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MATEMÁTICA

ENSINO MÉDIO – MÓDULO IV

1
Caro(a) aluno (a):

É com grande satisfação que o “CESEC – Governador Bias Fortes”, apresenta este
módulo de estudos , com intuito de lhe apoiar e contribuir no seu processo de
ensino-aprendizagem. Trata-se de um material pedagógico de fácil compreensão,
pensado na sua formação acadêmica de qualidade e nos desafios que lhes serão
impostos na sua trajetória de vida.
Este material foi desenvolvido a partir dos Cadernos do Estudante do Programa
Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho para os Centros
Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (CEEJAs), elaborados pela Secretaria
de Educação do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Ciências, Tecnologia e Inovação.

Bons estudos!

2
É importante saber que também se aprende a estudar. No entanto, se buscarmos em
nossa memória, dificilmente nos lembraremos de aulas em que nos ensinaram a
como fazer.
Afinal, como grifar um texto, organizar uma anotação, produzir resumos, ficha-
mentos, resenhas, esquemas, ler um gráfico ou um mapa, apreciar uma imagem
etc.? Na maioria das vezes, esses procedimentos de estudo são solicitados, mas
não são ensinados. Por esse motivo, nem sempre os utilizamos adequadamente ou
entendemos sua importância para nossa aprendizagem.
Aprender a estudar nos faz tomar gosto pelo estudo. Quando adquirimos este hábito,
a atitude de sentar-se para ler e estudar os textos das mais diferentes disciplinas, a
fim de aprimorar os conhecimentos que já temos ou buscar informações, torna-se
algo prazeroso e uma forma de realizar novas descobertas. E isso acontece mesmo
com os textos mais difíceis, porque sempre é tempo de aprender.
Na hora de ler para aprender, todas as nossas experiências de vida contam muito,
pois elas são sempre o ponto de partida para a construção de novas aprendizagens.
Ler amplia nosso vocabulário e ajuda-nos a pensar, falar e escrever melhor.
Além disso, quanto mais praticamos a leitura e a escrita, desenvolvemos melhor
essas capacidades. Para isso, conhecer e utilizar adequadamente diferentes
procedimentos de estudo é fundamental. Eles lhe servirão em uma série de
situações, dentro e fora da escola, caso você resolva prestar um concurso público,
por exemplo, ou mesmo realizar alguma prova de seleção de emprego.
Por fim, é importante lembrar que todo hábito se desenvolve com a frequência.
Assim, é essencial que você leia e escreva diariamente, utilizando os procedimentos
de estudo que aprenderá e registrando suas conclusões, observações e dúvidas.

3
Caro estudante,

∙ Todas as atividades deverão ser realizadas no caderno


e na sequência apresentada.

∙ A sequência das atividades foi desenvolvida para


garantir aprendizado e aproveitamento do seu tempo.

∙ Ao fazer os registros, deve se lembrar da necessidade


da organização e cuidado com o seu caderno.

∙ Faça uma leitura diária do material para consolidar a


sua aprendizagem.

BONS ESTUDOS!

4
MATEMÁTICA

SUMÁRIO

Capítulo 1 ‒ Geometria tridimensional: estudo dos sólidos ......................................... 5

Tema 1 – Formas tridimensionais: prismas e pirâmides ............................................................. 5

Tema 2 – Poliedros............................................................................................................................. 12

Tema 3 – Poliedros de Platão ............................................................................................................ 14

Tema 4 – Uma fórmula para todos os poliedros ....................................................................... 22

Capítulo 2 ‒Áreas e Volumes ............................................................................. 25

Tema 1 – Áreas de figuras planas ........................................................................................................ 9

Tema 2 – Comprimento da circunferência e área do círculo .................................................... 19

Tema 3 – Volume de sólidos .................................................................................................. 35

Capítulo 3 ‒ Relações Métricas no Triângulo Retângulo e Aplicações do Teorema de


Pitágoras...........................................................................................................44
Tema 1 – Relações métricas no Triângulo Retângulo ............................................................... 46

Tema 2 – Relações em triângulos: aplicações do Teorema de Pitágoras ................................... 51


CAPÍTULO 1

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MATEMÁTICA
GEOMETRIA TRIDIMENSIONAL: ESTUDO DOS SÓLIDOS

Introdução
Desde os primeiros anos escolares, você tem estudado as formas geométricas, seus
elementos, suas propriedades e suas relações, e percebeu que elas estão por toda
parte: na natureza, na arquitetura e nos objetos ao redor. No espaço em que vivemos,
a maior parte do que é considerado material é tridimensional, começando pelo
próprio corpo.
Nesta Unidade, você estudará algumas formas geométricas tridimensionais.

TEM A 1 Formas tridimensionais: prismas e pirâmides

Neste tema, você estudará as formas no espaço tridimensional, e aprenderá a


reconhecer as diferentes figuras, suas formas, dimensões e representações.

Você sabe o que quer dizer a palavra tridimensional? A princípio, pode dizer: três
dimensões. Mas o que são dimensões em Matemática? Dimensão significa uma
grandeza a ser utilizada, representada pelas medidas de comprimento, largura e altura.
Essas medidas você já estudou. Um objeto tridimensional apresenta comprimento,
largura e altura. Agora interrompa o que está fazendo, olhe para seu lápis e reflita: Ele
é um objeto tridimensional?

Formas tridimensionais

As formas tridimensionais também são chamadas de sólidos e podem ser apreciadas


na natureza, na arquitetura e nas artes plásticas.

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Na natureza

Nos cristais e em algumas formações rochosas há formas geométricas curiosas,


limitadas por faces planas retangulares ou triangulares, como os prismas, que serão
estudados neste tema. Observe um exemplo na imagem a seguir.

© Martin Novak/123RF

Cristal em estado puro.

Também os favos de mel, das colmeias de abelhas, apresentam estruturas geométricas


tridimensionais relacionadas com formas hexagonais que, quando justa-postas,
preenchem um espaço sem deixar vãos. Observe.
© lilkar/123RF

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Na arquitetura

As formas tridimensionais são a base de praticamente todas as construções


arquitetônicas. Nas construções modernas, os arquitetos recorrem bastante à
Geometria.

Veja alguns exemplos de construção arquitetônica nas imagens a seguir.


© Ed Viggiani/Pulsar Imagens

Figura 1 - Edifício do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na cidade de São


Paulo

Figura 2- Edifício da sede da Petrobrás, na cidade


do Rio de Janeiro
Nas artes plásticas
Muitas são as obras de arte que têm representações de sólidos geométricos.
Veja a gravura Melancolia (1514), do artista alemão Albrecht Dürer (1471-1528).
© Universal History Archive/UIg/getty images

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Esculturas e instalações artísticas são objetos tridimensionais. Observe um exemplo
na imagem a seguir.

Prismas
Muitos dos objetos que são utilizados no dia a dia e a maioria das embalagens
e caixas utilizadas no comércio e na indústria têm um formato especial chamado
prisma.Uma simples caixa de cereais tem a forma de prisma. Veja os exemplos
a seguir.

A maior parte dos prismas são prismas retos.


Veja algumas das principais características de um prisma:

• as bases de um prisma são polígonos;


• a base superior e a base inferior de um prisma qualquer são iguais;
• se a base é um polígono regular (aquele que tem todos os lados e todos os ângulos
congruentes), diz-se que o prisma é regular;
• as faces laterais de um prisma reto são retangulares.

Um prisma qualquer, seja reto, seja oblíquo, tem sempre duas bases (inferior e
superior) que são polígonos, e tem faces, vértices e arestas.
9
Paralelepípedo

Entre os prismas, o mais comum e utilizado na indústria de embalagens ou na cons-


trução de contêineres é o paralelepípedo, também conhecido como bloco retangular.
© Sergio Pedreira/Pulsar Imagens

© victoroancea/123RF
Um paralelepípedo, como uma caixa de creme dental, tem faces, vértices e arestas.
Relembre cada um desses elementos.

• Faces: você pode pensar em um


paralelepípedo como um cubo que foi
esticado. Na verdade, o próprio cubo é um
tipo particular de paralelepípedo em que
todas as faces são quadrados.
Como o cubo tem 6 faces, o
paralelepípedo também tem 6 faces.

• Vértices: são as “pontas” do paralelepípedo. Com base na mesma ideia de compará-


lo com o cubo, pode-se dizer que qualquer paralelepípedo tem 8 vértices, assim como
o cubo: 4 na base inferior, e 4 na base superior.
• Arestas: são as quinas do paralelepípedo. São 4 na base inferior, 4 na base supe-
rior e 4 na vertical, em um total de 12 arestas.

10
Pirâmides

Pirâmides são formas tridi mension ais


muito conhecid as pelos ar qui tetos. Elas
podem ser encontradas em construções anti-
gas no Egito e na América Central (México e
Guatemala).
Essa forma continua atraindo o gosto de
arquitetos e engenheiros no mundo
contemporâneo.

Pirâmide de vidro no Museu do Louvre, Paris, França.

As características geométricas de uma pirâmide são:


• a base é um polígono;
• as faces laterais são triangulares.

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É fácil determinar o número de faces, vértices e arestas de uma pirâmide. Veja um
exemplo em que a base da pirâmide é um quadrado:
• faces: a base e as 4 faces laterais
triangulares, em um total de 5 faces;

• vértices: os 4 do quadrado da base


mais o vértice do topo, em um total de 5
vér tices;

• arestas: 4 da base quadrada mais 4 que


saem de cada vértice da base, ligando-se
ao vértice superior, em um total de 8
arestas.

ATIVIDADE Prismas e pirâmides

1 Um prisma cuja base é um hexágono tem:


a) Quantas faces?
b) Quantos vértices?
c) Quantas arestas?

2 Uma pirâmide cuja base é um polígono de 6 lados tem:

a) Quantas faces?
b) Quantos vértices?
c) Quantas arestas?
3 Imagine uma pirâmide cuja base é um polígono de 12 lados, também conhecido
por dodecágono. Quantos vértices tem essa pirâmide?

4 Se uma pirâmide tem 9 vértices, quantos lados tem a base dessa pirâmide?

5 Joana trabalha como decoradora de lojas. Ela vai construir uma pirâmide de base
quadrada usando palitos de 8 cm e bolinhas de isopor para fazer as junções das
arestas.
a) Quantos palitos ela vai usar?

b) E de quantas bolinhas de isopor ela precisará?

6 Pedro trabalha como montador de estandes. Ele precisa construir um espaço na


forma de prisma de base hexagonal com 3 m de altura. Para isso, ele vai cortar placas
de compensado na forma de hexágonos regulares e retângulos, e usar fitas adesivas
grossas para produzir o estande na forma de prisma.

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a) Que tipo de prisma ele vai construir: reto ou oblíquo?
b) Quantos hexágonos ele terá que construir?
c) Quantos retângulos são necessários para construir as faces laterais?
d) Se o lado do hexágono tiver 80 cm, quais são as medidas dos
retângulos das faces laterais?
e) Quantas faces no total tem esse prisma?
f) Quantos vértices?
g) Quantas arestas?

Poliedros TEM A 2

Neste tema você ampliará seu conhecimento sobre os sólidos geométricos.

No tema anterior, você viu alguns tipos especiais de poliedros: os prismas e as


pirâmides. Mas, em algum momento, enquanto estava desenvolvendo as atividades
do Tema 1, você pode ter pensado: “Será que há nomes diferentes para os diversos
sólidos geométricos que são encontrados na natureza e na produção humana?”. Na
verdade sim, e o nome geral passa a ser poliedro.
Agora reflita: O que a bola de futebol tem a ver com poliedros?

Um objeto de muitas faces


Entre as formas tridimensionais vistas e usadas no dia a dia, merecem destaque os
poliedros, que são sólidos geométricos delimitados por faces planas poligonais.
Desse ponto de vista, tanto um cubo, um paralelepípedo ou uma pirâmide são
poliedros, pois eles são sólidos geométricos delimitados por faces planas quadradas,
retangulares ou triangulares.
Mas o universo dos poliedros é bem mais amplo, como você verá a seguir.

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A forma de uma pedra preciosa lapidada é um poliedro cujas faces são polígonos.

© Rattanapon Muanpimthong/123RF
Figura 3 - Pedra preciosa - água marinha

Existem jogos e brinquedos com peças poligonais que permitem formar a superfície
de um poliedro.

Qualquer figura geométrica tridimensional fechada e delimitada por faces planas


pode ser considerada um poliedro, por exemplo, os prismas e as pirâmides.

As características geométricas de um poliedro são:

• é delimitado por faces planas que são polígonos;

• a intersecção de duas de suas faces determina uma aresta;

• a intersecção de suas arestas determina um vértice, que são os “bicos” do poliedro.

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ATIVIDADE
Poliedros e o cotidiano
1 Quais dos objetos a seguir têm forma de poliedro?

2 Imagine um cubo e complete com o número de:

a) faces _____________________ DICA!


b) arestas __________________
c) vértices _________________

3 Pense em uma pirâmide como a de Quéops (a Grande Pirâmide), no Egito, que éum
poliedro. Depois, responda às questões.

a) Descreva como são as faces de uma pirâmide.


b) Indique o número de faces, arestas e vértices.

4 Explore uma caixa, como as usadas para guardar sapatos ou uma embalagem de
creme dental. Depois, responda:
a) Indique o número de faces, arestas e vértices dessa caixa.
b) Descreva como são as faces da caixa.

5 Observe um sólido geométrico em forma de degrau:

a) Quantas faces tem esse sólido?


b) Quantos vértices tem esse sólido?
c) Descreva como são as faces desse sólido.

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145

Poliedros de Platão TEMA 3

De todos os infinitos poliedros que se pode imaginar, cinco deles, especiais,


encantaram cientistas e artistas: são os chamados poliedros de Platão, considera-
dos os poliedros mais “perfeitos”.

No que você vê à sua volta, consegue identificar figuras geométricas planas e


tridimensionais? Que objetos lembram triângulos, quadrados, hexágonos? E quais
lembram pirâmides e cubos?

Sólidos de Platão e sua contribuição para o desenvolvimento das ciências

Há mais de 2 mil anos, os matemáticos se interessam por poliedros que têm alguma
regularidade especial, por exemplo, um poliedro em que as faces são todas do
mesmo tipo.
Um poliedro cujas faces são todas iguais e formadas por polígonos regulares são
sólidos regulares, também conhecidos como poliedros de Platão ou sólidos
platônicos.

Esses poliedros receberam essa denominação em homenagem a Platão, filósofo


grego que viveu há cerca de 2.400 anos e provou que só existem cinco poliedros
que apresentam essas características.

Platão descobriu que só existem cinco sólidos geométricos em que todas as faces
são formadas pelo mesmo tipo de polígono regular:

Os cinco poliedros de Platão

Veja na tabela a seguir as características geométricas dos poliedros de Platão.

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Poliedro Faces Polígono das faces

Tetraedro 4 Triângulo equilátero

Cubo 6 Quadrado

Octaedro 8 Triângulo equilátero

Dodecaedro 12 Pentágono regular

Icosaedro 20 Triângulo equilátero

ATIVIDADE Poliedros de Platão


1 1) Considere as formas tridimensionais a seguir.

A B C D E

a) Em quais das formas tridimensionais as faces são do mesmo tipo de polígono?


b) Em quais delas as faces são todas iguais?
c) Descreva as faces de cada poliedro.
d) Qual dessas formas tem faces que são polígonos regulares?

2 Observe os poliedros de Platão e responda quantas arestas saem do mesmo


vértice no:
a) tetraedro:
b) cubo:
c) octaedro:
d) dodecaedro:
e) icosaedro:

3 Quantos vértices tem:


a) O tetraedro:
b) O cubo:
c) O octaedro:

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4 Quantas arestas tem:
a) O tetraedro:
b) O cubo:
c) O octaedro:

5 Um matemático observou que em um poliedro a soma do número de faces com o


número de vértices é igual ao número de arestas mais 2. Confira a validade dessa
proposição para o:
a) tetraedro
b) cubo
c) octaedro

Construção dos poliedros de Platão


Os poliedros podem ser construídos de vários modos, dependendo do tipo de
material que se tem à disposição. A construção de poliedros interessa a vários pro-
fissionais, como arquitetos, desenhistas industriais, decoradores, fabricantes de
embalagens, construtores de maquetes, montadores de móveis, entre outros.
Uma das técnicas utilizadas na construção de poliedros é a planificação, que pode
ser feita usando-se cartolina, papel-cartão, folhas de compensado e outros
materiais. Saber fazer ou reconhecer uma planificação exige habilidades de racio-
cínio e de visualização.

Planificações

Tetraedro
O tetraedro é um poliedro que tem a forma de uma
pirâmide com base triangular. Se as faces de um
tetraedro são triângulos equiláteros, diz-se que é um
tetraedro regular. Esse é um dos poliedros de Platão.
A base para sua construção são os triângulos equiláteros.

Observe uma maneira de construir a planificação do tetraedro regular:

É comum acrescentar abas aos 4 triângulos equiláteros, as chamadas aletas, que


servem para colar uma face na outra.

18
Octaedro

O octaedro regular é um poliedro de Platão cujas faces são triângulos, e sua


planificação é formada por 8 triângulos equiláteros.

Dodecaedro

O dodecaedro regular é um poliedro limitado por 12 faces pentagonais regulares.

Figura 4 - Répteis (1943), obra de M.C. Escher, na qual aparece


um dodecaedro

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Há várias maneiras de se construir um dodecaedro regular por meio de planificação.
Observe a seguir um exemplo de molde.

Por ter 12 faces, o dodecaedro é utilizado como suporte de calendários de mesa: os 12


meses do ano ficam, cada um, em uma face do poliedro.

Icosaedro

O icosaedro regular é o poliedro de Platão mais complexo: tem 20 faces, 12


vértices e 30 arestas. Com uma malha de triângulos equiláteros, é possível
planificar o icosaedro.
© Daniel Beneventi

© Daniel Beneventi

Figura 5- Planificação do icosaedro


Figura 6 - Estrutura do icosaedro

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Cubo

O cubo é um paralelepípedo especial em que todas as arestas têm a mesma medida.


Consequentemente, todas as faces são iguais e quadradas. É o poliedro de Platão
mais conhecido, utilizável e presente em grande número de situações e objetos do
cotidiano, assim como na Arquitetura, nas artes e na natureza.

Figura 7 - Centro financeiro, Lá Defense, Paris -


França

Há várias maneiras de representar a forma do cubo; a planificação é a maneira mais


conhecida. Pode-se partir de uma malha quadriculada ou construir os quadrados com
régua e compasso.

Existem 11 planificações diferentes do cubo. Por exemplo:

O cubo também pode ser representado

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ATIVIDADE
Planificação

1 Determine quais destas figuras representam a planificação de um cubo:

2 A seguir, há 9 figuras formadas com 8 triângulos equiláteros, ligados lado a lado;


7 delas são planificações de um octaedro regular. Descubra quais são as 2 figuras
que não são planificações do octaedro.

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TE MA 4 Uma fórmula para todos os poliedros

Neste tema, você conhecerá a fórmula que um matemático suíço descobriu no


século XVII, que podia ser aplicada para resolver problemas relacionados a
poliedros.

Você provavelmente se lembra do estudo de equações e de algumas fórmulas


algébricas. Agora, vai usar esse conhecimento para explorar as relações
geométricas.

Relação de Euler
O matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783) fez uma das grandes des-
cobertas da Matemática e, em sua homenagem, ela recebeu o nome de relação
de Euler.
A fórmula de Euler relaciona o número de faces, arestas e vértices de um poliedro,
e é verdadeira para todos eles.
O que impressiona nessa fórmula é sua simplicidade.

Euler observou que a soma do número de faces com o número de vértices é


igual ao número de arestas acrescido de 2.

F+V=A+2

Verifique a fórmula em dois casos bem conhecidos.

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O cubo

© eriksvoboda/123RF
Um cubo é um caso particular de paralelepípedo
em que todas as faces são quadrados. Ele tem 6
faces (4 nas laterais e 2 bases) e 8 vértices.

De acordo com a fórmula de Euler, é possível descobrir quantas são as arestas.


Observe:
F+V=A+2
6 + 8 = A + 2 , resolvendo a equação:
14 = A + 2
A = 14 – 2 = 12.

De fato, um cubo qualquer tem 12 arestas (4 na base quadrada inferior,


mais 4 nas laterais, e mais 4 na base quadrada superior).

© arcady31/123RF
A pirâmide de base quadrada

Uma pirâmide de base quadrada tem 5 faces (4


triângulos nas laterais e a base quadrada). O
número de vértices também é 5 (4 na base
quadrada e o vértice superior). Observe a
aplicação da fórmula de Euler para calcular o
número de arestas:
F+V=A+2
5 + 5 = A + 2 , resolvendo a equação:
10 = A + 2
A = 10 – 2 = 8.

Observe que uma pirâmide de base quadrada, como as pirâmides egípcias, tem 8
arestas (4 na base quadrada inferior e 4 nas laterais).

ATIVIDADE 1 Fórmula de Euler

1 Utilize a fórmula de Euler para determinar o número de arestas de um poliedro de


11 faces e 11 vértices.

2 Quantos vértices apresenta um poliedro que tem 10 faces e 20 arestas?

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3 Determine o número de faces de um poliedro que tem 7 vértices e 15 arestas.

4 Determine o número de arestas do octaedro regular, que é um poliedro de


Platão, sabendo que o número de vértices é igual a 6.

5 Sabendo que o dodecaedro regular tem 12 faces pentagonais, determine o número


de vértices e de arestas.

6 As fórmulas a seguir relacionam o número n de lados da base ao número de


vértices (V), faces (F) ou arestas (A), de um prisma ou de uma pirâmide. Indique a
qual figura cada fórmula se refere.
a) F = n + 1
b) F = n + 2
c) V = 2n DICA!
d) V = n + 1
e) A = 2n
f) A = 3n

Observe a forma das coisas do cotidiano: o formato de edifícios, embalagens e


objetos de uso diário. Muitas dessas formas são poliédricas, isso porque em
muitos casos é mais fácil e econômico produzir formas com faces planas. Você
poderá se dar conta disso ao desmontar uma embalagem, mesmo que ela não
tenha a forma de um bloco retangular.
As descobertas realizadas por geômetras, desde Platão até os dias de hoje, têm
sido intensamente utilizadas por diversos profissionais.

25
MATEMÁTICA
CAPÍTULO 2
1

Introdução
Muitas situações do dia a dia envolvem medidas de área, de capacidade e de
volume. São várias as ocupações em que é preciso calcular perímetros e áreas,
como é o caso de pintores, serralheiros, marceneiros, pedreiros, colocadores de pisos
e outros profissionais que têm de saber calcular a capacidade de recipientes e deter-
minar o volume de um objeto.
Nesta Unidade, o objetivo é ajudá-lo a se familiarizar com esses procedimentos de
cálculo.

Áreas de figuras planas TEM A 1

Neste tema, você vai se aprofundar no cálculo de áreas de algumas figuras planas,
mais utilizadas no dia a dia.

Você já viu um pedreiro calcular a quantidade de lajotas necessárias para cobrir


determinada área de piso ou um pintor calcular a quantidade de tinta necessária para
pintar um cômodo? O que esses profissionais precisam saber para efetuar esses
cálculos? Só conhecer o tamanho da lajota ou da lata de tinta é suficiente?

Cálculo de áreas poligonais


Alfaiates e costureiras precisam saber as
medidas do corpo da pessoa para quem vão criar
roupas. Essas medidas são importantes para que
os profissionais saibam de quantos metros de
tecido precisarão, pois elas são usadas para
fazer o corte, que, em geral, tem um formato
irregular.

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Área é a medida da superfície de uma figura plana. Para encontrar a medida da área,
utilizamos fórmulas específicas que levam em consideração o formato da figura. Os principais
polígonos e a circunferência possuem, cada um deles, uma fórmula específica para que seja
possível calcular a sua área. Os principais polígonos são os triângulos, retângulos, quadrados,
trapézios e losangos.

A área é objeto de estudo da geometria plana, pois calculamos a área somente de regiões
planas, ou seja, bidimensionais.

A mais simples talvez seja a área do

© Daniel Beneventi
retângulo, pois se pode tomar um
quadrado unitário (1 × 1) como
unidade de área.
A área do retângulo da figura é 3 ∙ 5 =
15, que é a quantidade de quadrados
unitários que cabe no retângulo.

Este é assunto muito usado no nosso dia a dia e fica muito fácil o cálculo de áreas de figuras
planas, quando você identifica a figura e a fórmula certa para fazer o cálculo.

• QUADRADO
o quadrado é uma das figuras mais simples e lembradas. No entanto, existem características
importantes e muito úteis do quadrado, que são desconhecidas por muitas pessoas. O
cálculo da sua área é uma delas.

Quando calculamos a área de um quadrado, obtemos a medida da sua superfície, que é o


espaço que ele ocupa. Saber esse espaço é indispensável, por exemplo, em construções civis.

Exemplo:
Determine a área de um quadrado cujo lado mede 3
cm.

Então teremos:
Aq = 3² = 3 . 3 = 9 cm²

• RETÂNGULO
É necessário calcular a área de um retângulo quando, por exemplo, precisamos verificar
quantos metros quadrados de cerâmica são necessários para fazer o piso do cômodo de uma
casa ou saber o espaço ocupado por um canteiro retangular em um jardim.

Mas o que significa calcular a área de um retângulo? Significa calcular a medida da


superfície ou medir o espaço ocupado por uma região retangular.
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Onde,

A: área
b: base
h: altura

Exemplo: Determine a área do retângulo abaixo:

Aplicando-se a fórmula para calcular a área, num retângulo de base 10 cm e altura


de 5 cm, temos:

Portanto, o valor da área da figura é de 50 cm 2.

• TRIÂNGULO

O triângulo é o polígono mais simples da geometria plana, pois é composto por 3 lados
e 3 ângulos, sendo o polígono com menor número de lados. Como o nosso objetivo é calcular
a área do triângulo, é importante saber reconhecer sua base e altura.

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• b → comprimento da base
• h → comprimento da altura

Exemplo:

Qual é a área de um triângulo cuja base mede 10 cm e altura é de 9 cm?

• Resolução:

• LOSANGO
O losango também possui 4 lados, porém todos congruentes. Para calcular a área do losango,
é necessário conhecer o comprimento das suas diagonais, a diagonal maior e a diagonal
menor.

• D → comprimento da diagonal maior


• d → comprimento da diagonal menor

Exemplo:

Um losango possui diagonal menor igual a 6 cm e diagonal maior igual a 11 cm, então a sua
área é igual a:
29
• TRAPÉZIO

O último quadrilátero é o trapézio, ele possui dois lados paralelos, conhecidos como base
maior e base menor, e dois lados não paralelos. Para calcular a área de um trapézio, é
necessário conhecer o comprimento de cada base e o comprimento da sua altura.

• B → base maior
• b → base menor
• h → altura

Exemplo:
Qual é a área do trapézio que possui base maior igual a 8 cm, base menor igual a 4 cm e 3 cm
de altura?
Resolução:

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ATIVIDADE 1 Áreas de figuras planas

1) Calcule a área de um quadrado que possui perímetro igual a 24 cm.


2) Calcule a área de um retângulo cuja base mede 1800 centímetros e a altura, 9 metros.

3) Calcule a área de um canteiro de flores em formato de losango, que possui diagonal maior
medindo 10 metros e diagonal menor medindo 5 metros.
2
4) Qual é a área de um triângulo com base medindo 30 cm e altura igual a 5 da medida da
base?

5) A planificação de uma caixa com 17 cm de comprimento, 5 cm de largura e 24 cm de


altura é apresentada na figura abaixo. Qual a quantidade de papelão necessária para fazer
uma caixa com essas dimensões?

6) (Saresp) A figura mostra a planta de um terreno, com a indicação de algumas medidas.


Qual a área desse terreno?

a) 84 m²
b) 160 m²
c) 300 m²
d) 352 m²

7) Determine a área de uma sala quadrada, sabendo que a medida de seu lado é 6,45 m.

8) Calcule a área de um retângulo, considerando que a base mede 34 cm e que a altura


mede a metade da base.

31
9) Determine a área de um triângulo, sabendo que sua base mede 5 cm e sua altura mede
2,2 cm.

10) Calcule a área de um losango, sabendo que sua diagonal maior mede 5 cm e a diagonal
menor mede 2,4 cm.

11) Calcule a área de um trapézio cuja base maior mede 12 cm, a base menor mede 3,4 cm
e a altura mede 5 cm.

Comprimento da circunferência e área do círculo TEM A 2

Há muito tempo, os círculos despertam a curiosidade humana. Os círculos sempre


estiveram ao nosso redor, por exemplo: a Lua, o Sol, o formato redondo dos frutos, as
ondas produzidas por uma pedra atirada na água, entre outros.
Ao observar troncos de árvore rolarem, o homem passou a “imitar” o movimento da
natureza e inventou a roda há aproximadamente 6 mil anos. Daí em diante, surgiram
muitas situações que levaram à necessidade de medir o comprimento da
circunferência e a área do círculo. Esse será o assunto deste tema.

Pode-se observar circunferências e círculos em objetos do dia a dia, como embalagens


de alimentos, rodas de veículos etc. Então, determinar o comprimento de
circunferências e a área de círculos deve ser útil em muitas situações. Você consegue
se lembrar de algumas delas?

32
Medidas na circunferência e no círculo
O interesse pelo estudo das medidas de uma circunferência é muito antigo. Há
referências a essas medidas até no Antigo Testamento, em uma passagem que
descreve um tipo de reservatório cilíndrico que teria 5 medidas de altura, 10 medi-
das de uma borda a outra e 30 medidas no contorno.

© Daniel Beneventi
10

30

De acordo com essa referência, o comprimento da circunferência C é três


vezes a medida do diâmetro d.
Nesse caso, a razão entre o comprimento C e o diâmetro d da circunferência é 3.
𝐶
C = 3d =3
𝑑

Em busca de maior precisão, os matemáticos desenvolveram métodos para


descobrir o valor dessa razão, que foi batizada de “pi” (𝜋). Eles calcularam a razão
entre o comprimento e o diâmetro de circunferências de vários tamanhos, e
concluíram que esse é um valor constante de aproximadamente 3,14159.

Em 1737, o matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783) adotou a letra grega 𝜋


como símbolo dessa constante: 𝜋 ≅ 3,14.

Mais tarde, descobriu-se que 𝜋 é um número irracional; isso quer dizer que não
existe uma fração que o represente, só aproximações racionais. Dependendo da
aplicação, a aproximação 𝜋 = 3,14 é mais do que suficiente para a maioria das
atividades escolares e até mesmo profissionais.

Comprimento da circunferência
O perímetro é a medida do contorno de um objeto. Nos polígonos, o perímetro é dado a partir
da soma de todos os seus lados. Já na circunferência o perímetro é obtido quando calculamos
o seu comprimento.

Para calcular o comprimento de qualquer circunferência, precisamos conhecer a medida


do raio (r). Conhecido o valor do raio, o comprimento da circunferência é dado pelo dobro do
produto do raio por π (número irracional cujo valor aproximado é 3,14).
Seja C o comprimento da circunferência, temos a seguinte fórmula:
33
Se multiplicarmos o raio da circunferência por 2, encontraremos a medida
do diâmetro (segmento de reta que intercepta dois pontos da circunferência passando pelo
centro).

Seja d o diâmetro, também podemos utilizar a seguinte fórmula para calcular o comprimento
da circunferência:

C = π·d

ATIVIDADE Comprimento da circunferência


Adote o valor = 3,14 para resolver as atividades a seguir.

1 Calcule o comprimento aproximado de uma circunferência que tem:

a) diâmetro (d) = 15 m
b) raio (r) = 7,5 m
c) d = 10 mm
d) r = 20 mm
e) d = 6 cm
f) r = 8 cm

2 Observe o exemplo. Dado o comprimento da circunferência C = 81,64 km,


calcule o raio e o diâmetro dessa circunferência.

De acordo com o que você observou, resolva os itens abaixo:

a) C = 25,12 m
b) C = 9,42 cm
34
c) C = 15,7 m
d) C = 6,28 m
e) C = 12,56 cm

3 O diâmetro da roda de uma bicicleta mede 80 cm. Determine quanto um ciclista


percorre quando a roda dessa bicicleta dá 10 voltas completas.

4 O raio médio da Terra é de aproximadamente 6.400 km. Com base nesse dado,
calcule o comprimento aproximado da Linha do Equador, usando as seguintes
aproximações para :
a)  = 3,14
b)  = 3,1416
c)Compare os dois resultados. Explique o que causou a diferença entre eles.

5 O diâmetro do aro de uma cesta de basquete mede 0,45 m. Calcule o


comprimento do aro.

6 Uma bola de basquete deve ter até 78 cm de circunferência máxima.

a) Calcule seu diâmetro.


b) Uma bola com essas medidas entra na cesta com as dimensões indicadas

7 De acordo com as normas oficiais, uma bola de futebol de campo deve ter entre
68 cm e 71 cm de circunferência. Calcule o diâmetro da bola:
a) de 68 cm
b) de 71 cm

8 O círculo central de um campo de futebol deve medir 18,30 m de diâmetro.


Calcule o comprimento do contorno do círculo.

9 Determine a medida do raio de uma roda cuja medida de comprimento é:

a) 100 cm
b) 1 m

10 Qual é o raio R de uma circunferência cujo comprimento é igual ao de


uma semicircunferência de raio r = 5 cm?
11 Um marceneiro deve construir uma mesa redonda que comporte 6 pessoas a
sua volta. Qual deve ser o raio dessa mesa para que cada pessoa possa dispor
de um arco de 50 cm?

12 Determine o comprimento de uma circunferência inscrita em um quadrado


de lado 2 cm.

35
13 Determine o comprimento de uma circunferência tangente a dois lados
paralelos de um retângulo de lados 4 cm e 3 cm.

Área do círculo
Imagine um círculo que foi dividido em pequenas fatias e depois foi aberto,
formando uma espécie de serrote:

A soma das áreas desses triângulos é muito próxima da área do círculo.

A área do círculo é diretamente proporcional ao raio, que é a distância entre o centro


e a sua extremidade. Para calcularmos a área do círculo, utilizamos a expressão
matemática que relaciona o raio e a letra grega π (pi), que corresponde a,
aproximadamente, 3,14.

Para calcular, por exemplo, a área de um círculo de raio 5 cm, basta substituir o
valor do raio na fórmula:
A = 3,14 . 52
A = 3,14 . 25
A = 78,5 cm2

36
Área do círculo
ATIVIDADE

1 Calcule a área dos círculos de raios:

a) r = 10 cm
b) r = 3,14 m
c) r = 8 mm
d) r = 15 cm

2 Determine o valor dos raios dos círculos cujas áreas são conhecidas. Observe
o exemplo:

a) A = 452,16 m2
b) A = 113,04 mm2
c) A = 100 m2

3 Determine o valor dos diâmetros dos círculos cujas áreas são:

a) A = 78,5 cm2
b) A = 452,16 m2
c) A = 113,04 mm2

4 O comprimento de uma circunferência é 31,4 cm. Determine a área do


círculo.

5 Dobrando a medida do raio de um círculo, quanto aumentará a área?

35

Volume de sólidos TEMA 3

Tão importante quanto saber calcular o volume de um


© czekma13/123RF

cuboou de um bloco retangular é calcular o volume de


sólidos que têm forma cilíndrica. Eles estão em toda a
parte.

37
Com base no volume, é possível avaliar a capacidade de recipientes cilíndricos,
como latas de conserva, por exemplo, e confrontá-la com a massa indicada nos
rótulos.

Você já reparou que em todas as embalagens dos produtos que compra no


supermercado vem registrado o peso líquido do produto?

Um bom exercício é verificar se o peso líquido indicado nas embalagens é


compatível com as dimensões dos recipientes.

Volume de um sólido
Para calcular o volume de um sólido em que as seções planas têm, todas, a
mesma área, multiplica-se a área da base pela altura.

Para melhor compreender essa ideia, imagine, por exemplo,


um pacote de bolachas de água e sal em que todas são
quadradas e têm a mesma massa. Se as bolachas forem
empilhadas umas sobre as outras para compor um pacote,
a massa total será aquantidade de massa de uma bolacha
multiplicada pelo númerode bolachas que há na pilha.

Pode-se usar essa ideia para determinar o volume de um


paralelepípedo:
© Daniel Beneventi

Se a área A do retângulo da base é A = a ∙ b, então o volume V do prisma é


38
a áreada base multiplicada pela altura c. Assim:

Observe esse princípio utilizado no cálculo do volume de um cilindro de


base circular:

© Daniel Beneventi
V = Ab (área da base) . h (altura)

Mas a área da base desse cilindro é A = 𝜋r2, portanto, o


volume do cilindro é:

V = 𝝅r2 ∙ h

Essa relação é utilizada em inúmeras aplicações, por exemplo, para determinar a


capacidade de um reservatório cilíndrico de 10 m de diâmetro por 6 m de
altura.
V = 𝜋 ∙ 52 ∙ 6
V = 3,14 ∙ 25 ∙ 6
V = 3,14 ∙ 150
V = 471 m3

Algumas caixas-d’água têm formato cilíndrico. Imagine que um fabricante


precisa determinar que altura deve ter uma caixa-d’água com raio de
1 m, para que sua capacidade seja de 2.000 L.

Como 1.000 L = 1 m3, tem-se:


39
V = 2.000 L = 2 m3
V = 𝜋r2 ∙ h
2 2 = 3,14 ∙ 12 ∙ h
2
3 h = 3,14

4 h = 0,637 m

Portanto, a altura dessa caixa d’água deverá ser de 0,637 m, quase 64 cm.

ATIVIDADE
Volume de corpos redondos
1 Determine o volume de um cilindro cuja base é um círculo de raio 5 cm
e cuja altura é 10 cm.

2 Determine qual é o cilindro com o maior volume: o cilindro 1, de raio


4 cm ealtura 6 cm, ou o cilindro 2, de raio 6 cm e altura 4 cm?

3 Determine o volume do cilindro abaixo.

8 cm

3 cm

4 (UEA) - Certa empresa fabrica xarope de açaí, acondicionado em vasilhames na forma de


um paralelepípedo retângulo de dimensões 8 cm,
10 cm e 20 cm (medidas internas).

Cada vasilhame custa para a empresa R$ 0,30. O


valor exato gasto com vasilhames pela empresa
para acondicionar 9 600 cm³ do xarope é

a) R$ 0,60.
b) R$ 1,20.
c) R$ 1,80.
d) R$ 12,00.

5 Um paralelepípedo retângulo reto tem comprimento 7 cm, largura 3 cm e altura 4 cm.


Qual é seu volume (V)?

40
CAPÍTULO 3

MATEMÁTICA
TEMAS
1

Introdução

Ao longo da História, a humanidade desenvolveu várias ideias e ferramentas


matemáticas para resolver problemas práticos de medição e de construção. As
situações que levaram ao desenvolvimento da Geometria surgiram no Egito. Por
exemplo, após as cheias, as terras que se localizavam às margens do rio Nilo
precisavam tersuas medidas calculadas a fim de que os governantes revissem os
valores das taxas sobre a produção e as terras.
Para construir edificações e monumentos, como os obeliscos e as pirâmides,
os arquitetos também utilizavam a Geometria. Outros povos, como os fenícios, ao
desenvolver o comércio, precisaram construir suas embarcações para realizar o
transporte de mercadorias, o que também levou ao aprimoramento da
Geometria.

Na maioria dessas situações, foi necessário estudar as características e as


propriedades das formas geométricas. Entre elas, o triângulo teve
importância especial,por ser o polígono mais simples.
Um triângulo é um polígono de 3 lados e 3 ângulos,

© sidnei Moura
e umdesafio que os geômetras se colocaram foi o de
encontrar uma de suas medidas a partir de outras
conhecidas.

Em geral, estudam-se os triângulos para resolver problemas, como encontrar:


• a medida do lado de um triângulo retângulo conhecendo as medidas de outros
dois lados;

• a medida de um ângulo agudo de um triângulo retângulo conhecendo a


medidado outro ângulo agudo;
• a medida de um lado de um triângulo retângulo conhecendo a medida de um
lado e de um ângulo agudo;
• as medidas dos lados ou ângulos de um triângulo qualquer com base em

Neste tema, você estudará as semelhanças e as relações métricas nos triângulos e


aprenderá a utilizá-las para determinar uma medida desconhecida, como a altura
de uma montanha, a largura de um rio ou o comprimento de uma escada.

41
Pode-se notar a presença de triângulos em brinquedos de playground, em portões de madeira,
nas estruturas de um telhado etc. Você acha que eles são sempre iguais? Sabe por que essa forma
é tão utilizada? Nunca reparou nisso? Então, tente fazê-lo em um passeio ou no seu trajeto para
casa um dia desses.

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


As relações métricas são equações que relacionam as medidas dos lados e de alguns
outros segmentos de um triângulo retângulo. Para definir essas relações, é importante
conhecer esses segmentos.

Elementos do triângulo retângulo

A figura a seguir é um triângulo retângulo ABC, cujo ângulo reto é Â e é cortado pela altura
AD:

Nesse triângulo, observe que:


• A letra a é a medida da hipotenusa;
• As letras b e c são as medidas dos catetos;
• A letra h é a medida da altura do triângulo
retângulo;
• A letra n é a projeção do cateto AC sobre a
hipotenusa;
• A letra m é a projeção do cateto BA sobre a
hipotenusa.

TEMA 1 Relações Métricas no Triângulo Retângulo

1ª relação métrica: Teorema de Pitágoras

O teorema de Pitágoras é o seguinte: o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados


dos catetos. Ele é válido para todos os triângulos retângulos e pode ser escrito da seguinte
maneira:

42
- a é hipotenusa, b e c são catetos.

Exemplo:
Qual é a medida da diagonal de um retângulo cujo lado maior mede 20 cm e o lado menor mede
10 cm?

Solução:
A diagonal de um retângulo divide-o em dois triângulos retângulos. Essa diagonal fica sendo a
hipotenusa, como mostra a figura a seguir:

Para calcular a medida dessa diagonal, basta usar o teorema de Pitágoras:

a2 = b2 + c2
a2 = 202 + 102
a2 = 400 + 100
a2 = 500
a = √500

a = 22,36 cm, aproximadamente.

2ª relação métrica:

A hipotenusa do triângulo retângulo é igual à soma das projeções de seus catetos sobre a
hipotenusa, ou seja:

a=m+n

43
Assim, se for necessário descobrir a medida da hipotenusa conhecendo apenas as medidas das
projeções, poderemos usar essa relação métrica.

3ª relação métrica

O quadrado da hipotenusa de um triângulo retângulo é igual ao produto das projeções de


seus catetos sobre a hipotenusa. Matematicamente:

h2 = m. n

Exemplo:
Um triângulo cujas projeções dos catetos sobre a hipotenusa medem 10 e 40 centímetros tem
que altura?
h2 = m · n
h2 = 10·40
h2 = 400
h = √400

h = 20 centímetros.

4ª relação métrica

É usada para descobrir a medida de um cateto quando as medidas de sua projeção sobre a
hipotenusa e a própria hipotenusa são conhecidas:

b2 = a. n
Perceba que b é a medida do cateto AC, e n é a medida
de sua projeção sobre a hipotenusa. Isso vale para c. Ou
c2 = a. m
Exemplo:

Sabendo que a hipotenusa de um triângulo retângulo mede 16 centímetros e que uma de


suas projeções mede 4 centímetros, calcule a medida do cateto adjacente a essa projeção.

Solução:

O cateto adjacente a uma projeção pode ser encontrado a partir de qualquer uma
dessas relações métricas: c2 = am ou b2 = an, pois o exemplo não especifica o cateto em
questão. Assim:

44
c2 = a · m
c2 = 16·4
c2 = 64
c = √64

c = 8 centímetros.

5ª relação métrica

O produto entre a hipotenusa (a) e a altura (h) de um triângulo retângulo é sempre igual ao
produto entre as medidas de seus catetos.

a. h = b. c

Exemplo:

Qual é a área de um triângulo retângulo cujos lados possuem as seguintes medidas: 10, 8 e 6
centímetros?

Solução:
10 centímetros é a medida do maior lado, portanto, esse é a hipotenusa e os outros dois
são catetos. Para encontrar a área, é necessário saber a altura, logo, usaremos essa relação
métrica para encontrar a altura desse triângulo e depois calcularemos sua área.

a·h = b·c
10·h = 8·6 A = 10·4,8
10·h = 48 2
h = 48
A = 48
10
2
h = 4,8 centímetros.
A = 24 cm2

45
ATIVIDADE
Relações métricas no triângulo retângulo

1) Aplicando as relações métricas nos triângulos retângulos abaixo, determine o valor das letras
desconhcidas abaixo:

2) Em um triângulo retângulo as projeções dos catetos sobre a hipotenusa medem 6 cm e 8 cm.


Determine a altura relativa à hipotenusa desse triângulo.

46
3) A medida da altura relativa À hipotenusa de um triângulo retângulo é 12 cm e uma das
projeções mede 9 cm. Calcular a medida dos catetos desse triângulo.

4) Determine a medida das projeções em um triângulo retângulo cuja hipotenusa mede 12 cm


e um dos catetos 4 cm.

5) Em um triângulo retângulo a altura relativa à hipotenusa mede 12 cm e a diferença entre as


medidas das projeções dos catetos sobre a hipotenusa é 7 cm. Quanto mede a hipotenusa
desse triângulo?

6) Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede 30 cm e um dos catetos mede 24 cm. Nessas
condições, determine:
a) a medida da altura relativa à hipotenusa.
b) a medida dos segmentos que a altura determina sobre a hipotenusa.

7) Determine no triângulo abaixo a medida da hipotenusa, a altura em relação à hipotenusa e


a projeção dos catetos sobre a hipotenusa.

8) Calcule a medida de x.

47
TEMA 2 Aplicações do Teorema de Pitágoras

Neste tema, você estudará o que é o teorema de Pitágoras e como utilizá-lo na


determinação de medidas em triângulos retângulos.

Pode-se notar a presença de triângulos em brinquedos de playground, em portões


de madeira, nas estruturas de um telhado etc. Você acha que eles são sempre
iguais? Sabe por que essa forma é tão utilizada? Nunca reparou nisso? Então, tente
fazê-lo em um passeio ou no seu trajeto para casa um dia desses.

Teorema de Pitágoras – início de conversa

No Egito Antigo, os arquitetos que


construíram as famosas pirâmides tinham
de determin ar , com certa precisão, os
ângulos retos. Esses ângulos eram
fundamentais em praticamente todas as
construções, fosse para manter uma
parede perpendicular ao solo, fossepara
construir a base deuma pirâmide.

Para obter o ângulo reto, eles usavam uma corda com 13 nós equidistantes, criando
nela 12 intervalos de mesmo comprimento. Depois, juntavam o 1o nó ao 13o. Estacas
marcavam o 5o e o 8o nós, determinando um triângulo, como indicado na figura

48
Por experiência, eles sabiam que um triângulo construído dessa forma (com lados
medindo 3, 4 e 5 e com ângulo A𝐵̂ C reto), não importando a distância entre dois
nós consecutivos, produzia triângulos semelhantes em que um dos ângulos media
90°.
Observe que, ao fazer essa construção, os lados do triângulo mediam 3, 4 e 5,
satisfazendo uma relação curiosa entre as medidas:

32 + 42 = 5 2

Outra maneira de ver essa relação é construir quadrados sobre os lados do triân-
gulo retângulo, como se pode ver na figura a seguir. Observe que há uma relação
entre as áreas dos quadrados construídos sobre os lados.
© Peter Hermes Furian/Alamy/glow Images

O número de quadradinhos
verdes somado com o número de
quadradinhos laranjas é igual ao
número de quadradinhos azuis.
3

Em outras palavras, a área do qua-


drado construído sobre a
hipotenusa (lado maior) é igual à
soma das áreas dos quadrados
construídos sobre os catetos (lados
menores).
4

Até aqui, foi feita uma exploração com um triângulo particular (de lados 3, 4, 5).
Mas a relação que se quer discutir vale para qualquer triângulo retângulo.

Há centenas de provas do teorema de Pitágoras, que foi batizado com esse


nome em homenagem ao filósofo e matemático grego que viveu no século VI a.C.,
49
pois a demonstração de Pitágoras foi considerada a mais bela e engenhosa de
sua época.

Teorema de Pitágoras
1) Determine a medida da diagonal de um retângulo de lados 5 cm e 12 cm.

2) Um cabo liga dois edifícios próximos, como se vê na figura a seguir.

Use os dados indicados na figura para determinar o comprimento do cabo entre


os pontos A e B.

3) O triângulo ABC é retângulo em A; o cateto ̅𝐴𝐵 ̅̅̅̅ mede 28 cm, e a hipotenusa


̅𝐵𝐶
̅̅̅̅ , 35 cm. Determine a medida do cateto ̅̅̅̅
𝐴𝐶 .

4) A figura abaixo representa dois triângulos retângulos encaixados no


ângulo cujo vértice é R. Algumas medidas são conhecidas: RS = 5 cm,
ST = 3 cm e QT = 6 cm. Determine a medida em centímetros do lado PQ.

50
5) Quantos metros de fio são necessários para "puxar luz" de um poste de 6 m de altura até a
caixa de luz que está ao lado da casa e a 8 m da base do poste?

6) O portão de entrada de uma casa tem 4m de comprimento e 3m de altura. Que comprimento


teria uma trave de madeira que se estendesse do ponto A até o ponto C?

7) Na figura estão apresentadas três cidades, deseja-se construir uma estrada que ligue a cidade
A a cidade B, com o menorcomprimento possível. Qual deverá ser o comprimento dessa
estrada?

8) Pedro e João estão brincando de gangorra, como indica a figura:


Qual é o comprimento da gangorra?

51
9) Qual é a distância percorrida pela bolinha?

10) Qual deve ser o comprimento da peça de ligação do telhado?

52

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