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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

SEGURANÇA OPERACIONAL

MCA 81-3

MANUAL DE VISTORIA DE SEGURANÇA


OPERACIONAL DO SISCEAB

2022
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

SEGURANÇA OPERACIONAL

MCA 81-3

MANUAL DE VISTORIA DE SEGURANÇA


OPERACIONAL DO SISCEAB

2022
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

PORTARIA DECEA No 589/ASEGN, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2022.


Protocolo COMAER nº 67600.024095/2022-82

Aprova a edição do MCA 81-3, “Manual


de Vistoria de Segurança Operacional do
SISCEAB”.

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO


ESPAÇO AÉREO, de conformidade com o previsto no art. 21, inciso I, da Estrutura
Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo Decreto nº 11.237, de 18 de outubro
de 2022, e considerando o disposto no art. 10, inciso IV, do Regulamento do DECEA,
aprovado pela Portaria nº 2.030/GC3, de 22 de novembro de 2019, resolve:

Art. 1º Aprovar a edição do MCA 81-3 “Manual de Vistoria de Segurança


Operacional do SISCEAB”, que com esta baixa.
Art. 2º A entrada em vigor do presente ato, justificada em função da urgência,
conforme disposto no parágrafo único do art. 4º do Decreto nº 10.139, de 28 de novembro de
2019, será na data da sua publicação.
Art. 3º Revoga-se a Portaria DECEA nº 67/DGCEA, de 18 de abril de 2011,
publicada no Boletim do Comando da Aeronáutica nº 083, de 3 de maio de 2011, e a Portaria
DECEA nº 184/DGCEA, de 18 de novembro de 2013, publicada no Boletim do Comando da
Aeronáutica nº 230, de 2 de dezembro de 2013, que aprovaram, respectivamente, a edição e a
1ª modificação da ICA 63-28/2011 “Vistoria de Segurança Operacional do Sistema de
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro”.

Ten Brig Ar JOÃO TADEU FIORENTINI


Diretor-Geral do DECEA

(Publicado no BCA no 225, de 8 de dezembro de 2022)


MCA 81-3/2022

SUMÁRIO

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ..................................................................................... 9


1.1 FINALIDADE ..................................................................................................................... 9
1.2 ÂMBITO ............................................................................................................................. 9
2 ABREVIATURAS E CONCEITUAÇÕES ...................................................................... 10
2.1 ABREVIATURAS ............................................................................................................ 10
2.2 CONCEITUAÇÕES .......................................................................................................... 11
3 VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL .......................................................... 17
3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 17
3.2 O CONCEITO DE MONITORAMENTO CONTÍNUO .................................................. 17
3.3 APLICABILIDADE DAS VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL .............. 17
4 PRINCÍPIOS DA VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL ........................... 19
4.1 GENERALIDADES .......................................................................................................... 19
4.2 PRINCÍPIOS ADICIONAIS APLICÁVEIS À VSO ........................................................ 20
4.3 O USO DOS PRINCÍPIOS EM SUPORTE À DECISÃO ............................................... 20
5 CARACTERÍSTICAS DAS VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL........ 22
5.1 AVALIAÇÃO PRESCRITIVA E DE DESEMPENHO ................................................... 22
5.2 NÍVEL DE MATURIDADE DO SMS ............................................................................. 24
5.3 VISTORIA BASEADA NO DESEMPENHO DO SMS .................................................. 24
5.4 NÍVEL DE EFETIVIDADE DO SMS .............................................................................. 26
5.5 VISTORIA BASEADA NO PERFIL DE RISCO DO PSNA .......................................... 27
6 PROCESSO DE VSO ......................................................................................................... 30
6.1 CLASSIFICAÇÃO DA VSO ............................................................................................ 30
6.2 ORGANIZAÇÕES SUJEITAS À VSO ............................................................................ 31
6.3 PERIODICIDADE DAS VISTORIAS ............................................................................. 32
6.4 FASES DA VISTORIA ..................................................................................................... 32
7 PROGRAMA ANUAL DE VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL ......... 34
7.1 PLANEJAMENTO DO PROGRAMA ............................................................................. 34
7.2 CONTROLE E ESCALA DOS VISTORIADORES DE SEGURANÇA OPERACIONAL
...................................................................................................................................... 34
8 PROCEDIMENTOS DA VISTORIA REGULAR .......................................................... 36
8.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-VISTORIA ............................................................... 36
8.2 ATIVIDADES DA FASE DE VISTORIA LOCAL ......................................................... 38
8.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-VISTORIA ............................................................... 39
9 PROCEDIMENTOS DA VISTORIA SISTÊMICA ....................................................... 40
9.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-VISTORIA ............................................................... 40
9.2 ATIVIDADES DA FASE DE VISTORIA LOCAL ......................................................... 40
9.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-VISTORIA ............................................................... 41
10 PROCEDIMENTOS DA VISTORIA DE SEGUIMENTO .......................................... 42
10.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-VISTORIA ............................................................. 42
10.2 ATIVIDADES DA FASE DE VISTORIA LOCAL ....................................................... 42
10.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-VISTORIA ............................................................. 43
11 VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL PARA ACEITAÇÃO DO SMS
(VSO SMS-ACT) .................................................................................................................... 44
11.7 ATIVIDADES DA FASE DE PLANEJAMENTO DA VSO SMS-ACT ...................... 44
11.8 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-VISTORIA ............................................................. 45
11.9 ATIVIDADES DA FASE DE VISTORIA LOCAL ....................................................... 45
11.10 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-VISTORIA ........................................................... 46
11.11 CONTROLE DO PAC E CONCLUSÃO DO PROCESSO DE VSO SMS-ACT ........ 47
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12 PROTOCOLOS DE VSO................................................................................................ 49
13 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE – FNC ............................................................... 50
14 RELATÓRIO DE VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL ........................ 52
15 PLANO DE AÇÃO CORRETIVA – PAC ..................................................................... 53
16 FICHA DE CRÍTICA (FC) ............................................................................................. 56
17 REGISTRO DAS VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL....................... 57
18 CAPACITAÇÃO PARA O PESSOAL RESPONSÁVEL PELA VSO SMS-ACT E
VSO SMS-DSP ....................................................................................................................... 58
19 ATRIBUIÇÕES................................................................................................................ 62
19.1 ASEGCEA ...................................................................................................................... 62
19.2 VISTORIADOR.............................................................................................................. 62
19.3 CHEFE DE EQUIPE DE VSO ....................................................................................... 63
19.4 ORGANIZAÇÃO VISTORIADA .................................................................................. 63
20 DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................. 65
20.1 SUPERVISÃO ................................................................................................................ 65
20.2 CASOS NÃO PREVISTOS ............................................................................................ 65
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 66
Anexo A - Formulário de Comunicação de Vistoria de Segurança Operacional . 67
Anexo B - Modelo de Ficha de Não Conformidade (FNC) ..................................... 68
Anexo C - Modelo de Relatório de Vistoria de Segurança Operacional................ 70
Anexo D - Modelo de Ficha de Ação Corretiva (FAC) ............................................ 73
Anexo E - Exemplo de Protocolo de Maturidade do SMS ...................................... 75
Anexo F - Exemplo de Protocolo de Perfil de Risco ................................................ 76
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PREFÁCIO

Cada Estado-Membro da ICAO deve estabelecer e implementar um sistema


eficaz de supervisão de segurança operacional, a fim de abordar todas as áreas das atividades
da aviação.

O Programa Universal de Auditoria de Supervisão da Segurança da ICAO


(USOAP) tem o seu foco na capacidade de um estado manter a supervisão da segurança
Operacional, avaliando se o estado implementou os elementos críticos de um sistema de
supervisão de segurança de maneira eficaz e consistente. Isso permite que o Estado garanta a
implementação das normas e práticas recomendadas (SARP) da ICAO relacionadas à
segurança operacional. Além disso, fornece à ICAO um meio de monitorar continuamente o
cumprimento das obrigações de supervisão de segurança operacional pelos estados.

Como Estado signatário da ICAO – International Civil Aviation Organization


–, o Brasil tem como incumbência a Supervisão da Segurança Operacional das operações da
aviação civil no país. Nesse sentido, cabe ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo
(DECEA), no caso dos Provedores de Serviços de Navegação Aérea (PSNA), a
responsabilidade em garantir que todos esses provedores implementem e mantenham um
Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SMS) com todos os seus componentes
e elementos.

No permanente processo de convergência às normas internacionais, o qual


busca o máximo de conformidade com os SARP – Padrões e Práticas Recomendadas –
estabelecidos pela ICAO, este Manual contempla a Vistoria de Segurança Operacional com
uma abordagem de Monitoramento Contínuo do SMS, de modo a manter a supervisão do
desempenho da segurança operacional dos Provedores de Serviços de Navegação Aérea do
SISCEAB.

Os processos, ferramentas e procedimentos desenvolvidos neste Manual


constituem parte integrante das ferramentas de supervisão de segurança operacional do
DECEA e visam manter o monitoramento contínuo do atendimento e da manutenção dos
requisitos e critérios normativos. Para esse fim, este Manual do Comando da Aeronáutica
(MCA) apresenta os seguintes tópicos principais:

a) Vistoria de segurança operacional com uma abordagem de Monitoramento


Contínuo;
b) Conceito de Avaliação Prescritiva e avaliação baseada no Desempenho dos
PSNA;
c) Introdução do Conceito Nível de Maturidade e Nível de Efetividade;
d) Introdução da Vistoria baseada no Perfil de Risco do PSNA;
e) Novos critérios de periodicidade para a realização das Vistorias de Segurança
Operacional;
f) Critérios e procedimentos para aceitação do SMS; e
g) Critérios para suspensão e cancelamento da aceitação do SMS.
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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE
O presente Manual tem por finalidade estabelecer a regulamentação e os
procedimentos relativos aos processos de Vistorias de Segurança Operacional realizados
pela ASEGCEA.

1.2 ÂMBITO
Este Manual, de observância obrigatória, aplica-se a todas as Organizações e
Entidades Provedoras dos Serviços de Navegação Aérea integrantes do SISCEAB, e
respectivos PSNA, que possuam órgão ATS sob sua subordinação.
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2 ABREVIATURAS E CONCEITUAÇÕES

2.1 ABREVIATURAS
ARD - Ação Recomendada.
ASEGCEA - Assessoria de Segurança Operacional no Controle do Espaço Aéreo.
ASOCEA - Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo.
ASSIPACEA - Assessoria de Investigação e Prevenção de Acidentes/Incidentes do
Controle do Espaço Aéreo.
ATC - Controle de Tráfego Aéreo (Air Traffic Control).
ATS - Serviço de Tráfego Aéreo (Air Traffic Service).
COMAER - Comando da Aeronáutica.
CENIPA - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
DGCEA - Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
DGRSO - Documento de Gerenciamento do Risco à Segurança Operacional.
DNB - Dependência da NAV Brasil.
DOU - Diário Oficial da União.
EPSNA - Entidade Provedora de Serviços de Navegação Aérea.
EPTA - Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego
Aéreo.
FAC - Ficha de Ação Corretiva.
FC - Ficha de Crítica.
FNC - Ficha de Não Conformidade.
GSOp - Gerente de Segurança Operacional.
ICAO - Organização da Aviação Civil Internacional (International Civil
Aviation Organization).
IDSO - Indicador de Desempenho da Segurança Operacional.
JJAER - Junta de Julgamento da Aeronáutica.
MDSO - Meta de Desempenho da Segurança Operacional.
MGSO - Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional.
NADSO - Nível Aceitável de Desempenho da Segurança Operacional.
OPSNA - Organização Provedora de Serviços de Navegação Aérea.
PAC - Plano de Ações Corretivas.
PAEAT - Programa de Atividades de Ensino e Atualização Técnica.
PFH - Pesquisa de Fator Humano.
PFO - Pesquisa de Fatores Operacionais.
PSNA - Provedor de Serviços de Navegação Aérea.
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RCSV - Relato ao CENIPA para Segurança de Voo.


RELPREV - Relato de Prevenção.
RICEA - Relatório de Investigação do Controle do Espaço Aéreo.
RS - Recomendação de Segurança.
RVF - Reporte Voluntário de Fadiga.
SEGCEA - Subsistema de Segurança Operacional do SISCEAB.
SIGCEA - Sistema de Informações Gerenciais do SEGCEA.
SIPACEA - Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes/Incidentes do
Controle do Espaço Aéreo.
SISCEAB - Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
SMS - Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (Safety
Management System).
TPT - Treinamento no Posto de Trabalho.
VSO - Vistoria de Segurança Operacional.

2.2 CONCEITUAÇÕES
2.2.1 ACEITAÇÃO DO SMS
Ato administrativo por meio do qual o Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA) certifica que o Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
(SMS) de uma Organização ou Entidade Provedora dos Serviços de Navegação Aérea está
implementado.

2.2.2 CHEFE DE EQUIPE DE VSO


Vistoriador do SEGCEA designado como responsável pela condução da
VSO e pela tarefa de compilar e formatar o correspondente Relatório de VSO – Vistoria de
Segurança Operacional.

2.2.3 CONTRAPARTES
Profissionais, pertencentes ao efetivo da organização vistoriada, designados
por esta para representar tecnicamente a área de segurança operacional e responder aos
questionamentos dos Vistoriadores do Subsistema de Segurança Operacional do SISCEAB
(SEGCEA).

2.2.4 DEPENDÊNCIA DA NAV Brasil (DNB)


Filial da NAV Brasil com autonomia administrativa, responsável por prestar
os serviços delegados à empresa em determinada localidade.

2.2.5 DESEMPENHO DA SEGURANÇA OPERACIONAL


Resultados obtidos pelo Estado ou por um PSNA, conforme o desempenho
evidenciado pelos Indicadores de Desempenho da Segurança Operacional (IDSO), quanto
ao cumprimento das Metas de Desempenho da Segurança Operacional (MDSO)
estabelecidas para o período considerado.
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2.2.6 DOCUMENTO DE GERENCIAMENTO DO RISCO À SEGURANÇA OPERACI-


ONAL (DGRSO)
Documento que registra e formaliza uma Avaliação de Segurança
Operacional, aplicada para o Gerenciamento dos Riscos relativo a riscos correntes ou a
mudanças no ANS, cuja abrangência afete ou envolva a participação de organizações fora
da subordinação da OPSNA ou da EPSNA.

2.2.7 ENTIDADE PROVEDORA DE SERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA (EPSNA)


Organização responsável por uma ou mais Estações Prestadoras de Serviços
de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) ou Dependência da NAV Brasil (DNB),
provedoras dos serviços de navegação aérea do SISCEAB, de acordo com o respectivo ato
de autorização ou de designação.

2.2.8 ESTAÇÃO PRESTADORA DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES E DE


TRÁFEGO AÉREO (EPTA)
É uma Entidade Autorizada de serviço público pertencente a pessoa física
ou jurídica de direito público ou privado, dotada de pessoal, instalações, equipamentos,
sistemas e materiais suficientes para prestar serviços específicos conforme a sua categoria.

2.2.9 EXECUTIVO RESPONSÁVEL (ER)


Pessoa física, única e identificável, pertencente à Alta Direção da
organização, dotado de autoridade funcional que lhe confira autonomia para tomada de
decisões em nome da organização e controle dos recursos necessários à operação e
manutenção do SMS, além de responsável pela eficiência e eficácia do desempenho da
segurança operacional.

2.2.10 FICHA DE AÇÃO CORRETIVA (FAC)


Ficha elaborada pelo PSNA vistoriado, após submeter-se a uma VSO, que
se destina a corrigir uma não conformidade relativa à segurança operacional indicada pelo
Vistoriador.

2.2.11 FICHA DE CRÍTICA (FC)


Questionário padronizado para a coleta de informações e sugestões dos
Vistoriadores e das organizações vistoriadas, objetivando o aperfeiçoamento do processo
de VSO.

2.2.12 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE (FNC)


Ficha de modelo padronizado, na qual são registradas e descritas as Não
Conformidades encontradas na VSO, com suas respectivas recomendações.

2.2.13 FORMULÁRIO DE COMUNICAÇÃO DE VISTORIA DE SEGURANÇA OPE-


RACIONAL
Modelo padronizado no qual são descritos, para o vistoriado, os serviços ou
as áreas avaliadas, o período da vistoria e o nome do chefe de equipe, assim como dos
demais vistoriadores designados.
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2.2.14 INDICADORES
São instrumentos de gestão que utilizam dados estatísticos, obtidos de
maneira padronizada e regular, que permitem medir o desempenho de determinado
processo, bem como o alcance da meta a ele associada. Além de sinalizar oportunamente
possíveis desvios, os Indicadores possuem um caráter preventivo, já que permitem antever
a probabilidade de determinado evento vir a ocorrer.

2.2.15 INDICADOR DE DESEMPENHO DE SEGURANÇA OPERACIONAL (IDSO)


São parâmetros baseados em dados de segurança operacional utilizados para
monitorar e avaliar o desempenho de segurança operacional.

2.2.16 JUNTA DE JULGAMENTO DA AERONÁUTICA (JJAER)


Organização do Comando da Aeronáutica, prevista pelo Decreto nº 7.245,
de 28 de julho de 2010, que tem por finalidade apurar, julgar administrativamente e aplicar
as penalidades previstas na Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, e na legislação
complementar, por infrações de tráfego aéreo e descumprimento das normas que regulam o
Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

2.2.17 MANUAL DE GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA OPERACIONAL


(MGSO)
Documento que apresenta a abordagem de Segurança Operacional da
Organização ou Entidade Provedora de Serviços de Navegação Aérea a todos os seus
membros e demais envolvidos na sua operação. Deverá apresentar todos os componentes e
elementos do SMS.

2.2.18 META DE DESEMPENHO DE SEGURANÇA OPERACIONAL (MDSO)


É a meta planejada ou pretendida para o Estado ou para um PSNA,
relacionada a um indicador de desempenho de segurança operacional, estabelecida para um
período de tempo determinado.

NOTA: As MDSO devem ser estabelecidas de forma a contribuir para a consecução dos
objetivos de segurança operacional definidos pelo Estado e ou pelo PSNA.

2.2.19 NÃO CONFORMIDADE


Condição observada durante uma VSO, quando o Vistoriador, ao aplicar o
protocolo de vistoria pertinente, verifica o não atendimento às normas do DECEA.

2.2.20 NÍVEL ACEITÁVEL DE DESEMPENHO DA SEGURANÇA OPERACIONAL


(NADSO)
O NADSO é expresso por um conjunto de Indicadores de Desempenho da
Segurança Operacional (IDSO) e respectivas Metas de Desempenho da Segurança
Operacional (MDSO) e reflete o nível de desempenho do Estado ou do PSNA quanto ao
cumprimento das metas de segurança operacional estabelecidas.
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2.2.21 ORGANIZAÇÃO PROVEDORA DE SERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA


(OPSNA)
Designação genérica atribuída às Organizações Regionais do DECEA
responsáveis pelos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA), pelos Centros
Operacionais Integrados (COI) e pelo Centro de Operações (COP), provedores dos
serviços de navegação aérea prestados pelo SISCEAB.

2.2.22 ORGANIZAÇÃO VISTORIADA


Organização ou Entidade Provedora dos Serviços de Navegação Aérea ou
seus PSNA subordinados, submetidos à VSO, sob a coordenação da ASEGCEA.

2.2.23 PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS (PAC)


Plano elaborado pelo vistoriado, após submeter-se a uma VSO, que se
destina a corrigir as não conformidades relativas à segurança operacional observadas e
indicadas pela Equipe de VSO em seus Relatórios de VSO.

2.2.24 PROGRAMA ANUAL DE VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL


Planejamento elaborado pela ASEGCEA e aprovado pelo DGCEA, no qual
consta o cronograma para a realização das VSO previstas para serem realizadas no ano
seguinte ao em curso.

2.2.25 PROTOCOLOS DE VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL


Listas de verificação padronizadas de Segurança Operacional que orientam
os questionamentos do Vistoriador, na avaliação do cumprimento das normas de segurança
operacional do SISCEAB, e apresentam exemplos de evidências a serem coletadas para a
confirmação da efetiva implementação dessas normas.

2.2.26 PROVEDOR DE SERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA (PSNA)


Expressão genérica utilizada para caracterizar as organizações operacionais
responsáveis pela provisão dos Serviços de Navegação Aérea prestados pelo SISCEAB.

NOTA 1: Por convenção, no Brasil, os Serviços de Navegação Aérea são parte integrante
do “Controle do Espaço Aéreo”, abrangendo as áreas de Tráfego Aéreo (ATS),
de Informações Aeronáuticas (AIS); de Comunicações, Navegação e
Vigilância (CNS); de Meteorologia Aeronáutica (MET), de Cartografia
Aeronáutica (CTG) e de Busca e Salvamento (SAR).
NOTA 2: Essas organizações podem ser de natureza pública civil ou militar e ainda de
natureza privada.

NOTA 3: Esta conceituação não contempla os serviços prestados exclusivamente à


Circulação Operacional Militar (COM).

2.2.27 PSNA LOCAL


Organização operacional, normalmente situado na localidade do órgão ATS,
cuja estrutura organizacional possui os recursos humanos, operacionais, técnicos e ou
administrativos, necessários à operação e manutenção da prestação dos serviços atribuídos
ao PSNA.
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NOTA 1: O Responsável Local deve fazer parte do quadro de recursos humanos do


PSNA Local.
NOTA 2: Nos casos de R-TWR e R-AFIS, cujos serviços ATS são prestados
remotamente, o Responsável Local deve ser o profissional que faz parte do
Pessoal Chave, responsável pelo gerenciamento da segurança operacional na
prestação dos serviços atribuídos ao(s) PSNA.
NOTA 3: Os DTCEA, os COI, o COP, as DNB e as EPTA são exemplos de PSNA
Local.

2.2.28 RELATÓRIO DE VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL


Documento resultante do processo de VSO com as considerações do Chefe
da Equipe de VSO, incluindo a juntada das Fichas de Não Conformidades produzidas, se
aplicável.
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2.2.29 SUBSISTEMA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO SISCEAB (SEGCEA)


Subsistema que tem por finalidade o gerenciamento das atividades de
prevenção de acidentes, de incidentes aeronáuticos e de Incidentes de Tráfego Aéreo,
incluindo as relativas ao gerenciamento da Segurança Operacional, bem como das
atividades referentes aos processos de apuração e de investigação das Ocorrências de
Tráfego Aéreo.

2.2.30 SUPERVISÃO DE SEGURANÇA OPERACIONAL


Função desempenhada pelo Estado para garantir que indivíduos e
organizações, que desempenham atividades de aviação, cumpram as leis e os regulamentos
nacionais relacionados à segurança operacional.

2.2.31 VISTORIA DE ACEITAÇÃO DO SMS


Vistoria realizada pela ASEGCEA que visa verificar se o vistoriado
apresenta evidências objetivas que comprovem a implementação de todos os componentes
e elementos do seu SMS com a finalidade de concluir a aceitação pelo DECEA.

2.2.32 VISTORIADOR DO SEGCEA


Servidor público civil ou militar (da ativa ou da reserva) do COMAER,
designado pela ASEGCEA para o exercício da função.
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3 VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL

3.1 INTRODUÇÃO
3.1.1 Em atendimento às normas e aos métodos recomendados e respectivos processos
associados estabelecidos pela ICAO por meio do Anexo 19 e DOC 9859, o DECEA
estabeleceu a regulamentação para que as organizações que possuem órgão ATS
implementem um SMS para o gerenciamento da segurança operacional na provisão dos
Serviços de Tráfego Aéreo, em conformidade com o que estabelece a ICA 81-2 e demais
normas pertinentes do SEGCEA.

3.1.2 A implementação do SMS proporciona aos PSNA uma abordagem proativa e


sistemática para o gerenciamento da segurança operacional. Assim, tanto o nível de
conformidade com relação aos requisitos do SMS quanto o nível de maturidade e
efetividade da implementação dos componentes e elementos do SMS são fundamentais
para que os PSNA desenvolvam suas operações com um nível de segurança operacional
aceitável. Dada a importância da implantação do SMS, faz-se necessário estabelecer
processos e ferramentas para o monitoramento e avaliação do desempenho da segurança
operacional dos PSNA.

3.1.3 Dentre os processos de supervisão da segurança operacional, o DECEA, por meio da


ASEGCEA, utiliza as Vistorias de Segurança Operacional como ferramenta de avaliação
do SMS dos PSNA.

3.1.4 A Vistoria de Segurança Operacional do SMS, basicamente, tem por objetivo avaliar
a eficácia geral do SMS dos PSNA, podendo ter uma abordagem tanto prescritiva quanto
baseada no desempenho do SMS. A abordagem prescritiva busca avaliar o grau de
conformidade com os requisitos do SMS, enquanto a abordagem baseada no desempenho
busca avaliar, além da conformidade, o grau de maturidade, o nível de efetividade do SMS
(vide subitem 5.4 ), bem com o Perfil de Risco do PSNA (vide subitem 5.5 ).

3.2 O CONCEITO DE MONITORAMENTO CONTÍNUO


3.2.1 Seguindo a evolução da metodologia da Auditoria USOAP CMA (Universal Safety
Oversight Audit Programme Continuous Monitoring Approach) utilizada pela ICAO, as
vistorias de segurança operacional realizadas pelo DECEA serão desenvolvidas aplicando-
se o conceito de Monitoramento Contínuo. A migração da metodologia tradicional para o
conceito de monitoramento contínuo possibilitará ao DECEA exercer uma supervisão da
segurança operacional mais efetiva, permitindo a identificação do quadro real da
Segurança Operacional dos PSNA do SISCEAB.

3.2.2 Esse monitoramento poderá ser feito por meio das ferramentas automatizadas de
supervisão, como os Indicadores e Metas de Desempenho da Segurança Operacional (vide
ICA 81-2 e SIGCEA), os protocolos e processos para avaliação do Nível de Maturidade do
SMS (vide subitem 5.2 ), bem como do Perfil de Risco dos PSNA (vide subitem 5.5 .

3.2.3 Adicionalmente, tanto as OPSNA, as EPSNA e respectivos PSNA Locais também


poderão manter o monitoramento contínuo de seus quadros reais em termos de segurança
operacional utilizando essas ferramentas e processos para realizar suas autoavaliações
(self-assessments).

3.3 APLICABILIDADE DAS VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL


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3.3.1 Com o objetivo de monitoramento contínuo, as VSO podem ser aplicadas com as
seguintes finalidades:

a) VSO SMS – ACT (Vistoria para Aceitação do SMS); ou


b) VSO SMS – DSP (Vistoria de Desempenho do SMS).

3.3.2 As vistorias de segurança operacional, dentro do conceito de monitoramento


contínuo, desenvolvem-se sob duas abordagens: avaliar o nível de conformidade com os
requisitos do SMS (abordagem prescritiva) ou avaliar o desempenho do SMS (abordagem
prescritiva e abordagem baseada no desempenho) de uma organização.

3.3.3 As Vistorias de Desempenho do SMS podem ser aplicadas para avaliar o Nível de
Maturidade, Efetividade do SMS ou para avaliar o Perfil de Risco do PSNA.

3.3.4 O Nível de Maturidade e de Efetividade deverão ser mensurados conforme os


requisitos e critérios constantes nos subitens 5.2 e 5.4 .

3.3.5 O Perfil de Risco do PSNA deverá ser mensurado conforme os requisitos e critérios
constantes no subitem 5.5 .
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4 PRINCÍPIOS DA VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL

4.1 GENERALIDADES
Os princípios dos processos de VSO obedecerão aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

4.1.1 LEGALIDADE

O princípio da legalidade deve orientar as ações das VSO com base nas
publicações de Segurança Operacional do SISCEAB. Dessa forma, para se caracterizar
uma dada situação como uma não conformidade, necessariamente, deve-se indicar com
clareza o dispositivo normativo de Segurança Operacional do SISCEAB que está sendo
descumprido. Analogamente, deve-se buscar amparo formal ao se atribuir a uma
determinada organização, pública ou privada, a responsabilidade pela solução de uma dada
não conformidade identificada na VSO. Com isso, ainda que a equipe reúna profissionais
com elevada competência técnica acerca das áreas avaliadas, não é suficiente a
manifestação da expertise desses técnicos, devendo todas as afirmações e atribuições de
responsabilidade estarem associadas a documentos oficiais que as ampare.

4.1.2 IMPESSOALIDADE

O princípio da impessoalidade, aplicado às VSO, deve estar caracterizado na


ausência de qualquer tratamento preferencial ou discriminatório, preservando a
independência da atuação do Vistoriador e a equidade na avaliação dos diferentes
provedores de serviço. As avaliações devem ser pautadas no interesse público,
confirmando o cumprimento da normativa que proporciona o nível desejado de segurança
operacional. Qualquer ação que se afaste dessa postura se sujeita à invalidação por desvio
de finalidade.

4.1.3 MORALIDADE

O princípio da moralidade obriga à correta aplicação dos recursos materiais


e humanos dispendidos para a realização da VSO, com o máximo aproveitamento do
tempo alocado e valorizando a honestidade de propósito da Equipe de Vistoriadores. É,
também, fundamental assegurar que os Vistoriadores que compõem a Equipe de VSO
observem o agir padrão da coletividade, considerando os valores éticos e princípios morais
da sociedade, não deixando oportunidade para ocorrência de qualquer ato que possa
comprometer os objetivos estabelecidos.

4.1.4 PUBLICIDADE

O princípio da publicidade preconiza a visibilidade (transparência) dos atos,


dando conhecimento pleno do processo ao vistoriado e garantindo a divulgação dos
resultados da VSO a todos os órgãos que devam atuar para a solução dos problemas
identificados, bem como dando ciência aos interessados através do meio de divulgação que
proporcione o alcance desejado. O atendimento ao princípio da publicidade não significa a
inexistência de controle sobre informações que precisam ser resguardadas e sim da
prestação de esclarecimentos suficientes sobre as condições dos serviços prestados que
possam afetar providências ou decisões de outros agentes.

4.1.5 EFICIÊNCIA
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O princípio da eficiência impõe a todos os envolvidos nos processos de


VSO o permanente zelo pela manutenção de suas competências profissionais, bem como
requer um programa contínuo de aperfeiçoamento dos recursos humanos. Aliado à busca
pela excelência técnica, deve-se também zelar pelo conhecimento e aplicação das
ferramentas padronizadas, que otimizam o emprego do potencial técnico da Equipe de
VSO.

4.2 PRINCÍPIOS ADICIONAIS APLICÁVEIS À VSO


Somando-se aos princípios anteriormente descritos, os princípios de
oportunidade e da razoabilidade também deverão ser obedecidos durante o processo de
VSO.

4.2.1 OPORTUNIDADE

O princípio da oportunidade requer o cumprimento dos prazos estabelecidos


nas diversas etapas dos processos de VSO. O cumprimento dos prazos é fator essencial
para a garantia da adoção de medidas adequadas em prazos compatíveis com o grau de
severidade da discrepância identificada. Adicionalmente, em situações especiais, quando
detectado um grave problema na atuação de um provedor de serviço, devem-se promover,
tempestivamente, ações que assegurem o restabelecimento dos Níveis Aceitáveis de
Desempenho da Segurança Operacional (NADSO), tendo em vista que a ausência dessas
ações imediatas pode implicar riscos inaceitáveis. Este princípio deriva da importância em
se permitir, já durante a fase de VSO, que as medidas que restabeleçam o NADSO sejam
definidas e executadas satisfatoriamente pela organização vistoriada em tempo compatível
com a gravidade das deficiências identificadas.

4.2.2 RAZOABILIDADE

O princípio da razoabilidade deve ser utilizado como forma de limitar o


exercício da competência discricionária do Vistoriador. Este, no desempenho de suas
funções de verificação do cumprimento da normativa e, eventualmente, de imposição de
medidas que garantem o restabelecimento do NADSO, dispõe de poderes para melhor
atender às necessidades do Estado Regulador e Fiscalizador e às necessidades coletivas da
sociedade de segurança nas operações. No entanto, há que se admitir que o cumprimento
da regulamentação pode ser obtido de formas distintas, devendo-se reconhecer a
responsabilidade do provedor de serviços na adoção da alternativa mais conveniente para
atendimento da finalidade desejada. Impor a adoção de medidas que extrapolem os
objetivos mínimos pretendidos pelas normas nacionais e que possam representar elevado
ônus, desnecessariamente, ferem o princípio da razoabilidade.

4.3 O USO DOS PRINCÍPIOS EM SUPORTE À DECISÃO


4.3.1 A formação técnica especializada de Vistoriadores e o uso de ferramentas
padronizadas nos processos de VSO buscam, dentre outros objetivos, minimizar a
ocorrência de situações imprevistas. No entanto, quando ocorrerem situações imprevistas
em uma VSO, compete ao Vistoriador tomar a decisão, balizando-se pelos princípios
preconizados para este processo.

4.3.2 Pelo princípio da legalidade, o Vistoriador deve amparar suas avaliações e exigências
unicamente nas publicações de Segurança Operacional do SISCEAB atualizadas, que
MCA 81-3/2022 21/76

estabelecem os requisitos e procedimentos nacionais aplicáveis à organização vistoriada,


conforme referenciado em cada pergunta dos Protocolos de VSO.

4.3.3 O Vistoriador deverá conhecer e ser capaz de interpretar cada requisito regulamentar
a ser avaliado em uma determinada organização, pública ou privada, bem como a
responsabilidade pela solução de uma eventual não conformidade identificada na VSO.

4.3.4 Ainda que a equipe de Vistoriadores reúna profissionais com elevada competência
técnica sobre Segurança Operacional, a manifestação de tal conhecimento e experiência
não devem ser suficientes, fazendo-se fundamental basear qualquer afirmação ou
atribuição de responsabilidade em documentos oficiais e atualizados.

4.3.5 Ao assegurar a observância do princípio da impessoalidade, o Vistoriador deve estar


atento a qualquer situação que possa representar um conflito de interesses, alertando a
ASEGCEA para que esta tome as providências cabíveis.

4.3.6 Na eventualidade de existirem vínculos profissionais ou familiares do Vistoriador


com os responsáveis ou integrantes da administração da organização vistoriada, o
Vistoriador deve se declarar impedido de realizar a VSO, informando-o à ASEGCEA para
que se proceda a sua substituição.

4.3.7 O Vistoriador deve, preventivamente, também se declarar impedido quando existirem


interesses convergentes ou divergentes com a organização vistoriada, o que poderia gerar o
comprometimento da equidade na avaliação, suscitando insegurança quanto à efetiva
aplicação do princípio da impessoalidade.

4.3.8 Na situação citada no subitem 4.3.7 , a ASEGCEA acatará a informação do


Vistoriador que se declarar impedido, providenciando a sua substituição na equipe de
Vistoria.

4.3.9 Qualquer comportamento que se afaste do princípio da impessoalidade se sujeita à


invalidação por desvio de finalidade, sem prejuízo das demais medidas cabíveis.

4.3.10 Quanto ao princípio da moralidade, o Vistoriador deve ter em mente que não é
suficiente, apenas, o cumprimento da missão de Vistoria, mas que isso aconteça em prol do
interesse público, conforme os padrões éticos de lealdade em relação à instituição que
representa e aos anseios da sociedade.

4.3.11 O Vistoriador deve otimizar os recursos disponibilizados para a realização das


Vistorias, não onerando desnecessariamente a União nem impondo dispêndios acima do
necessário à organização que está sendo avaliada.

4.3.12 O Chefe de Equipe de VSO deve buscar o aproveitamento máximo do tempo da


Equipe de Vistoria, bem como da organização que está sendo avaliada, planejando suas
atividades e o envolvimento dos técnicos que respondem às avaliações, na medida exata da
necessidade.
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5 CARACTERÍSTICAS DAS VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL

5.1 AVALIAÇÃO PRESCRITIVA E DE DESEMPENHO


5.1.1 Os critérios de VSO para o monitoramento contínuo do SMS são baseados em
avaliações de desempenho e avaliações prescritivas que, de forma complementar,
possibilitam avaliar o atendimento aos requisitos de segurança operacional pelos PSNA.

5.1.2 A avaliação prescritiva é aquela baseada nos requisitos regulamentares, cuja


conformidade faz-se necessária para atender a padrões mínimos de segurança operacional.
Esses padrões são estabelecidos na normatização do DECEA, e são compilados nos
protocolos de vistorias, sob forma de requisitos de segurança operacional. O desempenho
de um provedor ao longo do tempo, tendo-se como referência o atendimento aos requisitos
normativos, pode ser representado conforme o gráfico da Figura 1.

Figura 1: Nível de Segurança Operacional do PSNA, em função da regulamentação


prescritiva
5.1.3 Já a avaliação baseada no desempenho é aquela em que há o acompanhamento e a
verificação dos níveis de desempenho da segurança operacional do PSNA. Esse tipo de
abordagem também é determinado por requisitos, porém não se limita à verificação da
conformidade com os padrões mínimos (prescritivos), pois também são levados em conta
os resultados alcançados pelo desempenho do SMS. O desempenho de um PSNA ao longo
do tempo pode ser representado na Figura 2.
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Figura 2: Nível de Segurança Operacional do PSNA em função do desempenho do seu


SMS (regulamentação prescritiva e maturidade do SMS)
5.1.4 O gráfico acima nos mostra que o Nível de Segurança Operacional, quando se leva
em consideração o desempenho do SMS, tende a ser mais elevado do que aquele que fica
restrito somente ao previsto nas normas. Sendo assim, as operações de um PSNA se
desenvolverão com maior nível de segurança, à medida que o seu desempenho da
segurança operacional estiver mais próximo daquele parâmetro.

5.1.5 Entretanto, a avaliação baseada no desempenho nem sempre é apropriada,


especialmente quando uma forma padronizada de cumprimento é necessária, como, por
exemplo, nos casos em que é preciso estabelecer requisitos que possibilitem a
interoperabilidade para a operação de um PSNA. Nesses casos, a obrigação de cumprir
esses requisitos mandatórios é direta, uma vez que as não conformidades podem ser
facilmente determinadas.

5.1.6 Todos os componentes e elementos do SMS estão conectados e são interdependentes,


de forma que todos eles são necessários para que o sistema funcione de maneira efetiva. É
importante que os requisitos não sejam avaliados somente de maneira prescritiva, porque
isso pode comprometer o seu propósito, que é complementar aos requisitos da avaliação
tradicional, com os requisitos de uma abordagem baseada em desempenho.

5.1.7 O SMS fornece uma base e as ferramentas para que os PSNA cumpram os requisitos
relativos ao desempenho, mas isso não garante que todo PSNA que possui SMS
automaticamente alcance o desempenho esperado. Por exemplo, um PSNA pode ser capaz
de demonstrar que tem um processo implementado que atende à normatização (por
exemplo: que ele estabeleceu processos para reportar as ocorrências de tráfego aéreo), mas
pode não ser capaz de demonstrar que esses processos produzem o resultado esperado (por
exemplo: que esses reportes são processados eficazmente quanto à avaliação e ao controle
dos riscos, consequentes dos perigos reportados).
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5.1.8 Para isso, é preciso uma mudança de abordagem, incluindo a necessidade de as


organizações terem melhor visão dos riscos e meios de monitorar o seu desempenho de
segurança operacional, de forma a saber que estão tomando as ações corretas para controlá-
los. É preciso considerar não somente o quanto a organização atende às normas, mas
também o quanto a organização entende e gerencia seus riscos e monitora o seu
desempenho da segurança operacional. E isso requer uma maneira diferente de pensar por
parte das OPSNA e EPSNA. O fato de uma organização ter um Manual de Gerenciamento
da Segurança Operacional (MGSO) bem escrito e realizar treinamentos de segurança
operacional não vai, por si só, gerar e garantir a efetividade de seu SMS.

5.1.9 Assim, para verificação do nível de aderência às normas do DECEA (Figura 1), bem
como para verificar o nível de desempenho (Figura 2), a avaliação do PSNA deve levar em
conta o nível de criticidade dos serviços prestados pelo PSNA, sua complexidade e o seu
contexto operacional, e deve considerar a aplicação de protocolos, tanto com abordagem
prescritiva quanto com abordagem baseada no desempenho do seu SMS.

5.1.10 Dessa maneira, abordando tanto aspectos prescritivos quanto de desempenho,


assegura-se que sejam aplicados processos e ferramentas que cumpram os requisitos e que
também produzam os resultados de segurança operacional desejados.

5.2 NÍVEL DE MATURIDADE DO SMS


5.2.1 O conceito de Nível de Maturidade foi desenvolvido para refletir o grau da
implementação de cada componente e respectivos elementos do SMS de um PSNA. A
mensuração da maturidade é realizada por meio da avaliação dos atributos de maturidade
relativos aos níveis de maturidade, conforme Tabela 1. Para a avaliação do Nível de
Maturidade deve ser utilizado os protocolos de maturidade relativos aos componentes e
elementos do SMS (vide exemplo no Anexo E), disponibilizados no SIGCEA ou no
sistema informatizado de vistoria do DECEA. Deverá ser utilizada a metodologia para
cálculo do Nível de Maturidade do PSNA, conforme a metodologia de cálculo constante no
SIGCEA ou no sistema informatizado de vistoria do DECEA.

5.3 VISTORIA BASEADA NO DESEMPENHO DO SMS


5.3.1 A avaliação do Nível de Maturidade será realizada por meio de VSO SMS-DSP, que
utilizará o protocolo para avaliação de maturidade do SMS das OPSNA e EPSNA. Esse
protocolo contém perguntas e requisitos específicos que devem ser avaliados ao longo da
VSO, relacionados tanto à documentação quanto à implementação e efetividade dos
componentes e elementos do SMS. Deve-se avaliar a correspondência dos procedimentos e
processos realizados na organização com os descritos na documentação do SMS, que inclui
o MGSO.

5.3.2 As perguntas do protocolo estão organizadas de acordo com a estrutura básica de


componentes e elementos regulamentares do SMS. A equipe de VSO deve considerar, no
entanto, que uma varredura sequencial dos itens pode não ser a forma ótima de se avaliar o
SMS do PSNA. Os processos de gerenciamento de risco, por exemplo, interligam-se a
aspectos relacionados a diversos elementos do SMS, e uma avaliação integrada desses
diversos aspectos pode se revelar mais eficiente e eficaz para a atividade do que uma
avaliação segmentada.

5.3.3 O protocolo foi desenvolvido baseado na estrutura básica regulamentar de um SMS


definida em norma específica do SEGCEA, com o objetivo de avaliar a conformidade,
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efetividade e a maturidade do SMS das organizações que já tenham um SMS


implementado e aceito pelo DECEA.

5.3.4 Cada aspecto do SMS deve ser avaliado para determinar se está Presente,
Adequado, Operacional ou Efetivo, usando as definições e orientações apresentadas na
Tabela 1.

Tabela 1: Definições do Nível de Maturidade do SMS

NÍVEL DE
DEFINIÇÕES
MATURIDADE (NM)

Há evidências de que o sistema está presente e documentado no


NM 1: Presente Manual de Gerenciamento de Segurança Operacional (MGSO)
da organização e nas demais documentações do SMS.

O processo é adequado com base no tamanho, na natureza, na


complexidade da organização e no risco inerente à atividade,
NM 2: Adequado
porém nem todos os processos e ferramentas do SMS estão
operacionalizados.
Há evidências de que o sistema está em operação e está gerando
NM 3: Operacional
resultado para a organização.
Há evidências de que os processos e requisitos do SMS estão
NM 4: Efetivo baseados nas melhores práticas, com foco em inovação e
melhoramento contínuo.

5.3.5 O processo de monitoramento contínuo deve garantir que o sistema será reavaliado
de forma continuada em seus 4 aspectos – “Presente”, “Adequado”, “Operacional” e
“Efetivo”. Assim, será possível a mensuração do SMS quanto a sua maturidade ao longo
do tempo.

5.3.6 O nível da escala PAOE – “Presente”, “Adequado”, “Operacional” e “Efetivo” –


deve ser considerado progressivo:

a) Nível de Maturidade 1 (NM 1): o processo está presente?


b) Nível de Maturidade 2 (NM 2): o processo presente é considerado
adequado?
c) Nível de Maturidade 3 (NM 3): o processo adequado está operacional?
d) Nível de Maturidade 4 (NM 4): o processo operacional é efetivo?

5.3.7 Para a análise de cada item da escala “P A O E” é apresentada uma condição


esperada. Cabe ao Vistoriador avaliar se a condição encontrada no PSNA é compatível
com a condição esperada e, então, assinalar a resposta ao item.

5.3.8 Os campos “Presente” e “Adequado” foram definidos de forma a avaliar os manuais


e os procedimentos do PSNA. Já o campo “Operacional” considera as evidências
produzidas pela operacionalidade dos processos e ferramentas do SMS. O campo
“Efetividade” é utilizado para avaliar a efetividade do SMS.
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5.3.9 Cada uma das perguntas apresenta uma orientação (“Como e o que avaliar”) ao
Vistoriador para a análise de cada questão. Essa orientação tem como objetivo guiar o
Vistoriador na análise de cada requisito e não se destina a ser uma lista de verificação.
Algumas orientações podem não ser relevantes dependendo da dimensão e complexidade
da organização.

5.3.10 Caso algum dos campos não seja considerado satisfatório, deve ser configurada uma
recomendação de VSO que requer a adequação por parte da organização. Esses itens
podem configurar também uma Não Conformidade caso estejam em desacordo com as
referências normativas. Nesse caso, serão gerados as FNC e respectivo PAC a ser atendido
pela organização conforme o processo estabelecido no Capítulo 15 .

5.3.11 A classificação do Nível de Maturidade do SMS do PSNA será feita baseada no


atendimento de todos os requisitos relacionados ao respectivo Nível de Maturidade. O não
atendimento de pelo menos um dos requisitos do nível analisado classifica o PSNA no
nível de maturidade imediatamente anterior.

5.3.12 O nível de maturidade de cada PSNA será definido em função da VSO SMS-DSP
realizado no respectivo PSNA.

5.3.13 A VSO SMS-DSP para avaliar a maturidade do SMS deve utilizar o Protocolo de
Nível de Maturidade constante no módulo Vistoria do SIGCEA ou no sistema
informatizado de vistoria do DECEA.

5.3.14 O cálculo do Nível de Maturidade do SMS do PSNA deverá ser realizado conforme
metodologia de cálculo constante no SIGCEA ou no sistema informatizado de vistoria do
DECEA.

5.3.15 A avaliação do Nível de Maturidade pode ser aplicada tanto aos PSNA Locais
quanto às EPSNA e às OPSNA.

5.3.16 Os PSNA Locais, as EPSNA e as OPSNA deverão utilizar a metodologia de cálculo


do Nível de Maturidade para realizarem seus Self-Assessments.

5.3.17 Da mesma forma, a ASEGCEA deverá utilizar o SIGCEA ou no sistema


informatizado de vistoria do DECEA para ter acesso aos Self-Assessments realizados pelos
PSNA, proceder às avaliações dos Níveis de Maturidade e compará-las com as avaliações
feitas pelos PSNA. Tais procedimentos fazem parte das funções de monitoramento
contínuo e supervisão do desempenho da segurança operacional do SISCEAB.

5.4 NÍVEL DE EFETIVIDADE DO SMS


5.4.1 O Nível de Efetividade evidencia o desempenho de um elemento ou componente do
SMS quanto ao cumprimento de todos os respectivos requisitos constantes do protocolo
relativos ao Nível de Maturidade 4, conforme o subitem 5.3.6 O Nível de Efetividade,
quer seja de um componente, elemento ou do SMS de um PSNA, é expresso pela relação
(coeficiente percentual) entre o quantitativo de requisitos (condições esperadas)
classificadas como Efetivo (Nível de Maturidade 4) e o quantitativo total desses
requisitos.

5.4.2 O Nível de Efetividade deve ser calculado conforme a metodologia de cálculo


constante no SIGCEA ou no sistema informatizado de vistoria do DECEA.
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5.4.3 A avaliação do Nível de Efetividade pode ser aplicada tanto aos PSNA Locais quanto
às EPSNA e às OPSNA.

5.4.4 Os PSNA Locais, as EPSNA e as OPSNA deverão utilizar a metodologia de cálculo


de Nível de Efetividade para realizarem seus Self-Assessments, por meio no SIGCEA ou do
sistema informatizado de vistoria do DECEA.

5.4.5 Da mesma forma a ASEGCEA deverá, utilizando esses mesmos sistemas para ter
acesso aos Self-Assessments realizados pelos PSNA, proceder às avaliações dos Níveis de
Efetividade e compará-las com as avaliações feitas pelos PSNA. Tais procedimentos fazem
parte das funções de monitoramento contínuo e supervisão do desempenho da segurança
operacional do SISCEAB.

5.5 VISTORIA BASEADA NO PERFIL DE RISCO DO PSNA


5.5.1 Independentemente da periodicidade estabelecida no subitem 6.3 , o Perfil de Risco
percebido será levado em consideração para priorizar VSO nos PSNA com a finalidade de
identificar, capturar e tratar os desvios que estejam contribuindo para a deriva prática,
afastando o desempenho do PSNA do Nível Aceitável de Desempenho da Segurança
Operacional (NADSO) estabelecido. A aderência às normas, a higidez dos processos do
SMS e o comportamento das pessoas diante de questões de segurança operacional (cultura
de segurança operacional) refletem diretamente no Perfil de Risco dos PSNA.

5.5.2 O Perfil de Risco do PSNA pode ser calculado utilizando-se o protocolo de Perfil de
Risco (vide exemplo no Anexo F) e aplicando-se a metodologia de cálculo constante no
SIGCEA ou no sistema informatizado de vistorias do DECEA. O Perfil de Risco é
calculado em função dos Fatores de Risco que deverá considerar a análise dos seguintes
processos de segurança operacional:
a) Registro, coleta e processamento das ocorrências de tráfego aéreo;
b) Avaliação dos IDSO e MDSO;
c) Gerenciamento dos riscos (identificação de perigos, avaliação, mitigação
e controle dos riscos à segurança operacional);
d) Processamento dos reportes voluntários (RELPREV, RCSV e RVF);
e) Cumprimento das RS do CENIPA, das RSO (RICEA) e das ARD
(Parecer Técnico ATS);
f) Cumprimento do PAC (ASEGCEA e/ou ASOCEA);
g) Cumprimento das medidas mitigadoras oriundas de PFH; e
h) Realização das PFO e cumprimento das medidas mitigadoras.

NOTA: Os processos de segurança operacional listados acima não constituem uma relação
exaustiva e podem ser revisados em função dos riscos percebidos e das
especificidades de cada PSNA.
5.5.3 Os parâmetros e fatores de risco relacionados no subitem 5.5.2 também poderão ser
utilizados para identificar a necessidade da realização de VSO baseadas nos Fatores de
Risco, o que possibilita a avaliação de áreas específicas de segurança operacional de
determinado PSNA, com vistas à identificação e captura de condições latentes, bem como
o estabelecimento de ações corretivas e/ou preventivas de segurança operacional.
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5.5.4 Adicionalmente, a avaliação do Perfil de Risco do PSNA possibilita as seguintes


ações de monitoramento e supervisão:

5.5.4.1 Para o PSNA Local

a) Monitorar o desempenho de seus processos de segurança operacional;


b) Realizar autoavaliações (self-assessment) periódicas; e
c) Identificar e implementar as medidas corretivas e/ou preventivas
necessárias.

5.5.4.2 Para as OPSNA, EPSNA, Executivo Responsável e GSOp

a) Monitorar o desempenho de seus PSNA, identificando as áreas e


processos que necessitam de maior atenção e investimento;
b) Estabelecer Indicadores e Metas específicos para seus PSNA; e
c) Manter a supervisão dos processos de segurança operacional de seus
PSNA.
5.5.4.3 Para a ASEGCEA

a) Supervisionar o Desempenho da Segurança Operacional de cada órgão


ATS, PSNA Local (EPTA, DNB, DTCEA, COP e COI), OPSNA e
EPSNA;
b) Permitirá realizar VSO baseadas no Perfil de Risco do PSNA;
c) Estabelecimento de protocolos específicos para as áreas de maior Fator
de Risco; e
d) Identificar possíveis deficiências nos PSNA e desenvolver material de
orientação e suporte para a redução dos Fatores de Risco dos PSNA.

5.5.5 A periodicidade da VSO baseada no Perfil de Risco do PSNA será realizada em


conformidade com os critérios constantes na Tabela 2.

5.5.6 O planejamento e a periodicidade de VSO para determinado PSNA deve levar


em consideração a possibilidade da alteração do seu Perfil de Risco decorrente da
implementação de mudanças ou de outros fatores que possam afetar adversamente a
segurança operacional entre os períodos de VSO.
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Tabela 2: Classificação do Perfil de Risco do PSNA

Fator de Risco Intervalo de Vistoria


Classificação
(%FR) Organizações Complexas Organizações Não Complexas

Regular: a cada 6 meses. Regular: A cada 12 meses. Os


Os parâmetros de maior risco parâmetros de maior risco devem
FR >50% Alto devem ser monitorados no ser monitorados no intervalo entre
intervalo entre vistorias. vistorias.

Regular: A cada 12 meses. Regular: A cada 24 meses. Os


Os parâmetros de maior risco parâmetros de maior risco devem
25%<FR <50% Médio devem ser monitorados no ser monitorados no intervalo entre
intervalo entre vistorias. vistorias.
Regular: A cada 24 meses. No
Regular: A cada 36 meses. Os
entanto, a cada 12 meses devem
parâmetros de maior risco devem
10%<FR <25% Baixo ser realizadas VSO Sistêmicas
ser monitorados no intervalo entre
com foco nos parâmetros de
vistorias.
maior fator de risco.

A cada 36 meses A cada 48 meses


FR<10% Muito Baixo (Regular ou Sistêmica) (Regular ou Sistêmica)
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6 PROCESSO DE VSO

6.1 CLASSIFICAÇÃO DA VSO


As Vistorias são classificadas quanto a sua programação, quanto à forma de
realização e quanto a sua finalidade.

6.1.1 PROGRAMAÇÃO

6.1.1.1 Quanto à programação, as VSO são classificadas como Programadas e Não


Programadas.

6.1.1.2 As VSO Programadas são as que constam no Programa Anual de Vistorias de


Segurança Operacional e as VSO Não Programadas são aquelas não incluídas no citado
programa, podendo ser estabelecidas pela ASEGCEA a partir das seguintes situações:

a) Necessidade detectada a partir da avaliação de indicadores de segurança


operacionais específicos, perfil de risco do PSNA ou outras ferramentas
de monitoramento de supervisão do desempenho da segurança
operacional;
b) Informação que requeira levantamento mais detalhado do PSNA; e/ou
c) Ocorrência operacional excepcional que indique a necessidade de
levantamentos e avaliações específicas do desempenho de segurança
operacional do PSNA.

6.1.2 FORMA DE REALIZAÇÃO DA VSO


6.1.2.1 Quanto à forma de atuação do Vistoriador, as VSO são classificadas como Regular,
Sistêmica ou de Seguimento.

6.1.2.2 As VSO Regulares são aquelas em que todas as fases da vistoria, conforme
definidas no subitem Erro! Fonte de referência não encontrada.são realizadas por uma
Equipe de VSO, de forma presencial, no local do PSNA vistoriado.

6.1.2.3 As VSO Sistêmicas são aquelas realizadas por uma Equipe de VSO, a distância, de
forma não presencial, por meio das ferramentas do SIGCEA ou outros sistemas
informatizados acreditados pela ASEGCEA. Na Vistoria Sistêmica, os levantamentos de
dados e informações sobre a organização, constantes da 1ª Fase da vistoria, são realizados
por técnicos da própria organização vistoriada. Esses técnicos deverão fornecer os dados e
informações solicitados pelo Chefe da Equipe de VSO. A omissão de informações
relevantes ou a prestação de informações incorretas ou inexatas ensejam a
responsabilização do Executivo Responsável (ER) e do Gerente de Segurança Operacional
(GSOp) da organização vistoriada.

6.1.2.4 As Vistorias de Seguimento são aquelas realizadas pela Equipe de Vistoria de


forma presencial, com o objetivo de verificar o cumprimento do PAC, relativas a uma
Vistoria Regular ou Sistêmica anterior. Este tipo de Vistoria no PSNA só deve ser
realizado em caráter excepcional e quando o cumprimento do PAC não puder ser
comprovado por meio de documentação. A iniciativa pela realização de uma Vistoria de
Seguimento compete ao Chefe da ASEGCEA.
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6.1.3 FINALIDADE

6.1.3.1 Quanto à finalidade, as VSO são classificadas como Vistorias de Segurança


Operacional para a Aceitação do SMS (VSO SMS-ACT) e Vistorias de Segurança
Operacional para o Monitoramento Contínuo do SMS (VSO SMS-DSP).

6.1.3.2 As VSO SMS-ACT são as VSO realizadas pela ASEGCEA para verificar se o
vistoriado apresenta evidências objetivas da implementação e operação dos componentes e
elementos do seu SMS, com a finalidade de concluir o seu processo de aceitação pelo
DECEA.

6.1.3.3 As VSO SMS-DSP são aquelas realizadas nos PSNA que já tenham o SMS aceito
pelo DECEA, por meio da VSO SMS-ACT, e tem os seguintes objetivos:

a) Verificar a manutenção do atendimento aos requisitos e critérios


estabelecidos na ICA 81-2 “Gerenciamento da Segurança Operacional do
SISCEAB” e nas demais normas do SEGCEA, naquilo que for aplicável;
b) Verificar a operacionalização e funcionamento dos processos,
procedimentos e ferramentas do gerenciamento da segurança operacional
dos PSNA;
c) Verificar a manutenção da estrutura organizacional, do pessoal chave e
dos recursos humanos, técnicos e materiais necessários para o
funcionamento dos componentes e elementos do SMS;
d) Manter a supervisão do desempenho da segurança operacional dos
Provedores de Serviços de Navegação Aérea do SISCEAB; e
e) Verificar evidências de melhoramento contínuo da operacionalização e
do Nível de Maturidade do SMS dos PSNA.

6.2 ORGANIZAÇÕES SUJEITAS À VSO


6.2.1 Estão sujeitas à VSO todas as Organizações Provedoras de Serviços à Navegação
Aérea, por meio de suas SIPACEA, seus DTCEA, COI, COP e respectivas ASSIPACEA,
bem como todos os PSNA subordinados que estão no alcance e no escopo do SMS da
OPSNA.

6.2.2 Também estão sujeitas à VSO todas as Entidades Provedoras de Serviços à


Navegação Aérea, por meio de seus setores de segurança operacional da Sede, das DNB ou
das EPTA, bem como todos os PSNA subordinados que estão no alcance e no escopo do
SMS da EPSNA.

6.2.3 Para efeito de VSO SMS-ACT e VSO SMS-DSP, as OPSNA e EPSNA e respectivos
PSNA receberão abordagens diferentes de acordo com a dimensão e a complexidade dos
serviços prestados pelos seus PSNA (vide ICA 81-2 “Gerenciamento da Segurança
Operacional do SISCEAB”). A diferenciação dessas abordagens far-se-á por meio da
aplicação de protocolos específicos, disponibilizados na página web do DECEA e/ou por
meio de sistema informatizado para a realização das VSO.

6.2.4 São consideradas organizações complexas as Organizações Regionais do DECEA, a


NAV Brasil e as demais EPSNA, cujos PSNA subordinados apresentem as seguintes
características:
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a) Possuam no mínimo 9 (nove) órgãos ATS, sendo, pelo menos, 1 (um)


órgão ATC; ou
b) 10 (dez) ou mais órgãos ATS.

6.2.5 Serão consideradas organizações não complexas as Entidades que não atendam aos
critérios relacionados nas alíneas “a” e “b”, do subitem 6.2.4 .

6.3 PERIODICIDADE DAS VISTORIAS


6.3.1 Os Provedores de Serviços de Navegação Aérea deverão ser submetidos às VSO
conforme o cronograma estabelecido no Programa Anual de Vistorias de Segurança
Operacional (Vistorias Programadas), ou, ainda, sempre que for julgado necessário
(Vistorias Não Programadas), em conformidade com o subitem 6.1.1.2 .

6.3.2 Como parte integrante das ações de monitoramento contínuo, as VSO deverão
ocorrer, sempre que possível, com a periodicidade máxima, conforme indicado na Tabela
3:

Tabela 3: Periodicidade das Vistorias de Desempenho (VSO SMS-DSP)


FORMA DE
COMPLEXIDADE DAS OPSNA/EPSNA PERIODICIDADE
REALIZAÇÃO

Organizações Regionais do DECEA; e Regular ou


2 (dois) anos
NAV Brasil Sistêmica

Regular ou
Demais EPSNA Complexas 3 (três) anos
Sistêmica
Regular ou
EPSNA Não Complexas 4 (quatro) anos
Sistêmica

A qualquer tempo, baseado


Qualquer OPSNA ou EPSNA Complexas no Perfil de Risco do PSNA, Regular ou
ou Não Complexas conforme os critérios Sistêmica
constantes no subitem 5.5.6

Observação: A ASEGCEA deverá deliberar sobre a forma da realização da VSO, que


deve considerar os dados, informações e o nível de desempenho da segurança operacional
do PSNA, bem como aspectos circunstanciais observados que podem concorrer para afetar
adversamente a segurança operacional.
6.3.3 Independentemente da periodicidade acima indicada, poderão ser realizadas VSO
inopinadas e não programadas em qualquer PSNA, a qualquer tempo, a critério da
ASEGCEA.

6.4 FASES DA VISTORIA


O processo de VSO nos Provedores de Serviços de Navegação Aérea
(PSNA) é composto de 3 (três) fases:

a) 1ª Fase (Pré-Vistoria): é a fase em que ocorre a comunicação formal da


ASEGCEA diretamente às Entidades/Organizações e/ou o a PSNA a
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serem vistoriados, por intermédio de um Formulário de Comunicação de


Vistoria (Anexo A), no qual constará o período de realização e os
Protocolos de VSO a serem empregados. É a fase de preparação da
vistoria em que cada membro da equipe, sob a coordenação do Chefe de
Equipe, realiza os levantamentos de dados e reúne as informações de sua
área de atuação, necessários para avançar para a 2ª fase da vistoria.
Encerra-se no momento em que é concluída a reunião inicial de
coordenação entre os componentes da Equipe de Vistoria;
NOTA: A ASEGCEA encaminhará o Formulário de Comunicação de
Vistoria (), via documento formal, para o vistoriado com
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias para o início
da fase local.

b) 2ª Fase (Vistoria Local): é a fase de coleta de evidências objetivas e


observadas mediante o emprego dos Protocolos de VSO e da
apresentação das recomendações do Vistoriador a respeito das não
conformidades detectadas. A juntada das Fichas de Não Conformidade,
quando houver, subsidiará o Relatório de VSO. Nesta fase, são
apresentadas as orientações complementares para que a organização
vistoriada cumpra com suas obrigações no processo de VSO. Esta fase
tem início com a reunião de abertura e encerra-se ao término da reunião
de encerramento da vistoria; e
c) 3ª Fase (Pós-Vistoria): é a fase caracterizada pela elaboração do Plano
de Ações Corretivas (PAC), quando houver FAC, bem como a
consolidação do Relatório de VSO. Tem início ao término da reunião de
encerramento da VSO e encerra-se com o encaminhamento à ASEGCEA
do Relatório de VSO pelo Chefe de Equipe e do PAC pela organização
vistoriada.
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7 PROGRAMA ANUAL DE VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL

7.1 PLANEJAMENTO DO PROGRAMA


7.1.1 O Programa Anual de Vistorias de Segurança Operacional será composto
exclusivamente pelas VSO regulares e sistêmicas a serem realizadas em um determinado
ano.

7.1.2 O planejamento das VSO a serem realizadas no ano deve considerar, dentre outros
aspectos, o Perfil de Risco dos PSNA (vide subitem 5.5 ) e o Nível de Maturidade
alcançado pelo PSNA (vide subitem 5.2 ), priorizando a áreas específicas que, devido ao
desempenho observado por meio das ferramentas e processos de monitoramento contínuo
do SMS, necessitam de maior atenção e supervisão.

7.1.3 A ASEGCEA elaborará o Programa Anual de Vistorias de Segurança Operacional do


próximo ano até 30 de novembro e submeterá à aprovação do DGCEA até 10 de dezembro
do ano corrente.

7.2 CONTROLE E ESCALA DOS VISTORIADORES DE SEGURANÇA


OPERACIONAL
7.2.1 A ASEGCEA é responsável pela elaboração da escala dos Vistoriadores de
Segurança Operacional e pela definição da Equipe de Vistoria de Segurança Operacional,
de acordo com os procedimentos e critérios estabelecidos em normas de segurança
operacional, devendo manter um controle sobre a escala de forma a equilibrar a
participação de cada Vistoriador no cumprimento do Programa Anual de Vistorias de
Segurança Operacional.

7.2.2 A equipe designada para realizar VSO nas SIPACEA deverá ser composta,
preferencialmente, de Vistoriadores pertencentes ao efetivo da ASEGCEA, incluindo pelo
menos 1 (um) profissional de Psicologia – FH.

7.2.3 O Vistoriador e sua organização devem envidar esforços para cumprir o Programa
Anual de Vistorias de Segurança Operacional, devendo, cada Vistoriador, participar
preferencialmente, de uma VSO por ano.
7.2.4 Somente os Vistoriadores que participaram do Treinamento Padronizado específico
sobre VSO realizado pela ASEGCEA poderão compor uma Equipe de VSO.

7.2.5 O Vistoriador não poderá compor a Equipe de VSO designada para avaliar a
organização da qual o mesmo é integrante do seu efetivo. Os Vistoriadores do efetivo das
Organizações Regionais não deverão ser escalados para realizar vistoria nos PSNA
subordinados a sua organização.

7.2.6 Todos os Vistoriadores deverão manter seus dados atualizados junto à ASEGCEA
para inclusão no sistema informatizado de vistoria do DECEA.

NOTA 1: Os dados dos Vistoriadores que devem ser mantidos atualizados são os
seguintes: nome completo e posto ou graduação, número(s) de telefone(s) para
contato, endereço(s) eletrônico(s) e Organização Militar à qual estiver
subordinado.
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NOTA 2: Será de inteira responsabilidade dos Vistoriadores manter os dados atualizados


no sistema informatizado para realização das VSO, sempre que esse estiver
disponível, ou encaminhá-los, pelo meio mais rápido possível, à Seção de
Planejamento da ASEGCEA.

7.2.7 Toda Equipe de VSO será chefiada pelo Vistoriador mais antigo, preferencialmente
um Oficial.

7.2.8 Ao definir a Equipe de VSO, a ASEGCEA deverá distinguir o componente que


atuará como Chefe da Equipe de VSO e os demais componentes que atuarão como
membros da equipe.

7.2.9 A área de atuação a ser vistoriada deverá ser definida pela ASEGCEA, para cada
Vistoriador, em função da sua formação profissional, especialização e capacitação por
curso ao longo de sua carreira. A vistoria na área de Fatores Humanos, por exemplo,
somente deverá ser realizada por profissionais de Psicologia com capacitação específica
em SMS.

7.2.10 A ASEGCEA coordenará, com as respectivas organizações, a liberação dos


Vistoriadores de seus efetivos para a formação da Equipe de VSO, preferencialmente, com
uma antecedência mínima de 30 (trinta) dias em relação à data planejada para o início da
fase de vistoria local.

7.2.11 Ao tomar conhecimento de sua cogitação para compor uma Equipe de VSO, o
Vistoriador deverá estar atento ao conflito de interesses que dispõe o subitem 7.2.5 ,
comunicando à ASEGCEA o seu eventual impedimento para participar da VSO de um
determinado PSNA.

7.2.12 A ASEGCEA expedirá o Formulário de Comunicação de Vistoria de Segurança


Operacional (Anexo A) para a organização a ser vistoriada com antecedência mínima de
45 (quarenta e cinco) dias da VSO.

7.2.13 No caso de vistoria sistêmica, o Formulário de Comunicação de Vistoria de


Segurança Operacional será acompanhado pelo planejamento da VSO, que deverá ser
cumprido pela organização vistoriada.

7.2.14 Depois de confirmados os membros da Equipe de VSO, somente poderá ocorrer


mudança na sua composição em casos excepcionais e por solicitação formal do
Comandante/Chefe/Diretor da Organização do Vistoriador à ASEGCEA.

7.2.15 No caso de ausência de algum Vistoriador durante a fase da vistoria local, o Chefe
de Equipe da VSO deverá substituí-lo.

7.2.16 Se durante a fase de vistoria local o Chefe de Equipe de VSO ficar indisponível, o
Vistoriador, hierarquicamente mais antigo, acumulará a função de Chefe de Equipe.
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8 PROCEDIMENTOS DA VISTORIA REGULAR

8.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-VISTORIA


8.1.1 Nesta fase, o Chefe de Equipe de VSO deve estabelecer estreito contato com a
organização a ser vistoriada e com os membros da Equipe de VSO, certificando-se de que
toda a sua equipe recebeu as informações sobre a vistoria anterior, em tempo hábil para a
realização da preparação da fase de vistoria local.

8.1.2 Em atendimento ao princípio da eficiência, o Vistoriador deverá, na fase de pré-


vistoria, coletar todas as informações pertinentes ao provedor a ser avaliado. Desta forma,
o Vistoriador deverá levar em consideração que podem existir informações importantes e
pertinentes nos registros das VSO anteriores.

8.1.3 Uma reunião de coordenação inicial deverá sempre ser realizada com a presença de
todos os membros da equipe, antes do início da fase de vistoria local.

8.1.4 O Chefe da Equipe de VSO deverá coordenar com todos os membros da equipe o
local, a hora e a duração dessa reunião.

8.1.5 A duração da reunião de coordenação inicial deve ser adequada à preparação e ao


planejamento das atividades da fase de vistoria local a cargo de toda a equipe.

8.1.6 Na reunião de coordenação inicial, o Chefe da Equipe de VSO deverá preconizar a


padronização das ações de sua equipe no tocante à verificação da implementação do PAC
com a finalidade de assegurar uniformidade nos procedimentos de análise e clareza no
registro da situação do PAC da organização vistoriada.

8.1.7 O Chefe de Equipe de VSO deverá abordar, no mínimo, os seguintes tópicos durante
a reunião de coordenação inicial:

a) Princípios do processo de VSO;


b) Responsabilidades dos Vistoriadores;
c) Meios de contato com os Vistoriadores durante a VSO;
d) Substituto eventual do Chefe de Equipe de VSO, em caso de
impedimentos temporários;
e) Planejamento da fase de vistoria local, contendo:
˗ horário das entrevistas;
˗ reuniões diárias da Equipe de VSO;
˗ prazo final para a apresentação de evidências por parte da organização
vistoriada;
˗ prazos para a preparação e para a conclusão, pelos Vistoriadores, das
Fichas de Não Conformidades, das Fichas de Críticas da VSO e dos
Protocolos de VSO;
˗ data, hora e local da reunião de coordenação final; e
˗ data, hora e local da reunião de encerramento da VSO.
MCA 81-3/2022 37/76

f) Compartilhamento e discussão sobre dados ou informações disponíveis a


respeito da organização vistoriada, as evidências concernentes à VSO,
aos Relatórios de VSO anteriores e ao Plano de Ações Corretivas em
andamento, se aplicável.

8.1.8 Preferencialmente, a reunião de coordenação inicial deverá ser realizada em local que
permita à equipe discutir os assuntos relativos à VSO, sem a possibilidade de
comprometimento do sigilo dos assuntos tratados.

8.1.9 Os Vistoriadores deverão, antes do início das atividades de entrevistas da fase de


vistoria local, revisar todos os requisitos regulamentares referenciados nas perguntas dos
Protocolos de VSO e familiarizar-se com todos os documentos e informações disponíveis.
Os seguintes documentos e informações são fundamentais para um adequado processo de
avaliação durante a realização de uma VSO e, portanto, devem ser utilizados pela equipe
de Vistoriadores para a preparação da fase de vistoria local, caso estejam previamente
disponíveis:

a) os Protocolos de VSO preenchidos pela organização a ser vistoriada;


b) os manuais e normas internas da organização a ser vistoriada que
apresentam os procedimentos implementados, considerados como
evidências e referências para as respostas às perguntas dos Protocolos de
VSO; e
c) o Relatório de VSO, os Protocolos de VSO e o PAC da VSO anterior.

8.1.10 O Chefe da Equipe de VSO deverá solicitar que os documentos citados nas alíneas
“a” e “b” do subitem 8.1.9 sejam preenchidos e inseridos no sistema informatizado de
VSO do DECEA pela organização a ser vistoriada, caso ela não o tenha feito ainda
anteriormente, preferencialmente, logo após o envio dos dados da VSO, visando
possibilitar uma adequada preparação e planejamento, por cada Vistoriador, das entrevistas
e atividades da fase de vistoria local de sua área de atuação. Do mesmo modo, os
Vistoriadores devem acessar o sistema informatizado de VSO do DECEA para
conhecimento dos documentos citados na alínea “c” do parágrafo anterior.

8.1.11 Será disponibilizado o acesso ao sistema informatizado de VSO do DECEA para os


PSNA vistoriados e para os Vistoriadores, pelo menos 30 (trinta) dias antes do início da
vistoria local.

8.1.12 Nesse período, a organização vistoriada deverá acessar o sistema, para o


preenchimento dos Protocolos de VSO e inserção das evidências objetivas e demais
documentos e materiais pertinentes da área de segurança operacional, que permanecerá
disponível por 20 (vinte) dias.

8.1.13 Restando 10 (dez) dias para o início da vistoria local, o acesso será bloqueado para a
organização vistoriada e permanecerá disponível para a Equipe de VSO, que deverá
analisar previamente as respostas, evidências e demais materiais inseridos pela organização
vistoriada.

8.1.14 Essa preparação deverá ser feita por meio da resposta a cada pergunta dos
protocolos aplicáveis à organização, mediante o preenchimento da coluna
“Resposta/Comentários”, na qual devem ser inseridas as referências a todos os documentos
38/76 MCA 81-3/2022

que serão apresentados como evidência de conformidade aos requisitos regulamentares,


bem como as evidências das respectivas respostas das perguntas do protocolo. Ainda,
deverão ser separados os documentos (cópias físicas ou eletrônicos) que foram
referenciados nos protocolos, para serem apresentados aos Vistoriadores na fase de vistoria
local.

8.1.15 As dúvidas quando à preparação para as VSO podem ser dirimidas com a
ASEGCEA, com o Elo SEGCEA alocado na organização regional de sua jurisdição ou
com o Chefe de Equipe da VSO.

8.2 ATIVIDADES DA FASE DE VISTORIA LOCAL


8.2.1 O Chefe da Equipe de VSO deve realizar a reunião de abertura da VSO com a
presença do responsável pela organização vistoriada, todas as contrapartes que estarão
envolvidas e demais profissionais de interesse do PSNA, antes de iniciar as atividades da
fase de vistoria local. Tal reunião deve abranger, no mínimo, os seguintes assuntos:

a) Revisão dos objetivos, abrangência, características e princípios do


processo de vistoria, de acordo com a ICA 81-2 “Gerenciamento da
Segurança Operacional do SISCEAB” e este Manual;
b) Revisão das atribuições da organização vistoriada de acordo com o
subitem 19.4
c) Apresentação e aceitação, por parte da organização vistoriada, do
planejamento das atividades da fase de vistoria local;
d) Apresentação dos protocolos e do modelo de Ficha de Não
Conformidade (FNC);
e) Apresentação dos membros da Equipe de VSO;
f) Apresentação das contrapartes designadas pela organização vistoriada;
g) Data-limite para a apresentação de evidências, ainda na fase de vistoria
local; e
h) Data, hora e local da reunião de encerramento.

8.2.2 O Chefe de Equipe da VSO deve se certificar do efetivo cumprimento do


planejamento das atividades da fase de vistoria local, coordenando as tarefas e resultados
de cada membro da Equipe de VSO.

8.2.3 Quando a organização vistoriada estiver impossibilitada de disponibilizar uma


contraparte para cada área, o chefe de equipe deverá coordenar o planejamento das
atividades de cada área de atuação levando em consideração que o princípio da
oportunidade impede que entrevistas sejam realizadas sem a presença da contraparte
designada pela organização.

8.2.4 Cada membro da Equipe de VSO é responsável pelo preenchimento adequado e


completo do seu Protocolo de VSO, pela Ficha de Crítica (FC) e pela confecção de suas
respectivas Fichas de Não Conformidade (FNC), que deverão ser numeradas
sequencialmente e assinadas pelas contrapartes responsáveis pelos setores avaliados da
organização vistoriada.
MCA 81-3/2022 39/76

8.2.5 Caso haja indisponibilidade do sistema informatizado de VSO do DECEA durante o


período da fase de vistoria local, a Equipe de VSO deverá utilizar os arquivos digitais
referentes às VSO enviados previamente por e-mail pela ASEGCEA.

8.2.6 Nesse caso, as FNC deverão ser confeccionadas utilizando-se um editor de texto e
impressas em 2 (duas) vias para o colhimento das devidas assinaturas ainda durante o
período da fase de vistoria local.

8.2.7 Assim que for restabelecido o sistema, o Chefe da Equipe de VSO, no prazo de até
10 (dez) dias, deverá providenciar a transcrição dos Protocolos de VSO e FNC, bem como
a inserção das evidências objetivas e demais materiais relacionados com a VSO no sistema
informatizado de VSO do DECEA.

8.2.8 Concluídos os levantamentos da fase de vistoria local, o chefe de equipe realizará a


reunião de coordenação final com a presença de todos os membros da equipe, de modo a
consolidar as FNC a serem entregues à organização vistoriada por ocasião da reunião de
encerramento.

8.2.9 A reunião de coordenação final visa garantir uma harmonização dos julgamentos e
dos resultados, devendo conter, no mínimo, os seguintes tópicos:

a) Discussão das não conformidades identificadas;


b) Discussão e definição do prazo de correção para cada FNC; e
c) Conclusão do preenchimento dos Protocolos de VSO, das FNC e das
Fichas de Crítica (FC).

8.2.10 A coleta das assinaturas das contrapartes das organizações vistoriadas deverá ser
realizada após a reunião de coordenação final da Equipe de VSO, quando deverão ser
definidos os prazos de correção para cada FNC.

8.2.11 A reunião de encerramento da VSO, a ser conduzida pelo Chefe de Equipe, deverá
conter, no mínimo, o seguinte conteúdo:

a) Entrega das FNC;


b) Resumo do que foi observado na VSO, destacando os aspectos positivos
e os a serem melhorados;
c) Esclarecimentos sobre como elaborar o Plano de Ações Corretivas; e
d) Orientação sobre as próximas etapas do processo de VSO e seus prazos.

8.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-VISTORIA


8.3.1 O Chefe de Equipe de VSO deverá preparar o Relatório de VSO utilizando o sistema
informatizado de VSO do DECEA, imprimindo-o para assinatura e envio à ASEGCEA em
até 15 (quinze) dias corridos após a reunião de encerramento da VSO, juntamente com as
FNC assinadas pelas contrapartes e Vistoriadores.

8.3.2 De posse das FNC, a organização vistoriada elaborará seu PAC e deverá proceder em
conformidade com o Capítulo 15
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9 PROCEDIMENTOS DA VISTORIA SISTÊMICA

9.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-VISTORIA


9.1.1 O Chefe da Equipe da vistoria sistêmica deve estabelecer estreito contato com a
organização vistoriada, de modo a orientá-la sobre o processo de VSO.

9.1.2 A designação de profissionais para a realização dos levantamentos com base nos
Protocolos de VSO aplicáveis é da responsabilidade da organização vistoriada. Os nomes
dos profissionais designados devem ser informados ao Chefe da Equipe de VSO.

9.1.3 Eventuais dúvidas da organização vistoriada sobre a interpretação das questões dos
Protocolos deverão ser sanadas com o Chefe da Equipe de VSO antes do período
estabelecido para os levantamentos no local.

9.2 ATIVIDADES DA FASE DE VISTORIA LOCAL


9.2.1 As contrapartes designadas pela organização vistoriada para o preenchimento dos
Protocolos de VSO deverão respondê-los e encaminhá-los, devidamente assinados, para o
Chefe da Equipe, dentro do prazo estabelecido.

9.2.2 Os Protocolos de VSO devem ser preenchidos com relatos claros e pertinentes,
incluídas as referências a documentos e evidências aplicáveis, especialmente, nas
perguntas com repostas não satisfatórias, para subsidiar a elaboração das FNC.

9.2.3 A omissão de informações relevantes ou a prestação de informações incorretas ou


inexatas ensejam a responsabilização do Executivo Responsável (ER) e Gerente de
Segurança Operacional (GSOP) da organização vistoriada.

9.2.4 De posse dos protocolos preenchidos, o Vistoriador confeccionará as FNC por meio
do sistema informatizado de VSO do DECEA, imprimindo-as em 2 (duas) vias originais,
encaminhando uma destas à organização vistoriada, para a elaboração do PAC.

9.2.5 Independentemente da resposta provida pela organização vistoriada, compete ao


Vistoriador decidir se a situação constitui ou não uma não conformidade. Assim, apesar de
a organização vistoriada registrar no Protocolo de VSO que atende a uma determinada
pergunta do protocolo, o Vistoriador poderá considerar, com base no mérito e pertinência
das evidências apresentadas, a resposta não satisfatória, elaborando a correspondente FNC.

9.2.6 A organização vistoriada, ao identificar a existência de resposta não satisfatória aos


Protocolos de VSO, deverá adotar as medidas pertinentes para a identificação e
implementação de ações corretivas.

9.2.7 O Chefe da Equipe de VSO deverá preparar o Relatório de VSO, utilizando o sistema
informatizado de VSO, imprimi-lo para assinatura e envio à ASEGCEA em até 15 (quinze)
dias corridos, a contar da data em que receber os Protocolos de VSO, devidamente
preenchidos pela organização vistoriada, com as FNC em anexo, se houver.
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9.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-VISTORIA


9.3.1 A organização vistoriada elaborará seu PAC, utilizando o sistema informatizado de
VSO do DECEA, observando o prazo estabelecido no planejamento da VSO.

9.3.2 A ASEGCEA, por meio da Seção de Garantia, avaliará o PAC, elaborado pela
organização vistoriada, com vistas a:

a) confirmar se todas as não conformidades estão contempladas pelas ações


corretivas planejadas pela organização vistoriada;
b) verificar se, para cada não conformidade, foram definidas ações
corretivas ou medidas mitigadoras, quando aplicável, que deverão estar
concluídas dentro do prazo estabelecido por este Manual; e
c) verificar se o cronograma, com o detalhamento das fases das ações
corretivas, foi estabelecido.

9.3.3 Em observância ao princípio da razoabilidade, a definição e aplicação das ações


corretivas e sua eficácia na eliminação da não conformidade apontada pela Equipe de VSO
é responsabilidade da organização vistoriada. Por esta razão, compete à ASEGCEA
confirmar se o PAC apresentado contempla os aspectos listados no subitem 9.3.2 .

9.3.4 Na hipótese de o PAC não atender ao disposto no subitem 9.3.2 , a organização


vistoriada será informada visando à adequação desse Plano.

9.3.5 Ao encaminhar o seu PAC, a organização vistoriada poderá solicitar ao Chefe da


ASEGCEA a revisão dos prazos estabelecidos pela Equipe de VSO para a correção das não
conformidades, conforme definido neste Manual. No entanto, não serão consideradas as
solicitações que não sejam acompanhadas de justificativas fundamentadas que amparem tal
solicitação.

9.3.6 Caso ocorra o citado no subitem 9.3.5 , a FAC objeto do pleito de prorrogação de
prazo permanecerá compondo o PAC.

9.3.7 Somente a solicitação da revisão de prazos não suspende a obrigação de a


organização vistoriada cumprir os prazos informados nas FNC.

9.3.8 Os novos prazos eventualmente concedidos somente passarão a vigorar a partir da


expedição de manifestação formal favorável ao pleito, por parte da ASEGCEA.
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10 PROCEDIMENTOS DA VISTORIA DE SEGUIMENTO

10.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-VISTORIA


10.1.1 A vistoria de seguimento, diferente da vistoria regular, tem uma abrangência
limitada à verificação da implementação, no todo ou em parte, do Plano de Ação Corretiva
da organização vistoriada, decorrente de vistoria anterior.

10.1.2 Assim, exceto pela abrangência da vistoria, as atividades da fase de pré-vistoria são
as mesmas de uma vistoria regular.

10.2 ATIVIDADES DA FASE DE VISTORIA LOCAL


10.2.1 De posse das informações a respeito das vistorias anteriores realizadas na
organização vistoriada, cada Vistoriador deverá verificar o estágio do cumprimento das
ações corretivas.

10.2.2 Os Vistoriadores deverão verificar se a implementação das ações corretivas


eliminou ou não as não conformidades.

10.2.3 Para as ações corretivas que ainda não estão com seus prazos vencidos, os
Vistoriadores deverão verificar e registrar no Protocolo se as medidas mitigadoras, se
houver, surtiram os efeitos desejados e se há indícios de que as ações corretivas serão
concluídas no prazo estabelecido.

10.2.4 Os Vistoriadores deverão verificar as ações corretivas que estão com os seus prazos
vencidos e que não eliminaram as não conformidades. Nesses casos, os Vistoriadores
deverão verificar se as medidas mitigadoras, se houver, surtiram os efeitos desejados.

10.2.5 As não conformidades ainda não eliminadas e com os prazos das ações corretivas
vencidos caracterizam o descumprimento das normas do DECEA e, portanto, serão
passíveis de aplicação das sanções administrativas de ofício emitidas pelo DECEA e/ou
pela JJAER, em conformidade com as disposições normativas daquela Junta.

NOTA 1: As sanções administrativas impostas, relativas ao não cumprimento das normas


que regulamentam o SMS, podem ser a Suspensão e/ou o Cancelamento da
Aceitação do SMS pelo DECEA, nos termos da ICA 81-2.
NOTA 2: As sanções administrativas citados na NOTA 1, não isenta o PSNA das demais
sanções administrativas, nos termos da ICA 63-10.
NOTA 3: Caso a JJAER, após análise jurídica do descumprimento das normas que
regulamentam o Gerenciamento da Segurança Operacional, julgue que haja
indícios de crime, poderá encaminhar cópia do processo administrativo ao
Ministério Público Federal.
10.2.6 Cada Vistoriador deverá validar, no sistema informatizado de VSO do DECEA, as
ações corretivas que efetivamente eliminaram as não conformidades. Transmitir ao Chefe
da Equipe de VSO as informações sobre as ações corretivas em andamento e preencher o
protocolo da VSO.

10.2.7 Concluídos os levantamentos da fase de vistoria local, o Chefe da Equipe de VSO


realizará a reunião de coordenação final, de modo a debater, com a equipe, os resultados
obtidos pelos Vistoriadores e para consolidar as informações a serem prestadas à
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organização vistoriada por ocasião da reunião de encerramento, bem como as informações


que foram registradas nos protocolos e no Relatório de VSO.

10.2.8 A reunião de coordenação final deverá conter, no mínimo, os seguintes tópicos:

a) Consolidação do estágio de implementação das ações corretivas;


b) Conclusão do preenchimento da situação de validação das ações
corretivas no sistema informatizado de VSO do DECEA; e
c) Consolidação das orientações a serem transmitidas à organização
vistoriada sobre o seu Plano de Ações Corretivas.
10.2.9 A reunião de encerramento da VSO, a ser conduzida pelo Chefe da Equipe de VSO
deverá conter, no mínimo, o seguinte conteúdo:

a) Explanação sobre as observações da Equipe de VSO quanto ao estágio


de implementação do Plano de Ação Corretiva; e
b) Orientações da equipe de vistoria à organização vistoriada quanto a
eventuais ajustes no PAC.

10.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-VISTORIA


10.3.1 O Chefe da Equipe de VSO deverá preparar o Relatório de VSO utilizando o
sistema informatizado para realização de VSO, imprimindo-o para assinatura e envio à
ASEGCEA em até 15 (quinze) dias corridos após a reunião de encerramento da vistoria.

10.3.2 As não conformidades ainda não eliminadas e com os prazos das ações corretivas
vencidos resultarão, após análise, na elaboração de notificações à organização vistoriada,
por parte do Chefe da ASEGCEA.

10.3.3 As justificativas ou as novas ações corretivas não aceitas pela ASEGCEA, bem
como as notificações não respondidas serão passíveis de aplicação de sansões, em
conformidade com o subitem 10.2.5 .
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11 VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL PARA ACEITAÇÃO DO SMS


(VSO SMS-ACT)

11.1 Como parte do processo de supervisão do Estado em relação à segurança operacional,


o SMS dos provedores de serviços à aviação deve ser reconhecido pela autoridade
responsável. No caso dos Provedores de Serviços de Navegação Aérea, cabe ao
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) a responsabilidade em garantir que
todos os PSNA que possuam órgão ATS implementem um Sistema de Gerenciamento da
Segurança Operacional (SMS) e que o mesmo seja aceito por aquele Departamento.

11.2 A implementação do SMS, pelas OPSNA/EPSNA, é conduzida por fases.


Primeiramente por meio de uma análise do faltante (gap analysis) e depois com a
confecção de um Plano de Implementação do SMS, conforme os requisitos e critérios
estabelecidos pela ICA 81-2 “Gerenciamento da Segurança Operacional do SISCEAB”.

11.3 A análise do faltante (gap analysis) visa determinar quais são os componentes e
elementos do SMS que estão atualmente funcionando e quais componentes e elementos se
deve agregar ou modificar para atender aos requisitos de implementação, ou seja, consiste
na comparação entre os requisitos do SMS e os recursos existentes no provedor de
serviços.

11.4 Para que o SMS das OPSNA/EPSNA seja aceito, a ASEGCEA estabeleceu um
processo para assessorar o Diretor-Geral do DECEA na aceitação do SMS das
organizações que necessitam adequar seu SMS à estrutura normativa. Nesse caso, o
processo é realizado por meio de avaliação do SMS nas OPSNA e EPSNA e nos PSNA
Locais com o objetivo de avaliar a estrutura, o planejamento e a execução das atividades de
segurança em seus respectivos SMS.

11.5 Como parte do processo citado no subitem 11.1 , são realizadas Vistorias de
Segurança Operacional para Aceitação do SMS (VSO SMS-ACT), aplicando-se protocolos
padronizados de SMS na Organização/Entidade Provedora dos Serviços de Navegação
Aérea e nos PSNA subordinados conforme as normas, considerando a complexidade e a
dimensão da organização e cumprindo os requisitos mínimos necessários à implementação
do sistema.

11.6 Para o dimensionamento da estrutura e dos recursos definidos para dar suporte ao
SMS, o DECEA distingue organizações complexas e não complexas, de acordo com o
subitem 6.2.4 , aplicando protocolos específicos para cada uma delas.

11.7 ATIVIDADES DA FASE DE PLANEJAMENTO DA VSO SMS-ACT


11.7.1 Para a viabilização da VSO SMS-ACT, a ASEGCEA realizará a análise do MGSO
das Organizações e Entidades Provedoras de Serviços de Navegação Aérea, a fim de
verificar se o documento contempla todos os componentes e elementos do SMS.

11.7.2 Todo o processo estará vinculado ao Número Único do Processo (NUP) gerado pelo
protocolo no recebimento do MGSO, que será utilizado como registro para rastreamento de
toda documentação produzida, sendo referenciado na Portaria de Aceitação na conclusão
do processo.

11.7.3 O MGSO será analisado pela ASEGCEA, em até 45 (quarenta e cinco) dias corridos
após o recebimento do mesmo. Serão analisados os requisitos mínimos exigidos na ICA
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81-2 “Gerenciamento da Segurança Operacional do SISCEAB” e normas correlatas


relacionadas à Segurança Operacional, considerando os 4 (quatro) componentes e 12
(doze) elementos do SMS.

11.7.4 A ASEGCEA encaminhará, no prazo de até 15 (quinze) dias, a partir do término do


prazo para a análise do MGSO, um Ofício resposta à organização vistoriada, com o
resultado da análise do respectivo manual.

11.7.5 A organização vistoriada fará as correções necessárias no MGSO, conforme prazo


estabelecido no Ofício resposta, cabendo à ASEGCEA coordenar as ações necessárias para
conclusão das correções.

11.7.6 Caso a organização vistoriada não apresente as correções apontadas ou essas


correções não sejam aceitas pelo DECEA, o processo de aceitação do SMS poderá ser
suspenso ou cancelado a critério da ASEGCEA.

11.7.7 O cronograma de VSO SMS-ACT fará parte do Programa Anual de Vistorias de


Segurança Operacional, que será elaborado pela ASEGCEA até o dia 30 de novembro,
conforme a demanda e o surgimento de novas OPSNA ou EPSNA.

11.7.8 Nas OPSNA e EPSNA consideradas complexas, é necessário que a VSO SMS-ACT
ocorra na sede e em, no mínimo, mais dois PSNA Locais subordinados, enquanto nas
OPSNA e EPSNA não complexas a vistoria ocorrerá na sede e em, pelo menos, 1 (um)
PSNA Local. Em ambos os casos, o objetivo é de identificar se a OPSNA ou EPSNA
estabelece e controla o seu SMS, de acordo com os requisitos mínimos normativos do
DECEA e se, nos seus PSNA subordinados, há a execução e controle das atividades do
SMS, conforme estabelecido nos respectivos MGSO.

11.7.9 Para a VSO SMS-ACT serão reservados, pelo menos, 4 (quatro) dias para as
OPSNA ou EPSNA complexas e 3 (três) dias para as não complexas, podendo o período
ser ajustado devido a circunstâncias extraordinárias ou a critério do Chefe da ASEGCEA.

11.7.10 Para as VSO SMS-ACT a Equipe de VSO deverá ser composta por, pelo menos, 1
(um) Vistoriador pertencente ao efetivo da ASEGCEA.

11.8 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-VISTORIA


A VSO SMS-ACT tem abrangência e finalidade específicas voltadas à
verificação da implementação do SMS das organizações vistoriadas. Assim, exceto pela
abrangência e finalidade da vistoria, as atividades da fase de pré-vistoria das VSO SMS-
ACT são as mesmas de uma Vistoria Regular, descritas no Capítulo 8 .

11.9 ATIVIDADES DA FASE DE VISTORIA LOCAL


11.9.1 É a fase de coleta de evidências objetivas e observadas sobre o SMS, mediante o
emprego dos Protocolos de VSO baseados nas normas do DECEA sobre Segurança
Operacional, e da apresentação das recomendações do Vistoriador a respeito das condições
observadas detectadas na pré-vistoria.

11.9.2 Esta fase se inicia com a reunião de abertura, em que o Chefe da Equipe de VSO
apresenta ao responsável pela organização vistoriada e a todas as contrapartes que estarão
envolvidas e demais profissionais de interesse do PSNA as atividades da fase de vistoria
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local, revisando o processo de vistoria para aceitação do SMS, bem como, no mínimo, os
itens descritos no subitem 8.2.1 .

11.9.3 Após a reunião de abertura, a equipe de Vistoriadores cumprirá o cronograma


estabelecido pelo Chefe da Equipe de VSO e aplicará o Protocolo de VSO para a
organização, que deverá apresentar todas as evidências solicitadas pelo Vistoriador para
que a questão do protocolo possa ser respondida satisfatoriamente.

11.9.4 O Protocolo de VSO para a VSO SMS-ACT de organizações complexas será


distinto das organizações não complexas. Cada protocolo possuirá questões de acordo com
a dimensão da estrutura do vistoriado, do tipo e complexidade dos serviços prestados.

11.9.5 As questões do protocolo consideradas não satisfatórias, que não forem


solucionadas até a data-limite comunicada pelo Chefe da Equipe de VSO na reunião de
abertura, ensejarão Fichas de Não Conformidade (FNC), nas quais constarão a descrição da
Não Conformidade e a recomendação do Vistoriador com o prazo máximo para a correção,
prazo esse acordado entre o Vistoriador e a contraparte, observado o princípio da
razoabilidade.

11.9.6 Na Reunião Final com os membros da equipe, contrapartes e responsáveis pela


organização vistoriada, o Chefe da Equipe de VSO apresentará o resumo das condições
observadas na organização, sob a ótica de cada um dos quatro componentes do SMS:
Objetivos e Política de Segurança Operacional, Gerenciamento do Risco, Garantia e
Promoção da Segurança Operacional, explicitando os pontos positivos e os pontos a serem
corrigidos, formalizando o resultado da vistoria com a entrega das FNC, caso haja,
assinadas pelas contrapartes e Vistoriadores, as quais ensejarão as Fichas de Ação
Corretiva (FAC) correspondentes.

11.9.7 O Chefe da Equipe de VSO orientará sobre a confecção das Fichas de Ações
Corretivas no sistema informatizado para realização de VSO do DECEA, alertando que a
organização só irá enviar as referidas fichas assinadas ao DECEA depois que a ASEGCEA
tiver validado, por meio do sistema, a proposta de correção da organização.

11.9.8 A Ficha de Crítica será de preenchimento obrigatório pela Equipe de Vistoriadores e


facultativo para as contrapartes, com o objetivo de relatar melhorias no processo. A mesma
deverá ser preenchida diretamente no sistema informatizado para realização de VSO do
DECEA, ao final da reunião de encerramento.

11.10 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-VISTORIA


A etapa de pós-vistoria tem início ao final da Reunião de Encerramento e
término com a conclusão do relatório da VSO SMS-ACT.

11.10.1 CONFECÇÃO DO RELATÓRIO DE VSO SMS-ACT


11.10.1.1 O Relatório das VSO SMS-ACT será confeccionado pelo Chefe de Equipe de
VSO que foi responsável pela vistoria na Sede das Organizações/Entidades Provedoras de
Serviços de Navegação Aérea, conforme modelos disponibilizados na página de segurança
operacional do DECEA.

11.10.1.2 No Relatório serão registradas todas as informações relevantes observadas,


inclusive as Não Conformidades, caso existam, pela equipe de vistoria na Sede das
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Organizações/Entidades Provedoras de Serviços de Navegação Aérea, bem como nos seus


PSNA subordinados.

11.10.1.3 Cabe ao Chefe de Equipe da VSO SMS-ACT enviar o Relatório de VSO para
validação da ASEGCEA e aprovação do DGCEA.

11.10.2 ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO CORRETIVA (PAC)


11.10.2.1 Havendo não conformidade, a organização vistoriada elaborará um Plano de
Ação Corretiva (PAC), que consiste na juntada da(s) Ficha(s) de Ação Corretiva (FAC),
elaborada(s) para corrigir as não conformidades relativas às normas do SMS, observadas e
indicadas pela Equipe de Vistoria na(s) Ficha(s) de Não Conformidade (FNC).

11.10.3 ACEITAÇÃO DO SMS


11.10.3.1 A VSO SMS-ACT será desenvolvida com uma abordagem prescritiva,
utilizando-se o Protocolo de Maturidade do SMS, disponível no sistema automatizado de
vistorias do DECEA.

11.10.3.2 A VSO SMS-ACT busca avaliar o grau de conformidade com os requisitos


normativos relativos aos componentes e elementos do SMS. A aceitação do SMS, pelo
DECEA, somente ocorrerá quando a organização apresentar evidências que comprovem
100% de conformidade com os níveis de maturidade Presente e Adequado, conforme
definido no subitem 5.2 e respectiva Tabela 1.

NOTA: Esse grau de conformidade de 100% poderá ser flexibilizado, a critério da


ASEGCEA, nos casos em que a organização deixar de atender a requisitos
exigidos para o SMS que estejam relacionados à capacitação em Segurança
Operacional que, durante o período que antecedeu a VSO SMS-ACT, não foi
disponibilizado pelo DECEA para o PSNA.

11.10.3.3 Quando não houver Plano de Ação Corretiva a ser atendido, o Relatório de VSO
SMS-ACT concluirá pela Aceitação do SMS. Sendo assim, a ASEGCEA enviará um ofício
para a OPSNA ou EPSNA a fim de informá-los sobre a conclusão do processo de
Aceitação do SMS por meio da remessa de cópia da publicação no DOU que contiver a
Portaria de Aceitação do SMS.

11.10.3.4 Quando houver Plano de Ação Corretiva a ser cumprido, a Aceitação do SMS da
organização, observada a exceção prevista na nota do subitem 11.10.3.2 , somente será
formalizada pelo DECEA após a organização ter apresentado e implementado todas as
ações constantes no PAC.

11.11 CONTROLE DO PAC E CONCLUSÃO DO PROCESSO DE VSO SMS-ACT


11.11.1 As Organizações/Entidades de Serviços de Navegação Aérea, assim como os
PSNA subordinados, que receberem FNC no protocolo de Aceitação do SMS,
confeccionarão as FAC.

11.11.2 As organizações devem confeccionar as FAC via sistema informatizado de vistoria


do DECEA, que, após validação da ASEGCEA, deverão ser impressas e assinadas para
composição do PAC, o qual será enviado formalmente para a ASEGCEA.
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11.11.3 A ASEGCEA deverá controlar o cumprimento das FAC validadas das


organizações para assegurar que sejam implementadas no prazo previsto.

11.11.4 Após a implementação e validação de todas as FAC via sistema, caberá a


ASEGCEA avaliar se haverá ou não a necessidade de se proceder a uma Vistoria de
Seguimento para verificação do cumprimento do PAC no local.

11.11.5 A conclusão do processo de aceitação do SMS dar-se-á após atendidos os critérios


constantes no subitem 11.10.3 .

11.11.6 A aceitação do SMS da organização será formalizada por meio da Portaria de


Aceitação do SMS expedida pelo DECEA e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
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12 PROTOCOLOS DE VSO

12.1 Os Protocolos de VSO são “ferramentas” de apoio às tarefas do Vistoriador, que


direcionam a verificação do cumprimento das normas em vigor e proporcionam
orientações sobre as evidências a serem obtidas.

12.2 Os protocolos a serem utilizados nas VSO serão dos constantes no SIGCEA ou no
sistema automatizado de vistoria do DECEA.

12.3 Os Protocolos de VSO são ferramentas de uso obrigatório nas VSO e são
fundamentais para a aplicação do princípio da impessoalidade, assegurando a igualdade
das avaliações, mediante a padronização dos questionamentos a serem feitos pelos
Vistoriadores durante as vistorias.

12.4 A ASEGCEA coordenará a elaboração e manterá atualizados, em relação às normas


de segurança operacional vigentes, os Protocolos de VSO relacionados com todos os
órgãos do SISCEAB, constantes do Programa Anual de Vistorias de Segurança
Operacional aprovado.

12.5 Nas Vistorias Sistêmicas, o Executivo Responsável (ER) e o Gerente de Segurança


Operacional (GSOP) da organização vistoriada são responsáveis pela veracidade das
informações registradas nos Protocolos de VSO.

12.6 Não é esperado, na fase de vistoria local, que o Vistoriador realize questionamentos à
contraparte da organização vistoriada, seguindo, exclusivamente, as perguntas do
Protocolo de VSO. Na busca por evidências, o Vistoriador deve realizar tantos
questionamentos quanto julgue necessários, até cobrir o objetivo pretendido pela pergunta
que está sendo aplicada.

12.7 Apesar da VSO ser limitada em tempo, o Vistoriador deve cobrir todo o conteúdo do
Protocolo de VSO. Eventuais requisitos não abrangidos pelo protocolo deverão ser objeto
de observação na Fichas de Críticas (FC) do Vistoriador, como sugestões para a futura
inclusão.

12.8 O Vistoriador deve, em sua preparação na fase de pré-vistoria, familiarizar-se com os


requisitos regulamentares envolvidos em cada pergunta dos Protocolos de VSO,
antecipando as respostas por meio das informações já disponíveis e dedicando maior tempo
às perguntas nas quais houver indícios de eventuais problemas ou preocupações.

12.9 Os Protocolos de VSO devem estar permanentemente atualizados em relação à


normativa vigente, em virtude da necessidade das atuações do Vistoriador, na vistoria,
dependerem do correto enquadramento de cada disposição normativa.

12.10 Para conceder maior flexibilidade para atualizações, os Protocolos de VSO não
foram incluídos no presente Manual e serão disponibilizados pela ASEGCEA, com
indicação da versão vigente e a data de sua entrada em vigor.

12.11 O Protocolo de VSO consiste em uma tabela com colunas que deve ser preenchido
por meio do sistema informatizado para realização de VSO do DECEA.
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13 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE – FNC

13.1 Com base nos Protocolos de VSO e na coleta de evidências durante a fase de vistoria
local, deverão ser preenchidas as correspondentes Fichas de Não conformidade (FNC),
conforme modelo do Anexo D, caso necessário.

13.2 Uma FNC deve ser preenchida em 2 (duas) vias originais, para cada pergunta do
protocolo que implique uma recomendação corretiva e, quando aplicável, medida
mitigadora. Uma via será entregue à organização vistoriada, na reunião de encerramento da
vistoria e a outra comporá o relatório de vistoria.

13.3 A FNC deve ser assinada pelo Vistoriador que a elaborou e pela contraparte da
organização vistoriada que acompanhou os levantamentos do Vistoriador.

13.4 Nas Vistorias Sistêmicas, as FNC serão assinadas apenas pelos Vistoriadores. Nas
Vistorias Regulares, a responsabilidade pelo conteúdo das FNC será do Vistoriador e serão
baseadas nas evidências apresentadas pelas organizações vistoriadas.

13.5 A recomendação que deve constar de cada FNC é a providência que deverá ser
adotada pela organização vistoriada, com o objetivo de eliminar a não conformidade
relatada.

13.6 A recomendação não se constitui da ação corretiva que será identificada e


implementada pela organização vistoriada. Trata-se da descrição da providência que deverá
culminar com a adoção de uma ou mais ações encadeadas para a eliminação da deficiência.

13.7 Com isso, em consonância com o princípio da razoabilidade, o Vistoriador deve


redigir uma recomendação que indique “o que” deverá ser feito, sendo providência de
responsabilidade exclusiva da organização vistoriada identificar “como” fazê-lo.

13.8 Exemplificando a situação descrita no subitem 13.7 , temos:


a) não conformidade identificada pelo Vistoriador: a organização X não
definiu sua Política de Segurança Operacional em conformidade com os
requisitos normativos do DECEA;
b) recomendação do Vistoriador: A organização X deverá definir sua
Política de Segurança Operacional em conformidade com os requisitos
normativos do DECEA.

13.9 As organizações vistoriadas poderão solicitar, formalmente ao Chefe da ASEGCEA, o


cancelamento de uma não conformidade aplicada, apresentando as justificativas,
fundamentadas nas legislações, que amparem sua solicitação.

13.10 A ASEGCEA poderá cancelar uma não conformidade após a análise de um pedido
de reconsideração confeccionado pela organização vistoriada.

13.11 Constitui infração deixar de implementar as ações corretivas apontadas em vistorias


de aceitação ou vistoria de segurança operacional no prazo estipulado pela ASEGCEA,
conforme os dispositivos normativos do DECEA.

13.12 Dessa forma, o descumprimento dos prazos definidos nas FNC quanto à
implementação das ações corretivas será apurado pela ASEGCEA, durante o
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monitoramento da execução do Plano de Ações Corretivas, podendo ensejar notificação


por parte do DECEA.
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14 RELATÓRIO DE VISTORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL

14.1 Os resultados das vistorias de segurança operacional deverão ser formalizados no


modelo de Relatório de Vistoria de Segurança Operacional, conforme o modelo
apresentado no Erro! Fonte de referência não encontrada..

14.2 As FNC originais, devidamente preenchidas e assinadas pelo Vistoriador e pela


contraparte, com numeração específica, devem integrar o Relatório de VSO, como anexos.

14.3 O Chefe da Equipe de VSO é o responsável por coordenar as atividades dos demais
membros da equipe e da organização vistoriada, com vistas à confecção do Relatório de
VSO.

14.4 O Chefe da Equipe de VSO deverá encaminhar o Relatório de VSO original à


ASEGCEA, no prazo máximo de 15 (quinze) dias corridos, a contar da data do término da
fase da vistoria local, para conhecimento, assinatura, controle e divulgação.

14.5 Para a elaboração do Relatório de Vistoria Sistêmica, os levantamentos realizados


pela organização vistoriada, bem como todas as informações ou documentos solicitados
pela equipe de vistoria, deverão ser concluídos até a data especificada no Formulário de
Comunicação de Vistoria de Segurança Operacional e remetidos ao Chefe da Equipe de
VSO, em até 15 (quinze) dias corridos, a contar do término da avaliação.
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15 PLANO DE AÇÃO CORRETIVA – PAC

15.1 O Plano de Ações Corretivas deve ser elaborado pela organização vistoriada após
submeter-se a uma VSO. Tem por objetivo apresentar ao DECEA o seu planejamento para
corrigir as não conformidades observadas pela Equipe de Vistoria e registradas nas Fichas
de Não Conformidades (FNC). O PAC consiste na juntada das Fichas de Ação Corretiva
(FAC).

15.2 O PAC contém o detalhamento e o cronograma planejado pela organização vistoriada


para a eliminação das Não Conformidades.

15.3 De posse das FNC, a organização vistoriada elaborará seu PAC, utilizando o sistema
informatizado para realização de VSO do DECEA, em um prazo máximo de 15 (quinze)
dias corridos, a contar da data da reunião de encerramento da fase de vistoria local.

15.4 Em caso de indisponibilidade do sistema informatizado para realização de VSO do


DECEA, a organização vistoriada deverá elaborar o seu PAC utilizando a Ficha de Ação
Corretiva (Erro! Fonte de referência não encontrada.), devendo ser confeccionada uma
ficha para cada uma das FNC aplicadas pela equipe de vistoria, e deverão ser remetidas à
ASEGCEA, por meio eletrônico e em arquivo físico, em um prazo máximo de 15 (quinze)
dias corridos, após a conclusão da fase de vistoria local.

15.5 A organização só irá enviar as FAC assinadas ao DECEA em arquivo físico depois
que a ASEGCEA tiver validado, por meio do sistema, a proposta de correção da
organização.

15.6 Quando o PAC não contemplar todas as FNC, ou quando os prazos para a
implementação de cada ação não forem compatíveis com o grau de impacto que a
deficiência gera para a segurança operacional, a ASEGCEA restituirá o Plano à
organização vistoriada, visando à adequação em um prazo máximo de 15 (quinze) dias
corridos, a contar do momento em que tomar conhecimento das discrepâncias. Entretanto,
a contagem dos prazos estabelecidos nas FNC, para a conclusão das ações corretivas, serão
os mesmos definidos a partir da data da reunião de encerramento da fase de vistoria local.
Compete exclusivamente à organização vistoriada adotar as medidas cabíveis para corrigir
as discrepâncias do seu PAC.

15.7 A organização vistoriada deverá comunicar à ASEGCEA o cumprimento de cada fase


prevista no seu PAC, nas datas previamente estabelecidas para a sua conclusão,
oportunidade em que deverá informar, também, o estágio em que se encontram as ações do
citado Plano, ainda não concluídas.
NOTA: Sempre que uma ação e/ou fase do PAC for cumprida, essa comunicação
deverá ser feita não só via documento oficial da organização vistoriada como
também pelo meio mais rápido possível, a fim de permitir um
acompanhamento mais efetivo por parte da ASEGCEA.

15.8 Em observância ao princípio da razoabilidade, que limita o poder discricionário do


Vistoriador, o PAC é um documento cuja elaboração e cumprimento são de exclusiva
responsabilidade da organização vistoriada. Desta forma, a verificação desse Plano pela
ASEGCEA não significa a sua aprovação, e sim que as ações propostas pela organização
vistoriada abrangem todas as não conformidades identificadas na VSO, com prazos de
execução compatíveis, com o impacto da deficiência na segurança operacional.
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15.9 Na eventualidade de fato superveniente comprometer o cumprimento de parte ou da


totalidade do PAC, a organização vistoriada deverá apresentar as devidas justificativas à
ASEGCEA, bem como apresentar uma proposta de um novo cronograma, para análise.

15.10 A ASEGCEA poderá acolher, para análise, a solicitação de alteração no cronograma


proposto pela organização vistoriada, desde que:
a) comprove a ocorrência do fato superveniente;
b) confirme a implementação de medidas mitigadoras, quando pertinente,
enquanto não se concretiza a eliminação da não conformidade; e
c) apresente declaração formal, na qual o responsável pela referida
organização assegura que foram adotadas, provisoriamente, as medidas
necessárias para a manutenção dos níveis desejados de segurança das
atividades aeronáuticas, assumindo total responsabilidade pela situação
decorrente da não conformidade, ainda não eliminada.

15.11 A solicitação de prorrogação de prazos não suspende a obrigação de a organização


vistoriada cumprir os prazos informados nas FNC e adotar medidas que mitiguem os
riscos, enquanto não houver a manifestação formal favorável da ASEGCEA.

15.12 Caso a alteração do prazo para a eliminação da não conformidade extrapole os


prazos máximos estabelecidos na FNC, observadas as condições estabelecidas no subitem
15.11 , a ASEGCEA, após avaliar a pertinência das justificativas apresentadas, poderá
autorizar a alteração proposta pela organização vistoriada.

15.13 Os novos prazos eventualmente concedidos somente passarão a vigorar a partir da


expedição de manifestação formal favorável ao pleito, por parte da ASEGCEA.

15.14 A prorrogação de prazo, do qual trata o subitem 15.11 , poderá ser solicitada apenas
uma vez pela organização vistoriada, desde que a faça até o último dia do prazo
estabelecido na FNC pela Equipe de VSO para a correção da não conformidade.

15.15 A organização vistoriada permanecerá em situação de não conformidade com


relação à implementação de seu PAC, enquanto não for expedida a resposta formal ao
pleito de alteração ou prorrogação no cronograma.

15.16 Na eventualidade de não serem implementadas as ações corretivas para o


restabelecimento da normalidade, no prazo estabelecido pela Equipe de VSO ou no prazo
prorrogado autorizado pela ASEGCEA, a organização vistoriada receberá uma notificação
da ASEGCEA, ficando sujeita às sanções que o DECEA estabelecer nas suas disposições
normativas.

15.17 As organizações vistoriadas poderão solicitar, formalmente à ASEGCEA, o cancelamento


de uma não conformidade aplicada, apresentando as justificativas, fundamentadas nas
legislações, que amparem sua solicitação, conforme subitem 13.9 .

15.18 A responsabilidade pela eficácia das medidas constantes do PAC para a mitigação ou
correção das não conformidades identificadas na VSO e o cumprimento do cronograma
estabelecido recai unicamente sobre a organização vistoriada, devendo a mesma assumir as
consequências decorrentes de eventuais dispêndios de recursos com medidas que não
cumpram a finalidade de eliminar ou mitigar as deficiências apontadas na fase de vistoria
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local.

15.19 A ASEGCEA apresentará o Relatório da VSO, incluindo o PAC da organização


vistoriada, ao DGCEA, num prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias corridos após o
recebimento do material encaminhado pelo Chefe da Equipe de VSO e pela organização
vistoriada, seguindo-se a remessa de cópia do Relatório da VSO ao Executivo Responsável
(ER) ou ao Gerente de Segurança Operacional (GSOP) da organização vistoriada.

15.20 Atendendo ao princípio da oportunidade e com o objetivo de agilizar a eliminação


das não conformidades, as ações corretivas identificadas pela organização vistoriada
poderão ser implementadas de imediato, não sendo necessário percorrer todo o processo de
confecção do Relatório de VSO e do Plano de Ações Corretivas.

15.21 O Relatório de Aceitação do SMS poderá ser elaborado por Oficial da ASEGCEA
por meio de Errata, se identificadas necessidades de correções com relação às informações
disponíveis do processo de vistoria, com o intuito de conferir maior celeridade ao processo.
Esse Relatório não poderá mudar o resultado do apontamento das condições observadas
indicadas pela equipe de vistoria, exceto se for identificado flagrante descumprimento às
normas e/ou aos procedimentos estabelecidos pelo DECEA.

15.22 A ASEGCEA deverá manter um banco de dados das não conformidades, mantendo
um controle sobre cada uma das deficiências e correspondentes ações corretivas, bem
como acompanhar as implementações por parte da organização vistoriada.

15.23 A organização vistoriada deverá manter a ASEGCEA informada sobre a execução


do seu PAC e eventuais alterações, conforme procedimento estabelecido na nota do
subitem 15.7 . Tais informações deverão indicar o cumprimento das etapas parciais e
totais de cada ação, entretanto, a declaração do cumprimento total de uma dada ação pelo
vistoriado não é o ato formal que elimina a não conformidade.

15.24 Compete exclusivamente à ASEGCEA eliminar formalmente uma não conformidade


registrada no sistema informatizado de VSO do DECEA, após a conferência das evidências
de implementação das ações corretivas.

15.25 De acordo com a necessidade de aferição das medidas corretivas adotadas na


localidade, caberá ao Chefe da ASEGCEA concluir se haverá necessidade de se proceder a
uma vistoria de seguimento, para que, após uma nova avaliação, se confirme a eliminação
da deficiência.

15.26 Uma não conformidade poderá ser eliminada, após a análise da ASEGCEA, se
houver mudança na regulamentação que deu causa a ela, não havendo mais
correspondência quando do momento da sua aplicação. A eliminação dar-se-á mediante
registro no sistema informatizado de VSO do DECEA, após a aceitação das ações
corretivas implementadas pela organização vistoriada.
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16 FICHA DE CRÍTICA (FC)

16.1 A Ficha de Crítica é constituída por um questionário padronizado para a coleta de


informações e sugestões dos Vistoriadores e das organizações vistoriadas sobre a eficácia
do processo de vistoria e a adequabilidade das normas vigentes, objetivando o
aperfeiçoamento do processo de vistoria, disponibilizado no sistema informatizado de VSO
do DECEA.

16.2 Após cumprir com suas obrigações no atendimento às recomendações da Equipe de


VSO, com a elaboração do Plano de Ações Corretivas (PAC), a organização vistoriada
poderá apresentar suas críticas sobre o processo de vistoria à ASEGCEA.

16.3 Todos os membros da Equipe de VSO deverão preencher as Fichas de Críticas (FC)
por meio do sistema informatizado para realização de VSO do DECEA. Caso não consiga
por meio do sistema, deverá preencher fisicamente. O Chefe da Equipe de VSO será o
responsável por coletar as fichas e encaminhá-las, juntamente com o Relatório de VSO, à
ASEGCEA.

16.4 Por meio das Fichas de Críticas (FC), tanto o Vistoriador quanto a organização
vistoriada podem relatar, com a pertinente fundamentação, as carências porventura
existentes na regulação nacional de segurança operacional.

16.5 A ASEGCEA avaliará as críticas recebidas como subsídio para o aperfeiçoamento do


processo de VSO e encaminhará aos setores pertinentes do DECEA aquelas que versem
sobre a adequabilidade das normas.

16.6 Com base no processo decisório da análise das Fichas de Críticas (FC) e com vistas
ao aperfeiçoamento do processo de VSO, a ASEGCEA poderá:
a) atualizar as legislações do processo de VSO;
b) implementar ações de orientações aos Chefes de Equipe e Vistoriadores;
c) promover treinamento recorrente e capacitação aos Chefes de Equipe e
Vistoriadores; e
d) promover melhoria na qualidade do processo de VSO.
MCA 81-3/2022 57/76

17 REGISTRO DAS VISTORIAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL

17.1 Registros produzidos nas VSO, incluindo o Relatório de VSO, deverão ser arquivados
na ASEGCEA, pelo prazo de 10 (dez) anos.

17.2 Em cumprimento ao princípio da publicidade, os resultados das VSO deverão ser


disponibilizados eletronicamente pela ASEGCEA à organização vistoriada, em até 90
(noventa) dias, após o recebimento do Relatório de VSO e do Plano de Ações Corretivas
(PAC).

17.3 A ASEGCEA deverá manter um banco de dados contendo as Fichas de Não


Conformidades existentes em todas as organizações vistoriadas, para efeito de
acompanhamento e de avaliação global do estágio de adequação do SISCEAB à normativa
do SEGCEA.

17.4 Todas as organizações que atuam no processo de VSO deverão seguir as orientações
da ASEGCEA com respeito às participações e responsabilidades na inserção, manutenção
e atualização de dados nos registros das VSO.
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18 CAPACITAÇÃO PARA O PESSOAL RESPONSÁVEL PELA VSO SMS-ACT E


VSO SMS-DSP

18.1 Com vistas a garantir que o pessoal responsável pela aceitação e monitoramento do
SMS dos PSNA desenvolva as competências necessárias, a ASEGCEA coordena e executa
as VSO SMS-ACT e VSO SMS-DSP nas Organizações e Entidades Provedoras do ANS,
de acordo com o que prescreve a ICA 81-2 “Gerenciamento da Segurança Operacional do
SISCEAB”, empregando um quadro de Vistoriadores de Segurança Operacional no
SISCEAB habilitados para esse fim.

18.2 Os Vistoriadores de Segurança Operacional são os responsáveis por vistoriar as


Organizações e Entidades Provedoras do ANS e seus PSNA com base na legislação
vigente, com o objetivo de aceitar e monitorar continuamente o SMS das Organizações e
Entidades Provedores do ANS, seguindo as orientações emanadas da ASEGCEA.

18.3 Dentre as ações necessárias para o efetivo desempenho dessa atividade ressalta-se a
capacitação e o treinamento do Vistoriador. Os profissionais designados para compor as
equipes de VSO SMS-ACT, bem como para as de VSO SMS-DSP, devem atender aos
requisitos de capacitação de Vistoriadores para o SMS, constantes na ICA 81-2
“Gerenciamento da Segurança Operacional do SISCEAB”.

18.4 O Programa de Capacitação e Treinamento em VSO é composto por: Treinamento


Padronizado específico e Treinamento no Posto de Trabalho (TPT), se for o caso; sempre
conforme a VSO a ser realizada, ou seja, com abordagens distintas para a VSO SMS-ACT
e VSO SMS-DSP, levando-se em consideração a complexidade e a dimensão da OPSNA
ou EPSNA.

18.5 O Programa de Capacitação e Treinamento em VSO deve: garantir o desenvolvimento


das competências para o desempenho da função de Vistoriador, considerando
conhecimentos, habilidades e atitudes relevantes para o processo de VSO; e ser revisado
periodicamente ou sempre que se identificar a necessidade de atualização do seu conteúdo
com vistas à manutenção das competências dos Vistoriadores, à atualização da
normatização e dos respectivos protocolos de vistoria e à padronização dos procedimentos
a serem aplicados nos processos de VSO.

18.6 De uma forma geral, os conhecimentos requeridos para um Vistoriador incluem ter
familiaridade com, no mínimo, os seguintes aspectos:
a) Regulamentação do DECEA sobre Segurança Operacional;
b) Conhecimento básico de utilização de equipamentos de informática e
programas de computador contemporâneos; e
c) Sistema informatizado de VSO utilizado pelo DECEA.

18.7 O conhecimento específico necessário para o exercício das atividades de Vistoriador


envolve os assuntos abaixo relacionados, que devem sofrer as atualizações necessárias em
decorrência das alterações e evoluções regulamentares e técnicas do SISCEAB e
internacionais:
a) Atividades de supervisão dos Estados signatários da Convenção de
Chicago;
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b) Responsabilidades pelo sistema de vistoria da segurança operacional no


SISCEAB;
c) Procedimentos aplicados a uma vistoria; e
d) Emprego das ferramentas disponíveis no processo de vistoria.

18.8 Adicionalmente, todos os Vistoriadores devem possuir habilidades e atitudes que


envolvam, no mínimo, os seguintes aspectos:
a) Preparação de relatórios e processos administrativos de forma clara e
concisa;
b) Uso apropriado de questionamentos;
c) Interação com o ambiente regional (sensibilidade para as diferenças
culturais, diplomacia, tato, julgamento etc.);
d) Uso de adequadas técnicas de comunicação (ouvir sem interromper,
clareza nas intervenções; habilidade para concatenar as ideias, habilidade
em obter consenso; evitar conflitos em situações gerais);
e) Ética na condução das atividades (sinceridade, integridade,
confidencialidade e discrição);
f) Honestidade e firmeza (honestidade de propósito e compromisso com a
verdade dos fatos);
g) Cortesia com imparcialidade;
h) Comportamento flexível aberto a ideias;
i) Bom senso (capacidade em discernir o que pode e o que não pode ser
feito em sua atividade);
j) Capacidade de análise;
k) Trabalho em equipe (Interação com outros membros, troca de pontos de
vista, contribuição para o trabalho em equipe, cooperação, colaboração e
comunicação com outros membros do grupo); e
l) Habilidade para trabalhar sob estresse e cumprimento dos prazos.

18.9 Concluído com aproveitamento o Treinamento Padronizado específico realizado pela


ASEGCEA e o Treinamento no Posto de Trabalho (TPT) supervisionado, o Vistoriador
será habilitado e passará a concorrer à escala de VSO gerenciadas pela ASEGCEA, sendo
submetido a reciclagens para a sua atualização.

18.10 Depois de cumprir os requisitos do item 18.3 , é necessária a realização de, no


mínimo, um TPT supervisionado. Oportunidade na qual o futuro Vistoriador, sob a
supervisão de um Vistoriador experiente que tenha realizado, no mínimo, 3 (três) VSO
demonstrará sua competência na utilização das ferramentas para realização de vistoria e na
habilidade de interagir com o vistoriado durante a coleta das evidências objetivas.

18.11 A capacitação fornecida pela ASEGCEA tem como premissa que os profissionais
que atuarão diretamente nas áreas ou serviços, aplicando o protocolo de SMS, somente
serão selecionados se comprovarem experiência, conhecimentos e qualificações específicas
para atuar nos serviços para os quais serão destacados, cujos requisitos estão publicados na
ICA 81-2 “Gerenciamento da Segurança Operacional do SISCEAB”.
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18.12 A capacitação realizada pela ASEGCEA apresenta métodos e ferramentas aos


profissionais com qualificação prévia na área de segurança operacional, assegurando um
processo padronizado de avaliação e a qualidade das vistorias, podendo ser aplicado em
todos os serviços de navegação aérea em que o SMS atua.

18.13 Todo o pessoal designado para trabalhar na ASEGCEA, em setores diretamente


envolvidos com as atividades de Vistoria de Segurança Operacional do serviço de
navegação aérea, mas que não atuarão como Vistoriadores, realizarão os cursos
relacionados à VSO apenas a título de familiarização institucional, sem a necessidade da
realização do TPT.

18.14 O Programa de Capacitação e Treinamento em VSO, de responsabilidade da


ASEGCEA, será ministrado na modalidade presencial ou a distância, conforme a
necessidade verificada, de forma a atender ao Programa Anual de Vistorias de Segurança
Operacional do SISCEAB, padronizando os procedimentos inerentes ao processo de VSO
e dando conhecimento sobre os Protocolos de VSO mais atualizados.

18.15 O Treinamento Padronizado específico será elaborado pela ASEGCEA e


formalizado por meio de Documento de Treinamento Padronizado, que aborda o conteúdo
programático do treinamento e o quadro de trabalho proposto, devendo ser revisado
periodicamente, com o objetivo de assegurar a atualização normativa dos Vistoriadores,
tanto para aceitação inicial quanto para o monitoramento contínuo do SMS das
Organizações e Entidades Provedoras do ANS

18.16 A capacitação do Vistoriador de Segurança Operacional poderá ser complementada


por meio de capacitação especializada, visando elevar o nível de competência desejado
para o desempenho de sua função de Vistoriador. Tal capacitação é obtida com a
participação em cursos, seminários, workshop em entidades acadêmicas de ensino e em
organismos de aviação civil nacionais, regionais e internacionais. Cursos e instruções de
auditoria, de Fatores Humanos nos serviços de navegação aérea, de SMS e de
gerenciamento de risco, são também exemplos de especializações para os Vistoriadores.

18.17 Caberá à ASEGCEA planejar a capacitação e os treinamentos, conforme seja


observada a necessidade de aprimoramento profissional dos Vistoriadores quanto às
competências necessárias aos Vistoriadores, tanto para a realização das VSO SMS-ACT
quanto para a realização das VSO SMS-DSP.

18.18 Aos Vistoriadores, além da capacitação e treinamentos, serão disponibilizados


ferramentas e materiais de orientação que contemplam aspectos de complexidade e
potencial de crescimento dos PSNA referentes tanto à VSO SMS-ACT quanto à VSO
SMS-DSP, por meio de:
a) cartas de orientação aos Vistoriadores disponibilizadas na Página de
Segurança Operacional no site do DECEA, com o objetivo de padronizar
procedimentos da vistoria de segurança operacional;
b) versão dos Protocolos de VSO SMS-ACT e VSO SMS-DSP,
disponibilizados no Sistema informatizado de vistoria do DECEA;
c) videoaulas e treinamentos, disponibilizados na Plataforma de Ensino a
Distância; e
d) Portal de Segurança Operacional do DECEA.
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18.19 Esses meios permitirão a troca de orientações, ferramentas e melhores práticas entre
os Vistoriadores de diferentes áreas, contribuindo para a harmonização do processo.

18.20 Os referidos materiais e ferramentas de orientação serão revisados periodicamente e


corrigidos, caso necessário, para garantir a sua finalidade.
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19 ATRIBUIÇÕES

19.1 ASEGCEA
19.1.1 Elaborar o Programa Anual de Vistorias de Segurança Operacional e submeter à
aprovação do DGCEA.

19.1.2 Designar as Equipes de Vistoriadores para a execução das VSO programadas e não
programadas.

NOTA: Para a realização de VSO SMS-DSP nas SIPACEA, a equipe de vistoria deverá
contar com profissional de Psicologia com o Curso ASE 002 (Fatores
Humanos, Aspectos Psicológicos no Controle do Espaço Aéreo).

19.1.3 Planejar, coordenar, acompanhar, controlar e gerenciar as atividades de VSO no


SISCEAB.

19.1.4 Elaborar, anualmente, o Plano de Treinamento Específico para VSO a ser aplicado
aos Vistoriadores.

19.1.5 Manter atualizado o registro das VSO realizadas e do Plano de Ações Corretivas
(PAC).

19.1.6 Coordenar, com as Organizações Regionais, a escalação do Chefe de Equipe, bem


como dos demais membros para a atividade de VSO, seguindo o Programa Anual de
Vistorias de Segurança Operacional aprovado.

19.1.7 Disponibilizar os protocolos ao Chefe de Equipe designado, de acordo com o


escopo da VSO.

19.1.8 Despachar os Relatórios das VSO realizadas e apresentá-los ao DGCEA.

19.1.9 Disponibilizar o Relatório de VSO à organização vistoriada, após sua apresentação


ao DGCEA.

19.1.10 Supervisionar e controlar a implementação do PAC, em coordenação com as


Organizações e Entidades Provedoras dos Serviços de Navegação Aérea.

19.1.11 Manter atualizados os Protocolos de VSO, acompanhando as atualizações das


normas de segurança operacional editadas pelo DECEA.

19.2 VISTORIADOR
19.2.1 Executar VSO nos OPSNA, EPSNA e respectivos PSNA.

19.2.2 Identificar evidências objetivas, mediante comparação com os Protocolos de VSO.

19.2.3 Executar as tarefas que lhes forem atribuídas pelo Chefe de Equipe de VSO na
elaboração do Relatório de VSO e na avaliação do PAC.

19.2.4 Contribuir com o aperfeiçoamento do processo de VSO por meio do preenchimento


da respectiva Ficha de Crítica (FC).
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19.2.5 Cumprir as instruções deste Manual e demais orientações da ASEGCEA, quando


compondo uma Equipe de VSO.

19.3 CHEFE DE EQUIPE DE VSO


19.3.1 Coordenar as atividades da Vistoria, orientando cada Vistoriador e a organização
vistoriada sobre suas responsabilidades em todas as fases do processo.

19.3.2 Elaborar o Relatório de VSO e o Questionário de Aceitação do SMS, consolidando


o material fornecido pelos demais membros da Equipe de VSO, encaminhando-o à
ASEGCEA dentro dos prazos estabelecidos.

19.3.3 Assegurar-se de que os membros da equipe de VSO apliquem todos os princípios


pertinentes ao processo de Vistoria.

19.3.4 Planejar e realizar as reuniões de coordenação inicial e final com a equipe de VSO,
bem como as reuniões de abertura e de encerramento da VSO, com os responsáveis pela
organização vistoriada.

19.3.5 Representar a Equipe de VSO perante a organização vistoriada e em qualquer


contato que seja necessário realizar com outras organizações, durante uma VSO.

19.3.6 Atuar junto aos membros da Equipe de VSO e à organização vistoriada dirimindo
eventuais dúvidas que surjam no decorrer do processo, bem como eliminando os conflitos
entre os Vistoriadores e suas Contrapartes, que possam comprometer os objetivos da VSO.

19.4 ORGANIZAÇÃO VISTORIADA


19.4.1 Preparar-se para a VSO, realizando uma verificação prévia das perguntas aplicáveis
dos Protocolos e coletando evidências a serem apresentadas aos Vistoriadores, para melhor
aproveitamento do tempo alocado.

19.4.2 Designar pelo menos um técnico de seu efetivo em cada área a ser avaliada pela
Equipe de Vistoriadores para atuar como Contraparte, respondendo aos questionamentos
dos Vistoriadores, em nome da organização.

19.4.3 Disponibilizar ambiente adequado, como mobiliário, internet e recursos de internet


mínimos necessários em funcionamento (computador, rede de internet e impressora e papel
A4), de maneira a possibilitar que a equipe possa conduzir a VSO, conforme o
planejamento de vistoria acordado.

19.4.4 Disponibilizar acesso a todas as informações e documentos pertinentes às áreas


avaliadas aos Vistoriadores, independentemente do seu grau de sigilo, bem como acesso a
qualquer área, instalação ou equipamento, incluindo a realização de testes ou
demonstrações, sempre que solicitados pelos Vistoriadores.

19.4.5 Cumprir o planejamento da vistoria no local, de acordo com o que for apresentado
pelo Chefe da Equipe de VSO, providenciando a presença de pessoal com delegação
suficiente para responder em nome da organização, em todos os eventos planejados.

19.4.6 Avaliar as condições observadas indicadas pelos Vistoriadores, identificando e


implementando as respectivas ações corretivas e mitigações aplicáveis, de acordo com os
prazos estabelecidos nas respectivas FNC.
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19.4.7 Implementar todas as recomendações apresentadas pelos Vistoriadores.

19.4.8 Encaminhar o PAC à ASEGCEA, dentro do prazo estipulado neste Manual.

19.4.9 Manter a ASEGCEA informada sobre a execução do PAC, transmitindo,


periodicamente, o status de implementação de cada medida corretiva.

19.4.10 Apresentar suas críticas sobre o processo de inspeção à ASEGCEA, por meio do
preenchimento da FC.
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20 DISPOSIÇÕES FINAIS

20.1 SUPERVISÃO
A supervisão do cumprimento deste Manual é de competência do Diretor-
Geral do DECEA, por intermédio da Assessoria de Segurança Operacional no Controle do
Espaço Aéreo (ASEGCEA).

20.2 CASOS NÃO PREVISTOS


Os casos não previstos neste Manual serão submetidos à apreciação do
Diretor-Geral do DECEA, por intermédio da Assessoria de Segurança Operacional no
Controle do Espaço Aéreo (ASEGCEA).
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral do Pessoal. Confecção, Controle e


Numeração de Publicações Oficiais do Comando da Aeronáutica: NSCA 5-1. [Rio de
Janeiro], 2011.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Assessoria de Segurança Operacional do Controle do


Espaço Aéreo Brasileiro. Inspeções de Segurança Operacional do Sistema de Controle do
Espaço Aéreo Brasileiro: ICA 121-10. [Rio de Janeiro], 2017.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo


Brasileiro. Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo –
EPTA: ICA 63-10. [Rio de Janeiro], 2020.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo


Brasileiro. Regulamento da Junta de Julgamento da Aeronáutica: ROCA 21-84. [Rio de
Janeiro], 2010.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo


Brasileiro. Gerenciamento da Segurança Operacional do SISCEAB: ICA 81-2. [Rio de
Janeiro], 2021.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Estado-Maior da Aeronáutica. Programa de Segurança


Operacional Específico do Comando da Aeronáutica (PSOE-COMAER): DCA 63-5.
[Brasília], 2018.

BRASIL. Comitê de Segurança Operacional da Aviação Civil Brasileira


(COMAER/ANAC). Programa Brasileiro para a Segurança Operacional da Aviação Civil:
PSO-BR (2019-2022). [Brasília], 2019.

CANADA. International Civil Aviation Organization. Annex 19 to the Convention on


International Civil Aviation: Safety Management. 2nd. ed. [Montreal], 2016.

CANADA. International Civil Aviation Organization. Safety Management Manual. Doc.


9859. 4th. ed. [Montreal], 2018.
MCA 81-3/2022 67/76

Anexo A - Formulário de Comunicação de Vistoria de Segurança Operacional

ASEGCEA - ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL NO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

NOME/POSTO OU GRADUAÇÃO/ESPECIALIDADE
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Anexo B - Modelo de Ficha de Não Conformidade (FNC)

<Nome do responsável pelo setor vistoriado> <Nome do Vistoriador> - Nº SIPAER


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Continuação do Anexo B - Modelo de Ficha de Não Conformidade (FNC)


Instruções para preenchimento - FNC

SETOR VISTORIADO - Nome ou sigla do setor avaliado da organização vistoriada.


Exemplos:
DTCEA-GL, DNB em SBGR, EPTA-TB

DATA - Data contendo dois dígitos para o dia, dois dígitos para o mês e quatro dígitos
para o ano (dd/mm/aaaa).

NÃO CONFORMIDADE NÚMERO - Número sequencial atribuído pelo Vistoriador


para a Não Conformidade, precedido pela abreviatura da área avaliada. Cada área terá sua
própria sequência numérica.
Exemplos:
SMS ACP 1, NORMAS 1

PERGUNTA DO PROTOCOLO - Transcrição dos números que identificam as


perguntas do protocolo que geraram a Não Conformidade, precedida pelos caracteres que
designam a área da avaliação. Toda Não conformidade deve estar associada a uma única
pergunta do protocolo e uma pergunta não-satisfatória não poderá constar em mais de
uma Ficha de Não Conformidade.
Exemplos:
SMS 63.3-192, NORMAS 63.25-155

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE - Texto explicativo gerado pelo


Vistoriador que contemple o(s) aspecto(s) abordado(s) pela(s) correspondente(s)
pergunta(s) não satisfatória(s) do protocolo. A redação deve ser clara e concisa
Exemplo:
A Entidade ou Organização Provedora de Serviços de Navegação Aérea não assegura que
todo o efetivo da estrutura organizacional do SMS da EPTA, trabalhando em cada nível e
função, esteja capacitado/treinado em segurança operacional.

RECOMENDAÇÃO DE SEGURANÇA - Texto que oriente a ação da organização


vistoriada no sentido de eliminar a Não Conformidade relatada. Deve-se descrever “o
que” deverá ser feito. A identificação de “como” será feito é responsabilidade da
organização vistoriada. Deve ser informado o prazo máximo para a correção.
Exemplo:
A Entidade ou Organização Provedora de Serviços de Navegação Aérea deve assegurar
que todo o efetivo da estrutura organizacional do SMS da EPTA, trabalhando em cada
nível e função, esteja capacitado/treinado em segurança operacional.
70/76 MCA 81-3/2022

Anexo C - Modelo de Relatório de Vistoria de Segurança Operacional

DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO


ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL NO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

RELATÓRIO DE VISTORIA
DE SEGURANÇA OPERACIONAL

Nº /ASEGCEA/20XX

ORGANIZAÇÃO VISTORIADA

SETOR VISTORIADO DATA

/ /

EQUIPE DE VISTORIA

QTD PERGUNTAS QTD RESPOSTAS


ÁREAS VISTORIADAS DO PROTOCOLO NÃO
APLICÁVEIS SATISFATÓRIAS
MCA 81-3/2022 71/76

Continuação do Anexo C - Modelo de Relatório de Vistoria de Segurança


Operacional.

DADOS DA ORGANIZAÇÃO VISTORIADA

ENDEREÇO

TEL.
FUNCIONAL FAX E-MAIL
( ) ( )

I – FINALIDADE

II – DESENVOLVIMENTO DA VISTORIA
72/76 MCA 81-3/2022

Continuação do Anexo C - Modelo de Relatório de Vistoria de Segurança


Operacional
III – FICHA(S) DE NÃO CONFORMIDADE(S)

IV – COMENTÁRIOS FINAIS

<Cidade>, <dia> de <mês> de <ano>.

<nome>
Chefe da Equipe de Vistoria

Ciente: Ciente:
_____________________ ______________________
<nome> <nome>
Chefe da ASEGCEA Diretor-Geral do DECEA
MCA 81-3/2022 73/76

Anexo D - Modelo de Ficha de Ação Corretiva (FAC)

NÃO CONFORMIDADE Nº ________________

PERGUNTA DO PROTOCOLO
74/76 MCA 81-3/2022

Continuação do Anexo D - Modelo de Ficha de Ação Corretiva (FAC)


Instruções para preenchimento - FAC

SETOR VISTORIADO - Nome ou sigla do setor avaliado da organização vistoriada.


Exemplos:
DTCEA-GL, DNB em SBGR, EPTA-TB

DATA - Data contendo dois dígitos para o dia, dois dígitos para o mês e quatro
dígitos para o ano (dd/mm/aaaa).

NÃO CONFORMIDADE NÚMERO - Número sequencial atribuído pelo


Vistoriador para a Não Conformidade, precedido pela abreviatura da área
avaliada. Cada área terá sua própria sequência numérica.
Exemplos:
SMS ACP 1, NORMAS 1

PERGUNTA DO PROTOCOLO - Transcrição dos números que identificam as


perguntas do protocolo que geraram a Não Conformidade, precedida pelos
caracteres que designam a área da avaliação. Toda Não conformidade deve estar
associada a uma única pergunta do protocolo e uma pergunta não-satisfatória não
poderá constar em mais de uma Ficha de Não Conformidade.
Exemplos:
SMS 63.3-192, NORMAS 63.25-155

TRANSCRIÇÃO DA RECOMENDAÇÃO - Texto explicativo gerado pelo


Vistoriador que contemple o(s) aspecto(s) abordado(s) pela(s) correspondente(s)
pergunta(s) não satisfatória(s) do protocolo. A redação deve ser clara e concisa
Exemplo:
A Entidade ou Organização Provedora de Serviços de Navegação Aérea deve assegurar
que todo o efetivo da estrutura organizacional do SMS da EPTA, trabalhando em cada
nível e função, esteja capacitado/treinado em segurança operacional.

AÇÃO(ÕES) CORRETIVA(S) DO(A) – deverão ser detalhadas todas as ações


julgadas necessárias pelo setor vistoriado, a fim de que a Não Conformidade seja
sanada, preferencialmente em ordem cronológica e com os respectivos prazos para
implementação.
Exemplo:

1) Solicitar inscrição no curso ASE010 para o GSOp – Prazo 23/11/2022 a 30/11/2022.


2) Solicitar inscrição no curso ASE009 para o pessoal responsável pelo Gerenciamento
do Risco – Prazo 23/11/2022 a 30/11/2022.
3) Enviar os certificados de conclusão do discentes – Prazo 01/12/2022 a 01/12/2023.
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Anexo E - Exemplo de Protocolo de Maturidade do SMS
MCA 81-3/2022 76/76
Anexo F - Exemplo de Protocolo de Perfil de Risco
Processos da
Percentual
Segurança Fatores de Risco (FR) de Fator de
Operacional Risco
Sim Sim Sim Sim Sim (PFR %)
PQ1 PQ2 PQ3 PQ4 PQ5
Não Não Não Não Não
Ocorrencias de O PSNA realiza O PSNA implementa as
O PSNA realiza registro O PSNA registra as O PSNA classifica
Tráfego Aéreo (1) das Ocorrências de S Ocorrências via FNO/RIF S adequadamente as S
adequadamente a
N
RS, RSO ou ARD
S 25,00
Investigação ou Apuração oriundas das
Tráfego Aéreo no LRO? no SIGCEA? Ocorrências?
da Ocorrência? investigações?
Foram efetivadas as
São cumpridos os
Foi estabelecido processo medidas corretivas
Os dados de Movimento São monitoradas as procedimentos
para a implementação estabelecidas pelo
IDSO e MDSO (2) dos IDSO e MDSO
S de Tráfego são inseridos S tendências dos IDSO S estabelecidos para os S
comite para correção
S 0,00
regularmente no SIGCEA? e MDSO? casos de ativação dos
pertinentes ao PSNA? das tendência dos
Níveis de Alerta?
IDSO?
O PSNA realiza o
Há evidência de que
controle dos riscos por
O PSNA apresenta o PSNA implementa,
Há evidências de que o meio do monitoramento
Foi estabelecido processo evidência de que realiza em tempo hábil, as
Gerenciamento do para a implementação do avaliação de segurança Medidas
PSNA monitora da dos riscos residuais,
S S S implementação das N bem como pela captura N 40,00
Risco (3) Gerenciamento do Risco
no PSNA?
para a implementação de
mudanças ou gerenciar
Mitigadoras
estabelecidas a
medidas mitrigadoras em das ocorrências e
tempo hábil? tratamento dos reportes
riscos correntes? partir da Avaliação
relativos à mudança ou
de Segurança?
ao risco corrente?

Há evidências de Há evidências de que o


O PSNA disponibiliza que o PSNA PSNA analisou o evento
O PSNA apresenta
os meios e promove e analisa todos os ou condição latente
evidência de que O PSNA deu feedback
Processamento de incentiva, no ambito
estabeleceu um
RELPREV reportado e
ao emissor do
de sua organização, o recebidos estabeleceu as ações
Reportes Voluntários uso do reporte
S processo para S
dispensa o
S
corretivas para eliminar
N reporte e monitora a S 25,00
recepcionar e processar eficácia das ações
(4) voluntário como
adequadamente os
tratamento o perigo potencial ou
adotadas?
ferramenta pertinente ao manter os riscos sob
RELPREV, RCSV e RVF?
preventiva? potencial de risco controle da
notificado no organização?

FATOR DE RISCO DO PSNA (FR) 22,50

Tutorial: 1) O Fator de Risco (FR) de cada processo de segurança operacional é igual ao percentual de Fatores de Risco (FR) assinalados com “N” (não), dividido pelo total de Fatores de
Risco (FR) de cada processo. Se, para determinado PSNA o processo ou FR não for aplicável, o mesmo deve ser desconsiderado, o que diminuirá o total de fatores de risco
relativo ao respectivo processo; e
2) O cálculo do Fator de Risco (FR) do PSNA é a média aritmética dos fatores de risco relativos a cada processo de segurança operacional.

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