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CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
UNIDADE II
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por escrito, do Grupo Ser Educacional.
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SUMÁRIO
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TÓPICOS INTEGRADORES II
UNIDADE 2
Espero que você goste de nossos encontros, pois o intuito é enriquecer cada vez mais
a sua bagagem acadêmica, vamos lá?
PALAVRAS DO PROFESSOR
Como primeiro passo para iniciarmos os nossos estudos, gostaria de levantar o seguinte
questionamento:
Reflita e responda.
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Então, já temos a consciência de que somos responsáveis por preservar e garantir a segurança
operacional de todas as atividades exercidas dentro do ramo aeronáutico. Como parte de uma grande
Equipe, nossas atitudes e ações contribuirão para a tranquilidade das operações ou constarão como
estatísticas de incidentes/acidentes aeronáuticos. Bem certo de que a consciência associada a prática
facilita a implementação de padrões preventivos cada vez mais eficazes. Quanto mais o tema for discutido
e incentivado, mais consciência teremos sobre a necessidade dessa prática e mais ações realizaremos
em prol do objetivo. Se faz necessário sempre destacar ações preventivas, para facilitar a rotina e evitar
falhas em situações adversas.
SEGURANÇA OPERACIONAL
Prezado(a) aluno(a), por muito tempo a investigação de acidentes aeronáuticos tinha como principal objetivo
identificar e penalizar responsáveis. Com a origem do pensamento que as investigações poderiam resultar
em orientações preventivas, surgiu o conceito de segurança de voo e, consequentemente, segurança
operacional.
Esse termo define-se por: “Situação no qual o risco de lesões às pessoas ou danos às propriedades
(consequências) é reduzido e mantido em, ou abaixo de, um nível aceitável, mediante um contínuo
processo de identificação de perigos e gerenciamento de riscos” – ANAC (2008).
Sendo assim, ações preventivas começaram a surgir seguindo orientações e padronizações resultantes
do processo de investigação. As organizações envolvidas com a atividade aérea passaram a observar os
fatores contribuintes para acidentes e a se proteger de possíveis riscos. Mesmo sabendo que situações
adversas nunca deixarão de ocorrer, o número de acidentes caiu significativamente com o aumento da
prática preventiva na rotina da aviação brasileira e mundial.
CULTURA PREVENTIVA
Caro(a) estudante, com a influência da implantação do treinamento CRM e da filosofia SIPAER no Brasil,
a aviação no país tem se tornado cada vez mais reconhecida como um sistema seguro e confiável. Da
década de 90 para cá, o profissional é visto como parte de todos os contextos operacionais, estando
inserido em uma perspectiva sistêmica que também abrange fatores materiais e operacionais.
Com uma cultura mais organizada e voltada para prevenção, os acidentes aeronáuticos transformaram-se
em ocorrências raras, tornando o transporte aéreo como um dos mais seguros do mundo. Se essas boas
práticas preventivas contribuem para uma gestão de segurança efetiva, as práticas também influenciam
no desempenho humano ao exercer as funções relacionadas. A cultura segue abordando todas as áreas
envolvidas, tendo como principal foco o fator humano, ainda relatado como maior fator contribuinte em
acidentes aeronáuticos.
Aluno(a), para facilitar a reflexão da segurança operacional e para enfatizar as ações preventivas, se faz
necessário observar alguns índices de incidentes e acidentes aeronáuticos brasileiros, relacionando os
fatores contribuintes.
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Você já verificou no primeiro guia que nos últimos anos:
O número de acidentes com aeronaves brasileiras foi maior que o número de incidentes;
Os aviões foram o tipo de aeronave com maior registro de acidentes;
O estado de São Paulo reportou o maior número de acidentes (importante considerar o alto quantitativo
de aeronaves no estado);
Os três maiores fatores contribuintes para incidentes aeronáuticos ocorridos no Brasil, foram
classificados como fatores humanos: julgamento de pilotagem, supervisão gerencial e manutenção
de aeronaves;
Os três maiores fatores contribuintes para acidentes aeronáuticos no Brasil, também foram
classificados como fatores humanos: julgamento de pilotagem, supervisão gerencial e planejamento
de voo.
Nesta segunda unidade, iremos aprofundar a visão sobre essas estatísticas, registradas nos últimos anos
e visíveis para todos os profissionais relacionados e interessados. É importante que a medida que você
for desenvolvendo a leitura, observe cada figura e busque interpretar os dados.
Fonte: http://www.rottaativa.com/acidentes-aereos-disparam-no-brasil-dono-da-2a-maior-frota-do-
mundo/
Dados em destaque: O ano de 2012 se destacou na história da aviação civil brasileira pelo alto
quantitativo de acidentes aeronáuticos. Foram 181 ao total.
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Fonte: http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/21665/SEGURAN%C3%87A-DE-VOO---Taxa-de-acidentes-
aeron%C3%A1uticos-cai-12-em-2014-no-Brasil
Dados em destaque: Dois anos depois (2014), houve uma significativa redução no número de acidentes,
resultado de um intenso trabalho de estímulo de prevenção realizado pelo CENIPA.
Fonte: https://airway.uol.com.br/acidentes-aereos-tem-queda-de-16-no-brasil-em-2015/
Dados em destaque: Apesar da pequena diferença entre os gráficos anteriores, a pesquisa mostra que
o número de acidentes continuou a reduzir, atingindo o menor índice no ano 2015, com um total de 123
acidentes aeronáuticos.
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Fonte: http://www.anac.gov.br/noticias/sem-acidentes-graves-desde-2011-aviacao-comercial-vive-seu-
melhor-momento-4
Dados em destaque: No ano seguinte (2016), o índice foi ainda menor. Observe que o gráfico destaca
apenas a aviação regular brasileira, diferente dos gráficos anteriores.
Já com essas informações, percebe-se a influência positiva da cultura preventiva na significativa redução
de acidentes aeronáuticos. O objetivo de vivenciar a prevenção diariamente sempre será mitigar erros
para redução de riscos.
Fonte: http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/21665/SEGURAN%C3%87A-DE-VOO---Taxa-de-acidentes-
aeron%C3%A1uticos-cai-12-em-2014-no-Brasil
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Dados em destaque: O avião continua com a maior porcentagem, porém é importante considerar o
maior número dessas aeronaves pelo território nacional. Ano de referência para a pesquisa: 2014.
Já vimos os principais fatores contribuintes na primeira unidade, mas agora destaca-se a fase de voo com
maior índice de acidentes:
Fonte: https://megaarquivo.wordpress.com/category/catastrofes-2/acidente-aereo/
Dados em destaque: O pouso é sinalizado como a fase de voo com maior probabilidade e reporte de
acidente, em segundo lugar ficou a aproximação final. Anos de referências para a pesquisa: 2003-2012.
VISITE A PÁGINA
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PALAVRAS DO PROFESSOR
Meu(inha) caro(a), diante dos dados destacados, você acredita que é possível uma
aviação cada vez mais segura?
O caminho para construirmos uma aviação cada vez mais segura está diretamente
ligado às atitudes dos profissionais envolvidos e à capacidade das organizações
desenvolverem um processo contínuo de aprendizagem organizacional.
PARA REFLETIR
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AÇÕES PREVENTIVAS
Prezado(a) aluno(a), é bem certo que as medidas iniciam na conscientização de cada agente envolvido
e no interesse em reduzir riscos, mas a partir de agora o nosso material irá destacar algumas ações de
prevenção, padronizações e órgãos envolvidos na aviação brasileira.
Campanhas de conscientização;
Treinamentos;
Medidas de segurança operacional;
Medidas de desempenho da segurança operacional;
Desempenho real de um SSP ou de um SGSO;
Quantidade de eventos relacionados a processos;
Quantidade de eventos significativos (taxas de acidentes e incidentes graves);
Quantidade de atividades do Estado (legislação básica, regulamentos, recomendações e
conformidades).
PARA PESQUISAR
Que tal pesquisar um pouco sobre os programas de prevenção oferecidos pelo CENIPA?
Seguem alguns exemplos: Risco de Fauna, Raio Laser e Risco Baloeiro, RCSV, DIVOP e
CNPAA. Conhecer sobre cada programa enriquecerá seu conhecimento na área.
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LEITURA COMPLEMENTAR
Através do LINK
Voltando ao nosso raciocínio, uma excelente notícia é que o Brasil tem avançado na busca por essa
cultura e de destacado a nível mundial. Em 2015, o Brasil foi sinalizado como o quarto país do mundo no
ranking de segurança operacional na aviação. Isso aconteceu em uma das auditorias realizadas pela OACI
(Organização da Aviação Civil Internacional) que é responsável por regular a atividade aérea no mundo.
Na época, o país teve o índice 96,49% de conformidade com as normas do programa. Os Emirados Árabes
Unidos, Cingapura e Coreia do Sul se destacaram nas primeiras posições.
Você sabia que o ano de 2017 ganhou destaque na história da aviação mundial, como
o período de menor índice desde 1946 e desde que iniciaram os relatos de acidentes
através de estatística? Pois é, foram 10 acidentes envolvendo aviação regular civil de
transporte de passageiros, 44 vítimas fatais. Esse resultado reafirma o compromisso
que a cultura preventiva influencia diretamente na prevenção de riscos, a partir da
correção de erros ocorridos anteriormente.
Considerações relacionadas:
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PARA PESQUISAR
LINK1
LINK2
PALAVRAS FINAIS
Querido(a), aluno(a)!
Finalizamos o segundo guia desta disciplina. O principal objetivo foi ter estimulado sua
reflexão sobre o tema segurança operacional. Como profissionais de uma área com
alto risco de situações adversas, precisamos expandir nossa conscientização do tema
e nossa capacitação técnica a cada oportunidade observada. Espero que você tenha
aproveitado a leitura e principalmente voltado sua mente para observar como está sua
rotina profissional e em que nível de cultura preventiva você está inserido.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEREIRA, E.A.; SIMONATO, J.B; BERBEL, L.T. A Cultura Organizacional como fator
contribuinte para um acidente aeronáutico: Estudo de Caso GOL 1907. Revista Conexão
Sipaer, v.1, n.3, pp.207-217. (2010).
PEREIRA, M.; MELO, A.A. Voando com CRM. Ed. Comunigraf. Recife. PE. (2004).
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