Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Caro(a) aluno (a):
Bons estudos!
2
É importante saber que também se aprende a estudar. No entanto, se
buscarmos em nossa memória, dificilmente nos lembraremos de aulas em
que nos ensinaram a como fazer.
Afinal, como grifar um texto, organizar uma anotação, produzir resumos,
fichamentos, resenhas, esquemas, ler um gráfico ou um mapa, apreciar
uma imagem etc.? Na maioria das vezes, esses procedimentos de estudo
são solicitados, mas não são ensinados. Por esse motivo, nem sempre os
utilizamos adequadamente ou entendemos sua importância para nossa
aprendizagem.
Aprender a estudar nos faz tomar gosto pelo estudo. Quando adquirimos
este hábito, a atitude de sentar-se para ler e estudar os textos das mais
diferentes disciplinas, a fim de aprimorar os conhecimentos que já temos ou
buscar informações, torna-se algo prazeroso e uma forma de realizar novas
descobertas. E isso acontece mesmo com os textos mais difíceis, porque
sempre é tempo de aprender.
Na hora de ler para aprender, todas as nossas experiências de vida
contam muito, pois elas são sempre o ponto de partida para a construção de
novas apren- dizagens. Ler amplia nosso vocabulário e ajuda-nos a pensar,
falar e escrever melhor.
Além disso, quanto mais praticamos a leitura e a escrita,
desenvolvemos melhor essas capacidades. Para isso, conhecer e utilizar
adequadamente diferentes procedimentos de estudo é fundamental. Eles
lhe servirão em uma série de situações, dentro e fora da escola, caso você
resolva prestar um concurso público, por exemplo, ou mesmo realizar
alguma prova de seleção de emprego.
Por fim, é importante lembrar que todo hábito se desenvolve com a
frequência. Assim, é essencial que você leia e escreva diariamente,
utilizando os procedimentos de estudo que aprenderá e registrando suas
conclusões, observações e dúvidas.
3
Caro estudante,
BONS ESTUDOS!
4
MATEMÁTICA
SUMÁRIO
5
MATEMÁTICA
CAPÍTULO 1
TEMAS
Introdução
Neste capítulo, será abordado um tipo de equação mais complexo que as equações de 1º
grau. São as equações de 2º grau, que têm muitas aplicações práticas, como em problemas
que envolvem área de figuras, fenômenos da Física e aplicações econômicas, entre outras
situações. Com elas, você estudará algumas características das funções quadráticas.
ax2 + bx + c = 0 (com a ≠ 0)
a) 2x² – 3x + 4 = 0 → a = 2; b= – 3; c = 4
b) - x ² + 5x – 1 = 0 → a = -1; b =5; c = –1
c) 5x² = 0 → a = 5; b = 0; c = 0
d) x² – 2 = 0 → a = 1 b = 0; c = –2
a) x + 1 + x2 = 0
b) 3x – 2x2 + 7 = 0
𝟏
c) 𝟐 x2 + 4 – 3x = 0
d) 1 + 2x + 3x2 = 0
e) – 11 + x2 + 3x = 0
f) x2 – 7x – 6 = 0
7
Nem sempre a equação possui solução real. O valor do Δ é que nos indica isso, existindo três
possibilidades.
Exemplos:
1) Encontre as raízes da equação x² + 2x – 3 = 0.
1º passo: encontrar os valores dos coeficientes a, b e c.
• a=1
• b= 2
• c= –3
2º passo: calcular o delta por meio da substituição do valor dos coeficientes na fórmula.
Δ = b² – 4 ac
Δ = 2² – 4· 1 ·(– 3)
Δ = 2² – 4· 1 ·(– 3)
Δ = 4 – 4 ·(– 3)
Δ = 4 + 12
Δ = 16 Como Δ > 0, então essa equação terá duas soluções reais.
3º passo: usar a fórmula de Bhaskara, substituindo as letras pelos valores da equação dos
coeficientes e de delta.
Nesse momento, é necessário dividir as duas soluções: uma será a soma e a outra será a
diferença.
8
2) Encontre as raízes da equação: 4x² – 4x + 1 = 0.
• a=4
• b = -4
• c=1
• Δ = (-4)² – 4 . 4 . 1
• ∆ = 16 – 16
• ∆= 0
−𝑏 ± √∆
𝑥=
2𝑎
• a=5
• b=1
• c=6
• Δ = 1² – 4 . 5 . 6
• ∆ = 1 – 120
• ∆= -119
Como temos Δ < 0, ou seja, o valor do descriminante é negativo, não conseguiremos realizar o
segundo passo. Dessa forma, não há como encontrar raízes para essa equação no conjunto dos
reais.
9
ATIVIDADE Resolução da equação de 2º grau
1 Em geral, utiliza-se a letra x para representar a incógnita de uma equação. No
entanto, a incógnita pode ser representada por quaisquer letras do alfabeto. Desse
modo, resolva as equações a seguir, de acordo com a incógnita apresentada em
cada uma delas.
a) a2 – a – 20 = 0
b) y2 – 2y + 4 = 0
c) t2 + 2t + 1 = 0
d) 4m2 + 12m + 9 = 0
e) 3b2 – 15b + 12 = 0
f) 25z2 + 10z + 1 = 0
g) n2 + 10n + 25 = 0
h) p2 + 9 = 4p
i) h2 + 3h – 6 = – 8
Você já ouviu falar que alguém precisa calcular a área máxima de um terreno,
de uma sala ou algo assim? Ou já viu em notícias referências ao lucro máximo ou
lucro mínimo de alguma empresa?
10
Veja a i mag em da Igreja da
Pampulha, em Belo
Hori z on te (MG ). E s s e foi
um p r oj e t o arquitetônico
concluído em 1 9 4 5 , p or
Oscar Niemeyer (1907-
2012). Observe como são
inte- ressantes seus arcos em
forma de parábola – a
curva que corresponde ao
gráfico de uma função
quadrática.
11
Vértice da parábola
O vértice da parábola é o ponto onde a curva muda de sentido. Em uma parábola com
concavidade para cima, ele é o ponto mais baixo do gráfico, e em uma parábola com
concavidade para baixo, ele é o ponto mais alto.
Podemos saber onde está o vértice de uma parábola calculando as coordenadas x e y desse
ponto.
Se a parábola tiver concavidade para cima, o vértice é o ponto de mínimo. Assim, o ponto
de mínimo é o ponto mais baixo do gráfico. De todos os pontos da parábola, o ponto de mínimo
possui a menor coordenada y.
Mas se a parábola tiver concavidade para baixo, o vértice é o ponto de máximo. Portanto,
o ponto de máximo é o ponto mais alto do gráfico. De todos os pontos da parábola, o ponto de
máximo possui a maior coordenada y.
a) f(x) = – 2x2 + 3x + 5
Como a concavidade da parábola está voltada para baixo, a função apresenta ponto de
máximo absoluto, que é o vértice da parábola.
12
b) y = 5x2 – 3x + 2
Solução: Temos que a = 5, a > 0 → concavidade da parábola está voltada para cima.
Assim, podemos afirmar que a função apresenta ponto de mínimo absoluto, que é o vértice
da parábola.
Exemplo 2:
Determine as coordenadas do vértice da parábola descrita pela função f(x) = 2x 2 – 4x + 6.
a = 2, b = – 4 e c = 6
Segue que:
Exemplo:
Uma bala é atirada de um canhão e descreve uma parábola de equação y = -9x2 + 90x.
Determine a altura máxima atingida pela bala do canhão, sabendo que y é a altura em
metros e x é o alcance, também em metros.
Solução: Como a parábola possui equação y = – 9x2 + 90x, podemos constatar que sua
concavidade está voltada para baixo e que a altura máxima atingida pela bala de canhão
corresponde à coordenada y do vértice, uma vez que o vértice é ponto de máximo absoluto.
13
ATIVIDADE
Ponto de máximo ou Ponto de Mínimo
a) - a2 + 14a + 49 = 0
b) y2 – 18y + 81 = 0
c) - t2 + 2t + 1 = 0
d) 4m2 + 12m + 9 = 0
ATIVIDADE
Determine as coordenadas do vértice.
Determine as coordenadas dos vértices da parábola correspondente a cada função.
a) f(x) = x² - 2x + 3
b) f(x) = 4x² + 4
c) f(x) = 2x² - 12x + 7
d) f(x) = 3x² - 2x - 1
CAPÍTULO 2
14
MATEMÁTICA
CAPÍTULO 2
EXPONENCIAIS E LOGARITMOS
Introdução
Aplicações financeiras, juros compostos, depreciação de bens, crescimento
ou decrescimento populacional são exemplos de situações que envolvem
funções com propriedades especiais. Nesta Unidade, você estudará as
funções que descrevem essas situações.
Neste tema, você estudará a função exponencial, que tem uma característica
importante: o fato de a variável encontrar-se no expoente.
Função exponencial
Exemplos:
f(x) = 2x
f(x) = 0,3x
15
Podemos observar que f(x) é a variável dependente, podendo ser representada por y também, e
x é a variável independente.
O gráfico da função f(x) = ax é crescente quando a base é um número maior do que 1, ou seja,
quando a > 1. Nesse caso, quanto maior o valor de x maior será o valor de y.
A função exponencial é decrescente quando a base é um número maior que 0 e menor que
1, ou seja, quando 0 < a <1. Caso ela seja decrescente, quanto maior o valor de x menor será o
valor de y.
Equações Exponenciais
16
Buscamos encontrar o valor para a incógnita que faz com que a igualdade seja válida, para isso
utilizamos técnicas de equação e as propriedades de potência, com o objetivo de igualar as bases
dos dois lados da igualdade para que seja possível igualar os expoentes da equação.
Conhecemos como equação exponencial uma equação que possui uma incógnita em seu
exponente. Veja alguns exemplos a seguir:
• 32 = 2x
• 5x + 3 = 625
• 7x – 5 = 49
• 3x² – 4 = 27-x
Exemplos:
a) 2x = 32
2x = 32
2x = 25
x=5
b) 5x + 3 = 625
5x + 3 = 5 4
x+3=4
x=4–3
x=1
17
c) 3x² – 4 = 27-x
3x² – 4 = (33)-x
3x² – 4 = 3-3x
Como as bases são iguais, é possível igualar os expoentes, logo, temos que:
x² – 4 = -3x
x² – 4 + 3x = 0
x² + 3x – 4 = 0 a = 1, b = 3 e c = -4
Δ = b² – 4ac
Δ = 3² – 4 · 1 · (-4)
Δ = 9 + 16
Δ = 25
d)
2 – x = -3
-x = -3 – 2
-x = -5 · (-1)
x=5
18
ATIVIDADE 1 Equações exponenciais
a) 10x = 1.000.000
b) 2x = 64
c) 3x = 27
d) 3x = 729
e) 5x = 125
a) 27x = 9
b) 16x = 128
c) 25x = 625
d) 9x =1/9
e) 8x = 1/4
a) 2x + 3 = 1
b) 32x + 1 = 3
a) 2x(x + 1) = 1
b) 3x2 – 1 = 3
2
c) 7x – 5x + 7 = 7
19
TEMA 3 Logaritmos
Logaritmo de um número b na base a é igual ao expoente x ao qual se deve elevar a base, de modo
que a potência ax seja igual a b, sendo a e b números reais e positivos e a≠1.
Desta forma, o logaritmo é a uma operação na qual queremos descobrir o expoente que uma dada
base deve ter para resultar em uma certa potência.
Por esse motivo, para fazer operações com logaritmos é necessário conhecer as propriedades da
potenciação
Exemplos:
a) Qual o valor do log3 81?
Solução
Neste exemplo, queremos descobrir qual expoente devemos elevar o 3 para que o resultado
seja igual a 81. Usando a definição, temos:
log3 81 = x ⇔ 3x = 81
20
Para encontrar esse valor, podemos fatorar o número 81, conforme indicado abaixo:
3x = 34
b) Calcule log264.
Log264 = x, então:
2x = 64
Logaritmos
ATIVIDADE 1
LEMBRE!
1 Determine o valor dos expoentes:
a) 3x = 81
b) 2x = 128
16 2
c) 3x = 243 8 2
4 2
d) 5x = 625
2 2
e) 2x = 512 1 24
f) 7x = 343
21
2 Calcule os logaritmos:
a) log2 128
b) log3 81
c) log5 625
d) log4 64
e) log10 1.000
3 Ache o valor de a:
a) loga 64 = 2
b) loga 81 = 4
c) loga 125 = 3
d) loga 64 = 3
e) loga 64 = 6
f) loga 81 = 2
4 Resolva as equações:
a) log3 x = 5
b) log5 x = 3
c) log10 x = 6
d) log3 x = 3
e) log2 x = 0
5 Calcule os logaritmos:
OBSERVAÇÃO!
8 8 23
1
a) log 3 9
22
1
b) log 2 32
1
c) log 3 81
1
d) log 10 100000
a) log2 x = 5
b) log3 x = –1
c) log5 x = 3
d) log10 x = – 2
e) log7 x = 1
23
Veja, nos exemplos a seguir, como se aplica essa propriedade.
a) log2 (16 ∙ 128) = log2 16 + log2 128
Exemplos:
a) log 3 9 = log 3 27 − log 3 9 =
27
32
b) log 2 64 = log232 – log264
Logo temos 5 – 6 = -1
24
P3: Logaritmo de uma potência
Exemplos:
1 Sabendo que log 2 = 0,301 e log 3 = 0,477, use as propriedades das operações dos
logaritmos para achar o valor de:
a) log 4
b) log 6
c) log 8
d) log 9
e) log 12
a) log 14
b) log 18
c) log 21
d) log 22
e) log 26
25
4 Use a propriedade da potência de logaritmos já conhecida para calcular:
a) log 16
b) log 25
c) log 27
d) log 32
e) log 81
26
MATEMÁTICA
CAPÍTULO 3
MATEMÁTICA FINANCEIRA:
Introdução
TEM A 1 Porcentagem
a) Forma percentual
A representação na forma percentual ocorre quando o
número é seguido do símbolo % (por cento).
Exemplos:
b) Forma fracionária
Para realização de cálculos, uma das formas possíveis de representação de uma porcentagem
é a forma fracionária, que pode ser uma fração irredutível ou uma simples fração sobre o
número 100.
27
Exemplo:
C) Forma decimal
Exemplo:
25
A forma decimal de 25% é obtida pela divisão de100 = 0,25.
Macete
Lembrando que a nossa base é decimal, então, ao dividir por 100, basta andar com a
vírgula duas casas para a esquerda.
Exemplos:
5% = 0,05
152% = 1,52
0,23 = 23%
0,111 = 11,1%
0,8 = 80%
1,74 = 174 %
28
Como calcular uma porcentagem?
Os problemas que envolvem porcentagem são bastante recorrentes, portanto, saber calculá-
la é essencial. A estratégia de resolução depende do tipo de problema com o qual se está
lidando. Veja algumas possibilidades:
Exemplo 1:
Um plano de uma empresa de telefonia custava R$50,00, porém houve um aumento de 4%.
Qual é o valor do aumento em reais? Qual é o novo valor da fatura?
Vamos encontrar o valor de referência, ou seja, o valor que corresponde a 100%. No caso, o
valor de referência é R$ 50,00, que sofreu o aumento de 4%.
Exemplo 2:
Suponha que um produto custava R$ 400,00 e teve um desconto de R$ 25,00. Qual foi o valor
percentual de desconto?
Resolução: Temos como valor referente aos 100% os R$ 400,00. Logo, para calcular o
desconto em porcentagem, basta calcular a razão do valor de desconto sobre o valor de
referência.
Exemplo 3:
Para a mudança de categoria na luta, um lutador precisava aumentar seu peso em 20%,
atingindo um peso total de 76,8 kg. Qual é o peso atual do atleta?
Resolução:
Tendo em vista que o peso inicial do atleta corresponde a 100%, ele terá um aumento de
20%, logo, em comparação com o peso inicial do lutador, 80 kg corresponde a 120%.
29
Utilizando Regra de três, temos que:
Peso (kg) %
76,8 120
x 100
Exemplo 4:
Forma fracionária:
Ou
Porcentagem
1 ) Calcule o valor das porcentagens abaixo:
a) 25% de 200
b) 15% de 150
c) 50% de 1200
d) 38% de 389
e) 12% de 275
30
b) Aline foi comprar uma blusa que custava R$ 32,90, e conseguiu um desconto de 12%.
Quanto Aline pagou pela blusa?
c) Nilson decidiu compra um sítio e vai dar como entrada 25% do preço total, que
corresponde a R$ 28.000,00. Qual é o preço do sítio?
d) Ricardo comprou um terreno e, por ter pagado à vista, ganhou 15% de desconto,
fazendo uma economia de R$ 2.250,00. Determine o preço do terreno.
e) Paulo recebeu a notícia de que o aluguel da casa onde mora vai passar de R$ 654,00
para R$ 715,60. Qual será o aumento percentual do aluguel?
f) Na cidade de Coimbra, 6% dos habitantes são analfabetos. Os habitantes que sabem ler
são 150.400 pessoas. Quantos indivíduos moram nesta cidade?
g) Nádia teve um reajuste salarial de 41%, passando a ganhar R$ 4.089,00. Qual era o
salário de Nádia antes do reajuste?
i) Em um colégio 38% dos alunos são meninos e as meninas são 155. Quantos alunos têm
esse colégio?
31
TEM A 2 Juros Simples e Montante
Juros simples é um acréscimo calculado sobre o valor inicial de uma aplicação financeira
ou de uma compra feita a crédito, por exemplo.
Os juros simples eram utilizados nas situações de curto prazo. Hoje não utilizamos a
capitalização baseada no regime simples, mas, de qualquer forma, vamos entender como ele
funciona.
No sistema de capitalização simples, os juros são calculados com base no valor da dívida ou
da aplicação. Dessa forma, o valor dos juros é igual no período de aplicação ou composição
da dívida.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações envolvendo juros simples é
a seguinte:
Onde,
J: juros
C: capital
i: taxa de juros. Para substituir na fórmula, a taxa deverá estar escrita na forma de número
decimal. Para isso, basta dividir o valor dado por 100.
t: tempo.
IMPORTANTE:
Repare que para efetuar o cálculo dos juros, a taxa e o tempo, devem estar na mesma unidade.
Normalmente, usamos:
32
• 1 semana tem 7 dias;
• 1 dia tem 24 horas;
• 1 hora tem 60 minutos;
• 1 minuto tem 60 segundos.
Montante
Montante é o sinônimo de valor acumulado. Além disso, ele é considerado como um dos
conceitos básicos da matemática financeira.
Portanto, o montante é o resultado futuro de uma operação financeira. Desse modo, em seu
cálculo é levado em consideração o valor inicial do capital e os juros do período calculado.
M = montante final
C = capital M=C+J
J = juros
33
Exemplos
1) Quanto rendeu a quantia de R$ 1200, aplicado a juros simples, com a taxa de 2% ao mês,
no final de 1 ano e 3 meses?
Sendo:
C = 1200
i = 2% ao mês = 0,02
t = 1 ano e 3 meses = 15 meses (tem que transformar em meses para ficar na mesma
unidade de tempo da taxa de juros.
J=C.i.t
J = 1200 . 0,02 . 15
J = 360
A taxa mensal é 3%, temos que transformá-la em decimal, assim 3/100 = 0,03.
J = 30000 . 0,03 . 5
J = 4.500
Solução:
Capital: R$ 3000,00.
Juros: R$ 540,00.
Taxa: 3% = 0,03.
4) (Vunesp) Num balancete de uma empresa consta que certo capital foi aplicado a
uma taxa de 30% ao ano durante 8 meses, rendendo juros simples no valor de R$ 192,00.
Qual o valor do capital aplicado?
34
Solução:
Dados:
• i = 30% ao ano;
• t = 8 meses;
• J = 192,00.
Note que o tempo e a taxa estão em unidades de medida diferentes. Vamos transformar a
taxa de 30% ao ano para uma taxa mensal. Como o ano possui 12 meses, então 30%: 12 =
2,5%.
i = 2,5% a.m
J=C·i·t
192 = C · 0,025 · 8
192 = 0,2 C
192
C = 0,2
C = 960
5) Lúcia emprestou 500 reais para sua amiga Márcia mediante uma taxa de 4% ao mês,
que por sua vez, se comprometeu em pagar a dívida num período de 3 meses. Calcule o valor
que Márcia no final pagará para a Lúcia.
Solução:
Primeiro temos que transformar a taxa de juros para número decimal, dividindo o valor
dado por 100. Depois vamos calcular o valor da taxa de juros sobre o capital (principal)
durante o período de 1 mês:
Logo:
J = 0,04. 500 = 20
Se a Márcia ficou de pagar sua dívida em 3 meses, basta calcular o valor dos juros
referentes a 1 mês pelo período, ou seja R$ 20. 3 meses = R$60.
35
Juros Simples e Montante
1) Calcule o juro produzido por R$ 20.000, 00, em 3 anos, a 12% ao ano.
2) Calcule o juro produzido por R$ 5.000, 00, em 2 anos, a 2, 5% ao mê s.
3) Calcule o juro produzido por R$ 2.000, 00, em 4 anos, a 0, 05% ao dia.
4) Calcule o juro produzido por R$ 3.000, 00, em 5 meses, a 15% ao ano.
5) Calcule o juro produzido por R$ 2.000, 00, em 4 meses, a 2% ao mê s.
6) Calcule o juro produzido por R$ 10.000, 00, em 3 meses, a 0, 02% ao dia.
7) Calcule o juro produzido por R$ 8.000, 00, em 20 dias, a 3% ao ano.
8) Calcule o juro produzido por R$ 6.000, 00, em 10 dias, a 1, 5% ao mê s.
9) Determine o montante de R$ 8000, 00, em 2 anos, quando aplicados a 2% a.m.
10)Determine o montante gerado por R$ 5.000, 00, em 5 meses, quando aplicados a 25% a.a.
11)Calcule o montante de R$ 40.000, 00, em 3 meses e 10 dias, aplicados a 0, 25% a.d?
12)Em quantos anos R$ 2.400, 00 colocados a 25% a.a, rende R$ 420, 00 de juro?
13)A que taxa deve ser empregado o capital de R$ 32.000, 00, durante 6 meses, para produzir
juros de R$ 720, 00?
36
CAPÍTULO 4 SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS: PROGRESSÃO ARITMÉTICA(P.A.) E
MATEMÁTICA
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA(P.G)
TEMAS
Introdução
Sequência numérica é uma lista formada por números que possui uma ordem,
geralmente, bem definida. Uma sequência contém o que conhecemos como lei de formação,
ou lei de recorrência, o que nos permite encontrar os próximos termos do seguimento.
• (– 16, – 8, – 4, – 2, – 1)
37
o Decrescente: quando o termo é sempre maior que seu sucessor.
Exemplos:
• (10, 7, 4, 1, – 2, – 5, – 8 … )
• ( – 4, – 4, – 4, – 4 … )
• (1, – 1, 1, – 1, 1 , – 1)
Exemplo 1:
Lei de ocorrência da sequência dos números múltiplos de 5:
(0, 5, 10, 15, 20, 25, …)
Exemplo 2:
Lei de ocorrência da sequência dos números primos:
(2,3,5,7,11,13,17,19,23 … )
Exemplo 3:
Lei de ocorrência dos inteiros negativos:
( – 1, – 2, – 3, – 4, – 5, – 6, – 7...)
Exemplo 4:
Sequência dos números ímpares menores que 10:
(1, 3, 5, 7, 9)
Sequências Numéricas
ATIVIDADE 1
38
2 As figuras a seguir representam os três primeiros termos de uma
sequência de arranjos de flores amarelas e vermelhas.
3 Tiago ficou sem parceiro para jogar bolinha de gude. Então, ele pegou sua coleção
de bolinhas e formou uma sequência de T (a inicial de seu nome), con- forme a figura:
CURIOSIDADE
39
Você sabe por que os feirantes empilham laranjas,
melancias e outras frutas de acordo com a mesma
regularidade?
© Rubens Chaves/Pulsar Imagens
Agora que você já tem alguma noção sobre sequências estudará neste tema, de modo
mais aprofundado, a progressão aritmética (PA), que é um dos dois tipos
especiais de sequências tratadas nesta Unidade.
A Progressão Aritmética (P.A.) é uma sequência de números onde a diferença entre dois
termos consecutivos é sempre a mesma. Essa diferença constante é chamada de razão da P.A.
Sendo assim, a partir do segundo elemento da sequência, os números que surgem são
resultantes da soma da constante com o valor do elemento anterior.
Isso é o que a diferencia da progressão geométrica (P.G.), pois nesta, os números são
multiplicados pela razão, enquanto na progressão aritmética, eles são somados.
40
As progressões aritméticas podem apresentar um número determinado de termos (P.A. finita)
ou um número infinito de termos (P.A. infinita).
Para indicar que uma sequência continua indefinidamente utilizamos reticências, por exemplo:
Cada termo de uma P.A. é identificado pela posição que ocupa na sequência e para representar
cada termo utilizamos uma letra (normalmente a letra a) seguida de um número que indica sua
posição na sequência.
Por exemplo, o termo a4 na P.A (2, 4, 6, 8, 10) é o número 8, pois é o número que ocupa a 4ª
posição na sequência.
Classificação da P.A:
De acordo com o valor da razão, as progressões aritméticas são classificadas em:
• Decrescente: quando a razão for menor que zero (15, 10, 5, 0, - 5,...), sendo r = - 5
Propriedades da P.A:
1ª propriedade:
Em uma P.A. finita, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma
dos extremos.
Exemplo
41
2ª propriedade:
Considerando três termos consecutivos de uma P.A., o termo do meio será igual a
média aritmética dos outros dois termos.
Exemplo
3ª propriedade:
Em uma P.A. finita com número de termos ímpar, o termo central será igual a média
aritmética entre termos equidistantes deste. Esta propriedade deriva da primeira.
Onde,
Exemplos:
1) Calcule o 10° termo da P.A.: (26, 31, 36, 41, ...)
Solução
42
Primeiro, devemos identificar que:
a1 = 26
r = 31 - 26 = 5
n = 10 (10º termo).
2) Encontre o 16º termo de uma P.A. que possui razão 3 e cujo primeiro termo é igual a
4.
Solução
an = a1 + (n – 1) r
43
Soma dos termos da P.A:
Para encontrar a soma dos termos de uma P.A. finita, basta utilizar a fórmula:
Onde,
Exemplos:
1) Calcule a soma dos vinte primeiros números de uma P.A. sabendo-se que o
primeiro termo é 2 e o vigésimo termo é 58.
Solução
n = 20
a1 = 2
a20 = 58
(37). 12
S12 =
2
444
S12 =
2
S12 = 222
44
ATIVIDADE 2 Soma dos termos da Progressão Aritmética
Atenção: use a fórmula da soma dos termos
1) Encontre a soma dos dez primeiros termos de uma P.A., sabendo-se que o primeiro termo é
6 e o décimo é 80.
2) Calcule a soma dos 15 primeiros termos da P.A. (2,5, 8,...,44) onde a44 = 44
3) Calcule a soma dos 20 primeiros números pares, com a20 = 38
4) Em janeiro depositei R$ 10,00 no banco, em fevereiro R$11,00, em março R$12,00 e assim
sucessivamente, aumentando R$ 1,00 a cada mês nos depósitos, sem falhar nenhum deles.
Como você viu no caso da PA, as sequências apresentam uma regularidade, porém
algumas delas têm como característica uma regularidade multiplicativa e,
consequentemente, crescem mais rápido que uma progressão aritmética. Esse tipo
de comportamento aparece, por exemplo, em determinadas aplicações em que
incidem juros sobre juros, propagação de epidemia de vírus, divisões em partituras
musicais, entre outras aplicações.
Neste tema, você vai estudar e se aprofundar na progressão geométrica (PG), um
tipo especial de sequência.
Você já deve ter ouvido falar que as coisas se desvalorizam com o uso, não é?
Já pensou como é determinado o valor de cada objeto diante dessa
desvalorização?
O rei sorriu ao ouvir o que acreditou ser um pedido No livro O homem que
calculava, de Malba Tahan (1938), há uma passagem que conta a história do xadrez,
conhecida como Lenda de Sessa. Diz a lenda que o jogo de xadrez foi inventado
para divertir um rei, que, encantado com o jogo, pediu aseu criador, Sessa, que
escolhesse uma recompensa em ouro e joias.
45
modesto. Mas seu sorriso desapareceu na manhã seguinte quando ouviu de seu
secretário de Finanças, um contador muito habilidoso, que ele, o rei, teria de
pagar uma quantidade de trigo que não existia no reino, nem provavelmente no
mundo todo.
A explicação é simples: ao dobrar a quantidade de grãos de trigo em cada casa,
obtém-se uma sequência que cresce muito rapidamente à medida que se avança
pelas casas do tabuleiro, formando uma sequência que, até a 10 a casa, tem os
seguintes valores numéricos:
Isso quer dizer que a soma de todos os grãos dá um número que ultrapassa a
casa dos quinquilhões:
Progressão Geométrica (PG) corresponde a uma sequência numérica cujo quociente (q) ou
razão entre um número e outro (exceto o primeiro) é sempre igual.
Em outras palavras, o número multiplicado pela razão (q) estabelecida na sequência,
corresponderá ao próximo número, por exemplo:
Classificação da P.G:
De acordo com o valor da razão (q), podemos dividir as Progressões
Geométricas (PG) em 4 tipos:
a) PG Crescente
Na PG crescente a razão é sempre positiva (q > 0) formada por números crescentes,
por exemplo:
b) PG Decrescente
46
Ou seja, os números da sequência são sempre menores do que seus antecessores,
por exemplo:
c) PG Oscilante
Na PG oscilante, a razão é negativa (q < 0), formada por números negativos e
positivos, por exemplo:
d) PG Constante
Na PG constante, a razão é sempre igual a 1 formada pelos mesmos números a, por
exemplo:
O termo geral de uma PG é uma expressão que pode ser usada para encontrar um termo
qualquer de uma progressão geométrica. Esse termo também é expresso por a n e a
expressão/fórmula utilizada para determiná-lo é:
Onde:
Exemplos:
47
a5 = 3 x 256
a5 = 768
2) Determinar o décimo termo da PG (1, 2, 4, 8, 16, …), podemos fazer:
an = a1·qn – 1
a10 = 1·210 – 1
a1 = 1
q=2
n = 18
an = ?
an = a1 . q(n – 1)
a18 = 1 . 2(18 – 1)
a18 = 1 . 217
a18 = 1 . 131072
a18 = 131072
48
Soma dos termos da P.G.
Em algumas situações precisamos determinar a soma dos termos de uma PG, para
isso utilizamos a expressão:
Sendo:
a1 o primeiro termo,
q a razão comum e
n o número de termos.
Exemplos:
1) Calcule a soma dos termos da PG (3, 9, 27 … 2187), sendo n = 7.
Temos os seguintes dados:
n=7
a1 = 3
q=3
3.( 37 −1)
S7 = 3−1
S7 = 3279
n=10
a1 = 2
q=2
2.( 210 −1)
S10 = 2−1
49
2.(1024 −1)
S10 = 1
2. 1023
S10 = 1
S10= 2046
4.( 36 −1)
S6 = 3−1
S6 = 1456
50