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Quais são os requisitos básicos para trabalhar em plataformas de petróleo?

➢ Curso básico de segurança de plataforma (CBSP)

Também conhecido como Curso de Salvatagem, o curso é obrigatório para todos os


profissionais que trabalham embarcados. Aborda questões como sobrevivência no
mar, segurança ao permanecer embarcado em alto-mar e combate a incêndio.

➢ Treinamento de escape de aeronave submersa (HUET)

Também conhecido pelo nome em inglês Helicopter Underwater Escape Training


(HUET), o treinamento aborda os procedimentos básicos de segurança necessários
em caso de acidente envolvendo o helicóptero que transporta os profissionais para a
plataforma. Ou seja, é o procedimento de segurança para fuga de helicópteros em
caso de acidentes.

➢ Curso técnico em mecânica

Trata-se de um curso que capacita o profissional a trabalhar na elaboração de projetos


mecânicos e na manutenção de máquinas, o que inclui usinagem de peças e reparos
em equipamentos. Essa formação é um grande diferencial para quem deseja trabalhar
em plataformas offshore.

➢ Curso de plataformista

O objetivo do curso é preparar o profissional para manusear acessórios e materiais em


plataformas petrolíferas, bem como para montar e desmontar equipamentos em
harmonia com as normas de segurança, saúde, qualidade, respeito ao meio ambiente
e responsabilidade social.
➢ Curso de torrista

Torrista é o profissional que trabalha na perfuração de poços, sendo responsável pelas


manobras em colunas e operação de bombas. Ele também participa das sondagens,
orienta os plataformistas e acompanha o técnico químico durante a aplicação de
aditivos nos fluidos de perfuração. O curso de torrista visa capacitar o profissional a
desempenhar todas essas funções, que envolvem, inclusive, espírito de liderança e
capacidade de coordenar o trabalho de uma equipe.

➢ Língua estrangeira

Ter conhecimento de mais de uma língua não é requisito desejável, é obrigatório. Isso
porque vários profissionais de qualquer país estarão embarcados com você. Sem
contar que obter boa fluência no outro idioma pode influenciar em até 30% do seu
salário. Além disso tudo, é coerente que o funcionário tenha alguma formação
relacionada à marinha.

Qual seria sua maior dificuldade para realizar atividade nessa área?

Me adaptar a estar longe da família e amigos em datas importantes. Me adaptar ao


revezamento diurno e noturno. Trabalhar em alto mar embarcado, principalmente em
dias de temporal. E trabalhar em ambiente confinado.

Diferencie com suas palavras, OFF SHORE, ON SHORE.

OFF SHORE: Esta modalidade diz respeito àqueles negócios que são estabelecidos
externamente, em algum destino internacional. Isso acontece por benefícios fiscais,
como impostos menores ou inexistentes sobre a atividade realizada.

ON SHORE: Esta modalidade de empresa envolve aquelas que possuem seu negócio
dentro do território do seu país origem, ou seja, “em terra” ou “na costa”.
Consequentemente, as obrigações fiscais e jurídicas da empresa em questão são
regidas pelas normas internas do país de sua origem.

O que é indústria da construção e reparação naval no nosso contexto de


BRASIL?

A indústria de construção naval no Brasil é muito antiga, vinda dos tempos remotos
coloniais. Já teve seus dias de glória, período em que os portugueses transformaram a
empírica “marinharia medieval” numa ciência que permitia navegar com relativa
segurança em qualquer parte do mundo.

A posição geográfica e estratégica do Brasil em relação à rota da Índia e a grande


disponibilidade de madeira de boa qualidade foram os ingredientes necessários para a
instalação de estaleiros tanto para reparação em embarcações como para projeto e
construção de vários outros.
As primeiras embarcações de tipo europeu construídas foram dois Bergantis feitos no
Rio de Janeiro, em 1531.
O mais importante, e que continuou sendo até meados do Século XIX, foi o Arsenal da
Marinha da Bahia, em Salvador, fundado por Thomé de Souza. Ao instalar o Governo
Geral, em 1549, trouxe de Portugal um grupo de artífices especializados que incluía
um mestre de construção, carpinteiros, calafates (calafetadores) e um ferreiro. Lá,
foram construídos dezenas de navios, inclusive grandes naus que eram os maiores
navios de guerra do seu tempo.

O primeiro estaleiro estabelecido foi o da Ribeira das Naus, ao final do século XVI,
também na Bahia, durante o governo de D. Francisco de Souza.

A construção naval no Brasil beneficiou-se consideravelmente pela padronização


estabelecida pela Junta das Fábricas da Ribeira (estaleiro de Lisboa), que estabelecia
proporções e regras simples facilitando o projeto de peças dos mais variados tipos de
embarcação.

Em 1666, surge na ilha do Governador uma Fábrica de Fragatas, situada na ponta do


Galeão. Nela foi construída a nau Padre Eterno, por volta de 1670, tida como o maior
navio existente no mundo. Crescia a indústria naval brasileira com estaleiros
particulares, como o que existia em 1711, em Cananéia e no Rio de Janeiro.

Na transferência da capital federal da Bahia para o sudeste, cria-se em 1763, o


Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro até hoje existente, e cuja primeira construção foi
a nau S. Sebastião, de 1767, responsável pelo considerável impulso à construção
naval. Outros Arsenais da Marinha foram organizados pelo governo português no
litoral brasileiro, em Recife e Belém.

A partir de 1840, foi contínua e notável a ampliação e modernização do Arsenal do


Rio, com a implantação de novas oficinas e com a vinda dos primeiros brasileiros com
curso formal de engenharia naval na Europa, destacando-se os nomes de Napoleão
Level, Trajano de Carvalho e Carlos Braconnot.

O primeiro navio a hélice foi construído em 1852, o primeiro navio encouraçado em


1865, e o primeiro de construção inteiramente metálica em 1883. Em 1890, foi
construído o cruzador Tamandaré, de 4.537 t, navio cujo porte só seria ultrapassado
72 anos depois, em 1962. No início de 1972, duas fragatas foram construídas, a última
lançada ao mar em 1975.

Tratava-se de navios modernos, com complexos e sofisticados sistemas de armas,


máquinas e sensores, cuja construção representou um grande desafio e um enorme
avanço tecnológico. Seguiu-se a construção de corvetas. O maior desafio foi a
construção dos submarinos classe Tupi, de projeto alemão, também no Arsenal da
Marinha, passando o Brasil para o restrito número de países no mundo capaz de
construir submarinos. Nessa época, o Arsenal chegou a atingir um adiantamento
técnico comparável ao que havia nos centros mais avançados da Europa.

A história da construção naval no Brasil continua até 1979 dando início uma grave
crise na indústria naval, persistindo até meses atrás, quando uma nova bandeira
desfraldada vislumbra o início de um novo ciclo.

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