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ELETRICIDADE BÁSICA

Grandezas Elétricas Básicas


Condutores e Isolantes

• A estrutura íntima dos materiais é um ramo da Física


que ainda não está completamente estudado. No
entanto, grande parte dos fenômenos elétricos e
eletromagnéticos pode ser explicada usando-se um
modelo bastante simples, conhecido como o átomo de
Rutherford.
Grandezas Elétricas Básicas
Condutores e Isolantes
Grandezas Elétricas Básicas
Condutores e Isolantes

O modelo de Rutherford, também chamado planetário


é visto na Figura 1.1; propõe que qualquer átomo
possui um núcleo – composto por cargas positivas
(prótons) e neutras (nêutrons) – em torno do qual
circulam cargas negativas (elétrons) em órbitas bem
definidas.
Grandezas Elétricas Básicas
Condutores e Isolantes

Para o estudo de Eletricidade importam apenas os


elétrons que ocupam a camada mais distante do
núcleo. São as propriedades desses elétrons que
ditarão as características elétricas do material. Assim,
se os elétrons da camada mais externa estiverem
frouxamente ligados ao núcleo, eles poderão “fugir” do
átomo, tornando-se elétrons livres, capazes de se
movimentar aleatoriamente através do material. Na
maior parte dos casos práticos, são esses elétrons
livres que participam dos processos elétricos como
portadores de corrente.
Grandezas Elétricas Básicas
Condutores e Isolantes

Materiais condutores são aqueles que possuem


grande quantidade de elétrons-livres: mesmo
pequenas quantidades de energia são suficientes para
desalojá-los de seus átomos. Materiais desta
categoria, que inclui a maioria dos metais, são
adequados para a confecção de fios, fusíveis,
contatos, etc.
Grandezas Elétricas Básicas
Condutores e Isolantes

Nos materiais isolantes, mesmo os elétrons mais


externos estão fortemente ligados ao núcleo, de forma
que só podem ser libertados pela aplicação de grandes
quantidades de energia. Isso os tornando adequados
para a confecção de dispositivos de isolação
(dielétricos): borrachas, cerâmicas e poliestireno são
alguns desses materiais.
Grandezas Elétricas Básicas
Corrente elétrica
A corrente elétrica (simbolizada por i) consiste no
movimento de cargas elétricas em um sentido
predominante. Este movimento sempre é devido à
existência de uma tensão (estudaremos a seguir) e seu
sentido depende do tipo de carga elétrica que está em
movimento.
Grandezas Elétricas Básicas
Corrente elétrica

Além do sentido, a corrente também é caracterizada por


um módulo ou intensidade, que considera a variação da
carga q que passa pelo condutor durante o intervalo de
tempo t. Assim, o módulo é dado por :
i= q/t
E tem como unidade o Ampère (símbolo A). São
bastante comuns os submúltiplos:
-3
miliampère (mA) = 10 A
-6
microampère (uA) = 10 A
Grandezas Elétricas Básicas
Tensão elétrica

A tensão elétrica é uma espécie de “força” que desloca as cargas


elétricas em um circuito fechado; portanto, a corrente elétrica sempre
é um resultado da aplicação de tensão. Diferença de potencial (d.d.p.),
força eletromotriz (f.e.m.) e voltagem são outros termos usados para
designar tensão.

A tensão (u) fornece energia (E) uma carga q do circuito, de forma que
seu módulo é dado por
u=E/q
Sua unidade é o Volt (símbolo V), mas os seguintes múltiplos e
submúltiplos aparecem com freqüência:

3
quilovolt (kV) = 10 V
-3
milivolt (mV) = 10 V
Grandezas Elétricas Básicas
Tensão elétrica

De acordo com seu comportamento em relação ao tempo, as


tensões podem ser classificadas em dois tipos:
Contínua (CC): quando mantém constantes seu módulo e sua
polaridade. Uma pilha e a bateria de um automóvel são
exemplos de tais fontes.
Alternada (CA): quando é do tipo senoidal, como aquela
fornecida pelas tomadas residenciais.
Grandezas Elétricas Básicas
Potência elétrica

O conceito de energia é intuitivo. Em Eletrotécnica, diz-se que é uma grandeza


capaz de alterar o comportamento das cargas elétricas de um circuito. Sua unidade
no SI é o joule (símbolo J), cujo uso em aplicações elétricas geralmente produz
números muito grandes, de modo que usualmente trabalha-se com uma unidade
“derivada”, chamada quilowat-hora (kWh) = 3.600 J

A potência é uma grandeza que revela como se comporta a energia (E) associada
a um corpo em relação ao tempo. Assim:

P=E/t

No Sistema Internacional, a unidade de potência é o Watt (símbolo W), sendo


corriqueira, ainda, a utilização dos seguintes múltiplos e submúltiplos:
6
megawatt (MW) = 10 W
3
quilowatt (kW) = 10 W
-3
miliwatt (mW) = 10 W
Grandezas Elétricas Básicas
Potência elétrica

Quando se trata de potência mecânica, geralmente associada a motores


elétricos, costuma-se utilizar as seguintes unidades:

cavalo-vapor (cv) = 736 W


horse-power (hp) = 745,7 W

O rendimento (N) é a relação entre as potências de saída (Ps) e de


entrada (Pe) de um circuito ou equipamento, isto é:

N= Ps/Pe
Grandezas Elétricas Básicas
Resistência elétrica

O fluxo de carga através de qualquer material encontra a oposição


de uma força semelhante, em muitos aspectos, ao atrito
mecânico. Essa oposição, resultante das colisões entre elétrons e
entre elétrons e átomos do material, que converte energia elétrica
em energia térmica, é denominada resistência do material.

A unidade de medida da resistência é o ohm, cujo símbolo é


a letra grega maiúscula ômega (Ω). O símbolo usado em
diagramas de circuitos para representar a resistência aparece
na Figura 1, juntamente com a abreviatura para esta mesma
grandeza (R).
Grandezas Elétricas Básicas
Leis Básicas da Eletricidade
Condutância
Capacidade(Facilidade) que o condutor tem de conduzir corrente
elétrica (inverso da resistência), expressa em Siemens(S).

Varistores
Resistores (não lineares) cuja resistência decresceproporcionalmente a
tensão aplicada a seus terminais.
Leis Básicas da Eletricidade
Lei de Ohm
Uma analogia para um circuito elétrico simples é um sistema constituído
de uma mangueira com água conectada a uma válvula de ressão. A
ausência de pressão resulta em um sistema sem movimentação de água.
Da mesma forma, a ausência de uma tensão em um circuito elétrico não
fará circular nenhuma corrente. A corrente é uma reação à tensão
aplicada, portanto quanto maior a tensão aplicada num mesmo circuito,
resultará em uma corrente maior. O fator que relaciona a tensão e a
corrente em um circuito é a resistência. Em uma equação fica:
Leis Básicas da Eletricidade
Lei de Ohm

Na Figura 1, a tensão pressiona a corrente em um sentido


tal que ela atravessa a bateria do terminal negativo para o
positivo. Isto sempre acontece em um circuito com fonte única.
O símbolo usado para designar a tensão da bateria é a letra
maiúscula E, enquanto a queda de energia potencial sobre o
resistor é simbolizada por V. A polaridade da queda de tensão
sobre o resistor é determinada pela polaridade da fonte porque
os dois terminais da bateria são conectados diretamente aos
terminais do resistor.
Leis Básicas da Eletricidade
Lei de Ohm – Exemplo numérico
Leis Básicas da Eletricidade
Circuitos em série:

Um circuito consiste de um número qualquer de elementos unidos por


seus terminais, estabelecendo pelo menos um caminho fechado através
do qual a carga possa fluir. O circuito visto na Figura 1 possui três
elementos, conectados em três pontos (a, b e c), de modo a constituir um
caminho fechado para a corrente I.
Leis Básicas da Eletricidade
Circuitos em série:

Fórmulas:
Leis Básicas da Eletricidade
Circuitos em série (Exemplo numérico):
Leis Básicas da Eletricidade
Fontes de tensão em série:

As fontes de tensão podem ser conectada sem série, como mostra a


Figura 4, par aumentar ou diminuir a tensão total aplicada a um sistema.
A tensão resultante é determinada omando-se as tensões das fontes de
mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridade oposta. A polaridade
resultante é aquela para a qual a soma é maior.
Leis Básicas da Eletricidade
Divisores de tensão:

A tensão entre os terminais dos elementos resistivos dividi-se na mesma


proporção que os valores de resistência.
Leis Básicas da Eletricidade
Divisores de tensão (Exemplo numérico):
Leis Básicas da Eletricidade
Circuitos em paralelo:
Leis Básicas da Eletricidade
Circuitos em paralelo (Exemplo numérico):
Leis Básicas da Eletricidade
Fonte de Corrente:
Circuitos em CA/CC
Circuitos em Corrente Contínua

Corrente contínua, corrente direta, corrente galvânica ou ainda


corrente constante (CC ou DC do inglês direct current) é o fluxo
ordenado de elétrons sempre numa direção. Esse tipo de corrente é
gerado por baterias de automóveis ou de motos (6, 12 ou 24V), pequenas
baterias (geralmente de 9V), pilhas (1,2V e 1,5V), dínamos, células
solares e fontes de alimentação de várias tecnologias, que retificam a
corrente alternada para produzir corrente contínua. Normalmente é
utilizada para alimentar aparelhos eletrônicos (entre 1,2V e 24V) e os
circuitos digitais de equipamento de informática (computadores, modems,
hubs, etc.).
Este tipo de circuito possui um polo negativo e outro positivo (é
polarizado), cuja intensidade é mantida. Mais corretamente, a intensidade
cresce no início até um ponto máximo, mantendo-se contínua, ou seja,
sem se alterar. Quando desligada, diminui até zero e extingue-se.
Circuitos em CA/CC
Circuitos em Corrente Alternada

A corrente alterna ou corrente alternada (CA ou AC - do inglês


alternating current), é uma corrente elétrica cujo sentido varia no tempo,
ao contrário da corrente contínua cujo sentido permanece constante ao
longo do tempo. A forma de onda usual em um circuito de potência CA é
senoidal por ser a forma de transmissão de energia mais eficiente.
Entretanto, em certas aplicações, diferentes formas de ondas são
utilizadas, tais como triangular ou ondas quadradas. Enquanto a fonte de
corrente contínua é constituída pelos pólos positivo e negativo, a de
corrente alternada é composta por fases (e, muitas vezes, pelo fio
neutro).
Circuitos em CA/CC
Circuitos em Corrente Alternada/Contínua
Instrumentos de medição de
Grandezas Elétricas
Amperímetro:

Um amperímetro funciona baseado na indução magnética que a


passagem de corrente ocasiona sobre determinado sensor, denominado
galvanômetro.
Em amperímetros analógicos o galvanômetro pode ser implementado
como uma bobina sob a influência de um imã permanente. Deixando a
bobina livre para girar em torno de um eixo, pode-se determinar a
corrente que o atravessa, pela deflexão angular que ela sofre.Em
amperímetros digitais, o galvanômetro é um circuito eletrônico que
compara o valor de corrente medido com um valor de corrente pré-
determinado gerado pelo próprio aparelho.
Instrumentos de medição de
Grandezas Elétricas
Voltímetro:

A configuração básica de um voltímetro é mostrada na figura abaixo.


Sabendo-se a resistência equivalente desse circuito pode-se determinar
qual é o valor da queda de tensão no mesmo. Aqui o valor de RV é
quanto maior tanto maior for a tensão a ser medida.
Instrumentos de medição de
Grandezas Elétricas
Wattimetro:

O wattímetro nada mais é do que a combinação de um voltímetro e um


amperímetro. A corrente medida é multiplicada pela tensão também
medida e o resultado é a potência. O procedimento de medição de
potência é mostra na figura abaixo.
Potência Elétrica em CA
Circuito Trifásico:
Potência Elétrica em CA
Circuito Trifásico:
Potência Elétrica em CA
Circuito Trifásico:
Potência Elétrica em CA
Circuito Trifásico:
Potência Elétrica em CA
Circuito Trifásico:
Potência Elétrica em CA
Circuito Trifásico:
Potência Elétrica em CA
Exemplo numérico:
Noções de Eletromagnetismo
Campos Magnéticos:

Os elétrons giram em torno do núcleo dos átomos, mas também em


torno de sí mesmos (translação), isto é semelhante ao que ocorre com
os planetas e o sol. Há diversas camadas de elétrons, e em cada uma,
os elétrons se distribuem em orbitais, regiões onde executam a rotação,
distribuídos aos pares.
Ao rodarem em torno de sí, os elétrons da camada mais externa
produzem um campo magnético mínimo, mas dentro do orbital, o outro
elétron do par gira também, em sentido oposto, cancelando este campo,
na maioria dos materiais.
Porém nos materiais imantados (ferromagnéticos) há regiões, chamadas
domínios, onde alguns dos pares de elétrons giram no mesmo sentido, e
um campo magnético resultante da soma de todos os pares e domínios é
exercido em volta do material: são os imãs.
Noções de Eletromagnetismo
Campos Magnéticos:

O que é de fato um campo magnético ?

A palavra campo significa, na Física, uma tendência de influenciar corpos


ou partículas no espaço que rodeia uma fonte.
Ex.: O campo gravitacional, próximo à superfície de um planeta, que atrai
corpos, produzindo uma força proporcional à massa destes, o peso.
Assim, o campo magnético é a tendência de atrair partículas carregadas,
elétrons e prótons, e corpos metálicos magnetizáveis (materiais
ferromagnéticos, como o ferro, o cobalto, o níquel e ligas como o alnico).
O campo pode ser produzido pôr imãs e eletroimãs, que aproveitam o
efeito magnético da corrente elétrica.
Noções de Eletromagnetismo
Campos Magnéticos:

A corrente elétrica num condutor produz campo magnético em


torno dele, com intensidade proporcional à corrente e inversamente
à distância.
B = 4p10-7 I / r
Nesta equação, válida para um condutor muito longo, I é a corrente,
r a distância ao centro do condutor e B é a densidade de fluxo, ou
indução magnética, que representa o campo magnético. É medida
em Tesla, T.
Se enrolarmos um condutor, formando um indutor ou bobina, em
torno de uma forma, o campo magnético no interior deste será a
soma dos produzidos em cada espira, e tanto maior quanto mais
espiras e mais juntas estiverem
B = 4p10-7NI / L
L é o comprimento do enrolamento, e N o número de espiras, válida
para núcleo de ar.
Noções de Eletromagnetismo
Permeabilidade:

Os materiais se comportam de várias maneiras, sob campos


magnéticos.

• Os diamagnéticos, como o alumínio e o cobre, os repelem,


afastando as linhas de campo.
• Os paramagnéticos se comportam quase como o ar.
• Os ferromagnéticos concentram o campo, atuando como
condutores magnéticos.
• A permeabilidade é a propriedade dos materiais de permitir a
passagem do fluxo magnético, que é a quantidade de campo
que atravessa o material.
f = BA
• A é a área transversal ao campo do material, em m2 . O fluxo é
medido em Webers, Wb.
Noções de Eletromagnetismo
Permeabilidade:

Os materiais mais permeáveis são os ferromagnéticos. Eles tem


permeabilidades centenas a vários milhares de vezes a do ar, e são usados
como núcleos de indutores, transformadores, motores e geradores elétricos,
sempre concentrando o fluxo, possibilitando grandes campos (e
indutâncias).

Os diamagnéticos são usados como blindagem magnética (ou às ondas


eletromagnéticas), pela permeabilidade menor que a do ar, mo.

mo = 4p10-7 Tm/A
Noções de Eletromagnetismo
Indutância:

Vimos que os indutores produzem campo magnético ao conduzirem


correntes. A indutância é a relação entre o fluxo magnético e a
corrente que o produz. É medida em Henry, H.
L=f/I
Uma propriedade importante da indutância, e da qual deriva o nome,
é o fato do campo resultante da corrente induzir uma tensão no
indutor que se opõe à corrente, esta é chamada a Lei de Faraday.
E = N df / dt
N é o número de espiras do indutor, e df / dt é a velocidade de
variação do fluxo, que no caso de CA é proporcional à freqüência. E
é a tensão induzida, em V.
É interessante observar como isto se relaciona ao conceito de
reatância indutiva, a oposição à passagem de corrente pelo indutor.
XL = 2 pfL
L é a indutância, e f a freqüência da corrente, em Hz.
Noções de Eletromagnetismo
Indutância:

A corrente alternada produz no indutor um campo, induzindo uma


tensão proporcional à freqüência, que se opõe à corrente,
reduzindo-a, esta é a explicação da reatância.

As bobinas nos circuitos elétricos são chamadas indutores. Quando


usadas para produzir campos magnéticos, chamam-se eletroimãs
ou solenóides. Já dentro de máquinas elétricas (motores e
geradores), fala-se em enrolamentos.
Noções de Eletromagnetismo
Indutância:

Um campo magnético produz uma força sobre cargas elétricas em


movimento, que tende a fazê-las girar. Quando estas cargas
deslocam-se em um condutor, este sofre a ação de uma força
perpendicular ao plano que contém o condutor e o campo.
F = B I L senq
F é a força em Newtons, L o comprimento do condutor, em m, e q o
ângulo entre o condutor e as linhas do campo.

É esta força que permite a construção dos motores elétricos. Nestes


o ângulo é de 90o, para máximo rendimento, B é produzido pelos
enrolamentos, e há N espiras (nos casos em que o rotor, parte
rotativa central, é bobinado), somando-se as forças produzidas em
cada uma. O núcleo é de material ferromagnético, para que o campo
seja mais intenso, e envolve o rotor, com mínima folga, o entreferro,
formando um circuito magnético.
Noções de Eletromagnetismo
Indutor:
Um indutor é um dispositivo elétrico passivo que armazena energia na forma de
campo magnético, normalmente combinando o efeito de vários loops da corrente
elétrica.
O indutor pode ser utilizado em circuitos como um filtro passa baixa, rejeitando as
altas frequências.Também costumam ser chamados de bobina, choke ou reator.

Um indutor resiste somente a mudanças de corrente.Um indutor ideal


não oferece resistência para corrente contínua, exceto quando a corrente
é ligada e desligada, caso em que faz a mudança de modo mais gradual.
Porém, a maioria dos indutores do mundo real são construídos a partir
de materiais com resistência elétrica finita, que se opõe até mesmo à
corrente direta. Materiais supercondutores não oferecem resistência a
passagem de correntes elétricas contínuas, e suas aplicações implicam
propriedades distintas para os indutores feitos deste tipo de material.
Indutor

- Indutores em série:

- Indutores em paralelo:
Capacitor
Capacitância:

A propriedade que estes dispositivos têm de armazenar energia


elétrica sob a forma de um campo eletrostático é chamada de
capacitância ou capacidade (C) e é medida pelo quociente da
quantidade de carga (Q) armazenada pela diferença de potencial
ou tensão (V) que existe entre as placas.

Ligação paralelo: Ligação série:


Transformador

Um transformador ou trafo é um dispositivo destinado a


transmitir energia elétrica ou potência elétrica de um circuito
a outro, transformando tensões, correntes e ou de modificar
os valores das impedâncias elétricas de um circuito elétrico.
Inventado em 1831 por Michael Faraday, os transformadores
são dispositivos que funcionam através da indução de
corrente de acordo com os principios do eletromagnetismo,
ou seja, ele funciona baseado nos princípios
eletromagnéticos da Lei de Faraday-Neumann-Lenz e da Lei
de Lenz, onde se afirma que é possível criar uma corrente
elétrica em um circuito uma vez que esse seja submetido a
um campo magnético variável, e é por necessitar dessa
variação no fluxo magnético que os transformadores só
funcionam em corrente alternada.
Transformador

Um transformador é formado basicamente de:


Enrolamento - O enrolamento de um transformador é formado de
varias bobinas que em geral são feitas de cobre eletrolítico e
recebem uma camada de verniz sintético como isolante.
Núcleo - esse em geral é feito de um material ferro-magnético e o
responsável por transferir a corrente induzida no enrolamento
primário para o enrolamento secundário.
Esses dois componentes do transformador são conhecidos como
parte ativa, os demais componentes do transformador fazem parte
dos acessórios complementares.
No caso dos transformadores de dois enrolamentos, é comum se
denominá-los como enrolamento primário e secundário, existem
transformadores de três enrolamentos sendo que o terceiro é
chamado de terciário. Há também os transformadores que possuem
apenas um enrolamento, ou seja, o enrolamento primário possui um
conexão com o enrolamento secundário, de modo que não há
isolação entre eles, esses transformadores são chamados de
autotransformadores.
Transformador

O transformador é baseado em dois princípios: o primeiro,


descrito via lei de Biot-Savart, afirma que corrente elétrica
produz campo magnético (eletromagnetismo); o segundo,
descrito via lei da indução de Faraday, implica que um campo
magnético variável no interior de uma bobina ou enrolamento
de fio induz uma tensão elétrica nas extremidades desse
enrolamento (indução eletromagnética). A tensão induzida é
diretamente proporcional à taxa temporal de variação do
fluxo magnético no circuito. A alteração na corrente presente
na bobina do circuito primário altera o fluxo magnético nesse
circuito e também na bobina do circuito secundário, esta
última montada de forma a encontrar-se sob influência direta
do campo magnético gerado no circuito primário. A mudança
no fluxo magnético na bobina secundária induz uma tensão
elétrica na bonina secundária.
Transformador

Um transformador ideal é apresentado na figura adjacente. A


corrente passando através da bobina do circuito primário cria um
campo magnético. A bobina primária e secundária são ambas
enroladas sobre um núcleo de material magnético de elevada de
permeabilidade magnética, a exemplo um núcleo de ferro, de modo
que a maior parte do fluxo magnético passa através de ambas as
bobinas. Se um dispositivo elétrico é conectado ao enrolamento
secundário, uma vez provido que a corrente e a tensão aplicadas ao
circuito primário tenham os sentidos indicados, a corrente e a
tensão elétricas no dispositivo (usualmente denominado por
"carga" do circuito) terão também sentidos definidos, como os
indicados na figura. Na prática os transformadores operam com
tensões e correntes alternadas, de forma que as marcações na
figura representam a rigor, as relações de fase entre os sinais no
circuito primário e secundário visto que as tensões e correntes
estão constantemente alternando seus sentidos a fim de prover um
fluxo magnético variável.
Transformador
Eletrônica de Potência
Diodo Semicondutor:
Diodo semicondutor é um dispositivo ou componente
eletrônico composto de cristal semicondutor de silício ou
germânio numa película cristalina cujas faces opostas são
dopadas por diferentes gases durante sua formação.
É o tipo mais simples de componente eletrônico
semicondutor, usado como retificador de corrente elétrica.
Possui uma queda de tensão de, aproximadamente, 0,3 V
(germânio) e 0,7 V (silício).
Eletrônica de Potência
Diodo Semicondutor:

O diodo é um componente elétrico que permite que a


corrente atravesse-o num sentido com muito mais facilidade
do que no outro. O tipo mais comum de diodo é o diodo
semicondutor, no entanto, existem outras tecnologias de
diodo. Diodos semicondutores são simbolizados em
diagramas esquemáticos como na figura abaixo. O termo
"diodo" é habitualmente reservado a dispositivos para sinais
baixos, com correntes iguais ou menores a 1A.

Quando colocado em um simples circuito bateria-lâmpada, o


diodo permite ou impede corrente através da lâmpada,
dependendo da polaridade da tensão aplicada, como nas
duas figuras abaixo.
Eletrônica de Potência
Retificador de meia onda:
Eletrônica de Potência
Retificador com transformador com
derivação central “Center-Tape”:
Eletrônica de Potência

Retificador de onda completa:

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