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1.1 A SEGURANÇA DE VOO NO SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL ............................................... 6
1.2 SIPAER – SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS... 8
1.2.1 Composição: ...................................................................................................... 9
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1.6.1 Triangulo de Heinrich ...................................................................................... 23
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Caro aluno
Bons estudos!
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SEGURANÇA DE VOO
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Como cada país tem peculiaridades e características diferentes, a OACI criou as
chamadas Diferenças, que determinam que uma regra de OACI não será cumprida ou terá
uma ressalva em seu cumprimento. No Brasil estas Diferenças são publicadas na AIP
(Aeronautical Information Publication), parte GEN.
13 - Investigação de
OACI - Anexos 8 - Aeronavegabilidade Acidentes 10 - Telecomunicações
Aeronáuticos
11 - Serviço de Tráfego
14 - Aeroportos
Aéreo
12 - Busca e
18 - Cargas Perigosas
Salvamento
15 - Informações
Aeronáuticas
Normas RBHA / RBAC NSCA NSCA
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SGSO, o conceito de segurança de voo amplia-se para uma abordagem sistêmica e ampla,
considerando todos os aspectos que envolvem a segurança na operação de uma aeronave e
promovendo a melhoria contínua dos níveis de segurança.
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Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, essas investigações foram
unificadas sob a jurisdição da antiga Inspetoria Geral da Aeronáutica, e passaram a sofrer um
processo de constante evolução.
Da aviação civil brasileira, então incipiente, não se têm muitas notícias. Sabe-se que
até o início dos anos 30 não existia forma alguma de controle ou registro das ocorrências.
Uma nova filosofia foi então criada e começou a ser difundida. Os acidentes passaram
a ser vistos a partir de uma perspectiva mais global e dinâmica. A palavra inquérito foi
incondicionalmente substituída. As investigações passaram a ser realizadas com um único
objetivo: a "prevenção de acidentes aeronáuticos".
1.2.1 Composição:
Todas as organizações citadas no item 1.2.1 da NSCA 3-2/2008 deverão ter em sua
estrutura organizacional, obrigatoriamente, um Elo-SIPAER, seguindo a subordinação
hierárquica e assumindo a responsabilidade estabelecida.
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SERIPA – Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos: organização do COMAER, subordinada administrativamente ao
COMAR (Comandos Aéreos Regionais) em cuja área está sediada e, técnica e
operacionalmente, ao CENIPA, tendo sua estrutura definida em regulamento e
regimento internos próprios.
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CIAA – Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico: Grupo de pessoas
designadas, de acordo com suas qualificações técnico-profissionais, para investigar um
acidente aeronáutico, devendo ser adequado às características desse acidente.
ELO-SIPAER: Órgão, setor ou cargo, dentro da estrutura das organizações, que tem a
responsabilidade do trato dos assuntos de Segurança Operacional do âmbito do
SIPAER.
Nas empresas de aviação e nas entidades civis envolvidas com operação, fabricação,
manutenção ou circulação de aeronaves, bem como com as atividades de apoio e
infraestrutura aeronáutica, deverá existir um setor destinado exclusivamente ao trato dos
assuntos da segurança de voo, constante da sua estrutura organizacional. Este setor deverá
ser chefiado por elemento credenciado pelo CENIPA que será denominado como: ASV/ASO –
Agente de Segurança de Voo / Agente de Segurança Operacional.
Pessoa civil, ou militar da reserva, que concluiu o Curso de Segurança de Voo, com
cartão SIPAER válido, habilitado para realizar as atividades de Investigação e Prevenção de
Acidente e Incidente Aeronáutico.
Dentre as suas atribuições podemos citar:
• Promover a atualização dos profissionais da sua organização que atuam no SIPAER;
• Propor ao CENIPA a atualização das normas do SIPAER;
• Manter atualizadas, junto ao Elo-SIPAER de sua organização, as informações relativas
às suas qualificações na área de segurança operacional, à validade de sua credencial,
aos períodos de afastamento e indisponibilidade, e outras julgadas pertinentes pelo
responsável por aquele setor, observando o disposto nas normas do SIPAER;
• Realizar, sob coordenação do Comando Investigador competente, a investigação de
incidente aeronáutico ou de ocorrência de solo, quando designado pelo Elo-SIPAER de
sua organização, elaborando o respectivo relatório;
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• Comunicar ao CENIPA, diretamente, qualquer discrepância ou inconsistência
encontrada na base de dados do SIGIPAER – Sistema Integrado de Gerenciamento da
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
É o militar, oficial das Forças Armadas, que concluiu o Curso de Segurança de Voo,
com cartão SIPAER válido, habilitado para realizar as atividades de Investigação e Prevenção
de Acidentes e de Incidentes Aeronáutico.
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É uma Organização Militar (OM) do Comando da Aeronáutica (COMAER) diretamente
subordinada ao Comandante da Aeronáutica.
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Vistos estes dados conclui-se que:
● Fator humano é a área de abordagem da segurança de voo que se refere ao complexo
biológico do ser humano, no aspecto fisiológico e psicológico;
● Fator material é a área de abordagem da segurança de voo que se refere nos seus aspectos
de projeto, fabricação e de manuseio do material; e
● Fator operacional é a área de abordagem da segurança de voo que se refere ao
desempenho do ser humano nas atividades relacionadas com o voo.
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1.2.5 Legislação SIPAER
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1.2.6 Filosofia SIPAER
Honestidade...
A honestidade deve ter como base tanto a retidão dos trabalhos quanto, especialmente, sua
restrita condução em busca do incremento da segurança de voo – e, consequentemente, do
desenvolvimento da aviação e do bem comum.
Profissionalismo...
O profissionalismo deve ser amparado pela permanente busca do aprimoramento técnico e do
compromisso firmado pelo trabalhador em atuar apenas de acordo com a legislação que rege a
atividade.
Perseverança...
A perseverança é fundamental no desenvolvimento de um trabalho cujo sucesso – a ausência
de acidentes – não é tão evidente e não repercute tanto quanto seu oposto.
Também é fundamental no desempenho de uma função que, por vezes, face à incompreensão
ou à limitada visão de alguns chefes, tende a contrariar interesses da administração.
Coragem...
O profissional deve dispor da coragem moral necessária à rígida condução do trabalho com
base nesses valores.
Dedicação...
Sem dedicação, não é possível obter sucesso em atividade alguma, muito menos em uma que
conta com tantas dificuldades a serem superadas.
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2. Todos os Acidentes Resultam de uma Sequência de Eventos e Nunca de uma
"Causa" Isolada
Os acidentes aeronáuticos são sempre o resultado da combinação de vários riscos
diferentes, os chamados "fatores contribuintes". Cada fator contribuinte pode ser
interpretado como um elo de uma corrente, que está sempre ligado a outro elo. Se o
analisarmos isoladamente, poderemos achá-lo até insignificante, contudo ao
abrangermos o espectro, veremos que ele tem uma participação crucial para o
desenrolar de um acidente. Em processos de investigação mais atuais não é novidade,
ao analisarmos especificamente um elo, descobrirmos que ele é composto por uma
outra corrente de eventos que o influenciavam.
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7. Em Prevenção de Acidentes não há Segredos nem Bandeiras
A troca de informações exclusivas de prevenção é uma missão nobre. Ela não visa
nada mais que a segurança de todos, a nossa segurança e como tal, o bem comum.
Infelizmente, ainda é comum presenciarmos empresas ou organizações que tratam as
informações sobre segurança de voo como algo sigiloso. Devemos sempre estimular a
troca de informações e um bom relacionamento entre os setores de segurança de voo
de todas as empresas.
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carenagens do trem, amassamentos leves e pequenas perfurações no revestimento da
aeronave;
A aeronave seja considerada desaparecida ou o local onde se encontre seja
absolutamente inacessível. Nota - Em observância ao Anexo 13 da OACI, as lesões
decorrentes de um Acidente Aeronáutico que resultem em fatalidade até 30 dias da
data da ocorrência são consideradas lesões fatais.
Nota: Uma aeronave será considerada desaparecida quando as buscas oficiais forem
encerradas e os destroços não forem encontrados.
Todo incidente, envolvendo aeronave no solo, do qual resulte dano ou lesão, desde
que não haja intenção de realizar voo, ou, havendo esta intenção, o(s) fato(s) motivador(es)
esteja(m) diretamente relacionado(s) aos serviços de rampa, aí incluídos os de apoio e
infraestrutura aeroportuários, e não tenha(m) tido qualquer contribuição da movimentação da
aeronave por meios próprios ou da operação de qualquer um de seus sistemas.
O PPAA é uma das principais ferramentas do SIPAER que tem como finalidade facilitar
o gerenciamento da prevenção de uma organização/ empresa, a fim de atingir como meta o
“índice zero de acidentes”.
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Este programa estimula a participação de todos que estão ligados a atividade aérea
procurando sensibilizar de forma direta e objetiva cada funcionário para a importância e a
necessidade de identificar e eliminar pontos de atrito à segurança da operação.
Para isso deve ser elaborado com base na atividade desenvolvida pela organização e,
posteriormente, deverá ser divulgado amplamente na organização.
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competente o conhecimento destas situações com a finalidade da adoção de medidas
corretivas adequadas e oportunas.
É talvez o instrumento mais rápido do sistema, dada a sua simplicidade e rapidez com
que atinge os setores afetados e soluções para as situações de perigo ou potencias de perigo.
O seu preenchimento é voluntário e pode ser anônimo ou não. Caso o relatório de
prevenção seja identificado, este receberá a resposta quando for dada solução à situação
relatada. O RELPREV não poderá ser usado para fins punitivos.
OBS: Antes de 2009 o RCSV era chamado de Relatório Confidencial de Segurança de Voo.
É uma ferramenta que está contida dentro do PPAA e que possui a finalidade de
orientar os pilotos e gestores quanto às ações voltadas para a utilização do Gerenciamento do
Risco (GR), quando do planejamento da atividade aérea (surtidas);
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1.4.6 DIVOP – Divulgação Operacional
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1.5 PLANO DE EMERGÊNCIA AERONÁUTICA EM AERÓDROMO –
PEAA/PLEM
Documento que estabelece procedimentos, responsabilidades e atribuições para o
atendimento de situações de emergência decorrentes de acidentes aeronáuticos em
aeródromos militares e aeroportos.
A ocorrência de acidentes é motivo de pesquisa por parte de diversos estudiosos, cujas teorias
buscam estabelecer a forma pela qual se configuram esses acidentes.
Em 1931, analisando dados estatísticos sobre acidentes industriais, Herbert William Heinrich
observou que, para cada acidente que havia causado uma lesão grave, havia 29 para lesões
leves e 300 sem qualquer lesão.
Triângulo de Heinrich
Herbert William Heinrich
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TODO ACIDENTE RESULTA DE UMA SEQUENCIA DE EVENTOS, E NUNCA DE UMA
“CAUSA” ISOLADA.
Daí nasceu o termo Blood Priority, definido por Wood e Sweginnis (1995, p. 13) como:
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1.7 CICLO DA INVESTIGAÇÃO
No Brasil, a legislação primária que trata de toda a matéria aeronáutica é a Lei nº 7.565
(Código Brasileiro de Aeronáutica - CBA).
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• NOTA: É obrigatória a confecção do RP de todas as ocorrências aeronáuticas
investigadas.
• O RP é composto, dentre outros, pelo histórico da ocorrência, laudos, pareceres
técnicos e registros referentes às diversas áreas envolvidas no processo da
investigação.
• O prazo para a elaboração do RP é de doze meses a contar da data da ocorrência,
sendo possível a sua prorrogação.
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É de extrema importância que o profissional exerça sua atividade sempre com o
pensamento da prevenção, estando atento a qualquer alteração na rotina da aeronave assim
como de seus tripulantes.
Quanto aos óleos lubrificantes, deve-se ter conhecimento do produto utilizado e ter o
cuidado ao manuseá-lo e estar atento a vazamentos que possam surgir na aeronave. Isso
porque o óleo lubrificante possui o seu ponto de fulgor e do ponto de combustão.
O ponto de fulgor representa a temperatura que o óleo deve atingir para que uma
chama, passada sobre a sua superfície, incendeie os vapores formados; a labareda formada
extingue-se imediatamente, uma vez que a temperatura do óleo ainda é insuficiente para
produzir vapores em quantidades suficientes para sustentar a combustão. Outro detalhe
verificado é que, ao retirar-se a fonte de calor, acaba a inflamação (queima) da mistura.
O ponto de fulgor não deve ser confundido com a temperatura de autoignição, a qual
não requer uma fonte de ignição, ou o ponto de combustão, a temperatura na qual o vapor
continua a queimar após ter sofrido ignição. Nem o ponto de fulgor, nem o ponto de combustão
são dependentes da temperatura de autoignição, que é muito mais elevada.
Ponto de combustão:
O método de medição do ponto de combustão é semelhante ao de identificação do
ponto de fulgor; enquanto neste ensaio é encerrado quando a amostra apresenta o primeiro
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clarão (flash), para obter-se o ponto de combustão continua-se o aquecimento até que a
amostra produza vapores suficientes para que sustente a combustão. O ponto de combustão,
para óleos lubrificantes, é usualmente 30°C a 60°C acima do ponto de fulgor.
• No solo:
- Durante o abastecimento, por alguma faísca. Isso pode ocorrer pelo não isolamento;
- Durante a partida dos motores por algum mau funcionamento do equipamento.
- Após pouso por superaquecimento dos freios ou vazamento hidráulico nos freios.
A regra básica para se evitar situações que envolvam fogo em aeronaves é seguir os
procedimentos de segurança.
Manutenção
• Definição - Qualquer atividade de inspeção, revisão, reparo, limpeza, conservação ou
substituição de partes de uma aeronave e seus componentes.
• Objetivo – Assegurar que a aeronave manterá os padrões de aeronavegabilidade
estipulados, independentemente do tempo de fabricação e operação desta aeronave.
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Tipos de manutenção
Atestar uma IAM significa demonstrar à autoridade aeronáutica que a aeronave está
com a sua documentação correta e que ela tem sido corretamente mantida de acordo com um
programa de manutenção aprovado pelo fabricante, ou com um programa de inspeções
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progressivas aprovado pela ANAC especificamente para o operador, ou com um programa de
inspeções de 100 horas aprovado com o apêndice D do RBHA 43.
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BIANCHINI, Denis. Regulamento de tráfego aéreo VFR e IFR. 2. ed. São Paulo: Ed. do Autor,
2011.
BRASIL. IAC – Instituto de Aviação Civil. Divisão de Instrução Profissional Matérias Básicas,
tradução do AC 65-9A do FAA (Airframe&PowerplantMechanics-General Handbook). Edição
Revisada 2002.
Caro aluno,
Aqui encerramos nossa disciplina, como proposto, analisamos as diversas faces da Segurança
de voo para o bom desempenho dos serviços aeronáuticos.
Fraternalmente,
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