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Santos / SP
2023
Ficha catalográfica elaborada por sistema automatizado
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 665.5
RESUMO
A produção de petróleo vem sendo cada vez mais desafiadora, uma vez que
tecnologias estão surgindo acarretando o aumento da complexidade de processos e
equipamentos de automação, aumentando drasticamente os riscos da operação, o
que vem resultando em uma preocupação cada vez maior com a saúde e
integridade física dos funcionários. Neste contexto, diferentes conceitos como
fatores humanos, que abordam diversos âmbitos de um colaborador que direta ou
indiretamente influenciam no seu desempenho de suas atividades, vem ganhando
espaço nos últimos anos. Estudos destacam que acidentes envolvendo trabalho em
altura são uma das principais atividades que geram fatalidade em uma plataforma,
além disso, cerca de 80% dos eventos ocorridos em indústrias químicas e
petroquímicas são devido à falha de fatores humanos. Devido a esses fatores, o
presente estudo tem como objetivo desenvolver um checklist abrangente e eficaz
para a atividade de acesso por corda em plataformas offshore, priorizando a
integração de fatores humanos, visando aprimorar a segurança, eficiência e
desempenho operacional das equipes envolvidas. A metodologia adotada é aplicada
e exploratória, focando na elaboração de um checklist para aprimorar atividades de
acesso por corda em plataformas offshore. Sem pesquisa in loco, baseia-se em
revisão bibliográfica, análise de relatórios e consulta a artigos científicos. O checklist,
composto por 22 itens, reflete uma abordagem holística, alinhando-se a diretrizes
reconhecidas do setor para garantir confiabilidade e validade. Além disso, o checklist
não serve como justificativa em contradições, focando na prevenção de riscos e no
aprimoramento contínuo. Deve ser aplicado por responsável técnico e de saúde,
complementando, não substituindo, normas regulamentadoras. Por fim, a
abordagem proativa, usando um checklist de fatores humanos, é crucial para
prevenir acidentes, promovendo uma cultura de segurança. No entanto, a pesquisa
contínua sobre fatores humanos é essencial para uma gestão mais eficiente e
humanizada.
Agradeço ao Prof. Dr. Magno José Alves, meu orientador, pela ajuda durante todo o
processo de elaboração do trabalho.
À minha família por todo o apoio prestado durante essa fase da minha vida, sem
vocês jamais seria possível eu realizar este sonho que hoje compartilho com vocês
com muita felicidade.
Aos meus amigos, em especial a Beatriz Militelo e a Rafaela Paterli que tiveram
muita paciência comigo durante toda esta caminhada, me ajudando de todas as
formas acadêmicas e pessoais possíveis.
1. INTRODUÇÃO
Desta forma, a atividade de acesso por corda foi escolhida como objetivo
deste trabalho, devido à predominância dos acidentes de trabalho com fatalidades
offshore ocorrerem em razão de queda em altura. Além disso, foram introduzidos os
fatores humanos, uma vez que segundo Kariuki e Lowe (2007), mais de 80% dos
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2. OBJETIVOS
3. REFERENCIAL TEÓRICO
ambientais.
3.1 FPSO
Existem também dois tipos de variação de FPSO, sendo o FPDSO, que conta
com equipamentos de perfuração (drilling) e o FPWSO, que é composto por
equipamentos de intervenção de poços. (MORAIS, 2013).
Fonte: FPSO Cidade de Angra dos Reis MV22, Projects, MODEC. Disponível em: FPSO Cidade de
Angra dos Reis MV22 | Projects | MODEC. Acesso em: 24 de outubro de 2023.
Porém o termo que vem ganhando espaço nos últimos anos e aborda
diversos âmbitos de um colaborador que direta ou indiretamente influencia no seu
desempenho da atividade, percepção de risco, postura ou até mesmo o
cumprimento de boas práticas. As principais características de um funcionário que
envolve fatores humanos são cognitivas, sociais, emocionais, físicas e/ou biológicas
(Kiani, 2017).
Os fatores humanos podem ser divididos em três grandes grupos, sendo eles,
organizacional, de grupo ou individual. Quando analisado organizacionalmente,
alguns fatores podem ser contribuintes para gerar o acidente ou incidente, como, por
exemplo, cortes de custo ou o nível de comunicação entre os locais de trabalho. Ao
nível de grupo, fatores como o relacionamento entre os membros de uma equipe e
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Segundo o “Work & Safety Analysis 2022” da IRATA (Industrial Rope Access
Trade Association) em 2022 foram relatados 256 acidentes de acesso por corda,
onde, dentre 106 acidentes foram observados 167 itens de fatores humanos, sendo
então apontado mais de um item de fator humano por acidente. É possível observar
na tabela 1 quais são as principais categorias identificadas para fatores humanos em
2021, assim como a mesma avaliação para os anos de 2019 e 2020. Dentre os itens
avaliados, os que mais apresentaram falhas foram “falta de concentração”, “falta de
experiência” e “falha em seguir regras”, representando 90 dos 167 fatores
observados.
até mesmo locais inacessíveis utilizando outras técnicas, como espaços confinados
ou estruturas verticais. Esse tipo de acesso também tem o objetivo de ser realizado
de forma flexível, leve e ágil, sem a necessidade de outras estruturas mais
complexas, como andaimes.
Supervisão de equipes X
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(conclusão)
(2018).
Tanques: Nos tanques (figura 5), pode ocorrer inspeção visual para conferir
integridade, danos e certificação de classe. As inspeções são realizadas por
técnicos de acesso por corda, seguindo um cronograma determinado. Eles
conduzem essas inspeções suspensas por cordas, com ênfase em áreas de alta
tensão, como borboletas, tanques de asa, reforçadores primários e secundários
Kneipp (2018).
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● Lesões leves (inferiores a 7 dias): Representa as lesões, por mais trivial que
seja, que demandam menos de 7 dias de afastamento, incluindo problemas
de saúde e torções/distensões, a menos que resultem em “lesão superior a 7
dias”.
4. METODOLOGIA
trabalho realizado.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos dados fornecidos pela IOGP e o “Work & Safety Analysis 2022”
da IRATA, foi desenvolvido uma ferramenta pré-trabalho para identificar se o
colaborador está apto a realizar a atividade de acesso por corda de forma segura.
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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interpretação e aplicação do anexo “ACESSO POR CORDAS” da norma
regulamentadora 35 Trabalho em altura. Brasília, 2014.
DOS SANTOS, Isaac José Antonio Luquetti et al. Human factors applied to alarm
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Process Industries, v. 26, n. 6, p. 1308-1320, 2013.
FRANÇA, Josué Eduardo Maia; DOS SANTOS, Isaac JA Luquetti; UFF, Assed
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Offshore: Dos Equipamentos aos Fatores Humanos. Seminário Internacional de
Confiabilidade da Petrobras, At Rio de Janeiro, Brasil, 2016.
FRANÇA, Josué EM; SANTOS, IAJL dos. Fatores Humanos e Gestão de Riscos
Offshore. In: Rio Oil & Gas Expo and Conference. 2014.
GLINA, Débora Miriam Raab et al. Saúde mental e trabalho: uma reflexão sobre o
nexo com o trabalho e o diagnóstico, com base na prática. Cadernos de Saúde
Pública, v. 17, p. 607-616, 2001.
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Human factors/ergonomics – Introduction to human factors (hse.gov.uk). Acesso em:
Novembro 2023.
IRATA. International Industrial Rope Access Trade Association. Work & Safety
Analysis 2022. Disponível em: Work & Safety Analysis Reports | IRATA International.
Acesso em: Outubro de 2023.
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KARIUKI, S. G., LOWE K. Integrating human factors into process hazard analysis,
Reliability Engineering & System Safety, v. 92, p. 1764-1773, 2007.
MIELNIK, Otávio. O mercado do petróleo: oferta, refino e preço. FGV Projetos, 2012.
MODEC. FPSO Cidade de Angra dos Reis MV22. 2023. Disponível em: FPSO
Cidade de Angra dos Reis MV22 | Projects | MODEC. Acesso em: Outubro de 2023.
MORAIS, José Mauro de. Petróleo em águas profundas: uma história tecnológica da
Petrobras na exploração e produção offshore. 2013.
ROCHA, Luiz Carlos Lumbreras. NR-35 comentada - trabalho em altura. MTE, 2013.
Observações: