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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

PÓS-GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO E GESTÃO AEROPORTUÁRIA

EDUARDO GASPARIN PALERMO

OS DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA


SUSTENTABILIDADE CONSTRUTIVA NOS AEROPORTOS BRASILEIROS

São Paulo
2019
EDUARDO GASPARIN PALERMO

OS DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA


SUSTENTABILIDADE CONSTRUTIVA NOS AEROPORTOS BRASILEIROS

Trabalho de Conclusão de Curso


de Especialização em
Planejamento e Gestão
Aeroportuária para obtenção do
grau de especialista
Universidade Anhembi Morumbi
Programa de Pós-Graduação

Orientador: Kerlington Pimentel de Freitas

São Paulo
2019
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4

1. A DEMANDA DOS AEROPORTOS E AS CONCESSÕES NO BRASIL ...................... 6

2. O PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL: GREEN AIRPORTS ........................................ 13

3. OS INCENTIVOS ECONÔMICOS E A GESTÃO DAS EMISSÕES DE CO2.............. 20

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 26

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 28
4

INTRODUÇÃO

Conforme a Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC) e a Confederação Nacional


do Transporte (CNT), a construção civil e a aviação geram, aproximadamente, duzentos e
setenta e cinco bilhões de reais1 e trezentos e doze bilhões de reais em Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro2, respectivamente. Conforme a Air Transport Action Group (ATAG), se a
aviação fosse vista como um país, ocuparia o posto de vigésimo lugar no mundo em termos de
PIB, contribuindo com setecentos e quatro bilhões e quatrocentos milhões de dólares anuais,
considerado igual ou maior que o PIB da Suíça.3
Conforme estudo do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), as construções são
responsáveis pelo consumo de 40% de energia, extraindo 30% de matéria-prima, gerando 25%
de resíduos, consumindo 25% da água e ocupando 12% das terras. Segundo o estudo, o setor é
responsável por um terço das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE)4, e a fase de uso e
operação representa de 80% a 90% das emissões, que são geradas para suprir a demanda de
energia para climatização e iluminação. Logo, o ciclo de vida dos materiais, desde sua extração
até a demolição, representa os 10% a 20% restantes.5
A ATAG afirma ainda que a aviação civil é responsável por 2% do total das emissões
mundiais6 e, com a evolução da demanda do transporte aéreo prevista pela fabricante de aviões
Boeing, afirmando que a frota mundial de aeronaves irá duplicar em vinte anos7, juntamente
com a projeção do Ministério da Infraestrutura brasileira, apontando uma projeção otimista de

1
CBIC. Banco de dados, PIB Brasil e construção civil. 2019. Disponível em
<http://www.cbicdados.com.br/menu/pib-e-investimento/pib-brasil-e-construcao-civil>. Acesso em: 31. agosto.
2019.
2
CNT. Estudo inédito da Abear revela impacto do setor. 2016 Disponível em <https://www.cnt.org.br/agencia-
cnt/aviacao-movimenta-312-bilhoes-e-gera-6-5-milhoes-de-empregos-no-brasil>. Acesso em: 31. agosto. 2019.
3
AIR TRANSPORT ACTION GROUP, facts & figures. Suíça, 2018. Disponível em <https://www.atag.org/facts-
figures.html>. Acesso em: 31. agosto. 2019.
4
CENTER FOR CLIMATE AND ENERGY SOLUTIONS. Main GreenHouses Gases. 2007. Dióxido de Carbono
CO2 (Vida Atmosférica-VA=100 anos), Metano CH4 (VA=12 anos), Óxido Nitroso N2O (VA=114 anos),
Clorofluorocarbon CCI2F2 (VA=100 anos), Hidrofluorocarboneto CHF3 (VA=270 anos), Hexafluoreto de Enxofre
SF6 (VA=3,20 anos) e Trifluoreto de Nitrogênio NF 3 (VA=740 anos). Disponível em
<https://www.c2es.org/content/main-greenhouse-gases/>. Acesso em: 31. agosto. 2019.
5
CENTRO DE TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES (CTE). Emissões de Carbono e a Construção Civil. São
Paulo. 2013. Disponível em <http://www.cte.com.br/imprensa/2011-02-27-emissoes-de-carbono-e-a-construcao-
civ/> Acesso em: 31. agosto. 2019.
6
AIR TRANSPORT ACTION GROUP, facts & figures. Suíça, 2018. Acesso em: 31. agosto. 2019.
7
BOIENG. Pilot & Technician Outlook 2019-2038. Estados Unidos, 2019. Disponível em
<https://www.boeing.com/commercial/market/pilot-technician-outlook/>. Acesso em: 31. agosto. 2019.
5

crescimento de passageiros/ano até 2037 de 6,14%8, se torna necessário estudos questionando


sobre as políticas de sustentabilidade que as operadoras aeroportuárias no Brasil irão ou estão
implementando para conseguir maior equilíbrio entre a novas expansões e o meio ambiente.
Hoje, há iniciativas da International Civil Aviation Organization (ICAO), que foi
criada em 1944 como uma agência especializada das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de
difundir padrões internacionais aos seus cento e noventa e três estados membros, incluindo o
Brasil, em apoio a segurança, eficiência, proteção, economia sustentável e a responsabilidade
ambiental nas operações aeronáuticas9 a partir da ICAO Environmental10, pelo programa
Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation (CORSIA), que contribui
para as quatorze das dezessete Metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS)11 da ONU desde
2010. Já a Airports Council International (ACI)12, concede a certificação Airport Carbon
Accreditation (ACA) e o reconhecimento de Green Airport. Sua missão é representar os
aeroportos a nível mundial, principalmente frente à ICAO. O objetivo do trabalho colaborativo
é alcançar o índice de Carbono Neutro nos aeroportos, com ações voluntárias entre os anos de
2021 e 2026 e mandatória entre 2027 e 2035.13 No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) é a responsável pelo desenvolvimento das práticas recomendadas pela ICAO.14
Ao longo do primeiro capítulo deste artigo, serão analisados os dados referentes à
demanda dos aeroportos brasileiros, a chagada do programa de concessões à iniciativa privada
e suas repercussões. No segundo, sobre o planejamento sustentável, será feita uma análise das
iniciativas das organizações citadas acima e, por fim, ações e resultados obtidos por alguns
aeroportos brasileiros (não sendo os únicos). No terceiro, serão analisados os incentivos
econômicos estaduais para projetos sustentáveis e uma metodologia para a gestão de CO2.

8
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Projeção Da Demanda da Aviação Civil 2017-2037. Brasília, 2017.
Disponível em <https://infraestrutura.gov.br/images/AEROPORTOS/ProjDemandaPress.pdf>. p. 18. Acesso em:
31. agosto. 2019.
9
ICAO. About ICAO. Disponível em <https://www.icao.int/about-icao/Pages/default.aspx>. Acesso em: 31.
agosto. 2019.
10
ICAO. Environmental Protection. [...] a Organização desenvolveu uma série de padrões, políticas e material de
orientação para a aplicação de medidas integradas para lidar com o [...] planejamento adequado dos aeroportos e
uso da terra [...]. Disponível em <https://www.icao.int/environmental-protection/Pages/default.aspx>. Acesso em:
31. agosto. 2019.
11
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. AGENDA 2030 – Saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero,
energia limpa e acessível, indústria, inovação e infraestrutura, redução das desigualdades, consumo e produção
responsáveis, ação contra a mudança global do clima, vida terrestre e parcerias e meio de implementação.
Disponível em <https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>. Acesso em: 31. agosto. 2019.
12
AIRPORTS COUNCIL INTERNATIONAL. Trailer: Behind the Scenes. Disponível em <https://aci.aero/>.
Acesso em: 31. agosto. 2019.
13
ICAO ENVIRONMENT. Corsia overview vídeo. Disponível em <https://www.icao.int/environmental-
protection/CORSIA/Pages/CORSIA-Videos.aspx>. Acesso em: 31. agosto. 2019.
14
ANAC. Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). 2016. Disponível em
<https://www.anac.gov.br/A_Anac/internacional/organismos-internacionais/organizacao-da-aviacao-civil-
internacional-oaci>. Acesso em: 31. agosto. 2019.
6

1. A DEMANDA DOS AEROPORTOS E AS CONCESSÕES NO BRASIL

Segundo a ANAC, o Brasil possui quinhentos e noventa e um aeródromos públicos


registrados15, destes, o estudo do Ministério da Infraestrutura indica que trinta aeroportos
sistêmicos recebem voos regulares e cento e sete dos regionais são capazes de receber estes
voos. Treze dos aeroportos sistêmicos e apenas três dos regionais atendem à voos
internacionais. Ainda com base no estudo, a população brasileira, que no ano de 2017 era de
duzentos e oito milhões de habitantes, atingirá, até 2037, duzentos e trinta milhões. Já o PIB,
que no ano de 2017 sofreu variação positiva de 1,1%, atingirá os 4,5% de variação até 2037,
lembrando que esta é uma previsão otimista e que existe a projeção mediana anual, que se
restringe a atingir até 2037, o valor de 2.5%.16

Gráfico 1. Estimativa de movimentação de passageiros nos aeroportos brasileiros. (Em milhão)

Fonte: Ministério da Infraestrutura, 2017.17

O estudo tem como base a projeção do PIB em dois cenários deferentes, e conforme o
gráfico 1, consegue-se estimar a movimentação de passageiros, que também é analisado frente
a um cenário conservador, onde é usado a mediana da projeção do PIB e entende-se que são
valores mínimos para futuros investimentos, onde as somas das projeções da movimentação
doméstica de passageiros (trezentos e cinquenta e sete milhões e quinhentos mil) e internacional

15
ANAC. Aeródromos públicos, todas as regiões. Disponível em: <https://www.anac.gov.br/assuntos/setor-
regulado/aerodromos/localizacao-geografica-arquivos/aerodromos/publicos-todas-as-regioes>. Acesso em: 02.
set. 2019.
16
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Projeção Da Demanda da Aviação Civil 2017-2037. Brasília, 2017.
Disponível em <https://infraestrutura.gov.br/images/AEROPORTOS/ProjDemandaPress.pdf>. p. 16 e 18. Acesso
em: 02. set. 2019.
17
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Projeção Da Demanda da Aviação Civil 2017-2037. Brasília, 2017.
p. 19. Acesso em: 02. set. 2019.
7

(quarenta e três milhões e quinhentos mil) resulta em um total de quatrocentos e um milhões de


passageiros até 2037.18 Já a projeção otimista, conforme o gráfico 1, onde é usado o valor
máximo bruto previsto do PIB19, resulta num total de setecentos milhões e quinhentos mil
passageiros até 2037.
O Plano Aeroviário 2018-2038 destaca que a distribuição geográfica do aeroportos
influencia tanto a demanda quanto à capacidade, já que há uma concentração majoritária de
passageiros nas grandes cidades, gerando a necessidade de ampliação das infraestruturas em
um horizonte mais próximo, enquanto aqueles que estão em locais mais afastados, num
horizonte a longo prazo.20 Em outras palavras, o Plano considera que: "uma rede de aeroportos
desenvolvida não compreende que todos eles sejam do mesmo porte ou possuam as mesmas
características operacionais". 21

Gráfico 2. Histórico de capacidade dos aeroportos do Brasil. (Em milhões de passageiros)

Fonte: Ministério da Infraestrutura, 2018.22

Conforme o Plano Aeroviário (gráfico 2), entende-se que a capacidade instalada, em


termos de capacidade e processamento anual de passageiros, é insuficiente para atender a
demanda após o ano de 2025.23

18
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Projeção Da Demanda da Aviação Civil 2017-2037. Brasília, 2017.
Disponível em <https://infraestrutura.gov.br/images/AEROPORTOS/ProjDemandaPress.pdf>. p. 18. Acesso em:
02. set. 2019.
19
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Projeção Da Demanda da Aviação Civil 2017-2037. Brasília, 2017.
p. 9. Acesso em: 02. set. 2019.
20
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Plano aviário Nacional 2018. Disponível em
<https://www.infraestrutura.gov.br/images/AVIACAO_CIVIL/PAN/PAN2018_ebook.pdf>. p. 26. Acesso em:
02. set. 2019.
21
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Plano aeroviário Nacional 2018. p. 27. Acesso em: 02. set. 2019.
22
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Plano aeroviário Nacional 2018. p. 26. Acesso em: 02. set. 2019.
23
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Plano aeroviário Nacional 2018. p. 27. Acesso em: 02. set. 2019.
8

Já a nível global, conforme a figura 1, extraída do Ministério, observa-se que no Brasil,


não se alcança nem uma viagem por pessoa, enquanto outros países já estão beirando a duas.

Figura 1. Comparação de viagens per capita entre Brasil e exterior

Fonte: Ministério da Infraestrutura, 2017.24

De acordo com o Secretário Nacional da Aviação Civil (SAC), dentro do Planejamento


Estratégico, o governo visa chegar a duzentos aeroportos capazes de receber voos regulares por
meio do fomento da aviação regional,25 conforme observa-se na tabela 1.

Tabela 1. Aeroportos com voos regulares


NÚMERO DE AEROPORTOS COM VOO REGULAR
ANO 1999 2009 2019 2025
AEROPORTOS COM VOO REGULAR 184 132 139 200
Fonte: Secretaria da Aviação Civil, 2019.26

Complementando o exposto acima, o Secretário ressalta alguns resultados já obtidos:

A abertura do capital estrangeiro, [...] e a redução do ICMS do querosene estão sendo


executados pelo Governo. A exemplo, temos novas empresas no Paraná, resultado do
programa Céus Abertos, que por meio de parcerias com empresas que operam no
SBCT que não conseguem chegar com até os aeroportos regionais por não possuírem
infraestrutura adequada, farão a conexão por meio de aeronaves de até nove lugares
destas novas empresas entrantes.27

24
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Projeção Da Demanda da Aviação Civil 2017-2037. Brasília, 2017.
Disponível em <https://infraestrutura.gov.br/images/AEROPORTOS/ProjDemandaPress.pdf>. p. 19. Acesso em:
03. set. 2019.
25
GLANZMANN, Ronei. Perspectivas do governo para o setor. Palestra concedida ao International Brazil Air
Show (IBAS). São Paulo, 11. set. 2019.
26
INTERNATIONAL BRAZIL AIR SHOW (IBAS). São Paulo. 11. set. 2019.
27
GLANZMANN, Ronei. Perspectivas do governo para o setor. Palestra concedida ao International Brazil Air
Show (IBAS). São Paulo. 11 set. 2019.
9

Dito isso, o presidente da Associação das Empresas Aéreas (Abear), destaca que em
2002, quando houve a transição para o sistema de Preço Controlado da Liberdade Tarifária28,
foram vendidas trinta e seis milhões de passagens. Em 2014 e 2015, se alcança cem milhões de
passagens, gerando uma quantidade considerável de passageiros, tornando a capacidade
instalada insuficiente para o atendimento com qualidade.29
Diante do cenário, em 2011, o Governo Federal, visando inicialmente atender aos
grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, decidiu dar mais
rapidez aos investimentos para a ampliação, manutenção e exploração da infraestrutura
aeroportuária, objetivando oferecer mais qualidade de serviço aos passageiros. Foi iniciado
então, o Programa de Concessão de Aeroportos à iniciativa privada, que até então pertencia
100% à Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), estabelecendo a participação
máxima da INFRAERO em 49% dos ativos.30
Desde então, dez aeroportos foram transferidos ao privado com a mesma modelagem
individual, atingindo os aeroportos de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. O
Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, no Distrito Federal. Os aeroportos de
Guarulhos e Viracopos, no estado de São Paulo. O Galeão, no Rio de Janeiro. Tancredo Neves,
em Minas Gerais. Pinto Martins, no Ceará. Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia. Hercílio Luiz,
em Santa Catarina e o Salgado Filho, no Rio Grande do Sul.31
Em função disso, o Plano Aeroviário destaca que: "O Governo Federal e a iniciativa
privada, por meio das concessões aeroportuárias, realizam significativos investimentos nas
infraestruturas de transporte, ampliando a capacidade dos terminais e sistemas de pistas".32

28
ANAC. Histórico das Tarifas Aéreas Domésticas no Brasil. As tarifas dos serviços de transporte aéreo público
doméstico encontram-se sob o regime de liberdade tarifária desde agosto de 2001, [...]. No regime de liberdade
tarifária, as tarifas aéreas são definidas pelas empresas que prestam os serviços, devendo comunicá-las à ANAC
em prazo por esta definido, conforme ratificou o art. 49 da Lei nº 11.182/2005. O cenário de livre concorrência
atrai investimentos para o setor e estimula o crescimento do mercado, a ampliação da oferta, a diversificação de
serviços e, ainda, a redução de preços. Por consequência, mais pessoas passam a ter acesso aos serviços aéreos
públicos. Disponível em: <https://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/empresas/envio-de-
informacoes/tarifas-aereas-domesticas-1/historico-das-tarifas-aereas-domesticas-no-brasil>. Acesso em: 03. set.
2019.
29
SANOVICZ, Eduardo. Entrevista concedida ao Podcast, concessões aeroportuárias em bloco: saiba quais são
os benefícios para os passageiros. 2018. Disponível em <http://transportes.gov.br/ultimas-noticias/7171-
concess%C3%B5es-aeroportu%C3%A1rias-em-bloco-saiba-os-benef%C3%ADcios-e-o-porqu%C3%AA.html>.
Acesso em: 03. set. 2019.
30
ANAC. Páginas temáticas. Concessões. Disponível em <https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-
tematicas/concessoes>. Acesso em: 03. set. 2019.
31
ANAC. Páginas temáticas. Concessões. Acesso em: 03. set. 2019.
32
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Plano aviário Nacional 2018. Disponível em
<https://www.infraestrutura.gov.br/images/AVIACAO_CIVIL/PAN/PAN2018_ebook.pdf>. p 26. Acesso em:
03. set. 2019.
10

Em 2017, a INFRAERO foi retirada da participação acionária dos ativos.33 Em outubro


do mesmo ano, incluiu-se no Programa Nacional de Desestatização (PND), Decreto Nº 9.180
de 2017, mais treze aeroportos, surgindo a quinta rodada. Desta vez, em blocos regionais34.

Figura 2. Modelo de concessão em blocos regionais (Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste)

Fonte: Ministério da Infraestrutura, setembro 2019.35

Sobre a evolução do programa de concessões, Lopes ressalta suas vantagens:

Estamos passando de uma concessão individual para o conceito de bloco. Além de


ganhos administrativos, o gestor consegue administrar a disponibilidade de áreas dos
terminais com mais tranquilidade [...] com enfoque no mesmo nicho de mercado,
permitindo que tenhamos uma boa qualidade de serviço numa região como um todo.
Na região Nordeste, o conjunto de aeroportos serão preparados para alavancar e
receber o turismo, já no caso do Centro-Oeste, para dar suporte ao agronegócio, e no
bloco do Sudeste, darão apoio à cadeia produtiva do Óleo e Gás.36

33
PROGRAMA DE PARCERIAS DE INVESTIMENTOS. Venda da participação acionária da Infraero.
Disponível em: <https://www.ppi.gov.br/venda-de-participacoes-acionarias-da-infraero>. Acesso em: 03. set.
2019.
34
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Estudos e Documentos – 5º rodada. Disponível em
<https://www.infraestrutura.gov.br/estudos-e-documentos/2-uncategorised/5268-evtea-5a-rodada.html>. Acesso
em: 03. set. 2019.
35
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Política de Concessões. Disponível em
<https://www.infraestrutura.gov.br/mapa-concessoes.html>. Acesso em: 03. set. 2019.
36
LOPES, Dario. Entrevista concedida ao Podcast, concessões aeroportuárias em bloco. 2018. Disponível em
<http://transportes.gov.br/ultimas-noticias/7171-concess%C3%B5es-aeroportu%C3%A1rias-em-bloco-saiba-os-
benef%C3%ADcios-e-o-porqu%C3%AA.html>. Acesso em: 03. set. 2019.
11

Para Fideliano, com mais equipamentos e novas instalações, surgiram novas filosofias
de operação.37 Na tabela 2, nota-se que entre os anos de 2019 e 2022 estão previstos oito bilhões
e seiscentos milhões de reais em investimentos, onde o setor privado responderá por 65% do
total. O Secretario da SAC afirma que boa parte das melhorias já estão sendo entregues até o
final de 2019. Como exemplo cita-se o Terminal de Macapá, o Aeroporto GreenField de Vitória
da Conquista, o pátio para aeronaves em GRU, o Terminal de FLN e a ampliação de POA e
SSA.38

Tabela 2. CapEx em relação ao setor aeroportuário até 2022


INVESTIMENTOS NO SETOR 2019/2022
CATEGORIA INVESTIMENTO EM BILHÕES DE R$ %
GRANDES > 1 milhão 5,7 66%
MEDIOS < 1 milhão 2,5 29%
AVIAÇÃO GERAL 0,4 5%
TOTAL 8,6 100%
INVESTIMENTO POR FONTE
PRIVADO 5,59 Bi 65%
PÚBLICO 3,01 Bi 35%
Fonte: Ministério da Infraestrutura, set 2019.39

Em termos de qualidade de serviço, o Relatório de Desempenho Operacional dos


Aeroportos aponta que, desde 2013, são feitas pesquisas pela SAC, avaliando a satisfação dos
passageiros e o desempenho aeroportuário. O Relatório ressalta que os resultados são obtidos a
partir de pesquisas aplicadas de forma presencial e padronizada e que os indicadores vão de um
a cinco, onde o melhor é o número cinco40. Também é ressaltado que os resultados são obtidos
levando em consideração a hora pico do aeroporto.41

37
FIDELIANO, Adalberto. 2018. [...] Filosofia de operação é a mudança da maneira de se operar e construir um
aeroporto, [...] possibilitando explorar comercialmente os espaços que eram destinados à circulação de pessoas
[...]. Isso traz maior retorno financeiro [...] e aumento da experiencia dos passageiros. Disponível em
<http://transportes.gov.br/ultimas-noticias/7171-concess%C3%B5es-aeroportu%C3%A1rias-em-bloco-saiba-os-
benef%C3%ADcios-e-o-porqu%C3%AA.html>. Acesso em: 04. set. 2019.
38
GLANZMANN, Ronei. Perspectivas do governo para o setor. Palestra concedida ao International Brazil Air
Show (IBAS). São Paulo. 11 set. 2019.
39
INTERNATIONAL BRAZIL AIR SHOW (IBAS). São Paulo. 11. set. 2019.
40
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Relatório de Desempenho Operacional dos Aeroportos, 1º trimestre
de 2018. Disponível em
<https://www.infraestrutura.gov.br/images/AVIACAO_CIVIL/PESQUISA_SATISFACAO/2018/3T/Relat%C3
%B3rio_trimestral_-_3%C2%BA_Tri_2018_-_GERAL.pdf>. Acesso em: 04. set. 2019.
41
INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA. Módulo 7 – Terminal de Passageiros. 2018. Há variados
métodos empíricos utilizados por profissionais de Planejamento e Operações: DAC, hora mais ocupada do dia
médio do mês de pico; FAA – hora pico do dia médio do mês pico; IATA – segunda hora mais ocupada da semana
média do mês de pico; ASM – vigésima hora mais ocupada do ano; CDG – quadragésima hora mais ocupada do
ano; Typical Peak-Hour Passengers (TPHP) – 20% do movimento diário (pequenos aeroportos), 8,6% (grandes
aeroportos). Disponível em: <http://www2.ita.br/~claudioj/tps.pdf>. p. 14. Acesso em: 04. set. 2019.
12

Nesse sentido, o presidente da Abear afirma que: "O programa de concessões, ao


permitir que novos atores participem da construção e gestão da infraestrutura, faz com que em
cinco anos, tenhamos estruturas novas e de muita qualidade. Hoje, os índices são notáveis".42

Gráfico 3. Satisfação dos passageiros em relação aos aeroportos

Fonte: Ministério da Infraestrutura, 2019.43

Já o vice-presidente Comercial e de Marketing da Modern Logistics, atesta que os


investimentos também são importantes para as empresas aéreas, proporcionando a ampliação
de pátios de aeronaves e modernização dos sistemas de sinalização, significando operações
mais eficientes. Mas que muitas das vezes os passageiros não percebem. O lado negativo, ainda
segundo ele, é que isso vem com um pouco mais de custo para o consumidor, que pagará mais
nas tarifas aeroportuárias.44 Com estes resultados, o Secretário da SAC dá ênfase na
continuidade do programa: "Em 2020 será realizada a sexta rodada de concessões, e até 2022
espera-se a sétima rodada, que incluirão os importantes aeroportos [...]. Os estudos indicam que
há a necessidade de oito bilhões e oitocentos milhões reais de CapEx45 ao logo de trinta anos
de concessão".46

42
SANOVICZ, Eduardo. Entrevista concedida ao Podcast, concessões aeroportuárias em bloco. 2018. Disponível
em <http://transportes.gov.br/ultimas-noticias/7171-concess%C3%B5es-aeroportu%C3%A1rias-em-bloco-saiba-
os-benef%C3%ADcios-e-o-porqu%C3%AA.html>. Acesso em: 04. set. 2019.
43
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Relatório de Desempenho Operacional dos Aeroportos, 1º trimestre
de 2018. Disponível em
<https://www.infraestrutura.gov.br/images/AVIACAO_CIVIL/PESQUISA_SATISFACAO/2018/3T/Relat%C3
%B3rio_trimestral_-_3%C2%BA_Tri_2018_-_GERAL.pdf>. p. 43. Acesso em: 04. set. 2019.
44
FEBELIANO Adalberto. Entrevista concedida ao Podcast, concessões aeroportuárias em bloco. 2018.
45
REIS, Tiago. 2018. Capital Expenditure (Despesas de Capital). [...] é frequentemente usado para realizar novos
projetos ou investimentos na empresa. Fazer investimentos de capital em ativos fixos pode incluir tudo, desde
consertar um telhado até a construção, (...) qualquer tipo de investimento que uma empresa capitalize ou mostre
em seu balanço como investimento, e não em sua demonstração de resultados como despesa. Disponível em
<https://www.sunoresearch.com.br/artigos/despesas-capital/>. Acesso em: 04. set. 2019.
46
GLANZMANN, Ronei. Perspectivas do governo para o setor. Palestra concedida ao International Brazil Air
Show (IBAS). São Paulo. 11. set. 2019.
13

2. O PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL: GREEN AIRPORTS

Em 2015, a ONU aprovou a Agenda 2030 que trata sobre o Desenvolvimento


Sustentável, que conta com dezessete Objetivos (ODS), e incluem dentre outros temas, o
combate às mudanças climáticas47. A ONU ressalta que as metas contidas dentro de cada
objetivo devem ser alcançadas dentro dos próximos quinze anos e, para isso, deve haver uma
ação integrada entre os diversos setores públicos, privados e sociedade em geral.48 Afirma ainda
que as emissões globais nunca alcançaram níveis tão altos como dos tempos atuais. "Os últimos
quatro anos foram os mais quentes da história e as temperaturas do inverno Ártico subiram 3ºC
desde 1990. Estamos começando a ver os impactos fatais das mudanças climáticas na saúde
através da poluição do ar e ondas de calor"49, alerta a Organização.
Conforme o gráfico 4, é possível analisar a projeção das emissões cumulativas de CO2
representada pela linha preta.

Gráfico 4 – Histórico de emissões e projeções do Efeito Estufa (GEE) até 2050

Fonte: The Emissions Gap Report, 201550

47
ONU. Objetivos de Desarrollo Sostenible. Disponível em <https://www.un.org/sustainabledevelopment/es/>.
Acesso em: 18. set. 2019.
48
ONU. Objetivos de Desarrollo Sostenible. Disponível em
<https://www.un.org/sustainabledevelopment/es/objetivos-de-desarrollo-sostenible/>. Acesso em: 18. set. 2019.
49
ONU. Cumbre 2019, Acción Climatica. Disponível em <https://www.un.org/es/climatechange/un-climate-
summit-2019.shtml>. Acesso em: 18. set. 2019.
50
UNEP. The Emissions Gap Report. p. 16. Acesso em: 18. set. 2019.
14

O estudo indica que, para limitar o aquecimento a menos de 2ºC, as emissões


cumulativas restantes – o chamado orçamento de carbono – precisarão ser reduzidas até 2020
e chegar a zero até 2060.51
Felizmente, contamos com o acordo de Paris, considerado um marco normativo
visionário, viável e pontual pela ONU. No entanto, a Organização entende que este acordo só
faz sentido se for acompanhado por ações ambiciosas. Visando isso, o Secretário Geral da
ONU, António Guterres, convocou uma cúpula no dia 23 de setembro de 2019 que reuniu cerca
de sessenta líderes mundiais, incluindo o setor privado e sociedade civil para apresentar
soluções em seis áreas, incluindo a adaptação aos impactos climáticos e financiamento público
e privado com uma economia zero emissões.52
É neste sentido que o conceito de Green Airports entra em jogo, e a ACI EUROPA
afirma seu compromisso no desenvolvimento de uma ambição e visão a longo prazo em direção
a um sistema zero emissões de carbono. Até agora, a promessa de NetZero2050 é apoiada por
mais de duzentos aeroportos administrados por mais de quarenta e sete operadores
aeroportuários na Europa. "Fundamentalmente, isso significa que a indústria aeroportuária está
alinhada com as mais recentes evidências científicas, a necessidade de garantir um futuro de
+1,5ºC e o Acordo de Paris"53, afirma o Diretor General ACI EUROPA.
Em apoio, o Secretário Geral da ICAO ressalta a importância do tema e enfatiza que:

Atualmente, existem cerca de quatrocentos aeroportos em todo o mundo que estão em


construção, passando por grandes expansões ou estão em estágios avançados de
planejamento para objetivos relacionados. Isso ressalta porque é tão importante hoje
que futuros aumentos na capacidade de transporte aéreo sejam gerenciados por
aeroportos que foram construídos ou modernizados com base nas políticas e
capacidades ambientais mais eficientes. Cada novo projeto de infraestrutura
aeroportuária é, por si só, uma nova oportunidade de superar a conformidade com os
mais recentes padrões de sustentabilidade e minimizar os impactos das atividades
aeroportuárias no meio ambiente.54 (Tradução nossa).

51
UNEP. The Emissions Gap Report, 2015. Disponível em
<https://uneplive.unep.org/media/docs/theme/13/EGR_2015_301115_lores.pdf> p. 16. Acesso em: 18. set. 2019.
52
ONU. Cumbre 2019, Acción Climatica. Disponível em <https://www.un.org/es/climatechange/un-climate-
summit-2019.shtml>. Acesso em: 18. set. 2019.
53
JANCOVEC, Olivier. Over 200 european airports to deliver Net Zero CO2 emissions by 2050. Bruxelas. 2019.
Disponível em <https://aviationbenefits.org/newswire/2019/09/over-200-european-airports-to-deliver-net-zero-
co2-emissions-by-2050/>. Acesso em: 18. set. 2019.
54
LIU, Fang. Green Thinking, Greener Airports 2018. There are presently close to 400 airports worldwide which
are either under construction, undergoing major expansions, or are at advanced planning stages for related
objectives. This underscores why it is so important today that future increases in air transport capacity are
managed by airports which have been built or modernized on the basis of the most effective environmental policies
and capabilities available. Each new airport infrastructure project is in and of itself a new opportunity to surpass
compliance with the latest sustainability standards, minimize the impact of airport activities on the environment
[…]. Disponível em <https://www.unitingaviation.com/strategic-objective/environment/green-thinking-greener-
airports/>. Acesso em: 18. set. 2019.
15

Em complemento, o chefe do departamento de mudanças climáticas da ONU, afirma:

À medida que uma nova década no horizonte se aproxima, a necessidade de mudança


de passo para ações significativas se torna mais importante a cada dia. O relatório
especial do IPCC de outubro passado é inequívoco sobre a necessidade de atingir as
emissões líquidas zero até meados do século. Nós da Mudança Climática da ONU,
acompanhamos o progresso do Programa de Credenciamento de Carbono dos
Aeroportos há muito anos [...] somos encorajados a ver tantos aeroportos europeus
voluntariamente deferirem suas ambições [...].55 (Tradução nossa).

Segundo a ACI, a estratégia aborda tanto questões ambientais quanto sociais e


econômicas, possibilitando que os aeroportos contem com uma estrutura que permita a
incorporação da sustentabilidade no centro de sua estratégia de negócio,56 já que passam por
constantes alterações em sua estrutura, visando adaptá-los as necessidades do transporte aéreo.
"Nesse sentido, há a readequação de seus espaços, e é de se esperar que as intervenções tenham
uma proposta de controle de impacto ambiental"57, afirma Flemming em seu artigo.
O pacto é assinado pelos membros da ACI, que, segundo seu relatório, inclui quatro
empresas europeias que atuam ou irão atuar no Brasil: Aena, Fraport, Zurich Airport e Vinci
Airports.58
Para a ONU, alcançar uma economia robusta depende de investimentos em
infraestrutura de transporte, energia e tecnologia. Nesta óptica, o setor manufatureiro59 é visto
como um imprescindível impulsionador do desenvolvimento econômico, porém a emissão de

55
SVENNINGSEN, Nicolas. Head of the "Climate Neutral Now" initiative of United Nations Climate Change. As
a new decade looms large on the horizon, the need for step change, for significant action is getting louder by the
day. The IPCC Special Report from last October is unequivocal about the need to achieve net zero emissions by
mid-century. We at UN Climate Change have been following the progress of the Airport Carbon Accreditation
programme for many years [...]. [...] we are encouraged to see so many European airports voluntarily set their
ambitions […]. Disponível em <https://aviationbenefits.org/newswire/2019/09/over-200-european-airports-to-
deliver-net-zero-co2-emissions-by-2050/>. Acesso em 19. set. 2019.
56
ACI EUROPE. Over 200 european airports to deliver Net Zero CO2 emissions by 2050. 23 set, 2019. Disponível
em: <https://aviationbenefits.org/newswire/2019/09/over-200-european-airports-to-deliver-net-zero-co2-
emissions-by-2050/>. Acesso em: 19. set. 2019.
57
FLEMMING, Liane, M.Sc; QUALARINI, Eduardo L., D.Sc. Os Aeroportos e as Condições Ambientais.
Disponível em <https://www.usp.br/nutau/sem_nutau_2010/metodologias/flemming_liane.pdf>. p. 1. Acesso em:
19. set. 2019.
58
ACI EUROPE. European airports committing to Net Zero Carbons emissions by 2050. Disponível em
<https://www.aci-europe.org/media-room/mediaroom.html>. Acesso em: 19. set. 2019.
59
SOUZA, Eliana. Estudo de caso na indústria da construção civil. A Indústria da Construção Civil (ICC) [...]
apresenta altos índices de perdas e desperdícios, [...] operações com elevados índices de incertezas e qualidade
[...]. As atividades do processo produtivo são gerenciadas de maneira reativa [...] ou seja, os objetivos de
desempenho da qualidade do produto, a adaptação às mudanças climáticas [...] a capacidade de inovar na
introdução de produtos e processos – não são claramente definidos nestas empresas. As características negativas
da ICC em seu subsetor Edificações acusam a ausência de procedimentos capazes de garantir o desempenho e a
qualificação contínua de seus processos construtivos. [...] as decisões estratégicas das empresas deste setor
produtivo estão, quase sempre, balizadas em vender (marketing) e lucrar (finanças), enquanto a manufatura de seu
produto encontra-se, na maioria das vezes, relegada ao segundo plano. Disponível em
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR14_0779.pdf>. p. 1. Acesso em: 19. set. 2019.
16

dióxido de carbono durante os processos de fabricação de materiais é alta, e a tecnologia deve


ser usada como base para alcançar os objetivos ambientais, seja com eficiência energética,
desenvolvimento de infraestruturas confiáveis, sustentáveis, resilientes e de qualidade,
incluindo as infraestruturas regionais, apoiando o desenvolvimento econômico e o bem-estar
humano. Até 2030, conforme a ONU, deverá ocorrer a modernização destas estruturas e
converter a indústria a ser sustentável, promovendo a adoção de processos construtivos limpos
e ecologicamente corretos.60
A ONU, em seu objetivo doze, ressalta ainda que o consumo e a produção sustentável
consistem numa abordagem integrada entre os diversos participantes da cadeia, do produtor até
o consumidor final. Além da promoção educacional sobre práticas sustentáveis e seus
benefícios e o gerenciamento sustentável de todos os resíduos ao logo de seu ciclo de vida,
reduzindo sua liberação no meio ambiente por meio da prevenção, redução, reciclagem e
reutilização.61
Segundo Herzer, a busca por certificações ambientais é um ótimo norte para incentivar
e auxiliar as construções sustentáveis. No Brasil, Herzer explica que, com base no Conselho
Brasileiro de Construções Sustentáveis (CBCS), os sistemas mais utilizados são as certificações
Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), desenvolvida pela U.S Green
Building Council e aplicada pela GBC Brasil e o sistema de Alta Qualidade Ambiental AQUA-
HQE, adaptada a partir da certificação francesa HQE e aplicada pela Fundação Vanzolini.62
Outro sistema de certificação é o Living Building Challange (LBC).63 Conforme o LBC 4.0
Standard, este sistema é plenamente utilizável em todas as regiões do planeta, pois ele é baseado
em desempenho, ou seja, o projeto deverá seguir estratégias específicas levando em
consideração o clima local juntamente com a aplicação de novas tecnologias.64
Os sistemas de certificação, conforme Piccoli cita em seu artigo, funcionam mediante
checklists de verificações e, para cada um, são concedidos créditos em função das estratégias
de projeto. Porém, ele ressalta que: "A maioria dos sistemas existentes funciona por adesão,
com a intensão de que o próprio mercado impulsione a elevação do padrão ambiental, seja por

60
ONU. Industria, innovación e infraestructuras. Disponível em
<https://www.un.org/sustainabledevelopment/es/infrastructure/>. Acesso em: 20. set. 2019.
61
ONU. Producción y consumo responsables. Disponível em
<https://www.un.org/sustainabledevelopment/es/sustainable-consumption-production/>. Acesso em: 20. set.
2019.
62
HERZER, Letícia. Um panorama referente às certificações ambientais para edificações LEED e AQUA-HQE.
Disponível em <https://www.uninter.com>. Acesso em: 20. set. 2019.
63
INTERNATIONAL LIVING FUTURE INSTITUTE. Our impact. Disponível em <https://living-future.org/our-
impact/>. Acesso em: 20. set. 2019.
64
INTERNATIONAL LIVING FUTURE INSTITUTE. Living Building Challenges 4.0 Basics. Disponível em
<http://go.pardot.com/l/464132/2019-04-29/h7crpj> p. 20. Acesso em: 20. set. 2019.
17

comprometimento ambiental ou por questão de competitividade e diferenciação


mercadológica".65
De acordo com Leber, coordenadora de planejamento e custos, para construir aeroportos
sustentáveis, o processo deve começar com a contratação de empresas que possuam
conhecimento e experiência com projetos, execução e operação sustentáveis, e destaca:
"Estudos de impacto ambiental são fundamentais e neles devem ser consideradas as
necessidades de um aeroporto. Depois, considera-se os conceitos e técnicas sustentáveis para
que na obra e, principalmente, na operação, as premissas sejam mantidas". Para Leber, o
custo/benefício é um fator vantajoso se comparado às edificações tradicionais,66 e ressalta que:

A instalação de um sistema de reuso de água, por exemplo, se paga em menos de três


anos. Além disso, a utilização de automação e LED prevê uma economia de cerca de
15% em alguns casos recentes. Há de se considerar, ainda, o retorno econômico para
o Estado na redução de resíduos a serem tratados e na manutenção do ecossistema ao
redor do aeroporto.67

No Brasil, conforme dito no capítulo 1 deste artigo, pelos menos seis reformas para a
adaptação e ampliação da infraestrutura aeroportuária podem ser citadas quando falamos dos
principais aeroportos. Estes devem seguir recomendações da ICAO que, juntamente à
International Air Transport Association (IATA) e a ACI, considera essencial que o planejamento
do aeroporto e que o desenvolvimento da infraestrutura promova a segurança, funcionalidade e
capacidade.68
Nos aeroportos de Fortaleza (SBFZ) e Porto Alegre (SBPA), segundo a Gerente de
Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente (HSE), foi identificado que mais de 90% da
contribuição para a emissão dos gases do efeito estufa vem do consumo de eletricidade69.
No caso de Fortaleza, segundo a construtora responsável, o projeto priorizou o uso da
tecnologia Building Information Modeling (BIM), instalou lâmpadas LED, implantou a fachada
ventilada e substituiu a metodologia estrutural in loco para sistemas pré-fabricados.70

65
PICCOLI, Rossana. Exigências usuais e novas atividades na gestão da construção. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/ac/v10n3/a05.pdf>. p. 2 e 3. Acesso em: 20. set. 2019.
66
LEBER, Meliane. Cresce a construção com práticas sustentáveis. Disponível em
<https://www.temsustentavel.com.br/construcao-de-aeroportos-com-praticas-sustentaveis/>. Acesso em: 21. set.
2019.
67
LEBER, Meliane. Cresce a construção com práticas sustentáveis. Acesso em: 21. set. 2019.
68
IATA. Airport Infrastructure. Disponível em <https://www.iata.org/whatwedo/ops-infra/airport-
infrastructure/Pages/index.aspx>. Acesso em: 21. set. 2019.
69
DIAS, Ludmila. Desafios do biocombustível e das mudanças climáticas. Palestra concedida ao International
Brazil Air Show. São Paulo. 13. set. 2019.
70
PASSARELLI. Atuação e Projetos. Disponível em <http://www.passarelli.com.br/atuacao-projetos-
interna.asp?id=40>. Acesso em: 21. set. 2019.
18

Já para o projeto do novo Terminal do Aeroporto de Florianópolis (SBFL), segundo a


71
construtora responsável, foi firmado na modalidade Design & Build e implementou-se o
Virtual Design and Construction (VDC) a partir do modelo BIM usado para o projeto,
possibilitando a execução de análises e simulações energéticas. Além disso, foi executado
jardins internos que deram origem a um microclima a partir da vegetação, isso em conjunto
com a instalação de lâmpadas de LED e vidros especiais para aproveitar a luz natural, acabaram
sendo fundamentais para a diminuição do gasto energético global do terminal.72
O projeto ainda contou com um estudo particular das envoltórias através de simulações
computacionais de desempenho térmico e luz natural, que foi realizado por consultoria
externa.73 Na fase de planejamento, ainda segundo a construtora responsável, o conceito de
Lean Construction74 e modularidade de materiais foram incluídos75. Já durante as obras,
conforme as informações da concessionária responsável, foram adotadas treze ações para a
manutenção da qualidade ambiental do aeroporto e seu entorno:

Monitoramento e qualidade das águas, controle de processos erosivos, programa


ambiental para a construção, minimização e gerenciamento de resíduos da construção,
monitoramento de resíduos, comunicação social, educação ambiental voltado aos
funcionários da obra, recuperação ambiental, monitoramento arqueológico, controle
de material particulado e supervisão ambiental.76

O Aeroporto de Belo Horizonte (SBBH), primeiro no Brasil a receber a certificação


Airport Carbon Accreditation (ACA)77, teve a ampliação do Terminal de Passageiros concluído
em quatorze meses e conta com cinquenta e seis mil, setecentos e cinco e sessenta e oito metros
quadrados, se integrando ao antigo terminal de passageiros. Segundo a concessionária, o

71
PhD HASHEM, Sherif. Project management – o poder do Design-Build. Método de entrega de projetos de
construção [...] envolve atividades do projetista e do empreiteiro. Disponível em
<http://www.mundopm.com.br/download/DESIGN_BUILD.pdf.> Acesso em: 21. set. 2019.
72
RACIONAL. Aeroporto internacional de Florianópolis. Disponível em
<http://www.racional.com/projetos/interna/?projeto=136>. Acesso em: 22. set. 2019.
73
CA2. Novo Terminal do Aeroporto de Florianópolis. 2017. Disponível em <https://ca-2.com/novo-terminal-do-
aeroporto-de-florianopolis/>. Acesso em: 22. set. 2019.
74
DOX PLANEJAMENTO. A gestão Lean é que também vai ajudar a otimizar, enxugar e padronizar processos,
construindo uma cultura de excelência operacional, envolvendo toda a organização [...] integrando dados e gerando
insights para tomada rápida de decisão. Disponível em: <https://www.doxplan.com/Noticias/Post/Entenda-a-
importancia-de-uma-gestao-Lean-na-jornada-rumo-a-industria-quatro-ponto-zero>. Acesso em: 17. nov. 2019.
75
RACIONAL. Aeroporto internacional de Florianópolis. Acesso em: 22. set. 2019.
76
FLORIPA-AIRPORT. Comunidade e meio ambiente. Disponível em <https://floripa-airport.com/comunidade-
e-o-meio-ambiente.html>. Acesso em: 22. set. 2019.
77
BH Airport. Aeroporto internacional de Belo Horizonte é o primeiro na país a ser reconhecido pelo mapeamento
das emissões dos gases do efeito estufa. Disponível em <http://www.bh-airport.com.br/br/p/505/noticias.aspx>.
Acesso em: 22. set. 2019.
19

investimento foi superior a setecentos e cinquenta milhões de reais78 e, conforme a construtora


responsável, o projeto partiu da premissa de rápida execução da construção com o sistema de
estrutura metálica. Para as lajes, optou-se pelo sistema Steel Deck devido a sua rápida e limpa
execução, já que exclui a necessidade de escoramentos. Também foram utilizados sistemas
construtivos industrializados, diminuindo a geração de resíduos e otimizando o tempo de
execução.79 A construtora destaca ainda o revestimento isotérmico utilizado nos fechamentos,
o reaproveitamento da água da chuva, e a extensão em vidros e brises, proporcionando
eficiência energética e altos níveis de desempenho térmico acústico.80
Conquistas importantes também foram alcançadas no Aeroporto de Salvador (SBSV),
sendo o segundo no Brasil a conquistar a certificação ACA, concedida pela ACI. Segundo a
construtora responsável, a obra da expansão do Terminal de Passageiros contou com vinte e
dois mil metros quadrados, obedecendo o prazo de vinte meses e CapEx de seiscentos milhões
de reais, chegando a empregar mil e duzentos trabalhadores em seu período mais intenso81.
A concessionária responsável afirma que foram substituídas mais de mil e cem lâmpadas
convencionais por LED, que representa cerca de 66% de redução do consumo energético por
iluminação. Também foi inaugurado uma Central de Resíduos com capacidade para três mil
toneladas a.a. Em 2018, foi inaugurado a Estação de Tratamento de Efluentes, permitindo o
reuso da água nas obras, sanitários, resfriamento do asfalto, bombeiros e torres de resfriamento.
Ainda em fase de projeto, uma usina solar de cinco megawatts está prevista para 2019, sendo
capaz de suprir a necessidade energética do novo Terminal.82 "Temos um sólido compromisso
com o desenvolvimento sustentável, que norteia todas as nossas ações [...] então procuramos
investir em novas tecnologias, aprimorar nossos processos e engajar nossos colaboradores em
prol da sustentabilidade"83, afirma Tavares, Gerente de Meio Ambiente.

78
BH Airport. Projeto de Expansão. Disponível em <http://www.bh-airport.com.br/br/p/48/projeto-de-
expansao.aspx>. Acesso em: 22. set. 2019.
79
RACIONAL. BH Airport. Disponível em: <http://racional.com/Projetos/Interna/?projeto=130>. Acesso em: 22.
set. 2019.
80
TEM SUSTENTAVEL. Cresce a construção de aeroportos com práticas sustentáveis. Disponível em
<https://www.temsustentavel.com.br/construcao-de-aeroportos-com-praticas-sustentaveis/>. Acesso em: 22. set.
2019.
81
TEIXEIRADUARTE. Aeroporto de Salvador tem mais de 90% das obras concluídas. 25 set. 2019. Disponível
em <https://www.teixeiraduarteconstrucao.com.br/aeroporto-de-salvador-tem-mais-de-90-das-obras-
concluidas/>. Acesso em: 01. out. 2019.
82
SALAVDOR BAHIA AIRPORT. Dia do Meio Ambiente: Salvador Bahia Airport registra importantes avanços
em sustentabilidade. Junho de 2019. Disponível em: <https://www.salvador-airport.com.br/pt-br/dia-do-meio-
ambiente-salvador-bahia-airport-registra-importantes-avan%C3%A7os-em-sustentabilidade>. Acesso em: 01.
out. 2019.
83
TAVARES, Rodrigo. Salvador Bahia Airport registra importantes avanços em sustentabilidade. 2019.
Disponível em <https://www.salvador-airport.com.br/pt-br/dia-do-meio-ambiente-salvador-bahia-airport-
registra-importantes-avan%C3%A7os-em-sustentabilidade>. Acesso em: 01. out. 2019.
20

3. OS INCENTIVOS ECONÔMICOS E A GESTÃO DAS EMISSÕES DE CO2

A Câmera Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) afirma: "... ao reduzir os


impactos ao meio ambiente, a indústria da construção gera ganhos não só para si e para aqueles
que usufruem dos seus empreendimentos, mas sim para todos." Ressalta ainda que as
construções com menos pegada ambiental trazem mais retorno para a sociedade e, que o meio
ambiente saudável é direito de todos, como cita a Constituição Federal de 1988, em seu artigo
225".84
Ainda segundo a CBIC, não restam dúvidas que o estado pode utilizar o Direito como
para fomentar práticas ambientais, de modo a incentivar economicamente as não poluidoras, e
assim, reorientando os poluidores a empregarem novas e adequadas tecnologias limpas.85
Claudiano reforça a ideia e ressalta que:

É preciso mudar de paradigma e passar a incentivar as atividades não poluentes,


subsidiando-as e financiando-as em detrimento à custa das poluidoras, das quais se
devem retirar os subsídios e taxar pelo princípio do poluidor-pagador os lançamentos
nocivos que fazem no ar, águas ou solo; e, também cobrar-lhes pelo devido valor
econômico dos usos os recursos naturais, aplicando o princípio usuário-pagador.86

Em contrapartida, em 2017, o Plenário do Supremo Tribunal (STF), encerrou a


imunidade tributária para cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aos
empreendimentos cedidos às empresas privadas que estejam em terrenos públicos, afirmando:
"... o fundamento de que a imunidade recíproca prevista na Constituição Federal, que impede
entes federativos de cobrarem tributos uns dos outros, não alcança imóveis públicos ocupados
por empresas que exerçam atividade econômica com fins lucrativos". Ressaltando ainda que a
isenção os colocaria em vantagem concorrencial perante as demais empresas.87

84
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. Disponível em
<https://cbic.org.br/sustentabilidade/wp-
content/uploads/sites/22/2017/08/Mapeamento_de_Incentivos_Economicos.pdf >. p 12. Acesso em: 08. out. 2019.
85
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 13. Acesso em: 08. out.
2019.
86
Cfr. CLAUDIANO, Antônio. O desenvolvimento sustentado e os pressupostos para uma sociedade eco
sustentada. Revista de Direitos Difusos – Desenvolvimento Sustentável, Rio de Janeiro: Esplanada-Adcoas, ano
6, v.1.p, 733.
87
STF. É possível a cobrança de IPTU de empresa privada que ocupe imóvel público, decide Plenário. Disponível
em: <http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=340299>. Acesso em: 08. out. 2019.
21

Neste sentido, conforme mapeia a CBIC, há incentivos econômicos para a construção


sustentável no âmbito legislativo nacional, que contemplam todas as fases do processo
construtivo, desde o projeto até a conclusão da obra.88
Um ótimo exemplo citado pelo estudo da CBIC é o chamado Pagamento por Serviços
Ambientais, onde os incentivos ou pagamentos poderão adotar dentre outras, as seguintes
modalidades: "isenção de tributos, redução de alíquotas, redução de base de cálculo, concessão
de crédito presumido, anistia, entre outros."89 O estudo toma como exemplo o Governo do
Estado do Espírito Santo, que criou o Programa Estadual de Eficiência Energética e de
Incentivos ao uso de Energias Renováveis – PROENERGIA, regido pelo Decreto nº 3.272-R
de 2013. O objetivo é a redução de energia nos empreendimentos públicos e privados.90
Com uma série de medidas, o programa pode ser adotado nas construções e reformas de
prédios públicos, conforme observa-se na figura 3.91

Figura 3. Medidas ecoeficientes do programa PROENERGIA

Fonte: CBIC, 2018.92

Segundo o estudo da CBIC, o poder público deve promover políticas de incentivos para
que o setor privado sobreviva neste modelo. Para isso, o Banco de Desenvolvimento do Espírito

88
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. P. 17. Acesso em: 08. out.
2019.
89
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 54 e 55. Acesso em:
08. out. 2019.
90
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 57. Acesso em: 08. out.
2019.
91
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 57. Acesso em: 08. out.
2019.
92
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 57. Acesso em: 08. out.
2019.
22

Santo S/A, com o apoio do Governo do Estado, disponibilizará uma linha de financiamento
para projetos que adotem o uso de energias renováveis e de eficiência energética.93
Outros exemplos são citados, como o Estado da Paraíba, que criou a Política Estadual
de Captação, Armazenamento e Aproveitamento da Água da Chuva e o modelo de Produção
Mais Limpa, com a Política de Reciclagem de Entulhos, instituída em 2019 pela Lei 8.821,
objetivando fomentar o uso, comercialização e a industrialização de materiais recicláveis. A lei
estabelece ainda diretrizes para o desenvolvimento de projetos sustentáveis: "I. aplicando
materiais e técnicas ambientalmente corretas. II. economia e reuso de água. III. eficiência
energética. IV. gestão de resíduos sólidos. VI. permeabilidade do solo. VII. conforto e qualidade
interna dos ambientes. VIII. integração entre transportes alternativos. IX. automação de
equipamentos. XI. uso de energia solar para geração de energia e aquecimento da água", 94 entre
outros.
Outro ótimo exemplo abordado pele mapeamento da CBIC, é o IPTU95 verde, que vem
sendo implantado nos Municípios do país. Essa política concede descontos nos impostos aos
projetos que adotem técnicas ou materiais mais sustentáveis.96 Segundo o mapeamento, o
município de São Bernardo do Campo, em São Paulo, foi o pioneiro ao implementar, em 2008,
conforme a Lei n. 6.091/2010, podendo alcançar um desconto no IPTU de até 80%. Outros
Estados podem ser citados: Rio de Janeiro, incluindo a própria capital e a cidade de Seropédica,
onde o desconto chega a 24% a partir de oito itens97.
Destaca-se também o Estado da Bahia, com destaque para a cidade de Salvador, que
pelo Decreto nº 25.899/2015, divide as ações de sustentabilidade em práticas voltadas: "(i) à
gestão das águas, (ii) ao emprego de alternativas energética e à melhoria da eficiência daquelas
já utilizadas, (iii) à implantação de projetos sustentáveis, e (iv) ao controle da emissão dos gases
do efeito estufa." Além disso prevê bonificações por meio de um sistema de pontos, com
máximo de duzentos e oitenta e cinco pontos, para premiar aqueles já participantes utilizadores
de outros programas sustentáveis.98

93
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 5.
94
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 56 a 59. Acesso em:
08. out. 2019.
95
LEI Nº5.172 DE 1966. Código Tributário Nacional. Art 32 e 34. O imposto, de competência dos municípios,
sobre a propriedade predial e territorial [...]. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu
domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. Disponível em
<http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei5172-1966-codigo-tributario-nacional-ctn.htm>. Acesso em: 08.
out. 2019.
96
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p 33.
97
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 67.
98
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 69. Acesso em: 08. out.
2019.
23

Além dos privilégios fiscais, a pré-certificação do IPTU verde dará a possibilidade de


tramitação prioritária nos processos de autorizações e licenciamento. Para isso, o Plano de Ação
contendo as práticas de sustentabilidade que serão adotadas, deverá ser apresentado no ato do
processo de pedido de iniciação do projeto.99
Conforme a tabela 3, extraída do estudo em análise, as medidas de eficiência e
alternativa energética foram as mais visadas pelo Programa de Certificação de Salvador,
englobando cerca de 50% do total. Assim, conforme a pontuação final, os empreendimentos
serão classificados em três níveis: Bronze (cinquenta pontos e 5% de desconto concedido), Prata
(setenta pontos e 7% de desconto concedido) e, Ouro (cem pontos e 10% de desconto
concedido).100

Tabela 3. Medidas e pontuação específica do Decreto 25.899/2015

Fonte: CBIC, 2018101

Pode-se citar também o Estado do Amazonas, representando pela cidade de Manaus, o


Estado de Goiás, pela cidade de Goiânia, o Estado do Paraná, representado por Curitiba e
Campo Largo, o Estado do Rio Grande do Sul, com a cidade de Lajeado (estes dois últimos
limitam-se a beneficiar empreendimentos que preservem árvores ou associações vegetais
relevantes, podendo atingir até 50% de desconto no IPTU). E, o Estado de Santa Catarina, com
as cidades de Florianópolis e Camboriú, que beneficiam construções com sistema de captação
da água da chuva e sistema fotovoltaico.102
O estudo de mapeamento da CBIC finaliza fazendo menção que, em 2014, a Comissão
de Direitos Humanos e Legislação Participativa protocolou, no Senado Federal, o Projeto Lei
n. 252/2014, propondo práticas de construção sustentável e a possibilidade de concessão de
incentivos para estas construções. Ressaltando que as mediadas deverão ser adotadas, quando

99
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 71. Acesso em: 10. out.
2019.
100
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 71.
101
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 71.
102
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 72 a 75.
24

viável, nas edificações de propriedade da União. A nível Estadual e Municipal, há projetos com
o objetivo de impor a obrigatoriedade destas práticas em empreendimentos utilizados pela
administração pública, exigindo técnicas sustentáveis para o processo de construção, com a
utilização dos tijolos ecológicos, telhado e coberturas verdes, uso de materiais reciclados
oriundos do processo de construção e demolição mediante a gestão de resíduos. São eles: São
Paulo, Minas Gerais, Amapá, Viana/ES e Rio de Janeiro.103
Para projetos de infraestrutura, conforme cita o Ministério da Infraestrutura, no mês de
setembro de 2019, foi feita uma parceria com a Climate Bonds Initiative (CBI)104 para certificar
com "selo verde" as concessões previstas em agenda. O selo valorizará os ativos e facilitará seu
financiamento no mercado de green bonds (títulos verdes).105 "Há um cuidado nosso na
estruturação de projetos no que diz respeito à sustentabilidade. Temos diversos exemplos de
harmonização da provisão de infraestrutura com a preservação ambiental",106 afirma o Ministro.
O Climate Bonds ressalta ainda que a iniciativa reúne representantes dos fundos de
pensão do Brasil, além de bancos, seguradoras, mercado local e as principais empresas do setor
industrial.107
Deixando um pouco mais claro, Green Bonds, segundo o Ministério da Infraestrutura,
são títulos para a captação de recursos para investimentos em projetos de sustentabilidade,
visando a diminuição dos efeitos das mudanças climáticas. "São, atualmente, uma alternativa
para estimular e viabilizar projetos com impactos sociais positivos. [...] ampliando as
alternativas de financiamento, a certificação como "infraestrutura verde" teria impacto nas
metas previstas pelo Acordo de Paris," afirma o Ministro. E, ressalta que o alvo será a
certificação de projetos de infraestrutura de transportes".108

103
CBIC. Mapeamento dos Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável. 2018. p. 91 a 94.
104
CLIMATE BONDS. É uma instituição internacional sem fins lucrativos, focada no investidor. [...] única
organização trabalhando exclusivamente na mobilização de mercado de títulos de cem trilhões de dólares para
soluções de mudança climática. Disponível em <https://www.climatebonds.net/>. Acesso em: 10. out. 2019.
105
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Projetos de infraestrutura devem preservar ambiente. 2019.
Disponível em <http://transportes.gov.br/ultimas-noticias/9131-projetos-de-infraestrutura-devem-preservar-
ambiente,-diz-ministro-a-investidores.html>. Acesso em: 10. out. 2019.
106
FREITAS, Tarcísio. Projetos de infraestrutura devem preservar ambiente. 2019. Acesso em: 10. out. 2019.
107
CLIMATE BONDS. Brazil Green Finance Initiative. Disponível em
<https://www.climatebonds.net/market/country/brazil/green-finance-initiative>. Acesso em: 10. out. 2019.
108
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Ministro assina momorando para habilitar projetos de concessões.
2019. Disponível em <http://transportes.gov.br/ultimas-noticias/9083-ministro-assina-memorando-para-habilitar-
projetos-de-concess%C3%B5es-ao-mercado-de-t%C3%ADtulos-pr%C3%B3-meio-ambiente.html>. Acesso em:
14. out. 2019.
25

Dentre os títulos possíveis, segundo a B3, pode-se destacar o título debêntures de


infraestrutura109, regulamentado por meio da Lei nº 12.431/2011. Hoje, são sete os segmentos
em tal classificação, com destaque ao de logística e transporte.110
Segundo o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
(CEBDS), em maio de 2017, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES),
emitiu um título verde de um bilhão de dólares para financiar projetos sustentáveis, considerada
a primeira de um banco brasileiro. Um pouco antes, em 2016, o mesmo banco lançou o Fundo
de Energia Sustentável, a fim de aumentar o fornecimento de títulos verdes locais para
investimentos em infraestrutura. O fundo de quinhentos milhões de reais visa investimentos
para os próximos quinze anos em projetos de infraestrutura de baixo carbono. A tabela 3.2. p.
43, do Green Bonds Brazil - Edition 3, apresenta uma lista extensa de atividades a serem
financiadas.111
Mas como fazer a gestão das emissões na etapa de operação? Afinal, como vimos
anteriormente, esta fase representa de 80% a 90% das emissões. Para isso, o Programa
Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP), permite fazer o mapeamento de CO2 para posterior
redução. Seu objetivo consiste em: "Estimular a cultura corporativa de inventário de emissões
de GEE no Brasil, proporcionando aos participantes acesso a instrumentos e padrões de
qualidade internacional para a contabilização das emissões e publicação dos inventários".112 A
Política de Qualificação dos Inventários, conforme cita a Fundação Getúlio Vargas (FGV), é
composta por nível bronze, prata e ouro113. O que define a categoria é a inclusão, ou não, do
Escopo um – Emissões diretas, controladas ou pertencentes à empresa ou organização; Escopo
dois – Emissões indiretas que não ocorrem na operação da empresa, por exemplo, a
termoelétrica que gera a eletricidade; Escopo três – Emissões indiretas, que não são controladas
pela empresa, por exemplo, o deslocamento dos funcionários. Ainda segundo a FGV, a planilha
com as métricas de cálculos pode ser obtida pelo próprio website da Fundação.114

109
B3. B3 passa a identificar Green Bonds. Disponível em <http://www.b3.com.br/pt_br/noticias/titulos-
verdes.htm>. Acesso em: 14. out. 2019.
110
GRIHUB. Debêntures de Infraestrutura: o que são e qual o potencial? 2019. Disponível em
<https://www.griclub.org/news/infrastructure/debentures-de-infraestrutura-o-que-sao-e-qual-o-
potencial_619.html>. Acesso em: 10. out. 2019.
111
CEBDS. Green Bonds – Ecosystem Issuance Process and Reginal Perspectives. 2017. Disponível em
<https://biblioteca.cebds.org/green-bonds-ecosystem-issuance-process-and-regional-perspectives>. p. 80 a 83.
Acesso em: 10. out. 2019.
112
GHCPROTOCOL. Ciclo 2020, adesão e renovação. Disponível em:
<http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/especificacoes-de-verificacao>. p. 6. Acesso em: 29/10/2019.
113
GHCPROTOCOL. Ciclo 2020, adesão e renovação. p. 9. Acesso em: 10. out. 2019.
114
GHCPROTOCOL. Especificações de Verificação do programa Brasileiro GHG Protocol. Disponível em:
<https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/arquivos.gvces.com.br/arquivos_ghg/especificacoes-ghg2011.pdf>. p. 8.
Acesso em: Acesso em: 29. out. 2019.
26

CONCLUSÃO

Após a análise dos cenários, o Plano Aeroviário Nacional (PNA), ressalta à necessidade
de aumento da capacidade aeroportuária no Brasil, sendo necessário, vinte e dois bilhões e
novecentos milhões de reais de investimentos para os próximos vinte anos. Destes, seis bilhões
e setenta e seis milhões de reais serão arrecadados por meio dos contratos, e o restante, dezoito
bilhões e setecentos milhões, retirados do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC). O Plano
ressalta ainda que para a terminal São Paulo (TMA-SP), poderá ser necessário um aporte de
cinco bilhões e cem milhões de reais adicionais afim de absorver a demanda até 2038 e, que, a
manutenção das parcerias entre o setor privado e poder público são de extrema importância para
que os objetivos estratégicos sejam alcançados.115
Diante do exposto, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear),
argumenta que do ponto de vista do usuário, se busca sempre a melhora contínua de forma
conjunta para alcançar aeroportos melhores, mais baratos e acessíveis. Portando, se juntar todas
as iniciativas para melhorias de contrato, índices de qualidade de serviço e visão futura, o Brasil
está andando corretamente. Do ponto de vista de operação, Dario Lopes, ex secretário da
Aviação Civil, ressalta que os investimentos totais obrigatórios que o sistema em blocos impõe,
é visto como fator de segurança e garantia para que os investimentos ocorreram, além da
sinergia de administração dos aeroportos do mesmo bloco.116 Já para o atual ministro da
Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o Brasil está alcançando maturidade devido a maior
segurança jurídica proporcionada pela outorga variável, previsibilidade e ambiente institucional
favorável.117
Ainda segundo Freitas, passos importantes foram dados para financiar projetos com viés
sustentável, com destaque para o acordo com a Climate Bonds Initiative (CBI). "A certificação
dos projetos de infraestrutura como "projetos verdes" vai nos proporcionar um funding mais

115
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. PAN 2018. Disponível em:
<https://www.infraestrutura.gov.br/images/AVIACAO_CIVIL/PAN/PAN2018_ebook.pdf>. p. 134. Acesso em:
06. nov. 2019.
116
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Concessões aeroportuárias em bloco. Saiba quais os benefícios para
os passageiros. 2018. Disponível em <http://transportes.gov.br/ultimas-noticias/7171-concess%C3%B5es-
aeroportu%C3%A1rias-em-bloco-saiba-os-benef%C3%ADcios-e-o-porqu%C3%AA.html>. Acesso em: 04. set.
2019.
117
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Ministro apresenta programa de concessões em Nova York e destaca
maturidade do Brasil. 2019. Disponível em:
<https://infraestrutura.gov.br/component/content/article.html?id=9095>. Acesso em: 06. nov. 2019.
27

barato e vai mostrar para o mundo que nós temos preocupação ambiental. " Ressalta o
ministro.118
Para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), é inegável a preocupação
mundial com o meio ambiente, que tem apresentado propostas com o objetivo de fugir do
modelo tradicional de construir, por meio de novas tecnologias e melhores técnicas de gestão
nas obras. Porém, segundo o Mapeamento de Incentivos Econômicos para a Construção
Sustentável, realizado pela CBIC, no âmbito do poder público, ainda é considerado insuficiente
o número de incentivos para tornar a aplicação destas estratégias obrigatórias, ressaltando:
"Para que o Brasil acompanhe a tendência mundial [...] é necessário que a sociedade e os
empreendedores atuem diante do Poder Público, apresentando propostas e cobrando celeridade
na aprovação de programas e leis de incentivos à construção sustentável."119
A Airports Consul International (ACI), afirma que existe esforço para atingir melhores
práticas para a construção e gestão destas infraestruturas, mas que a compensação de carbono
não poder ser vista como uma alternativa a longo prazo, sendo necessário a substituição
definitiva das fontes de emissões à medida que novas tecnologias e oportunidades surjam.120
Conforme o 14º Relatório anual da World Economic Forum (figura 4), conclui-se que a
partir de 2015, os Diretores Executivos de empresa multinacionais têm apontado que um dos
maiores riscos para os negócios estão no âmbito das mudanças climáticas, o que indica que eles
já estão cientes do quão estratégico e importante é a Agenda do Clima.120

Figura 4. Composição dos maiores riscos globais para as organizações

Fonte: World Economic Forum – Global Risks Report, 2019.121

118
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA. Ministro apresenta programa de concessões em Nova York e destaca
maturidade do Brasil. 2019. Acesso em: 06. nov. 2019.
119
CBIC. Mapeamento de Incetivos econômicos para a construção sustentável. Disponível em: <
https://cbic.org.br/sustentabilidade/wp-
content/uploads/sites/22/2017/08/Mapeamento_de_Incentivos_Economicos.pdf>. p. 101 e 102. Acesso em: 06.
nov. 2019.
120
AVIANTION BENEFITS BEYOND BOUNDRS. Over 200 Europen Airports to deliver a Net Zero CO2
emissions by 2050. 2019. Disponível em: <https://aviationbenefits.org/newswire/2019/09/over-200-european-
airports-to-deliver-net-zero-co2-emissions-by-2050/>. Acesso em: 06. nov. 2019.
121
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