Você está na página 1de 138

MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

PATRIMÔNIO

ICA 87-7

CONTROLE, ADMINISTRAÇÃO E
GESTÃO DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO SOB
ADMINISTRAÇÃO DO COMANDO DA
AERONÁUTICA

2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE INFRAESTRUTURA DA AERONÁUTICA

PATRIMÔNIO

ICA 87-7

CONTROLE, ADMINISTRAÇÃO E
GESTÃO DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO SOB
ADMINISTRAÇÃO DO COMANDO DA
AERONÁUTICA

2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE INFRAESTRUTURA DA AERONÁUTICA

PORTARIA DIRINFRA Nº 109/PPDI, DE 22 DE OUTUBRO DE 2023


Protocolo COMAER nº 67120.009469/2023-13

Aprova a reedição da Instrução que


dispõe sobre o “Controle, Administração
e Gestão do Patrimônio Imobiliário sob
Administração do Comando da
Aeronáutica”.

O DIRETOR DE INFRAESTRUTURA DA AERONÁUTICA, no uso de


suas atribuições, previstas nos incisos I do Art. 4º e I do Art. 9º do Regulamento da Diretoria
de Infraestrutura da Aeronáutica, aprovado pela Portaria GABAER nº 572/GC3, de 19 SET
2023, resolve:

Art.1º Aprovar a reedição da ICA 87-7 “Controle, Administração e Gestão do


Patrimônio Imobiliário sob Administração do Comando da Aeronáutica”, que com esta baixa.
Art. 2º Revogar a Portaria DIRINFRA nº 48/ANCN, de 7 MAR 2022,
publicada no BCA nº 075, de 25 ABR 2022.
Art. 3º Esta Instrução entra em vigor em 1º de novembro de 2023.

Maj Brig do Ar César Faria Guimarães


Diretor de Infraestrutura da Aeronáutica
ICA 87-7/2023

SUMÁRIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES......................................................................................8
1.1 FINALIDADE.....................................................................................................................8
1.2 COMPETÊNCIA.................................................................................................................8
1.3 ABREVIATURAS...............................................................................................................8
1.4 CONCEITUAÇÕES............................................................................................................9

2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO, GEODÉSICO E AEROFOTOGRAMÉTRICO


.....................................................................................................................................25
2.1 LEVANTAMENTO AEROFOTOGRAMÉTRICO...........................................................25
2.2 LEVANTAMENTO GEODÉSICO....................................................................................25
2.3 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO...............................................................................25
2.4 LEVANTAMENTO CADASTRAL DE TERRENOS.......................................................25
2.5 LEVANTAMENTO CADASTRAL DE BENFEITORIAS...............................................29
2.6 NUMERAÇÃO DE DESENHOS......................................................................................29
2.7 EXECUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO................................................................................30

3 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS..............................................................................................31
3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS...........................................................................................31
3.2 ESPECIFICAÇÃO DAS AVALIAÇÕES E NÍVEL DE RIGOR......................................31
3.3 COMISSÃO DE AVALIAÇÃO.........................................................................................32
3.4 LAUDO DE AVALIAÇÃO................................................................................................33
3.5 PRAZO DE VALIDADE DA AVALIAÇÃO.....................................................................33
3.6 VISTORIA.........................................................................................................................34

4 INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS....................................................................................35
4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS...........................................................................................35
4.2 COMPRA...........................................................................................................................37
4.3 DESAPROPRIAÇÃO........................................................................................................38
4.4 DOAÇÃO...........................................................................................................................39
4.5 PERMUTA.........................................................................................................................39
4.6 USUCAPIÃO ADMINISTRATIVO..................................................................................40
4.7 TRANSFERÊNCIA DE JURISDIÇÃO.............................................................................41
4.8 INCORPORAÇÃO DE BENFEITORIA...........................................................................41

5 CADASTRO DE IMÓVEIS...............................................................................................43
5.1 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO...............................................................................43
5.2 CADASTRO NO SISOP...................................................................................................43
5.3 CODIFICAÇÃO DE TERRENOS....................................................................................44
5.4 CADASTRO DE TERRENOS..........................................................................................45
5.5 CODIFICAÇÃO DE BENFEITORIAS.............................................................................45
5.6 CADASTRO DE BENFEITORIAS..................................................................................46
5.7 REGISTROS PATRIMONIAIS.........................................................................................47
5.8 CADASTRO DE CONTRATOS DE CESSÃO DE USO.................................................47

6 RESPONSABILIDADES PATRIMONIAL E ADMINISTRATIVA..............................48


6.1 ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE.....................................................................48
6.2 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL.........................................................................48
6.3 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA..................................................................48
ICA 87-7/2023

6.4 PROCEDIMENTOS PARA ATRIBUIÇÃO OU TRANSFERÊNCIA DA RESPONSABI-


LIDADE ADMINISTRATIVA.................................................................................................49
6.5 CONTROLE DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO NAS OM...........................................50
6.6 TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE.............................................................51
6.7 TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA INFRAERO PARA O COMAER 52

7 DEMOLIÇÃO.....................................................................................................................53
7.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS...........................................................................................53
7.2 AUTORIZAÇÃO PARA DEMOLIÇÃO...........................................................................53
7.3 DESABAMENTO OU RUÍNA DE BENFEITORIA........................................................54
7.4 RESTRIÇÕES....................................................................................................................54
7.5 NOTAS FINAIS.................................................................................................................55

8 DESINCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS............................................................................56
8.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS...........................................................................................56
8.2 VENDA..............................................................................................................................57
8.3 PERMUTA.........................................................................................................................58
8.4 DEVOLUÇÃO AO DOADOR..........................................................................................59
8.5 REVERSÃO.......................................................................................................................59
8.6 TRANSFERÊNCIA DE JURISDIÇÃO.............................................................................60

9 UTILIZAÇÃO DE BENS IMÓVEIS DE USO ESPECIAL DA UNIÃO POR


TERCEIROS.............................................................................................................61
9.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................61
9.2 DA CESSÃO DE USO SOB O REGIME DE ARRENDAMENTO.................................62
9.3 DA AUTORIZAÇÃO DE USO.........................................................................................65
9.4 DA PERMISSÃO DE USO...............................................................................................65
9.5 DA CESSÃO DE USO SOB O REGIME DE CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE
USO (CDRU)............................................................................................................................66
9.6 CESSÃO DE USO GRATUITA........................................................................................68

10 EXECUÇÃO PATRIMONIAL........................................................................................70
10.1 ORIENTAÇÕES GERAIS...............................................................................................70
10.2 EXECUÇÃO CONTÁBIL...............................................................................................70
10.3 REGISTROS CONTÁBEIS............................................................................................70
10.4 INDIVIDUALIZAÇÃO DOS IMÓVEIS NO SIAFI......................................................71
10.5 CONTABILIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DOS VALORES DOS BENS IMÓVEIS....71

11 ZONEAMENTO DE IMÓVEIS......................................................................................73
11.1 GENERALIDADES.........................................................................................................73
11.2 COMPETÊNCIA.............................................................................................................73

12 GUARDA, CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS IMÓVEIS............................75


12.1 ATRIBUIÇÕES................................................................................................................75
12.3 LEGISLAÇÃO APLICADA............................................................................................76
12.4 INSPEÇÃO REGULAR..................................................................................................77
12.5 RELATÓRIO SEMESTRAL DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E JUDICIAIS.79

13 DISPOSIÇÕES FINAIS...................................................................................................80
REFERÊNCIAS......................................................................................................................81
Anexo A – Modelo de Carimbo de Plantas...........................................................................88
ICA 87-7/2023

Anexo B – Modelo de Marcos................................................................................................89


Anexo C – Modelo de Placas..................................................................................................90
Anexo D – Incorporação de Imóveis.....................................................................................91
Anexo E – Incorporação de Imóveis (Compra)....................................................................92
Anexo F – Incorporação de Imóveis (Desapropriação).......................................................93
Anexo G – Incorporação de Imóveis (Doação ou Permuta)................................................94
Anexo H – Incorporação de Imóveis (Usucapião Administrativo).....................................95
Anexo I – Incorporação de Imóveis (Transferência de Jurisdição)....................................96
Anexo J – Demolição de Benfeitorias (Fluxograma)............................................................97
Anexo K– Desincorporação de Imóveis................................................................................98
Anexo L – Desincorporação de Imóveis (Venda ou Permuta).............................................99
Anexo M – Desincorporação de Imóveis (Devolução ao Doador ou Reversão à SPU/UF)
...................................................................................................................................100
Anexo N – Desincorporação de Imóveis (Transferência de Jurisdição)...........................101
Anexo O – Transferência de jurisdição de áreas aeroportuárias para a SAC................102
Anexo P – Modelo de Portaria de autorização para desincorporação de imóvel............103
Anexo Q – Modelo de Termo de Incorporação de Benfeitoria.........................................104
Anexo R – Modelo de Termo de Responsabilidade............................................................105
Anexo S – Modelo de Termo de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis
...................................................................................................................................107
Anexo T – Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade...............................109
Anexo U – Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade Administrativa e
Entrega de Próprio Nacional..................................................................................112
Anexo V – Modelo de Termo de Reversão e Recebimento de Próprio Nacional.............115
Anexo W – Modelo do Termo de Vistoria...........................................................................117
Anexo X – Modelo de Declaração de Demolição de Benfeitoria.......................................119
Anexo Y – Modelo de Memorial Descritivo........................................................................120
Anexo Z – Modelo de Autorização de Uso De Imóvel........................................................122
Anexo AA – Modelo de Termo de Cessão de Uso de Bem Imóvel.....................................125
Anexo AB – Modelo de Relatório de Inspeção...................................................................129
Anexo AC – Modelo de Relatório Semestral de Processos Administrativos e Judiciais. 131
Anexo AD – Modelo de Controle de Contratos de Cessão de Uso....................................132
Anexo AE – Modelo de Autorização de Uso a Título Excepcional e Precário.................133
Anexo AF – Modelo de Portaria de Desafetação de imóvel...............................................136
ICA 87-7/2023

PREFÁCIO
A gestão patrimonial é uma atividade complexa e, aliada à necessidade de
promoção de um maior desempenho do pessoal atuante nessa área, tem exigido um
instrumento normativo que reúna a legislação específica desse tema e estabeleça os
procedimentos processuais, amparando as decisões dos agentes da administração responsáveis
pelo patrimônio imobiliário no Comando da Aeronáutica (COMAER).
A administração do patrimônio imobiliário do COMAER têm enfrentado
muitos desafios relacionados à diversificação da legislação regulamentadora, tais como: (i)
Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998; (ii) à Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, que
criou e regulamentou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e deu autorização para
extinguir o Departamento de Aviação Civil (DAC); (iii) o Decreto nº 5.731, de 20 de março de
2006, que definiu a estrutura da ANAC, (iv) as inovações trazidas pela Lei nº 13.319, de 26 de
julho de 2016, Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021 e a Lei n° 14.011, de 10 de junho de
2020.
A primeira edição da ICA 87-7 foi publicada em2017 pela então DIRENG. A
Instrução sofreu duas alterações, processadas em 2019 e 2022, para adequação à
Reestruturação das organizações do COMAER e em busca de compatibilização dos seus
dispositivos com as alterações legais e sistêmicas.
Nesse sentido muitos capítulos sofreram atualizações de conteúdo, visando
melhorar o entendimento dos usuários. Entretanto, outros Capítulos tiveram modificações
significativas, relacionadas a procedimentos a serem adotados, bem como a inclusão de
rotinas quanto à Contabilidade Patrimonial e Zoneamento de Imóveis, consideradas de
relevante importância.
O CAPÍTULO 1, com o título “DISPOSIÇÕES PRELIMINARES”,
apresenta as abreviaturas utilizadas nos Capítulos, bem como as conceituações vigentes e
afins das atividades patrimoniais descritas nesta ICA.
O CAPÍTULO 2 trata do “LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E
GEODÉSICO” e indica as providências relacionadas com essa atividade, proporcionando
conhecimentos indispensáveis à caracterização dos imóveis.
O CAPÍTULO 3 trata da “AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS”, estabelecendo
critérios e definindo a metodologia aplicáveis às avaliações de imóveis.
O CAPÍTULO 4 abrange a “INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS”,
relacionando as modalidades de incorporação de imóveis e providências correlatas. Inclui
também orientações para utilização, pelo COMAER, de imóveis de terceiros, como é o caso
de instalações de equipamentos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB).
O CAPÍTULO 5 aborda o “CADASTRO DE IMÓVEIS”, descrevendo todas
as providências subsequentes à incorporação do imóvel ao acervo patrimonial imóvel do
COMAER, por meio das codificações dos terrenos e das benfeitorias.
O CAPÍTULO 6 define as “RESPONSABILIDADES PATRIMONIAL E
ADMINISTRATIVA”, com enfoque no Regulamento de Administração da Aeronáutica
(RADA), no que se refere à regularização, preservação e guarda dos imóveis sob a
administração e/ou posse do COMAER. Neste Capítulo é abordado, ainda, o problema da
ICA 87-7/2023

ocupação indevida de terrenos e de benfeitorias por terceiros e são indicadas as providências


cabíveis.
O CAPÍTULO 7 aborda a “DEMOLIÇÃO DE BENFEITORIAS” e reúne as
providências, orientações e o nível de competência para a realização dessa atividade.

O CAPÍTULO 8 descreve as principais modalidades de


“DESINCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS” permitidas em lei, bem como as restrições
vigentes. São detalhadas as providências e os níveis de decisão competentes, bem como a
composição dos processos. Sob esse mesmo título, está inclusa a transferência de imóveis sob
a administração COMAER para outras entidades da administração pública federal, onde o
imóvel é definitivamente desvinculado da administração do COMAER, permanecendo sob
titularidade da União.
O CAPÍTULO 9 trata da “UTILIZAÇÃO DE BENS IMÓVEIS DE USO
ESPECIAL DA UNIÃO POR TERCEIROS”, abrangendo as modalidades de uso, por
terceiros, dos imóveis disponíveis, em consonância com a legislação patrimonial aplicável.
O CAPÍTULO 10 trata da “EXECUÇÃO PATRIMONIAL”, descrevendo as
providências compatíveis com as orientações estabelecidas no MCA 172-3 “Instruções à
relativas execução orçamentária, financeira e patrimonial das Unidades Gestoras do Comando
da Aeronáutica”, da Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA).
O CAPÍTULO 11 trata do “ZONEAMENTO DE IMÓVEIS”, indicando as
situações em que são requeridas as definições dos limites administrativos de Organizações
confrontantes, bem como as providências a serem adotadas pelos elos do Sistema.
E, finalmente, o CAPÍTULO 12 trata da “GUARDA, CONSERVAÇÃO E
MANUTENÇÃO DOS IMÓVEIS”, visando à atualização e à adequação das medidas que
deverão ser observadas pelos elos sistêmicos, objetivando a guarda, a manutenção, a proteção
contra invasões e as depredações dos imóveis administrados pelo COMAER ou sob sua posse.
Nesta ICA são encontrados, por exemplo, fluxogramas para orientar as
atividades e modelos de fichas e de contratos, além de outros elementos normalmente
utilizados pelos elos do Sistema de Patrimônio do Comando da Aeronáutica (SISPAT).
É oportuno registrar que a DIRINFRA está empreendendo esforços para
atualizar o SISOP, de modo a automatizar o processo de gerenciamento do SISPAT,
integrando o ciclo de vida dos imóveis.
No intuito de aprimorar os procedimentos, a DIRINFRA, após reestruturação
interna, revisou conceitos e tramitações apresentados nesta ICA, por meio da Subdiretoria de
Patrimônio, em busca da adequação dos procedimentos com a legislação vigente.
Na busca do aprimoramento contínuo do Sistema de Patrimônio do COMAER,
a DIRINFRA estimula os usuários a proporem sugestões, encaminhando-as, via Cadeia de
Comando, à sua Subdiretoria de Patrimônio.
8/137 ICA 87-7/2023

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

A presente publicação tem por finalidade orientar as atividades do Sistema de


Patrimônio do Comando da Aeronáutica (SISPAT).

1.2 COMPETÊNCIA

A elaboração da presente ICA é da competência da Diretoria de Infraestrutura


da Aeronáutica, que é o Órgão Central do SISPAT.

1.3 ABREVIATURAS

Além das abreviaturas já consagradas no âmbito do COMAER e constantes do


Manual de Abreviaturas, Siglas e Símbolos da Aeronáutica – MCA 10-3, são utilizadas nesta
ICA, ainda, as seguintes:
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AGU Advocacia-Geral da União
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
ART Anotação de Responsabilidade Técnica
CAU Conselho de Arquitetura e Urbanismo
CBA Código Brasileiro de Aeronáutica
CCB Código Civil Brasileiro
CF Constituição Federal
CJU/UF Consultoria Jurídica da União nos Estados
CND Certidão Negativa de Débitos
CONFEA Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
CPC Código de Processo Civil
CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
DIRINFRA Diretoria de Infraestrutura da Aeronáutica
DOU Diário Oficial da União
GEAPN Gerência de Área de Próprios Nacionais
GTIP Grupo de Trabalho Interministerial Permanente
IBGE Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
INSS Instituto Nacional de Seguridade Social
IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
IPTU Imposto Predial Territorial Urbano
ITR Imposto de Transmissão
MD Ministério da Defesa
MINFRA Ministério da Infraestrutura
MMA Ministério do Meio Ambiente
ME Ministério da Economia
NBR Norma Brasileira
NUP Número Único de Protocolo
OCSPA Órgão Central do Sistema de Patrimônio da Aeronáutica
PGFN Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
ICA 87-7/2023 9/137

RGI Registro Geral de Imóveis


RIP Registro Imobiliário Patrimonial
RRT Registro de Responsabilidade Técnica
SAC Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Portos e
Aeroportos
SDP Subdiretoria de Patrimônio da Diretoria de Infraestrutura da
Aeronáutica
SERINFRA Serviço Regional de Infraestrutura
SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
SISOP Sistema de Obras e Patrimônio da Aeronáutica
SISPAT Sistema de Patrimônio do Comando da Aeronáutica
SPAT Seção de Patrimônio
SPIUnet Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União
SPU Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União
SPUnet Sistema de Gestão Integrada dos Imóveis Públicos Federais
SPU/UF Superintendência Estadual do Patrimônio da União
UF Unidade da Federação
UG Unidade Gestora
UG CRED Unidade Gestora Credora
UG EXEC Unidade Gestora Executora
UG EXEC PARCIAL (tipo 2) Unidade Gestora Executora de contas contábeis de
classe patrimonial

1.4 CONCEITUAÇÕES

1.4.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

É o conjunto de órgãos do Estado encarregado de exercer, em benefício do bem


comum, funções previstas na Constituição e nas leis.

1.4.1.1 Administração Direta

A Administração Direta constitui-se dos órgãos integrantes da estrutura


administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

1.4.1.2 Administração Indireta

A Administração Indireta constitui-se na descentralização das atividades


administrativas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para outros entes públicos
dotados de personalidade jurídica própria, criados para sua execução e exploração.
Compreende as seguintes categorias de entidades: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas
Públicas e Sociedades de Economia Mista. Prestam serviços públicos ou exercem atividades
econômicas de interesse público.

1.4.2 AEROCLUBE

É uma sociedade com patrimônio e administração próprios, com serviços locais


e regionais, cujos objetivos principais são o ensino e a prática da aviação civil, de turismo e
desportiva em todas as suas modalidades, podendo cumprir missões de emergência ou de
notório interesse da coletividade. Uma vez autorizados a funcionar, são considerados de
utilidade pública. De conformidade com o art. 8º, Inc. XXXII da Lei nº 11.182, de 27 de
10/137 ICA 87-7/2023

setembro de 2005, que cria a ANAC, é da competência dessa Agência regular, fiscalizar e
autorizar os serviços aéreos prestados por aeroclubes, escolas e cursos de aviação civil.

1.4.3 AERÓDROMO

É uma área delimitada em terra ou na água destinada, no todo ou em parte, para


pouso, decolagem e movimentação em superfície de aeronaves; inclui quaisquer edificações,
instalações e equipamentos de apoio e de controle das operações aéreas, se existirem. Quando
destinado exclusivamente a helicópteros, recebe a denominação de heliporto.

1.4.4 AERÓDROMO COMPARTILHADO

Aeródromo sede de unidade aérea militar, que compartilha sua infraestrutura


com aeródromo civil, ocorrendo operações aéreas militares e civis de transporte aéreo de
passageiros e carga.

1.4.5 AEROPORTO

Aeródromo público dotado de edificações, instalações e equipamentos para


apoio às operações de aeronaves e de processamento de pessoas e/ou cargas. Quando
destinado exclusivamente a helicópteros, recebe denominação de heliporto.

1.4.6 AFETAÇÃO

É o ato ou fato pelo qual se consagra um bem à produção efetiva de utilidade


(destinação) pública. Pela afetação incorpora-se um bem imóvel, ao uso e gozo da
comunidade. Ela possibilita que o bem passe da categoria de bem de domínio privado do
Estado para bem de domínio público, ou seja, bens sem destinação pública passam a ser de
uso comum do povo ou de uso especial.

1.4.7 AFORAMENTO, ENFITEUSE OU APRAZAMENTO

É a relação jurídica por via da qual o senhorio direto (o proprietário) autoriza


outrem (o foreiro) usar, gozar e dispor do terreno, com certas restrições e obrigações, dentre
estas a de pagamento de pensão anual denominada foro.

É um direito real onde o senhorio é o titular do domínio direto e o foreiro do


domínio útil. O somatório dos domínios direto e útil constitui o domínio pleno, no qual se
acham reunidos todos os atributos da propriedade.

No aforamento, enfiteuse ou aprazamento ocorre o desdobramento dos direitos


reais que constituem o domínio pleno sobre o terreno, nos aspectos de domínio direto e
domínio útil, onde o detentor do domínio direto mantém o direito de propriedade, porém é
privado do uso, gozo e disposição do terreno.

O aforamento é a alienação do domínio útil do imóvel, pela importância


equivalente a 83% do valor do terreno, indicado em laudo de avaliação. Na eventualidade da
existência de benfeitorias de propriedade da União, 100% de seu valor deve ser especificado
no referido laudo, para fins de alienação.
ICA 87-7/2023 11/137

1.4.8 ALIENAÇÃO

É o ato contratual, a título gratuito ou oneroso, pelo qual alguém transfere a


outrem a propriedade de um bem ou um direito de que é titular. De acordo com a Lei nº
9.636/98, as modalidades de alienação são a venda, a permuta e a doação.

1.4.9 AQUISIÇÃO

É o ato jurídico em que se funda a transmissão da propriedade de um bem ou


de um direito, pelo qual a pessoa física ou jurídica se transforma em proprietário do bem ou
titular do direito.

1.4.10 ÁREA

Medida de uma superfície, em metro quadrado ou hectare. Para as edificações


são caracterizadas as seguintes áreas:
a) área coberta real - é a área de quaisquer dependências cobertas, incluídas as
superfícies das projeções de paredes, de pilares e demais elementos
Construtivos;
b) área útil - é aquela que representa apenas a área aproveitada e de uso
exclusivo de cada morador - área interna descontada as paredes;
c) área construída - é área total coberta de uma edificação, o que inclui a área
de projeção do telhado da edificação. Corresponde à área total do imóvel,
submetida quando for o caso, à aplicação de redutores previstos nas Normas
da ABNT.

1.4.11 ÁREAS ESPECIAIS

Áreas aeroportuárias onde se encontram instalados os Destacamentos de


Controle do Espaço Aéreo - DTCEA, radares e demais equipamentos de auxílios à navegação
e que não podem ser utilizadas por terceiros sem prévia anuência do Comando da
Aeronáutica, cabendo a este definir as condições para o uso das referidas áreas, por
intermédio do Departamento de Controle do Espaço Áereo - DECEA. São identificadas e
classificadas conforme o disposto na Portaria Conjunta nº 6, de 5 de dezembro de 2018, e seu
respectivo anexo, atualizado pelo DECEA, de acordo com a necessidade.

1.4.12 ÁREA MILITAR

São áreas da União que estão sob a administração das Forças Armadas, tendo
como destinação precípua o atendimento às necessidades de instalação de Organizações
Militares e a execução de exercícios, instruções e quaisquer outras demandas ligadas ao uso
exclusivo das Forças Armadas.

1.4.13 ATIVIDADE PATRIMONIAL

É toda ação exercida, tanto pelo Órgão Central do Sistema de Patrimônio


Imobiliário do Comando da Aeronáutica, como pelos Elos do Sistema, visando ao
cadastramento e aos demais atos necessários ao completo controle e gerenciamento dos
imóveis da União sob a administração do COMAER.
12/137 ICA 87-7/2023

1.4.14 AVALIAÇÃO

Determinação técnica do valor de um imóvel, considerando terreno e


benfeitorias.

1.4.15 BENFEITORIAS

São construções de valor, incorporadas pelo homem permanentemente ao solo,


de modo que não se possa retirá-las sem destruição, modificação, fratura ou dano.

1.4.15.1 Toda benfeitoria deve constar do Plano Diretor da OM, com os dados básicos que a
identifiquem.

1.4.15.2 Para efeito desta ICA, não são considerados como benfeitorias, desde que não
tombados:
a) muros e cercas internas;
b) mastros e portões;
c) áreas cobertas destinadas a abrigar, por tempo determinado, material em
trânsito;
d) jardins, canteiros, gramados e calçadas; construções rústicas, pistas de
atletismo e outras, que tenham como finalidade o apoio à instrução, aos
esportes ou aos serviços; e
e) instalações de pequeno vulto, com área coberta inferior a 1m².

1.4.16 BENS IMÓVEIS

Diz-se daqueles que não podem ser removidos sem destruição, alteração ou
perda de sua forma ou substância. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar,
natural ou artificialmente. Para fins notariais, imóvel é aquele objeto de uma matrícula, sendo
o registro imprescindível para o pleno exercício da propriedade.

1.4.16.1 Bens Imóveis da União

São os elencados no art. 20 da Constituição Federal.

1.4.16.2 Bens Públicos

São todos aqueles cujo titular é Pessoa Jurídica de Direito Público interno (a
União, os Estados e os Municípios). Dividem-se em:
a) de uso comum do povo, tais como os mares, rios, estradas, ruas e praças;
b) de uso especial, tais como os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual ou municipal, inclusive
os de suas autarquias; e
c) dominiais ou dominicais, os que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada
uma dessas entidades.
ICA 87-7/2023 13/137

Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis,


enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar; já os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

1.4.16.3 Bens administrados pelo COMAER

São aqueles colocados sob a tutela do COMAER, mediante Termo de Entrega


lavrado pelas SPU/UF, escritura de compra e venda, escritura de doação, carta de aforamento
ou outros documentos equivalentes, visando atender necessidades específicas, conforme
legislação que dispõe sobre o assunto.

1.4.17 CADASTRO

Sistemática de procedimentos padronizados para a inclusão, mediante registro,


e controle administrativo dos bens imóveis utilizados pelo COMAER.

1.4.18 CESSÃO DE USO

É a transferência da posse de um bem público de uma entidade ou órgão, para


outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no termo respectivo,
por tempo certo e determinado.

1.4.19 COMODATO

O Contrato de COMODATO é regido pelo CCB. É um contrato unilateral em


que apenas o COMODATÁRIO tem obrigações legais, a título gratuito, pelo qual alguém
entrega a outrem coisa (imóvel) não fungível, para ser usada temporariamente e depois
restituída.

A União, na condição de COMODATÁRIA, por não estar isenta de tributos


(IPTU/taxas de conservação e de iluminação pública, etc.) incidentes sobre o imóvel do
particular cedido por COMODATO, é responsável pelo pagamento dos mesmos.

1.4.20 CONTABILIDADE PATRIMONIAL DE IMÓVEIS

São os registros contábeis dos atos administrativos inerentes à execução


patrimonial de imóvel administrado pelo COMAER, compreendendo: as incorporações, as
desincorporações, as baixas, as transferências e as reavaliações dos bens imóveis.

1.4.21 DECRETO DECLARATÓRIO DE UTILIDADE PÚBLICA

É o decreto que afeta determinado imóvel com a utilidade pública reconhecida


administrativamente. Ato administrativo como pressuposto legal para que possa ser ajuizada
uma Ação de Desapropriação.

1.4.22 DEMOLIÇÃO DE BENFEITORIA

É o ato de desfazer-se de uma benfeitoria, mediante autorização do Diretor da


DIRINFRA.
14/137 ICA 87-7/2023

1.4.23 DESAFETAÇÃO

É o fenômeno jurídico por força do qual se processa a regressão ou a


eliminação da categoria do bem público, com mudança de sua destinação. Em situações
excepcionais, desde que inspirada na vontade da lei, é possível um bem público de uso
comum sofrer desafetação, com alteração de sua destinação.

1.4.24 DESAPROPRIAÇÃO

É o procedimento administrativo pelo qual o Poder Público ou seus delegados,


mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social,
impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o em seu patrimônio por justa e prévia
indenização. A desapropriação por utilidade pública é regulada pelo Decreto-Lei nº 3.365, de
21 de junho de 1941.

1.4.25 DESESTATIZAÇÃO DE ATIVOS

É o projeto de estruturação que envolve a transferência de ativos imobiliários


públicos para a iniciativa privada, por meio de alienação direta mediante venda ou permuta,
concessão de direito real de uso ou qualquer outro meio admitido em lei.

1.4.26 DESMEMBRAMENTO

É a subdivisão total ou parcial de uma gleba em lotes destinados à edificação,


com aproveitamento do sistema viário existente, sem implicar na abertura ou modificação de
vias e logradouros públicos. Essa modalidade de parcelamento do solo não exige a destinação
de área da gleba ao poder público e a matrícula do imóvel no RGI pode originar tantas
matrículas quantas forem os lotes em que o imóvel tenha sido dividido.

1.4.27 DETENÇÃO

É o ato de conservar a posse em nome de outro e em cumprimento às suas


ordens e instruções, nos termos do art. 1.198 do Código Civil – Lei 10.406/02.

1.4.28 DEVOLUÇÃO

É o ato de devolver o imóvel ao doador, quando previsto nas cláusulas do


Contrato de Doação com Encargos.

1.4.29 DOAÇÃO

Doação é o ato pelo qual uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu
patrimônio bens ou vantagens para o de outra. A doação à União pode ser com encargos ou
sem encargos:
a) doação com encargos: se dá quando uma pessoa (doador) outorga
voluntariamente um bem ou vantagem pertencente ao seu patrimônio, para o
patrimônio de outra pessoa (donatário), estabelecendo alguma condição que
deverá ser cumprida por esta, sob pena de a doação ser revogada (art. 562,
da Lei n. 10.406/02 - Código Civil). No caso de se tratar de bem imóvel da
União, a doação está condicionada ao cumprimento de alguma finalidade,
pelo donatário, dentro de determinado prazo, sob pena de o imóvel ser
ICA 87-7/2023 15/137

automaticamente revertido ao patrimônio da União (Previsão legal: art. 31,


§§1º e 2º, da Lei nº 9.636/98); e
b) doação sem encargos: se dá quando uma pessoa (doador) outorga
voluntariamente um bem ou vantagem pertencente ao seu patrimônio para o
patrimônio de outra pessoa (donatário) sem o estabelecimento de qualquer
condição.

1.4.30 DOMÍNIO

É o direito, dentre outros, que faculta ao dono, senhorio ou proprietário de


imóvel, o ato de protegê-lo contra qualquer ação de terceiros.

1.4.30.1 Domínio Pleno

É aquele em que o proprietário do imóvel reúne em seu poder, todos os direitos


reais sobre o imóvel (uso, gozo e disposição). Quando o imóvel (terreno) é objeto de
aforamento, o domínio pleno se divide em domínio direto e domínio útil.

1.4.30.2 Domínio Direto

Indica o direito de propriedade que é conservado sobre o terreno pela União,


correspondendo a 17% (dezessete por cento) do valor do Domínio Pleno.

1.4.30.3 Domínio Útil

Direito atribuído ao enfiteuta (foreiro) em relação ao terreno da União. No


aforamento, o que se vende ou transpassa é o domínio útil do terreno (83% do domínio
pleno). As transferências só se tornam efetivas com a permissão do senhorio do domínio
direto, que para isso cobra uma taxa fixa, a título de laudêmio. No caso de ser a União o
senhorio, a taxa é de 5% calculada na forma do domínio pleno. Nos demais casos, a taxa é a
que consta do contrato do aforamento.

Na aquisição ou desapropriação pela União de terreno pela mesma aforado, são


deduzidas aquelas importâncias se ao imóvel for dado o valor do domínio pleno, o que é
comum (ou quase geral) nesses casos.

1.4.31 ENTREGA DO IMÓVEL

É o ato administrativo mediante o qual o órgão central do patrimônio da União


transfere a administração de determinado imóvel sob seu domínio para a administração de
outro órgão público federal, mediante termo competente.

1.4.32 ESBULHO

É uma violação por meio do qual alguém é privado do seu direito e posse
(parcial ou total) de quaisquer bens, ou violentamente afastado do seu exercício. Neste caso
há perda da posse, seja total, seja parcial, e a ação cabível é a de reintegração de posse.

1.4.33 FORO

É o valor pago, anualmente, pelo titular do domínio útil (enfiteuta ou foreiro)


ao titular do domínio direto (senhorio). Nos casos dos imóveis aforados pela União, o valor
16/137 ICA 87-7/2023

do foro corresponde a 0,6% (seis décimos por cento) do valor atribuído ao domínio pleno, o
qual é atualizado anualmente.

1.4.34 FRAÇÃO IDEAL

Parcela do terreno correspondente a cada uma das unidades autônomas de um


Condomínio.

1.4.35 FRENTE

Fachada de um edifício; lado de um terreno que limita com a rua; o mesmo que
testada.

1.4.36 IMISSÃO NA POSSE DE UM IMÓVEL

É a transferência da posse de um bem imóvel de um detentor para outro.


Quando a imissão na posse de um bem imóvel expropriado para o promotor da
desapropriação ocorrer no início da lide (ação), denomina-se imissão provisória na posse.

1.4.37 IMÓVEL COMPARTILHADO

Expressão usada pelo Sistema de Patrimônio Imobiliário do COMAER para


caracterizar imóvel sob a responsabilidade patrimonial de um SERINFRA, utilizado por mais
de uma OM, outro Órgão da Administração e/ou Concessionárias, com delimitação de
responsabilidade administrativa por meio de Zoneamento Administrativo / Civil-Militar

1.4.38 IMÓVEL DE USO ESPECIAL DA UNIÃO

São os imóveis da União (Administração Pública Federal Direta), utilizados


pelo serviço público na esfera federal, estadual ou municipal, tanto quanto por outros órgãos e
entidades, pessoas físicas ou jurídicas, a critério da conveniência e oportunidade
administrativa da SPU.

1.4.39 LAUDÊMIO

É o valor pago pelo enfiteuta ao titular do domínio direto, no ato da venda do


domínio útil. Nos casos de imóveis aforados pela União, o valor do laudêmio corresponde a
5% (cinco por cento) do valor atribuído ao domínio pleno do terreno e das benfeitorias nele
existentes, quando o senhorio direto for a União, e a 2,5% (dois e meio por cento) nos outros
casos, se outro valor não estiver fixado no título de aforamento. O laudêmio tem cabimento
apenas nas cessões onerosas, tornando-se exigível somente nas transferências que comportam
o exercício do direito de opção do senhorio direto, em face de ser uma compensação a sua
desistência de exercer o direito de preferência.

1.4.40 LEGALIZAÇÃO

Ver item 1.4.70 - SITUAÇÃO PATRIMONIAL.

1.4.41 LEGÍTIMA DEFESA

É a faculdade outorgada pela lei para defender a posse, usando moderadamente


dos meios necessários, em face de uma agressão injusta, atual e iminente.
ICA 87-7/2023 17/137

1.4.42 LEVANTAMENTO CADASTRAL

Medições, levantamentos, locações e reambulações das características dos


imóveis, utilizando topografia, geodésia ou aerofotogrametria, visando produzir plantas
cadastrais para todos os fins que se fizerem necessários.

1.4.43 MARCO

É a materialização artificial de pontos no terreno, cujas coordenadas são


georreferenciadas. Pode ser de concreto, granito, ferro, material sintético e outros.

1.4.44 OCUPAÇÃO INDEVIDA

É o ato pelo qual uma pessoa física ou jurídica, sem amparo legal, ocupa
imóvel, sob a responsabilidade do COMAER, de forma efetiva, material e contínua.

1.4.45 OPERADOR DE AERÓDROMO

Também denominado explorador de infraestrutura aeroportuária, significa toda


pessoa natural ou jurídica que administre, explore, mantenha e preste serviços em aeródromo
de uso público ou privado, próprio ou não, com ou sem fins lucrativos.

1.4.46 ORGANIZAÇÃO MILITAR RESPONSÁVEL

É aquela Unidade Administrativa - UA cujo Agente Diretor exerce a


responsabilidade patrimonial e/ou administrativa por terreno e/ou benfeitoria.

1.4.47 PATRIMÔNIO AEROPORTUÁRIO

Áreas aeroportuárias que, enquanto mantida sua destinação específica,


constituem universalidades, equiparadas a bens públicos federais, embora não tenha,
necessariamente, a União a propriedade de todos os imóveis em que se situam.

Os Estados, Municípios, entidades da administração indireta ou particulares


podem contribuir com imóveis ou bens para a construção de aeroportos, mediante a
constituição de patrimônio autônomo que é considerado como universalidade.

Nesses casos, quando a União vier a desativar o aeroporto por se tornar


desnecessário, o uso desses bens é restituído ao proprietário.

1.4.48 PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO DO COMAER

É o conjunto de bens imóveis da União, terrenos e benfeitorias, no país ou no


exterior, sob a responsabilidade do COMAER, bem como aqueles de terceiros sob a posse e
em uso pelo COMAER.

1.4.49 PERÍMETRO

É a demarcação que circunda toda a área, podendo compreender vários


terrenos, lotes ou glebas.

1.4.50 PLANO DIRETOR


18/137 ICA 87-7/2023

É o documento que apresenta um conjunto de diretrizes que orienta a


implantação, o desenvolvimento e a expansão de uma Organização, de maneira ordenada,
orientando a aplicação de investimentos (ICA 85-1).

1.4.51 POSSE

É o uso e gozo do imóvel, em razão de sua ocupação. A posse e a propriedade


não se confundem.

1.4.51.1 Posse de Boa-fé

É aquela cujo possuidor a exerce na crença e na certeza de que é o proprietário


da coisa, uma vez que desconhece qualquer vício ou obstáculo que impede a aquisição da
coisa.

É uma situação em que a ignorância do possuidor o absolve das prejudiciais


consequências da má-fé.

1.4.51.2 Posse de Má-fé

É aquela cujo possuidor conhece a existência de um vício e nela, entretanto, se


conserva. Posse adquirida mediante violência, clandestinidade ou precariedade.

1.4.52 PROPRIEDADE

É o direito ao uso, gozo e disposição do bem que reconhecidamente pertence


ao seu titular, que, em virtude desse direito, pode reavê-lo de quem injustamente o possua.

A propriedade do bem imóvel somente se efetiva quando o título aquisitivo


(escritura de compra e venda, escritura de doação, carta de aforamento etc.) é registrado no
RGI da Circunscrição do imóvel.

1.4.53 PRÓPRIO NACIONAL

Entende-se por Próprio Nacional o imóvel de domínio da União utilizado em


serviço público federal, para instalação de Órgãos vinculados à Administração Pública
Federal, direta ou indireta.

1.4.54 PRÓPRIO NACIONAL RESIDENCIAL - PNR

Benfeitoria de natureza residencial definida e classificada exclusivamente para


servir de moradia aos agentes da administração e particularizada, para efeito de cadastramento
no Sistema de Patrimônio Imobiliário do COMAER, conforme se observa no capítulo
específico desta ICA.

1.4.55 PROVENIÊNCIA DO DOMÍNIO

É a identificação da forma (origem e título aquisitivo) segundo a qual um


imóvel passa para a administração do COMAER, se por compra, desapropriação, doação,
permuta ou transferência de jurisdição.

1.4.56 REDE GEODÉSICA


ICA 87-7/2023 19/137

Conjunto de informações planimétricas e altimétricas, referentes às estações do


Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), usadas para referência em atividades de
posicionamento.

1.4.57 REGISTRO

Diz-se do lançamento, da inscrição ou da transcrição, integral ou por extrato,


em livro ou ficha apropriada, de certos fatos ou atos escritos, escrituras, títulos e documentos
em geral. Registram-se os dados necessários ao controle cadastral.

1.4.58 REMEMBRAMENTO

Também denominada fusão ou unificação, consiste na junção de dois ou mais


imóveis contíguos e pertencentes ao mesmo proprietário, formando um único imóvel, com
nova denominação e matrícula, conforme previsto nos art. 234 e 235 da Lei nº 6.015, de 1973.

Como consequência, também é lavrado pelo Órgão competente do patrimônio


da União o correspondente Termo de Entrega do Imóvel.

1.4.59 REMISSÃO DO FORO

A remissão do foro é o ato de que se assegura o enfiteuta para reunir, resgatar,


pagar ou liberar o imóvel da restrição que lhe pesa, para consolidar o domínio, tornando-o
alodial, isto é, sem qualquer encargo ou ônus. Remido o foro, o domínio direto vem ligar-se
ao domínio útil, que era do enfiteuta, para se tornar exclusivo do senhor e possuidor do bem.

A remissão do foro é feita após o pagamento correspondente a 17% do valor do


domínio pleno do terreno (vinte foros anuais de 0,6% e mais um laudêmio de 5%).

1.4.60 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

É a responsabilidade decorrente do cargo, função ou situação que ocupa o


Agente da Administração no exercício da gestão da coisa pública.

Diz respeito às medidas necessárias para garantir a guarda, a conservação e a


manutenção em boas condições de uso, bem como manter atualizado o cadastro no SISOP,
dos bens da União que lhes são atribuídos pelo responsável patrimonial, além de prover o
apoio necessário nos atos inerentes à legalização, regularização e demais providências. A
responsabilidade administrativa é intrínseca ao Agente Diretor da OM.

1.4.61 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL

Diz respeito ao encargo atribuído ao Agente da Administração (DIRINFRA /


SERINFRA) para que promova a gestão dos bens imóveis de sua competência, que
compreende a prática dos atos inerentes à legalização, regularização, cadastro, controle
contábil, gerenciamento das informações referentes aos tombos sob sua Jurisdição e todas as
demais providências necessárias à perfeita administração do bem imóvel da União.

1.4.62 REVERSÃO

Ato de fazer retornar à administração da SPU imóvel sob a responsabilidade do


COMAER.
20/137 ICA 87-7/2023

1.4.63 REZONEAMENTO

É a revisão da definição dos limites internos de um imóvel compartilhado que


já tenha sido objeto de um zoneamento.

1.4.64 SHAPEFILE

Formato de arquivo contendo dados geoespaciais em forma de vetor para


armazenar a posição, a forma e os atributos de feições geográficas, usado por Sistemas de
Informações Geográficas, também conhecidos como SIG.

1.4.65 SISTEMA DE PATRIMÔNIO DO COMAER

Parcela do complexo administrativo do COMAER, estruturado de forma


sistêmica pela Portaria nº 674/GC3, de 05 de maio de 2014, ou a
que vier a substituí-la, com a finalidade de normatizar, coordenar, controlar e executar as
atividades relacionadas com o patrimônio imobiliário sob a responsabilidade do COMAER.

1.4.66 SISTEMA SIAFI

O SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e


controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal, gerenciado e
atualizado pelo Responsável Patrimonial.

1.4.67 SISTEMA SPIUNET

É o sistema que gerencia os imóveis de uso especial da União, interligado ao


SIAFI, de acesso restrito a usuários habilitados.

1.4.68 SISTEMA SPUnet

É o sistema da SPU, cujo objetivo é unificar as duas principais bases de dados


cadastrais dos imóveis públicos pertencentes ou utilizados pela União, autarquias e fundações
públicas federais, em um banco de dados geoespaciais.

1.4.69 SÍTIO AEROPORTUÁRIO

Toda a área patrimonial do aeródromo.

1.4.70 SITUAÇÃO PATRIMONIAL

É a caracterização imposta a um imóvel (terreno) cadastrado, e que se enquadra


em uma das situações abaixo:
a) não legalizada – aquele cuja proveniência do domínio, em ato jurídico, não
está perfeita e acabada; o COMAER tem a posse, mas o título aquisitivo
transcrito no RGI não está em nome da União, ou ainda não existe;
b) legalizada – aquele cujo título aquisitivo está transcrito no RGI em nome da
União, sem entrega formal da SPU ao COMAER;
c) regularizada – aquele cuja proveniência do domínio ou ato jurídico está
perfeito e acabado, e sua entrega foi formalizada em Termo de Entrega
expedido pela SPU/UF; e
ICA 87-7/2023 21/137

d) particular – propriedade de terceiros utilizada pelo COMAER, com


formalização por ato jurídico não averbado à matrícula, não cabendo a
lavratura de Termo de Entrega pela SPU/UF. São considerados com situação
patrimonial particular os imóveis que porventura possuam termo de entrega
sem o devido registro em nome da União.
– As benfeitorias incorporadas ao imóvel particular são, também,
cadastradas no SISOP.

1.4.70.1 A situação patrimonial regularizada não impede que o imóvel possua ônus e/ou
gravames.

1.4.71 TERMO DE ENTREGA

É o documento administrativo mediante o qual a SPU regulariza a transferência


de jurisdição de um próprio nacional a determinado Órgão Público Federal, para uma
destinação específica. A entrega do imóvel à administração do COMAER fica sujeita à
confirmação 02 (dois) anos após a assinatura do mesmo, cabendo à SPU ratificá-la, desde que,
nesse período, tenha o imóvel sido devidamente utilizado no fim para que fora entregue.

1.4.72 TERRAS DEVOLUTAS

São as que não estão destinadas a qualquer uso público, nem legitimamente
integradas ao patrimônio particular.

1.4.73 TÍTULO AQUISITIVO

É o documento que formaliza a aquisição de um imóvel: Escritura de Doação,


Escritura de Compra e Venda ou Carta de Adjudicação.

1.4.74 TOMBAMENTO DE BEM HISTÓRICO E CULTURAL DO COMAER

O tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público com o


objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural,
arquitetônico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou
descaracterizados. O tombamento limita o exercício, mas não impede o uso, fruição ou
alienação do bem.

1.4.75 TOMBO

É o cadastro de um bem imóvel sob a administração ou posse do COMAER,


sendo identificado por um código alfanumérico. Tem relação direta com o documento
(Decreto, Matrícula, Transcrição, Contrato, etc) que ampara a utilização do imóvel pelo
COMAER.

1.4.76 TRANSFERÊNCIA DE JURISDIÇÃO

Dá-se a transferência de jurisdição de um imóvel quando o mesmo é


desvinculado da administração de um Órgão Público Federal e entregue pela SPU/UF a outro
Órgão Público Federal.

1.4.77 TRIBUTO
22/137 ICA 87-7/2023

Tributo é toda prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa


exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

Os tributos são: impostos; taxas e contribuições de melhoria. É vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre o
patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros. É estendida essa imunidade em favor das
autarquias, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

1.4.77.1 Impostos

São os tributos cujas obrigações têm por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

1.4.77.2 Taxas

Cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios,
no âmbito de suas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia,
ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível prestado ao
contribuinte, ou posto à sua disposição.

1.4.77.3 Contribuição de melhoria

Cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, e instituída para fazer face ao custo de obras
públicas das quais decorra valorização imobiliária; tem como limite total a despesa realizada e
como limite individual o acréscimo de valor resultante para cada beneficiário.

1.4.78 TURBAÇÃO

É o fato impeditivo do livre uso da posse, ou que venha dificultar ou obstruir o


seu exercício, bem como todo ato que, em relação ao imóvel, é executado contra a vontade do
possuidor.

A turbação, diferentemente do esbulho, é uma perturbação à posse sem a perda


dela. Para exemplificar, podemos citar a utilização das terras de um fazendeiro por um
vizinho, a fim de fazer pasto ao gado deste segundo. Há uma perturbação, inclusive com a
possibilidade de indenização, mas não a perda da posse. A ação cabível contra a turbação é a
Manutenção da Posse.

1.4.79 UNIDADE GESTORA – UG

É a Unidade Administrativa investida do poder de gerir recursos.

1.4.79.1 Unidade Gestora Executora – UG EXEC

É a Unidade Administrativa encarregada por atos legais, de gerência de


patrimônio ou de recursos creditícios ou financeiros a ela especificamente atribuída, no todo
ou em parte, cujos atos e fatos devem ser registrados no SIAFI. A UG EXEC poderá apoiar
outra(s) UG CRED(s) efetuando, obrigatoriamente, os lançamentos no SIAFI.
ICA 87-7/2023 23/137

1.4.79.2 Unidade Gestora Credora – UG CRED

É a Unidade Administrativa que gerencia recursos creditícios e financeiros, no


todo ou em parte, mas que não executam os seus lançamentos e não possuem saldos contábeis
no SIAFI, dependendo de apoio de uma UG EXEC, para registro das execuções
orçamentárias, financeiras e patrimoniais.

1.4.79.3 Unidade Gestora Executora de Contas Contábeis de Classe Patrimonial – UG EXEC


PARCIAL (tipo 2)

É a Unidade Administrativa responsável pela execução patrimonial de contas


contábeis de classe patrimonial, em função da relevância da quantidade de itens estocados
específicos e das movimentações dos bens. No âmbito do SISPAT, refere-se aos SERINFRA
que administram saldos contábeis no SPIUnet/SIAFI referentes aos bens imóveis do
COMAER.

1.4.80 USUCAPIÃO

É a aquisição do domínio, sob a forma de cadastro, de um imóvel, pela posse


contínua e sem oposição, durante o tempo fixado em lei:
a) especial urbano (cinco anos), independentemente de título ou boa fé. Área
urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, cujo ocupante a
possua como sua, utilizando-a para sua moradia ou de sua família durante
cinco anos, desde que não proprietário de outro imóvel urbano ou rural;
b) especial rural (cinco anos) - independentemente de título ou boa fé. Área
rural de até cinquenta hectares cujo ocupante a possua como sua, tornando-a
produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia por
cinco anos, desde que não seja proprietário de outro imóvel rural ou urbano;
c) ordinário urbano ou rural (dez ou quinze anos) - independentemente de justo
título ou boa-fé. Por dez anos entre presentes ou quinze entre ausentes, cujas
áreas sejam superiores às citadas nos casos especiais. Reputam-se presentes
os moradores no mesmo município e ausentes os que habitam municípios
diversos; e
d) extraordinário urbano ou rural (vinte anos) - independentemente de justo
título ou boa fé. A área não deverá ser superior às citadas nos casos
especiais.

1.4.80.1 Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

1.4.81 UTILIDADE PÚBLICA

É o interesse, o proveito ou a vantagem que se possa tirar das coisas para


satisfazer uma necessidade pública, coletiva ou um bem de todos.

1.4.82 VALOR DE MERCADO DE UM IMÓVEL

É o seu valor comercial, no livre mercado imobiliário.

1.4.83 ZONEAMENTO
24/137 ICA 87-7/2023

Definição dos limites internos de um imóvel compartilhado, onde são


identificadas as áreas reservadas para uso das diversas OM e/ou por Órgãos ou Operador de
Aeródromo, se for o caso, que ocupem o mesmo sítio.

1.4.83.1 Zoneamento Administrativo

É a delimitação, consubstanciada em uma planta, croqui com imagem do


Google Earth, Termo de Atribuição de Responsabilidade Adminstrativa e documentos afins,
de área patrimonial ocupada por distintas OM do COMAER.

1.4.83.2 Zoneamento Civil/Militar

São planos que delimitam, em cada sítio aeroportuário, as áreas que serão
utilizadas para fins civis e militares, sendo aprovados por meio de Portarias Conjuntas
editadas pelo Secretário-Executivo da Secretária de Aviação Civil (SAC) e pelo Chefe do
Estado-Maior da Aeronáutica.
ICA 87-7/2023 25/137

2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO, GEODÉSICO E


AEROFOTOGRAMÉTRICO

2.1 LEVANTAMENTO AEROFOTOGRAMÉTRICO

Aerolevantamento é o conjunto das operações aéreas e/ou espaciais de


medição, computação e registro de dados do terreno com o emprego de sensores e/ou
equipamentos adequados, bem como a interpretação dos dados levantados ou sua tradução sob
qualquer forma, conforme descrito no Art. 3° do Decreto-Lei Nº 1.177, de 21 de Junho de
1971.

2.2 LEVANTAMENTO GEODÉSICO

O levantamento geodésico consiste no levantamento de área cuja dimensão é


superior a 50 km lineares dos lados do polígono de acordo com a NBR 14.166.

2.3 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO


O levantamento topográfico consiste no levantamento de área cuja dimensão não seja
superior a 50 km lineares dos lados do polígono de acordo com a NBR 14.166.

2.4 LEVANTAMENTO CADASTRAL DE TERRENOS

O levantamento cadastral dos terrenos que constituem o patrimônio imobiliário


sob a administração ou posse do COMAER deve obedecer à seguinte sequência:
a) exame dos títulos de propriedade;
b) exame do material cartográfico existente ou fotografias aéreas;
c) levantamento topográfico, geodésico ou aerofotogramétrico;
d) elaboração de memorial descritivo;
e) elaboração da planta; e
f) demarcação e cercadura.

2.4.1 EXAME DOS TÍTULOS DE PROPRIEDADE:

2.4.1.1 Os títulos de propriedade, não só da área a ser levantada, como também dos
confrontantes, devem ser cuidadosamente analisados quanto à descrição da respectiva área,
seus limites e suas confrontações, certificando que o imóvel registrado é o de interesse do
estudo proposto (montagem / tentativa de desenhar a matrícula / transcrição).

2.4.1.2 No exame dos títulos deve-se verificar a parte técnica (plantas, levantamentos
topográficos, memoriais descritivos, etc.), a transcrição no RGI e as respectivas certidões. Se
necessário, realizar a busca de informações do registro do imóvel nos respectivos cartórios,
mencionando a isenção de custas e emolumentos nos termos dos art. 1º e 2º do Decreto - Lei
nº 1.537, de 13 de abril de 1977.

2.4.1.3 Em caso de qualquer falha ou discrepância observada na titularidade dos imóveis, o


SERINFRA deve adotar todas as medidas necessárias para a correção e averbação no RGI.
26/137 ICA 87-7/2023

2.4.2 EXAME DO MATERIAL CARTOGRÁFICO EXISTENTE:

2.4.2.1 O material cartográfico da área deve ser cuidadosamente analisado e verificada a sua
compatibilidade com os títulos de propriedade.

2.4.2.2 Deve-se esboçar os limites aproximados da propriedade e seu entorno com base em
levantamento aéreo da região. Pode-se utilizar ferramentas como o Google Earth®, as cartas
do IBGE, dentre outros recursos disponíveis.

2.4.2.3 Nas fotografias aéreas, mosaicos fotográficos e imagens de satélites, especial atenção
deve ser dada à variação da escala.

2.4.3 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO, GEODÉSICO OU


AEROFOTOGRAMÉTRICO:

2.4.3.1 É o conjunto de todas as operações e medidas necessárias para determinar a posição


relativa dos pontos que compõem uma parte da superfície terrestre.

2.4.3.2 Antes de ser iniciado um levantamento topográfico, deve-se verificar junto à


DIRINFRA, aos SERINFRA, ao Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) ou outros órgãos
cartográficos oficiais a existência de levantamentos abrangendo a área de interesse do
COMAER.

2.4.3.3 Ao ser iniciado o levantamento, devem ser consideradas as referências ou


coordenadas do ponto de partida. Os dados do ponto de partida devem ser apresentados em
formulário de descrição de estação apropriado, elaborado pelo órgão cartográfico que
determinou as coordenadas do referido ponto ou adquirido através de Levantamento
Geodésico utilizando receptor GNSS em método estático e com pós-processamento realizado
por profissional habilitado, com o tempo de rastreio suficiente para garantir um alto grau de
acurácia das coordenadas, utilizando softwares especializados e/ou por métodos validados por
órgãos oficiais (IBGE). Deve-se gerar a monografia do marco, caso marco seja implantado.

2.4.3.4 Os vértices utilizados devem ser georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro


(SGB) e suas coordenadas apresentadas no DATUM SIRGAS 2000.

2.4.3.5 Durante o levantamento para fins cadastrais, deve-se levantar o contorno detalhado
do perímetro da propriedade com a indicação de todos os seus confrontantes e outras
particularidades encontradas, de acordo com a necessidade do serviço, identificando os
pontos/objetos/instalações/vegetação levantadas. Para a indicação de todos os confrontantes
deve-se consultar o Elo Local do SISPAT, que deverá manter um registro local dos mesmos..

2.4.3.6 Em áreas rurais deve ser previamente consultada a Norma Técnica de


Georreferenciamento de Imóveis Rurais do INCRA, em vigor.

2.4.3.7 Os levantamentos podem ser também realizados com a utilização de equipamentos


GNSS, por qualquer dos métodos de posicionamento, bem como por aerolevantamento,
dependendo da finalidade do levantamento, consultando as normas específicas que regem o
georreferenciamento de imóveis.

2.4.3.8 Para levantamentos topográficos, admite-se erro de fechamento angular máximo de


15”√n, sendo “n” o número de vértices da poligonal e erro de fechamento linear de 0,30 √D,
ICA 87-7/2023 27/137

sendo “D” o comprimento do perímetro em km. A tolerância de erro de fechamento é


adimensional.

2.4.4 ELABORAÇÃO DO MEMORIAL DESCRITIVO:

2.4.4.1 O memorial descritivo deve conter informações detalhadas referentes a:


a) equipamentos utilizados;
b) ponto de partida georreferenciado no Sistema de Referência SIRGAS 2000,
com azimutes, distâncias e com coordenadas na projeção UTM;
c) área e perímetro;
d) todos os confrontantes;
e) marcos implantados, número da planta referente ao memorial, escala, data,
OM que detenha a responsabilidade administrativa sobre a área levantada;
f) quaisquer outros dados que viabilizem a identificação e a reprodução gráfica
do levantamento; e
g) nome, assinatura, registro no CREA/CAU/CFT de pelo menos um
responsável técnico com nível superior ou nível médio, com habilitação
específica estabelecida pelo Conselho Federal e número da
Anotação/Registro/Termo de Responsabilidade Técnica (ART / RRT / TRT)
gerada.

2.4.4.2 O memorial descritivo deve ser elaborado conforme modelo constante do Anexo Y e
sua numeração deve ser gerada de acordo com o padrão estabelecido para a numeração de
plantas (item 2.6) acrescida de: /MD/xx, onde “xx” é o número sequencial do memorial.
a) RJ.002/001/1998/67120/MD/05: memorial descritivo número 05 do desenho
número 001, referente à área 002, no Estado do Rio de Janeiro, elaborado no
ano de 1998 pela DIRINFRA.

2.4.5 ELABORAÇÃO DA PLANTA:

2.4.5.1 A planta do terreno deve ser elaborada com base em dados do levantamento
executado ou por compilação de documentos reconhecidamente idôneos.

2.4.5.2 A planta deve conter a identificação do DATUM de referência geodésico no Sistema


SIRGAS 2000 empregado na realização do levantamento e ser confeccionada na escala
adequada, tomando por base a maior dimensão do imóvel. São recomendadas as seguintes
escalas:
a) até 200 m: 1:200;
b) de 200 m a 500 m: 1:500;
c) de 500 m a 1.000 m: 1:1.000;
d) acima de 1.000 m: de acordo com a finalidade de cada planta; e
e) devem ser evitadas as escalas de uso incomum, como 1:4.000, 1:6.000,
1:8.000 e outras que dificultem análises comparativas com outras plantas.
28/137 ICA 87-7/2023

2.4.5.3 A planta deve ser orientada com a indicação do Norte da Quadrícula, a representação
gráfica e os valores da convergência meridiana, da declinação magnética e a data do cálculo
dos valores. Também deve conter legenda da simbologia utilizada, de acordo com a NBR
13.133/2021 e NBR 15.777/09.

2.4.5.4 A planta deve levar em seu canto inferior direito o carimbo padronizado da
DIRINFRA, Anexo A, devidamente preenchido, contendo nome e assinatura de, pelo menos,
um responsável técnico de nível superior ou de nível médio, com habilitação específica
estabelecida pelo CONFEA/CFT. Os responsáveis técnicos devem ser identificados, também,
por seus respectivos registros do CREA/CAU/CRT.

2.4.5.5 Quando gerada a partir de dados de levantamento topográfico, geodésico e/ou


aerofotogramétrico, a planta deve apresentar o número da ART / RRT gerada para o trabalho
executado.

2.4.5.6 A planta elaborada por compilação de dados, devidamente datada, deve fazer
referência às fontes, devendo ainda explicitar essa operação no carimbo.

2.4.5.7 As cópias de plantas em papel devem conter o carimbo “CÓPIA”, datados e


rubricados.

2.4.5.8 As cópias de plantas em formato digital devem conter todos os elementos para a
impressão, incluindo a escala e demais configurações, em formato compatível com os
programas utilizados nos órgãos do Sistema de Patrimônio Imobiliário do COMAER (dwg ou
dxf).

2.4.5.9 Toda planta produzida deve constar uma versão digital assinada no SISOP, anexada
ao cadastro do respectivo imóvel.

2.4.6 DEMARCAÇÃO E CERCADURA:

2.4.6.1 Após o levantamento da área, respeitadas as propriedades vizinhas, a OM


responsável administrativamente pelo terreno procederá à demarcação e cercadura de seus
limites, que devem corresponder aos constantes do título de propriedade, considerando-se o
contido no item 2.4.1.3, num prazo de até 3 (três) meses, devendo ser enviada ao SERINFRA
da jurisdição comunicação de conclusão ou justificativa em caso de não cumprimento de
prazo.

2.4.6.2 Na materialização dos limites das áreas patrimoniais devem ser empregados:
a) marcos – nos vértices e interseções de divisas do imóvel, de acordo com a
localização e/ou utilização, devem ser implantados marcos de concreto,
conforme modelo padronizado pela DIRINFRA, Anexo B, devidamente
numerados de acordo com o levantamento executado, materializando no
terreno as posições de limites retratadas na carta ou planta;
b) cercas – empregadas em combinação com marcos, em locais de baixa e
média densidade demográfica ou quando houver riscos de entrada de
animais na área. As cercas podem ser de diversas espécies, desde a simples
de arame farpado, até a de tela, dependendo do grau de vedação que se
queira dar à área; e
ICA 87-7/2023 29/137

c) muros – empregados em áreas de grande densidade demográfica, geralmente


áreas urbanas, para vedar a entrada de pessoas estranhas ou quando for
julgado adequado para impedir a visão para o interior dos imóveis. As
especificações sobre o muro não obedecem a um padrão determinado, uma
vez que ficam na dependência do grau de segurança exigido em cada caso.

2.4.6.3 As áreas sob administração ou posse do COMAER devem estar, pelo menos,
cercadas e identificadas por placas de dimensões adequadas ao local, bem visíveis e
protegidas contra depredações, de acordo com o modelo do Anexo C.

2.5 LEVANTAMENTO CADASTRAL DE BENFEITORIAS

2.5.1 No levantamento cadastral, as benfeitorias devem ser identificadas pelos números de


cadastro atribuídos a elas de acordo com o estabelecido no Capítulo 5.

2.5.2 Na planta geral da área devem constar todas as benfeitorias existentes e, sempre que
possível, suas características peculiares.

2.5.3 O levantamento deve ser o mais rigoroso possível, de forma a facilitar um perfeito
conhecimento da benfeitoria existente, e o preenchimento correto do SISOP.

2.6 NUMERAÇÃO DE DESENHOS

2.6.1 Os SERINFRA devem submeter à DIRINFRA, conforme orientações da Divisão de


Patrimônio Imobiliário, as plantas e memoriais descritivos que farão parte de processo
patrimonial para numeração. Em caso de dúvidas, o e-mail <_dpi.dirinfra@fab.mil.br> está à
disposição para esclarecimentos específicos.

2.6.2 A identificação das plantas e dos desenhos relativos aos imóveis, confeccionados com
finalidade de documentar o acervo patrimonial do COMAER, é feita por intermédio de
códigos alfanuméricos, colocados no local apropriado, de acordo com o Anexo A.

2.6.3 A estrutura dos códigos de desenhos é constituída por 04 (quatro) grupos separados por
barras:
a) 1° grupo: código completo do tombo, ou seja, a sigla da Unidade da
Federação, um ponto, os 03 (três) algarismos que identificam a área do
COMAER, um hífen e 03 (três) algarismos que complementam a numeração
do tombo (observar subitem 5.3.4 desta Instrução);
b) 2º grupo: numeração sequencial de 001 a 999, fornecida pela DIRINFRA. A
numeração é reiniciada a cada ano;
c) 3º grupo: ano de elaboração do desenho; e
d) 4º grupo: indica o código (nº de protocolo) da OM que elaborou o desenho.

2.6.3.1 Exemplo de numeração de desenhos:


a) RJ.090-000/001/1998/67120: desenho número 001, referente à área do
tombo RJ.090-000 (área com registro único), no Estado do Rio de Janeiro,
elaborado no ano de 1998 pela DIRINFRA; e
30/137 ICA 87-7/2023

b) PA.098-002/003/2001/67120: desenho número 003, referente à área do


tombo PA.098-002 (apesar de haver matrículas contíguas, a representação
refere-se apenas ao 002), no Estado do Pará, elaborado no ano de 2001, pelo
SERINFRA.

2.6.3.2 Quando o desenho for referente a uma área não cadastrada no SISOP, preencher o 1º
grupo com a sigla da Unidade de Federação, onde está localizado o imóvel, seguido do código
“SNT” (Sem Número de Tombo).

Ex.: AM.SNT/005/1998/67120: desenho número 005, referente a área não


cadastrada, no Estado do Amazonas, elaborado em 1998, pela DIRINFRA.

2.6.3.3 Quando o desenho envolver vários números de tombos (com a parte fixa do código
diferente), preencher o 1º grupo com a sigla da Unidade de Federação, onde estão localizados
os imóveis, seguido do código “VNT” (Vários Números de Tombo).

Ex.: RF.VNT/056/1998/67221: desenho número 056, referente a vários


tombos, no Estado de Pernambuco, elaborado em 1998, pelo CINDACTA III.

2.6.3.4 As plantas e os desenhos elaborados por órgãos ou empresas não vinculados ao


COMAER mantêm sua própria numeração.

2.7 EXECUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO

2.7.1 Cabe aos Setores de Patrimônio das OM e aos SERINFRA a promoção dos
levantamentos cadastrais dos terrenos e das benfeitorias sob a responsabilidade do COMAER.

2.7.2 Todo levantamento cadastral a ser executado pelos Setores de Patrimônio das OM,
deve ser coordenado pelo SERINFRA com responsabilidade patrimonial sobre a área.

2.7.3 Toda documentação relacionada a levantamento cadastral deve ser disponibilizada em


mídia digital, devidamente assinada, para o responsável administrativo da área e inserida no
respectivo cadastro do SISOP.
ICA 87-7/2023 31/137

3 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS

3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

3.1.1 A avaliação de imóveis, para atendimento das necessidades e exigências do Sistema de


Patrimônio Imobiliário do COMAER, é realizada com as finalidades de:
a) cadastro;
b) incorporação;
c) desincorporação;
d) utilização por terceiros, quando onerosa; e
e) contabilidade patrimonial.

3.1.2 Nos serviços técnicos de avaliação de imóveis, devem ser observados os conceitos,
métodos e procedimentos estabelecidos nas normas da ABNT, a NBR 14.653, partes 1, 2, 3 e
4, bem como na legislação municipal referente ao assunto, nas resoluções do CONFEA e as
orientações normativas expedidas pela SPU referentes à matéria.

3.1.3 Conforme a Resolução nº 345 do CONFEA, são de atribuição privativa dos


engenheiros em suas diversas especialidades, dos arquitetos, dos engenheiros agrônomos, dos
geólogos, dos geógrafos e dos meteorologistas, registrados no CREA/CAU, as atividades de
vistorias, perícias, avaliações e arbitramentos relativos a bens móveis e imóveis.

3.1.4 Cabe ao avaliador, devidamente habilitado e registrado no CREA/CAU, a


responsabilidade técnica pelos serviços de avaliação de imóveis.

3.1.5 Quando elaborados por terceiros, os laudos de avaliação técnica devem ser
homologados por responsável técnico do COMAER.

3.1.6 Os laudos de avaliação técnica elaborados por militares ou servidores civis das Forças
Armadas não precisam ser homologados pela SPU/UF.

3.2 ESPECIFICAÇÃO DAS AVALIAÇÕES E NÍVEL DE RIGOR

3.2.1 Nas especificações de avaliações de imóveis, a definição do grau de fundamentação


está relacionada ao mercado e às informações que dele possam ser obtidas, assim como o grau
de precisão depende exclusivamente das características desse mercado e da amostra coletada.

3.2.2 Os graus de fundamentação e de precisão nas avaliações são definidos e classificados


pela ABNT, NBR 14.653, em Grau I, Grau II e Grau III, na ordem crescente de importância,
onde o Grau I é o menor.

3.2.3 Deve ser buscado o nível de maior rigor possível nas avaliações nos seguintes casos:
a) aquisição compulsória e voluntária, quando onerosa, bem como alienação
onerosa de domínio pleno, direto útil (incluindo as permutas, cessão por
arrendamento e demais cessões onerosas); e
b) alienação mediante doação, com ou sem encargo.

3.2.4 Quando as informações do mercado imobiliário forem insuficientes para a utilização


32/137 ICA 87-7/2023

dos métodos previstos na Norma NBR 14.653, Parte 2, da ABNT, o trabalho de avaliação não
deve ser classificado quanto à fundamentação e à precisão e deve ser considerado um
Relatório de Valor de Referência, que é um relatório circunstanciado ou esclarecimento
técnico, emitido por um profissional capacitado e legalmente habilitado sobre assunto de sua
especialidade.

3.2.5 Admite-se Relatório de Valor de Referência, também, nos seguintes casos:


a) quaisquer formas de cessões gratuitas, inclusive cessões sob regime de
aforamento gratuito, para fazer constar em contrato;
b) na fixação do custo de reprodução de benfeitorias, para fins de cálculo de
seguro;
c) na permissão de uso; e
d) para cálculo de indenização por ocupação ilícita.

3.2.5.1 No âmbito do COMAER, a ICA 87-5 é a instrução que orienta os elos sistêmicos
quanto aos procedimentos a serem adotados nas avaliações cadastrais e contábeis dos imóveis
sob administração do COMAER.

3.2.6 Para efeito de determinação do valor final de um imóvel, as benfeitorias porventura


existentes são consideradas:
a) na aquisição e alienação de imóveis;
b) no cálculo de retribuições por permissão de uso;
c) no aforamento oneroso, nos casos previstos no art. 12 da Lei nº 9.636/1998;
d) na cessão por arrendamento;
e) para fins cadastrais e contábeis; e
f) para fins de base de cálculo de seguro.

3.2.7 Deverá ser feita a reavaliação do Imóvel nos casos previstos na Portaria Conjunta STN/
SPU nº 10, de 04 de julho de 2023 (art. 6), conforme preceitos da ICA 87-5.

3.2.7.1 A reavaliação de benfeitorias isoladas poderá ser realizada por meio da atualização,
através de apostilamento, dos valores de benfeitorias no laudo de avaliação vigente, desde que
mantida sua validade.

3.3 COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

3.3.1 No âmbito do COMAER, a avaliação de bens imóveis é realizada por comissão,


especificamente designada, de no mínimo três membros, conforme previsto no RADA. Entre
seus membros, pelo menos um deve ser qualificado pelo CREA/CAU conforme prescrito no
item 3.1.4 desta ICA.

3.3.2 Poderão ser contratados os serviços especializados de terceiros, obedecendo aos


procedimentos constantes deste Capítulo, os quais deverão ser homologados pelo COMAER.

3.3.3 Os Laudos de Avaliação devem estar acompanhados de ART ou RRT emitidos pelo
CREA/UF ou CAU/UF, respectivamente.
ICA 87-7/2023 33/137

3.3.4 Poderá ser constituído comissão anual de avaliação de imóveis, resguardando o


disposto no item 3.3.1.

3.4 LAUDO DE AVALIAÇÃO

3.4.1 É o documento técnico comprobatório do valor atribuído ao imóvel que está em fase de
avaliação em um dado instante.

3.4.2 O Laudo de Avaliação é apresentado com os seguintes tópicos:


a) termo de abertura designando a comissão, sua finalidade, a identificação dos
responsáveis pela avaliação e a indicação da publicação em boletim da OM;
b) objetivo da avaliação relacionado às razões que a determinaram ou ao
processo vinculado;
c) identificação do imóvel com sua localização ou endereço, indicando o
proprietário e sua titulação;
d) descrição do imóvel por meio de planta ou croqui, com o respectivo
memorial descritivo;
e) dados coletados que são utilizados no conjunto da avaliação;
f) esclarecimentos sobre os graus de fundamentação e de precisão adotados na
avaliação, com as justificativas;
g) descrição dos cálculos que levaram à convicção do valor declarado;
h) conclusão com indicação do valor total atribuído ao imóvel;
i) qualificação legal e assinatura(s) do(s) profissional(is) responsável(is) pela
avaliação. Todas as páginas do Laudo de Avaliação deverão ser assinadas e/
ou rubricadas sendo a última obrigatoriamente assinada por responsável
técnico com a indicação do seu registro CREA/CAU; e
j) local e data do laudo.

3.4.3 Caso o Laudo de Avaliação seja impresso, todas as páginas deverão ser rubricadas e/ou
assinadas, sendo a última obrigatoriamente assinada por responsável técnico com a indicação
do seu registro no CREA/CAU. Caso seja arquivo digital, deverá ter assinatura digital válida.

3.5 PRAZO DE VALIDADE DA AVALIAÇÃO

3.5.1 As avaliações elaboradas para fins de transações onerosas, ou não, têm validade de 12
(doze) meses a partir da sua data de confecção.

3.5.1.1 São exemplos de transações onerosas:


a) aquisição;
b) alienação;
c) locação; e
d) cessão por arrendamento.

3.5.1.2 São exemplos de transações não onerosas:


34/137 ICA 87-7/2023

a) quaisquer formas de cessão gratuita, inclusive cessões sob o regime de


aforamento gratuito, para fazer constar dos contratos;
b) para fins cadastrais e contábeis;
c) para fixação do custo de reprodução de benfeitorias, inclusive para fins de
cálculo de seguro;
d) nas aquisições mediante doações sem encargo; e
e) na permissão de uso gratuita.

3.5.2 Ocorrendo alterações significativas no mercado imobiliário, as avaliações efetuadas,


independentemente da finalidade para as quais forem elaboradas, podem ser revistas antes do
término do prazo fixado em 3.5.1.

3.5.3 As avaliações poderão ser revalidadas, por uma única vez, desde que a variação de
cada um dos índices listados a seguir não supere 8% (oito por cento) acumulado desde a data
da elaboração da Avaliação até a data de sua revalidação:
a) Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC);
b) Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA);
c) Índice Geral de Preços Médio (IGPM); e
d) Índice Nacional da Construção Civil (INCC).

3.5.3.1 A data de revalidação ficará limitada a 2 (dois) anos da data de elaboração do Laudo
de Avaliação.

3.5.3.2 As revalidações não são aplicáveis a Laudos ou Pareceres cadastrais e contábeis com
validade superior a 12 (doze) meses.

3.5.3.3 As revalidações deverão ser devidamente fundamentadas e justificadas por meio de


nota técnica elaborada por profissional habilitado.

3.5.3.4 Nas revalidações o valor não sofrerá alteração, cabendo somente a extensão de sua
validade.

3.6 VISTORIA

3.6.1 A vistoria do imóvel avaliando é uma atividade básica para qualquer avaliação. Não
sendo possível sua realização, tal fato deve ser justificado no Laudo de Avaliação, no
Relatório de Valor de Referência ou Parecer Técnico para avaliação cadastral ou contábil.

3.6.2 As informações cadastrais dos terrenos e benfeitorias deverão ser extraídas do SISOP
para subsidiar a avaliação sem a ocorrência de vistoria.
ICA 87-7/2023 35/137

4 INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS

4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

4.1.1 Os imóveis, terrenos e/ou edificações, sob a administração do COMAER, integram o


patrimônio da União, qualquer que tenha sido a forma de sua aquisição.

4.1.2 As edificações ou benfeitorias em geral, independentemente de suas proveniências,


incorporadas ou que venham a ser incorporadas aos terrenos administrados pelo COMAER,
integram, também, o patrimônio imóvel da União.

4.1.3 O Acervo Patrimonial Imobiliário do COMAER é formado por:


a) terrenos da União entregues ou transferidos à jurisdição do COMAER;
b) terrenos adquiridos por intermédio do COMAER, subordinados à posterior
regularização junto à SPU/UF;
c) benfeitorias construídas por intermédio do COMAER, que serão
posteriormente incorporadas ao imóvel;
d) benfeitorias construídas por terceiros, mediante contrato com cláusula de
incorporação posterior ao patrimônio da União;
e) terrenos em uso pelo COMAER, em processo de legalização/regularização
junto à SPU/UF; e
f) imóveis públicos, de propriedade de outro ente da Federação, ou de
terceiros.

4.1.4 De acordo com a legislação pertinente, aplicável aos bens públicos, a incorporação de
imóveis ao acervo imobiliário do COMAER pode ser processada por meio dos seguintes
institutos:
a) compra;
b) desapropriação;
c) doação;
d) permuta;
e) usucapião administrativo;
f) transferência de jurisdição; e
g) cessão ao COMAER.

4.1.5 Dos institutos supracitados, a transferência de jurisdição e as cessões não são


modalidades previstas de aquisição de imóveis. No caso de transferência de jurisdição, a
mesma se efetiva por meio do Termo de Entrega, e no caso de imóveis cedidos ao COMAER,
sua formalização é feita por meio de Termo de Cessão, ou documento similar, que comprove a
posse do imóvel.

4.1.6 A aquisição abrange sempre o domínio pleno do imóvel.

4.1.7 Qualquer que seja a modalidade de aquisição, é necessária a apresentação da seguinte


documentação referente ao imóvel:
36/137 ICA 87-7/2023

a) certidão do título de aquisição transcrito no competente RGI, contrato /


termo de cessão de uso ou termo de entrega da SPU/UF;
b) planta do imóvel, indicando confrontações, azimutes, distâncias, área e
coordenadas georreferenciadas;
c) planta das benfeitorias com a descrição do número de pavimentos e
dependências, tipo de construção, área coberta e área construída;
d) memorial descritivo; e
e) laudo de avaliação elaborado conforme especificado no Capítulo 3.

4.1.8 O processo de aquisição exigirá, ainda, a seguinte documentação:


a) do imóvel e do(s) respectivo(s) proprietário(s), pessoa física ou jurídica,
– certidão vintenária (RGI);
– certidão negativa de ônus reais, ações reais e pessoais reipersecutórias
(RGI);
– certidão negativa de débitos federais, estaduais e municipais;
– certidão da corregedoria ou órgão equivalente, identificando os cartórios
de distribuição da comarca e suas respectivas atribuições;
– certidão negativa de ações cíveis ou criminais de todos os cartórios
distribuidores do local do imóvel e da residência do proprietário e da
sede da empresa;
– certidão negativa de protestos;
– certidão negativa de débitos (CND) ou, no caso de pessoa física,
declaração de não ser contribuinte obrigatório do INSS;
– certidão negativa de declaração de falências;
– certidões negativas dos cartórios de interdições, tutelas e curatelas;
– certidão negativa de débito com o ITR, no caso de imóvel rural; e
– certidão negativa de débito com o IPTU, no caso de imóvel urbano;
b) de pessoa jurídica, documentos pessoais,
– inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ; e
– contrato social ou estatuto em vigor, acompanhado, no caso de Sociedade
Anônima, da Ata da Assembleia que elegeu a Diretoria em exercício,
devidamente arquivada na Junta Comercial;
c) de representante legal do proprietário, quando pessoa jurídica,
– carteira de identidade e CPF; e
– instrumento de outorga de poderes, quando necessário;
d) do proprietário, quando pessoa física,
– carteira de identidade e CPF;
– certidão de casamento, constando, quando for o caso, a averbação da
alteração do estado civil; e
– concordância do cônjuge.

4.1.9 Quando o vendedor for casado, as certidões devem ser exigidas também do cônjuge.
Neste caso, é necessário o consentimento do cônjuge, qualquer que seja o regime de
casamento (outorga uxória).

4.1.10 Considerando que a avaliação do imóvel é obrigatória em qualquer modalidade de


aquisição e tem um prazo de validade de 12 (doze) meses, é desejável que a tramitação do
ICA 87-7/2023 37/137

processo, até a fase de lavratura do contrato, seja concluída dentro desse período, sob pena de
o imóvel ter que ser reavaliado ou caso se enquadre no item 3.5.3 poderá ser revalidado o
Laudo de Avaliação.

4.1.11 O processo de incorporação de imóveis inicia-se conforme o fluxo descrito no Anexo


D.

4.1.12 Após a aprovação por parte do Comandante da Aeronáutica, os fluxos de


incorporação seguem conforme as especificidades de cada modalidade.

4.1.13 Os processos de incorporação, preferencialmente, iniciam-se na OM que ocupa o


imóvel. Caso o início do processo ocorra por interesse da DIRINFRA/SERINFRA ou outra
OM do COMAER, a OM ocupante deverá ser informada via ofício para que o processo siga
conforme previsto no Anexo D.

4.1.14 Ao fim da tramitação, a atribuição de responsabilidade sobre o imóvel se dará


conforme os procedimentos previstos no Capítulo 6.

4.2 COMPRA

4.2.1 As compras de imóveis para utilização nas atividades próprias do COMAER são
contratadas mediante dispensa de licitação pública, em face da inviabilidade de competição e
concretizadas por intermédio de contratos lavrados pelo órgão competente do patrimônio da
União nos Estados da Federação (SPU/UF) onde estiverem localizados os imóveis a serem
adquiridos, nos termos do Decreto-Lei nº 9.760/1946, e das Leis nº 14.133/2021 e
9.636/1998. A tramitação do processo para essa modalidade deverá ser urgente.

4.2.2 A tramitação do processo de compra segue conforme os fluxos do Anexo D até a


aprovação do Comandante da Aeronáutica.

4.2.3 Nos contratos de compra de imóveis para a União, esta é representada pelo
Superintendente do Patrimônio da União da respectiva Unidade da Federação onde estiverem
localizados os imóveis a serem adquiridos.

4.2.4 Nos contratos de compra de imóveis necessários às atividades do Comando da


Aeronáutica, o COMAER pode figurar na qualidade de parte interveniente, por intermédio de
representantes especialmente designados.

4.2.5 A proposta e aprovação da compra deve ser conduzida com presteza por todos os
intervenientes, a fim de que a compra possa ser concretizada em tempo hábil, sem perda de
oportunidade de oferta. Isso é especialmente significativo nesses casos, pois as propostas dos
vendedores, normalmente, têm prazo reduzido de validade.

4.2.6 Excepcionalmente, para não perder a oportunidade de compra de imóveis, localizados


em cidades afastadas da Capital do Estado, face aos prazos de validades fixados nas propostas
de venda dos imóveis pelos vendedores, a aquisição pode ser efetivada em Cartório de Ofício
de Notas, sendo a União representada por Oficial ou Servidor Civil, ou por Comissão,
credenciados com delegação de competência concedida por Portaria do CMTAER. Nesses
casos, após o registro do imóvel em nome da União, os documentos devem ser encaminhados
à SPU/UF para a correção do vício de representação, o qual, embora tido como meramente
formal, existe e é corrigido com a expedição do Termo de Ratificação da Escritura e Entrega.
38/137 ICA 87-7/2023

4.2.7 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA ou pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER seguem o fluxo conforme Anexo E.

4.3 DESAPROPRIAÇÃO

4.3.1 A aquisição de imóveis para uso do COMAER, na modalidade de desapropriação pode


ser efetivada de forma amigável ou mediante ação judicial, com base no inciso XXIV do art.
5º da CF/88.

4.3.2 A tramitação do processo de desapropriação segue conforme os fluxos do Anexo D até


a aprovação do Comandante da Aeronáutica.

4.3.3 É fato comum que, após assinado o Decreto para desapropriação do imóvel, o
proprietário do mesmo proponha um acordo. Nesse caso, a desapropriação se dará de forma
“amigável”, após ato autorizativo do CMTAER conforme o fluxo previsto no Anexo F.

4.3.4 Não sendo possível a desapropriação “amigável”, porque o expropriado não aceitou o
valor ofertado, ou, por não haver comprovado a titularidade, ou ainda, no caso de envolver
interesse de incapaz, a desapropriação deve ser efetivada por via judicial, por intermédio de
Ação Expropriatória, conforme os seguintes procedimentos:
a) o SERINFRA local deve reorganizar o processo com a documentação
necessária e encaminhá-lo, via ofício, ao Procurador-Chefe da Advocacia-
Geral da União (AGU) no Estado onde estiver domiciliado o expropriado,
solicitando a propositura da ação expropriatória, declarando o valor
oferecido como indenização, de acordo com a avaliação, indicando o nome,
qualificação e endereço do Engenheiro do COMAER que atua no processo
como Assistente Técnico do Perito e, se for o caso, alegando urgência na
posse do imóvel. A alegação de urgência acarreta o depósito ofertado
correspondente ao preço arbitrado no Laudo de Avaliação do imóvel;
b) a ação de desapropriação pode ser conduzida com os seguintes ritos
diferenciados,
– sumário - constando da ação de desapropriação a alegação de urgência na
posse do imóvel e tendo o COMAER depositado a quantia
correspondente ao valor da avaliação, o juiz defere o pedido,
determinando a expedição do Mandado de Imissão Provisória de Posse,
procedendo à citação do réu; e
– ordinário - citado o expropriado, a ação segue o rito ordinário,
finalizando-se com a sentença transitada em julgado, da qual é extraída,
em nome da União, a Carta de Sentença ou de Adjudicação, documento
hábil para a transcrição no RGI competente;
c) providenciar para que a despesa seja empenhada e posteriormente
depositada em nome do Juízo Federal a que foi distribuída a ação por
intermédio do Procurador da União (AGU);
d) o Diretor da DIRINFRA atribuirá a uma OM do COMAER a
responsabilidade pelo acompanhamento do processo; e
e) concluído o processo, o SERINFRA deverá providenciar, junto à SPU/UF, a
regularização do imóvel, a atribuição da Responsabilidade administrativa e a
necessária atualização cadastral, conforme preconizado nesta ICA.
ICA 87-7/2023 39/137

4.4 DOAÇÃO

4.4.1 A doação é a modalidade de aquisição onde a União, como donatária, aceita e recebe a
propriedade de um imóvel que lhe é transferida, gratuitamente, por um doador, nos termos das
Leis nº 14.133/2021 e 9.636/1998.

4.4.2 A tramitação do processo de doação segue conforme os fluxos do Anexo D até a


aprovação do Comandante da Aeronáutica.

4.4.3 Quando há, por parte do doador, a imposição de algum ônus, esta modalidade de
aquisição passa a denominar-se Doação com Encargos.

4.4.3.1 Para o aceite do imóvel em nome da União, a SPU/UF deve analisar os casos de
doação com encargos. Nas doações com encargos, o aceite é formalizado por meio de Portaria
da SPU/UF.

4.4.3.2 A obrigação que caracteriza o encargo é motivo de meticulosa avaliação, antes da


aceitação, no sentido de evitar possíveis conflitos com as atividades próprias do COMAER.

4.4.3.3 O encargo definido é claramente explicitado no Contrato de Doação.

4.4.4 Quando o doador for Estado ou Município, a doação depende do Poder Legislativo
Estadual ou Municipal, autorizando a liberalidade por lei, e do consequente ato do Poder
Executivo, decreto, sancionando essa doação. A lei de doação deve ser sancionada “em nome
da União para utilização pelo COMAER”.

4.4.5 No caso do imóvel em doação à União para utilização do COMAER estiver localizado
em Municípios distantes da capital do Estado, dificultando o cumprimento de exigências
processuais das SPU/UF e a definição de uma data para o comparecimento de Prefeitos na
sede da SPU/UF para a assinatura da Escritura de Doação, as doações de imóveis nessa
situação podem ser efetivadas em Cartório de Ofício de Notas, sendo a União representada
por Oficial ou Servidor Civil credenciado, com delegação de competência concedida por
Portaria do CMTAER. Após o registro do imóvel, os documentos para a correção do vício de
representação da União por ocasião da outorga devem ser encaminhados à SPU/UF.

4.4.6 Os preceitos do CCB, inerentes à reserva dos bens do doador ou de renda suficiente a
sua subsistência, são observados nos processos de doação.

4.4.7 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA ou pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER seguem o fluxo conforme Anexo G.

4.5 PERMUTA

4.5.1 A incorporação, por meio de permuta, implica a alienação pelo COMAER de outro
imóvel de igual valor, ou de valor desigual, desde que a torna, em favor ou não do COMAER,
represente menos da metade do valor da transação, com o fito de não descaracterizá-la.

4.5.2 A permuta, quando realizada pela aquisição de outro imóvel pertencente a terceiros, de
igual valor, ou de valor desigual, ao do bem avaliado do COMAER, tem a diferença de preço
entre os mesmos recolhida no ato da lavratura do contrato quando da desincorporação do
imóvel, conforme descrito a seguir:
40/137 ICA 87-7/2023

a) se em favor do COMAER, mediante crédito ao Fundo Aeronáutico; e

b) se em favor do outro permutante, mediante depósito bancário em conta à


escolha do licitante vencedor.

4.5.3 Esta modalidade é aplicável quando um imóvel específico se reveste de particular


interesse para uso e aplicação das atividades próprias do COMAER.

4.5.3.1 A possibilidade ou obrigatoriedade da permuta é descrita no processo de forma clara


e explícita.

4.5.3.2 Essa condição é definida no edital de licitação, ou outro documento acordado entre as
partes, conforme dispõe a legislação em vigor.

4.5.4 A permuta de imóveis pode ser concretizada por imóveis edificados ou não, ou, ainda,
por edificações a construir. Em se tratando de permuta de imóvel do COMAER por edificação
a construir em terreno da União ou do promitente permutante, impõe-se a avaliação e a
licitação por concorrência pública.

4.5.5 A tramitação do processo de permuta segue conforme os fluxos do Anexo D até a


aprovação do Comandante da Aeronáutica.

4.5.6 Quando a área a ser alienada for parte de um imóvel, o SERINFRA deve tomar as
providências para o seu desmembramento, quando da efetivação da permuta.

4.5.7 A parte remanescente do imóvel retorna à situação patrimonial de legalizado, até que
seja providenciado um novo Termo de Entrega.

4.5.8 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA ou pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER seguem o fluxo conforme Anexo G.

4.5.9 Se os imóveis a serem permutados estiverem localizados em diferentes UF, sujeitos à


competência de órgãos regionais do patrimônio da União distintos, a DIRINFRA indicará o
SERINFRA que providenciará a formalização do Contrato de Permuta na SPU/UF
responsável pela área onde estiver localizado cada um dos imóveis da União a ser permutado.

4.6 USUCAPIÃO ADMINISTRATIVO

4.6.1 A tramitação do processo de usucapião administrativo segue conforme os fluxos do


Anexo D até a aprovação do Comandante da Aeronáutica.

4.6.2 Os imóveis ocupados por OM e demais Órgãos da Administração Federal, durante


mais de vinte anos, sem interrupção, sem título aquisitivo em nome da União e sem oposição
feita administrativa ou judicialmente por terceiros, podem ser registrados em nome da União,
nos termos da Lei nº 5.972/1973.

4.6.3 Ao ser detectado um imóvel que satisfaça as condições previstas na Lei nº 5.972/1973,
alterada pelas Leis nº 6.282/1975 e nº 9.821/1999, pode-se proceder o usucapião
administrativo.
ICA 87-7/2023 41/137

4.6.3.1 Esta modalidade de aquisição oferece um importante recurso para a regularização de


imóveis em uso pelo COMAER na situação patrimonial de não legalizada.

4.6.4 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA ou pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER, seguem o fluxo conforme Anexo H.

4.7 TRANSFERÊNCIA DE JURISDIÇÃO

4.7.1 A tramitação do processo de transferência de jurisdição segue conforme os fluxos do


Anexo D até a aprovação do Comandante da Aeronáutica.

4.7.2 Todo e qualquer imóvel, regularizado ou não, é passível de Transferência de Jurisdição.

4.7.2.1 Quando da ocorrência da Transferência de Jurisdição de parte de um imóvel, deve ser


avaliada a eventual necessidade de desmembramento das áreas. Nos casos em que o
desmembramento é necessário, o mesmo deverá ser transcrito no RGI.

4.7.3 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA ou pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER seguem o fluxo conforme Anexo I.

4.8 INCORPORAÇÃO DE BENFEITORIA

4.8.1 As construções em terrenos do COMAER só podem ser realizadas com consentimento


da autoridade responsável administrativa pela parcela afetada.

4.8.2 As benfeitorias construídas por terceiros em terrenos administrados pelo COMAER se


incorporam ao patrimônio imobiliário da União.

4.8.2.1 Para construção de benfeitorias em aeródromo, cujo terreno está administrado pelo
COMAER, deve ser considerada a Resolução nº 158 da ANAC, alterada pelas Resoluções nº
484/2018 e nº 652/2021, que prevê a autorização prévia do administrador, proprietário
(COMAER) e da ANAC.

4.8.3 De acordo com o estipulado na presente ICA com referência às benfeitorias construídas
por terceiros, mediante contrato, com cláusula de incorporação posterior ao patrimônio da
União, devem ser adotados os seguintes procedimentos administrativos:
a) o contratado responsável pela construção autorizada em terreno da União
deverá encaminhar toda a documentação afeta às licenças necessárias para
construção e ocupação (habite-se) da benfeitoria ao Responsável
Administrativo por meio da Comissão de Fiscalização do Contrato;
b) encerrado o contrato, deve ser constituída uma Comissão, designada pelo
Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM, para avaliar a benfeitoria e
o resultado da avaliação publicado em boletim, com o objetivo de proceder
à incorporação da construção ao patrimônio imobiliário da União, mediante
a lavratura do Termo de Incorporação de Benfeitoria, conforme Anexo Q; e
c) após a publicação do Termo de Incorporação de Benfeitoria no boletim
interno ostensivo, a OM responsável administrativa providencia o
cadastramento da benfeitoria no SISOP
42/137 ICA 87-7/2023

4.8.4 A construção de benfeitorias em terrenos de terceiros fica restrita aos casos de


instalação de torres e equipamentos voltados a atender à segurança da navegação aérea, por
não ser conveniente a aquisição de uma pequena área de terreno nessas circunstâncias.

4.8.5 As benfeitorias construídas pelo COMAER em terrenos administrados pelo mesmo,


que possuam natureza de despesa proveniente das contas contábeis "Obras em andamento
e/ou Instalações", deverão ser incorporadas ao patrimônio imobiliário da Aeronáutica,
observando o disposto nos MCA 172-3 e MCA 172-4.

4.8.5.1 A OM com responsabilidade administrativa pela nova benfeitoria deverá cadastrá-la


no SISOP e informar o SERINFRA, por meio do envio do TERD.

4.8.5.2 O SERINFRA deverá proceder à baixa da conta "Bens Imóveis a Classificar" e


efetuar a atualização do patrimônio imóvel no SPIUnet, por meio da atualização do RIP
utilização da área onde foi edificada a nova benfeitoria.
ICA 87-7/2023 43/137

5 CADASTRO DE IMÓVEIS

5.1 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO

Os imóveis pertencentes ou utilizados pela União, jurisdicionados ao


COMAER, são cadastrados nos sistemas corporativos da Secretaria de Patrimônio da União e
no SISOP.

5.1.1 SISTEMAS CORPORATIVOS DA SPU

5.1.1.1 O SPIUnet é um sistema da SPU que tem por finalidade gerenciar a utilização dos
imóveis da União, de caráter Bens de Uso Especial e está interligado ao SIAFI por meio de
subcontas, onde os imóveis são identificados pelo número do RIP.

5.1.1.2 Seu substituto é o SPUnet, que unifica em uma base de dados geoespacial as bases
cadastrais dos imóveis públicos pertencentes ou utilizados pela União. Sua plataforma conta
com módulos que permitem a incorporação de áreas e imóveis, tratamento e administração da
geoinformação, destinação de imóveis dentre outras funcionalidades.

5.1.1.3 O cadastramento e a atualização de imóveis nos sistemas corporativos da SPU é


efetuado pelo SERINFRA que detém a responsabilidade patrimonial sobre o mesmo.

5.1.1.4 Toda atualização cadastral que implique em alterações nos valores dos imóveis deve
ser lançada no Sistema, para que seja contabilizada no SIAFI.

5.1.1.5 Com a reestruturação do COMAER, os responsáveis administrativos devem manter


atualizados os dados cadastrais de seus imóveis no SISOP, informando aos SERINFRA de
quaisquer alterações, para que esses executem o devido lançamento nos sistemas corporativos
da SPU (SPIUnet/SPUnet).

5.1.1.6 O tutorial dos sistemas corporativos da SPU encontram-se disponível na internet.

5.1.2 SISTEMA SISOP

5.1.2.1 O SISOP é o Sistema desenvolvido no COMAER para o gerenciamento do ciclo de


vida dos imóveis, englobando as informações dos terrenos, obras e benfeitorias, cujo acesso
se dá por meio da página intraer da DIRINFRA (www.dirinfra.intraer).

5.1.2.2 Esse sistema pode ser definido como um conjunto de meios e procedimentos
organizados, com a finalidade de coletar, processar, armazenar e atualizar as informações
necessárias ao planejamento, execução e controle das atividades inerentes ao Sistema de
Patrimônio Imobiliário do COMAER.

5.2 CADASTRO NO SISOP

5.2.1 O cadastro de bens imóveis no SISOP, constituído por terrenos e benfeitorias sob
administração ou posse do COMAER é identificado por um código alfanumérico, que
relaciona o terreno ou a benfeitoria com o conjunto de documentos e informações disponíveis,
formando seu tombo.

5.2.2 A fim de cumprir o previsto no RADA-e e na legislação específica, as fichas destinadas


44/137 ICA 87-7/2023

ao registro analítico de terrenos e de benfeitorias, devem ser extraídas do SISOP, por meio de
relatório individualizado.

5.2.3 A codificação dos terrenos é fornecida automaticamente pelo Sistema, por meio de
cadastro realizado pela DIRINFRA, a partir da documentação relativa à incorporação do
imóvel.

5.2.4 A codificação das benfeitorias é competência da OM que as utilizam, a partir da


inclusão dos dados das mesmas no SISOP.

5.2.5 Os elos do Sistema têm acesso habilitado e interferência limitada ao banco de dados do
SISOP por meio de perfil atribuído no sistema.

5.3 CODIFICAÇÃO DE TERRENOS

5.3.1 A identificação dos terrenos é feita por meio de um código alfanumérico, constituído
por três grupos, separados por ponto e hífen:
a) 1º grupo: sigla da Unidade da Federação;
b) 2º grupo: três algarismos que identificam a área do COMAER, constituída
por um ou mais terrenos (com registros no RGI distintos); e
c) 3º grupo: três algarismos que identificam cada um dos terrenos componentes
da área do COMAER.

5.3.2 O conjunto dos dois primeiros grupos, separados por um ponto, constitui a parte fixa
do código e não pode ser utilizado em outra área.

5.3.3 Para uma área formada por um único terreno (matrícula única), o terceiro grupo é
constituído por três zeros.

5.3.3.1 Ex: Área situada em Maceió (AL), constituída apenas por um único terreno.
Admitindo-se que a este terreno tenha sido atribuído o número 007, o código alfanumérico é:
a) parte fixa do código: AL.007;
b) número do terreno (do único componente): 000; e
c) codificação do terreno: AL.007–000.

5.3.4 Quando a área for constituída por dois ou mais terrenos contíguos, com registros no
RGI distintos, o terceiro grupo identifica cada um dos terrenos componentes.

5.3.4.1 Ex.: Área situada em Belém (PA) constituída por três terrenos contíguos, cada um
possuindo uma situação patrimonial própria. Admitindo-se que a esse conjunto de terrenos
tenha sido atribuído o número 004, os códigos alfanuméricos são:
a) parte fixa do código: PA.004;
b) número dos terrenos (dos componentes): 001, 002, 003;
c) codificação dos terrenos,
– PA.004 – 001;
– PA.004 – 002; e
– PA.004 – 003.
ICA 87-7/2023 45/137

5.4 CADASTRO DE TERRENOS

5.4.1 A guarda da documentação original dos terrenos é atribuição do SERINFRA que detém
a responsabilidade patrimonial desses imóveis, com cópias no respectivo cadastro no SISOP,
para consulta da OM que detém a responsabilidade administrativa e demais OM que possam
interessar.

5.4.2 Ao receber as cópias digitais dos documentos relativos a um terreno incorporado ao


patrimônio do COMAER, a DIRINFRA executa o seu cadastramento no SISOP conforme as
orientações do tutorial do Sistema.

5.4.3 O cancelamento do cadastro de um terreno no SISOP ocorre por efeito de sua


desvinculação do acervo patrimonial do COMAER, seja por uma modalidade de
desincorporação ou encerramento de contrato de utilização. Em vista de manter o registro
histórico, sua numeração não é utilizada no cadastramento de outro terreno.

5.4.4 A unificação das matrículas de dois ou mais terrenos contíguos implica no


cancelamento dos cadastros individuais e consequente geração de novo e único cadastro.

5.4.4.1 Terrenos contíguos de matrículas distintas podem ter suas matrículas unificadas,
junto à SPU/UF. Esta ação é de competência do responsável patrimonial, com apoio do
responsável administrativo.

5.4.4.2 O cancelamento do cadastro patrimonial de terreno excluído do acervo do COMAER


é feito pela DIRINFRA no SISOP, após o recebimento de uma cópia da documentação
comprobatória da desvinculação do imóvel do COMAER.

5.5 CODIFICAÇÃO DE BENFEITORIAS

5.5.1 A identificação das benfeitorias é feita por um código alfanumérico constituído por três
grupos, separados por ponto e hífen:
a) 1º grupo: parte fixa do código do tombo, ou seja, a sigla da Unidade da
Federação, um ponto e os 3 algarismos que identificam a área do
COMAER;
b) 2º grupo: código da primeira OM a receber a responsabilidade
administrativa pela benfeitoria;
c) 3º grupo: letra indicativa do tipo da benfeitoria, seguida de um hífen e do
número da mesma, composto de quatro algarismos para residência e três
algarismos para os demais tipos.

5.5.2 As letras indicativas do tipo da benfeitoria são as seguintes:


a) D – Depósito;
b) E – Edificação;
c) H – Hangar;
d) I – Infraestrutura (pistas de pouso, de rolagem e pátio de aeronaves);
e) P – Paiol; e
46/137 ICA 87-7/2023

f) R – Residência.

5.5.3 As construções tais como arruamentos, quadras de esportes não cobertas, campo de
futebol, muro de arrimo, cercas, e congêneres, do mesmo modo que as instalações como redes
de águas pluviais, redes de esgoto, redes elétricas e telefônicas etc. não são cadastradas como
benfeitorias. Seus valores devem ser considerados na avaliação do terreno.

5.5.4 Os imóveis residenciais são numerados de acordo com as seguintes categorias:


a) de 0001 a 0999 – oficiais generais;
b) de 1001 a 1999 – oficiais ou civis assemelhados;
c) de 2001 a 2999 – suboficiais, sargentos ou civis assemelhados; e
d) de 3001 a 3999 – cabos estabilizados, taifeiros ou civis assemelhados.

5.5.5 Compete às Prefeituras de Aeronáutica, em consonância com as instruções do órgão a


que estiverem subordinadas, classificar as residências de acordo com as categorias,
preferencialmente, em áreas distintas.

5.5.6 Em cada benfeitoria devem ser pintados, com tinta preta e em lugar visível, os
correspondentes tipo e número, em letras e algarismos de 30 cm de altura, exceto quando
houver impedimento justificável.

5.5.7 Exemplos de codificações de benfeitorias:


a) RN.004-67223-P-005 – Paiol nº 005 do CLBI, situado na área 004, no
Estado de Rio Grande do Norte;
b) SP.005-67115-H-002 – Hangar nº 002 do GAP-SP, situado na área 005, no
Estado de São Paulo; e
c) RJ.002-67248-R-1001 – Residência nº 1001 (oficial ou civil assemelhado)
da PAGL, situada na área 002, no Estado do Rio de Janeiro.

5.6 CADASTRO DE BENFEITORIAS

5.6.1 O cadastro de benfeitorias é feito pela OM, com responsabilidade administrativa pelas
mesmas, no SISOP, decorrente da conclusão de uma obra ou pelo recebimento de um imóvel
edificado.

5.6.1.1 Ao receber e cadastrar uma benfeitoria, o responsável administrativo deve colocar


uma cópia do TERD correspondente, bem como as plantas do as built da benfeitoria na aba
anexo.

5.6.2 A guarda da documentação original das benfeitorias é atribuição da OM que detém a


responsabilidade administrativa desses imóveis, cabendo a ela anexar ao SISOP as respectivas
cópias.

5.6.3 A OM que detém a responsabilidade administrativa sobre benfeitorias deverá:


a) mantê-las atualizadas no SISOP; e
ICA 87-7/2023 47/137

b) comunicar ao SERINFRA da área todas e quaisquer alterações realizadas


nas características das benfeitorias que possam implicar em alteração de seu
valor.

5.6.4 O cadastro de benfeitoria deve ser efetuado no SISOP conforme as orientações do


tutorial do Sistema.

5.6.4.1 Para efeito de registro histórico, a codificação de uma benfeitoria demolida,


cancelada ou transferida não pode ser reutilizada para a identificação de outra benfeitoria.

5.6.4.2 As fichas das benfeitorias devem ser geradas em formato PDF, assinadas
digitalmente pelo Chefe da Seção de Patrimônio e pelo Agente de Controle Interno da OM e
arquivadas para fins de registro.

5.7 REGISTROS PATRIMONIAIS

5.7.1 Uma cópia do Registro de Terreno e Benfeitoria deve constar dos arquivos localizados
no Setor de Patrimônio da OM.

5.7.1.1 Tratando-se de benfeitoria, cabe à OM com responsabilidade administrativa sobre


esse imóvel, atualizar o banco de dados do SISOP.

5.7.1.2 Tratando-se de terreno, cabe ao SERINFRA a atualização do banco de dados do


SISOP e dos sistemas corporativos da SPU.

5.7.1.3 Na impossibilidade da atualização do SISOP, solicitar que a DIRINFRA o faça.


Entende-se por impossibilidade, os casos em que o nível do usuário não permita que a
alteração seja realizada.

5.7.1.4 Toda alteração cadastral solicitada à DIRINFRA, ou ao SERINFRA, só será realizada


mediante solicitação formal com respectiva documentação (digital) que justifique a alteração.

5.8 CADASTRO DE CONTRATOS DE CESSÃO DE USO

5.8.1 O controle informações referentes aos contratos de cessão de uso, sejam elas gratuitas
ou onerosas, cabe à OM com a responsabilidade administrativa pelo imóvel.

5.8.1.1 O Anexo AD deve ser enviado de forma eletrônica, por meio de planilha, a
DIRINFRA, até o último dia útil do mês de janeiro, com as informações referentes ao
exercício anterior, com vistas à consolidação das informações para o Relatório Anual de
Gestão a ser enviado para o Tribunal de Contas da União (TCU).
48/137 ICA 87-7/2023

6 RESPONSABILIDADES PATRIMONIAL E ADMINISTRATIVA

6.1 ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE

6.1.1 A Diretoria de Infraestrutura da Aeronáutica – DIRINFRA, como Órgão Central do


SISPAT, é responsável pelo patrimônio imobiliário do COMAER, podendo definir a
responsabilidade administrativa das OM do COMAER, independentemente de suas
subordinações, por meio de seus elos regionais, mediante apreciação do EMAER, em
consonância com a Portaria que reformula o SISPAT.

6.1.2 A responsabilidade administrativa sobre um imóvel é da OM que o ocupa ou que


mantém sua guarda, de acordo com esta ICA e a legislação em vigor.

6.1.2.1 Casos diversos, em que mais de uma OM ocupe o imóvel, imóveis vagos, ou que
apresentem especificidades quanto à sua utilização, constam no item 6.4.1 desta Instrução.

6.2 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL

6.2.1 A responsabilidade patrimonial, conforme conceituado no item 1.4.61, decorre,


principalmente, da atribuição da administração de um imóvel da União ao COMAER, pela
SPU/UF, por intermédio de um Termo de Entrega.

6.2.1.1 A responsabilidade patrimonial sobre um imóvel é uma atribuição do SERINFRA da


área, sendo materializada por meio do Termo de Responsabilidade Patrimonial (Anexo R)
sempre que um imóvel for entregue ao COMAER.

6.2.1.2 O Termo de Responsabilidade Patrimonial deverá ser elaborado pelo SERINFRA,


com base preferencialmente em levantamento topográfico georreferenciado, podendo ser, na
falta deste, com base nas informações disponíveis (matrícula, croqui da área, ou qualquer
outro documento que identifique a área), em até 30 dias úteis e publicado em Boletim Interno
Ostensivo.

6.2.1.2.1 Excepcionalmente, os imóveis no exterior terão a atribuição de responsabilidade


patrimonial e administrativa para as Comissões que os utilizam.

6.2.2 Os dados técnicos (azimutes, distâncias e coordenadas) da descrição da área contida no


Registro de Imóveis deverão ser conferidos pelo SERINFRA para elaboração da minuta do
Termo de Entrega do Imóvel por parte da SPU/UF, de forma a evitar equívocos nos referidos
Termos.

6.2.3 As plantas e memoriais descritivos gerados para elaboração da minuta do Termo de


Entrega do Imóvel deverão ser submetidos, previamente, à análise da DIRINFRA.

6.2.4 Compete ao responsável patrimonial pelo imóvel efetuar o cadastro no sistema


corporativo da SPU e solicitar à DIRINFRA o cadastramento no SISOP.

6.3 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

6.3.1 A responsabilidade administrativa, conforme conceituado no item 1.4.60, é atribuída


pela DIRINFRA, representada pelo SERINFRA, por meio do Termo de Responsabilidade
ICA 87-7/2023 49/137

Administrativa (Anexo R), mediante apreciação do EMAER, e pode corresponder à área total
do terreno ou a sua fração ideal, de acordo com o respectivo Plano Diretor ou Zoneamento.

6.3.2 Em razão da relação direta entre o sistema corporativo da SPU e o SIAFI, somente as
OM responsáveis patrimonial são competentes para a execução do cadastramento nos
referidos sistemas. No entanto, a responsabilidade administrativa pode ser atribuída a
qualquer OM.

6.3.3 Compete ao responsável administrativo por parcela de imóvel, providenciar o


cadastramento no SISOP das benfeitorias e anexar os contratos existentes na área.

6.3.4 No caso de operador de aeródromo/aeroporto ocupando parcela de imóvel do


COMAER, compete ao SERINFRA cadastrar a utilização no sistema corporativo da SPU, o
que não exime os operadores dos encargos inerentes a sua condição de responsável
administrativo.

6.4 PROCEDIMENTOS PARA ATRIBUIÇÃO OU TRANSFERÊNCIA DA


RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

6.4.1 A atribuição ou transferência da Responsabilidade Administrativa obedecem aos


seguintes critérios:
a) imóvel (tombo) contendo duas ou mais OM/Operador de Aeródromo, deve
ter a responsabilidade administrativa compartilhada entre as OM que o
ocupem, conforme Plano Diretor ou zoneamento administrativo;
b) imóvel (tombo) isolado, mas com atividades de cunho específico,
desempenhadas na área, deve ter a responsabilidade administrativa atribuída
a OM que exerce ou administra tais atividades. (Ex: lançamento/testes com
foguetes, testes/treinamentos com armamento, exercícios de campanha);
c) imóvel (tombo) ocupado por auxílios/instrumentos à navegação aérea, PNR
sob a administração/utilização dos CINDACTA I, II, III, IV e CRCEA-SE e
qualquer outro imóvel que seja de interesse das mencionadas OM, deve ter a
responsabilidade administrativa atribuída ao CINDACTA I, II, III, IV ou
CRCEA-SE, de acordo com a área abrangência das mesmas;
d) imóvel (tombo) ocupado, exclusivamente, por Aeródromo Civil Público,
independente de previsão de futura transferência do Aeródromo para a SAC
ou permanência da administração do mesmo com o COMAER, deve ter a
responsabilidade administrativa atribuída ao SERINFRA da área;
e) imóvel (tombo) ocupado por PNR, administrado pelas Prefeituras de
Aeronáutica, deve ter a responsabilidade administrativa atribuída à
respectiva Prefeitura, bem como as áreas ocupadas pelos Clubes de
Aeronáutica;
f) imóvel situado em localidade onde não exista OM, que não se enquadre nas
alíneas “c”, “d” e “e” e que não haja OM interessada ou com planejamento
futuro em administrar/utilizar a área, deverá ter a responsabilidade
administrativa atribuída para a OM mais próxima, que possua meios para
realização de sua guarda, segurança e conservação, conforme proposta da
DIRINFRA e apreciação do EMAER;
50/137 ICA 87-7/2023

g) imóvel vago, em localidade onde exista OM e que não se enquadre nas


alíneas “c”, “d” e “e”, terá a responsabilidade administrativa atribuída a OM
da localidade, que possua meios para realização de sua guarda, segurança e
conservação, conforme proposta da DIRINFRA e apreciação do EMAER; e
h) fração de área vaga, situada em imóvel com duas ou mais OM, deve ter a
responsabilidade administrativa atribuída à Organização Militar responsável
pelo Plano Diretor da totalidade do imóvel.

6.4.1.1 Casos omissos deverão ser submetidos ao Diretor de Infraestrutura da Aeronáutica.

6.4.1.2 A atribuição de responsabilidade administrativa é uma prerrogativa da DIRINFRA,


por intermédio dos SERINFRA, quando da incorporação de imóveis e desativação/extinção
de OM, após trato do assunto junto ao COMGAP e ODS da OM que atende os critérios
estabelecidos no item 6.4.1.

6.4.1.3 Quando uma benfeitoria é compartilhada entre OM, a formalização da utilização


ocorre por meio de processo administrativo, onde ambas definem as questões de segurança
conservação e manutenção da benfeitoria como um todo. Ainda, o processo administrativo em
questão deverá constar nos Termos de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis
das OM envolvidas.

6.5 CONTROLE DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO NAS OM

6.5.1 Em todas as passagens de cargo de Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe de OM


deve ser lavrado um Termo de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis
(Anexo S).

6.5.2 O prazo para a lavratura desse Termo é de 20 (vinte) dias úteis contados a partir da data
de transmissão de cargo.

6.5.3 O termo elaborado tem a seguinte destinação:


a) OM – documento digital;
b) ODS – documento digital;
c) SERINFRA – documento digital; e

d) DIRINFRA – documento digital.

6.5.4 O Termo deve ser publicado em Boletim Interno Ostensivo.

6.5.5 Para elaborar o Termo, é necessário que a OM faça o inventário dos bens imóveis sob a
sua responsabilidade administrativa e a conferência dos dados das parcelas de terrenos
(conforme Plano Diretor e/ou zoneamento administrativo) e/ou das benfeitorias que utiliza.

6.5.6 Caso o novo Comandante/Chefe/Diretor da OM que recebe os imóveis identifique


qualquer erro ou ressalva relacionada a área recebida, além de fazer a inserção das ressalvas
no Termo de Passagem, deve comunicar, imediatamente, ao SERINFRA da área, de modo que
o mesmo coordene as gestões necessárias para solucionar o óbice.

6.5.6.1 Como ressalvas deve-se incluir processos administrativos e judiciais relativos ao


ICA 87-7/2023 51/137

patrimônio imobiliário, e até mesmo questões ou pendências ambientais que incidam sobre os
terrenos e/ou benfeitorias.

6.5.6.2 Deve constar nos Termos de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis
das OM que detém a responsabilidade administrativa e a responsabilidade patrimonial
informações sobre ocupações irregulares, se houver.

6.5.7 A elaboração do Termo de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis não


desobriga o cumprimento do estabelecido no RADA-e, no que se refere a bens imóveis.

6.6 TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE

6.6.1 Os processos de transferência ou atribuição de responsabilidade administrativa devem


conter, preferencialmente, plantas e memorial descritivo ou, na falta destes, Relatório Técnico
e de Vistoria elaborado pela OM que detém e irá transferir a responsabilidade, bem como o
valor de referência do imóvel (preferencialmente avaliação cadastral) além da relação de
benfeitorias existentes na área a ser transferida.

6.6.2 A transferência de responsabilidade administrativa, entre Organizações do COMAER,


se efetiva após autorização da DIRINFRA, cabendo ao SERINFRAa sua formalização.

6.6.3 Os processos de transferência de responsabilidade administrativa entre OM do


COMAER seguem os seguintes procedimentos:
a) a OM que necessitar de imóvel, sob a responsabilidade de outra OM,
solicita à detentora a sua transferência, a qual, com seu parecer, retorna o
processo à OM solicitante;
– caso a OM consultada não concorde com a transferência, devolve o
processo à OM solicitante com o parecer desfavorável, devidamente
justificado;
b) caso as OM concordem com a transferência, deverá ser elaborado um
relatório de vistoria conjunto entre OM solicitante e OM detentora, além
do(s) ODS emitir(em) parecer;
– no caso de ambas as OM pertencerem ao mesmo ODS, a OM solicitante
consulta este, via ofício, com o parecer favorável da OM detentora em
anexo;
– no caso das OM pertencerem a ODS diferentes, ambas consultam, via
ofício, os respectivos ODS. Cabe à OM solicitante reunir os pareceres
favoráveis;
– as OM envolvidas deverão elaborar minuta de Termo de Transferência de
Responsabilidade, em consonância com o Anexo T; e
– a OM solicitante/detentora deverá remeter o processo ao SERINFRA, via
despacho.

c) o SERINFRA analisa a solicitação do ponto de vista técnico, emite parecer


e, em caso favorável, revisa a minuta de Termo de Transferência de
Responsabilidade, e encaminha o processo à OM solicitante para
providências relativas aos óbices apontados (quando houver) e assinatura
digital do Termo pelas partes envolvidas;
d) a OM solicitante providencia as adequações (quando houver) e as
assinaturas digitais para restituição do processo ao SERINFRA;
52/137 ICA 87-7/2023

e) o SERINFRA assina o Termo como representante do OCSPA, providencia a


publicação e Boletim Interno Ostensivo, atualiza o cadastro do terreno no
SISOP e comunica à DIRINFRA;
f) as OM solicitante e detentora devem proceder a atualização cadastral do
SISOP, no que se refere às benfeitorias.

6.7 TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA INFRAERO PARA O COMAER

6.7.1 Quando não houver mais interesse por parte da INFRAERO na utilização de imóvel do
COMAER, que estava sob a sua posse e responsabilidade administrativa, o mesmo deve
retornar à posse e administração do COMAER, cumprindo-se as seguintes formalidades:
a) a INFRAERO comunica, via ofício, o propósito de não mais utilizar o
imóvel do COMAER ao SERINFRA da área, com os seguintes documentos
anexos:
– Cópia do Termo de Responsabilidade Administrativa do COMAER para a
INFRAERO;
– Termo de vistoria da área a ser devolvida, com a informação de área (m²);
– Relação de todas as benfeitorias que serão devolvidas, com a informação
da área construída (m²), estado de conservação e situação, codificação e
avaliação cadastral, realizado em até cinco anos; e
– Relatório fotográfico da área externa das benfeitorias
b) o SERINFRA, ao receber a documentação citada na alínea anterior, analisa
o pleito, emite parecer, e encaminha o processo à DIRINFRA;
c) a DIRINFRA emite parecer e encaminha o processo ao COMGAP;
d) o COMGAP presta o assessoramento jurídico e restitui o pleito à
DIRINFRA;
e) a DIRINFRA, verificando não haver impedimentos administrativos e/ou
judiciais para efetivar a posse do imóvel por parte do COMAER, autoriza
seu recebimento por meio de Termo de Reversão e Recebimento de Próprio
Nacional (Anexo V), a ser confeccionado pelo SERINFRA;
f) o processo retorna ao SERINFRA para lavratura e assinatura digital do
termo e demais providências relativas à atualização dos cadastros dos
sistemas corporativos da SPU e do SISOP; e
g) o SERINFRA comunica à DIRINFRA sobre a assinatura do termo e
providências tomadas, a fim de que o EMAER seja cientificado do imóvel
recebido, via cadeia de comando.
ICA 87-7/2023 53/137

7 DEMOLIÇÃO

7.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

7.1.1 Benfeitorias são construções de valor, agregadas ao solo pelo trabalho do homem, de
modo que não se possam retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano. Caracterizam-
se por serem duráveis e executadas com materiais diversos, para uso comum ou específico do
COMAER.

7.2 AUTORIZAÇÃO PARA DEMOLIÇÃO

7.2.1 A demolição total de benfeitorias, bem como a demolição parcial que resulte em
alteração, dependem de autorização do CMTAER, de acordo com a Lei nº 4.804/1965.

7.2.2 O Diretor de Infraestrutura da Aeronáutica tem competência administrativa delegada


pelo CMTAER para autorizar a demolição de benfeitorias administradas pelo COMAER, de
acordo com a Portaria nº 647/GC4, de 08 de maio de 2017.

7.2.3 A solicitação de autorização para a demolição total ou parcial de benfeitorias cabe à


OM com responsabilidade administrativa, conforme fluxo do Anexo J, e é composto pelos
seguintes documentos:
a) publicação em Boletim Interno Ostensivo da Comissão de Vistoria da OM,
composta por, no mínimo, 03 (três) membros, da qual faça parte, pelo
menos, um engenheiro/arquiteto, com registro válido no CREA/CAU;
b) Termo de Vistoria (Anexo W), publicado em Boletim Interno Ostensivo,
com detalhamento do estado da benfeitoria, fotografias da parte interna e
externa da mesma e se a demolição pretendida é total ou parcial. Caso seja
parcial, indicativo da área a ser demolida por meio de planta baixa. O
Termo de Vistoria deve conter o registro do engenheiro/arquiteto habilitado
no CREA/CAU, responsável técnico pela vistoria e pelo Termo, e a
justificativa da necessidade da demolição, segundo um ou mais dos
seguintes aspectos:
– ser uma construção defeituosa (dolo, imperícia, omissão ou negligência)
neste caso, o Parecer Técnico da comissão fiscalizadora da obra substitui
o Termo de Vistoria;
– sua recuperação ser antieconômica;
– por execução de demolição prevista em Plano Diretor em vigor; e
– por outro motivo, em caráter excepcional, identificado e justificado pela
Comissão de Vistoria. Neste caso é necessária a fundamentação do
Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM, no Ofício de
encaminhamento;
c) planta de situação da benfeitoria (datada e com assinatura do responsável
técnico), a qual deve identificar o posicionamento da benfeitoria em relação
ao terreno e à circunvizinhança. Caso haja disponibilidade, pode ser
utilizada imagem de satélite da área em que a benfeitoria está instalada,
localizando-a na imagem;
54/137 ICA 87-7/2023

d) declaração do Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor, de que a benfeitoria


não está tombada ou em processo de tombamento como Patrimônio,
Artístico, Cultural e Histórico, em nível Municipal, Estadual e Federal;
e) parecer da ANAC quanto à oportunidade ou à conveniência da demolição,
no caso de benfeitoria administrada pelos órgãos regionais do DECEA, que
esteja edificada em aeródromo sob a administração de Operador e
relacionada a sistema de pista de pouso e de decolagem, sistema de pistas de
táxi, sistema de pátio, terminal de passageiro, terminal de carga, torre de
controle, parque de abastecimento de aeronaves e seção de contraincêndio,
além do Termo de Vistoria; e
f) cópia da ART/RRT do responsável técnico pelo Termo de Vistoria conforme
item 7.5.1.

7.3 DESABAMENTO OU RUÍNA DE BENFEITORIA

7.3.1 Quando uma benfeitoria sofrer desabamento ou ruína total, o cancelamento do seu
registro no SISOP deve ser feito mediante processo devidamente instruído, encaminhado pela
OM, ou pelo Operador, à DIRINFRA, via SERINFRA, seguindo a cadeia de comando,
conforme procedimentos descritos no subitem 7.2.3 e fluxo do Anexo J.

7.3.2 A DIRINFRA providencia a baixa da benfeitoria no SISOP.

7.4 RESTRIÇÕES

7.4.1 A OM ou o Operador só pode iniciar e encaminhar processo solicitando autorização


para demolição de benfeitoria, se tal benfeitoria estiver cadastrada no SISOP.

7.4.2 Nos casos em que a OM, ou o Operador, que estiver interessado na execução de obras
que impliquem demolição total ou parcial de benfeitorias, a Comissão de Vistoria deve
proceder a cuidadoso levantamento das partes a serem demolidas, preservando as que possam
ser consideradas de natureza cultural, ainda que não sejam tombadas como Patrimônio
Histórico, Artístico e Cultural, em nível municipal, estadual e federal.

7.4.3 É expressamente proibida a demolição de benfeitorias nos seguintes casos:


a) benfeitoria tombada ou em processo de tombamento como Patrimônio
Histórico, Artístico e Cultural, em nível municipal, estadual e federal; e
b) benfeitoria que, por suas características construtivas e/ou sua natureza
cultural, esteja custodiada ou que seja passível de custódia pelo COMAER,
nos termos das instruções administrativas em vigor.

NOTA: Nestes casos, para benfeitorias que estejam em risco de desabamento, o


SERINFRA deverá submeter o processo de demolição à apreciação do INCAER para emissão
de parecer e este deverá retornar o processo ao SERINFRA para a análise de sua competência
e posterior encaminhamento para a DIRINFRA.

7.4.4 O código de cadastro no SISOP de uma benfeitoria que foi demolida ou que sofreu
desabamento ou ruína não pode ser atribuído a outra benfeitoria.

7.4.5 Para o caso de reforma com demolição parcial, a benfeitoria preserva seu código de
ICA 87-7/2023 55/137

registro e seus dados cadastrais devem ser atualizados no SISOP. Uma nova Ficha de Registro
Analítico de Benfeitoria deve ser providenciada, com as informações atualizadas da
benfeitoria, conforme previsto nesta ICA.

7.4.6 O material resultante das demolições deve, sempre que possível, ser aproveitado. A
Comissão de Vistoria fará constar do Termo de Vistoria a possibilidade de aproveitamento dos
materiais e equipamentos resultantes da demolição, devendo-se observar:
a) sobra de material resultante da demolição, que não tiver utilidade para a OM
ou para o Operador, deve ser alienada, obedecida às instruções normativas
sobre o assunto;
b) os equipamentos retirados da benfeitoria para a demolição devem ser
relacionados, organizados e oferecidos às demais OM, para possível
utilização; e
c) não havendo interesse por nenhuma OM, os equipamentos devem ser
alienados de acordo com o RADA ou conforme legislação vigente.

7.5 NOTAS FINAIS

7.5.1 O responsável técnico pelo termo de vistoria e pela planta de situação deverá juntar ao
processo, no caso de o solicitante da autorização para a demolição da benfeitoria for:
a) OM do COMAER: cópia da ART/RRT de cargo e função; e
b) demais casos: cópia da ART/RRT específica para o trabalho executado.

7.5.2 Os documentos objetos de análise nos processos de demolição, obrigatoriamente,


deverão ser assinados fisicamente ou eletronicamente.
56/137 ICA 87-7/2023

8 DESINCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS

8.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

8.1.1 Alienação de um bem imóvel é um ato voluntário e bilateral de transferência da


propriedade do bem, realizada pelo alienante ao adquirente. Ela pode ser realizada a título
oneroso ou gratuito. Para os bens imóveis de propriedade da União e administrados pelo
COMAER, a venda e a permuta são exemplos da alienação onerosa e a doação o exemplo de
alienação gratuita.

8.1.2 A transferência da propriedade dos bens imóveis se opera por escritura pública ou
instrumento equivalente devidamente registrado no RGI.

8.1.3 O COMAER para desincorporar bens imóveis de sua administração e, em alguns casos,
de sua posse, que não tenham mais aplicação para suas finalidades institucionais, pode propor
processos de:
a) venda;
b) permuta;
c) devolução ao doador;
d) reversão à SPU; e
e) transferência de jurisdição.

8.1.3.1 A reversão à SPU e a transferência de jurisdição não são caracterizadas como


modalidades de alienação de imóveis, pois a propriedade dos mesmos permanece com a
União Federal.

8.1.3.2 Casos de solicitação de doação de imóvel deverão tramitar considerando o fluxo


previsto para reversão à SPU, uma vez que não compete ao COMAER proceder à doação
conforme Parecer nº 00022/2021/DECOR/CGU/AGU.

8.1.4 Qualquer que seja a modalidade de desincorporação de imóveis do acervo patrimonial


do COMAER, são condições desejáveis para o início do processo de desincorporação:
a) cessar o interesse ou a necessidade do responsável administrativo na
utilização ou exploração do referido bem imóvel;
b) inexistir ônus ou gravames que impeçam a liberação do imóvel e este não
estiver “sub judice”, exceto nos casos que houver interesse e concordância
do Órgão recebedor do imóvel;
c) os pareceres das autoridades competentes do COMAER forem conclusivos
quanto à liberação;
d) houver concordância expressa do adquirente quanto às restrições existentes
relativas às servidões, bem como às implicações previstas nas legislações
específicas de competência do DECEA e da ANAC;
e) os imóveis não estiverem na condição de tombados como patrimônio
histórico e artístico nacional, por órgãos oficiais reconhecidos, bem como
custodiados pelo COMAER, conforme registro do INCAER; e
f) houver autorização expressa do CMTAER.
ICA 87-7/2023 57/137

8.1.5 Para qualquer modalidade de desincorporação de imóveis do acervo patrimonial do


COMAER, a OM ou Órgão responsável pelo imóvel, deve juntar ao processo a relação de
todas as benfeitorias neles existentes.

8.1.6 Um processo de desincorporação de bens imóveis, sob administração ou posse do


COMAER, inicia-se conforme fluxo descrito no Anexo K e requer a seguinte documentação:
a) certidão de registro do imóvel, passada pelo RGI da localização do imóvel e
Termo de Entrega passado pela SPU/UF;
b) planta e memorial descritivo de todo o imóvel ou planta e memorial
descritivo da parcela requerida e da área remanescente, caso se esteja
desincorporando parcela do imóvel, contendo a localização das benfeitorias
existentes no terreno. Para este item deve-se observar o Capítulo 2;
c) descrição das benfeitorias, indicando o número de pavimentos e
dependências, tipo de construção, acabamento, fotografias do imóvel, área
coberta real e área construída, além de sua codificação cadastral; e
d) avaliação do imóvel, no maior grau possível, com apresentação do Laudo de
Avaliação com validade de 12 (doze) meses, conforme o Capítulo 3 desta
ICA;
e) minuta de Portaria autorizativa do CMTAER (Anexo P);
f) laudo de vistoria, contendo fotografias do imóvel, relação e descrição das
benfeitorias e valor de avaliação cadastral, realizada a menos de dois anos; e
g) extrato do SPIUnet contendo o RIP utilização do imóvel a ser revertido,
cabendo ressaltar que o valor da avaliação cadastral do RIP deve condizer
com a situação exposta na supracitada alínea.

8.1.7 O DECEA deverá ser consultado para os casos de área de aeródromo sem zoneamento
civil-militar aprovado, instrumentos e auxílios à navegação, bem como qualquer outra
atividade que afete a segurança e o controle do espaço aéreo.

8.1.8 Os processos de desincorporação, preferencialmente, iniciam-se na OM que ocupa o


imóvel. Caso haja interesse da DIRINFRA/SERINFRA em iniciar o processo, a OM é
informada via ofício.

8.1.8.1 A OM encaminha o processo para parecer do ODS. Após isso, o processo segue
normalmente, conforme fluxo do Anexo K.

8.1.9 Em consonância à Portaria nº 8.678, de 30 de setembro de 2022, da SPU, o


Comandante da Aeronáutica tem competência para assinatura de contratos de alienação.

8.1.10 Nos termos do § 4º do art. 79 do Decreto-Lei 9.760/1946, o imóvel em


disponibilidade e sem previsão de utilização futura deverá ser devolvido à União.

8.1.11 Após a aprovação por parte do Comandante da Aeronáutica, os fluxos de


desincorporação seguirão conforme as especificidades de cada modalidade.

8.2 VENDA

8.2.1 As vendas de imóveis administrados pelo COMAER são realizadas mediante licitação
58/137 ICA 87-7/2023

pública conforme descrito na Lei nº 14.133/2021.

8.2.2 Os documentos descritos nas alíneas “a”, “b”, “c”, “d” e “e” do item 8.1.6 compõem o
processo de venda.

8.2.3 A tramitação do processo de venda segue conforme os fluxos do Anexo K até a


aprovação do Comandante da Aeronáutica.

8.2.4 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA e pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER seguem o fluxo conforme Anexo L.

8.3 PERMUTA

8.3.1 A permuta de imóveis de qualquer natureza, da União, por parte do COMAER, por
imóveis edificados ou não, ou por edificações a construir, é outra modalidade de alienação,
nos termos da Lei nº 9.636/1998. Quando para a sua realização houver condições de
competitividade, devem ser observados, sempre, os procedimentos licitatórios previstos na
Lei nº 14.133/2021.

8.3.1.1 O valor da torna de que trata o item anterior não poderá superar 49% do valor total da
permuta conforme item 4.5.1, com o fito de não descaracterizar a modalidade de permuta.

8.3.2 A tramitação do processo de permuta segue conforme os fluxos do Anexo K até a


aprovação do Comandante da Aeronáutica.

8.3.3 A permuta, quando realizada com o objetivo de aquisição de outro imóvel pertencente
a terceiros, ou por edificações a construir, de igual valor, ou de valor desigual ao do bem
avaliado do COMAER, tem a diferença de preço entre os mesmos recolhida no ato da
lavratura do contrato quando da aquisição de outro imóvel, ou recolhida na conclusão da obra
de contrapartida quando edificações a construir, conforme descrito a seguir:
a) se em favor do COMAER, mediante crédito ao Fundo Aeronáutico; e
b) se em favor do outro permutante, mediante depósito bancário em conta à
escolha do licitante vencedor.

8.3.4 A possibilidade ou obrigatoriedade da permuta deve ser descrita no processo de forma


clara e explícita e essa condição deve ser definida no Edital de Licitação, conforme dispõe a
legislação que regulamenta as licitações e contratos na Administração Pública e suas
alterações.

8.3.5 As propostas de permuta apresentadas por terceiros devem conter a documentação dos
imóveis oferecidos, nos termos das alíneas “a”, “b”, “c”, “d” e “e” do item 8.1.6.

8.3.6 A empresa construtora deverá fornecer a OM detentora da Responsabilidade


Administrativa toda a documentação necessária para obtenção das certidões junto aos poderes
municipais e concessionárias de serviços para operação do imóvel.

8.3.6.1 Ficará a cargo da empresa construtora todos os custos referentes a regularização do


imóvel que trata o item anterior, além do recolhimento dos impostos afetos a construção da
nova edificação (ISSQN, por exemplo) e custas cartoriais aplicáveis para conclusão da
permuta (ITBI), entre outros encargos.
ICA 87-7/2023 59/137

8.3.7 A situação patrimonial do imóvel de terceiros oferecido em permuta deve satisfazer aos
mesmos requisitos exigíveis para aquisições de imóveis pela União, quanto à documentação
do imóvel e do proprietário.

8.3.8 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA e pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER, seguem o fluxo conforme Anexo L.

8.3.9 A transferência de propriedade após a conclusão de obras a construir prevista nos


contratos de promessa de permuta por obras a construir ocorrerá da seguinte forma:

8.3.9.1 Após o envio do Termo de Recebimento Definitivo de Obra e o comprovante de


pagamento da torna, se houver, deverá ser assinado pelo Diretor da DIRINFRA o Contrato
Definitivo de Permuta para posterior elaboração da Escritura Pública a ser lavrada em
Cartório de Notas.
– O Diretor da DIRINFRA poderá delegar competência para assinatura
todos os atos que se fizerem necessários, junto a quaisquer Cartórios e
Repartições Públicas Federais, Estaduais e Municipais, por meio de
Portaria.

8.3.9.2 Após a assinatura da Escritura Pública, o SERINFRA procederá a baixa contábil nos
sistemas corporativos da SPU através da transferência de UG à SPU/UF, ou cancelamento, e
encaminhará documentos comprobatórios da transferência à SPU/UF para conhecimento e
baixa do imóvel.
– Nos casos em que não se pretenda realizar a transferência de propriedade
por meio da lavratura de Escritura Pública, o SERINFRA poderá
encaminhar à SPU cópia do Contrato de Promessa de Permuta, do TERD,
comprovante de pagamento da torna e minuta do Contrato Definitivo de
Permuta para que seja lavrado em livro próprio da SPU, em virtude de
que preconiza o art. 74 da Lei n° 9.760, de 5 de setembro de 1946.
– Para este caso, a transferência ou cancelamento no SPIUNet só deverá
ocorrer após a lavratura do contrato em livro da SPU/UF.

8.4 DEVOLUÇÃO AO DOADOR

8.4.1 Em se tratando de imóveis recebidos por doação de Estados, Municípios ou mesmo de


particulares, deve ser verificado se há encargos. Se houver encargos e eles não tenham sido
cumpridos, o imóvel é passível de reversão ao doador, nos termos do Art. 555 e seguintes do
CCB/2002.

8.4.2 O processo de devolução ao doador é composto pelos documentos previstos nas alíneas
“a”, “b”, “c”, “d” e “e” do item 8.1.6 e sua tramitação segue conforme os fluxos do Anexo K
até a aprovação do Comandante da Aeronáutica.

8.4.3 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA ou pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER seguem o fluxo conforme Anexo M.

8.5 REVERSÃO

8.5.1 A reversão de determinado imóvel à SPU somente é efetivada se não for de interesse
do COMAER proceder à venda ou permuta do imóvel sob sua administração, cuja utilização
60/137 ICA 87-7/2023

ou exploração não atenda mais a suas necessidades, nos termos do § 4º do art. 79 do Decreto-
Lei 9.760/1946.

8.5.2 Os processos de reversão à SPU são compostos pela documentação descrita nas alíneas
“e”, “f” e “g” do item 8.1.6 e seguem conforme fluxo do Anexo K até a aprovação do
CMTAER.

8.5.2.1 Para os casos em que o objeto da reversão seja uma fração de um imóvel, deve-se
avaliar a eventual necessidade de desmembramento da fração a ser revertida, bem como a
necessidade de instrução do processo de autorização com todos os documentos elencados no
item 8.1.6.

8.5.3 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA e pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER seguem o fluxo conforme Anexo M.

8.6 TRANSFERÊNCIA DE JURISDIÇÃO

8.6.1 A tramitação do processo de transferência de jurisdição segue conforme os fluxos do


Anexo K até a aprovação do Comandante da Aeronáutica.

8.6.1.1 Em caso de transferência de sítio aeroportuário, ou fração deste, de uso civil, o


processo segue o previsto no Anexo O, no que tange à documentação e tramitação no
COMAER.

8.6.2 Caso um órgão federal manifeste interesse por imóvel da União administrado pelo
COMAER, a OM responsável administrativa deve reunir a documentação do imóvel
discriminada nas alíneas “a”, “b”, “c”, “d” e “e” do item 8.1.6, bem como a manifestação
formal e clara do objetivo da transferência.

8.6.2.1 Caso a solicitação seja encaminhada diretamente ao CMTAER, o GABAER


encaminha a solicitação à DIRINFRA, que por intermédio do SERINFRA consulta a OM
responsável administrativa pelo imóvel e após isto segue o fluxo conforme Anexo K até a
aprovação do Comandante da Aeronáutica.

8.6.3 Os imóveis da União que estejam na posse do COMAER na situação de legalizados,


isto é, sem o Termo de Entrega da SPU/UF, podem, também, ser destinados a outros órgãos da
administração pública federal, por intermédio do SISREI.

8.6.3.1 A DIRINFRA é a responsável no âmbito do Comando da Aeronáutica pelo


cadastramento dos militares no SISREI.

8.6.4 Os procedimentos a serem adotados pelo SERINFRA ou pela OM proponente, após o


ato autorizativo do CMTAER, seguem o fluxo conforme Anexo N.
ICA 87-7/2023 61/137

9 UTILIZAÇÃO DE BENS IMÓVEIS DE USO ESPECIAL DA UNIÃO POR


TERCEIROS

9.1 INTRODUÇÃO

9.1.1 A utilização de bens imóveis da União, de uso especial, por terceiros, sob a
responsabilidade do COMAER, objetivando a exploração econômica ou o fornecimento de
bens e serviços, obedece às disposições constantes neste Capítulo e na legislação em vigor.

9.1.2 Somente os imóveis considerados disponíveis e com as seguintes características são


passíveis de utilização por terceiros:
a) possuir limites nítidos, facilmente identificáveis, inquestionáveis e que
favoreçam as ações de segurança, evitando-se, sempre que possível,
confrontantes diretamente com outros imóveis, sejam públicos ou privados;
b) ser livre de servidões de qualquer natureza ou magnitude; e
c) ser compatível em dimensões e outras peculiaridades com a destinação que
lhe é atribuída.

9.1.3 São condições gerais para utilizar imóvel da União administrado pelo COMAER:
a) estar em conformidade quanto à posse ou ao título de propriedade e/ou ao
título de transferência de jurisdição;
b) inexistirem processos judiciais ou administrativos sobre a área proposta do
imóvel a ser cedida;
c) estar desocupado;
d) estar temporariamente sem utilização;
e) inexistir previsão de sua utilização futura; e
f) inexistirem ônus reais.

9.1.4 A utilização de bens imóveis por terceiros pode ser efetuada por meio da adoção de
uma das seguintes modalidades:
a) cessão de uso sob o regime de arrendamento;
b) autorização de uso;
c) permissão de uso;
d) cessão de uso sob o regime de concessão de direito real de uso; e
e) cessão de uso gratuita.

9.1.5 A cessão de uso prevista no caput do art. 18 da Lei nº 9.636/1998 é gênero, podendo
assumir quaisquer dos regimes (espécies) previstos no Decreto-Lei nº 9.760/46 ou na própria
Lei nº 9.636/1998.

9.1.5.1 A cessão de uso perfaz-se por meio de contrato administrativo.

9.1.5.2 O instrumento a ser utilizado pela ocupação de terrenos de terceiros é o Termo de


Cessão de Uso (Anexo AA), figurando a União/COMAER como Cessionário.
62/137 ICA 87-7/2023

9.1.5.3 A OM que detém a responsabilidade administrativa pelo objeto do contrato


administrativo de cessão de uso deverá elaborar e remeter minuta de termo de referência à
CJU/UF, exceto para os casos de cessão de uso gratuita, e CDRU quando destinado a outro
órgão ou entidade da Administração Pública, para esses casos deve ser enviada justificativa de
dispensa de licitação.

9.1.6 A cessão de uso prevista no Decreto nº 3.725/2001, em seu art. 12, regulamentando a
Lei nº 9.636/1998, exemplifica as atividades de apoio destinadas às necessidades do Órgão
cedente e seus servidores, como:
a) posto bancário;
b) posto dos correios e telégrafos;
c) restaurante e lanchonete;
d) central de atendimento à saúde;
e) creche; e
f) outras atividades similares que venham a ser consideradas necessárias pelos
Ministros de Estado, ou autoridades com competência equivalente nos
Poderes Legislativo e Judiciário, responsáveis pela administração do
imóvel.

9.1.7 A Portaria nº 289/GC4, de 17 de maio de 2022, acrescentou novas hipóteses ao rol de


aplicação desse instituto, tais como atividades de barbearia, cabeleireiro, alfaiataria, sapateiro,
boteiro, confecção e venda de uniformes e artigos militares e lavanderi

9.1.8 A Portaria SPU nº 8.678, de 30 de setembro de 2022, em seu art 1º, §1º delega a
competência para o Comandante da Aeronáutica efetuar a assinatura de contratos de
arrendamento, permissão de uso e concessão de direito real de uso.

9.2 DA CESSÃO DE USO SOB O REGIME DE ARRENDAMENTO

9.2.1 A cessão de uso sob o regime de arrendamento é a forma de utilização pela qual o
COMAER cede a terceiros um imóvel sob sua administração, para fins de exploração de
frutos ou prestação de serviços mediante contraprestação.

9.2.1.1 A cessão por arrendamento para atendimento das atividades de apoios serão aquelas
destinadas a implementação daquelas incluídas no art. 12 do Decreto nº 3725/2001,
combinado com a Portaria nº 289/GC4/2022.

9.2.2 A cessão por arrendamento, quando destinada à exploração de frutos, é vocacionada às


atividades de natureza agropecuária e a cessão por arrendamento destinada à prestação de
serviços, circunscreve-se às atividades comerciais, excluídas as mencionadas no art. 12 do
Decreto nº 3.725/2001.

9.2.3 A cessão de uso sob o regime de arrendamento efetiva-se mediante contrato no qual
constam, obrigatoriamente, as condições a serem estabelecidas pelo COMAER e é regido
pelas normas de Direito Público, sendo vedada qualquer outra forma de ajuste.

9.2.3.1 O prazo contratual da cessão de uso sob o regime de arrendamento, previamente


estabelecido, é de até vinte anos. Entretanto, quando o projeto envolver investimentos cujo
ICA 87-7/2023 63/137

retorno, justificadamente, não possa ocorrer dentro do prazo máximo de vinte anos, a cessão
de uso sob o regime de arrendamento pode ser realizada por prazo superior, observando-se,
nesse caso, como prazo de vigência, o tempo seguramente necessário à viabilização
econômico-financeira do empreendimento, não ultrapassando o período da possível
renovação, devendo tal prazo estar previsto no Edital de Licitação ou no processo de dispensa
ou de inexigibilidade.

9.2.4 A competência para o início do processo de cessão de uso sob o regime de


arrendamento é do Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM que tem a
responsabilidade administrativa do imóvel, sendo o mesmo responsável por todas as
providências necessárias à concretização do contrato, inclusive negociações, com apoio da
OM apoiadora. Caso haja necessidade de apoio técnico à OM, para providenciar as peças
técnicas necessárias ao processo, o SERINFRA prestará o apoio.

9.2.4.1 São competentes para firmar contratos de cessão de uso sob o regime de
arrendamento, as seguintes autoridades, conforme prazos de vigência abaixo estabelecidos:
a) até 5 (cinco) anos, o Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM, ou
seja, o responsável administrativo pelo imóvel;
b) até 10 (dez) anos, o ODS da OM interessada; e
c) acima de 10 (dez) anos, o ODS, condicionada à autorização do Chefe do
Estado-Maior da Aeronáutica.

9.2.4.2 Os prazos de vigência da cessão por arrendamento poderão ser prorrogados até os
limites máximos estabelecidos no item anterior, devendo os respectivos Termos Aditivos
serem firmados pela mesma autoridade que celebrou o contrato e uma cópia digital
encaminhada ao SERINFRA e à DIRINFRA.

9.2.4.3 A cessão de uso sob o regime de arrendamento pode ser revogada a qualquer tempo,
havendo interesse do COMAER, independentemente de indenização, exceto as que se refiram
às benfeitorias necessárias, que não asseguram ao cessionário o direito à retenção do imóvel, e
àquelas cuja contraprestação seja em forma de prestação de serviços de construir ou reformar,
onde deverá ser avaliado a viabilidade de interrupção do serviço prestado para que não haja
prejuízo ao COMAER.

9.2.4.4 O processo de cessão de uso sob o regime de arrendamento deve ser instruído com a
seguinte documentação:
a) planta topográfica do imóvel como um todo, destacando a localização do
imóvel a ser arrendado;
b) cópias da documentação dominial do imóvel (Título de Transferência, Título
de Propriedade e Termo de Entrega da SPU/UF);
c) planta baixa da(s) benfeitoria(s) ser(em) arrendada(s), se for o caso;
d) memorial descritivo do imóvel a ser arrendado;
e) minuta de contrato administrativo;
f) laudo de avaliação do imóvel a ser arrendado;
g) proposta do Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM proponente,
justificando a cessão por arrendamento; e
64/137 ICA 87-7/2023

h) autorização de que trata a Portaria GABAER n° 289/GC4, de 17 de maio de


2022.

9.2.4.5 Para os processos de arrendamento que não se enquadrarem como atividade de apoio,
conforme o Art. 12 do Decreto Lei 3.725/2001, complementado pela Portaria 289/GC4/2022
de 2022, deverá proceder-se também com a desafetação (Anexo AF) do imóvel, classificando-
o como bem de uso dominical, de acordo com o previsto nos Art. 99 e Art. 101 do Código
Civil Brasileiro.

9.2.4.6 Instruído o processo de cessão de uso sob o regime de arrendamento com a


documentação acima descrita, o Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM deve
encaminhá-lo ao SERINFRA responsável patrimonial pelo imóvel, para fins de análise da
documentação técnica patrimonial contida no processo e da disponibilidade da utilização da
área para a cessão proposta.

9.2.4.7 O SERINFRA restitui o processo à OM responsável administrativa, informando


possíveis óbices observados na documentação técnica, para prosseguimento do processo.

9.2.4.8 As OM devem enviar cópia digital do contrato, para fins de registro e controle, à
SEFA e ao SERINFRA, o qual fará a inclusão da citada cópia no cadastro do SISOP
correspondente ao imóvel cedido.

9.2.5 Além do recolhimento de pagamento de quantia periódica denominado renda e em


consonância com os Termos do §10 do Art. 18 da Lei 9.636/1998, atualizado pela Lei
14.011/2020, a cessão poderá ter como contraprestação:
a) construir, reformar ou prestar serviços de engenharia em imóveis da União,
que não sejam o objeto da cessão; e
b) bens móveis de uso duradouro de interesse da União.

9.2.5.1 A renda é estipulada em base anual, podendo ser paga de uma só vez ou em parcelas
mensais, trimestrais ou semestrais, conforme dispuser o contrato.

9.2.5.2 No caso de pagamento único, deve ser estabelecido o mês em que o mesmo deve
ocorrer.

9.2.5.3 De maneira semelhante, a contraprestação em forma de serviços de engenharia ou


fornecimento de bens poderá ser estipulado em base anual, devendo ser prestada conforme
projeto básico, que deverá incluir o planejamento das medições (seja por meio de um
cronograma de execução físico-financeiro para serviços de engenharia ou uma agenda de
entrega dos bens) que servirá de base para aferição da execução do contrato.

9.2.5.4 Em qualquer que seja o caso, o documento base para elaboração da contraprestação
será o laudo de avaliação, conforme letra f item 9.2.4.4.

9.2.5.5 Nos casos em que a contraprestação ocorrer na forma de prestação de serviço de


engenharia ou fornecimento de bem, caberá a OM responsável pelo arrendamento a inserção
do projeto básico, cujo valor poderá representar em todo ou parte da contraprestação.

9.2.5.6 Nos casos em que as obras/serviços de engenharia, ou o fornecimento de bens


totalizem valor menor que o valor anual obtido em laudo multiplicado pelo período da cessão
ICA 87-7/2023 65/137

de uso, o contrato poderá ser instruído de forma que as demais parcelas sejam recolhidas na
forma de renda.

9.2.5.7 Caso a contraprestação seja nos termos do item 9.2.5.3, a fiscalização do contrato de
arrendamento deverá ser apoiada pela comissão de fiscalização da obra/serviço de engenharia
ou pela comissão de recebimento dos bens adquiridos, conforme os ritos legais já
consolidados para as respectivas modalidades, que deverão comunicar periodicamente à
fiscalização do contrato de arrendamento quanto ao cumprimento ou não dos prazos
instituídos no cronograma físico-financeiro.

9.3 DA AUTORIZAÇÃO DE USO

9.3.1 A autorização de uso é a forma pela qual o COMAER consente a prática de


determinada atividade incidente em imóvel ou benfeitoria sob a sua administração, a título
gratuito ou oneroso, por curto período de tempo, para realizar eventos ou atividades com
vistas à utilidade pública, mas no interesse do particular (Anexo Z).

9.3.2 A autorização de uso é ato administrativo discricionário, unilateral e precário e não tem
forma nem requisitos especiais para sua efetivação, pois visa apenas às atividades transitórias
e irrelevantes para a Administração, bastando que se consubstancie em ato escrito, revogável a
qualquer tempo e sem ônus para a Administração, dispensando lei autorizativa e licitação para
seu deferimento.

9.3.3 A autorização de uso formaliza-se mediante o Termo assinado pelo Comandante,


Chefe, Prefeito ou Diretor da OM, pelo usuário e por testemunhas de assinatura, uma das
quais o ACI, em duas vias, que são destinadas à OM e ao usuário. Cópias digitais do Termo
devem ser destinadas ao SERINFRA, para inclusão no SISOP, e à SEFA, quando gerar
receita.

9.3.3.1 A vigência do termo de autorização de uso deve ser de até 3 (três) meses, podendo
ser prorrogado, por igual período.

9.3.4 É vedado ao usuário ceder, mesmo que gratuitamente, o imóvel ou benfeitoria, no todo
ou em parte, ou transferir a autorização.

9.4 DA PERMISSÃO DE USO

9.4.1 Forma pela qual o COMAER consente na utilização de imóvel ou benfeitoria sob a sua
administração, na forma gratuita ou onerosa, para realização de eventos de curta duração, de
atividades com vistas à utilidade pública e no interesse da coletividade, de natureza recreativa,
esportiva, cultural, religiosa ou educacional.

9.4.2 A permissão de uso é ato administrativo discricionário, negocial, unilateral e precário,


e pode ser deferida independentemente de lei autorizativa, sendo dispensável a licitação nas
hipóteses previstas na Lei nº 14.133/2021, conforme disposto no art. 2º desta Lei.

9.4.2.1 Caso não esteja presente o interesse da coletividade, mas tão-somente para o
particular, o uso não deve ser permitido, mas simplesmente autorizado.

9.4.3 O Termo tem vigência de até 3 (três) meses, podendo ser prorrogado, por igual período,
conforme capitulado no Inc. III do art. 14 do Decreto nº 3.725/2001.
66/137 ICA 87-7/2023

9.4.4 A permissão de uso formaliza-se mediante o Termo assinado pelo Comandante, Chefe,
Prefeito ou Diretor da OM, pelo permissionário e por testemunhas de assinatura, uma das
quais o ACI, em duas vias, que são destinadas à OM e ao permissionário. Cópias digitais do
Termo devem ser destinadas ao SERINFRA, para inclusão no SISOP, e à SEFA, quando gerar
receita.

9.4.5 É vedado ao permissionário ceder, mesmo que gratuitamente, o imóvel ou benfeitoria,


no todo ou em parte, ou transferir a permissão.

9.5 DA CESSÃO DE USO SOB O REGIME DE CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE


USO (CDRU)

9.5.1 A cessão de uso sob o regime de concessão de direito real de uso é a forma pela qual o
COMAER, mediante contrato, cede um imóvel público, não edificado, a terceiros, a título
oneroso ou gratuito. Trata-se de direito real resolúvel previsto no art. 7º do Decreto-Lei nº
271/1967, e deve obrigatoriamente atender a fins específicos, quais sejam: o de regularização
fundiária de interesse social, de urbanização, industrialização, edificação, cultivo de terra,
aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus
meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas.

9.5.1.1 Embora haja a citação de que a CDRU não poderá se dar em área com edificações
erigidas, a questão poderá ser levada à apreciação da DIRINFRA, por intermédio do
SERINFRA.

9.5.2 Os imóveis considerados disponíveis para serem utilizados para a cessão de uso sob o
regime de concessão de direito real deverão possuir as características do item 9.1.2 e nas
condições do item 9.1.3.

9.5.3 O prazo da cessão de uso sob o regime de concessão de direito real de imóvel público a
particular deverá estar previsto em contrato, sendo que a contraprestação ajustada,
denominada preço, pode ser efetivada de uma única vez ou mediante pagamento parcelado.

9.5.3.1 Admite-se a contraprestação na forma de execução de obras ou realização de serviços


de interesse do COMAER, conforme descrito no item 9.2.5.

9.5.3.2 O contrato deverá prever se a cessão de uso sob o regime de concessão de direito real
será transmissível ou não, por ato intervivos ou por sucessão legítima ou testamentária.

9.5.4 A cessão de uso sob o regime de concessão de direito real será onerosa, quando a
entidade interessada exerce atividades com fins lucrativos no imóvel. A contraprestação
ajustada deve considerar, como fatores para composição de seu montante, o valor do uso e o
gozo do imóvel ou parte deste, as restrições que se imponham ao seu uso operacional e sua
depreciação.

9.5.5 A cessão de uso sob o regime de concessão de direito real é a título gratuito quando o
concessionário for órgão ou entidade da Administração Pública da União, dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios e quando estes se responsabilizarem diretamente pelos
serviços prestados, sem objetivar lucro e sem contar com a participação de empresas públicas
ou privadas.
ICA 87-7/2023 67/137

9.5.6 A competência para iniciar o processo de cessão de uso sob o regime de concessão de
direito real é do Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM que tem o imóvel sob sua
responsabilidade administrativa.

9.5.6.1 Todas as providências à concretização e assinatura do contrato, inclusive


negociações, são do Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM que tem o imóvel sob sua
responsabilidade. Após a assinatura do Termo de Cessão, uma cópia será encaminhada para a
SPU-UF, a fim de ser lavrado em livro próprio.

9.5.7 O processo de cessão de uso sob o regime de concessão de direito real de imóvel
público a particular deve ser instruído com a seguinte documentação:
a) planta topográfica e memorial descritivo do imóvel como um todo;
b) cópias autenticadas da documentação dominial do imóvel;
c) planta e memorial descritivo da parcela do imóvel a ser concedida (no caso
de fração);
d) avaliação do imóvel ou parcela, levando em consideração possível(is)
receita(s) gerada(s) com a utilização da área durante o período previsto no
processo e a depreciação do imóvel;
e) proposta do concessionário, acompanhada da planta da obra a ser realizada
pelo concessionário e do memorial descritivo da obra a ser realizada pelo
concessionário;
f) informações detalhadas sobre processos administrativos e/ou judiciais,
envolvendo o imóvel objeto da concessão, se houver;
g) proposta do Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM;
h) h) relatório de impacto ambiental, bem como os laudos emitidos pelos
órgãos responsáveis, conforme a legislação em vigor, quando cabível; e
i) minuta de contrato administrativo.

9.5.8 Elaborado o processo de cessão de uso sob o regime de concessão de direito real com a
documentação acima, o Comandante da OM, previamente autorizado pelo seu ODS,
encaminha o processo ao SERINFRA para fins de análise da documentação técnica contida no
processo.

9.5.9 O SERINFRA restitui o processo à OM responsável administrativa, informando


possíveis óbices observados na documentação técnica. O apoio para a licitação deverá ser
dado pelo OM apoiadora.

9.5.10 Após a análise da documentação técnica, o SERINFRA encaminha o processo, via


cadeia de comando, ao CMTAER, para despacho autorizativo.

9.5.11 Autorizada a CDRU, o processo retorna ao SERINFRA, via cadeia de comando, para
ser encaminhado para a lavratura do contrato em livro próprio da SPU/UF. Assinado o
contrato, uma via do mesmo é encaminhada ao Concessionário e outra à OM, com cópias
digitais para a SEFA e DIRINFRA.

9.5.12 O SERINFRA atualiza o registro no SISOP, incluindo cópia do termo de cessão e da


planta da área afetada pela mesma.
68/137 ICA 87-7/2023

9.5.13 O prazo máximo de vigência é de vinte anos prorrogáveis, por igual período, devendo
a sua rescisão ser notificada a outra parte, por escrito, com antecedência mínima de noventa
dias do termo final de que pretende dá-lo por encerrado.

9.5.14 O contrato de cessão de uso sob o regime de concessão de direito real será rescindido
quando, o concessionário:
a) der, ao imóvel, destinação diversa da estabelecida no contrato ou termo; ou
b) descumprir cláusula resolutória do ajuste, perdendo, neste caso, as
benfeitorias de qualquer natureza.

9.6 CESSÃO DE USO GRATUITA

9.6.1 A cessão de uso gratuita é um instrumento geral de destinação que não transfere
direitos reais, ou seja, o uso do imóvel é autorizado conforme condições previstas em
contrato, permanecendo o bem imóvel como propriedade da União.

9.6.1.1 É utilizada para as ocasiões em que há o interesse e/ou a necessidade em manter o


domínio da União e, consequentemente, a administração do COMAER sobre determinado
imóvel.

9.6.2 A cessão de uso gratuita pode se dar, conforme inciso I e II, do artigo 18 da Lei nº
9.636/1998 para os Estados, Distrito Federal, Municípios, entidades sem fins lucrativos das
áreas de educação, cultura, assistência social ou saúde, além de pessoas físicas ou jurídicas,
quando tratar-se de interesse público, social ou de aproveitamento econômico de interesse
nacional.

9.6.2.1 É vedado a cessão, a título gratuito, de bens moveis e imóveis em favor de clubes e
associações de servidores com caráter civil ou esportivo em acordo com o Decreto nº 99.509,
de 05 de setembro de 1990.

9.6.3 A cessão de uso gratuita efetiva-se mediante contrato no qual constam,


obrigatoriamente, as condições a serem estabelecidas pelo COMAER, e é regido pelas normas
de Direito Público, sendo vedada qualquer outra forma de ajuste.

9.6.3.1 O referido contrato deve dispor necessariamente sobre a finalidade de sua realização
e ao prazo para seu cumprimento.

9.6.3.2 A cessão tornar-se-á nula, independente de ato especial, se ao imóvel, no todo ou em


parte, vier a ser dada aplicação diversa da prevista no contrato.

9.6.4 A cessão de uso gratuita é cabível quando a entidade cessionária exercer,


comprovadamente, atividade de interesse público, não sendo indicada para fins de habitação e
regularização fundiária de interesse social.

9.6.5 A competência para o início do processo de cessão de uso gratuita é do Comandante,


Chefe, Prefeito ou Diretor da OM que tem a responsabilidade administrativa do imóvel, sendo
o mesmo responsável por todas as providências necessárias à concretização do contrato,
inclusive negociações, com auxílio da OM Apoiadora. Caso haja a necessidade de apoio
técnico à OM, para providenciar as peças técnicas necessárias ao processo, o SERINFRA da
área prestará o Apoio.
ICA 87-7/2023 69/137

9.6.6 São competentes para firmar contratos de cessão de uso gratuita de imóveis, as
seguintes autoridades, conforme prazos de vigência abaixo estabelecidos:
a) até 5 (cinco) anos, o Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM, ou
seja, o responsável administrativo pelo imóvel;
b) até 10 (dez) anos, o ODS da OM interessada; e
c) acima de 10 (dez) anos, o ODS, condicionada à autorização do Chefe do
Estado-Maior da Aeronáutica.

9.6.7 A cessão de uso gratuita pode ser revogada a qualquer tempo, havendo interesse do
COMAER, independentemente de indenização, exceto as que se refiram às benfeitorias
necessárias, que não asseguram ao cessionário o direito à retenção do imóvel.

9.6.8 O processo de cessão de uso gratuita deve se instruído com a seguinte documentação:
a) planta topográfica e memorial descritivo do imóvel como um todo,
destacando a localização do imóvel a ser cedido;
b) cópias da documentação dominial do imóvel (Título de Transferência, Título
de Propriedade e Termo de Entrega da SPU/UF);
c) planta baixa da(s) benfeitoria(s) a ser(em) cedida(s), se for o caso;
d) laudo de avaliação do imóvel a ser cedido;
e) proposta do Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM proponente,
justificando a cessão gratuita; e
f) minuta do contrato administrativo.

9.6.9 Instruído o processo de cessão de uso gratuita com a documentação acima descrita, o
Comandante, Chefe, Prefeito ou Diretor da OM deve encaminhá-lo ao SERINFRA
responsável patrimonial pelo imóvel, para fins de análise da documentação técnica contida no
processo.

9.6.9.1 O SERINFRA restitui o processo à OM responsável administrativa, informando


possíveis óbices observados na documentação técnica, para prosseguimento do processo.

9.6.10 Efetivado o processo de cessão de uso gratuita, a OM responsável administrativa pelo


contrato deve providenciar a inserção do contrato no SISOP, na aba Anexos, do respectivo
imóvel.
70/137 ICA 87-7/2023

10 EXECUÇÃO PATRIMONIAL

10.1 ORIENTAÇÕES GERAIS

10.1.1 Incumbirá ao SERINFRA a execução patrimonial e comprovação de bens imóveis,


conforme rotinas estabelecidas pela DIREF por meio do MCA 172-3 (Manual de Execução
Orçamentária, Financeira e Patrimonial do Comando da Aeronáutica).

10.1.2 As interações necessárias entre SERINFRA e as OM detentoras da responsabilidade


administrativa pelo imóvel seguirão as rotinas estabelecidas na presente ICA e, de forma
complementar, no MCA 172-4 (Manual de Procedimentos das Unidades de Apoio e
Apoiadas).

10.1.3 A composição dos SERINFRA e as respectivas responsabilidades estão definidas em


módulo específico do RADA-e.

10.1.4 Compete aos SERINFRA e as OM detentoras de responsabilidade administrativa a


constante atualização dos sistemas de gerenciamento de imóveis da SPU e do COMAER.

10.2 EXECUÇÃO CONTÁBIL

10.2.1 A incorporação e desincorporação do patrimônio imóvel na União é realizada


necessariamente por meio dos sistemas corporativos da SPU, que gera reflexo automático no
SIAFI, com exceção às baixas de Bens Imóveis a Classificar para posterior incorporação, que
é realizada apenas no SIAFI.

10.2.2 As movimentações patrimoniais podem ser provenientes de incorporações,


desincorporações, reavaliações e obras/instalações.

10.3 REGISTROS CONTÁBEIS

10.3.1 Os SERINFRA, bem como as Comissões Aeronáutica em Londres e Washington,


deverão adotar providências para que toda a documentação afeta à execução patrimonial de
bens imóveis tramite sob a forma de Processos Administrativos de Gestão (PAG), em
conformidade com as regras estabelecidas na NSCA 10-2 (Correspondência e Atos Oficiais do
Comando da Aeronáutica).

10.3.2 O Gestor Patrimonial de Bens Imóveis do SERINFRA, bem como das Comissões
Aeronáutica em Londres e Washington, é responsável pelos lançamentos contábeis referentes
às modificações patrimoniais dos bens imóveis no SIAFI, bem como pela manutenção da
consistência desses registros em relação aos respectivos documentos comprobatórios.

10.3.3 Os PAG serão compostos pelos documentos comprobatórios que suportam os


registros contábeis efetuados nos sistemas corporativos da SPU e/ou SIAFI, tais como:
a) Termo de Recebimento Definitivo de Obra;
b) Declaração de Demolição de Benfeitoria;
c) Fichas de Registro Analítico de Terreno e de Benfeitoria;
d) Termo de Incorporação de Benfeitoria; e
ICA 87-7/2023 71/137

e) Documentos relativos à Incorporação/Desincorporação de Imóveis.

10.3.4 Os PAG que tratam da execução patrimonial de bens imóveis de uso especial do
COMAER serão conferidos pelos Agentes de Controle Interno dos SERINFRA, ou das
respectivas CAB, em todas as suas fases, recebendo a respectiva rubrica de conferência dos
Agentes de Controle Interno.

10.3.5 As OM que detém a responsabilidade administrativa pelos imóveis deverão


providenciar o envio tempestivo ao SERINFRA da documentação comprobatória das
alterações patrimoniais ocorridas.

10.3.6 Ao término de obra, cabe a Unidade Executora (OM) responsável pelo contrato, com
base no Termo de Recebimento da Obra, Processar a baixa, no SIAFI, dos saldos contábeis de
obras em andamento, ou de instalações, relativos aos valores das obras recebidas ou das
instalações. Após baixa, a Unidade Executora enviará comprovante da ação executada ao
SERINFRA, contendo o Termo de Recebimento Definitivo de Obra (TERD) e a Publicação
em Boletim Interno Ostensivo (BIO).

10.3.6.1 As Unidades Executoras têm a responsabilidade de verificar a paridade dos valores


da baixa no sistema SIAFI e o apresentado no TERD. Caso haja disparidade, será necessário
providenciar novo TERD publicado em BIO e encaminhar ao SERINFRA para seguimento do
processo.

10.4 INDIVIDUALIZAÇÃO DOS IMÓVEIS NO SIAFI

10.4.1 A OM deve adotar registros no SISOP (no cadastro das BENFEITORIAS) que
permitam identificar a correspondência existente entre o nº RIP e o código de tombo.

10.4.2 O SERINFRA, mediante solicitação da OM que detém a responsabilidade


administrativa pelo imóvel, providencia a atualização dos sistemas corporativos da SPU pelo
valor reavaliado, quando se tratar de reforma igual ou superior a 20% (vinte por cento) do
valor líquido contábil do imóvel, ou pelo valor da construção, quando se tratar de construção
de nova benfeitoria. Neste último caso, o bem deve ser cadastrado no SPUnet em seu RIP
Utilização, pelo SERINFRA, e no SISOP pela OM que detém a responsabilidade
administrativa da benfeitoria.

10.5 CONTABILIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DOS VALORES DOS BENS IMÓVEIS

10.5.1 Anualmente, até o último dia útil do mês de maio, a DIRINFRA deverá receber do
CEPE o relatório dos valores unitários de benfeitorias, com o custo do metro quadrado de
construção de benfeitorias em estado novo, de tal forma que permita que as OM adaptem da
melhor forma possível o enquadramento do tipo de benfeitoria que estão avaliando e calculem
o valor cadastral das benfeitorias sob sua administração, aplicando o fator de depreciação por
idade.

10.5.2 Os valores unitários do metro quadrado de terrenos poderão ser obtidos junto à SPU/
UF (Banco de dados Imobiliários), Prefeituras Municipais (Planta Genérica de Valores) e
pesquisa de mercado.

10.5.3 A atualização dos valores das benfeitorias é competência da OM que detém a


responsabilidade administrativa e deve ser realizada no SISOP.
72/137 ICA 87-7/2023

10.5.3.1 Quando se tratar de benfeitorias em situação "CANCELADA" e DEMOLIDAS",


devem ter seu valor no SISOP constando como zero.

10.5.4 A inserção do valor atualizado dos terrenos é competência dos SERINFRA.

10.5.5 Os bens imóveis adquiridos em cada ano figuram no cadastro patrimonial do


COMAER com seus valores de aquisição, até que se faça uma atualização de seus valores.

10.5.6 Toda documentação referente à atualização de valores deve ser arquivada pelo
SERINFRA, para que seja contabilizada no SIAFI, por meio dos sistemas corporativos da
SPU, bem como mantida como documentação de suporte à auditorias internas ou externas.
ICA 87-7/2023 73/137

11 ZONEAMENTO DE IMÓVEIS

11.1 GENERALIDADES

11.1.1 Zoneamento é a delimitação de áreas sob a responsabilidade administrativa de OM


distintas e de instalações da SAC assentadas no mesmo sítio e confrontantes entre si.

11.1.1.1 O Zoneamento é compulsório sempre que em uma mesma área sob administração
do COMAER estejam sediadas organizações militares e/ou instalações da SAC ou,
excepcionalmente, outros órgãos governamentais ou entidades com amparo na legislação
vigente.

11.1.2 O Zoneamento é definido com base nos seguintes documentos:


a) planta geral área com as benfeitorias e confrontações das frações ocupadas
por cada OM e/ou por órgãos não vinculados ao COMAER;
b) memorial descritivo com azimutes, distâncias e coordenadas
georreferenciadas; e
c) portaria de aprovação ou de modificação do zoneamento, no caso de
Zoneamento Civil/Militar.

11.1.2.1 Portaria conjunta, editada pela SAC e pelo COMAER, no caso de zoneamento ou de
modificação de zoneamento que delimite áreas civis e militares.

11.1.2.2 Preferencialmente, a planta da proposta de zoneamento deverá ser elaborada a partir


de dados obtidos em levantamento topográfico/geodésico/aerofotogramétrico.

11.1.3 Se os documentos citados nas letras “a” e “b” do subitem 11.1.2 não forem suficientes
para a análise da proposta do zoneamento, devem ser incorporados ao processo documentos
acessórios, tais como levantamentos aerofotogramétricos, mosaicos fotográficos, imagens de
satélite e demais documentos conexos.

11.1.4 Quando necessário, os zoneamentos existentes podem ser modificados, denominando-


se, no processo, Proposta de Modificação do Zoneamento. Nas delimitações de áreas civis e
militares, é aprovada por Portaria Conjunta editada pela SAC e pelo COMAER.

11.2 COMPETÊNCIA

11.2.1 ZONEAMENTO ADMINISTRATIVO

11.2.1.1 Cabe ao SERINFRA da área elaborar as propostas de zoneamento ou de


modificação de zoneamento nas áreas militares, bem como receber as propostas apresentadas
por outras OM, promovendo e coordenando os entendimentos entre as envolvidas e todos os
trabalhos de campo e de gabinete.

11.2.1.2 O SERINFRA deve adotar as seguintes linhas de ação para propostas de


zoneamento ou de modificação de zoneamento nas áreas militares:
a) providenciar os documentos essenciais e/ou acessórios, conforme definido
nas letras “a” e “b” do subitem 11.1.2 e no subitem 11.1.3, submetendo as
74/137 ICA 87-7/2023

plantas e memoriais descritivos à prévia análise da DIRINFRA, conforme


orientado no Capítulo 2 desta ICA; e
b) remeter os documentos às OM envolvidas no zoneamento para que os ODS
sejam consultados.

11.2.1.3 O SERINFRA anexa ao processo uma cópia dos documentos de respostas dos ODS
e, se aprovado, encaminha à DIRINFRA.

11.2.1.4 A DIRINFRA realiza as seguintes ações:


a) emite parecer e, em caso favorável, edita Portaria de Aprovação;
b) atualiza o cadastro dos tombos no SISOP, anexando as plantas e memoriais
descritivos; e
c) restitui o processo ao SERINFRA.

11.2.1.5 O SERINFRA realiza as seguintes ações:


a) relaciona os bens imóveis que devem ser transferidos para a guarda e
responsabilidade das OM; e
b) encaminha a relação de bens imóveis elaborada e as cópias das plantas e
memoriais descritivos aprovados às OM constantes no processo.

11.2.1.6 As OM são responsáveis pela compatibilização do zoneamento com os respectivos


Planos Diretores e SISOP.

11.2.2 ZONEAMENTO CIVIL/MILITAR

11.2.2.1 O plano de zoneamento civil e militar de sítios aeroportuários sob jurisdição do


COMAER é elaborado, revisado e proposto por representantes indicados pela SAC e
EMAER, conforme Portaria Interministerial nº 1, de 30 de setembro de 2021.

11.2.2.2 Caso demandado, o SERINFRA deverá elaborar plantas e memoriais descritivos,


conforme proposta de zoneamento estabelecida.

11.2.2.3 As plantas e memoriais descritivos elaborados devem ser submetidos à apreciação


do EMAER.

11.2.2.4 Após aprovação da Portaria, compete ao EMAER encaminhar à DIRINFRA as


cópias das plantas e memoriais descritivos do Plano de Zoneamento aprovado para
atualização cadastral no SISOP.
ICA 87-7/2023 75/137

12 GUARDA, CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS IMÓVEIS

12.1 ATRIBUIÇÕES

12.1.1 O Responsável Administrativo tem o dever de fiscalizar e preservar os imóveis sob


sua responsabilidade, principalmente nas seguintes situações:
a) limpeza e conservação;
b) manutenção predial;
c) ameaça de ocupação dos imóveis (turbação); e
d) ocupação indevida dos imóveis, com ou sem benfeitorias (esbulho).

12.2 OCUPAÇÕES INDEVIDAS

12.2.1 É vedada a qualquer OM autorizar a ocupação de terrenos e benfeitorias da União,


sob a administração ou posse do COMAER, por pessoas físicas ou jurídicas não vinculadas ao
COMAER, em desacordo com as instruções contidas nesta ICA, sob pena de ser
responsabilizada administrativamente (RADA-e), salvo quando autorizada em lei.

12.2.2 As ocupações indevidas podem ser identificadas da seguinte forma:


a) ocupação indevida imediata: é aquela que ainda está ocorrendo e permite o
desforço possessório e a legítima defesa da posse, prevista no art. nº 1.210
do CCB, após consulta à AGU ou COJAER;
b) ocupação indevida nova (posse nova): é aquela em que, não podendo ser
enquadrada na situação anterior, tenha ocorrido a menos de um ano e um
dia, permitindo Ação de Reintegração de Posse com Medida Liminar; e
c) ocupação indevida antiga (posse velha): é aquela que ocorreu há mais de um
ano e um dia, requerendo Ação de Reintegração de Posse sem Medida
Liminar.

12.2.3 No caso de ocupação indevida imediata, a lei faculta a pronta intervenção,


removendo-se todos os vestígios da ocupação malograda, após consulta à AGU ou COJAER.

12.2.4 O Responsável Administrativo deve adotar as medidas preventivas para a manutenção


da posse, utilizando os meios disponibilizados pelo GSD/ESD/EASD/ELSD, em casos de
necessidade de vigilância constante ou emergencial em ameaças de invasões.

12.2.4.1 As medidas tomadas em ocupações indevidas dentro de um ano e um dia, facultam


um procedimento judicial especial, mediante requerimento à AGU, para que seja impetrada a
devida ação possessória, possibilitando ao juízo competente deferir mandado liminar de
manutenção ou de reintegração de posse, sem ouvir o seu ocupante (art. nº 562 do CPC).

12.2.5 Cabe ainda, se for o caso, o cercamento da área e a instalação de placas indicativas da
propriedade do imóvel. Caso o Responsável Administrativo não tenha em sua estrutura, um
setor responsável pela infraestrutura, este, deverá solicitar apoio à OM apoiadora local.

12.2.5.1 Os Termos de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis das OM que


detém a responsabilidade administrativa devem constar as ocupações irregulares existentes.
76/137 ICA 87-7/2023

12.2.6 PROCEDIMENTOS EM OCUPAÇÕES INDEVIDAS

12.2.6.1 Constatada a ocupação indevida, cabe à OM responsável administrativa pelo imóvel


a adoção das medidas de identificação das áreas ocupadas e as ações que objetivem:
a) a recuperação da posse da área;
b) coibir o surgimento de novas ocupações, realizando o cercamento da área.
c) comunicar à AGU, em até 5 (cinco) dias úteis, a ocorrência de invasão; e
d) informar ao SERINFRA, por meio de relatório, as providências em
andamento e realizadas.

12.2.6.2 O acionamento da AGU para a propositura de ações judiciais relacionadas aos


imóveis será solicitado pela OM sobre a qual recai a responsabilidade administrativa da área e
também é a responsável por fornecer todas as informações e documentos necessários à
instrução e acompanhamento do processo.

12.2.6.3 O SERINFRA da área prestará o apoio técnico à OM, quando identificada a


necessidade de elaboração de peças técnicas para instauração de processos judiciais.

12.2.6.4 A benfeitoria particular instalada indevidamente em terreno administrado pelo


COMAER deve ser identificada em ficha própria para monitoramento da ocupação irregular,
com os seguintes dados básicos:
a) nome e CPF/CNPJ do ocupante da benfeitoria;
b) data da construção da benfeitoria;
c) tipo de benfeitoria (barracão, etc.);
d) fotografia da benfeitoria;
e) área construída;
f) utilização da benfeitoria;
g) ato permissivo da ocupação (caso exista);
h) títulos do ocupante (caso existam); e
i) croqui de localização da área ou imagem aérea/orbital.
12.2.6.5 A ficha deve ser atualizada semestralmente e anexada ao tombo no SISOP.

12.2.6.6 Não sendo possível o acordo amigável em ocupações indevidas novas, o


responsável administrativo deve oficiar aos ocupantes requerendo sua imediata desocupação,
solicitando recibo ou a assinatura de duas testemunhas, em caso de recusa; tratando-se de
analfabeto, providenciar a assinatura a rogo e de duas testemunhas

12.2.6.7 As benfeitorias irregulares devem ser imediatamente destruídas, após decisão


judicial (reintegração de posse), devendo ser realizado um relatório circunstanciado com fotos
do antes e depois para arquivamento do processo.

12.3 LEGISLAÇÃO APLICADA

12.3.1 CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO


ICA 87-7/2023 77/137

12.3.1.1 O amparo legal para os procedimentos a serem adotados diante de ocupações


indevidas de imóveis consta do CCB/2002, Parte Especial, Livro III “Do Direito das Coisas”,
Título I “Da Posse”, do art. nº 1.196 ao art. nº 1.224.

12.3.2 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

12.3.2.1 Os procedimentos a serem adotados diante de ocupações indevidas de imóveis


consta do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015), Livro I “Do Processo de
Conhecimento e do Cumprimento de Sentença”, Título III “Dos Procedimentos Especiais”,
Capítulo III “Das Ações Possessórias”, Seção II, “Da Manutenção e da Reintegração de
Posse”, do art. nº 560 ao art. nº 566.

12.3.3 LEI 4.947/66

12.3.3.1 A Lei nº 4.947/66 fixa normas de Direito Agrário e dispõe sobre o Sistema de
Organização e Funcionamento do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, da qual se destaca
o art. nº 20 que prevê pena de detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos para a invasão com
intenção de ocupar terras da União, dos Estados e dos Municípios.

12.3.4 DECRETO-LEI 9.760/46

12.3.5 O Decreto-Lei nº 9.760/46 dispõe sobre os bens imóveis da União e dá outras


providências, do qual se destacam os seguintes artigos:
a) o art. nº 71 prevê que o ocupante de imóvel da União, sem assentimento
desta, poderá ser sumariamente despejado e perderá, sem direito a qualquer
indenização, tudo quanto haja incorporado ao solo, ficando ainda sujeito ao
disposto nos artigos nº 1.216, 1.218 e 1.220 do CCB/2002;
b) embora utilize o vocábulo “despejado”, há na literatura o entendimento de
que o legislador pretendeu se referir a “desapossado”, de forma a não se
sujeitar o rito da ação possessória ao rito da ação de despejo de que trata a
legislação processual civil;
c) por seu Parágrafo Único, excetuam-se dessa disposição os ocupantes de boa
fé, com cultura efetiva e moradia habitual, e os com direitos assegurados por
este Decreto-Lei; e
d) por seu art. nº 200, os bens imóveis da União, seja qual for a sua natureza,
não são sujeitos ao usucapião.

12.4 INSPEÇÃO REGULAR

12.4.1 As inspeções regulares sistêmicas de patrimônio são realizadas pelo Responsável


Administrativo com o objetivo de identificar possíveis de problemas patrimoniais relativos à
guarda, manutenção, proteção contra invasão e depredação dos imóveis sob a
responsabilidade do COMAER.

12.4.2 Se necessário, o SERINFRA poderá ser acionado para acompanhar a inspeção a fim
de auxiliar na identificação e propositura de solução para os problemas encontrados.

12.4.2.1 Quando o Responsável Administrativo do imóvel for o SERINFRA, este será


responsável pela inspeção.
78/137 ICA 87-7/2023

12.4.3 É recomendável que a inspeção seja realizada anualmente, com intervalo máximo de
dois anos.

12.4.4 ITENS DE INSPEÇÃO

12.4.4.1 Dentre outros itens, deve ser verificado se:


a) existem áreas, sob jurisdição da OM, que devem ser alienadas;
b) os cadastros dos terrenos e das benfeitorias estão atualizados no SISOP;
c) a cartografia da área, sob administração da OM, está atualizada;
d) as especificações, plantas e desenhos referentes a cada benfeitoria do
patrimônio imóvel estão arquivadas no setor de patrimônio;
e) nas plantas gerais da área sob administração da OM estão identificadas
todas as benfeitorias, com a respectiva numeração do cadastro;
f) nas benfeitorias e nas plantas que as contém estão grafadas, em local visível,
as numerações próprias da Força, denotando a posse;
g) todo o perímetro da OM está delimitado, murado ou cercado e sob
vigilância;
h) existe imóvel cuja situação patrimonial não esteja legalizada;
i) existe imóvel cuja situação patrimonial esteja legalizada, porém, não
regularizada;
j) a situação dos processos de legalização e regularização das áreas não
legalizadas e legalizadas, respectivamente, estão sendo acompanhados junto
à Superintendência de Patrimônio da União; há invasões nas áreas sob
jurisdição do COMAER e se foram alocadas as medidas necessárias para a
reintegração de posse; e
k) há áreas cedidas e sua situação atual.

12.4.5 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

O resultado de cada inspeção deve ser apresentando em formato de Relatório


de Inspeção (ver Anexo AB). Este relatório deve conter toda a situação dos imóveis da área
inspecionada, bem como as medidas julgadas aplicáveis para solucionar as pendências
patrimoniais, administrativas ou jurídicas, indicando, também, as ações em curso. Uma cópia
de cada relatório deve ser encaminhada ao SERINFRA, no prazo máximo de 30 (trinta) dias
após o término da inspeção.

12.4.6 INSPEÇÃO ESPECIAL

De acordo com as necessidades de cada SERINFRA, pode ser realizada mais


de uma inspeção no mesmo exercício.

12.4.7 EQUIPE DE INSPEÇÃO

A equipe de inspeção deve ser composta, sempre que possível, por:


a) Chefe do Setor de Patrimônio da OM responsável administrativa do imóvel,
acompanhado, quando for o caso, do Chefe da Seção de Patrimônio do
ICA 87-7/2023 79/137

SERINFRA ou militar designado para tal, ou oficial daqueles setores que os


substituam; e
b) 01 (um) auxiliar.
c) para casos necessários, poderá incluir na equipe um oficial engenheiro
agrimensor/cartógrafo e/ou um oficial jurídico, que será acionado por
intermédio do Comandante de Guarnição da área.

12.5 RELATÓRIO SEMESTRAL DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E JUDICIAIS

12.5.1 O Relatório Semestral de Processos Administrativos e Judiciais objetiva acompanhar


o andamento dos processos administrativos e judiciais dos imóveis administrados pelo
COMAER e possibilitar uma análise dos processos existentes, identificando possíveis
dificuldades, de forma a propiciar a coordenação dos Elos do Sistema em questões judiciais.

12.5.2 O Relatório deve ser elaborado por todos os SERINFRA e deve englobar os imóveis
de sua área de atuação.

12.5.2.1 Cabe às OM com responsabilidade administrativa por imóvel objeto de processo


judicial informar ao respectivo SERINFRA os avanços no andamento do processo.

12.5.3 O Relatório deve ser remetido à DIRINFRA até o dia 15 (quinze) dos junho e
dezembro.

12.5.4 O modelo de planilha a ser enviado encontra-se no Anexo AC e deve ser assinado
pelo Chefe da Seção de Patrimônio.
80/137 ICA 87-7/2023

13 DISPOSIÇÕES FINAIS

13.1 Após a automação do processo de gerenciamento do SISPAT, o fluxo de documentos


entre os elos e a DIRINFRA será por meio eletrônico via INTRAER.

13.2 Os casos não previstos nesta ICA serão submetidos ao Diretor de Infraestrutura da
Aeronáutica, via elo sistêmico.
ICA 87-7/2023 81/137

REFERÊNCIAS

ANAC. Agência Nacional de Aviação Civil. Regulamento Brasileiro da Aviação Civil.


RBAC nº 153, de 26 junho de 2012. Disponível em:
https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbac/rbac-153-emd-04-
1. Acesso em: 21 jul 2019.
ANAC. Agência Nacional de Aviação Civil. Resolução nº 158, de 13 de julho de 2010.
Dispõe sobre a autorização prévia para a construção de aeródromos e seu cadastramento junto
à ANAC. Disponível em:
https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/resolucoes/resolucoes-2010. Acesso
em: 21 jul 2019.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.722/92. Discriminação de
serviços para construção de edifícios. Rio de Janeiro, 1992.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.133. Execução de Levantamento
Topográfico. Rio de Janeiro, 2021.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.166. Rede de Referência
Cadastral Municipal: Procedimento. Rio de Janeiro, 1998.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.653-1. Avaliação de Bens. Parte
1: Procedimentos Gerais. Rio de Janeiro, 2005.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.653-2. Avaliação de Bens. Parte
2: Imóveis Urbanos. Rio de Janeiro, 2011.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.653-3. Avaliação de Bens. Parte
3: Imóveis Rurais. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.653-4. Avaliação de Bens. Parte
4: Empreendimentos e suas atualizações. Rio de Janeiro, 2002.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF.
Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/
Constituicao.htm. Acesso em 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto nº 84.905, de 14 de julho de 1980. Autoriza o Ministério da Aeronáutica a
ceder, sob o regime de arrendamento, imóveis sob a sua jurisdição, e dá outras providências.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/1980-1984/D84905.htm. Acesso em:
21 jul 2019.
BRASIL. Decreto nº 99.509, de 5 de setembro de 1990. Veda contribuições com recursos
públicos, em favor de clubes e associações de servidores ou empregados de órgãos e entidades
da Administração pública Federal, e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D99509.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto nº 99.672, de 6 de novembro de 1990. Dispõe sobre o Cadastro Nacional
de Bens Imóveis de propriedade da União e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D99672.htmAcesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto nº 980, de 11 de novembro de 1993. Dispõe sobre cessão de uso e a
administração de imóveis residenciais de propriedade da União a agentes políticos e
servidores públicos federais, e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d980.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
82/137 ICA 87-7/2023

BRASIL. Decreto nº 3.125, de 29 de julho de 1999. Delega competência ao Ministro de


Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão para a prática dos atos que menciona, e dá
outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3125.htm.
Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto nº 3.725, de 10 de janeiro de 2001. Regulamenta a Lei nº 9.636, de 15 de
maio de 1998, que dispõe sobre a regularização, administração, aforamento e alienação de
bens imóveis de domínio da União, e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3725.htm. Acesso em: 21 jul 2019
BRASIL. Decreto nº 5.731, de 20 de março de 2006. Dispõe sobre a instalação, a estrutura
organizacional da ANAC e aprova o seu regulamento. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5731.htm. Acesso em:
21 jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.490, de 16 de agosto de 1940. Estabelece novas normas para o
aforamento dos terrenos de marinha e dá outras providências. Disponível em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-2490-16-agosto-1940-
412456-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.438, de 17 de julho de 1941. Esclarece e amplia o Decreto-Lei nº
2.490, de 16 de agosto de 1940. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/1937-1946/Del3438.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941. Dispõe sobre desapropriações por
utilidade pública. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3365.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 9.760, de 5 de setembro de 1946. Dispõe sobre os bens imóveis da
União e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del9760.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a nova lei Orgânica
da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/del0147.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a Organização da
Administração Federal, estabelece Diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras
Providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0200.htm.
Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 271, de 28 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre loteamento urbano,
responsabilidade do loteador, concessão de uso e espaço aéreo e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0271.htm. Acesso em: 21
jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 1.252, de 22 de dezembro de 1972. Altera e consolida a legislação
referente ao Fundo Aeronáutico. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del1252.htm. Acesso em: 21 jul
2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 1.537, de 13 de abril de 1977. Isenta do pagamento de custas e
emolumentos a prática de quaisquer atos, pelos Ofícios e Cartórios de Registro de Imóveis,
Registro de Títulos e Documentos e de Notas, relativos às solicitações feitas pela União.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del1537.htm.
Acesso em: 21 jul 2019.
ICA 87-7/2023 83/137

BRASIL. Decreto-Lei nº 1.561, de 13 de julho de 1977. Dispõe sobre a ocupação de


terrenos da União e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del1561.htm. Acesso em: 21 jul
2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 1.876, de 15 de julho de 1981. Dispensa do pagamento de foros e
laudêmios os titulares do domínio útil dos bens imóveis da União, nos casos que especifica, e
dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-
1988/Del1876.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.398, de 21 de dezembro de 1987. Dispõe sobre foros, laudêmios
e taxas de ocupação relativos a imóvel de propriedade da União e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-lei/1965-1988/Del2398.htm.
Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002. Constituição da
República Federativa do Brasil. Acrescenta o art. 149-A à Constituição Federal (Instituindo
contribuição para custeio do serviço de iluminação pública nos Municípios e no Distrito
Federal). Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc39.htm. Acesso em: 21
jul 2019.
BRASIL. Lei nº 4.804, de 20 de outubro de 1965. Dispõe sobre demolições e reconstruções
de benfeitorias, em próprio nacional, e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L4804.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 4.947, de 06 de abril de 1966. Fixa normas de Direito Agrário e dispõe
sobre o Sistema de Organização e Funcionamento do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4947.htm. Acesso em: 21 jul
2019.
BRASIL. Lei nº 5.658, de 7 de junho de 1971. Dispõe sobre a venda de bens imóveis, pelos
Ministérios da Aeronáutica e da Marinha, sobre a aplicação do produto da operação, e dá
outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5658.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros públicos, e dá
outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6015original.htm . Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o parcelamento do solo
urbano. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm. Acesso em:
21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986. Dispõe sobre o Código Brasileiro de
Aeronáutica. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7565.htm. Acesso
em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos
agentes públicos no caso de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego
ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. .
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá
84/137 ICA 87-7/2023

outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm.


Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998. Dispõe sobre a regularização, administração,
aforamento e alienação de bens imóveis de domínio da União, altera dispositivos dos
Decretos-Leis nos 9.760, de 5 de setembro de 1946, e 2.398, de 21 de dezembro de 1987,
regulamenta o § 2o do art. 49 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9636.htm. Acesso
em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos
Administrativos. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm. Acesso em: 28 set
2023.
BRASIL. Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999. Dispõe sobre as normas gerais
para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp97.htm. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005. Cria a Agência Nacional de Aviação
Civil – ANAC, e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11182.htm. Acesso em: 21
jul 2019.
BRASIL. Ministério da Defesa. Portaria Normativa nº 1.233, de 11 de maio de 2012.
Dispõe sobre as hipóteses de cessão de uso de bens imóveis da União sujeitos à administração
do Ministério da Defesa para atividades de apoio de que trata o inciso VI, do art. 12, do
Decreto nº 3.725, de 10 de janeiro de 2001, delega as competências que especifica e dá outras
providências. Disponível em: http://normas.gov.br/materia/-/asset_publisher/NebW5rLVWyej/
content/id/24659571. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Portaria nº 30, de 16 de março de 2000. Subdelega competência do Secretário do
Patrimônio da União para autorizar o aforamento e a alienação de imóveis da União.
Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao.
Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Orientação Normativa nº GEAPN/001, de 24 de janeiro de 2001. Procedimentos a
serem adotados na destinação de imóveis da União para uso em serviço público federal,
mediante Entrega de Próprios Nacionais, aos Órgãos de Administração Pública Federal
Direta. Disponível em:
http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao. Acesso em: 21 jul
2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Portaria nº 05, SPU, de 31 de janeiro de 2001. Cessão de Imóveis da União para
atividades de apoio. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-
uniao/legislacao. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria nº 144, de 9 de julho
de 2001. Uso gratuito ou em condições especiais de imóveis de domínio da União, aceitar ou
recusar a dação em pagamento e a doação com encargos, de bens imóveis da União.
ICA 87-7/2023 85/137

Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao.


Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Orientação Normativa nº GEAPN/002, de 24 de janeiro de 2001. Procedimentos a
serem adotados na destinação de imóveis da União para uso em serviço público federal,
mediante Cessão de Uso Gratuito, aos Órgãos da Administração Indireta. Disponível em:
http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao. Acesso em: 21 jul
2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Orientação Normativa nº GEAPN/004, de 29 de novembro de 2001. Procedimentos
a serem adotados quanto ao gerenciamento de Entregas e Cessão de Uso para utilização dos
imóveis Próprios Nacionais. Disponível em:
http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao. Acesso em: 21 jul
2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Orientação Normativa nº GEAPN/007, de 24 de dezembro de 2002. Acesso ao
Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União - SPIUnet. Disponível em:
http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao. Acesso em: 21 jul
2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Instrução Normativa SPU nº 3, de 11 de agosto de 2010. Dispõe sobre os
procedimentos de alienação de imóveis da União, a serem adotados pelas Superintendências
do Patrimônio da União. Disponível em:
http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao. Acesso em: 21 jul
2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Orientações para a destinação do Patrimônio da União. Brasília. SPU, 2010.
Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao/
cartilha-memo-90-destinacao-orientacoes-para-a-destinacao-do-patrimonio-da-uniao.pdf.
Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da
União. Instrução Normativa nº 2, de 02 de maio de 2017. Avaliação dos imóveis da União
ou de seu interesse. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/patrimonio-da-
uniao/legislacao. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Secretaria Nacional de Aviação
Civil. Portaria Conjunta nº 6, de 05 de setembro de 2018. Diretrizes para identificação e
classificação de áreas utilizadas por instalações e equipamentos do SISCEAB nos aeródromos
civis públicos. Disponível em:
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/41602301. Acesso
em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério da Infraesrtutura. Portaria Interministerial nº 1, de 30 de setembro de
2021. Dispõe sobre os procedimentos para a elaboração dos planos de zoneamento civil e
militar em sítios aeroportuários sob jurisdição patrimonial do Comando da Aeronáutica e do
Ministério da Infraestrutura. Diário Oficial da União: Seção I. Brasília, DF. p. 81, 01 out
2021.
86/137 ICA 87-7/2023

BRASIL. Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Resolução nº 345, de


27 de julho de 1990. Dispõe quanto ao exercício por profissional de nível superior das
atividades de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia. Diário Oficial da União:
seção I. Brasília, DF. p. 14.737, 02 ago 1990.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Manual Técnico de Posicionamento:
georreferenciamento de Imóveis Rurais. Brasília. INCRA, 2013. Disponível em:
https://sigef.incra.gov.br/static/documentos/manual_tecnico_posicionamento_1ed.pdf. Acesso
em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Norma Técnica Para
Georreferenciamento de Imóveis Rurais. 3. ed. Brasília: INCRA, 2013. Disponível em:
http://www.incra.gov.br/estrutura-fundiaria/regularizacao-fundiaria/certificacao-de-imoveis-
rurais/file/1575-norma-tecnica-para-georreferenciamento-de-imoveis-rurais-3-edicao. Acesso
em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Manual Técnico de Limites e
Confrontações: georreferenciamento de imóveis rurais. Brasília: INCRA, 2013.
Disponível em: http://www.incra.gov.br/media/institucional/manual%20tecnico%20de
%20limites%20e%20confronta%C3%A7oes%201%20edicao.pdf. Acesso em: 21 jul 2019.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Esécificações e Normas
para Levantamentos Geodésicos associados ao Sistema Geodésico Brasileiro. Rio de
Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em:
https://geoftp.ibge.gov.br/metodos_e_outros_documentos_de_referencia/normas/
normas_levantamentos_geodesicos.pdf. Acesso em: 02 out 2023.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Estado-Maior da Aeronáutica. Portaria nº 957/GC3, de
9 de julho de 2015. Dispõe sobre as restrições aos objetos projetados no espaço aéreo que
possam afetar adversamente a segurança ou a regularidade das operações aéreas, e dá outras
providências. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 135, 22 jul 2015.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Estado-Maior da Aeronáutica. Portaria nº 1.181/GC4,
de 10 de dezembro de 2003. Fixa diretrizes, no âmbito do Comando da Aeronáutica, para
permuta de imóveis por obras a construir. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de
Janeiro, n. 243, 18 dez 2003.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica.
Portaria SEFA nº 14/AJUR, de 19 de janeiro de 2017. Aprova a reedição do MCA 172-3
(Digital), que versa sobre as instruções relativas à execução orçamentária, financeira e
patrimonial das Unidades Gestoras do Comando da Aeronáutica e dá outras providências:
MCA 172-3. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 23, 9 fev 2017.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Estado-Maior da Aeronáutica. Portaria nº 674/GC3, de
05 de maio de 2014. Reformula o Sistema de Patrimônio do Comando da Aeronáutica.
Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 86, 9 maio 2014.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Estado-Maior da Aeronáutica. Portaria nº 678/GC3, de
30 de abril de 2019. Aprova a reedição do Regulamento de Administração da Aeronáutica:
RCA 12-1. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 73, 3 maio 2019.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral de Apoio. Portaria nº 238/3EM, de 8
de dezembro de 2016. Aprova a reedição da Instrução do Comando da Aeronáutica, que trata
da Instrução para Elaboração, Revisão e Aprovação de Planos Diretores de Organizações
Militares: ICA 85-1. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 214, 20 dez
2016.
ICA 87-7/2023 87/137

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral de Apoio. Portaria nº 31/3EM, de 13


de abril de 2017. Delega competência aos Chefes dos Destacamentos de Infraestrutura da
Aeronáutica. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 67, 25 abr 2017.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Estado-Maior da Aeronáutica. Portaria nº 775/GC3, de
14 de maio de 2019. Dispõe sobre a classificação e qualificação de Unidades do Comando da
Aeronáutica. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 83, 17 maio 2019.
88/137 ICA 87-7/2023

Anexo A – Modelo de Carimbo de Plantas

Para Plantas plotadas em papel A3 ou maior, o carimbo deve ocupar o espaço


correspondente a uma folha A4, uma vez que deve ficar a mostra quando a planta for dobrada.
ICA 87-7/2023 89/137

Anexo B – Modelo de Marcos


90/137 ICA 87-7/2023

Anexo C – Modelo de Placas


ICA 87-7/2023 91/137

Anexo D – Incorporação de Imóveis


92/137 ICA 87-7/2023

Anexo E – Incorporação de Imóveis (Compra)


ICA 87-7/2023 93/137

Anexo F – Incorporação de Imóveis (Desapropriação)


94/137 ICA 87-7/2023

Anexo G – Incorporação de Imóveis (Doação ou Permuta)


ICA 87-7/2023 95/137

Anexo H – Incorporação de Imóveis (Usucapião Administrativo)


96/137 ICA 87-7/2023

Anexo I – Incorporação de Imóveis (Transferência de Jurisdição)


ICA 87-7/2023 97/137

Anexo J – Demolição de Benfeitorias (Fluxograma)


98/137 ICA 87-7/2023

Anexo K– Desincorporação de Imóveis


ICA 87-7/2023 99/137

Anexo L – Desincorporação de Imóveis (Venda ou Permuta)


100/137 ICA 87-7/2023

Anexo M – Desincorporação de Imóveis (Devolução ao Doador ou Reversão à SPU/UF)


ICA 87-7/2023 101/137

Anexo N – Desincorporação de Imóveis (Transferência de Jurisdição)


102/137 ICA 87-7/2023

Anexo O – Transferência de jurisdição de áreas aeroportuárias para a SAC


ICA 87-7/2023 103/137

Anexo P – Modelo de Portaria de autorização para desincorporação de imóvel

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
GABINETE DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA

PORTARIA Nº XXXX/GC4, DE XX DE XXXX DE 2023.

Autoriza a Reversão de Imóvel da


União, administrado pelo Comando da
Aeronáutica, localizado no Município
de XXXXXX / UF, à Secretaria do
Patrimônio da União, e dá outras
providências.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o


previsto no art. 77 do Decreto-Lei nº 9.760, de 5 de setembro de 1946, tendo em vista o
disposto no §1º do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada
pelo Decreto nº 11.237, de 18 de outubro de 2022, e considerando o que consta do Processo
n° XXXXX.XXXXXX/XXX-XX, resolve:

Art. 1º Autorizar a reversão de área de Imóvel da União, administrado pelo


Comando da Aeronáutica e sob a responsabilidade patrimonial do Serviço Regional de
Infraestrutura da Aeronáutica de XXXXX (SERINFRA-XX), localizado no Município de
XXXX / UF, medindo XXXXXX m², referente ao tombo xxx, RIP xxxxx, à Secretaria do
Patrimônio da União.

Art. 2º Delegar competência ao Chefe do SERINFRA-XX para representar o


Comando da Aeronáutica, a fim de efetivar a Reversão e dar provimento às ações
administrativas pertinentes, junto à Superintendência do Patrimônio da União no XXXX.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor no primeiro dia útil do mês subsequente à
sua publicação.

Ten Brig Ar XXXXXX


Comandante da Aeronáutica
Observações:
(1) o texto deverá ser adaptado para casos de desincorporação de fração de área
ou incorporação de imóveis
(2) independente da modalidade de desincorporação, o imóvel é revertido à
SPU para que a mesma proceda sua entrega.
104/137 ICA 87-7/2023

Anexo Q – Modelo de Termo de Incorporação de Benfeitoria

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(OM RESPONSÁVEL PELO TERMO)

TERMO DE INCORPORAÇÃO DE BENFEITORIA

Ao(s) ............... dia(s) do mês de ............... do ano de ............... missão


composta elos ...............(qualificações)............... designada pelo Boletim Interno Ostensivo
nº ..............., de ............... de ............... de ..............., da(o) ...............(OM)............... reuniu-se
no ...............(local)............... para, em nome do Comando da Aeronáutica, proceder a
incorporação ao domínio da União Federal das benfeitorias realizadas pela ...............
(entidade) ..............., localizadas na área pertencente ao ...............(unidade) ............... e
encravadas na parcela do terreno relativo ao tombo ............... sobre a vigência do Contrato
de .............................. firmado entre o ............... (Comando da Aeronáutica ou
Operador) ............... e a ...............(mencionada entidade)..............., em ............... de ...............
de ..............., e publicado (quando for o caso) no D.O.U nº ............... de ............... de ...............
de ................

1. O presente Termo de Incorporação de Benfeitoria fundamenta-se no


disposto na Cláusula ..............., que trata do prazo de ..............., combinada com a
Cláusula ............... que determina a incorporação ao domínio da União de todas as
benfeitorias, cláusulas essas que são parte integrante do mencionado contrato.

2. As benfeitorias que ora se incorporam ao domínio da União são as que


constam do Laudo de Avaliação, peça integrante do processo COMAER Nº ..............., a
seguir relacionadas e descritas ...............(descrição dos imóveis e relação das respectivas
plantas)...............

E por estarem os membros da Comissão de pleno acordo, procedem a


incorporação das referidas benfeitorias ao domínio da União, em imóvel administrado pelo
Comando da Aeronáutica, lavrando o presente Termo de Incorporação de Benfeitoria que vai
em única via e dela extraídas .... cópias, todas assinadas pelos membros da Comissão e sua
consequente publicação em Boletim Interno da Organização Militar que detém a
responsabilidade patrimonial do bem de propriedade da União Federal.

............................................................

Local e Data

......................................................

Assinaturas
ICA 87-7/2023 105/137

Anexo R – Modelo de Termo de Responsabilidade

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA

TERMO DE RESPONSABILIDADE ........................... (a) ...........................

Ao(s) ............... dias do mês de ............... do ano de ............... na sede


do ...............(b)............... obediente ao ...............(c)............... reuniram-se o ...............
(d)............... e ...............(e)............… do Destacamento de Infraestrutura ...…..(f)….…, como
representante da DIRINFRA (OCSPA), para procederem à atribuição de
responsabilidade ...............(a)............... pelo imóvel abaixo para ...............(g)...............

1. Localização

Logradouro, número, bairro, Município, Estado.

2. Títulos de propriedade

2.1 Mencionar os títulos de propriedade apresentados, escritura(s) ou


instrumento(s) substituído(s), registro(s) dos imóveis e Termo de Entrega e Recebimento da
SPU e em seguida o número de cadastro do imóvel

2.2 Títulos a providenciar

Mencionar os títulos que faltam.

2.3 Quando for o caso, mencionar a área a ser administrada pela OM.

3. Limites e confrontações

3.1 Descrever o perímetro do imóvel (Memorial Descritivo), indicando a


área em metro quadrado, de acordo com a planta (identificar a planta) e a documentação.

3.2 Divergências

4. Benfeitorias

Descrever as benfeitorias especificando número de pavimentos, número de


dependências, tipo de construção, área coberta, área construída, estado de conservação.

5. Cercamento

Dizer qual o tipo de cercamento (muro, cerca de arame, etc.), e o estado de


conservação.
106/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo R – Modelo de Termo de Responsabilidade

6. Processos administrativos e judiciais

Mencionar os processos relativos aos imóveis e a situação em que se


encontram.

7. Regularização

Mencionar qual a última providência tomada para a regularização do imóvel.

Após analisarem e verificarem sob seu aspecto físico e documental os bens


acima citados, tendo encontrado tudo em perfeitas condições (ou com as seguintes restrições),
lavraram o presente Termo de Responsabilidade.........................(a)..........................sobre os
bens imóveis da União, a si confiados, a partir desta data.

............................................................

Local e Data

............................................................

Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM que recebe o imóvel

............................................................

Representante do ORSPA

............................................................

Diretor da DIRINFRA
1ª via DIRINFRA; e
2ª via ORSPA;
3ª via – OM que recebe o imóvel.

Observações para preenchimento:


(a) Tipo de Responsabilidade assumida:
1- Patrimonial;
2- Administrativa; e
3- Patrimonial e Administrativa.
(b) OM;
(c) Instrumento que autoriza a transferência;
(d) Posto e nome do Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM que recebe
o imóvel;
(e) Posto e nome do Chefe do Destacamento de Infraestrutura;
(f) Sigla da localidade do Destacamento de Infraestrutura; e
(g) Denominação da OM que recebe o imóvel.
ICA 87-7/2023 107/137

Anexo S – Modelo de Termo de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA

TERMO DE PASSAGEM E RECEBIMENTO DE BENS PATRIMONIAIS IMÓVEIS

Ao(s) .................................... dia(s) do mês de ....................................... do ano


de ............. na sede do(a) ....................(nome da OM)...................., reuniram-se
os ....................(nomes e postos)...................., respectivamente Agente Diretor Substituto e
Agente Diretor Substituído, de acordo com o previsto no RADA, para analisarem os bens
patrimoniais sob a responsabilidade da ....................(nome da OM)...................., constituídos
dos terrenos e benfeitorias ocupadas pela Organização, fazendo registrar o seguinte.

1. Quanto aos Terrenos

1.1. Constantes do Inventário Analítico de Terrenos numerados


de .................... a ...................., todas escrituradas em ordem e em dia.

2. Quanto às benfeitorias.

2.1. Constantes do Inventário Analítico de Benfeitorias numeradas


de .................... a......................., de.................... a......................., etc.(de acordo com o tipo de
benfeitoria), todas escrituradas em ordem e em dia.

2.2. Alterações verificadas na benfeitoria durante a Administração que se


encerra e não escrituradas:

a) Em andamento

..........................................................................................................

b) Já terminadas

..........................................................................................................

2.3. Observações cabíveis sobre o estado de conservação

3. Processos administrativos ou judiciais

4. Casos pendentes de solução, relativos aos bens patrimoniais (como


completamento, fazer referência ao expediente que deu origem ao fato).

5. Observações de caráter geral


108/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo S – Modelo de Termo de Passagem e Recebimento de Bens


Patrimoniais Imóveis

Após analisarem e verificarem sob seu aspecto físico e documental os bens


acima citados e estando tudo em prefeitas condições (ou com as seguintes restrições),
lavraram o presente Termo de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis,
assumindo o substituto a inteira responsabilidade da preservação, da propriedade e da
conservação dos bens imóveis da União, a si confiados, a partir desta data.

..................................................................

Local e data

..................................… .........................................

Agente Diretor Substituto Agente Diretor Substituído


ICA 87-7/2023 109/137

Anexo T – Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA

TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE .......... (a) ..........

Ao(s) ............ dia(s) do mês de ............ do ano de .........…, o ............(d).........


…, ...............(e).........…, …............(f).........… do Serviço Regional de Infraestrutura ...… ..(g)
…. …, como representante da DIRINFRA (OCSPA), para procederem à transferência de
responsabilidade ............(a)............ do imóvel abaixo da(o) ............(b).........… para
a(o) ...........(c)............

1. Localização

Logradouro, número, bairro, Município, Estado.

2. Títulos de propriedade.

2.1. Mencionar os títulos de propriedade apresentados, escrituras(s) ou


instrumento(s) substituído(s), registro(s) dos imóveis e Termo de Entrega e Recebimento da
SPU/UF e em seguida o número de cadastro do imóvel.

2.2. Títulos a providenciar

Mencionar os títulos que faltam.

2.3. Quando for o caso, mencionar a área a ser administrada pelo OM.

3. Limites e confrontações

3.1. Descrever o perímetro do imóvel (Memorial Descritivo), indicando a


área em metro quadrado, de acordo com a planta (identificar a planta) e a documentação.

3.2. Divergências

Mencionar as divergências encontradas.

4. Benfeitorias

Descrever as benfeitorias especificando número de pavimentos, número de


dependências, tipo de construção, área coberta, área construída, estado de conservação e
número de cadastro na Organização que entrega as benfeitorias.Continuação do Anexo T –
Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade
110/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo T - Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade

5. Cercamento

Dizer qual o tipo de cercamento (muro, cerca de arame, etc.), e o estado de


conservação.

6. Processos administrativos e judiciais

Mencionar os processos relativos aos imóveis e a situação em que se


encontram.

7. Regularização

Mencionar qual a última providência tomada para a regularização do imóvel.

Pelo ..........(posto e nome).........., representando o OCSPA, foi recebido o


imóvel acima descrito e feita a entrega à ..........(OM que recebe o imóvel).......... que passa a
ser responsável pelo mesmo.

Pelo ..........(posto e nome do Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM


que recebe o imóvel).......... foi recebido o imóvel nas condições especificadas neste Termo e
de acordo com a Legislação em vigor.

E por assim declararem, vai o presente Termo assinado pelo representante do


OCSA, Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM que entrega o imóvel e pelo
Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM que recebe o imóvel.

..................................................................

Local e data

................................................ ................................................
Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe
da OM que entrega o imóvel da OM que recebe o imóvel

................................................

Representante do OCSPA
ICA 87-7/2023 111/137

Continuação do Anexo T – Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade

Observações para preenchimento:


(a) Tipo de Responsabilidade assumida:
1- Patrimonial;
2- Administrativa; e
3- Patrimonial e Administrativa.
(b) Denominação da OM que entrega o imóvel;
(c) Denominação da OM que recebe o imóvel;
(d) Posto e nome do Comandante; Diretor ou Chefe da OM que entrega o
imóvel;
(e) Posto e nome do Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM que recebe
o imóvel;
(f) Posto e nome do Chefe do Serviço Regional de Infraestrutura;
(g) Sigla da localidade do Serviço Regional de Infraestrutura.
112/137 ICA 87-7/2023

Anexo U – Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade Administrativa e


Entrega de Próprio Nacional

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA

TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA E


ENTREGA DE PRÓPRIO NACIONAL

Ao(s) ……………. dia(s) do mês de ……………. do ano de ……………., na


sede do ……..(nome da OM)…….., em atendimento ao contido na Portaria ……………., de
……………. reuniram-se o(a) ……………. (Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM,
que entrega o imóvel, o(a) ……………. (representante do Operador) e o(a) …………….,
Chefe do Destacamento de Infraestrutura de ……..(sigla de identificação)…….., este último
como representante da DIRINFRA (OCSPA), para procederem a Transferência de
Responsabilidade Administrativa do imóvel abaixo caracterizado.

1. Localização

Logradouro, número, bairro, Município, Estado.

2. Títulos de propriedade

2.1. Mencionar os títulos de propriedade apresentados, escritura(s) ou


instrumentos(s) substituídos(s), registros(s) dos imóveis e Termo de Entrega e Recebimento
da (SPU) e, em seguida, o número de cadastro de imóvel no SPIUnet e SISOP.

3. Limites e confrontações

3.1 Descrever o perímetro do imóvel (Memorial Descritivo), indicando a


área de acordo com a planta (identificar a planta) e a documentação.

3.2. Mencionar as divergências encontradas.

4. Benfeitorias

Descrever as benfeitorias especificando número de pavimentos, número de


dependências, tipo de construção, área coberta, área construída, estado de conservação e o
código de cadastro no SISOP.

5. Cercamento

Dizer qual o tipo de cercamento (muro, cerca de arame, etc.), e o estado de


conservação.
ICA 87-7/2023 113/137

Continuação do Anexo U – Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade


Administrativa e Entrega de Próprio Nacional

6. Processos administrativos e judiciais

Mencionar os processos relativos aos imóveis e a situação em que se


encontram.

7. Regularização

Mencionar o nº de tombo, situação patrimonial e, se for o caso, o nº do


processo de regularização na SPU/UF.

8. Condições para a ocupação de Próprio Nacional administrado ao


Comando da Aeronáutica:

-fundamento legal;

-prazo;

-posse e guarda;

-manutenção da integridade física do imóvel;

-responsabilidade; e

-outras condições pertinentes.

Pelo(a) ..........(posto e nome).........., representando o OCSPA, foi recebido o


imóvel acima descrito e feita a entrega à(ao) ..........(Operador).......... que passa a ser
responsável pelo mesmo.

Pelo(a) ..........(Representante do Operador).......... foi recebido o imóvel nas


condições especificadas neste Termo e de acordo com a Legislação em vigor.

E por assim declararem, vai o presente Termo assinado pelo(a) Chefe do


Destacamento de Infraestrutura de(o) ……………. (como representante do OCSPA), pelo
Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM que entrega o imóvel, e pelo representante do
Operador que recebe o imóvel.

..................................................................

Local e data

..................................................................

Chefe do Destacamento de Infraestrutura


114/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo U – Modelo de Termo de Transferência de Responsabilidade


Administrativa e Entrega de Próprio Nacional

..................................................................

Comandante, Diretor, Prefeito ou Chefe da OM que entrega o imóvel

..................................................................

Representante do Operador que recebe o imóvel

............................................................

Diretor da DIRINFRA
ICA 87-7/2023 115/137

Anexo V – Modelo de Termo de Reversão e Recebimento de Próprio Nacional

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA

TERMO DE REVERSÃO E RECEBIMENTO DE PRÓPRIO NACIONAL

Ao(s) ……………. dia(s) do mês de ……………. do ano de ……………., na


sede do(a) ……..(nome da OM)…….., em atendimento ao contido na Portaria …………….,
de ……………. reuniram-se o(a) ……………. (representante da INFRAERO) e o(a)
……………., Chefe do Destacamento de Infraestrutura de ……..(sigla de identificação)
…….., este último como representante da DIRINFRA (OCSPA), para procederem a reversão
do imóvel abaixo caracterizado ao COMAER.

1. Localização

Logradouro, número, bairro, Município, Estado.

2. Títulos de propriedade

2.1. Mencionar os títulos de propriedade apresentados, escritura(s) ou


instrumento(s) substituído(s), registro(s) dos imóveis e Termo de Entrega da SPU/UF e, em
seguida, o número de cadastro do imóvel no SPIUnet e SISOP.

3. Limites e confrontações

3.1 Descrever o perímetro do imóvel (Memorial Descritivo), indicando a


área de acordo com a planta (identificar a planta) e a documentação.

3.2. Mencionar as divergências encontradas.

4. Benfeitorias

Descrever as benfeitorias especificando número de pavimentos, número de


dependências, tipo de construção, área coberta, área construída, estado de conservação e o
código de cadastro no SISOP.

5. Cercamento

Dizer qual o tipo de cercamento (muro, cerca de arame, etc.), e o estado de


conservação.

6. Processos administrativos e judiciais


116/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo V – Modelo de Termo de Reversão e Recebimento de Próprio


Nacional

Mencionar os processos relativos aos imóveis e a situação em que se


encontram.

7. Regularização

Mencionar o nº de tombo, situação patrimonial e, se for o caso, o nº do


processo de regularização na SPU/UF.

8. ............................. (Identificar o documento relativo à transferência da


responsabilidade administrativa e entrega do imóvel à INFRAERO)

Pelo ............................., (representante da INFRAERO), foi entregue o imóvel


acima descrito ao ............................. (representante do OCSPA) ............................. e
considerado recebido pelo COMAER.

E por assim declararem, vai o presente Termo assinado pelo Chefe do


Destacamento de Infraestrutura de(o) ..........................… (representante do OCSPA) e pelo
representante da INFRAERO que entrega o imóvel.

..................................................................

Local e data

..................................................................

Representante da INFRAERO

..................................................................

Chefe do Destacamento de Infraestrutura

............................................................

Diretor da DIRINFRA
ICA 87-7/2023 117/137

Anexo W – Modelo do Termo de Vistoria

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(OM INTERESSADA OU OPERADOR)

TERMO DE VISTORIA

(TERMO DE VISTORIA N°.............../(ANO)............... - N° DE ORDEM)

A Comissão de Vistoria designada pelo Boletim Interno (ou equivalente, no


caso de Operador) (n° e data) ............... desta(e) ............... (Organização) ............... composta
de ...............(nomes, postos ou cargos e CREA dos membros da Comissão de Vistoria) reuniu-
se em ...............(data)............... para analisar o próprio nacional a seguir especificado:

1. Local:

Indicar Município, Estado, bem como o logradouro rua e n°.

2. Uso:

Indicar a utilização dada ao imóvel anteriormente.

3. Código de Registro Cadastral de imóvel no SISOP / SPIUnet:

4. Situação Patrimonial do Imóvel:

Regularizada, Legalizada, Não Legalizada ou Especial.

5. Valor do imóvel:

.............(.............por extenso.............) ..............(documento e data da avaliação)

6. Características do imóvel:

Indicar a área total, a área construída e área útil das benfeitorias, instalações
existentes, tipo das construções, etc.

7. Estado do imóvel:

Descrever minuciosamente o estado físico em que se encontra o imóvel.

8. Parecer: A comissão abaixo identificada declara ...............

No caso de demolição, comentar a conveniência ou não da demolição


indicando, se for o caso, a justificativa para a demolição prevista em ICA.
118/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo W – Modelo do Termo de Vistoria

9. Recuperação de materiais (no caso de demolição): Da demolição a ser


efetuada, podem ser aproveitados os seguintes materiais ...............(por extenso)...............

10.Conclusão: .......................................................................................................
......

No caso de demolição de benfeitoria: Constatada a conveniência (ou não) da


demolição do imóvel em questão, a Comissão faz anexar ao presente Termo de Vistoria, a
planta de situação do imóvel ...............(n° e data do desenho, bem como a
procedência)...............

..................................................................

Local e Data

..................................................................

Membro da Comissão

..................................................................

Membro da Comissão

..................................................................

Membro da Comissão

Ref. : Proc. COMAER N° …....................................................

Observação: É obrigatório que, pelo menos, um membro da Comissão de


Vistoria seja Engenheiro Civil ou Arquiteto, com CREA regularizado.
ICA 87-7/2023 119/137

Anexo X – Modelo de Declaração de Demolição de Benfeitoria

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(OM RESPONSÁVEL PELA BENFEITORIA)

DECLARAÇÃO DE DEMOLIÇÃO

Declaro que foi executada a demolição das(s) benfeitoria(s) referente(s) ao(s)


registro(s) ..............., de que trata o Termo de Vistoria n° ..............., de ......./....../........,
conforme autorização contida no ............... Despacho n°................, de ......./....../........,
do ..............., processo COMAER n° ...............

..................................................................

Local e Data

..................................................................

Nome e Cargo

Endereço completo da Organização emitente.


120/137 ICA 87-7/2023

Anexo Y – Modelo de Memorial Descritivo

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(OM RESPONSÁVEL PELO MEMORIAL DESCRITIVO)

MEMORIAL DESCRITIVO Nº 00Y/20XX

Imóvel: Transcrição nº 10.000 (Tombo SP.000-000)


Proprietário: União Federal – administrado pelo Comando da Aeronáutica
Município: Águas Lindas de São Paulo
UF: SP
Área real: 400 m²
Perímetro real: 80 m

I – OBJETO

Memorial descritivo da poligonal ...............,que define o perímetro da área do


imóvel, situado na ............… (logradouro, bairro e Município/UF).

II – ORIGEM DO LEVANTAMENTO:

Originou-se o levantamento na cabeceira “XX”, georreferenciado no Sistema


Geodésico Brasileiro, DATUM - SIRGAS2000, MC-39°W, UTM Fuso ...... de coordenadas
(E=........m e N=........ m), seguindo com azimute de 108°51'33" e à distância de 259,40 m, até
o ponto P1.

III – DESCRIÇÃO DA POLIGONAL

Inicia-se a descrição deste perímetro no vértice P-01, de coordenadas N


7.391.891,5335 m e E 303.055,9997 m, Do vértice P-01, segue com azimute de 135º00'00'' e
distância de 12,89 m, confrontando com o Sr. Fulano (...) Fechando assim o perímetro acima
descrito, abrangendo uma área de 400,00 m² (quatrocentos metros quadrados) e perímetro de
80 m (oitenta metros).

IV - CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS

IV.1 – Os instrumentos utilizados no trabalho de campo foram os ...............


ICA 87-7/2023 121/137

IV.2 – As coordenadas Plano Retangulares UTM são baseadas no Sistema de


Referência Brasileiro, calculadas a partir do Software ............... e os azimutes e distâncias são
mensurados tomando como base o Norte ................

NOTA: O presente memorial descritivo foi elaborado com base em planta de


levantamento topográfico local nº SP.000/000/2018/67120, da qual passa a fazer parte
integrante.
Continuação do Anexo Y – Modelo de Memorial Descritivo

............... UF, ............... de ............... de ...............

..................................................................

Responsável Técnico

CREA/CAU

Nº ART / RRT
122/137 ICA 87-7/2023

Anexo Z – Modelo de Autorização de Uso De Imóvel

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(OM RESPONSÁVEL PELA BENFEITORIA)

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO


DE BEM IMÓVEL QUE ENTRE SI
CELEBRAM A UNIÃO,
REPRESENTADA PELO COMANDO
DA AERONÁUTICA E O
___________________________.

A UNIÃO, por intermédio do Comando da Aeronáutica, CNPJ nº


…......................, com sede à ...................................... representada por seu titular,
…............................................(nome, nacionalidade, estado civil), RG nº ….......................,
CPF nº …......................., residente na ….............................., doravante denominado
AUTORIZANTE, e …..........................................., inscrita no CNPJ sob nº
…..................................., com sede …......................................, neste ato representada por seu
titular, …........................................, brasileiro, CPF nº …..............................., residente e
domiciliado nesta Capital, doravante denominada AUTORIZATÁRIO, resolvem firmar o
presente TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM IMÓVEL, conforme as cláusulas
e condições abaixo, com amparo (colocar amparo legal), e, no que couber, na Lei nº
8.666/1993.

CLÁUSULA PRIMEIRA - OBJETO

O presente Termo de Autorização de Uso de bem público tem por objetivo


específico autorizar a utilização do seguinte imóvel ….................. (descrever), no período
compreendido entre os dias …................., no qual será realizado o evento
denominado .....................................….

CLÁUSULA SEGUNDA

É autorizado o uso do imóvel descrito na cláusula acima sem cobrança de


diária ao autorizatário.

Parágrafo único. É permitida a comercialização de bebidas e de gêneros


alimentícios, desde que realizada de maneiras lícita e aos preços de mercado, sem violar os
bons costumes e o direito vigente, e mediante a apresentação, pelo Usuário.
ICA 87-7/2023 123/137

Continuação do Anexo Z – Modelo de Autorização de Uso De Imóvel

CLÁUSULA TERCEIRA

O Usuário obriga-se a:

I. proceder à limpeza e conservação das dependências, durante a realização do


evento;

II. zelar pelas dependências do local autorizado, respondendo por qualquer


dano que a elas venham ocorrer em virtude da utilização das mesmas, bem como pelo
consumo de água e energia elétrica do estabelecimento;

III. restituir as dependências da Área Institucional, devidamente limpas,


imediatamente após o término do evento;

IV. não obstruir os locais destinados à entrada, saída e à saída de emergência,


bem como às áreas destinadas à circulação do público em geral.

Parágrafo único. O AUTORIZATÁRIO sujeita-se, ainda, a quaisquer outras


condições que venham a ser impostas pelo AUTORIZANTE, tendo em vista o interesse
coletivo.

CLÁUSULA QUARTA

O AUTORIZATÁRIO expressa sua plena e total concordância com todas as


obrigações e requisitos constantes do presente termo e demais legislação que rege a matéria, e
às que venham, no interesse público, ser estabelecidas pelo AUTORIZANTE.

CLÁUSULA QUINTA

Referido evento é realizado pela …....................................., sendo que a área


objeto do presente contrato é de total responsabilidade do AUTORIZATÁRIO acima
qualificado, eximindo o AUTORIZADOR de qualquer responsabilidade por danos materiais,
morais e/ou físicos que venham sofrer os participantes do evento ou o público.

CLÁUSULA SEXTA

O presente TERMO poderá ser rescindido, a qualquer tempo, pelo


AUTORIZADOR.

CLÁUSULA SÉTIMA

As partes elegem o foro da Comarca de …..................... para dirimir eventuais


dúvidas emergentes do presente Termo, com renúncia expressa de qualquer outro.

Estando assim as partes justas e acertadas, firmam o presente termo, diante das
testemunhas abaixo assinadas, para que produza seus jurídicos e legais efeitos.
124/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo Z – Modelo de Autorização de Uso De Imóvel

…........................., …...... de …................ de …......

_____________________________________________

(NOME)

AUTORIZADOR

_________________________________________________

(NOME)

AUTORIZATÁRIO

TESTEMUNHAS:

__________________________________________________

CPF:

__________________________________________________

CPF:
ICA 87-7/2023 125/137

Anexo AA – Modelo de Termo de Cessão de Uso de Bem Imóvel

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
(OM RESPONSÁVEL ADMINISTRATIVA PELO OBJETO DA CESSÃO)

TERMO DE CESSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL Nº ____/20__

TERMO DE CESSÃO DE USO


………….…….. DE BEM IMÓVEL
QUE ENTRE SI CELEBRAM A
UNIÃO, REPRESENTADA PELO
COMANDO DA AERONÁUTICA E O
___________________________.

A UNIÃO, por intermédio do Comando da Aeronáutica, CNPJ nº


…......................, com sede à ...................................... representada por seu titular,
…............................................ (nome, nacionalidade, estado civil), RG nº ….......................,
CPF nº …......................., residente na ….............................., doravante denominado
CEDENTE, e …..........................................., inscrita no CNPJ sob nº …...................................,
com sede …......................................, neste ato representada por seu titular,
…........................................, brasileiro, CPF nº …..............................., residente e domiciliado
nesta Capital, doravante denominada CESSIONÁRIA, resolvem firmar o presente TERMO
DE CESSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL, conforme as cláusulas e condições abaixo, com
amparo (colocar amparo legal), e, no que couber, na Lei nº 8.666/1993.

CLÁUSULA PRIMEIRA: DO OBJETO: O presente TERMO tem por objeto a


cessão de uso do imóvel …............................... (descrever), situado na
…......................................., com área total de …................. m², conforme memorial descritivo.

PARÁGRAFO ÚNICO. Na data da assinatura do termo, será realizada uma


vistoria na área cedida e elaborado laudo no qual constarão as características atuais da área
outorgada.

CLÁUSULA SEGUNDA – DA NATUREZA JURÍDICA: A outorga da


presente cessão de uso é feita por tempo determinado, intransferível e de forma gratuita.

CLÁUSULA TERCEIRA – DO PRAZO: A cessão de uso possui prazo


determinado, com vigência pelo prazo de ….... (…........) anos, no período de ….......... a
…................

PARÁGRAFO PRIMEIRO. O prazo ora ajustado poderá ser prorrogado por


iguais e sucessivos períodos, desde que haja manifestação por escrito pelas partes, com
antecedência de pelo menos 30 (trinta) dias antes do seu término.
126/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo AA – Modelo de Termo de Cessão de Uso de Bem Imóvel

PARÁGRAFO SEGUNDO. A CEDENTE poderá revogar este termo a


qualquer tempo por razões de interesse público, sem gerar direito a indenização para a
CESSIONÁRIA.

PARÁGRAFO TERCEIRO. Se o imóvel cedido não for utilizado pela


CESSIONÁRIA, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados da data da assinatura, o
presente termo fica automaticamente extinto.

CLÁUSULA QUARTA – DA DESTINAÇÃO: O CESSIONÁRIA deverá


utilizar única e exclusivamente o bem objeto deste Termo para a …...........................

PARÁGRAFO ÚNICO. É vedado à CESSIONÁRIA transferir ou ceder este


termo de cessão de uso, bem como emprestar ou ceder, a qualquer título, no todo ou em parte,
o imóvel/espaço físico, ficando automaticamente rescindido o presente termo em caso de
inobservância desta cláusula.

CLÁUSULA QUINTA – DAS OBRIGAÇÕES DA CESSIONÁRIA:

I – utilizar a edificação para o fim único e exclusivo indicado na cláusula


anterior, não podendo alterar a sua finalidade;

II – cobrir toda e qualquer despesa relativa ao consumo de energia elétrica,


água, telefone, gás e outras taxas que venham a incidir sobre a área ocupada, bem como
promover a conservação e limpeza da área e de suas adjacências;

III – realizar a imediata reparação dos danos verificados no imóvel, exceto os


decorrentes de vício de construção, devendo, neste caso, notificar a CEDENTE desde logo;

IV – submeter à aprovação da CEDENTE os projetos relativos à reparação dos


danos ocorridos, bem como os relativos às benfeitorias necessárias ao desenvolvimento da
atividade a que se destina o imóvel;

V – restituir o imóvel, finda a permissão, no estado em que o recebeu;

VI – consultar a CEDENTE antes de proceder a qualquer alteração do imóvel


objeto da permissão;

VII – arcar com todas as despesas relativas às taxas, emolumentos e


contribuições de qualquer natureza, que se fizerem necessárias ao funcionamento dos
serviços, inclusive todo e qualquer encargo social e trabalhista;

VIII – não ceder, subcontratar, sublocar, emprestar ou, de qualquer modo,


transferir o uso do imóvel, no todo ou em parte, zelando pelo seu uso e comunicando, de
imediato, à CEDENTE, a sua utilização indevida por terceiros;

IX - entregar à CEDENTE toda correspondência dirigida a esta e endereçada


ao imóvel/espaço físico cedido, sob pena de responsabilidade por possíveis danos decorrentes
de omissão.
ICA 87-7/2023 127/137

Continuação do Anexo AA – Modelo de Termo de Cessão de Uso de Bem Imóvel

CLÁUSULA SEXTA – DAS PENALIDADES: Será de inteira


responsabilidade da CESSIONÁRIA qualquer multa ou penalidade que venha a ser aplicada
pelos poderes públicos por desrespeito a leis federais, estaduais ou municipais, referentes à
utilização do imóvel/espaço físico cedido. Será ainda de responsabilidade da CESSIONÁRIA
qualquer exigência das autoridades públicas com referência a atos por ele praticados, podendo
a CEDENTE, se assim o preferir, cumpri-la e cobrar as despesas.

CLÁUSULA SÉTIMA – DA RESCISÃO: A infração a qualquer cláusula,


condição ou obrigação deste termo acarretará a sua imediata rescisão de pleno direito,
independentemente de notificação ou interpelação judicial ou extrajudicial.

CLÁUSULA OITAVA – DA PUBLICAÇÃO: A CEDENTE providenciará a


publicação do extrato deste termo no Diário Oficial da União, na forma do art. 61, parágrafo
único, da Lei nº 8.666/1993.

CLÁUSULA NONA – DOS CASOS OMISSOS: Os casos omissos serão


resolvidos pelo Secretário de Administração.

CLÁUSULA DÉCIMA – DO FORO: Fica eleito o foro da Comarca de


…........................ – UF para dirimir controvérsias relativas ao presente termo de cessão de
uso.

E, por estarem assim ajustadas, firmam as partes o presente termo em 03 (três)


vias de igual teor, que, depois de achadas conforme, na presença das testemunhas também
signatárias, assumem o compromisso e a obrigação de fielmente cumprir e respeitar o
pactuado, por si, seus herdeiros e sucessores.

…......................., …...... de ..................... de …..............

_____________________________________________

(NOME)

CEDENTE

_________________________________________________

(NOME)

CESSIONÁRIA
128/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo AA – Modelo de Termo de Cessão de Uso de Bem Imóvel

TESTEMUNHAS:

__________________________________________________

CPF:

__________________________________________________

CPF:
ICA 87-7/2023 129/137

Anexo AB – Modelo de Relatório de Inspeção

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE INFRAESTRUTURA DA AERONÁUTICA

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

SERINFRA - __

1 – INTRODUÇÃO

Deve conter, no mínimo, a relação dos representantes das OM em inspeção, as


considerações gerais do SERINFRA e das OM, dentre outras.

2 – EQUIPE DE INSPEÇÃO

Deve conter a relação da equipe de inspeção.

3 – DESENVOLVIMENTO

Para os aspectos observados, serão elaboradas análises e propostas ações


recomendadas pela equipe de inspeção.

3.1 ASPECTO OBSERVADO

É o fato em si, sem análise, de forma mais reduzida possível.

É uma “causa” que gerará um possível “efeito” a ser comentado na análise.

Devem ser relacionados e numerados em ordem crescente, sejam eles


negativos ou positivos.

3.1.1 ANÁLISE

É o fato produzido pelo aspecto observado.

Sobre cada aspecto observado, a equipe de inspeção deve efetuar uma análise,
apresentando as possíveis causas de sua ocorrência.

3.1.2 AÇÕES RECOMENDADAS

A equipe de inspeção recomendará as ações julgadas pertinentes para a solução


da deficiência analisada, especificando o quê, por quem e quando deve ser feito.
130/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo AB – Modelo de Relatório de Inspeção

Devem ser usados termos claros e de significado direto, com verbos


conjugados no imperativo.

..................................................................

Membro da equipe de inspeção

..................................................................

Membro da equipe de inspeção

..................................................................
Membro da equipe de inspeção
ICA 87-7/2023 131/137

Anexo AC – Modelo de Relatório Semestral de Processos Administrativos e Judiciais

Relatório Semestral de Processos Administrativos / Judiciais **

Instruções de preenchimento:
• Sequência: numeração contínua que se inicia no 001.
• Responsável administrativo: OM designada a garantir a guarda, a conservação e a
manutenção do imóvel conforme item 1.4.60.
• Tombo: codificação do terreno conforme item 5.3.
• Data de autuação: data inicial do processo.
• Nº do processo: número atribuído ao processo para buscas nos bancos de dados da
Justiça/Administração.
• Vara*: local onde tramita o processo judicial. Ex.: 1ª Vara da Justiça Federal de São
Paulo.
• Parte: nome da(s) pessoa(s) física ou jurídica que figura(am) na relação processual.
• Classe da ação: denominação atribuída ao processo. Ex: reintegração de posse;
esbulho/turbação/ameaça; desapropriação; cobrança de taxas/tributos/dívida ativa
entre outros.
• Objeto: descrição sintética sobre o assunto do processo.
• Última movimentação: data da última movimentação do processo.
• Histórico data – síntese: destinado a inclusão da data e ocorrência da movimentação
processual. Ex. (dd.mm.aaaa – Sentença: “...”)
• Observações: destinado as demais informações consideradas relevantes.

OBS: * Dados obtidos em consulta processual nos bancos de dados da Justiça, apenas para
os Processos Judiciais.
** Devem ser enviadas 02 (duas) planilhas separadamente. Para os processos
administrativos, as colunas “Vara” e “Parte” não são aplicáveis.
132/137 ICA 87-7/2023

Anexo AD – Modelo de Controle de Contratos de Cessão de Uso

Ato de Empreen- Utilização


Valor
Tombo / Área formali- dimento Forma de Benefício(s) do recurso
Cessionário Anual
Benfeitoria cedida zação da com fins Contratação recebido(s) recebido,
(R$)
cessão lucrativos se houver

Instruções de preenchimento:
1 – Tombo/benfeitoria: codificação do tombo ou da benfeitoria, conforme o caso, atentando à
fiel escrita da codificação, conforme Capítulo 5.
2 – Área cedida: deve ser inserida a palavra “total”, caso a cessão seja da área total do terreno
ou benfeitoria, ou a palavra “parcela”, para o caso de apenas uma fração do
terreno/benfeitoria estar cedido(a).
3 – Ato de formalização da cessão: descrever Contrato, Acordo ou qualquer outro documento
que tenha formalizado a cessão, com numeração e ano.
4 – Empreendimento com fins lucrativos: Informar “sim”, caso o cessionário possua fins
lucrativos ou “não”, para o caso negativo.
5 – Cessionário: descrição clara e objetiva do cessionário.
6 – Forma de contratação (onerosa ou não onerosa): escrever a palavra “onerosa”, para o caso
de cessão onerosa ou a palavra “não onerosa”, para o caso de cessão não onerosa.
7 – Valor anual (R$): valor anual do contrato, conforme consta no contrato de cessão, com
separador de milhar e 02 (duas) casas decimais.
ICA 87-7/2023 133/137

Anexo AE – Modelo de Autorização de Uso a Título Excepcional e Precário

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
OM RESPONSÁVEL ADMINISTRATIVA

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO


EXCEPCIONAL E PRECÁRIO DE
BEM IMÓVEL celebrado entre a
UNIÃO, por meio do COMANDO DA
AERONÁUTICA, representado pelo
__________, e __________,
representado pelo __________.

A UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, representada neste ato pelo
__________, com sede à __________, representada por seu Chefe, __________ (nome,
nacionalidade, estado civil), portador do documento de identidade nº __________ COMAER
e inscrito no CPF/MF sob o nº __________, residente e domiciliado em __________
(município/UF), doravante denominado AUTORIZANTE, e o __________, pessoa jurídica
de direito público interno, neste ato representado por __________, __________ (nome,
nacionalidade, estado civil), portador do documento de identidade nº __________ e inscrito
no CPF/MF sob o nº __________, residente e domiciliado em __________ (município/UF),
doravante denominado AUTORIZATÁRIO, resolvem firmar o presente, conforme as
cláusulas e condições abaixo, com amparo no que consta do Protocolo COMAER nº
__________, e, no que couber, na Lei nº 14.133/2021.

CLÁUSULA 1ª – DO OBJETO

1.1. O presente Termo de Autorização de Uso de bem público tem por objetivo
específico autorizar a utilização do(s) tombo(s) __________, enquanto o tramita o processo de
__________(modalidade do processo de desincorporação) nº __________ (NUP) e até que
seja concluída a transmissão do domínio pleno dos imóveis ao __________(autorizatário por
extenso).

1.2. Constituem objetos do presente Termo os imóveis de propriedade da UNIÃO,


situados no Município __________, Estado __________, relativos ao(s) tombo(s)
__________ (RIP __________), num total de __________ benfeitorias e __________ lote
vago, localizados na cidade de __________(município/UF). Tombo __________: (descrever
as características do tombo, considerando área, planta, localização, RGI e Termo de Entrega).

1.3. O tombo __________ possui as seguintes limitações e confrontações: (memorial


descritivo do imóvel).
134/137 ICA 87-7/2023

Continuação do Anexo AE – Modelo de Autorização de Uso a Título Excepcional e


Precário

1.4. O tombo __________ possui as seguintes benfeitorias/lotes: (descrever as


benfeitorias do imóvel com codificação cadastrada no SISOP, padrão de construção, estado de
conservação e observações julgadas pertinentes).

1.5. Por se tratarem de áreas totalmente inseridas no perímetro urbano e limitadas por
ruas e avenidas, encontram-se totalmente cercados por muros em alvenaria e portões
metálicos (adaptar conforme características e localização do imóvel).

CLÁUSULA 2ª – DA GRATUIDADE

É autorizado o uso dos imóveis descritos na cláusula acima sem cobrança de diária
ao autorizatário.

CLÁUSULA 3ª – DAS OBRIGAÇÕES

O Usuário obriga-se a:
I. Proceder à limpeza e conservação das dependências, durante todo o período, ou
seja, até a conclusão do processo de doação dos imóveis;
II. Zelar pelas dependências dos locais autorizados, respondendo por qualquer dano
que a elas venham ocorrer em virtude da utilização das mesas, bem como pelo eventual
consumo de água e energia elétrica;
III. Assumir os encargos, tributos, impostos, taxas e multas de quaisquer espécies que
venham a incidir legalmente sobre os imóveis, durante a vigência do contrato; e
IV. Manter a segurança ativa dos imóveis sob seu uso, impedindo invasões, posseiros
urbanos, desapossamentos forçados, instalações espúrias por pessoas não autorizadas ou
qualquer outra forma de esbulho da posse que neste ato recebe.
Parágrafo único. O AUTORIZATÁRIO sujeita-se, ainda, a quaisquer outras
condições que venham a ser impostas pelo AUTORIZANTE, tendo em vista o interesse
coletivo.

CLÁUSULA 4ª – DA CONCORDÂNCIA

O AUTORIZATÁRIO expressa sua plena e total concordância com todas as obrigações e


requisitos constantes do presente termo e demais legislação que rege a matéria, e às que
venham, no interesse público, ser estabelecidas pelo AUTORIZANTE.

CLÁUSULA 5ª – DA RESPONSABILIDADE

Os imóveis objetos do presente contrato são de responsabilidade do AUTORIZATÁRIO


acima qualificado, eximindo o AUTORIZADOR de qualquer responsabilidade por danos
materiais, morais e/ou físicos que venham a ocorrer.
ICA 87-7/2023 135/137

Continuação do Anexo AE – Modelo de Autorização de Uso a Título Excepcional e


Precário

CLÁUSULA 6ª – DA RESCISÃO

O presente TERMO poderá ser rescindido, a qualquer tempo, pelo AUTORIZADOR.

CLÁUSULA 7ª – DA CORRESPONDÊNCIA

12.1. Todas as comunicações, solicitações e correspondências, relativas ao presente Contrato,


serão trocadas formalmente, entre as PARTES, mediante protocolo, nos seguintes endereços:

(endereço do autorizador)

(endereço do autorizatário)

CLÁUSULA 8ª – DO FORO

O foro competente para conhecer e julgar as questões eventualmente decorrentes deste


instrumento é o da Justiça Federal, Seção Judiciária do __________, renunciando
expressamente as partes a qualquer outro, por mais privilegiado que seja. Acordam, ainda, que
eventual lide instalada não se constituirá em conflito federativo, de modo que a competência
será da primeira instância da Seção Judiciária do __________ da Justiça Federal e não do
Supremo Tribunal Federal.

Estando assim as partes justas e acertadas, firmam o presente termo, diante das testemunhas
abaixo assinadas, para que produza seus jurídicos e legais efeitos.

Cidade, xx de xxxxx de 20xx.

______________________________
AUTORIZADOR

______________________________
AUTORIZATÁRIO

Testemunhas:

______________________________
(testemunha 1)
CPF:

______________________________
(testemunha 2)
CPF:
136/137 ICA 87-7/2023

Anexo AF – Modelo de Portaria de Desafetação de imóvel

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE INFRAESTRUTURA DA AERONÁUTICA

PORTARIA Nº XXXX/XXX, DE XX DE XXXX DE 2023.

Considera desafetados bens imóveis


da União, jurisdicionados ao Comando
da Aeronáutica.

O DIRETOR DE INFRAESTRUTURA DA AERONÁUTICA, no uso das


atribuições que lhe conferem os artigos 4º e 9º do ROCA 21-69 “Regulamento da Diretoria
de Infraestrutura da Aeronáutica”, aprovado pela Portaria nº 572/GC3, de 19 de setembro de
2023, e considerando a delegação de competência constante do __________ (Portaria de
autorização de desincorporação de imóvel), e em consonância com o disposto no artigo 100
do Código Civil Brasileiro, resolve:

Art. 1º Considerar desafetados os bens imóveis __________(tombo), RIP


__________, localizado no Município de __________/UF, __________(elencar todos os
imóveis que serão desafetados) todos jurisdicionados ao Comando da Aeronáutica, cujas
alienações foram autorizadas por intermédio da Portaria __________, publicada no Diário
Oficial da União nº __________, de __________(data), Seção __________.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação em Boletim do


Comando da Aeronáutica.

XXXXXX
Diretor da DIRINFRA
ICA 87-7/2023 137/137

ÍNDICE
ÁREAS ESPECIAIS.................................................................................................................11
ARRENDAMENTO...........................................................................................31-33, 61-65, 82
AVALIAÇÃO...............6, 10, 12, 31-34, 36-41, 46, 51, 52, 57, 63, 64, 67, 69, 82, 86, 105, 118
CDRU............................................................................................................................62, 66, 67
CESSÃO DE USO........................................13, 36, 47, 61-64, 66-69, 82, 85, 86, 127-130, 134
CONSERVAÇÃO...................7, 13, 19, 50, 52, 75, 106, 108-111, 113, 116, 125, 128, 133, 136
CONTÁBIL............................................................................................................20, 59, 70, 71
DEMOLIÇÃO................................................................................7, 13, 53-55, 70, 98, 118-120
DESAFETAÇÃO....................................................................................................5, 14, 64, 138
DESAPROPRIAÇÃO..........................................................................13-16, 19, 35, 38, 94, 133
EXECUÇÃO PATRIMONIAL...........................................................................7, 13, 23, 70, 71
GUARDA....................................................................7, 19, 45, 46, 48, 50, 74, 75, 79, 114, 133
MANUTENÇÃO........................................................7, 19, 23, 50, 70, 75, 76, 78, 79, 114, 133
PERMUTA............................................................11, 14, 19, 35, 39, 40, 56, 58, 59, 87, 95, 100
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA.16, 19, 27, 38, 42, 45-53, 58, 62, 63, 67, 68, 70,
71, 73, 76, 80, 113-115, 117
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL................16, 17, 20, 30, 43, 45, 48, 51, 76, 104, 105
REVERSÃO......................................................................20, 52, 56, 59, 60, 101, 104, 116, 117
SERINFRA......9, 16, 20, 23, 25, 26, 28-30, 38-43, 45, 47-52, 54, 57-60, 63-74, 76, 77, 79, 80,
104, 131
SIAFI.......................................................................................................9, 20, 23, 43, 49, 70-72
SISOP. .7, 9, 19, 21, 28-30, 41-49, 52, 54, 55, 64-67, 69, 71, 72, 74, 76, 79, 113, 116, 118, 136
TRANSFERÊNCIA DE JURISDIÇÃO....................19, 21, 22, 35, 41, 56, 60, 61, 97, 102, 103
ZONEAMENTO ADMINISTRATIVO............................................................16, 24, 49, 50, 73
ZONEAMENTO CIVIL/MILITAR..............................................................................24, 73, 74

Você também pode gostar