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COMANDO DA AERONÁUTICA
SEGURANÇA OPERACIONAL
MCA 81-3
2022
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
SEGURANÇA OPERACIONAL
MCA 81-3
2022
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
SUMÁRIO
12 PROTOCOLOS DE VSO................................................................................................ 49
13 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE – FNC ............................................................... 50
14 RELATÓRIO DE VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL ........................ 52
15 PLANO DE AÇÃO CORRETIVA – PAC ..................................................................... 53
16 FICHA DE CRÍTICA (FC) ............................................................................................. 56
17 REGISTRO DAS VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL....................... 57
18 CAPACITAÇÃO PARA O PESSOAL RESPONSÁVEL PELA VSO SMS-ACT E
VSO SMS-DSP ....................................................................................................................... 58
19 ATRIBUIÇÕES................................................................................................................ 62
19.1 ASEGCEA ...................................................................................................................... 62
19.2 VISTORIADOR.............................................................................................................. 62
19.3 CHEFE DE EQUIPE DE VSO ....................................................................................... 63
19.4 ORGANIZAÇÃO VISTORIADA .................................................................................. 63
20 DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................. 65
20.1 SUPERVISÃO ................................................................................................................ 65
20.2 CASOS NÃO PREVISTOS ............................................................................................ 65
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 66
Anexo A - Formulário de Comunicação de Vistoria de Segurança Operacional . 67
Anexo B - Modelo de Ficha de Não Conformidade (FNC) ..................................... 68
Anexo C - Modelo de Relatório de Vistoria de Segurança Operacional................ 70
Anexo D - Modelo de Ficha de Ação Corretiva (FAC) ............................................ 73
Anexo E - Exemplo de Protocolo de Maturidade do SMS ...................................... 75
Anexo F - Exemplo de Protocolo de Perfil de Risco ................................................ 76
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PREFÁCIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
O presente Manual tem por finalidade estabelecer a regulamentação e os
procedimentos relativos aos processos de Vistorias de Segurança Operacional realizados
pela ASEGCEA.
1.2 ÂMBITO
Este Manual, de observância obrigatória, aplica-se a todas as Organizações e
Entidades Provedoras dos Serviços de Navegação Aérea integrantes do SISCEAB, e
respectivos PSNA, que possuam órgão ATS sob sua subordinação.
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2 ABREVIATURAS E CONCEITUAÇÕES
2.1 ABREVIATURAS
ARD - Ação Recomendada.
ASEGCEA - Assessoria de Segurança Operacional no Controle do Espaço Aéreo.
ASOCEA - Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo.
ASSIPACEA - Assessoria de Investigação e Prevenção de Acidentes/Incidentes do
Controle do Espaço Aéreo.
ATC - Controle de Tráfego Aéreo (Air Traffic Control).
ATS - Serviço de Tráfego Aéreo (Air Traffic Service).
COMAER - Comando da Aeronáutica.
CENIPA - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
DGCEA - Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
DGRSO - Documento de Gerenciamento do Risco à Segurança Operacional.
DNB - Dependência da NAV Brasil.
DOU - Diário Oficial da União.
EPSNA - Entidade Provedora de Serviços de Navegação Aérea.
EPTA - Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego
Aéreo.
FAC - Ficha de Ação Corretiva.
FC - Ficha de Crítica.
FNC - Ficha de Não Conformidade.
GSOp - Gerente de Segurança Operacional.
ICAO - Organização da Aviação Civil Internacional (International Civil
Aviation Organization).
IDSO - Indicador de Desempenho da Segurança Operacional.
JJAER - Junta de Julgamento da Aeronáutica.
MDSO - Meta de Desempenho da Segurança Operacional.
MGSO - Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional.
NADSO - Nível Aceitável de Desempenho da Segurança Operacional.
OPSNA - Organização Provedora de Serviços de Navegação Aérea.
PAC - Plano de Ações Corretivas.
PAEAT - Programa de Atividades de Ensino e Atualização Técnica.
PFH - Pesquisa de Fator Humano.
PFO - Pesquisa de Fatores Operacionais.
PSNA - Provedor de Serviços de Navegação Aérea.
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2.2 CONCEITUAÇÕES
2.2.1 ACEITAÇÃO DO SMS
Ato administrativo por meio do qual o Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA) certifica que o Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
(SMS) de uma Organização ou Entidade Provedora dos Serviços de Navegação Aérea está
implementado.
2.2.3 CONTRAPARTES
Profissionais, pertencentes ao efetivo da organização vistoriada, designados
por esta para representar tecnicamente a área de segurança operacional e responder aos
questionamentos dos Vistoriadores do Subsistema de Segurança Operacional do SISCEAB
(SEGCEA).
2.2.14 INDICADORES
São instrumentos de gestão que utilizam dados estatísticos, obtidos de
maneira padronizada e regular, que permitem medir o desempenho de determinado
processo, bem como o alcance da meta a ele associada. Além de sinalizar oportunamente
possíveis desvios, os Indicadores possuem um caráter preventivo, já que permitem antever
a probabilidade de determinado evento vir a ocorrer.
NOTA: As MDSO devem ser estabelecidas de forma a contribuir para a consecução dos
objetivos de segurança operacional definidos pelo Estado e ou pelo PSNA.
NOTA 1: Por convenção, no Brasil, os Serviços de Navegação Aérea são parte integrante
do “Controle do Espaço Aéreo”, abrangendo as áreas de Tráfego Aéreo (ATS),
de Informações Aeronáuticas (AIS); de Comunicações, Navegação e
Vigilância (CNS); de Meteorologia Aeronáutica (MET), de Cartografia
Aeronáutica (CTG) e de Busca e Salvamento (SAR).
NOTA 2: Essas organizações podem ser de natureza pública civil ou militar e ainda de
natureza privada.
3.1 INTRODUÇÃO
3.1.1 Em atendimento às normas e aos métodos recomendados e respectivos processos
associados estabelecidos pela ICAO por meio do Anexo 19 e DOC 9859, o DECEA
estabeleceu a regulamentação para que as organizações que possuem órgão ATS
implementem um SMS para o gerenciamento da segurança operacional na provisão dos
Serviços de Tráfego Aéreo, em conformidade com o que estabelece a ICA 81-2 e demais
normas pertinentes do SEGCEA.
3.1.4 A Vistoria de Segurança Operacional do SMS, basicamente, tem por objetivo avaliar
a eficácia geral do SMS dos PSNA, podendo ter uma abordagem tanto prescritiva quanto
baseada no desempenho do SMS. A abordagem prescritiva busca avaliar o grau de
conformidade com os requisitos do SMS, enquanto a abordagem baseada no desempenho
busca avaliar, além da conformidade, o grau de maturidade, o nível de efetividade do SMS
(vide subitem 5.4 ), bem com o Perfil de Risco do PSNA (vide subitem 5.5 ).
3.2.2 Esse monitoramento poderá ser feito por meio das ferramentas automatizadas de
supervisão, como os Indicadores e Metas de Desempenho da Segurança Operacional (vide
ICA 81-2 e SIGCEA), os protocolos e processos para avaliação do Nível de Maturidade do
SMS (vide subitem 5.2 ), bem como do Perfil de Risco dos PSNA (vide subitem 5.5 .
3.3.1 Com o objetivo de monitoramento contínuo, as VSO podem ser aplicadas com as
seguintes finalidades:
3.3.3 As Vistorias de Desempenho do SMS podem ser aplicadas para avaliar o Nível de
Maturidade, Efetividade do SMS ou para avaliar o Perfil de Risco do PSNA.
3.3.5 O Perfil de Risco do PSNA deverá ser mensurado conforme os requisitos e critérios
constantes no subitem 5.5 .
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4.1 GENERALIDADES
Os princípios dos processos de VSO obedecerão aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
4.1.1 LEGALIDADE
O princípio da legalidade deve orientar as ações das VSO com base nas
publicações de Segurança Operacional do SISCEAB. Dessa forma, para se caracterizar
uma dada situação como uma não conformidade, necessariamente, deve-se indicar com
clareza o dispositivo normativo de Segurança Operacional do SISCEAB que está sendo
descumprido. Analogamente, deve-se buscar amparo formal ao se atribuir a uma
determinada organização, pública ou privada, a responsabilidade pela solução de uma dada
não conformidade identificada na VSO. Com isso, ainda que a equipe reúna profissionais
com elevada competência técnica acerca das áreas avaliadas, não é suficiente a
manifestação da expertise desses técnicos, devendo todas as afirmações e atribuições de
responsabilidade estarem associadas a documentos oficiais que as ampare.
4.1.2 IMPESSOALIDADE
4.1.3 MORALIDADE
4.1.4 PUBLICIDADE
4.1.5 EFICIÊNCIA
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4.2.1 OPORTUNIDADE
4.2.2 RAZOABILIDADE
4.3.2 Pelo princípio da legalidade, o Vistoriador deve amparar suas avaliações e exigências
unicamente nas publicações de Segurança Operacional do SISCEAB atualizadas, que
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4.3.3 O Vistoriador deverá conhecer e ser capaz de interpretar cada requisito regulamentar
a ser avaliado em uma determinada organização, pública ou privada, bem como a
responsabilidade pela solução de uma eventual não conformidade identificada na VSO.
4.3.4 Ainda que a equipe de Vistoriadores reúna profissionais com elevada competência
técnica sobre Segurança Operacional, a manifestação de tal conhecimento e experiência
não devem ser suficientes, fazendo-se fundamental basear qualquer afirmação ou
atribuição de responsabilidade em documentos oficiais e atualizados.
4.3.10 Quanto ao princípio da moralidade, o Vistoriador deve ter em mente que não é
suficiente, apenas, o cumprimento da missão de Vistoria, mas que isso aconteça em prol do
interesse público, conforme os padrões éticos de lealdade em relação à instituição que
representa e aos anseios da sociedade.
5.1.7 O SMS fornece uma base e as ferramentas para que os PSNA cumpram os requisitos
relativos ao desempenho, mas isso não garante que todo PSNA que possui SMS
automaticamente alcance o desempenho esperado. Por exemplo, um PSNA pode ser capaz
de demonstrar que tem um processo implementado que atende à normatização (por
exemplo: que ele estabeleceu processos para reportar as ocorrências de tráfego aéreo), mas
pode não ser capaz de demonstrar que esses processos produzem o resultado esperado (por
exemplo: que esses reportes são processados eficazmente quanto à avaliação e ao controle
dos riscos, consequentes dos perigos reportados).
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5.1.9 Assim, para verificação do nível de aderência às normas do DECEA (Figura 1), bem
como para verificar o nível de desempenho (Figura 2), a avaliação do PSNA deve levar em
conta o nível de criticidade dos serviços prestados pelo PSNA, sua complexidade e o seu
contexto operacional, e deve considerar a aplicação de protocolos, tanto com abordagem
prescritiva quanto com abordagem baseada no desempenho do seu SMS.
5.3.4 Cada aspecto do SMS deve ser avaliado para determinar se está Presente,
Adequado, Operacional ou Efetivo, usando as definições e orientações apresentadas na
Tabela 1.
NÍVEL DE
DEFINIÇÕES
MATURIDADE (NM)
5.3.5 O processo de monitoramento contínuo deve garantir que o sistema será reavaliado
de forma continuada em seus 4 aspectos – “Presente”, “Adequado”, “Operacional” e
“Efetivo”. Assim, será possível a mensuração do SMS quanto a sua maturidade ao longo
do tempo.
5.3.9 Cada uma das perguntas apresenta uma orientação (“Como e o que avaliar”) ao
Vistoriador para a análise de cada questão. Essa orientação tem como objetivo guiar o
Vistoriador na análise de cada requisito e não se destina a ser uma lista de verificação.
Algumas orientações podem não ser relevantes dependendo da dimensão e complexidade
da organização.
5.3.10 Caso algum dos campos não seja considerado satisfatório, deve ser configurada uma
recomendação de VSO que requer a adequação por parte da organização. Esses itens
podem configurar também uma Não Conformidade caso estejam em desacordo com as
referências normativas. Nesse caso, serão gerados as FNC e respectivo PAC a ser atendido
pela organização conforme o processo estabelecido no Capítulo 15 .
5.3.12 O nível de maturidade de cada PSNA será definido em função da VSO SMS-DSP
realizado no respectivo PSNA.
5.3.13 A VSO SMS-DSP para avaliar a maturidade do SMS deve utilizar o Protocolo de
Nível de Maturidade constante no módulo Vistoria do SIGCEA ou no sistema
informatizado de vistoria do DECEA.
5.3.14 O cálculo do Nível de Maturidade do SMS do PSNA deverá ser realizado conforme
metodologia de cálculo constante no SIGCEA ou no sistema informatizado de vistoria do
DECEA.
5.3.15 A avaliação do Nível de Maturidade pode ser aplicada tanto aos PSNA Locais
quanto às EPSNA e às OPSNA.
5.4.3 A avaliação do Nível de Efetividade pode ser aplicada tanto aos PSNA Locais quanto
às EPSNA e às OPSNA.
5.4.5 Da mesma forma a ASEGCEA deverá, utilizando esses mesmos sistemas para ter
acesso aos Self-Assessments realizados pelos PSNA, proceder às avaliações dos Níveis de
Efetividade e compará-las com as avaliações feitas pelos PSNA. Tais procedimentos fazem
parte das funções de monitoramento contínuo e supervisão do desempenho da segurança
operacional do SISCEAB.
5.5.2 O Perfil de Risco do PSNA pode ser calculado utilizando-se o protocolo de Perfil de
Risco (vide exemplo no Anexo F) e aplicando-se a metodologia de cálculo constante no
SIGCEA ou no sistema informatizado de vistorias do DECEA. O Perfil de Risco é
calculado em função dos Fatores de Risco que deverá considerar a análise dos seguintes
processos de segurança operacional:
a) Registro, coleta e processamento das ocorrências de tráfego aéreo;
b) Avaliação dos IDSO e MDSO;
c) Gerenciamento dos riscos (identificação de perigos, avaliação, mitigação
e controle dos riscos à segurança operacional);
d) Processamento dos reportes voluntários (RELPREV, RCSV e RVF);
e) Cumprimento das RS do CENIPA, das RSO (RICEA) e das ARD
(Parecer Técnico ATS);
f) Cumprimento do PAC (ASEGCEA e/ou ASOCEA);
g) Cumprimento das medidas mitigadoras oriundas de PFH; e
h) Realização das PFO e cumprimento das medidas mitigadoras.
NOTA: Os processos de segurança operacional listados acima não constituem uma relação
exaustiva e podem ser revisados em função dos riscos percebidos e das
especificidades de cada PSNA.
5.5.3 Os parâmetros e fatores de risco relacionados no subitem 5.5.2 também poderão ser
utilizados para identificar a necessidade da realização de VSO baseadas nos Fatores de
Risco, o que possibilita a avaliação de áreas específicas de segurança operacional de
determinado PSNA, com vistas à identificação e captura de condições latentes, bem como
o estabelecimento de ações corretivas e/ou preventivas de segurança operacional.
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6 PROCESSO DE VSO
6.1.1 PROGRAMAÇÃO
6.1.2.2 As VSO Regulares são aquelas em que todas as fases da vistoria, conforme
definidas no subitem Erro! Fonte de referência não encontrada.são realizadas por uma
Equipe de VSO, de forma presencial, no local do PSNA vistoriado.
6.1.2.3 As VSO Sistêmicas são aquelas realizadas por uma Equipe de VSO, a distância, de
forma não presencial, por meio das ferramentas do SIGCEA ou outros sistemas
informatizados acreditados pela ASEGCEA. Na Vistoria Sistêmica, os levantamentos de
dados e informações sobre a organização, constantes da 1ª Fase da vistoria, são realizados
por técnicos da própria organização vistoriada. Esses técnicos deverão fornecer os dados e
informações solicitados pelo Chefe da Equipe de VSO. A omissão de informações
relevantes ou a prestação de informações incorretas ou inexatas ensejam a
responsabilização do Executivo Responsável (ER) e do Gerente de Segurança Operacional
(GSOp) da organização vistoriada.
6.1.3 FINALIDADE
6.1.3.2 As VSO SMS-ACT são as VSO realizadas pela ASEGCEA para verificar se o
vistoriado apresenta evidências objetivas da implementação e operação dos componentes e
elementos do seu SMS, com a finalidade de concluir o seu processo de aceitação pelo
DECEA.
6.1.3.3 As VSO SMS-DSP são aquelas realizadas nos PSNA que já tenham o SMS aceito
pelo DECEA, por meio da VSO SMS-ACT, e tem os seguintes objetivos:
6.2.3 Para efeito de VSO SMS-ACT e VSO SMS-DSP, as OPSNA e EPSNA e respectivos
PSNA receberão abordagens diferentes de acordo com a dimensão e a complexidade dos
serviços prestados pelos seus PSNA (vide ICA 81-2 “Gerenciamento da Segurança
Operacional do SISCEAB”). A diferenciação dessas abordagens far-se-á por meio da
aplicação de protocolos específicos, disponibilizados na página web do DECEA e/ou por
meio de sistema informatizado para a realização das VSO.
6.2.5 Serão consideradas organizações não complexas as Entidades que não atendam aos
critérios relacionados nas alíneas “a” e “b”, do subitem 6.2.4 .
6.3.2 Como parte integrante das ações de monitoramento contínuo, as VSO deverão
ocorrer, sempre que possível, com a periodicidade máxima, conforme indicado na Tabela
3:
Regular ou
Demais EPSNA Complexas 3 (três) anos
Sistêmica
Regular ou
EPSNA Não Complexas 4 (quatro) anos
Sistêmica
7.1.2 O planejamento das VSO a serem realizadas no ano deve considerar, dentre outros
aspectos, o Perfil de Risco dos PSNA (vide subitem 5.5 ) e o Nível de Maturidade
alcançado pelo PSNA (vide subitem 5.2 ), priorizando a áreas específicas que, devido ao
desempenho observado por meio das ferramentas e processos de monitoramento contínuo
do SMS, necessitam de maior atenção e supervisão.
7.2.2 A equipe designada para realizar VSO nas SIPACEA deverá ser composta,
preferencialmente, de Vistoriadores pertencentes ao efetivo da ASEGCEA, incluindo pelo
menos 1 (um) profissional de Psicologia – FH.
7.2.3 O Vistoriador e sua organização devem envidar esforços para cumprir o Programa
Anual de Vistorias de Segurança Operacional, devendo, cada Vistoriador, participar
preferencialmente, de uma VSO por ano.
7.2.4 Somente os Vistoriadores que participaram do Treinamento Padronizado específico
sobre VSO realizado pela ASEGCEA poderão compor uma Equipe de VSO.
7.2.5 O Vistoriador não poderá compor a Equipe de VSO designada para avaliar a
organização da qual o mesmo é integrante do seu efetivo. Os Vistoriadores do efetivo das
Organizações Regionais não deverão ser escalados para realizar vistoria nos PSNA
subordinados a sua organização.
7.2.6 Todos os Vistoriadores deverão manter seus dados atualizados junto à ASEGCEA
para inclusão no sistema informatizado de vistoria do DECEA.
NOTA 1: Os dados dos Vistoriadores que devem ser mantidos atualizados são os
seguintes: nome completo e posto ou graduação, número(s) de telefone(s) para
contato, endereço(s) eletrônico(s) e Organização Militar à qual estiver
subordinado.
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7.2.7 Toda Equipe de VSO será chefiada pelo Vistoriador mais antigo, preferencialmente
um Oficial.
7.2.9 A área de atuação a ser vistoriada deverá ser definida pela ASEGCEA, para cada
Vistoriador, em função da sua formação profissional, especialização e capacitação por
curso ao longo de sua carreira. A vistoria na área de Fatores Humanos, por exemplo,
somente deverá ser realizada por profissionais de Psicologia com capacitação específica
em SMS.
7.2.11 Ao tomar conhecimento de sua cogitação para compor uma Equipe de VSO, o
Vistoriador deverá estar atento ao conflito de interesses que dispõe o subitem 7.2.5 ,
comunicando à ASEGCEA o seu eventual impedimento para participar da VSO de um
determinado PSNA.
7.2.15 No caso de ausência de algum Vistoriador durante a fase da vistoria local, o Chefe
de Equipe da VSO deverá substituí-lo.
7.2.16 Se durante a fase de vistoria local o Chefe de Equipe de VSO ficar indisponível, o
Vistoriador, hierarquicamente mais antigo, acumulará a função de Chefe de Equipe.
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8.1.3 Uma reunião de coordenação inicial deverá sempre ser realizada com a presença de
todos os membros da equipe, antes do início da fase de vistoria local.
8.1.4 O Chefe da Equipe de VSO deverá coordenar com todos os membros da equipe o
local, a hora e a duração dessa reunião.
8.1.7 O Chefe de Equipe de VSO deverá abordar, no mínimo, os seguintes tópicos durante
a reunião de coordenação inicial:
8.1.8 Preferencialmente, a reunião de coordenação inicial deverá ser realizada em local que
permita à equipe discutir os assuntos relativos à VSO, sem a possibilidade de
comprometimento do sigilo dos assuntos tratados.
8.1.10 O Chefe da Equipe de VSO deverá solicitar que os documentos citados nas alíneas
“a” e “b” do subitem 8.1.9 sejam preenchidos e inseridos no sistema informatizado de
VSO do DECEA pela organização a ser vistoriada, caso ela não o tenha feito ainda
anteriormente, preferencialmente, logo após o envio dos dados da VSO, visando
possibilitar uma adequada preparação e planejamento, por cada Vistoriador, das entrevistas
e atividades da fase de vistoria local de sua área de atuação. Do mesmo modo, os
Vistoriadores devem acessar o sistema informatizado de VSO do DECEA para
conhecimento dos documentos citados na alínea “c” do parágrafo anterior.
8.1.13 Restando 10 (dez) dias para o início da vistoria local, o acesso será bloqueado para a
organização vistoriada e permanecerá disponível para a Equipe de VSO, que deverá
analisar previamente as respostas, evidências e demais materiais inseridos pela organização
vistoriada.
8.1.14 Essa preparação deverá ser feita por meio da resposta a cada pergunta dos
protocolos aplicáveis à organização, mediante o preenchimento da coluna
“Resposta/Comentários”, na qual devem ser inseridas as referências a todos os documentos
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8.1.15 As dúvidas quando à preparação para as VSO podem ser dirimidas com a
ASEGCEA, com o Elo SEGCEA alocado na organização regional de sua jurisdição ou
com o Chefe de Equipe da VSO.
8.2.6 Nesse caso, as FNC deverão ser confeccionadas utilizando-se um editor de texto e
impressas em 2 (duas) vias para o colhimento das devidas assinaturas ainda durante o
período da fase de vistoria local.
8.2.7 Assim que for restabelecido o sistema, o Chefe da Equipe de VSO, no prazo de até
10 (dez) dias, deverá providenciar a transcrição dos Protocolos de VSO e FNC, bem como
a inserção das evidências objetivas e demais materiais relacionados com a VSO no sistema
informatizado de VSO do DECEA.
8.2.9 A reunião de coordenação final visa garantir uma harmonização dos julgamentos e
dos resultados, devendo conter, no mínimo, os seguintes tópicos:
8.2.10 A coleta das assinaturas das contrapartes das organizações vistoriadas deverá ser
realizada após a reunião de coordenação final da Equipe de VSO, quando deverão ser
definidos os prazos de correção para cada FNC.
8.2.11 A reunião de encerramento da VSO, a ser conduzida pelo Chefe de Equipe, deverá
conter, no mínimo, o seguinte conteúdo:
8.3.2 De posse das FNC, a organização vistoriada elaborará seu PAC e deverá proceder em
conformidade com o Capítulo 15
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9.1.2 A designação de profissionais para a realização dos levantamentos com base nos
Protocolos de VSO aplicáveis é da responsabilidade da organização vistoriada. Os nomes
dos profissionais designados devem ser informados ao Chefe da Equipe de VSO.
9.1.3 Eventuais dúvidas da organização vistoriada sobre a interpretação das questões dos
Protocolos deverão ser sanadas com o Chefe da Equipe de VSO antes do período
estabelecido para os levantamentos no local.
9.2.2 Os Protocolos de VSO devem ser preenchidos com relatos claros e pertinentes,
incluídas as referências a documentos e evidências aplicáveis, especialmente, nas
perguntas com repostas não satisfatórias, para subsidiar a elaboração das FNC.
9.2.4 De posse dos protocolos preenchidos, o Vistoriador confeccionará as FNC por meio
do sistema informatizado de VSO do DECEA, imprimindo-as em 2 (duas) vias originais,
encaminhando uma destas à organização vistoriada, para a elaboração do PAC.
9.2.7 O Chefe da Equipe de VSO deverá preparar o Relatório de VSO, utilizando o sistema
informatizado de VSO, imprimi-lo para assinatura e envio à ASEGCEA em até 15 (quinze)
dias corridos, a contar da data em que receber os Protocolos de VSO, devidamente
preenchidos pela organização vistoriada, com as FNC em anexo, se houver.
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9.3.2 A ASEGCEA, por meio da Seção de Garantia, avaliará o PAC, elaborado pela
organização vistoriada, com vistas a:
9.3.6 Caso ocorra o citado no subitem 9.3.5 , a FAC objeto do pleito de prorrogação de
prazo permanecerá compondo o PAC.
10.1.2 Assim, exceto pela abrangência da vistoria, as atividades da fase de pré-vistoria são
as mesmas de uma vistoria regular.
10.2.3 Para as ações corretivas que ainda não estão com seus prazos vencidos, os
Vistoriadores deverão verificar e registrar no Protocolo se as medidas mitigadoras, se
houver, surtiram os efeitos desejados e se há indícios de que as ações corretivas serão
concluídas no prazo estabelecido.
10.2.4 Os Vistoriadores deverão verificar as ações corretivas que estão com os seus prazos
vencidos e que não eliminaram as não conformidades. Nesses casos, os Vistoriadores
deverão verificar se as medidas mitigadoras, se houver, surtiram os efeitos desejados.
10.2.5 As não conformidades ainda não eliminadas e com os prazos das ações corretivas
vencidos caracterizam o descumprimento das normas do DECEA e, portanto, serão
passíveis de aplicação das sanções administrativas de ofício emitidas pelo DECEA e/ou
pela JJAER, em conformidade com as disposições normativas daquela Junta.
10.3.2 As não conformidades ainda não eliminadas e com os prazos das ações corretivas
vencidos resultarão, após análise, na elaboração de notificações à organização vistoriada,
por parte do Chefe da ASEGCEA.
10.3.3 As justificativas ou as novas ações corretivas não aceitas pela ASEGCEA, bem
como as notificações não respondidas serão passíveis de aplicação de sansões, em
conformidade com o subitem 10.2.5 .
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11.3 A análise do faltante (gap analysis) visa determinar quais são os componentes e
elementos do SMS que estão atualmente funcionando e quais componentes e elementos se
deve agregar ou modificar para atender aos requisitos de implementação, ou seja, consiste
na comparação entre os requisitos do SMS e os recursos existentes no provedor de
serviços.
11.4 Para que o SMS das OPSNA/EPSNA seja aceito, a ASEGCEA estabeleceu um
processo para assessorar o Diretor-Geral do DECEA na aceitação do SMS das
organizações que necessitam adequar seu SMS à estrutura normativa. Nesse caso, o
processo é realizado por meio de avaliação do SMS nas OPSNA e EPSNA e nos PSNA
Locais com o objetivo de avaliar a estrutura, o planejamento e a execução das atividades de
segurança em seus respectivos SMS.
11.5 Como parte do processo citado no subitem 11.1 , são realizadas Vistorias de
Segurança Operacional para Aceitação do SMS (VSO SMS-ACT), aplicando-se protocolos
padronizados de SMS na Organização/Entidade Provedora dos Serviços de Navegação
Aérea e nos PSNA subordinados conforme as normas, considerando a complexidade e a
dimensão da organização e cumprindo os requisitos mínimos necessários à implementação
do sistema.
11.6 Para o dimensionamento da estrutura e dos recursos definidos para dar suporte ao
SMS, o DECEA distingue organizações complexas e não complexas, de acordo com o
subitem 6.2.4 , aplicando protocolos específicos para cada uma delas.
11.7.2 Todo o processo estará vinculado ao Número Único do Processo (NUP) gerado pelo
protocolo no recebimento do MGSO, que será utilizado como registro para rastreamento de
toda documentação produzida, sendo referenciado na Portaria de Aceitação na conclusão
do processo.
11.7.3 O MGSO será analisado pela ASEGCEA, em até 45 (quarenta e cinco) dias corridos
após o recebimento do mesmo. Serão analisados os requisitos mínimos exigidos na ICA
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11.7.8 Nas OPSNA e EPSNA consideradas complexas, é necessário que a VSO SMS-ACT
ocorra na sede e em, no mínimo, mais dois PSNA Locais subordinados, enquanto nas
OPSNA e EPSNA não complexas a vistoria ocorrerá na sede e em, pelo menos, 1 (um)
PSNA Local. Em ambos os casos, o objetivo é de identificar se a OPSNA ou EPSNA
estabelece e controla o seu SMS, de acordo com os requisitos mínimos normativos do
DECEA e se, nos seus PSNA subordinados, há a execução e controle das atividades do
SMS, conforme estabelecido nos respectivos MGSO.
11.7.9 Para a VSO SMS-ACT serão reservados, pelo menos, 4 (quatro) dias para as
OPSNA ou EPSNA complexas e 3 (três) dias para as não complexas, podendo o período
ser ajustado devido a circunstâncias extraordinárias ou a critério do Chefe da ASEGCEA.
11.7.10 Para as VSO SMS-ACT a Equipe de VSO deverá ser composta por, pelo menos, 1
(um) Vistoriador pertencente ao efetivo da ASEGCEA.
11.9.2 Esta fase se inicia com a reunião de abertura, em que o Chefe da Equipe de VSO
apresenta ao responsável pela organização vistoriada e a todas as contrapartes que estarão
envolvidas e demais profissionais de interesse do PSNA as atividades da fase de vistoria
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local, revisando o processo de vistoria para aceitação do SMS, bem como, no mínimo, os
itens descritos no subitem 8.2.1 .
11.9.7 O Chefe da Equipe de VSO orientará sobre a confecção das Fichas de Ações
Corretivas no sistema informatizado para realização de VSO do DECEA, alertando que a
organização só irá enviar as referidas fichas assinadas ao DECEA depois que a ASEGCEA
tiver validado, por meio do sistema, a proposta de correção da organização.
11.10.1.3 Cabe ao Chefe de Equipe da VSO SMS-ACT enviar o Relatório de VSO para
validação da ASEGCEA e aprovação do DGCEA.
11.10.3.3 Quando não houver Plano de Ação Corretiva a ser atendido, o Relatório de VSO
SMS-ACT concluirá pela Aceitação do SMS. Sendo assim, a ASEGCEA enviará um ofício
para a OPSNA ou EPSNA a fim de informá-los sobre a conclusão do processo de
Aceitação do SMS por meio da remessa de cópia da publicação no DOU que contiver a
Portaria de Aceitação do SMS.
11.10.3.4 Quando houver Plano de Ação Corretiva a ser cumprido, a Aceitação do SMS da
organização, observada a exceção prevista na nota do subitem 11.10.3.2 , somente será
formalizada pelo DECEA após a organização ter apresentado e implementado todas as
ações constantes no PAC.
12 PROTOCOLOS DE VSO
12.2 Os protocolos a serem utilizados nas VSO serão dos constantes no SIGCEA ou no
sistema automatizado de vistoria do DECEA.
12.3 Os Protocolos de VSO são ferramentas de uso obrigatório nas VSO e são
fundamentais para a aplicação do princípio da impessoalidade, assegurando a igualdade
das avaliações, mediante a padronização dos questionamentos a serem feitos pelos
Vistoriadores durante as vistorias.
12.6 Não é esperado, na fase de vistoria local, que o Vistoriador realize questionamentos à
contraparte da organização vistoriada, seguindo, exclusivamente, as perguntas do
Protocolo de VSO. Na busca por evidências, o Vistoriador deve realizar tantos
questionamentos quanto julgue necessários, até cobrir o objetivo pretendido pela pergunta
que está sendo aplicada.
12.7 Apesar da VSO ser limitada em tempo, o Vistoriador deve cobrir todo o conteúdo do
Protocolo de VSO. Eventuais requisitos não abrangidos pelo protocolo deverão ser objeto
de observação na Fichas de Críticas (FC) do Vistoriador, como sugestões para a futura
inclusão.
12.10 Para conceder maior flexibilidade para atualizações, os Protocolos de VSO não
foram incluídos no presente Manual e serão disponibilizados pela ASEGCEA, com
indicação da versão vigente e a data de sua entrada em vigor.
12.11 O Protocolo de VSO consiste em uma tabela com colunas que deve ser preenchido
por meio do sistema informatizado para realização de VSO do DECEA.
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13.1 Com base nos Protocolos de VSO e na coleta de evidências durante a fase de vistoria
local, deverão ser preenchidas as correspondentes Fichas de Não conformidade (FNC),
conforme modelo do Anexo D, caso necessário.
13.2 Uma FNC deve ser preenchida em 2 (duas) vias originais, para cada pergunta do
protocolo que implique uma recomendação corretiva e, quando aplicável, medida
mitigadora. Uma via será entregue à organização vistoriada, na reunião de encerramento da
vistoria e a outra comporá o relatório de vistoria.
13.3 A FNC deve ser assinada pelo Vistoriador que a elaborou e pela contraparte da
organização vistoriada que acompanhou os levantamentos do Vistoriador.
13.4 Nas Vistorias Sistêmicas, as FNC serão assinadas apenas pelos Vistoriadores. Nas
Vistorias Regulares, a responsabilidade pelo conteúdo das FNC será do Vistoriador e serão
baseadas nas evidências apresentadas pelas organizações vistoriadas.
13.5 A recomendação que deve constar de cada FNC é a providência que deverá ser
adotada pela organização vistoriada, com o objetivo de eliminar a não conformidade
relatada.
13.10 A ASEGCEA poderá cancelar uma não conformidade após a análise de um pedido
de reconsideração confeccionado pela organização vistoriada.
13.12 Dessa forma, o descumprimento dos prazos definidos nas FNC quanto à
implementação das ações corretivas será apurado pela ASEGCEA, durante o
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14.3 O Chefe da Equipe de VSO é o responsável por coordenar as atividades dos demais
membros da equipe e da organização vistoriada, com vistas à confecção do Relatório de
VSO.
15.1 O Plano de Ações Corretivas deve ser elaborado pela organização vistoriada após
submeter-se a uma VSO. Tem por objetivo apresentar ao DECEA o seu planejamento para
corrigir as não conformidades observadas pela Equipe de Vistoria e registradas nas Fichas
de Não Conformidades (FNC). O PAC consiste na juntada das Fichas de Ação Corretiva
(FAC).
15.3 De posse das FNC, a organização vistoriada elaborará seu PAC, utilizando o sistema
informatizado para realização de VSO do DECEA, em um prazo máximo de 15 (quinze)
dias corridos, a contar da data da reunião de encerramento da fase de vistoria local.
15.5 A organização só irá enviar as FAC assinadas ao DECEA em arquivo físico depois
que a ASEGCEA tiver validado, por meio do sistema, a proposta de correção da
organização.
15.6 Quando o PAC não contemplar todas as FNC, ou quando os prazos para a
implementação de cada ação não forem compatíveis com o grau de impacto que a
deficiência gera para a segurança operacional, a ASEGCEA restituirá o Plano à
organização vistoriada, visando à adequação em um prazo máximo de 15 (quinze) dias
corridos, a contar do momento em que tomar conhecimento das discrepâncias. Entretanto,
a contagem dos prazos estabelecidos nas FNC, para a conclusão das ações corretivas, serão
os mesmos definidos a partir da data da reunião de encerramento da fase de vistoria local.
Compete exclusivamente à organização vistoriada adotar as medidas cabíveis para corrigir
as discrepâncias do seu PAC.
15.14 A prorrogação de prazo, do qual trata o subitem 15.11 , poderá ser solicitada apenas
uma vez pela organização vistoriada, desde que a faça até o último dia do prazo
estabelecido na FNC pela Equipe de VSO para a correção da não conformidade.
15.18 A responsabilidade pela eficácia das medidas constantes do PAC para a mitigação ou
correção das não conformidades identificadas na VSO e o cumprimento do cronograma
estabelecido recai unicamente sobre a organização vistoriada, devendo a mesma assumir as
consequências decorrentes de eventuais dispêndios de recursos com medidas que não
cumpram a finalidade de eliminar ou mitigar as deficiências apontadas na fase de vistoria
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local.
15.21 O Relatório de Aceitação do SMS poderá ser elaborado por Oficial da ASEGCEA
por meio de Errata, se identificadas necessidades de correções com relação às informações
disponíveis do processo de vistoria, com o intuito de conferir maior celeridade ao processo.
Esse Relatório não poderá mudar o resultado do apontamento das condições observadas
indicadas pela equipe de vistoria, exceto se for identificado flagrante descumprimento às
normas e/ou aos procedimentos estabelecidos pelo DECEA.
15.22 A ASEGCEA deverá manter um banco de dados das não conformidades, mantendo
um controle sobre cada uma das deficiências e correspondentes ações corretivas, bem
como acompanhar as implementações por parte da organização vistoriada.
15.26 Uma não conformidade poderá ser eliminada, após a análise da ASEGCEA, se
houver mudança na regulamentação que deu causa a ela, não havendo mais
correspondência quando do momento da sua aplicação. A eliminação dar-se-á mediante
registro no sistema informatizado de VSO do DECEA, após a aceitação das ações
corretivas implementadas pela organização vistoriada.
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16.3 Todos os membros da Equipe de VSO deverão preencher as Fichas de Críticas (FC)
por meio do sistema informatizado para realização de VSO do DECEA. Caso não consiga
por meio do sistema, deverá preencher fisicamente. O Chefe da Equipe de VSO será o
responsável por coletar as fichas e encaminhá-las, juntamente com o Relatório de VSO, à
ASEGCEA.
16.4 Por meio das Fichas de Críticas (FC), tanto o Vistoriador quanto a organização
vistoriada podem relatar, com a pertinente fundamentação, as carências porventura
existentes na regulação nacional de segurança operacional.
16.6 Com base no processo decisório da análise das Fichas de Críticas (FC) e com vistas
ao aperfeiçoamento do processo de VSO, a ASEGCEA poderá:
a) atualizar as legislações do processo de VSO;
b) implementar ações de orientações aos Chefes de Equipe e Vistoriadores;
c) promover treinamento recorrente e capacitação aos Chefes de Equipe e
Vistoriadores; e
d) promover melhoria na qualidade do processo de VSO.
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17.1 Registros produzidos nas VSO, incluindo o Relatório de VSO, deverão ser arquivados
na ASEGCEA, pelo prazo de 10 (dez) anos.
17.4 Todas as organizações que atuam no processo de VSO deverão seguir as orientações
da ASEGCEA com respeito às participações e responsabilidades na inserção, manutenção
e atualização de dados nos registros das VSO.
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18.1 Com vistas a garantir que o pessoal responsável pela aceitação e monitoramento do
SMS dos PSNA desenvolva as competências necessárias, a ASEGCEA coordena e executa
as VSO SMS-ACT e VSO SMS-DSP nas Organizações e Entidades Provedoras do ANS,
de acordo com o que prescreve a ICA 81-2 “Gerenciamento da Segurança Operacional do
SISCEAB”, empregando um quadro de Vistoriadores de Segurança Operacional no
SISCEAB habilitados para esse fim.
18.3 Dentre as ações necessárias para o efetivo desempenho dessa atividade ressalta-se a
capacitação e o treinamento do Vistoriador. Os profissionais designados para compor as
equipes de VSO SMS-ACT, bem como para as de VSO SMS-DSP, devem atender aos
requisitos de capacitação de Vistoriadores para o SMS, constantes na ICA 81-2
“Gerenciamento da Segurança Operacional do SISCEAB”.
18.6 De uma forma geral, os conhecimentos requeridos para um Vistoriador incluem ter
familiaridade com, no mínimo, os seguintes aspectos:
a) Regulamentação do DECEA sobre Segurança Operacional;
b) Conhecimento básico de utilização de equipamentos de informática e
programas de computador contemporâneos; e
c) Sistema informatizado de VSO utilizado pelo DECEA.
18.11 A capacitação fornecida pela ASEGCEA tem como premissa que os profissionais
que atuarão diretamente nas áreas ou serviços, aplicando o protocolo de SMS, somente
serão selecionados se comprovarem experiência, conhecimentos e qualificações específicas
para atuar nos serviços para os quais serão destacados, cujos requisitos estão publicados na
ICA 81-2 “Gerenciamento da Segurança Operacional do SISCEAB”.
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18.19 Esses meios permitirão a troca de orientações, ferramentas e melhores práticas entre
os Vistoriadores de diferentes áreas, contribuindo para a harmonização do processo.
19 ATRIBUIÇÕES
19.1 ASEGCEA
19.1.1 Elaborar o Programa Anual de Vistorias de Segurança Operacional e submeter à
aprovação do DGCEA.
19.1.2 Designar as Equipes de Vistoriadores para a execução das VSO programadas e não
programadas.
NOTA: Para a realização de VSO SMS-DSP nas SIPACEA, a equipe de vistoria deverá
contar com profissional de Psicologia com o Curso ASE 002 (Fatores
Humanos, Aspectos Psicológicos no Controle do Espaço Aéreo).
19.1.4 Elaborar, anualmente, o Plano de Treinamento Específico para VSO a ser aplicado
aos Vistoriadores.
19.1.5 Manter atualizado o registro das VSO realizadas e do Plano de Ações Corretivas
(PAC).
19.2 VISTORIADOR
19.2.1 Executar VSO nos OPSNA, EPSNA e respectivos PSNA.
19.2.3 Executar as tarefas que lhes forem atribuídas pelo Chefe de Equipe de VSO na
elaboração do Relatório de VSO e na avaliação do PAC.
19.3.4 Planejar e realizar as reuniões de coordenação inicial e final com a equipe de VSO,
bem como as reuniões de abertura e de encerramento da VSO, com os responsáveis pela
organização vistoriada.
19.3.6 Atuar junto aos membros da Equipe de VSO e à organização vistoriada dirimindo
eventuais dúvidas que surjam no decorrer do processo, bem como eliminando os conflitos
entre os Vistoriadores e suas Contrapartes, que possam comprometer os objetivos da VSO.
19.4.2 Designar pelo menos um técnico de seu efetivo em cada área a ser avaliada pela
Equipe de Vistoriadores para atuar como Contraparte, respondendo aos questionamentos
dos Vistoriadores, em nome da organização.
19.4.5 Cumprir o planejamento da vistoria no local, de acordo com o que for apresentado
pelo Chefe da Equipe de VSO, providenciando a presença de pessoal com delegação
suficiente para responder em nome da organização, em todos os eventos planejados.
19.4.10 Apresentar suas críticas sobre o processo de inspeção à ASEGCEA, por meio do
preenchimento da FC.
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20 DISPOSIÇÕES FINAIS
20.1 SUPERVISÃO
A supervisão do cumprimento deste Manual é de competência do Diretor-
Geral do DECEA, por intermédio da Assessoria de Segurança Operacional no Controle do
Espaço Aéreo (ASEGCEA).
REFERÊNCIAS
NOME/POSTO OU GRADUAÇÃO/ESPECIALIDADE
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DATA - Data contendo dois dígitos para o dia, dois dígitos para o mês e quatro dígitos
para o ano (dd/mm/aaaa).
RELATÓRIO DE VISTORIA
DE SEGURANÇA OPERACIONAL
Nº /ASEGCEA/20XX
ORGANIZAÇÃO VISTORIADA
/ /
EQUIPE DE VISTORIA
ENDEREÇO
TEL.
FUNCIONAL FAX E-MAIL
( ) ( )
I – FINALIDADE
II – DESENVOLVIMENTO DA VISTORIA
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IV – COMENTÁRIOS FINAIS
<nome>
Chefe da Equipe de Vistoria
Ciente: Ciente:
_____________________ ______________________
<nome> <nome>
Chefe da ASEGCEA Diretor-Geral do DECEA
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PERGUNTA DO PROTOCOLO
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DATA - Data contendo dois dígitos para o dia, dois dígitos para o mês e quatro
dígitos para o ano (dd/mm/aaaa).
Tutorial: 1) O Fator de Risco (FR) de cada processo de segurança operacional é igual ao percentual de Fatores de Risco (FR) assinalados com “N” (não), dividido pelo total de Fatores de
Risco (FR) de cada processo. Se, para determinado PSNA o processo ou FR não for aplicável, o mesmo deve ser desconsiderado, o que diminuirá o total de fatores de risco
relativo ao respectivo processo; e
2) O cálculo do Fator de Risco (FR) do PSNA é a média aritmética dos fatores de risco relativos a cada processo de segurança operacional.