Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Palhoça
2016
RAFAEL ESTEVAM IGLESIAS DE FREITAS
Palhoça
2016
RAFAEL ESTEVAM IGLESIAS DE FREITAS
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Este trabalho tem por objetivo entender como plano básico de zona de proteção de aeródromo
no território brasileiro auxilia na proteção e prevenção de acidentes aéreos durante o pouso e
decolagem. Sendo realizada uma pesquisa exploratória, com procedimento bibliográfico e
documental, utilizando-se documentos, reportagens e leis que falam sobre os acidentes
aeronáuticos e as formas de prevenção, numa abordagem quantitativa. Os dados foram
obtidos por meio da análise de conteúdo. Após a pesquisa finalizada concluiu-se que os
acidentes fazem parte do risco natural nas atividades da vida do Ser Humano, porém no caso
dos aéreos eles podem ser minimizados, prevenidos para que não afete a segurança e a rotina
normal da pessoas, além das estruturas ao redor dos aeródromos com programas de
gerenciamento e prevenção como o PBZPA, incentivo a realização de relatórios, estudo das
regiões próximas aos aeródromos e fiscalização no cumprimento da regulamentação vigente,
aumentando assim a segurança das operações.
This study aims to understand how basic plan aerodrome protection zone in Brazil helps in
protection and prevention of air accidents during landing and takeoff. an exploratory research
with bibliographic and documentary procedure being performed, using documents, reports
and laws that talk about aircraft accidents and how to prevent it, a quantitative approach. Data
were obtained through content analysis. After the completed survey concluded that accidents
are part of the natural risk in the activities of life of the human being, but in the case of air
they can be minimized, prevented so that does not affect safety and the normal routine of
people, in addition to structures around aerodromes with management and prevention
programs like PBZPA, encouraging the realization of reports, study of the regions close to the
airfield and inspection in compliance with current regulations, thus increasing the safety of
operations.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 13
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................................ 14
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 14
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 14
1.4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 17
1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa .................................................................... 17
1.4.2 Materiais e métodos ..................................................................................................... 17
1.4.3 Procedimentos de coleta de dados .............................................................................. 18
1.4.4 Procedimento de análise dos dados ............................................................................ 18
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ............................................................................. 18
2 REFERENCIAL TÉORICO ............................................................................................. 18
2.1 ACIDENTES AÉREOS ….............................................................................................. 18
2.1.1 FASES CRÍTICAS DO VOO........................................................................................20
2.2 O PLANO BÁSICO DE ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMOS ….............. 23
2.3 AS ESPECIFICAÇÕES DO PBZPA …........................................................................ 25
3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS …........................................ 36
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................38
5 REFERÊNCIAS …..............................................................................................................39
6 TERMO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS .......................................................42
12
1 INTRODUÇÃO
A aeronáutica brasileira teve enorme evolução nas ultimas décadas e para se adequar
ao tráfego aéreo crescente, ao grande numero de pistas e aeródromos feitos e a cada vez maior
possibilidade de acontecimento de um acidente aéreo. Tais eventos, são decorrentes de
diversos fatores e uma cadeia de acontecimentos, até a chegada ao ponto crítico, onde
ocorrem os incidentes e acidentes com aeronaves ou pessoas envolvidas com a atividade
aérea. Para tentar prevenir essas ocorrências foram feitas uma série de regras e regulamentos
aeronáuticos, visando proteger as atividades realizadas neste âmbito, para cercar ao máximo
as possibilidades mais prováveis de ocorrência de acidentes e diminuir ao máximo essa
probabilidade.
Esta monografia com o foco nos artigos dos regulamentos a aviação civil direcionados
especificamente aos pousos e decolagens, partes criticas na atividade aérea, onde, como vai
ser visto no decorrer deste trabalho, ocorrem a maior parte dos acidentes e incidentes
aeronáuticos e visando limitar ao máximo as chances existentes para que os mesmos ocorram,
impõe limites para as construções de aeródromos e pistas, tanto relativo as características de
ambos, quanto as características do local ao redor, proporcionando segurança para a atividade
aeronáutica.
Em uma entrevista feita por Alvega (2011) com o autor dos livros Caixa Preta e Perda
Total, Ivan Sant’Anna, que investigava os reais motivos de alguns dos principais acidentes
aéreos nacionais, é perguntado sobre o que o mesmo considera sobre uma política de
segurança aeronáutica mais austera e sua resposta a demonstra uma necessidade de se
modificarem as normas, tornando-as mais rigorosas.
“Com certeza a política de segurança aérea precisa ser mais severa. Nos Estados
Unidos e na Europa Ocidental a taxa de acidentes aéreos é de 0,4 desastres fatais
para cada milhão de voos. Aqui essa taxa é de 1,4/1 milhão. Podemos, e devemos
reduzir esse número. ” (Ivan Sant’Anna, 2011)
Para tanto foi escolhido o Plano básico de zona de proteção de aeródromo previsto na
regulamentação aérea brasileira, como foco de estudos, tendo em vista a principal finalidade
deste ordenamento, a prevenção de acidentes que poderiam ocorrer justamente no momento
de um pouso ou decolagem de um aeródromo, restringindo a área ao redor do mesmo, a fim
de reduzir a possibilidade de acontecer uma catástrofe, principalmente por colisão.
13
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
-Apresentar algumas analises relativas acidentes aéreos ocorridos nos últimos anos.
1.3 JUSTIFICATIVA
“Não se espante com a altura do vôo. Quanto mais alto, mais longe do perigo.
Quanto mais você se eleva, mais tempo há de reconhecer uma pane. É quando se está
próximo do solo que se deve desconfiar. ” SANTOS DUMONT
decolagem e subida da aeronave até a altitude de voo da mesma. Neste mesmo estudo as fases
referentes a aproximação e o pouso tem índices próximos á 59% dos acidentes. Restando 23%
para os acontecimentos quando em altitude e velocidade estabilizadas em regime de cruzeiro
ou em solo, como pode ser observado na figura 1
regras, uma vez que ao saber as razões da criação de um ordenamento legal, por analogia se
chega ao mesmo, além da tamanha importância dessas legislações.
1.4 METODOLOGIA
Este trabalho foi organizado para atingir os objetivos propostos, estando disposto da
seguinte maneira:
No capítulo 1, apresenta-se a introdução, onde constam a problematização e problema
do estudo, os objetivos, a justificativa e a metodologia.
No capítulo 2 está a fundamentação teórica, onde se explana sobre os acidentes aéreos
e O PBZPA.
Em seguida o capítulo 3, onde se apresenta a análise e discussão dos dados da
pesquisa.
Por último temos as considerações finais, seguido das referências.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
obtidas por meio de pesquisa em sites estrangeiros, relativos aos pioneiros da aviação,
individualmente, todos descritos nas referências.
Otto Lilienthal, segundo Gray (2013) e Welle (2016), um desses pioneiros faleceu por
falhas em seu projeto, quando seu voo de número 2500 em 9 de agosto de 1896, após ir de
encontro a rajadas de ventos, sofreu uma queda de uma altura de aproximadamente 17 metros
vindo assim a fraturar a coluna vertebral. Morrendo no dia seguinte citando a seguinte frase:
“Sacrifícios foram feitos! ”.
Assim como Otto, Percy Pilcher, fora outro aviador promissor, que morrera ao testar
seu equipamento em setembro de 1899, com pensamentos e planejamentos de colocar motores
em aeroplanos, porém tais intenções foram descartadas com sua morte, baseado em Gray
(2013).
Ollive Wright acidentou-se durante sua decolagem no dia de seu voo histórico, além
deste fato, em uma das tentativas de voar, três dias antes, Wilbur, seu irmão, perdeu o controle
da aeronave fazendo com que a mesma caísse durante a decolagem, realizando pequenas
avarias no equipamento, de acordo com Rosenberg (2016).
Thomas Etholen Selfridge, tenente do exército dos Estados Unidos, tornou-se a
primeira vítima de uma aeronave motorizada de asas fixas, em 17 de setembro de 1908,
quando seu equipamento, no comando de Orville Wright, foi ao solo por perda da hélice
durante testes militares na Virgínia. Selfridge teve lesões nas pernas, na bacia e nas costelas,
além de traumatismo craniano, que foi a causa de sua morte, Lee (2016).
De acordo com Garcia (2013), desde o primeiro testemunho de um acidente de avião
comercial nacional, por Santos Dumont na data de 3 de dezembro de 1928, o Brasil passou
por outras 460 incidências, culminando em 3.527 pessoas mortas, isso até o ano de 2013,
sendo assim um número expressivo, mesmo sendo de baixa porcentagem em relação ao
numero de voos realizados neste período.
Por meio de ensaio de acidente aeronáutico em um voo sem tripulação feito e
controlado pela NASA, usando uma aeronave Boeing 720 determinou as causas principais
dos acidentes onde existiu a perda total dos aviões comerciais sendo: 55% Erro da tripulação;
17%: Aeronave; 13%: Clima; 7%: Outros; 5%: Controle de tráfego aéreo; 3%: Manutenção.
do aeroporto, quando o avião inicia sua descida com a aproximação dos prédios ao redor. Esta
espécie de medo ou receio que atinge grande parte dos passageiros nessas ocasiões do voo não
é injustificável.
“As fases mais críticas de um voo são a aproximação para aterrissar e a decolagem”
(brigadeiro Pompeu Brasil, 2010). É nesses momentos que a aeronave se encontra mais perto
do chão, sendo assim, fica ainda mais vulnerável panes e problemas em seus equipamentos.
Durante a decolagem, o avião atua com potência máxima, sofrendo uma enorme
pressão em sua estrutura, o avião se encontra com seu maior peso, porque está carregado com
combustível e ainda está adquirindo velocidade para levantar voo, tudo isso torna a sua
margem de sustentação diminuída. Após se erguer do solo, a legislação aérea exige a
capacidade da aeronave voar com seu peso máximo, mesmo perdendo potência de um dos
motores, por um tempo mínimo para que possa tentar ou ao menos realizar um pouso de
emergência.
Aproximação e o pouso são da mesma maneira momentos críticos, pois qualquer que
seja a falha, humana ou mecânica, provavelmente dará início a uma série de erros o que
eventualmente podem ter como fim um acidente fatal. No entanto, acidentes durante o pouso,
não são os que mais causam mortes, de acordo com as análises estatísticas.
No pouso, os problemas que mais ocorrem são referentes às falhas humanas,
principalmente por motivo da tripulação estar sob um momento de demasiada pressão
psicológica, estresse e fadiga, além de terem um tempo de decisão diminuído para realizar
manobras emergenciais.
Um avião ao ultrapassar o limite final da pista e não conseguiu frear, passando dos
limites do asfalto, na maioria das vezes resulta, apenas, em alguns feridos, porém não foi o
que ocorreu com o voo 3054 da TAM, que tinha como rota Porto Alegre São Paulo, em 17 de
julho de 2007, quando transpassou o fim da pista após aterrar em Congonhas e por não existir
uma área de escape suficiente, a aeronave ultrapassou os limites de Congonhas, atravessando
uma avenida de grande fluxo e chocou-se com o terminal de cargas pertencente a TAM, vindo
a explodir e matar todos que estavam a bordo.
Outro fator relevante quando o assunto é a possibilidade de acidentes no
momento de pousar é a questão da meteorologia no local de destino, pois quando as condições
meteorológicas são desfavoráveis, a aeronave não deve decolar, mas caso ela já se encontre
no ar e precisa pousar, mesmo em condições adversas, essa descida em mau tempo eleva a
margem de ocorrer algo negativo.
20
A- DADOS NACIONAIS
Os dados presentes na figura, foram retirados do panorama de acidentes aéreos do
CENIPA, indicam o quantitativo de acidentes aeronáuticos que ocorreram no Brasil de 2006 a
2015. Podemos verificar que neste intervalo de tempo aconteceram 1294 acidentes, tendo
como média anual 130 casos. Notando-se ainda que o maior quantitativo foi de 185
ocorrências, em 2012 e o menor em 2006, com 71 acidentes.
B- DADOS INTERNACIONAIS
Em uma análise feita por Kebabjian (2016), com cerca de 1104 acidentes aéreos
mundiais fatais ocorridos da década de 1960 até a de 2015, encontrada em
Planecrashinfo.com, indicou que as causas dos acidentes e incidentes, nos voos privados
foram as seguintes: 58% Erro do piloto; 17% Falhas estruturais; 6% Clima; 10% Outros erros
humanos, englobando erro do controle de tráfego aéreo, imperícia no carregamento, imperícia
na manutenção, contaminação de combustível, erro de comunicação, etc.; 9% Sabotagem
(bombas, sequestros, abatimentos); 1% Outras causas.
Segundo o Escritório de Registros de Acidentes Aéreos, ocorreram diversos acidentes
aéreos em 2009 tendo como resultado 569 mortes até o período analisado, onde o voo que
desaparecera, da Air France, havia sido o pior até o momento. No transporte aéreo mundial,
havia ocorrido 17.369 acidentes, isso contando com todos os tipos de voo e categorias
possíveis, somando ao todo, 121.870 mortos e 93.624 feridos.
Na mesma análise foi constatado que 5,95% dos acidentes tiveram como a causa
principal o mau tempo e como visto anteriormente sua maior parcela foi ocasionada por erro
humano, totalizando 67,57%; Falhas técnicas, 20,72%. Os acidentes aéreos que ocorreram
durante o voo correspondem a 27,73%, assim como o da Air France, Porém a maior parte
deles, num total de 50,39%, ocorreu no pouso, podendo ser observado que a maioria dos
acidentes aeronáuticos acontece em distâncias menores que 10 quilômetros do ponto de sua
partida, 53,89%.
Superfície de Aproximação Interna devem conter uma borda interna coincidente com a
localização da borda interna da Superfície de Aproximação, mas com extensão própria; duas
laterais originadas da borda interna que se estendem paralelamente ao plano vertical que
contém a linha central da pista de pouso; e uma borda externa paralela à borda interna. Sendo
que o gradiente da Superfície de Aproximação Interna deve ser medido em relação ao plano
vertical que contém o eixo da pista de pouso.
27
decolagem em curva, a Superfície de Decolagem deve ser uma superfície complexa contendo
as normais horizontais a seu eixo e o gradiente de seu eixo deve ser igual ao estabelecido para
uma trajetória de voo de decolagem retilínea.
Havendo necessidade de redução do gradiente especificado na Tabela 5, devido às
características operacionais de aeronaves para as quais a pista é destinada, um ajuste
correspondente deve ser aplicado na extensão da Superfície de Decolagem, de modo a
oferecer proteção a uma altura de trezentos metros.
29
gradiente da Superfície Cônica deve ser medido em relação a um plano vertical perpendicular
ao limite externo da Superfície Horizontal Interna.
quando for constatado pelo DECEA, por intermédio de seus Órgãos Regionais, que este
objeto estará encoberto por outro existente irremovível.
Um objeto existente que ultrapasse as superfícies limitadoras de obstáculos de
aeródromos deve ser removido, exceto quando for constatado pelo DECEA, por intermédio de
seus Órgãos Regionais, que este objeto está encoberto por outro existente irremovível. Um
novo objeto, ou extensão de objeto, bem como um objeto existente, não poderá causar efeito
adverso à segurança e à regularidade das operações aéreas, mesmo que esteja encoberto por
outro existente irremovível.
As superfícies limitadoras de obstáculos de aeródromos aplicáveis às Pistas para
Aproximação por Instrumentos de Precisão são as seguintes Superfície de Aproximação;
Superfície de Decolagem; Superfície de Transição; Superfície Horizontal Interna; Superfície
Cônica; Superfície de Pouso Interrompido; Superfície de Aproximação Interna; e Superfície
de Transição Interna.
As alturas e os gradientes das superfícies não devem ser maiores que os especificados
nas Tabelas 3, 4 e 5, assim como suas outras dimensões não devem ser menores que aquelas
especificadas nas mesmas tabelas, exceto no caso da seção horizontal da Superfície de
Aproximação. A Superfície de Aproximação deve ser horizontal a partir do ponto em que o
gradiente de 2,5% interceptar o plano horizontal 150 m acima da elevação da cabeceira, ou o
plano horizontal que passa pelo topo de qualquer objeto que define a altitude/altura livre de
obstáculos (OCA/H), o que for mais alto. Objetos fixos não devem ser permitidos se
ultrapassarem as Superfícies de Aproximação Interna, Transição Interna ou Pouso
Interrompido, exceto os auxílios à navegação aérea frangíveis que, para desempenharem sua
função, devam estar localizados na faixa de pista. Objetos móveis não devem ser permitidos
se ultrapassarem as superfícies citadas no parágrafo terceiro deste artigo durante o uso da
pista para pouso.
Um novo objeto, ou extensão de objeto, não deve ser permitido se ultrapassar as
superfícies limitadoras de obstáculos de aeródromos, exceto quando for constatado pelo
DECEA, por intermédio de seus Órgãos Regionais, que este objeto estará encoberto por outro
existente irremovível. Um objeto existente que ultrapasse as superfícies limitadoras de
obstáculos de aeródromos deve ser removido, exceto quando for constatado pelo DECEA, por
intermédio de seus Órgãos Regionais, que este objeto está encoberto por outro existente
irremovível. Um novo objeto, ou extensão de objeto, bem como um objeto existente, não
poderá causar efeito adverso à segurança e à regularidade das operações aéreas, mesmo que
esteja encoberto por outro existente irremovível.
35
decolagem abrangem uma região bem maior que imaginado. Indo além do complexo
portuário, grande porção do espaço aéreo vizinho, por onde circulam e residem muitas
pessoas.
Assim, para garantir a segurança das pessoas nos arredores dos aeroportos, bem como
dos passageiros, a legislação aérea brasileira prevê um instrumento de grande importância: o
Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo. Esse plano (PBZPA) estabelece que esta
área é de exclusividade para voos, restringindo a construção de edifícios em alturas que
possam por em risco os seus ocupantes ou impactar a segurança de cada voo. E é por meio da
observação desses planos que se tornam possíveis as visualizações em um mapa
tridimensional sobre o aeroporto, sobre a área e quais os limites observados para o
distanciamento, além de indicar as alturas das edificações da redondeza.
É imprescindível que os administradores dos aeroportos, prefeituras, órgãos de
construção civil, dentre outras organizações, conheçam as Zonas de Proteção de Aeródromos
referentes às suas localidades de atuação. Isso, para garantir a segurança e a viabilidade de
seus projetos de construção civil – inclusive, para prevenção contras as punições previstas por
lei – e, sobretudo, de toda a população que mora, trabalha e transita pelas vizinhanças dos
aeroportos.
É uma área de relevância e grandes riscos, sendo assim devem existir restrições e
delimitações quanto uso do solo ao redor de um aeródromo, com objetivo de preservar a
segurança das atividades aéreas. Logo todos temos que conhecer a ZPA, já que por mais que
não tenhamos a intenção de construir um aeródromo, algum dia podemos comprar algum
imóvel próximo a um deles, isso porque a segurança aérea não atinge apenas aqueles que
estão dentro da aeronave, se estendendo a todos. Desta forma todos os que possuem ou podem
vira possuir bens permanentes ou temporários em zona de proteção devem ter conhecimento
das restrições previstas na Portaria n° 256 GC5 com a finalidade de não ameaçar à navegação
aérea.
O Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos (PBZPA) estabelece as restrições
direcionadas às implantações que venham afetar negativamente as operações aéreas e sua
segurança. Ela estabelece também o Plano Básico de Zona de Proteção de Helipontos, Plano
Básico de Gerenciamento de Risco Aviário, o Plano Específico de Zona de Proteção de
Aeródromos, entre outros. Já o Plano Básico de Zoneamento contra o Ruído se encontra no
RBAC 161/2011 revogando a Portaria 1141/87.
São áreas invioláveis, não existe o caso de consultar ao COMAR, nem por meios de
processos. Existem equipamentos que atuam com difusão de ondas rádio, sendo assim um
impedimento na propagação delas por obstáculos entre as ondas e a aeronave pode influenciar
no funcionamento pela interrupção da transmissão e recepção do sinal.
37
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O acidente faz parte da atividade aérea e não pode ser eliminada totalmente, pois
sempre haverá algum fator contribuinte, variação climática repentina, ou diversos outros
motivos que venham a poder concorrer para um sinistro. Diversos motivos podem influenciar
externamente também para que fins desagradáveis venham a ocorrer, mas para boa parte
destes, existem justamente legislações e regulamentos que visam impedir, postergar e prevenir
que voltem a ocorrer.
No Brasil ainda não possuímos as melhores especificações e restrições, além do baixo
cumprimento delas pela falta de fiscalização ou por estas serem mais recentes que as
edificações e os aeródromos, desta forma, dificultando o estrito cumprimento das normas, por
não poder lesar os cidadãos.
A falta de conhecimento e da busca por este, leva a muitos envolvidos com o meio
aeronáutico desconhecerem os reais motivos ou as especificações por trás das regras deste
38
ramo, sendo necessário sempre que constatado um problema, seu estudo e a busca por meios
de finda-lo ou diminuí-lo ao máximo já que nem sempre é possível erradicar todos os riscos.
O PBZPA é apenas um dentre tantos regulamentos que visam prevenir acidentes ou
incidentes em decorrência de estruturas ou que tem como finalidade diminuir as chances de
ocorrências nos momentos tão complicados como o pouso ou decolagem, porém ela é
essencial para salvaguardar as operações aéreas em torno dos aeródromos como foi visto
durante este trabalho.
O numero de Acidentes e incidentes, no Brasil, deve ser diminuído com a finalidade
de chegar aos índices mínimos mundiais, tendo em vista a diferença nítida entre nossa nação e
outras, com a aviação mais evoluída.
O Brasil está avançando e muito na questão de gerenciamento de riscos e na
atualização da regulamentação aérea, para os aeródromos, as tripulações e as aeronaves, dessa
forma, melhorando a qualidade de vida, com um transporte melhor e mais confiável para o
cidadão, e aumentando o nível de segurança das operações aéreas e o estudo, a experiência e o
conhecimento são o melhor caminho para se alcançar a melhoria necessária, não somente na
aviação, mas como em todas as áreas da vida.
5 REFERÊNCIAS
ALVEGA. Entrevista com Ivan Sant'Anna: Autor do livro perda total. 14/08/2011. Disponível
em: <http://www.voovirtual.com/t11153-entrevista-com-ivan-sant-anna-vencedores>. Acesso
em: 03 set. 2016.
BRASIL. ANAC. A Segurança de Voo no Sistema de Aviação Civil. Disponível em: <http://
www2.anac.gov.br/segVoo/historico.asp>. Acesso em: 08 ago. 2016.
G1, Brasília. Balanço da PRF aponta queda nos acidentes nas rodovias no fim de ano: Foram
756 acidentes a menos que em 2012, segundo dados da PRF. Número de mortes também foi
menor do que o registrado ano passado. 02/01/2014. Disponível em:
<http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/01/acidentes-nas-rodovias-federais-caem-nos-
feriados-de-fim-de-ano.html>. Acesso em: 14 ago. 2016.
40
GARCIA, Carolina. Acidentes aéreos mataram 3,5 mil no Brasil. 2013. Disponível em:
<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-12-03/acidentes-aereos-mataram-35-mil-no-
brasil.html>. Acesso em: 11 set. 2016.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Disponível em:
<http://www.academia.edu/4405328/GIL_Antonio_Carlos_COMO_ELABORAR_PROJETO
S_DE_PESQUISA_Copia>. Acesso em: 06 set. 2016.
GRAY, Carroll. Percy Sinclair Pilcher: 1866 - 1899. 2013. Disponível em:
<http://www.flyingmachines.org/pilc.html>. Acesso em: 18 set. 2016.
LEE, Jennifer Compton. Lt. Thomas Etholen Selfridge. 2012. Disponível em:
<http://archive.is/20120717062016/http://www.af.mil/information/heritage/person.asp?dec=E
arly_Years&pid=123020185#selection-459.0-459.29>. Acesso em: 22 out. 2016.
PINTO, Leandro Meireles. Decolagem e pouso são as fases mais perigosas do voo: Nessas
fases, a tripulação está sob forte estresse e tem menos tempo de decisão para manobras de
emergência. 16/07/2010. Disponível em:
<http://ultimosegundo.ig.com.br/desastresaereos/decolagem-e-pouso-sao-as-fases-mais-
perigosas-do-voo/n1237717482604.html>. Acesso em: 28 ago. 2016.
RAUEN, Fábio José. Roteiros de investigação científica. Tubarão: Ed. UNISUL, 2002.
41
ROSENBERG, Jennifer. The First Fatal Airplane Crash: The 1908 Crash That Almost Killed
Orville Wright and Did Kill One Other. 2016. Disponível em:
<http://history1900s.about.com/od/1900s/a/firstcrash.htm>. Acesso em: 24 set. 2016.
WELLE, Deutsche. 1896: Último voo do inventor Otto Lilienthal. 2016. Disponível em:
<https://noticias.terra.com.br/1896-ultimo-voo-do-inventor-otto-
lilienthal,3571d55d4ff8c5f2c6f6fdfb2926218b1w2raw0o.html>. Acesso em: 18 set. 2016.
42
CLÁUSULA PRIMEIRA
O objeto do presente Contrato é a cessão total da obra, a título gratuito, para reprodução, distribuição e disponibilização, pela
FUNDAÇÃO UNISUL, em qualquer forma ou meio existente podendo para tanto, utilizá-la junto à internet, jornais e todos
os meios de comunicação e mídia, públicos ou privados.
Parágrafo Primeiro. A UNISUL poderá disponibilizar a obra no todo ou em partes, para fins didáticos, desde que não altere
seu conteúdo.
Parágrafo Segundo. A presente cessão é feita para todos os países, em língua portuguesa ou tradução, a critério da
FUNDAÇÃO UNISUL.
CLÁUSULA SEGUNDA
O AUTOR declara que a obra, objeto deste Termo é de sua autoria, responsabilizando-se pelo seu conteúdo e forma, citações,
referências e demais elementos que a integram, sendo entregue no ato da assinatura do presente com todo seu conteúdo
textual já revisado gramaticalmente e metodologicamente. Desta forma, quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais
concernentes ao conteúdo serão de sua responsabilidade.
CLÁUSULA TERCEIRA
O AUTOR compromete-se a responder por todos e quaisquer danos causados direta ou indiretamente à FUNDAÇÃO
UNISUL e a terceiros, em decorrência da violação de quaisquer direitos, inclusive de propriedade intelectual, devendo o
AUTOR se sub-rogar em toda e qualquer obrigação ou ônus opostos em face desta.
Parágrafo Primeiro. O AUTOR responsabiliza-se pessoalmente pelo ineditismo da obra, exonerando a FUNDAÇÃO
UNISUL de toda e qualquer responsabilidade por eventuais cópias ou plágios, sendo dever do AUTOR indenizar a
FUNDAÇÃO UNISUL caso esta seja prejudicada por medidas judiciais ou extrajudiciais relacionadas ao conteúdo.
Parágrafo Segundo. O AUTOR responde civil e penalmente por qualquer reclamação de terceiros em relação à autoria do
trabalho elaborado.
CLÁUSULA QUARTA
O AUTOR, nos termos do art. 49 e os seguintes da Lei 9.610, cede à obra objeto deste Termo em caráter definitivo e sem
limite de tempo, pelo AUTOR, seus herdeiros e sucessores.
CLÁUSULA QUINTA
Os originais serão entregues prontos e acabados pelo meio ou na forma que a FUNDAÇÃO UNISUL indicar.
CLÁUSULA SEXTA
A CESSÃO aqui pactuada é realizada a título gratuito, uma vez que a FUNDAÇÃO UNISUL também disponibiliza em
qualquer forma ou meio a obra gratuitamente.
CLÁUSULA SÉTIMA
As partes elegem o foro da comarca de Tubarão/SC e renunciam a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
E por estarem assim justos e acertados, firmam o presente em duas vias de igual teor para que surta seus jurídicos efeitos.
Assinatura do Autor
___________________________________
Assinatura da Fundação Unisul