravala. E assirn o nos-
so detective teve de aguçar o engenho para conseguir eü-
dência suÍiciente, a Íim de -convencer o Comissário.
Havia naqueles dias na cidade de X uma médium fa-
mosa que estava dando que falar, pois parecia ter comu-
'nicação direta coÍn os espíritos 'desencarnados" dos de-
funtos, os quais a informaram com grande exatidão de mui-
http://www.obrascatolicas.com
Ás Eàpliltas e,os .FerúmÉnos Metapsiquicos lZt
http://www.obrascatolicas.com
'-:, i
. .a'.'
http://www.obrascatolicas.com
ás E6rdes Elpírfrcr e ot Fcgrüwrcs lüdapdqaicos tãt
., &ra a GonhGcÊr. à médium coúo dctethg.q sncssedo-a
.. & metê{a no n&ez poÍ exercer a Íraude & çe de
rnestno querh - fim (l) obrigou-e a rcprer
ü!âÍ peÍâ.§eu
-
tenteÍ toda aquelâ benr foriada pantomina. Insbuiu-a p-
bre o que devia dizer primeiro à moça e depois ao cri-
ninooo; mas, tenrcndo que e presa se lhe escapacse as-
rnçtada pela clareza da revelaçáo, fez, com que io espí-
. tilo da assassinada" se dosdissesce, afirmando que se equi-
YeceÍa e,gue o matador estava muito longe.
Os iornais falaram do caso, embora sem dar'o nome
'da médium nem o lugar onde se realirara a sessão, com o
que a Íama "da eficácia dos espíriüos' creceu grandemen-
te" pois o público não chegou a saber que tudo aquilo f0ra
' um ardil é acreditou-o "Íenômeno autêntico". O detective
Íoi promovidq e, se bem que a médium não fosse mohs-
tada pela polícia conforme lhe fôra prometido, con-
tudo ela mesma, -por prudência, transferiu-se para - outra
cidede diqtante, para contirruâr exercendo a sua enganosa
arte, pois'teve medo de que alguns espiritistas bonrados
@assem a informar-se do caso e pudessem expô-la como
falsificadora de Íenômenos espírital, gom menoscabo da
"9uâ honra mediúmnica" e da sua, ctidtteh. '
Rcflexõ es Psicolôgicas.
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo XVl.
http://www.obrascatolicas.com
a*er.-
j' As Fraudes EspÍrlÍas e os Fenômenos' Metopslquicos lZ7
'*
;:tff.T;-nos à experiência dos reitores. medo ê o
contagioso. Se ao estranho de algum acontecimento se mis-
tuna a superstição ou_ alguma explicação preternaturat, en-
.5.ít,' ' tão é muiüo difícil deixarmos de emocionar-nos. euando nos
Fr,l::
i,' asseguram que ali diante de nós se acha, invisível ou semi-
r+l:],, invisível, a, alma desencarnada de algum defunto, não po-
.S**. demos deixar de emocionar;nos. Taívez, a princípio, não
àr'
nôs sintamos tão emocionados, mas, se a peisoa que está
junio de nós começa a hemer e afirma qire vju luzes ou
sombras ou ouviu ruídos, dentro em poucos momentos es-
taremos contagiados e ficaremos tão nêrvosos como os nos-
sos companheiros.
Não sabemos se o leitor terá assistido a uma sessão
espírita; se assistiu, cremos não esquecerá fàcitmente a im-
pressão que recebeu a vez primeira em que lhe disseram
que lhe estava falando a alma de um parànte seu. Recor-
dará bem quando, na escuridão, sentiu que uma mão fria
lhe iazia carinhos, ou viu o. espectro de uma pessoa que
lhe pareceu ser de sua família. . . Não. dizemoj que tenha
tido. medo,. ÍTas estamos certos de que a impressão que
recebeu foi das mais desagradáveis.
. Ora, as proviilt.da autenticídade dos mal chamados fe-
' nômenos espíritas têm que vir-nos necessàriamente das Ses-
sêee Mediúmnicas, quer estas sejam cieutíficas, quer não..
Menos de três por cenüo dos fenômenos que deparàmos nos
Iivros espíritas são o que provém das sessões i.científicas',,
ficando os 97 por cento dos fatos testificados a oédito das
sessões espíritas. "não científicas,,, quer públicas quer par-
ticulares. Devemos, pois, conceder especial atençã'o à psi-
cologiS dessas sessões, onde foram e continuam sendo ob_
servados, a grande maioria dos fenômenos considerados co_
mo 'rEspíritas". Nessas'sessões eumpre considerar três ete_
http://www.obrascatolicas.com
7? Carlás *laria de llercüa, E. l. _
http://www.obrascatolicas.com
I .l , -'; ,-*
r
!-
.,
As Fraudç Espkitas e o§ Fenôfierros,lietapsiquicos ln
.Elo§, "científiàs". A mesa de que o médium dispõe par4
"§ua§ operaçõe§ é de madeiÍà, breve vereúos
- comopratos,
, tem verniz. Uma guitarra, um pandeiJo, campainhas-
. ou
guizos, com que os espíritos costumam dar testemunho
'da sua presença encontram-se perto do gabinete ou dentro
dele, como costumava tazer Eusápia. Uns omitem esses
acessórios, trazendo, em troca, o que julgam necessário
pqra a manifestação dos seus fenômênos, enquanto outros
não trazem absolutamentê nada.
Isto é no que se relaciona com o lugar. No tocante
às 'pessoas que assistem às sessões espíritas, podemos di-
vidi-las em três classes: l) Os Espíritas confirmados; 2)
Os que, admitindo certa classe de fenômenos, procuram
avqiguar-lhes a causa, não estando certos de que sejain
os Espíritos; 3) Os cépticos "de boa vontade,,, gue ,tão
ver o que se passa". Dgsde logo excluímos os cépticos ,,de
má vontade",- gle vão decididos ,,a pegar o fantaima,,,. pois
ou não os admitem ou os expulsam dãs sessões assiú que
lazem a primeira tratantada;.estes não contam!'
Desde logo vemos que os primeiros ,,iá vâo inüma-
mente persuadidos" de que o que se vai passar na sessão
.é .+.r" manifestação espírita; para estes, cada fenômeno
{verdadeiro ou fingido)- é uma -prova a mais d.e .que os
médiuns têm faculdade de comuniôar-nos êom os trabitàtes
do Além-túmulo. E, se alguma vez ele faz uma maroteira
e se descobre que é o próprio médium o fantasma ou está
Íazendo trapaças, todos atribuem isso aos ..Maus Espíri-
tos", que qúiseram pregar uma peça ao ,.inocente médüm,'
para desacreditá-lo. Para estes, tanto um médium verda-
deiro'como urn fingido são genuínos. r
http://www.obrascatolicas.com
130 Carlos Mafia ile Heredia, S. l,
http://www.obrascatolicas.com
As Fraades Esplritas e os Fcnlmcno* àletopslqaicos . lÍlt
Ora, quando observarnos um fato extraordinário e no§
. .4 é'desconhecida a causa que o produz, surpreendemo-Ros, e
;' impressão subjetiva de admirável, de pavoroso e de pre-
ternafural que recebemos "naquele momento" é exatamente
' . a mes[na, quer a causa obietiva seja uma Íraude, quer seia
ur4'fenômeno preternatural. E a razáo é precisamente "por
não conhecermos a causa".
A história de um Capitão lrglês que, dizem, se pâssou
na India, é bem cohhecida. Contavam que em certa,casa
Iaüa mal-assombrados. O Capitão ofereceu-se para ir dor-
mir no quarto onde os fantasmas apareciam, decidido a
. meter uma bala no primeiro atrevido que em nome das
almas do.outro mundô viesse perturbar-ihe o sono.
Foi-se, pois, tranquilamente a dormir, deixando a pis-
tola preparada ao alcance da mão. Â meia-noite ouúe iuí-
doi acende a luz e nos pés da cama vê um fantasma en-
volto num sudário branco. O Capitão sorri, pega da pis" -
tola e adverte o fantasma de qúe, se não sê ieürar, ele
dicpara; o fantasma faz um inovimento desdenhoso e fica
no 8eu posto. Desfecha-lhe o Capitão um tiro. . .; o Ían-
tssma peÍmanece imóvel, sômente levanta a mão e atira a
'bth. na cama. A mão do Capitão treme...; com voz in-
seguÍa, adverter que vai disparar de. novo.. .; igual res-
posta do fantasma. .O Capitão atira pela segunda vez, e
pela segunda vez o fantasma joga a bala nos lençóis. O
Capitão está aterrado e, sem novo aviso, torna a dispa-
rar. . .; a terceira .bala cai de novo na cama. . .; o fan-
,tasma qryda incólume. O Capitão cai desmaiado, em apa-
rência. O fantasma, que outÍo não era senão outro oficiat
inglês (que prêviamente tirara as balas à pistola do Ca;
pitão) corÍe a socorr&!o.. . mas tudo em vão; o Capitão
moÍrera de terror.
. Para esse irtfeliz, que não conhecia "a causâ pela qual
as balas não feriam o fantasmat', a Êxperiência foi tão fa-
tal êomo se derreras uma alma the houvesse aparecido.
, Quando não conhecemos a'causo de um fenômeno, a
impressão que recebemos d c mesmo, seia qual for a,cau-
t" oH,r"."lJltXr"
na sessão que foi presenciada por nós.
Sentamo-nos em círculo formando cadeia com as mãos
agarradas. O médium, que é uma mulher, está de costas
http://www.obrascatolicas.com
132 Cartos Msio de Hercdia, §. l.
para o gabinete distante deta dois metros. Dcntro 9o g"-
Linete há uma guitarra e uma pandeireta em cima- de uma .'
cadeira. E' impóssível à médium, estando sentada no Cír-
cuto, alcançar com a mão quaisquer daqueles objetos. No
centro do Círculo e à distância de uns cinquenta centíme-
tros da médium, há uma mesa simples de madeira. ,
O diretor aPaga as luzes, o quarto fica alumiado por
uma luzinha vernielha voltada contra a parede; apenÍrs' com
grande dificuldade, podem-se distinguir conÍusaúenüe as pe-
ias de roupa branóa e as'cara§ dos assistentes' Entoa-se
úm hino têligiqso "para evocar os espíritos". Depois de
alguns minutõs de cánto, guardalse silêncio; e o diretor da
seõsão pergunta aos espíritos: "Caros amigos, aqui estais?
Já sabeis:-três' pancadas significam -"-si(', uma pancada
i'não" e duas pancadas "duiidoso". Já chegastes?. "" Si-
lêncio e expeitação. Ele repete a pergunta.'-' Ouvem-se
três pancadãs muito tênues que PaÍecem sair da mesa--que
.riá ãi"nt. da médium. "As condições estão propícias?" ' ' '
ÚÀ, o"n."da, igualmente. tênue. - "flsxss a cadeia não
Uãrn formadã? Devemos mudar de posição?" "§im"'
"-*UAr apalpadelas, o diretor faz as mudanças -que iqlga
-oportunai, ficando sempre a médium entre "duas .pe-q§gqs'
*d, intrirr' confiançd'. - "Estão bem agora as condiçÇes?"
í;il;;".áJ"J urttante claras dão ã entender que tudo '
está em àrdem. "pgvsslos cantar outro hino? Nãq'
-
Quem é o "controlador" esta noite? El Feda? - Sinil -
Boa noite, Feda, temos aqui vários convidados -
que pro-
-meteram guardar todas as condições como cavalheiros. -
Ésta-às u."nOoa Está satisfeita? - Sim' - Tem alguma
mensagem a nos comunicar?^--§lr. Para o Sr' Ra-
Não. Para o Sr. Valeta? - Não' Para
mirez?"
- - - -
toaninha? - Sim".
Joaninha é uma moça que pe1d9u o noivo.
e qu.e há
algurir tempo frequenta círculos espíritas- Os dois senhores
qu"e estão a seu iado segurando-lhe as mãos Valéra e
dtiranda
-
sentem que ã Íhoça e§tÍemece e se agita' Um
-
deles, Miranda, sorri na escuridão; o outro participa da
emoção da lovem.
(nome do def.u-n-
"E' uma.mensagem de Alberto?
io noivo). - Sim. - Ete está alegre ou triste? Ale-
gre? Não! : Triste? Sit.- E Por quê?"'- Pea-
- -
http://www.obrascatolicas.com
i':,'i
'As Frwdes. Esplritas e os feúmenos llletapslquicos 133'
http://www.obrascatolicas.com
lY Carlos Maria ae ncreú, 8. l, .
http://www.obrascatolicas.com
ác'§lgrudes Esptrtlas e.,-os'Fen6meaoq Ssta4slquicos 135
http://www.obrascatolicas.com
., 1. -:- -- '' 1 : '.:'
r36 Corlos hlaria de Heiedia,'§. J. . *
Mas, Sc faria e médium nesse ínterim?. Que,diabo
mê importa a mim a nrédium? E não sei -o que ela fe
ou deixou de fazer. Tudo estava às escuras, e, além dicsol
eu não tornei a me lembrar dela. Não estava para obser-
var. Bastante em que pensar deu-me primeiro ó tat AlUer-
to... e depois Matilde. Não me resta dúvida, os mortos
voltam e se comunicam conosco. Você ri? Pois, se quiser,
lerro-a amanhã, e você verá por si mesma. Isso não é coi-
sa de ri§o".
Caro leitor, vamos pedir-lhe que "analise primeiro suas
próprias emoções ao ler as páginas anteriores,,. Estamos
certos de que "você também" se ernocionou com o reloto
da sessão. Enquanto lia a descrição, diga-nos, pensou um
só momento na médium, no diretor, nos concorrqntes? .Cre-
mos qlrc não. Pois d mesmo se passou com os assisientes;
cada um estava demasiado ocupado ,,com sua§ .próprias
emoções" para andar reparando em outras coisas... Se
agora você compaÍa a nafiação que fizemos da sessão com
o Qu9 Miranda contou à irmã, verá que ,,há alguma dife-
rençâ", Miranda contou-lhe, não o que realmenie se pas-
sou, mas sim a impressão que ele recebeu dufante a ies-
são, o que são coisas benl distintas. E estou em que Mi-
randa era "incrédulo" .e a princípio esteve ..sorrindo,, dâ.,
queles cantos, etc. Se; em lugar de Miranda, ouvirmos a,
descrição que Valera, espírita confirmado, Íaz da mesma
sessãq não nos poderá restar a menor dúvida da verdade
dos fatos ali ocorridos e da autenticidade dos fenômenos'
(!) E, se a isto se acrescentar o testemunho de Luísa, que
"viu" o filho, e do velho, a quem a mãe acariciou a bar6a,
já teremos quatrotestemunhas, todas elas honestas, que dão
testemunho de que pelo menos "alguns defuhtos,,'se comu-
nicaram-com as pessoas a quem amavam, dando provas .,in-
contestáveis" da süa personalidade. Assim nos asseguram
Luísa, que viu o filho, o velho que sentiu as iaríciàs da
mãe, a pobre Joaninha censurada pelo noivo, e o cépti'co
Miranda, que, sem esperar, foi beijado por Matilde, que ele
conheceu em Viracruz e de quem se esqueceÍa por com-
pleto. Não há, pois, razáo para que escritores como' Lap-
polri creiam na realidade dos fenômenos espíritas?
Mas, passemos adiante e esfudemos a "pSicologia da
sessão". Desde o rhomento em que ficamos qugse às ts-
http://www.obrascatolicas.com
ás Frôades Êspmtas' e os Fenômenos llftetapsiguicos 137
I
http://www.obrascatolicas.com
13S. Carlu Matia de Hercilia; 8.'1. ,i*,. a ' :'i
http://www.obrascatolicas.com
As Frgudes'Esplrites e os Fenômeeos llletapsíquicos 139
'i
http://www.obrascatolicas.com
,,j
http://www.obrascatolicas.com
As Fíaides Esplritas e os Fenômenos Metapstqaicos r41
http://www.obrascatolicas.com
142 Carlos Morio, de Heredia, S. !,
Reflexões Psicológicas.
http://www.obrascatolicas.com
ôapítulo XVII.
Resumo e Conclusões.
i Tendo tido os capítulos deste primeiro livro, dizia-nos
, uÍna pessoa tão inteligente como ilustrada: "Creiô que, de-
.f.'.' pois de ler todas as razões e documentos acumulados para
.
: provar a fraude, não ficará um só leitor sensato que não
, esteja de acordo em que noventâ por cento dos fenômenos
' espÍritas que nos contam sejam devidos a côincidências,
ii . sôãs, artiiícios e grosseriai". Ao que respondemos: !!u- Faz
:, muito bem em dizer "leitor sensato", pois grande parte dos
ii u que lerem este livro, "nascidos no minuto psicológico", não
:. deixarão de atacar-nos com todo encarniçamento, como os
*i Babil6nios de antigamente, seus venerandos .antecessores,
li, .atacàram o'Profeta Daniel por ter descoberto a fraude dos
, . sacerdotes de Bel. Haverá outros - e nãO poucos - guê,
embora de acordo com os "noventa por cento" (pois esta
já chegou a ser uma frase consagrada), quando se lhes
apresente.algum casó, sem dúvida o incluirão desde logo
nos dez por cento restantes, pretendendo que, embora ou-
tros casos sejam fraudulentos, aquele que lhes relatam, e"
: que eles não podem explicar, por este fato tem de ser ver-
i.'' dadeiro, Qü€r dizer, produzido pelos espÍritos não encarna-.
dos ou
i., almas dos defuntos.
diabos, ou então pelos espíritos desencarnados ou
il , Da análise dos dez por Cento dos fe-
[iiu nômenos restantes ocupar-nos-emos na segunda parte deste
livro.
Aos leitores 'lsensatos', e -Ílão aos Babilônios, é que
nos dirigimos. Como resumo desta primeira parte do nosso
i'. livro,
ttvfu, tiramõs
ufarll(,§ a§
as çonçtusoes
conclusões segumtes:
seguintes:
l ) O principal Íundamentor "subjetivo" dos mal cha-
mados "fenômenos espíritas" encerra-se neste antigo re--
fuáo: "O mundo quer ser engotwdo"; isto é, gosta ãe ser
"mistificado". A todos nós agrada o misterioso, e ainda
mais se se mistura com assuntos da outra vida, do atém--
http://www.obrascatolicas.com
744 Carlos Maria de Herctlia, S. l.
túmuto. Há, em geral, uma disposição ou inclinação para
crer ná ihtervenção frequente de causas ocultas, malignas'
ou benéficas, na nossa vida comum.
2) O segundo fundamento "subietivo" do êxito dos
"fenômenos esBíritas" é a infinidade de Babilônios que nas-
cem no minuto psicológico e não só participam da disposição
universal dos demais mortais, de "serem propensos à misti-
ficação", como também juntam a esta qualidade "negativa" ..i
outra perfeitamente positiva: "prestam-se de maneira espe-
cial a ser enganados, pela sua excessiva credulidade". São
"lompos" que têm a boca constantemente aberta para en-
golir tudo.
3) O terceiro fundamento "subjetivo" está em que as
próprias pessoas ild§tradas usam pràtlcamente do seguinte
critério: "Aquilo que eu não posso explicar, depois de um
exame sério do fenômeno tem necessàriamente uflut ao,uso
preternatural". Lembremo-nos das palavras textuàis do P.
Lanslots, que citamos no cap. VII a propósito do enterro
do faquir.
4) O quarto fundamento "subjetivo" está na presun-
lhe não thamar pedantismo de-muita gente
ção
- para
ilustrada "noutras matérias", que as faz- crer-se imunes a
todo engano, porque estudaram ou ensinaram filosofia ou
teologia. Acreditam que ou ninguém as pode enganar em
nenhuma outra matéria, ou que, para enganá-las, é preciso
"muita coisa"... São "demasiado" inteligentes e instruídas. :'
5) O quinto fundamento "subjetivo" está em que, mes- '
mo antes de examinar o fenômeno, muitas pessoas' já têm ,
http://www.obrascatolicas.com
ás. Fr«idç*tifspritas c oi" fintnaoi tlíetap$çar"o, "145
http://www.obrascatolicas.com
14ô . :
Cartos Moda dc Hocaia, S.'
'..t .. r '
l. ' É
,'
mgteriglirÃdo de nosso avô, quando M realidgde o que vi-
mos foi uma mriscato pitúodo com Pintura luminosa.
b) A coincidência vem muitas vezes auxiliar a de-
cepçãó. A senhora Murphy pergunta onde está o irmão a
quem não vê há anos. A médium lembra que, próximq à sta
casa, há um sorveteiro por nome João Murphy, e dá a
direção deste. A serihora Murptry telegrafa, e "resulta pura-
coincidência" ser aquete João Murphy realmente o irmão t.;
., ela procurava. Às meras coincidências devemog acres- ,
que
centar "as conieturas prováveis" que os médiuns fazem com ê
freguência. E' um domingo à noite. A senhora Martinez, ,.i
pessoa já avúçada em anos, pergunta: Onde está a estas :ii
Loras miu filho Pedro? A médium faz esta co'nietura: "Do- lt.i
mingo à noite provàvelmente ele estará no cinema", e diz: ri
"Est-á no cineria com uma senhora". A senhora Martinez ,.i
averigua no dia seguinte e sabe que efeüvamente na noite ::''
anhriôr seu filho Pedro foi ao cinàma com sua mulher. Eis
qui uma coincidência devida a uma conietura. Nesta clas- ..
se de conjeturas mtá principalmente baseada "a clêncie"
das cartomantes.
c) Como deixamos apontado quando tratamos da psi-
cohgia de uma "sessão", tem uma influência decisiva oeÉ
bre ã "espêctador" -aquilo a que se chama psicologia üà
muttidiío. Três categorias de pessoas coetumam assistir á
uma sessão espírita: os que crêem firmemente na interven-
ção dos espíritos e para os quais qualquer manifestação ê, 'i
verdadeira. Estes são ou a tofalidade ou pelo menos a ,.i
maioria. Os gue, embora não creiam, estão porém dispoqtos :i
a cÍer,. sempre que os fenômenos os convençarç Estes pre- '.,i
cisam de pouca coisa para co[v€Ílc€r-sê. Finalmente, 08 ':1
que não ciêem em nadâ, mas que, sem etntaÍgor $peram -]
vlr algo de extraordinário. Com um auditório desta classe, :;
e'se a lei das multidõçs é verdadeira, qualquer um quq.
entre na sessão tem necessàriamente de "caiÍ" e pen§aÍ 'i§
como os demais, pelo menos durante a própria sessão. E .i
estes são as testémunhas que, depois, no.'"tteguram da -:!
reatidade e autenticidade dos fenômenos espíritasll! ',t
d)Vêmemseguidaos..escritoressobreoEspiritis.
mel a. rebitar o çravo do engano, embora às vezes com a . .rl
lÍ
http://www.obrascatolicas.com
l-. :. -
http://www.obrascatolicas.com
.i
http://www.obrascatolicas.com
-,,JÉ
Capítnlo XVlll.
Esclarecimento§.
. Todos nós católicos somos espirifualistás, mas não es-
plritas. Cremos na existência,de espÍritos; mas não em que
estes se comuniquem conosco sensivelmenta, de um modo
cbmum,.e à vontade.de certas pessoas chamadas médiuns.
Cremos em Deus, que é espírito puro; nos anios, bons
,e mau§, que também são espíritos e não têm corpo; na atma,
que, s€ bem esteia unida ao corpo'enquanto vivemos, sendo
espírito sobrevive à matéria, da qual fica separada pela
morte.
Nób católicos sabÊmos oo certo, pela Sagrada Escri-
tura, que em determinadas ocasiões, por motivos gravês,
Deus tem permitido aos espíritos angélicos, bons ou maus,
comunicar-sê cem os homens de mqneira sensível. Tal é o
caso da aparição do Arcanjo S. Rafaet a Tobias e a do
diabo quando tentou Nosso Senhor no deserto.
Igualmente sabemos oo certo, pelo Evangelho, que Deus
deu permissão a algumas almas de defuntos para apaÍece-
rem; tal é o caso da apariião de Moisés.no dia da Trans-
figuração.
Também sabemos ao certo que Deus deu permissão
ao demOnio para atormentar lisimmente os corpos de al-
gumas'pessoas de quem lemos no Evangelho que estqyam
possessos de Satanás
ttto é o q.uc sabemos oo certo pela Sagrada Escritura
e o que nenhum.católico pode negar.
Ora, que desde o tempo da mor'te do úttimo apóstolo
até agora haiem de lato aprêcido anjos, almas de defantos,
oa o dlobo tcalm possuldo dgumas pessods certamente, ndo
é coiw de Í!; poÍfu, consoante o sentir comum da lgreja,
tais coisas também dc lato ocorrerom.
Por isto, o Íato de esro ou aquela opariçdo ser wr.da-
deirq ou de tal ou quat pessoo estor poss?ssa, pode ser ne-
http://www.obrascatolicas.com
,150 Curlw {taria de Hercüa, E. tt t
gado por qualquer um, se considerar que as plovos'dazt,
das ndo são sulicientes pra torrpr isso crivel.
Em se tratando de aparições de santos, a Igreja umas
vezes aprova a piedosa crençs, outras apen:rs a tolem, e
na maioria dos casos rejeito<. Até agor4 a lgreja nunca
obrigou seus filhos r'a ctircm" ern tal õu qual apariçao par-
tictlar, por mais respeitáveis que sejam as provas que e
fundamentem.
Todos nós católicos cremos ra possibilidade dos mila-
gres, e em que de loto Deus os tem operado. Também cre-
mos que a mão de Deus não se encurtou e continua ope-
rando milagres e os continuará operando até o fim do mun-
do. Mas declarar qae tol ou qual Íato, por mais admirável
que nos pareça, "é qm milagre"l isto por direito próprio
reservou-o a si a Santa lgreja, que todo ono rejeita ínrú-
meros latos considerados como milagrosos.
Para que o leitor veja o sumo cuidado que a Igreja tem
neste ponto, diremos aqui que, consoante os docuinentos
autênticos mandados colher por Pio X em lgl4, dos mi-
lhares de casos reportados em Lourdes durante cinquenta
anos, sd trintq e Írês foram pela lgreja declarados autênti.
camente "milagrosos".
Inúmeros são os casos apresentados à lgreja por oÇa-
sião da canonização dos santos; pouquíssimos'são, porém,
relativamente, os que ela a&nite como milagrqsos. Em regra
geral, tanto em Lourdes como nos casos de curas reporta-
dos para a canonização dos santos, Roma rejeita sistenrà-
ticarnente todos aqueles que se relacionam diretamente com
o sistema nervoso, pela facilidade que há de ser têl efeítq
considerado pelo vulgo como extraordinário, um mero fe-
nômeno neryoso, por mais admirável que se queir4 mas pu-
ramente natural. Isto no que se relaciona com os milagres.
Se destes passarmos paÍa as "revelações e aparições"r v€.
rificamos que a lgreia é ainda muito mais estrita. E, em
caso de "aprovação'l, que é muito raro, apenas louva "a
piedosa crença", sem lhe dar um formal róconhecimento de
ser sobrenatural, como cucede nos casos de curas milagro-
sas; e muiúas das aparições e revela@s que alguns crêem
terem sido "aprovadas" pele lgreia, apenas são'itoleradas"
e nada mais.
Pois bem: embora a lgreja admita não só a "possibi-
lidade" da possessão diabólica, mas também a sus p1ofu.,.
http://www.obrascatolicas.com
o Ás FrU1rdcs Bspbitas e os Fcnâmetu.s ll{efupsíqulcos' l5l ''t:1_;4
:l ::+
R{texõ* Psicológicas.
http://www.obrascatolicas.com
.,§
r'r
http://www.obrascatolicas.com
LIVRO II.
os FENôMENOS METAPSÍQUI@S.
http://www.obrascatolicas.com
':i:
:..,:l
Criai uma teoria, e não vos faltarão fatos tom que pretendais
corroborá-la; porém lnal a teoria «)mece a vacilar, os Íatos &aa-
parecerão automàticamente. X.
-
http://www.obrascatolicas.com
CapÍtulo I.
&tado da Questiio.
A Mitologia foi um verdadeiro tratado de Física dos
tempos prirnitivos; nos quais, não tmdo a mais remota ideia
das causas naturais que produeiam certos Íenômenos do
Universo, os homens as atribuíam
. rais dos deuses. Nesse Trotado deaos
poderes preternafu-
Física-poétiia admitia-
se gue "os raios, forjados por Vulcano, eram arrojados so-
bre os mortais por Júpiter em pessoa,,. Esta teoiia era a
do "Theus ex mecanes,' de Menendro, vertido em Iatim por
Horácio: "Deus ex machina,', Que podíamos muito bem üa-
-_ duzir livremente em nossa líúgua por: ,.Os deuses metidos
a trapaceiro§". A Mitologia era verdadeiramente uma ex-
plicação dos fenômenss naturais pof meio da intervenião
dos deuses. Explicação simples, muito adaptada às menües
í'piimitivas". Consoante o testemunho
de Aristófanes, a chu-
va era explicada, embora de maneira bastante vulgar, pela
intervenção imediata de.Júpiter e de outras divindãdes.
O Espiritismo moderno é, do mesmo modo, um sistema
em que certos fenômenos de origem desconhecida se expli-
gamr com a maior facilidade do. mundo, pela intervenção
imediata dos "Espíritos não encarnados ou diabos, ,u àos
.defuntos,,. Neste
. Espíritos desencarnados ou almas dos sen-
tido o livro de Lapponi (e outros muitos selnelhantes a ele)
podíamos chamá-lo de "Tratado completo de Metapsíquica-
Poética".
Com efeito, que de mais simples do que explicar todos
os fenômenos (verdadeiros ou falsos) quà têm uma causa
. desconhecidâ, por meio da intervenção áireta dos espíritgs
não encarnados ou desencarnadôs? eue maior unídodà pode
haver neste sistema de fenômenoq' se todos têm a ,ôsrn"
clusa- os Espíritos? Que fenômeno, por mais,raro e com-
plicado que seia, não se poderá explicar sem a rnenor di-
ficuldade pela intervenção- dos espirttose verdadeiramente,
http://www.obrascatolicas.com
156 Ctrlos Maria de Heredia, S. ,.
é coisa triste que os homens de ciência andem çeimando
as pestanas paia averiguar a caüsa dos fenômenos lumino- :.,i
sos ou eleçtro-magnéticos, quando têÍn à mão a solução !
simplíssima
- ús Espíritoslll
Que são os eléctrons? ,Espíritos pequeníssimos (os mi-
cróbios do mundo espírita) revestidos de éter ou corPos
astrais" Que coisa é a afinidade química? A amizade ínti-
ma entre os micróbios do mundo espírita. A que é que §e
deve o movimentó dos astros? À força descomunal dos es-
pÍritos maiores que, aplicando "activa passivis'1, andam ar-
riando os corpos celestes para os espaços interplanetários. L
http://www.obrascatolicas.com
'n4eúcc.
Ás Esplritas e:bs'Fedônmos lfida$tqalcos Iú?
http://www.obrascatolicas.com
I58r ' Cailss Matia de Heredia; §, I.. :-1. . .
http://www.obrascatolicas.com
..;--:*i;-*
.4s Frasdes Esptritas e os Fànômeàos Mttapstqúr'ioÇ
, tlp
3) Trataremos, primeiro, de averiguar se os tc/ros
ffi:i;," existem-
iff.':r,. 4\ Para o quê, é nêcessário saber de que fatos se
,' trata, dando para
F",.i' a .definição dos
.isto lenômenos meto-
i,; psiquicos.
,,, 5) Uma vez determinados quais são os fenômenos
r,,
metopsiquicas (não espíritas) que vamos estudar, investi-
,' garemos a parte lisicc de ditos fenômenos, estudando c
Íorça que os produz, quer dizer, se o causa ordindria e'con§-
tade que os produz é de origem, "puramente nqturaf,.
Por outra parte, se descobrirmos a'natureza da causa
ordimfuia e canstante dos fenômenos provocados, por ana-
logra e de um modo geral poderemos deduzir que a causa
ordindria e constante dos fenômenos espontâneós deve ser
. de igual natureza, sem necessidade de anatisarmos um a
um esses fenômenos.
6). Teiminado este estudo, dedicar-nos-emos a in-
.vestigar se o' cousa intelectuol, ordiruirio e constante que em
. tais fenômenos interrrém é natqral ou preternatural. Porou-
tras pala'vras, estud'aremos a parte môtapsíquica desses fe-
nômenos contida na hlensogem.
I 11 Uma vez estudadà a Forfa e a Mensogem, es-
tudaremos as três classes de teorias excogitadas para ex-
plicar os fenômenos metapsíquicos:
a) A teoria diabólica,
b) A teoria espírit4 e
c) As principais teorias naturais.
8) Finalmente
'Íoi dito no presentefaremos um resumo de tudo o que
livro, tirando .as conclusões que nos
pareçam mais fundadas.
. Dos fenômenos espontâneos não trataremos aqui dire-
tamente, não porque rejeitemos a existência de.alguns, mas
' . porque o ectudo deles requer uÍna seleção escrupulosíssima
dos fatos, os quais só nos é dado conhecer de um modo'
- histórico. Quer dizer, os fenômenos espontâneos conhece-
mo-los pelo testemunho das pessoas qúe os presenciaram,
' e não por experÍmentação; e na imensa maioria dos casos,
supondo de boa fé as testemunhas, a observação por elas
levada a efeito é incompleto, ou então suas narrações são,
não dos fatos cómo succderam, mas das impressões que ;;
-ànteriormãnte.
, las bausaram ditos fatos, como dissemos
:'
http://www.obrascatolicas.com
Capitulo II.
Fatos e Teoria.
Quando dizemos: "lsto é um fato", para logo'enten-
demos que o que se 4firrpa não é uma suposiçõo, mas al-
guma coisa considerada como realmente existente. For isso,
o-s que afirmam que "o Espiritismo é um fatd' querem dar
a entender que !'a comunicação entre os vivos e os'defun-
tos, por condutó dos médiuns", é algo que realmente existe .
http://www.obrascatolicas.com
As Frotldies Ecplrttos e osrEcúwroc ltldaptíquicos tôl
m6, um Íenômeno |'um
fato regularmenV obserwdo cm
ê,
ccrtas oczsiões cspeclals, enq.uanto é disfinto tado da cou-
. sa q.ue o produz e dos lcis à q.ue estd suieito, como da ex-
.
' plicoção ou explimções admittdas pra' lhe esclarecer a
origcnf'.
\.
s" Estas explicações acerca da origem dos fenômenos,
l.
isto é, as conjeturas formadas sobre as causas que os pro-
duzem, são o que, em linguagem científica, se chama ái-
t.: pótese, Por outras palavras, dá-se o nome de hipótese a uma
explicação lou suposição temporária que fazemos, procuran-
-servir
do explicar a causa de um fenômeno, para nos de
guia e auxílio nas observações subsequentes. E' uma con-.
jetura provistiria sobre a causa de um fenômeno ou de fe-
nômenos conhecidos, que se usa como base para sua re-
gulação ou classificação, ou como ponto de partida para a
'investigação
e experimentação. §e pela manhà chegamos ao
nosso escritório e encontramos nossos papéis e cartas re-
volüdos ou espalhados pelo chão, a piimeira hipótese ou
coajctura que fazemos para explicar esse faÍo não costu-
mado é ter alguém deixado aberta a janela e ter o vento
revolvido tudo. Esta é a primeira hipótese provisória; mas,
se veÍnos que a janela está perfeitamente fechada com trin-
cos, désprezamos esta primeira conjetura e fazemos outra:
sem dúvida a empregada, que é muito descuidada, ao fazer
a limpeza tirou todos os papéis e, tendo sido chàada para
outro fim, deixou tudo desarrumado para vir arrumar mais
tar'de. Esta segunda hipótese cai por terra quando nos in-
teiramos de que a empregada está doente e não entrou no
quarto. Então, quem poderá ter sido? Fazêmos outras con-
jeturas (hipóteses), mas todas falham. No dia seguinte pas-
sa-se o mesmo, e o mesmo ocorre no outro dia, sem que
possamos dar com "o autoF do fenômeno,,. Se somos espí-
ritas, a conjetura ou^hipótese de serem os espíritos logo
nos acode à mente. Claro que os espíritos podem tudo,-e
poÍ que não hão de ser eles? Mas outra pessoa de nossa
família, que tem mais senso comum e obseiva mais, desco-
bre afinal-Que todas as nossas hipótescs são falsas, pois o
autor do fenômeno tem sido. .. o gdo, que entra de noite
' e se deita entre os papéis da noúa esórivaninha!!! pois
1:t'
bem, estas hipóteses sãb meras conjeturas para explicar um
.-i
- ll
Frrudcr Esplrltls
.'.
.i
ir- .,t
http://www.obrascatolicas.com
':'
:t'
. ti, +S
,:'-€i
wl
Íato, muito úulgar no no8§o ca8o, mà8 que nos Íez discor-
Íer'e mesmo penser na intervenção dos Espíritm'.
Ora, quando não é só um Íato ou um fenômtno, porém
vários coordenados, que se explicam'por meio dessas con-
jeturas, suposições ou hipóteses (que tudo quer.dizer a
mesma coiia, pois conjetura se diz em grego hipótese)' e
quando ditas iuposições alcançaram certa estabilidade nos
círculos cieÍrtíficos, então costuma-se dar-lhes o nome de
t:eorios, que não são senão suposições um Pouco mais de-
senvolvidas ou fundadas, porém no Íim de contas §empre
"suposições". Teoda vem de uma palavra grega que signi-
fica "especulação". Uma teoria é a explicação de um ou
de vários fenômenos que no-los Íaz de tal modo comPreen-
der, que (cóm mais ou menos probabilidades) parece ser
a verdadeire causa daquele efeito. Também se dá o nome
de Teoria ao coÍpo de princípios e leis fundametitais que
são a base de uma ciência ou de sua aplicação. Nós aquÍ
tornamos Teorio como sinônimo de hipótese mais fundada.
Para não incorrer em mais confusões, devemos também
ter presente o que significa a palavra Lei, que tem duas
acepções distintas.
t ) Considerada em sua primeira acepção, a Lei ê:
um prcceilo ditodo pela autortdade competente, no qual se
mando ou proíbe algunn coisa. Os dez .mandamentos e a
coÍlstituição de um país são leis neste sentido da palawa.
2) Cientificamente fatàndo,a Lei é:umo nonna
conitante que regula a produção dos mesmos .fenômenos
quando se àstabeíecem fls mesnurs cou§os em idênticos cott-
diçAes. As leis naturais pertencem a esta segunda classe, e
neste sentido (e não no primeiro) tomamos aqui a palawa
lei.
Neste sentido dizemos seÍ uÍna lei da nalureza o'fato
'
"n
http://www.obrascatolicas.com
\ .:l'
.. , {.L{
'As
rt
Fraudes Esplritas e os Fcnômynos *lelapslquicos t63
turais está fundado na nossa "atual experÍência", gue é
muito limitada, e guer cg crescer, pode obrigar-nos a in-
troduzir modificações nas nossas ideiâs presentes, ou, o que
é o mesmo, pode induzir-nos a modificar a fórmula de al-
gumas leis.
E, se isto é certo em se tratando dessas leis que nos
parecem imutáveis dadas as mesmas circunstâncias, nada
digámos das hipóteses e das teorias que "para explicar os
fenômenos" se têm ídeado e continuam a inventar-se cons-
tantemente. Poucas, pouquíssimas teorias têm atingido cem
anos de vida, pois a maioria delas morÍem. Iançadas por
terra por outras novas. A grande maioria, pouco depois de
nascidas, ou cambaleiam ante as arremetidas dos adversá-
rios, ou moÍrem por fim, ficando sepultas em prudente ol-
vido. Outras são modificadas constantemente, até ficar ape-
nas um pequeno rastro da ideia primitiva. Por natureza as
hipóteses são instáveis. São os instrumentos de que os sá-
i,.,:.. bios se valem para ir perfurando o misterioso muro da ciên-
cia. Quando os instrumentos se gastam, ou não servem para
l:---i. o ciaso, são atirados para muito longe sem reúorso algum,
e substituídos por outros destinados talvez a suportar igrral
:§!;':'
sorte.
ÊÉ'..
'sí.' Pois, se as teorias que até o presente pareciam mais
§]- - bem fundadas já vacilam, que será das outra§ que têm pou-
s:l quÍssimo ou nenhum fundamento? E isto é porque a pró-
F,. pria natureza da teoria é incerta, já que não-pasia de uma
§df!
.:-*r\ suposição, mais ou menos fundada, que pode dar maior ou
§r-i"i menor probabilidade em suas explicações, fiâs ttunca cêr-
ir: '
teza, porquanto, se certa fôra, deixaria de ser teoria e pas-
-s'l
saria à categoria de verdade demonstrada.
;*:,
&*' As hipóteses e as teorias, como indicamos, têm sido
5'.'
,::§:,
ideadas para explicar fatos certos produzidos por causas
t:s-'
ê'Í -
cuja natureza ainda não havemos penetrado. Se tomamos
.:.. em nossas n1,flos uma mesa e a movemos de um lugar para
s!.'
::i j
outro, a ninguém, se for sensato, ocorrerá inventar uma ,:§
teoria para explicar este fato, pois toda gente vê que é e
i'1
a-.i
ti,:
' a nossa força muscular aplicada à mesa que a faz mudar ..§
de lugar; isto é evidente. Mas, se procuramos averiguar a :jj
-:
,;:tj
j'.i natureza desta própria força muscular, caso nos seja des-
conhecida, teremos que recorreÍ a uma suposição, isto é,
formularemos uma hipótese.
:,i:l.'
ll.
,:i:...-
:.1,:L
:li:r::.:'
,-Ê''
I
http://www.obrascatolicas.com .
'ri
!
,i1-. i"t
I
jr
16{ Cailos Marfa ic Hcrcdia, S. l.
fodos sabemos que um corpo abandonado a si mermo
cai. Isto'é um fato que já não necrssita comprovação. Mae,
re pÍ@urarmos averiguar por que é que eh cai, preciaare- ,
-
-:i
, -.:j
-\ü
http://www.obrascatolicas.com
- _,: ::.i::
i
' inia:
In,
l*li;..****.- .*;. "
i.trr
,t
Ás Fraudes E§pÍzÍas e os Fenâmeno§ MetaPslquicos 165
http://www.obrascatolicas.com
-'','!:
,'
http://www.obrascatolicas.com
As Frsudes Esfiritas e os Fenâmenas Metapslquicos 16'Í
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo lll.
Inveetigações Metappílguicas.
Poucas pessoas terá hávido no mundo, desde tempos'
imemorlais, que não tenham ouvido Íalar, ou quiçá tido al-
guma ocoÍrência com trasgos, fantasmas, bruxas e duen-
des. As histórias dos fantasmas conservam-se por tradição
e diàriamente aumentam com novos exemplos em todas as
nações do antigo e do novo continentes. As catas mal-as- '
sombradas, com ruídos e pedradas, têm existido desde a
época mais remota, e a prática da adivinhação perde-se na
escuridão dos tempos. Os áugures e as pitonisas fizeram
grande aegócÍo na idade antiga, como os bruxos e bruxas
nos séculos passados. E desde meados do século XIX o§
médiuns têm continuado a produzir os mais extraordinários
fenômenos (?) até os nossos dias, como vimos no livro an-
terior. A fraude tem estado sempÍe em moda desde que o
mundo é mundo.
' Ora,
no meio desse imenso cúmulo de embustes não
terá havido, não haverá naturalmente alguma coisa de cer-
to que dê fundamento à crença tão antiga como universal
de que "os mortos se comunicam conosco por meio de cer-
tas pessoas que têm a faculdade de poder chamar a atenção
dos habitantes do além-túmulo"? A esta pergunta respon-
demos não haver dúvida de que desde tempos imemoriais
têm existido "alguns fenômenos verdadeiros, de origem des-
conhecida", que o povo tem tomado como comunicações dos
defuntos, embora não o sejam, flurs o Wreçam. Como parcce
que o Sol gira em redor da Terra, embora de fato assim
não seja, e a Terra gire em torno do seu eixo, embora ndo
o sinlamos nem disso nos demos conta.
Entrê o imenso cipoal de tendas, contos e histórias
acumulados por várias centúrias, descobrem-se certos fatos
de natureza eqpecial, diptintos dos outros fenômenos, nos
quais parece intervir de algum modo "ume mente inteligen-
http://www.obrascatolicas.com
-:til:.,i1=
http://www.obrascatolicas.com
Carlos Maria de Hereúia, §. l.
A multiplicação crescente dos fenômenos mal apelida-
dos Espíritas começou a chamar a atenção de um grupo de
homens ilustrados e sinceros que se Propuseram averiguar
"o que havia de verdade acerca desses fenômenos de que
tanto se falava", e ver se tudo era fraude ou havia neles
alguma coisa de certo, para depois estudá-los e tratar de
averiguar as causas que os produziam. Com este obietivo
estabeleceu-se em Londres, em 1884, uma sociedade cha-
rnada de Investigações Psíquicas. O seu título oficial é "The
Socicty of Psychical Research". Começaram, pois, a juntar-
se, ordenar-se e estudar-se toda classe de fenômenos "ra-
ros", publicando esses homens periôdicamente os informes
que recebiam, dando conta da origem de cada documento.
Como esta, estabeleceram-se outras sociçdades semelhantes
na França, nos Estados Unidos, na ltália e na Alemanha,
dando isto origem ao que se há chamado "Psychical
Research", isto é, Investigações Psíquicas.
Presentemente, entende-se por "investigação psíquica"
o "estu.do das faculdades (reais ou supostas) supranormais
da personalidade humana", entendendo-se por "faculdades
supranoÍmais" as que ainda não ,estão reconhecidas pelos
cientistas, por não estarem inteiramente provadas. De'modo
algum significa nem sobrenatural nem preternatural. O fim
desta investigação é "colecionar a evidência obtida pró ou
.contra ditas faculdades, para ver se se podem estas admi-
tir cientlficamente ou se se devem relegar para o esque-
cimento".
. Os fatos principalmente colecionados com o objetivo
de estudá-los são os que se relacionam com o automatismo,
o transe, as alucinações, a telepatia, clarividência, clariau-
diência, hiperestesia, pressentimentos, etc. A estas se jun-
tam a telequinese ou movimento de objetos à distância, as
luzes, as pancadas secas ou "Íaps", com ou sem'contacto,
a escrita direta, a penetração da matéria, os aportes, as
materializações, o ectoplasma, a levitação dos corpos; a fo-
tografia psíquica, a escrita em pedras, a imunidade ao fogo
e outras.
Como logo se pode ver examinando a lista anterior, há
fenômenos de natureza principalmente física, como a tele-
quinese, as luzes, os aportes e outros semelhantes, ao piut§o
que M outros em que a Pàrte mental predomina, como são
as mensagens obtidas no transe, a telepatia, etc.
http://www.obrascatolicas.com
, Ás Fraud,es EàpÍritw e os Fenômenos Mctapslquicos l7l
iiÀ. :
. !i--ir ',
...'*.
..dl -
http://www.obrascatolicas.com
lT2 Cailos itlarta de Hucüa, 8. l.
noc. Muito se tem publicado e csntinua a pubticar-se sobre
este assunto. Uns se riem desta classe de fenômenos c ou-.
troo, como Conan Doyle, os tomam não só a sério, mas até
como coisa divina iá que, em hgar de cingir-se a uma in-
vestigação.científica, quiseram fazer deles o Íundamento de
uma noya religião. Eis aqui o que Sir Artur Conan Doyle
diz na sua dissertação "The Psychic Question as I see it",
no livro recentemente publicado pela Universidade de Clark,
em. Worcester, sob o título 'lThe Case for and against
Psychical Research": "Considero este trabalho de investi-
gação psíquica experimental, embora muito necessário e útil,
como uma espécie de semi-materialismo, que pode aproxi-
mar-se mas que não chega ao próprio âmago do assunto.
Este ômago, ru minho opinião, é exclusivamcnte rellgioso",
Nós, neste livro, não cottsíderamos o aspecto religloso
do espiritisrrlo, mas apenas nos circunscrevemos ao. aspecto
científico desta questão: Está cientificamente demonstrÊdo
que existe realmente uma comunicação entre ós vivos e os
defuntos por conduto do§ médiuns? Se demonstrarmos que
tal comunicação não existe, por ser ne sua maior parte
Íraude ou porque os fenômenos restantes "provocados pe-
los médiuns" têm uma explicação natural, sem que em na§a
intervenham as almas, dos defuntos, teremos lançado por
terra o fundamento da Religião Espírita e aberto ufl cârll:
po de investigação verdadeiramente científica aos que de-
sejam estudar a causa ordinária e constante dos fenômenoe
metapsíquicos.
/ '
:;,,
1
'l:!
.t
' injrr
l . ':-!5
'-..:E
'.;i :
http://www.obrascatolicas.com
iti
E:.. . . **;:;
r ,:iii
,.!:!@ il
Capítulo IV.
http://www.obrascatolicas.com
. :ri .'
if#,._
114 Carlas Maria de Heredia, S. l.
e logo estudar um a um cada grupo de ienômenos, paÍa
separar a§§im o verdadeiro do falso.
Não entra no plano de presente obra "estudar e anali-
sar em particular, é um por um, os fenômenos considerados
como m-etapsíquicos". Por ora, contentar-nos-emo§ tão-sÔ-
mente com definir com claÍeza o que é um fenômeno meta-
psíquico, para desde logo nos podermos descartar de mui-
tíssimos que o não são. Breve daremos a conhecer diver-
sas classes de fenômenos "que muito se lhes parecem', para
que na busca nãó nos eqüivoquemos, confúndindo o r'eal
com o Íictício e o que é "metapsíquico" com o que "Íeal-
mente não o é".
No muito que havemos lido sobre o assunto, sempÍe
nos chamou a áteniao o fato de os diversos autores, ca-
tólicos ou espíritas, científicos ou náo, embora falando
constantemente de fenômenos metapsíquicos, nunca se te-
rem preocupado, ao que sabemos, oom dar uma deÍinição
clara '"desta classe de fenômenos". Em geral, a todos os
fenômenos "desusados ou extraordinários" uns têm dado em
chamar-lhes "Espíritas", outros "diabólicos", e "metap§í-
quicos" os restantes. Temos, por exemplo, o famo§o en-
terro do Faquir, por nós rememorado; conquanto nada te-
nha de metapsíqúico, até agoÍa este tem sido con§iderado
como td. Se uma mesa se move quando se forma a cadeia
ao Íedor, sem que tenha lugar .outra manifestação inteli-
gente, tambétn se chama a isso metapsíquico. Numa pala-
vra, todo fenômeno cuia causa não é conhecida e que tem
um caráter raio, ê, catalogado entre esses fenômenos. Da-
qui inúmeras confusões e discussões inúteis. Por esta ra-
zão, usando do senso comum, paÍeceu-nos conveniente, an-
tes de entrar em discussões não só sobre as teorias como
também sobÍe "os próprios fatos", sobre sua autenticidade
e verdadeiro valor, Pareceu-nos conveniente dar uma defi.
nição deles, para os leitores saberem a que se ater e pods'
rem entender os nossos futuros raciocínios.
' Não dizemos que a presente definição seja "perfeita",
Ínas cÍemos que poderá servir suficientemente Para o nosso
intuito. Ei-la: um fenômeno metapsiquico éz
"Effectus sensibilis a medio tamquam cau§a instrumen''
tali provocotus, et viribus oliqwndo .incognitis, ab agente
intcllectuali occulto, tamquam a causa principali productusl"
.i.
.jlç
'.i
:. j
:*
'$
t.t.I
http://www.obrascatolicas.com ',,r:i",,ii
,-.oi&
G
I'
tr,'.
i tr,".'
http://www.obrascatolicas.com
t
ij
,:{
http://www.obrascatolicas.com :,4
.i'i,. §--.'rI
-l"n' l,-i.
http://www.obrascatolicas.com
178 . Cailar- Itoliti dc Hcndia, S. l. :
http://www.obrascatolicas.com
, á" Frudes Esplrttas e, os Fenô,menos llletapttqaicos 179
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo V.
http://www.obrascatolicas.com
. .,,'.- ]'
As Fraudes F*ptritu e os Fenúmetrrls Nàtapdgico§ l8l
bern pudedse seÍ proáuido "por üma Íorça decconhedüa', ;.,$
. tn ürso de ser verfudeiro. O fato de exhtir uma força 'dcs- .i
conhecida'r que produza esses efeitos não laz com que o l-':
, fmômeno seja metapsíquico, canquanto bem possam chamá- _ i:
lo espírita os que dissd gostarem.'Nós só tratamos de fenô- 'iii
menos metapsíquicos, e não de fenômenos "espíritas" (?), !:'
gue, estes, não admitimos pelas razões iá ditas. Desde logo, ::.
digam dos fenômenos (?) produzidos pglos irmãos ril
Davenport o qu€ quiserem autores crédulos da escola de t,
críto por meu bom amigo Harry Houdini 1 pub[ôado pou- '
çosano§antesdesua'mortepor.Harper&Brothers,deNova
York.IraErastusDavenportloúltiúosobreviventedosdois
innãos, não só confessôu francamente a Houdini que todos r
os Íenômenos (?) por eles produzidos de pés e mãos ata- f
http://www.obrascatolicas.com
' t l;;:':
l§ Carlas lúaria 'de Herdia, §; /. ', -
chaüasr'e sefti se sabeÍ de ofld€ possail ter vindo. Ests:Írría;
mufto usida por alguns médiuns, nada tern de metaps@io, .
http://www.obrascatolicas.com
ás FrgiÍde§ EsfúÉecr e os 'fenúminôc- Nctapdquicos l&, .ü
i,
otor mr$o epecial sc'€spelhou pela estâneia,, 'Êatc{tqli,
patcluli!!" gritor Er[ito nervosa a velha reconhecendo.o
ôbeito da essência qüe usava na sua môcidade. 'tE' y€riia-
,9, deiro Patchuli", acrescentor outro senhor iguaknente avaü-
: :'çade em ano§. "Acendam as luzes", mandamog e, uma vez
". '.',feito istq os assistentes notaram com surpresa que muitos
detea cheiravam a Patchuli, como se na escuridão alguérn
üs üvesse borrifado com esaê essência. Havíamos repro-
duzido o fenômeno (a) pedidu, com surpresa não pequo*a
-dos nossos amigos. Porém o
.mais notável foi que o fenô-
meno (?) não terminou com isso. Um dos presentes que
êna dos que mais troçavam dos espíritas e dizia que todos
elm eram uns Babilônios de puro.sangue, mas que ele,não
Ihes engolia as tramóias, levõu consigã naquela noite uma
suÍPÍesa que o fez mudar de opinião, No dia stlguinte veio
pÍo.curar-nos e com toda formalidàde nos falou desta ma-
neira: "O fenômeno que o Sr. produziu esta noite pareceu-
me desde logo um. ar§il, mas como me explica o Sr. o
qu€ se passou comigo depois?" "Que se passou com o §r.?"
perguntamos sorrindo. "Não se'ria, .não se ria, poh lhe as-
§eguro que, com todo o conhecimento que o Sr. tem das
tretas espíritas, como o Sr. lhes chama, não poderá expli-
car-Íne este fenômeno'r. "Pois então, que foi que se pa$ou
coÍn o Sr.?" "O Sr. iá se tinha ido embora e por isso não
viu que eu me retirei, com minha senhora, várias horas de-
pois, por volta de uma hora da manhã, quando já não res-
iava nem vestígio do cheiro de paichuli que o Sr. disse
que tinha produzido por meio de Íraude". "É então?' "tá
ia eu dirigi.ndo o meu automóvel, quando de repente, no
próprio automóvel, espalhou-se sübitamente um cheiro mui-
to forüe de patchuli'. "Será possível?", exclamamos, pro-
curando conleÍ uma gargalhada. "E' como lhe digo. Minha
etÍx)§a e eu ficamos admirados. Íamos os dois sós e eu ia
troçando dos Espíritos'. "Foi só isso?" "Não, senhor, ain-
da frlta relatar o mais curioso. Um pouco preocupado, devo
. confessá-lo, eu ia meter-me na camar' quando de novo se
espalhou pela minha alceva um cheiro muito forte de pat-
chuli, deixando-me extraordidàriarnente intrigado. Dcitei-me
benzendo.me, pois na verdade pensei, e ainda peRso, gue
algum espírito me persegula materhlizando o patchuli, para
ooÍnprovaÍ-me a Bua exigtência". "O caso, na verdade, é
http://www.obrascatolicas.com
digm de"eefudol'. "Tgmbém creio quc rim; deiqnc con iii
tinuar, e iulgará'. "Esta manhã, estando minha erpou se ':
vestindo no 8€u gabinete, começou a gritar assuEtada Âdi .lÊ
logo, e, ao entrir, perccbi logo o chêiro de paüchulil o QuG ,-.1
me-explicou a ceusa da excitação de minha senhora Dirsê- -, !
lhe eú: E' precieo:ires logo ier cotn o Padre.Herédia e liij
contar-lhe o que s€ pilssou conosco, pois estg sim, é um .*
caso verdadeiramente extraordinário.. . Ainda 4em tornei . ".1
café; o Sr. vê que ainda é muito cedo. Subi ao auto para :
http://www.obrascatolicas.com
'-rl',:'rr :-' t-
:ar .l+il..j-.iii.:.it:
.ilj
i': .Íi.F--\.: :ii:: *]::> ',:il;'É:i,rti,l):
r_.i l
http://www.obrascatolicas.com
l8O Cartos lfiaria de'Hcrcdio, S. ,. '
http://www.obrascatolicas.com
As Frotdes Espirilas e os Fcnôdenos fiúetapsiquios IC,
http://www.obrascatolicas.com
I ':
tS Carlos MEta de lficrcdr,, §. [ : . r]
I
http://www.obrascatolicas.com
, Ar Frruúes 8spínlis e os Peeümtaos Metapdquico§ l&
Cc.Cabe na sua história do Espíritismo publicada na In-
glaterra e que nos dá a çonhecer o que tanto ali como na
, Alemanha se pensa da "habilidade" de Von Notzing corno
'l'ri l : Erperimentador ectoplásmico. "Nour, even in Germany and
1: l-1 . Austria, Baron Schrenck-Notzing is the laughing-stock of
ii., . . his medical colleagues": "AgoÍa, mesmo na Alemanha e na
Áustria o Barão Schrenck-Notzing é o objeto de riso dos
,- À ' sem colegas médicos". , '
E'baste isto no que se refere ao ectoplasma de Eva.
Das experiências.sobre esta matéria, verificadas por Richet
e Geley, falaremos no capÍtulo seguinte.
, -*-
É.::'..
1f.
http://www.obrascatolicas.com
.-i
Capitulo VI.
O Ectoplasma.
http://www.obrascatolicas.com
As Fraades EsptrÍtei e os Fenflmenos iilctapdquicos tgl
http://www.obrascatolicas.com
, .-
lUz Cartos Mafià dc Haedia, S. l.
a conseguirem este resultado sem'empÍegaÍ o sistema dos
segmentos (conchae, em gíria técnica) separados por -um
berbante e tornados a colar depois.
"Por @nseguinte, assiste-nos. o direito de afirmar ter
havido materialização e desmaterialização subsequente de
uma mão ectoplásmica ou fluídica, e estamos seguros de'
ser esta a primeira vez que se puderam reuniÍ condições
de experimentação tão rigorosa.
"Em todo caso, bastante se tem conseguido para que
a materialização experimental, ectoplásmica, tome lugar de-
finitivamente na ciência".
Até aqui o professor Richet.
Pára a maioria dos leitores, sobretudb Para os nasci-
dc no minuto crítico, esta argumentação Par€ce irresistível.
Como tal a considerava Conan Doyle quando mostrava pü-
blicamente, em Nova York, as fotografias daquelas mãos de
parafina obtidas por Oeley e Richet. Sucpdeu; pois, que
vários repórteres vieram procurar-me e me perguntaram
minha,opinião sobre este ponto. E eu lhes disse:
"senhores, Conan Doyle, Richet e Geley têm comple-
ta nzloz não há mão humana.que possa produzir lovas de
parafina. O diâmetro do punho é muito reduzido para dei-
xar sair a mão sem que se -rompa toda a luva. Por outro,
lado, ainda mesmo admitindo esta possibilidade, não era-
' posslvel que a mão de um homem como Kluski pudesse
produzir a mão de uma criança e muito menos um pé. Isto
é impossível para mão humana. Ademais, g Processo usado
pelos Íundidores é inadmissível neste caso. Que resta en-
tlio?" Um dos repórteres disse solenemente: "Não resta se-
n{o admitir com Conan Doyle, Celey e Richet que essas
luvas de parafina foram produzidas pela materialização e
desmaterializaçâo da mão ou do pé ectoplásmico do mé:
dium!" "Ma§, se a mão e o p€ eram de criança!"; obser-
vou judiciosamente outro dos repórteres, ao que o primei-'
ro não soube o que resPonder.
'lSe os Srs. têm tempo disponível, vamos fazer a ex-.
periência. Talvez eu possa rgproduzi-1o", disse-lhes eu.."Â8
vezes tenho poderes mediúmnicos bastante grandes. Já te-
nho a parafiàa, falta só Iundi-la para levar a efeito o ex-
perimento". .Com grande regoziio dos repórteres começa-
mos os prepatativos. Ao cabo de meia hora a parafina es-
http://www.obrascatolicas.com
,:, As Froades.- Edpk&'as'ero$,Faxüürn& ffil§quicos lbB'
http://www.obrascatolicas.com
194 . Cutos llailo de Haedia, §. !,
fissiot1lr/f', "Mas, como pô& fazer fudo isso com uma mão
só?" "Fi-lo com as duas". "Com a§ duas? Isso não é crí-
vel". t'Pois é muito simples", repliquei, "fiz com que os Srs.
dois agarrassem suas respectivas mãos supondo cada um
que segurava a minha, e assim, perfeitamente desafogado,
pude habalhar com ambas, até que, terminada a operàção,
tqrnei a segurar as mãos dos Srs., passarido assim uns mi-
nutos para deixá-los persuadidos de que todo o tempo ti-
nham tido minhas mãos entre as suas. Os Srs. hão imagi-
nam o que se pode fazer na escuridão... com um pou-
quinho de prática".
Esta cena que acabo de referir foi causa de que me
viessem convidai mais tarde a repetir essa experiência no
, Keith Theatre, sito em Broadway, perante umà magnífica
concorrência de mais de duas mil pessoas escolhidas entre
o mais ilustre da cidade de Nova York.
Mas venhamos ao silogismo que deixamos apontado
http://www.obrascatolicas.com
As Fraades EspÍritas e os Fenômenos Metapslquicos 195
ir
3...::.
r,:.''. t3.
http://www.obrascatolicas.com
ffi:
Capítulo VlI.
http://www.obrascatolicas.com
i Ás Fruudcs EspÍrifas e oi Fenfifirenos iüetdpslqaicos tg7
http://www.obrascatolicas.com
198 Carlos Maria de Herédia, §. .r,.
http://www.obrascatolicas.com
As'Fraudei EspírÍÍas e os Fenômenos'Mctapsíquicos lgg
http://www.obrascatolicas.com
cspi;ilos, corrÍorme.9 seu'associado lhe,indFeve Fdo teh, '
foqe particular que fora instalado entre a Íotogratia + ,r
loja de utensilios Íotográficos. §
Claro que eles chegavam airosos com a sua caÍra de
.chapas. O fotógrafo metia no guarto escuro um dos irÉe-
ressados para que pessoalmente colocasse a sua própria
chapa no "chassis", fazendo-o marcar a chapa, para maior
segurança de não ter havido substituição. O fotógrafo ti-
. Íava a fotografia, e ao ir revelá-la levava o interessâdo; ürüe
cuios olhos assombrados aparecia, além do seu retr'ato, o
de um ou mais espíritos, que com facilidade ele identificava
como algum de seus amigos ou parentes falecidos. Com fre-
quência sucedeu gue os espíritos saíam de cabeça para bai.
xo, por não ter sido a chapa colocada no sentido devido;
mas este ligeiro inconveniente o fotógrafo solttcionou-o co-
locando antes nas chapas vários "extras" em diversas po-
sições, uns de cabeça para cima e outros de cabeça para
baixo... A fotografia era sempre declarada âutêntica, já
que fora tiràda "under test conditions", isto é, em condi.
ções que excluíam "absolutamente" toda possível fraude!!
Como disse, usei este método em algumas ocasiões,
quando ia a aÍguma cidade pequena fazer ume conferên-
cia. Levava minha caixa de chapa§ já impressionadas, en:
tregava-a ao negociante que no lugarejo vtndia artigos fo-
tográficos, com a incumbência de vendê-las a fulano e a'
sicrano, quando de rninha parte as viessem comprar. Claro
que, se oles mesmos colocavam suas chapas, pois com pe-
lículas de rolo não se pode fazer isto assim tão fàcilmen-
te, e eles mesmos tiravam a fbtografia e a revelavam por
sua conta, ao verem aparecer os "extras" ficavam profun-
dissimamente impr'essionados. . . A fotografia espírita era
absolutamente autêntica (?).
Vou citar outro processo que é muito mgenhoso e pode
aplicar-se quando alguém usa o seu prôprio "chassi§", €m-
bora'as chapas sejam levadas pelo cliente. Eu também o
usei, e deu-me magníficos resultados. Tirtha, fois, prepa-
rado um "chassis" cuia divisão interior apreçntava bura-
cos numa ou em várias partes. Nesses burms an tinha pre-
gado "positivo§" de retratos feitoe em pelÍcuh. Ao dar-me
o cliente a sua chapa própria e marcada, eu a introdwir no
http://www.obrascatolicas.com
,ls Êiuaaps Erffiüac a os FGtrünt€ ne*.ííràlepdquicos gBt
.
,rúa "drssis- preparado; Ao levá-lo peÍa Ê.lo na máqui-
na, eu ab'ria um.pouco a tampa oposta onde estava a chepa
::t ii:;:,
verdadEira. A luz eatrava, passava pelo buraco onde estava
o retrato 'tpositivo" sobre película, produzindo na chapa
umâ caÍa "negativa", que era o n'extÍa" ou espírito desa-
ca,rnado qué aparecia junüo ao cliente. Este processo, bem
exeortado, deu-me sempÍe resu,ltados surpreendentes. O pro-
cesso que usei no "Evening WorldP e que uso com mais
frequência é inteiramente diferente dos mencionados, visto
não se basear na dupla exposição. E' um rcgredo que não
reveb, pôis poderi a fazer muitissimo mal, iá que não pou-
cos médiuns, ao saberem dele, o por.iam em prática, en-
ganando irremissivelmente os seus infelizes clientes,
Com'estas noções gerais de fotografia dos espíritos,
vej.amos o que Conan Doyle e outros nos dizem, para re-
. solvermos a questão de se a fotografia do espÍritos é um
'tenômeno comprovado ou não.
Sir Artur Conan Doyle tern dois livros em que resume
tSdos os progressos modernos da Fotografia Espírita. Um,
já citado, "The Case for Spirit Photography", e outÍo ver
dadeiramente notável "Tàe Coming of the Fairie§', isto é,
"O Advento dos Fados, Duendes e Trasgot', já que a pa-
lawa fairy, cujo plural em inglês é fairies, tem todos es-
tes significados no nosso idioma, além de que as fotogra-
fias que este livro encerra nos mostram não sômente Fadas
como também Gnomos de pqtas curtas, cabeçorras.e bar-
rigudos.
.Quando esse livro chegou pela vez primeira às nossas
mãos e vimos na capa a gravura . de uma mocinha sentada
na grama, brincando familiarmente com um Gnomo, e de-
poís de lermos o título, pensamos que o ilustre criador de
Sherlock Holmes se tivesse dedicado à literatura infantit,
escrevsrdo "Contos de'Fadas", que deviam ser muito inte-
ressantes, apesaÍ do pueril da matéria, dado o renome li-
terário, iustamente merecido, de Sir Artur. Conan Doyle.
Julguo-se a no$a surpr€sa, e ,menor não será a do leitor
sensato, m {olhearmos o livro e.verificarmos não ser um
conto de Fadas, mas rm tivro cientilicot poto provar i4-
diccttitcltiuÍúe a erlstênclo ieal de Fadas, Atnmos e ou-
úras scras Japisryeb ou furlrnar sab-huma4las, como lhes cfta-
ma Sir Artur.. .
http://www.obrascatolicas.com
N2 : "
Carlos Maria de Heredia, S, !,
No eapítulo primeiro deçse livro, Sir Artur começa do
modo seguinte;
"A série de incidentes que publicamos neste .vohlme,
ou são a mais bem elaboroda e engenhosa mistificação de
que jamais tenha sido vítima o público, ou, a ser verdade,
constitui um evento que, em razáo da sua natureza, tará
necessàriamente época na história". Refere-se o autor à
"provo, indiscutível da existêncio reol das Fsdas e Gnamos,
etc., proporcionoda pela lotografia direta desses seres Ín-
visíveis oo olho humano, porém MWes de ser lotografados
sem dificuldade por uma "Roda?'.
Depois de o ilustre "novelista" nos contar como é coi-
sa comum e corrente verem as crianças com frequência as ,
verdadeiras Fadas, Duendes e Gnomos, especialmente nos
bosques, e brincarêm fàmiliarmente com elés, faz uma pe-
quena dissertação- científica. Nela demonstra a possibilidade
da existência de outros seres inferiores ao homem, os quais
habitam neste mundo em verdadeiras manadas, sem quã os
possamos ver, geralmente, já que seus corpos, formados
como são de uma matéria especial que emite ondas diver-
sas das luminosas, são por isto inüsíveis ao olho humano.
Contudo, pode-se vê-los quando a retina se acha num es-
tado especial que poderia comparar-se ao que produziria
o uso de "óculos psíquicos" (sic), da'maneira como uma
Iuneta poderosa é capaz'de aumentar o poder da nossa
visão até fazer-nos ver palpàvelmente os canais de Mar-
te (?) invisíveis a olho nu. Os olhos das crianças muitas
vezes são sensíveis a essas vibrações especiais, de vez que,
como é bem sabido, as crianças têm poderes psíquicos de
que não gozam as pessoas maiores! Quem poderá negar a
Conan Doyle a imaginação florida de um grande novelista?
E, sem embargo, Elsie, a menina que obteve essas foto-
grafias que formam a única base do livro de Doyle, não
só sabe desenhar e, consoante o testemunho de sua mãe,
"tinha pintado muitas Fadas", como também esteve empre-
gada uns mesês num fotógrafo de Manningham Lane,
Bradford, e quando obteve as maravilhosas fotografias ti-
nha a curtíssima idade de dezesseis anosll Apesar disto,
Doyle assegura que a menininha (?) não sabia manejar uma
máquina fotográfical! :
http://www.obrascatolicas.com
I Ás Fraule$ §splriÍas e os Fenômenos Metapslqücos 2(B
Vejamos, porém,'g argumento Aquiles em que se ba-
seia o novelista inglês para dar como fato indiscutÍvel a
existência das fadas.
A Ínenina Elsie Wright,.estando só com outra menina
mais pequena, e usando pela primeira vez uma máquina
fotográÍica que o pai lhe ensinara a manejar, tirou duas
Íotografias no lugar chamado Cottingley, e levou as chapas
para que d pai as revelasse. Com surpresa do papai q com
olegria ertroordiruirio de Elsie, iunto com o retrato da pró-
pria Elsie apareceu numa das Íotografias um Gnomo bÂn-
cando com ela, e noutra uma Fada voando. Ora bem; se-
gundo o testemunho dos fotógrafos que examinaram as cha-
pas, não há dupla exposição;. logo, tanto o Onomo como
a Fada existem realmente, e a sua presença no bosque, à
hora de tirat a menina a fotografia foi que causou a im-
pressão, na chapa; dos seus etéreos coÍpos, os quais, em-
bora invisíveis ao.vibrações
olho humano (sem óculos psíquicos), em
ürtude das suas especiais puderam fázer-se fo-
tografar.
A propósito deste caso diz mui sensatamente o Maior
Hall-Edwards no "Birmingan Weekly Post", Inglaterra:
"Sir Artur Conan Doyle toma como demonstrado que es-
sas fotografias são realmente Íotografias de Fadas, apesar
de não mnstar como foram tirados. Quem quer que viu
uma película cinematográfica entenderá os prodígios que
podem fazer-se em fotograiia...
' "As fotografias em questão podem muito bem ter sido
tiradas, ou pondo a pintura da Fada, colada num cartão,
pendurada ao ramo que se vê por detrás dela, e assim a
Íotografia Íoi direta, tanto da menina como da Fada, ou
então. por dupla exposição comum e corrente"
Não insistimos mais neste argumento "infantil" de
Conan Doyle, deixando ao leitor curioso examinar as gra-
vuras anexas, reproduzidas da obra citada e publicadas an-
tes pelo "Strand Magazin", e por si mesmo decidir da for-
ça do argumento do Baronet inglês. Este não deve ter
estado muito seguro da validez do seu argumento quando,
no fim do prólogo do livro citado, acrescenta:
"Acrescentarei que todo este assunto .da existência ob-.
ietiva de uma forma de vida sub-humana (as Fadas, Cno-
http://www.obrascatolicas.com
'r' ' J'lr i:
'
;
M Carlos Msia de ÉIerrldtu, §. !.
mos, etc.) rudo tem q.ue vcr com a grdnde e npb,vitat
questão do Espiritiismo. Muito eentirla que meus argümeF
tos em favor do Espiritismo fossem enfraquecer-se pela ex-
posição (e defesa) deste epis6dio estranho, que nlb tem
relação com a sobrevivência de nossas atmas".
Com efeito, os Duendes nada têm que ver com a imor-
talidade da alma, nus a credulidade pueril d.e Corun Doyle,
ao odmitir como demonstrada a existôncis dos Fadds, por
meio do fotogrofio, tem, sim, muitíssimo que ver com a swl'
rmneira de' raciocirmr oo odmitir como absolutamente rrrt-
têntius as fotogralios espiritas de que trata no seu pÍÊ.
citado livro "The C-ape lor Spirit Photographf'.
A decadência da mente de Doyle, que se manifesta no
seu livro sobre as Fadas escrito em 1922, muito - mais se
conlirma no seu ,livro sobre a Fotografia Espírita, escrito
em 1923.
Esta matéria, interessante como é, voltaremos a tratá-
la no capítulo seguinte.
L-
E http://www.obrascatolicas.com
E*.
Capltulo VIll.
http://www.obrascatolicas.com
206 Carlos Mdria de Hereüa, S. !.
que gentilmente nos ofertou o negativo que se acha em
nosso poder. Para honra da mesma dama, cumpre fazer
constar que os espiritistas de Washington, onde ocorreu
o sucesso, lhe ofereceram boa soma pela fotografia, haven-
do-se ela negado redondamente a este "n€gócio", já que
não acredita nem pouco nem muito nas manifestações dos
espíritos.
"Meu falecido esposo e eu", disse-nos ela, "fomos t $Ít-
ças a Deus, muito felizes no nosso casamento, por espaço
de cinquenta anos. Afinal, morreu ele santamente, ficando
eu tristíssima, conquanto .cristãmente resignada, na espe-
rança de unir-me a ele algum dia no céu. Durante a vida
de meu esposo costumávamos ir aos domingos ao c&mpo,
com toda a Íamilia, no verão, que, como sabe, é muito
quente em Washington. Sete meses eram passados da mor-
te de meu marido; fazia um calor insuportável, e um do-
mingo meus filhos me pediram afetuosamente os acompa-
nhasse ao campo, como em tempos melhores. Para não des-,
gostá-los, acedi, embora com grande repugnância; era a
primeira vez que eu ia-ao campo sem meu marido, pelo
que aquele dia foi para mim sumamente triste. 'Todo o
tempo estive pensando nele.
"Os rapazes, como de costume, tinham levado as suas
"Kodaks", e depois do almoço um deles quis tirar um gru-
po de todos, como fez. Nada de particular ocorreu nesse
dial mas, quando durante a semana meu fllho nos trouxe
as fotografias do grupo, um de meus netiúos, ao vê-lo, ex-,
clamou: Vovó, olha meu avôzinho,'e mostrava na Íotogra-
fia um lugar junto à minha cabeça. Todos Íeparamos en-'
tão, e Íicamos muito surplesos ao ver que, efetivamentê, €Il-
tre o véu que me pendia do ombro, abaixo do chapéu e ao
lado direito de meu rosto, via-se outro rosto pequenino, em
tudo parecido com o de meu falecido esposo. Aqui tem o
Sr. a fotografia, Padre, e aqui tem o retrato de meu ma-
rido; pode comparar".'- E, ao dizer isto, mostrava-me um
quadro que pendia da parede. Com verdadeira surpresa no-
tei que, não'havia dúvida, ali estava um rostinho em tudo
semelhante ao retrato! Pode o leitor vê-lo na gravura res-
pectiva. Após um momento de minuciosa observação com
uma lente que me forneceram, disse-lhe eu: "E por acaso
não teria a Sra. guardado o negativo?" A velha senhora le-
vantou-se, foi ao quarto contíguo e voltou, momentos de-
http://www.obrascatolicas.com
.: il f i.:,::':- .'.' -=n...,rr'.
http://www.obrascatolicas.com
l
,j
http://www.obrascatolicas.com
I
ameqaavêi-:,$üranle g e4posição da chap3n gue costuma d.u-
''rar vários segundos, tanto HoS comô a Buxton colocal4-se
,.por detrás da máquina e cobrem-se ambos religlosaEente
r com o pano peto, cobrindo a lente com a outra ponta des-
te, pois, como diisemos, a-lente não tem tampa.
Todo este processo, que a mente decadente de Sir Ar-
.l:'_-:t . tur Conan Doyle considera como perfeitrmente 'â prova de
-.i, - f6uds", é necessário para a prodqção das Íotografias ador-
i': ' nadas' de "eÍtras". Esse círculo chegou a ter grande re-
Íl nome na Inglaterra (quer dizer, eqtré os espiritistas ingle-
ses capitaneados por Sir Artur), e é considerado como o
mair eficiente e digno de confianç a para a produção dessas
fotografias. Sir Artur dedicou-lhe todo um livro,'"The Cose
' Íoi Spirit Photography"; que repetidas vezes temos citado.
Graças a Deus, na Inglaterra há, muitas pessoas que
não nasceram no "minuto crítico". Um desses é Mr. Harry
.Prlce,'membro da Society for Psychical Research, que, de-
pois de muitos trabalhos para ser admitido no Crew Circle
dirigido por Hope, pôde observar este a curta distância e
convencer-se de que não sômente ele "abiia os pacotes de
'
úqpasi' durante os dias em que estes ficavam todos na
"incubadora espírita" para "tratar as chapas", mas que tam-
,bém, confo(me o caso, trocava estas, mesmo diante dos in-
teressados, na câmara escura, substituindo as do cliente pe-
las suas (de Hope) iá "incubadas" e prontas para produ-
zir "extras". Tudo isto e outras'coisas mais muito interês-
sAntes pode o leitor curioso ver no opúsculo de Mr. Price
!'CIoC I ight on Spiritualistic Phenomena", publiqado em
Londres por Kegan Paul, Trench, Trubner and Co. em 1922.
Sendo esse Hope o médium mais eminente na produçflo
de Íotografias espíritas na opinião de Sir Artur Conan Doylé,
já decadente, iulgamos desnecessário continuar estudando
outros de muito menor reputação. Para o nosso proiósito
baste o que'Íica dito. Se alguém qúiser mais detalhes, pode
Ier o capítulo VIII da obra de Houdini "A Magician among
the §pirits".
Depois do que fica dito nestes dois capitutos, cremos
estar suficientemente autorizados'para
'dos dizer que:
Até o presente a Íotogralia espíritos não, é' um
fenômeno suÍicientemente comprovado, nem muito menos,
paÍa merecer um estudo sério. Nem pode ser considerado
como Íenõmeno metapsíquico, de vez que não se descobre
FÍaudcs EtplÍltü. 14
- &.:,
http://www.obrascatolicas.com
;'.üt+:liii,,ti:lt.
; http://www.obrascatolicas.com
Capítulo IX.
http://www.obrascatolicas.com §r:
Ccrfas
cclisa numâ ou mais pedras sem que o êliente veia como "
se fez essa operação, pelo que, com- verdàdeiro espírito Ba-
bilônico, o atribui à intervenção das almas dos defuntos-
Muitíssimas são as maneiras '"de operar" este fenôme-
no. Mencionaremos aqui umas quantàs. t) Com uma lou-
sa. Com uma das mãos o cliente sustenta a lousa, de um
Iado, por baixo de uma mesa, enquanto do outro lado o
médium sustenta igualmente a pedra com uma das mãos,
unindo-se por cima da mesa as mãos desocupadas de clien-
te e médium. Isto pode fazer-se em plena luz, sempre que
não haja testemunhas importunas em torno, ou então na
escuridão. O cliente tem a segurança de que o médium não
teÍn modos de escrever na pedra por ambos sustentada por
baixo da mesa. Sem embargo, dentro em Poucos segundos
o cliente ouve com toda clartza que os Espíritos estão es-
crevendo alguma coisa na pedra, e finalmente, ao pôr esta
sobre a mesa, descobre escrita nela umâ ou duas palavras'!!!
Muitíssimas vezes são "sim" ou "náo", como resposta a
atguma pergunta que o cliente Íez mental ou oralmente. Ati
nãb houve intervenção de terceiia pessoa nem troca de Pe-
dras:'logo, foram os' espíritos!!!
2) Com duas pedras. O cliente limpa'duas pedras
que são amarradas pelo -
médium com uma.fita-de cor, pe-
§adas as extremidades desta com lacre e seladas com um
íelo do médium, per{eitamente distinguível. Ninguém pgde
coisa dgüma dentro das pedras sem desatar a fita,
' escrever
rompendo o selo. O médium toma com a esquerda as mãos
do êliente sentado diante de uma mesa e de costas para
a parede. Com a mão direita coloca e sustenta as pedrac
amarradas sobre a cobeça do cliente. Este, por insinuação
do médiumr pênsa intensamente no assunto sobre o qlal
quer consuíta? os espíritos e de que !á deu antes notícia
áo médium. Este canta a meia voz um hino, e dentro em
poucos segundos entrega ao cliente as mesmas pedras lmar-
iadas e s-eladas que õonstantemente conservou na cabeça:'
O cliente desamaria-as rompendo o selo, até então intacto;
e com surpresa indizível enconka uma longa mensag-erà,
escrita com letra miúda, na qual os Espíritos aconselham
ao cliente o que deve fazer.
Bastem estes dois exemplos; o leitor curioso poderá
' ver outros métodos no livro' de Houdini, anteriormente ci-
tado, capítulos Vl e VII.
http://www.obrascatolicas.com
As Fraudes EsplriÍoo e os Fenâmenos Mclapslquico* Z-lt
r:
O "modus oprandi"-nos casos citados é cpmo §egue:
^, t) O médium coloca um dedal no dedo indicador, que ele
conserva na parte inferior da pedra, que está por baixo da
mesa. Esse dedal tem aderido um pedacinho de "crayon",
'I com o qual o médium, que nisto iá tem grande prática,
gscÍeve as palavras "sim" ou "nâou ou alguma outra pa-
recida, atribuindo a escrita aos espÍritos. 2) Neste caso
, -
usa-se o método de substituição. O.cliente propôs ao médium
,. o negócio sobre que deseja consultar os espíritos. Esta con-
,' vérsa foi escutada pelo ajudante do médium, que está no
quayto vizinho, o qual esçreve ràpidamente numa pedra in-
teiramente igual à que o cliente deve usar, uma longa men-
§agem dando-lhe os conselhos que lhe parecem oportunos,
e depois disso amarra as pedras com uma fita igual à do
cliente, une as pontas desta com lacre, e sela este eom o
: selo do médium, cuia, duplicata Íica em seu poder. Desta
sorte as pedras do ajudante e as do cliente, que são iguais,
aperecem amarradas e lacradas da mesma maneira. Falta
ünicamente substituir umas por outras, o que se faz sem
nenhuma dificuldade, visto que o assistente entrega suas
, pedras ao rnédium, tomando simultâneamente as do cliente.
Tudo isto se passa por sobre a cábeça do "paciente", sem
que ele se espante com isso.
Como se vê, este "fenômenol' (?) não é nem meta-
psíquico nem coisa que se lhe pareça.
Falemos agoÍa do fenômeno (?) da duplo vkão, que
sempre causa, e com razâo, impressão profundíssima no au-
ditório, qualquer que seja este, se o ato for bem repre-
sentado e se os discípulos de Lapponi e de Franco o ti-
verem sempre atribuído à intervenção diabólica.- Vou re-
Iatar um fato de minha vida, especialmente interessante, re-
Iacionado com este "fenômeno", pois foi a primeira vez gue
me apresentei em público para "reproduzir fenômenos es-
píritas".
Contava eu dezoito anos e estudava filosofia no Se-
minário de São Luís de Potosi, México. Por aqueles dias
chegou àquele lugar um famoso prestidigitador chamado
Balabrega, que tinha no seu repertório o ato da dupla vi-
são, e que o executava com singular habilidade, auxiliado
pela esposa. Os grandes cartazes com que ele anunciava
suas funções, como sempre cosfumam fazer os de sua pro-
fissão,.estavam cheios de graciosos diabinhos de cor ver-
http://www.obrascatolicas.com
Zt+ Caa^ Naria dc Hcredia, §. ,. - ''- :''
melho-viva, os quais, falando-lhe ao ouvido, pareciam des-
cobrir-lhe o's segredo§ 'mais ocultos,'enquanto outros trans-
poqlavam pelos ares as pombas, og coelhos e outros ob
ietos que, sem saber. como, apareciam nos chapéus e bolsos
http://www.obrascatolicas.com
a'' As Frütdrr Espfuttas c os Feaômenos frlctapslquicos 215
I
Tendo üdo notÍcia do acontecido, e querendo desiludir
o filósofq organizarnos uma sessão na qual, entre outres
tnágicas, reproduzísçemos o ato da dupla visiio, no estilo
Balabreg4 e um mês mais tarde, pois nos tomou tçmpo
' laTer os preparativos, com a aSsistência de todo o colé§b
e de muitos senhores convidados demos princípio à nossa
memorável sessão.
:, ., Depois de algumas mágieas de cartas, ,lenços ê illo€-
1;, . {al, fizernos "o mdgica dos capos de iogaf', a qual agra-
'. .dou não pouco ao filósoÍo, Que "meio inlógnito"-nos À'on-
,: ráua com §ua presença. Por fim chegou sua vez à dupta
ii . .yMp, com grande expectação da assístência Vendados os
§,',,
olhos, sentei-me de costas para a assistência, de sorte que
; eu nada pudesse $er, mesmo que não estivesse vendado.
;...
:'.
Cora toda arte o meu ajudante pronuncibu um pequeno dis-
curso acerca dos poderes "ocultos" qu€ eu possuía no esta-
i,: do hipnótico, e, descendq Co tablado ao pavimento ocupado
pela ãssistência, começou a peilir aos ássistçntes divôrsos
..: gpjetos, como lenços, anéis, relógios, carteiras, etc., que
çonservaya escondidos na mãq paÍa que eu de modo al-
.§um pudesse vê-los. Com precisãb extràordinária eu ia res-
pondendo às perguntas que ele me fazia, dizendo: O que
a. você tem na mão é um lenço, um anel, uma r,noeda, eic,,
:' com crescente admiração dos espectadores. Aproximando-se
., en!ão do Sr. A., pessoa tão respeitável como conhecida na
cidade, o meu ajudante pediu-lhe que lhe desse algum ob-
jeto. O Sr. A. deu-lhe o relógio. Um relógio, disse eu ime-
diatamente, e, pondo-me de pé, assim vendado como esta-
va, escrevi num quadro negro adrede'preparado uma série
i de números. O ajudante pediu ao Sr. A. que abrisse ele
mçsmo o seu relógio e üsse se esses algarismos correspon-
diarn aos números que o relógio tinha gravados no maqui-
nismo. Ele o abriu e, admiradíssimo, foi lendo os números,
que eÍn 'tudo eorrespondiam aos' que eu tinha escrito. Um
i;t' '. aplauso geral ecoou no salão. Mas a admiração do público
i, e em especiat do Sr. A. chegou ao auge quándo eu disse:
"O Sr. A. tem outro relógio de cobre na algibeira,,, e tof-
nei a escrever outra série de números que correspondiam
exatamente aos impressos no maquinismo do segundo re-
lógio, de cobre, que, com não pouco embaraço e a&rriqa-
gão o Sr. A. tirou da algibeira.
http://www.obrascatolicas.com
fl fur4ão teria terminado aqui se o Padre tilOsbfo, uíf '
http://www.obrascatolicas.com
As Fraudes Esptritas e os Fenômenos Metapslquicos ' 217
l
correspondem .a outros tantos objetos, formando assim uma
"chave". Exemplo:
Pergunto iignilicoao
Que é que eu tenho na mão? Um lápis.
Tenho alguma coisa na mão? Um relógio.
Diga o que eu tenho na mão. Uma carteira.
Faça favor de dizer, etc. Um lenço.
Que foi que este Sr. aqui me deu? Uma moeda.
ri ' Desta sorte fizemos um largo catáfogo de perguntas
i' correspondentes a nomes, númeõs, cores, etc., õhaíe em
que ríos exercitamos por bastante tempo, chegando a eri-
tender-nos com suma facilidade.
Claro é que os números dos relógios os tínhamos ave-
riguado com muita antecedência e sem causar ,suspeitas,
. que foi o caso com o relógio do bom do Padre. Pelo que
. fóca. ao númgro do relógio do Sr. 4., averiguamo-lo pelo
.,, telefone com a senhora dele, que nos disse também o nú-
, mero do relógio de cobre que seu marido trazia na algi-
beira, e que tanta surpresa causou ao interessado.
Há outras maneiras de "se entenderem" hipnotizador e
hipnotizado (?) por meio de chaves diversas para designar
obietos, embora o prestidigitador não fale. Numa das gra-
vuras anexas pomos o esquema de um aparelho telegráfi-
co operado por um ajudante "que vê" nos bastidores os ob-
jetos que o prestidigitador mostra em silêncio e que a hip-
, notizada não pode ver por estar bem vendada e, além dis-
' sor de costas voltadas paÍa o público. Por meio do apa-
rêllro telegráfico o ajudante telegrafa o nome do objeto
e a hipnotizada recebe o telegrama no banco onde está
sentada, tradu-lo e diz o nome do objeto mostrado.
Eu produzo.este "fenômeqo" (?) em minhas conferên-
cias por um meio muitíssimol mais simples, mas que não
há necessidade de explicar qgora. O leitor curioso pode
aprender vários métodos da {upla visão no livro "Second
§ight MisteÍ!", b! Marry Herfmon, Boston, Mass.
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo X.
Telequinese e Levita@o.
Telequinese quer dizer: movimento à distância. Este
fenômeno de movimento de corpos, com intervenção de um
médium, é conhecido desde há muitos séculos. Das.mesas
giratórias já nos fala Tertuliano.
O ,movimento de mesas, especialmente quando sobre
elas se aplicam as mãos, ou, o que, é a mesma coisa, "por
contecto", é coisa comum e corrente. Claro que em mui-
tíssimas ocasiões esses movimentos são "fraudulentos", m3s
aqui nos referimos aos que não o .são.
Pois bem, esses movimentos não têm "signiÍicação at-
guÍna", ou são de tal natureza que, por meio deles sistema-
tizados, se pode receber "uma mensagem". Dos movimentos
de objetos "que não têm significação alguma)', como o fe-
nômeno (?) das pedradas que, segundo contam vários au:
tores, tem lugar nas casas "mal-assombrada§", é que üni-
camente nos ocupamos presentemente. O leitor recbrdará. o
caso reférido no livro anterior, do teatro de Keith, em Boston.
: Os movimentos de mesas "por contacto" são efetivos,
mas podem muito bem explicar-se pelas contrações muscula-
res inconscientes da pessoa ou pessoas que sobre a mesa
põem as mãos. Este fenômeno, embora realmente existente,
1'se não tem significáção alguma", como supomos, podtrá
ser um fenômeho físico, fisiológico ou o que se queira, mas
não fenômeno metapsiquico no sentido em que o tornamos.
Mais adiante estudaremos os fenômenos mistos, nos quais,
além de uma força desconhecida, intervém claramente "urn
agente intelectual oculto".
Os movimentos de objetos í'seni contacto", os queis
são produzidos na escuridão ou semi-escuridão, tenham ou
não significado, ndo estão sulicientemente comprovados
(pela razão capital de serem produzidos na escuridão ou
na penumbra) para que sobre eles possamos com toda se-
http://www.obrascatolicas.com
As'Frmdes Espkitas e os Fentmenos ltlctaptqaicos 2lg
http://www.obrascatolicas.com
2n Carlos Maria cte Hereüa, S, !. '-:
http://www.obrascatolicas.com
EE&i
:w[ff:HWFi,? Q.r,.i
http://www.obrascatolicas.com
..í . ..q=. .,.,.-.,,..' j ','.',. '. . | : -;';,.... "ll;it;:r-. .;;;:Ji-:
22, Carlos fiIaria d;e Heredio, $, !. , ,..,
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo XI.
Alucinações.
.*'. i
Basta abrir qualquer {ratado dq Psicologia Experimen-
' ta1 para encontrar logo um ou mais capítulos dedicados ao
fenômeno da alucinação, perfeitamente conhecido, ainda que
para explicá-lo se teriham formulado muitas teorias. E, se
dos psicólogbs passarmos aos alienistas, encontraremos vo-
lumes inteiros que tratam desta matéria. Repetimos que dito
'fenômeno
é perfeitamente conhecido da gente verdadeira-
mente ilustrada, apesar do que os Espíritas; por um lado,
e os disclpulos de Lapponi, por outro, se esforçam por de-
:,, - Íender que as alucinações compns e correntes são obra dos
ii,. defuntos ou do diabo.
Em geral, dá-se o nome de aluciinação a "uma falga
percepção, de intensidade sensória, suscitada sem o estí-
'mulo da impressão sensória correspondente".. Os sonlrco,
a por exemplo, são uma espécie de alucinação, porque, em-
hora neles vejamos imagens e ouçamos sons, estes não são
:" produzidos pol um objeto exterior. Pois bem, assim ctmo
. vemos ou ouvimos durante o sonho, assim também, ocasio-
: nalmente, podemos acordados ter alucinações, sem que ex-
teriormente haja nenhum obieto que provoque em nós essas
).-: sensações visuais ou auditivas. A alucinação distingue-se da
: "ilusão" no fato de consistir esta última na representação
i: Íalsa de um obieto realmente percebido, ao passo que na-
. ' qu.ela úo se percebe-obieto algum real. As alucinações po-
:I dem provir do estado mórbido do paciente, ou ser provo-
cadas por . meio do álcool, das drogas e do "haschisch",
,' que outra coisa irão é senão a "mârihuana" Canabis
-
. ções quando se respiram em determinada quantidade.
Deodoro de Silícia conta que, no lugar onde mais tar-
de se edificou o famosíssimo templo de Apolo, haüa. uma
Íurna de onde saíam gases que causavam efeitos curiosíssi-
http://www.obrascatolicas.com
'lr-
ao pa*arem por aquele lugar,*se punhartr a brincar, e a
pu!ár de um modo estranho. Aproximando:se do precipíeÍo
€ Íespirando aqueles gases, começou o Pastor a Yef vi§õe§
€ encheu-se de um entusiasmo extraordinário, espécie de
frenesi, úrrante o qual principiou a lazer versos, coisa que
nunca tizen antes, e a revelar sucessos longínquos. Foi
esta, segundo o autor citadb, a origem da Pitoniça ou §i-
bila de Delfos, a qual assentou sua Trípode à beira daquele
manancial de gases estranhos, aspirados os quais, num ace§-
so de histeria, começava a versejar e a descobrir coisas
ocultas e remotas. Este fenômeno foi desde logo atribuído
à intervenção dos deuses infernais, que tomavam conta da
Pitonisa e por cuja boca Íalavam.
' Es.se efeito dà influência de certos gases Para produzir
alucinações da vista e do ouvido, eu, mesmo pude .experi-
mentá-lo no caeo curioso que passo a referir.
Um jovem amigo meu veio visitar-me uma tarde e me
disse: "Padre, o Sr. crê'em assombrações?" Creio sim,
respondi rindo; se, ao dobrar uma esquina, -me assaltasse
um indivíduo com um revótver na mão e me dÍsses§e: e
bolsa ou â vida, o susto que me pregaria seria maiúsculo. . .
"§[s, Padre; refiro-me às aparições, aos ruídos, que
-às vezes se ouvem ern algumas casas" Não tenho'i'.
menoÍ dificuldade em admitir que em algumas'ocasiões e.
- "ps sorte
gente veja ou ouça coisas semelhantes. qúbr
o Sr. crê nos espíritosp" Devagar, amiguinho, responü-
lhe; uma coisa é eu crer -que a gente possa ver fantasma§
ou ouvir ruídos, e outra é a'tribuir eu essas coisas âos €§-
píritos. se üão são os espíritos, quem pode serT'
- "psis
Há muitas causâs que podem produzir semelhantes eféi-
-tos, "Bem, Padre; o Sr. gostaria de presenc{ar um des:'
-
ses fenômenos?" Tenho visto muitos, mas sempre Íne
-
acho disposto a observar essas coisas; aprende-se semprei
experimentando, pessoalmente. 'r§g assim é, rogo-lhe ve-
-
nha est noite á- mlnha câsa, e oxalá não' se vá espantar
tanto como me sucedeu a mim a primeira vez que ouü uns-
passos que iam 'e vinham a pouca distância de onde eu
estava sentado estudando". Interessou-me o assunto e
- tirando a limpo o sêguinte:
comecei a fazer-lhe perguntas,
http://www.obrascatolicas.com
-.::
?c":1q;,n6t' àefnpdgor.* zN
.r fl' sss1 àch travia u* ffiu
à noite mar mrgo sd
|ry$* ?Íud?I: de,atglg^tempo ou ai.!d-sq.
Depois.
§$i1_,,n{nente lá pelas onàe hotas,.íübitamente, sem qrie eie-se
ii:., -ffi',:Tllj':',:J:' :tr:.IL'.rT.!"" L ouúr uns
i1.1.i, ry1qs iguaJs e lentos, como. üe atguém que estivesse pàs-
,J,,,,
à;,,,,:
tFando ao
tPqo sótão. A pfincíplo
áo largo do sôtão. pincípio
pensou ser alguérn
pen§ou atguénr
ii.., 'th
9E passeava na parte
Superior; mas depois se convenceu
,,:,,., nâo ser lsso possível, por'haver vários quartos separados
ii..-."nr:ao' ;rõ; ;;;;ã;r'ã; ffi;; .ã';;r$1,,. poff;ã:
i;-, vir
iij,..
w.ur tgd.
'il Sp iu-Lrí vtarÉLa Ju[ru a ete
clar.eza junto- eíe o ruloo àor'p"r*s
ruiOo OOS p:l§sOs eu
i;.. . :êEui-bs. A princípio acreditara que tudo aquilo era uma
â!i.:: ,.brirrcadeira,
- mas_ depois convenceu-se
----. --:..-.:--- de Yse
sL uv quô §rc
era srrl
um fe-
:-I-'-
:;, ':. r§meno tão verdadeiro quarito inexplicável. teuando
contou .
,. ,.!o dgno da; casa o qüe se passava, este sorriu e lhe disse:
:t NEo é o Sr. o primóiro com quem srcede isso. Eü vi uns
- Iantasmâs, ê- ouiras pessoas uiram a mesma coiú-qui eg. :;:
-; . aquela declaração, meu amigo verio ter
1.:,' ' .4st11ffi.*..r
Í,...
. -,.
conn-go
:- .--
para pàdir-me lhe explicasse o fenômeio e 'focse
v .wgt
j ctrir ele, caso duvidasse do fatd. com estes antecedentes Íui
com meu amigo, e depois de observar detidamente a po_
,.-'. síção dos quartos supefiores e inspecionar o sótão, tendo
'' j::
§,' lersar_.
fgrmulado a minha
'€jj
:-:r.
http://www.obrascatolicas.com
?26 '§, /.
gm direção à porta, uma ôdi!ffiraqcq como se.,,alguénn
êstivesse envolto num lençol. "Nãq vejo nadd'," rSttiu
ele tremendq. O temor que se-apossara do meu amigo.pa:
receu causar-me uma reação, pois em vez de continuar per-
túibado recuperei meu sangue frio e, certo já do. que era
aquilo,. fui à ianela próxima, abri-a de par em par, e, di-
zendo a meu amigo: 'Respire fortemente, fiz outro. tanto,_
Nesse instante deixei de ver a forma branca e meu amigo
deixou de ouvir os passos. Soltei uma gârgalhada, que ale-
grou o meu companheiro, e disse-lhe: Como tinha peusado,
aqui tem você os efeitos do óxido de carbono, respirado
ém pequeníssima quantidade. Com efeitb, havia no sótão
uns, dois barris onde se fermentava o suco da uva.pâra
Íabricar o vinho. Sem dúvida, acÍescentei, a Íermentação
ploduz, além do anídrido carbônico, uma quantidade'pe-
qúeníssima de óxido de carbono sumamente deletério, que,
4spirado em quantidadês infinitesimais, pode'produzir alu-
cinaçrües. Ademais, como observei depois, havia no sótã.o
corrtíguo uma máquina morrida a "gás pobre". Em 'vscê
lrôduziu uma alucinação do ouvido e em mim da vista.
Énquanto você ouvia os passos, eu via o fantasma, que você
não percebia como eu não percebia os Pa§sos. Ao respir413'
mos o ar fresco, o envenenamento desapareceu. Aconselho.
Ihe que não continue estudando neste lugar, pâÍâ não. sir-
ceder que os gases aumentem e o envenenem deveras; oq.
pelo menos, tenhà cuidado de que o sótão esteja contta[.
temente ventilâdo. O caso de Boston haüa-úe sugerído e
possibilidade de. uma alucinação devida a algum gás. Ao
vef, os barris, pensei desde logo estar ali a causai ffiiil*'
n4 verdade, não esperava ver fantasmas. Julgava que tam;
bém ouviria os passos como meu companheiro. Não há,
pois, que admirar-se de que a aparição do fantasma ÍüÊ
-
tenha emocionado a princípio, mais do que eu esperava.
. E aqui'temos um caso duplo de alucinação por meio
de-um gás que, influindo no sistema nervoso dê ambos, pro.'.
duzia ú meu companheiro uma alucináção dô oúvido, en
quanto que em mim afetava sômente os centroi visuais. Estê
fenômeno, que meu companheiro para logo batizou como
espírita, clmo o teriam feito muítos sábios vulgares, para
não citar o vulgo ordinário, -nada tem que ver com os e§-
píritos, é um }enômeno fisiológico, devido a umê intoxica-
http://www.obrascatolicas.com
' l*:Fru$dés e,rpfrífrC" enos lüet4p$qaicas W
çáo. Nossa explicaçao ,ãú dar a chave de outror fenô-
http://www.obrascatolicas.com
-,-.',.,-,-*-.^,-..-a; ----i
. a:*1ii.-.
CapÍtulo Xll,
Automatiomo.
http://www.obrascatolicas.com
, - -- -- - --*,.- .***.JÊ-i+§§tlH
*à
:i;iF_ilif1':,.:'
Ás.f 'rucdes'
ErfrrttuE c os Fchümriit fíerqpdíürroc gl
Os Psquisfà§; q1e de meneira espociat se hão dedi-
cado ao estudo'.do automatismo, dividem este eÍÍr "EGNó"
rlo" e "motof'. Quan&.por rneio de uma esfera de crhtal
-s.*provoca" mrm indivÍduo uma alucirração da üsta, ou
por. meio de um búzio se provoca uma alucinação do ou-
vido, clramam a este fenômeno "autotnatismo sensório".
O automatiEmo "motof', Begundo eles, consiste not
,I,.,,' tnovimentos (não reÍlexo$ dq um mrtscuto ordinàriamente
:,-''' ü.i$do pela vontade, executados em estado de vigília, mas
não controlados pela vontade conscie[te, como de ordinário.
rtilsím, pois, quando por exemplo uma pessoa tomâ um lá-
.'p§,*tru
os dedos b-deixa a mão e o-braço sem csntrole
?lgrm, apesar disso o lápise gqiado pelo mão, éscreve
e
atguma coisa, diz-se que essa escrita é "automática', e este
fenômeno, perfeitamente natural, é catalogado entre os do
"automatismo motor'.
Em casos pais especiais o "autômato' não. só escreve
mas desenha, .embora de ordinário nunca tenha aprendido
a desenhar; mas, se esse autômato,pÍocura desenhar cons-
chnternente, não pode consegui-lo, ou os seus desenhos são
rnuitíssimo mais imperfeitos que os que ele faria automàti-
-desenho
camente. Um exemplo deste automático poderá' o
leitor vê-lo na gravura respectiva feita por Mrs. I. com
uràa das.mãos, enquanto com a outra-desÍiavâ as contas do
rosário que rezava com toda doroção, sern atentar no que
ssa mão desenhava.
-'Outro fenômeno paralelo a este é o da "fala autom&
tica" produzifu em estado de transe. A quem quiser estu-
dar estes fenômenos recomendames'ler a obra famosÍssima
do Professor Flournqy intitulada "From Indian to Planet
Mà1s". Este grande PsicQl.gio teve ocasião de estudar og
. difrsoq aspectos do sonunbulisrno de Miss Helen Smith,
escrevendb depois o l.ivro citado.
' O automátismo não só se produz em estado de iranse,
como também, com muita Írequência, em estado de "vigí-
lia', e nota-se de modo especiat em diversóB estados mór-
bidos como o da Histério-Epilepsia.
O automatiEmo usa-.Ec na atualidrde (scm recurro aos
GlplÍitos) paÍâ o cstudo elperimeahl de inveetigagão do
http://www.obrascatolicas.com
a@ CWl46,Haria de Heredía,'§;:./.:,,:i
http://www.obrascatolicas.com
' Á§' Fruúes' Esptritas e.os Feaôtiànos' früapslqúcos mi
'Otii, sim, e alemã
Ja, sim; isto é, Sim, sim) a mão não
i eicreve, mas por moümentos automáticos leva de um lugar
4;outro uma meslnha de três pés em forma Ée coração,. so-
tetrando as palavras. A princÍpio, enquanto o operador não
;'" ,:$ - conhece pràticamente o lugar que cada letra ocupa na mesa
gs,.;,"
i;ii-\". principal,
PnnüPal, trabalha qrIICUIIO§amentg, mas
traDalna dificultosamente, ma§ quando já aPr
quanqo Ja apren-'
,:'.. :
*:!:: :..':q11* 39i'!1?.§ g'-': Í1,::T T. Tl:
..'' á!-pianistas); escreve, isto é, move-se com crescente faci-
- lldade. A Planchette, que tem um lápls na extremidade de
: . üma platâformazinha móvel, é umâ fonía mais clara de es-
. çrita automática, visto que o lápis escreve diretamente, não
',; colocado entre os dedos como usualmente, mas aderido à
' ftesinha sobre a qual se cotocam as mãos, de modo que,
,,. tfioJendo:se estas automàticamente, fazem com que o lápis
.
Glcrreva.
Apesar de serem os sonhos um fenômeno tão comum,
não Íalta quem em determinadas circunstâncias os atribua
aoE espíritos. Os 'sonhos, como noutro lugar dissemos, são
verdadeiras alucinações. Podem ser normais, anorma'is e pa-
:' tológicos. Entre os sonhos anormais há não poucos ern que
o sonhador se sente "outra pessoa" diversa, por'ex. o rei
da lngliaterra, ou o Papa. Esta "mudança de personalidade"
é o que se observa com tanta frequência nos dementes; sô-
mente que estes pobres coitados não sonham isso à noítp
enquanto dormem, porém, "alucinádos" completamente e sem
poderem corrigir esse erro, crêem Íirmemente serem "o Rei
ou o Papa", e agem como se Íoram tais. Este fenômeno
observa-se também entre os hipnotizados. Não é, pois, de
admirar que "em estado de transe[ se produza este mesmo
fenômeno de maneira mais deÍinida e persistente, daqdo
origem à formação de uma novs personalidade fictícia, que
nIõ só se define com toda clareza, mas que persiste nos
. traúses subsequentes. Este fenômeno, perfeitamente natural,
foi o que deu origem aos espiritistas crerem que o tal per-
sonàgern é "um espírito desencarnado" que, tomando.posse
da mente do médium, a controla: donde lhe haverem dado
o nome de "coàtrole" ou controlador. Os bons senhores não
refletem em que, assim como nov toucos "perdura a pseudo-
perdura a ôesordem cerebral, assim
PéÍsonàEdade enquanto'(propensos
tfiibérn' nos médiuns ao desequltíbrio inrental)
http://www.obrascatolicas.com
.
2& Gcrlos Nsrjà ac Haufia,'s.. I. ,'_.
pode
.egndpÍeÍI peÍsonalidade seflndária semt Í€ güe te .
http://www.obrascatolicas.com
ás* Frmdcs Esf,rilas e as Fenâmcaos.ltctapdqgicoE 83
é.ela uma força purarrente natural ou não,'poaeremos pqli
3ar a eshrdar 'b Menpagem", na qual o fenôméno radca
a natureza metapsÍquica, coÍÍlo inúmeras vezes temos ig;
.petido. _
: Resumindo. Temos "varrido para fora" todos, os fen&
;,,.1i n *ot (?) Íraudulentos, relacionados com "a parte física
,: ,.;l: do fenômêno metapsíquico". Procuramos explicar como mui-
l-,.'". h fenômenos realmente exhtertes e não produzidos pela
t:.r", "rÍraude, embo-ra sumamente- curioso-s e interessantes, twda
'se
iil'.rrtêm gue ver com os espíritos, bem que a gente igno-
rütte e não pouca da que se oonsidera ilustrada creiam
serem eles produzidos por uma'força preternatural. E igual-
urente pro€uramos explicar como ditos Íenômenos geral-
i: f,rcnte não são mctapsíquicos; por cafeceÍem da caiacüerís-
üca, isto é, da intervtnção de um agente intelectual oculto,
ilr,, Que é a causa eficiente. Em compensação, procuramos tor-
;,i';' nar patente que tais.fenômenos ordinàriamente pertencem'ao
l:: caqpo da Psicologia experimental, da Fisiologia, da Pa-
:l:r , tologia, etç., deixando a porte atrerta para estudá-los quan-
jti Oo estiverem ligados com "a Mensâgem", pois neste caso,
se essa mensagem provier de um agente intelectual oculto,
.,: distinto do mêdium, aqueles fenômenos mistos serão verda-
deiramçnte metapsíquicos, em razáo da mensag€m, e não
pgla parte física dos mesmos.
http://www.obrascatolicas.com
Crpltulo XIII.
ttRap§t'.
http://www.obrascatolicas.com
..:,!r-* *.r,a,.I I
b--.Yt.ir".tT-i\§..4r
,.+- - Í-t,rJ- . :. -
. ,. 1; -.
http://www.obrascatolicas.com
ãF : .-.-íClcÍroc $s*c dc t*r&1.§jtl. ,, , r
ryberto
lnqo8eÍá, dgumas g"r ara lbis, podenros p,.
(trlar poÍ ex., a.haietória,de uÀ pÍoieüL
Pois bem, pr lorços tdurols,entendemos aqui aoi,.
que de um modo ou doutro caim debaixo ao ,iosso .c,,
trole,.ou rntão eujas leis, pelo menos em parte, já forar
descobeitas, conquanto não as possâmos cônrúai direti;
mente.
-rltas, antés de passarmos adiante, digamos em que ..-.:
consiste o fenômeno dos ,,rap§,,. Falamos ..üiicamente" áos .,t
ÍdW por contacto.
Quando um médium põe as mãos sobre uma mesa dc
'j
madeira seca, deixani-se oúvir com atguma Írequência (nem
sempre), e ao cabo de bom lapso de-tempo'uns ruído§ se- ,'
melhantes a pancadas s€cas que parecem ier origem no in-
teriorda'madeiradamesa.Emcçrtasocasiõeseúes.,rapso
aumentarn consideràvelmente de intensidade e pares'eru riru- .
dar de qgsição, movendo-se de um ponto a óutro. Esta é
a parte física do fenômeno, que é só a de que nos ocupa-
remo§. presentemenfe. Cumpre, porém, advertir gue, se noe
damo§ o trabalho de estudá-lô, é porque este fânômenq ..
frequentemente está unido .com a,a À,iensàgem,, isto é,
1nr. ,-.
meío desses-golggs re tecete, mensagens"de caráter ír,iitú ':,
especial. Há vários meios ou chaves- para receber essaB
mensegens. por exempto: uma pàsso"'ui i.p"iino, ãã,,,.".
voz alta as-letras do atfabeto, â,6, c, d... e aó chegarrid,.i
'd" ouve-sê uma pancad" r.ôa.'cómâça-se ãuúá ,llã"# ,i
fabeto, e, b, c, dr e... outro "rap,'. Repetlção do atfaüetô;
a, b, c, d. . . novo golpe. Outra repetição.. . "d,. A pa-
lavra será dedo. Outras vezes combina-se dar valor núé.
rico às letras: ('a" vale uml "b,' vale dois; ..c,' três; etc. ;,
Ouvem-se os golpes: 6-17-9.14, e isto é /rio.
Gom estes antecedentes, procedamos à dieflssão do
calo, dando algumas prenoções que'esclareçam o eltaü ,.
da questlto :
Neste fenôÍneno, o mais bem comprovado de quantoo
fenômenos fÍpico-mctapsfquicos existem, conslderaremôs pri-
melremente a natureze da força que o p,roduz. perguit+.
mos: Â forçr que produz os "raps,' é úma Íorça n-ahrmt
ou prtternatural? Em termos mair expilcitos: A Íorça que
i.
prodnz oc'"rap,r'r é originada poÍ ú agenfu aão encir-
nado (o,dhbo), por um agente daencarnado (a atna &
http://www.obrascatolicas.com
.:i
i,
' i ir' :"': --,-j. r':. I -1r '. .. ' :
http://www.obrascatolicas.com
238 , Oqrlos Moria de Hercdig, §i, J. ;L:,rr
http://www.obrascatolicas.com
. :, it - . i'
As tuaadec" Eplrltas e os Fenôniinor..l|írÍapsl4aicos &
i:.parente; de nrodo que tgdos os assistentes se podiam yer' '
:, Berfeitamente, O oprador .não tinha assento fixo com og
:. que'se sentavam ao redor da mesa, os quais ordinàriamen-
.te.eram quatÍo: dois hornens € duas senhoras, sentados al-
,' tprqadamente. O observador ficava inteiramente livre para
,i1eriÍicar, a qualquer- momento -d-ado, -não haver. fraude al-
{i.$trma, para o que tinha uma lâmpada elétrica que usava
', pata inspecionar a parte inferior da mesa. O que vamos
,, dar e "úm resumo" de muitas experiências v'erificadas no,
"iàpaço de mais de seis anos. Nessas experiências mudou-
'qe de mêdiuns, de mesas, de quartos e de assistentes, ob-
:,
t$ndo-se constantemente os resultados indicados, sempre.
.qüe se apresegtavam os f'raps". Porque importa lazer no-
. ter que este fenômeno não se apresenta sempre que se de-
http://www.obrascatolicas.com
N1
! _l
'ôüütHS muito Bt{üdc, mas não sc irHivlmm "rap#y,.&.i l:
n$o rpmas em úrer úês6es. Os "ÍâpB"'foraa ÍrsOs.dEI..',
pral. Ao inteqpoÍ-se uma lâmina de cúre eutre a maa- '!
ã es mãos do rnédium, os "rap8? derapareceram po,Í urr
pleto, tôrnando e aperecet, embora mais tênueú 'do qtç*' . .
antes, quando se tirou a placa e se voltou ao cohtacto ê.i .
rcto. Em nenhum caso hóuve contacto entre as mãos doi '
presentes e as do mêdium.
. Com o médium R., em dez sessões, em circunstànciCI
análogas, obtiveram-se "raps" em todas as sessôe§, se bem
que fosse preciso a§uardar mais de uma hora Para que :
e-les começãssem ãp"t.a.t. Os "raps" iam ,au*entan-do *-
"
de intensidade conforme passava o tempo, chegaado to sÇU :
máximo por volta das dez e meia ou onze horaa,'cessando ,
http://www.obrascatolicas.com
Ás. Fraudes Espiritas e os Fenômênos llletapsíquicos Ul
semelhante de pinho, mas sem a cinta de cobre. Numa ses-
são, tendo sido usada durante o dia, na cozinha, a mesa
de pinho, e estando por causa disto bastante húmida, não
se puderam conseguir "raps", ao passo que na sua com-
panheira eles se produziam com intensidade pouco comum.
f. Os "raps" obtidos pelo mesmo médium nas mesmas ses-
§6es, sobre uma mesa de nogueira e sobre outra de acaju,
resultaram muito menos intensos do que na de pinho. A
interposição de um lenço, de um pano, de uma lâmina de
cristal, de lata ou de cobre entre as mãos e a mesa dava
fim instantâneamente à produção dos "raps,,.
Com o médium S. cinco sessões. Os movimentos pro-
duzidos por este médium numa mesa de jantar grande, de
I seis pés, foram verdadeiramente extraordinários (se bem
que agora não nos ocupemos de movimentos). Nessa mesma
mesa produziram;se, em duas sessões, "raps" sumamente
Í' fortes, tanto que se podiam ouvir a grande distância. Estes
"raps" cessâram no momento em que entre as mãos do
médium, que operava sôzinho, e a mesa, se interpôs um
tL.i guardanapo, tornando os "raps" a aparecer quando o con-
[i tacto foi imediato. Esta sessão teve lugar na sala de jantar
ür,'.
trs.
de uma casa estranha -ao médium e com a luz comum. O
;tr:{
§ri médium, como dissemos, operava sôzinho, para dar ao ob-
servador e a dois companheiros seus, únicas pessoas pre-
,'i.
ili:. sentes à sessão, oportunidade de observarem o fenômeno,
cada um por um lado distinto. Tendo-se colocado sobre a
& mesa grande da sala de jantar , uma mesinha de madeita,
$r
de um pé de altura, e pondo o médium as mãos sobre esta,
*i começaram a ouvir-se "Íaps" tão fortes na'mesa pequena,
s. que esta parecia ir fazer-se em pedaços. Um lenço de seda
§"'.
r.t: inte?posto entre as mãos do médium e a mesinha pôs ter-
..', mo aos "raps", que tornaram a aparecer ao renovar-se o
I co,ntacto direto. Trocada esta mesinha por outra igual, mas
r, perfeitamente humedecida na sua parte interior, os "raps"
apareceram muito fracos e logo desapareceram por completo.
.: Com as experiências mencionadas cremos ficarem pro-
ii-
vadas as maiores dos nossos quatro silogismos, e assim
.:;i
]J
damos por demonstrada a nossa tese, em que sustentamos,
como opinião probabillssima pelo menos (contra os que
i.{
sustentam que é o diabo ou são as almas dos defuntos),
Freudo E.ôlrltr! 16
ir..' -
j-:r.
t*
;: 'r'
http://www.obrascatolicas.com
2A2 Cailos Marp (e Hacdis, §. ,.
que a causa ordinâria e constante que produz os "raps"
por contacto é uma força de origem puramente natural.
Se algum químico anuncia ter descoberto o meio de
fabricar o ouro sintético, o públko bem pode rir-se, pois
não o há de crer sob sua palavra.i Ínâs, se juntamente ele
publicà o processo para obter sintêticamente o precioso me-
tal, de sorte que quando queira possa. reproduzir a expe-
riência, ninguém tem direito de troçar do químico1 ênsuân-
to não tiver reproduzido cuidadosamente todo o processo
sem obter o resultado anunciado. De maneira análoga, ha-
vendo nós dado uma relação circunstanciada de como os
"raps" por contacto aparecem ou desaparecem, aumentam
ou diminuem segundo as circunstâncias, e sendo este ex-
perimento reproduzível, não se tem nenhum direito de ne-
gar os fatos aqui anunciados enquanto não se tiver ope-
rado por si mesmo repetidas vezes com as devidas preceu-
ções,'sem obter o resultado indicado. Para concluir esta
primeira parte do nosso estudo, vamos aduzir algumas ob-
servações que fizemos durante os experimentos.
Os "raps" por contacto não conseguimos que se PÍo-
duzam durante o dia, embora o qüarto de operações esteiã
perfeitamente escuro.'Durante o eclipse total do sol veriÍi-
cado em 1924 fizeruÍn-se expeÍiências para obter "raps"-
no território onde se verificou o eclipse, mas sem'resultado
algum, a não ser numa chapa fotográfica de uma máquina
colocada no quarto perfeitamente escuro onde se veriÍicava
o experimento ter apaÍecido a cabeça do médium rodeada
de um nimbo. Mas, não sendo agoÍa este fenômeno obieto '
de nosso estudo, dele não fazemos conta alguma. Os "Íaps"
não se produziram. Portanto, a noite "paÍece" auxiliar a
produção deste Íenômeno, gue se obtém perfeitamente com
luz artificial. Não deve isto estranhar-nos, desde o momen-
to que se trata de um fenômeno puramente natural, quando
sabemos que na propagação das ondas do rádio se ob-
servam anomalias semelhantes. Quanto mais tarde §e oPe-
ra, tanto.mais fáceis de obter "parece" que são os Íenô-"
menos, sobretudo se se esteve trabalhando antecipadamente.
Os "raps" aparecem mais fàcilmente "quando se aqu-ece -a
mesa", quer'dizer, quando se leva operando sobre ela al-
gum ternpo. Fenômeno semelhante costuma também obser-
var-se nas válvulas do rádio, que trabalham melhor depois
de se terem aquecido por algum tempo. Para a.produção
http://www.obrascatolicas.com
ás Fraades Esplritas e os Fenàmenos Metapslqaicos 243
:'.ij'
"É
:ii
t
n
;..,' tG'
i._': ,
j
',:
:ü,'
j.
http://www.obrascatolicas.com
}{..
r:§:r
ti'i l
Capítulo XIV.
http://www.obrascatolicas.com
ás Fraudes Esptrilas e os Fenômcnas llctapslqaicos 215
' ouça uma pe$oa que está Íalando em Paris, contorme ela
aÍirma? Não, não há proporção entre umas botelhas
' mesma
de vidro e uns arames e a produção coordenada de um dis-
cuÍso ou de uma cantiga. Por outro lado, é indubitável'que
' aqui há um ser inteligente que dirige tudo isto; e, como,
&i\:'
. "aplicando activa passivis", o diabo pode produzir este e
.:!-,' outros efeitos maravilhosos, não há dúvida, repito, que tudo
isto é uma trama diabólica". Assim falava um dos sábios
mais autorizados daquela reunião.
"Conquanto vossa opinião seia muito provável e digna
dê respeito pela autoridade de quem a sustenta, parece-me
t.--., que no caso presente há'outra explicação, tão proúável
pelo menos como essa". Assim Íalava outro sábio, cuja ves-
te negra ponteada de estrelas fazia que ele se perdesse por
ii,'
entre as sombras, destacando-se sÔmente os pontos bri-
' Ihantes da sua túnica, as longas e finas mãos e a cabeça
circundada por um nimbo de branquíssimos cabelos.
E qual é essa outra hipótese que o Mestre em Artes
. tem como tão provável? replicou o Doutor em Teologia.
Faz um momento, acabamos de ouvir sair dessa caixa
uma voz cheia de unção rêcitando uma das melhores ho-
. mílias do grande Padre Santo Agostinho. Também não
será provável que Deus tenha permitido que esse egrégio
Mestre nos desse pessoalmente tão esplêndida lição? res-
pondeu o Mestre em Artes.
Não'é nosso intuilo tazer que o leitor_ presencie a
acaloradíssima discussão originada pela diversidade de opi-
niões dos dois grupos, uns defendendo a teoria diabólica
e outros a espiritista. Deixemo-los disputando, segundo o
Costume das Aulas, e repareÍnos noutro grupo que se for-
mou em torno da "caixinha falante", São sômente três as
pÊssoas que ousaram acercar-se da "caixinha". Um deles,
o'rnais afoito, está de joelhos no chão e move de um lado
para outro a roseta misteriosa. Este frade, em cujo olhar
invectigador brilha a chama do gênio, veste o hábito escuro
de S. Francisco e chama-se Rogério Bacon. A seu lado,
da pé, seguindo com sumo interesse todos os movimentos
do iranciséano, está um prelado cuias purpúreas vestes de-
monstram a dignidade cardinalícia de que se acha investido;
chama-se Guy le Oros de Foulques. O terceiro é um obs-
curo leigo Íranciscano, companheiro de Rogério, o qual,
http://www.obrascatolicas.com
. .r ,- r, ".
http://www.obrascatolicas.com
Ás _Fraudes EspÍrltas e os Fenfimeflos fllletopsíquicos 2{l
mens mals ilustrados dos passados seculos uma exPeriên-
cia de "rádio", inteiramente desconhecido como era paÍa
eles esse aparelho. Manifestando esta experiência a inter-
venção de um "agente intelectual oculto", e não tendo meios
para conhecer a causa que tão maravilhosos efeitos produ-
zia, naturalmente as hipóteses devem ter sido três, iá que
só há três classes de agentes intelectuais. Uns são os es-
píritos angélicos, bons ou maus, aos quais se pode chamar
*espíritos não encarnados"; outros são as almas dos ds-
funtos ou espíritos desencarnados; e finalmente'o ser hu-
mano composto de alma e corpo, ao qual chamamos espí-
rito encarnado ou atualmente vivente no corpo.
':t:{n E' coisa muito simples rir-se da "credulidade" dos nos-
gos antepassados; de nós rirão também os das gerações vin-
douras ao saberem que, "vendo nós uma mesa sobre a
qual se punham as mãos" dar inensagens perfeitamente co-
ordenadas, por meio de pancadas secas, atribuíamos este fe-
nômeno ao diabo ou às almas dos defuntos. A parábola
da "caixinha falante" repete-se presentemente entre nós.
Pelo que toca a essa classe de fenômenos, estamos ainda
em plena Idade Media.
Estudamos a parte "física" que acompanha o fenô-
meno metapsíquico e vimos que em muitos casos esta for-
ça nos é desconhecida, apesar do que procuramos provar
ser uÍna força "puramente natural". Agora vamos estudar,
não já a força, porém "a mensagem" que por meio dessa
Íorça (conhecida ou desconhecida) nos'envia "o agente
intelectual oculto", causa principal do fenômeno meta-
psíquico.
Suponhamos como perfeitamente autenticada, com o
fim de discuti-la, a seguinte mensagem que pressupomos
sei verdadeira.
Antônio vai'perguntar a um médium e este lhe diz:
"Quando o Sr. tinha sete anos, roubou um anel de
sua tia.
'iEsta descobriu-o afinal, e perdoou ao Sr. depois que
o Sr. lhe restituiu o objeto roubado. Desse fato ninguém
teve conhecimento senão o Sr. e sua tia".
Eis aí a mensagem que pressupomos perfeitamente au-
têntica, com o fim de discuti-la.
http://www.obrascatolicas.com
W Cmtos Naria de Heredia,
,5,. !. ;
,,- Neste momento não nos importa
;i1".:g_T
U.,^9jg dos "rape' ,':
tenha sido dada por meio da escrita.automática,
ou de outro processo qualquer, já que não vamos estudar
a força pela qual obtivegnbs a'mensagem, mas sim a pró-
pria mensagem.
Como se vê, essa mensagem pressupõe "um agente in-
telectual" que a tenha dado. Pergunta-se pois: Qual é o
agente intelectual que deu esta mensagem?
Como iá estamos escarmentados com tanta burla como
temos visto fazer nesta classe de fenômenos, a primeira
coisa que pensamos é: "lsso foi feito com burla". Será
disto, portanto, que primeiro trataremos.
I ) Que dizer, dos meios e modos que têm os mé-
diuns de enganar o próximo com mensagens, e de como
se informam. Uma vez afastada esta hipótese no caso pre-
sente, que supomos "não ter sido produzido fraudulenta-
mentê", pàssaremos ao segundo ponto.
2) "Foi a meate inconsciente do médium, na qual
se achava essa notícia". Falaremos, pois, em seguida das
mensagens provenientes da mente inconsciente do médium.
Uma vez que tenhamos comprovado não provir a mensa-
gem da mente inconsciente do médium, como o havemos i
posfulado, entraremos de cheio a considerar as três teorias,
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo XV.
§, '
+. Investigações Metapsíquicas.
'i", .
AMencagem.-AFraude.
.:.r:,.
,:"i "' Embora, à primeira vista, pareça termos chegado à
diseussão definitiva que deverá esclarecer, na medida do
possível, a origem do agente intelectual oculto, causa ver-
dadeira da mensagem, ainda nos resta algum trecho por
'andar.
A fraude, a inevitável fraude, que como. sombra segue
por toda parte o fenômeno metapsíquko, apresenta-se-nos
imprevistamente no nosso caminho.
Suponhafuos, no caso que vamos analisando, que An-
tônio, encontrando em certa ocasião "o anel" que em me-
nino roubara à tia, tivesse contado a sua esposa Antônia
a história do seu roubo infantil. Havendo esta pessoa, além
do interessado e de sua tia, tido conhecimento do roubo
do anel, há grandes probabilidades de já ter sido esse in-
cidente conhecido por várias outras pessoas, porquanto se-
gredo que passa de dois já não é segredo. E há tantos
meios para chegar ao conhecimento de detalhes como esse,
aparentemente insignificantes,, que mui justamente se pode
recear não tenha a tal mensagem nada de metapsíquico,
antes seja o resultado de um' truque comum e corrente.
Atente-se em que não dizemos tenha sido atualmente frau-
dulenta (pois, por suposição, não o é.) a mensagem de que
tratamos, mas tão-sômente alertamos o experimentador para
que não se vá deixar enganaÍ no caso de Antônio, sem se
Iembrar de ter contado à esposa a história do anet. Assim
9_endo,
a proposição que supusemos verdadeira, isto é, que
"isso só era sabido por Antônio e sua faiecida tia", não é
verdadeira desde o momento que outra pessoa também o
sabe.
As razões para desconfiar, quando três ou mais pes-
soas.sabem do mesmo incidente, embora este pareça intci-
http://www.obrascatolicas.com
2fi Cdrlos Maria, de Heredio, S. l.
ramente oculto, poderá o leitor sensAto ponderá-las ao Ítr*
teirar-se das muitas e sagazes maneiras que os médiuas
têm para obter seus ínformes, como vamos manifestar em
seguida. §
http://www.obrascatolicas.com
' As Fraades Esprriras c os Fenâmenos lúdapsÍquicos 261
http://www.obrascatolicas.com
2A 'Carlos Mafia de Hcrcüa, S. !.
http://www.obrascatolicas.com
-. 't ':, :
' brevíssimo
repdrai, de algum modo, o muito mal que fez, durante os
.*r--:
anes que praticou o Espiritismo, enganando a muitos in-
?jir. felizesl'. Nele revela os diversos métodos de que ela e ou-
§i' tros médiuns usavam para produzir os diterentes "fenôme-
' rios't (?) Espíritas. Só exfrairemos aqui o que se
.j
1§
-i:s:r
: lj'r I refere
às 'iMensagens" e aos diversos processos de que usam or-
dinàrlamente os médiuns paÍa obter seus informes.
.;
. Todo médium profissional tê atentamente os jornais, '
http://www.obrascatolicas.com
?il Carlos Maria de Hercdia, §. /, .
piritismo, e disto ete sabe com facilidade nas reuniões es-
píritas, tor4a especial empenho em informar-se sobre a vida.
e milagres do defunto, seus negócios, doença de que mor-
reu, etc., e assiste aos funerais, onde recolhe muitos e mui
valiosos informes, que a seu tempo utilizará. Com efeito, se
se lhe apresenta no gabinete alguérn da família, já o en-
contra tão inteirado da vida do finado, que até pode pro-
duzir-lhe uma fotografia espírita, com o retrato não só do :
defunto como dos seus familiares igualmente falecidos.
Mas estudemos os processos usados pelos médiuns em
cidades pequenas, que isto nos aclara as ideias. Um médium
propõe-se estabelecer seu "consultório" na vila A, centro a
qué, em virtude dos seus negócios, concorre gentg de sete
ou oito lugarejos da redondeza.
. Sem que ninguém desconfie, o médium apresenta-se na-
quela região como vendedor ambulante de bugigangas, de
frutas ou algo semelhante. Naturalmente vai de casa em
casa procuraãdo vender sua mercadoria, às vezes a muito
bom preço. Isüo põe-no em contacto com todas as "coma-
dies"- da vizinhança, as quais sem difictldade nenhuma o
põem a par de todas as minúcias do povoado, que ele pa-
ciente e cuidadosamente vai anotando no seu "caÍnet". As
crianças, a quem faz festa dando-lhes doces e brinquedog
são-lhe um poderosíssimo aliado nas §uas investigações.
Faz-se amigo do empresfrio fúnebre, cuios livros folhcia e
dos quais tira dados importantes, o mesmo fazendo em trà-
tando com os diferentes "ministros" protestantes do Povoa-
do, e finalmente visitando os cemitérios, onde acaba de
completar, seus informes acerca dos Espíritos. . . ali en-
terrados.
Uma vez bem inteirado, deixa passar algum tenPo, que
ocupa em investigações semelhantes noutro distrito, e, ali;
nal, recomendado pelos espíritas de alguma cidade impor-
tante, monta seu consultório e começa a fazer dinheiro. Ung
espíritas trazem outros, e do mesmo modo "informaÍn" setn
nenhuma dificuldade o médium de tudo o que ele quer sa-
ber, sem perceberem como são usados esses iarformes.
Quando eu faço minhas conferências, bastam-me duas
horas do dia anterior paia informar-me de uma quantidade
de assuntos que não rne interessariam se não fosse por me
servirem admiràvelmente para dar mensagens surp'Íeen-
dentes.
http://www.obrascatolicas.com
§ 'r
:
As Frardes Esp/riÍas e. os Fenàmcnos i4etapsiquicos 255
http://www.obrascatolicas.com
256 Carlos Maria de Heredia, S. l.
Íormações de natureza "bastante íntima" é ter um aliado em
tal ou qual casa de banhos, frequentada pelo cliente.0 nies-
mo Íazem alguns médiuns com moças dos cabarés, aó quais
inforrnam por preços módicos. . .
Houdini, no seu livro "A Magician Among the Spirits",
traz todo um capítulo, o XIII, em que trata deste assunto
longamente: "How mediums obtain information", ao qual
remetemos o leitor curioso, se quiser mais dados.
. Antes de terminar, quero citar um caso curioso passa-
do com uma médium que desmascarei em Nova York, a
qual "por um pouquinho não mq dá pancada, e pancada
gÍossa". Pois bem, ela me revelou que no Lobby do Hotel
onde morava e onde iam consultá-la muitos homens de ne-
gócios, mantinha. uma mulher "suÍda que vendia cigarros".
Essa moça, que todos sabiam que não ouvlp, era uma !'Lip-
Íeader" maravilhosa. Entendia o que se falava "pelo mo-
vimento dos lábios". Cada dia lhe levava várias folhas ta-
quigrafadas, com dados sumamente interessantes das con-
versas por ela "lidas" nos lábios dos clientes de sua pa-
troa, enquanto âguardavam sua vez no "Lobby" do hotel.
Com o que fica dito cremos terá o leitor uma ideia
dos inúmeros processos que podem usar-se para obter in-
formes de assuntos mesmo os mais §ecretos, que depois os
http://www.obrascatolicas.com
CapÍtulo XVI.
Investigagões Metapsíquic,as.
. A Meneagpm.
- A Meate Incoocdeüte.
http://www.obrascatolicas.com
258, Carlos Maria de Heredia, S. J.
http://www.obrascatolicas.com
As'Fràudis..Hptritas e os Fenômenos Metapdquicos 259
http://www.obrascatolicas.com
260 Cortos lúaria de Heredia, S. -1.
http://www.obrascatolicas.com
,I reaüvar em nós a:mgnória daquele nome profiui&tnente es.
1..,., ççido. Mas, ao seríüos atacados Por uma febre'que noc
ou ao fdarmot durante o clorofórmio que noo"
- .,tar.'delirar,
\oi ministrado para soÍrermos rÍma operação, PoÍRo?nos-a
I ibútar o que em certa ocasião nds passou com o douto'r
havista, repetindo-lhe o nornt com frequência; coisa essa
& que outras pessoas nos dãir conta ao votvennos aos nos-
§os sentidos. Esse nome esquecido que eslava fora de con-
trole e de todo processo mental, estava controlado pela
msrte subconsciente em estado anormal. Isto é, nem -pais.
nem meno§, o que se passa com muita frequência quando
atguém se encontra em estado db transe ou similares. Uma
infinidade de impressões completamente esquecidas vêm à
tona e manifestam-se por meio da fala ou da escrita au-'
tomática. Este fenômeno constitui o fundamento da psi-
canálise.
Para esclarecer ainda mais estas operações curiosíssL
mas da nossa mente, valer-nos-emos de uma analogia.
, Suponhamos um advogado que tem três arquivos dis-
tintos.
O primeiro está no seu próprio escritório. Este é mais
usupl, se bem que o mais rêduzido.
Compõe-se de uns tantos "dossiers" perfeitamente clas:
sificados e ordenados. Basta-lhe estender a mão para ter
imediatamente o documento que necessita.
O segundo arquivo, ,uito mais numeroso, está no
quarto vizinho, ao cuidado de um secretário. Quando o a0-
vogado necessita de alguns desses documentos aüsa o em-
pregado, este procura o documento e, ao cabo de alguns
momentos, apresenta-lho.
Estes documentos, como se vê, tem que buscá-los um
subalterno a cuio imediato çuidado estão. Não os maneja
diretamente o advogado
- O terceiro arquivo está-nur4 porão, na parte inferior
do edifício. E' uma espécie de casa-forte sernelhante às dos
bancos, toda de ferro e com uma porta, igualmeute de ferro,
que só se pode abrir mediante uma combinação secreta.
Dentro dessa casa-forte há uma multidão de cai:cões que
contêm os ''idossiers" ordenados e ctassificados. Este arqui-
http://www.obrascatolicas.com
- ' - ;. '. i:: .:. j-:.1-j:-r:<a:=,:j-§=a=
. .r - ..,..
http://www.obrascatolicas.com
ôc seus conhêõimentos imediatos e diretamente conho.
Uwis. ' :
http://www.obrascatolicas.com
3q* . Cgrtot" Wia dc 'Ilcrcüa, §. /-.*-' ; '
http://www.obrascatolicas.com
'bilto á ,atenção":4.s que não estudaram ditos Íatônien'os,
qÉ etes não vacit-m: em atribuir estes a um poder preter-
aatmal,
Com um amigo meu deu-se um caso curioso que re-
_fuirei para aclarár este ponto que vamos tratando.
' .Pediu ele a um amigo que assistisse à operação que um
qgurgião lhe ia Íazer. O amigo acedeu. Apenas o paeiente
-caiu sob a influência do éter, começou a faiar. Sum primei-
ras frases não tinham sentido. I,ogo começou a dizer in-
'conveniências, chegando a usar de uma linguagem muito
Íorte e até blasfema. Depois continuou a dizer versos que,
curiosos como eram, o amigo assistente anotou para recitá-
'los ao paciente terminada a operação. Sem ,embargo, por
uma razão ou por outra, não chegou a ler ao operado. os
-
, versos que este inconscientemente recitara. Cqrto dia, decor-
ridoe mais de seis meses, o jovem apresentou-se_ ao seu
amigo muito preocupado, dizendo: "Deu-se comigo uma
coisa estranha: eu estava com um amigo consultando a
Ouda, quando esta começou a soletrar muitas palavras Íelas
. e até blasfêmias. Assustado .com isso, eu não queria pros-
http://www.obrascatolicas.com
ffi Carlos llaria de Hendia, S. l. -
O arquivo número três tinha c-umpÍido honradamente
a sua missilo, dando a conhecer, por meio da escrita auto-
mática, aqueles versos, bons ou maus, contidos entre os
seus papéis
O acima dito basta para o nosso intento. Há uma in-
finidade de manifestações (ccimúmente consideradas como
espíritas) que mesmo pessoas competentes tomam como ,qfg-
nômenos metapsíquicos" e que são ,mero resultado de re-
ações inconscientes provenientes'do próprio médium. E, tão
grande o caudal de irtrpressões contido ..no terceiro arqui-
,-91: d" qualquer indivíduo, inteligente ou tolo, que é.*rito
difícil poder-se desenredar de tamanho emlrulho, e muito
Íácil tomar como metapsíquico aquilo que não o é.
Antes, pois, de poder aÍirmar que ,,umá- mensagem,,
não provém da mente inconsciente do médium, mas de .ou-
tra mente dislinta", precisa-se de muitíssimo estudo, de
muita consideração.
Calcule-se, pois, o que valerão as decisões dessas pes-
soas que, sem saberem sequer que existe a mente incons-
ciente, declaram enfàticamente que "uma mensagem', é o
efeito de uma causa preternatural.
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo XVII.
http://www.obrascatolicas.com
2m Carlos Moria de Hercdía, S. l.
todos manifestações provenientes da mente inconsciente do
médium. E, todavia, há certos fenômenos em que se manl-.
festa a influência de um agente ihtelectual oculto. O fenô-
meno metapsíquho, embora raro, existe realmente.
Não nos cansaremos de repetir que o carácterístico do
fenômenometapsíquiconãoestáemqueele..semanifeste
flsicamente por meio de forças não conhecidas,, por exem-
plo por meio dgs "raps"; na nossa opinião, isto não tira
nem põe. De sorte que, para o nosso intento, a mensagem
de Antônio, que convencionamos ter como autêntica e ver-
dadeira, com o objetivo de discuti-la, tanto nos faz que te-
nha sido fransmitida por meio de "raps", por escrita au- :
tomática, pela voz humana, estando o médium .em estadô
de'transe ou de qualquer outro modo. Basta-nos saber que
essa mensagem é autêntica e verdadeira, e que de nenhum
modo proveio da mente inconsciente do médium, o que tudo
convencionalmente supomos assim ser.
Vamos em busca desse "agente intelectual oculto" que'
é a causa principal e característica do Íenômeno metapsíqui-
co; agente distinto do médium, sendo este apenas '!o ins- l
trumento" por cujo conduto nos damos conta do'fenômeno. :
Um exemplo nos servirá para definir e aclarar os nos-
,
Suponhamos que Antônio recebe pelo correig urlâ câÍ: .,.1
http://www.obrascatolicas.com
. As Fra*ks'Esphitas e os FenômeÍtos llldlapslquicos 2ffi
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo XVIII.
A Teoria DiaMlicra.
Antes de começarmos a expor as razões que militam
contra esta teoria, indispensável se torna repetirmos elguns
esclarecimentos iá dados anteriormente, para evitar más in-
terpretações. O Espírito Santo o disse: "Infinito é o número
dos néscios"; e estes senhores invadem todos os graus da
escala social. E como "via stulti, recta in oculis ejus" (Prov
12-15), tudo o que não seia iulgar como eles, eles o crêem
não só torcido como "heterodoxo".
Antes de tudo, cremos, como,diz.Santo Agostinho; que
"sine Diabolo non est Christus", e .iustamente porque cÍe-
mos em Cristo cremos também no diabo. Mas uma coisa
é crer no espírito mau, inimigo do homem, e outra é crer
num ente hÍbrido, de chifres, cauda e barbas de bode. Umà
coisa é creÍmos na existência de Satanás e .outra é admi-
tirmos como verdade demonstrada "ser o diabo a causa
ordinária e constante dos fenômenos metapsíquicos verdí
deiros". Admitimos, pois, a existência do diabo, mas não
que ele seia a causa ordiruiria e constante de fenômenos
que não entendemos, mas nos quais se mostra a interven-
ção de um agente intelectual oculto.
Fazemos notar que não trotamos oqui de lenômenos
espontôneos. Já dissemos alhures que Deus pode muito bem;
quando- entender, Íazer que se nos apresente o diabo ou
um anjo. S. Cabriel apareceu a Nossa Senhora e o De-
mônio a Cristo no deserto. Mas, enquanto não no-lo pro-
vaÍem com evidência, não podemos admitir haja pessoas
(médiuns) que, por pacto expresso ou tácito com Satanás,
possam fazêlo vir tocar pandeiro, fazer dançarem cadei-
ras, levantaÍ mesas e dar recados jocosos ou sérios. Trata-
mos sômente dos fenômenos prbvocados, por via dos
médiuns.
http://www.obrascatolicas.com
As Fraules Esptritas c os'Fenômendi Mctop§quicos m'
Nem andamos-em busca das causas -"exlraordináriasl"
, que possam produzir esses fenômenos provocadog ma&
apen€s tratamos de aúar a causa ordiruiria e coastante
dos mesmos.
' Por Teoria DiaMlica entendemos a hipótese que sus-
tenta ser o Diabo a.causa ordiruiria e constante dos fenô-
menos metapsíquicos provacadas por intervenção de um
médíum, Noutras palavras, que "a mente oculta que pro-.
duz ordinàriamente o fenômeno metapsíquico é o Diabo".
"O diabo, tomando posse do médium (obsessão ou posses--
são), é o autor da mensagem. Segundo esta teoria o diabo
é igualmente o autor da parte física de dito fenômeno. No
caso que estamos examinandor QU€tÍl mandou a mensagem
a Aútônio foi o diabo por conduto do médium. O diabo.
supõe-se que conhece muitos segredos, e naturalmente deve
ter conhecido o que se passou com Antônio e sua tia; não
houve, pois, dificuldade em que, sabendo-o, o diabo o co-.
municasse ao médium de uma maneira ou de outra".
Segundo isto, propomos a tese seguinte:
A sentença que sustenta ser o diabo a causa ordindria
e constonte de todos os fenômenos metapsíquicos verdadei-.
ros, quando provocados pelos médiuns, baseia-se eÍn ar-.
gumentos que não provam a tese, pelo que deve esta ser-
considerada como umo teoria cientilicamente inadmissível.
Para os sustentadores da sentença diaMtica, qualquer
fenôrneno Íaro que eles. não podem explicar naturalmente.
sem se darem grande trabalho para lhe estabelecer a au--
tenticidade, e na maioria dos casos só como referência, de-
claram-no genuíno. E, o que é pior, com suficiência aca--
dêmica pronunciam "apodlticamente" que, não sendo aqui--
Io possível (leia-se compreensível para eles) por meioà na-.
turais, o'auto; há de ser Satanás
_ Eles não distinguem, como nós insistimos em Íazê-lo^
enhe Íenônrenos "espontâneos" e "provocedos,,l nàm tam-
pouco entre a causa "ordiruiria e constantd, do fenômenoo
e as causas "extraordinárias" que também podem produzi-.
lo..Para eles tudo o que eles não compreendem sãó eieitoç
diabólicos. E, §e se. lhes argumenta que há forças .,natu-
rais" que podem -muito bem produzir ditos efeitos, há al--
'guns
que, com desprezo olímpieo, se riem das forças r.na-
, turais'f, como se todas e cada uma thes fossem perfeita*
http://www.obrascatolicas.com
Zn Çdrtos ltlaria de Hercüa,'S. l. ; t;
http://www.obrascatolicas.com
rÊem razão para'exarninar detidarirente os tais fénôríôrios,'
tlando-os como perfeitameíte autenticados. Citemos um
exçmpto tirado de H. Noldin (vol. II, pág. 185, n." 169, §
2). Entre os fenômenos, de origem diabólica está ctaro,
qte menciona como realniente existentes, diz ele: "Interdunl
etiam nulla lnterveniente persona visibili, in tabula vel char-
ta scriptura apparet". '(Algumas vezes, também, sem que
intervenha nenhuma pessoa visível, numa tábua ou num
papel aparece alguma coisa escrita". Pois bem, com per-
dão do P. Noldin, issb da escrita por mãos invisíveis não
é dos "fenômenos" (?) que Richet, ou Geley ou outro
dos "metapsiquistas" modernos de alguma autoridade to-
mam conio comprovados, nem muito menos. Richet, pág.
520, diz: "Entre as diversas classes de movimentos sem
csrtacto é preciso deixar um lugar à parte a um grupo
de fenôrnenos tão raros que é lícito duvidar defes: a es-
cdta diretd'. §6 que se refere à escrita em pedras, ope-
rada também -poÍ mãos invisíveis (!l!l????), está !ão de-
Sacreditada desde que Houdini desmascarou a famosíssimo
Slade, pub-licando a sua confissão expressa de fraude (!'A
-I,I{agician among the Spirits",. câp. VI, Dr. Slade and his
Spirit Slades), e deu a conhecer os diversos.modos corr
que os eopíritas enganam os crédulos por meio da "escrita
p-or mãos'invisíveis", que Richet se vê obrigado a escreveÍ
o.seguinte: "Os truques habilíssimos que qs prestidigita-
@_fes (médiuns) americanos têm inventado obrigam cada
vez mais à expressa desconfiança com que se deve olhar
a escrita dirctd' (1. c., pág. 222). Náo há, pois, direito al-
gum paÍa da( "como fatos certos" coisas que não o são.
Se+ dúvida o P. Noldin não deve tÊr ficado inteiramente
salisfeito com as afirmações de Schneider, Gutberlet e
Wieser (os Lapponis alemães), por ele citados como fon:
tes do que afirma, quando na página seguinte, em. letra
péquena, acrescenta: li§urú qúi phenomena spiritistica norr-
rtisi fabulosa commeota.essq dicant"l convindo em que em.
muitos caso8 esses ÍêÍtômenos são .produzidos por fraude,
embora haja outros que não o são;'quais? digam-no etes.
O primeiro Íundamento em .que se 6aseiam 'os defen-
sores da sentença diabólica é o seguinte:
. "Qs médiuns produzem ordinàriamenÍe todos esses Íe-
nôinenosl. movimentos de mesas, de cádeir4s, etc., com ou'
Freudes ErplÍltal l8
-
http://www.obrascatolicas.com
Tl4 Csrlos tlafiq'de Heredia, §. /. ,;§
sem conüacto; transportes de objetos de uma-paÍte â.oü-
tra por mãos inüsíveÍs, passando através das paredes i a[z-
rições de luzes, de caras e até de corpos inteiros gu€ re'
presentam os de pessoas defuntas; escrevem automàtica-
mente, em estado de transe, mensagens de coisas ocultag
remotas e futsras; falam línguas. desconhecidas; por meio
de mãos invisíveis escÍevem em papéis e em lousas; etc.,
sf6.". Lapponi, loc. cit.
- Vide
Todos estes fenômenos e muitos outros mais, inclusive
ainda os fenômenos (?) produzidos pelos faquires da. Índia,
são sem a menoÍ dificutdade admitidos como auiênticos por
Lapponi te pela grande maioria dos católicos que têm es-
crito sobre o Espiritismo, inclusive moralistas como Noldin,
Lehmkuhl e Ferreres. Naturalmente, se todos essqs Íenôme-
nos são autênticos e produzidos em plena luz, como insiste
Lapponi; não é de estranhar que não haja uma explicação
satiefatória sobre a causa natural que os produz, nem quoÍ
tendo-os como tais, Lehmkuhl nos diga (vol. I, núm. 363
nota): "Hec sunt talia que humanas vires atque naturales
vires humanitatis applicatas plane excedunt". Estes são laie
que excedem completamente as forças humanas'e as forças
naturais da humanidade aplicadas. I
. Se as premissas são falsas, nahualmente falsa tem de
ser também a conclusão. Não é certo que os mêdiuns pro-
duzam, sem fraude, nem ordinária nem extraordinàriamente,
toda essa mixórdia de atrocidades que Lapponi e os Beud
r) A propóoito
-qué dísto vanroe .rtferir uma ancdota curioea de .
http://www.obrascatolicas.com
r_.-'-
http://www.obrascatolicas.com
g4ão.dos Ritos.para opinar sobre a Eegenui-.-.
.''.
ni&de dos casos tidos por milagroioo ,dità Con-'
gregação se examinam, estamos de--da a gua
prudência, iamais teriam vindo a declarar IIftT
ou mais casos com tão pouco ,fundame-nto como declaram
'idiabólico" o conglomerado indigesto dos fenômBnos atri-
buídos aos espíritos.
Com estas prenoções venhamos ao argumento tantas
vezes repetido:
Estes fenômenos ou são de Deus ou são do Diabo;
Ora, não sãq de Deus;
Logo, são do Diabo.
. Para que este aÍgumento, tão manuseado, provasse al'
guma coisa, devia dizer: i
- Estes Íenômenos ou são de Deus, ou são do Diabo, ou
são produzidos pelos espíritos, ou por uma cau§a natural,
ou,por fraude;
'Ora, eles não úo produzidos por Deus, nan pelos es-
píritos, nem pôr uma causa natural, nem Por fraude;
Logo, são produzidos pelo Diabo. ;
http://www.obrascatolicas.com
'_- -:- .'
.
ail#as â'bs: FenórfiiàÉÍIàaapitqabos : n'7
'csnheddas. Hâ, poit, "que csÍuÉrt
t$rlnrcntar;' ê ponderar bastante antes de Sa:'
'la;rçar-se a :.{sobretudo apoditiçamente), não iá que
tôdôs,'como ofiã LappÕnf m:§ que' tal ou qual Íenômeno
, determinado (entre os imprôpriamente úamados espíritas)
:' §&iepuia todas aa Íorças humanas e as fdrças naturais da
. humanidade aplicadas, como disse o outro.
' A história nos tem dado repetidas vezes a mesma li-
" ção. Quando algum descobrimento novo e extraordinário
:" v€t4 a alargar o campo do saber humano, não faltam pes-
,soas que, não o entendendo, o tenham por diabótico. Fa-
rece incrível' atualmente, mas a invenção da imprensa foi
motivo de acaloradas discussões sobre "se tal invento era
http://www.obrascatolicas.com
.§*.* --ll..l.il+
278 :. . Cartç Molria dc H*edia,
http://www.obrascatolicas.com
,4 - ;.-.--i;S5i-â'-*
êdldÍcs e os Fenfimenos üctapetqfltcos ng
http://www.obrascatolicas.com
iL"rl";
Capítulo XIK
Teoria Espírita.
Podemos dizer que há três classes de pessoa-r com rê-
lação ao "Espiritismo". Umas nem sabem que ..tal coisa
exista, ou, se o sabêm, náo fazem dela o menor caso. Ou-
tros há que crêem na evocação dos mortos, e, seja por con-
'duto
da Ouija, da mesinha ou de algum médium, uma vez
por outra lhes ocorre pôr-se em comunicação com os de-
funtos (?). Há outros, por'último, que não sômente crêem
.e se valem dos processos indicados para procurar comu-
nicar-se com as almas do outro mundo, mas também fa-
zem disto uma. religião com seus dogmas e seus preceitos
morais baseados na intercornunicação dos mortais com os
espíritos já desencarnados, ou seja com os defuntos.
Aqui não vanrcs trotar do Espiritismo como retigilo;
isto faremos noutro livro à parte. Não espere, pois, o leitor
que ataquemos agora a religião espírita, nem estranhe não
o fazermos
Vamos considerar o Espiritismo do ponto de vista cien-
tífico, quer dizer, como uma teorio excogitada para expli-
car os fenômenos metapsíquicos provocados pelos médiuns.
'Mas,
como isto que para nós é uma teoria constitui para
os espiritistas o fundamento da sua religião, qué pressupõê
como um fato a comunicáção entre os vivos e os defuntos
por via dos médiuns, necessàriamente teremos de falar dela,
visto que forma o primeiro grau do Espiritismo, mas que,
neste período, ainda não está convertida no corpo de dou-
trina dogmático-moral que forma a religião espírita prô-
priamente dita; pois desta, como antes indicamoi, não tra-
taretnos no presente
Desde há séculos os homens de çiência têrn discutido
l) se pode haver,2) e se de fato há habitantes nos outÍo§
planetàs. Como se vê, são duas coisas distintas, uma a
http://www.obrascatolicas.com
'- t:_. _
http://www.obrascatolicas.com
2.W,
-
. Çtrlos Maria de Hereáia, §. ,. , .-'': .
http://www.obrascatolicas.com
.'l::.:: - . +
Ái:ftflidcf-.êF&üÍ*s ê os Fcnüircapr,-'11í[crãpsÍ.qúcos . I
.. -Mes, âBsim. coÍno Bma coisa é haver fiatlitantes ern
&r,te capazes de 'comunicabilidade" com o resto ó msn-
do, e outra é "poderem eles comunicaÍ-se", coÍilo ainda ou-
tra ê l'çomunicarem-se de fato" assim tamMm umâ coisa
é havcr no oútro mundo almas câpazes de cornunicar-se co-
aoseo, outra haver algunn meio de comunicação e finalmen-
te oqtra funcionar de fato esse meio ordinàriamente e co-
municar-nos com os defuntos. Mas, -não obstante, bem pode
sueeder que os que estão em Marte tenham apenas um apa-
relho "receptor de rádio" e careçam do "transmissor", o
que, embora lhes possibilite receber as nossas mensagens,
iá que temos não só receptor como também transmissor,
não possamos receber deles comunicação radiotelegráfica
nenhuma. Isto também pode suceder no que se refere aos
deÍuntos, como a seu tempo explicaremos.
Mas ainda não temos todos os elementos requeridos
paru a formação da Teoria. Sabemos ünicamente que as
almas sobrevivem à matéria. Supomos (primeira hipótese)
que, assim como nós nos desejaríamos comunicar cirm elas,
assim também elas hão de querer comunicar-se conosco. Mas
haverá algum meio de comunicação? Não hâvendo "pior luta
do que aquela que se não traval', assim como a outros ocor-
reu a ideia de chamar o diabo, alguns tiveram a ideia de
'evocar os mortos", e que foi que sucedeu?... Sucederam
muitíssimas coisas (das quais falaremos'mais adiante). . .
e, dessas coisas que sucederam, os que as viram ou aque-
Iàs a quem elas foram narradas deduziram que "realmente
havia um meio de os vivos §e eomunicarem com os mortos".
A evocação dos mortos foi então posta em prática.. . Mas
as almas dos defuntos vêm realmente quando são empÍaza-
das pelos médiuns? Há quem diga que sim, e estes são os
espiritistas: Vejatnos o que tem sucedido nos tempos mo-
,dernos e qual foi a origem da "crença espírita". . . para uns,
e da Teoria Espírita para oqtros.
Embora a errocação das almas dos defuntos seja quase
tão antiga como o mundo, cingimo-nos ünicamente à crítica
dos fenâmeaos (?) espiritos modernos, isto é, desde as Ir-
mãs Fox-até nossos dias.
Vejamos, pois, como foi que nasceu a Teoria Espí-tita
Moderna.
http://www.obrascatolicas.com
. A smhora Fox acreditava na,exiàtência da alma e na
imorta[dade desla. Por esta razáo, ao ouvir certa noite; na
sua casinha de Hydesvitle, uns ruídos misÍeriosos, .cuja'ori-
gem não podia explicar, perguntou "aos ruídos" qual era
a idade de suas filhas. Esta pergunta obteve como resposta
uma serie de golpes. . . 8. . . 7.,. e 3, córrespondentes às
diversas idades de Margarida, Catarina e de uma menina
que morÍeÍa aos três anos de idade. Esta resposta, qüc ma.-
nifestava a intervenção de um agente intelectual oculto, de
tal maneira surpreendeu a senhora Fox, pela sua exatidão,
que ela (crendo na sobrevivência das almas) perguntou: E'
algum ser humano que responde às minhas perguntas? Con-
tudo, não ouviu resposta alguma, visto quê "o ser inteli-
gente" que dava as respostas não sabia dizer "sim" ba-
tendo. Então a rsenhora Fox, caindo em conta; acrescentôu:
"E' algum espírito? Se é, responda "sim" dando duas pan-.
cadas"; e instantâneamente àssas "duas pancadas", que har
viam de ressoar pelo mundo todo, foram escutadas no quar-
to- de Hydesvilte, hoje santuário do Espiritismo.
Esta foi a origem da Teorio Espírita Moderna.
Analisemos:
I ) A senhora Fox "acreditava" na imortalidade @
alma.
2) A senhora Fox "ouve uns ruídos" que não pode ex-,'
plicar, mas que manifestam "inteligência", iá que dizem'
ôorretamente á idade de suas filhinhas.
3) Nd'o hov'endo no quarto quem conhecesse esso idade
(afora ela, e as duas meninas que estavam na cama), ela
pensa que o autor dessas panca-das só pode ser um "es-
pírito".
4)Faz a prova perguntando se é um espírito; e, dan-
do-lhe a chave pare responder corretamente, a resposta
não se faz esperar. . . E' um espirito, ele 'mesmo assim
as§egura.
5) Consequência que tirou a senhora Fox: Logo, de
fato, os espíritos se comunieam com os vivos por meio de
pancadas secas (quando menos).
6) Logo, o Espiritismo é um fato comprovado.
Não lhe parece, leitor, que há grande semelhar4a entre
a teoria Espírita e a dos Marcianos?
Continuemos analisando.
http://www.obrascatolicas.com
* .G'-:
,::..-.=.-._:.. t,:- ti.
ás Frarües:iEpiárs s'os Fezôrfenãi]:,ffàapsíqticos 2â§
' i;',. . Não resta a menor dúvida acerca doe fatos seguintes::
-' ' . A) A senhora Fox ouviu uns ruídos.
=' B) A senhora Fox perguntou a esses ruídos a idadc
filhas e obteve resposta exata.
' de'','suaE
C) A senhora Fox, ttão sabendo como explicar este
l
' fcnômetw, já que no quarto só estavam ela e suas filhas,
lormou a htpótese de que o que dava esses golpes podia
seÍ um espírito.
D) Pârgunta-lhe se é um espírito, e a resposta é cla-
ra: "Sim", é um espírito.
- Â conc-lusão se segue:
' Não havendo no quarto nada que produza esses gol-
pés, e interrogados os golpes sobre se era um espírito, res-
pondem afirmativamente.
.,'
Logo, a consequência se impõe: "são os espíritos".
- Ora bein, por infelicidade nem todas as proposições
auteriores são verdadehas, de vez que fiavia, sim, ,no quar-
to quem soubesse da idade das filhas da senhora Fox, e
€tafi « próprias filhas, que, por confissão própria, decla-
raram mais tarde terem sido elas que, estalandit os dedos
EÍQndes dos pés, tinham produzido'aqueles ruídos que tan-
.to:maravílharom a mamõe,' de modo que esta, nõo pdendo
imaginar qH€ suas própria,s filhas a estivessem enganando,
, atribuiu aqueles ruídos a !'um"espírito", o qual (as meninas)
, rBpondeu que o era realmente. E assim era a verdade, com
. €stê pequena diferenç a: não eto um, nus erom dois csplritos
, {ú das meninas), e o apírito nfro era des:encarnsdo, ntcls
ettcarnad.o:
' Eis aqui'todo o fundamento da Teoria Espírita:
t ) A imortalidade da alma (para os que crêep prê-
http://www.obrascatolicas.com
+
http://www.obrascatolicas.com
a
A§ FruiÉes'Esplrffer e os Fenônenfu tüd,apslquicos 8r
sÉri.tos desencarnados", como eles deram €m chamar as.
almas dos defuntos. Conan Doyle, que de modo aÍgurn @e
ser tachido de parcial contía o Espiritismo, ã2 '1The
weaker side of Spiritualism lies in the fãct that its adherents
have largely been drawn from the less educated part of the
communi§1". "O lado mais fraco do Espiritismo está no'
-
Íato.de a maior parte dos seus adeptos pertencerem à gente
. menos educada da sociedade". I Quer dizer, "a escória"
social é que proporciona os testemunhos mais numerosos
' da autenticidade d genuinidade dos fenômenos espiritas. E
ainda, à qualidade das testemunhas se acrescenta que estas
se empenham em fazer suas sessões às escuras... o que
naturalmente "torna os fenômenos maís genuínos"ll! "Again,
' a retinue of rogues", continua Sir Artur, "have been
attracted to the Mouvement by the fact that seances have
' been largely hetd in the dark..-. This has served as a screen
for villainy, and the effect has been increased occasionally
by the systematic use of conjuror's apparatus... But the
fault lies; to some extent, with the Spiritualists, as had they
insisted upon the use of at least a red light at their seances
these would have been less easy for rogues" ("Th.e Psychic
. I
Qu'êstion as see it", pág. .tÔ;. "Alem disso, ciiz iónan
Doylg uma súcia de tratantes tornaram-se Espiritas 2 atral-
'
-: doe pelo fato de serem as sessões geralmente às escuras...
Eêta escuridão tem servido de velame à vilania, e o mal
. tem crescitlo, algumas vezes, com o uso sistemático de apa-
, ratos de prestidigitaçi[o.... Disto, porém, têm.a culpa, até
' terto ponto, os Espíritas, \ue não têm feito questão .de que
,., se use pelo menos luz vermelha nas sessões, o que teria
diminuído aos tratantes as oportunidades de fazerem tra-
paças" (sic).
Pois bem, de todo esse mistifório colossal de sessões
i, . e8píritas sem controle algum é que poÍ espaço de mais de
cinquenta anos têm estado saindo os fenômenos autênti-
cos (??).e genuínos (??) que são a base, não só do Es-
,: piritismo, como dos livros de Lapponi e dos seus imitadores.
a.. Porque é preciso saber que toda essa história de "fenôme-
http://www.obrascatolicas.com
iü.
http://www.obrascatolicas.com
!
ás FrasdesrõI*rÍf&s:z os Fefrâàitlos §ctrípsÍquicli$ H
suddos de que os rnédiuns são como 'os telegiafistas" gue
os pôerg em comunicação com as aÍmas dos defuntos, pôu.:
, ct ou nada se preocupâm com a'honorabilidade daquetes;
se eles lhes dão uma mensagem ou produzem üm fenômeno
-
qualquer dos que .se atribueá à infÍuência-dos desencarna-
dos, embora o façam na escuridão, eles ficam'perfeitamenle
satisfeitos.
os Espiritistas (e não contra os Metapsiquistas)
-Contra
estabelecemos a seguinte tese:
"A sentença que sustenta ser um fato comprovado a
. exirtência da intercomunicação entre os vivos e as almas dos
defuntos por intervenção dos médiuns, ou, o que é o mesmo,
que,d musa ordindrio e constante dos fenômênos metapsí-
quicos provocados pelos médiuns sdo as almas dos deiun-
tos, aão estd cientilicamente demonstradd,
Para logo fazemos notar que não tratamos dos fetú-
mrys espontôneos, mas ünicomente dos provocados peÍos
mldiuns. Nem tratamos da cduw. ou cauú extraordiiártas
que podem produzi-los, mas sim da csuso ordindria e coas-
tonts a qye são devidos."
- O nosso argumentô proeede desta maneira:
,O úniço argumento que os Espíritas aduzem para ad-
.
mitir a intercomunicação entre os vivos e as atmal dos de-
.funtos é o próp1io testemunho dos espíritos.
Ora, este testemunho não está cienüficamente com-
provado.
http://www.obrascatolicas.com
290 Cg:tos lilario de Hereüa; S.'L'.
' Ora, o âÍgumento do testemunho dos espíritos (no. caso
de provar) pÍova demais: r
Logo, o-- argumento do testemunho dos espíritos nada
prova cientificamente.
A maior é admitida como um axioma.
A menor: "Se alguma coisa prova o testemunho dos
espíritos é que: todos os fenômenos (verdadeiros ou falsos)
que se verilicnm por intervenção dos médiuns são produzi-
dos pelas almos dos defunÍos".
Ora, isto é provar demais;
Logo, o argumento do testemunho dos Espíritos Prova
demais.
Comp ümos, paÍa os Espíritas, a começar pela Sra.
Fox, basta que os espíritos (?) digam serem eles, isto é,
basta que os 4rédiuns digam, escrevam ou soletrem que a
manifestação tal ou qual é produzida pelos espíritos, para
serem cridos indiscutlvelmente. Tantos e tão absurdos são
os fenômenos admitidos pelos Espíritas em virtude do tes-
temunho dos espíritos, que basta um pouquinho de senso co-
mum paÍa ver que entre' eles há uma infinidade que 1ão
têm outra origem senão a fraude. E, setn embêrgo, os Es-
píritas (não os Metapsiquistas) os admitem como verdadei-
ios, Íundando-se no testemunho dos espíritos, isto é, do
médium. ::
Nãonosesqueçamosdoquetemosrepetidováriasve.
zes: "Enquanto for desconhecida a causa que produz um. '
fenômeno misterioso, a impressão que,recebemot é a mes-
ma, quer este seia produzido por üma causa preternatural,
queÍ por fraude". Por outro lado, a causa do fenômeno pre-
ternatural ou fraudulento fica oculta ao espiritísta, peÍsua-
dido como está de que essa causa oculta "são os espíritos";
ele não tem muito que pe,nsaÍ, e toma incondicionalmente
como produzido pelos "espíritos" o que é grosseiro produto
de fraude.
Assim como os sustentadores da Teoria Diabólic?, h-
seando-se no fato de poder o Diabo tudo ou quase tudÔ,
exâminam pouco os fenômenos, dando-os Íàcilmente como
genuínos, ássim também os espíritas que crêem terem os
espíritos poderes estupendos não se metem a averiguar 3
gCnuinidade das manifestações,'dando-as sem difieuldade
como autênticas.
http://www.obrascatolicas.com
:
As Fraudes C*ealfÍa. 'e os Fànilmrois naàpftqricos ml
''; Não se faz fàcilmente ideia do que é que os espÍritas
ci'êem pelo "testemunho dos espÍritos", até que alguém se
,proponha fazer um estüdo sobre isto. Então se descobre'um
ôonglomerado de coisas as mais absurdas, estranhas e in-
fantis.
Se o leitor quiser persua.dir-se disto, recomendamos-lhe
ler o capítulo XIV do livro de Houdini tantas vezes citado,
"A Magician among the Spirits". O capítulo intitula-se
'{What you must believe to be a Spirítualist". Mas, se não
tiVerem à mão este livro, e por casualidade tiver o "O
Hipnotismo e o Espiritismo", ão Dr. Lapponi, recomenda-
mos-lhe ler atentamente o capítulo III, e depois de lido fa-
zer-se esta pergunta: Se o bom do Dr. Lapponi crê -que
todos estes fenômenos existem, que coisas não hão de crer
os espíritas de puro sangue, quaúdo os espíritos o cer-
tificam?
Cremos que com isto Íica suficientemente demonstrado
que o argumento do "testemunho dos espíritos", segundo
o entendem o§ espíritas, prova demcis.
Não nos esqueçamos de que a nossa tese é contra os
espiritistas, e não contra os metapsiquistas, e qu€ o que
tratamos de demonstrar é que "a intercomunicação" entre
os vivos e as almas dos defuntos não é um loto comprovado
(como sustentam os espíritas).
Consideremos, pois, o Espiritismo como uma hipótese,
com o intuito de discutila. Desde logo advertimos ndo se
trdlar aqui da sobrevivência das almas, senão de se esÍas
olmds sobrevivgntes sdo ou rúo a causa principal dos fe-
nâmenos metopsiquicos provocados pclos médiuns. Assim,
pois, no caso de Antônio, que supusemos vetdadeiro, à per-
gunta: Quem foi que comunicou ao médium a notícia de
gue quando menino ele havia roubado um anel de sua tiá,
e que esta lhe perdoou ao lhe devolver ele o obieto rou-
bado?, os que sustentam a Teoria Espírita respondem: "Foi
o espÍrito desencarnado da tia de Antônio"! Como se vê,
imediatamente esta teoria tem visos de verdadeira, porquan-
to, se ninguém no mundo (isto é o suposto) tinha notícia
daquilo senão a tia e Antônio, e este diz: "Eu não o co-
muníquei ao médium", parece não restar outra iolução se-
não 'íter sido a tia defunta" (isto é, a alma dela desencar-
nada) quem o comunicpu ao médium.
l9t
http://www.obrascatolicas.com
f,ste arg;umento, que parece achatantg sê-lo.ie- com
efeito, se não tivesse uma saída.. . e a tem,. como ve;e-
mos noutro lugar, Agora basta propor outro exemfio seme:
lhante que aclarará nossas ideias.
O fenômeno dos dias e das hoites é inegàvel. Qual é
a cáusa dele? Para os antigos não havia a menor -dúvida.
"E'que o Sol.gira em toúo da Terra".lA proua é evi-
{ente: Enquanto que o Sol muda de posição 'constafite-
mentg todos os dias, do oriente ao ocaso, .s Terra ftdo
se move em mínimo coisa, sendo-nos ambas as coisas pa-
tentes pelo testemunho dos nossos sentidos. Logo, se o Sol
muda de posição e a Terra não- se move, é porgue o Sol
gira em torno da Terra, produzindo assim o fenômeno ine-
gável dos dias e das noites...
E, contudo, é a Terra que se move ao redor do seu
eixo, embora não nos demos conto desse movimento, e não
é o Sol que se move em torno da Terra' produzindo o Íe-
nômeno em questão
Segundo isto, corno em seu lugar veremos, não foi a
tia queá enviou a mensagem ao médium, Qas Íoi Antfuio
quem "inconsciéntemertte" a mandou.
A não haver 'outras explicações racionais e fundadag
que assinalem outra mente como a causadora do Íenômêre
metapsíquico, a Teoria Espírita teria uma força inegável- '.
Entre as muitas dificuldades que §e apresentam contrâ
a Teoria Espírita há uma de mui difícit solução: "A coÍg;
provação da identidade do espÍrito*que se nos apresenta".
Como se há de comprovar que o espírito que comunicou
ao"médium o segredo de'Antônio foi o da tia? Para os
espíritas, isto 'nãõ tem dificuldade: "o testemuntro do ee-
pírito"; o espírito diz que é a alma desencarnada da üa
de Antônio, € o seu testemunho é verdadeiro. Mas para
os metapsiquistas o problema é muito complicado. Con-
soante a comParação do próprio Conan Doyle, quando os
espíritos se comunicam conosco por via dos médims, dá-
se algo parecido com o que sucederia quando Íalamos pelo
telefone sem poder estar seguros de quem ê que -nos está
Íatando do outro lado; Pois, segundo as teotial espÍritas,
as almas desencarna&s têm uma espécie de onisciência;
sabem de tudo, e asgim o segredo da tia de .Antônio era
do domÍnio comum, pdo meaos "no plano" em qus ela es^
http://www.obrascatolicas.com
=_.
i:,.
' '1Bva quando seu sobrínlto recebeu a'mefisagim. Pôdà ésta
,-: , duito bem ter sido dada por um dos inúmeros espíritos que
andavam por ali, e não pela boa da tia. Conan Doyle, com
um4 ,ingenuidade lamentável, diz, referindo-se a €sse co-
, nhecimento das almas desencarnadas: "It may be remarked
in passing that these and other examples show cleerly
either that the spirits have.the use of an excêllent referenêe
ji-, librar.y or êlse thàt they have memories which produce
: something like omniscience". "Diremos de passagem que
', estes e outros exemplos manifestam claramente uma das duas
:. coisas: ou que os espíritos têm à'mão uma csplêndida bi-
blioteca de referênci4 que podem usar, ou então que. .têm
, meniórias que produzem uma espécie de onisciência"' (Tte
; New Revelation, pãg. 75). Esta explicação do grande es-
j... piritista não. requer comentários.
Muitos e mui. difíceis são os problemas que se apre-
sentâm aos metapsiquistas que admitem !'a hipóte-se Espí-
rita como uma hipótese a explorar", mas este da identida-
de dos espíritos é dos mais importantes. Assim o reconhe-
ceu o famoso F. W. H. Myers, que, tratando de resolver
este problema e juntamente demonstrar a intercomunicação
dos vivos com as almas dos defuntos, teve uma ideia ori-
ginal, depois seguida por muitos. No ano de 1891, enceÍrou
com todo cuidado num envelope duplo uÍR manuscrito cujo
conteúdo só ele conhecia, e entregou-o fechado e selado à
Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres, com ins-
iruções para riue somente depois de sua morte fosse aberto,
quando algum médium de confiança asseguÍasse ter rece-
bido dele (Já morto) a comunicação do que o envelope con-
tinha. Myers propunha, de lá do outro mundo, fázer todo
o possíüel para comunicar-se com seus amigos deste, dan-
do como prova da sua identidade a mesma -mensagem con-
tida no envelope. Não resta dúvida que esta teria sido uma
bóa prova de existir comunicação entre este mundo e o ou-
tro, por conduto dos médiuns, se tivesse dado resultado.
Sucedeu, porém, que quatro anos depois da morte de
Myers, a 13 de Dezembro de 1904, havendo uma famosa
médium inglesa chamada Mrs. Verrall, assegurado que a
alma desencarnada de Myers lhe comunicaÍa a mensagem
secreta, abriu-se a sobrecarta e verificou-se güe... o que
o Myers deixara escrito ttoda tinlw que vcr com o que a
http://www.obrascatolicas.com
M Carlos lllada de Hercüa, 8. l.
Verroll escrcveta.automàti«rmente. E o Pior do caso foi que,
ao ver esta discordância completa, o bom do Sir Oliver
Lodge deu como solução, nd.o q.ue a Verrall se equivocaia,
mas q.ue Myerc sç, esquecera do q.ue tinlw deixado cscrito
tw sobrecarta... Pois se as almas dos defuntos assim se
€squecem de documentos tão imlortantes que hão de ser'
vir como provq inconcussa da sobrevivência e da interco-
municação dos defuntos com os .vivos, que memória terão
para outras coisas de muitíssiÍno menoÍ importância?. . .
Se o leitor deseiaf estudar este caso, pode ler Clodd, "The
Question", págs. 220 e 2?1.
Para terminar daremos outro exemplo parecido que
mrito deu que falar aos. jornais americanôs, recentemente.
Antes de morÍer, Houdini tinha deixado a sua e§Po§a
"uma chave especial" que ele procuraria usar do outro mun-
do por via dos médiuns, no caso de lhe ser isto possível.
Doii anos depois de ríorto Houdini, alguns médíuns disse-
ram terem recebido comunicações autênticas da alma de-
sencarnada do grande perseguidor dos Espíritas. Esta no-
tícia não pôde deixar de causar grande sensação entre es-
tes, e de interessar não pouco ao público em geral. Os re-
pórteres assediaram a Sra. Houdini com perguntas, e esta
declarou repetidas vezes que "por mais que tivesse feito
paÍa se pôr em comunicação com seu falecido esposo, nadc
lnvia conseguido, e que os comunicados que os espiritistas
tinham atribuído o Houdlni eram comptetamente fot§eis'.
'
Com,isto damos firn a este já longo capítulo, concluin-
do que: tendo sempre presente tratarmos ünicamente da
caus ordindria e constante, e não de causa§ extraordiwirias,
O Espiritísmo não é um loto comprovado, e, conside'
raô comô teoria, não tem valor algum científico.
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo XX.
Prolegômeno§.
http://www.obrascatolicas.com
r :::}
i:j-
http://www.obrascatolicas.com
r.'ô-.
As Fraadee ÊFetúas e os Fenômertos'.i{ct4pstquicoo {gz
:a do Sul, como aindados leitores de muitíssirnos lonmis
revistas norte-americenât, os quais,
a --' , com
_---- aflauso,.-derdm
_r-----,
lftpr.em.suas colunas aos Rossos artigos óbre tão inte'
resmnte matéria.
. Quisemos abrir aqui este p:irêntme para os leitores've-
. rem'que nos não abalançamos a escrever sem preparação
prévia e conscienciosa, e que tratamos a matéria nãó a ten-
rio aprendido só em llvros, mas tarnbém na prática. O pre-
sente livro leva esta vantagem sobre outros anteriores, que
,,' só foram escritos "sob relerências". Nem quiseros i"iet
estas observações no Prefácio, a que parecem pertencer,
pelo reeio de não serem lidas, iá que é costume gtral de
-muitos leitores não lerem prefácios.
http://www.obrascatolicas.com
-'.ffi -Carlos llada dc Heredia, -§, l.
otlptos diversôs; não há. diÍiqtldade, o diabo põe-se em-
rnovimento rylicàndo "activa passivis";.e; pelo que diz res-
peito às almas dos defuntos, elas verão.oomo o Íazcrt, Ínâ§
fazem dançar a mesa ou tocam pandeiro; também úe há
.dificuldade. E o mesmo se diz de todos os outros Içnôme-
flos, quer físicos, quer mentais. O diabo pode quase tudo,
,consoante os que sustentam esta teoria, e o mesúno crêem
'os espiritistas sobre o poder dos defuntos, âos quais atri-
ôuem esses fenômenos. Mas, quando se trata de dar uma
explicação natural, cada classe de fenômenos admite diver-
.sas teorias. Daí que, enqu-anto Crawford diz.que, se uma
{nesa se moyo, é porque sai do corpo do médium uma eB-
pecie de braço tubular formado de ectoplasma, que a le-
vanta, Crooks atribui o mesmo fenômeno a "fôrças psíqui-
cas invisíveis" que operam à distância.
A -teoria do "corpo astral" é muito favorecida. Esta
'teoria não é nova, pois desde tempos imemoriais alguns
acreditaram que a alma, ao sepaÍ:rÍ-se do corpo, leva con-
sigo uma espécie de envoltório que, sem ser matéria prÔ-
priamente dita, mas sim algo de etéreo, tem a P1óp1ia for-
ma do corpo material. Destes coÍPos fala amiúde Catarina
Emerick nás suas famosas'revelações; por esse§ corpos, a§-
segurava ela que sem diÍiculdade se podiam reconhecer as
pessoas defuntas.
Segundo Grasset ("L'Occultisme d'hier", cap. VI[]'
"da meima maneira que o carbonato de soda une duas coi-'
sas tão diferentes como o azeite e a água (sic), para pro-
duzir o sabão que é uma substâneia homogêne4 assim- o
corpo astral unà o azeitp espiritu4l corn a água material,
Íazàndo um sabão vital". Embora a química desse bom se-
nhor ande algo transtornada, quisemos citá-lo Para que se
entenda o quã elgs chamam "corpo astral'!. Pois bem, des-
se coÍpo astral saem radiações, às vezes luminosas, ,às ve-
zes escuras, quo pr-oduzem .o§ efeitos luminosos ou dinâ-
micos observados nos fenômenos metapsíquicos. E, quan-
do os corPos astrais de dois seres vivos, saindo Íora à
maneira de tentáculos, chegam a tocar:se, as §uas impres-
sões se comunicam como sl fosse por meio de arames' O
ectoplasma é a matéria de que se Íorma o corPo astral'
Por itÍso consideram tão importante o seu estudo os que se
dedicam- aos feoômenos mltapsíquicos. Quando invislvel-
http://www.obrascatolicas.com
ás Frauda lBeÍ{tr4s c os Fca6n$aôs ü}etup$quicos Jg9
mente sai do. corpo htuta«) vivo, esse ectoplasma pode pôr-
F em comunicação não só com outro corpo vivo, como ain-
df, com um espírito desencarnado, o qual, apesar da de-
serrcarnação, ficou coÍn a sua coberta ectoplásmica.
O famosíssimo físico inglês Sir Oliver Lodge escreveu
um livro em que, a propósito das comunic.ações Q além-
túmulo feitas por seu filho Raimundo, nos Íala do corpo
astral, como o considêram no.outro mundo.
"Meu corpo", diz Raimundo, "é muitg semelhante ao
que eu tinha antes (de morre..r). Belisco-mq uma_s vezes a
lver so ê real, e o é sim, mas não me dói tanto como quan-
do eu beliscava meu corpo de carne".
"Tenho também pestanas e sobrancelhas e língua e
dentes. E acaba de sair-me um novo dente (Raimundo mor-
Íeu na guerra já taludinho), no lugar onde me caiu o ou-
tro (enquanto vivia)". (lsto é uma terceira dentição astral).
". . . quando na gueÍta algum corpo material é despe-
daçado (por uma bomba), custa muito trabalho ao coÍpo
astral iuntar de novo todas as suas partes para ficar com-
pleto. Para ajudar neste e noutros casos, como de queima-
duras, temos aqui "espíritos-enfermeiros" qpe ajudam..."!!!
(Raimundo, págs. 194, lS).
Como se vê, todas estas teorias são antes para pro-
curar explicar a prte /Ísdco dos fenômenos metapsíquicos.
A nós estes interessam sômente quando se relacionam com
a parte intelectual ou Mensagem, e por isto não insistimos
mais nestas explicações.
O que a nós Rqs importa é a Mensagem, e daÍ nos de-
dicarmos a estudar a única teoria natural quq parece ex-
plicar este fenômeno: A Telepdtica.
Ainda que os fenôrnenos que hoje -chamamos telepá-
ticos seiarr conhecidos desde tanpos imemoriais e sua exis-
tência tenha deixado um sulco muito assinalado na história
de quase todos os povos civilizados, todavia o seu batismo
com este nome, que agora nos é familiar, é de época mui
recente. Myers, q farmso psiquista inglês, um dos fundado-
res da "Society of Psyúical Research'i de Londres em 1884,
foi quem formou de duas raízes gÍegas a palavra teleptia,
isto é, sensação à disttlncia. Tinha ele observado uma por-
ção muito nuÍmÍosa de'fenômenos de transmissão mental
que não tinham um nome determinado, e, não achando ou-
http://www.obrascatolicas.com
tfo:mêlhdrr :deu-lhe o citado, que twe sorte. Poucas pe§.
sbas entendem o que esta palavra significa cientificamente,
e, sem embargo, qualquer pe§soa de mediana ilustiação pa-
rece entender deSde logo o significado geral desse voeábulo.
Como diz muito bem Riclret: "Quase toda a metapsí-
quica subjetiva pode reduzir-se ao só Íenômeno que o§
magnetizadores de há urn século chamaram luéidez ou cla-
rividência (Hellsehen), denominado na atualidade, com âl-
gumas variantes no sentido, telepatia, e que eu propus cha-
mar oriptestesid' ("Tratado de Metapsíquica", cap. II,
No. l).
As provas da existência dos fenômenos vulgarmente
chamados telepáticos são tão numerosas e bem cqinprova-
das, que não há razão justificada para duvidar dela. Fa-
lamos da existêncio do fenômeno, e não das hipótescs co-
gitadas para explicá-lo, o que já é coisa muito diferente.
Há atguns anos "duvldava-se de que taii Íenômenos
existiçsem"; mas, devido ao labor pacientíssimo, ordenado
e científico da Sociedade de Investigações Psíquicas de Lon-
dres,'foi catalogado um número tão crescido de fenômenos
desta espécie, que já não é razoâvel duvidar da sua exis-
tência real. Basta peÍcorrer sumàriamente os iá numerosís-
'simos volumes dos "Proceedings" e o "Journal" publicados
por dita Sociedade desde 1884t pâta convencer-se do çie
indicamos. Outras sociedades similares fizeram a mesmà
coisa a exemplo da inglesa, aumentando assim as provAs
da existêncio dos fenômenos em questão;
+tA grande maioria desses fenômenos catalogados são de
caráter "epontâneo', embora não faltem muitos exemplos
de fenômenos "provocados'r para o estudo experimental dos
mesrnos. Esses experimentos têm sido levados a efeito cien-
tificamente com "percipientes" diversos, em condiçtões dis-
tintas e com resultados vários. De agora ern- diante chama-
Íesros percipientes (e não mfiiuns) os indivíduos de'gue
os psiquistas se servem paÍd a experimentação, com o in-
tuito de afastar a ideia dos espíritos, que náo taz senão
perturbar todo critério científico e a consciência delicadá
de alguns leiüores; além de, por outro lado, ser esse o nome
cientÍfico que atualmente se dá a tbssas pessoas por mêio
das quais se produzerm esses fenômenos,mfurais.
E' tão geral a produção do ftnômeno telepático, que
http://www.obrascatolicas.com
. .: -: . -- :
http://www.obrascatolicas.com
WZ . ':.' Carlos Moria de Heredio, §. ,.
Não darnos outros exemptos Por pareaer-hos inútil. §c
alguns'"c-ientistas" duvidam da Telepatia, estamos ürto§
de que a maioria dos nossos leitores a terão, como á temos
nôs, por um fato.
Embora em muitas ocasiões se dê o nome de Telepá-
ticos aos casos de Ctarividência; não se deve confundi-los,
tanto mais quanto estes não estão tão bem comprovados Éo;
mo aqueles. Há provas em bom número Para cÍer que a
Clarividência existe, mas não de tal sorte, pelo menos até
o presente, para se ter este fenômeno como suficientemente
comprovado.
Citaremos um exemplo gue nos fará entender a. dife-
rença entre os dois fenômenos.
Um percipicnte em estado de transe diz: "Eslou vendo
um quarto grande com uma clarabóia no teto; parece umr-
biblioteca. Na segunda estante, entrando à direita; e na
quarta prateleira dessa estante estou vendo um livro com
capa de pergaminho. Entre as páginas 123 e 124 hâ uma
grawra em aço que rePresenta o incêndio de Roma. Neio
está sobre um muro com a lira na mão. A traça comeu
várias partes dessa §ravura". Supõe-se que ninguérn saiba
da existência desse pergaminho nem muito meno§ se co-
nhece a gÍavura, etc. Pois bem, os que pÍocuram explicar
tal fenômãno pela Clarividência sustentam que o pe-rcipientc,
Vidente neste caso, tem a faculdade "§upranormal" de ver
à distôncia, no espaço e no tempo, coisa§ ou §ucesso§ serrÍ
que o objeto envíe emissão alguma. O vidente uê, através
da matéria, do espaço e do tempo. No caso da Telepatia
"supõe-se que o obieto emite radiações ou cnvia ondas' que
são- interceptadas pelo percipidnte e convertidas em sensa-
ções gerais (sentimento como no caso primeiro), auditivas
ou vi§uais. No caso de Telepatia que citamos, supõe-se que
o enfermo inconscientemente enviou uma série de oada§
que, interceptadas pelo filho, produziram neste a obses§iúo
de voltar qúanto antes para iunto do pai. Agora !íe mos
metemos a discttir nem üm nem ôutro caso, citamo-log aPe-
nas como exemplos para distinguir o que se entende por
Íenômeno tetepático e de clarividência. No priryreiro há um
agente'transmissor que envia alguma coisa. No segry&
não há transmissor, ienão que o Vidente vê, §em reebÉÊ-
influxo algum do obieto. Ambos os fenômenos supõem-se
http://www.obrascatolicas.com
ás Fratües EupÍnTas e os Fenâmenos ltetapslqaicos flI3: '
http://www.obrascatolicas.com
Capítulo XXI.
Ambiente Propício.
E' coisa bem sabida que os médiuns u§am em sua§
sessões de alguns acessórios que, segundo eles, são ou rte-
cessários'ou muito conveniente§ Para à produção do fenô-
meno. Tais são a escuridão, a ideia da morte, uma músicq
monótona de tom religioso, a passividade dos experimentà- '
dores, a uniformidade de opiniões dos presentes e outras
coisas desse gênero. Para muitos, tudo isto é pura fraud§ '
e muitíssimas vezes o é; mas, se se estudar o cam deti-
damente, pode-se chegar à conclusão de que, para a pro-
dução do fenômeno verdadeiro, se requer que tanto o mé-'
dium como os experimentadores se achem "num estado de
ânimo especial e num ambiente propício", para cuja forma-
ção auxiliam os acessórios que mencionamos.
. Cumpre ter presente que o fenômeno que procuramo§
provocaÍ não é físico, porém mental, e que está ou Parece. -
estar lntimamente ligado com a mente subconsciente do per- =-t
cipiente como com o terceiro arquivo dos expérimentadoreq
Pois bem, para que "o terceiro arquivo" funcione, Íequer-
se pelo menos certo estado de ânimo, "to bg in a mood";
como dizem em inglês, que disponha a mente subconsciente
para operar. Para melhor nos fazermos comPreender, rdire-
mos que o estado de ânimo mínimo que se requer Para
operaÍ favoràvelmente pode-se equiparar, em certo modo, a
isso a que se chama "inspiràção" poética, musical, artística,n
etc. Não basta ser poeta, músico ou artista, para produzh
obras originais, íequer-se "estar de veia", achar-se inspira-
do. Inspiração essa que é obra principal, senão'única, da
mente §ubconsciente.- Pois bem: esse estado de ânimo havia- .=ã,
se produzido até agora pelos métodos supra-indicados,' e
em especial pela ideia da morte, lntimamente unida com a
recordação'dos defuntos. Como veremo§ mais adiante, quan-
do o terceiro arquivo Parece resolver-se sob o influxo de
http://www.obrascatolicas.com
Ír,:: :..-
.. : --1::..r:!!':-. :-. .1
, r--{:- * .
,; p7*4g3;5§iih{Íüs
http://www.obrascatolicas.com
306,
http://www.obrascatolicas.com
;
. :}{i:.-:{:i::.:
;1::r1_;i!!i.:.
,---:'a-i+:_
-.,-
-'
,
: ''- - a
ás frariltiÊi$iàjnas c os Fat&Ítiltus-ttctapstqürrs. #t
ii.:l
.
. {gca. tpte o perceptoÍ .íntercepta, e, tornando-a siíêid*a;
i'-r'Eansmite-a aislêticamente ao diapensor.,
:' ." Com isto'fica expllcado cientlficamente tanto o Íenô-
1.- meno qímo a teoria. -
Por experiência sabemos que o perceptor é muito mals
r serlsÍv€l a influências externas (provenham estas de um es-
pírito quer não encarnado, quei- desenôarnado, quer encar-
' nado) quanrlo se acha num estado anormal ou semi-anormal
deuido à hipnose ou ao transe (completo ou incompleto).
- S$emos igualmente que, durante o fenômeno, sua áção é
assinéidaca, e não controlada pelo Eu consciente, de sorte
que, no que respeita ao perceptor, todo o fenôtneno é asSi-
néidaco,
Pelo que respeita ao diapensor, acabamos de ver que
ele irradia assinêidacamente com mais facilidade quando o
'Eu se açha num estado de ânimo que favorece o desequi-
Iíbrio das impressões que se encon[ram nos substratos Qa
mente subconsciente em estado de cóimesis.
http://www.obrascatolicas.com
comô protólipo,-Pelo §uPosto, §ó dues.Pe§soAs tin[an e
nhecimento do fato a que a men§agellr se refere:'a üa'de
Antônio, morta, e Antônio, vivu, embora inteiramentg es-
quecido do sucedido, até que este lhe foi reaviva& na
memória pela mensagem recebida poÍ intermédio & Pet-
ceptor.
/.-
\
'r'Il
lhs .4
II
.TEORíA. E SI'{RITI§TA
T
l-§
/a
i]- ,-
IIIJ 'IüIPATICA.
Ic'
http://www.obrascatolicas.com
Is Frci&:t.p&iras a'os FeiúÉiaaes.lfrúapd@oc e
i-.. Funi'innammtoj O Dernônio, D, recebe da tia T a
:'-'irotlcia da mensagefl, t. (Também se pode supoÍ que rer
cebeu a mesma notÍcia de Antônio, A.) O Diabo, D, oPe-
Íando sobre a mente subconq$entq .I, do perceptor,..P, co-
.mr$ica-lhe a mmsagem M. Esta mensagem M passa'.da
tn€nte subconsciente I do percrcptor P para a mente cons-
'ciente do mesmo, C. Então o perceptor P comunica a men-
sagem M a Antônio A, por meio de um dos sentidos S, e
Antônio recebe na sua mente consciente C a mensagem M
- por üm de seus sentidop S. Enquanio isso, a mensa[em M
'conhecida, embora esquecida, por Antônio, permaneceu na
mente, subconsciente deste, I,
sem haver intervindo em nada
no fenômeno. Sômente depois de gecebida a mensagem M
é que Antônío se lembra do fato e o declara verdadeiro.
No segundo diagrama, temos a explicação do mesmo
Íenômeno segundo a Teoria Espírita. Este caso só difere
' do anterior em que o Diabo não entra nele em nada. O
espírito desencarnado da tia de Antônio, T, é que direta-
mente se põe em contacto com a mente subconsciente do
_ perceptor P por meio do corpo astral, significado pelo nim-
bo que rodeia T e P; e éste (como no caso anterior) co-
munica a mensagem a Antônio, seguindo o mesmo caminho.
;' No terceiro diágrama temos a explicação Telepática.
i: Nesta brilham pela ausência tanto o Diabo como a tia de-
: funta. O fenômeno verifica-se ünicamente "entre dois es-
píritos encarnados", o -de Antônio e o do perceptor, do
modo seguinte:
- Funcionamento: Da mente subconsciente de Antônio, I,
onde se acha, embora esquecida, a mensagem M, pela ação
de um estímulo determinado, sai em direção à mente sub-.
congciente de P I, sem que Antônío se dê conta desta cmis-
siÍo. Da mente-i[consciente de P M Passa, pelo mesmo pro-
ctsso que nos casos anteriores, à mente consciente de P C,
e deli, por intermédio dos sentidos S' e S de P e de An-.
tônio, é recebida na mente consciente deite "com grande
admiração", pois ele iurâ e torna a lurar que não teve
nada que veÍ oom esse assunto, iá que "não tiúa trtns.'
mitído nada" ao perceptor... A terra não se vê moveÍ, e
cotrto& se move. Das ações.subconscientes, quan& estas
o são estritamente, em absolüto não nos damos corta, .co-
http://www.obrascatolicas.com
L.-
http://www.obrascatolicas.com
CapÍtulo XXII.
..
http://www.obrascatolicas.com
312 . Cailos lilaria de Hereüo, S, !. :
http://www.obrascatolicas.com
rls c os FcaüiacnÉ flcta4i$Íifrs 3t3
- t hÍhe*ia trtmendi Cm odores para reavivar tembranças
.,' etsreddas: Os odores'üqr força especial, muito superior às
,' ccnsaçües auditivas ou rrierais, para nos excitar a memória.
,.' E'olsa curiosa .é que as rrcordações que rnais geratmente
parecem ser reavivadas pelos odores "são as primeira'
i ' : Sle tais odores nos excitaram na mente, ou aqueles em que
. s'odor está ligado a algum Íato mais impressionante da
nossa vida. O aroma das gardêniae,.tão comumente usadas
. nas regiões tropicais para enÍeitar as sepultuÍa§, em forma
de coroas fúnebres, ou em fon1a de grinaldas para orna-
mentar as igrelas nos casamenbs, em lugar de excitar na
memória de um amigo nosso a lembrança de tantos casa-
mentos ou enterros a que havia assistido, Iembrâva-lhe sem-
pÍe uma. "tEige de galos", a primeira que viu em sua vida,
em Córdoba (México), onde também pela vez primeira o(F
, nhecera e sentira o aroma das gardênias.
O cheiro tão "característico" do queijo Linberg desper-
i_ tava tenazmente na memória de urna senhora, õonheêiaa
t'" nos§a, o dia da inauguração de uma grande fábrica de Íia-
- .ção e tecidos, no qual, a propósito desse queijo, sucedêu-
,. Ihe um contratempo muito interessante que ela contava com
: nfu pouca graça. Sabendo disto, em quatro ocasiões diÍe-
rentʧ, estando presente essa senhora e sem que ela o ío-
taqse, abrimos uma lata do tal queijo numa peça distante
de onde ela se achava. O efeito não se fez esperar, por-
quanto,, embora em três ocasiões-o cheiro não fosse per-
:l' ceptívêI, e apesar de'versar a conversa sobre tópicos úito
,,, diferentes, quatro vezes a senhora nos'contou a mesma his-
tória, com regozijo não pequeno dos experimentadores.
No caso que vamos nafiat,. e que nos ioi contado por
um doutor amigo nosso, a propósito.de uma conversa que
com ele tínhamos tido sobre o efeito dos odores, ver-se-á
que estes são capazes de excitar sonhos vivíssimos. Dizia-
nos ele: "Entre os meus pacientes eu tinha uma jovem gue
acabava de dar à luz uma criança, e tanto eta como a
criança aúavani-se em estado normal. Um dia, ao fazer
a minha crstumeira visita, a enfermeira nos disse que a !o-
yem se aúava muito nervosa poÍ causa de um sonho que
üúa tido Ea noiie anterior. Éncontramos a paciente nurn
vetda#ro. ataque de histeria,.detÉthada em .lágrimas,l Con-
toü-nos eIà que na noite precedente ünha vistõ en sonhos
http://www.obrascatolicas.com
3l* ' Aailos lfuia de Herbdia, §- l. ,,
http://www.obrascatolicas.com
Ás i§*pír{las e os Fenôaenas tr{rlapdguieos 3t§
"i:' 1 .
http://www.obrascatolicas.com
., :
http://www.obrascatolicas.com
tsr Fra4iÍút:, É,spúrltas e os Frlrlfucaos üaliffirdcos ll7
de micrósmatos, isto é, de odores infinite§lmais, coitio tam-
üêm.a produção eviderÉe do fenômeno de transmissão men-
H entre a mente inconsciente do meu amigo e a do Per-
çptor. Segundo parecia muito provável," o odor infinitesimal
do atho desequilibrou no í'mne[loarqueion" (terceiro arqui-
,yo) do nosso amigo a imagem esquecida da vinheta cor-
Í€spoÍdente à história do. homêm dos polegares perdidos
poí cheirar a alho. Então, de uma maneira telepática ele
a enüou ao Percrytor, que a interceptou e, tornando-a sen-
sÍvel, por meio do desenho automático a pôs em frente do
meu Cmigo, que não se pôde lembrar dela logo: Foi pre-
eiso um processo mental, operado durante o sono, Para que
no dia seguinte ele se lembrasse de onde tinha visto aque-
le deseÍho, o procurasse e felizmente o achasse.
Isto não eÍa uma prova decisiva, mas era certamente
urn fio digno de ser seguido t püa ver se se encontrava
alguma meada.
Um segundo caso que §e pa§sou conosco muito tempo
depois, veio a persuadir-nos de não andarmos seguindo
pista falsa.
Durante uma série de experimentos com outro Per-
ceptor, entre várias mensagens em inglês de bastante im-
portancia por diversas razõés, veio uma em castelhano. Não
havendo entre os presentes quem soubesse este idioma se-
não eu, entregara-m-ma, enquanto eu disàtia acalorada=
mente sobre outro fenômeno rnuito curioso que tínhamos
presenciado. Não fiz caso da mensagem senão após certo
lppso de tempo, terminada a discussão. Li'a então e pas-
mei; dizia assim:
http://www.obrascatolicas.com
:jr-iffi
http://www.obrascatolicas.com
-- -- .; _._ . . ..:. -.
As'Fraadla+.ErytiÍ&c c' os Ferúffi0* Illcttpstqaicos 3tS
http://www.obrascatolicas.com
- :_- .' .: -Í
3n Carles Mrrlíti de Hercüa, E. l.
pa$do o suor com o lenço. 'tg'Perceffor fez a &ocrição
exata do que me sucedeu em França, há mais de cinqtnta
ano§, a primeira e última vez que ministrei clorofórmio,
pois desde aquele dia, embora tenha feito milkares de ope-
rações, não tsrnei a dar clorofórmio a ninguénr- Esta im-
pressão foi tão terrível para mim, prosseguiu o cirurgião,
que durante muito ternpo eu não podia sentir cheiro de
clorofórmio Eem me lembrar daquela cena. Conttdo, iá ha-
via muitos anos não tornara a me lembrar dela; tinha-a
esquecido completamente.. . Não sei como o Perceptor pôde
fazer gma descrição tão minuciosa". Então contei-lhe o ca§o
das gotas de clorofórmio e éter que eu tinha deitado no
quarto antes de principiarem as experiências, com a e§pe-
rança de obter "algum resultado". "Pois lhe digg a você
que o "algum tesultado" é um resultado magnífico: "§oms
result(', como dizem eth gíria,americana"
Seguindo a mesme teoria, fizemos outra prova por
ocasião de assistir às experiências um especialista em l'dia-
betes". Deitamos antecipadamente, no quarlo onde devía-
mos experimentar, umas tantas gotas de acetona, e o re-
sultado toi surpreenderite. O Perceptor escreveu uma fór-
mula de remédio para os diabéticos que o especialista .ti-
nha usado -muitb§ anos atrás, embora sem resultado. A
Íórmula era conhecida só dele, 1»is era PreParação §ua, Ç
ele já a havia es{uecido completamente. E' sabido que oE
diabéticos em último grau emitem um hálito especial, pro-
duto do envenenamento pcr acetona.
Com estas e outras experiências análogas que, pof bre'
vidade, omitimos, ficamos persuadidos não sÔmente de que
por mêio dos micrósmatos, ao menos em algumas -cirçuns-
iâncias, se, podiam despertar' reminiscências olvidadas, ma§
também qué até certo pônto o fenômeiro telepático podia
ser provocado.
Os últimos experimentos que Yamos narÍar esperamos
acabem de. convencer o leitor de haver uma comunicação
da mente incpnsciente de um ser vivo com a mente incons:'
ciente de outro vivente; que dita comunicação é provocá-
vel, e que muito provàvelmente esta comunicação é a causa
ordinária e constante dos fenômenos metapsíquicos ver-
dadeiros.
http://www.obrascatolicas.com
Capítrb'XXllL .
A Tese Final.
.,., O descobrimento e popplarização da rádio-telefonia
1. veio deÍnonstrar de maneira palpáve1 que, usando determi-
nüdos ,aparclhos, pdem os hqmens comuniCar-se uns com
i111"'ot.yjros.por..meio
de "algo'l que qo.é perceptÍvel. pelos
l,;i', sÉritiAos. Aquilo quê noutros tempos teria sido tomado por
iii. obra diabólica, considera-se âgpra coisa vulgar.
'.,.'i qge "não conhece e não sabe manejar um rádio? Quem
é
E' claro
l'. {Fe a maioria dos que o manejarn não entendem pataviàa
,'- de €Íno é que se produz aquele efeito, o que, coÍnum c§-
.: , mo,se tornou, deixou de ser maravilhoso para- o vulgo. E,
t.:truldas,
sê petguntássemos a,muitas pessoas que se têm por ins-
em que consiste a "válvula", aparelho engenhosÍssi-
mo base da .rádio-telefonia, é provável que nos não sou-
'-- beseem responder acertadamenté, mormente se forem pes-
soas de certa idade. Os jovens já começam a aprender nas
fi,": aqlas
ii dà Íísica ou de eletricidade os segredos- dessa ma-
ravilha que ainda perrnanecem ocultos para as pessoÍts
que receberam educaÇão em teryrpos passados. E, se pas-
qarmos adiante e pirguntarmos como é que as ondas sono-
-
tas, que só se propagam em meios sólidos, lÍquidos e ga-
Ssos: ,po$em ser transformadas e transportadas pelas on-
1, 4* Íertzianas para depois serem liltràdas nos ãparelhoa
i,,, explicar
{e.çe#toÍes, menos pessoas haverá ainda que nos. possam
;I este fenômeno perfeitamente natural, emboia ma-
ravilhoso.
http://www.obrascatolicas.com
'fóssem interceptadas pelo aparelhozinho .que
Quaato n![o
estava sobre a mesa. *
A'maioria do ,auditório, formado de pessoas ilustradas,
admitia sem dificuldade as 'explicações do Conferencísta;
mas
'dando não faltava um ou outro "velho esperto" que sorriâ,
a entender que não "ia na onda".
Para demonstrar a verdade do que afirmava, o con-
feqencista fez funcionar o apaÍelho, não obtendo a princí-
pio senão apitos de§àgradáveis e ruídos semelhantes às des-
cargas de metralhadoras. Blasonando de engraçado, um
dos "espertos" disse ao companheiro, ao oüvir as degcar-
gas: "Estão falando em holandês", com o que aêre$itou
ter'feito uma áfrica. O conferencista oxplicor; que os api-
tos eram deúdoq em parte, às correntes induzidat pela usi-
na de eletricidade que havia nas proximidades, e as des;
cargas_ à eletricidade atmosférica.
Após um lapso de tentativas infrutíferas, que serviÍsm
aos "espertos" para confirmar-se na sua opiniilo' de que. .
) _ 1:: ''i
http://www.obrascatolicas.com
{,:';f,,,ti
http://www.obrascatolicas.com
ás fraudcs, Espbitas e os Fenbmerus Mctap§qaicos S
;, o aparelho transmimor cono ó receptor: guer üizer, quando
r,.. 3m[ss têm a sua bateria conlpleta. E não recorremo§ a teg;
http://www.obrascatolicas.com
W Carlas Mdria de Hercdiq §, l, :;, .ffi
'll$
e o do Pcrceptor. E cremos que os no§sos op*rit*t*
hão de contribuir para elucidar esta questão. Tenha-oe pre-
sente que não procuramos excluir a transmissão entre o '.
àonsciente e o subconsciente, senão que, em vistar das no§-' . ,
sas experiências, nos inclinamos' a crer que a tranrmissão '.:;g
telepática se verifica, 'lpelo menos mais Íàcilmente, 'utre l..rd
dois subconscientes", pois nos experimentos antes mencio, *I
nados f"r..u qüu . *àunicação sô verifica entre l'doig *U-
conscientes", coÍho sucede nos casos.espontâneos. .l ,.",,,,,,,,,i
http://www.obrascatolicas.com
t
As'Frwtles' E l/rru* i os Fenôniems" hlüapslqagos §t
'I
, 'Epta Íoi :a hlpótese que formamos e que nos pàreaiu
razoável, embora alnda não tivéssemos proviul que a con-
Ílrmassem.
Procurando nós levar a efeito uma experlência seme-
'lhante, perguntamos ao Perceptor: que cigarro sem mistura
àtqu'Íuntando? Pensávamos na marca do cigarro "Resti-
,f"', o Percgptor dá, por toda resposta, "ld'. Pensamos que
;à nobsa experiência tinha falhado. Mas, ao voltarmos para
àsa
-ô- e ao tomarmos outro cigarro. para fumar, notamos que
nome completo da marca en La Restitu. A nossa expe-
llência Íora feliz entre os dois subconscientes, ao passo que
Íàlhara entre o consciente e o subconsciente. Tínhamos [e-
dido o nome do cigarro pensando em Restiná, ao pasú
qlle o verdadeiro nome da marca era La Restina. "Ld' ti-
nha ficado no subconsciente e tinha sido transmitido, ao
passo que Restina, estando no consciente, não tinha pas-
eado. Esta experiência súgeriu-nos uma comparação que,
- embora vulgar, é muito eluçidativa,
Suponhamos estarmos num pátio onde há um cachorro
solto, enquanto que no corredor'tctnos outro cachorro preso,.
, Se dissermos em voz alla, de modo a sermos ouvidos pe-
los dois cachorros: "Siga-o, siga-o, siga-o", o cachoiro
prew não poderá Correr na direção indicada; ao passo que
o que está solÍo no pátio pode muito ber;r sair em busca da
,J,,
pÍesa. Assim nos explicávamos tanto a experiência das car-
tas como o do cigarro. A'teoria seria ou não verdadeira,
-mas ninguém negará que Êra digna de experimentação. As-
sim o fizemos, e o resultado iulgá-lo-á o leitor.
:Os diversos cigarros sem mistura Íabricados nos Esta-
&s Unidos têm gosto especial (flavour), conlorme a maÍ-
ç1, o que é devido a determinadas substâncias que são mis-
hr4d$ ao fumo, com o intuito de que o consumidor, "aces-
tumando-se a um sabor especial", não compre ôutros fu-
mos de. sabor diferente. Sabendo disto, ocorreu-nos fazer
a seguinte experiência:
Gornpramos cirrco espécies de cigarro§ de marcas dis-
. tiqtas que antes não havíamos furnado, e os fomos fuman-
do.um a um em diversas ocasi6es, repetindq ao nresmo tem-
po; o nome da marca, com o Íito de que o sabor e cheiro
e{mial de cada cigarro ficasse Ílxado na nossa ri,remória
iúnlemmte com o nonre da marca.
http://www.obrascatolicas.com
'i--'.-+"'- -t I
ü
328 Cailds Motio de Hereilkti §. -r1 .
http://www.obrascatolicas.com
..,: 'Ü i: '
ur.na pálavra
Ii, T: T:^:ol,h-.ço, e.entregou-r. á p"p.r, no quat, com tra-
ços niuito clarôs, vinha ãscrii"-.rtã õãilriã,
;:, "Purslond'.
!", De tat modo nos havíamos esquecido da traducão in-
rj glesa da patavra proposta, que tivemás d.;;;;iã"."r_
' teira para nos cer[ificarmos áe ser aquera a verdadeià
quçao. puxamos tra-
:, mado:
o papel e lemos perante o público pas_
t,t
i.r "Beldroega purstand,.
averiguamos que
- o jovem era per-
i,,. ce--_:"pnri
ptor.
um grande
http://www.obrascatolicas.com
2) Que esta comunicação se veritica inon§ciGntemente
€ sem'o ooncurso clos sentidos coqporaisi taid quais oÚ en- .
tendemos presentemente. -
3) Qúe esta comunicação é provável, de uma manelra
ou de outra.
4) Que, de uma manelra oü de outra, a mensagem que'
se comunica deve existir na mente subconsciente'
5) Que esta comunicação expllca de maneira natural o
Íenômeno metapsíquico provocado.
6) Que, dado o paralelismo entre o fenômeno meta-
psíquióo irovocado e d fenômeno espontâneo, pode-se muito
üeni aeAúzir que este também é produzido do n\esmo Íflodo'
comumente'cha-
Dada a simelhança-osdesta transmissão,
mada telepática, com fenômenos da rádiotelegraÍia; PCIi
demos deâuzir, à maneira de corolário, que assiã como as :
Tese
' sentença que sustenta que a causa-ordindria e cons;' j
'.
A
tonte do lenômeno metapsíquico provocado é uma comuni- ;
cação utàptitica entre o mente subconsciente do transmhsor
e a mentà subconscienie do Perceptor, tem um lundamcnto
bastante razodvel Wra ser consideroda cofita--uma higótese
a exploror, digtu:de ser Posta à prova ciotú{lumente' ' '
http://www.obrascatolicas.com
APÊNDICE I.
Confissão de um Méüum.
(-Eotr notável onfissáo de um rnédium é tirada do livro "Re.
.
",
rehçõ6 de um médirun qlpírita", publicado por um aubr dmo.
íàcc-i'do elrt 1891. Dizem qtã os órii'inais do iivro foram mais tar-
-cmro foram qrrcimadc pelos
;, _ dÊ 'ocnpr-ados e deshuHos, assim
1- . eplritas várias ceatenas di exemplarres deáse livrii aetei-órú- ãã
lir ,aeabar com a clrculaçáo do mesrlró1.
: No ano de 1871, era eu um iovem de dezesseis anos
e exêrcia um obscuÍo emprego na capital de um aós -És-
.:, tados do centro da União Americana. Erà materialista de
bila estirpe. Não cria em nada.
i, . ' Minha família, com exceção de meu pai, convertera-se
.':*' ao espiritismo, e erâm todos
assíduos assistentes das ses-
\ , sões de três ou quatro médiuns da localidade, e das reuniões
."r' dominicais organizadas pela sociedade Espírita dá cidade.
i
" Minlia família não se pÍeocupava comigo nem dizia
nada contra o meu modo de pensar.
Foi dó depois de quatro anos que eu tómei algum in-
, teresse pelo assunto e decidi investigar por minha iànta o
que era o espiritismo. Foi-me apresentada por meu irmão
.rtlra senhora de regular cultura e de tempelamento frio e
obsewador, 3 qual atuava como médiuú ôu presidia algu-
mas.vezÊs as sessões.
-: Â prlmeira sessão a que assisti Íoi feita por um mé-
dium mriito notável. Essa primeira pessão mudôu por com-
pleto mlolia ,vida, 'que até esse momento tinha óido irre-
preensível, lançando-me à carreira do logro e das aventu-
rag de que desdê então fiz verdadeira piofissão.
Deqle logo pus-me em contacto com médiuns profissio-
-
nais exclüsivameíte, e portanto minha nova carreira não
.plncipiou de manêira inircrta. Finalmmte cheguei à conclu-
.§ão de que, com o fito de conhecer absolutamente a'verda-
http://www.obrascatolicas.com
332 :Cmtoa ltaria de\:Itegtlkt, 8. l. ' . . '.' f*'
':
http://www.obrascatolicas.com
Ajkaus gúg
http://www.obrascatolicas.com
334 Cdrlos Maria de Haedia, S. l. .i
Ponha-se o leitor no meu'lugar e figure o que eú ; sen-
tiria ao considerar que aquela respeitável senhora depositava ,'.'l
em mim toda a Sua confiapça, quandg eu a estivera enga-
nando! Isto caiu sobre mim como uma duçha e creio que
qualquer um em meu lugar teria sentido o mesmo. ,i
Senti-me contente assim que os assistentes se forâm .i
I
embora, e pensei longamente na minha situaçãg, chegando' '.,
à cônclusão de não dever dizer naü a ninguêm, mas r8- l
solvido a não tomar parte em nenhuma outraêssão. A ima-
ginação trabalhou-mé contlnuamente entre uma sessão e ou- ,
íap^,aacharumadesculparazoávelesuspenderamiíha
carreira mediúmnica.
Chegou a noite fatal sem que eu achasse essa desculpa. I
http://www.obrascatolicas.com
r .....: - .' -Á;-,',4-r=*- .'
" r-r. r,ir;i.ÉliÊrÊ!'r}idll-
a
A,pêndíces
http://www.obrascatolicas.com
--
APÊNTXCE II.
http://www.obrascatolicas.com
{._ i- .,,#$n:i4§à
. Apendices 332
lreudcr ?reklfrr
- n
http://www.obrascatolicas.com
APÊNDICE 'IIt.
-
Babilônios Parisiensrei§.
. Um Íato em que se vê claramente a força incrlvel que
a imaginação e o, carinho para com os defuntos põem .a
serviço das piores farsas, foi o que se publicou num pÍtr
cesso que a justiça de Paris teve de iulgar, aos 16 e 17
de Junho de l8?5: Depois viram-se vinte causas semelhan-
tes, mas poucas Íoram tão signiÍicativas. Eis aqui a história
tal como a encontramos numa coleção de.relatos deese gS
nero. Um senhor Le;rmarie, que sucedera a Allaá Kardec na
direção da "Revue Spirite", anexou ao seu pequeno comér-
cio de livraria uma indústria mais produtiva. Associado a
um fotógrafo chamado Buguet e a um médium americano
chamado Firmann, pretendia evocar as sombras das pes-
soas mortas e entregar a Íotografia delas por um preço de
vinte francos. O cliente eútrava na loia; pedia-se-lhe que-
pensasse fortemente na pessoa cuia imagem queria poszuir.
Firmann fazia uns passes magnéticos46bre a cabeça de
Buguet; Bugúet driçava os cabelos com aspecto inspirado,'
mandava colocar o cliente diante do aparelho, e uns mb-
mentos depois mostrava ao cliente maravilhado a sua prG
pria imagem, por trás da qual aparecial uma forma vaga e
indecisa, com a aparência de espec'tro +nvolto num sudá-
rio, e em que só se destacava a cabeça, mais ou menos
confusamente. O mais maravilhoso era que a maior parte
dos clientes reconheciam nesse espectro o irmão, o tio du
a av6, e lá se iam 'embora com a preciosa imagem, muito
convencidos da força evocadora do fotógraÍo. Alguns, cuias
indicações haviam sem dúvida carecido de preclsão fharam
muito assomD'rados quando, tendo querido'evocar a sombra
de uma tia, viram por trás da própria imagem a de um
bombeiro, e, menos crédulos que os demais, fareiaram uma
velhacada. A justiça interveio e Buguet confessoú de plano
e revetou todo o mistério. A evocaçilo dos espectros Íazia-se
http://www.obrascatolicas.com
:'i,' j
Apêndices $g
poÍ meio de uns pedaçds de musseline, a modo de sudá-
,i1.-! rios; encerradog num cofre com uma porção de cabe4ai
rrr:i' ÍrecoÍtadas de fotografias velhas de crianças, jovens, velhos,
:;.i -::.'..
i-.i; hA-^--
homens. tbarbados,
^-L-J^- etc.,
^L^ --! - ^- r - ^ por categorias-
e^ colocadas em di-
;,§1.verso^s compartimentos. Quando se apresentavã um ctiente,
.$§ q- clxejra fazia-o prêviamepte falar e obtinha dele, com
::$,.fls9jmulaeio, as indicações suficientes para a evocação que
:+.,t:y:l de'-Íazer. Cor-ãtãnçao- dados . um iãi
"'usur
do cliente., tevgv-a o ctiché a um quarto
i,1 :ll,^9la.fotografia
r.', contÍguo, como que para submetê-lo às manipulações or-
çr. 911íri?r, mÍrs na realídade pala the juntar a'imagem,es-
l r: peckal conseguida por meio de um boneco a que"te jun_
i,,1 ,tava a cab_eça escolhida.
provou-se, ademais, que, em'di-
versas sessões de esfiritismo em gue se tinham buvido mú_
sicas misteriosas, visto mãos sobránaturais revotutearem so-
bre as cabeças e evocado as sombras de um jovem inca e
do imperador Maximiliano, tinha sido o próprio Firmann
.Io*,1á, i'iLnl*l,n
orstarçado. A óoisa não ela difÍcit. por exemplo, para
É-. Íe_
H: presentar ume.. inca ele se punha dê loelhos, coberto com um
quebrava ngze§;^ sem dizer patavra e revot_
l-
. ' vendo
Lll,!r-llr:
uns othos espantades.
'O,
,il;;;;. ;;.-
,,, §::*:i:3:l:i:to..somui" ô;,
"o.pto,inca. Esses adepüos,
,,.' *:d::ffi 1;;;;;;,t' H;#',ffi ':'il.I,l'i'.Íf,',1ffi
, 3Tlr":Tr::j.- lfr ter sido a patitafia de Buguet
e de seus consortes, depois '.*uJ."d,
oe ltres ÉI]il;].*";T;
cofre dos espíritos e expicado todo o mecanismo
i:.' Brafia da foto_
espectrat. Há passagens das d.;ú;"çà;;;*
.
il,.' cem ser conservadas, por ciriosidade: ;;r._
- O senhor conde de Bullet (quarenta e seis anos). _
Estive em casa de Buguet, .. r, i;ã;
que me entregaram
reconheci positívamenté o retrato
Oelnintra irmã; estou con_
vencido de ser a imagem dela.
O presidente. p-orém
' recortada com que:_se fez a mostrar4m
imagem.
ao senhor a cabeça
Á testemunha. pouco mJ importa.
A parecença
indiscutíver, e estou=_
conve;.il;"";;aridade do retraüo. é
..: --_-.O presidente. Mas no sumário fez_se a,operação
,1 sua pÍesença, e na-sua presença fez_se funcionar
ne
A testemunha. _ úao e o ru*io _cliúé,. o boneco,
.22.
http://www.obrascatolicas.com
_::.;!t:i.. .{
*tt.:oã-ánJ.
:--- se tiram os espÍritos
A iestemunha - Acaso me Íizêram ür aqui
-i.
para m9"'
dlzerem que eu 8ou um imbecil?
slm para lhe dizer que es-
, O oresidente. - Não, masbolso'
1:] tevâÍtr o seu
*'-A átentando contraxuota
i"tt*onrr". - me pediram dinheiro'
^^É aâ sua
crlr generc-'
anÊnêÍ(l-'
\ ó presiaente- -'E' que §e contava com
ridpde, que foi grande'
'
*".,:,"ffi
$tâtÍo anosr.- ""Jil;'ffiü'di à à;deffiH.f
3YÊr'iTF#1.{i_H"li:fi
ritas, e Para aceDaÍ
Bugue! ,
http://www.obrascatolicas.com
- 'i:+á;-Eij'JÀ-
L.,*§! ;:;'jir-==*':r
i
t
:Bl
' e enr duas ocesiões ele me deu provas muito má* ffilÊ
,,- içrüi ,-À.o descontentamento a yT otlo--,9^iP:L3'f-*
,{s,, ilã'u-;;.;ái.rà i", um médium mumo-Íorte. Então
-
; ijt *.ãi". "tb'i-.çL,1: !::^P:s::t-.9,;1e às
:+ *r. nossas"Jjll
.l§*
; ,n; o Sr. suas forças magnéticas l"t:*"'"* para
Cipião consentiú, e a prova foi das mais extra-
i i+ "-ó"""çàó.
..-{'' ^-,-r-:^^
ãrãirariãr. e !---a
r o-- drrala
iir"e., era dupla o qc rlrras
e às duas não se pareciam;
oareCiam:
l-::" nuãa aãi"t tiãna uml iaveira-sobre oó ioelhos' A se-
",
i11+,' mãir,*ça de minha mulhêr erà tal, que niinha prima'.que
. .. ;-:;;'iãt"-rãit.t, a.u um grito de surpresa ao ver a ima-
i gem. filhos exclamaÍam: "E' mamãe!"
- Oúeus presidente. Buguet o Sr' não empÍegou ne8§e
-
caso os seus PÍoce§so§ usuais?
,, 'Buguet (iorrindo). Se existia essa semelhança, Íoi
, , pt A caveira que este'senhor viu foi um efeito con-
: fuso"caô.de uma PÍega do véu.
Os n,meiosos adeptos presentes à audiência encolhiam
':''
' or orútot; afarentandô
-olhates tásíima, ao ver a gaveta dos espí-
il' ritgs, e seu§ pareciam cen§urar a Buguet o renegar
*.., *a'potência de que iam serviam
àedíum- Todos nos
"t':"q::1,1,t^hT
ao martÍrio' A
;;í-;6ãaturais enviados
' justiça ctntentou-se com metê-los na cadeia.
http://www.obrascatolicas.com
ÍÉ4;L +-ts.--.
_-F
APÊNDICE IV.
A Maravilha de Geórga.
Precisamente em 1887, ao tempo em que as Fox em
Nova York taziam a sua retratação -pública, explicando co-
mo na sua meninice haviam produzido os famosos ,,rap§"
que tanto ruído haviam de fazer no mundo, notabilizava-se
nos Estados do Sul, Lulu Hurts, que se dizia tinha poderes
sobrenaturais, razão pela qual deiam em cúamer.h; .The
Oeogil Wonder", "A Maravilha de Oeórgia,,, seu Estado
natal. Os homens mais robustos pareciari' párAer toda a
sua energia diante daquela ,mehina de catorze anos, ficando
-completo nas experiências de força que eta l:
vencidos por
rcalizava. Todos os a viam e estudavam flõavain per- . ,j
a..-Á!l^- Á- -que
t --t-- r!-
suadidos de que
---- Lulu tinha um poder preternatural eitra-
ordinário, única explicação que pôdiam achar para os ma-
ravilhosos fenômenos que elá apresentava ao pUblico. - ,,,,. ir
- - Entre outros, prodqzia, com clareza e foiça extraordi- , ,..t
nárias, or famosíssimos "raps,,, sem, de modo algum, usar
do já conhecido si-stema das Fox, isto é, ,,eôtalanão os de-
dos grandes dos pés". Na produção do fenômeno não ha-
via trapaça alguma, e a piópria Lulu (como ela o conta
em lua! memórias) por muito tempo não pôde'dar-se con-
ta de "como" os próduzia, crendo ela meima serem efeita
de gm poder oculto que a dpminava. Começou a dar-se con!
ta da causa- que produzia esses ruídos surpreendentes quan-
do, apolando os pés descalços na madeirà do espaldai da
süa cama e apertagdo ,alternativamente primeiro um pé ê.
lepois o outro, produziam-se os ruídos. Pouco a poucô foi
descobrindo, que, colocando as mãos e o antebráço sobre
uma mesa de madeira, quandô esta se havia aquecldo pelo
contacto a mesa começava a ranger primeiro, e logo, mo-
vendo ligei4ssimamente as mãõs, dãixavam-se ouíii pan-
9la
cadas fracas. Conforme o tempo passava, os .,rap)sr' aumen-
tavam de intensidade, até chegarem algumas úezes à eer.
http://www.obrascatolicas.com
.r, -.,,.-t !- Jl+*. *&;r-rlÉ::\ §:._.,\
Aptndices 343,
l.-...estrepitoso8;' "cqmo
sê a.mesa Í.osse batida. Po.l.rm mal-ho"'
Por muitíssimo tempo hãvia ela produzido "inconsciente-
rr mente" este efeito, com o qual ela própria se maravilhava;
e que com toda sinceridade tinha atribuÍdo "à intervenção
: ,dos
êspíritos". ..
Lulu iisiste em que,todos'o§. {raps" por contacto sobre
,[i madeira são produzidos deste modo, e assegura que com
'i: 'que
rbastaote prálica podem ser obtklos sem dificuldade, coisa
:.,.',i também nós havemos comprovado. A questão está, pois,
, r em expligar como é que esses "raps" obedecem à mente in-
.i:, @nsciente do operadoç ao Que, como indicamos nô texto
i,l' deste livro, respôndemos ser ãste *fenômeno" uma variante
,.:i, de Ouiia; no caso desta, as mãos dlrigem inconscientemente,
i,,.,os movimentos da mesinha que desliza, e no dos "raps" os
\.' inovimentos
i;,'(. ;x.,t-^-a^â :-^^--i^-.^^ i--
inconscientes das -ç^^ sobre a
mãos -^L-^ -. -^-- À-^J-----
mesa produzem
1:i as i4lrcadas secas. Em ambos os câsos é a mente incons-
clcnte que responde.
ri
._i'
http://www.obrascatolicas.com
Epfloúo.
que, num caso concreto, se possa dizer que determihado fe,. l':i
nômens tem uma cause preternaturat, se bmr que extra- ....1
ordinária. Apesar disto não faltarão alguns que, não que- ,,.:1)
rendo entender, nos acusem de não creÍmos no Diabo, pdq
fato de negarmos a este a causalidade ordiruiria e càrc- ..
$
ÍanÍe desses fenômenos. :
O que também dissemos e aqui tornamos a repetir é I :,
http://www.obrascatolicas.com
: Apêndices Agg
http://www.obrascatolicas.com
340 Carlos llaria de Haedia, S. !.
a
-.1.O presi.dente.Íazer plra mmtiater e otã cie-
-'Que
úrtidade? Está provado que ôs processos não têm nada de
sôbçenatural, quê os médiuns são Íraudulentos ê que o sF
nhor cstá enganado por sues ilusões. Veia a cabeça com
que se fez o retrato de sua irmã.
A testemunha. Não, essa não se paÍece com ela.
O presidente. -
.. Não Íizeram âPârecer diante do se.
nhor um príncipe indiano?
I A testemunha. Não; urn inca.
O presidente. - E o imperador Maximiliano?. .. tudo
isto custou ao Sr.-quatro ou cinco mil Írancos.
Maria de Veb (dezenove anos). : Fui à casa de fuguet
por orriosidade, pedi um fantasma e apresentaiam-se doia
espÍritos; um amigo e meu tio.
O presidente. E a Sra.. os reconheceu?
A - Perfeitamente.
testemunha.
O - E, apesar disso, Buguet' confessa que
presidente.
-
não é áédium, mas apenai Íotógrafo. Não terá hevido ilu:
são por parte da.senhorita?
A testemunha. Não, senhor; conheci-os ferfeita-
mente. ' r
http://www.obrascatolicas.com
..-.r..-.-,,.. ..'=rL,'.-.- . -,
....'-:-.-- *.,*ri4;Ê.-
À última ÍIora.
"Quando os espíritos'apareciam em minhas sessões, es-
tes não eram outros senão Nino Pecararo em pessoa. Nun-..
ca vi nenhum espírito nem creio que quiilquêr outra pessoá,,
os tenha visto; já estou cansâdo de enganar nas minhasr
sessões espíritas, quando outros é que tiram o proveitot'";
Tais são as palavras do famosíssimo úédium Nino Peca-'
--r----:------.::.:í
raro ao repórter do "New Ybrk Times" em fins de OOt;! 1.1
de 1931.
Pecararo adquiriu fama mundial como um dos mais r,,1;
http://www.obrascatolicas.com
ENoSo
http://www.obrascatolicas.com
. Bibliografia.
Livros Consultados.
llAbbot, David P., Behind the Scenes with the Medium, Open Court
t"i Pub. Co., Chicagp, l90rí.
;.;i..tdrm1 W. H. D.,lVitch, Warlock and Magician, Nqw York, l8Eg.
l"::-*âttâkoyr Aleksander Nikolaevich, Animhme et Spiritisme, Pariq 1895.
li:Àngel World, The, The Nerv Revetation, Utica, 187í.
i'iÂnglemont, De Count AÍl.hur, El Hipnotlsrno, el Magnetismo y la
'.;:
i';: lt{tdiumnidad
ilÁtdiumnidad ScientiÍicamente
Scientificamente Demon:
Demonstrados, Barcelona, lSXi.
,:.. Ânnaler des Sciences Psychlques, Paris.
..i,lnonymou8, The Devil's Lecacy, Palmyra, Pa., 1904.
i Ântonelli, J., El EspiÍitismo o los Fenomenos Medianicos.
il.Ântonelli,
l'{quindr, Thomaq Summa Theologica, Quaectiones Diaputatae Con-
!r 1:
ri-: tra Uentilet.
Oentiiec.
;:.ráúton, J., The Devil in Britain and America,.London, l&)6.
;: ,_ Areler, A. D', Posthumous Humani§, London, 18ffI.
Parh.
:,:,êfusHn, Mary, A
Subjective Shrdy of Death.
ll:Bmner oÍ Light. (Boston).
r:.sttc., E. K., Psychical Science and Christianity, lg(8.
:. +
Dq tlre Dead Dcpart and Other Questioris, 1g08.
The Psychic Realm, 1910.
- Seen Unseen, 1908.
-Baudi deand.
Vesme, C., Storia dello Spiritismo, Turín, l8g&2.
Baudoin, C., Suggeation and Autoauggestion, Dodd, Mead, New
York, 1921.
ii. Bearq, G. M., Psychology of the Salem Witchcraft Excitement of
http://www.obrascatolicas.com
, :.' .',a -..r::..r.:-"; I a -.'-.t"
,..
r
3áS Cailqs Harin de Huerlta, S,'1.
-.'I
' -l
+
,. .,:
Binet, 1888.
4., Animal ltrlagnetism, Ncw .YoÍk, 'iii
Binet et Fere, Rwue Philotóph., Noo. 1.3, 18E5. . '. ,'r-tt
Bisoon, J, Les phénomênec de natérialirdlon. .tt
gizouú{:J., Qà Rapports'ds l'Homtne avec b Dcmon,' PâÍiS l8{Qi .'i
Éio-d; -8., Ur,soK;ri srandeis, New Y-or!, 1887r
Bôirac, Émitã, ta Paychologie tnconnrc, Parir; 1912. .l ' 'j
af,
tl
I
- ,,1i
il
http://www.obrascatolicas.com
Btbliogralta '319
'" Iruc Ohort Strorlec, New york, lgl5.
DGdh, lts Caures and _phenómena, Nfl york, l!Dl.
I -- Pfurümt Phenomena oÍ Spirituaüorn, Turno, gútãn, i§}z.
Palladino and- H9r phenomcna, Ndw Vorç rSOe.
- Ilfpi"
it
il:. - Death
.r..
__ Psychicat?!1enop91a,
P-l?rn ___ ___ ..!..v..rLrs, D-odd, rvtEaÍI,
vwu, Nw yors
Mead, llgw I lgtg. I
http://www.obrascatolicas.com
350 Carlos Mmia de Hcrcdia, §, 1' ' i $
Davíc, Â. J., The Diahka and Their Eeartàly Victim+ Ârnttn Pub" r.§
d-il'i.T.-r,
;ãil"á;, ú;
ttg§host
ili ú-eiiô-i, Yrtld'l&1._!-!L--,:
õ. r., on spiritualisrn vots'), Àüii{
(2 ..^,a,
- ,ô
I , -*i.i
-rirt*e
eAmonoi, J. W., Letters on Snlritigg.- . "
l
Étd.-ürL iit.--in-it" Light of Ancient wisdom and-
úodcrn Science, Chicago' 1906.
Eliphas Levi, Histoirg de 19, mâgte'
clet áes grandc mystéres' ':'-i
--ua
La science des esPrits.
-
st' paut,
tser-l''
l; i§?rJffi.um,
1896'
Êisihi
'dn;ã;' L:, spiritisme, Paris,
t'rr'
-
Filiare, J.,
i'ocrrrtismo Élierimeát+ rülãqrtq,
Oclultismo ExpenmenaL lrydg.^lllL. r:
http://www.obrascatolicas.com
.;. ., ,::ygtrliogrof;r.. ,*
Forcer
Natureller lpçonnues, Parls, 1907.
--:f,aE
The Unknou,n, Ne$, York,
$-
- My*erious Prychic Foroes, 1900.
Smalt, Maynard, Boston, lgüI.
-
i Ftouinoy, T., Spiritism and ,Peyclrology, Harper, New York and.í
i:; London, l9ll.
From India tti the Planet Mars; a Study of a Cate of Somnnam-
- bplism, 1900.
T Spirib et Mediumg Genebra, l9ll.
fontãn ãt §rsi"id,-'Íivpnotismi J Suggestion, pariq 1887.
.Forúenay, De, G., La Photographie éi l'Etude dea phenomene&
': Psychiques, Paris, lgl2.
f,Forel, M. D. A.; Hypnotism, New York, 1g07.
iii-L'inconnu et .les problêmee psychique.
f rooc"ríi «rvro» r-u tãr".
'Fournier, D'Albe, E E., The Electron Theory, London, lg0g.
iiFlanco, O., Lo Spiritiamo, Roma, '1893, l8g.j.
4Fun!, f.__{" fte Widow's Mite and ,Gher Psychic Phenomenao
i . Funk-Wagnalls, New York and London, lg04.
li.* The Psychic Riddle, Funk-Wagnalls, Norr York and London, lgüI.
il-,;&rland, H.,'The Shadow World, Harper, New York, lm.
i1.&ley, G., De l'inconscient au conscient.'- L'être áubconscient.
:':- L'ectoplasmie et Ia clairvoyance.
: Gibier, Pau[, Le Spiritisme ou Fakirisme'Qccidental, Parià, l8gt.
i_,.-. Le Spiriüeme, Parig l&)6.
i-Gilles, De La Tourette, Ipnotisrno, Italian Vrs., Milan,
f,:'Soldston, W., Stage Illusions, London.
1888.
http://www.obrascatolicas.com
II
' i''',' '
3lt2 Cados ifaÊa ArrÊaieaiç §. í -'
HrÍt, E A. Hypnotksr, Uli".titlo and ttÉ Ntr Wflslnrrft, iÜ06-
Hartmann, F" Magic, White and Blact, 188&
-E.'Von, §piritiun,'Londôtl. ' "í
Hartrnann, K. R.
ÍIatinga, Janree, nncyptôpcaia oÍ Retigion and Ethlcr, pal#ilr Ninr - :'
lgn. 1
Thougtt, 188I.
http://www.obrascatolicas.com
rr,:t:i.5;'
, -\,t::a
..,-l
http://www.obrascatolicas.com
--t
l
"- ..361
1910. : :l ::::
Mose!, W. S., SpirÍt Teachingt, 6th ed., 19üí.
-Crcneral
Munstôrberg, H.,-Prychology, and Applied, Appleton,- Ncm
Yort.
Y6rr. ,,. !:.
':'
Àlurphy, Gardner, Telepathy as an Experimentd Probleq l,on@l;.r*
http://www.obrascatolicas.com
1':..,'gi61is:gyiiia'."].' "I: ,' : '. - g§g* I
,:,t. 1
'' -t-'*pparitionc and Thougüt -úe Transferenc€,'London, 1894.
' ":í" r ,:\d
I
..','ternational.
,f,idgley, Evane H., The Spirit Wodd Unmasked, Chicago, lffiI.
rHbot Th., Les maladies de la personnalité.
.:.Xotac*, Dr. C. W., Spirit Slaúe lüriting.
'ltNi de Juatiniani, Le Sptrithme dans L'Histolre, Pariq tcrg.
,l.Rãurg S. 1., luciá, Le úerveitleux Spirite, Parip, tgtz,
Charles, Tratado de Metapdquica.
A. de, Llextériorisâtion de la motrlcité.
;- Ltxtériorisation de la seneibilité.
[.,],
' Les états superficiels de t'hypnose. Les étata profonds de
- fhypnose
fuot (4.) et Schaerer (i|í") Le Mécanisme de la survie.
il\..fudbere, A. V., Magic of the Middle Ageg tr. frorn üe Swedish,
, 1E79.
§age, X. L., Mra. Piper and the Socie§ foi Psychicat Research,
tr.'and abridged Írom the French by N. Robertson, New Yofk,
r904.
,,;§útverte, S.J., E.8., The-Occult §cienceq tr. from the Frànch,2
vols, l&46.
§amona, Carmelo, Psiche misterioaa: i fenomeni detti spiritici.
:,§aüler. B. W., Apparitione, 1874,
§cüiUer, F. C. S., §ome Logical Âryegb of Paychical Rerearch.
.SCqeggr, A._X, .Modern--spiritism, lts Science and Reflgion,
.ii- Bhkiatol" Philadetphla, l9ã).
; W., Tbe Other Life, Nemr York, tg20-
Baton Von, Phenomna sf Materialization, Lon-
Íi§:iúq, p*ud.,
lÍr20.
Sttcnf, How to Speak with the Dead, tgt8.
§cott, §ir lrValter, Lrtters on Demonology and Witúraft, Iffi.
§ewall,- [
-Y. Neither Dead Nor Sleeping Botús-MenÍl, Ncv
York, l9ã).
Seymour, J. D., True lriú Chost Stories, 1914.
http://www.obrascatolicas.com
G3!ô Cutos. tüüta de iteÍtdt&:S, T.
http://www.obrascatolicas.com
Índice Aáalítico.
5
LrvRo L
AS FRAUDES ESPíRITAS.
,€apltulo
' l. Os Babilônios
.' O nrundo gü€r sÊÍ mganado. E intinlto o número
- tmsôe um lomw.
dd nésclos.
- A e.cada minuto
-
llittória dc Daniel dog eaerdotea de Bel, o deire.
distingrrc entre o fatô e a hipÚAte.
rfi)Bci.
- Daniel
saem as correia* da frau-
Do couro
-&. Da,niel recebe por prêmio - Descobrimento
sqr atirado abs leõ€s.
-
:.Reflexõeg pshológic.aa
rnhruto crltico. - Ob Babilônios nascidos no
ll. A Bruxontaüa . ... .. . '. 14
"Non ofluriE rnoÍiaÍ".
Cculos XV, XVl, XVII - eosXVlll.
Br'uxot e as Btuxas flos
http://www.obrascatolicas.com
,..,
ssrr.úão pruporcloaada& Â licarho,pie : §'t§, .i,,*
-t
da Beiladma, do Edranônio dc outta errú; Fê ' -:
do capitão-Ksim.
".r:':;
Sbtcmbro dc Iffi.
- A
'.i
noite de 2[ de Outubro- Adeviúva
1888 na Aúdenrla de J[úsica .i
dc Nova York. - "AnreBendi<ne quan& Sgrrci à . ,"i
rnaioridadc". : O4Neu York 'Wor{d" do die *$iirte. ,,,§
A corrfirilo prátiea da frr1rde. A comierfo &rdeu- ;: ',{
-tqrra Reflexões püisológicar" - Retrataçáo foçlAa Ce ',,,.:
- * Or Babilônios modernos.
Caturha. - O mrmúi ttm ' .,"i,
eido eenrpre de .um foitio eó. - :. ,.i1
e Íhurston e as Foi.
- A hgsftuHade
Oe mictértoc de Raja-Yoga
da. pomba.
-
d8
Íolhas.
Jacollbt
A lnotte aparc*te, - O Mahatma - Darça
Brânco.
O oterro -
- do Faquir. A catalepúa Co@6eç -de
- -
$mpo e de'lugar. Uma eepécie de mediquc.
Depois de 7, t4 2l ou mais <[ar' Finaknsnh r dec.-
aobre e lousa. O Faquir -
começa a uover+. O
- -
http://www.obrascatolicas.com
r: .it - 1 r{t :,}1t .- r
lrltif
.nt'
In&t r! ''
',t''
Vll.'& Pdcr a0drlcá1Éco'-
dos'Foquita......'..,er
' o profcam
::a. Cáp&tlo
ir":j q. §.- Baldwtn.
59
!_TF!*,,.g_g"lÍ*
PoOer eo i$t* ;- "The--Secrcb of llatatma Land
.d,
.*
-Explahrcd". :- O mcniao e o "bsaqo'!. tiçm g-
: ,.,- tctiâ&s todar. as túrtas.' Poder -.Aqui auto-hipnótico &
+: Fq{i. Poder "ohcóplco'.- A cobiça rcmps o saco,
- -
- ReÍlexões psicológicae.
Vttl. ássirt se Estcte a Htslória, 5E ,
: ,- Duas'cotrclu$'eE foipottsrüed' * O ponto de vista crttico
'GaÉtulo
".. pTer'rcoo
cienffÍics:-- Reópoeta do EstaldJadeiro aQ Cura.. -
sumamerte e*.or.regadio Um Írade e Elia*
E asin sai etoa bclcza A- credulklaft do autor
-é exessiva. EtasÍpi:i, Lapponi,e - a Íilha de Lotabroao.
-
; Cqndições impoq&s pelçú rnéüiuÍts, - { esoridão
lsvorece "Ttoppo luce'. - O Dr. Lapponi dirsçtç
- '!G6são".
ve-troú uma
- As'tad€lrac
cadeirari fazern equilfbrioa
dançam.
- Outraa
+ A Carrema de À{ontesino§.
dança das Íolhâs doa Íaquircs da lodia.
-dcaAe$ínita. As epa,rições iuíninoEa&
â[ú-
- lumi-
Aura
ooaa. - quo estavgr,apagadao =
As luzee acemdÊm<g de
- por
repe,nte si meeàas. ü.1ão§- iÀíisívets e decíeqei-
-
'toaaa
- Reftexões pgicológicas. - §anúo Pança e
Dom Quixote
-' Capítulo lX. Psicotogiq dos Livras Sobre o Espiritismo.,... 65
t-l'-t tIO Af.gUIIIGtrIO dos r'(ul(,lll€UJ.
Aquites !lo!
er.gumento ÍrqUIIG§ PtoloÍneus. Dão-se
l't'lu-lF dltlllll'§
mrd-toe
...'... .fatos de natüreza desconlreclda. - Logo,-- são os espíritos
:... que produzem s€melhantes feüôrnenos 1 Fenômenos que
*.i. nãopelo são fênôtnenos. Piroa*gue a sessáo ecpírita idea-
3:., da Dr. Lapponi.- a quect6es Íara8.
1' . - Respoctas
Acaba sobrando a polÍcia, e já não é ncceseáda a im- -
:. preàm. - Os "PitõêB". A pena crlcrerne sôzinha. -
.. Corryoridfuicia eepírita pelo - correio. Vozes que saefli
ora. das pa'redea, ora do 'teto. - capÍtulo de ro-
Um
-
-, {ance-Iantásüco. - Autrores,cg.neuttadoo por Lapponi.
-i$istiii-
EutatÍiÉkis espíritas; :' tippôni"rnunca -
a rima
"§eEsãor'. Cinrortação dos erros esplritas Gntre og ca-
tólic{t" -Eates livros e as movelas chamadas históricàs.
_., ; Don-Juan Tenório. - Reflexões paicológicas.
,'$qft!lo, X. Psicologia do Obsertador Cientifico. 73
"A Çiência eatá a favor dq,Espiritbmo'i. - Na idade
da'ciência.
lombo.
Hyslop.
- WÍ[arn
Sir - Calihu. Há
Croqts.
Copérnico.
- rnuitos que -.Ce
pôden
- -
obsÊrvar bem; poucoe sfo,.porün, os que podem ex-
plicar corretamente o oboewado. O homÊn de ciência
edá acoatutnado a leis fixa* -:UmA'tesão" cotn um
obaçn'ador oimtífico. -
A companheira cctá'&i tigação
com a médium. -
O.mabrid requcrklo paÍa a m&b-
elalizaçáo. -
Um leagB artlgo cobrç experiêrcia. r
-
TAdo o vokíüê rcef,ra ciência. rr- f, mÉdium é uma grar- -
áirbimr embucteiÍa Ao dobrâi do pepel. 'Não
- -
a
http://www.obrascatolicas.com
-J
uos
l
t EmEb d. cü @ q,saú q Írto tu.irú'- -:
O Di. §úrrrú roa Notútg.--..IíIo @ {oú $rG 'tir
-úiman,*i ue ,tàpça, csfnato,túi,6;'-;
l
-
ilédisns que não traballm por dinheiro reocü:m to-
c{reiro de cnxofre- -
E corm ÍGolveu o pÉblema o
Irmão Batista ; O- Rei Íaz a doàção aoe nMgÊt eor , "
1259. O antigg teatro Keitt de 'Boctuo. j À, Po.
-
llcia Secrrta e o P. Herêdia. Pe{rada ê ]pÊúaçdq.
^
http://www.obrascatolicas.com
.sÉr'
frutoo oc - ':-'.Minhas -
\: com'PGIos
um médiuin famoo.
--
corhecerçia".
Ch joven*
expdÍiêncfus
eetudântêE
O Sr. Delegado Apostólicro em Waehingtor. .- Meus rÉ -
'. grtdos. conferência na Delegaçáo Apoatólica.
- Umatiram
Oo .ecplritoc o solidéu de S. Excelência. -
r Âdivlnhação do rscÍito. - "Quando for nomeado Car-
dêal". PcnueÜdo de que o oue. eu fazia era cÍrm
,:..* auxílb -preternatuà!. - E' forçoso'rewlar o segreilo para
:,:. acatmar a con*iência de S. Excelência. - 'Amanhá o
;o , Sr. saberá definittvamente a mfurha opinião".
Ee vendo que o Sr. náo é adivinho". - 'Êstd.
Carta grátu-
-
'. Iatória de S. Excel&rcia. - .Reflexóee psicológicas.
r§apltulo XY. Em Aaxllio da Pottcia. rt9
i Llm crime sensacional. Um jovem detective em Chi-
,. cago. - Homem alto e- de bigodc ruiyo. - "Já enco*r-
@ o meu homem". Que bonita gravatal
-. médium Íamosa. Um- Oolnlngo à taiae. Uma - Uma
i: -
fFa; fria... 7 Eetá aqui o culpado. -Confissáomão
do
i' delito. O detective foi prornovido. -Reflexõe psico-
lôgica*- - discutido.
O caso da Pitronisa de Endor
-
r Capítulo XYl.Psicotogia de uma Scssáo Esplrita. 126
.' Foucas emoções sáo táo contagiosas como o nedo.
-
- . Contos de fantaemas.
- ,No rancfio de um amigo.
-
il Ex.peniürclae dos leitores.
- A prirneira impreesão numa
§, oesáo espírita. A escuridão nas sessões. O Dr.
y\ W. J. Crawford.- - William
i BerÍet - O Dr.Móveis
O gabinetc.
Carrington e Sir
ã instÍumentoe üsa-
-Três ctãE8es. de pessoae
doo. - que assistem às ses6õcs.
-
- * Â expcctação de algo extraordinário. Alucinação po.
sitiva e negatlva. A hbtória de um Capitão inglêa
Uma cecsáo que - foi preserrciada por nós. -
de ecsúq. Dipporúção Íivorável. A -lei Psicologia
das mul-
- eatre os fatos e - a irpreesáo que
üdões.
- DiferorçaReil€xõrs
,. rlca produlem. poicológicà.
-
-'.Capltulo XVII. Resmo c Conctasões l4g
Dirrlgimo+roe a hitoros Bersqtos, e não a Babil&rioe.
O mutdo qrtcÍ *r enganado. 'O quê eu não posso -
explkar é pretematural". : -Pctsoas demasiado htcli-
ganles e inetruldas. preconcebidas.
dc experiência pessoal. - Teoriae-
O testéÍnunh humano-nral en-
Fal.ta
' qrdie. -
- Diferença entre o objeto e a imprrsão que
{9,nrodu_2. - À coincidência. I psicotogiá aa muiti
dlo. Os cscrítoÍGs aobre o E ÉiÍitisÍro: Oa aÉ
dhna- Compareçfo dectÊ liü"o çàm o ..Dom - eüixotc.
-
dr Ccrvurtcs.
- Rcflorõc priaotfiicas. ií;,i
.Í
..'
":
http://www.obrascatolicas.com
-Jí!s;'
Cstos t.lwie.ae llcrcdfu; §. .f, I
.l I
'l'+
LIVRO II.
os 'FENôMENOS À{ETAPSIQUICO§,, , ,
-
Capítute l. Estado da Questdo .. . .. . .
A.Mitologia, tratado de ÍHca dos-tempor pritntfugs,
'Tratado «rmpleto de .If,ctepalquica Poética".
-
.ExPlir
-
cação doc fenômenm naturaie por rneio dos eeplritos.
AcsiÍn argumeúam oô cspiritista. T,Ol G4ilitbta
- há paridade. O argumento dr
rcrpondsm.
,rcploUuçeo. - Não
ft dez por'c€nto. - Giade conÍrt$o
de kleias. - Esta& da qu€stão. -
-
CapÍtulo lI. FaÍos e Teorias
Oe fenOmcnos €pfÍitm não úo um fato.
tirmo é uma teorla. - O Eq[ü.
Hhótese é uma conietura plttdt
sóÍia. O geto. - Teotia, siúnimo dc hlpótÊsê'itÍr*
'fimdada. - Duas -ctassea de leis. aaturai* J
-
Inatebilirlade daq teoriae - Lcis
A atraçáo, uila teoria. -:
.
, -e .teorias.
Capltulo llL Invcstigações Meta$qar'ca§ . . .. . .. .. .. l6S
Trrsgos, fantasmm,,brurs e duolrdcs. FfiIdaÍrento
da crcrrça de que os mortos fahm. - -Eri*rn ceÉm
Íenômeúa vetdàdeiros. FenÊrnenog erpoo$nspe e fe'
nônreqc provocaldos. -Carna ordkrlria e comtant€. r
'The Schty oÍ Psychicrl - Rcarch". Fatoc'çolecio+
Fenômenor tleiete, mentais-e mbtot,
nado&
-
maioria dos fenôincnoc fÍsico.pslquicos não cctfo devi-
- A
d*ÍflÊnte comprovados, Difhuldade na obcewação des.
tes fenô'meílos. Do - fenônienoa mcntair o á'iâÍs, ÜctÍt
demonetrado é a - Telepatia. * Opinião de C,onm Doylç.
Nerte livro nâo cuncldeÍamoE o alpccto tetfiiooo do
-Espiritiemo
CapÍtulo lY. O que se Eatende por Fmômercs rUeÍ@$eca§
Até agon todo fearômqmo ectraoto Gta mqtlp'dgui§A.,iT
Cosfiiôc dclvidaE à lalte de una dcfüdção. - DetlÉ
Éo do fen@ro octefoÍquico. - §ut exdhryto n$r-
iartee: efeito oildvd, cauà irütflrmgltal-_e pdnqhü
iorsro conlrecldeg e deroonhecido.' - NIo fnffi.
http://www.obrascatolicas.com
:
dkco a E sÊ. Em ds& cm chiltaÍ ciência mctapdqui;
cÀ Nhüa deíethão mftr+ce úniq e exclucivamÊÍtG
aoe -ieoômw metapdqüieu"
tec intel€cfuris. - Três clrosêt dê agen-
,çrpftuf" Y. Varrcndo para Fora 180
, g' üabalho perdido fonnular hipÓtes antsàfenôrneno* de êstar
,;,' . scguro da erldência da autenticidade dos
,,i "
:-Ficam excluídos os ÍÊÍôínenos dos Íaquire*
, ina[os Davenport e Eeus.-rortilégios. - Og irmãos - OE
Tlrmraa Os aporte§. Prodgçáo de odorts. : O
petchuli. - Em Kansas City, Mo.
-
Süa exbtêneia oão está comprpvada- Odevidamente.
ectopla§ína.
-
Erperiências ,de Von Nôtzing, O,eley e Riúet
-
credenciais de Eva C. .não táo nada limpas, segundo
- Ag
Houdínl, nem aE da Bifton. Villa Carmen. Von
Notzing. "I.Ê, Müroif.
-Houdini - ecto
e o auxílio
pláanico -da Bisson. - dedo oco.. Os pentes de
Eva. - deOVon
Illá reputaçáo. Notzing.-
-
Spítulo Yl. O Ectoptasma . ......i !90
' O argumento de Rhhet As provao de Richet e de
. Geley. Cartel de &salio - de Richet. Urna expe-
: riêocia -achataote cuntra ele. - repórteres.
dos
- DianteBastam
Segredo profiasional explicado. luvas de
fi.- -borracha. ESa prova absoluta -da rnaterialização e
i -
desÍnaterialização do ectoplasrna náo vale um ceitil.
,§qpÍtulo' VII. Fotogralias dos EspÍritos r96
i." "Tlre Case for Spirit Photogrãphy". 7 Conan Doyle.
r, - "The Evming World", de Nova York, em 9 de Abril
de 192:1. Herédh produz íotografiar'under test
- O P.
conditbng". As palawas que não deviam ser pronun-
ciadas diante- de urn *rvo de Deus Ao fotograÍias
-
dor eepíritoo sáo um Íenômeno comprovado? Muprter,
Íológrafo de Boaton. Buguet, de Paris. - Caso de
um médirun fotográfico.-' Seus proce{§os. - Outro pre
ceao muiüo engenhoto. - O adrcnto das- fadaq drcn-
ii,: des e trasgos, por Sir Artur- Conan Doyle. Suas pro-
yar - Wright.
ii...-' e modo de argumentar.
O Major Hal Edwards. - ADecadência
menina Elsie
mental de
-Gonan Doyle.
l. Capítulo Ylll. Fotogralias dos Esplritos (continuaçâo). ...". n5
i. Fotografias doa Íinados.
A casualidade.
Babilônios pa-risiensta
Higtória-de uma Íotografia tirada em
-. liladrington. - dEste é mcu avôzinho".
tivo. Uma- ampliação. - O rcga-O
Grande semelhança.
-
*Crew- Circte", na Inglaterra. Hopel -
Mr* Buxton.
. Sir Artur Conan Doyle. -"The Society
- of Prychlcal
-ReaeaÍch". -
Mr. Price "Cold Light and Spiritualic
- A fotografla dos csplÍitoC até o
BhGüotrlcma". pre-
http://www.obrascatolicas.com
' '..àiaos:rlrtn.p,ir;ià , §:j'
áCilc;'lüb'.c ur Íeirüreno rofhhdrotute colt úi'
N& rdgãtrÉ a ÉmÍbilidade rlt'ft&gÍlÍh A invt-
-dvd. Mr. WalÉr I. Kihtrcr, dc LrixlÀ,'Én üÉü trr
oente -
limo 'Thc Human Aun". Â ftitogrdlls to ln-
vidrçl não é a fotwratia .dor --
eEplÍiio& _T*r Rar
daüons Humainee". -
Capltuto lX, Fcnômcrns Eafiritas de 'Vaadeyttt{. ..,. .,. . ...1
El€itos maraülhoaos óroduzidos noô hatroo.
ta em toúas..- Diltrtru mancirai de operar- -.1 GtcÍ|.
trma lousa. Con duas lousa& - Ctnr
O liwo dG Hoüdtii-
A dupla -yiaão. -vez gue rnc ry11reot,tl
- A primeira
em púUico para produzir fenômenoa csplritrq, O
passe tlos copoe de jogar. A düpla viúo ao dltÍh
BatabÊga - {rtóSió.
O Sr. A. c rêu
de cobre na- algibeira. O - CÍtro
Padre filósoÍo e o
relôiio-
n&nãm
'do seu ÍÊlóSio.
= Náo - maio pacto coún o diatn.
-
Explicaçáo da dupla üsáo.
tcfldeÍ{e. - orrbas áanelras & es.
TcleSuinesê quer dizer rnovimentro à disú&rcia..;- liovl-
mento de obietoe ran contasto. l-evihçlo. ilor
oontacto. Euságia Pal,ladino. -
Lcrritação dc JlonrE
- *
- -
Um artigo do "§prlngÍietd Republican". Tcrmhróira *.
noace primeira varredura. -
Burcarnos oc fenômeool ti[t'
-
guc apaÍ€oe a açâo üc um agcnte intelectual.
CapÍtulo Xl. Alacinações . ... .. . .: . ... . .. .. .. . .';
Paicdogos e alienistae Detkriçto da alucfutaç[o.
 ilnsãq. -
,As alucinaçõcs'po&m provir & ertado mór-
-
-
birlo do paciente. O {haschigsfl". Dcodoro de §i-
dlia e a Sibila dç-Delfos 'Paúe,-o Sr. asrdita eor
aseonbraçãoP - pro&zilas poÍ.!as&
Alucinações
Cudoro cam de - &pla aluctnação. A aorS"explicr -
Éo porle -
dar a .chave de outroe fcnôrnenos
-rur&ogoa
 aluchaÉo provocadà pertence à poioologir,erye+
-opatal ou à patologia. A clarividàrcia Oú sonhoc
aáo umr íorma .de -
duchação. . - l
http://www.obrascatolicas.com
l!!r4
:;i r+
l"l
:-..'r'.i i'ff+.:l--_
.,:,1)a.:i
': *
,
,'-., _ r jr, "' .; :.li::
":..radhÇ
'', rl
-
3fií
i: p§.Í. f,tciq"el "-rlpf. -. PÊteÍnâtrr.d ou.mürrali, i
'' §fitendÊffi. rgui'úr Ío4rs rraturaii aqrrlas q*r de üar
modo, ou.dÊ outÍo ca€rri tob o aom oontrolê. OE
.. 6as
'Íaps" por co.útacto. hodução de "rap8". -Dirar-
à clacses.:; A - -
caqa ordiüáÍia e constútre que pro.
duz oa "reps- por contacto é uma força de origem pu- .
ramsrte natural. '
Objetos de rnadeira lnÍtu&rcia da
hümidade. A -d€tgküdc Aa rniOelra. - Djve'loc ex-
-
. primentoa que prove.m o assei'to. - Durante o eclipse
do rol- a 24 de Janeiro de 1925.
. Nota irnportante
robrc Lulu Hurst -
XlV. Em Plena ldade Méüa. 2M
Uma parábola. O efeito de um rádio na ldade It{á.
-
die. - E' coisa'mtdto sini@ ,rir+e-da cdüIi{tade dog
nolsos antepasadoa Um caso. pçopoeto pera dis"
cussão. Antônb e- sua falecide tia.'
-
XY. .Investigações Metapsl4uicas.. A Mrralsà§em.
A Fraade ..:.... Ug
.{ inevitável Íraude.Analisando o caso de Antônio.
-
O.,reultdo de tm truque,cottrum e corrente. RezõGs
-
para decconfiar. Cumprc ,ter rnuito prernte o efeito -
-
de surpresa extraordinánia que uma mensagem produz.'
devemos julgar do er.traordin&io de .uma rnm-
- Nãopelo
sagem efeito imediato que pÍoduz em oúe, = O
noeso prryrio orgulho favorece a explicaÉo prcternatu-
ral.
- O caeoroupa
Tarahunàra...
de D. Joaquim esr Nova Orléans.
de dentro número 42. -
Tudo.é
f,urê trspaça. Segredo pmfissional. -
"Truth and
Fact pertaining- to Sirirituatísm", Wt Miss
- J. Frances
Rçd. -. Para que seryem oo jornais? Em viagem dc
erploraçáo. Urna inÍormaçáo tlpica.- Ae datilógra-
faE I Métodoa- usadm om Nova York- Houdini, ,gro
rÊu ,livro 'A Magician among tte Spidts". - Uma
'lip+eade/t. -
XYl. hucstigoções ltlüúpdquieas. A Mensagcm. A
Mente Inconsciente . .. . .257
HaniÍestações da mente inconeciente do médium. A
frblogia experlmental. Uma única rrente- Es- -
tado'consaiente. Edado inoonociente. - Estado eub. -
- - pode sêr
«irscímte.
comparada'a
'Icbergs".
- urn - A flossa
cinematógrgÍo. Tru
m€nte
grauo de con-
trole. O Dr. Boaüsta. O-.Íuedamsnto da paica:
odise.- Ttêc arquivoe - O primciro arquivo €ontÍo-
- vontade. O- oegundo atquivo coiltrolado
llrel pda
por melo dc un procem - mentâ|. O terceirs arquivo
aó. Írmciona em estados anormaig. - Dez bilhõ6 de
célulm. Imprcoróes numénhas. - Como funciona o
- -
http://www.obrascatolicas.com
\r.
- A te*.
qud 6f-i 'i..,til:;
Â-caipa ordinária e tonstante.
Gury Ferre,rea 1 Â peiia egcrwcndo - O tcgulüo-
sõzinha, r -':-"
Noún Opinito ds Richet Os Lryponb alffct , ..,
-
Argurtento - e rixnflanhia. Áü t'-,
de'Noldin, l,ehmkuhl
- -
http://www.obrascatolicas.com
* Amüicnte prcpkio. Cor
''t'E"t do de âniuro upccid.
&çOes .para qrc o'teroeiro arquivo funciolre. - - Rccor-
para trarsrqi-
dações Uoo. Cet*tos.
- Eatâdo propício
curiosoa
r tii'lmprcssOes. - Dois oexemplos
d; üft.iã-àiquivo. diâpensor. - -Pmdlgioa
Dtifíniçeo cierü
- redenho. : -Modo
eo de produzir
tífíca.
- O oeiitôneo
artificiahdnte o de*quilÍbrio do terceiro arqlivo.
,, Explicação do dlagramà.
- Três teorias
a escolher'
XXII. EÍeitos Microsmdticos -. 3lr
Croettle -visita Schi[er. Pornona deqgis de rnorta-
Sêntido-do olfato. O aroma das gar- -
Psicomeiria.
dênias
-
O- queiio Linburg. - O aroma de violetáa'
C"so- citado- peio Dr. Macl«enzh. - As "Mil e 'Uma
-Noites". O cheiro de alho e a telepatia' - O caso
do
@ hsnem
n(xncm- 8ÊÍB
sern Polegares.
Polegarc§. A ÀÉsré de
,l . Águia vsrv'
uç Ouro.
iuÍs G. Ferezcaú e 1 cheiro das azei'tonas. - Efeitoe
do éter e do cloroÍórútio. - O diabetes e a acetona'
XXIII. Á Tese Ftutal 321
A ráóioteleÍonia. e um velho mtito espeio'
O rádio
- do diabo.
Áquito era coha
Lodgs estendem
- Myers^-g Sir Oliver
a teoria telepática. Objeção contra
6ta"extmsáo.
-
Uma teoria pfováwl- Cam paralelo
-
ao de duas eetacõcc de rádio. -
A horia do corpo
,astÍal. -
Corrunicaçáo ineonsciênte cqrtre o-'trarnmissor
iô -
úrceetor. Nóssa tese tem uma probabilklade ra-
àErÉ,t. -i Uma- expeniÊncia de Richet. : 'Ira Rc§tina"'
corn cigarroe
F- - Omistürá.
exemplo doe cães.
- Experipentro
Número- três: Roy-Tam' O caeo da
l. '
sem
-Confirmação da qosa teoria.- Tese fínal.
beldrdLga.
- - 33t
Primeiro. Confissiio de um Méüum.
SeCrrttdo. Veja a Solução Amanhã. ilt6
frI&
Quarto. A Muravílho [e GeÜrgia. y2
w'
348
§I
3!r7
http://www.obrascatolicas.com
::]ry:t+
'$;*
* ' , j:.'rn;
,.. :*
http://www.obrascatolicas.com
il
http://www.obrascatolicas.com
- i r, r-
:ii
'\l
:i:tl
atl.i
Bi3J
§J,:,,
"iBr-octr-;FA
http://www.obrascatolicas.com