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Direito Aeronáutico – Roteiro de Estudos CMS

Parte 1 – SAC (Sistemas da Aviação Civil)


Convenções Internacionais de Aviação Civil

1919 – Convenção de Paris:  Responsabilidade por danos  5 liberdades do ar (hoje


no transporte civil e de são 11)
 1ª Grande Convenção
mercadorias  Criação da ICAO
 Criação da CINA (Comissão
(substituindo a CINA)
Internacional de Navegação 1944 – Convenção de
Aérea) Chicago: 1945 – Convenção de
Havana
1929 – Convenção de  Reconhecimento da
Varsóvia: soberania de espaço  Criação da IATA (Voltada
aéreo para o âmbito privado do
 Padronização de
 Sobrevoo inocente desenvolvimento de
documentos
(facilitação de transporte empresas aéreas
de civis em espaço aéreo
estrangeiro)

A PRIMEIRA PARTE DA CONVENÇÃO DE CHICAGO TRATOU DA REGULAMENTAÇÃO E PADRONICAÇÃO


DA EVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL. ESSA PADRONIZAÇÃO FICOU EXPRESSA EM DIVERSOS
DOCUMENTOS E EM 18 ANEXOS AO TEXTO DA CONVENÇÃO:

• Anexo 1 – Licenças de Pessoal. • Anexo 8 – Aeronavegabilidade. • Anexo 15 – Serviços de Informação


Aeronáutica.
• Anexo 2 – Regras do Ar. • Anexo 9 – Facilitação.
• Anexo 16 – Proteção ao Meio
• Anexo 3 – Serviço Meteorológico • Anexo 10 – Telecomunicações Ambiente.
para a Navegação Aérea Aeronáuticas.
Internacional. • Anexo 17 – Segurança: Proteção da
• Anexo 11 – Serviços de Tráfego Aviação Civil Internacional Contra
• Anexo 4 – Cartas Aeronáuticas. Aéreo. Atos de Interferência Ilícita.

• Anexo 5 – Unidades de Medida a • Anexo 12 – Busca e Salvamento. • Anexo 18 – Transporte de


Serem Usadas nas Operações Mercadorias Perigosas.
Aéreas e Terrestres. • Anexo 13 – Investigação de
Acidentes de Aviação. • Anexo 19 – Sistema de
• Anexo 6 – Operação de Aeronaves. Gerenciamento da Segurança
• Anexo 14 – Aeródromos.
Operacional
• Anexo 7 – Marcas de Nacionalidade
e de Matrícula de Aeronaves.

OBS: Os Estados que não pudessem aplicar essas mudanças, deveriam fazer a comunicação ao
Conselho da ICAO em até 60 dias sob a forma de “DIFERENÇAS”

Convenções Regionais (América Latina)

1973 – CLAC (Comissão Latino Americana 1980 - IATAL


de Aviação Civil)
 Criada para discutir assuntos
 Criada para discutir assuntos da aviação relacionadas às empresas aéreas da
civil da região região

PUBLICO PRIVADO
ICAO (OACI) IATA MUNDIAL
CLAC IATAL REGIONAL
ICAO (International Civil Aviation Organization)
Sede: Montreal, Canadá.
Objetivos: Desenvolvimento dos princípios e técnicas de navegação aérea
internacional e a organização e o progresso dos transportes aéreos, de modo a
favorecer a segurança, a eficiência, a economia e o desenvolvimento dos serviços
aéreos.
A OACI é dividida em:
ASSEMBLEIA: Trata-se do órgão soberano da OACI composto por todos os Estados
Signatários. Reúne-se a cada três anos e analisa em detalhes o trabalho da Organização
e define a política para os próximos anos. Também vota um orçamento trienal.
CONSELHO: Órgão executivo permanente da ICAO que faz a direção da organização a
nível político. Composto por 36 países membros que deliberam no dia a dia sobre os
problemas relacionados a aviação e aos Estados signatários
SECRETARIADO: Órgão executivo permanente que está ligado com o corpo de
funcionários da organização
Estrutura externa da ICAO
A ICAO tem sete escritórios regionais, atuando em nove regiões:

 Ásia e Pacífico: Bangkok, Tailândia


 Oriente Médio: Cairo, Egito
 África Central e Ocidental: Dacar, Senegal
 América do Sul: Lima, Peru
 América do Norte, Central e Caribe: Cidade do México, México
 África Oriental e Setentrional: Nairobi, Quênia
 Europa e Atlântico Norte: Paris, França

AVIAÇÃO CIVIL NO BRASIL


ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil (criado em 2005 com a lei Nº 11.182)
É o órgão central da aviação civil no Brasil. A ANAC tem competências para todos
os assuntos relativos à atividade da aviação civil nacional, quanto à direção técnica
e administrativa.
Sua função é coordenação e orientação normativa para o funcionamento do SAC. À
ANAC compete:
1. Outorgar concessões de serviços aéreos e de infraestrutura aeronáutica e
aeroportuária;
2. Regular essas concessões;
3. Representar o brasil em convenções, acordos, tratados e atos de transporte
aéreo internacional com outros países ou organizações internacionais de
aviação civil;
4. Aprovar os planos diretores dos aeroportos;
5. Compor, administrativamente, conflitos de interesse entre prestadores de
serviços aéreos e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária (arbitragem
administrativa);
6. Estabelecer o regime tarifário da exploração da infraestrutura aeroportuária;
contribuir para a preservação do patrimônio histórico e da memória da aviação
civil e da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária;
7. Reprimir e sancionar infrações quanto ao direito dos usuários (aplicação do
código de defesa do consumidor, inclusive);
8. Ampliar suas atividades na atuação em defesa do consumidor;
9. Regular as atividades de administração e exploração de aeródromos exercida
pela empresa brasileira de infraestrutura aeroportuária (INFRAERO).
ÓRGÃOS E ELEMENTOS EXECUTIVOS DO SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRO

GER - Gerências Regionais da ANAC


A ANAC possui 8 (oito) gerências regionais:

 BELÉM;  MANAUS;  RIO DE JANEIRO;


 BRASÍLIA;  RECIFE;  SÃO PAULO
 CANOAS;  SALVADOR;
SSO - Superintendência De Segurança Operacional

 É responsável pelo controle e liberação das licenças e certificados de


tripulantes, escolas, centros de treinamento e empresas.
COMAER – Comando da Aeronáutica
CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
DECEA - Departamento De Controle Do Espaço Aéreo
É o órgão responsável pela instalação, operação e manutenção de órgãos e redes
de equipamentos para controle de tráfego aéreo e comunicações, além de
estabelecimento de regras e procedimentos de tráfego aéreo, instrução e
treinamento especializado.

 O diretor do DECEA é a autoridade aeronáutica responsável pelas


informações aeronáuticas de proteção ao voo no brasil.

O DECEA adota normas internacionais e práticas estabelecidas pela OACI. Centro


Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) é cada uma das
unidades da Força Aérea Brasileira que executam as atividades de controle do tráfego
aéreo comercial e militar, vigilância do espaço aéreo e comando das ações de defesa
aérea no Brasil.
O sistema é composto por quatro unidades, responsáveis pelas seguintes áreas de
controle aéreo:

 CINDACTA I - Brasília  CINDACTA III - Recife


Distrito Federal, Goiás, parte do Região Nordeste, parte de Minas
Mato Grosso e Região Sudeste. Gerais, parte do Tocantins e área
oceânica que separa o Brasil da
África e da Europa.
 CINDACTA II - Curitiba
 CINDACTA IV - Manaus
Região Sul, Mato Grosso do Sul e
Região Amazônica
parte sul e oeste de São Paulo.

PARTE 2 – REGULAMENTAÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL


A aviação comercial é regida pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), instituído
pela Lei nº 7.565, de 1986, e alterado por leis posteriores, bem como dos
regulamentos de homologação aeronáutica brasileiros (RBHA) e instruções
normativas, que seguem práticas e recomendações internacionais.
§ 2° Este Código se aplica a nacionais e estrangeiros, em todo o Território Nacional,
assim como, no exterior, até onde for admitida a sua extraterritorialidade
CBAer – Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86)

EXTRATERRITORIALIDADE: Aplicação das leis nacionais além do


território brasileiro
Art. 3° Consideram-se situadas no território do Estado de sua nacionalidade:
I - as aeronaves militares, bem como as civis de propriedade ou a serviço do Estado,
por este diretamente
II - as aeronaves de outra espécie, quando em alto mar ou região que não pertença a
qualquer Estado.
AERONAVES
Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em voo, que possa
sustentar-se e circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a
transportar pessoas ou coisas
Art. 107. As aeronaves classificam-se em civis e militares.
§ 2° As aeronaves civis compreendem as aeronaves públicas e as aeronaves privada

PRIVADAS
(ex: jato particular, de
treinamento, etc)

CIVIS
PUBLICAS
AERONAVES
(ex: avião comercial
MILITARES de uma companhia:
GOL, LATAM, AZUL,
ITA...)

AERODROMOS
Art. 27. Aeródromo é toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de
aeronaves.
Art. 28. Os aeródromos são classificados em civis e militares.
§ 1° Aeródromo civil é o destinado ao uso de aeronaves civis.
§ 2° Aeródromo militar é o destinado ao uso de aeronaves militares.
§ 3° Os aeródromos civis poderão ser utilizados por aeronaves militares, e os
aeródromos militares, por aeronaves civis, obedecidas as prescrições estabelecidas
pela autoridade aeronáutica.
PUBLICO
(ex: aeroporto)

CIVIL

AERODROMO PRIVADO
(ex: aeroclube)

MILITAR

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