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ABRIL/2006
Giovannini Luigi
Biólogo - LIMA/COPPE/UFRJ
APRESENTAÇÃO
O presente Manual é o resultado das atividades de pesquisa sobre perigo aviário que vêm
sendo desenvolvidas em aeroportos da rede Infraero pelo Laboratório Interdisciplinar de Meio
Ambiente (LIMA) do Instituto Alberto Coimbra de Pesquisa e Pós-graduação em Engenharia (COPPE)
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os trabalhos, que tiveram início em abril de 2002, são o resultado de um acordo de cooperação
técnica firmado entre o LIMA/COPPE e a Infraero, no âmbito do “Programa de Avifauna de Aeroportos
da Rede Infraero”, cuja coordenação está a cargo da Superintendência de Energia e Meio Ambiente
(DEMB/INFRAERO).
O objetivo deste Manual é fornecer orientações básicas sobre como proceder para minimizar os
riscos à navegação aérea associado à presença de aves no interior e arredores de aeroportos. Sua
leitura, portanto, é especialmente recomendada para os diversos profissionais ligados à administração
aeroportuária, em especial às áreas de Operações, Segurança, Controle de Tráfego Aéreo,
Manutenção e Emergência.
O Manual de Controle do Perigo Aviário encontra-se estruturado em 2 partes. A primeira é
composta pelos 3 capítulos iniciais, e fornece uma visão geral do perigo aviário em aeroportos da rede
Infraero. A segunda parte, com 02 capítulos, apresenta diretrizes genéricas e específicas para a
minimização/eliminação do problema em foco.
Assim, o Capítulo I (“Avifauna de Aeroportos”) aborda diversos aspectos sobre a avifauna que é
encontrada no interior e arredores de sítios aeroportuários e arredores. Trata, especificamente, da
relação entre diversidade avifaunística e a presença de ambientes naturais e antrópicos.
O Capítulo II (“O controle do perigo aviário no Brasil”) discorre sobre as iniciativas
empreendidas por órgãos e empresas ligados à aviação civil e militar para o controle do perigo aviário
em território nacional. Relaciona, igualmente, os principais documentos e regulamentações que dizem
respeito ao tema.
O Capítulo III (“Não-conformidades”) apresenta uma relação sistemática de fatores naturais e
de origem antrópica que são responsáveis pela atração de aves aos aeroportos e arredores.
O Capítulo IV (“Implementando ações”) fornece orientações básicas para o controle do perigo
aviário através da indicação de medidas e caminhos para operacioná-las.
O Capítulo V (“Plano de Manejo da Avifauna de Aeroportos”) apresenta um roteiro para a
elaboração de um Plano de Manejo de Avifauna (PMA) para aeroportos.
O Manual é complementado por 07 anexos.
O Anexo I (“Legislação ambiental aplicável”) apresenta a legislação ambiental direta ou
indiretamente incidente ao tema, tendo como referência as esferas federal e estadual.
O Anexo II (“Instruções para recolhimento de restos de aves em aeroportos”) fornece diretrizes
para a coleta de material ornitológico em sítios aeroportuários.
AGRADECIMENTOS
A Ricardo Soawinsky, Diretor de Fauna IBAMA/SEDE, pelo valioso auxílio prestado à equipe em
etapas diversas dos trabalhos;
A Ana Crystina Reis Lacerda, Coordenadora Geral de Fauna IBAMA/SEDE, e Wagner Fischer,
Técnico Consultor IBAMA/SEDE, pela leitura e comentários relevantes e irrestrito apoio a diversas
outras atividades dos autores, e que contribuíram para o aperfeiçoamento deste Manual;
Ao Major-Aviador Magalhães Bastos e Major-Aviador Coimbra, do CENIPA, pela disponibilização de
dados relativos ao perigo aviário no Brasil;
A Miriam Barakat (SBGR), pelo apoio aos trabalhos e fornecimento de dados;
A todos os Superintendentes de Aeroportos, Gerentes de Meio Ambiente, Operações, Segurança
Aeronáutica, Tráfego Aéreo e Manutenção que, de uma forma ou outra, prestaram valioso auxílio nas
várias etapas de confecção do Manual. Nesse sentido, especial agradecimento deve ser creditado a Sr.
Marília Gomes da Silva, Superintendente de Meio Ambiente da Regional Sul, que sempre devotou
especial apreço à equipe, contribuindo para o aprimoramento dos trabalhos através de sugestões
muito bem-vindas.
ABREVIATURAS
ABREVIATURAS (cont.)
ÍNDICE GERAL
Pág.
1ª PARTE – O PERIGO AVIÁRIO EM AEROPORTOS DA REDE INFRAERO
CAPÍTULO I – Avifauna de aeroportos
I.1 Introdução ........................................................................................................... 18
I.2 Diversidade avifaunística ....................................................................................... 20
I.3 Ambientes aeroportuários ..................................................................................... 21
I.3.1 Ambientes naturais ............................................................................................... 21
I.3.2 Ambientes antrópicos ............................................................................................
I.3.3 Avifauna urbana ...................................................................................................
CAPÍTULO II – O controle do perigo aviário no Brasil
II.1 Iniciativas governamentais e privadas ....................................................................
II.1.1 CENIPA ................................................................................................................
II.1.2 SERAC .................................................................................................................
II.1.3 CEMAVE ...............................................................................................................
II.1.4 INFRAERO ...........................................................................................................
II.1.5 Comissão de Controle do Perigo Aviário .................................................................
II.1.6 Companhias aéreas ..............................................................................................
II.2 Legislação aplicável ao controle do perigo aviário ..................................................
II.2.1 Resolução CONAMA no 04/95 ................................................................................
II.2.2 Portaria nº 1.141 - GM5/87 ...................................................................................
II.2.3 RBHA 139 - Certificação Operacional de Aeroportos ................................................
II.3 Documentos de referência ....................................................................................
II.3.1 Nacionais .............................................................................................................
II.3.1.1 Manual de Implementação de Aeroportos ...............................................................
II.3.1.2 Manual de Operações de Aeroportos (MOA) ...........................................................
II.3.1.3 Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos .....................
II.3.2 Internacionais ......................................................................................................
II.3.2.1 Manual de Serviços Aeroportuários ........................................................................
II.3.2.2 Circular de Recomendações FAA 150/5200-33 ........................................................
II.3.2.3 Programa de Certificação de Aeroportos – 14CFR, Parte 139 ...................................
CAPÍTULO III – Não-conformidades
III.1 Introdução ...........................................................................................................
III.2 Descrição das não-conformidades ..........................................................................
III.2.1 Não-conformidades na área de segurança aeroportuária (extramuro) .......................
III.2.1.1 Lixo .....................................................................................................................
Pág.
III.2.1.1.1 Oriundo da população e pequeno comércio ............................................................
III.2.1.1.2 Comércio de pescado ............................................................................................
III.2.1.1.3 Lixões ..................................................................................................................
III.2.1.1.4 Aterros sanitários mal controlados .........................................................................
III.2.1.2 Atividades de pesca ..............................................................................................
III.2.1.3 Curtumes, frigoríficos, matadouros e granjas ..........................................................
III.2.1.4 Agricultura de risco ...............................................................................................
III.2.1.5 Recintos de zoológicos vulneráveis a aves invasoras ...............................................
III.2.2 Não-conformidades no sítio aeroportuário (intramuro) ............................................
III.2.2.1 Disposição de material a céu aberto .......................................................................
III.2.2.1.1 Sucata .................................................................................................................
III.2.2.1.2 Entulho ................................................................................................................
III.2.2.1.3 Lixo .....................................................................................................................
III.2.2.1.4 Aparas de vegetação ............................................................................................
III.2.2.2 Áreas alagadas ou sujeitas a alagamentos ..............................................................
III.2.2.2.1 Acúmulo de água em gramados .............................................................................
III.2.2.2.2 Brejais .................................................................................................................
III.2.2.3 Fauna ..................................................................................................................
III.2.2.3.1 Disponibilização de alimento .................................................................................
III.2.2.3.2 Colônias de insetos (Cupinzeiros, formigueiros, vespeiros e colméias) ......................
III.2.2.3.3 Animais mortos ....................................................................................................
III.2.2.3.4 Ninhos, ovos e filhotes ..........................................................................................
III.2.2.4 Vegetação ............................................................................................................
III.2.2.4.1 Flores, frutos e sementes ......................................................................................
III.2.2.4.2 Gramados ............................................................................................................
III.2.2.4.3 Ateamento de fogo ...............................................................................................
III.2.2.4.4 Vegetação alta junto ao muro patrimonial ..............................................................
III.2.2.4.5 Pontos de referência para pouso de aves ...............................................................
III.2.2.5 Estruturas artificiais e edificações ..........................................................................
III.2.2.5.1 Valas ...................................................................................................................
III.2.2.5.2 Bacias de acúmulo de águas residuárias .................................................................
III.2.2.5.3 Edificações ...........................................................................................................
III.2.2.5.6 Pontos de referência para pouso de aves ...............................................................
Pág.
2ª PARTE – O CONTROLE DO PERIGO AVIÁRIO
CAPÍTULO IV - Implementando ações
IV.1 Introdução ...........................................................................................................
IV.2 Medidas para minimização/eliminação de não-conformidades ..................................
IV.2.1 Na Área de Segurança Aeroportuária (extramuro) ...................................................
IV.2.1.1 Lixo .....................................................................................................................
IV.2.1.1.1 Oriundo da população e pequeno comércio ............................................................
IV.2.1.1.2 Comércio de pescado ............................................................................................
IV.2.1.1.3 Lixões ..................................................................................................................
IV.2.1.1.4 Aterros sanitários mal controlados .........................................................................
IV.2.1.2 Atividades de pesca ..............................................................................................
IV.2.1.3 Curtumes, frigoríficos, matadouros e granjas ..........................................................
IV.2.1.4 Agricultura de risco ...............................................................................................
IV.2.1.5 Recintos de zoológicos vulneráveis a aves invasoras.................................................
IV.2.2 Dentro do sítio aeroportuário (intramuro) ...............................................................
IV.2.2.1 Disposição de material a céu aberto .......................................................................
IV.2.2.1.1 Sucata .................................................................................................................
IV.2.2.1.2 Entulho ................................................................................................................
IV.2.2.1.3 Lixo .....................................................................................................................
IV.2.2.1.4 Aparas de vegetação . ..........................................................................................
IV.2.2.2 Áreas alagadas ou sujeitas a alagamentos ..............................................................
IV.2.2.2.1 Acúmulo de água em gramados .............................................................................
IV.2.2.2.2 Brejais .................................................................................................................
IV.2.2.3 Fauna ..................................................................................................................
IV.2.2.3.1 Disponibilização de alimento ..................................................................................
IV.2.2.3.2 Colônias de insetos (cupinzeiros e formigueiros, vespeiros e colméias) .....................
IV.2.2.3.3 Animais mortos ....................................................................................................
IV.2.2.3.4 Ninhos, ovos e filhotes ..........................................................................................
IV.2.2.4 Vegetação ............................................................................................................
IV.2.2.4.1 Flores, frutos e sementes ......................................................................................
IV.2.2.4.2 Gramados ............................................................................................................
IV.2.2.4.3 Ateamento de fogo ...............................................................................................
IV.2.2.4.4 Vegetação alta junto ao muro patrimonial ..............................................................
IV.2.2.4.5 Pontos de referência para pouso de aves ...............................................................
IV.2.2.5 Estruturas artificiais e áreas edificadas....................................................................
IV.2.2.5.1 Valas ...................................................................................................................
Pág.
IV.2.2.5.2 Bacias de acúmulo de águas residuárias .................................................................
IV.2.2.5.3 Edificações ..........................................................................................................
IV.2.2.5.4 Pontos de referência para pouso de aves ...............................................................
IV.3 Interagindo com órgãos ambientais .......................................................................
IV.3.1 Fauna ..................................................................................................................
IV.3.1.1 Remoção de ninhos...............................................................................................
IV.3.1.2 Coleta de ovos e abate de aves .............................................................................
IV.3.2 Desinsetização de gramados .................................................................................
IV.3.3 Flora ....................................................................................................................
IV.3.3.1 Remoção de árvores .............................................................................................
IV.3.3.2 Capina química .....................................................................................................
CAPÍTULO V - Plano de Manejo da Avifauna de Aeroportos
V.1 Introdução ...........................................................................................................
V.2 Responsabilidade técnica.......................................................................................
V.3 Divulgação do Plano de Manejo .............................................................................
V.4 Estrutura do plano de manejo da avifauna .............................................................
V.4.1 Objetivos .............................................................................................................
V.4.1.1 Objetivos gerais ...................................................................................................
V.4.1.2 Objetivos específicos .............................................................................................
V.4.2 Caracterização da região de inserção do aeroporto .................................................
V.4.2.1 Localização ..........................................................................................................
V.4.2.2 Relevo .................................................................................................................
V.4.2.3 Hidrografia ...........................................................................................................
V.4.2.4 Clima ...................................................................................................................
V.4.2.5 Vegetação ............................................................................................................
V.4.2.6 Avifauna ..............................................................................................................
V.4.3 Caracterização do aeroporto ..................................................................................
V.4.3.1 Ambientes naturais................................................................................................
V.4.3.2 Áreas edificadas....................................................................................................
V.4.3.3 Avifauna associada e habitats.................................................................................
V.4.4 Colisões entre aves e aeronaves ............................................................................
V.4.4.1 Histórico ..............................................................................................................
V.4.4.2 Colisões por aeroporto ..........................................................................................
V.4.4.3 Colisões x ano ......................................................................................................
V.4.4.2 Colisões x mês .....................................................................................................
Pág.
V.4.4.5 Colisões x período do dia ......................................................................................
V.4.4.6 Colisões x fase do vôo ..........................................................................................
V.4.4.7 Colisões x altitude .................................................................................................
V.4.4.8 Espécies envolvidas ..............................................................................................
V.4.5 Atrativos para a avifauna ......................................................................................
V.4.5.1 Atrativos intramuro ...............................................................................................
V.4.5.2 Atrativos extramuro ..............................................................................................
V.4.6 Recomendações ...................................................................................................
V.4.7 Acompanhamento da implementação de ações para o controle da avifauna ..............
V.3.8 Vocabulário ..........................................................................................................
V.3.9 Referências bibliográficas ......................................................................................
Referências bibliográficas .....................................................................................................
Vocabulário ............................................................................................................................
Anexo I - Legislação ambiental aplicável ....................................................................................
Anexo II - Instruções para recolhimento de restos de aves em aeroportos ..................................
Anexo III – Termo de referência para contratação de equipe de pesquisadores ..........................
Anexo IV - Links de interesse ...................................................................................................
Anexo V – Aves associadas a colisões com aeronaves no Brasil ...................................................
pág.
I.01 Disposição de lixo dentro de um sítio aeroportuário.....................................................
I.02 Disposição de lixo a céu aberto em Belém/PA.............................................................
I.03 Disposição de lixo a céu aberto em Fortaleza/CE.........................................................
I.04 Manguezal – Rio de Janeiro/RJ..................................................................................
I.05 Buritizal – São Luiz/MA..............................................................................................
I.06 Cerrado – Brasília/DF................................................................................................
I.07 Restinga – Natal/RN..................................................................................................
I.08 Alagado – Manaus/AM...............................................................................................
I.09 Marizal – Porto Alegre/RS..........................................................................................
pág.
III.24 Aparas de grama em sítio aeroportuário (II) ..............................................................
III.25 Acúmulo de água em gramado (II) ............................................................................
III.26 Acúmulo de água em gramado (II) ...........................................................................
III.27 Acúmulo de água em gramado (III). .........................................................................
III.28 Brejal ......................................................................................................................
III.29 Armadilhas para captura de urubus-comuns (Coragyps atratus) (I) ..............................
III.30 Armadilhas para captura de urubus-comuns (Coragyps atratus) (II) .............................
III.31 Fezes de lobinho (Cerdcyon thous) ............................................................................
III.32 Disponibilização de restos de refeição para pombos (Columba livia) e rolinhas
(Columbina talpacoti) ...............................................................................................
III.33 Contêiner de lixo destampado, com atração de pombos-domésticos (Columba lívia) ......
III.34 Ninho de formiga em gramado .................................................................................
III.35 Colônia de cupim em gramado ..................................................................................
III.36 Carcaça de mamífero em decomposição ....................................................................
III.37 Mortandade de peixes ..............................................................................................
III.38 Ninho com ovos de savacu (Nycticorax nycticorax) .....................................................
III.39 Ninho de lavadeira (Fluvicola nengeta) ......................................................................
III.40 Capim-colonião (Paspalum sp.) em frutificação (I) ......................................................
III.41 Capim-colonião (Paspalum sp.) em frutificação (II) .....................................................
III.42 Bananeira em frutificação .........................................................................................
III.43 Jaqueira em frutificação ............................................................................................
III.44 Gramado com plantas invasoras (I) ...........................................................................
III.45 Gramado com plantas invasoras (II) ..........................................................................
III.46 Gramado com diferentes perfis de altura ....................................................................
III.47 Quero-quero (Vanellus chilensis) ao lado de trator aparando gramado .........................
III.48 Ateamento criminoso de fogo em gramado sítio aeroportuário .....................................
III.49 Capim alto junto a muro patrimonial (I) .....................................................................
III.50 Capim alto junto a muro patrimonial (II) ....................................................................
III.51 Capim alto junto a muro patrimonial (III) ...................................................................
III.52 Carcarás (Caracara plancus) em árvore ......................................................................
III.53 Garça-branca-grande (Casmerodius albus) em árvore. ................................................
III.54 Vala de drenagem de águas pluviais obstruída por vegetação (I)..................................
III.55 Vala de drenagem de águas pluviais obstruída por vegetação (II)................................
III.56 Vala de drenagem de águas pluviais obstruída por vegetação (III)...............................
III.57 Vala negra ...............................................................................................................
III.58 Lagoa de estabilização de águas residuárias (I) ..........................................................
III.59 Lagoa de estabilização de águas residuárias (II) .........................................................
pág.
III.60 Edificação desativada (I) ...........................................................................................
III.61 Edificação desativada (II) .........................................................................................
III.62 Edificação desativada (III) ........................................................................................
III.63 Hangar ....................................................................................................................
III.64 Galpão ....................................................................................................................
III.65 Garça-cinza (Egretta caerulea) pousada em sinalizador ...............................................
III.66 Urubu-comum (Coragyps atratus) em poste ...............................................................
III.67 Garças-brancas pousadas em píer .............................................................................
III.68 Garças-brancas pousadas em ALS .............................................................................
III.69 Garças-brancas pousadas em cerca ...........................................................................
IV.01 Painel de campanha de educação ambiental ..................................................
IV.02 Reservatório de alvenaria para acondicionamento de restos de peixes
(contêiner no detalhe) – Mercado de Peixe de Teresina/PI..............................
V.01 Relatórios de colisões por aeroporto (1982 a 1996)....................................................
V.02 Número de colisões reportadas ao CENIPA até 04/03/2002..........................................
V.03 Colisão de aves por mês do ano (1980 a dez 2000).....................................................
V.04 Colisão de aves por período do dia (1980 a dez 2000).................................................
V.05 Colisões por fase de vôo (1980 a dez 2000) (n = 2.198)..............................................
V.06 Colisão com aves por cota altitudinal (1990 a 2002)....................................................
V.07 Espécies envolvidas em colisão com aeronaves em aeroportos da Região Sul do Brasil
(1980 a dez 2000).....................................................................................................
pág.
1ª parte
CAPÍTULO I
AVIFAUNA DE AEROPORTOS
I.1) INTRODUÇÃO
Os aeroportos brasileiros, sobretudo aqueles localizados em regiões metropolitanas, foram ou
estão sendo gradativamente cercados pela malha urbana, processo que resulta diretamente do
crescimento numérico da população.
A ocupação do entorno de sítios aeroportuários no Brasil não apresenta um padrão definido do
ponto de vista do adensamento demográfico, da forma como se processa a ocupação do espaço e do
tipo de uso do solo que é feito. Alguns aeroportos são cercados por áreas residenciais de baixa
densidade demográfica, ao passo que, no outro extremo da escala, o são por bairros populares muito
adensados cuja expansão pode ocorrer pela ocupação de terrenos públicos e/ou APPs por um grande
número de residências “informais”. Em determinadas regiões a taxa de crescimento da malha urbana
do entorno de aeroportos se consolida ao longo de décadas, sendo que em outros todo o processo se
concretiza em poucos anos.
Os bairros densamente povoados e menos favorecidos do ponto de vista de infra-estrutura de
saneamento básico são aqueles que usualmente trazem maiores preocupações à administração
aeroportuária. O resultado é a proliferação de depósitos de lixo a céu aberto, que se espalham por
terrenos baldios ou nas margens de estradas, rios, canais e lagoas. Vale mencionar que, em situações
extremas, porém não incomuns no Brasil, o lixo é lançado para dentro do sítio aeroportuário (Figura
I.01)
A carência de infra-estrutura urbana aliada à quase ausência ou ausência completa de serviços
básicos de limpeza torna-se, portanto, uma das fontes primárias de problemas para a segurança
aeronáutica no Brasil.
Algumas poucas espécies de aves beneficiam-se da proliferação de pontos de descarte de lixo a
céu aberto e sem tratamento (Figuras I.02 e I.03). Dentre todas as aves observadas nestas
circunstâncias destaca-se o urubu-comum ou urubu-comum, freqüente sobretudo em áreas urbanas e
cuja distribuição geográfica é ampla, ocorrendo em todas as regiões do Brasil.
Sítios aeroportuários são também freqüentados por diversas outras aves, que, juntas, em
alguns casos, podem somar mais de 70 espécies. Tamanha diversidade se explica pela presença de
ambientes naturais e antrópicos, os quais são apropriados para alimentação, descanso, refúgio contra
predadores, dessedentação ou mesmo reprodução. Os ambientes aeroportuários podem, dessa forma,
exercer forte atração para aves e mesmo para outros grupos animais, como mamíferos e répteis,
estruturando cadeias alimentares por vezes complexas e extensas.
Em áreas densamente urbanizadas, em que os espaços verdes são escassos, os aeroportos
desempenham uma função especial para a vida silvestre, o que os torna referência para aves que se
adaptam muito bem a ambientes criados e/ou modificados pelo homem (ambientes antópicos).
(regionalmente conhecido como “taiamã”) para pernoite. Outros exemplos são o Aeroporto
Internacional Val-de-Cães (Belém/PA), ocasionalmente invadido por bandos de andorinhas [cf.
andorinha-do-rio], o Aeroporto de Marabá (PA), cuja pista é regularmente utilizada no período
noturno pelo corucão, e o Aeroporto de Joinville (SC), que passou a ser freqüentado a partir de 2004
por bandos do tapicuru-de-cara-pelada.
Quanto às aves domésticas, destaca-se o pombo-doméstico, ave originária do continente
Europeu. Atualmente, o pombo-doméstico vem causando problemas em diversos aeroportos, não
somente com relação à movimentação de aeronaves, mas pela contaminação de água potável e
infestação de áreas de circulação de pessoas e mercadorias, particularmente TPSs e terminais de
cargas.
Avifauna associada
A avifauna associada a ambientes naturais pode ser mais ou menos rica em espécies de acordo
com o grau de conservação e extensão da vegetação.
A vegetação de mangue é utilizada, a título de exemplo, por aves aquáticas pernaltas (vide
Tabela I.1 para exemplos), sendo que ambientes em regeneração, como capoeiras de matas, são
particularmente amiúde freqüentadas por variado elenco de aves de pequeno porte (vide Tabela I.2).
Os demais ambientes (buritizais, florestas, cerrados, restingas, caatinga, áreas alagadas,
marizais) podem conter grupos específicos de espécies. Entretanto, algumas espécies de aves são
onipresentes, como é o caso dos urubus-caçadores, do carcará e do gavião-pega-pinto.
Avifauna associada
A diversidade de aves em um aeroporto varia principalmente em função da presença e
extensão dos diferentes tipos de ambientes introduzidos ou modificados pelo homem. De um modo
geral, quanto maiores e mais diversificados forem os ambientes de um sítio aeroportuário, mais
diversificada será a avifauna nele contida.
Os gramados são, via de regra, um dos ambientes que mais atraem aves. O número de
espécies costuma ser reduzido, mas o número de indivíduos por espécie pode ser elevado. Cita-se,
como exemplo, o quero-quero e o carcará.
A Tabela I.3 traz mais exemplos de aves comumente observadas em gramados de aeroportos.
As monoculturas, por seu turno, são freqüentadas por espécies afeitas a ambientes abertos,
como é o caso de anus (Guira guira e Crotophaga ani), além de aves de rapina como falcões e afins
72%
Aterros sanitário
controlado ou lixão
28%
Segundo o mesmo estudo (IBGE, op. cit.), 88% dos municípios brasileiros lançavam o lixo a céu
aberto e apenas 12% depositavam-no em aterros. Pode-se afirmar que essa situação sofreu pouca
alteração em tempos recentes (MMA, 2000).
Outra pesquisa do IBGE divulgada em 1995 (IBGE, 1995) indica que 28% da população
brasileira não é beneficiada pela coleta de lixo. Nos estados da Região Nordeste este índice sobe para
49,8%.
Vale ressaltar que a fração orgânica presente nos resíduos domiciliares/comerciais é da ordem
de 52,5% (PEREIRA NETO, 1992). Tamanho volume de matéria putrescível depositada a céu aberto
representa imensa fonte de alimento para diversas espécies de aves, como o urubu-comum, o carcará
e a garça-vaqueira.
A análise de dados de colisão entre aves e aeronaves do CENIPA evidencia que o “urubu” é a
espécie associada ao maior número de eventos – 28,16% de um total de 2.198 registros. Em se
considerando apenas as colisões cuja espécie de ave envolvida foi positivamente identificada (n =
1.126), este percentual salta para cerca de 55%.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO II
II.1.1) CENIPA
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão vinculado ao
Comando da Aeronáutica, foi criado através do Decreto nº. 69.565, de 19 de novembro de 1971. A
partir de 7 de junho de 1982, por força do Decreto no 87.249, o CENIPA passou a ser uma
organização autônoma.
Como órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(SIPAER), o CENIPA tem como atribuição supervisionar, planejar, controlar e coordenar atividades
afins, em consonância com todos os demais elos da cadeia de comando operacional.
O CENIPA estabelece, anualmente, iniciativas na área de perigo aviário através do Programa de
Controle do Perigo Aviário no Brasil (PCPAB).
São quatro as linhas de ação:
O CENIPA é também o responsável pelo Programa Brasileiro de Redução de Colisão com Aves
(PBRCA), que surgiu em 1991.
O PBRCA atuou inicialmente na sistematização dos dados sobre colisões ocorridas em território
nacional, os quais até então se encontravam integrados ao banco de dados mais genérico de
segurança aeroportuária daquele órgão.
Com base nas informações obtidas através do preenchimento da Ficha CENIPA 15 (Figura II.1)
ou 15A, torna-se possível proceder à análise de tendências1 e estabelecer possíveis medidas para a
solução do problema. Para contatar o gerente do Projeto Perigo Aviário ou reportar colisões com aves
através do preenchimento da Ficha CENIPA 15, o CENIPA colocou à disposição dos usuários o
endereço eletrônico perigoaviario@cenipa.aer.mil.br.
A sistematização e conseqüente facilitação da troca de informações permitiram que alguns
estudos fossem publicados para a disseminação de conhecimento às partes interessadas. Destacam-
se, nesse sentido, os trabalhos de BRASIL (1997) e BASTOS (2000; 2001).
Os trabalhos do CENIPA são também divulgados em eventos internacionais. Em 2001, foram
apresentadas estatísticas atualizadas sobre colisões com aves em território nacional no “Bird Strike
2001” realizado em Calgary (Canadá) e promovido pelos comitês de Colisão com Aves dos EUA e
Canadá. Em 1997, o CENIPA esteve também representado no 50o Seminário Internacional de
Segurança Aérea promovido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo em Washington D.C.
(USA).
Outra iniciativa conduzida pelo CENIPA foi a assinatura de um termo de cooperação técnica
com o CEMAVE, órgão responsável pela conservação e estudo da avifauna silvestre e que é
subordinado ao IBAMA/Ministério do Meio Ambiente. O objetivo primário desta iniciativa foi a
identificação, por especialistas, dos restos de aves envolvidas em colisões com aeronaves em território
nacional.
II.1.2) SERAC
Espalhados por todo Brasil, os Serviços Regionais de Aviação Civil (SERAC) atuam como elo de
ligação entre o DAC e a comunidade aeronáutica, exercendo as funções de fiscalização e orientação
nas diversas áreas de atuação do sistema de aviação.
Na intenção de descentralizar as atividades que competem ao DAC, a maioria dos sete Serviços
Regionais foi criada há mais de 20 anos e atuam como um DAC regional, atendendo toda a
comunidade da área. Subordinadas aos SERACs, existem dezenas de Seções de Aviação Civil (SAC),
localizadas em vários aeroportos do País. Estas Seções têm como característica principal o
atendimento ao público e a fiscalização dos aeroportos onde se localizam.
O SERAC promove a realização de encontros regionais para discutir o perigo aviário, procurando
envolver não somente as empresas diretamente relacionadas com a navegação aérea, mas atores
sociais que podem contribuir para a minimização do problema.
1
Até 2000, existiam cerca de 2.198 registros de colisões para todo o Brasil (BASTOS, 2001).
Em geral, os encontros regionais, ou Seminários de Perigo Aviário, são realizados nas capitais
dos Estados, contando com a presença de representantes das Cias. Aéreas, órgãos de representação
federal (Ministério Público, IBAMA/CEMAVE, ANVISA), estadual (Ministério Público, Secretarias de Meio
Ambiente e órgãos de controle do meio ambiente) e municipal (Secretarias Municipais de Meio
Ambiente, Prefeituras, empresas de limpeza e saneamento urbano, etc.). Participam representantes
da sociedade civil organizada (associação de moradores de bairros) e instituições de ensino e
pesquisa, públicas e particulares (universidades, escolas).
Em 2004 foram realizados 07 Seminários de Perigo Aviário, os quais ocorreram em Salvador,
Aracaju, Maceió, Natal, Fortaleza, Teresina (SERAC I) e Belém (SERAC II).
II.1.3) CEMAVE
Como sendo o principal órgão federal responsável por atividades de pesquisa e conservação da
avifauna nacional, o CEMAVE estabeleceu um amplo programa de investigação sobre o perigo aviário
em diversos aeroportos do país, o qual teve início em 1995. Tal programa, intitulado “Levantamento
da Avifauna dos Aeroportos – Riscos, Problemas e Soluções”, recebeu, entre 1995 e 1997, apoio do
CENIPA e do CNPAA, assim como da CPPA.
Os objetivos dos trabalhos conduzidos foram: a) identificar as aves que ocorrem nas áreas de
alguns aeródromos brasileiros e entorno; b) detectar os locais de concentração das aves e potenciais
focos de atração; c) identificar as atividades de uso da área pelas aves (alimentação, nidificação e/ou
descanso); e d) propor métodos de manejo para minimizar o risco de colisões com as aeronaves
(AMARAL, 2002).
Para efeito do dimensionamento da problemática do perigo aviário em território nacional, o
CEMAVE conduziu censos aéreos em diversos aeroportos do Brasil entre 1995 e 2001. Segundo
AMARAL (op. cit., pág. 10), as cidades atendidas foram: Manaus, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió,
Paulo Afonso, Salvador, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Caxias do Sul e Porto Alegre, além do
arquipélago de Fernando de Noronha.
II.1.4) INFRAERO
A Infraero – Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária - é uma empresa pública
vinculada ao Ministério da Defesa. Criada com base na Lei no 5.862, de 12 de dezembro de 1972, a
Infraero tem por finalidade implantar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a
infra-estrutura aeroportuária e de apoio à navegação aérea, prestar consultoria e assessoramento em
suas áreas de atuação e construção de aeroportos. Atualmente, a Infraero administra 83 Estações de
Navegação Área e 66 Aeroportos distribuídos por 08 Sub-regionais (SRMN, SRBE, SRBR, SRRF, SRSL,
SRGL, SRGR e SRPA).
A Infraero possui o “Programa Avifauna de Aeroportos”, cujo principal objetivo é a redução do
número de incidentes e acidentes aeronáuticos decorrentes de colisão com aves. As ações do
Programa se aplicam aos sítios aeroportuários, onde são implementadas medidas para a
redução/eliminação de fatores ambientais que atraem as aves. Com relação a Área de Segurança
Aeroportuária, a Infraero atua no sentido de estabelecer parcerias com diferentes atores sociais da
esfera pública e privada, tendo em vista a identificação de parcerias que possam contribuir para a
redução dos focos de atração de aves.
O Programa Avifauna prevê ainda a contratação de instituições de pesquisa e ensino ou
empresas de consultoria para a elaboração de PMAs e ações de suporte aos programas ambientais em
diversos aeroportos da rede. Dentre as instituições parceiras está a COPPE/UFRJ, que, através do
Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente (LIMA) do Programa de Planejamento Energético (PPE)
vem desenvolvendo diversas atividades nesse sentido.
As principais linhas de ação do LIMA/COPPE são:
a) Diagnósticos sobre o perigo aviário em aeroportos da rede Infraero (vide Tabela II.1);
b) Disseminação dos resultados dos trabalhos de campo referentes aos diagnósticos dos aeroportos
Tabela II.1 – Aeroportos da rede Infraero onde foram conduzidos diagnósticos do perigo aviário.
Sub- Período do
Aeroporto
regional diagnóstico
Aeroporto Internacional Eduardo Gomes – Manaus/AM 04 a 08/IX/2003
SRMN
Aeroporto de Tefé – Tefé/AM 23 a 25/I/2005
Aeroporto Internacional Val-de-Cães – Belém/PA 12 a 14/VII/2004
SRBE Aeroporto de Marabá – Marabá/PA 15 e 16/VII/2004
Aeroporto Mal. Cunha Machado – São Luis/MA 19 e 21/VII/2004
Aeroporto Internacional Pinto Martins – Fortaleza/CE 12 a 14/V/2004
Aeroporto Internacional Senador Petrônio Portela – Teresina/PI 28 a 30/VII/2003
Aeroporto Internacional Augusto Severo – Parnamirim/RN 08 a 11/IV/2003
SRRF
09, 10 e
Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes Gilberto Freyre – PE
13/XII/2004
Aeroporto de Maceió Zumbi dos Palmares – Maceió/Rio Largo - AL 03 a 05/XI/2003
SBSL Aeroporto Internacional Luiz Eduardo Magalhães – Salvador/BA 12 e 14/IV/2004
Aeroporto Internacional Pres. Juscelino Kubitschek – Brasília/DF 25 a 28/X/2004
SRBR
Aeroporto de Corumbá – Corumbá/MS 03 a 06/VI/2002
Aeroporto Doméstico Santos Dumont – Rio de Janeiro/RJ 02/VI/2004
Aeroporto Doméstico de Jacarepaguá – Rio de Janeiro/RJ 07/III/2005
SRGL
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro IV/2002 a 2005
Aeroporto Doméstico da Pampulha – Belo Horizonte/MG 23 a 27/VI/2003
SRGR Aeroporto Internacional de Cumbica – Guarulhos/SP 5 a 8/VIII/2002
24 e 26/06/2002
Aeroporto Internacional Salgado Filho - Porto Alegre/RS
e 05 e 08/X/2004
24 e
Aeroporto de Joinville – Joinville/SC
SRPA 25/VIII/2004
Aeroporto de Bacacheri – Curitiba/PR 31/VIII/2004
27, 30 e
Aeroporto Internacional Afonso Pena – S.J. dos Pinhais/PR
31/VIII/2004
a) Maior envolvimento na coleta de informações sobre colisões de aves com aeronaves por parte de
pilotos e técnicos de manutenção de aeronaves, o que se reflete no aumento do número de relatos
via preenchimento da Ficha CENIPA 15 ao longo dos últimos anos;
b) Co-patrocínio de seminários de perigo aviário em diversos Estados, oportunidade em que são
recebidos inclusive debatedores que possuem ampla experiência no tema em aeroportos do exterior;
e
c) Transmissão de dados sobre os prejuízos incorridos pelas Cias. Aéreas em seminários de perigo
aviário como meio de sensibilização de atores sociais diversos.
II.3.1) Nacionais
aeroportuária para minimizar colisões de aeronaves sobretudo com aves. Recomenda-se que as
informações sejam condensadas na forma de um “Programa de Gestão de Perigo da Fauna”, o qual
deverá conter ao menos:
a) procedimentos para avaliar os perigos existentes, incluindo vistoria diária do sítio aeroportuário
para identificação das espécies da fauna e respectivos focos de atração, registro e acompanhamento
estatístico das colisões de aves com aeronaves, bem como inspeção permanente para avaliação dos
sistemas de pistas quanto à concentração de aves e identificação de animais em estado de
decomposição;
b) procedimentos para capturar animais na área de movimento;
c) procedimentos para implantar programas de controle da cobertura vegetal, da fauna e das
atividades antrópicas, incluindo manutenção do corte de grama e recolhimento de aparas,
desobstrução de valas de drenagem e galerias, operações para dispersão de pássaros, patrulhamento
e vistoria das cercas operacionais e patrimoniais;
d) procedimentos de informação para acompanhamento de situação de perigo aviário pelo DAC
(SERAC e IAC), DECEA (SRPV/CINDACTA) e DIRENG (SERENG), além do CENIPA; e
e) cargo/função do responsável pelo gerenciamento do perigo da fauna, registrando, na relação de
cargos e funções com responsabilidades específicas no MOA, o nome, identidade e órgão emissor,
CPF, responsabilidades e meios de contato, durante e fora do horário de expediente administrativo do
aeroporto.
Identificação do problema
A identificação e dimensionamento do problema pode ser feito através de indicadores de
perigo aviário, a exemplo de:
Figura II.2 – Fluxograma para controle e redução do perigo aviário (DAC/IAC, s/d.).
a) Verificação in situ dos fatores que concorrem para atrair as aves para o sítio aeroportuário, com a
implementação de ações corretivas e preventivas para que os mesmos sejam minimizados ou extintos
dentro de um determinado um prazo;
b) Após a implementação das medidas preventivas/corretivas, deverá ser realizada nova vistoria se
surtiram os efeitos desejados. Caso as ações corretivas não tenham logrado êxito ou não tenham sido
implementadas, deve-se acionar o DAC (SIE e DIPAA) e o CENIPA para a adoção das medidas
administrativas julgadas cabíveis.
“descanso” e “limpeza”.
II.3.2) Internacionais
Seção 01 - trata dos fatores de atração potencialmente prejudiciais às atividades aeronáuticas
existentes no interior ou nas imediações de aeroportos;
Seção 02 - aborda as diferentes formas de uso do solo que são incompatíveis com as operações
aeroportuárias;
Seção 03 - faz referência às formas de uso do solo que são compatíveis com operações
aeroportuárias seguras; e
Seção 04 - trata dos procedimentos necessários para o encaminhamento de notificações a FAA sobre
fatores de atração de fauna silvestre no interior ou nos arredores de aeroportos.
CAPÍTULO III
NÃO-CONFORMIDADES
CAPÍTULO III
NÃO-CONFORMIDADES
III.1) INTRODUÇÃO
O ambiente aeroportuário é constituído por um mosaico de paisagens naturais e antrópicas. Via
de regra, os aeroportos são erguidos em áreas já modificadas pelo homem ao longo de décadas, as
quais podem ser caracterizadas pela simplificação estrutural da vegetação e reduzida biodiversidade
faunística e florística.
Ao entrar em atividade, um aeroporto passa a interferir ainda mais intensamente sobre o meio
ambiente circundante, devido ao movimento de veículos e pessoas, trânsito de aeronaves e poluição
atmosférica, sonora e visual. As novas variáveis ambientais vão determinar alterações ainda mais
profundas no meio ambiente aeroportuário, implicando na rarefação ou extinção de determinadas
populações de aves e no crescimento ou surgimento de outras.
No entorno dos aeroportos as transformações ambientais se manifestam pela substituição de
áreas verdes pela malha urbana, que não raramente avança sobre aéreas de preservação
permanente, como vegetação ribeirinha e de restinga, dunas de areia, mangue, etc. A expansão do
próprio sítio aeroportuário pelo alongamento de pistas, construção de novos terminais de cargas e
passageiros, por exemplo, pode contribuir ainda mais para a redução das áreas verdes.
Com o aumento da oferta de serviços diversos que acompanham o crescimento das cidades,
instalam-se também atividades potencialmente atratoras de aves nos arredores de aeroportos, criando
um cenário de incompatibilidade com os preceitos de segurança aeronáutica.
As atividades aeroportuárias e a ciruncvizinhança dos sítios aeroportuários são, por esse
motivo, fontes permanentes e dinâmicas de situações conflituosas com os princípios do vôo seguro,
ou seja, são elas próprias fontes de situações não-conformes com relação à circulação de aeronaves.
1) LIXO
1.1) Oriundo da população e pequeno comércio
1.2) Entrepostos de comércio de pescado (feiras, portos, mercados)
1.3) Lixões
1.4) Aterros sanitários mal controlados
2) FAUNA
2.1) Atividades de pesca
2.2) Recintos de Zoológicos vulneráveis a aves
2.3) Alimentação induzida
2.4) Criação extensiva de animais
3) FAUNA
3.1) Disponibilização de alimento
3.1.1) Intencional
3.1.2) Passiva
3.2) Colônias de insetos (cupinzeiros, formigueiros, vespeiros e colméias)
3.3) Animais mortos
3.3.1) Em terra
3.3.2) Em corpos hídricos (mortandade de peixes)
3.4) Ninhos, ovos e filhotes
4) VEGETAÇÃO
4.1) Flores, frutos e sementes
4.2) Gramados
4.2.1) Com plantas invasoras
4.2.2) Com diferentes perfis de altura
4.2.3) Corte diurno
4.3) Ateamento de fogo
4.4) Vegetação alta junto ao muro patrimonial
4.5) Pontos de referência para pouso de aves
NÃO-CONFORMIDADES
No sítio aeroportuário (intramuro)
DISPOSIÇÃO DE MATERIAL A CÉU ABERTO
Sucata
Existem aeronaves sucateadas dentro do sítio aeroportuário?
Foram determinados prazos para a eliminação das aeronaves sucateadas ?
Entulho
Existe descarte de material inservível (entulho) dentro do sítio
aeroportuário?
O local onde o material inservível é depositado é regular ou ocasionalmente
visitado por aves?
Lixo
O descarte do lixo é feito em local (galpões, hangares) destinado para este
fim?
O tempo de armazenamento no sitio aeroportuário é adequado para o tipo
de material recolhido?
O material estocado é descartado é levado para fora do sítio aeroportuário
em tempo hábil?
O material estocado apresenta fração orgânica?
Aparas de vegetação
As aparas de vegetação são dispostas dentro do sitio aeroportuário?
É feito algum aproveitamento das aparas de vegetação (compostagem)?
ÁREAS ALAGADAS OU SUJEITAS A ALAGAMENTO
Acúmulo de água em gramados
Há encharcamento dos gramados com a formação de poças por ocasião de
chuvas fortes ou prolongadas?
As áreas sujeitas a encharcamento são devidamente conhecidas,
dimensionadas e mapeadas?
As poças d’água que se formam nos gramados atraem aves?
As áreas gramadas dispoem de um sistema de drenos de para captação e
escoamento das águas pluviais?
Brejais
Existem ambientes naturais (brejais, pântanos, alagados, charcos, etc.) no
interior do sítio aeroportuário?
Tais áreas são utilizadas por aves para descanso, alimentação,
dessedentação, reprodução ou atividades sociais diversas?
Existem restrições ambientais legais com relação à eliminação de tais
ambientes ou sua redução em área?
FAUNA
Disponibilização de alimento (intencional)
Existem programas de captura e relocação de aves em andamento dentro
do sítio aeroportuário?
Existe um programa de captura e relocação de urubus (C. atratus) sendo
conduzido nas cabeceiras de pistas?
Existem indícios de que funcionários estão fornecendo alimento para
animais selvagens ou domésticos (cães, gatos, pombos, pardais, etc.)
dentro do sítio aeroportuário?
Existem orientações escritas e comunicadas aos funcionários para que
evitem alimentar animais selvagens e domésticos dentro do sítio
aeroportuário?
Vegetação
Existem espécies vegetais que produzem flores, frutos (árvores frutíferas) e
sementes que são utilizados por aves como alimento no interior do
aeroporto?
Existe responsável pela identificação e mapeamento de tais plantas?
Tais plantas encontram-se próximas a pátios e pistas?
Existem procedimentos para eliminar o fator de atração das aves em parte
ou na sua totalidade (remoção da planta por inteiro)?
A remoção de árvores frutíferas é realizada com base na expedição de uma
licença especial pelo órgão ambiental competente?
Existem espécies de gramíneas que produzem grandes quantidades de
semente?
As moitas de capim que produzem grandes quantidades de sementes são
mantidas a baixa altura ou eliminadas pela raiz sistematicamente?
III.2.1.1) Lixo
A disposição de lixo pode ocorrer, inclusive, junto ao muro da área patrimonial onde se
encontram cartazes alertando para os riscos que este tipo de prática pode ocasionar à navegação
aérea.
É comum também o lançamento lixo para dentro da área patrimonial. Em casos extremos, são
feitas perfurações no muro para facilitar o lançamento do lixo, o que freqüentemente progride para
grandes avarias, a ponto de serem constatadas seções inteiras de muros derrubadas.
A composição do lixo, pode incluir restos de alimentos e carcaças de animais domésticos, assim
como vísceras, ossos e partes moles inaproveitáveis de animais (bovinos, aves, caprinos, etc.)
provenientes de curtumes, matadouros e frigoríficos de pequeno porte.
Avifauna associada
O acúmulo de lixo na vizinhança de aeroportos é problemático sob os pontos de vista do perigo
aviário, estético e da proliferação de vetores de doenças.
O urubu-comum é a principal espécie associada à presença de lixo doméstico nas cercanias de
aeroportos. Esta ave representa grande perigo à aviação em função de seu porte e peso, pelo fato de
ser muito comum em áreas urbanizadas, interferir com freqüência nas rotas de aeronaves e formar
bandos de dezenas de indivíduos. A espécie é atualmente a associada ao maior número de relatos de
colisões com aeronaves em território nacional.
Lixo também pode atrair igualmente pombos-domésticos ou mesmo corujas, que se alimentam
dos roedores que se instalam no local.
Avifauna associada
Portos, feiras, mercados e pequenos comércios de peixes podem ser considerados como pontos
críticos com relação ao potencial que apresentam para a atração de urubus-comuns.
Avifauna associada
Lixões são freqüentados principalmente por urubus-comuns, que se alimentam de toda a sorte
de matéria orgânica (fresca ou em decomposição), e garças-vaqueiras, que se alimentam de insetos e
suas larvas. Em algumas regiões do Brasil também é registrada a presença do quero-quero.
Avifauna associada
Assim como os lixões, aterros sanitários mal controlados são muito visados por urubus-comuns,
que se alimentam de toda a sorte de matéria orgânica (fresca ou em decomposição), e garças-
vaqueiras, que se alimentam de insetos e suas larvas. Em alguns casos é também registrada a
presença do quero-quero.
Avifauna associada
A pesca comercial que emprega rede de arrasto usualmente atrai um grande número de aves
que busca alimento farto.
Garças-brancas (Casmerodius albus e Egretta thula), biguás, atobá-marrom, gaivotas (Larus
spp.) e trinta-réis (Sterna spp.) são espécies comumente observadas nas proximidades de
embarcações.
Avifauna associada
Estabelecimentos comerciais geradores de grande quantidade de carga orgânica que é lançada
a céu aberto, em terrenos baldios, ou em córregos urbanos são notórias fontes de atração de urubu-
comuns.
Avifauna associada
A disponibilidade de grãos em sítios aeroportuários e arredores é fator responsável pela atração
de aves granívoras, entre as quais se incluem a caturrita e a arribaçã.
Fogo em canaviais pode, por si só, significar fator de atração de aves de rapina (gaviões,
falcões, corujas), que acorrem ao local em busca de animais mortos, desalojados ou moribundos.
Animais atropelados nas pistas podem atrair urubus-comuns, urubus-caçadores (Cathartes
spp.), falcões (Falco spp.), dentre outras espécies de aves de grande porte.
Avifauna associada
Urubus-comuns e garças (C. albus) são espécies oportunistas que se valem desta situação para
obter alimento extra. Também savacus são ocasionalmente observados no interior de recintos de
zoológicos.
Urubus eventualmente predam filhotes recém-nascidos de mamíferos e aves.
Avifauna associada
O local onde o material é acumulado pode servir de abrigo para animais de pequeno porte,
como invertebrados (baratas, aranhas, escorpiões, etc.), pequenos répteis (lagartos e cobras).
A fauna que se estabelece pode atrair aves insetívoras de pequeno porte (bentevis, suiriris,
etc.) e/ou aves de rapina diurnas (gaviões, falcões, carcarás, urubus-caçadores, etc.) ou noturnas
(corujas), grupos frequentemente envolvidos em colisões com aeronaves.
Além de representarem por si só ameaça à navegação aérea, aves de pequeno porte podem ser
também predadas por aves de rapina.
Carcaças de aeronaves podem ainda servir de local de pouso para aves.
Avifauna associada
A permanência deste tipo de material no aeroporto pode propiciar a fixação de insetos, ofídeos
(cobras) e roedores, que, por seu turno, poderão atrair diversas espécies de aves, inclusive rapineiras.
Estrutura-se, desse modo, uma cadeia alimentar que poderá conter, por exemplo, pica-paus-do-
campo e gaviões, falcões e corujas, grupos que se envolvem com freqüência em colisões com
aeronaves.
Avifauna associada
A formação de poças d’água em gramados costuma atrair por vezes grande número de aves,
que acorrem ao local à cata de larvas de insetos aquáticos ou pequenos invertebrados terrestres
(minhocas, por exemplo), que são desabrigados temporariamente pelo excesso de água.
Diversas espécies de aves podem ser atraídas, entre as quais algumas de grande porte, como
garças-brancas (C. albus e E. thula) e carcarás.
drenagem do terreno é precária ou onde o lençol freático aflora muito próximo da superfície,
favorecendo a formação de corpos hídricos de proporções diversas e complexidade estrutural e
fitofisionômica altamente variável.
Brejais são áreas que permanecem inundadas ao longo de vários meses, apresentando retração
de extensão somente por ocasião da estação de seca. Costumam se formar em pontos reclusos do
Aeroporto, quase sempre em meio a uma vegetação densa e emaranhada, onde sobressaem algumas
árvores de menor porte.
Avifauna associada
A existência de áreas alagadas nas proximidades ou no interior de aeroportos pode trazer sérias
conseqüências para a segurança aeronáutica. Tais áreas, à semelhança de poças em gramados, são
utilizadas por diversas espécies de aves aquáticas (marrecas, narcejas, frangos d’água, socozinhos,
etc.), além de aves de rapina, como carcarás, e, em algumas regiões do Brasil, por gaviões que se
alimentam de moluscos (Pomacea sp.).
III.2.2.3) Fauna
Os animais beneficiados pela disponibilização de restos de refeições são, por exemplo, pombos-
domésticos, rolinhas (sobretudo Columbina talpacoti) e pardais, além de um caso associado ao
“lobinho” (Certhocyon thous), mamífero silvestre de pequeno porte. Gatos e cães domésticos podem
eventualmente ser atraídos para o sítio aeroportuário em função desta prática.
Atração de fauna
Lixo a descoberto atrai mamíferos e aves silvestres e domésticas, além de insetos. Dentre as
aves, as mais comuns são pombos domésticos, pardais, rolinhas, bentevis e diversas outras espécies
de menor porte. A presença de mamíferos (ratos, em especial) pode favorecer o aparecimento de
aves de rapina.
Avifauna associada
O pica-pau-do-campo é uma das espécies beneficiadas pela presença de formigas e cupins em
aeroportos, dos quais se alimenta.
Ninhos de cupins podem também funcionar como ponto de referência (poleiro) para aves,
especialmente para as espécies rapineiras (gaviões, falcões e corujas), que espreitam suas presas a
partir destes pontos.
Avifauna associada
Carcaças de animais em decomposição atraem aves carniceiras (e.g., urubus-comuns, urubus-
caçadores, carcarás), potencializando incidentes/acidentes com aeronaves.
Avifauna associada
Mortandade de peixes freqüentemente atraem espécies piscívoras de médio e grande porte,
como garças-brancas (C. albus e E. thula), savacus, biguás e fragatas, entre outras espécies.
Avifauna associada
A lista de espécies de aves que nidificam em sítios aeroportuários no Brasil é extensa.
Merecem destaques as aves que nidificam em colônias, como garças, cujos ninhais podem conter
centenas de indivíduos e filhotes.
III.2.2.4) Vegetação
Em vários aeroportos é também usual a presença de árvores frutíferas nativas e exóticas nas
proximidades de pátios e pistas. As mais comuns são bananeiras, mangueiras, jambeiros, goiabeiras e
cajueiros.
Avifauna associada
Árvores, arbustos e vegetação herbácea, ornamentais ou não, que produzem flores, frutos e/ou
sementes costumam atrair diversificado grupo de aves, sobretudo de pequeno porte.
Por ocasião da frutificação do capim-colonião é comum a presença do bico-de-lacre, pássaro de
origem africana ambientado nas várias regiões do Brasil há muitas décadas, além de rolinhas
(Columbina talpacoti, C. minuta), o polícia-inglesa e pardais.
Árvores frutíferas, por seu turno, atraem espécies frugívoras comuns em áreas urbanas, como
sabiás (Turdus spp.), saíras (Tangara spp.), bentevis e afins.
III.2.2.4.2) Gramados
Avifauna associada
Aves campestres como anus, o polícia-inglesa, bentevis e bico-de-lacre são comuns em
gramados onde ocorrem plantas herbáceas e pequenos arbustos, os quais, se localizados muito
próximos a pátios e pistas, podem favorecer a colisão entre aves e aeronaves.
Avifauna associada
Nas macegas mais altas que crescem em meio aos gramados, é constante a presença de aves
de pequeno/médio porte, dentre as quais se destacam o anu-preto e o anu-branco.
Além de figurarem entre as espécies que colidem com aeronaves no Brasil, tais aves podem
representar atrativo para aves de maior porte, sobretudo as rapineiras (gaviões, falcões e corujas),
estruturando uma pequena cadeia alimentar localmente.
Avifauna associada
Diversas espécies de aves são atraídas a aeroportos por ocasião do corte dos gramados ao
longo do dia. Os insetos desalojados ou moribundos tornam-se presas fáceis para garças-vaqueiras,
quero-queros, carcarás e andorinhas, por exemplo.
Avifauna associada
O ateamento de fogo na vegetação pode ocasionar a morte de animais de pequeno e médio
porte, sobretudo répteis e mamíferos, que poderão ser predados por aves carniceiras e oportunistas,
como carcarás e urubus-caçadores (Cathartes spp.).
Eventualmente pode também ocorrer que répteis (cobras, lagartos, etc.) e mamíferos (cotias,
ratões-de-banhado, ratazanas, capivaras, etc.) venham a refugiar-se temporariamente em pátios e
pistas, aumentando o risco de acidentes/incidentes com aeronaves.
Descrição
A vegetação herbácea (sobretudo o capim-colonião) muito crescida ao longo de seções do muro
patrimonial é uma situação muito comum em aeroportos.
Vegetação excessivamente alta e densa dificulta a percepção de situações não-conformes,
como a presença de lixo e buracos em muros, tocas e ninhos de animais diversos e insetos, etc.
Avifauna associada
O lixo lançado pode ser orgânico e acumular-se a ponto de fornecer alimento e/ou abrigo para
insetos diversos, répteis (cobras, lagartos) ou pequenos roedores, por exemplo. A presença desses
animais no aeroporto muito provavelmente resultará na atração de algumas espécies de aves, tanto
insetívoras quanto carnívoras, o que de toda forma deve ser evitado.
Avifauna associada
Árvores são ponto de referência para várias espécies de aves que as utilizam para descanso ou
para ou espreitamento de presas, a exemplo da garças-brancas (C. albus, E. thula), garça-real,
savacus e biguás.
Durante a noite, urubus-comuns e garças-brancas-grandes usam as árvores como dormitório.
III.2.2.5.1) Valas
Escoamento de águas pluviais (Figuras III.54 a III.56)
Descrição
A água pluvial que drena de pátios, pistas e gramados via de regra são escoadas para fora do
sítio aeroportuário por um sistema de valas de alvenaria.
A extensão e profundidade das valas variam em conformidade com a quantidade de água
escoada. Algumas valas, entretanto, não escoam a água de forma adequada, pois apresentam
Avifauna associada
Valas com nivelamento inadequado para o escoamento de águas pluviais usualmente
apresentam o fundo recoberto por uma lâmina de água estagnada. A vegetação herbácea que cresce
nesse tipo de ambiente pode obstruí-las, propiciando o aparecimento de insetos, aquáticos ou não, e
mesmo pequenos peixes (barrigudinhos), presas potenciais de aves. Quando a vegetação torna-se
muito densa, algumas espécies de aves podem inclusive passar a reproduzir-se no local.
As aves mais comuns observadas em tais situações são garças-brancas (Casmerodius albus e Egretta
thula), a coruja-buraqueira, o urubu-comum, o savacu e marrecas (Dendrocygna viduata, Amazonetta
brasiliensis, dentre outras).
Avifauna associada
A presença de valas negras dentro de aeroportos pode promover a fixação de uma fauna
urbana afeita a ambientes insalubres, a exemplo de roedores (ratos, ratazanas, etc.), que viriam a se
constituir em alimento para algumas espécies de aves de maior porte (corujas e gaviões).
Avifauna associada
A presença de corpos hídricos deste tipo pode representar fator atração de aves, que as
utilizam como local de descanso, pernoite, refúgio contra predadores, dessedentação, alimentação ou
reprodução. O problema é mais grave quando as lagoas de polimento contêm populações de peixes
(tilápias, por exemplo) introduzidos com objetivo recreativo, estético ou como bioindicador da
qualidade da água. A presença de peixes representa, portanto, fonte potencial de alimento para
diversas espécies de aves aquáticas, como garças-brancas (C. albus e E. thula), savacu, garça-real,
socozinhos (Ixobrichus spp.), frango-d’água e biguás. Urubus-comuns podem também ser atraídos
para o local em busca de peixes mortos ou de restos de alimentos de aves ou apenas para
refrescarem-se ou dessedentarem-se.
III.2.2.5.3) Edificações
Prédios abandonados (Figura III.60 a III.62)
Descrição
A presença de determinados tipos de ambientes no interior de sítios aeroportuários pode
fornecer condições ideais para a reprodução de algumas espécies de aves. A reprodução pode ser
coletiva ou individual, em épocas específicas ou ao longo de todo o ano, envolver apenas uma espécie
ou várias espécies, ser eventual ou rotineira.
Uma das estruturas mais visadas pelas aves são galpões com pé direito alto cujo teto é
sustentado por estruturas metálicas que formam grandes espaços livres.
Avifauna associada
Tais estruturas são ideais para pombos-domésticos, joão-de-barro, andorinhas (Tachycineta
spp., por exemplo) e pardais, que os utilizam para descanso, abrigo contra predadores ou mesmo
para reprodução.
Avifauna associada
Pombos-domésticos, pardais, joão-de-barro e andorinhas (por exemplo, Tachycineta spp e
Progne chalybea), entre outras espécies de aves de pequeno porte, são usualmente encontradas
nidificando em forros de galpões.
Avifauna associada
Cercas, postes e outros tipos de poleiros podem funcionar como pontos estratégicos de
posicionamento para diversas espécies de aves, de pequeno porte (pardais, bentevis, andorinhas,
etc.) a grande porte (garças, urubus e gaviões). Tais pontos de referência no interior de um sítio
aeroportuário são particularmente perigosos, pois podem motivar a permanência das aves em pátios e
pistas.
2ª PARTE
CAPÍTULO IV
IMPLEMENTANDO AÇÕES
CAPÍTULO IV
IMPLEMENTANDO AÇÕES
IV.1) INTRODUÇÃO
As situações não-conformes diagnosticadas dentro e fora de sítios aeroportuários podem ter
seus efeitos minorados e, na maioria dos casos, eliminados por completo com a aplicação de medidas
preventivas e/ou corretivas.
Determinadas soluções são de fácil aplicação; outras, porém, demandam recursos financeiros,
técnicos e humanos nem sempre disponíveis em curto prazo, requerendo da administração
aeroportuária o planejamento de ações e previsão orçamentária. Um terceiro grupo de ações
independe da mobilização de recursos dos aeroportos, mas são de atribuição de órgãos de governo
das esferas municipal, estadual e/ou federal. Estes devem disponibilizar os meios necessários para
solucionar problemas específicos, que se manifestam nos arredores imediatos dos aeroportos ou em
pontos diversos da ASA.
A seguir são indicadas ações preventivas e corretivas para cada uma das não-conformidades
mencionadas no Capítulo anterior.
IV.2.1.1) Lixo
Disponibilizar uma linha de telefone exclusiva para o recebimento de denúncias sobre a disposição
de lixo nas proximidades do aeroporto.
Medida preventiva
Destacar equipe de funcionários da administração aeroportuária para proceder a vistorias regulares
na ASA para identificar os principais pontos de beneficiamento, comércio e armazenamento de
pescado.
Medidas corretivas
Alertar a Prefeitura sobre locais onde as atividades de beneficiamento, comercialização e
armazenamento de peixe (feiras livres, mercados de peixes e similares) estejam atraindo urubus (C.
atratus);
Caberá à Prefeitura:
o Intensificar as atividades de fiscalização e alertar os comerciantes para a perniciosidade do
hábito de lançar restos e peças inteiras não aproveitáveis de peixes diretamente nas margens
de rios, canais, redes de esgotamento sanitário, terrenos baldios, etc.
o Disponibilizar caçambas de lixo com tampa e passar a recolhê-las com a freqüência
necessária para que não haja acúmulo e extravasamento de lixo;
o Se pertinente, construir recintos apropriados para o armazenamento temporário do lixo (vide
Figura IV.02, para exemplo);
o Disponibilizar caixa de gordura para a retenção de partes moles de peixes que são carreadas
pela lavagem de pátios, salas de evisceramento, etc.
IV.2.1.1.3) Lixões
Medida preventiva
Alertar a Prefeitura municipal para a perniciosidade da existência de lixões, sobretudo se os mesmos
estiverem localizados na ASA;
Medidas corretivas
Caberá à Prefeitura:
o Proceder à remediação dos lixões para adequá-los a normas e parâmetros ambientais
compatíveis com os princípios da conservação dos recursos naturais locais (água, ar e solo).
o Recobrir todo o lixo acumulado ao final de cada dia de atividade, inviabilizando o acesso de aves
a alimentos;
o Captar o chorume e tratá-lo em lagoas de estabilização;
o Canalizar e queimar o gás produzido pela decomposição do lixo;
o Recobrir as células de lixo inativas com argila e prepara-las para o plantio de espécies nativas da
flora regional.
O maior esforço por parte da Prefeitura, entretanto, deverá ser o de extinguir os lixões e implantar
aterros sanitários, que deverão operar de acordo com as normas de engenharia ambiental
pertinentes.
Medidas corretivas
A administração aeroportuária deverá manter contato permanente com a Prefeitura e acompanhá-la
na aplicação de medidas emergenciais voltadas para o enquadramento do aterro a parâmetros
ambientais compatíveis com os princípios da conservação dos recursos naturais. Entre outras
iniciativas, deverão ser observados os seguintes aspectos:
o Reduzir o tempo de exposição ao ar do lixo lançado na célula ativa, de modo a impedir que o
maior número de aves (urubus e/ou garças-vaqueiras) tenha acesso ao lixo;
o Introduzir técnicas e procedimentos adequados para a contenção não somente do lixo, mas de
seus derivados diretos, como o gás metano e chorume.
Medida corretiva
O órgão de controle ambiental do Estado deverá notificar as empresas responsáveis pela
contaminação ambiental a proceder à descontaminação ambiental em curto prazo e terem seus
processos produtivos enquadrados a parâmetros ambientais compatíveis com os princípios da
conservação da qualidade dos recursos naturais (sobretudo água e solo).
Medidas corretivas
Intensificar o monitoramento de pátios e pistas no período de queima de canaviais para detectar a
presença de animais afugentados;
Capturar os animais afugentados para pátios e pistas e enviá-los para Centros de Controle de
Zoonoses, Jardins Zoológicos, criadouros de fauna nativa credenciados pelo IBAMA, Institutos de
Medicina Veterinária, etc. Se possível, tais entidades devem ser convocadas para auxiliar na captura e
transporte dos animais.
Medidas corretivas
Alertar a administração do Jardim Zoológico sobre o problema, que deverá telar ou gradear os
recintos, de modo a impedir o acesso dos urubus e outras aves.
Caberá à administração do Zoológico:
o Recolher a recintos fechados mamíferos prestes a terem filhotes;
o Resguardar ovos e filhotes de aves em recintos fechados.
IV.2.2.1.1) Sucata
Medidas preventivas
Dispor toda sucata em contêineres com tampa ou em galpão coberto, apropriado para este fim;
Em situações emergenciais, a disposição poderá ser feita a céu aberto, desde que sejam efetuados
esforços adicionais no sentido de minimizar o tempo de permanência do material no local.
Estabelecer regras rígidas com relação ao abandono de aeronaves no sítio aeroportuário, como
multas ou taxações, de modo a coibir tal prática.
Medidas corretivas
Triar o material existente para aproveitamento do que for possível, encaminhando-o para recintos
fechados (galpões) onde poderá permanecer armazenado pelo tempo necessário;
Proceder ao descarte da sucata em aterros sanitários.
Proceder à remoção da(s) aeronave(s), encaminhando-a(s) ao menos para um local abrigado. Caso
não seja possível, estabelecer uma rotina de visita ao local, tendo em vista a limpeza do terreno no
entorno e remoção de quaisquer ninhos ou outras estruturas feitas por animais;
Desinsetizar/desratizar o local, caso pertinente;
Comunicar o responsável (pessoa física ou empresa) pela aeronave, solicitando a sua remoção em
tempo hábil.
IV.2.2.1.2) Entulho
Medidas preventivas
Dispor o material em contêineres com tampa;
Em situações emergenciais, a disposição poderá ser feita a céu aberto, desde que sejam efetuados
esforços adicionais no sentido de minimizar o tempo de permanência no local.
Medidas corretivas
Triar o material existente para aproveitamento do que for possível, encaminhando-o para recintos
fechados (galpões) onde poderá permanecer armazenado pelo tempo necessário;
Proceder ao descarte do entulho em aterros sanitários.
IV.2.2.1.3) Lixo
Medidas preventivas
Dispor o lixo em contêineres com tampa, mas preferencialmente em compactadores de lixo,
mantendo-os com a tampa fechada;
Medidas corretivas
Proceder ao descarte do lixo em aterros sanitários devidamente licenciados pelo órgão ambiental
competente.
Medidas corretivas
Encaminhar partes de árvores, arbustos e aparas de grama para fora do sítio aeroportuário,
preferencialmente para aterros sanitários;
Proceder à compostagem do material para a produção de adubo orgânico, quando possível;
Desinsetizar as aparas de vegetação infestadas por cupins e formigas, até que seja possível o seu
descarte em aterro sanitário.
Medidas corretivas
Rechaçar (rojões, por exemplo) as aves das áreas alagadas;
Identificar e mapear as áreas alagáveis de gramados durante o período de maior intensidade de
chuvas e proceder à retificação/drenagem do terreno;
Nivelar e/ou drenar os terrenos alagados.
IV.2.2.2.2) Brejais
Medida preventiva
Identificar e mapear as áreas brejosas sobretudo durante o período de maior intensidade de chuvas.
Medidas corretivas
Drenar ou aterrar áreas brejosas;
Monitorar as espécies de aves que fazem uso de grandes áreas naturais alagadas no interior e
arredores do aeroporto.
Observações:
Esta não-conformidade refere-se especificamente a áreas brejosas do aeroporto que se formaram
em terrenos extensamente manejados pelo homem. Portanto, não se tratam de áreas brejosas
naturais, cujo manejo deve ser precedido de consulta ao órgão ambiental pertinente, que tratará da
emissão de licenças ambientais;
A eliminação de ambientes naturais, sobretudo em áreas externas ao sítio aeroportuário, deve ser
cuidadosamente analisada, pois intervenções drásticas podem ocasionar danos ambientais
irremediáveis e ocasionalmente induzir o aparecimento/proliferação de outras espécies de aves.
IV.2.2.3) Fauna
Medidas corretivas
Conduzir observações periódicas nos sítios aeroportuários onde a prática de captura e translocação
de urubus tenha sido implementada e abandonada posteriormente, para verificar se as aves deixaram
definitivamente o local ou se passaram a utilizá-lo de forma permanente. Em caso positivo, efetuar
limpeza metódica do local para eliminar vestígios de armadilhas e restos de alimentos (ossos, cascos,
cornos, penas, couro, etc.);
Se necessário, proceder ao lançamento de rojões de forma sistemática ao longo de alguns dias até
que as aves tenham sido definitivamente banidas.
Acondicionar e descartar o lixo que possa estar atraindo animais ao sítio aeroportuário.
Observação:
A captura e translocação de urubus-comuns para efeito de estudos científicos deve ser incentivada,
desde que realizada em local que não interfira com a movimentação de aeronaves;
Medidas corretivas
Extinguir todos os ninhos de insetos manualmente ou com o auxílio de inseticidas específicos, tarefa
que pode ficar a cargo de uma firma especializada nesta atividade;
Remover as estruturas que dão suporte estrutural aos ninhos, caso os mesmos não apresentem
função definida ou estejam desativados.
Medidas corretivas
Enterrados ou incinerar animais encontrados mortos após a sua identificação, caso não haja
interesse em preservá-los para fins de estudos científicos;
Acondicionar e encaminhar para identificação por especialistas (biólogos) toda carcaça de ave, pois
podem ser o resultado da colisão com aeronaves;
A identificação de carcaças de ratos e ratazanas pode apontar para a necessidade de desratização
de setores do aeroporto;
Caberá à administração aeroportuária estabelecer comunicação imediata com a Prefeitura alertando-
a para a existência de mortandade de peixes nos arredores do aeroporto, a qual deverá acionar o
serviço de limpeza urbana para a remoção do pescado das praias afetadas.
Observação:
Sempre que possível, todo animal encontrado morto (sobretudo répteis e mamíferos) no sítio
aeroportuário deve ser encaminhado para identificação por especialistas de instituições de pesquisa,
universidades e museus. O contato poderá ser feito por telefone, solicitando que a instituição proceda
ao recolhimento do material. Caso não seja possível, deverão ser tomadas fotos do animal para
posterior identificação.
Medida corretiva
Remover ninhos, eliminar ovos e coletar filhotes, procurando encaminhá-los para instituições de
pesquisa e ensino para aproveitamento do material para fins didáticos ou colecionismo;
Ficar especialmente atentos a animais mortos (adultos e filhotes) em ninhais ativos, procurando
recolher as carcaças e encaminhá-las para incineração ou aterro sanitário.
IV.2.2.4) Vegetação
Medidas corretivas
Remover ou ao menos desbastar árvores, arbustos e plantas herbáceas que estejam atraindo aves
por ocasião da frutificação/floração;
Erradicar ou manter controlado o crescimento do capim-colonião, que produz uma grande
quantidade de sementes.
Observação:
O corte de árvores deverá ser precedido de consulta a Secretaria de Meio Ambiente do município ou
ao IBAMA, dependendo da quantidade, espécies envolvidas e localização da área ser manejada;
A floração de hortifrutigranjeiros pode induzir o surgimento de abelhas, que poderão interferir com a
circulação de aeronaves (alojam-se temporariamente em partes da fuselagem) e pessoas no
aeroporto, eventualmente causando acidentes de naturezas diversas.
IV.2.2.4.2) Gramados
Medida preventiva
Aparar os gramados de modo uniforme em toda a extensão do aeroporto, a uma altura que seja
adequada para cada tipo de terreno e que minimize os problemas relacionados à presença de aves;
Idealmente, o corte de grama deveria ser realizado durante a noite, período em que a maioria das
espécies de aves está inativa.
Medida corretiva
Eliminar desníveis da altura dos gramados e, sobretudo, arbustos e plantas herbáceas invasoras.
Observação:
Não pode ser apontada uma altura de corte de gramado que seja de aplicação universal, nem a
adoção de padrões internacionais pode ser considerada uma solução definitiva para o problema. Cada
sítio aeroportuário abriga um determinado conjunto de espécies de aves, que podem beneficiar-se dos
diferentes perfis de altura de gramados.
Utilizar rojões sempre que houver grande ajuntamento de aves na esteira do trator;
Remover as aparas de grama no menor espaço de tempo possível, de modo a evitar que as mesmas
apodreçam sobre o solo, contribuindo para a proliferação de insetos.
Medidas corretivas
Proceder à extinção do fogo em tempo hábil;
Erradicar o capim-colonião nas imediações e/ou interior do aeroporto com base no uso de herbicidas
ou corte intensivo; caso tais iniciativas sejam inviáveis, procurar manter as moitas de capim a uma
baixa altura, tendo em vista a redução do volume da biomassa.
Medida corretiva
Proceder ao corte de gramados e vegetação rente ao solo e remover todo o lixo/entulho encontrado.
Observação:
Poderá haver a necessidade de ser proceder à implementação de medidas compensatórias a serem
definidas pelos órgãos ambientais, o que ocorrerá em conformidade com diversos fatores, entre os
quais o número de árvores/ volume da madeira a ser removida, espécies e localização da área por ser
manejada.
IV.2.2.5.1) Valas
Medida preventiva
Recobrir toda a extensão da vala com tela de arame encapado/galvanizado, náilon ou material
resistente a intempéries. As telas deverão ser removíveis, permitindo a eliminar a vegetação que
venha a (re)colonizar o local;
Proceder a inspeções rotineiras para verificar se as valas negras estão sendo utilizadas por aves
(garças, marrecas, jaçanãs, etc.).
Medidas corretivas
Otimizar a inclinação do fundo da vala para evitar o empoçamento d’água;
Remover a vegetação, o lodo e a lama acumulados no fundo e laterais da vala;
Idealmente, valas negras deveriam ter seu curso desviado para fora do sítio aeroportuário;
Proceder à retificação das valas e concretar fundo e laterais;
Posteriormente à concretagem, as valas devem ser teladas, impedindo que aves tenham acesso ao
seu interior.
A vegetação do entorno de lagoas deverá ser monitorada constantemente, procurando-se evitar a
formação de locais propícios à nidificação de aves.
Medida corretiva
Telar toda a superfície do corpo hídrico, tendo em vista impedir que aves aquáticas dela façam uso.
Também poderão ser utilizadas esferas plásticas, em quantidade suficiente que possa obstruir todo o
espelho d’água.
Observação:
Em hipótese alguma o corpo hídrico deverá abrigar populações de peixes, quer sejam nativos ou
exóticos, introduzidos por questões estéticas, de lazer e/ou comerciais.
IV.2.2.5.3) Edificações
Medida preventiva
Realizar saídas freqüentes de campo com o intuito de verificar a existência de ninhos, ovos e filhotes
em estruturas de alvenaria, prédios abandonados, etc., sobretudo durante o período do reprodutivo
da maior parte das espécies na região;
Manter os acessos aos prédios (portas) e janelas fechados, repondo vidros quebrados, caso
necessário. Tiras de plástico rígido pendentes dos portais podem ser um dispositivo útil pra ser
aplicado em passagens muito utilizadas por pessoas.
Medidas corretivas
Demolir a estrutura e remover o entulho para fora do sítio aeroportuário, caso não haja previsão de
reutilização do imóvel;
Higienizar (remover penas, fezes, etc.) as estruturas que dão suporte aos ninhos (calhas de
lâmpadas e outras). Após a limpeza, aplicar uma camada de graxa, de modo a desestimular a sua
reutilização.
(método especialmente aplicável a pombos e aves de menor porte, como pardais, rolinhas e
andorinhas).
Medida corretiva
Remover estruturas não-funcionais, de modo a desestimular a presença de aves no sítio
aeroportuário.
IV.3.1) FAUNA
O controle e manejo da fauna silvestre em aeródromos do Brasil é matéria regulamentada
pelo IBAMA através da Instrução Normativa (IN) no 72, de 11 de agosto de 2005.
Este diploma legal normatizou a elaboração de Planos de Manejo que tenham por objetivo
estabelecer procedimentos para evitar e/ou reduzir colisões entre aeronaves e espécimes da fauna
silvestre. Também regulamenta a concessão de autorização para:
a) Manejo de ambientes;
b) Manejo de animais ou de suas partes;
c) Transporte e destinação do material zoológico coletado;
d) Captura e translocação de fauna;
e) Coleta e destruição de ovos e ninhos; e
f) Abate de animais.
Todos os profissionais contratados para o serviço deverão portar os EPIs necessários ao manuseio de
substâncias tóxicas.
A aplicação de inseticidas em grandes áreas abertas pode requerer o emprego de veículos
especialmente adaptados para este fim. Neste caso, o aeroporto deverá contratar uma empresa que
demonstre estar aparelhada para desempenhar tal atividade.
Assim como o profissional responsável pelos trabalhos de desinsetização, a empresa escolhida
deverá estar devidamente credenciada no órgão de controle ambiental estadual.
O princípio ativo e o produto comercial (marca) do inseticida deverão estar devidamente
licenciados para uso no Brasil pela ANVISA, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos
federais responsáveis pelos setores da saúde, meio ambiente e agricultura. Se o produto não for
licenciado, o mesmo deverá ser encaminhado para a ANVISA, que procederá à análise da pertinência
de licenciá-lo para uso no país. A Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que rege este assunto,
entretanto, faculta a criação de um registro especial temporário para agrotóxicos, seus componentes
e afins quando se destinarem à pesquisa e à experimentação. A experimentação e pesquisa poderão
ser conduzidas por entidades públicas e privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa.
Há de se avaliar, ademais, o enquadramento do inseticida como produto fito e domissanitário.
Produtos fitossanitários são, em princípio, licenciados para uso pela Secretaria de Agricultura do
Estado, ao passo que produtos domissanitários o são pelo órgão de controle ambiental estadual.
Via de regra, produtos fitossanitários são empregados em larga escala e em áreas abertas, ao
passo que produtos domissanitários são utilizados preferencialmente em áreas fechadas, que tendem
a possuir menor área.
Um outro aspecto a ser considerado diz respeito à localização do aeroporto (se em zona
urbana ou rural). Se o aeroporto estiver situado em zona rural, cabe à administração aeroportuária
recorrer a Secretaria de Meio Ambiente do Estado para obtenção de licença para a aplicação do
produto em gramados. Por outro lado, dependendo da extensão da área e quantidade de produto a
ser aplicada, o órgão ambiental poderá requerer um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que deverá
ser elaborado de acordo com as especificações contidas nas Resoluções CONAMA no 001/86 e no
237/97.
Por fim, vale mencionar que a aplicação do produto deve ser conduzida em intervalos
apropriados levando em consideração diversos fatores, tais como tipo de cobertura vegetal do solo,
espécies animais presentes na área e condições hidrológicas locais (drenagem, profundidade do lençol
freático, presença de corpos hídricos no entorno, etc.).
IV.3.3) FLORA
A solicitação de remoção ou poda da vegetação deverá ser inicialmente feita ao órgão municipal
(Secretaria de Meio Ambiente ou Fundação Municipal de Meio Ambiente) se o aeroporto situar-se em
sítio urbano, mediante o preenchimento de um requerimento a ser fornecido pelo próprio órgão
ambiental.
De posse do pedido, a Secretaria enviará um fiscal (devidamente credenciado pelo seu
Presidente) ao local, que procederá a uma vistoria e emitirá um parecer técnico, recomendando ou
não que se proceda ao corte/poda da vegetação.
Em alguns casos, dependo da extensão do dano ambiental, poderá ser requisitada uma
compensação ambiental (plantio de árvores nativas dentro ou fora do sitio aeroportuário, por
exemplo).
Em geral, a remoção de vegetação exótica e/ou vegetação não protegida por legislação
estadual ou federal específica poderá ser concedida por órgãos ambientais da esfera municipal.
Já a supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só será possível se
houver prévia autorização do Poder Executivo Federal (IBAMA), e somente em casos de necessidade
de execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou de interesse social.
De acordo com o Artigo 2o do Novo Código Florestal de 1965, são consideradas de preservação
permanente as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja
largura mínima será
a.1) de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; (Lei nº
7.803, de 18.7.1989);
a.2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros
de largura (Lei nº 7.803, de 18.7.1989);
a.3) de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos)
metros de largura (Lei nº 7.803, de 18.7.1989)
a.4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura; (Número acrescentado pela Lei nº 7.511, de 7.7.1986, e alterado
pela Lei nº 7.803, de 18.7.1989)
a.5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros; (Número acrescentado pela Lei nº 7.511, de 7.7.1986, e alterado pela Lei nº
7.803, de 18.7.1989)
c) nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua
situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura (Lei nº 7.803, de
18.7.1989).
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de
maior declive;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca
inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais (Lei nº 7.803 de 18.7.1989);
h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação. (Lei nº
7.803, de 18.7.1989).
O Artigo 3o lista ainda mais algumas situações nas quais as florestas e demais formas de
vegetação presentes poderão ser consideradas como de preservação permanente, a saber:
No caso de áreas urbanas (áreas compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei
municipal), regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, deverá ser realizada também consulta
aos respectivos planos diretores, código municipal do meio ambiente e leis de uso do solo do
município para observância de eventuais restrições quanto ao corte de árvores.
A capina química diz respeito à eliminação de vegetação herbácea (capinzais, sobretudo) com
o emprego de produtos químicos (herbicidas). À semelhança do que ocorre com relação à utilização
de produtos químicos empregados para a extinção de insetos, o princípio ativo e o produto comercial
(marca) do herbicida deverão estar devidamente licenciados para uso no Brasil pela ANVISA. No caso
de optar-se por um produto ainda não licenciado em território nacional, o mesmo deverá ser
encaminhado para a ANVISA, que procederá a análise da pertinência proceder ao seu licenciamento.
Para a aplicação do herbicida, valem as regras associadas à aplicação de inseticidas, ou seja,
deverá ser feita consulta ao órgão de controle ambiental estadual, que apontará as medidas
necessárias para que os trabalhos sejam implementados.
A firma responsável pela aplicação do produto deverá estar devidamente credenciada junto ao
referido órgão ambiental e dispor de equipamento e pessoal adequadamente munidos de EPIs.
A contratação de um profissional (engenheiro agrônomo) poderá ser também realizada, caso
a área seja restrita.
Por fim, vale mencionar que, em função da extensão e quantidade de produto a ser aplicado,
o órgão ambiental estadual poderá requerer um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o qual deverá
ser formatado de acordo com especificações contidas nas Resoluções CONAMA no 001/86 e no 237/97.
A geração de resíduos da construção civil pode ou não ser regulamentada por lei própria do
município de inserção do aeroporto. Via de regra, as leis que regulamentam a remoção de restos de
obras e sua destinação para aterros sanitários estabelecem que o empreendedor (por exemplo, um
aeroporto) e a empresa de transporte responsável pela remoção dos resíduos devem responder pelo
cumprimento dos dispositivos aplicáveis à atividade. As partes responderão pelo que seja a cada uma
cominado por contrato, dentro dos limites de responsabilidade quanto à qualidade do material a ser
removido, cumprimento das exigências de transporte e de segurança de transito e à destinação final
do material. Na ausência de contrato, as partes poderão responder solidariamente pela destinação dos
resíduos.
Algumas leis exigirão que o prestador de serviço contratado deva comunicar à municipalidade
os planos de remoção dos resíduos e, posteriormente, fornecer à administração da fonte geradora
comprovante declarando a correta destinação dos resíduos.
CAPÍTULO V
CAPÍTULO V
V.1) INTRODUÇÃO
O Plano de Manejo da Avifauna (PMA) de aeroportos pode ser definido como um projeto
dinâmico que especifica as intervenções necessárias a serem feitas no meio ambiente natural e
antrópico de um aeroporto com o objetivo de minimizar ou, preferencialmente, extinguir os fatores
que atraem aves.
As intervenções podem também ser direcionadas diretamente à avifauna. Neste caso, o
objetivo é a redução do tamanho das populações de aves através do uso de técnicas diversas.
O PMA deverá conter um conjunto sistemático de informações sobre os mais diversos aspectos
relacionados ao perigo aviário e ser concebido em etapas de modo a garantir a evolução do
conhecimento sobre o assunto e a ampliação das ações de manejo suportadas por este conhecimento
O planejamento em fases caracteriza o Plano como:
A passagem de uma fase para outra ocorrerá quando o conhecimento científico adquirido for
adequado e terem sido implementadas uma parcela significativa das ações previstas, especialmente
aquelas que são pré-requisitos para a fase seguinte.
A disponibilidade de recursos para proceder-se aos estudos necessários para a mudança de fase
também é fator condicionante neste processo.
Ministério Público Federal;
Ministério Público Estadual;
DAC
IAC
CENIPA;
Cemave/Ibama;
Órgão de Controle Ambiental do Estado;
Secretaria Estadual de Meio Ambiente;
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Companhias terceirizadas de limpeza urbana;
Representantes de Companhias aéreas;
Associação de moradores de bairros vizinhos ao aeroporto.
V.4.1) OBJETIVOS
a) Revisar e proceder à análise dos dados relativos às colisões pretéritas entre aves e aeronaves no
aeroporto;
b) Determinar parâmetros populacionais das diversas espécies de aves, tais como abundância e
períodos de picos de atividade, particularmente para as espécies que impõe maiores riscos à aviação;
c) Identificar os fatores/situações ambientais que contribuem para a atração de aves a sítio
aeroportuário e arredores;
d) Identificar as práticas pregressas de controle da avifauna no aeroporto, procurando avaliar os
resultados obtidos e a pertinência da continuidade de sua aplicação; e
e) Propor medidas de controle direto da avifauna e modificação de habitats.
V.4.2.1) Localização
No item localização devem ser discriminadas as coordenadas geográficas do aeroporto e
referências físicas naturais e antrópicas de localização. As referências naturais podem ser ilhas,
penínsulas, lagos, rios, canais, etc., e as antrópicas a bairros, estradas, parques, diques, represas,
entre outras.
Devem constar, igualmente, informações sobre a malha viária/ferroviária/metroviária de apoio
ao aeroporto, com indicação da distância à região central do município de inserção e cidades
próximas.
V.4.2.2) Relevo
A descrição do relevo da área de inserção de um aeroporto fornecerá indicações sobre a
complexidade do ambiente físico da diversidade de ambientes naturais que poderão conter diferentes
comunidades de aves.
V.4.2.3) Hidrografia
Corpos hídricos são responsáveis pela atração de diversas espécies de aves aquáticas. Nesse
item, portanto, devem ser discriminados os principais corpos hídricos (naturais e/ou artificiais)
existentes no interior e arredores do aeroporto. Lagos, lagoas, baías, canais, rios, represas, diques,
charcos, pântanos, barras, etc. devem ser mencionados e descritos de forma sucinta.
Em áreas urbanas é necessário também se proceder à caracterização dos corpos hídricos
com relação ao grau de poluição. Diferentes graus de poluição vão determinar mudanças na
composição das espécies de aves que habitam a região, bem como no número de indivíduos por
espécie.
V.4.2.4) Clima
O clima é um dos fatores ambientais que apresentam grande interferência na determinação do
tipo de vegetação que irá se estabelecer em uma determinada região. Regiões muito úmidas, com
grandes índices de precipitação pluviométrica anual, tendem a ser ocupadas por formações florestais
arbóreas mais densas, ao passo que em áreas mais secas a vegetação é predominantemente
arbustiva, lenhosa e mais rarefeita. As diferentes formações florísticas por seu turno, influenciam a
diversidade avifaunística do local, tanto em número de espécies quanto no tamanho das populações.
As aves também respondem às variações estacionais de clima de diferentes formas. Nas regiões
tropicais ao sul do equador o período reprodutivo da maioria das aves ocorre entre o final do inverno
e início da primavera, estendendo-se até o final do verão. Com a aproximação do inverno, muitas
espécies empreendem migrações, abandonando a área de veraneio para alcançar regiões onde as
temperaturas são menos rigorosas e/ou haja maior disponibilidade de alimentos.
Portanto, a caracterização do clima da região de inserção de um aeroporto é importante, na
medida que contribuirá para o melhor entendimento da dinâmica das populações de diferentes
espécies de aves.
V.4.2.5) Vegetação
Os diferentes tipos de vegetação que ocorrem em aeroportos do Brasil e arredores são
utilizados pelas aves para fins diversos, como descanso, reprodução, alimentação, pernoite e abrigo
contra predadores. Quanto mais extensa e heterogênea for a vegetação, maior deverá ser a
diversidade de espécies de aves, assim como dos usos que as mesmas fazem da vegetação. Áreas
campestres tendem a abrigar menor número de espécies, mas populações maiores.
V.4.2.6) Avifauna
A caracterização da avifauna da região de inserção do aeroporto deve ser realizada por meio
de um inventário ornitológico.
A relação de aves deverá ser apresentada na forma de tabelas, que deverão conter o nome
vernacular e científico de cada espécie, tipo de ambiente freqüentado (natural e/ou antrópico) e
principais itens alimentares (classificados de forma genérica).
V.4.4.1) Histórico
Um dos primeiros passos para a elaboração de um PMA é à execução de um inventário das
colisões pretéritas. De posse dos dados, uma série de informações poderá gerar os conhecimentos
necessários para a compreensão do fenômeno.
No Brasil, via de regra, os aeroportos não possuem arquivos devidamente organizados sobre as
colisões, sendo que os dados encontram-se dispersos e arquivados de forma precária. Caso não
existam ou aparentem estar incompletos, é necessário reportar-se ao CENIPA para obter a seção do
banco de dados em que estão disponíveis informações sobre as colisões que ocorreram naquele
aeroporto.
No banco de dados do CENIPA constam os seguintes tipos de dados, nesta seqüência:
a) Código;
b) Data em que ocorreu a colisão;
c) Matrícula da aeronave envolvida;
d) Hora;
e) Aeroporto onde a colisão foi reportada;
f) Companhia aérea;
g) Modelo da aeronave;
h) Espécie ou grupo a que pertenceria a ave;
i) Altura;
j) Velocidade da aeronave no momento da colisão;
k) Fase do vôo;
l) Parte da aeronave afetada;
m) Forma de comunicação;
n) Prejuízo decorrente da colisão.
Algumas informações devem ser alvo de especial atenção, no sentido de melhor compreender
como as colisões vêm ocorrendo ao longo dos anos. Faz-se necessário elaborar gráficos de tendência
para, minimamente, os seguintes tipos de dados:
f) Fase do vôo.
1 ,0 9
0 ,8
Sant o s D umo nt ( R i o d e 0 ,2
Janei r o ) 0 ,2
0 ,8 1
1 ,3
Colisõe s reportadas (x 0,01)
0 ,4 5
A ug ust o Sever o ( N at al ) 2
0 ,2 9
0 ,4
C amp o d o s Pal mar es
Colisõe s reportadas por
0 ,1 4
( M acei ó ) 0 ,4 10.000 de slocam e ntos
0 ,3 6
2 ,1
E d uar d o G o mes 0 ,4
( M anaus) 0 ,9
0 0 ,5 1 1 ,5 2 2 ,5
350
300
250
No de colisões
200
150
100
50
0
136 137 235 166 182 123 164 164 232 313 292
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
J a ne i r o
100
D e z e m br o Fev er ei r o
80
60
N o v e m br o
38 42 45 Março
40 67
41 20
O ut u br o 58 0 71 A br i l
33
46 44
S e t e m br o
86 Maio
54
A go st o J un ho
J ul ho
Figura V.3 – Colisão de aves por mês do ano (1980 a dez 2000).
95 93
100
90 83 83
78
80
64 66 65
70
No de colisões
60
46
50
40 32
30 20 17 19
13 16 18
20 9 8
10 2 1 1 5 5 3
0
1
11
13
15
17
19
21
23
Período do dia
Figura V.4 – Colisão de aves por período do dia (1980 a dez 2000).
600
534
506
500
400
288
300
225
193
200
125 134
112
100 68
13
0
Figura V.5 – Colisões por fase de vôo (1980 a dez 2000) (n = 2.198).
80 72
70 64
60 55
49
No de coliões
50
40
30 24 21
17
20
8
10
0
>4000
1000-1499
1500-3999
100-299
300-499
500-999
001-99
A l t i t ud e ( p és)
Solo
Figura V.6 - Colisão com aves por cota altitudinal (1990 a 2002).
60
50,77
50
40
Percentual
30
20 16,41 14,87
11,28
6,67
10
0
Que ro- Urubu Coruja Garça Outros
quero
Lixões;
Aterros sanitários;
Curtumes;
Abatedouros de bovinos, caprinos, suínos e aves (granjas), regulamentados ou clandestinos;
Áreas naturais de atração de aves (vegetação de mangue, lagoas, brejais, etc.).
V.4.6) RECOMENDAÇÕES
Neste item, devem ser elencadas as recomendações para sanear os problemas identificados no
sítio aeroportuário e na ASA.
Devem ser apontadas as medidas, ações, procedimentos e técnicas a serem empregadas em
cada caso, tendo em vista evitar que o maior número de espécies de aves possa fazer uso de local
onde cada não-conformidade foi identificada.
V.4.8) VOCABULÁRIO
Neste item são apresentadas as palavras e expressões utilizadas no PMA que requerem
esclarecimentos, devido à especificidade de seu conteúdo e/ou utilização restrita ao tema.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VOCABULÁRIO
VOCABULÁRIO
Fases de operação - diversas ocasiões da atividade aérea, que são classificadas de modo a permitir
a identificação das circunstâncias de operação da aeronave. São classificadas como se segue:
Estacionamento - desde que alguém tenha embarcado para realizar o vôo, até o início da
movimentação da aeronave por meios próprios, e a partir do corte do motor, no local regular para
estacionamento. Esta fase inclui a operação de “push back” e a partida do motor, quando realizada
antes do início da fase de rolagem.
Partida do motor - do início dos cheques para a partida do motor até a conclusão dos cheques
exigidos após a partida, quando não realizados na fase de estacionamento ou de rolagem.
Rolagem - do início da movimentação da aeronave por meios próprios até o início da corrida
de decolagem e do término da corrida após o pouso até o estacionamento. Esta fase inclui helicóptero
taxiando sem contato com o solo.
Pairado - fase em que o helicóptero já deixou o contato com o solo, mas permanece sem
deslocamento horizontal ou vertical.
Cruzeiro - da conclusão dos cheques exigidos para nivelamento em rota até o início dos
cheques exigidos para a descida.
Manobra - da conclusão dos cheques necessários à realização da manobra até o seu término.
Descida - do início dos cheques exigidos para descida até a entrada no circuito de tráfego, o
início da espera, o início do procedimento de aproximação IFR ou a realização de vôo a baixa altura.
Espera - a partir de um fixo (ou ponto) designado como referência da órbita até o início do
procedimento IFR ou o prosseguimento da descida.
Procedimento IFR - do início de uma fase do procedimento IFR, a partir de um fixo (ou ponto)
de início, até a aproximação final.
Circuito de tráfego - da entrada na área do circuito de tráfego do aeródromo até a reta final.
Reta Final - do fim da aproximação final do procedimento IFR ou da perna base do circuito de
tráfego até o pouso.
Pouso - do momento em que a aeronave entra no efeito solo, após a aproximação para
pouso, até o toque com o trem de pouso, esquis ou flutuadores, ou até atingir a condição de vôo
pairado. Esta fase inclui o toque do helicóptero com o solo após o pairado, quando este não é
precedido por uma fase de rolagem.
Corrida após o pouso - do momento do toque no solo ou na água até a aeronave abandonar o
eixo de corrida com intenção de prosseguir na rolagem ou, mantendo o eixo, adquirir a velocidade de
rolagem ou parar. Esta fase inclui pouso corrido de helicóptero.
Arremetida no solo - do início dos procedimentos de decolagem durante uma corrida após o
pouso até a aeronave ter decolado.
Vôo a baixa altura - inclui a realização de qualquer tipo de vôo em altura abaixo da mínima
prevista para o vôo visual nas regras de tráfego aéreo.
ANEXO I
ANEXO I
A legislação ambiental vigente pode ser definida como um conjunto de normas jurídicas cujo
objetivo principal é a manutenção de um perfeito equilíbrio nas relações do homem com o meio
ambiente. São as normas constitucionais e suas emendas, as leis, os tratados e convenções
internacionais, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções do Senado, decretos
regulamentadores e legislação correlata tais como resoluções, deliberações, instruções normativas,
portarias e outras.
A legislação ambiental abaixo referenciada é apresentada através de seus tópicos mais
relevantes, sendo que a mesma deve ser cumprida e consultada na íntegra de acordo com cada
situação em que se insere.
Âmbito Federal
SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA
Âmbito Federal
aeroporto, tais como Programa de gestão do perigo da fauna (3), Programa de controle de obstáculos
(5) e Programa de controle do uso do solo no entorno (6).
Âmbito Federal
Âmbito Federal
Ver também:
Decreto 750/93: impõe obrigatoriedade na elaboração desse Instrumento quando se tratar de
supressão de vegetação nativa de mata atlântica primária, e secundária nos estágios médio e avançado
de regeneração, em atividades de utilidade pública e/ou interesse social;
Lei 6.938/81 - lança as bases dos instrumentos de licenciamento ambiental, define sua obrigatoriedade
e discorre sobre as etapas de um licenciamento.
AGROTÓXICOS
Âmbito Federal
Âmbito Federal
FAUNA
Âmbito Federal
FLORA
Âmbito Federal
CRIMES AMBIENTAIS
Âmbito Federal
ANEXO II
ANEXO II
1) INTRODUÇÃO
2.1) EM SOLO
Aves encontradas mortas em aeroportos podem ser associadas, com uma boa margem de
segurança, à colisão havida com aeronaves. Essa regra se aplica a uma faixa de 50 metros para cada
lado das pistas.
Ao pessoal que opera em terra (supervisores de pátios e pistas, funcionários responsáveis
pelo corte de grama, etc.), recomenda-se o recolhimento de todo o material encontrado, ainda que
em estado avançado de decomposição.
Recolher todas as penas e penugens, além de bico, pés, ossos ou a carcaça inteira);
Quando for inviável conservar e enviar a carcaça inteira, uma boa amostra de penas de todas as
partes do corpo, especialmente da asa e cauda, deve ser recolhida e enviada juntamente com fotos
da carcaça (v. adiante). Lembre-se: fotos nem sempre serão suficientes para uma
identificação confiável da ave.
Recolher pequenos fragmentos diretamente com as mãos ou com o auxílio de uma pinça. Caso o
material esteja ressequido e bem aderido à fuselagem, umedecer o local e recolher as penugens com
uma folha de papel macio (evitar utilizar detergente ou qualquer outro tipo de solvente, pois estes
podem danificar as penas irremediavelmente);
Colocar todo o material em um envelope plástico (tipo “ziploc”).
Acondicionar penugens e fragmentos muito pequenos de penas em um pedaço de papel dobrado
(ou envelope de papel);
Evitar a utilização de fita adesiva, cola, papel “post-it” ou qualquer outra substância ou superfície
aderente para acondicionar penas ou penugens, pois estas podem ser danificadas a ponto de impedir
a sua identificação.
Além das recomendações acima expostas, devem ser levados em consideração os seguintes
cuidados:
Evitar desmembrar as aves que forem encontradas inteiras, pois as chances de identificação de
exemplares íntegros são maiores. Se a ave inteira puder ser obtida, dados como sexo, idade,
conteúdo estomacal e estado reprodutivo poderão ser diagnosticados, o que contribuirá para que se
saiba o motivo pelo qual a ave freqüentava a região/local onde houve a colisão;
Enviar o material para ser identificado por especialistas (entomólogos) de uma Universidade de sua
cidade, caso seja inviável a remessa do conteúdo estomacal para fora do Estado;
Enviar todo o material recolhido para um único local para identificação;
Acondicionar em freezer (ou congelador) todo o material recolhido até que o mesmo possa ser
enviado para identificação, após ser devidamente acondicionado em saco plástico e etiquetado (vide
modelo de etiqueta adiante).
Posicionar um pequeno objeto (uma caneta, lápis, tampa de lente de máquina fotográfica, etc.) ao
lado do material recolhido para que o identificador possa ter uma melhor idéia das dimensões da ave;
Utilizar fundo contrastante: se ave for escura, colocá-la sobre fundo claro; se clara, utilizar fundo
escuro.
Todo material zoológico (ninhos, ovos, penas, filhotes e adultos vivos ou mortos, carcaças,
etc.) só poderá ser removido dos aeroportos e transportado para instituições de ensino/pesquisa ou
residências de pesquisadores credenciados pelos aeroportos mediante a obtenção de uma licença para
manuseio e transporte a ser fornecida pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis). Este aspecto do trabalho é regulamentado pela Instrução Normativa IBAMA no
72 de 11 de agosto de 2005.
4) ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO
A etiqueta a ser utilizada para a identificação de todo e qualquer material (penas, partes do
animal, carcaças ou aves inteiras) deve seguir o modelo ilustrado abaixo, cujas dimensões idesia são
7x14 cm.
Giovannini Luigi
Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente – LIMA/COPPE/UFRJ
Centro de Tecnologia – BL I – Sala 208
Universidade Federal do Rio de Janeiro
CEP 21945-970 - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro/ RJ
Telefax: (21) 2562-8805 – Cel.: 9618-4442.
E-mail: gluigi@lima.coppe.ufrj.br
ANEXO III
ANEXO III
1) INTRODUÇÃO
O presente Termo de Referência, doravante designado por TR, insere-se no Programa
Avifauna da INFRAERO e fornece orientações gerais e específicas para a contratação de uma equipe
de profissionais para elaborar Planos de Manejo de Fauna de Aeroportos (PMFAs).
O objetivo principal dos trabalhos é a redução do risco de colisão entre aves e aeronaves,
os quais deverão envolver o diagnóstico da atual situação dos aeroportos e a proposição,
implementação e monitoramento de medidas remediadoras e preventivas com relação ao perigo
aviário.
2) OBJETO
Contratação de serviços técnicos especializados para a elaboração do Plano de Manejo da
Avifauna do Aeroporto ****, que deverá contemplar atividades de monitoramento e manejo de
avifauna com vistas à redução do número de colisões entre aves e aeronaves.
3) LOCAL
Aeroporto ***.
4) PRAZO DE EXECUÇÃO
Doze (12) meses.
5. CONDIÇÕES GERAIS
5.2. Subcontratação
As atividades fins, objeto do presente TR, não poderão ser transferidas ou subcontratadas a
terceiros, a não ser em casos especiais, devidamente analisados e autorizados pela CONTRATANTE.
5.3. Supervisão/Fiscalização
A Fiscalização/Supervisão dos serviços prestados pela CONTRATADA terá livre acesso aos locais
de trabalho, sem prévio aviso e a qualquer momento, para exercer suas funções e obter informações
julgadas necessárias ao acompanhamento dos trabalhos.
A Supervisão/Fiscalização comunicará formalmente à CONTRATADA as orientações necessárias
para o bom desenvolvimento dos serviços.
A ação ou omissão, total ou parcial, da fiscalização/supervisão não eximirá a CONTRATADA da
integral responsabilidade pela execução dos Serviços.
6) OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Caracterizar a situação do perigo aviário do Aeroporto ***, analisando a ocorrência de colisões
pretéritas e recentes entre aves e aeronaves;
Identificar a avifauna associada ao Aeroporto (interior do sítio aeroportuário e na Área de Segurança
aeroportuária), num raio de abrangência tal que seja permitido o tratamento adequado da
problemática em foco;
Identificar as variáveis ambientais que funcionam como fator de atração para as aves e que estejam
diretamente associadas ao estabelecimento do risco de colisão com aeronaves;
Identificar e mapear as áreas críticas de atração de aves, em especial aquelas que fornecem
alimento, abrigo e potencial local de reprodução, sobretudo para espécies que nidificam em colônias
(ninhais);
Proposição, implementação e acompanhamento de medidas corretivas e preventivas de curto, médio
e longo prazo para o controle da incidência de aves no sítio aeroportuário e ASA;
Identificar e estabelecer contato com instituições de pesquisa e ensino que possam atuar em
parceria com o Aeroporto na implementação das medidas de manejo ambiental e de espécies da
avifauna, assim como na continuidade dos trabalhos em longo prazo.
7. HORÁRIO DO TRABALHO
Os trabalhos deverão ser conduzidos nos mais diversos horários do dia, sempre que possível e
pertinente, tendo em vista a identificação das espécies de aves (diurnas, crepusculares e noturnas) e
a formação de um quadro sistemático de suas mais diversas interações com o sitio aeroportuário e
respectiva ASA.
As atividades de campo deverão ser também pautadas na rotina de trabalho de funcionários do
Aeroporto e compatíveis com a demanda de trabalho e a respectiva resposta necessária de modo a
garantir a qualidade e eficiência no objeto deste edital.
Verificar o estado de saúde geral das aves eventualmente capturadas através de métodos aplicáveis
a cada caso, de modo a otimizar suas chances de sobrevivência e minimizar a disseminação de
agentes patogênicos;
Orientar a CONTRATANTE quanto à necessidade e forma de condução dos processos de pedido de
licenças especiais para a execução de atividades de pesquisa específicas junto aos órgãos de controle
e fiscalização do meio ambiente do município, Estado e em nível federal. As atividades poderão ser a
captura, abate e anilhamento de filhotes e adultos, recolhimento de ninhos e ovos, remoção de
vegetação, dentre outras.
1ª Etapa (Diagnóstico): inclui os itens a, b, c e d, e deverá transcorrer ao longo dos 12 meses dos
trabalhos;
2ª Etapa (Avaliação do Risco): inclui o item e, e deverá transcorrer do terceiro ao último mês de
trabalho;
3ª Etapa (Ações para mitigação do Problema): inclui o item f, e deverá transcorrer do primeiro ao
último mês de trabalho.
Obs.: A CONTRATANTE entende ser de fundamental importância a redução do perigo aviário (risco de
colisão entre aves e aeronaves) através da proposição e implementação de medidas mitigadoras
(EMERGENCIAIS) já na 1ª Etapa dos trabalhos, sempre que possível.
O transporte das aves capturadas será efetuado em veículo da CONTRATADA, adequado para o
objetivo proposto, não cabendo nenhuma remuneração por este evento, sendo ônus exclusivo da
CONTRATADA.
A soltura das aves deverá ser feita em locais variados e adequados para cada espécie, e
suficientemente distantes que evite o retorno aos locais de captura.
Este processo deverá ser monitorado pela CONTRATADA por tempo necessário, com emissão
de relatórios mensais durante 6 (seis) meses consecutivos após as atividades de anilhamento.
Anilhamento de aves;
Remoção de ninhos;
Coleta de ovos;
Abate de filhotes e adultos da fauna;
Translocação de aves e outros animais;
Outras situações de manejo da vida silvestre necessárias ao trabalho deverão ser apresentadas
e discutidas com a CONTRATANTE, para que seja avaliada a pertinência de obter licenças especiais
para sua execução junto a órgãos ambientais.
As autorizações para o manejo da vida silvestre serão obtidas na Gerência Executiva do Ibama
responsável pela área de abrangência do Aeroporto e mediante a aprovação do Plano de Manejo da
Fauna pelo IBAMA/CEMAVE, cujo roteiro mínimo encontra-se detalhado no Anexo I da Instrução
Normativa (IN) IBAMA no 72/2005.
O abate de animais somente será permitido se comprovado que outras alternativas de manejo
direto e indireto da(s) espécie(s) ou do ambiente não tenham gerado resultados significativos na
redução do perigo de colisão de aeronaves com a fauna silvestre no Aeroporto ou mesmo em outro(s)
aeroporto(s) que detenha(m) condições técnicas similares.
O manejo indireto da fauna que envolva quaisquer modificações no ambiente deverá ser
devidamente autorizado pelo órgão ambiental competente, em consonância com a Resolução
CONAMA no 04/1995 e as normas do Instituto de Aviação Civil (IAC).
O transporte, descarte, destinação e exportação de todo e qualquer material zoológico coletado
deverá seguir as orientações contidas na IN no 72/2005 e demais normas específicas.
A CONTRATADA deverá manter a CONTRATANTE constantemente informada sobre a
tramitação dos processos de autorizações para o manejo da fauna junto ao órgãos ambientais
competentes, com comprovação de protocolo de tramitação.
A CONTRATADA deverá certificar-se com o órgão ambiental quanto aos procedimentos legais
(ex: identificação, medição, catalogação e outros) e apresentar cópias da consulta efetuada e da lei
que discorre sobre o assunto.
Esclarecimentos e dúvidas deverão ser feitos durante a fase de elaboração dos orçamentos,
não cabendo qualquer tipo de argumentação após a data de entrega das propostas
correspondentes .
Relatórios Parciais (de andamento dos serviços): deverão ser emitidos a cada início de mês,
contendo resultados e andamento dos trabalhos. A apresentação deverá ser em encadernação simples
(mola espiral), em 2 (duas) vias e 1 (uma) cópia em meio digital (CD);
Relatório Final: corresponde ao Plano de Manejo da Avifauna do Aeroporto, consubstanciando todos
os trabalhos realizados. Deverá ser apresentado em encadernação especial, reforçada, em 3 (três)
vias e 3 (três) cópias em meio digital (CD).
Os principais resultados dos trabalhos deverão também ser apresentados e discutidos na forma
de um Seminário (de Perigo Aviário) aberto ao grande público ao final do 10º mês de atividades. O
objetivo é envolver os mais relevantes atores sociais que possam contribuir para solucionar/minimizar
os problemas apontados pela equipe de pesquisa, sobretudo extramuro.
Entre os participantes estariam representantes da Prefeitura Municipal, companhia de limpeza
urbana, órgão de controle ambiental do Estado, IBAMA, CEMAVE, Ministério Público Estadual,
associação de moradores dos bairros próximos ao Aeroporto e outros que a CONTRATATADA julgar
necessário estarem representados nos debates.
O objetivo principal do Seminário é a obtenção de apoio institucional para a implementação de
ações de curto, médio e longo prazo para a redução do perigo aviário.
As informações, decisões e demais resultados dos debates deverão constar no Relatório Final a
ser entregue no 12º mês à CONTRATANTE.
18) ANEXOS
Planilha de Preços
Planilha de Composição Mensal de Preços
Condições Gerais das Especificações Técnicas
ANEXOIV
ANEXO V
LINKS
LINKS DE
DE INTERESSE
INTERESSE
ANEXO IV
LINKS DE INTERESSE
NACIONAIS
CENIPA
www.cenipa.aer.mil.br/paginas/perigo.htm
Sítio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
IBAMA/CEMAVE
www2.ibama.gov.br/cemave
Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres. O sítio contém lista de aves,
publicações e projetos, espaço anilhador, etc.
INTERNACIONAIS
Bird-X
www.bird-x.com/whoweare/index.html
Apresenta uma lista de produtos usados como dispositivo para repelir aves.
Airsafe.com
http://search.atomz.com/search/?sp-q=birds+strikes&sp-a=sp10009b90
Links para artigos sobre colisões de aves com aviões.
Bird at airport
http://birdstrike.bcrescue.org/birdsatairports.pdf
Artigo sobre a problemática de aves em aeroportos, com informações do USDA Animal Damage
Control.
Avibase
www.bsc-eoc.org/avibase/avibase.jsp
Trata-se de uma base de dados mundial sobre aves. Contém quase 1.4 milhões de registros sobre
cerca de 10.000 espécies e 22.000 subespécies de aves, incluindo distribuição, taxonomia, sinônimos
em línguas diversas.
ANEXO V
ANEXO V
Características
Sua cor varia de acordo com a terra que impregna a
plumagem;
Penas inferiores das asas são barradas de amarelo;
Comprimento: 23 cm.
Ocorrência
Ocorre da Argentina, Uruguai e Paraguai ao Brasil: Sul, Leste,
Nordeste e Centro-Oeste (faltando em muitos lugares).
Habitats
Campos ralos e baixos;
Campos de cultivo (soja, milho, trigo e arroz, neste último
somente em terra firme).
Hábitos
Quando desconfiada, imobiliza-se instantaneamente de
pescoço ereto ou deitam-se; neste último caso, depois do
primeiro susto, ficam novamente em pé e procuram
melhor ângulo para examinar o perigo;
Podem também se esconder em buracos.
Alimentação
Bagas, frutinhas caídas, folhas, sementes e até mesmo pequenos
artrópodes e moluscos que encontram revirando a folhagem.
Reprodução
Constroem ninho em depressão natural coberto de folhas
ou palha seca;
Podem ter um ou mais parceiros.
Status
Comum.
Outros nomes
Perdizinho (Rio Grande do Sul).
Características
Preto, com “papo” amarelado;
Durante época de reprodução com penas brancas beirando
a garganta nua e com um tufo branco atrás da região
auricular;
Comprimento: 75 cm;
Peso 1,3 kg (macho).
Ocorrência
Do México à América do Sul inteira.
Habitats
Lagos, grandes rios e estuários ou em ilhas um pouco afastadas do
litoral.
Hábitos
Não costuma se afastar da costa para se aventurar ao
mar, mas voa para as ilhas próximas ao litoral;
Nada meio submerso com o bico um pouco levantado;
Exímios mergulhador.
Alimentação
Piscívora, pescando às vezes dentro da arrebentação,
pousando na praia.
Reprodução
Nidifica sobre árvores em matas alagadas, sarandizais e, às vezes,
entre colônias de garças.
Status
Comum.
Outros nomes
Corvo-marinho.
Fonte: http://www.arthurgrosset.com/
Características
Branco, com penas alongadas na parte da frente do
pescoço;
Possui parte anegrada nas asas e cauda;
Bico reto e cinza-azulado, de ponta mais escura;
Olhos amarelos; região perioftálmica nua;
Pernas vermelhas;
Comprimento: 140 cm; altura: 108 cm.
Ocorrência
Ocorre em grande parte da América do Sul e em todo o Brasil
(mais comum na Amazônia e Rio Grande do Sul).
Habitats
Vive em banhados e brejos com pouca vegetação alta.
Hábitos
Reúne-se fora da época de reprodução em beiras abertas
de lagoas para pernoitar;
Descansa deitado sobre o ventre.
Alimentação
Onívoro;
Alimenta-se de insetos, caranguejos, caramujos, rãs e
peixes, alem de matéria vegetal.
Reprodução
Faz seu ninho no solo.
Status
Comum.
Outros nomes
“Cauauã” (Paraná), “cegonha”, “tabuiaiá” (Pantanal, Mato Grosso),
“jaburu-moleque”.
Fonte: http://www.mangoverde.com/birdsound/picpages/pic22-11-3.html
Características
Comprimento: 125 cm; envergadura: 180 cm. Maior representante
da família no Brasil.
Ocorrência
Presente em todo o Brasil, podendo ser encontrado também do
Panamá ao Chile e Argentina, e nas Ilhas Malvinas.
Habitats
Habita beiras de lagos de água doce, rios, estuários, manguezais e
alagados.
Hábitos
Normalmente é solitário e desconfiado, exceto no período
reprodutivo. Apresenta vôo lento, trabalhoso.
Alimentação
Alimenta-se de peixes, caranguejos, moluscos, sapinhos e
pequenos répteis.
Reprodução
Reproduz-se em colônias, fazendo ninhos sobre as árvores.
Status
Comum.
Outros nomes
João-grande, socó-de-penacho, baguari, margoari (Amazônia),
garça-parda (Rio Grande do Sul) e garça-moura.
Características
É a espécie de garça mais comum no Brasil, ocorrendo em
todo o território nacional.
Comprimento: 91 a 102 cm.
Ocorrência
Está presente em quase todo o planeta, tanto em regiões
quentes quanto frias;
No continente americano pode ser encontrada desde o sul
do Canadá até o sul do Chile.
Habitats
Freqüenta beira de lagos de água doce, rios, estuários, pantanais,
manguezais ou mesmo poças maiores.
Hábitos
Vive solitária ou em bandos com centenas de indivíduos;
Permanece imóvel por longos períodos em águas rasas;
Freqüentemente descansa em grupos mistos durante as
horas mais quentes do dia;
Apresenta hábitos migratórios.
Alimentação
Peixes, pequenos vertebrados (anfíbios, répteis) e insetos, que são
amiúde capturados dentro d'água.
Reprodução
Na época reprodutiva crescem penas maiores e delicadas
no dorso dos adultos, chamadas egretes.
Reproduz-se em colônias da mesma espécie (os chamados
“ninhais”), nos quais podem ser encontradas centenas de
ninhos, semelhantes a plataformas, construídos em
manguezais e árvores na beira d'água;
Põe 2 ou 3 ovos de coloração cinza-azulada.
Status
Comum.
Outros nomes
Garça-grande, garça-real, acará, acaratinga, guaratinga e
guiratinga (no Pará).
Fonte: http://home.comcast.net/~harrington.james/anna_maria_island_florida_birds_wildlife_2.html
Características
Comprimento: 51 a 61 cm;
Totalmente branca;
Bico e tarsos negros e pés amarelos;
A plumagem é rica em pó, o qual é produzido por plumas
de pó concentradas no peito e nos lados do corpo.
Ocorrência
Está presente em todo o Brasil e desde o sul dos Estados Unidos e
Antilhas à quase totalidade da América do Sul.
Habitats
Comum em manguezais, estuários e poças de lama na costa,
sendo menos numerosa em pântanos e poças de água doce.
Hábitos
Freqüentemente aparece associada à C. albus, porém sempre em
número menor.
Alimentação
Alimenta-se de peixes de forma bastante ativa.
Reprodução
Reproduz-se em pequenas colônias exclusivas ou em meio
a colônias de outras espécies, no manguezal;
Os ninhos são plataformas construídas de gravetos;
Põe de 2 a 4 ovos azul-esverdeados.
Status
Comum.
Outros nomes
Garcinha-branca e garça-pequena.
Fonte:
http://home.comcast.net/~harrington.james/anna_maria_island/anna_maria_island_florida_birds_wildlife_2.html
Características
Comprimento: 51 a 64 cm.
Ocorrência
Presente em todo o litoral brasileiro, Pantanal e Bacia
Amazônica. Encontrada também desde o sul dos Estados
Unidos e América Central até a Colômbia, Peru, Chile e
Uruguai.
Habitats
Habita manguezais e lamaçais do litoral (os quais explora na maré
baixa), além de alagados, rios e lagos, sendo mais comum em
áreas costeiras.
Hábitos
Vive sozinha ou em grupos espaçados de 2 ou 3 indivíduos.
Alimentação
Alimenta-se essencialmente de peixes.
Reprodução
Seus ninhos são plataformas construídas de gravetos,
geralmente em manguezais, localizados de 1 a 3 m acima
da linha d'água;
Põe de 2 a 5 ovos azuis.
Status
Comum.
Outros nomes
Garça-morena (Pará).
Fonte: http://www.birdsofoklahoma.net/
Características
Comprimento: 60 a 70 cm.
Ocorrência
Presente em quase todo o Brasil;
É encontrado em praticamente todo o planeta, com
exceção do Círculo Ártico e Austrália.
Habitats
Comum em manguezais e áreas pantanosas de água doce.
Hábitos
Vive geralmente em grupos, os quais descansam em
manguezais e áreas pantanosas durante o dia e se
deslocam para as áreas onde se alimentam durante a
noite, quando são mais ativos;
Os jovens, ao contrário, são mais ativos durante o dia.
Alimentação
Peixes, pequenos répteis e anfíbios.
Reprodução
Reproduz-se em colônias, em ninhos construídos entre 1 e
7 m de altura;
Põe 2 ou 3 ovos verde-azulados ou branco-amarelados.
Status
Comum.
Outros nomes
Garça-cinzenta, sabacu, savacu-de-coroa ou sabacu-de-coroa
(Bahia), taquari ou taquiri (Pará), taiaçu (algumas regiões da
Amazônia), dorminhoco (Rio Grande do Sul), socó, garça-
dorminhoca, guacurú, guaicuru e arapapá-de-bico-comprido.
Fonte: http://www.californiabiota.com/cabiota/index.htm
Características
Comprimento: 49 cm; peso: 300 a 450 g;
Corpo totalmente branco;
Bico, íris e pernas amarelas;
Durante a reprodução apresenta o alto da cabeça, peito e
dorso ferrugíneos.
Ocorrência
Trata-se de uma espécie africana que atualmente é
cosmopolita;
Foi registrada há relativamente poucos anos no Brasil.
Habitats
Vive em campos secos e baixos, onde localiza e captura insetos
com facilidade.
Hábitos
Comumente encontrada em companhia do gado
aproveitando-se dos insetos espantados por ele;
Vive em bando;
Desloca-se em grupos coesos executando rápidas e
vigorosas batidas de asas.
Alimentação
Insetos, aranhas, anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos.
Reprodução
Existem poucas informações sobre sua reprodução no
Brasil;
A presença de indivíduos com a plumagem em tons
amarelados sugere que a espécie nidifique em várias
regiões do país.
Status
Comum.
Outros nomes
Garça-do-gado, garça-boiadeira (São Paulo), tratoreira.
Fonte: http://usuarios.lycos.es/pardelas/Antonio%20R.%20Franco/ppages/ppage4.htm
Características
Face azul-clara e bico róseo;
Comprimento: 53 cm.
Ocorrência
Ocorre de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro à
Argentina, Paraguai e Bolívia;
Também na Venezuela e Colômbia.
Habitats
Campos secos, arrozais, margens de rios, lagoas e baias.
Hábitos
Voa de pescoço menos encolhido do que outras garças, batendo as
asas em uma amplitude pequena e rapidamente, rapidez esta que
se acelera mais quando a ave grita.
Alimentação
Insetos, pequenos répteis, rãs, sapos e peixes.
Reprodução
Nidifica sobre árvores ou arbustos nos brejais, em ilhas de mata,
nos campos inundáveis e manguezais.
Status
Comum.
Fonte: http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/PANTANAL.HTM
Características
Comprimento: 40 cm; peso: 500 g;
O macho é marrom, com o bico vermelho; a fêmea tem o
bico azulado e manchas brancas na cabeça.
Ocorrência
Presente em todas as regiões brasileiras e desde as Guianas e
Venezuela até a Argentina.
Habitats
Comum em lagoas com gramíneas, pantanais, campos alagados,
banhados, açudes, ambientes secos e vegetação baixa e densa.
Hábitos
Vive aos pares ou em bandos de tamanhos variáveis, às
vezes junto a outras espécies de aves;
Costuma nadar em águas rasas;
Migratório, bastante veloz; uma marreca de 300 g pode
atingir 118 Km/h;
Voa através de rápidas batidas de asa, não planando.
Alimentação
Gramíneas e insetos.
Reprodução
Faz ninho flutuante de folhas, localizado na vegetação
aquática próxima à margem;
Põe cerca de 6 a 14 ovos branco-amarelados, esverdeados
ou azulados;
O período de incubação é de 25 a 26 dias;
Os ovos são cobertos por plumas pelo adulto quando este
sai do ninho;
No período reprodutivo, muda de plumagem tornando-se
bem contrastante e com os pés vermelhos;
No período não reprodutivo, adquire uma plumagem de
"eclipse", sem contrastes e com os pés rosados.
Status
Comum.
Outros nomes
Marreca-ananaí, marreca-assobiadeira e marreca-espelho.
Fonte: http://klub.wz.cz/pizmovky.html
Características
Comprimento: 62 cm; envergadura: 143 cm; peso: 1,6 kg.
Ocorrência
É uma das aves mais comuns em qualquer região do
Brasil, exceto em extensas áreas florestadas com pouca
presença humana;
Encontrado também desde a região central dos Estados
Unidos à praticamente toda a América do Sul.
Habitats
Cidades, fazendas e áreas abertas;
Sua área de ocorrência tem-se expandido com a
colonização humana.
Hábitos
Vive em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos;
Bate as asas pesadamente;
Planam com grande facilidade e se aproveitam das
correntes ascendentes de ar para ganhar altura.
Alimentação
Alimenta-se de carcaças de animais mortos e outros
materiais orgânicos em decomposição, bem como de
animais vivos de pequeno porte, como filhotes de
tartarugas e aves;
Eventualmente come também ovos, frutos maduros e
vegetais em decomposição.
Reprodução
Aninha-se em ocos de árvores mortas, entre pedras e
outros locais abrigados, geralmente com incidência de
árvores; em pontos remotos de rochedos, estruturas de
alvenaria no solo, no chão de matas de restinga e no alto
de palmeiras.
Põe 2 ovos branco-azulados manchados com muitos
pontos marrons;
Existem registros de aves aninhadas sobre telhados dos
prédios;
Não constrói ninhos (os ovos são postos diretamente sobre
o solo).
Status
Comum.
Outros nomes
Corvo, urubu-preto, urubu-de-cabeça-preta e apitã.
Fonte: http://www.bikerenews.com/Last_Page/082504.html
Características
Comprimento: 73 cm;
Envergadura: 137 a 180 cm;
Peso: 1,2 a 2 kg.
Ocorrência
Presente em todo o Brasil, sendo encontrado também desde o sul
do Canadá até a Argentina e o Chile.
Habitats
Relativamente comum em campos ou áreas abertas
permeadas de vegetação florestal;
Pouca ocorrência em cidades.
Hábitos
Vive solitário ou em pequenos grupos;
Plana alto com extrema habilidade, utilizando-se até
mesmo das correntes ascendentes mais fracas.
Alimentação
Carniça miúda.
Reprodução
Faz ninho em ocos de árvores mortas, entradas de
cavernas ou mesmo em ninhos abandonados de gaviões;
Põe 1 ou 2 ovos branco-amarelados pontilhados de
marrom-avermelhado.
Status
Comum.
Outros nomes
Urubu-peru, urubu-caçador (Minas Gerais), jereba (Pará), urubu-
campeiro (Rio de Janeiro), xem-xem (Pará) e camiranga (Ceará).
Fonte:http://home.earthlink.net/~nicky-davis/h_tv.html
Características
Possui fronte e loros azuis, com amarelo na cabeça o qual
estende-se por cima e por trás dos olhos;
Espelho, encontro e bases das retrizes escarlates;
Bico negro;
Comprimento: 35 cm.
Ocorrência
Ocorre do Nordeste (Piauí, Pernambuco, Bahia), pelo Brasil central
(Minas Gerais, Goiás, e Mato Grosso) ao Rio Grande do Sul,
Paraguai, norte da Argentina e Bolívia.
Habitats
Vive na Mata úmida ou seca, palmais beira de rio.
Hábitos
Para dormir, reúne-se em bandos;
Gostam de banhar-se na chuva, às vezes na poeria.
Alimentação
Coquinhos, frutinhas, sementes e poupa de furtas (costumam dar
preferência pelas sementes).
Reprodução
Nidifica em troncos ocos de palmeiras e outras árvores
(aproveita-se de fendas formadas pela decomposição da
madeira);
Instalam-se, às vezes, em penachos de palmeiras.
Status
Comum.
Outros nomes
“Papagaio-de-fronte-azul”, “cural” “papagaio-grego”, “papagaio-
comum”, “ajuru-etê”, “trombeteiro” (Mato Grosso), “louro”.
Fonte: http://streetcruiser.dk/amazone.htm
Características
Inconfundível área ferrugínea da base das penas das asas
e com parte da face estriada;
36 cm.
Ocorrência
Ocorre do México à Argentina e em todo Brasil.
Habitats
Matas ciliares, cerrados e áreas urbanas.
Hábitos
Desloca-se principalmente por vôo de batida de asas, mas
pode aproveitar-se de correntes ascendentes de ar quente,
planando em órbitas circulares, como urubus.
Alimentação
Grandes insetos, lagartixas, pequenas cobras e pássaros
(rolinhas e pardais) e morcegos.
Reprodução
Constroem o ninho geralmente no topo de árvores com
pedaços de madeira grossos e secos;
O fundo do ninho é recoberto de folhas secas.
Status
Comum.
Outros nomes
Indaé, gavião-pega-pinto.
Fonte: http://www.greenbackedheron.com/photo.cfm?setid=1004
Características
Pardo-anegrado de escapulares e calções castanhos;
Base e ponta da cauda branca;
Cera e pés amarelos;
Comprimento: 48 cm.
Ocorrência
Do sul dos EUA à Bolívia, Argentina e Uruguai;
Surge no Brasil oriento-meridional (também Rio de Janeiro
e Espírito Santo) e central.
Habitats
Regiões campestres com vegetação arbórea esparsa.
Hábitos
Alimentação
Pássaros e roedores.
Reprodução
Status
Comum.
Fonte: http://richardfray.topcities.com/
Características
Grande espécie campestre relativamente comum;
Quase inteiramente ferrugíneo, com asas longas e largas,
lembrando uma águia;
Asas vivamente avermelhadas, exceto nas pontas (que são
negras) e com parte das coberteiras superiores pardas;
Retrizes negras atravessadas mediamente por faixa branca
e com a ponta esbranquiçada;
Partes inferiores avermelhadas finamente barradas de
negro;
Quando imaturo, pardo-escuro apenas com asas e calções
ferrugíneos. Cauda preta e cinzenta;
Comprimento: 55 cm.
Ocorrência
Ocorre do Panamá à Argentina e por todo Brasil.
Habitats
Habita campos, beira de brejos, manguezais e o cerrado.
Hábitos
Procura queimadas, caçando a poucos metros das chamas,
andando vagarosamente pelo solo;
Pousa ereto sobre cercas ou montes de terra.
Alimentação
Anfíbios, grandes insetos, caranguejos, lagartos e cobras.
Reprodução
Sabe-se pouco sobre a nidificação dessa espécie.
Status
Comum.
Outros nomes
Casaca-de-couro, gavião-telha (São Paulo), gavião-fumaça (Mato
Grosso), gavião-tinga (Pará).
Fonte: http://www.arthurgrosset.com/sabirds/savanna%20hawk.html
Características
Comprimento: 56 cm;
Envergadura: 123 cm.
Ocorrência
Presente em todo o Brasil e também dos Estados Unidos (Flórida)
à Terra do Fogo, no extremo sul da América do Sul.
Habitats
Comum em campos e pastagens com árvores isoladas, plantações
e outras áreas abertas, cerrados, caatinga e à beira-mar.
Hábitos
Vive solitário, aos pares ou em grupos, beneficiando-se da
conversão da floresta em áreas de pastagem;
Pousa em árvores ou cercas, sendo freqüentemente
observado no chão, junto a queimadas e ao longo de
estradas.
Alimentação
É onívoro, alimentando-se tanto de animais vivos como
mortos. Caça lagartos, cobras, sapinhos e caramujos;
Rouba filhotes de outras aves, até de espécies grandes
como garças e colhereiros;
Arranha o solo com os pés em busca de amendoim e
feijão;
Apanha frutos de dendê;
Ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outros
animais;
Também segue tratores que estão arando os campos, em
busca de minhocas.
Reprodução
Faz ninho no alto de palmeiras e outras árvores;
Põe 2 a 4 ovos brancos manchados de marrom-
avermelhado, que são incubados pelo casal durante 28
dias.
Status
Comum.
Outros nomes
Carancho, caracaraí (Ilha do Marajó) e gavião-de-queimada.
Fonte: http://www.mangoverde.com/
Características
Cabeça, pescoço e partes inferiores branco-amareladas;
Curta faixa negra pós-ocular;
Face nua e alaranjada;
Asas longas com nítida área branca.
Comprimento: 40 cm; Envergadura: 74 cm.
Ocorrência
Ocorre da América Central ao norte do Uruguai e
Argentina setentrional;
Todo o Brasil.
Habitats
Pastagens, campos com árvores esparsas, vizinhanças de cidades
e margens de rodovias.
Hábitos
São freqüentemente observados pousados sobre bois e
cavalos para capturar dos mesmos carrapatos e bernes.
Alimentação
Comem pequenos invertebrados como carrapatos e
lagartas, mas também pode pescar e caçar cupins em
revoada;
Comem detritos, cadáveres e fezes, além de frutas e de
saquear ninhos de outras aves.
Reprodução
Constroem grandes ninhos, de ramos secos, em palmeiras
ou em outras árvores.
Status
Comum.
Outros nomes
Pinhé (São Paulo), cara-pinhé, Caracará-i (Amazonas), caracará-
branco, chimango-branco (Rio Grande do Sul), papa-bicheira (Ilha
de Marajó, Pará).
Fontes: http://www.mangoverde.com/birdsound/picpages/pic32-9-10.html
http://bibvirt.futuro.usp.br/especiais/aves_no_campus/
Características
Espécie esbelta, de asas e cauda bastante longas;
Abdome um pouco vermelho, calções ferrugíneos;
Largas faixas brancas acima dos olhos ligando-se à nuca;
Na asa aberta, nota-se orla posterior nitidamente
esbranquiçada, algumas penas das asas com larga ponta
branca;
Comprimento: 36 cm.
Ocorrência
Dos EUA à Terra do fogo, e por todo Brasil.
Habitats
Campos, restingas, cerrados e áreas urbanas.
Hábitos
Tem o hábito de pousar em árvores diante das queimadas,
para localizar presas que estejam fugindo do fogo.
Alimentação
Insetos, pequenos vertebrados, morcegos;
Ocasionalmente pássaros e até cobras peçonhentas.
Reprodução
O casal costuma construir um ninho de gravetos no alto de
árvores (ex. em palmeiras da Ilha do Fundão, Rio de
Janeiro);
Um casal foi encontrado aproveitando um ninho de pica-
pau-do-campo (Colaptes campestris), feito dentro de
cavidades na parede lateral de um prédio na ilha do
Fundão, Rio de Janeiro.
Status
Comum.
Outros nomes
Gavião-pombo.
Fonte: http://www.mangoverde.com/
Características
Apresenta dimorfismo sexual acentuado;
Tanto a fêmea como o macho são ferrugíneos, sendo as
asas do macho mais acinzentadas e brilhantes;
É considerado o menor falcão brasileiro.
Ocorrência
Ocorre do norte do Alasca à Terra do Fogo e em todo o Brasil,
exceto em florestas.
Habitats
Áreas abertas, cerrados e periferias de áreas urbanas.
Hábitos
Pousa amiúde em fios elétricos à beira de estradas ou sobre
postes, espreitando presas.
Alimentação
Preferencialmente grandes gafanhotos, mas também pequenos
vertebrados, lagartixas e, ocasionalmente, camundongos e
pequenas cobras.
Reprodução
O período de incubação é de 29 a 30 dias.
Status
Comum.
Outros nomes
Quiri-quiri
Fonte:http://www.dlia.org/atbi/species/animals/vertebrates/birds
/falconidae/american_kestrel.html
Características
Possui escudo (fronte) escarlate e faixas brancas nas
laterais do corpo;
Pernas verdes, com uma “perneira” vermelha;
Comprimento: 37 cm.
Ocorrência
Ocorre na maior parte do continente e em todo o Brasil.
Habitats
Lagos e lagoas, de pequeno e médio porte (inclusive salobras),
com vegetação arbustiva na borda.
Hábitos
Nada cabeceando, de bico meio abaixado;
Freqüentemente mergulha para apanhar alimento.
Alimentação
Vegetais e, às vezes insetos.
Reprodução
Constrói ninho em forma de tigela, com folhas de junco, situado na
vegetação sobre a água.
Status
Comum.
Outros nomes
Jaçanã-galo (Nordeste), peituda (Rio de Janeiro), galinha-d'água,
galinha-d'água-preta.
Fonte: http://www.prodex.de/lexikon/r/ra/rallenvoegel.html
Características
Comprimento: 35 cm.
Ocorrência
Presente em todo o Brasil e também do Panamá ao Uruguai e
Argentina (Terra do Fogo).
Habitats
Comum em campos, pastagens, alagados com gramíneas baixas e
em gramados nas áreas urbanas.
Hábitos
Vive aos pares ou em grupos, sendo encontrado com
freqüência andando no chão;
É muito barulhento e dá sinais de alarme quando notam
algum perigo ou alguém se aproxima;
Freqüentemente vistos voando à noite, vocalizando;
Migra durante o inverno.
Alimentação
Alimenta-se de insetos e pequenos peixes, os quais captura
remexendo a lama das margens com os pés.
Reprodução
Põe seus ovos, que são marrom-oliváceos com pintas e
manchas pretas, em pequenas depressões no chão, quase
sem nenhuma proteção;
Geralmente defende seus ninhos ativamente, vocalizando
bastante e atacando aqueles que se aproximam.
Status
Comum.
Outros nomes
Téu-téu, espanta-boiada (Minas Gerais) e chiqueira.
Fonte: http://www.figueira.it/images/Animals/quero_quero1.jpeg
Características
Dorso pardo com pequenas pintas brancas e ventre um
pouco mais claro;
Lado inferior negro quando em reprodução;
Bico negro;
Porte médio de 26 cm.
Ocorrência
Brasil Central, migrando até Argentina e Chile;
Raro no Nordeste.
Habitats
Local seco com grama baixa, incluindo campos de futebol e
gramados de aeroportos.
Hábitos
Chegam pelo Alto Amazonas e retornam pelos Andes.
Alimentação
Pequenos insetos, algumas sementes, pequenos crustáceos,
moluscos e ocasionalmente alguns frutos.
Reprodução
Nidificam geralmente em locais elevados, encostas com
grama baixa e algumas pedras.
Status
Raro (visitante proveniente da América do Norte).
Outros nomes
Batuíra-do-campo, maçarico-do-campo.
Fontes: http://www.fugler.no/bilder/spesial/20030929.htm
http://huskertsd.tripod.com/species/american_golden_plover.htm
Características
Cabeça pequena, bico e pescoço finos e cauda longa;
Possui plumagem pardo-amarelada, lado inferior das asas
(que mostra freqüentemente levantando-as) com faixas
transversais pretas;
Pernas amarelas;
Comprimento: 30 cm.
Ocorrência
Roraima, Bahia, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul (outubro);
No Pará (fevereiro);
Mato Grosso e Goiás (setembro);
Um exemplar anilhado no Canadá foi recapturado no
interior do Ceará.
Habitats
Campos secos ou inundados, queimadas e currais de gado.
Hábitos
Costuma pousar sobre estacas ou mesmo em árvores.
Alimentação
Artrópodes.
Reprodução
Status
Comum (visitante setentrional).
Outros nomes
Batuíra-do-campo.
Fonte: http://www.mangoverde.com/
Características
Bico muito longo e reto, pernas relativamente curtas;
Comprimento: 30 cm.
Ocorrência
Toda a América do Sul.
Habitats
Brejos e banhados.
Hábitos
Voa velozmente, de bico meio abaixado, ziguezaguenando;
Sobe freqüentemente a boa altura;
Vive escondido, só levantando vôo quando acuado.
Alimentação
Artrópodes de hábitos subterrâneos.
Reprodução
Nidifica em toda a América do Sul;
O ninho é feito no brejo em moita de capim.
Status
Comum.
Outros nomes
Batuíra, bico-rasteiro, corta-vento.
Fonte: http://www.avesphoto.com/website/EU/species/SNICOM-1.htm
Características
Tamanho médio;
Partes superiores cinza-claras; partes inferiores, brancas;
cabeça parda ou branca com uma mancha negra atrás das
bochechas;
Bico, pálpebras e pés vermelhos;
Comprimento: 42 cm.
Ocorrência
Comum no leste do Rio Grande do Sul;
Encontrada ocasionalmente nos estados de São Paulo, Rio
de Janeiro, Alagoas e oeste de Mato Grosso.
Habitats
Vive nas margens de rios, lagos, campos arados e no litoral.
Hábitos
Pega insetos em vôo.
Alimentação
Peixes e insetos.
Reprodução
Nidifica nas partes austrais da América do Sul, inclusive nos
banhados sul-riograndenses.
Status
Comum.
Fonte: http://www.bemtevibrasil.com.br/livros.html
Características
Bico vermelho e fino;
Cabeça anterior branca, possuindo um “capuz” negro em
sua parte superior;
Asas acinzentadas e cauda bifurcada;
Comprimento: 36 cm.
Ocorrência
Encontrados subindo rios nos estados de Goiás e Mato Grosso,
ocorrendo até Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Habitats
Ave marinha por excelência, mas pode ser encontrada seguindo
rios.
Hábitos
Voam em velocidade reduzida, patrulhando em busca de presas e
chegando a pairar através de rápidas batidas de asas,
“peneirando” com o corpo vertical ao mesmo tempo em que a
cabeça é mantida para baixo, observando a água; em seguida
mergulham para apanhar a presa escolhida, submergindo.
Alimentação
Peixes e crustáceos.
Reprodução
Vem ao Brasil na época de descanso reprodutivo.
Status
Comum (visitante regular proveniente do Norte).
Fonte: http://home.hetnet.nl/~jolandakrijnen/visdiefje.html
Características
Espécie campestre de formas delgadas que ao voar pode
lembrar um maçarico;
Duas faixas negras quase horizontais nos lados da cabeça
e algumas manchas da mesma cor nas asas;
Penas da cauda (particularmente as laterais) com amplos
ápices brancos, realçados por faixa negra antiapical;
Comprimento: 21 cm.
Ocorrência
Ocorre das Antilhas à Terra do Fogo e por quase todo o Brasil.
Habitats
Cerrado, caatinga, campos de cultura e pastagens.
Hábitos
Voa bem (vôo rasante);
Move-se rapidamente no solo andando como passarinhos
miúdos.
Alimentação
Normalmente granívora ou frugívora.
Reprodução
Adapta-se bem a alterações ambientais, podendo nidificar em
vegetações como macambiras, xiquexique como também pôr ovos
no solo ou fazer ninhos em locais de reprodução de aves marinhas.
Status
Comum.
Outros nomes
Pomba-de-bando, ribaçã (Rio Grande do Norte), pararé (Mato
Grosso), guaçuroba-pequena, arribaça, pomba-do-meio (Rio
Grande do Sul).
Fonte: http://www.geocities.com/avesdechile2/tortola.html
Características
Não possui mais padrão de plumagem característica de
seu antepassado, o Pombo-bravo do Mediterrâneo
europeu;
Comprimento: 38 cm.
Ocorrência
Por todo o território nacional.
Habitats
Áreas urbanas.
Hábitos
Habilidosa e rápida ao voar;
Comum nas cidades, onde dá rasantes e revoadas em
meio aos arranha-céus em bandos.
Alimentação
Originalmente sementes;
Aproveita qualquer resto de alimento disponível.
Reprodução
Constrói o ninho em locais protegidos contra chuvas e ventos
fortes, tais como: vigas de telhado, parapeitos, janelas, e galpões.
Status
Comum.
Características
Preto uniforme, de bico alto;
Possui um assobio melodioso e rico repertório, composto
por mais de uma dúzia de vozes diferentes;
Comprimento: 36 cm.
Ocorrência
Ocorre da Flórida à Argentina e todo o Brasil.
Habitats
Vive nas paisagens abertas com moitas e capões entre
pastos e jardins;
Ao longo das rodovias costuma ser quase a única ave que
se vê, como habitante mais comum das zonas de lavouras
abandonadas;
Prefere locais úmidos.
Hábitos
Ave extremamente sociável, nunca vista solitária;
Gosta de acompanhar o gado no campo, aproveitando-se
dos insetos que fogem espantados;
Também têm o hábito de caminhar pelos gramados, de
vez em quando dando pequenos pulos para apanhar
presas.
Alimentação
É essencialmente carnívoro, comendo gafanhotos, que
apanha acompanhando o gado, além de se alimentar de
pequenas cobras e rãs e até mesmo filhotes de outras
aves;
Periodicamente comem também frutos, coquinhos e
sementes.
Reprodução
Fazem grandes ninhos coletivos, onde todas as fêmeas do
bando põem seus ovos, mas também ocorrem ninhos
individuais.
Status
Comum.
Outros nomes
Anu-pequeno, anum (Pará).
Fonte: http://www.floranimal.ru/pages/animal/l/1600.html
Características
É branco-amarelado, bico cor de laranja (imaturo
cinzento), as penas do alto da cabeça estão
constantemente eriçadas, cauda com fita preta;
Voz alta e estridente;
Comprimento: 38 cm
Ocorrência
Ocorre do sudeste do Amapá e estuário amazônico (ilhas
campestres como Mexiana e a parte oriental de Marajó) à
Bolívia, Argentina e Uruguai;
Falta na região de florestas da Amazônia.
Habitats
Vive nas paisagens abertas com moitas e capões (pastos e
jardins).
Hábitos
Ave extremamente sociável, nunca vista solitária;
Acompanha o gado no campo, aproveitando-se dos insetos
que fogem espantados. Também têm o hábito de
caminhar por gramados, de vez em quando dando
pequenos saltos para apanhar presas;
Quando empoleira, arrebita a cauda e joga-a até as
costas;
Gosta também de tomar sol e banhar-se na poeira.
Alimentação
É essencialmente carnívora, comendo gafanhotos,
percevejos e aranha, além de pequenas cobras e rãs e, até
mesmo, filhotes de outras aves, saqueadas em seus
ninhos;
Come também frutos, coquinhos e sementes, quando há
escassez de artrópodes.
Reprodução
Faz grandes ninhos coletivos onde todas as fêmeas do
bando põem seus ovos, mas também ocorrem ninhos
individuais.
Status
Comum.
Outros nomes
Anu-galego, alma-de-gato, gralho (Rio Grande do Sul), guira,
quiriru (Amapá) e piririguá (Maranhão e Piauí).
Fonte: http://www.mangoverde.com/birdsound/spec/spec76-127.html
Características
Apresenta duas plumagens distintas: uma ferrugínea e
outra acinzentada;
Possui “orelhas” curtas; íris amarela;
Comprimento: 22 cm;
Envergadura: 54 cm.
Ocorrência
Ocorre da Costa Rica à Bolívia, Paraguai e Argentina; surge em
todo território nacional.
Habitats
Na orla da mata, cerrado, chácaras e também nas cidades.
Hábitos
Ao capturar a presa em vôo, a ave emite um estalido
sonoro com o bico; já no solo caça com o auxílio das
garras.
Alimentação
Grandes insetos.
Reprodução
Constrói ninho em cavidades de árvores.
Status
Comum.
Outros nomes
Corujinha-orelhuda, pire-cuí (Kajabi, Mato Grosso).
Fonte: http://www.kamoltd.co.jp/fuji/tropical.html
Características
É relativamente grande, de “orelhas” bem destacadas e
desenho longitudinal contrastante entre marrom e pardo;
Comprimento: 37 cm.
Ocorrência
Ocorre da Venezuela à Bolívia, Paraguai, Argentina e
Uruguai;
Por todo o Brasil, com exceção das áreas florestais da
Amazônia.
Habitats
Paisagens abertas com arvoredos, cerrados, caatinga e até dentro
de cidades.
Hábitos
Costuma devorar a presa inteira, sem limpá-la.
Alimentação
Vertebrados tais como roedores, morcegos, marsupiais,
lagartos e anfíbios.
Reprodução
Põe os ovos no solo, sobre o capim ou utiliza-se de ninhos
abandonados de outras aves.
Status
Comum.
Outros nomes
Mocho-orelhudo, coruja-gato (Pernambuco).
Fonte: http://www.owlpages.com/species/Asio-clamator/striped_owl.html
Características
Comprimento: 23 cm. Pernilonga.
Ocorrência
Canadá a Terra do Fogo e em quase todo o Brasil.
Habitats
Campos, pastagens e gramados de áreas urbanas.
Hábitos
Terrícola;
Apesar de diurna é mais ativa à noite;
Tem o hábito de pousar sobre cupinzeiros, estacas, fios, e
beira de estradas;
Vive em tocas, que ela mesma constrói;
Quando alguém se aproxima dá sinais de alarme
ameaçadores, abaixando e levantando o corpo;
Próximo dos locais onde ficam pousadas é fácil achar
regurgitos (pelotas), que são restos não digeríveis de
alimentos regurgitados;
Os filhotes ameaçam intrusos com um chocalhar que se
assemelha ao ruído das cascavéis.
Alimentação
Insetos (besouros e outros artrópodes), répteis, anfíbios e
pequenas aves e mamíferos.
Reprodução
Nidifica em buracos no chão escavados no solo ou buracos
abandonados de tatus;
A postura é de 4 ovos, incubados pelo casal durante 23 ou
24 dias.
Status
Comum.
Outros nomes
Buraqueira.
Características
Ave esbelta, parte frontal clara, de “cara” comprida e disco
facial em forma de coração;
Pernilonga, com dedos cobertos por cerdas;
Emite grito fortíssimo, freqüentemente durante o vôo; no
período de acasalamento é entoado um dueto pelo casal,
com a fêmea respondendo nos intervalos que o macho
intercala;
37 cm.
Ocorrência
Da América do Sul até a Terra do Fogo e por todo o Brasil.
Habitats
Nas proximidades de habitações humanas e paisagens cultivadas.
Hábitos
Se perturbada, balança o corpo para os lados;
Amedrontada e sem poder fugir, joga-se de barriga para
cima, enfrentando o perigo com as poderosas garras que
lançam para cima.
Alimentação
Alimenta-se de pequenos vertebrados (marsupiais,
roedores, morcegos, anfíbios, répteis e aves);
No verão a dieta é constituída geralmente de gafanhotos e
besouros, ao passo que, no inverno, predominam
roedores.
Reprodução
Nidifica em sótãos de casas velhas, forros de torres de
igrejas, pombais e grutas;
Os ovos, que são inteiramente brancos, são postos
diretamente no substrato ou numa camada de pelotas;
A incubação prolonga-se por 30 a 34 dias;
Reproduz-se durante quase todo ano, desde que haja
fartura de alimento.
Status
Comum.
Outros nomes
Suindara, tuidara, coruja-católica, mocho-das-cavernas (Minas
Gerais).
Fonte: http://www.desertmuseum.org/visit/rff_barnowl.html
Características
Apresenta duas plumagens: uma avermelhada e outra
acinzentada;
Possui cauda longa, mas não bifurcada, com manchas
brancas longitudinais, exibidas durante pequenos vôos
verticais;
Comprimento: 30 cm.
Ocorrência
Do Sul dos EUA e México até a Bolívia e Paraguai e por todo Brasil.
Habitats
Orla da mata e capoeira aberta (no solo).
Hábitos
Pousa no solo na posição longitudinal, onde caminham
bem;
Se inquietos, levantam e abaixam a cabeça ou
movimentam o corpo lateralmente, podendo esticar as
asas como preparando a fuga, ou bater as mesmas no
chão ou em galhos.
Alimentação
Insetos capturados em vôo.
Reprodução
O ninho é confeccionado no solo sobre folhas secas.
Status
Comum.
Outros nomes
Bacurau, ju-jau, ibijau (Kamaiurá, Mato Grosso), a-ku-kú (Juruna,
Mato Grosso), sete-léguas.
Fonte: http://www.arthurgrosset.com/
Características
Pode possuir colar na nuca, amarelado ou marrom-
avermelhado;
A cauda corresponde a 2/3 do comprimento da ave.
Ocorrência
Ocorre ao Sul do Amazonas até Bolívia, Paraguai, Argentina e
Uruguai, inclusive por todo leste e sul do Brasil.
Habitats
Vive no solo, na orla da mata, cerrado, campo sujo e em
parques;
Costuma adaptar-se bem as cidades.
Hábitos
Nas cidades pousa regularmente sobre os telhados para
cantar, onde caça, partindo e retornando ao telhado.
Alimentação
Insetos capturados em vôo.
Reprodução
O ninho é confeccionado no solo, sobre folhas secas.
Status
Comum.
Outros nomes
“Curiango-tesoura”.
Fonte: http://www.ao.com.br/images/figueire.jpg
Características
É a espécie mais robusta da família;
Possui cauda curta, inconfundível pelo tamanho e branco
puro da barriga, área branca na garganta posterior e larga
faixa branca sobre as primárias; no macho a ponta da
cauda é branca;
Voz lembra o canto de um sapo;
29,5 cm, envergadura 71 cm;
Peso: 205 g.
Ocorrência
Ocorre da Venezuela e Colômbia à Bolívia e Argentina e por todo
Brasil.
Habitats
Paisagens abertas, cerrados.
Hábitos
Voa em pleno dia;
Pousa sobre estacas, periodicamente em bandos quando
saem dos esconderijos à tarde (antes do pôr-do-sol);
Caça sobre as cidades na iluminação urbana e nas
lâmpadas de aeroportos.
Alimentação
Insetos
Reprodução
Não faz ninhos;
Em geral põem os ovos diretamente sobre a terra, areia ou
entre pedras.
Status
Comum.
Outros nomes
Corucão-do-banhado, corujinha.
Fonte: http://www.faunadepelotas.hpg.ig.com.br/avesft114.htm
Características
De colorido variável, marrom ou acinzentado, com peito
negro e íris amarelo intensa;
Possui um “olho mágico”, que corresponde a duas fendas
na pálpebra superior, por onde observa ao redor com os
olhos fechados;
Comprimento: 37 cm;
Envergadura: 85 cm;
Peso: entre 159 e 187 g.
Ocorrência
Ocorre do México à Bolívia, Argentina, Uruguai e por todo
o Brasil.
Habitats
Borda de matas, paisagens com árvores esparsas e cerrados.
Hábitos
Costuma pousar durante o dia na extremidade de um
tronco em posição ereta, imóvel e com a cabeça voltada
para cima. Assim escapa facilmente de ser descoberta.
Alimentação
Insetos.
Reprodução
Um único ovo é posto numa cavidade de árvore e incubado
pelo casal durante 33 dias;
O filhote é alimentado pelos pais, permanecendo 51 dias
no ninho.
Status
Comum.
Outros nomes
Mãe-da-lua, kuá-kuá (Juruma, Mato Grosso), urutavi (Kamaiurá,
Mato Grosso).
Foto: G. Luigi
Características
Espécie grande, lados da cabeça e pescoço amarelos,
como peito anterior, sendo esse tom mais vivo no macho;
Costas e barriga barradas; baixo dorso branco bem visível
no vôo;
32 cm.
Ocorrência
Ocorre do Nordeste do Brasil ao Uruguai, Paraguai, Bolívia
e Argentina;
Também nos campos do baixo Amazonas e no Suriname.
Habitats
Cerrados e campos.
Hábitos
Vive em pequenos bandos em regiões campestres, onde
está entre as aves mais vistosas;
Durante o auge do calor procura a escassa sombra de um
moirão.
Alimentação
Insetos, larvas de cupins retiradas de cupinzeiros terrícola,
e formigas capturadas em troncos de árvores em
decomposição no solo.
Reprodução
Faz cavidades em troncos de árvores, barrancos ou moirões de
cercas.
Status
Comum.
Outros nomes
Chã-chã, pica-pau-de-manga (Minas Gerais).
Fonte: http://ar.geocities.com/pajarosargentinos1/carpincam.htm
Características
Possui plumagem cor de fuligem escura;
Garganta, porção inferior do abdômen e cauda mais
claros;
Comprimento: 11,5 cm.
Ocorrência
Ocorre no Suriname, no norte da Venezuela, Colômbia, Panamá e
da Argentina e Paraguai até o Brasil (Mato Grosso, Rio de Janeiro,
Roraima).
Habitats
Sobrevoa matas e cidades.
Hábitos
De março em diante é migratória;
Pernoita coletivamente em chaminés residenciais (bandos
de até 700 aves).
Alimentação
Insetos.
Reprodução
Nidifica em árvores ocas ou até mesmo em edificações, como
chaminés.
Status
Comum.
Características
Espécie grande;
Cor de fuligem, garganta e abdômen brancos, assim como
as penas da parte inferior da cauda, visível em vôo;
Comprimento: 17,5 cm.
Ocorrência
Ocorre da Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia ao norte
do continente;
No Brasil está presente no Amazonas, Mato Grosso, Rio de
Janeiro e na Região Sul.
Habitats
Habita o campo e a paisagem aberta de cultura.
Hábitos
Tem o costume de pernoitar em tabuais, canaviais,
capinzais altos e em ilhas fluviais.
Alimentação
Insetos.
Reprodução
Costuma aproveitar-se de ninhos de joão-de-barro (Furnarius
rufus) ou qualquer outro tipo de buraco.
Status
Comum.
Outros nomes
Uiriri (Amazonas).
Fonte: http://www.arthurgrosset.com
Características
Possui parte da face e garganta ferrugínea;
Abdômen branco;
Cauda bastante longa, profundamente entalhada e
atravessada por uma faixa branca;
Comprimento: 15,5 cm.
Ocorrência
Visitante setentrional;
Periodicamente em todo o Brasil;
Chega até a Terra do Fogo.
Habitats
Regiões campestres, varjões, fazendas;
Não entra, porém, em cidades como Rio de Janeiro.
Hábitos
Tem o costume de pernoitar em tabuais, canaviais, capinzais altos
e, na Amazônia, sobre arbustos em ilhas fluviais.
Alimentação
Insetos capturados em vôo.
Reprodução
Aninham-se em buracos de vários tipos, fazendo uma cama solta
de capim, folhas e penas.
Status
Comum.
Outros nomes
Andorinha-das-chaminés
Fonte: http://www.aves.be/
Características
Possui asas longas e curtas;
No período reprodutivo, o macho tem o colorido muito
intenso: penas superiores das asas vermelhas e se
destacam em vôo; se vista por trás, o negro é quase
uniforme;
A fêmea é parda, com peito mostrando alguns vestígios de
vermelho;
Possui uma larga faixa acima dos olhos de cor creme;
Comprimento: 17-19 cm.
Ocorrência
Ocorre na maior parte do continente, da Argentina ao Panamá e
em todo Brasil.
Habitats
Campos úmidos de vegetação rasteira e varjão;
Vem apresentando expansão geográfica pelo Brasil em
função do desmatamento nas várias regiões.
Hábitos
Durante sua expansão pelo país, torna-se abundante em pouco
tempo; às vezes porém, escasseia mais tarde ou desaparece de
novo.
Alimentação
Sementes, insetos e brotos de plantas herbáceas.
Reprodução
O ninho é uma cestinha aberta no chão, escondido por baixo do
capim.
Status
Comum.
Outros nomes
Polícia-inglesa-do-norte, papa-arroz (Amapá), puxa-verão, “baieta”
(Marajó), pipira-do-campo (Pará), cheque (Ceará), flamengo (Rio
de Janeiro).
Características
O macho adulto se difere da fêmea por possuir placa
negra na garganta e pela parte superior da cabeça
acinzentada, e bico negro;
A fêmea possui plumagem pardacenta, com faixa clara
acima dos olhos e bico pardo;
Comprimento: 14,8 cm;
Peso: 30 g.
Ocorrência
Por quase todo mundo, e por todo Brasil.
Habitats
Pássaro de cidades.
Hábitos
Movimentam-se sobre os galhos e no solo, pulando. São gregários.
Alimentação
Comem sementes, insetos. Sendo onívoros.
Reprodução
Constroem ninho em qualquer parte de edificações humanas que
ofereçam cavidades ou fendas (geralmente em boa altura).
Status
Comum.
Outros nomes
Pardal-doméstico