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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
I DE
AVM FACULDADE INTEGRADA
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ID
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PR
Naval.
M
CU
DO
Orientador:
Rio de Janeiro
2013
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
RESUMO
A indústria da construção naval no país ressurgiu após anos de desativação. As
novas descobertas de petróleo e do pré-sal impulsionam o setor, pois grandes
empresas de navegação e exploração se preparam para competir nesse mercado. Para
atender demandas cada vez maiores, os Estaleiros aceleram a produção e com isso
alguns riscos no processo também aumentam, principalmente nas interfaces realizadas
pelo sistema de transporte e movimentação de cargas. Neste cenário crescente verifica-
se que as questões de segurança são cada vez mais necessárias para que se possa
garantir a efetivação dos processos de produção, de qualidade e principalmente de
segurança dos trabalhadores evolvidos nas atividades. Nesse sentido o presente
trabalho trata da visão atual do Sistema de Transporte e Movimentação de Cargas de
um Estaleiro de grande porte que produz embarcações de apoio às plataformas,
buscando a partir daí o desenvolvimento de uma gestão de segurança eficiente para o
sistema.
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METODOLOGIA
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11
CAPÍTULO I – O PROBLEMA ....................................................................................... 12
1.1 Formulação da situação problema ........................................................................ 12
1.2 Objetivo ................................................................................................................. 13
1.2.1 Geral ..................................................................................................................... 13
1.2.2 Específico .............................................................................................................. 13
1.3. Delimitação do estudo ........................................................................................... 13
1.4. Importância do estudo ........................................................................................... 14
1.5. Questões do Estudo .............................................................................................. 14
1.6. Organização do estudo ......................................................................................... 15
CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA ................................................................. 16
2.1 Norma Regulamentadora 11 ................................................................................. 16
2.2 Norma Regulamentadora 18 ................................................................................. 17
2.3 Norma Recomendativa - NBR ............................................................................... 19
2.4 Norma Internacional - LOLER ............................................................................... 20
CAPÍTULO III - ESTUDO DE CASO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................. 26
3.1 O Estaleiro............................................................................................................. 26
3.2 Processo e Produto ............................................................................................... 27
3.3 O Sistema de Transporte e Movimentação de Carga ........................................... 32
3.3.1 Equipamentos ....................................................................................................... 33
3.4 Pontos Críticos Identificados de Interface de Riscos ............................................ 34
3.4.1 Pré-Montagem....................................................................................................... 34
3.4.2 Montagem e Edificação ......................................................................................... 37
3.4.3 Acabamento .......................................................................................................... 45
3.5 Analise Critica do Sistema Existentes ................................................................... 48
3.5.1 Análise dos Principais Acidentes Ocorridos no Processo ..................................... 48
3.5.2 Visita a Outros Estaleiros ...................................................................................... 55
3.5.3 Proposta de Plano de Ação para Mitigar os Riscos do Sistema............................ 56
3.6 Analise Critica do Estudo ...................................................................................... 60
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 63
Considerações Finais ..................................................................................................... 63
Considerações sobre questões ...................................................................................... 64
Sugestões de trabalho futuro ......................................................................................... 65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 66
ANEXOS ........................................................................................................................ 68
Anexo I – Plano de Içamento ......................................................................................... 68
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
O PROBLEMA
1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
O projeto tem como objetivo geral o desenvolvimento de uma análise crítica do
sistema de segurança da movimentação de carga de um Estaleiro da construção naval.
1.2.2 Específico
Como objetivos específicos serão efetuados:
CAPÍTULO II
REVISÃO DA LITERATURA
Além disso, o item 18.14.24 trata de algumas questões relativos as Gruas, que
são muito utilizadas na construção civil e também na construção naval. O tratamento
dado pela norma abrange aspectos de operação e técnicos, como:
As NBR 6327, 10014, 11900, 13541, 13542, 13543, 13544, 13545 trazem
especificações técnicas relativas aos acessórios dos sistemas, bem como a utilização e
manuseio:
Além disso, existem as NBR específicas, que podem ser utilizadas para realização do
planejamento das manobras e especificação dos equipamentos, tais como:
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Esse regulamento tem por objetivo reduzir os riscos para a saúde das pessoas,
elevando a segurança na operação e nas manobras com equipamentos de elevação.
Essa regulamentação exige que os equipamentos de elevação fornecidos para uso no
trabalho sejam:
a) Aplicação
(b) cada parte de uma carga e qualquer coisa ligada a ela sendo utilizado no
levantamento é de resistência adequada.
b) Elevação de Pessoas
c) Posicionamento e Instalação
d) Marcação de Elevação
(iv) cada vez que as circunstâncias excepcionais que possam pôr em perigo a
segurança do equipamento de elevação ocorreu;
g) Relatórios e Defeitos
(1) Uma pessoa que faz um exame completo para um empregador, deve:
(b) logo que seja possível fazer um relatório de análise aprofundada, por escrito,
autenticados por ele;
(c), enviar uma cópia do relatório com maior brevidade possível a autoridade de
execução quando na sua opinião, for constatado um defeito no equipamento de
elevação que envolvam um risco real ou iminente;
(b) logo que seja possível fazer um registro da inspeção por escrito.
(3) Todo empregador que tenha sido informado deve garantir que os aparelhos
de elevação não sejam utilizados antes do defeito ser corrigido;
Mesmo sendo uma norma internacional a mesma pode ser utilizada como
referência para a composição de procedimentos internos de trabalho. As companhias
seguradoras internacionais de projetos e construção das indústrias no Brasil utilizam
esse regulamento como referência para identificar garantias de segurança da obra com
relação à movimentação de carga, mediante os requisitos da LOLER, em particular as
inspeções periódicas de acessórios, que pode ser bem controlada com a
implementação do código de cores, assegurando a rastreabilidade do processo.
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A LOLER pode ser resumida como uma norma que exige o necessário, ou seja,
a utilização de equipamentos estáveis, posicionados e instalados adequadamente, para
serem utilizadas em operações planejadas e organizadas, mantendo as inspeções e
exames minuciosos, tanto para os equipamentos quanto para os acessórios, e com isso
atingindo o objetivo, que é garantir segurança aos trabalhadores que atuam no Sistema
de Movimentação e Transporte de Cargas.
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CAPÍTULO III
3.1 O Estaleiro
17.TESTES E PROVAS DE CAIS & MAR ü Teste hidrostático das redes, teste de
(A Bordo da Embarcação) funcionamento dos equipamentos e
prova de mar.
3.3.1 Equipamentos
O sistema de transporte e movimentação de carga compreende essencialmente três
tipos de equipamentos, que operam realizando serviços em altura: Ponte Rolante,
Guindaste da Base/Carreira e a Grua do cais de acabamento.
a) Ponte Rolante
As atividades realizadas com ponte rolantes são comandadas e operadas pelos
funcionários do setor, ou seja, ao todo são 06 pontes rolantes, sendo 04 no galpão de
pré-montagem e 02 no galpão de tubulação, todas operadas pelos próprios
trabalhadores do local. A ausência de uma equipe específica para operação desse
equipamento faz com que todos os funcionários desse setor tenham acesso a
operabilidade do equipamento.
b) Guindaste Base / Carreira
Entre a Base de Montagem e a Carreira (área de edificação da embarcação),
situa-se um Guindaste, sobre trilhos, que têm um SWL de 60 toneladas. As atividades
realizadas com esse equipamento objetivam interligar os processos realizados na
primeira área com a segunda, ou seja, as manobras realizadas com o equipamento
fazem a interface entre as fases Base e da Carreira. Para realização dessas atividades
há uma equipe, denominada equipe de transporte, que possuem um Mestre de
Manobras, profissionais de transporte (Guindasteiros e Rigges) e praticantes de
transporte.
c) Grua – Cais de Acabamento
No cais de acabamento há uma Grua, sobre trilhos, que têm um SWL de 20
toneladas. As atividades realizadas com esse equipamento objetivam atender as
embarcações em acabamento / reparo no cais. Há uma equipe específica constituída
para operacionalizar as manobras e o comando das operações que é chefiado pelo
mesmo Contramestre do Guindaste da Base/Carreira. Como o Contramestre, em
função das atividades da Base/Carreira, não consegue estar no cais de acabamento
para realizar o comando das operações, as manobras ali realizada são comandadas
34
por um dos profissionais estabelecidos naquele local, sem ter na empresa essa
atividade constituída.
3.4 Pontos Críticos Identificados de Interfaces de Risco
3.4.1 Pré-montagem
O inicio do processo de produção do Estaleiro é a pré-montagem de blocos,
realizadas nas oficinas de pré-montagem e tratamento. Esse processo depende do
funcionamento das Pontes rolantes, para que as peças possam ser transportadas e
preparadas para a montagem.
A interface desse processo com a próxima fase, que é a montagem dos blocos, é
essencial para a continuidade da produção, tendo as pontes rolantes como
equipamentos essenciais para efetivação do processo.
Dentro do acompanhamento e observações realizadas, verificamos que um dos
pontos críticos desse processo são pertinentes a conservação e manutenção das
Pontes rolantes, ou seja, prováveis incidentes e acidentes se potencializam pelo estado
dos equipamentos.
Em inspeção visual realizada em 07 de agosto de 2013 verificamos algumas
inconformidades na oficina de tubulação e no galpão de pré-montagem com relação às
pontes rolantes, conforme listadas a seguir:
Observações gerais
ü Os comandos das pontes estão invertidos, ou seja, não estão
padronizados com a mesma operabilidade, o que pode levar o operador a
realizar uma manobra errada, provocando acidente.
ü Há um cabo de 440 V atravessando todo o galpão. Esse cabo está
exposto, passando pela parede e pelo chão, com grande risco de ruptura,
podendo ocasionar acidentes ao içar e descer as cargas;
ü Verificado também cabos de aço desfiados, impróprios para o uso,
depositados nas extremidades do galpão;
ü Há uma balança com sinais de oxidação, necessitando de inspeção nos
pontos de solda.
b) Na inspeção realizada na Oficina de Tubulação, verificamos que:
Ponte 05 – SWL 05 t
ü Não há sinalização sonora;
ü A botoeira está com o comando (botões) desgastado;
ü Mecanismos agarrando ao movimentar a ponte rolante;
ü Não há trava do gancho;
ü Cabo de aço com princípio de desfiamento.
Ponte 06 – SWL 05 t
ü Está parada, sem funcionamento;
ü Cabos partidos;
ü Não há trava do gancho;
Observamos também que os comandos das pontes estão invertidos, ou seja, não
estão padronizados com a mesma operabilidade, o que pode levar o operador a realizar
uma manobra errada, provocando acidente.
c) Itens de verificação geral:
ü * Não há controle de inspeção (código de cores);
ü Não há rastreabilidade dos acessórios utilizados;
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* A LOLER estabelece que todos os componentes devem ser inspecionados visualmente a cada seis ou
doze meses;
a) Base de Montagem
A base é a área onde se realiza a montagem dos grandes blocos. Utiliza-se do
processo de soldagem, ponteamento, corte e a montagem de blocos.
Após a conclusão dos processos da montagem dos blocos, a equipe de
transporte é acionada para realização da movimentação e transporte dessas peças até
a carreira para edificação.
registro desse teste é guardado pelo setor de qualidade do Estaleiro, responsável pela
realização. Não um procedimento para essa atividade, ou seja, quem solicita o teste
geralmente é o setor de Segurança do Trabalho.
c) Carreira
próximos a manobra para assisti-la. Os trabalhadores ficam expostos aos riscos, talvez
sem consciência da criticidade da operação e das conseqüências de uma possível
falha.
3.4.3 Acabamento
• comissionamento de bordo;
• acabamento de interno;
A aceleração da produção nesta fase é fator que faz com que a utilização da
Grua seja muito freqüente, ou seja, cerca de duas vezes maior do que é utilização do
Guindaste na base e carreira. No entanto um ponto a se considerar é o tipo de carga,
ou seja, no cais as cargas são menores e mais leves do que os blocos movimentados
na edificação.
Nesta etapa o risco é considerado maior pela freqüência das operações e pela
quantidade de pessoas embarcadas, ou seja, no próprio convés principal da
embarcação, no momento do transporte das cargas, há dezenas de pessoas realizando
atividades paralelas.
A equipe de transporte é única no controle dos serviços e toda a parte de
sinalização utiliza apitos para alertar de forma sonora as cargas suspensas
movimentadas.
Verificamos que no cais de acabamento há algumas falhas nos serviços de
transporte e movimentação de cargas, tais como:
a) Ponte rolante
Na área das Pontes Rolantes ocorreu 01 (um) evento indesejável:
Figura 12 – Ponte Rolante (Adaptada, MENDONÇA, 2013). Figura 13 – Peça do freio (Adaptada,
MENDONÇA, 2013).
b) Guindaste
Na área do Guindaste Base/Carreira ocorreram 2 (dois) eventos indesejáveis:
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c) Grua
Na área da Grua do Cais ocorreram 2 (dois) eventos indesejáveis:
ü Obstrução trajeto Grua 20 toneladas
Houve um incêndio na rede de gases do cais de acabamento das embarcações.
Esse fato ocorreu, pois um galão de sucata, com sobra de tubos do setor de
instrumentação, foi deixado no trajeto da Grua do cais de acabamento.
Ao movimentar a Grua (Guindaste) sobre o trilho não foi observado os materiais
obstruindo o trajeto e com isso parte dos tubos foram arrastados sobre a rede de gases,
ocasionando o rompimento dos mangotes e gerando um principio de incêndio.
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O fogo foi controlado, mas a rede de gás, o cabo elétrico e o disjuntor da grua
foram avariados. O trajeto da grua está sinalizado, mas a deposição incorreta da dos
materiais causaram o acidente, que provocou conseqüências no funcionamento do
equipamento e na rede de gás.
A conseqüência gerada pelo acidente foram apenas materiais: Disjuntor
quebrado, cabos queimados, guia do cabo danificado e 6 extintores utilizados (CO2,
PQS). No entanto, o Incêndio poderia tomar uma proporção maior, podendo ocasionar
acidente com gravidade envolvendo os trabalhadores do estaleiro.
Nesse fato ocorrido verificamos novamente falha na organização industrial, ou
seja, deposição de materiais em locais inadequados.
Não houve conseqüências maiores, pois não havia nenhum trabalhador a uma
distância da carga que pudesse ser atingido.
Figura 21 - Código de Cores Estaleiro em Angra dos Reis Figura 22 – Código de Cores Estaleiro em Niterói
As duas últimas interrogativas “como e quanto” não serão alvos desse plano de
ação inicial, pois poderão ser definidas posteriormente pela estrutura gerencial do
Estaleiro. O plano de ação proposto para o Estaleiro está descrito a seguir:
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Necessário realizar
* Inspecionar e realizar manutenção Base / Carreira
9 Gerência de Manutenção Imediato inspeção completa no
do Guindaste Base/Carreira; (Guindaste)
Guindaste.
O Responsável da
* Definir um responsável exclusivo
Cais de maio/12 Base/Carreira também é o
(Encarregado/Contramestre) pela
15 Gerência de Estrutura Acabamento (máximo 2 meses responsável pelo Cais, no
movimentação de carga no cais de
(Grua) até a definição) entanto, não consegue das
acabamento;
duas áreas.
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Falta a figura de um
Supervisor, como existe
nas outras áreas, para
Realizar revisão do dimensionamento programar e controlar as
Área industrial do 1º semestre de
19 da equipe de transporte, incluindo um Gerência de Estrutura atividades.
Estaleiro 2014
supervisor para a atividade. Oportunidade para
dimensionar a(s) equipe(s)
conforme a realidade atual
da produção.
Tabela 2 – Plano de Ação (Adaptada, MENDONÇA, 2013).
A visão que empresa deverá adotar para ir além do plano de ação proposto e
manter o sistema adequado para sustentar a aceleração do processo de produção,
deverá contemplar o plano de manutenção preventiva dos equipamentos e um
programa de treinamento para os trabalhadores envolvidos nas manobras.
A adoção de tais medidas para consolidar o plano de manutenção trará com isso
o controle e a sustentação necessária para garantir robustez aos pontos do sistema.
CONCLUSÃO
Considerações Finais
Na analise realizada, pudemos descrever o atual sistema e com isso fazer uma
revisão geral, proporcionando a visualização das interfaces de risco e a identificação
dos pontos críticos. A partir da identificação desses pontos, pudemos também
pesquisar as melhores formas de atuação para a correção, listando assim as
recomendações em uma proposta de plano de ação para a empresa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
________________.
NBR 8400:1984: Cálculo de Equipamento para levantamento e
movimentação de cargas, Rio de Janeiro, 1984.
________________.
NBR 10014:1987: Moitão e cadernal de aço para movimentação de
carga em embarcações, Rio de Janeiro, 1987.
HSE. The lifting operations and lifting equipment regulations 1998. Disponível em:
< www.hse.gov.uk>. Acesso em: 11 de setembro de 2013.
________________.
Norma Regulamentadora Nº 18. Disponível em: <www.mte.gov.br>.
Acesso em: 25 de setembro de 2013.
________________.
Norma Regulamentadora Nº 11. Disponível em: <www.mte.gov.br>.
Acesso em: 25 de setembro de 2013.
________________.
Norma Regulamentadora Nº 26. Disponível em: <www.mte.gov.br>.
Acesso em: 25 de setembro de 2013.
ANEXOS
Anexo I – Plano de Içamento