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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE


DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E ENGENHARIA

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu


Engenharia de Segurança do Trabalho

RENATA BONUMÁ SOLDERA

IMPLANTAÇÃO DA NR 33 EM UMA UNIDADE


ARMAZENADORA DE GRÃOS

Ijuí/RS
2012
1

RENATA BONUMÁ SOLDERA

IMPLANTAÇÃO DA NR 33 EM UMA UNIDADE


ARMAZENADORA DE GRÃOS

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós Graduação


Lato Sensu em Engenharia de Segurança do
Trabalho apresentado como requisito parcial para
obtenção do grau de Engenheiro de Segurança do
Trabalho.

Ijuí
2012
2

FOLHA DE APROVAÇÃO

Monografia defendida e aprovada em sua forma final pelo


professor orientador e pelo membro da banca examinadora

___________________________________________
Professor Orientador Fernando Wypyszynski
Engenheiro de Segurança do Trabalho

Banca Examinadora

___________________________________________
Professora Cristina Possobon
3

RESUMO

Acidentes de trabalho se constituem um problema de saúde pública em todo o mundo, por


serem potencialmente fatais ou incapacitantes e por acometerem, em especial, pessoas jovens
e em idade produtiva, o que acarreta grandes conseqüências sociais e econômicas. O espaço
confinado é definido como um espaço com acessos limitados, ventilação inadequada ou
deficiente e não sendo previstos para presença humana contínua. Esse ambiente possui grande
potencial de risco e está geralmente associado a uma atmosfera perigosa, responsável por
explosões, asfixia ou sufocamento dos colaboradores expostos a estes ambientes. Também há
risco de queda, risco de engolfamento, choque elétrico, dentre outros, diariamente milhares de
pessoas desenvolvem suas atividades em espaços confinados, porém estes recintos que
apresentam múltiplos riscos, em muitos casos são ignorados ocasionando assim os acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho. Os profissionais de segurança e as linhas de supervisão
devem ter conhecimento para reconhecer, avaliar e controlar os riscos inerentes aos trabalhos
em espaços confinados. Os colaboradores devem ter conhecimento dos riscos e serem
treinados pra efetuar as atividades nestes ambientes. O trabalho foi realizado na Fazenda do
Chalé no município de Tupanciretã, e tem como finalidade estabelecer os requisitos mínimos
para identificação de espaços confinados, seu reconhecimento e controle dos riscos existentes,
de forma a garantir a segurança e saúde dos colaboradores. Objetivo é Implantação da NR 33
na Unidade de Armazenamento de Grãos da Fazenda do Chalé.

Palavra-chaves: espaço confinado, acidentes de trabalho, NR33


4

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista aérea da Fazenda do Chalé .............................................................................. 10


Figura 2: Placas de advertência identificando EC .................................................................... 18
Figura 3: Sistemas de resgates em EC ...................................................................................... 24
Figura 4: Moegas e entrada pra moega (BV) ........................................................................... 26
Figura 2: Silo metálico, BV entrada inferior e superior e escada de acesso externa ................ 27
Figura 6: Poço do elevador de expedição ................................................................................. 28
Figura 7: Elevadores 1 e 2, poço do elevador .......................................................................... 28
Figura 8: Silos, túnel e entrada para túnel ao lado do silo 07 ................................................... 29
Figura 9: Elevadores 3 e 4 ........................................................................................................ 29
Figura 10: Captador de poeira das moegas...............................................................................60
Figura 11: Ciclones 01 e 02 da pré-limpeza.............................................................................60
5

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: APR doa moegas ..................................................................................................... 32


Quadro 2: APR do poço do elevador 3 ..................................................................................... 33
Quadro 3: APR dos silos 1,2,3,4,5,6, e 7.................................................................................. 35
Quadro 4: APR dos túnel 01 ..................................................................................................... 37
Quadro 5: APR do poço dos elevadores 3 e 4 .......................................................................... 39
Quadro 6: APR do poço do elevador de expedição .................................................................. 41
Quadro 7: APR dos túnel 2 ....................................................................................................... 43
Quadro 8: APR dos silos metalicoa 1,2,3 e 4 ........................................................................... 45
Quadro 9: Riscos, descrições e consequências ao trabalhador ................................................. 47
Quadro 10: Recomendações de medidas de controle ............................................................... 53
6

LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas


APR : Analise Preliminar de Riscos
ATR: Autorização para Trabalho de Risco
EC: Espaço Confinado
EPC’s: Equipamento de Proteção Coletiva
EPI’s: Equipamento de Proteção Individual
IPVS: Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou a Saúde
NIOSH: Instituto Nacional para Segurança e Saúde Ocupacional
NR: Norma Regulamentar
OSHA: Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho
PET: Permissão de Entrada de Trabalho
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9
1.1 Delimitação do tema ....................................................................................................... 9
1.2 Formulação da questão de estudo ................................................................................... 9
1.3 Justificativas ................................................................................................................... 9
1.4 Objetivos......................................................................................................................... 9
1.4.1. Objetivo geral ........................................................................................................ 9
1.4.2. Objetivos específicos........................................................................................... 10
1.5 Apresentação da empresa.............................................................................................. 10

2. REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 12


2.1 Definição ...................................................................................................................... 12
2.2 Responsabilidades ........................................................................................................ 13
2.3 Riscos em espaços confinados ...................................................................................... 14
2.3.1 Níveis incorretos de oxigênio ............................................................................... 14
2.3.2 Exposição aos agentes .......................................................................................... 15
2.3.3 Explosão e incêndio ............................................................................................. 16
2.3.4 Choques elétricos ................................................................................................. 17
2.3.5 Riscos combinados ............................................................................................... 17
2.4 Identificação e sinalização ............................................................................................ 17
2.5 Avaliação e controle ..................................................................................................... 18

3. MEDIDAS DE SEGURANÇA .......................................................................................... 19


3.1 Responsabilidade .......................................................................................................... 19
3.1.1. Supervisor............................................................................................................ 19
3.1.2. Vigia .................................................................................................................... 19
3.1.3. Trabalhadores autorizados................................................................................... 20
3.2 Permissões de entrada ................................................................................................... 20
3.3 Equipamentos de proteção coletiva .............................................................................. 20
3.4 Equipamentos de proteção individual ........................................................................... 21
3.5 Treinamentos ................................................................................................................ 21
3.6 Equipamentos e instrumentos para medições ............................................................... 22
3.7 Emergências de resgate ................................................................................................. 22

4. MÉTODOS E MATERIAIS .............................................................................................. 25


4.1 Métodos e técnicas utilizadas........................................................................................ 25

5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................. 26


5.1 Descrições dos espaços confinados .............................................................................. 26
5.2 Levantamentos das atividades relacionados aos espaços confinados da empresa ........ 30
5.3 Análises preliminar de risco .......................................................................................... 30
5.4 Levantamentos dos riscos relacionados aos espaços confinados da empresa............... 47
5.5 Elaborações do quadro de recomendações ................................................................... 49
8

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 52

ANEXOS ................................................................................................................................ 53
9

1. INTRODUÇÃO

1.1 Delimitações do tema


A proposta do Trabalho de Conclusão de Curso é fazer um estudo da NR 33, realizar
um levantamento e identificação dos espaços confinados e da análise dos seus riscos, em uma
unidade armazenadora de grãos.

1.2 Formulações da questão de estudo


Com a conclusão deste trabalho a empresa terá subsídios para atender a Norma
Regulamentadora 33, publicada no Diário Oficial da União em 27 de dezembro de 2006.

1.3 Justificativas
Acidentes de trabalho se constituem um problema de saúde pública em todo o mundo,
por serem potencialmente fatais incapacitantes e por acometerem, em especial, pessoas jovens
e em idade produtiva, o que acarreta grandes conseqüências sociais e econômicas.
A Portaria nº 202 foi assinada no dia 22 de dezembro de 2006, pelo Ministro do
Trabalho Luiz Marinho, aprovando a Norma Regulamentadora 33 – Segurança e Saúde nos
Trabalhos em Espaços Confinados. O disposto na Norma Regulamentadora (NR) é de
cumprimento obrigatório pelos empregadores de todas as empresas que possuem locais ou
espaços confinados, inclusive as microempresas e empresas de pequeno porte.
A Lei 6.514/77 do MTb, dispõe que:

Os colaboradores de toda e qualquer empresa, que estejam expostos a agentes


agressivos e/ou riscos de acidentes, em suas atividades laborais diárias, deverão
receber orientação detalhada de quais riscos estão expostos, e as medidas que
deverão toma para evitar acidentes (BRASIL, 1977).

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo geral


Este trabalho tem como finalidade estabelecer os requisitos mínimos para identificação
de espaços confinados, seu reconhecimento e controle dos riscos existentes, de forma a
garantir a segurança e saúde dos colaboradores, em uma unidade armazenadora de grãos.

1.4.2 Objetivos específicos


 Levantamento, identificação e sinalização dos Espaços Confinados;
10

 Estudo e levantamento dos riscos existentes na unidade;


 Levantamento dos equipamentos de medição e resgate para espaço confinado;

1.5 Apresentação da empresa


A empresa está localizada no município de Tupanciretã-RS, situada em uma região
extremamente dependente do setor primário, município este que cultiva principalmente soja e
trigo.
O início das atividades da empresa foi no ano 1977, atuando no negócio de agribusiness
direcionando, sua atenção à pecuária, com a cooperação de apenas três funcionários. Hoje, a
agricultura representa aproximadamente 95% de seu core business (grão industria), por
conseqüência absorve a maior parte dos recursos financeiros, tecnológicos como humanos.
Emprega 11 funcionários fixos e eventualmente serviços terceirizados, como por exemplo
assistência mecânica para manutenção de máquinas. A figura 1 mostra uma vista áreas da
empresa, que tem como razão social é Onésimo Eugênio Soldera, que tem o nome fantasia de
Fazenda do Chalé, localiza-se no distrito do Boqueirão da Palma no município de
Tupanciretã/RS, possui CNAE 01.15-6-00 e grau de risco três.

Figura 1: Mostra a vista aérea da empresa.


11

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Definição
O espaço confinado (EC) define-se como um espaço com acessos limitados, ventilação
inadequada ou deficiente e não sendo previsto para presença humana contínua, representa
sérios riscos à saúde dos trabalhadores que nele precisam penetrar para execução de trabalhos,
rotineiros ou não.
A definição de Espaço confinado de acordo com a NORMATIVA
REGULAMENTADORA Nº 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
Confinados

é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que
possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente
para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento
de oxigênio. (BRASIL, 2009, 656p)

O grande potencial de risco destes locais está geralmente associado a uma atmosfera
perigosa, responsável por explosões, asfixia ou sufocamento dos colaboradores expostos a
estes ambientes, risco de queda, risco de engolfamento, choque elétrico, dentre outros.
Os profissionais de segurança e as linhas de supervisão devem ter conhecimento para
reconhecer, avaliar e controlar os riscos inerentes aos trabalhos em espaços confinados. São
exemplos de espaços confinados: tanques, vasos, reatores, torres, dutos, galerias, caixas de
inspeção, poços, silos, veículos tanques, entre outros.
Segundo o Instituto Nacional para Segurança e Saúde Ocupacional – NIOSH dos
Estados Unidos podemos classificar o espaço confinado em classe A que são aqueles que
apresentam situações que são IPVS, classe B não apresenta perigo para a vida ou a saúde, mas
têm o potencial para causar lesões e classe C onde os riscos existentes são insignificantes, não
requerendo procedimentos ou práticas especiais de trabalho. Veja as definições abaixo:
 Espaços Classe A – aqueles que apresentam situações que são de Atmosfera
Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - IPVS. Estão inclusos espaços que sejam
deficientes de oxigênio e/ou que contenham atmosferas tóxicas ou explosivas. Requerem
procedimentos de resgate com mais de um indivíduo completamente equipado com
equipamento de ar mandado, manutenção de comunicação necessária e um vigia adicional
fora do espaço confinado
 Espaços Classe B – não representam riscos imediatos à vida ou à saúde, no
entanto, têm potencial para causar lesão ou doenças se medidas de proteção não forem
12

tomadas. Demanda de procedimentos de resgate com um indivíduo completamente equipado


com equipamento de ar mandado e visualização indireta ou comunicação freqüente com os
trabalhadores
Espaços Classe C – são aqueles em que qualquer risco é tão insignificante que
nenhuma prática ou procedimento de trabalho seja necessário. Não exige modificações nos
procedimentos de trabalho, os procedimentos de resgate são padrões e comunicação direta
com os trabalhadores, de quem está fora do espaço confinado (NR 33, 2007).

2.2 Responsabilidades
A NR 33 define as responsabilidades que competem ao empregador e ao empregado.
Segundo a Nr 33 cabem ao empregador as seguintes responsabilidades:
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de
forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho;
e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de
controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II da
norma regulamentar;
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores
das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em
conformidade com esta norma regulamentar;
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de
risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada
acesso aos espaços confinados (BRASIL, 2007).
13

E cabem aos trabalhadores a seguintes atribuições:


a) colaborar com a empresa no cumprimento desta norma regulamentar;
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação
aos espaços confinados (BRASIL, 2007).

2.3 Riscos em espaços confinados


Diariamente milhares de pessoas desenvolvem suas atividades em espaços confinados,
porém estes recintos apresentam múltiplos riscos, que em muitos casos são ignorados
ocasionando assim os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Os riscos que podemos relacionas a EC são níveis incorretos de oxigênio, presença de
gases e vapores tóxicos e inflamáveis, exposição aos agentes, explosão e incêndio, choques
elétricos e riscos combinados.

2.3.1 Níveis incorretos de oxigênio


Os níveis de oxigênio na atmosfera situam-se entre 20 e 21% em volume. As normas
da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho - OSHA determinam um mínimo
de 19,5% de oxigênio no ar. Na Europa, esse teor é 19%. No Brasil nossas normas aceitam
18%. O percentual de oxigênio no ar é normal nesses locais, mas há menos oxigênio porque
há menos ar, por isso as pessoas sofrem o problema com suprimento inadequado de oxigênio.
Sente-se dificuldade em respirar a níveis próximos dos 14% e confusões mentais aparecem
aos 12%. Aos 10% há perda de consciência e aos 8% ocorre à morte. (BRASIL, 2007).
Nos espaços confinados os níveis de oxigênio pode baixar, seja pelo seu consumo
lento ou pelo deslocamento causado por outros gases. Trata-se na verdade de riscos bastante
difíceis de serem notados pelos colaboradores, já que o consumo lento pode ocorrer devido a
ação de bactérias aeróbicas (que consomem oxigênio) e liberam gás carbônico ou mesmo pela
oxidação de metais, um caso comum - o enferrujamento de ferro. Já o deslocamento ocorre
pela presença ou uso de gases como nitrogênio, carbônico, argônio e o hélio.
Independente da causa, as conseqüências são similares, ou seja, a presença de uma
atmosfera incapaz de sustentar a vida, em função da baixa concentração de oxigênio. Uma
avaliação criteriosa e responsável é necessária antes da liberação do trabalho no espaço
confinado. Uma pessoa habilitada conhecedora dos procedimentos deve efetuar as medições
14

da concentração de oxigênio utilizando um aparelho como “oxímetro”. Este aparelho deve ser
previamente aferido.

2.3.2 Exposição aos agentes


Os riscos químicos são as contaminações a que o trabalhador esta sujeito quando
exposto aos agentes presentes no processo e que ocupam seu ambiente ocupacional. São os
riscos causados principalmente pela exposição aos agentes emanados do processo de
transformação como: poeiras, fumos, névoas, bastante presentes nos processo de
transformação do grão.
A ocorrência de uma atmosfera perigosa pode ter como causa gases e vapores
remanescentes do material armazenado anteriormente ou em decomposição. Além disso,
mesmo a água ou outros líquidos que por alguma razão estejam presentes nesse espaço podem
absorver ou reagir com o oxigênio do ar, podendo ainda na remoção de lamas ou resíduos
ocorrer a liberação de gases e vapores. Devemos também levar em conta que a própria
operação a ser realizada no local pode conduzir a riscos e perigos, como por exemplo soldas e
cortes a maçarico.
Atividades como de inspeção, manutenção, limpeza e até mesmo a de construção do
espaço confinado são exemplos de atividades onde o trabalhador esta exposto a agentes
químicos. Essas atividades podem envolver solda, corte oxi-gás, radiografia, gamagrafia,
corte com abrasivos, pintura e tratamento mecânico de superfícies (esmerilhamento e
jateamento).
Os riscos físicos são representados pelo ruído, vibração, radiação, pressão e
temperatura anormais e iluminação, explosões.
Devido ao grande número de atividades, que podem ser desenvolvidas em um espaço
confinado, e conseqüentemente a variedade de agentes físicos e químicos gerados, uma
análise detalhada antes do início de qualquer trabalho deve ser providenciada visando
identificar as medições (concentrações e intensidades) e as medidas de controle necessárias.
Também deve ser identificado o tipo de supervisão e os procedimentos para liberação dos
serviços. Os equipamentos de medição que serão usados devem ser confiáveis, ou seja, serem
previamente aferidos.
15

2.3.3 Explosão e incêndio


As unidades armazenadoras de grãos apresentam alto poder de incêndios e explosões,
pois o trabalho destas unidades e receber o produto que geralmente chega de caminhões que
ao descarregar os grãos nas moegas produzem uma nuvem de poeira em condições e
concentração propicia a explosão. Também o acumulo de poeiras no local de trabalho,
depositada nos pisos, elevadores, túneis e transportadores, apresentam um risco de incêndio.
A decomposição de grãos pode gerar vapores inflamáveis, se a umidade do grão for
superior a 20%, poderá gerar metanol, propanol ou butanol. Os gases metano e etano, também
produzidos pela decomposição de grãos, são igualmente inflamáveis e podem gerar explosões.
O incêndio é uma reação química de oxidação rápida e exotérmica, em que há geração
de luz e calor. Os incêndios ocorrem com todas as poeiras combustíveis, no entanto, para que
aconteça é necessário que a quantidade de material combustível seja muito grande, e as partículas,
tenham pouco espaço entre si, impedindo um contato direto e abundante com o oxigênio do ar.
Conforme Serrão, Quelhas e Lima (2003), o incêndio pode ser dividido em quatro
classes para facilitar a aplicação e utilização correta do agente extintor correto para cada tipo
de material combustível:
- Incêndios de classe A – são os que ocorrem em materiais de fácil combustão com a
propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos. Ex.:
madeira, papel, tecidos, fibras, etc.
- Incêndios da classe B – são os que ocorrem em produtos considerados inflamáveis,
que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos. Ex.: óleo, graxas, vernizes,
tintas, gasolina, etc.
- Incêndios da classe C – são os que ocorrem em equipamentos elétricos energizados.
Ex.: motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
- Incêndios da classe D – são os que ocorrem em metais pirofóricos (magnésio,
selênio, antimônio, lítio, cádmio, potássio, zinco, sódio e zircônio).

2.3.4 Choques elétricos


Os perigos proporcionados por fatores elétricos em espaços confinados dependem
diretamente das atividades desenvolvidas. Ambos os fatores podem oferecer riscos como
fonte de ignição ou até mesmo ocasionar acidentes em função do mau estado de conservação.
Atividades como solda elétrica, corte oxi-gás, pintura, esmirilhamento, corte com
abrasivo, entre outros, tem sempre presentes perigos elétricos ou mecânicos. É importante
também mencionar o risco oferecido pela eletricidade estática no processo de ignição, e como
16

medida de proteção mais importante, recomendar o aterramento ou a interligação elétrica das


partes eletricamente condutoras as partes elétricas.
Uma análise dos riscos elétricos deve ser feita com critério e responsabilidade para as
atividades desenvolvidas em espaços confinados.

2.3.5 Riscos combinados


A análise prévia deve identificar todos os riscos decorrentes do trabalho, bem como a
combinação desses riscos. A combinação de riscos pode resultar em outro risco, como
exemplo: um curto circuito pode provocar uma centelha que pode causar uma explosão ou um
incêndio que pode provocar deficiência de oxigênio. Sendo assim, o reconhecimento e
avaliação dos riscos combinados são importantes para determinar as medidas de controle.
Outro risco eminente é o de engolfamento e sufocamento, ou seja, os colaboradores
envolvidos em atividades nestes ambientes correm o risco de serem soterrados ou sugados por
grãos cereais ao realizarem suas atividades em silos e armazéns devido ao deslocamento
destes grãos ou acionamento de máquinas e equipamentos.
Dependendo das atividades a ser realizado no interior dos espaços confinados o
colaborador poderá ficar exposto ainda ao risco ruído, que nestes ambientes ressoa sendo
ainda mais prejudicial aos colaboradores do que em outras condições. Além das questões
abordadas, devemos levar em conta ainda a possibilidade de riscos menos subjetivos, tal como
o contato da pele e olhos com substâncias agressivas, o acionamento acidental de máquinas e
equipamentos que deveriam estar desativados durante a realização dos trabalhos.

2.4 Identificação e sinalização


Os EC devem ser reconhecidos, identificados, cadastrados e isolados para que pessoas
não autorizados e sem treinamento adentrem sem permisão.
Deve existir sinalização (placa de advertência) com informação clara e permanente,
proibindo a entrada de pessoas não autorizadas no interior do espaço confinado, conforme
mostra a figura 2. Quando os trabalhos estiverem paralisados, além da sinalização de
advertência, devem ser previstos dispositivos para impedimento da entrada no espaço
confinado. (NR 33, 2009)
17

Figura 2: Placas de advertência identificando EC.

2.5 Avaliação e controle

Um dos grandes problemas das áreas ou espaços confinados é que nem todas as
pessoas sabem como identificá-los, distinguindo-o dos demais locais de trabalho, e,
principalmente, avaliar o risco envolvido nos trabalhos efetuados neste ambiente. Para o leigo,
trabalhar neste ou naquele lugar não faz muita diferença, principalmente no que diz respeito
aos riscos ali presentes.
A NBR 14787, item 7, diz que para avaliação e reconhecimento de espaços confinados
e seus respectivos riscos deve-se:
• Reconhecer os espaços confinados existentes, cadastrando-os e sinalizando-os.
• Restringir o acesso a todo e qualquer espaço que possa propiciar risco à integridade
física e à vida.
• Garantir a divulgação da localização e da proibição de entrada em espaço confinado
para todos os funcionários não autorizados.
• Designar as pessoas que têm obrigações ativas nas operações de entrada, identificando
os deveres de cada trabalhador, e providenciar o treinamento requerido.
• Testar as condições nos espaços confinados para determinar se as condições de entrada
são seguras. Monitorar continuamente as áreas onde os trabalhadores autorizados
estiverem operando (ABNT, 2001).
Portanto, deve-se antecipar e reconhecer os riscos em espaços confinados para se
proceder a avaliação e o controle antes da entrado dos trabalhadores e verificar se o interior
do EC é seguro. Avaliar a atmosfera antes da entrado e monitorar continuamente durante a
execução dos trabalhos para permitir a permanência segura dos trabalhadores.
18

3. MEDIDAS DE SEGURANÇA

3.1 Responsabilidades

3.1.1 Supervisor
O mesmo deverá ir até o local confinado, avaliar as condições do ambiente, verificar o
uso de EPC’s, EPI’s e procedimentos, para depois emitir a Autorização para Trabalho de
Risco (ATR)/Permissão de Entrada e Trabalho (PET).
O empregador deverá assegurar que cada Supervisor de Entrada conheça os riscos que
possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou
sintomas e conseqüências da exposição. O supervisor deve verificar se: 1) tenham sido feitas
entradas apropriadas segundo a Permissão de Entrada e que todos os testes especificados na
permissão tenham sido executados e que todos os procedimentos e equipamentos listados na
permissão estejam no local antes que ocorra o endosso da permissão e permita que se inicie a
entrada. 2) Cancele os procedimentos de entrada e a Permissão de Entrada quando necessário.
3) Verificar que os Serviços de Emergência e Resgate estejam disponíveis e que os meios para
acioná-los estejam operantes. 4) Remover as pessoas não autorizadas que entram ou que
tentam entrar no espaço confinado durante as operações de entrada. 5) Determinar, no caso de
troca de turno do Vigia, que a responsabilidade pela operação de entrada no espaço confinado
seja transferida para o próximo vigia. 6) Mantenha as condições de entrada aceitáveis.
(BRASIL, 2007).

3.1.2 Vigia
O vigia deve acompanhar (ficar na entrada do Espaço Confinado) as atividades dos
trabalhadores autorizados que estiverem nos Espaços Confinados, devendo estar atento,
acompanhando o colaborador que estiver executando as atividades no mesmo. Deve conhecer
os riscos que possam ser enfrentados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo,
sinais ou sintomas e conseqüências da exposição. Estar ciente de possíveis efeitos ambientais,
dos riscos de exposição nos trabalhadores autorizados. Manter continuamente uma contagem
precisa do número de Trabalhadores Autorizados no espaço confinado e assegure que os
meios usados para identificar os trabalhadores autorizados sejam exatos na identificação dos
trabalhadores que estão no espaço confinado. Permanecer fora do espaço confinado durante as
operações de entrada até que seja substituído por um outro Vigia.
19

Quando o Programa de Permissão de Entrada em espaços Confinados que requerem


permissão de Entrada do empregador permite que o Vigia entre para resgate, os Vigias podem
adentrar em um espaço confinado se os mesmos tiverem sido treinados e equipados para
operações de resgate. (BRASIL, 2007).
A comunicação com os Trabalhadores Autorizados é necessária para monitorar o
estado dos trabalhadores e para alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço
confinado. Não realizar tarefas que possam comprometer o primeiro dever do Vigia que é o
de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados

3.1.3 Trabalhadores autorizados


Os vigias só poderão executar as atividades nos Espaços Confinados, depois que os
Supervisores analisarem o local e em seguida emitirem a ATR/PET e na presença de pelo
menos um vigia. Devem conhecer os riscos que possam encontrar durante a entrada, incluindo
informações sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição e o uso adequado
de equipamentos. Saber da comunicação com o Vigia quando necessário para permitir que o
Vigia monitore o estado atual do trabalhador e permita que o Vigia alerte os trabalhadores da
necessidade de abandonar o espaço. (BRASIL, 2007).

3.2 Permissão de entrada


Para todo e qualquer trabalho em espaço confinado é de responsabilidade do
empregador a emissão de uma permissão de entrada em espaço confinado para todos os
colaboradores que estiverem envolvidos nas atividades. A permissão para trabalho deve ser
feita por pessoa que tenha experiência operacional que permita reconhecer os riscos, avaliá-
los e especificar as barreiras de segurança para neutralizá-los ou controlá-los.
A permissão para trabalho é um documento e um importante instrumento de controle,
no qual consta: em que condição se encontra o espaço confinado, recomendações e
verificações periódicas para garantia da condição segura de trabalho. A permissão não garante
permanentemente a condição de liberação do espaço, algumas práticas preventivas são
fundamentais para manter as condições iniciais de trabalho. É vedada a realização de qualquer
trabalho de forma individualizada ou isolada em espaços confinados. (BRASIL, 2007).
Para cada entrada em espaço confinado deverá ser emitida uma nova permissão, não
sendo mais válidas permissões anteriores.
20

3.3 Equipamentos de proteção coletiva


Para a realização de trabalhos em espaços confinados, a empresa deverá dispor de
meios que forneçam proteção coletiva aos colaboradores envolvidos nestas atividades os quais
possibilitem que o trabalho seja desempenhado com segurança, sem danos aos colaboradores.
Como por exemplo equipamentos de resgate, equipamentos de medições de gases entre
outros.

3.4 Equipamentos de proteção individual


Quando não for possível a eliminação dos riscos através de medidas de proteção
coletiva, a empresa deverá disponibilizar aos colaboradores Equipamentos de Proteção
Individual (EPI). Os quais deverão ser adequados ao risco. Os envolvidos em trabalhos em
Espaços Confinados devem obrigatoriamente usar os seguintes EPI’s:
- Capacete com jugular;
- Luvas (PVC ou raspa);
- Cinto de segurança paraquedista;
- Talabarte em y;
- Botas de segurança com solado antiderrapante ou de borracha.
- Óculos de segurança;
- Respirador para partículas sólida (PFF2)

3.5 Treinamentos
O empregador deverá providenciar treinamento de tal forma que todos os
trabalhadores envolvidos com a questão do espaço confinado adquiram compreensão,
conhecimento e habilidades necessárias para o desempenho seguro de suas obrigações
designadas. Deverá ser providenciado treinamento para cada trabalhador afetado:
- Antes que o trabalhador tenha as suas obrigações designadas;
- Antes que ocorra uma mudança nas suas obrigações designadas;
- Sempre que houver uma mudança nas operações de espaços confinados que
apresentem um risco sobre o qual um trabalhador não tenha sido previamente treinado;
- Sempre que o empregador tiver uma razão para acreditar que existam desvios nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos dos trabalhadores
não sejam adequados (insuficientes ou impróprios) ou no uso destes procedimentos.
O treinamento deverá estabelecer para o trabalhador proficiência nos deveres
requeridos e introduzirá procedimentos novos ou revisados, sempre que necessário. O
21

empregador certificará que o treinamento requerido tenha sido realizado. A certificação


conterá o nome de cada trabalhador, as assinaturas dos instrutores e as datas de treinamento.
A certificação estará disponível para inspeção dos trabalhadores e seus representantes
autorizados.

3.6 Equipamentos e instrumentos para medições


A empresa deve providenciar os seguintes equipamentos, sem custos aos
trabalhadores, manutenção para que o equipamento funcione adequadamente e assegurar que
os trabalhadores usarão os equipamentos corretamente:
- Equipamento de teste e monitoramento necessários;
- Equipamento de ventilação necessário para obter as condições de entrada aceitáveis;
- Equipamentos de comunicação necessária;
- Equipamento de proteção individual, a menos que as medidas de controle como as de
engenharia e práticas seguras de trabalho não protejam adequadamente os
trabalhadores;
- Equipamento de iluminação à prova de explosão necessária para permitir que os
trabalhadores vejam suficientemente bem o trabalho que deve ser desenvolvido de
forma segura e permitir a saída rápida do espaço numa emergência;
- Equipamentos tais como escadas, necessárias para entrada e saída seguras pelos
trabalhadores autorizados;
- Equipamentos de emergência e resgate necessários, exceto aqueles que são
fornecidos pelo serviço de resgate;
Quaisquer outros equipamentos necessários para entrada segura e resgate nos espaços
confinados.

3.7 Emergência e resgate


Essencialmente qualquer programa de prevenção de riscos para espaços confinados
deve realizar um estudo minucioso dos meios e possibilidades para retirada e socorro das
pessoas envolvidas nestas operações, com equipes treinadas e com equipamentos adequados
ao resgate, socorro e remoção no caso de um possível acidente. Os meios de minimização de
conseqüências devem ser levados em conta em trabalhos desta natureza para se evitar a perda
de vidas e os traumas nos colaboradores envolvidos.
No caso de ocorrência de uma emergência (acidente com colaboradores em espaço
confinado) deverão ser observados os procedimentos padrões de resgate, onde, se o
22

colaborador acidentado estiver incomunicável jamais outro colaborador deverá prestar socorro
sem que se tomem medidas de proteção contra gases tóxicos ou deficiência de oxigênio.
Um dos colaboradores que estiver supervisionando o trabalho deverá comunicar ou
solicitar que outro faça a comunicação do corpo de bombeiros (193), polícia (190) e hospital
para que uma equipe médica fique de prontidão para o rápido atendimento do acidentado
quando da chegada do mesmo.
No caso de o colaborador estiver inconsciente deverão ser tomados todos os cuidados
com o mesmo, realizando-se o monitoramento da respiração, pulsação e batimentos cardíacos
e se o colaborador estiver ou ter parada cardiorrespiratória deverá se proceder uma massagem
cardíaca e respiração artificial ou boca a boca, visando a reanimação do colaborador até que
se tenha um atendimento especializado
Segundo a NBR 14787, os sistemas de resgate deverão atender ao seguinte requisito:
 Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espaços confinados sem que a equipe
de resgate precise adentrar nestes, poderão ser utilizados movimentadores individuais
de pessoas, atendendo aos princípios dos primeiros-socorros, desde que não
prejudiquem a vítima.
 A entrada do socorrista aos espaços confinados só será permitido depois de realizados
todos os procedimentos de segurança para a entrada.
 Quando da utilização de sistema de ventilação forçada, este deverá ser dimensionado, a
fim de comportar os trabalhadores mais os responsáveis pelo resgate.
 Todas as equipes que trabalham em espaços confinados devem ter estojos de
emergência (ABNT, 2011).
O Sistema de resgate depende de cada empresa que representa (vende) o equipamento,
pode ser apresentado de várias formas, como tripé, apenas roldanas e catracas por exemplo.
23

Figura 3: Exemplos de Sistemas de resgates em EC.


24

4. MÉTODO E MATERIAIS

4.1 Métodos e técnicas utilizadas


Para a elaboração deste trabalho foram estabelecidos vários critérios a serem seguidos
como:
• Acompanhamento diário de todos os setores na área de armazenamento de
grãos da empresa, identificando e registrando em figuras os espaços confinados
existentes e realizando levantamento de todas as atividades já realizadas para
implantação da NR-33;
• Repasse a todos os empregados e a empresa o resultado do levantamento dos
espaços confinados e os riscos oferecidos.
• Identificação, sinalização e localização todos os espaços confinados na Unidade
de armazenamento de grãos.
25

5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Foi realizado um levantamento e identificação dos espaços confinados, com uma


proposta de sinalização, além da análise dos riscos inerentes as atividades nestes locais.
Com a conclusão deste levantamento a empresa terá subsídios para implementar a
gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, através da adoção de
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de
forma a garantir ambientes com condições seguras e adequadas de trabalho.

5.1 Descrições dos espaços confinados


 Moegas (1, 2, 3 e 4) com área 7,5m x 5m (cada uma); com boca de visita de 0,5m x
1m, piso em concreto bruto e barrotes de barras de ferro 3/4; cobertura com zinco;
iluminação natural e artificial; ventilação natural. Neste setor há quatro moegas para
recebimento de grãos com capacidade para 2000 sacas cada, entre elas há um poço do
elevador com 2,5m x 2m de boca e 12 m de profundidade.

Figura 4: Moegas e entrada pra moega (BV).

 Silos para depósito de produtos a granel (I, II III e IV), sendo cada um com capacidade
para 22.000 sacas, todos com base em concreto e o restante da estrutura em metal, com
forma circular e para se ter acesso a seu interior há uma boca de visita com 0,6 x 0,6m
26

localizado a 1,70m de altura do chão e outra abertura na parte superior com forma
retangular e 0,60 x 0,40m de abertura. Para se ter acesso à parte superior dos silos há
uma escada fixa na estrutura com 14m de altura, com proteção contra quedas a partir
de 2m de altura a partir da base. Há também uma escada fixa em metal na parte
superior do silo, sem proteção contra quedas de alturas. Na parte interna dos silos há
uma escada fixa com 14m de altura; porém, sem sistema de proteção contra quedas de
alturas. Abaixo dos silos há um túnel com 11 m de comprimento, 2 m de altura e
1,20m de largura. Para se ter acesso ao seu interior há uma entradas, pelo poço do
elevador que se encontra entre os silos. Sobre os silos há uma fita transportadora de
produtos, inclusa há uma passarela paralela à fita para a circulação. Para se ter acesso
à fita, utiliza-se as escadas dos próprios silos.

Figura 5: a) Silo metálico, b) BV entrada inferior e c) superior e d) escada de acesso


externa

. a) b) d) c)

 Poço de elevador de expedição em concreto armado em suas paredes, com um único


acesso pelo topo de 0,60 x 1,20, sua superfície gradeada metálica com profundidade de
4,00 m e dimensões internas de 3,50m x 4,30 m. Tem um elevador de grãos metálico,
tipo canecas, centralizado no mesmo. Seu acesso ao interior é feito por alçapão. Não
têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que impeça a visualização do
trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate, mas possui iluminação
fluorescente.
27

Figura 6: Poço do elevador de expedição

 Elevadores 1 e 2 de grãos metálico, tipo canecas, centralizado no mesmo. Seu acesso


ao interior é feito por alçapão. O poço do elevador é em concreto armado em suas
paredes, com um único acesso pelo topo de 0,55x 1.60, sua superfície gradeada
metálica com profundidade de 12,00 m e dimensões internas de 2,40m x 3,00 m. Não
têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que impeça a visualização do
trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate e iluminação fluorescente.

Figura 7: Elevador 1 e 2, poço do elevador.

 Armazém com área de 1875 m²; piso em concreto bruto; paredes em alvenaria;
cobertura com zinco; iluminação artificial; ventilação natural. Este armazém possui
sete silos para armazenamento de produto a granel, um túnel com 50m de
comprimento, 1,6m de largura e 2m de altura; em seu interior há uma fita
transportadora para transporte de produtos até o elevador.
28

 Silos para depósito de produtos a granel (01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 Silos), no interior
do armazém, sendo cada um com capacidade para 2.000 sacas, todos com base em
concreto e o restante da estrutura em madeira, com forma circular e para se ter acesso
a seu interior há uma abertura retangular com 0,80m x 0,60m localizado a 0,70m de
altura da base. Para se ter acesso à parte superior dos silos há uma escada fixa na
estrutura com 6m de altura, sem proteção contra quedas a partir da base, a parte
superior é aberta. Na parte interna dos silos há uma escada fixa com 6m de altura, sem
sistema de proteção contra quedas de alturas. Abaixo dos silos há um túnel com 50m
de comprimento, 2 m de altura e 1,60m de largura. Para se ter acesso ao seu interior há
duas entradas, uma pelo poço do elevador e outra ao lado do silo 07. Sobre os silos há
uma fita transportadora de produtos, inclusa há uma passarela paralela à fita para a
circulação. Para se ter acesso à fita, utiliza-se a escada da máquina de pré-limpeza e do
padronizador.
Figura 8: Silos, túnel e entrada para túnel ao lado do silo 07

Elevador 3 e 4 com poço de elevador, em concreto armado em suas paredes, com um


único acesso pelo topo de 0.60 x 1,00, sua superfície metálica com profundidade de
6,00 m e dimensões internas de 3,10 m x 3,20 m. Tem um elevador de grãos metálico,
tipo canecas, centralizado no mesmo. Seu acesso ao interior é feito por alçapão. Não
têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que impeça a visualização do
trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate, mas possui iluminação
fluorescente.
Figura 9: Elevador 3 e 4.
29

5.2 Levantamentos das atividades relacionados aos espaços confinados da empresa


As atividades existentes na empresa, e que envolvem e se relacionam com espaços
confinados são:
- Limpeza, Dedetização, Expurgo, Carga, descarga e Manutenção das Estruturas dos
Silos;
- Limpeza, Dedetização e Manutenção em Túnel de Armazém;
- Limpeza, Dedetização, desenbuchar e Manutenção no Pé-de-Elevador;
- Limpeza, Dedetização e Remoção de produto de Moega.

5.3 Análise preliminar de risco


Análise preliminar de risco é um estudo com a finalidade de se determinar os possíveis
riscos que poderão ocorrer na fase operacional. Para se analisar os riscos e as características
que cada atividade envolve foi realizado um levantamento preliminares de riscos. Essa analise
estão dispostas em quadros abaixo relacionados a seguir.
30

ESPAÇO CONFINADO
001 ONÉSIMO E. SOLDERA APR
MOEGAS 1-2-3-4
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Área/Local: BOQUEIRÃO DA 1.2: ONÉSIMO E. SOLDERA
PALMA-RS
1.3 Localização: Localizado ao lado do poço elevador 1-2 1.4 Função: Tem a função de receber os grãos para o
armazenamento ou beneficiamento.
1.5 Tipo: MOEGAS. 1.6 Produto: Grãos diversos conforme o período.

2. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO: Moegas, em concreto armado em suas paredes, com um único acesso pelo topo de 0,60 x 1.00, sua
superfície gradeada metálica com profundidade de 7,20 m e dimensões internas de 5,7m x 7,40 m. Seu acesso ao interior é feito por alçapão. Não
têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que impeça a visualização do trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate.
3. ACESSOS/EVACUAÇÃO – QUANTIDADE, MODELO E POSIÇÃO: Acesso vertical através de abertura retangular ao lado do elevador
com 0,45 x 0,45 m.
No do EC Modelo Dimensões Localização Posição Acesso

M 1.2.3.4 Retangular 0,45 x 0,45 m Piso Vertical Vertical


3.1 LOCALIZAÇÃO:

4. SINALIZAÇÃO: Placas de sinalização em PVC (vinil) fixada na moega em frente ao EC. Também o uso de cones, fitas zebradas, correntes de
sinalização.
5. TAREFAS QUE PODEM GERAR RISCOS ESPECIFICOS
Serviços de corte e solda a quente.
Remoção de lodo e água
6. SERVIÇOS PROVÁVEIS PARA ESPAÇO CONFINADO: Limpeza e manutenção da moega .
7. RISCOS E MEDIDAS DE CONTROLE PARA ELIMINAR/CONTROLAR OS MESMOS :
1.Uso de protetor auricular do tipo inserção (plug).
1. Ruído
2.Uso de cinto de segurança tipo paraquedista fixado em espia de aço
de ¼ de 6x19 com alma de fibra com 15 m de comprimento, acionado
Fonte Geradora: Ambiente
por catraca com capacidade para 800 Kg, para a subida, descida e
durante os trabalhos.
Intens/Conc: 85 dB(a)
3.Uso de capacete de segurança, com jugular.
4.1.Exaustão do EC por 5 minutos e após insuflação de ar por mais 5
Tempo de exposição: Ocasional/Intermitente
minutos
4.2 Uso das medida de segurança.
2. Queda de altura
4.3 Manter a exaustão ou ventilação durante as atividades.
5.Bloquear o acionamento do elevador no quadro de comando com
3. Queda de objetos trava e placa de sinalização.
6.1.Verificar a presença dos mesmos com auxílio da iluminação
4.Presença de gases tóxicos ou deficiência de O2. auxiliar se necessário.
6.2.Uso de botinas e vara de manobra para cobras.
5.Acionamento involuntário do elevador. 7.Uso de luvas de PVC ou raspa de couro, balde e pá manual.
8.Não realizar trabalhos a quente (corte, solda, esmeril) com a presença
6.Animais peçonhentos. de poeira no ambiente. Após a realização do trabalho realizar uma
detalhada vistoria do local antes de reiniciar as atividades.
7.Riscos biológicos (animais em decomposição). 9.Desligar o disjuntor de energia e testar a corrente elétrica dos cabos.
31

8.Explosão do pó de cereais.

9. Riscos elétricos na manutenção com auxilio de equipamentos e


iluminação artificial.
8. EXAUSTÃO 9.1 Volume do Espaço Confinado: 9.2 Requisitos:
VENTILAÇÃO 9.2.1 – 5 Minutos de exaustão
303,00 m3 9.2.2 – 5 Minutos de ventilação
9.2.3 – Manter a exaustão ou ventilação durante a realização dos
trabalhos.
10. ILUMINAÇÃO: O EC possui iluminação artificial, através lâmpadas incandescentes comum, sua fiação esta toda protegida a prova de poeira.
Devem-se instalar lâmpadas protegidas com vidro a prova de poeira. Em caso de necessidade desligar a energia para realizar as atividades usar
iluminação auxiliar, com lanternas comuns a pilha ou para a verificação da presença de animais peçonhentos.
11. REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
11.1 – GERAIS :
- Emissão de autorização ATR / PET - O espaço confinado permite a visualização constante do
para a realização dos trabalhos em EC trabalhador pelo vigia.
11.1 Requisitos para o 11.2 Requisitos para o TRABALHADOR: 11.2 Requisitos para o VIGIA:
SUPERVISOR: - Treinamento específico para trabalhos em espaços - Treinamento específico para trabalhos em
- Treinamento específico para trabalhos confinados de 16 horas. espaços confinados de 16 horas.
em espaços confinados de 40 horas. - Bom conhecimento e uso dos EPIs e EPC necessários a - Bom conhecimento e uso dos EPI e EPC
- Conhecimentos dos EC existentes na atividade. necessários a atividade.
unidade. - Bons conhecimentos dos riscos das atividades. - Bons conhecimentos dos riscos das
- Bom conhecimento dos atividades.
procedimentos para a emissão de ATR / - Visualização constante o trabalhador no
PET EC.
12. – COLABORADORES:
12.1 SUPERVISORES 11.2 TRABALHADORES HABILITADOS: 11.2 VIGIAS HABILITADOS:
HABILITADOS: Liverio Martins Renaldo Mulller Beltrão
José Valmor Schafer de
Azevedo
13. – OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES :
- Foram instaladas placas de sinalização no acesso de cada espaço confinado;
- Todas as entradas e saídas dos espaços confinados possuem cadeado impedindo acesso de pessoas não autorizadas.

Quadro 1: APR doa moegas


Fonte: Próprio autor, 2012.
32

ESPAÇO CONFINADO
002 Onésimo Eugenio Soldera APR
POÇO ELEVADOR 3
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Área/Local: Boqueirão da Palma-RS 1.2: Onésimo Eugenio Soldera
1.3 Localização: Localizado ao lado das moegas 1.4 Função: Tem a função de elevar os grãos recebidos na moega para o
beneficiamento.
1.5 Tipo: Poço de elevador. 1.6 Produto: Grãos diversos conforme o
período.
2. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO: Poço de elevador, em concreto armado em suas paredes, com um único acesso pelo topo de 0,55x
1.60, sua superfície gradeada metálica com profundidade de 12,00 m e dimensões internas de 2,40m x 3,00 m. Tem um elevador de grãos metálico,
tipo canecas, centralizado no mesmo. Seu acesso ao interior é feito por alçapão. Não têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que impeça
a visualização do trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate e iluminação fluorescente.
3. ACESSOS/EVACUAÇÃO – QUANTIDADE, MODELO E POSIÇÃO: Acesso vertical através de abertura retangular ao lado do elevador
com 0,45 x 0,45 m.
No do EC Modelo Dimensões Localização Posição Acesso

E -1-2 Retangular 0,45 x 0,45 m Piso Vertical Vertical


3.1 LOCALIZAÇÃO:

4. SINALIZAÇÃO: Placas de sinalização em PVC (vinil) fixada no elevador em frente ao EC. Também o uso de cones, fitas zebradas, correntes de
sinalização.
5. TAREFAS QUE PODEM GERAR RISCOS ESPECIFICOS
Serviços de corte e solda a quente.
Remoção de lodo e água
6. SERVIÇOS PROVÁVEIS PARA ESPAÇO CONFINADO: Limpeza do poço de elevador. Manutenção do elevador (troca de componentes).
Pintura das paredes do poço de elevador. Pintura do elevador. Retirada de material agregado que impede o funcionamento do elevador.
7. RISCOS E MEDIDAS DE CONTROLE PARA ELIMINAR/CONTROLAR OS MESMOS :
1.Uso de protetor auricular do tipo inserção
1. Ruído
(plug).
2.Uso de cinto de segurança tipo paraquedista
Fonte Geradora: Canecas transportadoras de grãos
fixado em espia de aço de ¼ de 6x19 com
alma de fibra com 15 m de comprimento,
Intens/Conc: 82.0 dB(a)
acionado por catraca com capacidade para 800
Kg, para a subida, descida e durante os
Tempo de exposição: Ocasional/Intermitente
trabalhos.
3.Uso de capacete de segurança, com jugular.
4.Exaustão do EC por 5 minutos e após
insuflação de ar por mais 5 minutos.
2. Queda de altura
5.Bloquear o acionamento do elevador no
quadro de comando com trava e placa de
3. Queda de objetos sinalização.
6.1.Verificar a presença dos mesmos com
4.Presença de gases tóxicos ou deficiência de O2. auxílio da iluminação auxiliar se necessário.
6.2.Uso de botinas e vara de manobra para
5.Acionamento involuntário do elevador. cobras.
7.Uso de luvas de PVC ou raspa de couro,
33

balde e pá manual.
6.Animais peçonhentos.
8.Não realizar trabalhos a quente (corte, solda,
esmeril) com a presença de poeira no
7.Riscos biológicos (animais em decomposição).
ambiente. Após a realização do trabalho
realizar uma detalhada vistoria do local antes
8.Explosão do pó de cereais.
de reiniciar as atividades.
9.Desligar o disjuntor de energia e testar a
9. Riscos elétricos na manutenção com auxilio de equipamentos e iluminação artificial.
corrente elétrica dos cabos.

8. EXAUSTÃO VENTILAÇÃO 9.1 Volume do Espaço Confinado: 9.2 Requisitos:


9.2.1 – 5 MINUTOS DE EXAUSTÃO
86,4 m3 9.2.2 – 5 MINUTOS DE VENTILAÇÃO
9.2.3 – Manter a exaustão ou ventilação durante
a realização dos trabalhos.
10. ILUMINAÇÃO: O EC possui iluminação artificial, através lâmpadas incandescentes comum, sua fiação esta toda protegida a prova de poeira.
Deve-se instalar lâmpadas protegidas com vidro a prova de poeira. Em caso de necessidade desligar a energia para realizar as atividades usar
iluminação auxiliar, com lanternas comuns a pilha ou para a verificação da presença de animais peçonhentos.
11. REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
11.1 – GERAIS :
- Emissão de autorização ATR / PET para a realização dos trabalhos em - O espaço confinado permite a
EC visualização constante do trabalhador
pelo vigia.
11.1 Requisitos para o SUPERVISOR: 11.2 Requisitos para o 11.2 Requisitos para o
- Treinamento específico para trabalhos em espaços confinados de 40 TRABALHADOR: VIGIA:
horas. - Treinamento específico para trabalhos - Treinamento específico
- Conhecimentos dos EC existentes na unidade. em espaços confinados de 16 horas. para trabalhos em espaços
- Bom conhecimento dos procedimentos para a emissão de ATR / PET - Bom conhecimento e uso dos EPI e confinados de 16 horas.
EPC necessários a atividade. - Bom conhecimento e uso
- Bons conhecimentos dos riscos das dos EPI e EPC necessários
atividades. a atividade.
- Bons conhecimentos dos
riscos das atividades.
- Visualização constante o
trabalhador no EC.
12. – COLABORADORES :
12.1 SUPERVISORES HABILITADOS: 11.2 TRABALHADORES 11.2 VIGIAS HABILITADOS:
José Valmor Schefer de Azevedo HABILITADOS: Renaldo Muller
Liverio Martins Beltrão

13. – OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES:


- Foram instaladas placas de sinalização no acesso de cada espaço confinado;
- Todas as entradas e saídas dos espaços confinados possuem cadeado impedindo acesso de pessoas não autorizadas.

Quadro 2: APR do poço do elevador 3


Fonte: Próprio autor, 2012.
34

ESPAÇO CONFINADO
003 ONÉSIMO E. SOLDERA APR
SILO 1-7
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Área/Local: Boqueirão da Palma-RS 1.2: ONÉSIMO E. SOLDERA
1.3 Localização: Localizado dentro do armazém geral 1.4 Função: Tem a função de armazenar os grão beneficiados.
1.5 Tipo: Silos 1-7. 1.6 Produto: Grãos diversos conforme o período.

2. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO: Silos tipo tulhas, em madeira, com dois acessos pelo topo e laterais, com acessos de 0,75 x 0.80,
com profundidade de 6,00 m e dimensões internas de 5,50 m x 5,60 m. Não têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que impeça a
visualização do trabalho em seu interior,não possui sistema de resgate e iluminação fluorescente.
3. ACESSOS/EVACUAÇÃO – QUANTIDADE, MODELO E POSIÇÃO: Acesso vertical através de abertura retangular com 0,45 x 0,45 m.
No do EC Modelo Dimensões Localização Posição Acesso

E -1-7 Retangular 0,45 x 0,45 m Piso Vertical Vertical


3.1 LOCALIZAÇÃO:

4. SINALIZAÇÃO: Placas de sinalização em PVC (vinil) fixada no silo em frente ao EC. Também o uso de cones, fitas zebradas, correntes de
sinalização.
5. TAREFAS QUE PODEM GERAR RISCOS ESPECIFICOS
Serviços de corte e solda a quente.
Remoção de lodo e água
6. SERVIÇOS PROVÁVEIS PARA ESPAÇO CONFINADO: Limpeza do silo. Manutenção do silo (troca de componentes). Retirada de material
agregado que impede o funcionamento do silo.
7. RISCOS E MEDIDAS DE CONTROLE PARA ELIMINAR/CONTROLAR OS MESMOS :
1.Uso de protetor auricular do tipo inserção (plug).
1. Ruído
2.Uso de cinto de segurança tipo paraquedista fixado
em espia de aço de ¼ de 6x19 com alma de fibra
Fonte Geradora: Ambiente
com 15 m de comprimento, acionado por catraca
com capacidade para 800 Kg, para a subida, descida
Intens/Conc: 63,7 dB(a)
e durante os trabalhos.
3.Uso de capacete de segurança, com jugular.
Tempo de exposição: Ocasional/Intermitente
4.Exaustão do EC por 5 minutos e após insuflação
de ar por mais 5 minutos.
2. Queda de altura
5.Bloquear o acionamento do elevador no quadro de
comando com trava e placa de sinalização.
3. Queda de objetos
6.1.Verificar a presença dos mesmos com auxílio da
iluminação auxiliar se necessário.
4.Presença de gases tóxicos ou deficiência de O2. 6.2.Uso de botinas e vara de manobra para cobras.
7.Uso de luvas de PVC ou raspa de couro, balde e pá
5.Acionamento involuntário do elevador. manual.
8.Não realizar trabalhos a quente (corte, solda,
6.Animais peçonhentos. esmeril) com a presença de poeira no ambiente.
Após a realização do trabalho realizar uma detalhada
7.Riscos biológicos (animais em decomposição). vistoria do local antes de reiniciar as atividades.
9.Desligar o disjuntor de energia e testar a corrente
8.Explosão do pó de cereais. elétrica dos cabos.
9. Riscos elétricos na manutenção com auxilio de equipamentos e iluminação artificial.
35

8. EXAUSTÃO VENTILAÇÃO 9.1 Volume do Espaço Confinado: 9.2 Requisitos:


9.2.1 – 5 MINUTOS DE EXAUSTÃO
164,00 m3 cada silo 9.2.2 – 5 MINUTOS DE VENTILAÇÃO
9.2.3 – Manter a exaustão ou ventilação durante a
realização dos trabalhos.
10. ILUMINAÇÃO: O EC possui iluminação artificial, através lâmpadas incandescentes comum, sua fiação esta toda protegida a prova de poeira.
Deve-se instalar lâmpadas protegidas com vidro a prova de poeira. Em caso de necessidade desligar a energia para realizar as atividades usar
iluminação auxiliar, com lanternas comuns a pilha ou para a verificação da presença de animais peçonhentos.
11. REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
11.1 – GERAIS :
- Emissão de autorização ATR / PET para a - O espaço confinado permite a visualização
realização dos trabalhos em EC constante do trabalhador pelo vigia.
11.1 Requisitos para o SUPERVISOR: 11.2 Requisitos para o TRABALHADOR: 11.2 Requisitos para o VIGIA:
- Treinamento específico para trabalhos em - Treinamento específico para trabalhos em espaços - Treinamento específico para trabalhos
espaços confinados de 40 horas. confinados de 16 horas. em espaços confinados de 16 horas.
- Conhecimentos dos EC existentes na unidade. - Bom conhecimento e uso dos EPI e EPC - Bom conhecimento e uso dos EPI e EPC
- Bom conhecimento dos procedimentos para a necessários a atividade. necessários a atividade.
emissão de ATR / PET - Bons conhecimentos dos riscos das atividades. - Bons conhecimentos dos riscos das
atividades.
- Visualização constante o trabalhador no
EC.
12. COLABORADORES:
12.1 SUPERVISORES HABILITADOS: 11.2 TRABALHADORES 11.2 VIGIAS HABILITADOS:
José Valmor Schefer de Azevedo HABILITADOS: Renaldo Muller Beltrão
Liverio Martins

13. OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES:


- Foram instaladas placas de sinalização no acesso de cada espaço confinado;
- Todas as entradas e saídas dos espaços confinados possuem cadeado impedindo acesso de pessoas não autorizadas.

Quadro 3: APR dos silos 1,2,3,4,5,6, e 7.


Fonte: Próprio autor, 2012.
36

ESPAÇO CONFINADO
004 ONÉSIMO E. SOLDERA APR
TUNEL 01
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Área/Local: Boqueirão da palma- 1.2: ONÉSIMO E. SOLDERA
RS
1.3 Localizações: Localizado abaixo do armazém 1.4 Funções: Tem a função de transportar grãos ate seu
destino final.
1.5 Tipo: Tunel 1.6 Produto: Grãos diversos conforme o período.

2. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO: Túnel, em concreto armado em suas paredes, com um único acesso pelo topo de
1,30 x 1,30, seu comprimento de 50,00 m e dimensões internas de 1,60m x 2,00 m. Tem uma fita transportadora centralizada no
mesmo. Não tem nenhuma divisória, parede interligada que impeça a visualização do trabalho em seu interior, não possui sistema de
resgate , mas possui iluminação fluorescente.
3. ACESSOS/EVACUAÇÃO – QUANTIDADE, MODELO E POSIÇÃO: Acesso vertical através de abertura retangular ao lado
do elevador com 0,45 x 0,45 m.
No do EC Modelo Dimensões Localização Posição Acesso

E -01 Retangular 1.30 x 1,30 m Piso Vertical Vertical


3.1 LOCALIZAÇÃO:

4. SINALIZAÇÃO: Placas de sinalização em PVC (vinil) fixada na parede externar em frente ao EC. Também o uso de cones, fitas
zebradas, correntes de sinalização.
5. TAREFAS QUE PODEM GERAR RISCOS ESPECIFICOS
Serviços de corte e solda a quente.
Remoção de lodo e água
6. SERVIÇOS PROVÁVEIS PARA ESPAÇO CONFINADO: Limpeza do túnel. Manutenção (troca de componentes). Retirada de
material agregado que impede o funcionamento do túnel (fita transportadora.

1.Uso de protetor auricular do tipo inserção (plug).


1. Ruído
2.Uso de cinto de segurança tipo paraquedista
fixado em espia de aço de ¼ de 6x19 com alma de
Fonte Geradora: Correia transportadora
fibra com 15 m de comprimento, acionado por
catraca com capacidade para 800 Kg, para a subida,
Intens/Conc: 89,2 dB(a)
descida e durante os trabalhos.
3.Uso de capacete de segurança, com jugular.
Tempo de exposição: Ocasional/Intermitente
4.Exaustão do EC por 5 minutos e após insuflação
de ar por mais 5 minutos.
2. Queda de altura
5.Bloquear o acionamento do elevador no quadro
de comando com trava e placa de sinalização.
3. Queda de objetos
6.1.Verificar a presença dos mesmos com auxílio
da iluminação auxiliar se necessário.
4.Presença de gases tóxicos ou deficiência de O2. 6.2.Uso de botinas e vara de manobra para cobras.
7.Uso de luvas de PVC ou raspa de couro, balde e
5.Acionamento involuntário do elevador. pá manual.
8.Não realizar trabalhos a quente (corte, solda,
6.Animais peçonhentos. esmeril) com a presença de poeira no ambiente.
Após a realização do trabalho realizar uma
7.Riscos biológicos (animais em decomposição). detalhada vistoria do local antes de reiniciar as
37

atividades.
8.Explosão do pó de cereais.
9.Desligar o disjuntor de energia e testar a corrente
elétrica dos cabos.
9. Riscos elétricos na manutenção com auxilio de equipamentos e iluminação
artificial.
8. EXAUSTÃO 9.1 Volume do Espaço Confinado: 9.2 Requisitos:
VENTILAÇÃO 9.2.1 – 5 MINUTOS DE EXAUSTÃO
160,00 m3 9.2.2 – 5 MINUTOS DE VENTILAÇÃO
9.2.3 – Manter a exaustão ou ventilação durante a
realização dos trabalhos.
10. ILUMINAÇÃO: O EC possui iluminação artificial, através lâmpadas incandescentes comum, sua fiação esta toda protegida a
prova de poeira. Deve-se instalar lâmpadas protegidas com vidro a prova de poeira. Em caso de necessidade desligar a energia para
realizar as atividades usar iluminação auxiliar, com lanternas comuns a pilha ou para a verificação da presença de animais
peçonhentos.
11. REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
11.1 – GERAIS:
- Emissão de autorização ATR / PET - O espaço confinado permite a visualização
para a realização dos trabalhos em EC constante do trabalhador pelo vigia.
11.1 Requisitos para o 11.2 Requisitos para o TRABALHADOR: 11.2 Requisitos para o VIGIA:
SUPERVISOR: - Treinamento específico para trabalhos em - Treinamento específico para trabalhos em
- Treinamento específico para trabalhos espaços confinados de 16 horas. espaços confinados de 16 horas.
em espaços confinados de 40 horas. - Bom conhecimento e uso dos EPI e EPC - Bom conhecimento e uso dos EPI e EPC
- Conhecimentos dos EC existentes na necessários a atividade. necessários a atividade.
unidade. - Bons conhecimentos dos riscos das - Bons conhecimentos dos riscos das
- Bom conhecimento dos procedimentos atividades. atividades.
para a emissão de ATR / PET - Visualização constante o trabalhador no
EC.
12. – COLABORADORES:
12.1 SUPERVISORES 11.2 TRABALHADORES HABILITADOS: 11.2 VIGIAS
HABILITADOS: LIVERIO MARTINS HABILITADOS:
JOSÉ VALMOR SCHEFER DE RENALDO MULLER
AZEVEDO BELTRÃO

13. – OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES :


- Foram instaladas placas de sinalização no acesso de cada espaço confinado;
- Todas as entradas e saídas dos espaços confinados possuem cadeado impedindo acesso de pessoas não autorizadas.

Quadro 4: APR dos túnel 01


Fonte: Próprio autor, 2012.
38

ESPAÇO CONFINADO
005 ONÉSOMO E. SOLDERA APR
POÇO ELEVADOR 3-4
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Área/Local: BOQUEIRÃO DA PALMA- 1.2: ONÉSIMO E. SOLDERA
RS
1.3 Localização: Localizado ao lado das moegas 1.4 Função: Tem a função de elevar os grãos recebidos da fita
transportadora para o beneficiamento.
1.5 Tipo: Poço de elevador. 1.6 Produto: Grãos diversos conforme o período.

2. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO: Poço de elevador, em concreto armado em suas paredes, com um único acesso pelo
topo de 0.60 x 1,00, sua superfície metálica com profundidade de 6,00 m e dimensões internas de 3,10 m x 3,20 m. Tem um elevador
de grãos metálico, tipo canecas, centralizado no mesmo. Seu acesso ao interior é feito por alçapão. Não têm nenhuma divisória,
parede ou túnel interligado que impeça a visualização do trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate, mas possui
iluminação fluorescente.
3. ACESSOS/EVACUAÇÃO – QUANTIDADE, MODELO E POSIÇÃO: Acesso vertical através de abertura retangular ao lado
do elevador com 0,45 x 0,45 m.
No do EC Modelo Dimensões Localização Posição Acesso

E -3-4 Retangular 0,45 x 0,45 m Piso Vertical Vertical


3.1 LOCALIZAÇÃO:

4. SINALIZAÇÃO: Placas de sinalização em PVC (vinil) fixada no elevador em frente ao EC. Também o uso de cones, fitas
zebradas, correntes de sinalização.
5. TAREFAS QUE PODEM GERAR RISCOS ESPECIFICOS
Serviços de corte e solda a quente.
Remoção de lodo e água
6. SERVIÇOS PROVÁVEIS PARA ESPAÇO CONFINADO: Limpeza do poço de elevador. Manutenção do elevador (troca de
componentes). Pintura das paredes do poço de elevador. Pintura do elevador. Retirada de material agregado que impede o
funcionamento do elevador.
7. RISCOS E MEDIDAS DE CONTROLE PARA ELIMINAR/CONTROLAR OS MESMOS :
1.Uso de protetor auricular do tipo inserção
1. Ruído
(plug).
2.Uso de cinto de segurança tipo paraquedista
Fonte Geradora: Canecas de transporte de grãos
fixado em espia de aço de ¼ de 6x19 com
alma de fibra com 15 m de comprimento,
Intens/Conc: 76,7 dB(a)
acionado por catraca com capacidade para
800 Kg, para a subida, descida e durante os
Tempo de exposição: Ocasional/Intermitente
trabalhos.
3.Uso de capacete de segurança, com jugular.
2. Queda de altura
4.Exaustão do EC por 5 minutos e após
insuflação de ar por mais 5 minutos.
3. Queda de objetos 5.Bloquear o acionamento do elevador no
quadro de comando com trava e placa de
4.Presença de gases tóxicos ou deficiência de O2. sinalização.
6.1.Verificar a presença dos mesmos com
5.Acionamento involuntário do elevador. auxílio da iluminação auxiliar se necessário.
39

6.2.Uso de botinas e vara de manobra para


6.Animais peçonhentos.
cobras.
7.Uso de luvas de PVC ou raspa de couro,
7.Riscos biológicos (animais em decomposição).
balde e pá manual.
8.Não realizar trabalhos a quente (corte,
8.Explosão do pó de cereais.
solda, esmeril) com a presença de poeira no
ambiente. Após a realização do trabalho
9. Riscos elétricos na manutenção com auxilio de equipamentos e iluminação
realizar uma detalhada vistoria do local antes
artificial. de reiniciar as atividades.
9.Desligar o disjuntor de energia e testar a
corrente elétrica dos cabos.
8. EXAUSTÃO 9.1 Volume do Espaço Confinado: 9.2 Requisitos:
VENTILAÇÃO 9.2.1 – 5 MINUTOS DE EXAUSTÃO
59,52 m3 9.2.2 – 5 MINUTOS DE VENTILAÇÃO
9.2.3 – Manter a exaustão ou ventilação
durante a realização dos trabalhos.
10. ILUMINAÇÃO: O EC possui iluminação artificial, através lâmpadas incandescentes comum, sua fiação esta toda protegida a
prova de poeira. Deve-se instalar lâmpadas protegidas com vidro a prova de poeira. Em caso de necessidade desligar a energia para
realizar as atividades usar iluminação auxiliar, com lanternas comuns a pilha ou para a verificação da presença de animais
peçonhentos.
11. REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
11.1 – GERAIS:
- Emissão de autorização ATR / PET para - O espaço confinado permite a visualização
a realização dos trabalhos em EC constante do trabalhador pelo vigia.
11.1 Requisitos para o SUPERVISOR: 11.2 Requisitos para o TRABALHADOR: 11.2 Requisitos para o VIGIA:
- Treinamento específico para trabalhos - Treinamento específico para trabalhos em - Treinamento específico para
em espaços confinados de 40 horas. espaços confinados de 16 horas. trabalhos em espaços confinados de
- Conhecimentos dos EC existentes na - Bom conhecimento e uso dos EPI e EPC 16 horas.
unidade. necessários a atividade. - Bom conhecimento e uso dos EPI e
- Bom conhecimento dos procedimentos - Bons conhecimentos dos riscos das atividades. EPC necessários a atividade.
para a emissão de ATR / PET - Bons conhecimentos dos riscos das
atividades.
-Visualização constante o
trabalhador no EC.
12. – COLABORADORES :
12.1 SUPERVISORES 11.2 TRABALHADORES HABILITADOS: 11.2 VIGIAS HABILITADOS:
HABILITADOS: Liverio Martins Renaldo Muller Beltrão
Jose valmor Shafer de Azevedo

13. – OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES :


- Foram instaladas placas de sinalização no acesso de cada espaço confinado;
- Todas as entradas e saídas dos espaços confinados possuem cadeado impedindo acesso de pessoas não autorizadas.

Quadro 5: APR do poço dos elevadores 3 e 4


Fonte: Próprio autor, 2012.
40

ESPAÇO CONFINADO
006 ONÉSIMO E. SOLDERA APR
POÇO ELEVADOR EXPEDIÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Área/Local: BOQUEIRÃO DA 1.2: ONESIMO E. SOLDERA
PALMA-RS
1.3 Localização: Localizado ao lado dos silos 1.4 Função: Tem a função de elevar os grãos recebidos na moega para
o beneficiamento.
1.5 Tipo: Poço de elevador. 1.6 Produto: Grãos diversos conforme o período.

2. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO: Poço de elevador, em concreto armado em suas paredes, com um único acesso pelo
topo de 0,60 x 1,20, sua superfície gradeada metálica com profundidade de 4,00 m e dimensões internas de 3,50m x 4,30 m. Tem um
elevador de grãos metálico, tipo canecas, centralizado no mesmo. Seu acesso ao interior é feito por alçapão. Não têm nenhuma
divisória, parede ou túnel interligado que impeça a visualização do trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate, mas possui
iluminação fluorescente.
3. ACESSOS/EVACUAÇÃO – QUANTIDADE, MODELO E POSIÇÃO: Acesso vertical através de abertura retangular ao lado
do elevador com 0,45 x 0,45 m.
No do EC Modelo Dimensões Localização Posição Acesso

E -6 Retangular 0,45 x 0,45 m Piso Vertical Vertical


3.1 LOCALIZAÇÃO:

4. SINALIZAÇÃO: Placas de sinalização em PVC (vinil) fixada no elevador em frente ao EC. Também o uso de cones, fitas
zebradas, correntes de sinalização.
5. TAREFAS QUE PODEM GERAR RISCOS ESPECIFICOS
Serviços de corte e solda a quente.
Remoção de lodo e água
6. SERVIÇOS PROVÁVEIS PARA ESPAÇO CONFINADO: Limpeza do poço de elevador. Manutenção do elevador (troca de
componentes). Pintura das paredes do poço de elevador. Pintura do elevador. Retirada de material agregado que impede o
funcionamento do elevador.
7. RISCOS E MEDIDAS DE CONTROLE PARA ELIMINAR/CONTROLAR OS MESMOS :
1.Uso de protetor auricular do tipo inserção
1. Ruído
(plug).
2.Uso de cinto de segurança tipo paraquedista
Fonte Geradora: Correia transportadora
fixado em espia de aço de ¼ de 6x19 com alma
de fibra com 15 m de comprimento, acionado
Intens/Conc: 86,7 dB(a)
por catraca com capacidade para 800 Kg, para a
subida, descida e durante os trabalhos.
Tempo de exposição: Ocasional/Intermitente
3.Uso de capacete de segurança, com jugular.
4.Exaustão do EC por 5 minutos e após
2. Queda de altura
insuflação de ar por mais 5 minutos.
5.Bloquear o acionamento do elevador no
3. Queda de objetos
quadro de comando com trava e placa de
sinalização.
4.Presença de gases tóxicos ou deficiência de O2. 6.1.Verificar a presença dos mesmos com
auxílio da iluminação auxiliar se necessário.
5.Acionamento involuntário do elevador. 6.2.Uso de botinas e vara de manobra para
cobras.
6.Animais peçonhentos. 7.Uso de luvas de PVC ou raspa de couro, balde
e pá manual.
41

8.Não realizar trabalhos a quente (corte, solda,


7.Riscos biológicos (animais em decomposição).
esmeril) com a presença de poeira no ambiente.
Após a realização do trabalho realizar uma
8.Explosão do pó de cereais.
detalhada vistoria do local antes de reiniciar as
atividades.
9. Riscos elétricos na manutenção com auxilio de equipamentos e iluminação
9.Desligar o disjuntor de energia e testar a
artificial. corrente elétrica dos cabos.
8. EXAUSTÃO 9.1 Volume do Espaço Confinado: 9.2 Requisitos:
VENTILAÇÃO 9.2.1 – 5 MINUTOS DE EXAUSTÃO
60,20 m3 9.2.2 – 5 MINUTOS DE VENTILAÇÃO
9.2.3 – Manter a exaustão ou ventilação durante
a realização dos trabalhos.
10. ILUMINAÇÃO: O EC possui iluminação artificial, através lâmpadas incandescentes comum, sua fiação esta toda protegida a
prova de poeira. Deve-se instalar lâmpadas protegidas com vidro a prova de poeira. Em caso de necessidade desligar a energia para
realizar as atividades usar iluminação auxiliar, com lanternas comuns a pilha ou para a verificação da presença de animais
peçonhentos.
11. REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
11.1 – GERAIS :
- Emissão de autorização ATR / PET para a - O espaço confinado permite a visualização
realização dos trabalhos em EC constante do trabalhador pelo vigia.
11.1 Requisitos para o SUPERVISOR: 11.2 Requisitos para o TRABALHADOR: 11.2 Requisitos para o VIGIA:
- Treinamento específico para trabalhos em - Treinamento específico para trabalhos em - Treinamento específico para
espaços confinados de 40 horas. espaços confinados de 16 horas. trabalhos em espaços confinados de 16
- Conhecimentos dos EC existentes na - Bom conhecimento e uso dos EPI e EPC horas.
unidade. necessários a atividade. - Bom conhecimento e uso dos EPI e
- Bom conhecimento dos procedimentos - Bons conhecimentos dos riscos das EPC necessários a atividade.
para a emissão de ATR / PET atividades. - Bons conhecimentos dos riscos das
atividades.
- Visualização constante o trabalhador
no EC.
12. – COLABORADORES :
12.1 SUPERVISORES HABILITADOS: 11.2 TRABALHADORES HABILITADOS: 11.2 VIGIAS
Jose valmor Shafer de Azevedo Liverio Martins HABILITADOS:
Renaldo Muller Beltrão
13. – OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES :
- Foram instaladas placas de sinalização no acesso de cada espaço confinado;
- Todas as entradas e saídas dos espaços confinados possuem cadeado impedindo acesso de pessoas não autorizadas.

Quadro 6: APR do poço do elevador de expedição


Fonte: Próprio autor, 2012.
42

ESPAÇO CONFINADO
007 ONÉSIMO E. SOLDERA APR
TUNEL 02
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Área/Local: Boqueirão da palma – RS 1.2: ONÉSIMO E. SOLDERA
1.3 Localização: Localizado abaixo dos silos. 1.4 Função: Tem a função de transportar grãos ate seu destino
final.
1.5 Tipo: Túnel 1.6 Produto: Grãos diversos conforme o período.

2. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO: Túnel, em concreto armado em suas paredes, com um único acesso pelo topo de
1,20 x 2,00, seu comprimento de 12,50 m e dimensões internas de 1,20m x 2,00 m. Tem uma fita transportadora centralizada no
mesmo. Não tem nenhuma divisória, parede interligado que impeça a visualização do trabalho em seu interior,não possui sistema de
resgate , mas possui iluminação fluorescente.
3. ACESSOS/EVACUAÇÃO – QUANTIDADE, MODELO E POSIÇÃO: Acesso vertical através de abertura retangular ao lado
do elevador com 0,45 x 0,45 m.
No do EC Modelo Dimensões Localização Posição Acesso

E -02 Retangular 1.20 x 2,00 m Piso Vertical Vertical


3.1 LOCALIZAÇÃO:

4. SINALIZAÇÃO: Placas de sinalização em PVC (vinil) fixada na parede externar em frente ao EC. Também o uso de cones, fitas
zebradas, correntes de sinalização.
5. TAREFAS QUE PODEM GERAR RISCOS ESPECIFICOS
Serviços de corte e solda a quente.
Remoção de lodo e água
6. SERVIÇOS PROVÁVEIS PARA ESPAÇO CONFINADO: Limpeza do tunel. Manutenção (troca de componentes). Retirada de
material agregado que impede o funcionamento do túnel(fita transportadora.

1.Uso de protetor auricular do tipo inserção


1. Ruído
(plug).
2.Uso de cinto de segurança tipo paraquedista
Fonte Geradora: Correia transportadora
fixado em espia de aço de ¼ de 6x19 com
alma de fibra com 15 m de comprimento,
Intens/Conc: 89,2 dB(a)
acionado por catraca com capacidade para 800
Kg, para a subida, descida e durante os
Tempo de exposição: Ocasional/Intermitente
trabalhos.
3.Uso de capacete de segurança, com jugular.
2. Queda de altura
4.Exaustão do EC por 5 minutos e após
insuflação de ar por mais 5 minutos.
3. Queda de objetos
5.Bloquear o acionamento do elevador no
quadro de comando com trava e placa de
4.Presença de gases tóxicos ou deficiência de O2. sinalização.
6.1.Verificar a presença dos mesmos com
5.Acionamento involuntário do elevador. auxílio da iluminação auxiliar se necessário.
6.2.Uso de botinas e vara de manobra para
6.Animais peçonhentos. cobras.
7.Uso de luvas de PVC ou raspa de couro,
7.Riscos biológicos (animais em decomposição). balde e pá manual.
43

8.Não realizar trabalhos a quente (corte, solda,


8.Explosão do pó de cereais.
esmeril) com a presença de poeira no
ambiente. Após a realização do trabalho
9. Riscos elétricos na manutenção com auxilio de equipamentos e iluminação
realizar uma detalhada vistoria do local antes
artificial. de reiniciar as atividades.
9.Desligar o disjuntor de energia e testar a
corrente elétrica dos cabos.
8. EXAUSTÃO 9.1 Volume do Espaço Confinado: 9.2 Requisitos:
VENTILAÇÃO 9.2.1 – 5 MINUTOS DE EXAUSTÃO
30,00 m3 9.2.2 – 5 MINUTOS DE VENTILAÇÃO
9.2.3 – Manter a exaustão ou ventilação
durante a realização dos trabalhos.
10. ILUMINAÇÃO: O EC possui iluminação artificial, através lâmpadas incandescentes comum, sua fiação esta toda protegida a
prova de poeira. Deve-se instalar lâmpadas protegidas com vidro a prova de poeira. Em caso de necessidade desligar a energia para
realizar as atividades usar iluminação auxiliar, com lanternas comuns a pilha ou para a verificação da presença de animais
peçonhentos.
11. REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
11.1 – GERAIS :
- Emissão de autorização ATR / PET para a - O espaço confinado permite a visualização
realização dos trabalhos em ECs constante do trabalhador pelo vigia.
11.1 Requisitos para o SUPERVISOR: 11.2 Requisitos para o TRABALHADOR: 11.2 Requisitos para o VIGIA:
- Treinamento específico para trabalhos em - Treinamento específico para trabalhos em - Treinamento específico para
espaços confinados de 40 horas. espaços confinados de 16 horas. trabalhos em espaços confinados de 16
- Conhecimentos dos ECs existentes na - Bom conhecimento e uso dos EPIs e EPCs horas.
unidade. necessários a atividade. - Bom conhecimento e uso dos EPIs e
- Bom conhecimento dos procedimentos - Bons conhecimentos dos riscos das EPCs necessários a atividade.
para a emissão de ATR / PET atividades. - Bons conhecimentos dos riscos das
atividades.
- Visualização constante o trabalhador
no EC.
12. – COLABORADORES :
12.1 SUPERVISORES HABILITADOS: 11.2 TRABALHADORES HABILITADOS: 11.2 VIGIAS HABILITADOS:
JOSÉ VALMOR SCHEFER DE AZEVEDO LIVERIO MARTINS RENALDO MULLER BELTRÃO

13. – OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES :


- Foram instaladas placas de sinalização no acesso de cada espaço confinado;
- Todas as entradas e saídas dos espaços confinados possuem cadeado impedindo acesso de pessoas não autorizadas.

Quadro 7: APR dos túnel 2


Fonte: Próprio autor, 2012.
44

ESPAÇO CONFINADO
008 ONÉSIMO E. SOLDERA APR
SILOS I, II, III E IV
1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Área/Local: BOQUIRÃO DA PALMA- 1.2: ONÉSIMO E. SOLDERA
RS
1.3 Localização: Localizado ao lado da moega 3 1.4 Função: Tem a função de acondicionar os grãos já
beneficiados.
1.5 Tipo: Silo. 1.6 Produto: Grãos diversos conforme o
período.
2. DESCRIÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO: Silo, com suas paredes armadas em metal, com acesso pelo topo de 0,60m x 0.40m
e na lateral 0,60m x 0,60 m feito por uma escada metálica externa sua superfície metálica com profundidade de 13,00 m e dimensões
internas de 13,50m x 13,50 m. Seu acesso ao interior é feito por alçapão. Não têm nenhuma divisória, parede ou túnel interligado que
impeça a visualização do trabalho em seu interior, não possui sistema de resgate e iluminação fluorescente.
3. ACESSOS/EVACUAÇÃO – QUANTIDADE, MODELO E POSIÇÃO: Acesso vertical através de abert Ra quadrada de 0.60 x
0,60 cm.
No do EC Modelo Dimensões Localização Posição Acesso

E -3 Quadrada 0,60 x 0,40m e 0,60 x 0,60m Piso Vertical Vertical


3.1 LOCALIZAÇÃO:

4. SINALIZAÇÃO: Placas de sinalização em PVC (vinil) fixada no elevador em frente ao EC. Também o uso de cones, fitas
zebradas, correntes de sinalização.
5. TAREFAS QUE PODEM GERAR RISCOS ESPECIFICOS
Serviços de corte e solda a quente.
Remoção de lodo e água
6. SERVIÇOS PROVÁVEIS PARA ESPAÇO CONFINADO: Limpeza do silo. Manutenção do silo (troca de componentes).
Pintura do silo. Retirada de material agregado que impede o funcionamento.
7. RISCOS E MEDIDAS DE CONTROLE PARA ELIMINAR/CONTROLAR OS MESMOS :
1.Uso de protetor auricular do tipo
1. Ruído
inserção (plug).
2.Uso de cinto de segurança tipo
Fonte Geradora: Correia transportadora
paraquedista fixado em espia de aço de
¼ de 6x19 com alma de fibra com 15 m
Intens/Conc: 86,7 dB(a)
de comprimento, acionado por catraca
com capacidade para 800 Kg, para a
Tempo de exposição: Ocasional/Intermitente
subida, descida e durante os trabalhos.
3.Uso de capacete de segurança, com
2. Queda de altura
jugular.
4.Exaustão do EC por 5 minutos e após
3. Queda de objetos
insuflação de ar por mais 5 minutos.
5.Bloquear o acionamento do elevador
4.Presença de gases tóxicos ou deficiência de O2. no quadro de comando com trava e
placa de sinalização.
5.Acionamento involuntário do elevador. 6.1.Verificar a presença dos mesmos
com auxílio da iluminação auxiliar se
6.Animais peçonhentos. necessário.
7.Uso de luvas de PVC ou raspa de
7.Riscos biológicos (animais em decomposição). couro, balde e pá manual.
8.Não realizar trabalhos a quente
8.Explosão do pó de cereais. (corte, solda, esmeril) com a presença
de poeira no ambiente. Após a
45

realização do trabalho realizar uma


9. Riscos elétricos na manutenção com auxilio de equipamentos e iluminação artificial.
detalhada vistoria do local antes de
reiniciar as atividades.
9.Desligar o disjuntor de energia e
testar a corrente elétrica dos cabos.
8. EXAUSTÃO VENTILAÇÃO 9.1 Volume do Espaço Confinado: 9.2 Requisitos:
9.2.1 – 5 MINUTOS DE EXAUSTÃO
2.369,25 m3 9.2.2 – 5 MINUTOS DE
VENTILAÇÃO
9.2.3 – Manter a exaustão ou ventilação
durante a realização dos trabalhos.
10. ILUMINAÇÃO:Somente iluminação natural.
11. REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS
11.1 – GERAIS :
- Emissão de autorização ATR / PET para a - O espaço confinado permite a visualização
realização dos trabalhos em EC constante do trabalhador pelo vigia.
11.1 Requisitos para o SUPERVISOR: 11.2 Requisitos para o TRABALHADOR: 11.2 Requisitos para o
- Treinamento específico para trabalhos em - Treinamento específico para trabalhos em espaços VIGIA:
espaços confinados de 40 horas. confinados de 16 horas. - Treinamento específico
- Conhecimentos dos EC existentes na unidade. - Bom conhecimento e uso dos EPI e EPC para trabalhos em espaços
- Bom conhecimento dos procedimentos para a necessários a atividade. confinados de 16 horas.
emissão de ATR / PET - Bons conhecimentos dos riscos das atividades. - Bom conhecimento e uso
dos EPIs e EPC necessários
a atividade.
- Bons conhecimentos dos
riscos das atividades.
- Visualização constante o
trabalhador no EC.
12. – COLABORADORES :
12.1 SUPERVISORES HABILITADOS: 11.2 TRABALHADORES HABILITADOS: 11.2 VIGIAS
Jose Valmor Shafer de Azevedo Liverio Martins HABILITADOS:
Renaldo Muller Beltrão

13. – OBSERVAÇÕES / RECOMENDAÇÕES :


- Foram instaladas placas de sinalização no acesso de cada espaço confinado;
- Todas as entradas e saídas dos espaços confinados possuem cadeado impedindo acesso de pessoas não autorizadas.

Quadro 8: APR dos silos metalicoa 1,2,3 e 4


Fonte: Próprio autor, 2012.
46

5.4 Levantamentos dos riscos relacionados aos espaços confinados da empresa

As atividades existentes na empresa, e que envolvem e se relacionam com espaços


confinados podem apresentar vários risco. Foi realizado um levantamento dos riscos mais
comuns relacionados a Espaço Confinado que ocorrem no ambiente de trabalho. Os riscos nos
EC são descritos no quadro abaixo.

Riscos Descrição Conseqüência ao


trabalhador
Problemas de acesso EC possuem acessos Numa emergência, os
limitados de entrada e saída, colaboradores podem não
podem ser difíceis de entrar e estar aptos a sair rapidamente
sair e causar algum acidente
Problemas com iluminação Os EC podem ter iluminação A falta de iluminação ou a
insuficiente ou sem iluminação insuficiente pode
iluminação dificultar o trabalho, a
entrada e saída dos
colaboradores, desconforto
visual
Temperatura Nos EC podem ocorrer Ambientes muito frio ou
variações de temperatura, quente podem causar
pode ficar muito frio ou desconforto térmico,
quente câimbras, prostração térmica
Superfícies Escorregadias Escapamentos, vazamentos e Superfícies úmidas são
condensação fazem com que escorregadias, aumentam o
superfícies se tornem risco de quedas, podendo
escorregadias ocasionar acidentes com
diversas lesões

Engolfamento ou Os colaboradores podem ser Podem ocorrer lesões


soterramento soterrados ou sugados por diversas, parcial ou total e ate
grãos ao realizarem suas levar o trabalhador a óbito
atividades em silos e
armazéns devido ao
deslocamento destes grãos ou
acionamento de máquinas

Substancias químicas Os colaboradores podem Podem causar irritação nos


entrar em contato com olhos, pele, queimaduras,
substâncias químicas que ha problemas respiratórios.
nos EC, com sustâncias que
usaram para a atividade
Ruídos Durante alguma atividade Perda auditiva, stress,
podem ter ruídos ou ate desconforto acústico, fadiga,
47

mesmo algum equipamento dificuldade de comunicação


entrante utilizado no entre os trabalhadores
trabalho, pois em EC ocorre
um amplificação do som
Queda de Objetos Pode ocorrer de cair alguma Os colaboradores mesmo
ferramenta durante a utilizando o capacete podem
manutenção do EC, se o serem atingidos por algum
trabalhador não estiver objeto e causar alguma lesão
usando os EPCs adequados
para as tarefas
Vapores Orgânicos e poeiras Podem estar presente no EC Causam doenças pulmonares,
minerais irritações na pele e olhos
Animais Peçonhentos Nos EC muitas vezes se Podem causar lesões ate
encontram cobras, escorpiões levar a óbito
entre outros animais, pois
apresentam condições
favoráveis
Atmosfera em Condições Qualquer condição que cause Algumas substâncias podem
Imediatamente Perigosa a uma ameaça imediata à vida produzir efeitos imediatos
vida ou a saúde (IPVS) ou que possa causar efeitos que, apesar de severos,
adversos irreversíveis a podem passar despercebidos,
saúde, ou que interfira com a sem atenção médica, mas são
habilidade dos indivíduos seguidos de repentina
para escapar de um espaço possibilidade de colapso,
confinado sem ajuda podendo este ser fatal, após
certo período de exposição
Quadro 9: Riscos, descrições e consequências ao trabalhador
Fonte: Próprio autor, 2012.

Conforme NR 33, em caso de existências de Atmosfera IPVS, o EC somente pode ser


adentrado com utilização de mascara ou com respirador de linha de ar comprimido com
cilindro auxiliar para escape. Um ambiente de trabalho pode vir a se tornar IPVS, caso ocorra
um vazamento de um contaminante, por exemplo, e a sua concentração esteja acima do limite
IPVS, ou simplesmente por se ter uma situação desconhecida. No caso do espaço confinado, a
recomendação é que todo espaço confinado seja caracterizado como ambiente IPVS, a menos
que se prove o contrário. A concentração do contaminante tóxico ou inflamável, que
possivelmente esteja presente, e também da concentração de oxigênio devem ser medidas
antes que seja permitida a entrada de qualquer pessoa em espaço confinado. E também,
durante todo o tempo de trabalho, esse monitoramento das concentrações e uma ventilação
forçada devem ser mantidos, mesmo que as concentrações medidas inicialmente estejam
abaixo do limite de tolerância dessas substâncias e que o teor de oxigênio não esteja abaixo do
normal (BRASIL, 2006).
48

Dentro de um espaço confinado, as intoxicações podem ocorrer através de asfixiantes


simples, asfixiantes químicos e gases irritantes.
Asfixiantes Simples: gases inertes, que em altas concentrações reduzem a
disponibilidade de oxigênio. Ex.: metano, etano, butano e gás carbônico.
Asfixiantes Químicos: gases que bloqueiam a fixação das moléculas de oxigênio pelas
hemoglobinas Ex.: monóxido de carbono
Irritantes: gases que agridem as vias aéreas (nariz, garganta e laringe, os pulmões e os
olhos. Ex.: óxidos de nitrogênio e o sulfeto de hidrogênio.
Dentre os agentes tóxicos, a exposição ao monóxido de carbono e ao metano, são os
mais comuns dentro do setor de armazenamento de grãos, com características e sintomas
abaixo explicitadas:
A) Monóxido de Carbono
- IPVS – 39 ppm até 48hrs/semanas
- 200ppm x 3hrs - Ligeira dor cabeça , desconforto
- 600ppm x1 hrs - Dor de cabeça, desconforto
- 1000 à 2000ppm x 2hrs - Confusão, dor de cabeça
- 1000 à 2000ppm x 1,5hrs – Tendência a cambalear
- 1000 à 2000ppm x 30min – Palpitação leve
- 2000 à 5000ppm – Inconsciência
- 10000ppm – Fatal
B) Metano
Possui características semelhantes ao gás de cozinha (butano), ponto de fulgor de -
20ºC e auto ignição à 595ºC, altamente inflamável, é considerado um asfixiante simples e
originado principalmente da fermentação e putrefação de grãos.

5.5 Elaborações do quadro de recomendações


A empresa esta se adequando as Normas e elaborando os programas e laudos de
segurança, PPRA e LTCAT, não os tendo concluído completamente. Porém, a empresa
contratado para oferecer consultoria de segurança do trabalho, disponibilizou os dados das
avaliações de iluminamento, ruído para podermos elaborar o quadro de recomendações para
implantação da NR-33. O instrumento utilizado para avaliação de ruído e luminosidade foi
Decibelímetro e Luxímetro digital, marca Instrutemp, modelo ITSL 801.
49

Legenda de prioridade

Medidas a serem implantadas de imediato A


Medidas a serem implantadas em curto prazo (Máximo de quatro meses) B4
Medidas a serem implantadas em médio prazo (Maximo de seis meses) C6
Medidas a serem implantadas em longo prazo (12 meses) D12
Medidas a serem implantadas permanentemente E

Quadro 10: Recomendações de medidas de controle

Nº Setor Medidas de Controle Prazo de


execução
01 Direção/Administração Garantir a capacitação continua dos E
e Supervisão trabalhadores sobre riscos e medidas de
controle e emergência em EC
02 Direção/Administração Capacitar supervisores para EC com B4
e Supervisão treinamento de 40h
03 Direção/Administração Capacitar vigias e trabalhadores para EC com B4
e Supervisão treinamento de 16h
04 Direção/Administração Indicar responsável técnico de acordo com B4
e Supervisão item 33.2.1 da NR33
05 Direção/Administração Proibir a realização de qualquer atividade em E
e Supervisão EC de forma individual ou isolada
06 Direção/Administração Garantir informações atualizadas sobre riscos E
e Supervisão e medidas de controle antes de cada acesso aos
EC
07 Direção/Administração Elaboração dos Procedimentos Operacionais B12
e Supervisão Padrão (POP), para todas as atividades que
ocorrem em EC
08 Direção/Administração Criação de Ordens de serviço para as B12
e Supervisão atividades em EC
09 Direção/Administração Adquirir equipamentos de insuflamento e B12
e Supervisão exaustão e resgate em EC
50

10 Direção/Administração Não iniciar nenhuma atividade em EC sem a E


e Supervisão Permissão de Entrada e Trabalho (PET)
11 Direção/Administração Proteção das instalações elétricas conforme B6
e Supervisão NR 10
12 Direção/Administração Sempre fazer manutenção com os E
e Supervisão equipamentos desligados e desernegizadas
14 Direção/Administração Sinalizar e isolar todos os locais que A
e Supervisão apresentam EC
15 Direção/Administração Orientar os colaboradores a efetuarem suas A
e Supervisão atividades em EC com postura corporal e
obedecendo aos treinamentos e os
procedimentos
16 Direção/Administração Realização de exames periódicos B4
e Supervisão
17 Direção/Administração Efetuar limpeza e dedetização dos EC E
e Supervisão
18 Direção/Administração Realizar a manutenção e higienização dos EPI E
e Supervisão
19 Direção/Administração Na contratação de terceiros para realização de E
e Supervisão serviços certificarem-se de que os mesmos
conheçam os riscos que sejam expostos as
medidas de controle e emergência, uso de EPI
20 Direção/Administração Criação da Brigada de Incêndio D12
Supervisão
Fonte: Próprio autor, 2012
51

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o estudo e levantamento dos espaços confinados pode-se concluir que a empresa
não possui nem um ambiente que possa ser caracterizado como perigoso, fora de controle de
risco.
A empresa esta desenvolvendo um trabalho de conscientização dos riscos,
treinamentos e sinalização, controle dos riscos para implantação da NR 33. Porem necessita
também realizar atividades descritas no quadro de recomendações, como por exemplo, a
compra de equipamentos pra monitoramento e controle de riscos.
52

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR nº 14787, Espaços Confinados-


Prevenção de Acidentes e Medidas de Proteção. São Paulo, 2001.

BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977.: Altera o Capítulo V do Titulo II da


Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras
providências. Disponível em:
<http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1977/6514.htm>. Acesso em: 15 abr. 2012.

______. NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. Brasília:


Ministério do Trabalho e Emprego. In: DOU nº 247, 27 dez. 2009.

______ NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. Brasília:


Ministério do Trabalho e Emprego. In: DOU nº 247, 27 dez. 2007

SERRÃO, Luiz; QUELHAS, Osvaldo; LIMA, Gilson. Os riscos de trabalho em espaços


confinados. Rio de Janeiro, 2003.
53

ANEXOS
54

ANEXO A

Tabela 1 - Avaliação de luminosidade e de ruído


55

Tabela 2 - Avaliação riscos física


56

ANEXO B
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA JÁ EXISTENTE NO ARMAZÉM

Figura10: Captador de poeiras das moegas

Figura 11: Ciclone 01 e 02 das pré-limpeza.


57

ANEXO C
MODELO DE PERMISSÃO DE ENTRADA EM EC

Nome da empresa:
Local do espaço confinado: Espaço confinado n.º:

Data e horário da emissão: Data e horário do término:


Trabalho a ser realizado:
Trabalhadores autorizados:

Vigia: Equipe de resgate:

Supervisor de Entrada:
Procedimentos que devem ser completados antes da entrada
1. Isolamento S() N()
2. Teste inicial da atmosfera: Horário:
Oxigênio % O2:
Inflamáveis % LIE:
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:

3. Bloqueios, travamento e etiquetagem N/A ( ) S() N()


4. Purga e/ou lavagem N/A ( ) S() N()
5. Ventilação/exaustão – tipo, equipamento e tempo N/A ( ) S() N()
6 Teste após ventilação e isolamento: Horário:
Oxigênio % O2: > 19,5% < 23,0% N/A ( ) S() N()
Inflamáveis % LIE: <10% N/A ( ) S() N()
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:

7 Iluminação geral: N/A ( ) S() N()


8 Procedimentos de comunicação: N/A ( ) S() N()
9 Procedimentos de resgate: N/A ( ) S() N()
10 Procedimentos e proteção de movimentação vertical: N/A ( ) S() N()
11 Treinamento de todos os trabalhadores? É atual? N/A ( ) S() N()
12. Equipamentos:
13. Equipamento de monitoramento contínuo de gases aprovados e certificados por um S() N()
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas
potencialmente explosivas de leitura direta com alarmes em condições:
Lanternas N/A ( ) S() N()
Roupa de proteção N/A ( ) S() N()
Extintores de incêndio N/A ( ) S() N()
Capacetes, botas, luvas N/A ( ) S() N()
Equipamentos de proteção respiratória/autônomo ou sistema de ar mandado com N/A ( ) S() N()
cilindro de escape
Cinturão de segurança e linhas de vida para os trabalhadores autorizados S() N()
58

Cinturão de segurança e linhas de vida para a equipe de resgate N/A ( ) S() N()
Escada N/A ( ) S() N()
Equipamentos de movimentação vertical/suportes externos N/A ( ) S() N()
Equipamentos de comunicação eletrônica aprovados e certificados por um Organismo N/A ( ) S() N()
de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas
potencialmente explosivas
Equipamento de proteção respiratória autônomo ou sistema de ar mandado com S() N()
cilindro de escape para equipe de resgate
Equipamentos elétricos e eletrônicos aprovados e certificados por um Organismo de N/A ( ) S() N()
Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas
potencialmente explosivas
Legenda: N/A = “não se aplica”; N = “não”; S = “sim”.
Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos
Permissão de trabalhos a quente N/A ( ) S() N()
Procedimentos de Emergência e Resgate
Telefones e contatos:
Ambulância:
Bombeiros:
Segurança:
Obs.:
♦ A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna “não”.
♦ A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme, ordem do Vigia ou
qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica no abandono imediato da área.
♦ Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica a emissão de nova permissão de entrada. Esta
permissão de entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu término. Após o trabalho, esta
permissão deverá ser arquivada.
59

ANEXO E
PLANTA BAIXA DOS ARMAZEM E SILOS
60

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