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Iª Mostra do Conhecimento

FATEC GUARULHOS

CARGAS ESPECIAIS: OS CUIDADOS NO TRANSPORTE DE


VACINAS NA AVIAÇÃO CIVIL

Gustavo Sancho Queiroz (FATEC GUARULHOS) gustasancho@outlook.com


Kátia Regina Frediane Paiva (FATEC GUARULHOS) katiafrediane@gmail.com
Rebecka Mariane Sacharo (FATEC GUARULHOS) rebeckasacharo@outlook.com
Prof. (a) Vanderlei Tallach (FATEC GURAULHOS) vanderlei.tallach@fatec.sp.gov.br

RESUMO

Transportar cargas por via aérea surgiu como uma solução veloz, efetiva e estável para movimentar
cargas com agilidade e eficiência, é o que atua de forma mais ágil, ocasionando confiança e
credibilidade.
Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, a demanda global neste setor, vem
crescendo desde 2016.
Este artigo tem como objetivo geral aprofundar o conhecimento sobre cargas especiais e os cuidados
envolvidos no transporte das mesmas, cargas especiais como as vacinas, são fiscalizadas pelo
Governo, para o transporte deste tipo de carga é preciso alguns documentos especiais como:
certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), autorização da Guia de Tráfego,
fornecida pelo Ministério do Exército e a licença do Serviço Regional da Aviação Civil.
O transporte de vacinas gera uma certa preocupação dos órgãos reguladores da aviação civil
mundial, que reconhecem a necessidade da criação de regras para o transporte seguro de cargas
especiais.
O estudo foi elaborado com base em documentos, artigos, reportagens, regulamentos e leis,
analisados de acordo com a fundamentação teórica.
Constatou-se que o desconhecimento das normas junto com o treinamento deficiente dos
profissionais podem contribuir para a ocorrência de acidentes na movimentação das vacinas.

PALAVRAS-CHAVE: Cargas Especiais, Vacinas, Transporte Aéreo, Anvisa

ABSTRACT

Transporting cargo by air has emerged as a fast, effective and stable solution for moving cargo with
agility and efficiency, which is the most agile, leading to confidence and credibility.
According to the International Air Transport Association, global demand in this sector has been
growing since 2016.
This article has as general objective to deepen the knowledge about special cargoes and the cares
involved in the transport of them, special cargoes such as vaccines, are supervised by the
Government. Authorization of the Traffic Guide (ANVISA) provided by the Ministry of Army and the
license of the Regional Civil Aviation Service.
The transport of vaccines raises some concern from the world's civil aviation regulators, which
recognize the need to create rules for the safe transport of special cargo.
The study was elaborated based on documents, articles, reports, regulations and laws, analyzed
according to the theoretical basis.
It was found that ignorance of the rules along with poor training of professionals can contribute to the
occurrence of accidents in the movement of vaccines.

.Keywords: Special Cargoes, Vaccines, Air Transport, Anvisa


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1- INTRODUÇÃO

O uso do transporte de cargas via aérea tem sido utilizado há vários anos no mundo
todo, mesmo apresentando um custo elevado. Seu principal objetivo é atender a
necessidade do cliente que dispõe de um prazo curto para entregar seu produto ou
onde o mesmo necessita de condições especiais para sua entrega. Há vários tipos
de carga que usam o transporte aéreo, como produtos perecíveis ou eletrônicos,
cargas vivas, perigosas, amostras biológicas ou vacinas. (Figura 1).

Figura 1 – Aeronave de carga


Fonte: Royalcargo.com.br

Vacinas são gêneros de farmacologia feitos através de espécime existentes,


preparados para proteger indivíduos de modo ativo ou passivo. São gêneros frágeis
à temperaturas altas, baixas e claridade intensa. Desta forma para conservar a sua
eficácia, precisam ser transportadas, organizadas, armazenadas, monitoradas,
distribuídas e administradas de forma adequada. O crescimento na fabricação de
drogas farmacológicas e das vacinas que utilizam tecnologia de ponta, aumenta da
mesma maneira a exigência de aperfeiçoamento na infraestrutura dos transportes.
(Figura 2).

Figura 2 – Uso da tecnologia na produção de vacinas


Fonte: Isaúde.net

Os imunizadores (vacinas), podem ser transportados de forma segura em aeronaves


uma vez que seja seguido os procedimentos e normas estabelecidos pelos órgãos
competentes. Várias questões de difícil resolução são encontradas na
movimentação das vacinas, a começar pela armazenagem inadequada da carga,
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falta de treinamento dos funcionários, até demora não prevista com desembaraço
alfandegário. À medida que não são mantidos os tempos e o controle da
temperatura no transporte as vacinas podem sofrer oscilações de temperatura
resultando na perda do produto. O presente artigo tem como objetivo expor as
normas e os cuidados necessários no transporte de vacinas em aeronaves.
O método de estudo foi elaborado com base em documentos, artigos, reportagens,
regulamentos e leis, analisados de acordo com a fundamentação teórica.
É da competência da União, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), formalizar as normas sobre a movimentação de medicações são elas: Lei
6360 de 1976, 9782 de 1999, Portaria 802 de 1998 e as RDCs nº 234 de 2005 e 38
de 2010. Os órgãos que regulamentam as normas para movimentação destas
cargas especiais têm demonstrado um grande cuidado com esta classe pois elas
devem ser tratadas de forma diferente das cargas convencionais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 AVIAÇÃO CIVIL NO BRASIL

A aviação comercial no Brasil teve início em 1927 e em junho do mesmo ano foi
formada a Viação Aérea Rio-Grandense (VARIG) e em novembro de 1933 foi
formada a Viação Aérea São Paulo (VASP). O tamanho do país e a deficiência de
outros modais de transporte contribuíram para que a aviação comercial no Brasil
crescesse excepcionalmente. Contudo várias coisas mudaram no começo do século,
a VASP deixou de operar por ordem do judiciário, a VARIG foi delimitada e separada
em várias empresas de menor porte, e sobrevieram empresas como a TAM, GOL e
AZUL. No Brasil este mercado vem apresentando um crescimento significativo
desde 2013.

2.2 TRANSPORTE AÉREO

Atualmente o modal aéreo é tido como o mais confiável e eficaz, e pode ser
classificado em: Geral, Militar e Comercial, e são subdivididas em: Full Pax (avião de
passageiros), All Cargo ou Full Cargo (exclusivo para cargas) e Combi (transporte
misto). Hoje em dia é visto como o transporte mais veloz, avançado e inovador do
mundo, possibilitando o acesso de uma forma mais acessível a lugares remotos que
seriam difíceis entre outro modais.

2.3 TRANSPORTE DE CARGAS AÉREO

A movimentação de cargas aérea se sobressai como um dos modais de maior


segurança e velocidade entre as ações logísticas. A inovação e modernização
ganhou espaço de uma forma acelerada em todos os mercados, inserindo a
movimentação de cargas aéreas. As cargas são separadas por valor, tamanho e
importância e são classificadas em: cargas de malotes, perecíveis, viva, frágeis,
valor, controladas (especiais), perigosas e cargas de restos mortais. No Brasil, para
movimentação de cargas aéreas usa-se principalmente as aeronaves de
passageiros, uma vez que há várias companhias aéreas à disposição. O mercado
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global de carregamento aéreo não para de crescer e tem apresentado um


desenvolvimento contínuo e rápido nos últimos anos. (Gráfico 1 e 2).

Gráfico 1 – Relação de cargas por região do país


Fonte: Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC), 2018

Gráfico 2 – Relação em % de variação com o ano anterior.


Fonte: ANAC, 2018

2.4 PRINCIPAIS ENTIDADES E ÓRGÃOS DO SETOR AÉREO

No Brasil a aviação civil é administrada pelo Ministério da Defesa que é formado


pelo Comando da Aeronáutica (COMAR),Comissão de Aeroportos da Região
Amazônica (COMARA), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA),
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Diretoria de Engenharia Aeronáutica
(DIRENG) e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), e os
órgãos internacionais são formados pela Internacional Air Transport Association
(IATA), Federal Aviation Administration (FAA), Aliança Cooperativa Internacional
(ACI) e International Civil Aviation Organization (ICAO).
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 Internacional Air Transport Association (IATA): É uma instituição privada


que tem como função retratar e prestar assistência à aviação civil. É
responsável por representar 240 companhias aéreas mundiais, que
representam 84% da circulação total do tráfego aéreo. Tem como objetivo o
apoio e ajuda na formação de políticas comuns para questões críticas.

 Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC): A ANAC está unida com a


SAC-PR (Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República), sua
função é regulamentar e vistoriar as ações da aviação civil. A organização
analisa e estabelece normas definidas pelo Governo Federal. A esfera de
ação da ANAC contém ações de precaução para acidentes aéreos, essas
ações são desenvolvidas em parceria com o Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes (CENIPA), e com o Departamento de Controle do
Espaço Aéreo e com a gerência aeroportuária (DECEA).

2.5 CARGAS CONTROLADAS

São aquelas monitoradas pelo Governo, como armas, medicamentos, vacinas, entre
outras. Para o transporte dessas cargas é preciso conseguir a autorização da guia
de tráfego, licença do serviço regional da aviação civil e a certificação da Anvisa.

2.6 IMUNIZADORES (VACINAS)

Os imunizadores são a forma mais segura e eficiente de proteção contra doenças


patogênicas, e são obtidos através das células do invasor, habitualmente na forma
enfraquecida ou morta. Os imunizadores (vacinas) se passam por agentes
contagiosos, desse modo estimulando a formação de anticorpos exclusivos contra
os patogênicos. Dessa forma, os imunizadores instruem o sistema imunológico a se
prevenir de forma eficiente. (Figura 3).

Figura 3 – Amostra de Imunizador


Fonte: Programa Nacional de Imunizações (PNI)

2.7 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI)

Fundado em 1973 com o objetivo de estruturar a Política Nacional de Vacinação,


colaborando para o monitoramento, supressão e extinção de patologias
imunobiológicas. O PNI está unido ao Sistema Único de Saúde (SUS) em
conformidade com o Ministério da Saúde. As vacinas importadas ou nacionais são
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compradas pelo Ministério da Saúde e a Central Nacional de Armazenagem e


Distribuição de Imunobiológicos distribui para as secretarias de saúde.

2.8 CENTRAL NACIONAL DE ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO DE


IMUNOBIOLÓGICOS (CENADI)

O CENADI foi fundado em 18 de outubro de 1996 com o objetivo de distribuição dos


materiais adquiridos pelo Ministério da Saúde que necessitam de uma estratégia
eficiente para serem entregues em todo país. Nesses materiais estão incluídos
vacinas, e kits para diagnosticar a rubéola, HIV e o sarampo, entre outros materiais.
O órgão é responsável pelo monitoramento, armazenagem, manuseio e
acondicionamento dos materiais e pelo controle dos imunobiológicos que entram no
país.

2.9 EMBALAGENS

As embalagens usadas frequentemente para preservação das vacinas são as


primárias, secundárias e terciárias. Em caso de grandes volumes são usadas
embalagens exteriores para sua acomodação. As embalagens das vacinas seguem
à Consulta Pública nº 81, de 2007 da Anvisa.(Figura 4).

Figura 4 – Embalagem de Imunobiológico


Fonte: PNI

A resistência que se atribui à embalagem terciária é fundamental para garantir a


qualidade do material transportado, além de influenciar na conservação do material.
As embalagens são elementos essenciais no dimensionamento, conservação e
proteção dos materiais.

2.10 ARMAZENAGEM

É fundamental que as condições de temperatura estejam controladas, pois a


estabilidade da vacina não pode ser prejudicada para que não resulte na sua
inutilidade. A temperatura é o aspecto mais vulnerável e um dos principais fatores
que podem impactar na estabilidade de uma vacina, a temperatura deve estar entre
2ºC e 8ºC, é indispensável que estejam acondicionadas em equipamentos que
tenham uma qualificação especial e que possam assegurar a temperatura correta.
Seguindo essa linha de orientação, a elaboração dos procedimentos para
armazenagem e abastecimento precisam dimensionar a utilidade e as classes das
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vacinas e também determinar à temperatura e o tempo apropriado ao


armazenamento. (Figura 5).

Figura 5 – Armazenagem das vacinas


Fonte: CENADI

2.11 TRANSPORTE

No setor farmacêutico a movimentação de produtos mais sensíveis são os


biológicos, incluindo todas as variações de vacinas. Todos os imunizadores
necessitam de um controle específico de temperatura, sendo necessário a
qualificação de transporte. A qualificação de transporte é um processo executado
por farmacêuticos especializados no setor de garantia de qualidade da indústria que
realizam e monitoram as operações de qualificação. Essas operações são
realizadas seguindo as normas da RDC nº 55/2010. Dentre as normas podemos
exemplificar a obrigatoriedade da utilização de dispositivos de monitoramento
eletrônico de temperatura, como o “data loggers”, tanto no transporte terrestre como
aéreo. Conforme a Anvisa, pelo estabelecido na Lei nº 6360/1976 e pela Portaria
802/1998 é preciso haver métodos operativos elaborados para todas as ações que
possam ser passíveis de interferir na qualidade dos imunizadores e na prática de
distribuição. Ainda segundo a Anvisa o modal de transporte adotado para um
imunizador não deve sob nenhuma circunstância danificar a sua propriedade e
precisa dispor de atributos que certifiquem a preservação e o cuidado com as
vacinas.
O transporte das vacinas produzidas entre outros países são realizados unicamente
por modal aéreo, seguindo até a alfândega do Rio de Janeiro/RJ, de onde são
transportados até a Cenadi por meio terrestre, utilizando veículo climatizado ou
frigorífico. O transporte é seguido de formulários-padrões como: Nota de
fornecimento e formulários do comprovante de recebimento e do detalhamento de
carga. (Figura 6).
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Figura 6 – Transporte de vacinas


Fonte: ore gional.net Fonte: Emirates SkyCargo

2.12 DESPACHO AÉREO

Os métodos usados pelo CENADI na movimentação das vacinas são: enumerar e


identificar os estojos de poliestireno com seus destinos específicos, em seguida
relacioná-los na declaração de Detalhamento da Carga, essa declaração irá junto
com os imunizadores acompanhado da Nota de Fornecimento de Material e do
Controle de Recebimento das Vacinas. Os imunizadores que não devem ser
submetidos a temperatura negativa são armazenados em estojos com bobinas de
gelo reciclável, as bobinas deverão ser armazenas nos fundos, laterais e em cima
dos estojos, para garantir a estabilidade da temperatura em +2ºC. Se houver
espaços livres nos estojos eles deverão ser preenchidos com flocos de isopor; isso
serve para diminuir o ar no interior dos estojos, assim a duração do congelamento
das bobinas é prolongado. Ao término desta etapa, é realizada a medição da
temperatura por amostragem e os estojos são fechados. Os imunizadores virais
mantidos a -20ºC são acomodados nos estojos com gelo seco, para garantir a
estabilidade da temperatura em -55ºC; os estojos são fechados depois da medição
da temperatura por amostra aleatória. (Figura 7).

Figura 7 – Processo finalizado para embarque


Fonte: Aeroporto Guarulhos

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Vários imprevistos e situações de emergência são ocasionados ou provocados por


erros nas várias etapas que configuram os diferentes modais, no transporte aéreo
não é o contrário. Os erros na movimentação das cargas especiais não encontram-
se apenas no carregamento para o interior da aeronave, os erros encontram-se
também no armazenamento dessas cargas especiais, uma vez que toda avaria que
aconteça na embalagem dos imunizadores ou que os requisitos de temperatura não
estejam controlados poderá inutilizar sua ação terapêutica. Também pode ocorrer
uma falha na amarração da carga, se a mesma não estiver amarrada corretamente
ela pode desprender-se durante o voo. A falta de treinamento específico da equipe
envolvida com as cargas é outro fator importante uma vez que cargas especiais
necessitam de tratamento diferente de cargas comuns, não saber as normas
específicas para cada tipo de carga, ocasiona muitos danos.
Desde fevereiro de 2019 o Brasil tem enfrentado uma situação de emergência nas
unidades básicas de saúde: a falta das vacinas Pentavalente e DTP (Vacina tríplice
bacteriana), essa situação foi provocada pelo armazenamento fora dos padrões
normatizados nos requisitos de controle de temperatura dos imunizadores. Segundo
o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetto foi detectado essa variação de
temperatura na chegada das vacinas ao Brasil em fevereiro deste ano (2019), os
órgãos reguladores esperam que tenha ocorrido apenas um problema na logística
do transporte, assim, foi solicitado novos testes de inspeção no laboratório produtor
na Indía. A Anvisa criou a Resolução nº 1.911 de 17 de julho de 2019 onde
determina o recolhimento das vacinas fora do padrão que chegaram a ser
encaminhadas para algumas unidades de saúde enquanto aguarda o parecer da
Organização Panamericana de Saúde para liberação do produto, enquanto isso o
ministério da saúde solicitou a reposição imediata das vacinas, porém não há
disponibilidade imediata com outros fornecedores, ainda segundo o ministério da
saúde o abastecimento da Pentavalente deverá ser normalizado a partir de
novembro, porém a DTP não tem previsão. Vale ressaltar a importância desses
imunizadores, essas vacinas são essenciais para imunizar as crianças de 2, 4 e 6
meses e 1, 4 e 6 anos contra doenças como: Hepatite B, difteria, tétano, coqueluche,
pneumonias, rotavírus e Haemophilus influenza do tipo b. Assim, a capacitação é
um recurso fundamental aplicado no aperfeiçoamento dos procedimentos de
segurança. É essencial que a equipe envolvida no preparo ou na movimentação de
cargas especiais estejam devidamente capacitadas e preparadas para trabalhar com
as mesmas.(Figura 8).

Figura 8 – Movimentação dentro do Terminal de Cargas


Fonte: Terminal de carga aeroporto Guarulhos
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como pode ser observado, os erros na movimentação dos imunizadores podem ser
grandes e as dificuldades também. Os erros encontram-se no lugar e na maneira
como são armazenados dentro de um Terminal de Cargas (TECA), na
movimentação do armazém até a aeronave e na arrumação e compartilhamento no
interior da aeronave. A falta de treinamento específico também pode ser citado como
um motivo de erro, falhas no controle de armazenagem e temperatura ou no
transporte podem causar a inutilização das vacinas. Embora exista um
monitoramento exigente e controles rigorosos, falhas podem acontecer em algum
momento. Por isso a identificação adequada, o manuseio correto, a etiquetagem
certa e o controle da temperatura são fundamentais.
Com o intuito de averiguar se as normas e diretrizes determinadas pelas agências
reguladoras estão sendo cumpridas, o treinamento das equipes envolvidas no
processo deveria ser monitorada mais de perto.

5 REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. REGULAMENTO BRASILEIRO DE


AVIAÇÃO CIVIL – RBAC Nº 175 emenda nº 01. 2018. Disponível em: 15 set. 2019
<http://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbac-175-emd-
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ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Disponível em:


<http://www.portal.anvisa.gov.br/legislacao>. Acesso em: 23 set. 2019

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<http://www.manualrede frio1ed.pdf>. Acesso em: 23 set. 2019

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Disponível em: <http://www.manual_rede_frioed.pdf>. Acesso em: 23 set. 2019

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MEIOS DE TRANSPORTE. TRANSPORTE AÉREO. Disponível em:<http://meios-


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NÚCLEO ESTADUAL NO RIO DE JANEIRO. CONHEÇA A CENADI: CENTRAL


NACIONAL DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE IMUNOBIÓLOGICOS.
Disponível em:<http://www.nerj.rj.saude.gov.br/internet/?page_id=133>. Acesso em:
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. O QUE SÃO VACINAS E COMO


AGEM NO ORGANISMO. Disponível
em:<https://familia.sbim.org.br/vacinas/perguntas-e-respostas/o-que-sao-vacinas-e-
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