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COMANDO DA AERONÁUTICA
INFANTARIA DA AERONÁUTICA
MCA 125-3
CONTROLE DE DISTÚRBIOS
2020
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
COMANDO DE PREPARO
INFANTARIA DA AERONÁUTICA
MCA 125-3
CONTROLE DE DISTÚRBIOS
2020
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
COMANDO DE PREPARO
Art. 1º Aprovar a reedição do MCA 125-3 "Controle de Distúrbios", que com esta baixa.
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 65
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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 CONCEITUAÇÃO
1.2.3 DISTÚRBIOS
1.2.4 TURBA
1.3 ÂMBITO
informações processadas pelos órgãos competentes são vitais para a tomada de decisões pelo
comandante da operação.
É claro que a técnica e tática a serem adotadas dependerão de diversos fatores.
Contudo, tendo em vista os objetivos estabelecidos para o emprego da Tropa de Choque,
algumas etapas podem ser relacionadas em uma ordem de prioridade, em atenção ao uso
progressivo da força e meios.
A ordem de prioridade aqui apresentada é puramente didática e pode ser
alterada para fazer face aos distintos fatores que influenciam no perfil de cada situação. Cabe
ao comandante da fração empregada avaliar sua adequação ao cenário vigente.
O recolhimento de provas deve ser realizado por equipes fora do quadro tático
e, de preferência, efetuado por indivíduos em trajes civis, de forma discreta.
Os jatos d’água lançados por meio de veículo dotado de canhão d’água podem
ser empregados para movimentar e até dispersar a multidão. Tinta inerte e não reativa
fisiologicamente poderá ser misturada à água, marcando manifestantes para posterior
identificação e aumentando o efeito psicológico.
2.3.1.1 Aglomeração
2.3.1.2 Multidão
2.3.1.3 Turba
É aquela que procura fugir na tentativa de garantir sua segurança pela fuga. Os
seus integrantes podem perder o senso de razão, sendo induzidos à destruição. O pânico
pode se originar de boatos, calamidades, incêndios e explosões.
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2.4.1 MANIFESTAÇÃO
2.4.2 TUMULTO
2.4.3 REVOLUÇÃO
2.5.1 SUBVERSÃO
2.5.2 DISTÚRBIOS
2.6.2 ECONÔMICAS
Os distúrbios de origem econômica provêm de desnível entre classes sociais,
desequilíbrio econômico entre regiões, divergências entre empregados e empregadores ou
resultam de condições sociais de extrema privação ou pobreza, as quais poderão induzir o
povo à violência para obter utilidades necessárias à satisfação das suas necessidades
essenciais.
2.6.3 POLÍTICAS
2.7.1 NÚMERO
2.7.2 SUGESTÃO
2.7.3 CONTÁGIO
2.7.4 ANONIMATO
2.7.5 NOVIDADE
2.7.7 IMITAÇÃO
2.8.1 IMPROPÉRIOS
Cenário Características
Cenário Características
posse − diante da possibilidade de barricadas, é importante estudar os itinerários
alternativos;
− a atuação da tropa deve iniciar nas primeiras horas da manhã;
− grande possibilidade de presença de mulheres, idosos e crianças; e
− difícil atuação de agentes de inteligência.
Cenário Características
Função Posto/Grad
Escudeiro Soldado
3.2.4 ESCUDEIROS
3.2.5 GRANADEIROS
3.2.6 LANÇADORES
3.2.7 ATIRADOR
3.2.9 RADIOPERADOR
fogo executados pelos manifestantes. Deve possuir peso que facilite seu transporte pelo
integrante da tropa e viseira frontal que forneça proteção balística similar à fornecida pelo
corpo do escudo, a qual facilitará a observação pelo usuário. A proteção balística necessária
é de, no mínimo, nível II.
3.3.3 PERNEIRA
A perneira visa fornecer proteção dos joelhos até os pés dos integrantes da
tropa contra objetos rasteiros que possam vir a ser lançados pelos manifestantes. Deve
prover boa mobilidade ao usuário e permitir seu deslocamento no terreno.
3.3.4 COTOVELEIRA
3.3.5 CAPACETE
3.3.8 CASSETETE
3.3.9 LUVA
Aos materiais básicos podem ser acrescidos outros acessórios, tais como
megafone, binóculos, estoque suplementar de munição, filmadora, outros equipamentos de
proteção individual, ou outros, de acordo com as características da operação.
Segurança de Retaguarda
Comandantes de Seção
Comandante de ElCD
Adjunto do ElCD
Homem Extintor
Radioperador
EQUIPAMENTO
Granadeiros
Escudeiros
Atiradores
Escudo Antitumulto X
Escudo Balístico X
Perneiras (par) X X X X X X X X X
Cotoveleiras (par) X X X X X X X X X
Capacete Balístico X X X X X X X X X
Colete Balístico X X X X X X X X X
Cassetete X X X X
Balaclava antichamas X X X X X X X X X
Luvas (par) X X X X X X X X X
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Tabela 4 – Formações
FORMAÇÕES
- Em linha
- Em cunha
OFENSIVAS
- Escalão à direita
- Escalão à esquerda
- Guarda alta
- Guarda alta emassada
DINÂMICAS
- Escudos ao alto
DEFENSIVAS - Escudos acima
- Guarda baixa
ESTÁTICAS
- Guarda baixa emassada
Formação básica adotada para facilitar a tomada das demais posições. Estando
o elemento na formação Coluna por três, ao comando de “Em coluna por dois, marche
marche” a 1ª Seção se dividirá, deslocando-se os números pares para a direita e os ímpares
para a esquerda, infiltrando-se nas 2ª e 3ª Seções respectivamente, seguindo a ordem
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3.5.2.1 Em linha
É a formação mais utilizada. Serve para fazer recuar a massa ou para dirigi-la
através de uma área descoberta ou, ainda, para fazê-la desocupar determinado local. Pode,
também, ser empregada para conter a massa ou para bloquear o seu acesso a determinado
local. Nesta formação, os integrantes devem ficar com o pé direito à retaguarda do pé
esquerdo, aumentando o seu equilíbrio.
3.5.2.2 Em cunha
extremidades permanecerão de pé, por trás de cada um dos demais, mantendo seus escudos
encaixados nos de baixo.
Embora este dispositivo promova maior proteção à tropa, impede totalmente
sua mobilidade, devendo ser empregado por curtos períodos, como por exemplo, no socorro
de militares feridos durante a ação.
Os comandos para as formações podem ser dados de duas formas: por voz ou
por gestos.
4.1.1.1 Exemplo 1
- Advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito:
- Posição: “10 metros à frente,”
- Frente: “frente à esquerda,”
- Formação: “em linha.”
- Execução: “Marche, marche!”
4.1.1.2 Exemplo 2
- Advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito:
- Posição: “05 passos em frente.”
- Execução: “Marche, marche!”
4.1.1.3 Exemplo 3
- Advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito:
- Posição: “05 metros à direita,”
- Frente: “frente à direita,”
- Formação: “guarda baixa emassada!”
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4.1.1.4 Exemplo 4
- Advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito:
- Posição: “10 metros à frente,”
- Frente: “frente à direita,”
- Formação: “guarda baixa emassada!”
- Execução: “Marche, marche!”
4.2 DESLOCAMENTOS
- Advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito: “XX passos em frente!”
- Execução: “Marche!”
- Advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito/execução: “Em... frente!”
- Nova advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito: “Alto!”.
- Advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito: “Para a carga de cassetete... Posição!”
- Execução: “Carga!”
- Advertência: “Elemento!”
- Comando propriamente dito: “Para a carga, posição!”
- Execução: “A cinco metros, carga!”
Na sequência, a tropa inicia seu deslocamento em direção à multidão,
avançando a distância estabelecida pelo Comandante, sem perder a formação inicial.
Caso o Comandante opte por não especificar a distância a avançar ou qualquer
referência no terreno que possa delimitar o deslocamento da tropa, deverá se por à retaguarda
do Escudeiro 01 e acompanhá-lo durante a carga, fazendo-o parar no local que julgue
necessário, obrigando todo Elemento a cessar o deslocamento.
O sinal é caracterizado pela extensão do braço direito para cima, com a mão
espalmada para frente, indicando a posição do elemento.
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Estender o braço direito para o lado e para baixo, e o braço esquerdo para o
lado e para cima, de forma que formem um ângulo de 45˚ com a horizontal. As palmas de
ambas as mãos devem estar voltadas para baixo.
Estender o braço esquerdo para o lado e para baixo, e o braço direito para o
lado e para cima, de forma que forme um angulo de 45˚ com a horizontal. As palmas de
ambas as mãos devem estar voltadas para baixo.
Estender o braço direito a 45º com o corpo com a mão espalmada e paralela ao
solo, movimentar da esquerda para a direita e vice versa.
5.1 COMPOSIÇÃO
Os comandos para as formações podem ser dados por meio da voz ou por
gestos, podendo ambos serem utilizados de forma isolada ou conjunta.
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Bater a palma da mão esquerda com o punho cerrado da mão direita, acima da
cabeça.
Bater as pontas de três dedos da mão direita na palma da mão esquerda, sobre a
cabeça.
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Partindo do comando de Apoio lateral (Figura 37), girar os braços para baixo,
adotando posição inclinada na meia altura lateral do corpo, com palmas das mãos voltadas
para baixo.
Mesmo quando a Tropa de Choque está atuando em conjunto com outra tropa,
a ação específica de controle de distúrbios ficará a cargo da autoridade de maior patente
daquela tropa (choque).
As formações defensivas somente devem ser adotadas pelo tempo necessário à
imediata proteção, socorro, etc.
No caso de ataque por arma de fogo, a formação que mais rápido dará uma
proteção à Tropa de Choque é a guarda baixa, tendo em vista a redução da silhueta e a
proteção dada pelos escudos balísticos.
Quando as atuações forem em área rural, deve-se atentar para vias de acesso,
possibilidade de emboscadas, disposição do terreno, tipo de solo, tipo de mata e presença de
animais, entre outros.
6.3.1 INDIVISIBILIDADE
Se não for observado este princípio, haverá contato físico entre as partes, que
em grande parte dos casos é desnecessário e dificulta a dispersão da turba. Experiências
anteriores mostram que o contato próximo entre a Tropa de Choque e o oponente pode
resultar em enfrentamento pessoal, com severos riscos à integridade física de todos os
envolvidos e depredação do patrimônio.
6.3.9 SURPRESA
Sua importância é tão grande que tal assunto pauta toda a ação de uma Tropa
de Choque e norteia toda a sua doutrina de emprego de forma proporcional, coerente e
profissional.
condutores deverão ter sua atenção redobrada, a fim de manter o controle sobre os cães sem
perder o acompanhamento das ordens emitidas pelo Comandante da tropa.
Para o emprego de agentes químicos deve-se observar seus efeitos sobre os
cães, que não estarão usando qualquer proteção. O gás lacrimogêneo é bem tolerado pelos
cães, podendo ser utilizado sem afetar seu comportamento. Por outro lado, o agente pimenta
traz grande agitação e desconforto ao cão, tornando-o rebelde e violento, a ponto de
comprometer a ação da tropa de choque com possibilidade, inclusive, de ataques aos seus
integrantes e/ou aos seus próprios condutores.
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7 DISPOSIÇÕES FINAIS
7.1 Os casos não previstos neste Manual deverão ser submetidos à apreciação do
Comandante de Preparo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Defesa. Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Glossário das
Forças Armadas: MD35-G-01, 5ª ed. [Brasília]; 2015.