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Oral português (6/10m)

“Deixar o mundo melhor” entrevista a varias personalidades portuguesas, por Francisco


Balsemão

Estrutura do trabalho:

A) Apresentação/ enquadramento da intervenção.


B) Processo de seleção do discurso (critérios que orientaram a escolha por uma
entrevista em detrimento de outra)
C) Breve síntese da entrevista e comentário critico OU
Expressão de um ponto de vista acerca do texto, devidamente fundamentado.
D) Considerações globais sobre a atualidade das ideias apresentadas e ligação
momentos da atualidade, tendo em conta que um grande discurso deve agitar a
alma e inspirar uma nação.

Apresentação do tema /

Enquadramento da intervenção.

No âmbito da temática “ Deixar o mundo melhor”, Francisco Balsemão entrevistou várias


figuras públicas portuguesas, dos mais variados setores, que marcaram a sociedade.

Processo de seleção da De entre as várias entrevistas disponíveis escolhemos a entrevista de António Guterres.
entrevista
(critérios que orientaram a Queríamos escolher alguém que, direta ou indiretamente tivesse relacionado com a
escolha por uma entrevista em guerra na Ucrânia, que já dura há um ano, e que de certa forma também foi tema, da
detrimento de outro) nossa última apresentação oral.

António Damásio Sendo assim, de entre os vários entrevistados selecionamos dois:


José Tolentino de Mendonça O jornalista e comentador da televisão José Milhazes (pelo contributo que tem dado na
Fernando Santos comunicação social para melhor percebermos esta guerra) e António Guterres, atual líder
Leonor Beleza das Nações Unidas, que tem procurado soluções para este conflito.
Clara Ferreira Alves
Henrique Gouveia e Melo Assim, a nossa escolha acabou por recair sobre António Guterres, líder da maior
Isabel Jonet organização intergovernamental da atualidade, constituída por 193 estados membros,
Joana Vasconcelos
entre os quais, a Ucrânia e a Rússia, sendo esta organização lugar que reúne o maior
Patrícia Mamona
número de responsáveis mundiais.
Rita Blanco
Mariza
Paula Amorim -António Guterres é um português com uma grande generosidade, que sempre se
Ricardo Araújo Pereira preocupou com os outros. O seu percurso de vida inspirou-nos, pois deixou a sua marca
José Milhazes para a construção de um mundo melhor, primeiro em Portugal e depois ao nível
Marcelo Rebelo de Sousa internacional.
Joana Carneiro…
https://www.dn.pt/internacional/guterres-rejeita-que-ataque-russo-a-kiev-durante-visita-seja-sinal-a-onu-14812396.html

https://www.dn.pt/internacional/bombas-em-kiev-durante-a-visita-de-guterres-que-admitiu-falhas-a-zelensky-14809039.html

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/guterres-quer-encontrar-se-com-putin-e-escreveu-lhe-a-pedir-isso/
20220420/6260373c0cf26256cd1f97b2

https://www.dn.pt/internacional/putin-diz-a-guterres-que-ainda-acredita-em-solucao-diplomatica-14802051.html

Breve síntese da entrevista


Para facilitar o trabalho de análise, dividimos a entrevista em 3 partes.
Na primeira parte António Guterres fala da sua infância e juventude, até acabar o seu
curso de Física no instituto superior técnico em Lisboa.

Na segunda parte refere-se ao seu percurso na política nacional, onde começou como
militante do PS e chegou a primeiro ministro de Portugal.
Nesta fase da entrevista destacamos:
-O trabalho de "ação social” que desenvolveu em bairros da lata de Lisboa, onde
contactou com níveis de miséria que lhe despertaram o interesse pela política.
- Apos o 25 Abril filia-se no Partido Socialista, organiza manifestações e contribui para a
construção da democracia em Portugal.
-Como primeiro-ministro destacou o seu trabalho no desenvolvimento das suas políticas
na área social, a adesão ao euro e a realização do 1º referendo em Timor.

A terceira parte corresponde ao seu percurso a nível de política internacional, período


em que foi presidente da Internacional Socialista, Alto-Comissário para os Refugiados e
atualmente, Secretário-Geral das Nações Unidas.

Nesta fase da entrevista destacamos a parte em que António Guterres refere que ser
Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, foi um dos períodos mais
fascinantes da sua vida porque lhe permitiu estar permanentemente em contacto com o
terreno e resolver problemas em tempo útil, salvando vidas.
Recordou como era gratificante resgatar as pessoas de campos de refugiados coloca-las
em países desenvolvidos e 2 ou 3 anos mais tarde ir visitar esses refugiados e verificar
como tinham conseguido reconstruir as suas vidas e das suas famílias.

Confessou ainda que como secretário-geral da ONU é mais difícil agir porque tudo
depende dos estados membros e atualmente existe um bloqueio geopolítico.

Explicou que as nações unidas fazem um bom trabalho através das agências
humanitárias em diversas áreas do globo no entanto com as forças de manutenção da
paz é mais difícil agir porque não existem mecanismos para impor a paz.
Apesar de tudo reconhece que as Nações Unidas são o único lugar onde é possível juntar
todos os responsáveis do mundo para discutir questões essenciais para o futuro da
humanidade (desde as alterações climáticas ou a regulação do mundo digital, até à
reforma do sistema financeiro internacional).

Em relação ao futuro, reconhece que a guerra da Ucrânia veio agravar os problemas que
já existiam. Assim, deseja acabar este mandato não apenas evitando o pior, mas
tentando lançar as bases para que exista uma efetiva cooperação entre os estados que
abra o caminho para a paz e o fim da guerra.
Comentário critico A Entrevista concedida por António Guterres, Secretário-geral da ONU, a Francisco
Balsemão, foi emitida no passado dia 23 de dezembro de 2022, no âmbito da
comemoração dos 50 anos do Jornal expresso.

Neste entrevista, gostaríamos de realçar o ambiente informal em que decorreu a mesma


(de forma cativante) e onde, destacamos, por um lado, a simplicidade e simpatia do entrevistado, que
demonstrou ser uma pessoa com uma grande experiência e generosidade, respondendo
a todas as perguntas de forma direta e, por outro, a habilidade e perspicácia do
entrevistador na seleção das perguntas, que revelou ser um grande conhecedor de
política nacional e internacional.

De realçar que numa entrevista de rádio em que não é possível recorrer à imagem, é
necessário haver talento por parte dos intervenientes, para conseguirem sempre atrair a
atenção dos ouvintes. E aqui, ao longo de cerca de 50 minutos, entrevistador e
entrevistado demonstraram uma boa harmonia na abordagem de temas sérios,
interessantes e atuais, de forma informal e cativante, num ambiente descontraído.

Em suma, consideramos esta uma excelente entrevista, com uma brilhante prestação dos
intervenientes, constituindo uma magnífica contribuição para comemoração dos 50 anos
do jornal expresso.

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