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06/09/2023, 10:47 Regulação do SIPAER

Regulação do SIPAER

Site: CENIPA VIRTUAL Impresso por: Vicente Oliveira Quintela


Curso de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Data: quarta-feira, 6 set. 2023, 10:46
Curso:
Manutenção de Aeronaves (CPAA-MA 2/2023)
Livro: Regulação do SIPAER

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Descrição

Neste livro iremos abordar as Normas do SIPAER, a fim da dar o devido conhecimento de suas existências. Importa ressaltar que a
presente abordagem tem por objetivo proporcionar um conhecimento geral das Normas. Para um pleno conhecimento, faz-se
necessária a leitura das mesmas.

Em virtude da evolução da própria aviação, bem como das ações que permeiam as atividades do SIPAER, as Normas podem sofrer
atualizações, as quais podem ser conferidas na página eletrônica do CENIPA.

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Índice

1. Estrutura e Atribuições dos Elementos Constitutivos do SIPAER – NSCA 3-2

2. Plano de Emergência Aeronáutica em Aeródromo – NSCA 3-4

3. Investigação de Ocorrências com Aeronaves Militares – NSCA 3-6

4. Formação e Capacitação dos Recursos Humanos do SIPAER – NSCA 3-10

5. Código de Ética SIPAER - NSCA 3-12

6. Protocolos de Investigação de Ocorrências Aeronáuticas da Aviação Civil - NSCA 3-13

7. Certificações e Credenciais do SIPAER – NSCA 3-14

8. Gestão da Segurança de Voo na Aviação Militar NSCA 3-15

9. Sistema de Reportes do SIPAER para a Aviação Civil Brasileira NSCA 3-17


9.1. Reportes Mandatórios de Ocorrências
9.2. Reportes Mandatórios de Ocorrências Aeronáuticas

10. Reportes Voluntários do SIPAER para a Aviação Civil Brasileira

11. Proteção dos dados e informações dos Reportes Voluntários do SIPAER


11.1. Tratamento de RELPREV recebido pelos Provedores

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1. Estrutura e Atribuições dos Elementos Constitutivos do SIPAER


– NSCA 3-2

As tarefas realizadas com a finalidade de evitar perdas de vida e de material decorrentes de acidentes aeronáuticos são atividades
de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos. Essas tarefas estão definidas no artigo 1º, § 1º do Decreto nº 87.249/82,
que regulamenta o SIPAER.

O artigo 86 da Lei nº 7.565 do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) dispõe que é da competência do SIPAER planejar, orientar,
coordenar, controlar e executar as atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos.

Conforme disposto no artigo 25 do CBA, o SIPAER integra a infraestrutura aeronáutica no Brasil.

Em conformidade com o Decreto nº 87.249/82, o órgão central do SIPAER é o CENIPA, a quem cabe a orientação normativa do
Sistema. Nesse sentido, coube ao CENIPA a normatização da estrutura e das atribuições dos elementos constitutivos do SIPAER
por meio da NSCA 3-2.

De acordo com o disposto no artigo 87 do CBA, a prevenção de acidentes aeronáuticos é da responsabilidade de todas as pessoas,
naturais ou jurídicas envolvidas com fabricação, manutenção, operação e circulação de aeronaves e com as atividades de apoio da
infraestrutura aeronáutica no território brasileiro.

O detentor do mais elevado cargo executivo das organizações mencionadas na NSCA 3-2 possui a responsabilidade objetiva pela
não observância de qualquer dos dispositivos estabelecidos, bem como por suas consequências.

O SIPAER é composto pelos órgãos que se constituem Elos-SIPAER e pelas pessoas devidamente certificadas e credenciadas nos
termos dessa regulamentação.

A atribuição dessa responsabilidade independe do título a ele atribuído e todos os Elos-SIPAER podem se ligar diretamente, uns aos
outros por meio de Ligações Sistêmicas.

Conforme previsto no artigo 5º do Decreto nº 87.249/82, segundo as normas elaboradas pelo CENIPA, compete aos Elos-SIPAER a
execução das atividades que lhes forem cometidas. Essas ligações são válidas no que diz respeito ao desenvolvimento das
atividades especificamente relacionadas à segurança operacional aeronáutica.

Considerando a responsabilidade estabelecida pelo disposto no artigo 87 do CBA, o CENIPA estabeleceu que a normatização se
aplica:

A todas as organizações do Comando da Aeronáutica mencionadas na Norma;


À Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC);
A todas as organizações operadoras de serviços aeroportuários;
Aos fabricantes de aeronaves, motores e componentes;
Às organizações operadoras de serviços aéreos, aqui incluídas as empresas de transporte aéreo público regular e não regular, de
táxi aéreo, de serviços aéreos especializados, os aeroclubes e as escolas de aviação;
Às organizações governamentais que utilizam aeronaves para o cumprimento de suas atribuições, tais como as de Segurança
Pública, de Defesa Civil, etc.;
Às organizações prestadoras de serviço de manutenção de aeronaves, motores e componentes;
Às organizações de natureza civil provedoras de serviço de controle do espaço aéreo.

O profissional do SIPAER é o principal responsável por assessorar a alta administração da organização nos assuntos relacionados à
segurança de voo.

São funções de sua responsabilidade:

Assessorar a alta administração quanto à adequação da estrutura do Elo-SIPAER;


Realizar a atualização, a interação e a avaliação contínua da organização quanto às melhores práticas de prevenção de
ocorrências aeronáuticas;
Incentivar a formação e a manutenção da cultura de segurança de voo;

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Desenvolver sistemáticas de avaliação e controle;


Ter o pleno conhecimento de seus PPAA e da interação dessa ferramenta do SIPAER na organização;
Estabelecer uma sistemática de avaliação de riscos e de análise de tendências;
Estabelecer uma sistemática de avaliação da organização por meio de Vistoria de Segurança de Voo (VSV);
Estabelecer uma sistemática de resposta à emergência por meio do Plano de Emergência Aeronáutica em Aeródromo (PEAA) ou
Plano de Emergência em Aeródromo (PLEM);
Estabelecer uma sistemática de documentação e controle;
Realizar a investigação de ocorrências aeronáuticas nos casos previstos em normas do SIPAER.

O Elo-SIPAER da Organização deve possuir um processo sistemático de reporte voluntário para situações de Ocorrências definidas
pelas normas do SIPAER.

Deve também possuir pessoal devidamente qualificado, treinado e em condições de avaliar riscos e analisar tendências.

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2. Plano de Emergência Aeronáutica em Aeródromo – NSCA 3-4

Até o final da década de 1980, as práticas recomendadas para elaboração do planejamento de emergências em aeródromos
constavam de um documento editado pela OACI. Esse documento complementava o Anexo 13 – Investigação de Acidentes
Aeronáuticos.

O CENIPA editava as normas referentes ao assunto, com âmbito das aviações civil e militar, por meio da NSCA 3-4.

A partir de 2003, o Plano de Emergência Aeronáutica (PEAA) foi inserido nas normas que tratam da operação de aeródromos.
Dessa forma, passou a constituir um dos tipos de emergências previstos na elaboração do Planejamento de Emergência (PLEM).

De forma mais abrangente, o PLEM contém vários outros tipos de emergências que podem afetar a operação de um aeródromo.

Por exemplo, emergências médicas, emergências decorrentes de cargas perigosas, emergências relacionadas a desastres naturais
e emergências decorrentes de incêndios nas instalações.

O Plano de Emergência Aeronáutica de Aeródromo (PEAA) é um documento que estabelece procedimentos, responsabilidades e
atribuições para o atendimento de situações de emergência decorrentes de acidentes aeronáuticos em aeródromos militares e
aeroportos.

O PEAA prevê procedimentos de resposta a situações de emergências em aeronaves, no solo ou em voo.

Sua finalidade é evitar o agravamento da emergência ou mitigar as consequências de um acidente aeronáutico que venha ocorrer
em um raio de 8 km do centro do aeródromo militar ou do aeroporto.

A elaboração e atualização do PEAA são tarefas que estão sob a responsabilidade de diferentes atores. Vejamos:

Nos aeródromos militares – o Comandante;


Nos aeródromos sob a administração da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro – observação da Diretriz Interministerial
SIPAER/002;
Nos aeroportos – o administrador do aeroporto;
Nos aeroportos compartilhados com Unidades Aéreas Militares – responsabilidade coordenada entre o representante da OM e o
administrador do aeroporto, de modo a permitir o estabelecimento das ações pertinentes à esfera da administração militar de
acordo com o artigo 33 do CBA.

A NSCA 3-4 orienta que o administrador do aeródromo militar ou aeroporto constitua uma comissão para a elaboração do PEAA.

Os procedimentos a serem estabelecidos e os meios a serem disponibilizados para a emergência devem ser compatíveis com as
características de operação de cada aeródromo.

Respeitando-se a legislação aplicável, entre outros aspectos, é preciso considerar:

A infraestrutura de apoio instalada;


Os tipos de aeronave que operam no aeródromo;
O meio ambiente circundante.

De maneira geral, a composição do PEAA não dispõe uma forma e um conteúdo iguais, pois os aeródromos possuem
características e propósitos distintos.

Entretanto, de acordo com a NSCA 3-4, o grau de detalhamento do PEAA depende da complexidade da operação de cada
aeródromo.

Quando aplicáveis, os seguintes aspectos devem ser considerados e listados:

Responsabilidades;

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Atribuições de cada setor;


Mapas do aeródromo e de suas proximidades;
Recursos de infraestrutura instalados;
Fluxogramas de comunicação;
Organograma de coordenação;
Procedimentos de triagem;
Serviços de resgate e de combate ao fogo;
Serviços médico e hospitalar;
Procedimentos de remoção de aeronave;
Acionamento do SIPAER;
Informações sobre os recursos humanos e materiais disponíveis;
Tipos de aeronaves e respectivos operadores do aeródromo;
Meio ambiente circundante.

A NSCA 3-4 possui diversos exemplos que podem servir de referência para elaboração de um PEAA.

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3. Investigação de Ocorrências com Aeronaves Militares – NSCA


3-6

A NSCA 3-6 é a legislação que trata sobre os assuntos relacionados à investigação de ocorrências aeronáuticas com aeronaves
militares.

Nela são estabelecidos protocolos referentes às investigações de:

Acidente aeronáutico;
Incidente aeronáutico grave;
Incidente aeronáutico;
Ocorrência de solo com aeronaves militares.

Tais investigações são realizadas no âmbito do SIPAER.

São exemplos de protocolos referentes às investigações:

Procedimentos gerais de investigação;


Responsabilidades e atribuições;
Organização da investigação;
Registros e relatório final.

A aplicação da NSCA 3-6 está prevista para todas as organizações do COMAER.

A responsabilidade pela observância dos dispositivos estabelecidos na NSCA 3-6 compete ao Comandante, Chefe ou
Diretor das organizações militares do COMAER.

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4. Formação e Capacitação dos Recursos Humanos do SIPAER –


NSCA 3-10

A NSCA 3-10 define os programas de formação e capacitação dos recursos humanos do SIPAER. Sua finalidade é assegurar a
qualidade da atividade desenvolvida pelos órgãos constitutivos do Sistema.

Os cursos e estágios ministrados pelo CENIPA destinam-se, prioritariamente, aos profissionais vinculados a pessoas
jurídicas com atribuições associadas, diretamente, à atividade aérea.

O CENIPA planeja, coordena e ministra diversos cursos e estágios.

A indicação de candidatos aos cursos ou estágios do CENIPA obedece a prazos estabelecidos em calendário divulgado na página
eletrônica do CENIPA (internet).

A indicação deve ser encaminhada por meio de órgão específico. Vejamos:

Organizações pertencentes à Marinha do Brasil – por meio da Diretoria de

Aeronáutica da Marinha (DAerM);

Organizações pertencentes ao Exército Brasileiro – por meio do Comando de Operações Terrestres (COTer), através de proposta
do Comandante de Aviação do Exército;
Organizações pertencentes à Força Aérea Brasileira – por meio dos órgãos de Direção-Geral, de Direção Setorial ou de
Assistência Direta e Imediata ao CMTAER (ODGSA);
Órgãos públicos da administração direta e indireta no âmbito federal que operem aeronaves – diretamente ao CENIPA;
Órgãos públicos da administração direta e indireta no âmbito estadual e municipal que operem aeronaves – por meio do Serviço
Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) de sua região;
Operadores e mantenedores da aviação civil brasileira, regidos pelos RBAC 91, 135, 137, 140, 141 e 145 – por meio do SERIPA
de sua região;
Operadores e mantenedores da aviação civil brasileira regidos pelo RBAC 121 - diretamente ao CENIPA;
Operadores e representantes de órgãos governamentais da aviação civil de outros países - diretamente ao CENIPA, via
Embaixada do país do candidato;
Forças Armadas estrangeiras - por meio do Estado-Maior da Aeronáutica;
Órgãos de segurança pública de âmbito federal – diretamente ao CENIPA;
Órgãos de segurança pública de âmbito estadual – por meio do SERIPA de sua região.

Os candidatos a cursos e estágios devem, obrigatoriamente, proceder a sua inscrição em formulário próprio definido pelo CENIPA.

A indicação de candidato por sua organização ou instituição não exclui essa obrigatoriedade, podendo a vaga solicitada pela
organização ou instituição ser preterida.

A lista de indicação para a matrícula de candidatos deve ser remetida em ordem de prioridade estabelecida pela organização
solicitante.

A indicação feita por OM ou por instituição privada será válida somente para o curso ou estágio especificado, perdendo
seu efeito para cursos ou estágios subsequentes.

De acordo com o número de vagas disponíveis, caberá ao CENIPA estabelecer a distribuição das vagas para a matrícula de
candidatos.

No momento de apresentação para o curso, a organização solicitante e o candidato interessado devem apresentar documentação
que comprove os critérios para matrícula.

Serão conferidos os seguintes documentos a cada concludente de cursos ou estágios:

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Certificado de conclusão;
Certidão curricular.

Atendendo aos critérios e aos requisitos estabelecidos na NSCA 3-10, para ministrar o Curso de Gestão da Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (CGPAA), o CENIPA pode homologar:

Instituições no âmbito do Ministério da Defesa (MD);


Instituições de ensino superior que tenham curso de Ciências Aeronáuticas reconhecido pelo Ministério da Educação.

A homologação de uma instituição para ministrar o CGPAA é condicionada à aprovação, por parte do CENIPA:

do conteúdo curricular;
do preparo técnico do corpo docente;
da infraestrutura de ensino.

Além disso, a homologação é condicionada ao cumprimento de legislação complementar emitida pelo CENIPA.

Os alunos que concluírem o CGPAA em instituição homologada e apresentarem um bom aproveitamento farão jus à certificação
emitida pela própria instituição em que o curso foi realizado. As emissões de certificados de cursos na área do SIPAER são
necessárias à identificação de profissionais habilitados ao desempenho das funções estabelecidas na NSCA 3-2.

Os concludentes de cursos ministrados pelo CENIPA ou por instituições homologadas serão considerados Elementos Certificados
(EC) em sua respectiva área de formação. Conforme prevê a NSCA 3-2, os ECs serão considerados aptos a atuar como Elos de
prevenção de acidentes aeronáuticos dentro de sua esfera de competência.

As certificações referentes às diversas áreas de atuação dentro do SIPAER possuem validade permanente.

A emissão de credenciais SIPAER, por sua vez, será feita de modo a identificar os profissionais que participarão de atividades
diretamente ligadas às investigações de ocorrências aeronáuticas. Isso inclui a participação nas atividades de ação inicial.

Conforme prevê a NSCA 3-2, os profissionais credenciados estão autorizados a participar de investigações de ocorrências
aeronáuticas dentro de sua esfera de competência.

A emissão de credenciais SIPAER é de responsabilidade exclusiva do CENIPA. Não há taxa ou tarifa para emissão e
revalidação de qualquer credencial SIPAER.

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5. Código de Ética SIPAER - NSCA 3-12

Na sociedade contemporânea, há um questionamento muito grande sobre o que é essencial e o que é secundário, levando as
pessoas por diversas vezes a uma inversão de valores e sentimentos.

Embora esse questionamento pareça mais latente na atualidade, na verdade ele nasceu no momento em que o homem
passou a viver em sociedade e, para tanto, começou a perceber a necessidade de regras que regulamentassem esse
convívio.

A ética é uma ciência de estudo da filosofia. Ao longo de toda a história, vários pensadores se ocuparam de entendê-la com o
propósito de melhorar as relações interpessoais. As normas éticas revelam a melhor forma de o homem agir em seu relacionamento
com a sociedade e em relação a si mesmo.

Sócrates, considerado o pai da filosofia, relaciona o agir moral com a sabedoria. Segundo sua teoria, somente quem tem
conhecimento pode ver com clareza o melhor modo de agir em cada situação.

Assim como a teoria socrática, várias outras foram formuladas ao longo da história, contribuindo, de algum modo, para a melhora do
agir humano e, por conseguinte, para o convívio social.

Para muitos autores, Aristóteles teria sido o primeiro autor a desenvolver o pensamento sobre a ética.

Esse pensamento teria surgido da reflexão* sobre a diferença entre conhecimento teórico e conhecimento prático. Além disso, o
autor teria compreendido que o saber relacionado às coisas humanas não seria suscetível de demonstração teórica conforme
acontece na matemática e na física. Nesse sentido, subordinar as ações humanas a leis tão precisas quanto as da ciência seria
inviável.

A palavra ética deriva do grego ethos e significa comportamento. Heidegger dá ao termo ethos o significado de morada do ser.

A ética pode ser dividida em duas partes:

Ética normativa – propõe os princípios da conduta correta;


Metaética – investiga o uso de conceitos como bem e mal, certo e errado.

O estudo da ética demonstra que a consciência moral nos inclina a seguir o caminho da virtude, que seria uma qualidade própria da
natureza humana.

Logo, para ser ético, um homem precisa, necessariamente, ser virtuoso.

Ou seja, praticar o bem usando, constantemente, a liberdade com responsabilidade.

Nesse contexto, percebemos que o agir depende do ser. Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ética é:

[...] o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do
mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto.

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O princípio é o ponto em que alguma coisa ou algum conhecimento se origina, portanto, algo em sua gênese. O princípio também
pode ser definido como um conjunto de regras ou um código de boa conduta pelo qual alguém governa sua vida e suas ações.

Fazendo uma análise minuciosa desses conceitos, percebemos que os princípios que regem nossa conduta em sociedade são os
conceitos ou as regras que aprendemos por intermédio do convívio, passados de geração em geração.

Esses conhecimentos se originaram, em algum momento, no grupo social em que estamos inseridos, convencionando-se que sua
aplicação é boa.

Quando uma pessoa afirma que determinada ação fere seus princípios, ela está referindo-se a um conceito ou a uma regra que
surgiu em algum momento, em sua vida ou na vida do grupo social em que ela está inserida e que foi aceito como ação moralmente
adequada.

Portanto, os princípios são os pilares que embasam os relacionamentos intersubjetivos que têm o poder de manter a harmonia entre
os cidadãos envolvidos nos diversos processos.

Os profissionais do SIPAER são obrigados a seguir, religiosamente, os preceitos emanados da NSCA 3-12.

Além disso, devem conhecer e se guiar pelos princípios consagrados pela Filosofia do SIPAER.

A NSCA 3-12 adota os seguintes princípios da motivação:

Proporcionalidade;
Finalidade;
Segurança jurídica;
Simplicidade em seus atos.

Nas mais diversas sociedades, independentemente do nível cultural, econômico ou social em que estejam inseridos, os valores são
fundamentais. Os valores determinam quais são as pessoas que agem tendo o bem por finalidade.

As pessoas são mais ou menos desejadas ou estimadas por outras pessoas ou por um grupo por seu caráter.

O caráter é determinado pelo valor de suas ações.

A ação de uma pessoa tem seu valor aumentado à medida que for desejada e copiada por mais pessoas do grupo.

A palavra convence e o exemplo arrasta!

Todos os termos que servem para qualificar uma ação ou o caráter de uma pessoa têm um peso positivo e um peso negativo. Por
exemplo, honesto e desonesto, generoso e egoísta, verdadeiro e falso.

Os valores dão peso à ação ou ao caráter de uma pessoa ou de um grupo. Esse peso pode ser bom ou ruim.

Kant, filósofo alemão, afirmava que toda ação considerada moralmente boa deveria ser, necessariamente, universal.

Como muitos outros filósofos, Kant acreditava que a moralidade pode resumir-se no princípio fundamental da razão, a partir do qual
se derivam todos os nossos deveres e obrigações. Foi a esse princípio que chamou de imperativo categórico.

Infelizmente, o ideal kantiano de valor e moralidade está muito longe de ser alcançado. As diversidades culturais e sociais fazem
com que o valor dado a determinadas ações mude de acordo com o contexto em que o indivíduo está inserido.

Logo, há um constante antagonismo e um conflito de interesses que fazem os seres humanos possuírem opiniões distintas e
oponentes. Desse modo, as ações são mensuradas de forma diferenciada.

O Código de Ética é um instrumento que busca a realização dos princípios, da visão e da missão do Sistema. Sua função é orientar
as ações de seus investigadores e explicitar sua postura social em face dos diferentes públicos com os quais interage.

É da máxima importância que seu conteúdo seja refletido nas atitudes dos profissionais do SIPAER.

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A missão do CENIPA é promover a prevenção de acidentes aeronáuticos, preservando os recursos humanos e materiais, visando ao
progresso da aviação brasileira. Para tanto, os profissionais devem pautar suas ações em lealdade, transparência e respeito.

Os preceitos do Código de Ética do Sistema devem ser aplicados pelo CENIPA aos profissionais que descumprirem suas regras.

A informação deve ser resguardada a ponto de não interferir na veracidade das conclusões sobre uma ocorrência aeronáutica.

Toda atividade de investigação é sigilosa.

O descumprimento dos preceitos do Código de Ética redunda no cometimento de infrações. De acordo com sua gravidade, há a
possibilidade de aplicação das penalidades de Advertência por Escrito e Cassação da Credencial.

Os princípios constitucionais e infraconstitucionais contidos no Artigo 2° da Lei n° 9.784/99 serão respeitados.

As penalidades serão aplicadas de forma independente e não cumulativa, e de modo proporcional à gravidade da infração cometida.
A pena é aplicada na medida da culpabilidade do profissional.

O desrespeito aos ditames contidos no Código de Ética não se confunde com o cancelamento da Certificação ou Credencial
SIPAER por motivos de ordem técnica e doutrinária regulado pela NSCA 3-14.

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6. Protocolos de Investigação de Ocorrências Aeronáuticas da


Aviação Civil - NSCA 3-13

A NSCA 3-13 estabelece protocolos, responsabilidades e atribuições referentes investigações realizadas no âmbito da Aviação Civil
Brasileira.

Sua finalidade é fazer com que se cumpram, com uniformidade, as normas e as práticas recomendadas – Standards and
Recommended Practices (SARP). Tais normas são estabelecidas pelo Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional.

As investigações de que a NSCA 3-13 trata têm como única finalidade a prevenção de acidentes aeronáuticos, incidentes
aeronáuticos graves e incidentes aeronáuticos por meio de:

Identificação dos fatores contribuintes presentes na ocorrência investigada, direta ou indiretamente;


Emissão de recomendações de segurança que possibilitem uma ação direta ou uma tomada de decisão para eliminar os fatores
contribuintes ou minimizar suas consequências.

Não é propósito da investigação do SIPAER atribuir culpa ou responsabilidade aos envolvidos na ocorrência aeronáutica.

A investigação de acidentes, incidentes aeronáuticos graves e incidentes aeronáuticos é uma ferramenta reativa indispensável à
segurança de voo. Para tanto, os recursos humanos e materiais necessários devem ser direcionados de forma apropriada.

Por esse motivo, é preciso avaliar o alcance de cada investigação considerando os custos e os ensinamentos colhidos.

Em muitas investigações, observamos a repetição de condições similares às exaustivamente analisadas em ocorrências


aeronáuticas anteriores. Dessa forma, nem sempre se justificam os recursos aplicados nessas investigações para o
aperfeiçoamento da segurança de voo.

O CENIPA estabeleceu critérios relativos ao processo de investigação de ocorrências aeronáuticas na aviação civil brasileira. Esse
processo foi realizado em conformidade com o Anexo 13 à Convenção sobre

Aviação Civil Internacional e com os diversos documentos da ICAO que dispõe sobre o assunto. Seu o objetivo é aplicar os recursos
disponíveis de maneira eficiente e adequada, sem prejuízo do conceito de segurança de voo.

Será realizada a Ação Inicial em toda a ocorrência previamente classificada como acidente aeronáutico. Como resultado, será
gerado um Reporte Preliminar (RP) de caráter factual.

É importante saber que em algumas ocasiões serão formuladas hipóteses, as quais serão fundamentadas em pareceres técnicos e
suportadas por dados factuais.

Na conclusão da investigação, serão determinados, com base nas evidências registradas no processo de investigação, os fatores
contribuintes para a ocorrência, abrangendo os diversos aspectos inseridos nas áreas dos Fatores humano, operacional e material.

As ocorrências aeronáuticas que demandarem investigação SIPAER, terão os dados gerais publicados com a emissão de Reporte
Preliminar, Reporte Intermediário, Relatório Final ou Relatório Final Simplificado.

Quando não se enquadrar nos casos previstos, a investigação será encerrada com a emissão de um Relatório Simplificado de
Investigação fundamentado no Reporte Preliminar.

Se o CENIPA julgar que as circunstâncias de um incidente aeronáutico podem trazer novos ensinamentos à prevenção e à
segurança de voo, este será investigado.

Quando houver uma investigação de um incidente aeronáutico, os resultados serão publicados por meio de Relatórios Finais ou
Relatórios Finais Simplificados, conforme critérios descritos na NSCA 3-13.

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Por determinação prevista no CBA, toda pessoa que tiver conhecimento de uma ocorrência aeronáutica ou da existência de
destroços de aeronave em território brasileiro tem o dever de notificar à autoridade pública mais próxima a qual couber informar.

Em outras palavras, é necessário informar, imediatamente, ao CENIPA ou ao

SERIPA da região correspondente.

Uma notificação deve ser feita sempre que houver qualquer ocorrência aeronáutica. Para tanto, é necessário preencher a Ficha de
Notificação e Confirmação de Ocorrência (FNCO), disponível no site do CENIPA.

A ação inicial de qualquer ocorrência aeronáutica é conduzida por, pelo menos, um profissional habilitado pelo SIPAER. Esse
profissional pode ou não ser o Investigador-Encarregado da Investigação.

O fundamental é que sua credencial seja válida para o tipo de atividade em questão.

O responsável pela ação inicial deve comparecer ao local da ocorrência para registrar todas as informações factuais que
possam ser úteis durante a investigação.

O responsável pela ação inicial terá controle e acesso irrestrito à aeronave, a seus destroços e a todo material relevante. Isso inclui
gravadores de voo, documentos, transcrição de comunicações dos órgãos de controle do espaço aéreo e entrevistas de
testemunhas. Dessa forma, é possível garantir que um exame detalhado poderá ser feito, sem atrasos, imediatamente após as
ações de resgate. A análise pode estender-se até o término do processo de investigação.

A organização encarregada da investigação de incidente aeronáutico pode ser um

Provedor de Serviço de Aviação Civil (PSAC) por atribuição do CENIPA. Isso ocorrerá quando o PSAC possuir profissional
credenciado pelo CENIPA para realizar investigação de ocorrência aeronáutica.

Há ainda os casos de acidente ou incidente aeronáutico grave com aeronave civil de registro brasileiro, de transporte aéreo regular,
ou que opere segundo o RBAC 121. Em tais situações, a organização encarregada da investigação será o CENIPA, podendo
delegá-la a um determinado SERIPA. O mesmo ocorre em casos de aeronave civil de registro estrangeiro.

Com as demais aeronaves civis de registro brasileiro, a organização encarregada da investigação será o SERIPA em cuja área
ocorreu o acidente ou incidente aeronáutico grave.

Por vezes, a organização encarregada pela investigação poderá, em coordenação com o Investigador-Encarregado, designar uma
comissão para sua investigação. Isso vai depender da complexidade da ocorrência aeronáutica.

OBJETIVO DO RELATÓRIO FINAL

O Relatório Final de uma investigação de ocorrência aeronáutica é uma das principais ferramentas para aplicação das medidas de
segurança necessárias. O objetivo do Relatório Final é divulgar a conclusão oficial do SIPAER, fundamentado nos elementos de
investigação, na análise, na conclusão e nas Recomendações de Segurança relativas a uma ocorrência aeronáutica, visando,
exclusivamente, à prevenção de novas ocorrências.

Criado pelo CENIPA, o Relatório Final Simplificado de ocorrência aeronáutica é uma ferramenta fundamentada nas recomendações
da OACI para a divulgação da conclusão de uma investigação. O Relatório Final simplificado também é chamado de SUMA. Sua
finalidade é buscar impedir que outras ocorrências se repitam pela presença de fatores contribuintes análogos. Elaborada com base
nas informações colhidas no RP, a SUMA de Investigação é composta pelos seguintes tópicos:

Informações factuais;
Histórico do voo;
Comentários;

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Fatos;
Ações corretivas;
Recomendações de segurança - quando pertinentes.

A investigação realizada pelo órgão constitutivo do SIPAER é totalmente independente das realizadas com propósitos diferentes da
prevenção de acidentes aeronáuticos.

É vedada a participação de pessoal designado pelo Investigador-Encarregado para uma investigação SIPAER em qualquer
sindicância, inquérito administrativo, inquérito policial e inquérito policial militar relacionado à mesma ocorrência.

A investigação no âmbito SIPAER não tem a finalidade de identificar ou atribuir culpa ou responsabilidade. A NSCA 3-13 se aplica a
todos os processos de investigação de ocorrências aeronáuticas na aviação civil.

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7. Certificações e Credenciais do SIPAER – NSCA 3-14

A NSCA 3-14 estabelece protocolos, responsabilidades e atribuições referentes à concessão de Certificações e Credenciais do
Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER). Sua finalidade é fazer com que se cumpram, com
uniformidade, as disposições do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA).

As certificações SIPAER são destinadas aos profissionais que concluírem um curso SIPAER, na modalidade presencial, em
conformidade com a NSCA 3-10 - Formação e Capacitação dos Recursos Humanos do SIPAER.

As Certificação SIPAER são necessárias à habilitação de profissionais para o desempenho das funções estabelecidas na NSCA 3-2
- Estrutura e Atribuições dos elementos Constitutivos do SIPAER.

As Certificações (certificado de conclusão de curso), referentes às diversas áreas de atuação do SIPAER, possuem
validade permanente.

A Credencial de Autoridade de Investigação SIPAER identifica e habilita o seu titular ao exercício da atividade de investigação e
prevenção de acidentes aeronáuticos, conforme os artigos 86, 86-A, 87, 88-A, 88-B, 88-C, 88-G, 88-H, 88-M, 88-N, 88-O e 88-P do
Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA).

É destinada aos profissionais vinculados ao CENIPA e aos SERIPAs, que participem de atividades relacionadas à investigação de
ocorrências aeronáuticas, no âmbito da aviação civil, sob responsabilidade do Estado Brasileiro.

A Credencial de Investigador SIPAER identifica o seu titular e enumera as suas qualificações no SIPAER, conforme NSCA 3-10 -
Formação e Capacitação dos Recursos Humanos do SIPAER e assegura, ao seu titular, acesso à área operacional dos aeroportos,
bem como à aeronave sob investigação, seus equipamentos, documentos e as coisas que por ele eram transportadas, quando no
exercício da atividade de investigação de ocorrências aeronáuticas.

A Credencial de Investigador SIPAER é destinada aos oficiais de segurança de voo e elementos certificados pertencentes ao efetivo
das Forças Armadas, mediante análises do CENIPA, em conformidade com as Normas SIPAER.

Também é destinada a agentes de segurança de voo e elementos certificados pertencentes ao quadro de funcionários de demais
órgãos, empresas públicas ou privadas, mediante análise do CENIPA, em conformidade com as Normas SIPAER.

A emissão de credenciais SIPAER é de responsabilidade exclusiva do CENIPA, obedecendo aos critérios da regulamentação do
SIPAER.

As solicitações de emissão de credencial SIPAER serão submetidas à apreciação do CENIPA, considerando a necessidade de
atuação do solicitante em atividades de investigação de ocorrências aeronáuticas sob a responsabilidade do Estado Brasileiro.

As credenciais SIPAER terão validade de até três anos, conforme impresso em campo específico da própria credencial.

A Credencial SIPAER poderá ser suspensa ou cancelada nas seguintes situações:

Por solicitação de seu detentor;


Por solicitação do Elo-SIPAER ao qual o credenciado esteja vinculado; e
A critério do CENIPA, de acordo com a regulamentação do SIPAER.

Nos casos de extravio de Credencial SIPAER, o seu detentor poderá solicitar formalmente a emissão de segunda via ao CENIPA.
Tal solicitação deverá ser ac0mpanhada de Boletim de Ocorrência Policial ou de declaração registrada em cartório com firma
reconhecida por autenticidade.

A cassação de credencias SIPAER obedecerá ao disposto na NSCA 3-12 - Código de Ética do SIPAER.

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8. Gestão da Segurança de Voo na Aviação Militar NSCA 3-15

A NSCA 3-15 tem por finalidade estabelecer protocolos, responsabilidades atribuições para o planejamento e a execução das
atividades básicas da prevenção de acidentes aeronáuticos, permitindo que os Elos do Sistema de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) desenvolvam tais atividades de acordo com as características das missões e as especificidades
de suas organizações, visando à melhoria da Segurança de Voo das operações aéreas.

ÂMBITO

Esta Norma é aplicável no âmbito da aviação militar brasileira, em especial, às organizações militares:

operadoras de aeronaves;

operadoras de aeródromos;

parques/oficinas de manutenção de aeronaves, motores e componentes aeronáuticos; e

organizações envolvidas com a fabricação, a manutenção, a operação e a circulação de aeronaves e com as atividades de apoio
da infraestrutura aeronáutica.

Conforme a Portaria GM-MD nº 4.095, de 7 de outubro de 2021, as previsões das normas do SIPAER deverão ser adotadas pelo
Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha (SIPAAerM) e pelo Sistema de Investigação e
Prevenção de Acidentes da Aviação do Exército (SIPAAerEx), podendo, o seu conteúdo, ser adaptado às peculiaridades de cada
Força Singular.

NOTA – de acordo com a Portaria referenciada, as eventuais adaptações das normas SIPAER não poderão ser conflitantes,
devendo haver coordenação entre as Forças envolvidas sempre que pontos possivelmente duvidosos sejam abordados.

RESPONSABILIDADE

De acordo com a legislação brasileira, “a prevenção de acidentes aeronáuticos é da responsabilidade de todas as pessoas, naturais
ou jurídicas, envolvidas com a fabricação, manutenção, operação e circulação de aeronaves, bem como com as atividades de apoio
da infraestrutura aeronáutica no território brasileiro”.

Como consequência, compete ao detentor do mais elevado cargo executivo da organização, independentemente do título a ele
atribuído, a responsabilidade de observar os dispositivos aqui estabelecidos, como forma de estabelecer a supervisão da segurança
de voo de sua organização.

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9. Sistema de Reportes do SIPAER para a Aviação Civil Brasileira


NSCA 3-17

Esta Norma tem por finalidade estabelecer protocolos, responsabilidades e atribuições referentes aos reportes do SIPAER.

O SIPAER integra a infraestrutura aeronáutica, conforme o disposto no Art. 25 da Lei Federal nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986,
Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA). Compete ao SIPAER: “planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de
investigação e de prevenção de acidentes aeronáuticos”, nos termos do Art. 86 do CBA.

Em 2018, por meio do Decreto nº 9.540, de 25 de outubro, em seu Art. 1º, §6º, ficou estabelecido que: “No âmbito da aviação civil,
as atividades de prevenção, de competência da Autoridade de Investigação SIPAER, ficarão limitadas às investigações de acidentes
e incidentes aeronáuticos e às tarefas relacionadas com a gestão dos sistemas de Reporte Voluntários, as quais observarão o
disposto na Convenção sobre Aviação Civil Internacional, promulgada pelo Decreto nº 21.713, de 1946, e em seus Anexos”.

A NSCA 3-17 se aplica:

ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA);

à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC);

ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e demaisorganizações que compõem o Sistema de Controle do
Espaço Aéreo

Brasileiro (SISCEAB);

à Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo (ASOCEA) do Comando da Aeronáutica;

aos proprietários, operadores ou exploradores de aeronaves civis;

aos operadores de aeródromos civis;

aos fabricantes de aeronaves, motores e componentes aeronáuticos; e

às organizações provedoras de serviço de manutenção de aeronaves, motores e componentes.

De acordo com o Art. 3º, inciso XIII, do Decreto nº 9.540/2018, compete ao CENIPA: “gerenciar os sistemas obrigatórios e
voluntários de notificação de ocorrências e os sistemas de Reporte Voluntário previstos nas Normas do SIPAER”.

A Portaria Conjunta ANAC/COMAER nº 5.754, de 23 de agosto de 2021, estabelece que o Sistema de Reporte para a Aviação Civil
Brasileira tem a finalidade de aperfeiçoar o mecanismo de reporte mandatório e voluntário de ocorrências, a ser tratado pelo
Comando da Aeronáutica (COMAER) e Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), como parte integrante do Programa Brasileiro
para a Segurança Operacional da Aviação Civil (PSO-BR).

Artigo 87 do CBA: “A prevenção de acidentes aeronáuticos é da responsabilidade de todas as pessoas, naturais ou jurídicas,
envolvidas com a fabricação, manutenção, operação e circulação de aeronaves, bem assim com as atividades de apoio da
infraestrutura aeronáutica no território brasileiro”.

De acordo com o Anexo I da Portaria Conjunta ANAC/COMAER nº 5.754/2021:

Compete ao DECEA e à ANAC:

no tocante ao sistema de reporte do Estado Brasileiro, estabelecer o processo para a análise das ocorrências coletadas a fim de
identificar os perigos para a segurança operacional associados a essas ocorrências ou grupos de ocorrências; e

utilizar as informações obtidas a partir da análise das ocorrências para identificar as medidas preventivas ou corretivas a tomar,
se for o caso, no âmbito do PSO-BR.

Compete ao CENIPA:

no tocante ao mecanismo de reporte mandatório, classificar as comunicações que se enquadrem como ocorrência aeronáutica,
nos casos de acidente aeronáutico, incidente aeronáutico grave, incidente aeronáutico ou ocorrência de solo, procedendo à
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investigação dos casos previstos nas legislações em vigor; e

no tocante ao mecanismo de reporte voluntário do Estado Brasileiro, compartilhar com o DECEA e a ANAC, em tempo hábil, as
informações de

segurança operacional das ocorrências contidas no RCSV, garantindo a proteção da fonte.

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9.1. Reportes Mandatórios de Ocorrências

Os reportes mandatórios processados pelo CENIPA são aqueles categorizados como ocorrência aeronáutica.

O pessoal envolvido com a operação de aeronaves, de aeródromos e de tráfego aéreo devem comunicar as ocorrências
aeronáuticas, com a maior brevidade possível, por meio dos canais de comunicação do SIPAER e/ou do Portal Único de Notificação.

O tratamento das comunicações de ocorrências classificadas como “ocorrências aeronáuticas” se dará conforme a NSCA 3-13,
“Protocolos de Investigação de Ocorrências Aeronáuticas da Aviação Civil conduzidas pelo Estado Brasileiro”.

Os dados dos reportes mandatórios de que tratam o item 2.2 serão compartilhados com a ANAC e o DECEA como fontes de
informação para os processos de Gerenciamento de Segurança Operacional dos respectivos Programas Específicos de Segurança
Operacional.

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9.2. Reportes Mandatórios de Ocorrências Aeronáuticas

O Anexo 19 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional (Convenção de Chicago) de 1944 estabelece que os Estados
mantenham um sistema mandatório de notificação de segurança que inclua, mas não se limite, a notificação de incidentes. Os
sistemas devem ser simples para acessar, gerar e enviar reportes mandatórios.

Os reportes mandatórios processados pela ANAC e DECEA são aqueles disciplinados no âmbito de suas competências, por meio
de regulamento próprio, conforme estabelecido no item 2.1.1 da Portaria Conjunta ANAC/COMAER nº 5.754, de 23 de agosto de
2021.

As listas de ocorrências caracterizadas como de reporte mandatório são publicadas por meio de ato normativo próprio da ANAC e
do DECEA.

Os dados dos reportes mandatórios de que tratam o item 2.1 serão compartilhados entre a ANAC e o DECEA como fontes de
informação para os processos de Gerenciamento de Segurança Operacional dos respectivos Programas Específicos de Segurança
Operacional.

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10. Reportes Voluntários do SIPAER para a Aviação Civil


Brasileira

Os Reportes Voluntários do SIPAER para a Aviação Civil Brasileira destinam-se à coleta de dados e informações de Segurança
Operacional não capturados pelos reportes mandatórios. Esses reportes vão além dos reportes típicos de incidentes e são úteis
para revelar condições reais ou potenciais que possam constituir perigos não identificados ou não considerados pelos gestores das
organizações provedoras de serviços.

Relato de Prevenção (RELPREV)

O RELPREV é um reporte voluntário estabelecido pelo SIPAER para que qualquer pessoa possa registrar e comunicar um evento,
ocorrência, condição latente, falha ativa, circunstâncias ou situações com potencial para afetar a Segurança Operacional, no âmbito
de um Provedor de Serviço de Navegação Aérea (PSNA) ou Provedor de Serviço de Aviação Civil (PSAC).

O RELPREV está baseado nos princípios da voluntariedade, sigilo e não punibilidade. Seu único objetivo é contribuir para
a prevenção de acidentes aeronáuticos.

Os provedores poderão disponibilizar o RELPREV de modo acessível a todo o pessoal da organização, a seus usuários ou a
qualquer pessoa que queira fazer um reporte, podendo fazê-lo via formulário em papel, conforme modelo sugerido no Anexo A desta
norma, ou por meio eletrônico elaborado pelo provedor.

A coleta e o processamento do RELREV poderão ser realizados no âmbito do SGSO/SMS dos provedores de serviço; conforme os
processos, ferramentas e procedimentos de gerenciamento do risco à Segurança Operacional de cada PSNA ou PSAC.

O RELPREV poderá ser preenchido de modo anônimo pelo relator.

Os dados de identificação dos RELPREV deverão ter o acesso restrito aos Gestores de Segurança Operacional e ao pessoal
envolvido em eventual Investigação de Segurança Operacional. Os provedores devem garantir a proteção adequada ao RELPREV,
de modo a incentivar pessoas a relatarem as condições observadas, promover uma cultura de comunicação eficaz e identificar, de
forma proativa, os potenciais perigos e deficiências de Segurança Operacional da organização.

Toda pessoa que submeter um RELPREV identificado deverá receber um feedback sobre as decisões ou ações tomadas
pelo provedor.

Recomenda-se que os reportes sejam analisados e tabulados de acordo com a avaliação inicial do risco, de modo a classificar e
selecionar aqueles que devam ser tratados prioritariamente e que os reportes sejam categorizados por meio de uma taxonomia que
facilite a identificação de perigos e tendências comuns.

Relato ao CENIPA para a Segurança de Voo (RCSV)

O RCSV é um reporte voluntário destinado à comunicação de perigos relacionados à Segurança Operacional, para os quais exista a
necessidade de intervenção do Estado Brasileiro e a preservação do sigilo da fonte.

O RCSV será utilizado quando se identificarem perigos para a aviação relacionados a:

um deficiente sistema de reporte mandatório ou voluntário da organização;

uma cultura de segurança inexistente ou degradada na organização; e

a necessidade de se preservar a identidade do relator.

O RCSV será submetido ao CENIPA por meio do Portal Único de Notificação ou da página eletrônica do CENIPA.

A utilização do RCSV pressupõe que uma ocorrência foi tratada no âmbito do SGSO/SMS do PSAC ou PSNA, porém as ações
mitigadoras adotadas não foram suficientes para reduzir ou eliminar o perigo identificado.

O RCSV não poderá ser preenchido de modo anônimo pelo relator. Toda pessoa que submeter um RCSV receberá um
feedback sobre as decisões ou ações tomadas pelo CENIPA.

O RCSV não deve ser utilizado para denúncia de fatos que constituam crime, contravenção penal de qualquer natureza ou violações
intencionais de regulamentos aeronáuticos.

O CENIPA assegurará o sigilo da fonte, nos termos da Seção III do Capítulo VI do CBA, quando os fatos reportados se limitarem à
comunicação de perigos relacionados à Segurança Operacional.

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Quando o relato requerer a ação da Autoridade Aeronáutica Militar, da Autoridade de Aviação Civil ou outro órgão
governamental, o CENIPA realizará a desidentificação do RCSV e submeterá as informações de Segurança Operacional
para apreciação da entidade competente. Após o tratamento do RCSV, o relato será desidentificado e arquivado pelo
CENIPA, em conformidade com a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 - “Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD)”.

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11. Proteção dos dados e informações dos Reportes Voluntários


do SIPAER

A proteção dos dados, informações e suas fontes relacionadas é essencial para garantir a disponibilidade contínua de reportes, com
o objetivo de usá-los para manter ou aperfeiçoar a Segurança Operacional, incentivando indivíduos e organizações a relatar dados e
informações de segurança, em conformidade com os protocolos do Anexo 19 à Convenção sobre aviação Civil Internacional
(Convenção de Chicago) de 1944.

O CBA, em sua Seção III do Capítulo VI - "Do Sigilo Profissional e da Proteção à Informação", Art. 88-I, inciso III, caracteriza como
"fonte SIPAER" os "dados dos sistemas de notificação voluntária de ocorrências". Adicionalmente, o § 2º do Art. 88-I do CBA
estabelece que tais dados não serão utilizados para fins probatórios em processos judiciais e procedimentos administrativos e
somente deverão ser fornecidos mediante requisição judicial, observado o
Art. 88-K do mesmo Código.

Indivíduos, organizações, dados e informações reportados por meio de um sistema de reporte voluntário do SIPAER são
protegidos pelo CBA.

As Autoridades e os Provedores não serão impedidos de usar os dados de reportes para tomar qualquer ação preventiva ou
corretiva, que seja necessária para manter ou melhorar a Segurança Operacional.

Quando os fatos relatados levantarem dúvidas quanto a qualificações, competências e capacidades operacionais ou técnicas de
profissionais ou de organizações, os dados poderão ser utilizados com a finalidade única de se restabelecer o Nível Aceitável de
Desempenho da Segurança Operacional (NADSO). Nesses casos, a Autoridade ou o Provedor deve adotar as medidas necessárias
para evitar consequências adversas ou prejudiciais à fonte das informações, como resultado do uso de tais dados e informações.

Quando da utilização dos dados, deve-se evitar, sempre que possível, impactos financeiros, de reputação ou outros impactos
adversos para a sua fonte.

Nos casos em que o CENIPA for instado a emitir parecer sobre a disponibilização de informações de relatos voluntários do
SIPAER, visando proceder ao critério de equilíbrio (balancing test), o referido parecer será disponibilizado para a ICAO.

Indivíduos e organizações são protegidos por:

garantir que não sejam punidos com base em seu reporte; e

limitar o uso de dados e informações de Segurança Operacional relatados para fins destinados a manter ou aperfeiçoar a
segurança.

As proteções se aplicam nos limites em que os fatos relatados impactarem na Segurança Operacional.

Sistemas de reportes voluntários distintos daqueles previstos nas Normas do SIPAER, eventualmente estabelecidos pela
ANAC ou DECEA, deverão ter sua garantia de proteção definidas em regulamentos próprios.

A proteção de que trata esta Norma se aplica a dados reportados por meio de reportes voluntários previstos em Norma do SIPAER,
abrangendo indivíduos ou organizações. Ao utilizar um reporte voluntario normatizado pelo SIPAER, os provedores deverão realizar
a desidentificação dos dados, de modo a proporcionar a proteção da fonte, de pessoas e organizações envolvidas.

É vedada a utilização dos dados de um reporte voluntário do SIPAER para a realização de ações que não sirvam aos
interesses da Segurança Operacional; e que tenham objetivo e efeito puramente punitivo ou disciplinar.

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11.1. Tratamento de RELPREV recebido pelos Provedores

Os reportes do SIPAER são ferramentas eficientes para a identificação de perigos, fazendo parte de atividades contínuas dos
Provedores de Serviços de Aviação Civil (PSAC) e dos Provedores de Serviços de Navegação Aérea (PSNA), os quais necessitarão
dar o tratamento adequado para cada tipo de ocorrência reportada.

Tratamento de dados de RELPREV

Ao receber um reporte, os provedores devem ser capazes de distinguir uma ocorrência que requeira a condução de Investigação
SIPAER, conforme protocolos da NSCA 3-13, e as que requeiram a condução de investigações de segurança operacional,
conduzidas no âmbito interno da organização, como segue:

a investigação de acidentes e incidentes graves prevista no Anexo 13 à Convenção de Chicago é uma responsabilidade do
Estado, atribuída, no Brasil, ao CENIPA, e é essencial para divulgar as lições aprendidas; e

as investigações de segurança operacional são conduzidas por provedores de serviços como parte de seu SGSO/SMS para
apoiar os processos de identificação de perigos e gerenciamento de riscos.

Quando uma ocorrência aeronáutica com potencial para ser classificada como acidente ou incidente grave for reportada por meio de
um RELPREV, o provedor deverá providenciar a notificação ao CENIPA, com a maior brevidade possível, por meio dos canais de
comunicação do SIPAER, segundo os protocolos estabelecidos na NSCA 3-13.

A NSCA 3-17 não visa impedir que uma Investigação de Segurança Operacional seja desenvolvida por um Provedor,
Autoridade de Aviação Civil ou Autoridade Aeronáutica, ainda que uma Investigação SIPAER seja conduzida pelo CENIPA.

Quando uma ocorrência constante das listas de ocorrências de reporte mandatório for comunicada por meio de um RELPREV, o
provedor deverá providenciar para que esta seja notificada por meio do Portal Único de Notificação.

No caso de recebimento de um RELPREV cujo tratamento seja da competência de outro Provedor, de Autoridade de Aviação Civil
ou de Autoridade Aeronáutica, caberá ao provedor que recebeu o reporte realizar a desidentificação do relator e remeter os fatos à
organização competente para o seu tratamento. Assim que as ações de tratamento do RELPREV forem encerradas, o reporte será
desidentificado e arquivado, em conformidade com a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 -
“Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)”.

Tratamento de denúncias

Quando uma denúncia for encaminhada por meio de um RELPREV, o provedor não receberá o relato, devendo orientar o
denunciante a submeter as informações ao órgão competente para o tratamento da eventual violação intencional à regulamentação
aeronáutica, ou do crime. Quais sejam: DECEA, ANAC, Ministério Público ou Autoridade Policial.

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