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SISTEMA DA AVIAÇÃO CIVIL

Convenções Internacionais de Aviação – PaHaVaRoChi

Convenção de Paris (1919, Convenção da Paz):

 Regulamentação uniforme das regras de voo.


 Comissão Internacional de Navegação Aérea (CINA)
 Padronização
 Processo de internacionalização da aviação civil
 Inspiração Inglesa – Soberania
 Inspiração Francesa – Livre circulação

Convenção de Havana (1928):

 Assuntos de interesses regionais

Convenção de Varsóvia (1929):

 Padronização do transporte de bagagem, bilhete de passagem

Convenção de Roma (1933):

 Regular a responsabilidade dos danos causados a superfície

Convenção de Chicago (1944):

 Criação da OACI (Organização de Aviação Civil Internacional, ICAO em inglês)


 CINA destituída pela ICAO
 Cada Estado (País) tem soberania de seu espaço aéreo
 Serviços internacionais precisam de seu consentimento
 Liberdade do ar – Acordos Bilaterais

ICAO

 Sede: Montreal, Canadá


 PICAO – Pré ICAO, criada em 1945 após Convenção de Chicago
 ICAO oficializada em 4 de abril de 1947; Objetivo: Paz Mundial
 191 Estados Contratantes
 Assembleia (soberana): reuni-se 3 em 3 anos (extraordinária) e cada estado direito 1 voto
 Conselho (diretivo): Órgão permanente; 36 estados eleitos pela Assembleia por 3 anos; Dever do
Conselho adotar Padrões e Práticas recomendadas (SARIS) e incorporá-las em anexos (são 19)

Comissões Técnicas e Secretariado:

 Comissão Navegação Aérea – questões técnicas


 Comitê Transporte Aéreo – interesses comerciais
 Comitê Jurídico – novos instrumentos jurídicos e aperfeiçoamento dos existentes
 Comitê Ajuda Coletiva para Serviços de Navegação Aérea – apoiar Estados carentes
 Comitê Finanças – planejamento e controle de gastos
 Comitê Interferência Ilícita – melhoria de segurança contra atos de risco

Práticas recomendadas são regras e não pode ser totalmente asseguradas no plano
internacional; Diferenças – não são oficializados pelo conselho (Bilateral); Sede Regional: LIMA, Peru;
RNA – Regiões de Navegação Aérea (9); Brasil – SAM, Região América do Sul/Atlântico Meridional

Os 19 anexos:

 Anexo 1 – Licenças de Pessoal.


 Anexo 2 – Regras do Ar.
 Anexo 3 – Serviço Meteorológico para a Navegação Aérea Internacional.
 Anexo 4 – Cartas Aeronáuticas.
 Anexo 5 – Unidades de Medida a Serem Usadas nas Operações Aéreas e Terrestres.
 Anexo 6 – Operação de Aeronaves.
 Anexo 7 – Marcas de Nacionalidade e de Matrícula de Aeronaves.
 Anexo 8 – Aeronavegabilidade.
 Anexo 9 – Facilitação.
 Anexo 10 – Telecomunicações Aeronáuticas.
 Anexo 11 – Serviços de Tráfego Aéreo.
 Anexo 12 – Busca e Salvamento.
 Anexo 13 – Investigação de Acidentes de Aviação.
 Anexo 14 – Aeródromos.
 Anexo 15 – Serviços de Informação Aeronáutica.
 Anexo 16 – Proteção ao Meio Ambiente.
 Anexo 17 – Segurança: Proteção da Aviação Civil Internacional Contra Atos de Interferência
Ilícita.
 Anexo 18 – Transporte de Mercadorias Perigosas.
 Anexo 19 – Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional. (desde 14 de novembro de
2013)

CLAC – Comissão Latino Americana da Aviação Civil

 Mesmas funções da OACI mas regional, decisões em blocos.


 Sede: Lima, Peru

IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo Privado

 Aspectos econômicos e comerciais.


 Constituída Conferencia de Havana mas surge na Conferência de Chicago e oficializada em
1945.
 Sede: Montreal, Canadá
 Regulamenta os serviços de tráfego, padronização e passageiros/cargas.
 290 empresas aéreas.

ALTA/AITAL – Associação Internacional de Transporte Aéreo Latino-americano

 Criado em abril de 1980 em Bogotá.


 Privada, efeito bloco.
 Sede Itinerante, varia conforme presidência.

HISTÓRICO NACIONAL
 1920 – IF (Inspeção fluvial)
 1927 – Primeiras empresas aéreas
 1931 – DAC (Diretoria Aeronáutica), do MVOP (Ministério da Viação e obras públicas)
 1941 – MAER (Ministério da Aeronáutica), DAC passa a ser departamento de cuidado militar
 1944 – ICAO
 1969 – SAC (Sistema da Aviação Civil), DAC como órgão central
 1999 – MD (Ministério da Defesa), órgão máximo: COMAER (Comando militar da
Aeronáutica) e DAC
 27/09/2005 – ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil) pela lei 11.182
 HOJE – MD (Ministério da Defesa), ANAC (vinculada), COMAER (subordinada)

Poder Aeroespacial: poder da Nação do controle do espaço aéreo.

SAC é composto pela ANAC e todos órgãos que exploram serviços públicos com relação Aviação
Civil. Finalidade: Organizar atividades necessárias ao funcionamento e ao desenvolvimento da aviação
civil brasileira, fonte e sede de sua reserva mobiliável.

Empresas e órgãos vinculados ao COMAER

 CELMA (Companhia Eletromecânica): revisão de motores.


 CERNAI (Comissão de Estudos Relativos a Navegação Aérea Internacional): absorvido pela
ANAC se tornando SRI, Superintendência de Relações Internacionais.
 COMAR (Comando Aéreo Regional): órgão regional da COMAER.
 COMARA (Comissão de Aeroportos da Região Amazônica): atividades clandestinas na
Amazônia.
 CTA (Centro Tecnológico Aeroespacial): homologação da fabricação de peças e equipamentos.
 DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo): operação e manutenção de equipamentos
para controle do tráfego aéreo.
 DIRENG (Diretoria de Engenharia): homologação de aeroportos – não administra, quem
administra é a INFRAERO.
 DIRSA (Diretoria de Saúde Aeronáutica): exames; CMA, antigo CCF (Certificado
de Capacidade Física e Mental)
 EMBRAER (Empresa Brasileira da Aeronáutica): construtora de aeronaves.
 GER (Gerência Regional da Aviação Civil): representante da ANAC nas regiões – NÃO
EXISTE MAIS.
 IAC (Instituto da Aviação Civil): estudo, formação e capacitação; cursos.
 INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária): administração de aeroportos.
 ANAC: Autarquia

Superintendências da ANAC

 SAF (Sup. de Administração e Finanças), administra patrimônio da ANAC.


 SAR (Sup. de Aeronavegabilidade): identificação/certificados; “DETRAN” da aviação.
 SCD (Sup. de Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas): manuais.
 SIA (Sup. de Infraestrutura Aeroportuária): toda infra-estrutura dos aeroportos.
 SRI (Sup. de Relações Internacionais): acordos bilaterais (Liberdade do Ar).
 SSO (Sup. de Segurança Operacional): fiscalização operacional, segurança; CHETA (Certificado
de Homologação de Empresas Aéreas); CT (Certificado de Tripulação).
 SRE (Sup. de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado): as empresas nascem,
crescem e morrem de acordo com o mercado; altera preços, linhas, concessões, promoções.
 STI (Sup. de Tecnologia da Informação), controle de dados.
 SPI (Sup. de Planejamento Institucional): relacionamentos com órgãos governamentais.

REGULAMENTAÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL


Lei 7565/86 (19 de dezembro de 1986)

Classificação da aeronave:

 Militar (defesa)
 Civil
 Pública (entidades)
 Privada (empresas)

Direito aeronáutico é direito internacional:

 Convenção de Varsóvia (1929) – Responsável pelo transporte de pessoas e cargas; atualizado em


2005
 Convenção de Chicago (1944) – Após o final da II Grande Guerra Mundial; Criação da ICAO
(fundada em 1947, ligada à ONU); O Brasil faz parte do primeiro grupo da ICAO
 Convenção de Genebra (1948) – Direito referente à aeronave

Autoridades competentes atuais:

 COMAER
 SAC/PR -> Secretaria da Aviação Civil / Presidência da República.
 Licença (permanente) -> ANAC
 CMA (5 anos) ou CCF (1 ano)
 CHT (2 anos)

Atividades da aviação civil:

 Comercial
 Privada
 Desportiva

Classificação dos aeródromos (cadastrados pela ANAC):

 Militar
 Civil
 Particular (registrado)
 Públicas (homologadas)

Extraterritorialidade:

 Militar
 Civil pública
 Art. 216: Os serviços aéreos de transporte público domésticos são reservados às pessoas
jurídicas brasileiras.

Regulamentação da Profissão de Aeronauta / Nova Lei do Aeronauta (vide link)

 nova Lei nº 13.475, de 28 de agosto de 2017 (revoga antiga Lei n° 7.183 de 05 de abril de 1984)
 Contrato de trabalho
 Empresa estrangeira (contrato de trabalho)
 Comissários estrangeiros só operam em linhas internacionais e não podem ultrapassar 1/3 da
tripulação. Na falta de instrutor brasileiro, pode-se contratar estrangeiro por tempo máximo de 6
meses.
 Tripulante: é o aeronauta em exercício da função
 Tripulante extra: se desloca a serviço da empresa sem exercer função.
 Comandante: lado esquerdo
 Co-piloto: lado direito
 Segurança de voo > Comandante > Co-Piloto > Chefe de Equipe
 Mecânico de voo -> voo de carga (só se houver necessidade do equipamento)

Tripulação:

 Mínima: 1 comandante + 1 co-piloto


 Simples: 1 comandante + 1 co-piloto + comissários necessários
 Composta: 2 comandantes + 1 co-piloto + 25% de comissários
 Revezamento: 2 comandantes + 2 co-pilotos + 50% de comissários
 1 comissário para cada 50 pessoas.

Certificação:

 CCT: Certificado de Capacidade Teórica


 CMA: Certificado Médico Aeronáutico
 CHT: Certificado de Habilidade Técnica
 Licença: quem dá é o INSPAC (ANAC)

INSPAC: Inspetor da Aeronáutica Civil

 A mudança de escala é feita pelo escalados. Só 3 horas para mudar de uma tripulação para outra
(ex.: de simples para composta)
 Reserva: local é escolhido pelo empregador. Normalmente é no Despacho Operacional (D.O.) do
aeroporto.
 Sobreaviso: escolhido pelo empregado o local e fica a disposição da empresa. Se solicitado, deve
chegar em 90 minutos. Até 12h. 2 vezes por semana, 8 vezes por mês.

Escala:

 Da apresentação até 30 minutos após o corte dos motores; 1h noturna = 52min30seg


 Noturno: do pôr ao nascer do sol (das 18 às 06h)
 1ª escala do mês -> 2 dias antes
 Sequentes -> 7 dias antes.
 Escala é rodízio
 É de responsabilidade do aeronauta manter em dia a documentação e informar a escala com 30
dias de antecedência.
 Mulheres gestantes são afastadas desde que descobrem a gravidez. Há uma escala especial para
quando a mulher volta da licença maternidade, esquema bate-volta.

Horas de voo: É o exato momento que o calço é retirado e as horas são finalizadas quando o calço é
recolocado.

Viagem: Ela se inicia no exato momento em que você sai da sua base e se encerra quando retorna a base.

Sobreaviso: É o período em que o aeronauta permanece no local de sua escolha, a disposição do


empregador

 Sobreaviso é o período não inferior a 3 horas e não excedente a 12 horas em que o tripulante
permanece em local de sua escolha à disposição do empregador, devendo apresentar-se no
aeroporto ou em outro local determinado, no prazo de até 90 minutos, após receber comunicação
para o início de nova tarefa.
 O aeronauta só pode cumprir no máximo 2 períodos de sobreavisos semanais e 8 mensais.

Reserva: É o período em que o tripulante de voo ou de cabine permanece à disposição, por determinação
do empregador, no local de trabalho.

 A reserva terá duração mínima de 3 horas e máxima de 6 horas.


 A reserva por prazo superior a 3 horas, o empregador deverá assegurar ao tripulante acomodação
adequada para descanso.
 Entende-se por acomodação adequada para fins deste artigo poltronas em sala específica com
controle de temperatura, em local diferente do destinado ao público e a apresentação das
tripulações.
 Não tem limitação semanal e nem mensal.
 A hora de reserva será paga na mesma base da hora de voo.
 A reserva do tripulante empregado no serviço aéreo previsto no inciso I do caput do art. 5o terá
duração mínima de 3 (três) horas e máxima de 6 (seis) horas.
 A reserva do tripulante empregado nos serviços aéreos previstos nos incisos II, III, IV e V do
caput do art. 5o terá duração mínima de 3 (três) horas e máxima de 10 (dez) horas.

Chave de voo: significa uma jornada ou uma combinação de jornadas a ser cumprida por um tripulante.
Uma chave de voo pode compreender um ou mais dias de programação.

Trabalho noturno: Considera-se voo noturno entre o pôr do sol e ao nascer do sol

 Quando em terra, considera-se trabalho noturno o trabalho executado entre 22h de um dia até as
5 horas do dia seguinte.
 Para razão de remuneração, a hora noturna é contada a razão de 52 min e 30s.

A duração do trabalho dos tripulantes de voo ou de cabine não excederá a 44 horas semanais e 176 horas
mensais, computados os tempos de:

I - Jornada e serviço em terra durante a viagem;

II - Reserva e 1/3 (um terço) do sobreaviso;

III - deslocamento como tripulante extra a serviço;

IV - Adestramento em simulador, cursos presenciais ou à distância, treinamentos e reuniões;

V - Realização de outros serviços em terra, quando escalados pela empresa.

Aos tripulantes são assegurados os seguintes limites mensais e anuais de horas de voo:
 80 (oitenta) horas de voo por mês e 800 (oitocentas) horas por ano, em aviões a jato;
 85 horas de voo por mês e 850 horas por ano, em aviões turbo hélice;
 100 horas de voo por mês e 960 horas por ano, em aviões convencionais;
 90 (noventa) horas de voo por mês e 930 horas por ano, em helicópteros.
 Quando os tripulantes operarem em diferentes tipos de aeronave, o limite inferior será
respeitado.

Se a companhia aérea aumentar o número de pousos na jornada, a cada pouso que será acrescido na
jornada, deverá ter o acréscimo de 2h (duas horas) de repouso.
Quanto aos voos noturnos, o comissário de voo só pode trabalhar por 2 (duas) madrugadas consecutivas e
4 (quatro) madrugadas por semana, no máximo. A lei até permite uma terceira madrugada consecutiva,
desde que o voo de retorno seja para a base contratual;
O tripulante de voo ou de cabine poderá ser escalado para jornada de trabalho na terceira madrugada
consecutiva desde que como tripulante extra, em voo de retorno a base contratual e encerrando sua
jornada de trabalho, vedada, nesta hipótese, a escalação do tripulante para compor tripulação no período
que antecede a terceira madrugada consecutiva na mesma jornada de trabalho

Jornada de trabalho:

 Base: hora que se apresenta no local de trabalho


 Fora da base: hora que se apresenta no local estabelecido pelo empregador.
 Geralmente é no aeroporto e não deve ser inferior a 30 minutos antes da hora do voo.
 Cada voo é uma tripulação.
 A base é o local onde você foi contratado.
 A jornada pode ser ampliada em 60 minutos a critério do Comandante no caso de:

1. inexistência de acomodações para a tripulação ou passageiros.


2. condições meteorológicas ou de manutenção.
3. por imperiosa necessidade

 O comandante comunica a empresa em 24hs e a empresa comunica a ANAC em 15 dias.


 Helicóptero pode ter a jornada ampliada em 1h.
 Manhã: 11h; Noturno: 10h
 Jornada: 80h mensais; 800h anuais (avião a jato)
 Jornada: 85h mensais e 850h anuais (turbo-hélice)
 Viagem: da saída ao regresso à base.
 Hora de voo: da partida ao corte dos motores

Pouso:

 Tripulação mínima ou simples: 8h de voo e 4 pousos


 Tripulação composta: 11 horas de voo e 5 pousos
 Tripulação de revezamento: 14h de voo e 4 pousos
 Em caso de desvio para alternativa, é permitido acrescentar mais um pouso.
 Helicóptero: 7h de voo sem limite de pouso; 90h/mês; 930h/ano.

Repouso depende da jornada:

 12h/jornada -> 12hs/repouso


 12h-15h/jornada -> 16h/repouso
 + 15h/jornada -> 24h/repouso

Cruzamento de 3 ou mais fusos em um sentido da viagem, a tripulação terá (na sua base domiciliar) o
repouso acrescido em 2h por fuso. Obs.: Antes da folga, tem repouso.
Da Folga Periódica

 Folga é o período não inferior a 24 (vinte e quatro) horas consecutivas em que o tripulante, em
sua base contratual, sem prejuízo da remuneração, está desobrigado de qualquer atividade
relacionada com seu trabalho.
 A folga deverá ter início, no máximo, após o 6º (sexto) período consecutivo de até 24 horas,
contada a partir da apresentação do tripulante, observados os limites da duração da jornada de
trabalho e do repouso.
 O tripulante terá número mensal de folgas não inferior a 10 (dez), das quais pelo menos 2 (duas)
deverão compreender um sábado e um domingo consecutivos, devendo a primeira destas ter
início até as 12 (doze) horas do sábado, no horário de Brasília.

 No caso de voos internacionais de longo curso, o limite poderá ser ampliado em 36 horas,
ficando o empregador obrigado a conceder ao tripulante mais 2 períodos de folga no mesmo mês
em que o voo for realizado.
 Quando o tripulante tem folga fora da base, em caso de curso de mais de 30 dias, a empresa
deverá assegurar no seu regresso uma licença de 1 dia para cada 15 dias fora da base, não
podendo ser sábado, domingo ou feriado;
 A folga tem início após a conclusão do repouso da jornada;
 O repouso após uma jornada inicia-se depois de passados os 30 minutos que se seguem à parada
final dos motores;

Cruzamento de Fusos Horários

 Quando ocorrer o cruzamento de 3 (três) ou mais fusos horários em um dos sentidos da viagem,
o tripulante terá, na base contratual, o repouso acrescido de 2 (duas) horas por cada fuso
cruzado.

Alimentação

 Durante a viagem, o tripulante terá direito a alimentação, em terra ou em voo, de acordo com as
instruções técnicas do Ministério do Trabalho e das autoridades competentes.
 O tripulante extra a serviço terá direito a alimentação.
 Quando em terra, o intervalo para a alimentação do tripulante deverá ter duração mínima de 45
minutos e máxima de 60 minutos.
 Quando em voo, a alimentação deverá ser servida em intervalos máximos de 4 horas.
 Para tripulante de helicópteros, a alimentação será servida em terra ou a bordo de unidades
marítimas, com duração de 60 minutos, período este que não será computado na jornada de
trabalho.
 Nos voos realizados no período entre as 22 horas de um dia e as 6 horas do dia seguinte, deverá
ser servida uma refeição se a duração do voo for igual ou superior a 3 horas.
 É assegurada alimentação ao tripulante que esteja em situação de reserva ou em cumprimento de
uma programação de treinamento entre as 12 e as 14 horas e entre as 19 e as 21 horas, em
intervalo com duração de 60 minutos.

Férias

 As férias anuais do tripulante serão de 30 dias consecutivos.


 Mediante acordo coletivo, as férias poderão ser fracionadas.
 A concessão de férias será comunicada ao tripulante, por escrito, com antecedência mínima de
30 dias.
 A empresa manterá quadro atualizado de concessão de férias, devendo existir rodízio entre os
tripulantes do mesmo equipamento quando houver concessão nos meses de janeiro, fevereiro,
julho e dezembro.
 Ressalvados os casos de rescisão de contrato, as férias não serão convertidas em abono
pecuniário.
A insalubridade representa um risco gradual à saúde do trabalhador, enquanto periculosidade
caracteriza um risco imediato de vida.

DIREITO DO TRABALHO

Igualdade: a ideia é sermos todos iguais; Liberdade: fazer o que quer; Fraternidade: todos somos irmãos

CLT (Leis Trabalhistas)

Direito individual do trabalho: objetiva os problemas decorrentes da prestação pessoa do trabalho (ex.:
reclamação trabalhista). O contrato de trabalho é o negócio jurídico por uma pessoa física que se obriga,
mediante o recebimento de uma contraprestação.

Pode ser:

 Verbal – pessoalmente
 Expresso – escrito
 Tácito – imaginário

SIGLA: Sistema Integrado de Gestão de Linhas Aéreas.

Requisito da prestação do trabalho:

 Pessoal – prestado pelo empregado


 Contínuo – não é esporádico ou eventual
 Oneroso – remunerado
 Subordinado – sob dependência jurídica do empregador

Deveres por parte do empregado:

 Sujeição: submeter-se ao poder disciplinar do empregador


 Boa-fé: compromisso com a verdade
 Diligência: dar o melhor de si
 Fidelidade: segredos da empresa
 Assiduidade: pontualidade, uniformizado
 Colaboração
 Concorrência

Deveres do empregador:

 Responsabilidade com o empregado


 O aborto espontâneo tem licença de 2 semanas
 Férias são remuneradas
 CIPA: Trabalha para evitar acidentes de trabalho
 CTPS: Para comprovar que você trabalha em determinada empresa e para ter direito quando for
se aposentar, ou seja, ter direito à previdência social.
 Sindicato: ninguém é obrigado a ser sindicalizado, ou seja, pagar ou não pagar o sindicato.
 PPP: Perfil Profissional
 Acidente de trabalho: 12 meses depois da alta

SEGURANÇA DE VOO
Segurança: diminuir a possibilidade de riscos de acidente.

SIPAER

 Criado pela OACI (Anexo 13).


 Cada país pode acrescentar regras ao anexo.
 Manutenção / treinamento / revisão do manual e das normas.
 Segurança de voo é responsabilidade do Ministério da Defesa.
 CENIPA (órgão central): normatizador, coordenador e orientador.
 Intenção de voo: acidente aéreo.
 OSV: fazer relatório de segurança, prevenção e investigação
 ASV: Comissário / inspac
 Responsabilidades: todos os Estados contratantes, filiados a OACI

Em 1951, nasce a sigla SIPAER para identificar o Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos

 Ações planejadas e executadas com a finalidade de evitar acidentes ou prejuízos materiais na


execução da atividade aérea
 Passou a ser prevenção de acidentes e não mais apuração e culpa de responsabilidade
 Virou sistema.

SIPAER: (Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)


Filosofia do SIPAER

 Todos os acidentes resultam de uma sequência de eventos e nunca de uma causa isolada
 Todo acidente tem um precedente
 Todos os acidentes podem ser evitados
 A prevenção de acidentes é uma tarefa que requer mobilização geral (é de responsabilidade de
todos)
 O propósito da prevenção de acidentes não é restringir a atividade aérea, mas sim, estimular seu
desenvolvimento com segurança
 Os proprietários, presidentes, diretores, e comandantes de aeronaves, são os principais
responsáveis pelas medidas de segurança
 Segurança de vôo não é um ato egoísta
 Reportar incidentes é prevenir acidentes
 A segurança de vôo é um processo contínuo, onde homens com o mesmo ideal, conscientes e em
ação, procuram atingir e garantir seus ideais, dentro da mais perfeita e harmoniosa cooperação
 Se é verdade que nada é perfeito, também é verdade que tudo pode ser melhorado.

O primeiro acidente aéreo registrado no Brasil ocorreu com um balão em 1908, cuja investigação apontou
uma falha na válvula de controle como causa.

 Autoridade Internacional: Organização da Aviação Civil (OACI)


 Autoridade Nacional: Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA)

Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA)

Órgão Central do SIPAER, encarregado de planejar, normatizar, orientar, coordenar e controlar atividades
de investigação de acidentes aeronáuticos, incidentes aeronáuticos e de ocorrências de solo ocorridos em
território nacional.

 Órgão central do SIPAER


 Sede: Brasília
O antigo SIPAER que era na forma de serviço, passa a funcionar como sistema, tendo seu órgão central o
CENIPA. As investigações passaram a ser realizadas com um único objetivo: a "prevenção de acidentes
aeronáuticos".

Cursos Fornecidos:

 Prevenção
 Investigação

Elemento Credenciado + Prevenção: ASV Agente de Segurança de Voo (Civil)

 Pessoa Civil ou Militar da reserva (aposentado) de força armada ou força auxiliar brasileira, que
concluiu o Módulo de Prevenção e Investigação do curso de Segurança de Voo (CSV)

Elemento Credenciado + Investigação: OSV Oficial de Segurança de Voo (Militar)

 Oficial da ativa de força armada ou força auxiliar brasileira que concluiu o Módulo de Prevenção
e Investigação do curso de Segurança de Voo (CSV).

Formação em apenas um módulo: Elemento Credenciado (EC)

 Pessoa Civil ou Militar que concluiu um dos estágios de Segurança de Voo ou o Módulo de
Prevenção do curso de Segurança de Voo (CSV).
 É habilitado para uma área específica de atuação

O funcionário credenciado será acionado para a investigação, caso ocorra um acidente.

REL. PREV. Relatório de Prevenção

REL. INV. Relatório de Perigo

SERIPA: Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

O SERIPA possui 7 órgãos regionais encarregados das atividades de prevenção e investigação de


acidentes aeronáuticos e incidentes aeronáuticos graves com aeronaves da aviação de pequeno porte
(aviação geral e serviço privado).

SERIPA (Regional)

 Aeronave de Pequeno Porte

CENIPA

 Aeronave Estrangeira em território Brasileiro


 Aeronave Brasileira no território Estrangeiro
 Aeronave de Grande Porte
 Grande Repercussão (Mídia)

CNPAA: Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

Órgão interministerial que se reúne com a finalidade de deliberar sobre assuntos do SIPAER.

CIAA: Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico

É o grupo de pessoas designadas para investigar um acidente aeronáutico específico, devendo sua
composição ser adequada às características deste acidente.

 O responsável da CIAA terá acesso irrestrito a toda investigação


 Todo quartel do SERIPA possui um
 Ou CIA: Comitê de Investigação de Acidente.

RAI: Relatório de Ação Inicial (Realizado no local do acidente)

RP: Relatório Preliminar

 Enviado ao CENIPA (30 dias não prorrogáveis)

REL PER: Relatório de Perigo

REL PREV: Relatório de Prevenção

 Ambos a critério do CENIPA, após a conclusão do relatório preliminar.

ANEXO 13: Documento técnico que contém as normas e procedimentos recomendados a serem aplicados
pelos ESTADOS CONTRATANTES em relação a investigação de ACIDENTES e INCIDENTES
aeronáuticos.

Notas importantes:

 Exceto para salvar vidas humanas, não se deve retirar destroços ou alterar o local da ocorrência
do acidente.
 Após o acidente, todo tripulante terá seu certificado cancelado, devendo ser submetido a exames
médicos.

Responsabilidades do operador da aeronave:

 Comunicar ocorrência.
 Prestar todas as informações em prol da investigação.
 Manter a guarda da aeronave.
 Comunicar diretamente aos familiares das vítimas.
 Fornecer transporte para todas as vítimas.

Fatores contribuintes para um acidente:

 Humanos
 Materiais
 Operacionais

Acidente Aeronáutico

Toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave, ocorrida entre o período em que uma
pessoa nela embarca com a intenção de realizar um vôo, até o momento que desembarca e durante o qual,
pelo menos uma das situações ocorra:

 Lesão grave ou morte, ou ainda internamento hospitalar de até ou mais de 30 dias


 A aeronave sofra grandes danos ou falhas estruturais
 Quando a aeronave é considerada desaparecida.

Incidente Aeronáutico

É a ocorrência que afete ou possa afetar a segurança da operação, servindo apenas com experiência
colhida pelo explorador ou proprietário da aeronave. Esses fatos deverão ser levados ao conhecimento do
CENIPA ou DAC, através do preenchimento de um Relatório de Perigo (RELPER), de Incidentes
(RELIN) ou de Ocorrência no Solo (RELOS).
A própria empresa se encarrega de realizar o trabalho de investigação através do Agente de Segurança de
Voo (ASV) ou Elemento Credenciado (EC).

Inspeção de Segurança do Tripulante (Importância do uso do Check-list para os comissários).

Aos comissários compete, observar durante a inspeção, entre outros itens e dependendo do tipo de
aeronave:

 A localização dos equipamentos de segurança,


 Pressão indicada nos manômetros de extintores, cilindros para oxigênio, etc,
 Integridade, fixação, quantidade, lacres, validade dos equipamentos,
 Estar ciente do manuseio, cuidado e restrições dos equipamentos,
 Observar o funcionamento de sensores de temperatura e de fumaça,
 Capacidade do tanque de água,
 Funcionamento dos sistemas de comunicação, som e vídeo,
 Funcionamento das luzes de emergência internas e externas,
 Funcionamento das portas e saídas de emergência,
 Funcionamento da trava da porta da cabine de comando,
 Cortinas recolhidas,
 Todo material que estiver solto, deve ser guardado em seus devidos lugares.
 Check das PSU, LSU e ASU,
 Check dos assentos e cintos de segurança dos comissários e passageiros.

FATOR HUMANO NA AVIAÇÃO CIVIL

Fator humano é o comportamento das pessoas nas suas mais diversas relações. Um acidente nunca
acontece por um único motivo. Reason (queijo suíço) -> quando erros “se alinham” ocorre um acidente.

SHELL

 S – Software = Regras e Procedimento


 H – Hardware = Máquina e Equipamento
 E – Environment = Ambiente
 L – Liveware = Humano

CRM (Corporate Resource Mangement) e EMCRM (Error Mangement CRM)

Comunicação: processo pelo qual a informação, os pensamentos ou sentimentos são trocados, de uma
maneira clara e compreensível. Comunicação é diferente de Informação: comunicação tem feedback
(feedback = retorno)

Barreiras que impedem a comunicação na cabine:

 Desnível de autoridade;
 Desnível de experiência;
 Crença da não-necessidade;
 Medo de perguntar / Insegurança;
 Estresse.

Filtros que impedem a comunicação clara na cabine:


 Dificuldade em ouvir (barulho / falta de hábito);
 Mensagem confusa;
 Não padronização da comunicação (gírias);
 Preconceito;
 Distração;
 Comunicação mediada (por rádio);
 Visão canalizada;
 Conflitos emocionais.

Aspectos serem trabalhados para a melhora da comunicação:

1. Briefing;
2. Saber ouvir;
3. Indagação;
4. Assertividade;
5. Resolução de conflitos;
6. Críticas.

1. Briefing

 – Fazer planejamento;
 – Estabelece as expectativas sobre o que será feito no futuro;
 – Facilita a comunicação e estabelece o tom sobre como será o trabalho em equipe;
 – Identifica problemas potenciais, determina comportamento, prevê alternativas, estimula os
tripulantes e sana dúvidas.

2/3. Indagar / ouvir

 Estar aberto ao que será falado;


 Fazer perguntas;
 Concordar, discordar ou cotejar (comparar);
 Colocar-se na posição de quem está falando.

4. Assertividade

– Expressar posição de maneira clara e defender seu ponto de vista. É o meio termo entre a imposição e a
omissão;

– O tripulante deve expor suas ideias com ou sem solicitação;

– Transferência de informações;

– Mudar de acordo com o nível de perigo (não reação, sugestão, crítica, confronto e ação).

5. Resolução de conflitos

 Abertura;
 Nível de preocupação;
 Exposição do problema;
 Oferecimento de sugestão;
 Busca de concordância (“o que você acha?”).
 Fazer perguntas sobre a tarefa;
 Sugerir alternativa;
 Expor opinião sobre decisões e procedimentos;
 Não permitir que diferenças de graduação interfiram na segurança do voo;
 Manter seu ponto de vista até estar convencido pelos fatos;
 Enfrentar ambiguidades e conflitos, pedir assistência quando sobrecarregado.

O nível de assertividade se adapta à proximidade do perigo.

6. Crítica

 Em todo voo existirão pontos a serem melhorados;


 A crítica ajuda a melhorar o desempenho;
 Todos deverão esperar pela crítica;
 Peça pela crítica;

Ao criticar:

 – Esteja presente (empatia);


 – Elogie primeiro;
 – Seja específico;
 – Ofereça solução.

“Se você está em posição para criticar, você tem que ter soluções.”

Estresse

 Reação do organismo à tensão física ou psicológica, atingindo cada pessoa de forma particular.
 Pode ser: agudo (momentâneo) ou crônico (constante).
 Os sinais podem ser: físicos (dor de cabeça, queda de cabelo) ou psicológicos (memória fraca,
irritabilidade, hipersensibilidade emotiva)

Fadiga

Resultado do acúmulo de estímulos que ao longo de determinado período conduzem à sensações de


exaustão e esgotamento.

Fadiga aguda:

 Falta de atenção / concentração;


 Distração;
 Erro de rotina;
 Negligência;
 Descontrole da coordenação motora.

Fadiga crônica:

 Intervalo maior entre pergunta e resposta;


 Julgamento deficiente;
 Irritação;
 Perda de apetite / peso;
 Insônia.
Como administrar:

 Autoconsciência;
 Alimentação;
 Sono e repouso;
 Exercício físico;
 Lazer.

Consciência situacional

 Percebe o que está acontecendo;


 Posiciona-se no contexto maior;
 Projeta as implicações no futuro.

Diminuição situacional:

 Estresse;
 Inexperiência;
 Distração;
 Conflitos interpessoais;
 Complacência (confiabilidade).

Resolução de conflitos:

 Limitar-se aos assuntos da cabine;


 Concentrar-se no que e não em quem está certo;
 Em caso de discordância, adotar a solução mais conservadora em prol da segurança;
 Descartar o pensamento indutor.

Tomada de decisão:

 Reconhecer uma necessidade;


 Identificar o problema claramente;
 Reunir toda a informação possível;
 Executar a ação;
 Acompanhar os resultados.

Modelo de erro: Helmerich (1999)

 Não aderência intencional (não faz porque não quer);


 Procedimentos (falhas);
 Comunicação;
 Proficiência (inexperiência);
 Decisão operacional fora do padrão;

Carga de trabalho: 85hs de voo por mês; 10 segundos de revisão mental.

Equipe é diferente de grupo: Equipe tem motivação, conhecimento, afinidade, confiança, envolvimento
com a tarefa (coletivo); grupo tem só um objetivo em comum (individual)

Tarefa (autoridade) X Responsabilidade (Liderança)


Liderança Autoridade

Origem Comportamento Lei

Objetivo Eficiência Disciplina

Liderança situacional:

 Depende do nível de maturidade;


 Naquele momento se torna líder.

Prejudicial para a equipe:

 Individualismo;
 Desinteresse;
 Característica do líder.

Um bom parceiro é essencial.

Automação: facilita o trabalho e dá mais segurança.


MEDICINA AEROESPACIAL

Biologia: estudo da vida; Fisiologia: ciência que trata das funções do corpo

Células < Tecido < Órgão < Sistema < Aparelho

Divisão do corpo:

 Cabeça
 Pescoço
 Tronco
 Membros superiores
 Membros interiores

C1 e C2: morte; C3 à T3: tetraplegia; T4 para baixo: paraplegia

Cervical / Toráxica / Lombar

Forame pariental (furos no cérebro) : liberar gases

Seios paranais: tornar a cabeça mais leve e igualar o ar e pressão interna e externa (a pressão de dentro é
maior)

Orelha:

 Externa
 Média
 Interna

Posição anatômica: 1 pessoa em pé e ereta, olhando para frente, braços estendidos para baixo e pros
lados, palma da mão voltadas para frente, pernas juntas e pés ligeiramente afastados.

Quadrantes abdominais: facilitar a localização das fraturas internas.

Obs.: se a pessoa usa marca-passo, colocar a pá do DEA dois dedos acima.

Sempre que pisa com o calcanhar, o sangue é impulsionado para cima.

Até 8.000 pés nós conseguimos respirar (mínimo 100 pés)


 Hipóxia alveolar: pouco oxigênio nos pulmões.
 Hipóxia anêmica ou hipêmica: pouco oxigênio no sangue.
 Hipoxistia: pouco oxigênio nos tecidos.
 Hipoxicitia: pouco oxigênio nas células
 Hipóxia alveolar = hipóxia hipóxica (corre nos casos de pneumonia ou asma brônquica)

Trombose vascular: entupimento das veias e edema (normalmente nas pernas) ; Elefantíase é diferente de
Trombose

Precisa de pressão de pelo menos 100%

Óbito em aproximadamente 70%

 Hipóxia Histotóxica: inabilidade das células teciduais para utilizar o oxigênio transportado em
virtude da presença de tóxicos nas células; Tratamento: sentado ou semi-sentado, administrar
oxigênio

Hiperventilação em voo

 Respiramos 2% atm
 Utilizamos 5% de oxigênio
 Aumento da frequência respiratória = hiperpnéia
 Aumento anormal do volume de ar inspirado = hiperventilação
 Diminui a taxa de gás carbônico = hipocapnia ou hipocarba
 Sintomas: sufocação, delírio, sonolência, formigamento das extremidades e frio.

Disbarismos

Formação de bolhas de nitrogênio no organismo. Pode ser:

 Aeroembolismo
 Aerobaropatia plasmática

A grande quantidade de nitrogênio dissolvida na correndo sanguínea que é eliminado lentamente através
da membrana alveolocapilar (3.000 pés)

Aerodilatações (aerobaropatia cavitárias)

Resultado pelas oscilações da pressão atmosférica exercida sobre os gases contidos nos órgãos cavitários
do organismo humano.

Seios paranasais -> cavidades localizadas nos ossos da face, onde ocorre a sinusite.

Aerotobaropatia: Expansão de gases em todas as cavidades ao mesmo tempo (diminuição da pressão do


ouvido)

Pressão interna (mmHg -> milímetros de mercúrio):

 3 a 5 mmHg: ensurdecimento
 15 mmHg: ouve um estalico e normaliza
 30 mmHg: dor de ouvido, diminuição da audição e zumbido
 60 mmHg: manobra de valsalva (tampar o nariz e a boca e expirar fortemente)
 80 mmHg: dor de ouvido, náuseas, vômitos, vertigem
 100 mmHg: ruptura do tímpano

Otite média barotraumática: inflamação nos ouvidos; Criança chorando -> chupeta ou mamadeira

Aerosinusobaropatia

 Aero = ar / baro = pressão / patia: doença.


 Sinuso = seios paranasais
 Oxigênio expandido nos ossos maxilares e frontal (seios paranasais)

Aerogastorobaropatia

 Ar no estômago.
 Cólicas abdominais e desconforto.
 Expelido por eructação (arroto).

Aeroodontobaropatia

Dor de dente causada pela dilatação de uma bolha de ar existente na raiz do dente.

Ruídos e vibrações

Vibração é qualquer movimento que se alterna repetidamente de direção; Ruído é um som desagradável
ao ouvido. Ruído aerodinâmico: Deslocamento do aparelho na atmosfera.

Sons são movimento vibratórios que se propagam pelos sólidos, líquidos e pelo ar.

A intensidade dos sons e ruídos é medida em decibéis e a frequência em ciclos por segundo ou hertz:

 Humano: de 18 a 12.000Hz
 Abaixo de 18: infrassons
 Acima de 12.000: ultrassom
 Faixa mais utilizada: 500 à 600Hz
 Limiar de conforto: 85db
 Perturbações auditivas com intensidade superior 90 db
 Trauma acústico grave, intensidade superior 120 db

Baixa umidade do ar

 Concentração ideal de vapor d’água do ar ambiente de 30% à 40%


 Ulcerações: feridas
 Prevenções: creme hidratante, colírio, respirar com lenço umedecido.

Radiação

Negativa: não ionizantes; Positiva: ionizantes


Oscilações da temperatura e luminosidade

 Alterações do Ritmo Circadiano (Jet Lag)


 Ritmo circadiano: relógio biológico
 Ultrapassa 24h: ritmos ultradinos
 Dentro de 24h: ritmos circadianos, do latim diem (1 dia)
 Inferior à 24h: ritmos infradinos
 Até 3 dias fora: agir como se não houvesse mudado de fuso
 Mais de uma semana: alterar relógio biológico desde o começo da decolagem com o fuso do
horário de destino.

Fadiga aérea

Pode ser aguda ou crônica

Aerocinetose (Mal do ar)

Enjoo a bordo

Vigilância epidemiológica (vigilância sanitária)

Controle governamental de doenças.

Classificação enfermidades:

 Crônicas
 Agudas
 Psicossomáticas
 Infecto contagiosa (transmissíveis)

Infecto contagiosa:

 Endêmicas (região determinada)


 Epidêmicas (mais que o esperado)
 Pandêmicas (geral)

Conceitos básicos:

 Transmissor
 Agente etiológico
 Hospedeiro intermediário
 Hospedeiro definitivo
 Profilaxia (tratamento ou prevenção)

PRIMEIROS SOCORROS

Atendimento Pré-Hospitalar (APH): Da hora que a pessoa passa mal até que ela seja entregue em um
hospital.

 Socorrista é a pessoa que está habilitada a prestar os primeiros socorros.


 Conhecimento, liderança, bom senso, compreendimento, tolerância e paciência, saber improvisar
com segurança, ter iniciativa e atitudes firmes, ser solidário.

Pressão:

 Máxima: 130x110mmHg
 Mínima: 60x80mmHg
 Média: 120x80mmHg

Locais para verificar pulsação:

 Artéria temporal (têmporas);


 Artéria carótica (pescoço);
 Artéria braquial (perto da axila);
 Artéria radial (pulso);
 Artéria femoral (perto da virilha);
 Artéria poplítea (atrás do joelho);
 Artéria podálica (peito do pé).

Batimento/respiração: 15×4 (1min)

Suporte Básico de Vida: conjunto de medidas para manter a respiração e circulação da vítima.

OVACE (Obstrução das vias aéreas por corpos estranhos):

 Leve (consegue falar / tossir / respirar): estimular a pessoa a tossir mais.


 Grave (não consegue falar / tossir / respirar): ficar atrás, achar a região do estômago, pressionar
o peito com as mãos (5 vezes).

Sinal universal de asfixia: mãos no pescoço.

Na prática: pé entre as pernas e quadril nos glúteos.

Bebês: de bruços, cabeça mais baixa que o corpo, 5 tapinhas entre os ossinhos das costas, vira e vê se
respira. Faça leve compressões sobre o peito, 5 vezes.

Parada cardíaca: cessação súbita dos batimentos cardíacos.

Procedimentos:

 verificar a segurança do local;


 estímulo verbal (chamar 3 vezes com a mão no ombro);
 pedir ajuda / DEA;
 verificar se respira;

Decúbito: contato com a superfície.

Faltando oxigênio:

 Cianose periférica (unhas roxas)


 Cianose central o perilabial (lábios roxos) -> mais grave
 Obs.: roxo = coloração violácia.

Taquipnéia: respiração acelerada e superficial; Hiperpnéia: respiração acelerada e profunda.

Dica: P de Pulmonar.

Hipóxias (deficiência de oxigênio):

 Hipóxia: má distribuição do oxigênio.


 Anêmica ou hipênica: deficiência no transporte de oxigênio.
 Estagnado, isquêmica ou estática: problema cardiocirculatório (taquicardia)
 Histotóxica: intoxicação
 Obs.: Uma pode levar à outra.

Asma Brônquica

 Obstrução das vias aéreas.


 Mucosa tem espasmos (contrações)
 Brônquio-constrição -> diminuição da mucosa

Afogamento

 Pálido: mucosa fechada, laringoespasmos


 Cianótico (salgada): asfixia pela água
 RPC até a pessoa voltar e cabeça voltada para o lado

Infarto Agudo do Miocárdio

Miocárdio: músculo cardíaco. Suprimento de oxigênio inferior as necessidades.


Sintomas:

 Angina pectoris: de 3 à 10 minutos


 dor no peito (circulação insuficiente das artérias coronárias)
 IAM: mais de 30 minutos
 Arritmia: o coração bate em ritmo irregular
 Obs.: RPC somente quando não houver batimento cardíaco.

Parada cardiorrespiratória

 Cardíaca: IAM e Arritmia


 Respiratória: Patologia, OVACE e Afogamento

Vertigem

 Sensação do mundo girar ao seu redor ou ao contrário.


 Tratamento: deixar confortável e passar segurança.

Sincope, desmaio, lipotimia

 Abolição súbita da consciência


 Hipônica -> perda do tônus postural (ficar mole)
 Tratamento: trazer as pernas para o abdome (pressão)

Estado de Choque

Não chega sangue nem oxigênio suficiente

Tipos:

 Hipovolêmico: perda de 20% de sangue


 Cardiogênico: cardíaco (IAM)
 Septicêmico: infecção generalizada
 Anafilático: alergia
 Neurogênico: neurológico (trauma na cabeça)

Diabetes

Aumento da glicose ou falta de insulina. Pode ser:

Tipo I:

 Autoimune (o corpo Cia anticorpos contra a insulina)


 Pessoas magras
 Tratamento: aplicar insulina
 De ação lenta: ministrada ao acordar e ao ir dormir.
 De ação rápida: após grandes refeições (almoço e janta).

Tipo II:
 Hereditário
 A produção de insulina é normal, o problema está no funcionamento dos receptores de insulina
nas células.
 Pessoas obesas e idosos.

Gestacional:

 Semelhante ao tipo II.


 Ocorre na gestação, podendo ou não continuar após o parto.
 O bebê pode ter má formação fetal, macrossomia fetal (alto peso), pode nascer cego ou morto,
ou morrer ao nascer.

Tratamento: hipoglicemia oral (diminuição da glicose no sangue), dieta equilibrada e exercício físico.

Alcoolismo

 A crise de abstinência dura de 48 à 90h, depende da pessoa.


 Obs.: midríase = dilatação das pupilas.
 Agudo: Hipotermia, desidratação, convulsão, retenção ou incontinência urinária ou
fecal, taquisfigmia (batimento acima de 100 por minuto)
 Tratamento: Suspensão de álcool, manter o passageiro sentado com a poltrona
reclinada, oferecer café forte e doce; aplicar glicose intravenosa (médico)

Convulsão

 Descarga súbita, excessiva e anormal dos neurônios em alguma parte do sistema nervoso central.
 Pode ser: Cerebral (desconhecida) ou Extra cerebral (conhecida)
 Sintomas: perda da consciência, grito epilético, contrações, olhar vago, sialorreia (aumento da
saliva), descontrole esfincteriano urinário sudorese, midríase, cianose.
 Duração de 1 a 3 minutos
 Tratamento: proteção conta injúria física, não conter a vítima e afrouxar as vestes, lenço entre os
dentes.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

 Ruptura ou oclusão de um vaso.


 Pode ser: Hemorragia; Ataque Isquêmico Transicional
 24h e pode haver sequelas.
 Sintomas: muita dor de cabeça e não consegue repetir uma frase ou cantar; paralisia unilateral,
cefaleia, hipoestesia, dificuldade em falar, vertigem, distúrbio visual, perda da consciência.
 Tratamento: Decúbito dorsal; manter as vias aéreas pérvias; Médico voluntário; Oxigenioterapia
se necessário.

Intermação

 Ambiente superaquecido e mal ventilado.


 Pode ser: Benigno (cefaleia e vertigem) ou grave (desidratação, forte cefaleia e delírios,
vertigem, rigidez na nuca, febre alta, vômitos, convulsão, morte)
 Tratamento: Beber água, hidratação EV, local fresco.
 Desidratação:
 Perda de água no organismo.
 Soro caseiro: 1L de água, 2 colheres de sopa de açúcar, 1 colher de chá de sal
Queimaduras

Agentes:

 Térmico – tudo que é quente


 Químico – ácidos
 Elétrico – raios, energia elétrica
 Radiação – luz ultravioleta

Profundidade:

 1° grau: epiderme superficial.


 2° grau: epiderme e derme.
 3º grau: epiderme, derme, hipoderme e tecidos.
 4º grau: carbonização

Sintomas:

 1º grau: ardor intenso.


 2º grau: dor, bolha, irritima (vermelhidão).
 3º grau: escaras amarelas, tecido necrosado, ausência de sensibilidade.

Extensão:

 Cabeça: 09%
 Pescoço: 01%
 Posterior do tronco: 18%
 Anterior do tronco: 18%
 Membros superiores: 09% cada
 Membros inferiores: 18% cada
 Genitais: 01%

Complicações:

 Infecção
 Perda de líquido / desidratação
 Choque
 Hipovolêmico (perda de 80% de sangue)
 Septicêmico (infecção)

Tratamento:

 Retirar as vestes que forem possíveis;


 Lavar com soro fisiológico;
 Curativo com gaze estéril e vaselina líquida;
 Repouso absoluto;
 Aquecimento;
 Administrar analgésico e líquido;

Obs.: Nos olhos -> cobrir ambos com gaze umidificada com água fria, fixando com esparadrapo sem
pressão.
Traumatologia – Trauma Fechado

Contusão (batidas)

 São pancadas nos tecidos moles (músculos).


 Há o esmagamento do tecido e podem ocorrer ruptura de pequenos vasos (hemorragia).
 É uma lesão superficial.
 Sintomas: dor localizada, equimose (nódoas avermelhadas, edema).
 Tratamento: crioterapia (colocar gelo no local)
 Obs.: proteger com pano, pois gelo também queima.

Entorse

Distensão dos ligamentos de uma articulação sem termos a perda do contato ósseo. Distensão de uma
junta ou articulação com ruptura total ou parcial dos ligamentos.

Sintomas:

 Muita dor, que piora com os movimentos;


 Edema;
 Dificuldade de movimentação;

Fraturas

É a ruptura total ou parcial de um osso determinado por um agente traumático. A quebra do tecido ósseo
de forma parcial ou total.

Tipos:

 Fechada: só o osso se move.


 Incompleta: parte do osso.
 Galho verde: quebra ao meio (crianças até 10 anos).
 Exposta: rompe a pele.

Ferimentos: Abertos ou Fechados

Traumatismo Cranioencefálico (TCE)

Lesão da base do crânio. É o estado grave que apresenta um sinal tardio denominados olhos de guaxinim.
Recebe esse nome porque ao redor dos olhos ficam hematomas. Provocado por um agente externo,
podendo atingir o couro cabeludo, caixa craniana e o cérebro.

 Lesões encefálicas:
 Hematomas;
 Fraturas;
 Lesões no couro cabeludo;

Cuidados:

 Lavar as mãos antes e depois;


 Instrumental esterilizado;
 Manipulação através de pinça e gases.

Traumatismo aberto

É ocasionado por um agente lesivo que pode muitas vezes conter patógenos que contaminam o ferimento.

Escoriações ou abrasões (arranhões): Superficiais e Superfície áspera

 Punctórios ou punctiformes: perfurantes


 Incisivos: instrumental afiado (bisturi)
 Lacerantes: dilaceram a pele (vidro)
 Transfixiante: atravessa a pele (bala de fogo)
 Penetrante: penetra em uma cavidade.

Ferimentos graves

 Hemostasia (estancamento de sangue);


 Antissepsia (limpeza);
 Curativo;
 Ponto falso e gaze;
 Imobilização;
 Analgésicos.

Hemorragias

Perda sanguínea resultante de uma lesão vascular

Classificação:

 Arterial: vermelho vivo e jorra em jatos.


 Venosa: vermelho escuro e escorre.
 Capilar: ruptura de pequenos vasos coagulantes.
 Externa: sangramento direto do ferimento.
 Interna: ocorrem no interior do organismo e não se exterioriza.

Tipos de hemorragia externa:

 Otorragia (ouvido)
 Epistaxe ou rinorragia (nariz)
 Hemoptise (pulmões)
 Fluindo pela boca, quase sempre ao tossir
 Estomatorragia (boca)
 Hematêmese (aparelho digestivo)
 Melena (fezes/ânus) -> sangue escuro)
 Enterorragia (final do tubo digestivo / fezes) -> sangue claro
 Hematúria (urina)
 Menorragia (vaginal) de menstruação
 Metrorragia (aborto ou cistos)
Sintomas:

 Externa: visível
 Interna: palidez, taquicardia, pulso rápido e fino, fraqueza.

Devemos verificar:

 Nível de consciência;
 Condições respiratórias;
 Pupilas anisocórias (tamanhos diferentes) ou midríase (dilatadas) / miose (pequena)
 Frequência cardíaca
 Frequência respiratória
 Presença de vômitos em jato
 Descontrole esfincteriano (tanto para nº1 quanto nº2)

Tratamento:

 DDH
 Compressão
 Garrote
 Compressão do tronco arterial
 Elevação do membro afetado

Fratura do crânio

Sintomas:

 Perda da consciência (imediata ou tardia)


 Cefaleia (dor de cabeça intensa)
 Vômitos em jatos
 Hemorragia pelos ouvidos e boca
 Convulsão

Tratamento:

 manter o acidentado acordado;


 decúbito dorsal e cabeça lateralizada;
 Curativo;
 Não administrar líquido ou medicamentos;

Traumatismo abdominal

Não há osso, então se torna vulnerável ao trauma.

Ferimentos: Superficiais ou Profundos

Superficiais:
 Pele
 Tecido subcutâneo
 Musculatura

Profundos:

 Peritônio (espaço entre as vísceras)


 Vísceras

Sinais e sintomas:

 Dor abdominal intensa;


 Vômitos;
 Distensão abdominal;
 Choque neurológico e hemorrágico;
 Febre (axilar e retal)
 Evisceração (saída da víscera da cavidade abdominal)

Tratamento:

 Assepsia
 Jejum
 Não recolocar a víscera no lugar ou retirar corpos estranhos
 Limpeza cuidadosa com soro fisiológico ou água
 Cobrir com gaze esterilizada umedecida com SFO, 9% e aquecida em 37°C

Politraumatizado

Lesões em várias regiões do corpo, com risco de morte e instabilidade.

Sintomas:

 Consciência
 Pupila sob a luz: reage ou não reage
 Tamanho da pupila: midríase, miose ou anisocóricas
 Sistema cardiovascular
 Pele pálida e mucosa
 Movimentos voluntários
 Vômitos
 Outros: funções renais alteradas, febre, sudorese, convulsão.

Tratamento:

 Vias aéreas pérvias


 Hemostasia (estancamento de sangue)
 Imobilização provisória
 Curativos

Garrote ou torniquete

Pode ficar até 3h no membro e afrouxar de 15 em 15 minutos para evitar gangrena.


Ataduras

São colocadas onde o uso de esparadrapo torna-se difícil.

Articulações: Distal (longe) e proximal (perto)

 Distal para proximal, em espiral;


 Não cobrir os dedos;
 Nas articulações, em forma de 8;
 Nas saliências ósseas (cotovelos/joelho) e nervos periféricos devem ser colocados algodões
ortopédicos.

Envenenamento

Substância que após ingerida, absorvida ou aplicada, produz lesão.

Objetivo do tratamento:

 Remover o veneno antes de ser absorvido pelo corpo (de 2 à 4h)


 Prestar cuidados de manutenção
 Empregar o antídoto específico
 Providenciar a aceleração da eliminação do veneno

Venenos ingeridos:

 Repouso e agasalhado
 Vias aéreas pérvias
 Observação dos sinais vitais
 RPC se necessário
 Em caso de choque, administrar soro e antídoto

Conduta:

 analgésicos e antitérmico se necessário


 antídoto universal: 2 partes de torrada queimada; 1 parte de leite de magnésia; 1 parte de chá
forte (pouca água)

Venenos corrosivos:

 Ácidos: Leite de magnésia ou claras de ovos batidas (4 claras para cada 1L)
 Bases: Leite, suco de frutas ou vinagre diluído em água
 Obs.: não provocar vômitos

Venenos não corrosivos:

 Leite ou água morna em grande quantidade


 Provocar vômitos
 Água morna + sal = causa vômito
 Fazer lavagem estomacal com água morna ou SFO
Venenos inalados:

 Se for por monóxido de carbono (CO), administrar oxigênio à 100%, com máscara, sob pressão

Contaminação cutânea:

 Aplicar jato d’água enquanto tira as vezes da vítima.


 Lavar a pele com água abundante e corrente

Parto

É a expulsão do feto. Conhecer a anatomia feminina.

Externa:

 Períneo (entre a vagina e o ânus)


 Vulva
 Mamas

Interna:

 Vagina
 Trompas de falópia
 Útero
 Ovários

Fisiologia da fecundação:

 Fecundação
 Placenta (ligada pelo cordão umbilical)
 Membrana amniótica (líquido amniótico -> protege o bebê)
 Cordão umbilical
 Feto

Trabalho de parto:

 Dilatação 10 cm
 Tempo: primiparas = 8h ; multíparas = 2 à 3h
 Duração de 3 à 4 minutos, podendo chegar à 10 minutos
 Dequitação ou secundamento (retirada da placenta)

Cuidados:

 Posicionamento (frango assado)


 Assepsia: Coxas, Ânus, Vagina e Períneo (cobrir com pano)
 Obs.: Para cortar o cordão umbilical: medir 4 dedos a partir do recém-nascido e clipar (prender),
medir mais 4 dedos e clipar novamente. Cortar entre.
 2 comissários (um para fazer o parto e outro para auxiliar)
 Só é permitido voar até o 7° mês de gestação. Após esse período, apenas com autorização
médica.
Fases:

 1° fase: contração, dilatação, parto


 2º fase: expulsão do feto
 3º fase: eliminação da placenta

Urgência

Pode ser extrema: remoção imediata (Hemorragia que não detém)

 Artéria
 Grandes choques
 Asfixia
 Afogamento

1º: remoção antes de 1h (garrotiamento)

2°: remoção antes de 3h (fratura)


EMERGÊNCIA

É uma situação anormal, que pode ocorrer em voo, terra, mar, decolagem ou pouso, e que coloca em risco
a segurança da aeronave e de seus ocupantes.

Autoridade a bordo
O comandante ou piloto em comando é o responsável, e é a autoridade final na operação da aeronave.

Hierarquia a bordo

1. Piloto em comando – CMTE;


2. Co-piloto;
3. 1° Comissário;
4. Tripulantes de cabine (em ordem hierárquica).

Cockpit Estéril
Período no qual os pilotos não devem ser interrompidos em suas atividades. Se ativa em terra
imediatamente antes da decolagem e continua durante o ascenso até 10.000 FT (aproximadamente 10
min.), durante o descenso, ao cruzar 10.000 FT se reinicia até o abandono da pista depois do pouso.

Briefing
Procedimento prévio ao voo que se realiza em coordenação entre comandante, 1° comissário e tripulação
de cabine.

Procedimentos rotineiros de segurança


É de responsabilidade de cada tripulante de cabine efetuar um rigoroso cheque pré-vôo dos equipamentos
de emergência na cabine de passageiro, condizente a localização, fixação, integridade, validade, etc.

Pré-Voo – Check List

 Portas;
 Manômetro Scape Slide – Pressão (2700 a 3000 PSI);
 Jump Seats;
 Equipamento de emergência;
 Painel de CMS;
 Equipamento de demonstração;
 Assento passageiro;
 P.S.U – Unidade de serviço do passageiro;
 Janelas de emergência;
 Visor do trem de pouso (limpeza);
 Overhead bins;
 Toilettes;
 Cortinas;
 Galleys
 Cheque terminado reporte de obs. ou ok ao 1° comissário.

Embarque de passageiros
Alguns passageiros necessitam de uma atenção especial, portanto terão embarque prioritário e não
poderão ocupar os assentos das saídas de emergências. São eles:

 Menores desacompanhados;
 Gestantes;
 Deficientes físicos, visuais, auditivos;
 Enfermos;
 Idosos;
 Presos;
 Acompanhados de crianças de colo;
 Em maca;
 Que não dominam o idioma (cartão de instrução de segurança).

Demonstração de segurança aos passageiros

 Proibição do uso de equipamentos eletrônicos (se for o caso);


 Uso dos cintos de segurança;
 Proibição de fumar;
 Encosto das poltronas na posição vertical;
 Obrigação de colocar a equipagem de mão em lugares adequados;
 Localização das saídas de emergência;
 Uso das máscaras de oxigênio;
 Colete salva-vidas (voos sobre o mar, mais de 50 milhas náuticas da costa);
 Cartão de instrução de segurança.

Equipamento eletrônico
É proibida a utilização a bordo de qualquer aparelho eletrônico emissor de energia eletromagnética, sendo
obrigatória a realização do anúncio respectivo antes da decolagem.

Equipamentos de emergência
São equipamentos que estão dispostos a bordo em locais de fácil acesso, em número e quantidade de
acordo com a especificação de cada aeronave e número de assentos disponíveis dentro delas. Tem a
finalidade de auxiliar os tripulantes em situações adversas que poderão vir a suceder.

Sistema fixo de oxigênio


As aeronaves pressurizadas possuem um sistema de fornecimento de oxigênio em caso de perda de
pressão de dois tipos:

 Gasoso: Oxigênio armazenado em cilindros – para PAX e TRIP;


 Químico: Oxigênio resultado de uma reação química que ocorre dentro de geradores para PAX e
CMS.

Este oxigênio estará disponível através de máscaras oronasais que caem automaticamente dos
compartimentos da PSU, quando a altitude interna da cabine atinge 14.000 FT.
O fornecimento Gasoso dá-se o fluxo de oxigênio somente para a máscara puxada.
O fornecimento Químico dá-se o fluxo de oxigênio para todas as máscaras do conjunto, esse fluxo não
poderá ser interrompido e terá a duração aproximada de 15 min. O sistema fixo de oxigênio que supre a
cabine de PAX pode ser ativado automaticamente, eletricamente e manualmente.

Sistema portátil de oxigênio com máscaras oronasais


As garrafas portáteis estão localizadas na cabine principal para atender PAX e TRIP com insuficiência
respiratória e estão equipadas com máscaras oronasais.
Os cilindros têm capacidade de 311 litros e proporciona oxigênio em 2 fluxos:

Fluxo Litros x minuto Duração Aplicação


HI 4 77’ = 1h, 17 min. Adulto e PAX traqueotômico

LO 2 154’ = 2h, 34 min. Crianças e bebês

Pressão: 1600/ 1800 PSI

Sistema portátil de oxigênio com máscara full-face


São cilindros portáteis para proteção no combate ao fogo. Seu fluxo é a pedido.

Extintores de incêndio
Durante a ocorrência de fumaça ou fogo, a coordenação entre os tripulantes é essencial para um combate
efetivo, havendo a intervenção mínima de três tripulantes de cabine:

 Operador;
 Transmissor;
 Assistente.

Localize o fogo, Combata o fogo, Avise o CMTE, Divida as tarefas, Nunca abandone o fogo e Previna o
pânico.

C.A.F – Capuz antifumaça ou P.B.E – Protective Breathing Equipment


Equipamento de emergência para proteção dos órgãos da respiração e visão. Proporciona oxigênio por
aproximadamente 15 min. E seu visor tem a cor azul celeste.

Machadinha
Usada para cortar fuselagem, abrir passagem em certas áreas quando as saídas normais estiverem
bloqueadas.

Luvas de amianto
Utilizadas para proteger-se de incêndio, pegar peças ou objetos com alta temperatura.

Óculos anti-fumaça
São óculos plásticos que servem como proteção contra a fumaça.

Detector de fumaça
Sistema que detecta a fumaça, localizado no teto de cada lavatório. Funciona com bateria e se ativa
automaticamente, emitindo um sinal auditivo, quando houver moléculas de fumaça. Verificar se a luz
verde está acesa (sistema energizado).

Megafone
Amplificador de voz portátil, que permite a comunicação em emergência ou, falta de sistema P.A.
Funciona com bateria própria, possui um gatilho, um microfone e um amplificador.

Rádio Beacon
Cilindro metálico, vermelho, portátil, resistente à água e flutuante. Tem bateria própria, antena, bolsa
plástica e corda. A bateria é ativada em contato com a água, transmitindo sinais de emergência através de
duas frequências internacionais, por um período de 48h. Os sinais são interrompidos ao retirá-lo da água
ou colocá-lo na horizontal. Caso necessário, funciona em terra, desde que introduzido em um recipiente
com líquido.
As frequências internacionais são:

 Civil: 121,5 Mhz;


 Militar: 243 Mhz.

Em água salgada transmite em 5 seg., em água doce em 5 minutos.

Luzes de emergência
Quando houver falha no sistema normal de iluminação, as luzes de emergência serão acesas
automaticamente. Estão localizadas no interior e exterior da cabine, as internas são fixas e portáteis e
podem ser usadas como lanterna.

Coletes salva-vidas
Equipamento de auxílio a flutuação exigidos para aeronaves que efetuam voos sobre o mar, disponíveis
abaixo de todas as poltronas.

Assentos flutuantes
Todos os assentos de passageiros, o encosto e assento do banco duplo de CMS, o assento do banco do
observador e o encosto dos assentos da cabine de comando são flutuantes.

Cordas
Encontram-se cordas no batente das janelas do cockpit e das janelas de emergência sobre a asa, que
auxiliam a saída rápida.

Escape-Slide (Rampa de abandono)


As portas principais e de serviço estão equipadas. Possui um visor de manômetro de pressão de 2700 a
3000 PSI.

Bote
Os slides botes são usados para evacuação e amerrissagem, permitindo a saída de duas pessoas ao mesmo
tempo.

Kit de sobrevivência
A quantidade de kits de emergência é calculada na proporção de 1 kit para cada 50 passageiros,
localizado sempre atrás das últimas fileiras.

Kit médico
Uso exclusivo de médicos.

First Aid kit (primeiros socorros)


Os medicamentos contemplados poderão ser administrados aos passageiros durante ocorrência de pouca
gravidade, durante o voo, pelos tripulantes de cabine.

Saídas de emergência
Toda abertura onde possam passar com relativa facilidade uma ou mais pessoas que se encontram
bloqueadas em determinado espaço em uma situação determinada.

 Portas principais e de serviço;


 Janelas
 Escotilhas.

Todas as saídas de emergência operam internamente e externamente, exceto a janela do CMTE.

Portas principais e de serviços


Em emergência, como equipamento de evacuação, são usadas as portas como escorregadeiras.

Janelas de emergência
Localizam-se na direção da asa uma de cada lado ou mesmo duas de cada
lado conforme a aeronave.

Sequência correta para sair por uma janela de emergência:

 Perna;
 Cabeça;
 Tronco;
 Perna.

Escotilhas
Geralmente localizadas na cabine de comando, possuindo cordas de escape rápido.

Operatividade de uma saída de emergência


Uma saída só será considerada operativa quando:

 Aeronave e motores estiverem completamente parados;


 Área adjacente estiver livre;
 Ser possível abri-la;
 Equipamento auxiliar operando.

Não completando uma das condições acima ela será considerada inoperante.

Estação de emergência
Compreende o lugar de uma ou mais saídas de emergência, deverá ter:

 Assentos de tripulantes (simples ou duplos);


 Equipamentos auxiliares para evacuação;
 Sistema de comunicação;
 Evacuação da aeronave.

Compreende o abandono dos seus ocupantes diante de uma emergência. 90 segundos é o tempo
considerado para que todos os ocupantes de uma aeronave, após pouso em emergência, tenham condições
de abandoná-la.

Tipos de saídas / coeficientes de evacuação


É o número de ocupantes de uma aeronave que podem sair por uma saída operativa obedecendo ao tempo
padrão de 90 segundos.

Tipo Saída Número de PAX Tempo (seg.)

Tipo I Escorregadeiras infláveis 50 a 55 90


Tipo II Escorregadeiras não infláveis 30 a 40 90

Tipo III Janelas sobre a asa 20 a 30 90

Tipo IV Janelas de cabine de comando 15 a 20 90

Classe A Escorregadeiras infláveis duplas 90 a 100 90

Sequência de comando

 Comandante;
 Qualquer membro da tripulação técnica na incapacidade do comandante;
 Qualquer comissário, quando haja evidência da necessidade de evacuação da aeronave.

Evacuação evidente

 Alta concentração de fumaça ou gases tóxicos na cabine;


 Quebra do trem de pouso;
 Fogo incontrolável;
 Grandes danos estruturais;
 Explosões;
 Pouso na água.

Procedimentos de emergência
– Despressurização
Quando a altitude da cabine interna atingir 10000 Ft (pés) soara um alarme no cockpit, alertando os
pilotos que a aeronave entrou no processo de despressurização. Se a cabine atingir 14000 Ft ocorrerá a
queda automática das máscaras de oxigênio, com fluxo de 1 litro por minuto:

 15000 Ft = 2 litros por minuto;


 16000 Ft = 3 litros por minuto;
 17000 Ft = 4 litros por minuto, 4 é o fluxo máximo.

– Vazamento de pressão
Tire todos os PAX da área e avise ao Cockpit.

– Sequestro
Acate os pedidos dos sequestradores.

– Comportamento anormal
Notifique ao cockpit e tente conter o PAX. Se o comportamento anormal do PAX não colocar em risco a
segurança de outros PAX e da tripulação, trate-o como achar mais conveniente.

– Bomba
Se você ouvir comentários de que há bomba ou ameaça de sabotagem, ou se você suspeitar de qualquer
dispositivo avise imediatamente o cockpit.

– Fumaça na luz fluorescente


O superaquecimento deste filtro pode causar fumaça antes que o fusível interrompa o circuito, sem
necessariamente provocar fogo. Neste caso os comissários devem lembrar que o uso desnecessário do
extintor pode gerar confusão e tumulto, espere que um tripulante técnico venha verificar a causa.

– Fogo interno – Aeronave em voo


Lute contra o fogo e notifique o cockpit. Jogue líquido na área do fogo para impedir o seu reinício,
monitore a área durante o restante do voo.

– Fogo interno – Aeronave no solo


Lute contra o fogo e notifique o cockpit. Só inicie a evacuação após a parada total da aeronave. Saídas na
área do fogo são consideradas inoperantes.

A.P.U – Auxiliary Power Unit (Unidade de força auxiliar)


É um motor instalado no cone de cauda da aeronave, que supre dois tipos de energia para a aeronave:
força elétrica e pneumática. Tem seus controles na cabine de comando. A APU funciona no solo, em
muitas aeronaves pode ser usada também em voo.

Fatores que originam um acidente

 Fator Humano: ocasionado por erro humano. Ex: Erro de rota;


 Fator Técnico: ocasionado por erro técnico. Ex: Motores pararam de funcionar;
 Fator Operacional: ocasionado por erro operacional. Ex: Má informação da torre de controle.
 Fator Meteorológico: ocasionado por fenômeno da natureza. Ex: Neve, ventania, etc;
 Fator Casual: ocasionado pelo acaso. Ex: Pássaro na turbina;
 Fator desconhecido: ocasionado pelo desconhecido.

Consequências após um acidente

 Fogo;
 Calor;
 Fumaça;
 Gases tóxicos;
 Ação das forças de impacto.

Emergência preparada
Quando há tempo para os comissários prepararem a cabine e orientar os passageiros para o pouso. O
comandante avisará aos comissários da situação, informando, dentro do possível, os seguintes itens:

 Natureza da emergência;
 Tempo disponível a preparação;
 Local do pouso;
 Zonas da aeronave provavelmente mais atingidas, havendo impacto;
 Quem comunica na emergência aos PAX;
 Sinal convencional para a posição de impacto.

De frente para a cabine os comissários:

 Cinto de segurança apertado;


 Braços cruzados;
 Queixo baixo apertando contra o pescoço;
 De frente para a cabine os comissários.

De costas para a cabine de comando os comissários:

 Cinto de segurança apertado;


 Braços cruzados;
 Cabeça pressionada para trás.

PAX:

 Cinto de segurança apertado;


 Cabeça abaixada.

Ditching – Pouso no mar


Selecione e coloque junto às saídas de emergência PAX com condições de operá-las (devem saber nadar)
e instrua-os quanto à operação dela. Saídas utilizáveis são as sobre a asa e acima do nível d’água. Após o
pouso, deverão permanecer juntos utilizando os equipamentos de flutuação. Os botes só deverão ser
retirados do alojamento após a parada total da aeronave. Os coletes salva vidas deverão ser inflados na
soleira da porta.

Emergência imprevista
Quando provocada por quebra do trem de pouso, saída da aeronave da pista com danos estruturais, toque
no solo fora da pista e paradas em altitude anormal. Com a parada da aeronave, verificar a
operacionalidade da saída e sair o mais depressa possível e afastar-se o mais longe possível.

Dinâmica geral de evacuação de aeronave

 Abrir os cintos;
 Verificar a operatividade da saída;
 Abrir a porta;
 Conduzia a evacuação com rapidez e segurança;
 Verificar a cabine após a evacuação;
 Abandonar a aeronave.

Evacuação de pessoas inválidas

 Segurar o inválido por trás e de costas;


 Mantenha as mãos do invalido seguras e na altura da cintura;
 Levante as suas costas de modo que fique sentado;
 Coloque suas mãos embaixo dos braços do invalido, segurando-o pelo pulso.

“O MELHOR EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA A BORDO DE UMA AERONAVE É UM


TRIPULANTE BEM TREINADO”.
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA
Princípios

 Afastar-se da aeronave e voltar somente após evaporar o combustível e esfriar o motor e se


possível permanecer próximo a ela;
 Tratar os feridos;
 Acionar o rádio transmissor de emergência;
 Planejamento de como agir;
 Grupo organizado;
 Descansar física e mentalmente;
 Construir um abrigo;
 Construir fogueiras.

Tripé de sobrevivência

 Água;
 Alimentação;
 Sono.

Maior inimigo na selva

 Mosquitos e insetos transmissores de doenças.

Sinalização

 Usar partes brilhantes ou de coloração viva da aeronave, sob a asa do avião e ao redor dele;
 Fazer fogueiras num raio de 50 a 100 metros do avião;
 De dia produzir fumaça negra = óleo ou pedaços de borracha
 Fumaça branca = por fogo em folhas verdes, musgo ou pouca água.
 Espelho de sinalização= para uso diurno alcance de 10 milhas.

Sinais de busca e salvamento

1. Necessitamos assistência = V
2. Necessitamos assistência médica = X
3. Não ou Negativo = N
4. Sim ou afirmativo = Y
5. Avançado nesta direção = ↑

SAR = Serviço de busca e salvamento (Search And Rescue)


Sinalização Aeronaves SAR /Sobreviventes
– Mensagem recebida e entendida

 De dia ou luar forte = balançando as asas;


 De noite = fazendo sinais verdes com lâmpadas ou com pirotécnicos.

– Mensagem recebida e não entendida

 De dia ou luar forte = Fazendo uma curva de 360º pela direita;


 De noite = Fazendo sinais vermelhos com lâmpadas ou com pirotécnicos.

Rádio de Emergência BEACON


Emite SOS na frequência CIVIL = 121,5 Mhz / MILITAR = 243 Mhz (mantendo sempre alerta,
principalmente no período internacional de silêncio) que vai:

 15 aos 18 / 45 aos 48 minutos (no ocidente)


 00 aos 03 / 30 aos 33 minutos (no oriente)
 Na água salgada começa a transmitir em = 5 segundos
 Na água doce = em 5 minutos
Alcance:

 Vertical = 40.000 pés (aprox. 13.000 metros)


 Horizontal = 250 milhas náuticas (aprox. 460 quilômetros)
 Duração = 48 horas (ininterrupta)

Abrigos
O local ideal deverá ser um ponto um pouco elevado, seco, a mais de 100 metros de curso de água (rios
ou correntes), para se evitar riscos de inundação e oferecer facilidades de obter água e lenha.

 Sapé ou folhas largas = Cobrir uma estrutura em formato de A, com folhas de palmeiras ou
folhas largas, pedaços de casca de árvores ou sapé (feixes de capim).
 Tarimba = Estacas que suportam estrados e suportam adequadamente um mosquiteiro, o estrado
é coberto com folhas largas 4 ou 5 camadas de folhas.

Água – Purificação

 Pela fervura, durante pelo menos 1 minuto;


 Pelo adicionamento de 8 gotas de tintura de iodo em um litro de água, esperando 30 minutos
para beber;
 Ou juntando a água o purificador existente no equipamento de primeiros socorros.
 Nunca beba de um cipó que produza líquido leitoso e amargo.

Alimentação – Provisões 3 partes

 Separe duas terças partes (2/3) para a primeira metade do período que calculou até o salvamento
 Deixe a última terça parte (1/3) das provisões para a segunda metade deste período.

Alimento silvestre
Nunca comer sapos, nem peixes estragados.

Alimento animal
Peixes perigosos:

 Bagres e mandis – possuem 3 ferrões, um em cada nadadeira (uma ferroada resulta em


inflamação, às vezes acompanhada de febre).
 Piranhas – o peixe mais perigoso que existe, vive em cardumes e tem 3 tipos (branca, acaju ou
preta e vermelha).
 Arraias – possuem o corpo romboidal, comprido de cima para baixo, com a calda muito delgada
e armada de um ferrão bi farpeado, com aspas retorcidas em formas de punhal.
 Baiacus – são perigosos devido aos espinhos, são extremamente venenosos.
 Poraquê – peixe elétrico, devido ao efeito produzido por uma descarga elétrica para sua defesa,
habita na região Amazonas, Pará e Mato Grosso.
 Candiru – minúsculo peixe, até 3 cm; facilidade em penetrar no ânus ou uretra de banhistas de
rios.

Somente comer peixes que obtenham escamas de revestimento e não comer os de pele espinhosa e lisa.

Insetos:

 Cupins (as fêmeas) tirando as asas podem ser comidas;


 Gafanhotos;
 Grilos (escaravelhos).

Alimento vegetal

 Nunca comer alimento desconhecido sem antes testar uma prova, cozinhar uma pequena
amostra, pôr na boca e mastigar sem engolir em torno de 5 minutos;
 Regra (CAL): toda substância cabeluda, amarga ou leitosa deverá ser abandonada;
 Podemos comer qualquer alimento procurado por roedores ou macacos;
 O cozimento ao fogo elimina o veneno de todos os vegetais, exceto do cogumelo;
 Todos os alimentos devem ser cozidos para eliminar riscos de intoxicação;
 Não comer sapos, peixes estragados, baiacus e animais mortos;
 Todo alimento que contém amido deverá ser cozido pois cru é não digestivo.

Frutas

 Nenhuma espécie de banana é venenosa;


 Com exceção do mamão, qualquer fruta leitosa deverá ser refogada;
 Nozes, castanhas e pinhões (são os alimentos mais nutritivos que a floresta oferece);
 Algumas castanhas, como os pinhões ficam melhor cozidas;
 Palmeira (praticamente todas contêm palmito (miolo), que pode ser comido cru ou cozido,
também produzem coquinhos, que nenhuma espécie é venenosa).

Casca de árvores
Evitando aquelas de coloração marrom por serem muito amargas, a parte comestível é a casca interna,
geralmente esbranquiçada, que deve ser cozida em várias águas e depois consumida ou transformada em
farinha.

Armadilhas

 O alimento de origem animal tem a vantagem de fornecer um teor bastante elevado de proteínas,
sendo o de maior valor nutritivo por quilo de peso.
 A melhor hora para caçar é pela manhã bem cedo, ou no final da tarde, à noitinha. A armadilha
deve ser colocada nas trilhas de animais.
 A caça noturna costuma dar bons resultados, coloque as armadilhas no final da tarde/início da
noite e pela manhã examine-as para conferir o resultado.

Animais que podem ser comidos

 Aves, lagartos, roedores, tartarugas, macacos, cobras (jogando fora aproximadamente um palmo
da região da cabeça e um palmo da região da cauda).
 Cuidados especiais: todas as cobras, exceto as cobras do mar servem para comer.

Métodos para preparar alimentos

 Assar – é mais vagaroso do que fogueira ao ar livre, mas exige menos atenção e protege contra
moscas e outras pragas o alimento;
 Moquear – armar sobre a fogueira uma grade de madeira verde (bambu), distando mais ou
menos 50 cm do fogo;
 Cozimento indireto sob o fogo – cozimento em uma escavação debaixo do fogo; alimento
envolvido a folhas, cobrir com areia e acima acender o fogo;
 Cozinhe por meio de pedras aquecidas – aquecer várias pedras dentro de uma fogueira, e deixe-
os ficar até desaparecerem as chamas e restarem brasas.
 Fervura por meio de pedras quentes – fazer um buraco no chão e forrar com lona, coloque dentro
água e o alimento, colocar pedras aquecidas ao rubro, até a água ferver, cobrir a vasilha com
folhas grandes pelo período de 1 hora, até preparar a comida.

Fogo
Pode-se acender o fogo utilizando: Fósforos/ Isqueiros/ Pederneira de aço/ Lente de vidro/ Atrito/
Taquara de bambu e Correia.

Insetos

 Formigas – podem-se combatê-las com gasolina ou fogo;


 Mutucas – espremer com as unhas;
 Sanguessugas – aplicar uma pitada de sal ou tocá-las com fósforo aceso ou ponta de cigarro;
 Carrapatos – tirar cuidadosamente, nunca espremer contra a pele;

Métodos de orientação
Orientação por bússola:

 Quem determina o NORTE é a agulha e não o limbo;


 O primeiro passo é colocar o NORTE do limbo de maneira que coincida com o NORTE da
agulha;
 A direção a ser seguida será marcada a partir do local do acidente;
 A bússola da aeronave poderá ser utilizada, retirando-se os magnetos compensadores que vêm
acoplados a ela.

Orientação por relógio:


Coloque o número 12 do mostrador na direção do sol, a bissetriz do ângulo formado entre 12 e o ponteiro
de horas indicará o norte a qualquer hora do dia.

Orientação pelo sol:

 Estende-se o braço direito para o nascente, à esquerda teremos o Oeste, à frente o Norte, e as
costas o Sul.
 Falso cruzeiro do sul – tem uma estrela bem no centro, completando cinco estrelas no total;
 O cruzeiro do sul verdadeiro – tem uma estrela bem no centro, completando cinco estrelas no
total (uma delas é excêntrica, duas contam-se entre as mais brilhantes nos céus. São as estrelas
dos braços sul e leste da cruz, as estrelas dos braços norte e oeste, embora brilhantes são
menores.

Navegação terrestre diurna


Equipe de navegação (compõe-se de quatro homens):

 HOMEM PONTO – será aquele lançado a frente para servir de ponto de referência, portando um
facão para abrir a picada;
 HOMEM BÚSSOLA – será o portador da bússola e deslocar-se á imediatamente à retaguarda do
homem ponto, devendo manter a bússola amarrada ao corpo para não a perder, a bússola deve
estar fechada quando não utilizada;
 HOMEM PASSO – atrás do homem bússola, com a missão de contar os passos percorridos e
transformá-los em metros.
 HOMEM CARTA – conduzirá a carta e auxiliará na identificação de pontos de referência, ao
mesmo tempo em que nela lançará outros pontos que merecem ser locados.
SOBREVIVÊNCIA NO MAR
Cuidados imediatos para sobrevivência no mar:

 Manter-se afastado da aeronave sinistrada, até que ela afunde, (mas não em excesso);
 Evitar flutuar em água coberta de combustível;
 Procure imediatamente os desaparecidos;
 Salve tudo o que puder dos equipamentos que estiverem flutuando;
 Verifique se o bote não está vazando ou se não apresenta zonas esfoladas;
 Retire a água do mar que estiver dentro do bote;
 Proteja o bote contra arranhaduras provocadas por sapatos ou objetos pontiagudos e cortantes;
 Arme um toldo sobre o bote e procure instalar um “quebra vento” para evitar salpicos de água do
mar;
 Mantenha os náufragos juntos para se aquecerem;
 Movimente-se com regularidade para manter ativa a circulação;
 Socorra os que necessitarem de primeiros socorros. Coloque os feridos de comprido dentro do
bote;
 Se houver mais de um bote, ligue-os por meio de amarras, fixando-as a corda salva-vidas que
circunda o bote;
 Ponha para funcionar o rádio de emergência e prepare todos os demais meios de sinalização;
 Proteja bússolas relógios, fósforos e isqueiros contra umidade;
 Proteja-se contra raios solares por meio de toldo, de vestes, de óculos, de cera protetora de
lábios;
 Avalie a quantidade de água disponível, levando em conta que, em média, um naufrágio
necessita de meio litro de água por dia (500 ml).

Cuidados especiais com o bote salva-vidas:

 Se houver mais de uma embarcação coletiva, elas deverão ser unidas por uma corda, de no
mínimo 8 a 10 metros, para evitar abalroamento entre elas e para que as embarcações não
derivem para rumos diferentes, facilitando o resgate pelo SAR.
 Ocorrendo um esvaziamento do bote, procure corrigir com o auxílio de bomba manual, em dias
frios coloque mais ar no bote e em dias quentes retire um pouco o ar, necessário devido à
expansão dos gases;
 Evite objetos cortantes no fundo do bote;
 Conserve o bote seco e em constante estado de equilíbrio;
 Não deixe de usar uma biruta de água ligada ao bote, se não tiver, providencie uma por meio de
balde de lona, uma camisa ou pedaço de lona. Ela manterá o bote próximo ao local do acidente e
facilitará o trabalho do salvamento; tomar cuidado para que a biruta não fique presa a aeronave
ou partes dela;
 Use tampões para vedar infiltrações;
 Cuidados com a saúde dos náufragos;

Sinalização
Poderá ser feita por meio de:

 Espelho (apropriado ou improvisado);


 Pedidos de socorro nos horários internacionais de silêncio de 15 a 18,45 a 48 minutos depois de
cada hora cheia. A palavra “MAYDAY” em 121,5 MHz é emitida em rádio telefonia ou por
qualquer emissor de voz humana;
 Artifícios pirotécnicos – sinais de fumaça durante o dia/sinais de luz vermelha durante a noite;
 Corantes de marcação, usados durante o dia, produz uma mancha sinalizadora que permanece
ativa durante 3 horas e pode ser vista a uma distância de 10 NM;
 Sinais luminosos à noite (por meio de lanternas);
 Apitos (à noite ou em nevoeiro) atraem a atenção de navios ou pessoas na praia.
Água
Se não tiver água, não coma. Para reduzir a necessidade de água procure:

 Reduzir a alimentação/Conservar o corpo bem protegido do sol e do reflexo dele na


água/Mantendo as roupas molhadas ou úmidas com a água do mar (nos dias quentes), apenas se
obter um toldo protetor/ Sempre que puder fique quieto e procure cochilar um pouco.

Utilização do aparelho destilador atuado pelo sol, se existir a bordo:

 Leia com atenção as instruções/ Monte sem perda de tempo, amarrando-o firmemente no
bote/Não tendo o aparelho, nem contando com água da chuva, utilize o dessalgante.

Utilização da água da chuva:

 Deverá ser coletada em vasilhas, no toldo, ou recipiente feito com lona. Sempre que chover
beber o tanto de água que o estômago aguentar. Se utilizar o bote para recolher água, use o lado
azul do dossel (teto) do bote.

Água salgada:

 Não tomar a água do mar, pois só dará mais sede, até o náufrago perder o autodomínio.

Alimentos
Não se deve comer:

 Mariscos e ostras agarrados a cascos de navios ou qualquer objeto metálico (provocam


intoxicação), nem mariscos pertencentes a colônias com moluscos mortos ou quase mortos e
mal-cheirosos;
 Medusas, águas vivas, caravelas, cobras do mar e holotúrias;
 Vísceras ou ovos de qualquer peixe desconhecido;
 Baiacus lisos ou espinhos.

Como pescar em pleno mar:

 Se no bote não existir um material de pesca, improvise um anzol com alfinetes, clipes, pregos de
sapatos e canivetes, devem ser pequenos e a linha de pesca muito leve;
 Improvise a linha de pescar com cordão de sapatos ou fios de roupa;
 Improvise um arpão, amarrando uma faca a um remo;
 Utilize tudo que possa funcionar como uma rede;
 Empregue um facho de luz a noite fazendo incidir sobre a água, a luz atrairá os peixes, antes de
trazê-lo para bordo mate com uma pancada na cabeça.

Peixes venenosos:

 Baiacu de espinho e Baiacu

Animais marinhos perigosos:

 Moreia, Barracuda, Arraiá, Medusa, Ouriço e Anêmona, Caracol


venenoso, Tubarões.
Peixes comestíveis de alto mar:

 Albacora, Agulha, Cavala, Xaréu, Dourado, Sardinha, Atum, Anchova, Bonito, Voador.

Fatores adversos ao sobrevivente

 Fatores Subjetivos: Pânico, Solidão, Tédio.


 Fatores Objetivos: Frio, Congelamento, Queimaduras.

SOBREVIVÊNCIA NO DESERTO
As dificuldades de sobrevivência em áreas desérticas baseiam-se, principalmente, na obtenção de água e
na resistência às temperaturas extremamente altas destas regiões.

Abrigo

 Dia – proteger de calor e raios solares (cavar sobre pedras para se obter sombras);
 Noite – proteger do frio (utilizar a aeronave).

Sinalização
Fogueiras em forma de triângulo equilátero (aproximadamente 30 metros uma da outra); sempre mantê-
las acesas.

Água

 Necessitará de 4 a 6 litros de água para sobreviver no deserto;


 Não beber água nas primeiras 24 horas após o pouso, exceto feridos e doentes;
 Se houver menos de 1⁄2 litro de água por dia não comer;
 Cavar ao redor de plantas para procurar água;

Alimento

 Ao encontrar vegetais secos, cavar em busca da raiz, pois provavelmente servirá como fonte de
alimento;
 Favos e grãos (se tornam comestíveis se ficarem imersos em água por tempo prolongado);
 Frutos de cactos são comestíveis;
 Roedores, coiotes, lagartos e cobras, o mais fácil de capturar é o roedor que durante o dia fica
escondido em tocas.

Cuidados

 Roupas frouxas suportam melhor o calor;


 Usar pano sobre a cabeça para proteger principalmente os olhos;
 Roupas compridas;
 Não abandonar o local do acidente.

SOBREVIVÊNCIA NO GELO

 Manter-se com o máximo de roupas possível;


 As extremidades (Mãos, pés, orelhas, nariz), mucosas e faces devem ser muito protegidos.
Ação Imediata

 Prestação de primeiros socorros e acionamento de rádios e faróis de emergência;


 Providenciar abrigo imediatamente;
 Acender um fogo para iluminar e aquecer.

Abrigo

 Não utilizar o interior da aeronave, pois sua temperatura também estará muito reduzida;
 Manter acesa uma vela ou outra fonte de calor, para manter a temperatura próxima a 0ºC;
 O teto deve ser liso para evitar que a neve derretida fique gotejando
 Trincheira – construída rapidamente, proteção eficiente.
 Caverna de neve – cômoda, porém de difícil construção.

Fogo
Únicos combustíveis são provenientes da aeronave (querosene e óleo), ou de origem animal.

Água

 Derretendo o gelo, não utilizar gelo proveniente de água onde haja pinguins ou concentração de
outros animais;
 Água de fonte natural, de degelo.

Alimento

 Encontrados na aeronave;
 Focas são a principal fonte de alimento;

Cuidados especiais

 Fogo: Providenciar abertura do abrigo para não se intoxicar;


 Congelamento: Qualquer sensação de amortecimento ou anestesiamento deve ser encarada como
congelamento.
 Evitar ao máximo a transpiração, pois o suor congelara ocasionando a hipotermia;
 Cegueira: utilizar óculos, vedar a região ocular ou se proteger num abrigo com pouca
iluminação;
 Gretas e Fendas – encobertas de neve e que constituem perigo em potencial para quem caminha
sobre o gelo.

ANIMAIS PEÇONHENTOS

OFIDISMO – conjunto de acidentes causados por picadas de cobras


Classificação

 Serpentes venenosas: Tomam uma posição de ataque quando são perseguidas; Cabeça achatada,
triangular e bem destacada do corpo por um pescoço estreito com escamas semelhantes às do
corpo, a fosseta é entre o olho e na narina, os olhos são pequenos com pupila em fenda vertical e
as escamas são alongadas, em ponta, imbricadas e ásperas ao tato, tendo carenas medianas.
 Serpentes não venenosas: Perdem-se em fuga; Cabeça estreita, alongada e mal se destaca do
corpo, sem pescoço, recoberta por placas ao invés de escamas, não tem fosseta, os olhos são
grandes, com pupilas arredondadas, escamas são achatadas, sem carenas, dando a impressão de
serem lisas ao tato.

Identificação das serpentes peçonhentas


CROTALIDAE

 Gênero Lachesis – Veneno laquético (Surucucus)

As surucucus são as maiores serpentes peçonhentas da América do Sul, podendo chegar a 4,5 metros
quando adulta. Número de acidentes provocados por elas chega a 3% do total. Obs: cor alaranjada e
desenhos pretos no dorso, encontrada em florestas tropicais.

 Gênero Crotalus – Veneno crotálico (Cascavel)

Os cascavéis possuem guizo (chocalho) na ponta da cauda. Podem chegar a 1,6 metros de comprimento.
Responsáveis por 8% dos acidentes ofídicos no país. Obs: possuem cor amarelada e se encontram em
locais secos.

 Gênero Bothrops – Veneno botrópico (Jararacas)

As jararacas possuem uma calda lisa. Seu tamanho varia de 40 centímetros a 2 metros de comprimento.
São responsáveis por 88% dos acidentes ofídicos. Obs: encontra-se em locais úmidos.

ELAPIDAE

 Gênero Micruros – Veneno micrúrio (Coral)

As corais possuem no máximo 1,60 metros de comprimento. Responsáveis por cerca de menos de 1% dos
acidentes. Obs: Atenção a ausência de fosseta na coral apenas não é característica de que não seja
venenosa, possui coloração em anéis vermelhos, pretos, brancos e amarelos, possuem hábitos
subterrâneos.
Características das lesões cutâneas produzidas por picadas de serpentes

 Picadas de cobras venenosas – dois orifícios bem nítidos, separados por mais de um centímetro
de distância.
 Picadas de cobras não venenosas – duas ou mais linhas de escoriações, muito sangrentas, pouco
ou muito dolorosas, com pequeno edema.

Modo de ação dos venenos de serpentes

 Envenenamento Laquético ( Surucucus) – Reações: inchaço no local, diarreia e hemorragia.


 Envenenamento Crotálico (Cascavel) – Sinais e sintomas: dificuldade em abrir os olhos, cara de
bêbado, visão turva, dor muscular e urina avermelhada; escurecimento da urina; insuficiência
renal aguda.
 Envenenamento Botrópico (Jararacas) – Reações: dor imediata, inchaço, calor e rubor no local,
hemorragia no local da picada distante dele; Complicações: bolhas, gangrenas, abscessos,
insuficiência renal aguda.
 Envenenamento Elapídico (Corais) – Principais sintomas e sinais: dificuldade em abrir os olhos,
falta de ar, dificuldade em engolir, insuficiência respiratória aguda.

Tratamento do Ofidismo
 Não se deve amarrar ou fazer torniquete;
 Não se deve cortar o local da picada;
 Manter o acidentado deitado e em repouso;
 Dispondo de soro e não sendo identificado o tipo de cobra, aplicar imediatamente uma
quantidade suficiente para neutralizar 100 mg de veneno.

ESCORPIANISMO – Conjunto de acidentes causados por escorpiões


Consequências causadas pelo escorpionismo

 Dor local, ou irradiada, lancinante (é capaz de causar até a morte por colapso);
 Mal-estar geral (indefinível);
 Dormência que surge depois do período doloroso;
 Sudorese acentuada;
 Calafrios;
 Quedas de temperatura corporal;
 Sensação de cansaço e sonolência;
 Taquicardia (aumento da frequência dos batimentos cardíacos) inicial;
 Bradicardia (redução da frequência dos batimentos cardíacos) final;
 Náuseas e vômitos.

Tratamento de escorpionismo

 Específico – aplicação intramuscular, endovenosa ou intra-raquiana do soro antiescorpiônico,


nos casos graves.
 Sintomático – por meio de analgésicos, sedativos, cardiotônicos/diuréticos. O tratamento
específico só é utilizado quando o acidentado apresentar mal-estar geral.
 Local – por meio de curativos locais, analgésicos e anti-sépticos.

Principais diferenças entre os escorpiões

 Tityus serrulatus – amarelo, abdômen marrom escuro, tíbia amarela, cauda serrilhada e veneno
muito ativo (neurotóxico).
 Tityus bahiensis – marrom/preto, abdômen marrom quase preto, tíbia com mancha escura, cauda
sem serrilha e veneno ativo (neurotóxico).

ARANEÍSMO – conjunto de acidentes causados por picadas de aranhas


Características

 ARMADEIRAS (Phoneutria) – muito agressiva, responsável por 75% dos acidentes frequentes,
não faz teia. Sintomas: dor intensa no local da picada.
 MARROM (Loxoceles) – pouco agressiva, responsável por 6,25% dos acidentes frequentes, teia
irregular. Sintomas: na hora da picada, dor pequena e despercebida após 12 a 24 horas, dor local
com inchaço, mal estar geral, náuseas, e, às vezes febre. Pode causar necrose local. Caso grave:
urina cor de café.
 TARÂNTULA (licosa) – aranha pouco agressiva, responsável por 18,75% dos acidentes
frequentes, não faz teia. Sintomas: geralmente sem sintomas, pode haver pequena dor local,
havendo a possibilidade de evoluir para necrose local.
 CARANGUEJEIRAS – são grandes e algumas muito agressivas. Acidentes pouco frequentes.

Consequências causadas pelo araneísmo


Fenômenos neurotóxicos (causados pelas armadeiras) surgem rapidamente e duram de 5 a 6 horas.
Depois da picada muito dolorida, aparece um quadro caracterizado por:
 Dores em todo o corpo;
 Câimbras;
 Sensação de angústia;
 Convulsões;
 Calafrios;
 Sudorese intensa;
 Perturbações visuais e até cegueira;
 Retenção de urina;
 Coriza e sialorréia e queda da temperatura corporal.

Tratamento do araneísmo neurotóxico

 Aplicação do soro antitetânico, por via subcutânea ou intramuscular, na dose de 1 a 3 ampolas de


5 cm³;
 Analgésicos por via injetável ou oral;
 Injeções de prostigmine;
 Cardiotônicos;
 Injeções de gluconato de cálcio a 10% na veia;
 Aplicações no local da picada, de uma solução de anil.

Tratamento do araneísmo necrosante

 Aplicação de soro antilicósico ao redor da região atingida, na dose de 5 cm³ para crianças;
 Analgésicos;
 Curativos locais, anti-sépticos e cicatrizantes.

COMBATE AO FOGO
Definição
Fogo ou Combustão é um processo de transformação química quando materiais combustíveis e
inflamáveis, combinados com um comburente (geralmente oxigênio) e ativados por uma força calorífica,
iniciam a reação em cadeia, produzindo energia na forma de luz e calor.

Elementos Essenciais ao Fogo


Inicialmente, dizia-se que para haver a combustão, três desses elementos se faziam imprescindíveis:

 Combustível
 Comburente
 Calor

Recentemente, estudos mais aperfeiçoados chegaram a conclusão da existência de um 4° elemento


igualmente necessário ao processo de combustão:

 Reação em cadeia

Este conjunto é o TRIÂNGULO DO FOGO:

1. Combustível – material que alimenta o fogo (papel, madeira, tecido, gasolina, álcool, etc.)
2. Comburente – elemento ativador do fogo, que dá vida e intensifica o fenômeno de combustão. O
oxigênio (O2) é o principal.
3. Calor – elemento que serve para dar início a combustão, mantê-la e incentivar sua propagação.

Aos diferentes estágios de temperaturas atingidos por um combustível, daremos o nome de:
 Ponto de Fulgor (Flash Point) – temperatura mínima na qual um corpo combustível começa a
desprender gases ou vapores que se queimam em contato com uma fonte externa de calor. (Há
um clarão e logo se apaga).
 Ponto de Combustão (Fire Point) – temperatura mínima necessária para que um corpo emita
vapores (gases) em quantidade suficiente para que haja chama permanente.
 Ponto de Ignição (Ignition Temperature) – temperatura mínima em que os gases (vapores)
desprendidos por um corpo entram em combustão sem o auxílio de fonte externa de calor.
 Reação em cadeia – produto de uma transformação gerando outra transformação.

Diferentes formas de combustão

 Combustão Ativa – o fogo, além de produzir calor, produz chama, isto é, luz (ambiente rico em
oxigênio).
 Combustão Lenta – o fogo só produz calor, não apresentando chamas (ambiente pobre em
oxigênio).
 Explosão – combustão rápida e que atinge altas temperaturas.
 Combustão Espontânea – determinados produtos, quando em contato com outros, reagem
quimicamente gerando calor e, consequentemente, uma combustão.

Propagação do fogo

 Por contato direto da chama sobre materiais;


 Pelo deslocamento de partículas incandescentes que se desprendem de outros materiais já em
combustão;
 Ação do calor (energia ou movimento de moléculas de um corpo), que pode ocorrer por:
 Condução – quando se transmite de molécula a molécula, pelo simples contato dos corpos
(Combustão em uma fogueira);
 Convecção – é feita por meio de deslocamento de massa de ar aquecido, a qual se desloca do
local em chamas levando energia calorífica suficiente para que outros materiais combustíveis
atinjam seus pontos de combustão (chama no topo de chaminés).
 Irradiação ou Radiação – transmissão de energia calorífica se dá por meio de ondas através do
espaço (calor gerado a partir da energia solar).

Métodos de Extinção do fogo

 Retirada do material – também conhecido como isolamento, remoção ou corte do suprimento de


combustível. Retirada, diminuição ou interrupção do campo de propagação do fogo.
 Resfriamento – diminuição da temperatura até o ponto em que o material não queime ou emita
gases inflamáveis.
 Abafamento – evitar que o oxigênio (comburente) contido no ar se misture com os gases
emanados do combustível, tornando-o um produto inflamável.
 Extinção Química – interrupção da reação em cadeia através de substâncias cujas moléculas se
desassociam pela ação do calor e se unem com uma mistura inflamável, formando outra mistura
não inflamável.

Causas de Incêndio

 Causas culposas – devido a ação direta do homem por omissão, imprudência, negligência,
descuido, imperícia ou irresponsabilidade.
 Causas dolosas – devido a ação direta do homem que, por motivos psicológicos ou materiais,
podem provocar voluntariamente um incêndio.
 Causas Naturais – provocadas por fenômenos naturais que se sobrepõem às providências de
prevenção adotadas pelo homem.
 Causas Acidentais – falhas ocasionais quando embora o homem tenha se prevenido, por fatores
alheios a sua vontade, incêndios e explosões acabam por ocorrer.
 Energia Eletrostática – atrito de uma aeronave com o ar faz com que grande quantidade de
energia estática seja acumulada, produzindo cargas que, se estiverem ‘’isoladas’’ poderão saltar
em forma de centelha para um ponto aterrado.

Classes de incêndio

 Classe A (Combustíveis Sólidos) – Queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos


(madeira, papel, tecido, espuma, etc.)
 Classe B (Combustíveis Líquidos – Líquidos Inflamáveis) – Queimam somente em superfície,
deixando poucos resíduos (gasolina, álcool, GLP (gás liquefeito do petróleo), etc.)
 Classe C (Materiais energizados ou elétricos) – Presença de energia elétrica (televisão,
computador, gerador, etc.)
 Classe D (Materiais Pirofóricos) – Inflama-se em contato com outro produto químico, em geral o
próprio ar (limalhas de ferro para o combate de incêndio em magnésio).

Agentes extintores

 Água – age naturalmente por resfriamento, podendo também agir por abafamento.
 Pó Químico Seco (PQS) – age por abafamento.
 Carbônico (CO2) – age por abafamento, sendo secundado por uma ação auxiliar de resfriamento.
 Compostos Halogenados (HALON) – atua por abafamento ou eliminação da reação em cadeia.

Equipamentos Extintores
Quanto à forma de condução e utilização, são divididos em:

 Portáteis – utilizado por uma única pessoa.


 Carretas – de rodas, operado por mais de uma pessoa.

Os extintores pressurizados podem ser divididos em:

 de pressão interna (pressurizados) – já possuem o gás expelente dentro do recipiente.


 de pressão injetada (pressurizável) – recebem o gás expelente somente no instante do uso.

Quanto à ação pode ser:

 de ação DIRETA – vasilhas com água, café, chá, suco, etc.


 de ação INDIRETA – equipamentos específicos para extinção (extintor, mangueiras, etc).

Sistemas de combate a incêndios em aeronaves


Nas aeronaves encontramos dois sistemas distintos, a saber:

 Sistema Fixo – acionamento pode ser manual (motores e APU) e automático (toaletes). Os
manuais deverão ser acionados pelo Comandante (cabine de comando). Nas toaletes, os sistemas
fixos de extinção automaticamente entram em ação quando a temperatura registrada no local
atingir por volta de 174°F.
 Sistema Portátil – constituído de extintores manuais que variam de acordo com o porte das
aeronaves.

Utilização dos extintores de bordo (Portáteis e Manuais)


Água:
 Retirar o extintor da alça de fixação;
 Conduzi-lo pelo punho até as proximidades do fogo;
 Girar o punho no sentido horário (rompendo o lacre) até que ele encontre o batente, liberando o
gatilho;
 Acionar o gatilho;
 Dirigir o jato de água para a base das chamas.

Gás Carbônico (CO2):

 Utilizar a máscara full-face acoplada à garrafa de oxigênio;


 Retirar o extintor da alça de fixação;
 Conduzi-lo pelo punho até a proximidade do fogo;
 Posicionar o tubo difusor, apontando-o para a base das chamas;
 Apertar o gatilho, rompendo o lacre e disparando assim o extintor.

Pó Químico Seco (PQS) e Bromoclorodifluormetano (BCF):

 Utilizar a máscara full-face acoplada à garrafa de oxigênio;


 Retirar o extintor da alça de fixação;
 Conduzi-lo pelo punho até a proximidade do fogo;
 Apontar para a base das chamas;
 Apertar o gatilho, rompendo o lacre e disparando assim o extintor.

O combate ao fogo
Deve-se ter em mente três fases fundamentais:

 Preparação – compreende os meios e disposições preventivas contra incêndio.


 Tática – estudo do emprego adequado, no momento do fogo, de todos os meios providenciados
na preparação, de modo a se obter o máximo de eficiência no mais curto período possível.
 Técnica – maneira como são usados acertadamente todos os meios disponíveis. Este sistema
deverá estar dividido em fases que obedecem a um critério lógico de desenvolvimento:
1. Análise da situação: Feita por um líder frente a um incêndio que o habilite a determinar as ações
a serem postas em prática no cumprimento de uma missão.
2. Salvamento: Remoção de pessoas em perigo.
3. Isolamento: Impedir a propagação de um incêndio.
4. Confinamento: Impedir a propagação de um incêndio, as partes não atingidas, dentro de uma
estrutura.
5. Extinção: Ataque e extinção do foco ou focos principais de um incêndio.
6. Rescaldo: Completar a extinção, impedir seu reinício e colocar o local em condições de
segurança.
7. Ventilação: Substituir, mediante precauções adequadas, a atmosfera excessivamente quente e
com gases tóxicos de ambientes confinados, por ar fresco.
8. Proteção: Proteger o local sinistrado e seus conteúdos contra os prejuízos causados pelo fogo,
calor irradiado, fumaça, água, etc.

Procedimentos a bordo de uma aeronave


Antes do embarque de passageiros deve ser efetuada a checagem dos equipamentos de prevenção e
combate a incêndios, verificando:

 Localização adequada dos aparelhos;


 Condições de usos dos extintores, certificando-se de sua capacidade de pronta intervenção.

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