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INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA

Jeferson Howard Paiva de Azevedo

RISK MANAGEMENT: ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DA GERÊNCIA


DE RISCO NA AVIAÇÃO EM OPERAÇÕES DE PAZ E APLICAÇÃO
NA PREPARAÇÃO DE EQUIPAGENS

Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em


Segurança de Aviação e Aeronavegabilidade Continuada

2022

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
2

RISK MANAGEMENT: ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DA GERÊNCIA DE


RISCO NA AVIAÇÃO EM OPERAÇÕES DE PAZ E APLICAÇÃO NA
PREPARAÇÃO DE EQUIPAGENS

Jeferson Howard Paiva de Azevedo

RESUMO

O Brasil tem contribuído no esforço internacional para a promoção da paz mundial. O


país segue como importante ator no cenário mundial das Forças de Paz da ONU. O
interesse em qualificar sua contribuição como componente aéreo requer a preparação e
o treinamento dos envolvidos. Por este motivo, este artigo trazer um panorama geral do
uso de aeronaves pelas Missões de Paz da ONU, abordar o emprego do SGSO e trazer
como proposta um formato de gerenciamento de risco para a preparação de tripulantes
para operação em Missões de Paz. Para tanto, apresenta o conceito de SGSO e as suas
particularidades nos diversos países. Na sequência aborda como a implementação do
gerenciamento de risco na aviação da ONU contribui nos índices de segurança da
aviação. As conclusões mostram que, a partir da implementação do gerenciamento de
risco houve uma redução nos acidentes aéreos, porém a manutenção destes índices
demanda um trabalho e investimento constante na área. Diante destas informações, é
apresentada uma metodologia compatível com a aplicada na ONU, com a finalidade de
ambientar futuras tripulações com este tipo de doutrina. Este artigo não tem a intenção
de esgotar o assunto relativo ao emprego da Aviação nas Missões de Paz. Procura trazer
o conceito de que as missões da ONU estão sujeitas aos riscos naturais das Operações
Aéreas somados aos riscos envolvidos nas Operações de Paz.

Palavras-chave: SGSO; Gerenciamento de Risco; Risco na Aviação; Missões de Paz;


ONU.

ABSTRACT

Brazil has contributed to the international effort to promote world peace. The country
remains an important player on the world stage of the UN Peacekeepers. The interest in
qualifying your contribution as an air component requires the preparation and training
of those involved. For this reason, this article aims to give an overview of the use of
aircraft by the UN Peacekeeping Missions, address the employment of the SGSO and
bring as a proposal a risk management format for the preparation of crew members for
operation in Peacekeeping Missions. To this do so, it presents the concept of SGSO and
its particularities in the various countries. It then discusses how the implementation of
risk management in UN aviation contributes to aviation safety indices. The conclusions
show that, from the implementation of risk management there was a reduction in air
accidents, but the maintenance of these indices requires a constant work and investment
in the area. In view of this information, a methodology compatible with that applied at
the UN is presented, with the purpose of setting future crews with this type of doctrine.
This article is not intended to exhaust the issue of aviation employment in peacekeeping
missions. It seeks to bring the concept that UN missions are subject to the natural risks
of Air Operations added to the risks involved in Peacekeeping Operations.
3

Keywords: SMS; Risk Management; Aviation Risk; Peacekeeping Operations; UN.

Data de submissão 14/10/2022


Data de aprovação dia/mês/ano
Disponibilidade (endereço eletrônico do artigo, DOI ou outras informações).

1 INTRODUÇÃO

As aeronaves utilizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), sejam de


asas fixas, asas rotativas ou remotamente pilotadas são peças fundamentais às
Operações de Paz e Humanitárias. No contexto das missões trazem mobilidade e
agilidade necessárias para criar uma efetiva oposição às ameaças encontradas no
terreno. Além do poder dissuasório, os vetores aéreos também atuam na multiplicação
de esforços para melhorar a efetividade das operações. São essenciais para garantir que
os Peacekeepers tenham suporte e a mobilidade no solo, para promover Evacuações em
Casualidades (CasEvac) e Evacuações Aeromédicas (MedEvac), para obter
informações, no transporte de toda a logística necessária e para inibir a ação de
elementos hostis que ameaçam a população civil e o próprio pessoal da ONU. Tudo
isso, em suma, contribui para o cumprimento do mandato.
Entretanto, as aeronaves da ONU podem ser vistas como ameaças pelos Estados
Receptores ou pelas partes envolvidas no conflito quando operando em áreas sujeitas a
conflitos e grupos armados. A área de operações possui caraterísticas voláteis sendo
difícil estruturação do ambiente operacional, o que pode levar à restrição de operações
de missões importantes como até mesmo a evacuação aeromédica (NOVOSSELOFF,
2017).
Na condução das atividades aeronáuticas as Nações Unidas devem minimizar os
riscos os quais são expostos o seu pessoal e recursos. Para ser efetiva na prevenção dos
acidentes, uma abordagem baseada em gerência de riscos deve ser implementada. A
integração da Aviation Risk Management (ARM) nos processos relacionados à aviação
garante que as decisões tomadas sejam baseadas em uma assessoria de riscos inerentes à
estas atividades. Na Missão das Nações Unidas do Sudão do Sul (UNMISS) a política
de diretrizes e Gerência de Risco de Aviação foi aprovada em abril de 2008. Porém, as
diretrizes implantadas não trouxeram uma uniformidade e integração estratégica, como
resultado, diferentes linguagens de gerência de risco e critérios distintos continuaram a
ser aplicados nas missões de campo. Um helicóptero foi abatido em dezembro de 2012
levando a óbito três membros da Missão. De 2007 a 2013 as Missões isoladas
experimentaram 14 acidentes com 64 vidas perdidas. Em março de 2013 em
coordenação com o Quartel General das Nações Unidas, a UNMISS decidiu dar maior
relevância ao processo de gerenciamento de risco. Dois grupos foram criados: o
Aviation Risk Management Team e o Senior Level Committee (ONU, 2016).
A pesquisa tem por base os seguintes pressupostos: a) a implementação das
diretrizes de Aviation Risk Management melhoram a cultura organizacional gerando um
ambiente mais seguro para à aviação, b) a realização do Risk Management realça a
participação da maior autoridade da Organização na Segurança das Operações Aéreas
validando o modelo proposto pela ICAO, c) como criar um modelo de Aviation Risk
Management baseado no modelo ONU para a preparação de equipagens para atuarem
nas Operações de Paz da ONU.
4

Diante desta inquietação, a realização desta pesquisa visa estabelecer: Qual a


influência do Aviation Risk Management nos resultados de segurança de voo nas
Missões Aéreas da Organização das Nações Unidas?

1.1 Objetivo Geral


Este artigo tem como objetivos geral analisar de que maneira a utilização do
Aviation Risk Management interfere nos resultados de segurança de voo das Missões da
ONU.

1.2 Objetivos Específicos


a) apresentar a metodologia de gerenciamento de risco utilizada no cenário
operacional das Missões de Paz da ONU; e
b) estabelecer uma metodologia de gerenciamento de risco aplicável no
treinamento de tripulações para operação em missões de paz.

1.3 Justificativa
O Gerenciamento de Risco na Aviação tem um papel na redução de condições
inseguras e acidentes, a relevância do tema está na capacidade que a ferramenta possui
de trazer visões de campo para o ambiente operacional.
Neste artigo o principal ganho é trazer uma metodologia capaz de familiarizar as
tripulações como a doutrina de gerenciamento de Risco empregada na ONU.

1.4 Metodologia
Este artigo utiliza como metodologia a pesquisa bibliográfica, qualitativa,
aplicada e exploratória. Para tanto, estabelece como marco inicial o ano de 2013,
considerando os importantes avanços no campo de gerenciamento de risco nas
operações aéreas das Missões de Paz da ONU.
Então, traz os dados constantes dos últimos relatórios de aviação da ONU e cria
um comparativo da evolução dos números de acidentes dos anos de 2014 a 2021,
buscando um paralelo entre teoria, estatísticas e os regulamentos, visando alcançar o
objetivo proposto.
Baseado no cenário, a pesquisa se ateve aos dados já publicados nos Aviation
Safety Summary Report da ONU e em obras sobre o tema. Assim, estabelece uma
relação entre as medidas de implantação do gerenciamento de risco e a diminuição nos
índices de acidentes.
Finalmente, apresenta uma ferramenta de treinamento, baseada na metodologia
das Operações da ONU. Como diferencial, introduz o método Bow-tie na análise de
risco, devido a sua versatilidade quando comparada ao método PEACE utilizado nesta
fase pelo método de gerenciamento de risco da ONU.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO)

Um sistema pode ser compreendido como um conjunto de pessoas,


procedimentos, processos e equipamentos integrados para desempenhar uma função ou
atividade específica em um ambiente determinado. Um sistema dinâmico indica que
seus paradigmas estão sujeitos a um processo de constante de mudança, evolução e
aperfeiçoamento.
5

Gerenciamento consiste no processo de se conseguir que tarefas sejam


desenvolvidas por outros de forma eficaz e eficiente. Planejar, organizar, dirigir,
controlar e aplicar certos princípios para utilizar e maximizar os resultados.
O conceito de Segurança Operacional é complexo e deve ser observado à luz
dos processos desenvolvidos para controlar os resultados obtidos.
A Segurança Operacional é definida pela ICAO como “o estado em que o risco
de prejudicar pessoas ao danificar propriedades é reduzido, e mantido em ou abaixo de,
um nível aceitável, por meio de um processo contínuo de identificação de perigos e
gerenciamento de risco” (ICAO, 2006).
Na definição da ICAO temos que o SGSO pode ser visto como uma forma
sistemática de gerenciar Safety, incluindo a estrutura operacional, atribuição de
responsabilidades, políticas e procedimentos.
Na ótica da FAA o SGSO é um processo sistemático e contínuo de manutenção
baseado na identificação de ameaças e análise dos riscos.
Para a EASA o SGSO é uma série processos organizacionais difundidos
providos de decisões efetivas baseadas em análise de risco relacionadas à atividade
diária da organização.
Conforme ilustra a Tabela 1, a definição de Sistema de Gerenciamento de
Segurança Operacional (SGSO) em aviação varia dependendo do tipo de abordagem
adotada.

Tabela 1 - Definições de SGSO (Adaptado de KESELOVA et al., 2021).

“Um Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional é um sistema de


gerenciamento de risco dinâmico, baseado nos princípios de sistema de gestão de
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qualidade (SGQ), em estrutura focada no risco operacional e aplicada em um ambiente


de cultura de segurança operacional” (STOLZER, 2011).
O SGSO pode ser visto como um sistema que utiliza a coleta e análise de dados
e visa atuar na ocorrência de acidentes de forma antecipada, evitando assim à sua
ocorrência (STOLZER, 2011).
O conceito de SGSO torna-se importante na prática cotidiana operacional das
organizações, na medida em que estabelece a Gestão da Segurança Operacional de
forma sistêmica, ou seja, integrada aos diversos sistemas que estruturam e determinam o
funcionamento das atividades operacionais no âmbito da organização. Esse
entendimento é coerente com os fundamentos teóricos apresentados por James Reason,
que elabora o conceito de acidente sistêmico, considerando os diversos elementos que
compõem a organização (CENIPA, 2014).
Uma vez que as Nações Unidas não são um Estado, não é, portanto, uma parte
contratante da Convenção de Chicago. As empresas de aviação contratadas pelas
Nações Unidas operam principalmente aeronaves civis, para fins de segurança, sob o
escopo do Manual de Aviação AVSTADS e DFS, com base nos anexos da ICAO e
documentos relacionados, de forma operacional semelhante à aviação comercial não
programada (ONU, 2016).

2.2 Os Quatro Pilares do SGSO

Como ilustrado na tabela abaixo, Tabela 2, o SGSO é estruturado em quatro


componentes básicos para o gerenciamento da segurança operacional: Política e
Objetivos de Safety, Gerência de Riscos em Safety, Garantia de Safety e Promoção de
Safety. Todos os quatro elementos devem existir e ser executados de forma robusta para
um SGSO efetivo (FAA, 2007).

Tabela 2 - Componentes e elementos de SGSO de acordo com a ICAO


(Adaptado de KESELOVA et al., 2021).
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2.3 Emprego da Aviação em Operações de Paz

A atividade aérea na ONU teve um significativo aumento nos últimos anos,


especialmente no campo das Operações de Paz e Transporte Humanitário. Diversas
aeronaves de asa fixa e rotativa participam em missões e tarefas operacionais, nas quais
tomam parte operadores comerciais contratados e militares.
A frota usada na manutenção da paz da ONU mudou significativamente desde a
virada do século. Expandindo significativamente em tamanho, composição da frota,
utilização, complexidade da rota e suporte.
Em 1999 a frota de aviação da ONU era constituída em todo o mundo de 47
aeronaves em contratos de longo prazo. Consistia predominantemente de aviões King
Air B-200, L-100 Hércules, AN-26 de asa fixa e helicópteros MI-8T com uma série de
helicópteros militares leves e médios. Desde então, missões de paz como a Missão das
Nações Unidas na Libéria (UNMIL), a Missão das Nações Unidas na Serra Leoa
(UNAMSIL) e a Administração Transitória das Nações Unidas no Timor Leste
(UNTAET), cada uma tinha adicionado dezenas de aeronaves, enquanto grandes
missões como a Missão da Organização das Nações Unidas na República Democrática
do Congo (MONUC), Missão das Nações Unidas no Sudão (UNMIS), a partir de 2005,
e a Missão das Nações Unidas em Darfur (UNAMID) na região de Darfur no Sudão, a
partir de 2007, cada um operou mais aeronaves do que toda a frota da ONU de 1999.
Em 2011, o tamanho da frota de aviação da ONU atingiu 289 aeronaves,
compreendendo 111 aeronaves de asas fixas, 108 aeronaves de asa rotativa civil e 70
aeronaves de asas rotativas militares. As missões de paz cresceram significativamente
no tamanho das tropas e na área geográfica. Enquanto aeronaves geralmente operavam
em grande parte fora das capitais com infraestrutura aeroportuária razoavelmente
desenvolvida, não importa o quão enfraquecida pelas devastações da guerra, as missões
são agora encontradas com grandes bases em áreas remotas e com praticamente
nenhuma infraestrutura e pistas ruins.
Como exemplo da complexidade do cenário em 2019, apenas uma Missão de
Paz da ONU era composta das seguintes aeronaves: LRJ-145, AN-26, L-382, DASH-8,
L-410, Mi-8, Mi-17 e Mi-26.
As Nações Unidas não possuem nenhuma das mais de 200 aeronaves. Toda sua
frota é terceirizada. A prestação de serviços de aviação sempre permaneceu sob o
controle operacional das transportadoras aéreas fretadas pelas Nações Unidas para
contratos de longo prazo.
Ao longo do tempo, também foram elevados padrões de equipamentos de
aeronaves para incluir radares meteorológicos coloridos, dados de voo e gravadores de
cabine, sistemas de alerta de proximidade terrestre, sistemas de prevenção de colisões
de aeronaves e rastreamento por satélite de aeronaves. Tudo isso levou a uma
perspectiva melhorada do ambiente operacional e a cultura de segurança aumentou com
ele, entre gestores, tripulações e passageiros. As Nações Unidas são regularmente
chamadas a reagir às necessidades de crise em muito curto prazo. (NOVOSSELOFF,
2017).

2.4 Evolução do ARM na ONU

Com a crescente participação de operadores comerciais que atuam conforme


regras e regulamentos das autoridades a que estão submetidos, surgem diferenças de
procedimentos e legislações adotadas que podem gerar conflitos nos padrões de
segurança de aviação.
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Cada organização das Organizações das Nações Unidas envolvida em operações


de transporte aéreo passa a desenvolver seus manuais de aviação (Operações, Safety,
Security e qualidade) que detalha suas condições de operação. Em complemento todas
as Missões da ONU devem desenvolver seus procedimentos operacionais padrão que
estejam completamente alinhados com estes manuais e reflitam a natureza específica de
cada operação (ONU, 2015).
A DPKO e o DFS adotaram a Política de Gestão de Riscos de Aviação (ARM),
que estabelece os padrões mínimos para atividades relacionadas à aviação em missões
apoiadas pelo DFS. A Política obriga os respectivos tomadores de decisão a garantir que
os riscos associados às atividades relacionadas à aviação sejam mitigados e/ou
controlados nos níveis aceitáveis, ou que os voos/tarefas sejam cancelados se o risco se
tornar inaceitável (ONU, 2016).
Em 2000, a ICAO estabeleceu o principal documento regulatório padronizado,
AVSTADS. O Manual de Aviação do DFS fornece uma estrutura padronizada adequada
para procedimentos operacionais, especificações e diretrizes técnicas, para produzir um
alto nível de eficácia, eficiência e segurança operacional.
Os elementos técnicos do marco regulatório do Manual de Aviação do DFS
consistem principalmente da Convenção de Chicago, seus Anexos e documentos
relacionados, regulamentos nacionais de aviação civil (país de operações, país de
registro de aeronaves ou país de Certificado de Operador Aéreo ou AOC) e
regulamentos governamentais ou militares do país contribuinte de tropas (TCC).
A Convenção sobre Aviação Civil Internacional não é aplicável para operações
militares. As operações militares estão sob o escopo deste manual, seus próprios
regulamentos governamentais e o Manual da Unidade de Aviação Militar das Missões
de Paz das Nações Unidas. Além disso, os SOPs de aviação militar, em consonância
com o regime regulatório de aviação do DFS, serão desenvolvidos por cada Quartel-
General da Força (FHQ) em coordenação com a Seção de Aviação para a operação
determinada obrigatória na missão de campo.
A Política de Transporte Aéreo deve estabelecer e definir claramente, no mais
alto nível de gestão sênior, as orientações e princípios relativos às operações de
transporte aéreo da Sede das Nações Unidas, bem como o compromisso e as
responsabilidades necessárias para atendê-las. Seguindo esta política, as operações
estarão em pleno cumprimento de todos os requisitos regulatórios relevantes, mantendo
e apoiando a utilização mais eficiente e eficaz dos ativos aéreos, ao mesmo tempo em
que se esforçam para alcançar os mais altos níveis de qualidade e segurança operacional
(ONU, 2006).
O Aviation Risk Management nos quartéis generais da ONU e nas missões em
suporte ao DFS deve ser baseado nas Normas Padrão da ICAO, Normas Padrão da
ONU para aviação, Manual de Gerenciamento de Safety da ICAO, Políticas das Nações
Unidas, normas e procedimentos. Abordagens proativas e preditivas serão
sistemicamente aplicadas para identificar ameaças potenciais e para ações de mitigação
inicial de riscos. As lições tomadas de acidentes e incidentes sérios serão analisadas
para determinar ameaças ativas e latentes que contribuíram com a ocorrência, para que
estes eventos possam ser evitados no futuro.

2.5 Dados de Aviation Safety Summary Report da ONU

O Summary Report do ano de 2021 faz uma abordagem da evolução, no


quinquênio de referência, ilustrando as tendências dos números de acidentes aéreos,
conforme apresentado na Figura 1.
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Figura 1 - Acidentes aéreos ONU - Quinquênio (ONU, 2021).

Na Figura 2, a representação gráfica dos números reforça a tese de que a


implementação do gerenciamento de risco da aviação a partir de 2013 foi acompanhada
de uma sensível melhora nos indicadores de acidentes aéreos para o período de 2017 a
2021.

Figura 2 - Evolução de acidentes aéreos ONU - Quinquênio 2017-2021 (ONU, 2021).

2.6 Análise da série histórica de Acidentes Aeronaves ONU (2014-2021)

Os números deste artigo refletem os dados do UN Aviation Safety Summary


Report dos anos de: 2018, 2019 e 2021 trazendo os números da evolução operacional no
período de 2014 a 2021.
Na Figura 3, o artigo agrupou as séries históricas dos acidentes aéreos dos
últimos 8 anos.
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Figura 3 - Dados de acidentes aéreos ONU de 2014 a 2021 (Autor, 2022).

Da análise dos dados aferiu-se o cenário dos acidentes envolvendo a frota de


aeronaves a serviço das Nações Unidas, nas Missões de Paz e Humanitárias, ao redor de
todo o mundo na Figura 4.

Figura 4 - Acidentes Aéreos ONU de 2014 a 2021 (Autor, 2022).

Nas Figuras 5 e 6, as estatísticas reforçam a tese de que a aplicação do Aviation


Risk Management na segurança operacional da aviação melhora os indicadores de
acidentes aéreos.

Figura 5 - Taxa de Acidentes Aéreos ONU - Quinquênio (Autor, 2022).

Figura 6 - Gráficos de Acidentes Aéreos ONU de 2014 a 2021 (Autor, 2022).

2.7 Sistema de Assessoria de Riscos de Voo

As operações de voo são extremamente complexas, envolvendo muitos


componentes: humano, mecânico, tecnológico e ambiental. Consequentemente, os
riscos associados às operações de voo são igualmente complexos e diversos. O objetivo
de um sistema de avaliação de riscos é identificar esses fatores, pesar sua influência
relativa e fornecer informações suficientes para aumentar a conscientização e estimular
ações mitigadoras.
As missões apoiadas pelo DFS devem implementar a gestão de riscos de
aviação e incorporar como parte integrante do planejamento, tomada de decisões e dos
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processos de execução de todas as atividades relacionadas à aviação. Quatro princípios


devem reger as ações associadas à gestão de riscos.
1. Cada atividade de aviação estará sujeita a uma análise em fases definindo os
requisitos e condições para que a atividade seja realizada. Uma abordagem cronológica
e sistêmica, considerando a gestão, políticas, fatores humanos, ambiente, equipamentos,
processos e procedimentos, experiência, nível de treinamento garantirá que todos os
aspectos da atividade sejam analisados, os riscos associados sejam identificados e suas
consequências avaliadas em termos de probabilidade de ocorrência, gravidade e
exposição, para garantir que riscos desnecessários não sejam aceitos. A ênfase será no
planejamento e execução de qualquer atividade da aviação, para que os objetivos
operacionais possam ser alcançados, eliminando ou mitigando os riscos a que o pessoal
e os recursos estão expostos.
2. As decisões relativas à gestão de riscos serão tomadas de acordo com a
respectiva estrutura de tomada de decisão. Tomar decisões de risco nos níveis
apropriados e estabelecer uma responsabilidade clara. Os responsáveis pelo sucesso ou
falha das atividades de aviação devem ser incluídos no processo de decisão de risco.
3. Os riscos identificados só serão aceitos quando os benefícios superarem o
potencial ou os custos conhecidos. Todos os riscos identificados que não puderem ser
mitigados ou eliminados de uma atividade de aviação planejada devem ser
documentados e reportados ao próximo nível de tomada de decisão.
4. O gerenciamento de risco deve ser incorporado ao planejamento e execução
das atividades de aviação em todos os níveis. O gerenciamento de riscos não é uma
função separada ou discreta.
Os gerentes de campo serão obrigados a dedicar tempo e recursos para
incorporar princípios do Aviation Risk Management (ARM) no planejamento de aviação
e processos operacionais. As avaliações de risco das atividades de aviação devem se
tornar um aspecto rotineiro do planejamento e execução das operações realizadas por
gestores e funcionários designados para planejar e conduzir operações.
O ARM apresenta os fundamentos do risco à segurança da aviação e inclui os
seguintes tópicos:

a) uma definição de risco à segurança;


b) probabilidade de risco de segurança;
c) gravidade do risco de segurança;
d) tolerância ao risco de segurança; e
e) gerenciamento de riscos de segurança.

2.8 Gerenciamento de Risco

Segundo a teoria de risco atual preconizada pela FAA e ICAO o risco é


descrito como uma medida de perdas esperadas que podem ser causadas por um evento
indesejável, fatorado com a probabilidade de ocorrência deste evento, sendo risco (R) é
igual a severidade (S) x probabilidade (P).
Gerenciamento de Risco é o processo de mensurar o risco e desenvolver
formas de trazê-lo à um nível aceitável. Incluem, normalmente, formas de reduzir os
efeitos nocivos do risco.
As metodologias para Gerenciamento de Risco possibilitam identificar perigos
que possam comprometer o resultado das operações, causar danos materiais ou afetar a
saúde e a segurança dos indivíduos. Considera-se risco como uma combinação entre a
probabilidade de um evento não desejado e as consequências de esse evento ocorrer. Os
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riscos podem ser classificados em diferentes categorias, conforme a severidade dos


danos que podem causar e a probabilidade de ocorrência do evento (CENIPA, 2005).
A matriz de gerenciamento de risco, com base no binômio probabilidade-
severidade, contribui efetivamente para otimizar o processo de tomada de decisão em
relação às atividades de segurança operacional. Possibilita identificar, no âmbito de uma
determinada organização, qual risco deverá ser abordado primeiramente, ou seja:
possibilita a identificação dos riscos mais críticos, aqueles cujas consequências sejam as
mais graves em termos humanos, materiais ou financeiros, e que apresentem a maior
probabilidade de ocorrência. A matriz serve de base também para que a organização
defina os riscos aceitáveis, toleráveis ou intoleráveis (STOLZER et al., 2011).
Conforme o Manual de Gerência de Risco da Aviação da ONU, os gerentes de
campo devem garantir que o processo ARM descrito abaixo esteja incorporado em
todos os processos relacionados à aviação:
1. Identificação de perigo. Cada atividade de aviação estará sujeita a uma
análise em fases definindo os requisitos e condições para que a atividade seja realizada.
Uma abordagem cronológica e sistêmica, considerando a gestão, políticas, fatores
humanos, meio ambiente, equipamentos, processos e procedimentos, experiência, nível
de treinamento garantirá que todos os aspectos da atividade sejam analisados, a fim de
garantir que os riscos associados sejam identificados e suas possíveis consequências
claramente determinadas. Experiência, bom senso e ferramentas específicas de
gerenciamento de riscos ajudam a identificar riscos reais ou potenciais.
2. Avaliação de risco. O risco é o efeito da incerteza sobre os objetivos e será
expresso em termos de uma combinação das consequências de um evento (gravidade) e
da probabilidade associada das consequências do perigo. A avaliação de risco é a
aplicação de medidas quantitativas e qualitativas para determinar o nível de risco
associado a um risco específico. Este processo define a probabilidade e a gravidade de
um incidente ou um acidente que possa resultar do perigo com base na exposição de
pessoal ou ativo a esse risco.
3. Análise das opções de mitigação de riscos (redução). O objetivo aqui é
investigar estratégias e ferramentas específicas que reduzam, mitigam ou eliminem o
risco. Medidas eficazes de mitigação de riscos reduzem ou eliminam pelo menos um
dos três componentes (probabilidade, gravidade ou exposição) de um risco.
4. Decisão de risco (escolha de medidas de mitigação de riscos). Os tomadores
de decisão no nível adequado no campo devem determinar o melhor controle ou
combinação de medidas de controle com base na análise dos custos e benefícios gerais.
5. Implementação de medidas de mitigação de riscos. Uma vez selecionadas
as estratégias de controle de risco, uma estratégia de implementação precisa ser
desenvolvida e, em seguida, aplicada por aqueles que gerenciam as operações.
6. Supervisão e feedback. A gestão de riscos é um processo que continua
durante toda a duração das atividades de aviação. Os gestores de campo em todos os
níveis devem cumprir suas respectivas funções ao garantir que as medidas de controle
de risco sejam efetivamente implementadas e sustentadas ao longo das operações. O
processo de gestão de riscos deve ser reavaliado periodicamente para garantir a eficácia.

2.9 Aplicação da Metodologia da ONU na Preparação de Equipagens

Conhecimento e treinamento da doutrina utilizada pela ONU são fatores


essenciais na preparação das tripulações de contingentes militares destacados para as
Operações de Paz.
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Nas operações de manutenção da paz os ativos da aviação militar fazem parte


da força contingente. O Force Commander (FC) exerce o controle operacional. A
autoridade das tarefas permanece com o Director of Mission Support (DMS).
Todos os voos que se enquadram no escopo da Letter of Assistence (LOA)
devem ser coordenados com o Mission Air Operations Center (MAOC) e aprovados
pelo Chief of Aviation (CAVO).
Com base nas recomendações da ICAO e nos Manuais de Aviação do
Department of Peacekeep Operations (DPKO) este artigo apresenta a seguinte
metodologia de Gerenciamento de Risco com a finalidade de familiarizar tripulações à
metodologia de Gestão de Riscos da Aviação em ambiente de Operações de Paz da
ONU.
De forma geral, o processo de gestão de riscos proposto é baseado na doutrina
em uso pelas Nações Unidas, adaptado ao cenário de aviação militar brasileira e para o
preparo das equipagens para futura operação em Missões de Paz. Neste modelo serão
analisados como exemplo voos para as localidades não regularmente acessadas. A
metodologia será aplicada em quatro etapas.
A metodologia de análise de risco abaixo, salvadas as especificidades, tem a
sua aplicação nos mais diversos campos do conhecimento, desde a análise de riscos na
área da saúde, logística, engenharia, administração, etc.
O funcionamento é proposto em quatro partes: identificação de perigos e
consequências, avaliação de risco, mitigação do risco e decisão sobre o risco.
Para o artigo foram desenhadas situações relativas a uma operação de aviação
no ambiente de Operações da ONU.
Desta forma, inicialmente se propõe a criação de um Comitê de Assessoria de
Risco composto por membros da segurança de voo, operações e inteligência irá elaborar
uma análise dos perigos.
Cada atividade será analisada segundo requisitos para que a tarefa seja
realizada de forma segura. Uma abordagem sistêmica feita por especialistas garantirá a
identificação de perigos nas seguintes fases:

1 - voo e análise de requisição da missão;


2 - comando e controle;
3 - aeronave, passageiros e carga;
4 - rota; e
5 - destino, aeroporto ou área de pouso.

Estes aspectos devem ser analisados para garantir que os perigos associados
sejam identificados e as suas possíveis consequências claramente determinadas.
Experiência, bom senso e as ferramentas específicas de gerenciamento de
riscos ajudam a identificar riscos reais ou potenciais. Os riscos serão identificados por
especialistas e analisados pelo Comitê de Assessoria de Risco.
Conforme a Tabela 3, uma vez identificados os potenciais perigos a análise
passará para a fase de avaliação de risco.
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Tabela 3 - Identificação de Perigos (adaptado de ONU, 2018).

2.9.2 Avaliação de Risco

O risco é o efeito da incerteza sobre os objetivos e será expresso em termos de


uma combinação das consequências de um evento (gravidade) e da probabilidade
associada das consequências do perigo. A avaliação de risco é a aplicação de medidas
quantitativas e qualitativas para determinar o nível de risco associado a um risco
específico. Este processo define a probabilidade e a gravidade de um incidente ou um
acidente que possa resultar do perigo com base na exposição de pessoal ou ativo a esse
risco. A avaliação do risco, no modelo proposto, leva em consideração os riscos em
relação aos possíveis efeito causados à: safety, pessoas, ativos, processos e reputação.
Conforme a Tabela 4.
15

Tabela 4 - Severidade, Impacto e Consequências (adaptado de ONU, 2018).

Importante determinar a probabilidade de ocorrência de um evento


classificando a ocorrência de um evento em: frequente, ocasional, remoto, improvável e
extremamente improvável e atribuindo significados e valores para cada definição
conforme a Tabela 5.

Tabela 5 - Probabilidade de Evento (adaptado de ONU, 2018).


16

Para a construção da Matriz de Risco aplicam-se os conceitos de


dano/severidade obtidos conforme as explicações anteriores e confrontam-se com a
probabilidade de ocorrência destes eventos criando-se a classificação alfanumérica
conforme a Tabela 6.

Tabela 6 - Matriz de Risco (adaptado de ONU, 2018).

2.9.3 Mitigação de Risco

Os tomadores de decisão no nível adequado devem determinar o melhor


controle ou combinação de medidas de controle com base na análise dos custos e
benefícios gerais.
O modelo de análise de risco bowtie é usada para simplificar a avaliação de
risco e apoiar a compreensão do risco. O modelo de análise de risco usa um formato que
se parece com uma gravata borboleta. Ele permite conceitualizar a interação de causas,
controles e consequências de um risco, também pode fornecer um exame sistemático do
risco, identificando todas as circunstâncias e possíveis medidas de mitigação.
O risco pode ser definido como a probabilidade de um fato ocorrer e gerar um
efeito mensurável que chamamos de severidade. Risco é então uma grandeza com duas
variáveis probabilidade e severidade. Para reduzir riscos podemos existir em ambas as
dimensões.
A Figura 7 traz uma situação de voo para uma localidade com infraestrutura
mínima de descanso para a tripulação. A missão é realizada através de longas etapas de
voo. Esta situação é semelhante a encontrada no contexto de Missão de Paz. Uma vez
que, os voos são realizados em suporte a uma Missão Precípua em terra, em localidades
distantes e as condições de suporte local geralmente são precárias. O tempo em solo
pode se alongar de acordo com a complexidade de cada Missão. No exemplo optou-se
por trabalhar com poucas variáveis uma vez que a intenção é de demonstrar a
ferramenta permitindo sua aplicação em instrução de tripulantes.
O conhecimento prévio dos cenários é importante para determinar formas de
prevenção ao risco.
Uma vez conhecidas as estratégias de controle e mitigação de risco, a
implementação das mesmas precisa ser aprovada pelos gerentes de operação.
17

Figura 7 - Exemplo de utilização do Método Bowtie (adaptado de SALUS, 2022).

2.9.4 Decisão sobre o risco

A gestão de riscos é um processo contínuo. As autoridades decisoras foram


estabelecidas no exemplo considerando a estrutura de uma Base da Força Aérea
Brasileira. O processo de gestão de riscos deve ser validado pela autoridade
correspondente conforme o nível de risco apresentado garantindo o envolvimento de
todos no processo conforme descrito na Tabela 7.

Tabela 7 - Níveis de decisão (adaptado de ONU, 2018).


18

2.9.5 Limitações

A principal dificuldade encontrada é a adaptação da metodologia existente a


uma operação em ambiente mais controlado sem perder a essência da ferramenta. Outra
questão importante está na identificação de perigos e consequências que depende de
critérios objetivos.
A metodologia utilizada neste artigo para a avaliação dos efeitos da
implementação do gerenciamento de riscos considera apenas a variação do número de
acidentes aéreos. Porém, existem outros indicadores organizacionais capazes de medir a
eficiência do gerenciamento de riscos. O acompanhamento de indicadores baseados nos
pilares do SGSO pode ser uma ferramenta mais precisa para analisar a maturidade da
organização no que concerne ao gerenciamento de risco.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

3.1 Conclusões

O presente artigo teve como objetivo analisar de que maneira a utilização do


Aviation Risk Management interferiu nos resultados de segurança de voo das Missões
de Operações de Paz da ONU.
Para tanto, estabeleceu, inicialmente, uma contextualização sobre o Sistema de
Gerenciamento de Segurança Operacional e os seus quatro principais pilares, depois
rapidamente contextualizou o Programa Brasileiro para Segurança Operacional.
Seguindo nesta linha, começou a abordar o emprego da aviação nas Operações de Paz, a
evolução do Aviation Risk Management e o Sistema de Gerenciamento de Risco de Voo
nas Operações de Paz. Partindo destes conhecimentos e contextualizações, analisou
aspectos fundamentais do Gerenciamento de Risco e trouxe um modelo de metodologia
inspirada no Aviation Risk Management utilizado nas Missões da ONU empregável no
adestramento de equipagens que irão operar em ambientes de Operações de Paz.
A fundamentação teórica foi baseada no método bowtie que permitiu
acompanhar a evolução do Sistema de Gerenciamento de Risco de Voo, sobretudo
quanto às Missões de Paz da ONU. Demonstrou sob a perspectiva de segurança
operacional de voo a relevância da gestão do risco na sistemática empregada na ONU.
A metodologia caminhou desde o estudo bibliográfico e desenvolvimento do
tema, seguindo para abordagem do conceito de Sistema de Gerenciamento de Segurança
Operacional e seus pilares comparando os diversos enfoques dados ao tema à nível
mundial, passou a seguir a tratar do emprego da aviação nas Operações de Paz e
evolução do ARM na ONU em seguida tratou do Gerenciamento de Risco de forma
geral e específica nas missões da ONU
Como principal resultado o artigo conclui que a utilização do Aviation Risk
Management contribuiu de forma positiva na redução dos acidentes aeronáuticos nas
missões de paz da ONU.
Os países possuem diferentes abordagens quando se trata de sistema de
Gerenciamento de Segurança Operacional. A operação em um cenário que envolve
diversas culturas de aviação deve possuir normas unificadas de segurança.

3.2 Sugestões para trabalhos futuros


19

Como sugestões para novos trabalhos poderá ser validado o método com
aplicações práticas de identificação de perigos e ameaças e respectivo gerenciamento de
risco, ou ainda a introdução de uma nova ferramenta de quantificação do risco no
contexto das missões apresentadas.
20

4 REFERÊNCIAS

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Guia para elaboração de SGSO de empresa aérea. Brasília, DF: ANAC, 2012.

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. SGSO na prática: guia para


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de Segurança Operacional. Brasília, DF: ANAC, 2018b.

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aviação brasileira. Brasília, DF: CENIPA, 2013.

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