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O Brasil é um dos países mais populosos do mundo e com uma área territorial continental. Em
contraste com seu tamanho e população, possui uma das menores frotas de aeronaves
aeromédicas dedicadas, enquanto países como Alemanha e Áustria, que oferecem um dos
melhores serviços aeromédicos do mundo, têm 1,5 aeronaves aeromédicas por milhão de
habitantes. Os Estados Unidos, por sua vez, têm 4.2 por milhão.
Para dar suporte e estímulo ao avanço deste segmento no Brasil, o Comitê Técnico de Serviço
de Transporte Aeromédico - CT-STA e entidades do setor trabalharam por meses em prol da
INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR Nº 135-005, Revisão A. A IS foi publicada pela ANAC em 25 de
março de 2022 e apresenta uma série de instruções e procedimentos para a autorização e
realização de operação aeromédica por operador aéreo certificado. Trata-se de um avanço
para modernizar e normatizar o transporte aeromédico no país.
A jornada dos tripulantes de voos aeromédicos é um assunto muito delicado e esteve em alta
durante o período de pandemia. A ANAC chegou a publicar as Portarias SPO nºs 4.012, 4.089.
4.232 e 4.393, flexibilizando a jornada dos tripulantes de voos aeromédicos, com o intuito de
agilizar a atividade para não prejudicar o transporte de enfermos em situações mais graves.
Após três anos de atividade como uma Comissão Temática da Associação Brasileira de Aviação
Geral (ABAG), a Associação Brasileira de Operações Aeromédicas – ABOA, foi finalmente
fundada e apresentada durante a LABACE em 2018. É uma organização sem fins lucrativos, que
visa orientar a modernização dos marcos regulatórios da aviação aeromédica e fomentar o
desenvolvimento do setor no Brasil, melhorando as condições práticas e operacionais, de
modo a agilizar o atendimento pré-hospitalar, o transporte inter-hospitalar e o transporte de
órgãos humanos e tecidos, reduzindo as mortes e sequelas, uma real necessidade de um país
com as dimensões e as carências do Brasil.