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Curso Básico de

Gerenciamento da
Segurança
Operacional

Módulo - 3

Programa de Segurança
Operacional (PSO) e
seus desdobramentos
na aviação
CONTEÚDO DO MÓDULO
01 Introdução

02
A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI)
e o Anexo 19

03 O que é um PSO?

04
Programa Brasileiro para a Segurança Operacional
da Aviação Civil (PSO-BR)

05 Programa de Segurança Operacional Específico da


Agência Nacional de Aviação Civil (PSOE-ANAC)

06
Programa de Segurança Operacional Específico do
Comando da Aeronáutica (PSOE-COMAER)

07 Resumo

08 Referências Bibliográficas
Introdução
VAMOS AGORA DAR CONTINUIDADE AO CURSO, INICIANDO NOSSOS
ESTUDOS DO MÓDULO 3 – PROGRAMA DE SEGURANÇA
OPERACIONAL (PSO), QUE TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO
IDENTIFICAR OS PROGRAMAS E AS PRINCIPAIS DIRETRIZES QUE
NORTEIAM A SUPERVISÃO DA SEGURANÇA OPERACIONAL PELO
ESTADO BRASILEIRO.

Após falarmos sobre os Fundamentos da Essas e outras questões serão


Segurança Operacional, vamos agora respondidas no decorrer deste módulo.
aprofundar nossos estudos sobre o tema Para tanto, vamos iniciar nossos estudos
da supervisão da segurança operacional conhecendo um pouco sobre a
pelo Estado Brasileiro. Conforme Organização da Aviação Civil
mencionado no módulo anterior, a Internacional (OACI) e sobre o Anexo 19,
evolução significativa das atividades de que fala de Gestão da Segurança
transporte aéreo no cenário nacional e Operacional. Em seguida, falaremos
internacional trouxe consigo a sobre os Programas de Segurança do
necessidade de que as nações, bem Estado que instituíram obrigações tanto
como a indústria, respondessem de para as Autoridades de Aviação quanto
forma proativa aos atuais riscos à para os seus regulados, em relação à
segurança operacional provenientes segurança das operações aéreas.
desse crescimento. Essa capacidade de
resposta traduziu-se no
desenvolvimento de regulação
estratégica e de infraestrutura capazes
de orientar e garantir a expansão
sustentável da indústria de aviação civil,
com base no equilíbrio entre o
gerenciamento financeiro e o
gerenciamento da segurança. Mas como
o Estado poderá intervir para garantir a
segurança das operações aéreas? O que
deverá ser exigido dos seus regulados?
Qual a responsabilidade do Estado na
supervisão da segurança operacional?
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A Organização da Aviação
Civil Internacional (OACI)
e o Anexo 19

UMA AGÊNCIA ESPECIALIZADA NO


DESENVOLVIMENTO DO SETOR AÉREO

A Organização da Aviação Civil Internacional


(OACI) é uma agência especializada das Nações
Unidas criada para gerenciar a implementação
e a governança da Convenção de Chicago,
sendo responsável pela promoção do
desenvolvimento seguro e ordenado da aviação
civil mundial, por meio do estabelecimento de
Normas e Práticas Recomendadas SARPs (do
inglês: Standard and Recommended Practices),
distribuídos pelos diversos anexos técnicos à
Convenção. Com sede em Montreal, Canadá, a
agência é a principal organização
governamental de aviação civil, sendo formada
por 193 Estados Membros, representantes da
indústria e profissionais da aviação. Como
Membro-fundador da OACI, o Brasil tem Ao todo, a OACI publicou 19 anexos sobre diversos
participado ativamente nas discussões e na assuntos que compõem a aviação civil, a maior
elaboração de normativas e recomendações parte deles com o objetivo de estabelecer níveis
técnicas emitidas pelo Organismo. Eleito mínimos de segurança nas operações. São eles:
sucessivamente como Membro do Grupo I do Anexo 1 – Licenças de Pessoal; Anexo 2 – Regras
Conselho, o Brasil dispõe de uma Delegação do Ar; Anexo 3 – Serviço Meteorológico para a
Permanente junto ao Conselho da OACI, Navegação Aérea Internacional; Anexo 4 –
subordinada ao Ministério das Relações Cartas Aeronáuticas; Anexo 5 – Unidades de
Exteriores e assessorada tecnicamente pela Medida a Serem Usadas nas Operações Aéreas e
ANAC, pelo Comando da Aeronáutica e pelo Terrestres; Anexo 6 – Operação de Aeronaves;
Departamento de Polícia Federal. Anexo 7 – Marcas de Nacionalidade e de
Matrícula de Aeronaves; Anexo 8 –
Aeronavegabilidade; Anexo 9 – Facilitação;
Anexo 10 – Telecomunicações Aeronáuticas;
Anexo 11 – Serviços de Tráfego Aéreo; Anexo 12 –
Busca e Salvamento; Anexo 13 – Investigação de
Acidentes de Aviação; Anexo 14 – Aeródromos;
Anexo 15 – Serviços de Informação Aeronáutica;
Anexo 16 – Proteção ao Meio Ambiente; Anexo 17
– Segurança: Proteção da Aviação Civil
Internacional Contra Atos de Interferência Ilícita;
Anexo 18 – Transporte de Mercadorias Perigosas;
e Anexo 19 – Gestão da Segurança Operacional.
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No próximo tópico falaremos especificamente do


Anexo 19.
ANEXO 19 - GESTÃO DA SEGURANÇA OPERACIONAL

Como já mencionado, a busca pelo De acordo com a proposta inicial, o Anexo


desenvolvimento seguro do transporte 19 deveria suportar a evolução contínua de
aéreo trouxe um foco direcionado para a estratégias proativas voltadas para a
utilização de técnicas de gestão melhoria da segurança operacional no
organizacional, após períodos iniciais âmbito dos Estados. Nesse contexto,
focados em melhorias técnicas e de podemos dizer que as Normas e Práticas
fatores humanos. Neste sentido, Em 2006, Recomendadas (SARPs) no Anexo são
a OACI revisou emendas aos Anexos 6, 11 e destinadas a auxiliar os Estados na gestão
14 à Convenção sobre Aviação Civil dos riscos à segurança operacional da
Internacional, com o intuito de harmonizar aviação. Dada a crescente complexidade
os requisitos de gerenciamento da do sistema de transporte aéreo global,
segurança operacional, instituindo, assim, a bem como das atividades inter-
obrigatoriedade de os Estados relacionadas da aviação que são
contratantes elaborarem e necessárias à garantia da segurança na
implementarem um Programa de operação das aeronaves, o Anexo apoia a
Segurança Operacional, o que foi realizado evolução contínua de uma estratégia
pelo Brasil, com a aprovação do PSO-BR, proativa que busque aprimorar o
em agosto de 2009, após um trabalho desempenho da segurança operacional. O
coordenado entre a ANAC e o COMAER. fundamento desta estratégia de
Posteriormente, atendendo a uma segurança operacional proativa baseia-se
solicitação dos Estados, a OACI editou, em na implementação de um State Safety
2013, um novo Anexo, denominado de Programme (SSP) ou, em português, de
Anexo 19 – Gerenciamento da Segurança um Programa de Segurança Operacional
Operacional, no qual consolidou todas as (PSO), cujo foco é o tratamento
provisões contidas nos Anexos 1, 6, 8, 11, 13 sistemático dos riscos inerentes à atuação
e 14, relacionadas com os processos de do Estado sobre a indústria da aviação
gerenciamento da segurança operacional. civil por ele regulada e fiscalizada. No
Hoje o documento está na 2ª edição, próximo tópico, falaremos um pouco mais
publicada em julho de 2016. sobre o PSO.

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Fonte:
https://applications.icao.int/postalhistory/annex_19_safety_management.htm#:~:text=On%2025%20february%202013%2C%20at,syst
ems%20into%20a%20single%20Annex
Programa de
Segurança
Operacional (PSO)
Podemos dizer que um Programa de Segurança Operacional (PSO)
consiste em um sistema de gerenciamento voltado ao
aprimoramento da capacidade de supervisão de um Estado sobre a
segurança operacional da aviação. Importa destacar que essa
capacidade é preexistente no Estado, uma vez que ele já possui
estrutura organizacional, processos e responsabilidades formalmente
definidos e satisfatoriamente implementados para exercício da
regulação e fiscalização sobre a indústria de aviação civil. Assim,
segundo o Anexo 19, cada Estado signatário deve estabelecer seu
Programa de Segurança Operacional, compatível com o porte e a
complexidade das atividades de aviação civil desenvolvidas sob sua
regulação e fiscalização, e voltado ao alcance de um nível aceitável
de desempenho da segurança operacional por ele estabelecido. Para
tanto, os Estados devem possuir uma estruturação mínima de
normatização, certificação e fiscalização da indústria da aviação civil
sob sua jurisdição, de modo a garantir a segurança operacional no
âmbito de suas competências. Essa estruturação é normatizada
tanto pelo Anexo 19 quanto pelo Doc. 9734, e é denominada de
State’s Safety Oversight System, composta por 8 Elementos Críticos
da Supervisão da Segurança Operacional. Os Elementos Críticos
(Critical Elements – CEs) são essencialmente os instrumentos de
defesa da segurança de um sistema de vigilância do Estado,
necessários à implementação eficaz e sustentável de uma política
relacionada com a segurança e dos procedimentos associados. Os
CE abrangem todo o arcabouço de atividades da aviação civil,
incluindo licenças de pessoal, operações de aeronaves,
aeronavegabilidade, investigação de acidentes e de incidentes,
serviços de navegação aérea, infraestrutura aeroportuária, dentre
outros. São eles:
Elemento Crítico 1 – Legislação primária de aviação.
Elemento Crítico 2 – Regulamentos operacionais específicos.
Elemento Crítico 3 – Sistema e funções estatais.
Elemento Crítico 4 – Pessoal técnico qualificado.
Elemento Crítico 5 – Orientação técnica, ferramentas e fornecimento
de informações críticas de segurança.
Elemento Crítico 6 – Obrigações de licenciamento, certificação,
autorização e aprovação.
Elemento Crítico 7 – Obrigações de vigilância contínua.
Elemento Crítico 8 – Resolução de problemas com segurança.

A implementação efetiva dos CEs é uma indicação da capacidade de


um Estado para a supervisão da segurança. Vale ainda mencionar
que, de maneira geral, os elementos de 1 a 5 se referem ao
estabelecimento do sistema, enquanto os de 6 a 8 são relacionados à
sua implementação. Por fim, também é importante comentar que,
embora a documentação da OACI enfatize a aplicação dos CE para o
sistema de vigilância da segurança operacional, eles também são
requeridos com relação ao sistema de investigação de acidentes e
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incidentes do Estado.
A seguir, vamos conhecer o Programa Brasileiro para a Segurança
Operacional da Aviação Civil (PSO-BR).
Programa Brasileiro para a
Segurança Operacional da
Aviação Civil (PSO-BR)

Conforme mencionado anteriormente, com a justificativa de harmonizar os requisitos de gerenciamento


da segurança operacional a OACI publicou em 2013 a primeira edição do Anexo 19 à Convenção de
Aviação Civil Internacional. Esse mesmo anexo, em seu capítulo 3, apresenta a necessidade de criação de
um Programa de Segurança Operacional do Estado (PSO) ou State Safety Programme (SSP), composto de
quatro grandes componentes: a) Políticas e objetivos de segurança operacional do Estado; b)
Gerenciamento dos riscos à segurança operacional pelo Estado; c) Garantia da segurança operacional
pelo Estado; e d) Promoção da segurança operacional pelo Estado. Dentro do PSO estão ainda
estabelecidas diretrizes e estratégias que visam à atuação proativa do Estado junto aos provedores, a
partir da definição de requisitos prescritivos e de desempenho em segurança operacional, que
constituem a base de avaliação da efetividade e da eficácia do Estado quanto ao monitoramento
contínuo do ambiente da aviação civil; ao gerenciamento da segurança operacional; à melhoria contínua
dos níveis de segurança operacional estabelecidos pela regulamentação; e à incorporação das melhores
práticas de segurança operacional em âmbito internacional. Considerando essa premissa, o Brasil aprovou,
em 2009, o Programa Brasileiro para a Segurança Operacional da Aviação Civil (PSO-BR). Esse documento
orienta a elaboração e a implantação do Programa de Segurança Operacional Específico da Agência
Nacional de Aviação Civil (PSOE–ANAC) e do Programa de Segurança Operacional Específico do Comando
da Aeronáutica (PSOE–COMAER), alinhados com os compromissos assumidos pelo País em Acordos
Internacionais.
O programa foi totalmente reformulado em
dezembro de 2017, buscando direcionar as
autoridades de aviação civil brasileiras a
estabelecerem e monitorarem o Nível Aceitável de
Desempenho de Segurança Operacional (NADSO),
uma espécie de cenário a ser alcançado,
considerando a seleção de indicadores e o
estabelecimento de metas de desempenho, visando
a melhoria contínua do nível de segurança
operacional da aviação civil. Com a atualização do
PSO-BR, no ano seguinte, foi criado pela Portaria
Conjunta nº 2, de 1º de novembro de 2018, o Comitê
de Segurança Operacional da Aviação Civil Brasileira,
grupo responsável por efetivar o mecanismo de
coordenação entre a ANAC e o COMAER, visando
estabelecer e monitorar o NADSO da aviação civil,
deliberar sobre os demais indicadores de segurança
operacional do Estado e emitir diretrizes
relacionadas com as ações do PSO-BR.

No próximo tópico, vamos conhecer um pouco mais


sobre o Programa de Segurança Operacional
Específico da Agência Nacional de Aviação Civil
(PSOE–ANAC) e, em seguida, sobre o Programa de
Segurança Operacional Específico do Comando da
FONTE:HTTPS://WWW.ANAC.GOV.BR/ASSUNTOS/LEGISLACAO/LEGISLACAO- Aeronáutica (PSOE–COMAER).
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1/PLANOS-E-PROGRAMAS/PSO-BR/@@DISPLAY-
FILE/ARQUIVO_NORMA/PSO_BR.PDF
PROGRAMA DE SEGURANÇA OPERACIONAL ESPECÍFICO DA
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (PSOE–ANAC)
De acordo com as orientações da Organização f) orientar a atuação dos colaboradores da
de Aviação Civil Internacional (OACI) contidas ANAC no que tange ao planejamento,
no Anexo 19 à Convenção de Aviação Civil desenvolvimento, operacionalização, manu-
Internacional, cada Estado signatário deve tenção, monitoramento, revisão e melhoria
estabelecer e manter um Programa de contínua do PSOE nos seus aspectos internos e
Segurança Operacional (PSO) compatível com interfaces com os SGSO implementados nos
o porte e a complexidade de seu sistema de regulados. A política e as diretrizes
aviação civil. De forma a atender tal exigência estabelecidas no programa abrangem as
e considerando a distribuição de estruturas legais, normativas, organizacionais,
responsabilidades da aviação civil entre a técnicas, financeiras e processuais da ANAC
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o requeridas para o pleno exercício das
Comando da Aeronáutica (COMAER), o Estado atividades de normatização, certificação e
brasileiro publicou o PSO-BR em 2009, fiscalização da segurança operacional da
indicando a necessidade de, tanto a ANAC indústria de aviação civil brasileira, no âmbito
quanto o COMAER, desenvolverem seus de suas competências.
respectivos Programas de Segurança
Operacional Específicos (PSOE). Diante de tais Novo PSOE-ANAC, publicado em 18/02/2015.
orientações, a ANAC publicou a primeira
versão de seu PSOE no ano de 2009,
reformulando-o seis anos mais tarde, em um
processo completo de revisão que originou o
documento atualmente vigente. O PSOE deve
orientar a atuação da ANAC sobre a segurança
operacional da aviação civil, sob sua jurisdição,
no sentido de:
a) assegurar que o Estado brasileiro possua
um sistema de supervisão da segurança
operacional adequado ao contexto da
indústria da aviação civil, observadas as
competências da Agência;
b) apoiar a atuação coordenada entre a ANAC
e COMAER, em suas respectivas funções de
gerenciamento de riscos e de melhoria
contínua da segurança operacional da aviação
civil;
c) incorporar à regulamentação da indústria da
aviação civil requisitos que permitam a
avaliação do desempenho da segurança FONTE:
operacional; HTTPS://WWW.ANAC.GOV.BR/ASSUNTOS/LEGISLACAO/LEGIS
LACAO-1/PLANOS-E-PROGRAMAS/PSOE-
d) desenvolver, implantar e executar o ANAC/@@DISPLAY-FILE/ARQUIVO_NORMA/PSOE-ANAC.PDF

monitoramento e a mensuração do
desempenho de segurança operacional da Além do PSOE-ANAC o Estado Brasileiro
indústria da aviação civil brasileira; dispõe do PSOE-COMAER, parte integrante do
e) apoiar o desenvolvimento, a PSO-BR, era composto pelo "Programa de
operacionalização e a melhoria contínua dos Vigilância da Segurança Operacional do Serviço
Sistemas de Gerenciamento da Segurança de Navegação Aérea" (ICA 63-22) e pelo
Operacional (SGSO) dos provedores de "Programa de Prevenção de Acidentes
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serviços de aviação civil (PSAC), bem como Aeronáuticos da Aviação Civil Brasileira" (ICA
assegurar sua interação com os sistemas da 3-2), nosso próximo objeto de estudo.
Agência; e
PROGRAMA DE SEGURANÇA OPERACIONAL ESPECÍFICO
DO COMANDO DA AERONÁUTICA (PSOE–COMAER)
De acordo com o Art. 4º do PSO-BR, cabe
à ANAC e ao COMAER elaborar e aprovar
seus respectivos PSOEs, a fim de CURIOSIDADE!!!
estabelecer um conjunto Integrado de
VOCÊ SABE QUAL O PROPÓSITO DA PNAC?
regulamentos e atividades, visando a
O PRINCIPAL PROPÓSITO DA POLÍTICA NACIONAL
melhoria contínua da segurança DE AVIAÇÃO CIVIL (PNAC) É ASSEGURAR À
operacional da aviação em suas áreas de SOCIEDADE BRASILEIRA O DESENVOLVIMENTO DO
competência, alinhados com a Política SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL DE FORMA AMPLA,
SEGURA, EFICIENTE, ECONÔMICA, MODERNA,
Nacional de Aviação Civil (PNAC). A PNAC CONCORRENCIAL, COMPATÍVEL COM A
corresponde ao conjunto de diretrizes e SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL, INTEGRADO ÀS
estratégias que nortearam o DEMAIS MODALIDADES DE TRANSPORTE E
ALICERÇADO NA CAPACIDADE PRODUTIVA E DE
planejamento das instituições PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NOS ÂMBITOS
responsáveis pelo desenvolvimento da NACIONAL, SULAMERICANO
PSOE-COMAER, E 25/06/2018.
publicado em MUNDIAL. TAL
Aviação Civil brasileira, estabelecendo POLÍTICA FOI ESTABELECIDA PELO DECRETO
PRESIDENCIAL Nº 6.780, DE 18 DE FEVEREIRO DE
objetivos e ações estratégicas para esse 2009 .
setor, integrando-se ao contexto das
políticas nacionais brasileiras. Por sua vez, O PSOE-COMAER em sua última versão
o Programa de Segurança Operacional foi aperfeiçoado com a adoção do que
Específico do Comando da Aeronáutica existe de mais moderno em gestão da
(PSOE-COMAER), parte integrante do segurança operacional pelo Estado, com
PSO-BR, aprovado em 08/06/2010 e destaque para o estabelecimento de um
depois atualizado pela DCA 63-5 mecanismo de coordenação no âmbito
aprovada pela Portaria Nº 897/GC3, de 25 do COMAER, a ser gerenciado pelo
de junho de 2018, tem por finalidade DECEA, que aprimorará a supervisão nas
estabelecer as diretrizes a serem organizações que prestam o Serviço de
adotadas no âmbito do COMAER, visando Navegação Aérea no País.
a melhoria contínua da segurança
operacional na prestação dos serviços de
navegação aérea. Em síntese, o
PSOE-COMAER contém as orientações
da Autoridade Aeronáutica relacionadas
ao "Sistema de Controle do Espaço Aéreo
Brasileiro" (SISCEAB) e ao "Sistema de
Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos" (SIPAER), cabendo, ao
"Departamento de Controle do Espaço
Aéreo" (DECEA), regular e fiscalizar a
prestação dos serviços de navegação
aérea; à "Assessoria de Segurança
Operacional do Controle do Espaço
Aéreo" (ASOCEA), prover a vigilância da
segurança operacional sobre as
atividades relativas aos serviços de
navegação aérea; e, ao Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes
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Aeronáuticos (CENIPA), o gerenciamento


FONTE:
da investigação e prevenção de HTTPS://PUBLICACOES.DECEA.MIL.BR/PUBLICACAO/DCA-

acidentes aeronáuticos. 63-5


Resumo
Em 2006, a Organização de Aviação Civil Neste módulo, falamos dos principais
Internacional (OACI) revisou emendas aos documentos que norteiam a supervisão da
Anexos 6, 11 e 14 à Convenção sobre Aviação Civil segurança operacional na aviação civil brasileira.
Internacional, com o intuito de harmonizar os Começamos por uma breve descrição da
requisitos de gerenciamento da segurança Organização da Aviação Civil Internacional
operacional, instituindo, assim, a obrigatoriedade (OACI), trouxemos alguns pontos importantes do
de os Estados contratantes elaborarem e Anexo 19, destinado à Gestão da Segurança
implementarem um Programa de Segurança Operacional, comentamos sobre o PSO-BR, que
Operacional, o que foi realizado pelo Brasil, com instituiu a necessidade de as autoridades de
a aprovação do PSO-BR, em agosto de 2009, aviação brasileiras estabelecerem programas
após um trabalho coordenado entre a ANAC e o específicos de segurança em suas áreas de
COMAER. Posteriormente, atendendo a uma atuação estabelecendo regras tanto para si
solicitação dos Estados, a OACI editou, em 2013, quanto para seus regulados.
um novo Anexo, denominado de Anexo 19 –
Gerenciamento da Segurança Operacional, no Agora que já conhecemos os principais
qual consolidou todas as provisões contidas nos documentos que implicam na manutenção da
Anexos 1, 6, 8, 11, 13 e 14, relacionadas com os segurança operacional da aviação civil brasileira,
processos de gerenciamento da segurança no próximo módulo falaremos sobre o Sistema
operacional. Prosseguindo no aperfeiçoamento de Gerenciamento da Segurança Operacional
dos processos de gerenciamento da segurança (SGSO), cuja implementação foi exigida dos
operacional, a OACI publicou, em 2016, uma provedores de serviços de aviação, após a
emenda ao novo Anexo 19, na qual introduziu publicação do PSOE-ANAC e do PSOE-COMAER.
novas responsabilidades aos Estados
relacionadas com a gestão da segurança
operacional, acarretando, em consequência, a
Chegamos ao fim deste Módulo. Vamos agora fixar o
necessidade de o Brasil revisar o seu PSO-BR. O
que aprendemos sobre um Programa de Segurança
novo PSO-BR, aprovado em 22 de dezembro de
Operacional (PSO) e seus desdobramentos para a
2017, prevê, em seu Artigo 4º, que a ANAC e o
segurança da aviação. Para tanto, retorne à página
COMAER devam elaborar, implementar e manter
inicial do curso e realize a Avaliação de Aprendizagem,
seus respectivos Programas de Segurança
respondendo corretamente as questões.
Operacional Específicos (PSOE), a fim de
estabelecer um conjunto integrado de
regulamentos e atividades, visando a melhoria
contínua da segurança operacional em suas
áreas de competência.

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Referências Bibliográficas
BRASIL. ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). PSOE-ANAC – Programa de Segurança Operacional
Específico da Agência Nacional de Aviação Civil. Brasília: ANAC, 2015. Disponível online em:
http://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/planos-e-programas/psoe-anac/@@display-
file/arquivo_norma/PSOE-ANAC.pdf

BRASIL. Ministério da Defesa. Comando da Aeronáutica. DECEA (Departamento de Controle do Espaço


Aéreo). Proteção ao Voo - PROGRAMA DE SEGURANÇA OPERACIONAL ESPECÍFICO DO COMANDO DA
AERONÁUTICA (PSOE-COMAER) – DCA 63-5. Rio de Janeiro: DECEA, 2018. Disponível online em:
https://publicacoes.decea.mil.br/api/storage/uploads/files/1f39a21d-8494-4c50-9597b0f3651733df.pdf

BRASIL. Ministério da Defesa. Portaria Conjunta nº 2, de 20 de dezembro de 2017. Programa Brasileiro para
a Segurança Operacional da Aviação Civil. Publicada no Diário Oficial da União, nº 245, Seção 1, p. 22, em
22 de dezembro de 2017.

BRASIL. Ministério da Defesa. Portaria Conjunta nº 764/GC5, de 14 de agosto de 2009. Programa Brasileiro
para a Segurança Operacional da Aviação Civil. Publicada no Diário Oficial da União, nº 156, Seção 1, p. 27,
em 17 de agosto de 2009.

ICAO (International Civil Aviation Organization). Annex 19 to the Convention on International Civil Aviation:
Safety Management. 2nd ed. Montreal: ICAO, 2016.

ICAO (International Civil Aviation Organization). Safety Management Manual (SMM): Doc. 9859 AN/474. 3ª
ed. Montreal: ICAO, 2013.

ICAO (International Civil Aviation Organization). Safety Management Manual (SMM): Doc. 9859 AN/474. 4ª
ed. Montreal: ICAO, 2018.

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CURSO BÁSICO DE GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA OPERACIONAL

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