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GRUPO A

Conteúdo:
Allan Dulianel Manzini
Fernanda Alves de Oliveira Gonçalves
Marina Luccas Castro
Youssef Hussein Kanso

Diagramação:
Fernanda Alves de Oliveira Gonçalves
Marina Luccas Castro

Imagens:
Marina Luccas Castro

Revisão do Conteúdo:
Ingrid Fátima Vigilato

Revisão do Latex:
Fernanda Alves de Oliveira Gonçalves
Marina Luccas Castro
Agradecimentos:
Diana Amaro
Augusto Pereira
Henrique Sa Earp
Conhecendo seu livro
Ao longo do livro há diversas estruturas feitas para melhorar o
seu desempenho e auxiliar o trabalho do seu professor. Aqui, você
verá como são essas estruturas e para que elas servem, de modo
que possa aumentar seu aproveitamento do livro.

Na margem direita do seu livro você vai encontrar:

Ao longo do livro, você encontrará fórmulas riscadinhas como


essa.

a2 = b2 + c2

Essas fórmulas estão em destaque porque são muito importantes.

No ínicio de cada cápitulo terá:


Aqui terão os conteúdos que são pré-requisitos para o capitulo e
os objetivos que serão trabalhados ao longo das seções.

Aqui encontrará as definições.


Essa caixa vai aparecer quando chegarmos a algum resultado im-
portante.

As demonstrações estarão entre essas linhas.

Sempre que esse carimbo aparecer é porque um


objetivo do capitulo está sendo contemplado.
No fim de algumas seções você encontrará caixas como essa
contendo exercícios resolvidos relacionados a teoria da seção.

Ao final de cada capítulo encontrará diversos exercícios propos-


tos para treinar o conteúdo estudado.

Acreditamos que as estruturas acima irão te ajudar ainda mais a


aproveitar esse livro.
Esperamos que você faça proveito de toda as informações conti-
das nos seguintes capítulos.

E agora...

#PartiuDesvendaraMatemática
6
O que você precisa saber...
O que é um ângulo?
Teorema de Tales

Objetivos
1- Identificar se dois polígonos são semelhantes.
2- Saber identificar os casos de semelhanças nos triângulos
3- Saber aplicar o teorema de Pitágoras.
4-Saber utilizar as relações métricas no triângulo retãngulo.

Polígonos semelhantes
Quando duas coisas são semelhantes? Uma maçã é semelhante a outra?
Um livro é semelhante a outro? Um computador a outros?

Existem vários tipos de semelhanças, porém na matemática o conceito


de semelhança é um pouco mais específico:

Figuras semelhantes são aquelas que têm mesma forma e mesmos


ângulos podendo ou não ter o mesmo tamanho.

Então quando ampliamos uma figura as medidas de seus ângulos não


mudam e a medida de seus lados mantêm uma mesma proporção.

Exemplo: Nos objetos abaixo há semelhança matemática.

Desvendando a Matemática 7
Polígonos
Vocês conseguem percerber algo em comum nas imagens abaixo?

As figuras com essas caracteristicas são chamadas de polígonos. Para


definirmos os polígonos, vamos falar sobre linhas poligonais.

Linha poligonal é a união dos segmentos de reta que ligam um conjunto


finito de pontos ordenados no plano.

Com isso definimos:

Um polígono é uma linha poligonal cujo ponto inicial é o mesmo que o


ponto final.

Os polígonos são caracterizados pelos seguintes elementos: ângulos,


vértices, diagonais e lados.

Desvendando a Matemática 8
A parte do interior do polígono é chamada de região poligonal (ou apenas
região do polígono).

Classificação de polígonos
Os polígonos são classificados por suas caracteristicas. Entre elas:
• Quanto aos lados, os polígonos podem ser: triláteros, quadriláteros,
pentaláteros, hexaláteros, decaláteros, etc.

• Quanto ao número de ângulos, os polígonos podem ser: triângulos


pentágonos, hexágonos, decágonos, icoságonos, etc.

• Quanto à convexidade, os polígonos podem ser:


convexos: se dados dois pontos A e B no interior da região poligo-
nal, ao traçarmos a semi-reta que liga os dois, essa reta fica
totalmente contida na região poligonal.
não-convexos: se dados dois pontos A e B no interior da região
poligonal ao traçar a semi-reta que liga os dois pontos, ela possui
pontos fora da região poligonal.

• Dizemos ainda que um polígono é regular se ele tem todos os seus


lados de mesma medida.

Desvendando a Matemática 9
Semelhança de polígonos
Depois de termos trabalhado semelhanças e ter defido os polígonos
podemos ver como são os Polígonos semelhantes.

Dois polígonos são semelhantes quando as medidas dos ângulos cor-


respondentes são iguais e os lados correspondentes são proporcionais.

A razão entre dois lados correspondentes é chamada razão de seme-


lhança e esta razão é constante.

AB BC
= =k
A0 B0 B0 C0

Um caso especial de semelhança de polígonos ocorre quando as me-


didas dos ângulos e dos lados são iguais. Neste caso dizemos que os
polígonos são congruentes e que a razão de semelhança é igual a 1.

x y z
= = =1
x y z

Propriedades dos Polígonos Semelhantes


Quando estudamos polígonos semelhantes podemos verificar que algu-
mas características e proporções sempre são encontradas. A essas carac-
terísticas chamamos propriedades.
• Propriedade da razão dos perímetros: se dois polígonos são se-
melhantes então a razão entre os perímetros é igual à razão entre
as medidas de dois lados correspondentes quaisquer dos polígonos.
Esta razão é constante e é igual à razão de semelhança.

2p u v w x y z m q
= 0 = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 =k
2p 0 u v w x y z m q

Desvendando a Matemática 10
Vamos, então, demonstrar essa propriedade.

Para demonstrarmos mais facilmente nós vamos precisar do seguinte


fato, também demonstrado:
Dados a, b, c e d números reais, vamos mostrar que

a+b a b
= =
c+d c d
a b a c
= ⇐⇒ =
c d b d

Somando 1 dos dois lados, temos:


a c a+b c+d a+b b a
+ 1 = + 1 ⇐⇒ = ⇐⇒ = =
c d b d c+d d c

Agora, vamos chamar de 2p o perímetro do polígono da esquerda e


de 2p’ o perímetro da imagem da direita.
Assim, temos:
2p u+v+w+x+y+z+m+q+...
= 0 0
2p 0 u + v + w0 + x0 + y0 + z0 + m0 + q0 + . . .
E já vimos, pela propriedade de frações demonstrada anteriormente,
que, portanto,

2p u v w x y z m q
= 0 = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 =k
2p 0 u v w x y z m q

Assim, concluímos a demonstração.

• Propriedade da razão das áreas: a razão entre as áreas de dois


polígonos semelhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança.

A1
= k2
A2

Desvendando a Matemática 11
Transformações Geométricas
Há ainda outros tipos de casos de semelhança. Alguns acontecem
quando fazemos certos movimentos (que chamamos de transformações)
com os polígonos.
Algumas destas transformações deixam o polígono alterado congruente
ao polígono original. A estas transformações damos o nome de isometrias.
As três isometrias são:
• Reflexão: podemos refletir um polígono por uma reta, obtendo as-
sim, um polígono congruente e simétrico ao original. Na reflexão,
levamos cada ponto do polígono a um ponto que esteja a mesma
distância do outro lado da reta.

• Translação: na translação obtemos um polígono idêntico ao original,


porém em outra posição. Para isso acontecer é como se somássemos
um número real fixo a cada ponto do polígono.

• Rotação: podemos também rotacionar um polígono obtendo um ou-


tro polígono também congruente. Para fazer este "giro"pegamos cada
ponto do polígono e o rotacinamos por um ângulo fixo.

Desvendando a Matemática 12
Escala
Agora que aprendemos semelhança e algumas tranformações geomé-
tricas vamos estudar algumas de suas aplicações em outras áreas.
Você já observou mapas? E você já pensou se precisássemos desenhar
um país no seu tamanho real num papel? Não seria possível, não é mesmo?
Então começamos a pensar como fazer uma reprodução o mais fiel possível
de um local, sem perder a relação entre os tamanhos das coisas que ficam
próximas. Para isso, usamos a escala.
Quando desejamos representar por meio de um desenho em tamanho
maior ou menor aquilo que estamos vendo, utilizamos uma escala. Para
que o desenho caiba no papel e não sofra muita deformação, as medidas
dever ser proporcionais às medidas do tamanho real.

Podemos representar a escala pela seguinte razão:

1
ou 1 : 36.600.000
36.600.000
Como interpretar esses números? As escalas possuem a mesma estru-
1
tura , onde cada 1 centímetro no desenho corresponde a n centímetros
n
na realidade. Nesse exemplo, temos que 1 cm no desenho corresponde à
36.600.000 cm (366 km) no tamanho real.
Temos um tipo específico de transformação gemétrica que usaremos
escala. Veremos a seguir.

Homotetia
Outro tipo de transformação que gera figuras semelhantes, mas não ne-
cessariamente congruentes é a homotetia. A homotetia é a ampliação de
uma figura. Para isso usamos um ponto como centro e um número real
como escala.

Desvendando a Matemática 13
Dados um ponto V e um número real k 6= 0, a homotetia Hvk é uma
transformação que associa a cada ponto do P polígono um ponto P0 =
Hvk (P). Este novo ponto deve obedecer a três regras:
• Hvk (V) = V
• VP0 = |k| · VP
• V, P e P’ são colineares. Se k>0, P’ está na semirreta VP; se k 6= 0,
V está entre P e P’

Desvendando a Matemática 14
Exercı́cios resolvidos
1-Os trapézios abaixo são semelhantes. Como a razão é constante para todos os la-
BC 2
dos do triângulo, = . Sabemos que BC
EF 3
= 3, dessa forma
3 2 9
= ⇒ EF =
EF 3 2
3- A planta do terreno da figura foi feita na
a) Qual é a razão de semelhança entre os tra- escala 1 : 800. Qual é a área real, em metros
pézios ABCD e MNPQ? quadrados, desse terreno?
b) Calcule as medidas de x e y indicadas.
Resolução:
a) Como os trapézios são semelhantes, a ra-
18 3
zão de semelhança é = .
12 2
b) Sabemos a razão de semelhança, assim,
Resolução:
podemos calcular as medidas x 6= 0 e y 6= 0.
Pela escala que nos é dada, temos que 1 cm
3 24 no desenho corresponde a 800 cm na reali-
= ⇒ 3x = 48 ⇒ x = 16 dade. Logo
2 x
3 30 Desenho Realidade
= ⇒ 3y = 60 ⇒ y = 20
2 y 1 cm 800 cm
2- O triângulo DEF é uma ampliação do triân- 2 cm x cm
gulo ABC.
Dessa forma, obtemos que o lado de 2 cm no
retângulo equivale a x = 800·2 = 1600 cm, ou
seja, 16 metros. Agora, iremos obter quando
mede o lado de 5 cm
Desenho Realidade
1 cm 800 cm
Determine a medida do segmento EF.
5 cm x cm
Resolução:
Os triângulos ABC e DEF são semelhantes. Dessa forma, obtemos que o lado de 2 cm no
Precisamos encontrar a razão de semelhança retângulo equivale a x = 800 · 5 = 4000 cm,
AB 6 2 ou seja, 40 metros. Dessa forma, a área real
= =
DE 9 3 desse terreno é 16 m · 40 m = 640 m2 .

Desvendando a Matemática 15
Exercı́cios propostos
1- Quais retângulos são semelhantes? 4- A planta do terreno da figura foi feita na es-
cala 1 : 600. Quais são as medidas reais, em
metros, dos lados desse terreno?

5- Cite dois polígonos não semelhantes e com


ângulos internos com medidas respectivamente
2- O triângulo ABC é uma ampliação do triângulo iguais.
DEF.
6- Na diagonal FH do paralelogramo EFGH,
marca-se um ponto J. Por J, traça-se IJ // EF e
JL // FG. Calcule as medidas dos segmentos IJ e
EI, sabendo que os paralelogramos IJLH e EFGH
são semelhantes e a razão de semelhança entre
eles é 3. As medidas indicadas estão em centí-
Determine a medida do:
metros.
a) segmento x.
b) ângulo DFE.
c) ângulo ABC.

3- Das afirmações a seguir qual é verdadeira?


a) Dois losangos são sempre semelhantes.
b) Dois retângulos são sempre semelhantes.
c) Dois quadrados são sempre semelhantes.
d) Dois trapézios isósceles são sempre seme-
lhantes.
e) Dois trapézios retângulos são sempre seme-
lhantes.

Desvendando a Matemática 16
Triângulos semelhantes
Agora veremos um polígono que contempla tudo o que foi dito até aqui,
mas por ter mais propriedades e aplicações daremos uma atenção especial.
Trata-se do triângulo.

O triângulo é o menor polígono existente por possuir apenas três lados.


Ainda assim é um dos polígonos mais estudados na história.

Os ângulos formados pelos lados do triângulo e que ficam interior são


os ângulos internos. A soma desses ângulos é 180°.

Classificação dos triângulos


Os triângulos são classificados quanto ao lados:
• Equilátero: triângulo com todos os lados iguais.

• Isósceles: triângulo com dois lados iguais.

• Escaleno: triângulo com todos os lados diferentes.

Também são classificados quanto aos ângulos internos:


• Obtusângulo: possui um ângulo interno maior que 90°.

α > 90◦

Desvendando a Matemática 17
• Acutângulo: possui todos os ângulos internos menores que 90°.

α < 90◦
β < 90◦
γ < 90◦
• Retângulo: possui um ângulo interno igual a 90°(ângulo reto).

α = 90◦

Sabemos que o triângulo é um polígono. Por isso, a definição de seme-


lhança continua valendo. Assim como todas as outras definições e propri-
edades de poligonos semelhantes já mostradas.
A causa de um estudo separado e exclusivo para o triângulo são alguns
casos de semelhança que não ocorrem em todos os outros polígonos.

Casos de semelhança de triângulos


No caso dos triângulos temos alguns casos notáveis de semelhança
que nos ajudam a identificar mais rapidamente se dois (ou mais) triângulos
apresentados são semelhantes. São eles:
• Lado-Ângulo-Lado (L-A-L): se dois triângulos têm os lados corres-
pondentes proporcionais, um ângulo igual e os respectivos lados ad-
jacentes com a mesma proporção, dizemos que os triângulos são
semelhantes.

x y
= =k
x0 y0

• Lado-Lado-Lado (L-L-L): se dois triângulos tiverem todos os lados


correspondentes proporcionais, dizemos que os triângulo são seme-
lhantes.

x y z
= = =k
x0 y0 z0

• Ângulo-Lado-Ângulo (A-L-A): se dois triângulos tiverem dois ângu-


los correspondentes de mesma medida e o lado entre esses ângulos
for proporcional, dizemos que os triângulos são semelhantes.

Desvendando a Matemática 18
α, β possuem mesma
medida e lados x e x0
proporcionais

α e β possuem mesma
medida

• Ângulo-Ângulo (A-A): se dois triângulos tiverem dois ângulos corres-


pondentes de mesma medida, dizemos que os triângulos são seme-
lhantes.
Propriedade fundamental da semelhança de triângulos: se traçarmos
uma reta paralela a qualquer lado de um triângulo, esta reta intersecta os
outros dois lados do triângulo e o novo triângulo formado é semelhante ao
primeiro.

Temos, por hipótese, que B0 C0 k BC, então, pelo Teorema de Tales vale que:

AB0 AC0
= = k (I)
AB AC
Agora, traçamos uma reta paralela a AC por B0 , chamamos de D o ponto
de interseção desta paralela com o lado BC.
Novamente por Tales, temos:

BB0 BD
= = k0 (II)
AB BC
Tomandoo (II) e usando a propriedade de proporções mostrada na demons-
tração da propriedade da razão dos perímetros, temos:

AB – BB0 BC – BD AB0 DC
= ⇒ = (III)
AB BC AB BC
Por (I) e (III):
AB0 AC0 DC
= = (IV)
AB AC BC

Desvendando a Matemática 19
Veja que na figura temos o paralelogramo B’C’CD, pois B0 C0 k BC e B0 D k AC).
Portanto, DC = B0 C0 .
Substituindo em (IV) temos:

AB0 AC0 B0 C0
= =
AB AC BC
Aqui provamos a primeira condição para a semelhança: os lados são de
fato proporcionais.
Agora vejamos os ângulos:
A:
b é comum aos dois triângulos ⇒ congruente
Bb0 ∼
= B:
b são ângulos alternos internos de uma transversal a duas paralelas
C0 ∼
b = C:
b pela mesma razão do ângulo B.b
Portanto, 4ABC ∼ 4AB C .0 0

Agora que conhecemos estes casos mais importantes, vamos ver na


próxima seção para quê usamos as semelhanças de triângulos e por que
são especiais.

Desvendando a Matemática 20
Exercı́cios resolvidos
1- Calcule as medidas de a e b indicadas na fi- a) A rampa tem inclinação constante e tem 4
gura seguinte, observando que os triângulos m de altura na sua parte mais alta. Notamos
ABC e CDE são semelhantes. que a medida 4 m será um dos catetos de
um triângulo retângulo.
Se a pessoa caminhou 12,3 m na rampa, signi-
fica que ela caminhou 12,3 m da hipotenusa
desse triângulo retângulo, e após caminhar
essa distância, notou que a rampa estava a
1,5 m de altura, ou seja, a altura entre o local
que ela estava e o chão é de 1,2 metros. Po-
demos representar essa situação da seguinte
forma

Resolução:
Pelo caso AA, temos que
5 4 3
= = , a 6= 0, b 6= 0
a b 1, 5
3
Dessa forma, a razão de semelhança é =
1, 5
2. Logo, podemos obter a e b
5 4 b) Para calcular quantos metros a pessoa
= 2 ⇒ a = 2, 5 e = 2 ⇒ b = 2 ainda deve caminhar para atingir o ponto
a b
mais alto da rampa, devemos obter o valor
2- Uma rampa de inclinação constante, como de BC.
a que dá acesso ao Palácio do Planalto em De acordo com a propriedade fundamental
Brasília, tem 4 metros de altura na sua parte da semelhança de triângulos, AEC e ADB são
mais alta. Uma pessoa, tendo começado a semelhantes, com razão de semelhança igual
subi-la, nota que após caminhar 12,3 metros 4
sobre a rampa está a 1,5 metros de altura em a .
1, 5
relação ao solo. Assim, podemos calcular a medida de x
a) Faça uma figura ilustrativa da situação des-
crita. x + 12, 3 4
= ⇒ 1, 5(x + 12, 3) = 4 · 12, 3
b) Calcule quantos metros a pessoa ainda 12, 3 1, 5
deve caminhar para atingir o ponto mais alto
⇒ 1, 5x+18, 45 = 49, 2 ⇒ 1, 5x = 30, 75 ⇒ x = 20, 5
da rampa.
Resolução:

Desvendando a Matemática 21
Exercı́cios propostos
1- Em uma maquete feita numa escala de 1 : 30, 6- Sabendo que MN // BC, calcule as medidas x
a altura de um edifício é de 90 cm. Qual é a e y indicadas na figura.
altura real, em metros, desse edifício?

2- Para medir a altura de um edifício, um zelador


usou de um artifício. Mediu a sombra do prédio,
obtendo 6 m, e, no mesmo instante, mediu a
sua própria sombra, obtendo 0,20 m. Como a
altura do zelador é 1,60 m, qual é a altura do
prédio?

3- Os lados de um triângulo medem 30 cm, 40 7- Na figura abaixo, temos que BC = 15 cm, AH


cm e 60 cm. Ele é semelhante a um outro tri- = 10 cm (altura do triângulo ABC) e PQRS é um
ângulo de perímetro 13 cm. Ache as medidas quadrado cujo lado mede x. Determine o perí-
dos lados do segundo triângulo e a razão de metro do quadrado.
semelhança.

4- Calcule as medidas x e y do triângulo EFD.

5- Calcule as medidas de x e y indicadas na fi-


gura seguinte.

Desvendando a Matemática 22
Relações métricas no triângulo
retângulo
Como acabamos de ver, o triângulo é o polígono com o menor número
de lados, mas é uma das formas geométricas mais importantes no estudo
da geometria. Vimos também, que o triângulo retângulo é aquele que apre-
senta um ângulo interno medindo 90°. Esse tipo de triângulo apresenta
propriedades e características importantes. Então vamos conhecê-lo me-
lhor.
Por ser um triângulo muito importante, as partes do triângulo retângulo
recebem nomes especiais.
Todo triângulo retângulo é composto por dois catetos e uma hipotenusa.
A hipotenusa é o maior lado do triângulo retângulo e está oposto ao ângulo
reto (ângulo de 90°).

Exemplo: Um avião levanta voo e depois de percorrer 100 km, está a uma
altura de 80 km. Quanto esse avião teria percorrido se estivesse andando
no solo e não levantado voo?

Para resolver problemas como esse precisamos estudar um teorema


denominado Teorema de Pitágoras.

O Teorema de Pitágoras
Uma das relações mais importantes e também mais conhecidas num
triângulo retângulo é o Teorema de Pitágoras.
Pitágoras, filósofo e matemático grego (572 a.C. - 497 a.C.), baseado
em conhecimentos geométricos que adquiriu ao conviver com os egípcios,
percebeu que existia uma relação entre os lados de um triângulo retângulo
de lados 3, 4 e 5.

Desvendando a Matemática 23
Observe que o quadrado construído utilizando a hipotenusa como lado
possui a mesma área que a soma das áreas dos quadrados que têm os
catetos como lados.
Disso, obtemos a relação:

25 = 9 + 16 ⇒ 52 = 32 + 42
Mas para Pitágoras, não bastava que essa relação fosse válida para o
triângulo de lados 3, 4 e 5. Era preciso mostrar que ela era válida para
todos os triângulos retângulos. Sendo assim, vamos conhecer uma das
demonstrações geométricas desse teorema.

Queremos provar que, sendo a a medida da hipotenusa e b e c as


medidas dos catetos de um triângulo retângulo, então:

a2 = b2 + c2
Vamos desenhar dois quadrados de lados iguais a (b + c):

Desvendando a Matemática 24
Note que para formar esses quadrados usamos quatro triângulos retân-
gulos idênticos, de catetos b e c e hipotenusa a, além de outros quadrados
menores.
Retirando de cada um desses quadrados os quatro triângulos retângu-
los, as partes restantes têm a mesma área.

Portanto, a2 = b2 + c2 .
Então, sabemos que para todo triângulo retângulo com hipotenusa a e
catetos b e c, conforme triângulo abaixo, vale a seguinte relação, que ficou
conhecida como Teorema de Pitágoras:

a2 = b2 + c2

Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é


igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos.

Também vale lembrar que, apesar de toda a tradição grega de atribuir


esse teorema a Pitágoras, esse resultado já era utilizado na prática antes
do tempo de Pitágoras.
Agora que já conhecemos o Teorema de Pitágoras, podemos voltar ao
exemplo inicial e calcular quanto o avião teria andado caso estivesse no
solo. Seja y essa distância.

Desvendando a Matemática 25
Sabemos que ele já percorreu 100 km e está a uma altura de 80 km,
dessa forma, utilizando o teorema de Pitágoras

1002 = 80+ y2 ⇒ 10000–6400 = y2 ⇒ y2 = 3600 ⇒ y = 3600 ⇒ y = 60 km

Outras relações métricas no triângulo retângulo


Vamos agora verificar se o Teorema de Pitágoras nos ajuda a resolver
qualquer problema envolvendo triângulos retângulos.
Exemplo: No triângulo retângulo abaixo, encontre as medidas dos catetos
b e c e de h, que é a altura relativa à hipotenusa do triângulo.

Para conseguirmos utilizar o Teorema de Pitágoras nesse exemplo pre-


cisamos de mais algumas informações do triângulo acima. Por isso, vamos
tentar encontrar outras relações que nos ajudem a recolher mais informa-
ções sobre o triângulo para resolver o exercício.
Primeiro, vamos observar o triângulo retângulo ABC, que é retângulo
em A (quer dizer que o ângulo reto está no vértice A) e nomear cada uma
das partes marcadas no desenho.

BC = a é a medida da hipotenusa BC
AC = b é a medida do cateto AC
AB = c é a medida do cateto AB
BH = n é a medida da projeção ortogonal do cateto AB sobre a hipotenusa BC
HC = m é a medida da projeção ortogonal do cateto AC sobre a hipotenusa BC
BH = n é a medida da projeção ortogonal do cateto AB sobre a hipotenusa BC
AH = h é a medida da altura relativa à hipotenusa BC
Veja que a altura h dividiu o triângulo ABC em outros dois triângulos
retângulos semelhantes a ele e semelhantes entre si (conforme veremos
em cada uma das relações). Daí podemos começar a encontrar algumas
relações.

Desvendando a Matemática 26
1ª relação

Hb ≡ A,
b pois são ângulos retos e B
b ≡ B,
b pois são ângulos comuns. Então,
pelo caso Ângulo-Ângulo, 4ABH ∼ 4CBA
Então temos que:
AB CB c a
= ⇒ = ⇒ c2 = an
BH BA n c
Usando agora os triângulos AHC e BAC, temos:

Hb ≡ A,
b pois são ângulos retos e C
b ≡ C,
b pois são ângulos comuns. Então,
pelo caso Ângulo-Ângulo, 4AHC ∼ 4BAC
Então temos que:

AC BC b a
= ⇒ = ⇒ b2 = am
HC AC m b
Dessas duas primeiras relações, podemos tirar que:

Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida de um cateto é igual


ao produto da medida da hipotenusa pela medida da projeção ortogonal
desse cateto sobre a hipotenusa.

Desvendando a Matemática 27
2ª relação
Vamos agora considerar os triângulos ABH e CAH.

Perceba que: H
b ≡ H,
b pois são ângulos retos e A
b ≡ C,
b pois, como a soma
dos ângulos internos de um triângulo deve ser 180◦ e sabemos que Bb ≡ X,
b
logo todos os ângulos são equivalentes. Então, pelo caso Ângulo-Ângulo,
4ABH ∼ 4CAH. Então temos que:
AH CH h m
= ⇒ = ⇒ h2 = mn
BH AH n h
Portanto,
Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da altura relativa à
hipotenusa é igual ao produto das medidas das duas projeções ortogo-
nais dos catetos sobre a hipotenusa.

3ª relação
Por último, vamos observar novamente os triângulos AHC e BAC.

Podemos perceber que: H


b≡A b pois são ângulos retos e C
b ≡ C,
b pois é
ângulo comum. Então, novamente pelo caso Ângulo - Ângulo, temos que
4AHC ∼ 4BAC.
Assim:
AC BC b a
= ⇒ = ⇒ bc = ah
AH BA h c
Então:

Desvendando a Matemática 28
Em todo triângulo retângulo, o produto das medidas dos catetos é igual
ao produto da medida da hipotenusa pela medida da altura relativa à
hipotenusa.

Ou seja, em um triângulo retângulo, além do Teorema de Pitágoras,


temos as seguintes relações:

c2 = a.n b2 = a.m h2 = m.n b.c = a.h

Agora, vamos voltar ao exemplo apresentado no início desse tópico e


vamos ver como essas novas relações ajudam a resolvê-lo.

Exemplo: No triângulo retângulo abaixo, encontre as medidas dos catetos


b e c e de h, que é a altura relativa à hipotenusa do triângulo.

As medidas dadas no enunciado são as medidas das projeções ortogo-


nais dos catetos relativas à hipotenusa, ou seja, n = 36 e m = 64. Utilizando
a 2ª relação conseguimos encontrar a altura h. Assim:

h2 = m · n ⇒ h2 = 36 · 64 ⇒ h2 = 2304 ⇒ h = 48
Agora vamos aplicar o Teorema de Pitágoras nos dois triângulos meno-
res. Primeiro vamos usar o triângulo ABH. Dessa forma:

c2 = h2 + n2 ⇒ c2 = (48)2 + (36)2 ⇒ c2 = 2304 + 1296 ⇒ c2 = 3600 ⇒ c = 60


Agora aplicamos Pitágoras no triângulo AHC:

b2 = h2 +m2 ⇒ b2 = (48)2 +(64)2 ⇒ b2 = 2304+4096 ⇒ b2 = 6400 ⇒ b = 80

Dessa forma, encontramos as medidas dos catetos b e c e a altura h,


conforme pedido no enunciado.

Desvendando a Matemática 29
Exercı́cios resolvidos
1- A figura mostra um edifício que tem 15 m
de altura, com uma escada colocada a 8 m
de sua base ligada ao topo do edifício. Qual
o comprimento dessa escada?

Dessa forma, utilizando o teorema de Pitágo-


Resolução: ras, podemos calcular a medida de BH
Temos que a altura do prédio é um dos cate-
302 = 242 + BH2 ⇒ 900 = 576 + BH2
tos e a distância entre a escada e a base é o
outro cateto, logo o comprimento da escada ⇒ BH2 = 900 – 576 ⇒ BH2 = 324
CE, é a hipotenusa. Pelo teorema de Pitágo- √
ras ⇒ BH = 324 ⇒ BH = 18 cm
Utilizando as relações métricas no triângulo
152 + 82 = CE2 ⇒ 225 + 64 = CE2 retângulo, podemos obter CH
⇒ 289 = CE2 ⇒ 242 = BH · 18 ⇒ 576 = BH · 18 ⇒ BH = 32 cm

289 = CE ⇒ CE = 17 m
Assim, obtemos o valor da hipotenusa CB =
2- Em um triângulo retângulo ABC, retângulo CH+HB ⇒ CB = 32+18 = 50 cm. Então, como
em Â, a medida de um cateto é 30 cm e a possuimos um cateto e a hipotenusa, utiliza-
medida de AH é 24 cm, onde AH é a altura do mos o teorema de Pitágoras para calcular o
triângulo em relação ao vértice Â. Calcule a outro cateto CA
medida a da hipotenusa e a medida do outro
cateto. 502 = 302 + CA2 ⇒ 2500 = 900 + CA2

Resolução: ⇒ CA2 = 2500 – 900 ⇒



De acordo com o enunciado, o triângulo ABC CA2 = 1600 ⇒ CA = 1600
é retângulo em Â, possui um cateto igual a
⇒ CA = 40 cm
30 cm e a medida de AH é 24 cm, como na
figura abaixo.

Desvendando a Matemática 30
Exercı́cios propostos
1- Calcule as medidas x e y indicadas na figura 5- Num triângulo retângulo, a medida de um
seguinte: cateto é 10 cm e a medida de sua projeção so-
bre a hipotenusa é 5 cm. Calcule a medida da
hipotenusa e a medida do outro cateto.

6- A figura seguinte é um losango que tem AC


= 80 cm e BD = 18 cm. Como as diagonais AC
e BD são perpendiculares entre si e cortam-se
mutuamente ao meio, determine o perímetro do
losango.

2- No trapézio retângulo seguinte, determine o


perímetro.

7- Uma certa fazenda, localizada numa planície


de um grande estado brasileiro, tem frente para
uma estrada retilínea, cuja conservação é feita
pelos próprios funcionários da fazenda. O escri-
tório fica a 480 m de distância dessa estrada
e, à beira da estrada, a 800 metros de distân-
3- Calcule a medida d da diagonal de um qua- cia desse escritório, foi construída uma grande
drado que tem 18 cm de lado. guarita de concreto com vidros à prova de tiros,
onde seguranças contratados pelo fazendeiro fa-
4- Uma empresa de iluminação necessita esticar zem o trabalho de guardar a propriedade. Com
um cabo de energia provisório de um edifício o objetivo de servir alimentação ao pessoal que
cujo formato é um retângulo, a um determinado trabalha tanto no escritório quanto na guarita,
ponto no solo distante a 6 metros, como ilustra o proprietário contratou a construção de um re-
a figura a seguir. Qual deve ser o comprimento feitório, também a beira da estrada, localizado
desse cabo de energia, em metros? a igual distância da guarita e do escritório. Qual
a distância, em metros, do refeitório ao escritó-
rio?

Desvendando a Matemática 31
Teste seus conhecimentos
1- A figura representa 5 quadrados de tama- 3- Para cada item abaixo, escreva se os pares
nhos diferentes que foram colocados uns so- de figuras são semelhantes ou não. Caso se-
bre os outros. jam, determine a razão de semelhança.
a)

Utilizando uma régua, realize as medições ne-


cessárias e encontre a razão de semelhança b)
entre os quadrados:
a) azul e amarelo.
b) verde e azul.
c) amarelo e azul.

2- Utilizando uma régua, verifique se as for-


mas geométricas são semelhantes entre si. Se
forem semelhantes, justifique sua resposta.
a)

c)

b)

Desvendando a Matemática 32
4- Calcule as medidas x e y indicadas na figura
seguinte.

9- Na figura, ABCD é um paralelogramo. Sa-


5- Na figura seguinte, AB // CD. Se AB = 136,
bendo que BC = 15 cm, DM = 10 cm, KC = 12
CD = 50 e CE = 75, quanto mede o segmento
cm e AK = 11 cm, calcule KB e CM.
AE?

6- O perímetro de um retângulo mede 34 cm.


Um dos lados do retângulo mede 5 cm. Cal-
cule a medida da diagonal do retângulo.

7- Na figura AB // DE. Determine, então, o valor 10- Durante um incêndio num edifício de apar-
de x e y. tamentos, os bombeiros utilizaram uma es-
cada de 40 m para atingir a janela de um apar-
tamento. A escada estava colocada a 1 m do
chão, sobre um caminhão que se encontrava
24 m afastado do edifício. Qual é a altura do
apartamento em relação ao chão?

8- A figura nos mostra um quadrado de lado


8 cm. Se AM = 6 cm, calcule as medidas x e
y.

Desvendando a Matemática 33
11- Considere os triângulos I e II representados metade da medida da hipotenusa. Se um tri-
a seguir. Obtenha: ângulo retângulo tem catetos AB = 5 cm e AC
= 2 cm, calcule a medida da mediana relativa
a hipotenusa.

14- Na figura, B é um ponto do segmento de


reta AC e os ângulos DAB, DBE e BCE são re-
tos.

a) x.
b) y.
c) a razão de semelhança do triângulo I para o
triângulo II.

12- A figura a seguir mostra a trajetória per- Se AD = 6 dm, AC = 11 dm e EC = 3 dm, quais


corrida por uma pessoa para ir do ponto X ao as medidas possíveis de AB, em dm?
ponto Y, caminhando em terreno plano sem
obstáculos. 15- Na figura seguinte, MNPQ é um losango. Se
MT = 12 e MS = 6, quanto mede cada lado do
losango?

Se ela tivesse usado o caminho mais curto


para ir de X a Y, teria percorrido aproximada- 16- Determine as medidas x e h indicadas na
mente: figura.
a) 15 m
b) 16 m
c) 17 m
d) 18 m
e) 19 m

13- Em qualquer triângulo retângulo, a medida


da mediana relativa à hipotenusa é igual à

Desvendando a Matemática 34
1
O que você precisa saber...
Nomenclatura dos lados de um triângulo retângulo
Semelhança de triângulos

Objetivos
1- Saber identificar os lados de um triângulo retângulo em relação aos
ângulos;
2- Saber calcular as razões trigonométricas de um ângulo;
3- Saber trabalhar com ângulos notáveis;

Introdução à trigonometria
A trigonometria como conhecemos hoje é resultado de uma série de
estudos e aplicações a fim de resolver problemas cotidianos. A trigonome-
tria é estudada desde os povos egípcios e babilônicos e continua sendo
desenvolvida até os dias atuais.
Um dos principais motivos para estudar a trigonometria é calcular dis-
tâncias inacessíveis bem mais próximas de nós, como a altura de um morro,
a largura de um rio, altura de prédios, etc. Um exemplo é o problema do
Bruno com a casa de dois andares...

Classificação dos Catetos


Como vimos no capítulo anterior o maior lado de um triângulo retângulo
é chamado de hipotenusa e os outros dois lados são os catetos.

Além dessa nomenclatura podemos ainda podemos classificar os cate-


tos ao fixarmos um ângulo como referência. Temos o cateto oposto e o
cateto adjacente.
Observe na figura:

No primeiro triângulo fixamos o ângulo α. O lado AB está oposto à α,


a este lado chamaremos de cateto oposto. O lado AC junto da hipotenusa
formam o ângulo α esse lado é chamado cateto adjacente.

Desvendando a Matemática 36
Note que no segundo triângulo fixamos o ângulo β . Nesse caso o lado
AB passa ser o cateto adjacente, pois junto a hipotenusa formam o ângulo
β e o lado CA passa a ser o cateto oposto.
Agora sabemos que no triângulo retângulo temos dois catetos e a hi-
potenusa e também sabemos que podemos classificar os catetos quando
fixamos um ângulo como referência.

• Cateto oposto: é o lado que está oposto ao ângulo de referência.


• Cateto adjacente: é o cateto que junto da hipotenusa formam o
ângulo de referência.
• Hipotenusa: é o maior lado e está oposto ao ângulo reto (90°).

Desvendando a Matemática 37
Exercı́cios resolvidos
1- Observe a imagem e responda o que se
pede:

a) Qual o valor do cateto oposto e do adja-


cente ao ângulo CB̂A?
b) Qual o valor do cateto oposto e do adja-
cente ao ângulo BĈA?
c) Qual o valor da hipotenusa do triângulo
ABC?
Resolução:
a) O cateto oposto ao ângulo CB̂A mede 6 e o
cateto adjacente a esse mesmo ângulo mede Resolução:
8. No primeiro triângulo, o lado oposto ao ân-
b) O cateto oposto ao ângulo BĈA mede 8 e o gulo de 37° e 90° medem, respectivamente,
cateto adjacente a esse mesmo ângulo mede 3
3 e 5. O quociente entre eles é = 0, 6.
6. 5
No segundo triângulo, o lado oposto ao ân-
c) Sabemos que a hipotenusa é o maior lado
gulo de 37° e 90° medem, respectivamente,
do triângulo retângulo e é o lado oposto ao 9
ângulo reto. Dessa forma, no triângulo ABC, 9 e 15. O quociente entre eles é = 0, 6.
16
a hipotenusa mede 10.
2- Calcule o quociente (razão) entre a medida Observação: Com esse exercício, percebe-
do lado oposto ao ângulo de 37° e a medida mos que a razão (quociente) entre o lado do
do oposto ao ângulo de 90° em cada um dos triângulo oposto ao ângulo de 37° e o oposto
triângulos. ao de 90º tem sempre o mesmo valor.

Desvendando a Matemática 38
Razões trigonométricas
Para iniciarmos o estudo das razões trigonométricas vamos observar
na figura abaixo os dois triângulos semelhantes.

Os triângulos ABC e A’B’C’ são semelhantes pelo caso AA sendo α e


o ângulo reto comuns aos dois, com isso podemos construir as seguintes
relações entre os catetos opostos e as hipotenusas.

AB A0 B0
= =k
BC B0 C0
onde k é uma constante.
Ou seja, a razão entre as medidas do cateto oposto a um ângulo e a
hipotenusa do triângulo do qual esse ângulo é interno não depende das me-
didas dos lados do triângulo escolhido, mas depende somente da medida
do ângulo em questão.
A essa razão constante, que possui relação apenas com a medida do
ângulo, denominamos seno desse ângulo.
Dessa forma, temos:

Seno de um ângulo é a razão entre a medida do cateto oposto ao ângulo


fixado e a medida da hipotenusa.

Logo:
medida do cateto oposto
Seno =
medida da hipotenusa
Da mesma forma definimos outras duas razões trigonométricas. Cos-
seno e Tangente:

AC A0 C0
= =k
BC B0 C0
onde k é uma constante.

Cosseno de um ângulo é a razão entre a medida do cateto adjacente


ao ângulo fixado e a medida da hipotenusa.

medida do cateto adjacente


Cosseno =
medida da hipotenusa
E também:

Desvendando a Matemática 39
AB A0 B0
= =k
AC A0 C0
onde k é uma constante.

Tangente de um ângulo é a razão entre a medida do cateto adjacente


e do cateto oposto a esse ângulo.

medida do cateto oposto


Tangente =
medida da hipotenusa
Então, temos que, as razões trigonométricas vistas são dadas pelas
seguintes fórmulas:

AB AC
sen(α) = e sen(β ) =
BC BC

AC AB
cos(α) = e cos(β ) =
BC BC

AB AC
tg(α) = e tg(β ) =
AC B

Exemplo: Julio está prestes a descer uma rampa de skate. A rampa tem
4,2 m de altura e o ângulo que a rampa faz com o solo é de 45◦ . Qual será
a distância percorrida por Julio até atingir o fim da rampa?

Resolução:
Pela imagem podemos notar que o comprimento da rampa é a medida
da hipotenusa do triângulo retângulo formado pela rampa. Para facilitar o
cálculo chamaremos de CR o comprimento da rampa que queremos encon-
trar. Dessa forma, utilizaremos a razão trigonométrica seno para determi-
nar esse comprimento.

◦ 4, 2 2 4, 2 √
sen(45 ) = ⇒ = ⇒ CR 2 = 8, 4
CR 2 CR
√ √
8, 4 8, 4 2 8, 4 2
⇒ CR = √ ⇒ CR = √ · √ ⇒ CR = m
2 2 2 2

Desvendando a Matemática 40

Então a distância percorrida por Julio até o fim da rampa é 4, 2 2 m

Ângulos notáveis
As razões trigonométricas são constantemente trabalhadas no triân-
gulo retângulo. pois são os ângulos que possuem razões trigonométricas
que podem ser expressas em forma de um quociente, ou seja, são ângu-
los que possuem razões trigonométricas racionais. São chamados ângulos
notáveis e seus valores são: 30°, 45° e 60°. Os demais ângulos possuem,
frequentemente, razões trigonométricas não-racionais. No final desse capí-
tulo você vai encontrar uma tabela com os valores aproximados das razões
trigonométricas de todos os ângulos entre 0◦ e 90◦ .
Vamos então, descobrir quanto valem as razões trigonométricas para
esses ângulos.

Razões Trigonométricas para o ângulo de 45◦


Em um quadrado de lado l é traçado sua diagonal com de medida l 2
(verificar esse resultado utiizando o Teorema de Pitágoras). Com isso obte-
mos um triângulo retângulo. Esse triângulo ABC é isósceles e seus ângulos
medem 45◦ .
Vamos então aplicar as razões trigonométricas no √ triângulo ABC.√
BC l 1 2 2
sen45◦ = ⇒ sen45◦ = √ ⇒ sen45◦ = √ . √ ⇒ sen45◦ =
AC l 2 2 √2 √2
AB l 1 2 2
cos45◦ = ⇒ cos45◦ = √ ⇒ cos45◦ = √ . √ ⇒ cos45◦ =
AC l 2 2 2 2
BC l
tg45◦ = ⇒ tg45◦ = ⇒ tg45◦ = 1
AB l
Razões trigonométricas para os ângulos de 30◦ e 60◦
Em um triângulo equilátero de lado l serão construídos dois triângulos
retângulos que possuam ângulos de 30◦ e 60◦ .

Desvendando a Matemática 41
Traçando a altura do triângulo ABC, temos:

CB l ◦
CD = DB = = e medBAD b = 60 = 30◦
2 2 2
Agora aplicamos o Teorema de Pitágoras no triângulo retângulo ADB e
temos:
 2 2 2 2

l l l 3l l 3
l2 = +h2 ⇒ l2 = +h2 ⇒ h2 = l2 – ⇒ h2 = ⇒h= , pois h > 0
2 4 4 4 2
Tendo encontrado a medida dos lados dos dois triângulos retângulos
da figura, vamos aplicar as razões trigonométricas no triângulo retângulo
ADB.
Primeiro para o ângulo de 30◦ :
l
DB l 1 1
sen30◦ = ⇒ sen30◦ = 2 ⇒ sen30◦ = . ⇒ sen30◦ =
AB l 2 l 2

l 3 √ √
◦ AD ◦ 2 ◦ l 3 1 ◦ 3
cos30 = ⇒ cos30 = ⇒ cos30 = . ⇒ cos30 =
AB l 2 l 2
l √
◦ DB ◦ 2 ◦ l 2 ◦ 1 3
tg30 = ⇒ tg30 = √ ⇒ tg30 = . √ ⇒ tg30 = √ =
AD l 3 2 l 3 3 3
2
Agora para o ângulo de 60◦

l 3 √ √
◦ AD ◦ 2 ◦ l 3 1 ◦ 3
sen60 = ⇒ sen60 = ⇒ sen60 = . ⇒ sen60 =
AB l 2 l 2
l
DB l 1 1
cos60◦ = ⇒ cos60◦ = 2 ⇒ cos60◦ = . ⇒ cos60◦ =
AB l 2 l 2

l 3 √
AD l 3 2 √

tg60 = ◦
⇒ tg60 = 2 ◦
⇒ tg60 = . ⇒ tg60◦ = 3
DB l 2 l
2
Desvendando a Matemática 42
Depois de aplicarmos as relações trigonométricas nos ângulos notáveis,
obtemos a seguinte tabela:

x sen(x) cos(x) tg(x)


0° 0 √1 √0
1 3 3
30°
√2 √2 3
2 2
45° 1
√2 2
3 1 √
60° 3
2 2
90° 1 0 6∃
Um resultado direto da aplicação das razões trigonométricas com o
Teorema de Pitágoras é a Identidade Pitagórica.
A seguir descobriremos o que vem a ser a Identidade Pitagórica. Con-
seguimos mostrar utilizando qualquer triângulo retângulo.

Tome um triângulo retângulo qualquer de hipotenusa a e catetos b e c,


conforme figura acima. Aplicando as razões trigonométricas nos ângulos
α e β , temos que:
b
senα = ⇒ b = a.senα
a
c
senβ = ⇒ c = a.senβ
a
c
cosα = ⇒ c = a.cosβ
a
b
cosβ = ⇒ b = a.cosβ
a
Agora, vamos aplicar o Teorema de Pitágoras no triângulo retângulo
CAB, usando esses resultados que encontramos acima usando as razões
trigonométricas. Assim:

Desvendando a Matemática 43
2
a2 = b2 + c2 ⇒ a2 = a4 .senα + (a.cosα )2


⇒ a2 = a2 .sen2 α + a2 .cos2 α ⇒ a2 = a2 sen2 α + cos2 α


 

⇒ 1 = sen2 α + cos2 α, pois a 6= 0


Portanto, temos a identidade Pitagórica:

sen2 (α) + cos2 (α) = 1

Utilizando as razões trigonométricas encontradas na demonstração acima,


também observamos a seguinte relação:

b
senα senα b
= ac ⇒ =
cosα cosα c
a
b
Como tgα = , temos:
c

senα
tgα = com cosα 6= 0
cosα

O mesmo resultado por ser encontrado se utilizarmos as razões para


o ângulo β .

Tabela de razões trigonométricas


Assim como encontramos as razões trigonométricas para os ângulos
notáveis é possível encontrar as razões de todos os ângulos. Segue abaixo
uma tabela com os números aproximados das razões trigonométricas para
os ângulos entre 0◦ e 90◦ .

Desvendando a Matemática 44
Você pode utilizar essa tabela caso precise de algum desses valores nos
exercícios.

Desvendando a Matemática 45
Exercı́cios resolvidos
1- Um cano apoiado a uma parede, num altura, vê o início de um incêndio numa dire-
ponto distante 4 m do solo, forma com essa ção que forma com a horizontal um ângulo
parede um ângulo de 45°. Calcule o compri- de 30°. A que distância aproximada da colina
mento aproximado desse cano. está o fogo?
Resolução:
Sabemos que o guarda florestal está em uma
torre que está em cima de uma colina, ou
seja, o guarda está a 520 m de altura. Essa
altura, representa um dos catetos de um tri-
ângulo retângulo.
Sabemos também que o ângulo com a hori-
zontal é 30°.

Resolução:
Seja c o comprimento do cano. Pela imagem,
podemos notar que c é a medida da hipote- Como queremos a distância aproximada que
nusa do triângulo retângulo formado pela pa- a colina está do fogo, devemos utilizar a ra-
rede, chão e cano. Dessa forma, utilizamos a zão trigonométrica da tangente
razão trigonométrica cosseno para determi- √
520 3 520 √
nar esse comprimento. tg(30◦ ) = ⇒ = ⇒ 3x = 3 · 520
√ x 3 x
◦ 4 2 4 √
cos(45 ) = ⇒ = ⇒ 2c = 8 √
c 2 c √ 1560 1560 3
√ √ ⇒ 3x = 1560 ⇒ x = √ ⇒ x = √ · √
8 8 2 8 2 3 3 3
⇒c= √ ⇒c= √ ·√ ⇒c= m √
2 2 2 2 1560 3
⇒x= m
2- Um guarda florestal está numa torre de 3
20 m no topo de uma colina de 500 m de

Desvendando a Matemática 46
Exercı́cios propostos
1- Para realizar a reforma de uma caixa d’água,
do ponto mais alto dela é esticado um cabo de
aço de 50 m que forma com o solo um ângulo
de 30°. Calcule a altura dessa torre.

Qual altura do poste?

4- Um engenheiro deve construir uma ponte so-


bre um rio. Para medir a largura desse rio, ele
fixou uma estaca no ponto A em frente a uma
árvore localizada na outra margem do rio (ponto
C). Depois, deslocou-se 20 m, fixou outra estaca
2- Uma escada de 5 m de comprimento, está no solo (ponto B) e mediu o ângulo ABC.
apoiada na parte mais alta de um muro, for-
mando com ele um ângulo de 30°. Determine
a altura aproximada desse muro.

Qual a largura aproximada desse rio?

3- Após um acidente em um poste, o mesmo


ficou torto. Para que ele não caia até a empresa
que irá consertá-lo chegar, foi esticado um cabo
de aço de 9,5 m que forma, com o solo, um ân-
gulo de 60°.
Desvendando a Matemática 47
5- Fernando está construindo um cômodo no da base do coqueiro. Calcule quantos metros de
terraço de sua casa. Para o transporte do mate- cabo foram utilizados, aproximadamente, para
rial de construção, ele contruiu uma rampa com sustentar esse coqueiro. (Considere o terreno
uma inclinação de 45° em relação ao solo. Cal- plano e horizontal.)
cule o comprimento aproximado dessa rampa,
sabendo que o terraço está a 4,2 m do solo.

6- Um técnico parou em um ponto A e avistou


o topo de uma montanha com um teodolito, ob-
servando um ângulo de 45°. Depois, caminhou
200 m em direção a montanha e parou em um
ponto B de onde avistou seu topo sob um ân-
gulo de 60°. Desprezando a altura dessa pessoa,
calcule a altura aproximada dessa montanha.

7- Ao planejar um bairro, um engenheiro elabora


uma planta. Parte dessa planta está represen-
tada na imagem abaixo

Determine as distâncias entre as casas A e B e


entre as casas B e C.

8- Para determinar a altura de uma árvore, um


biólogo, que possui 1,80 m de altura, afastou-se
15 m da árvore. Utilizando um teodolito, mediu
o ângulo sob o qual avistou seu ponto mais alto
e obteve 30°. Calcule a altura aproximada da
árvore.

9- Para não cair, um coqueiro é sustentado por


quatro cabos de aço, conforme a figura. Cada
cabo foi preso ao solo a uma distância de 3 m
Desvendando a Matemática 48
Teste seus conhecimentos
1- Observe a imagem e responda o que se
pede:

4- Uma escada apoiada em uma parede, num


ponto distante 4 m do solo, forma com essa
parede um ângulo de 60°. Qual é o compri-
a) Qual o valor do cateto oposto e do adjacente
mento da escada em mtros?
ao ângulo CB̂A?
b) Qual o valor do cateto oposto e do adja-
cente ao ângulo BĈA?
c) Qual o valor da hipotenusa do triângulo ABC?

2- Preencha a tabela com o seno, cosseno e


tangente dos ângulos notáveis.

x senx cosx tgx



30°
45°
60°
90° 5- Na figura seguinte, temos que BC = 4 e AE
= 8. Quanto mede a área do paralelogramo
3- Uma torre vertical de altura 12 m é vista sob AEDC?
um ângulo de 30° por uma pessoa que se en-
contra a uma distância x da sua base e cujos
olhos estão no mesmo plano horizontal dessa
base. Determinar a distância x.

Desvendando a Matemática 49
6- Calcule x indicado na figura. e 60° com a horizontal, como mostra a figura
abaixo.

7- Uma rampa plana, de 36 m de comprimento, Se a distância entre os observadores é de 40


faz ângulo de 30° com o plano horizontal. m, qual é aproximadamente a altura da torre?
Quanto se eleva verticalmente uma pessoa
que sobe a rampa inteira? 10- De um ponto A, no solo, vê-se a base B e o
topo C de um bastão colocado verticalmente
8- Na figura abaixo, obtenha o valor de x. no alto de uma colina, sob ângulos de 30° e
45°, respectivamente. Se o bastão mede 4 m
de comprimento, qual a altura da colina, em
metros?

9- Em uma rua plana, uma torre AT é vista por


dois observadores X e Y sob ângulos de 30°

Desvendando a Matemática 50
11- Calcule
√ a área do triângulo ABC, de altura 14- Se um cateto e a hipotenusa de um tri-
h = 2 cm, se α = 30◦ e β = 45◦ . ângulo retângulo medem 2a e 4a, respectiva-
mente, qual a tangente do ângulo oposto ao
menor lado?

15- Um móvel parte de A e segue numa dire-


ção que forma com a reta AC um ângulo de
30°. Sabe-se que o móvel caminha com uma
velocidade constante de 50 km/h. Determine
a que distância o móvel se encontra da reta
AC após 3 horas de percurso.
12- Qual a área do triângulo ABC da figura, se
qual AB = 4 cm e BC = 2 cm? 16- Calcule o perímetro do triângulo retângulo
ABC da figura, sabendo que BC = 10 m e
3
cos α = .
5


13-√Na figura, temos AB = 10 3cm, AD =
10 7cm, BÂC = 30° e AB̂C = 90°. Achar a
medida de DC.

Desvendando a Matemática 51
Bibliografia
[1] J. R. Bonjorno, A. Olivares, R. A. Bonjorno, T. Gusmão, Matemática - Fazendo a diferença, 9º ano,
Editora FTD.

[2] G. Iezzi, O. Dolce D. Degenszajn, R. Périgo, Matemática, Volume Único, Parte 1, Ensino Médio,
Atual Editora.

[3] Jackson e Elizabeth, Matemática, 8ª série, Projeto Radix, Editora Scipione.

[4] A. S. Machado, Matemática Machado, Volume Único, Ensino Médio, Atual Editora.

[5] L. R. Dante, Matemática Contextos e Aplicações, Volume Único, Editora Ática.

[6] L. R. Dante, Tudo é Matemática , 8ª série, Editora Ática.

[7] J. R. Giovanni, J. R. Bonjorno, J. R. Giovanni Jr., Matemática Fundamental, 2º grau, Volume Único,
Editora FTD.

[8] G. A. J. van Amson, J. C. Teixeira, R. B. A. Filho, R. M. El Jamal, Matemática, Roteiro Anglo, Gráfica
e Editora Anglo.

[9] G. Nobilioni, J. Krikorian, M. Grespan, Matemática: Álgebra - Trigonometria - Geometria Plana,


Livro 1, Coleção Objetivo.

[10] A. M. Nacarato, C. L. B. Passos, F. Orfali, Matemática, Ensino Fundamental, 9º ano, Sistema de


Ensino Anglo, Livro 3, Abril Educação.

[11] AA. Marmo, G. A. J van Amson, J. C. Teixeira, L. A. O. Alonso R. B. A. Filho, R. M. El Jamal,


Caderno de Exercícios Matemática, Roteiro Anglo.

[12] M. C. P. Lima, M. T. R. Tinano, Matemática, Matemática Ensino Fundamental, Livro 2, 9º ano,


Rede Pitágoras.

[13] http://alunosonline.uol.com.br/matematica/aplicacoes-da-trigonometria.html

[14] http://www.matematiques.com.br/conteudo.php?id=32

52
BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA

[15] http://jmpgeograafia.blogspot.com.br/2011/10/relacoes-metricas-no-triangulo.html

[16] http://matematicaseriada.blogspot.com.br/2014/11/exercicios-relacoes-metricas-no.html

[17] https://pt-static.z-dn.net/files/d22/e99211088ebb426ef1806a7934a5713f.pdf

[18] http://projetoseeduc.cecierj.edu.br/eja/recurso-multimidia-professor/matematica
/novaeja/m2u17/Matematica_Mod02_unid9.pdf

[19] http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre
-teorema-pitagoras.htm#questao-2

[20] http://www.infoescola.com/trigonometria/triangulo-retangulo/

[21] http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre-
razoes-trigonometricas.htm

[22] http://aulasmayleone.blogspot.com.br/2014/06/o-teorema-de-pitagoras.html

[23] http://www.matematicadidatica.com.br/TeoremaDePitagoras.aspx

[24] http://web.ift.uib.no/Teori/KURS/WRK/TeX/symALL.html

[25] http://www.tug.dk/FontCatalogue/

[26] http://latexcolor.com/

[27] Exercícios do Vestibular: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

[28] Exercícios do Vestibular: Universidade Federal de Alagoas

[29] Exercícios do Vestibular: Vunesp

[30] Exercícios do Vestibular: Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo

[31] Exercícios do Vestibular: Pontifícia Universidade Católica de Campinas

[32] Exercícios do Vestibular: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

[33] Exercícios do Vestibular: Instituto Mauá de Tecnologia de São Paulo

[34] Exercícios do Vestibular: Universidade Federal do Amazonas

[35] Exercícios do Vestibular: Fuvest

[36] Exercícios do Vestibular: Fundação Armando Alvares Penteado de São Paulo

[37] Exercícios do Vestibular: Universidade Federal da Bahia

Desvendando a Matemática 53
BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA

[38] Exercícios do Vestibular: Fundação Cesgranrio

[39] Exercícios do Vestibular: Universidade Metodista de Piracicaba

Desvendando a Matemática 54

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