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GEOMETRIA

ESPACIAL
VAMOS EXERCITAR?
Acesse a plataforma do Me Salva! para uma lista de exercícios,
com resolução, referentes a este capítulo!

Sua prima está fazendo uma faxina no quarto dela e decidiu que não quer
mais expor alguns de seus objetos, mas também não quer jogá-los fora.
Por isso, pediu sua ajuda para encontrar uma caixa em que todos eles
coubessem. Veja quais são os objetos abaixo:

INTRODUÇÃO
AOS ESTUDOS
EM MATEMÁTICA
Como você não quer sair pela cidade comprando caixas de diferentes
tamanhos e fazendo testes para ver se os objetos cabem, resolve propor
a ela calcular quanto espaço cada um deles ocupa. O grande problema
é que você, por enquanto, só estudou problemas envolvendo objetos
planos e que, portanto, possuíam apenas duas dimensões, ou seja, não
tinham profundidade, mas largura e altura e, dessa forma, você conseguia
calcular a área deles. Para saber o espaço que os objetos da sua prima
ocupam dentro de uma caixa, é necessário saber qual é o volume deles,
ou seja, deve-se levar em consideração a largura, a altura e a profundidade
desses objetos. Para resolver esse problema, precisaremos relembrar um
266 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

pouco os conceitos que estudamos em Geometria Plana e iniciar o estudo


da Geometria Espacial, que estuda o espaço que as figuras ocupam.

Para resolver esse inconveniente, podemos fazer um paralelo entre os


objetos que sua prima deseja guardar e algumas formas geométricas
em três dimensões (que a partir de agora chamaremos de sólidos) que
normalmente estudamos na Geometria Espacial. Veja que podemos
realizar aproximações como: o livro é quase um prisma retangular ou um
paralelepípedo, a caneca parece com um cilindro, a pirâmide, bem, essa
nem precisamos aproximar e você entenderá daqui a pouco o porquê,
o chapéu de duende é basicamente um cone e o globo de neve é uma
esfera. Essas aproximações são muito frequentes no meio científico. Em
geral, são desenvolvidos recursos simplificados (que são chamados de
modelos matemáticos) para estudar fenômenos mais complexos e, assim,
facilitar o seu entendimento. Voltando ao nosso problema, observe os
objetos de sua prima e as semelhanças com os sólidos.

A Geometria Espacial fornece subsídios para que possamos realizar


o cálculo do volume de sólidos. Os mais comuns são os prismas, as
pirâmides, os cones e as esferas e, muitas vezes, a mistura deles. Vamos
estudar cada um a partir de agora para que possamos descobrir o espaço
que eles ocupam e para que você possa comprar a caixa do tamanho certo.
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 267

PRISMAS

O telhado de casas, as colmeias, os pedaços de torta, o cubo mágico, as


peças de montar e os tijolos possuem uma característica em comum,
todas são descritas pelo mesmo sólido, com características um pouco
diferentes: os prismas. Eles podem ser prismas triangulares, retangulares,
quadrados, pentagonais, hexagonais ou qualquer outro polígono que
já estudamos. Isso acontece porque os prismas possuem como bases
polígonos regulares (ou irregulares1), que são ligados por linhas retas,
formando uma lateral retangular (paralelogramo). Ou seja, um prisma
triangular possui bases compostas por triângulos, assim como um prisma
hexagonal possui bases compostas por hexágonos e assim por diante.
Veja os exemplos ao lado:

As bases dos prismas são ligadas por linhas retas que denominamos
arestas e a junção delas forma o que chamamos de vértices. Cada lado
(ou base) dos sólidos é chamada de face. Essa nomenclatura é aplicada
tanto em prismas quanto em outros tipos de sólidos e é importante que
você tenha familiaridade com ela. Veja um exemplo:

As arestas estão marcadas em preto, os vértices estão circulados e as


faces são as partes planas, que formam o sólido. Existe um teorema bem
útil para algumas questões que relaciona o número de faces, vértices
e arestas de poliedros convexos. Ele é chamado de Teorema de Euler e
diz que: V - A + F = 2, onde ‘V’ é o número de vértices, ‘A’ é o número de
arestas e ‘F’ é o número de faces.

Antes de aprendermos a calcular o volume desses sólidos, vamos analisar


a área dele, que é calculada a partir da área de cada uma das faces dessa
figura. Para isso, realizamos um procedimento chamado de planificação.
Note que a área dos sólidos se refere à superfície dele que, planificada
(vem de plano, ou seja, duas dimensões), fica mais fácil entender e calcular.
Provavelmente, você já trabalhou com a planificação de um sólido na
infância, afinal, quem nunca ganhou um jogo que necessitasse a montagem
de um dado, tendo que recortá-lo, dobrá-lo e colá-lo? Lembra disso? Pois
agora você fará o caminho contrário. Você já tem o dado montado, agora
precisa desmontá-lo. Veja como ficam alguns prismas planificados:

1 Você poderá se deparar com prismas oblíquos, mas, entendendo os primas


regulares apresentados nesse texto, conseguirá tirar de letra problemas
envolvendo outros tipos desses sólidos.
268 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

Perceba que as linhas pontilhadas demonstram as dobras que você desfez.


Além disso, note que o número de arestas da base corresponde ao número
de faces laterais. Por isso, quando temos um prisma triangular, que tem 3
arestas na base, temos também três laterais. Veja como essa informação
procede contando as arestas e faces laterais dos outros prismas.

Depois dessa análise, podemos realizar o cálculo da área dessas


superfícies. Aqui, a premissa é de que a área total é a soma da área das
bases (lembre que são duas) e a área lateral dos sólidos. Assim, a área de
um prisma será sempre:

ÁREA PRISMA TRIANGULAR

Vamos assumir que o triângulo que forma as bases desse prisma é


equilátero, mas poderia ser qualquer um, ok? Veja:

A lateral é formada por três retângulos, então faremos a área do retângulo


multiplicada por 3:

Portanto, a área total será a soma dessas duas equações, multiplicando


a área da base por 2, como já havia sido explicado, e realizando algumas
manipulações matemáticas, chegaremos a:
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ÁREA PRISMA QUADRADO

Nesse prisma, as bases são quadrados e a lateral são quatro retângulos.


Relembre as áreas desses polígonos abaixo:

Portanto, a área total desse prisma será:

ÁREA PRISMA HEXAGONAL

Como temos bases hexagonais, a lateral será formada por seis


retângulos. Então, as áreas da base e da lateral serão definidas por:

E a total será, depois de algumas manipulações:

Abordamos apenas as áreas dos prismas mais comuns, mas, sabendo


que a área total é a soma de duas vezes a área da base com a área lateral,
você resolve qualquer problema que envolva outros tipos.

Visto tudo isso, agora podemos nos ater ao volume desses mesmos
sólidos que dedicamos um tempo a mais. Lembre que já vimos que o
volume leva em consideração as três dimensões: a altura, a largura e
a profundidade do sólido, certo? Ótimo! Então, para sabermos qual é o
volume de um sólido basta que façamos a área da base multiplicada pela
sua altura. Consegue perceber como isso faz sentido? A base é composta
por largura e profundidade, então, ao multiplicá-las consideramos duas
dimensões, que compõem a área da base. Quando multiplicamos essa
área com a altura, estamos finalmente considerando as três dimensões
e, portanto, encontramos o volume do sólido, ou seja, o espaço que ele
ocupa! Assim, o volume de um prisma é dado por V = Ab.h. Vamos analisar
as equações de volume para cada um dos sólidos acima:

VOLUME PRISMA TRIANGULAR

A área da base desse prisma é simplesmente a área de um triângulo


equilátero, assim, multiplicando a altura teremos a seguinte equação:
270 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

VOLUME PRISMA QUADRADO

A área do quadrado é a multiplicação dos lados, que são iguais. Quando


multiplicamos a altura e a área da base, chegamos na imagem ao lado.

Agora veja ao lado que caso a altura tivesse a mesma medida do lado, ou
seja, se tivéssemos um cubo, o volume seria:

VOLUME PRISMA HEXAGONAL

A área da base desse prisma é apenas a área de um hexágono, então, ao


multiplicarmos a altura a ela teremos a fórmula ao lado.

Assim como no cálculo da área dos outros, sabendo a área da forma


geométrica da sua base e sua altura, você consegue descobrir qual é o
volume sem precisar necessariamente de uma fórmula. Basta que você
lembre que precisa multiplicar as três dimensões. Isso nem sempre é uma
tarefa fácil, como veremos ao longo desse capítulo.

CILINDRO

Perceba que o formato de alguns tipos de bolo, de latas de alumínio, de


tanques de combustível pode se parecer bastante, certo? Veja as figuras
abaixo:

Com as devidas aproximações, esses objetos têm a forma de cilindros,


que se parecem muito com os prismas, a não ser pela falta de
“dobraduras” nas laterais.

Faça um tubo com uma folha de papel, cubra as pontas (bases) com
círculos e você terá um cilindro. A forma matemática de apresentar um
cilindro é dizendo que ele é um sólido de revolução, mas o que isso quer
dizer? Isso significa que se você girar por 360º um retângulo, você obterá
um cilindro. Veja a ilustração:

Vamos planificar esse sólido para que possamos calcular sua área.
Perceba que as bases serão círculos e a lateral será um grande retângulo,
que agora não é dividido (dobrado). Antes, nos prismas, sabíamos que a
quantidade de arestas da base nos fornecia o número de retângulos da
lateral, agora, como o círculo não possui arestas, veja que o comprimento
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 271

da lateral tem o mesmo tamanho do perímetro da circunferência. Confira a


imagem abaixo:

Agora que temos o sólido planificado, podemos realizar o cálculo da área


dele. A premissa de que a área total é a soma de duas vezes a área da
base com a área lateral continua valendo.

Lembre da área de um círculo para calcular a área da base:

Como já vimos, a lateral é composta por um grande retângulo, assim, para


saber sua área, basta fazer lado multiplicado pela altura. Como um lado é
igual ao perímetro da circunferência, teremos:

E assim, realizando uma pequena manipulação, chegaremos à área total


de um cilindro:

E o volume do cilindro, assim como no caso dos prismas, é calculado


multiplicando a área da base pela altura do cilindro. Então, teremos que o
volume é:

Bem menos complicado do que os milhares de casos possíveis de


prismas, né?

PIRÂMIDE

Você conhece esse sólido a partir das construções milenares tanto dos
egípcios quanto dos maias, astecas ou outras antigas civilizações, certo?
Essas construções fantásticas são parecidas com os prismas com uma
grande diferença, no lugar de duas bases, as laterais das pirâmides são
interligadas em um único ponto, um vértice e apenas uma base. Isso muda
bastante a característica do sólido, que terá triângulos como laterais, no
lugar dos retângulos que vimos anteriormente, porém, assim como nos
prismas, a base pode ser composta por qualquer polígono regular. Veja as
figuras de pirâmides com bases quadrada e hexagonal:
272 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

Você pode planificar os sólidos da forma como preferir, vamos fazer isso
de duas formas no caso das pirâmides. Veja:

Perceba que, novamente, temos que o número de arestas da base fornece


o número de lados da pirâmide, que são basicamente triângulos. Note,
ainda, que a altura dos triângulos que formam a lateral é chamada de g
(geratriz), que podemos encontrar se aplicarmos o Teorema de Pitágoras
(se tivermos a informação do quanto vale a base do triângulo e o lado
dele). A área dessas pirâmides é dada fazendo a soma da área da base
com a área lateral.Vamos analisar essas duas.

PIRÂMIDE COM BASE QUADRADA

A área da base dessa pirâmide você sabe calcular, né? A área lateral,
como você pode perceber pelo desenho planificado, é 4 vezes a área do
triângulo. Assim, teremos o seguinte:

E a área total será:


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PIRÂMIDE COM BASE HEXAGONAL

Novamente, a área dessa base você já sabe calcular, basta lembrar da área
do hexágono. E a área da lateral, que são 6 triângulos, basta multiplicar a
área de um deles por 6. Veja como ficam as áreas da base e da lateral:

Então, a área total será:

Agora que já sabemos a área das pirâmides, podemos abordar como é


calculado o volume delas, que é descrito por um terço do volume de um
prisma. Veja como fica o volume do prisma:

Caso a base da pirâmide seja quadrada, teremos:

Se a base for outro polígono, basta substituir a área dele na equação


anterior.

Existe uma relação que diz que “duas pirâmides com a mesma altura e
com áreas das bases iguais têm o mesmo volume”, que é chamado de
princípio de Cavalieri. Vamos utilizá-lo mais tarde, por enquanto, deixe-o
guardado na cabeça.

TRONCO DE PIRÂMIDE

Quando “cortamos” uma pirâmide na horizontal, obtemos uma pequena


pirâmide, no topo, e na base o que chamamos de tronco de pirâmide. Veja
abaixo:
274 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

Vamos planificar o tronco para poder calcular sua área. Veja:

Perceba que, diferentemente do prisma, apesar de termos duas bases,


elas são de tamanhos diferentes (embora sejam formadas pelo mesmo
tipo de polígono).

Note que a lateral do tronco é formada por 6 trapézios cuja área é


calculada abaixo.

Lembre que, como uma base é menor do que a outra, as áreas desses
dois hexágonos serão diferentes, por isso precisamos calculá-las
separadamente. Veja na figura acima que o lado da base maior é l1 e o
lado da base menor é l2.

Então, a área total do tronco será:

E o volume do tronco é calculado a partir da diferença entre o volume da


pirâmide original e o da pirâmide pequena (a que sobrou quando cortamos
a maior). Se preferir, veja a dedução no Apêndice. O resultado é:

Veja que b se refere à base menor e o B se refere à base maior.

CONE

Você provavelmente consegue notar as semelhanças do formato entre


chapeuzinho de festa infantil, cone de trânsito e casquinha de sorvete, certo?
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 275

Os três objetos tem alguma semelhança com as pirâmides, com


a diferença de que a base não é um polígono regular, mas uma
circunferência, que faz com que não haja “dobradura” na lateral do sólido,
denominado cone.

Assim como o cilindro, o cone também é chamado de sólido de revolução,


isso porque, se girarmos 360º um triângulo retângulo, chegaremos a um
cone. Veja a ilustração:

Veja que, se “cortarmos” o cone na vertical, bem ao centro, teremos que


a parte interior descreve um triângulo, que tem a altura do cone e a base
que equivale ao diâmetro da circunferência que compõe a base do cone
original. Veja a imagem:

Vamos guardar essas informações e iniciar o estudo da área do cone, mas


antes, sempre buscando facilidades de compreensão, vamos planificar o
sólido. Se você já montou os chapeuzinhos de festa infantil provavelmente
não terá dificuldade alguma nessa etapa. A base do cone sabemos
facilmente que é uma circunferência, já que giramos o triângulo 360º para
formar o sólido, e a lateral será algo que em Trigonometria chamamos de
arco de circunferência. Acompanhe ao lado:

Veja que g é a lateral do arco (chamada de geratriz), que veremos ser uma
espécie de raio de uma grande circunferência da qual saiu esse arco.

Perceba que o cálculo da área do cone não é trivial, apesar de sabermos


a área da circunferência, não discutimos como calcular a área de uma
forma geométrica como a da lateral do cone. Por isso, é necessário
abordar, primeiramente, a área do setor circular.
276 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

ÁREA DO SETOR CIRCULAR

Já relembramos o que é um arco de circunferência (um pequeno pedaço


de uma circunferência), certo? Pois a área do setor circular é a área
definida por esse arco. Veja a figura ao lado para entender melhor.

O arco é o que está em vermelho e a área definida por esse arco (que
chamada de área do setor circular) é a parte sombreada.

Sabendo que a área da circunferência é π.r² e que ela equivale a 360º,


faremos a seguinte regra de três para encontrar a área do setor:

Sabendo disso, vamos transpor esse conhecimento ao nosso problema.


Podemos completar o arco que tínhamos como lateral do cone com uma
circunferência, certo? Veja a imagem:

E, assim, fazer a regra de três, utilizando o g como o raio dessa


circunferência:

Então, a área da lateral do cone é dada por:

Sabendo que a área da base é a área da circunferência, teremos que a


área total do cone é:

Quanto ao volume do cone, devemos retomar o princípio de Cavalieri.


Lembre que esse princípio diz basicamente que desde que as alturas de
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 277

dois sólidos sejam iguais e as bases deles sejam congruentes, podemos


calcular um volume desconhecido a partir de um volume conhecido.
Vamos tomar o volume da pirâmide como conhecido e o do cone como
desconhecido. Então, o cálculo do volume de um cone é feito como o de
uma pirâmide: a partir de um terço do volume do prisma. Veja:

TRONCO DE CONE

Se cortarmos o cone na horizontal, assim como na pirâmide, teremos um


pequeno cone e um tronco de cone. Veja a figura:

Perceba que temos duas bases circulares, porém de raios diferentes. Ao


planificarmos esse sólido teremos o seguinte:

A área das bases você já sabe calcular, basta fazê-lo separadamente, já


que terá uma circunferência de raio r e outra de raio r’.

Já o cálculo da área lateral é realizado a partir da diferença entre as áreas


do cone original e do pequeno, depois de cortado. Veja que chamamos a
geratriz do tronco de G e portanto g - G fornece a geratriz do cone menor.
Acompanhe o desenvolvimento da fórmula da área lateral:

Então, a área total do tronco do cone é:


278 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

O volume do tronco do cone é encontrado da mesma forma, fazendo a


diferença entre o cone original e o menor. Assim, teremos:

Sabemos que H - hT = h, então podemos reorganizar a equação acima e


obteremos:

ESFERA

Esse talvez seja o sólido com que você tem maior familiaridade desde
a infância, já que ele descreve as bolas de vôlei, basquete, futebol, entre
outras. Globos de neve ou globos estudantis também são exemplo muito
fiéis de esferas.

Assim como o cone e o cilindro, a esfera é um sólido de revolução. Se


girarmos uma meia circunferência por 360º, obteremos uma esfera. Veja:

Perceba que a esfera é um corpo redondo em que a distância do seu


centro até o seu limite é sempre o valor do seu raio. Confira na imagem:

A área de uma esfera é calculada utilizando a seguinte equação:


GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 279

Já o seu volume é calculado a partir do Princípio de Cavalieri e considera


o volume do cilindro no cálculo.

Ótimo! O estudo foi longo, porém necessário para podermos calcular


o volume de todos os objetos que sua prima quer guardar. Você, com
uma régua, fez medidas desses sólidos, para que conseguisse fazer as
melhores aproximações. Então, vamos calcular os volume dos objetos na
ordem em que os apresentamos na primeira imagem, lá na apresentação
do problema.

Ǹ Volume do livro - prisma retangular

Ǹ Volume da caneca - cilindro

Ǹ Volume da pirâmide - pirâmide


280 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

Ǹ Volume do chapéu de duende - cone

Ǹ Volume do globo de neve

Ótimo! Agora, somando cada um desses volume teremos um volume total


de:

750 cm³ + 282,6 cm³ + 2.000 cm³ + 188,4 cm³ + 113,04 cm³ = 3.334,04 cm³

Portanto, a caixa em que sua prima vai guardar esses objetos deve ser
um pouco maior do que isso, já que não levamos em consideração alguns
detalhes, como, por exemplo, a alça da caneca. Supondo que a caixa tem
15 cm de largura e de profundidade e 16cm de altura, o volume dela é:

Por fim, perceba que podemos fazer “montagens” entre esses objetos,
que são chamadas de sólidos compostos. Perceba que o raio do globo de
neve é igual ao raio do chapéu e da caneca, então poderíamos colocá-lo
dentro de um ou de outro. Veja como ficaria:
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 281

Perceba que a esfera fica metade para dentro tanto do cilindro quanto do
cone, portanto, ao calcularmos o volume desse novo sólido, não devemos
considerar essa parte da esfera, só o que está do lado de fora, e o cone e
o cilindro inteiros. Veja:

Há diversas possibilidades de combinações entre figuras em três dimensões


e, para resolver problemas que envolvem sólidos compostos, você precisa
usar a imaginação e fazer o máximo de relações que conseguir.

EXERCÍCIOS

1. (Fuvest) O número de faces triangulares de uma pirâmide é 11. A


relação de Euler: V - A + F = 2; Onde V igual ao número de vértices, A igual
ao número de arestas e F igual ao número de faces.
Pode-se, então, afirmar que esta pirâmide possui:
a) 33 vértices e 22 arestas
b) 12 vértices e 11 arestas
c) 22 vértices e 11 arestas
d) 11 vértices e 22 arestas
e) 12 vértices e 22 arestas.

2. (Unirio) Um geólogo encontrou, numa de suas explorações, um cristal


de rocha no formato de um poliedro, que satisfaz a relação de Euler, de 60
faces triangulares. O número de vértices deste cristal é igual a:
a) 35
b) 34
c) 33
d) 32
e) 31
282 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

3. (Fuvest) A uma caixa d’água de forma cúbica com 1 metro de lado está
acoplado um cano cilíndrico com 4 cm de diâmetro e 50 m de comprimento.
Num certo instante, a caixa está cheia de água e o cano vazio. Solta-se a
água pelo cano até que fique cheio. Qual o valor aproximado da altura da
água na caixa no instante em que o cano ficou cheio?
a) 90 cm
b) 92 cm
c) 94 cm
d) 96 cm
e) 98 cm.

4. (Fuvest-SP) Dois blocos de alumínio, em forma de cubo, com arestas


medindo 10 cm e 6 cm, são levados juntos à fusão e, em seguida, o alumínio
líquido é moldado como um paralelepípedo reto de arestas 8 cm, 8 cm e x
cm. O valor de x é:
a) 16 cm
b) 17 cm
c) 18 cm
d) 19 cm
e) 20 cm

5. O Volume de um cone que possui área da base 6 cm² e altura 2 cm é:


a) 8 cm³
b) 4 cm³
c) 12 cm³
d) 3 cm³
e) 36 cm³

6. Uma pirâmide quadrangular possui área da base igual a 60 cm². Qual o


volume desta pirâmide sabendo que a altura é de 10 cm?
a) 600c m³
b) 1.200 cm³
c) 300 cm³
d) 200 cm³
e) 100 cm³

7. Qual a área da superfície de uma esfera de raio 1 cm ?


a) 6,28 cm²
b) 12,56 cm²
c) 15,70 cm²
d) 18,84 cm²
e) 31,4 cm²
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 283

8. O volume de uma esfera de raio 1 m é:


a) 1 m³
b) 2,52 m³
c) 3,46 m³
d) 3,98 m³
e) 4,18 m³

9. (UFRJ - adaptada) Um cubo de aresta 10 cm tem os quatro vértices A, B,


C e D de uma de suas faces, F, sobre a superfície de uma esfera S de raio r.
Sabendo que a face oposta a F é tangente à esfera S no ponto P, o raio r é:
a) 5,5
b) 6
c) 6,5
d) 7
e) 7,5

10. (Cesgranrio - adaptada) Os extintores de incêndio vendidos para


automóveis têm a forma de uma cápsula cilíndrica com extremidades
hemisféricas, conforme indica a figura. Eles são feitos de ferro e contêm
cerca de 1 litro de CO2. A fórmula do volume da esfera é 4πR³/3.
Considere, para efeito de cálculo, π =3, e que o CO se comporte como um
gás ideal.

O volume de ferro utilizado na confecção da cápsula, em cm³, é de,


aproximadamente:
a) 108
b) 216
c) 288
d) 312
e) 356

11.(Ufmg) Observe a figura ao lado.Nessa figura, a base da pirâmide


VBCEF é um quadrado inscrito no círculo da base do cone de vértice V. A
razão entre o volume do cone e o volume da pirâmide, nesta ordem, é:
a) π /4
b) π /2
c) π
d) 2 π
e) 2 π /3
284 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

12. (UNICAMP) Considere um cilindro circular reto. Se o raio da base for


reduzido pela metade e a altura for duplicada, o volume do cilindro:
a) é reduzido em 50%.
b) aumenta em 50%.
c) permanece o mesmo.
d) é reduzido em 25%.

13. (MACKENZIE – SP) Qual é o volume de um tronco de pirâmide regular


quadrangular, sabendo que os lados das bases medem 10 cm e 4 cm e a
altura, 4 cm?
a) 205 cm³
b) 206 cm³
c) 207 cm³
d) 208 cm³
e) 209 cm³

14. (Ufscar) Se a soma das medidas de todas as arestas de um cubo é 60


cm, então o volume desse cubo, em centímetros cúbicos, é:
a) 125.
b) 100.
c) 75.
d) 60.
e) 25

15. (UFRN) Como parte da decoração de sua sala de trabalho, José colocou
sobre uma mesa um aquário de acrílico em forma de paralelepípedo retângulo,
com dimensões medindo 20 cm x 30 cm x 40 cm. Com o aquário apoiado
sobre a face de dimensões 40 cm x 20 cm, o nível da água ficou a 25 cm de
altura. Se o aquário fosse apoiado sobre a face de dimensões 20 cm x 30 cm,
a altura da água, mantendo-se o mesmo volume, seria de, aproximadamente:
a) 16 cm.
b) 17 cm.
c) 33 cm.
d) 35 cm.

16. Um artesão construiu peças de artesanato interceptando uma pirâmide


de base quadrada com um plano. Após fazer um estudo das diferentes
peças que poderia obter, ele concluiu que uma delas poderia ter uma das
faces pentagonal.
Qual dos argumentos a seguir justifica a conclusão do artesão?
a) Uma pirâmide de base quadrada tem 4 arestas laterais e a interseção
de um plano com a pirâmide intercepta suas arestas laterais. Assim, esses
pontos formam um polígono de 4 lados.

b) Uma pirâmide de base quadrada tem 4 faces triangulares e, quando um


plano intercepta essa pirâmide, divide cada face em um triângulo e um
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 285

trapézio. Logo, um dos polígonos tem 4 lados.

c) Uma pirâmide de base quadrada tem 5 faces e a interseção de uma face


com um plano é um segmento de reta. Assim, se o plano interceptar todas
as faces, o polígono obtido nessa interseção tem 5 lados.

d) O número de lados de qualquer polígono obtido como interseção de uma


pirâmide com um plano é igual ao número de faces da pirâmide. Como a
pirâmide tem 5 faces, o polígono tem 5 lados.

e) O número de lados de qualquer polígono obtido interceptando-se uma


pirâmide por um plano é igual ao número de arestas laterais da pirâmide.
Como a pirâmide tem 4 arestas laterais, o polígono tem 4 lados.

17. (ENEM 2010) Uma fábrica produz barras de chocolates no formato de


paralelepípedos e de cubos, com o mesmo volume. As arestas da barra de
chocolate no formato de paralelepípedo medem 3 cm de largura, 18 cm de
comprimento e 4 cm de espessura.
Analisando as características das figuras geométricas descritas, a medida
das arestas dos chocolates que têm o formato de cubo é igual a
a) 5 cm.
b) 6 cm.
c) 12 cm.
d) 24 cm.
e) 25 cm.

18. Dona Maria, diarista na casa da família Teixeira, precisa fazer café para
servir as vinte pessoas que se encontram numa reunião na sala. Para fazer
o café, Dona Maria dispõe de uma leiteira cilíndrica e copinhos plásticos,
também cilíndricos.

Com o objetivo de não desperdiçar café, a diarista deseja colocar a


quantidade mínima de água na leiteira para encher os vinte copinhos pela
metade. Para que isso ocorra, Dona Maria deverá

a) encher a leiteira até a metade, pois ela tem um volume 20 vezes maior
que o volume do copo.
b) encher a leiteira toda de água, pois ela tem um volume 20 vezes maior
que o volume do copo.
c) encher a leiteira toda de água, pois ela tem um volume 10 vezes maior
que o volume do copo.
d) encher duas leiteiras de água, pois ela tem um volume 10 vezes maior
que o volume do copo.
e) encher cinco leiteiras de água, pois ela tem um volume 10 vezes maior
que o volume do copo.
286 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

19. (ENEM 2010) Para construir uma manilha de esgoto, um cilindro com
2 m de diâmetro e 4 m de altura (de espessura despre­zível), foi envolvido
homogeneamente por uma camada de concreto, contendo 20 cm de
espessura. Supondo que cada metro cúbico de concreto custe R$ 10,00 e
tomando 3,1 como valor aproximado de π, então o preço dessa manilha é
igual a

a) R$ 230,40.
b) R$ 124,00.
c) R$104,16.
d) R$ 54,56.
e) R$ 49,60.

20. Uma empresa vende tanques de combustíveis de formato cilíndrico, em


três tamanhos, com medidas indicadas nas figuras. O preço do tanque é
diretamente proporcional à medida da área da superfície lateral do tanque.
O dono de um posto de combustível deseja encomendar um tanque com
menor custo por metro cúbico de capacidade de armazenamento.

Qual dos tanques deverá ser escolhido pelo dono do posto? (Considere 𝝅 ≅ 3)
a) I, pela relação área/capacidade de armazenamento de 1/3.
b) I, pela relação área/capacidade de armazenamento de 4/3.
c) II, pela relação área/capacidade de armazenamento de 3/4.
d) III, pela relação área/capacidade de armazenamento de 2/3.
e) III, pela relação área/capacidade de armazenamento de 7/12.

21. Um porta-lápis de madeira foi cons­truído no formato cúbico, seguindo o


modelo ilustrado a seguir. O cubo de dentro é vazio. A aresta do cubo maior
mede 12 cm e a do cubo menor, que é interno, mede 8 cm.

O volume de madeira utilizado na confecção desse objeto foi de


a) 12 cm3.
b) 64 cm3.
c) 96 cm3.
d) 1216 cm3.
e) 1728 cm3.
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 287

22. (ENEM 2011) Uma indústria fabrica brindes promocionais em forma de


pirâmide. A pirâmide é obtida a partir de quatro cortes em um sólido que
tem a forma de um cubo. No esquema, estão indicados o sólido original
(cubo) e a pirâmide obtida a partir dele.

Os pontos A, B, C, D e O do cubo e da pirâmide são os mesmos. O ponto O


é central na face superior do cubo. Os quatro cortes saem de O em direção
às arestas AD, BC, AB e CD, nessa ordem. Após os cortes, são descartados
quatro sólidos.
Os formatos dos sólidos descartados são
a) todos iguais.
b) todos diferentes.
c) três iguais e um diferente.
d) apenas dois iguais.
e) iguais dois a dois.

23. É possível usar água ou comida para atrair as aves e observá-las. Muitas
pessoas costumam usar água com açúcar, por exemplo, para atrair beija-
flores. Mas é importante saber que, na hora de fazer a mistura, você deve
sempre usar uma parte de açúcar para cinco partes de água. Além disso,
em dias quentes, precisa trocar a água de duas a três vezes, pois com
o calor pode fermentar e, se for ingerida pela ave, pode deixá-la doente.
O excesso de açúcar, ao cristalizar, também pode manter o bico da ave
fechado, impedindo-a de se alimentar. Isso pode até matá-la.

Fonte: Ciência Hoje das Crianças. FNDE; Instituto Ciência Hoje, ano 19, n. 166, mar. 1996.

Pretende-se encher completamente um copo com a mistura para atrair


beija-flores. O copo tem formato cilíndrico, e suas medidas são 10 cm de
altura e 4 cm de diâmetro. A quantidade de água que deve ser utilizada na
mistura é cerca de (utilize π = 3)

a) 20 mL.
b) 24 mL.
c) 100 mL.
d) 120 mL.
e) 600 mL.
288 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

24. (ENEM 2014) Uma lata de tinta, com a forma de um paralelepípedo


retangular reto, tem as dimensões, em centímetros, mostradas na figura.

Será produzida uma nova lata, com os mesmos formato e volume, de tal
modo que as dimensões de sua base sejam 25% maiores que as da lata atual.
Para obter a altura da nova lata, a altura da lata atual deve ser reduzida em

a) 14,4%
b) 20,0%
c) 32,0%
d) 36,0%
e) 64,0%

25. (ENEM 2014) Na alimentação de gado de corte, o processo de cortar


a forragem, colocá-la no solo, compactá-la e protegê-la com uma vedação
denomina-se silagem. Os silos mais comuns são os horizontais, cuja forma
é a de um prisma reto trapezoidal, conforme mostrado na figura

Considere um silo de 2 m de altura, 6 m de largura de topo e 20 m de


comprimento. Para cada metro de altura do silo, a largura do topo tem 0,5 m
a mais do que a largura do fundo. Após a silagem, 1 tonelada de forragem
ocupa 2 m3 desse tipo de silo.
EMBRAPA. Gado de corte. Disponível em: www.cnpgc.embrapa.br.
Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).

Após a silagem, a quantidade máxima de forragem que cabe no silo, em


toneladas, é

a) 110.
b) 125.
c) 130.
d) 220.
e) 260.
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 289

26. (ENEM 2015) Uma fábrica de sorvetes utiliza embalagens plásticas no


formato de paralelepípedo retangular reto. Internamente, a embalagem tem
10 cm de altura e base de 20 cm por 10 cm. No processo de confecção
do sorvete, uma mistura é colocada na embalagem no estado líquido e,
quando levada ao congelador, tem seu volume aumentado em 25%, ficando
com consistência cremosa.
Inicialmente é colocada na embalagem uma mistura sabor chocolate
com volume de 1 000 cm³ e, após essa mistura ficar cremosa, será
adicionada uma mistura sabor morango, de modo que, ao final do processo
de congelamento, a embalagem fique completamente preenchida com
sorvete, sem transbordar.
O volume máximo, em cm³, da mistura sabor morango que deverá ser
colocado na embalagem é

a) 450.
b) 500.
c) 600.
d) 750.
e) 1000.

27. (ENEM 2015) Para resolver o problema de abastecimento de água, foi


decidido, numa reunião do condomínio, a construção de uma nova cisterna.
A cisterna atual tem formato cilíndrico, com 3 m de altura e 2 m de diâmetro, e
estimou-se que a nova cisterna deverá comportar 81 m3 de água, mantendo
o formato cilíndrico e a altura da atual. Após a inauguração da nova cisterna
a antiga será desativada. Utilize 3,0 como aproximação para pi.
Qual deve ser o aumento, em metros, no raio da cisterna para atingir o
volume desejado?
a) 0,5.
b) 1,0.
c) 2,0.
d) 3,5.
e) 8,0.

28. Para o modelo de um troféu foi escolhido um poliedro P, obtido a partir


de cortes nos vértices de um cubo. Com um corte plano em cada um dos
cantos do cubo, retira-se o canto, que é um tetraedro de arestas menores
do que metade da aresta do cubo. Cada face do poliedro P, então, é pintada
usando uma cor distinta das demais faces.
Com base nas informações, qual é a quantidade de cores que serão
utilizadas na pintura das faces do troféu?
a) 6
b) 8
c) 14
d) 24
e) 30
290 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

29. (ENEM 2015) O índice pluviométrico é utilizado para mensurar a


precipitação da água da chuva, em milímetros, em determinado período de
tempo.
Seu cálculo é feito de acordo com o nível de água da chuva acumulada em
1m², ou seja, se o índice for de 10mm, significa que a altura do nível de
água acumulada em um tanque aberto, em formato de um cubo com 1 m²
de área de base, é de 10 mm.
Em uma região, após um forte temporal, verificou-se que a quantidade de
chuva acumulada em uma lata de formato cilíndrico, com raio 300 mm e
altura 1 200 mm, era de um terço da sua capacidade.
Utilize 3,0 como aproximação para pi.
O índice pluviométrico da região, durante o período do temporal, em
milímetros, é de
a) 10,8
b) 12
c) 32,4
d) 108
e) 324

30. (ENEM 2016) Em regiões agrícolas, é comum a presença de silos para


armazenamento e secagem da produção de grãos, no formato de um
cilindro reto, sobreposto por um cone, dimensões indicadas na figura. O
silo fica cheio e o transporte dos grãos é feito em caminhões de carga cuja
capacidade é de 20 m3. Uma região possui um silo cheio e apenas um
caminhão para transportar os grãos para a usina de beneficiamento.

Utilize 3 como aproximação para .


O número mínimo de viagens que o caminhão precisará fazer para
transportar todo o volume de grãos armazenados no silo é
a) 6.
b) 16.
c) 17.
d) 18.
e) 21.
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 291

31. Comum em lançamentos em lançamentos de empreendimentos


imobiliários, as maquetes de condomínios funcionam como uma ótima
ferramenta de marketing para as construtoras, pois, além de encantar
clientes, auxiliam de maneira significativa os corretores na negociação e
venda de imóveis.
Um condomínio está sendo lançado em um novo bairro de uma cidade.
Na maquete projetada pela construtora, em escala de 1 : 200, existe um
reservatório de água com capacidade de 45cm³.
Quando todas as famílias estiverem residindo no condomínio, a estimativa
é que, por dia, sejam consumidos 30 000 litros de água.
Em uma eventual falta de água, o reservatório cheio será suficiente para
abastecer o condomínio por quantos dias?

a) 30
b) 15
c) 12
d) 6
e) 3

32. Minecraft é um jogo virtual que pode auxiliar no desenvolvimento de


conhecimentos relacionados a espaço e forma. É possível criar casas,
edifícios, monumentos, e até naves espaciais, tudo em escala real, através
do empilhamento de cubinhos.
Um jogador deseja construir um cubo com dimensões 4 x 4 x 4. Ele já
empilhou alguns dos cubinhos necessários, conforme a figura

Os cubinhos que ainda faltam empilhar para finalizar a construção do cubo,


juntos, formam uma peça única, capaz de completar a tarefa.
O formato da peça capaz de completar o cubo 4 x 4 x 4 é

a)
292 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

b)

c)

d)

e)

33. (ENEM 2018) Um artesão possui potes cilíndricos de tinta cujas medidas
externas são 4 cm de diâmetro e 6 cm de altura. Ele pretende adquirir
caixas organizadoras para armazenar seus potes de tinta, empilhados
verticalmente com tampas voltadas para cima, de forma que as caixas
possam ser fechadas. No mercado, existem cinco opções de caixas
organizadoras, com tampa, em formato de paralelepípedo reto retângulo,
vendidas pelo mesmo preço, possuindo as seguintes dimensões internas:

Qual desses modelos o artesão deve adquirir para conseguir armazenar o


maior número de potes por caixa?
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 293

34. (ENEM 2017) Viveiros de lagostas são construídos, por cooperativas


locais de pescadores, em formato de prismas reto-retangulares, fixados ao
solo e com telas flexíveis de mesma altura, capazes de suportar a corrosão
marinha. Para cada viveiro a ser construído, a cooperativa utiliza integralmente
100 metros lineares dessa tela, que é usada apenas nas laterais.

Quais devem ser os valores de X e de Y, em metro, para que a área da base


do viveiro seja máxima?

a) 1 e 49
b) 1 e 99
c) 10 e 10
d) 25 e 25
e) 50 e 50

QUESTÕES RESOLVIDAS

35. Uma fábrica produz velas de parafina em forma de pirâmide quadrangular


regular com 19 cm de altura e 6 cm de aresta da base. Essas velas são
formadas por 4 blocos de mesma altura — 3 troncos de pirâmide de bases
paralelas e 1 pirâmide na parte superior —, espaçados de 1 cm entre eles,
sendo que a base superior de cada bloco é igual à base inferior do bloco
sobreposto, com uma haste de ferro passando pelo centro de cada bloco,
unindo-os, conforme a figura.

Se o dono da fábrica resolver diversificar o modelo, retirando a pirâmide da


parte superior, que tem 1,5 cm de aresta na base, mas mantendo o mesmo
molde, quanto ele passará a gastar com parafina para fabricar uma vela?
a) 156 cm3.
b) 189 cm3.
c) 192 cm3.
d) 216 cm3.
e) 540 cm3.
294 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

Este é um problema de geometria espacial e plana. Uma fábrica produz


velas em forma de pirâmide com base quadrangular de 6 cm de aresta e
altura de 19 cm. Essas velas são formadas por 4 blocos de mesma altura
com 1 cm de espaço entre eles. A pergunta é: se o dono da fábrica resolver
criar um novo modelo de vela retirando a pirâmide superior, que tem 1,5 cm
de aresta da base, quanto ele passará a gastar com parafina para fabricar
essa vela?

Inicialmente, vamos reconstruir essa pirâmide sem os espaços e representar


nela um corte transversal, passando pelo ponto central da base:

Se liga que para calcular o quanto de parafina precisa pra fabricar a vela,
não rola levar em conta os espaçamentos de 1cm entre as seções da
pirâmide, pois ali não tem parafina nenhuma! Logo, vamos descontar os
3cm de espaçamento lá dos 19cm que o enunciado nos apresentou.

Vamos representar agora esse triângulo em verde separadamente:

3 é metade da aresta da base, pois estamos desenhando um triângulo que


tem como cateto maior a altura da pirâmide (a distância entre seu vértice e
a base - como a pirâmide é regular, a altura será uma reta do ponto central
da base até o vértice). 16 é a altura da pirâmide sem os 3 espaços de 1 cm.
0,75 é metade da aresta da base da pirâmide do topo.

Tendo essa situação, usaremos semelhança de triângulos para calcular a


altura da pirâmide do topo (x):

Agora que sabemos a altura da pirâmide do topo, podemos calcular seu


volume, além do volume da pirâmide toda, sem a retirada do topo. A
pirâmide maior tem uma base quadrangular de aresta 6 cm. Assim, a sua
área (Ab1) será dada por
GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 295

Sabendo a área da base e a altura de uma pirâmide, podemos calcular o


volume da pirâmide maior (Vp1):

Porém, no novo modelo, o topo, que também tem a forma de uma pirâmide,
será retirado. Para saber o seu volume, vamos calcular primeiro a área de
sua base (Ab2), que também é quadrangular:

Calcularemos finalmente o seu volume usando o mesmo procedimento


utilizado para calcular o volume da pirâmide maior:

Para saber o volume de parafina utilizado na vela sem o topo, basta então
subtrair o volume da pirâmide do topo a ser retirado do volume da pirâmide
toda:

Valor representado na alternativa B.

36. Conforme regulamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o


passageiro que embarcar em voo doméstico poderá transportar bagagem
de mão, contudo a soma das dimensões da bagagem (altura + comprimento
+ largura) não pode ser superior a 115 cm.

A figura mostra a planificação de uma caixa que tem a forma de um


paralelepípedo retângulo.

O maior valor possível para x, em centímetros, para que a caixa permaneça


dentro dos padrões permitidos pela Anac é
296 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

a) 25.
b) 33.
c) 42.
d) 45.
e) 49.

Esta questão é visualização geométrica!

O enunciado diz que a Largura+comprimento+altura tem que ser 115cm.


Além disso, nós temos o desenho da caixa desmontada, vamos montá-la!

Vamos dobrar a caixa!

Te ligou que o 90 tá contando com aquela parte dobradinha? Ou seja, o


comprimento da caixa é 90 menos duas partes dobradinhas.

Pela lógica dimensional da caixa, a parte dobradinha tem 24 cm.Sendo


assim, ao dobrarmos toda caixa ela ficar

A soma das dimensões tem que ser 115!


GEOMETRIA ESPACIAL | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 297

Dimensão x da caixa vale 49 cm

37. (ENEM 2014) Uma empresa farmacêutica produz medicamentos em


pílulas, cada uma na forma de um cilindro com uma semiesfera com o
mesmo raio do cilindro em cada uma de suas extremidades. Essas pílulas
são moldadas por uma máquina programada para que os cilindros tenham
sempre 10 mm de comprimento, adequando o raio de acordo com o volume
desejado.
Um medicamento é produzido em pílulas com 5 mm de raio. Para facilitar
a deglutição, deseja-se produzir esse medicamento diminuindo o raio para
4 mm, e, por consequência, seu volume. Isso exige a reprogramação da
máquina que produz essas pílulas.
Use 3 como valor aproximado para π.
A redução do volume da pílula, em milímetros cúbicos, após a reprogramação
da máquina, será igual a

a) 168.
b) 304.
c) 306.
d) 378.
e) 514.

Aqui, temos uma questão de geometria espacial. Para determinar a


redução, calculamos o volume antes e subtraímos o volume depois. Assim,
percebemos que o volume da pílula é igual ao volume do cilindro (base x
altura) mais o volume da esfera (4/3 pi r^3). Isso nos permite realizar os
dois cálculos, chegando ao resultado esperado na subtração, 514mm³.
298 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | GEOMETRIA ESPACIAL

PARA SABER MAIS: GABARITO

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REFERÊNCIAS
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: Contexto & Aplicações. São Paulo: Ática, 2002.

RIBEIRO, Jackson. Matemática: Ciência, linguagem e tecnologia. São Paulo: Scipione, 2010.

PAIVA, Manoel. Matemática. São Paulo: Moderna, 2003.

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