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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

SUPRIMENTO

MCA 67-1

MANUAL DE SUPRIMENTO

2007
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO

SUPRIMENTO

MCA 67-1

MANUAL DE SUPRIMENTO

2007
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO

PORTARIA DIRMAB Nº 32, DE 9 DE MARÇO DE 2007.

Aprova a edição do Manual que disciplina as


atividades inerentes à Função Logística de
Suprimento de Material Aeronáutico.

O DIRETOR DA DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E


BÉLICO, no uso de suas atribuições e de acordo com a ICA 5-1, de 14 de maio de 2004, resolv e:

Art. 1º Aprovar a edição do MCA 67-1 "Manual de Suprimento", que com esta
baixa.

Art. 2º Este Manual entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revoga-se o MCA 67-8 Vol. 1, de 20 DEZ 2001, a ICA 67-1, de 27 AGO
2004, a ICA 67-2, de 20 MAR 2003, a ICA 67-7, de 17 OUT 2001, a ICA 67-17, de 30 NOV 2005,
a ICA 67-39, de 02 JAN 2002, a ICA 67-40, de 06 MAR 2002, a ICA 68-1, de 04 SET 2001, a IMA
67-41, de 08 JUL 1998 e o PCA 67-2, de 30 SET 2005.

Maj Brig Ar NILSON PRADO GODOY


Diretor da DIRMAB

(Publicado no BCA nº 095, de 18 de maio de 2007)


MCA 67-1/2007

SUMÁRIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................................. 13
1.1 FINALIDADE ............................................................................................................. 13
1.2 CONCEITUAÇÃO ...................................................................................................... 13
1.3 ABREVIATURAS UTILIZADAS ............................................................................. 35
1.4 ÂMBITO ..................................................................................................................... 39
1.5 FUNDAMENTO ......................................................................................................... 39

2 ESTRUTURAÇÃO, ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES ......................... 40


2.1 ESTRUTURAÇÃO ..................................................................................................... 40
2.2 ATRIBUIÇÕES ........................................................................................................... 44
2.3 RESPONSABILIDADES ............................................................................................ 52

3 NACIONALIZAÇÃO .................................................................................................. 53
3.1 HISTÓRICO ................................................................................................................ 53

4 CONTROLE DE SUPRIMENTO ............................................................................... 55


4.1 CATALOGAÇÃO ....................................................................................................... 55
4.2 IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAL .......................................................................... 55
4.3 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES .............................................................. 95
4.4 CONTROLE ................................................................................................................ 100
4.5 OBTENÇÃO DE MATERIAL ................................................................................... 106
4.6 INVENTÁRIO ............................................................................................................ 117

5 FISCALIZAÇÃO DO MATERIAL AERONÁUTICO ............................................ 123


5.1 FINALIDADE ............................................................................................................. 123
5.2 DESIGNAÇÃO DO GESTOR DE MATERIAL AERONÁUTICO .......................... 123
5.3 ATRIBUIÇÕES DO GESTOR DE MATERIAL AERONÁUTICO ......................... 123
5.4 EXECUÇÃO PATRIMONIAL ................................................................................... 124
5.5 CONSIDERAÇÕES GERAIS ..................................................................................... 126

6 OBTENÇÃO ................................................................................................................. 127


6.1 FINALIDADE ............................................................................................................. 127
6.2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 127
6.3 METAS ........................................................................................................................ 127
6.4 DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS .................................................................................... 128
6.5 DOTAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................................ 129
6.6 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES .............................................................. 127
6.7 OBTENÇÃO DE MATERIAL E SERVIÇOS ATRAVÉS DAS CAB, CELOG,
PRAÇA LOCAL E FMS ............................................................................................ 132
6.8 RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL E SERVIÇOS OBTIDOS
PELOS ÓRGÃOS DE COMPRA .............................................................................. 134
6.9 UTILIZAÇÃO DO MATERIAL OBTIDO E REPARADO ...................................... 136
6.10 ACOMPANHAMENTO E CONTROLE ................................................................. 137
6.11 ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS REQUISITANTES .............................................. 137

7 FMS ................................................................................................................................ 139


7.1 FINALIDADE ............................................................................................................. 139
7.2 RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS ........................................................ 139
7.3 HISTÓRICO ................................................................................................................ 140
7.4 FUNCIONAMENTO DO FMS .................................................................................. 146
MCA 67-1/2007

7.5 PARTICIPAÇÃO DO COMAER E DE SUAS ORGANIZAÇÕES NO FMS .......... 151


7.6 GERENCIAMENTO DO PROGRAMA FMS ........................................................... 153
7.7 REPARÁVEIS ............................................................................................................ 162
7.8 RELATÓRIO DE DISCREPÃNCIA .......................................................................... 171
7.9 COOPERATIVE LOGISTICS SUPPLY SUPPORT ARRANGEMENT (CLSSA) .. 175
7.10 REQUISIÇÃO DE MATERIAL ............................................................................... 183
7.11 ACOMPANHAMENTO DE REQUISIÇÕES .......................................................... 191
7.12 SUPPLY TRACKING AND REPARABLE RETURN (STARR) ………………... 196

8 SOLUÇÃO DE DISCREPÃNCIAS EM AQUISIÇÕES NA ÁREA


COMERCIAL .............................................................................................................. 210
8.1 FINALIDADE ............................................................................................................. 210
8.2 DAS DISCREPÂNCIAS ............................................................................................. 210
8.3 PROCEDIMENTOS PARA SOLUÇÃO DE DISCREPÂNCIAS ............................. 211
8.4 RECEBIMENTO DO MATERIAL ............................................................................ 214
8.5 PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS ............................................................. 215

9 PROCEDIMENTOS PARA SOLICITAÇÃO E SOLUÇÃO DE


NECESSIDADES DE MATERIAL AERONÁUTICO EM SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA ............................................................................................................ 218
9.1 FINALIDADE ............................................................................................................. 218
9.2 ATRIBUIÇÕES ........................................................................................................... 218

10 ARMAZENAGEM ..................................................................................................... 222


10.1 PROCESSO DE ARMAZENAGEM ........................................................................ 222
10.2 PLANEJAMENTO .................................................................................................... 223
10.3 CRITÉRIOS DE ARMAZENAGEM ........................................................................ 225
10.4 DISPOSIÇÃO DO ARMAZEM ............................................................................... 226
10.5 ÁREA DE ARMAZENAGEM ................................................................................. 228
10.6 ÁREA DE SERVIÇO ................................................................................................ 239
10.7 ARMAZENAGEM EM ÁREA EXTERNA ............................................................. 239
10.8 SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO .............................................................................. 240
10.9 DISPOSIÇÃO DO MATERIAL NO ARMAZEM ................................................... 243
10.10 ITENS QUE NECESSITAM DE CUIDADOS ESPECIAIS .................................. 247
10.11 ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE LUBRIFICANTES EM TAMBORES .... 256
10.12 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL .................................................................... 263
10.13 PREVENÇÃO DE ACIDENTES E INCÊNDIO .................................................... 266

11 MATERIAL SSS ........................................................................................................ 275


11.1 FINALIDADE ........................................................................................................... 275
11.2 FONTES SUPRIDORAS .......................................................................................... 275
11.3 DOTAÇÃO ANUAL DE EQUIPAMENTOS SSS .................................................. 276
11.4 PROJETO SSS .......................................................................................................... 277
11.5 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................... 279

12 SISTEMA DE CONTROLE, RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE


MATERIA AERONÁUTICO ................................................................................... 286
12.1 FINALIDADE ........................................................................................................... 286
12.2 ESTRUTURAÇÃO ................................................................................................... 286
12.3 ATRIBUIÇÕES ......................................................................................................... 286
12.4 CONSIDERAÇÕES GERAIS QUANTO À DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL .... 290
MCA 67-1/2007

13 PRODUTOS ESPECIAIS, QUÍMICOS, GASES, TINTAS E SOLVENTES


ESPECÍFICOS APLICADOS EM EQUIPAMENTOS AERONÁUTICOS ........ 291
13.1 FINALIDADE ........................................................................................................... 291
13.2 DEFINIÇÕES ............................................................................................................ 291
13.3 PUBLICAÇÕES APLICÁVEIS ............................................................................... 291
13.4 RESPONSABILIDADES ......................................................................................... 292
13.5 PROCEDIMENTOS GERAIS .................................................................................. 293
13.6 PRODUTOS ESPECIAIS ......................................................................................... 296
13.7 PRODUTOS QUÍMICOS ......................................................................................... 297
13.8 GASES ...................................................................................................................... 298
13.9 TINTAS E SOLVENTES ESPECÍFICOS ................................................................ 300

14 DISTRIBUIÇÃO - RECEBIMENTO E EXPEDIÇÃO .......................................... 303


14.1 RECEBIMENTO ....................................................................................................... 303
14.2 MARCAÇÃO DE MATERIAL ................................................................................ 309
14.3 EMBALAGEM ......................................................................................................... 310
14.4 EXPEDIÇÃO ............................................................................................................ 319
14.5 TRANSPORTE ......................................................................................................... 328

15 REMESSA DE MATERIAL AO EXTERIOR ........................................................ 340


15.1 FINALIDADE ........................................................................................................... 340
15.2 PROCEDIMENTOS PARA REMESSA DE MATERIAL AO EXTERIOR ........... 340
15.3 RETORNO DE MATERIAL .................................................................................... 346
15.4 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................... 348

16 DESEMBARAÇO ALFANDEGÁRIO ..................................................................... 354


16.1 FINALIDADE ........................................................................................................... 354
16.2 ATRIBUIÇÕES ......................................................................................................... 354
16.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................... 361

17 ALIENAÇÃO DE MATERIAL AERONÁUTICO ................................................. 362


17.1 FINALIDADE ........................................................................................................... 362
17.2 DA COMPETÊNCIA ................................................................................................ 362
17.3 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 362
17.4 MATERIAL AERONÁUTICO ................................................................................. 362
17.5 FORMAS DE LICITAÇÃO ...................................................................................... 364
17.6 PROCESSO DE ALIENAÇÃO ................................................................................ 364
17.7 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................... 368

18 ARMAZENAGEM, MANUSEIO E TRANSPORTE DE MATERIAL BÉLICO 369


18.1 FINALIDADE ........................................................................................................... 369
18.2 COMPETÊNCIA ....................................................................................................... 369
18.3 PRECAUÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA .......................................................... 369
18.4 GENERALIDADES .................................................................................................. 371
18.5 PAIÓIS E ÁREAS DE PAIÓIS ................................................................................ 371
18.6 TRANSPORTE DE EXPLOSIVO ............................................................................ 390
18.7 PRECAUÇÕES GERAIS NO TRANSPORTE DE MUNIÇÕES E EXPLOSIVOS 401

19 DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................. 405

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 406


MCA 67-1/2007

Anexo A - Inventário Geral - PAMA .................................................... 408


Anexo B - Inventário Geral - Remotos .................................................. 412
Anexo C - Itens Perigosos ....................................................................... 414
Anexo D - Equipamentos Industriais .................................................... 416
Anexo E - Veículos Industriais .............................................................. 417
Anexo F - Fatores a Considerar na Escolha da Embalagem .............. 418
Anexo G - Técnicas de Alcochoamento ................................................. 419
Anexo H - Tipos de Embalagens (Acondicionamento) ........................ 420
Anexo I - A Arte de Embalar ................................................................ 421
Anexo J - Símbolos e Marcas ................................................................ 422
Anexo L - Gráfico de Termos ................................................................ 423
Anexo M - Transporte Intermodal ......................................................... 424
Anexo N - Prateleiras Metálicas ............................................................ 425
Anexo O - Armação para Tubos ............................................................ 426
Anexo P - Armazenagem Vertical ......................................................... 427
Anexo Q - Brazilian Air Force–Invoice ………………………………. 428
Anexo R - Deficiency Report .................................................................. 429
Anexo S - Rapport de Défectuosité ....................................................... 430
Anexo T - Etiqueta Auto-Adesiva (Fragile) .......................................... 431
Anexo U - Etiqueta Auto-Adesiva (AOG/AIFP) .................................. 432
Anexo V - Relatório de Deficiência ........................................................ 433
Anexo X - Relatório de Discrepância na Requisição (CELOG) ......... 434
Anexo Z - Report of Requisition Discrepancy (RRD) ………………. 435
Anexo AA - Movimentação de Estoque–Demonstrativo Analítico ........ 436
Anexo BB - Demonstrativo Sintético de Movimento .............................. 437
Anexo CC - Relação de Parques Gerenciadores e OM Usuárias
(Remotos) ............................................................................... 438
Anexo DD - Mapa Demonstrativo do Movimento Físico e do Crédito
de Gases .................................................................................. 439
Anexo EE - Mapa Demonstrativo de Tintas e Solventes Específicos .... 440
Anexo FF - Unidades Utilizadoras Apoiadas pelos Remotos ................ 441
Anexo GG - Proposta de Dotação de Equipamentos SSS ....................... 442
Anexo HH - Tabela de Dotação de Equipamento SSS ............................ 444
Anexo II - Inventário Anual de Equipamentos SSS ............................. 445
Anexo JJ - Formulário de Ajuste de Equipamentos SSS ..................... 446
Anexo LL - Ficha Individual de Controle de Equipamentos de Vôo .... 447
Anexo MM - Equipamentos SSS – Controle de Inspeção ........................ 448
Anexo NN - Termo de Incineração de Equipamentos SSS .................... 449
Anexo OO - Controle dos Contratos de Câmbio e ROF ......................... 450
Anexo PP - Pré-Alerta (Modelo) ............................................................. 451
Anexo QQ - Parte do Gestor de Material ao Agente Diretor
solicitando as Providências Necessárias ao Início do
Processo de Alienação ........................................................... 452
Anexo RR - Relação de Material Aeronáutico a ser examinado ........... 453
Anexo SS - Termo de Exame de Material Disponível ........................... 459
Anexo TT - Termo de Avaliação de Bens ................................................ 460
Anexo UU - Ofício ao Diretor da DIRMAB solicitando autorização
para alienar o Material ......................................................... 461
Anexo VV - Alerta para a Adminitração do Sisma (Modelo) ................ 462
Anexo XX - Listagem de NSN Pré-Autorizados a Reparo ..................... 463
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Anexo ZZ - Listagem Impressa de NSN Pré-Autorizados a Reparo .... 464


Anexo AAA - Listagem Impressa de NSN não aprovados ou
Autorização Cancelada para Reparo .................................. 465
Anexo BBB - DD FORM 1348 - 1A ……………………………………… 466
Anexo CCC - Etiqueta de Alerta 7530 DIRMA 67-164 ............................. 467
Anexo DDD - Etiqueta de Aviso 7530 DIRMA 67-162 OU 67-163 ........... 468
Anexo EEE - Advance Notification Of Shipment ……………………….. 469
Anexo FFF - Standard Form (SF) 364 …………………………………... 470
Anexo GGG - FMS Report of Discrepancy ANNEX ……………………. 472
Anexo HHH - Faixa Numérica de Requisição ............................................ 473
Anexo III - Calendário Juliano ................................................................ 477
Anexo JJJ - Página Inicial do AFSAC On-Line ...................................... 478
Anexo LLL - Página Inicial do SCIP .......................................................... 480
MCA 67-1/2007

PREFÁCIO

O Manual de Suprimento tem o propósito de estabelecer, dentro do Sistema de


Material da Aeronáutica - SISMA (NSMA 65-1), normas e procedimentos, necessários para
que as atividades de identificação, previsão, procura, aquisição, recebimento, armazenagem,
fornecimento, expedição, transferência, descarga, nacionalização, alienação e controle sejam
executadas de forma padronizada, pelos Órgãos e elementos executivos.

Esta publicação apresenta inicialmente a estrutura, as ações, atribuições e


responsabilidades para cada nível da função logística de suprimento, conforme DCA 2-1.

Em seguida são desenvolvidas, de forma detalhada, as normas e procedimentos


inerentes aos setores de Controle de Suprimento, Armazenagem e Recebimento/Expedição,
sendo que alguns são muito específicos e são objetos de instruções próprias, as quais são
mencionadas e referenciadas nos capítulos adequados e sempre que necessário.

Os procedimentos referentes ao sistema de controle informatizado de material e


ao controle de combustíveis e lubrificantes são regulamentados por intermédio de manual
próprio.

Para uma conveniente utilização do presente manual, ele está dividido nos
seguintes tópicos:

a) estruturação, atribuições e responsabilidades;


b) controle de suprimento;
c) armazenagem; e
d) setor de distribuição: recebimento e expedição.

“AGRADECIMENTOS”

Uma obra para ser concretizada depende da colaboração de inúmeras pessoas,


sejam ofertando idéias, sejam na participação direta ou indireta de parcelas do trabalho.

Agradecemos, principalmente à Força Aérea Brasileira, bela e nobre Instituição


que sempre apoiou e valorizou os seus recursos humanos, estimulando-os ao desenvolvimento
intelectual e profissional, o que forneceu as bases para a produção deste Manual.

Colaboraram para a execução dos trabalhos e confecção deste Manual os


seguintes militares:

MAJ BRIG AR NILSON PRADO GODOY


BRIG AR RICARDO MENDES
TEN CEL INT RÉGIO MARCOS DE ABREU
MAJ AV CLÁUDIO EVANGELISTA CARDOSO
MAJ AV LEANDRO NORONHA VASCONCELLOS
MAJ SUP R1 LUIZ CARLOS AMARAL DA SILVA
CAP QOE SUP LUIZ OTÁVIO DA CUNHA VANDELLI
CAP QOEA SVA CELSO MOREIRA DA COSTA
1º TEN QOE SUP FABIO DE SÁ FERNANDES
MCA 67-1/2007

SO BSP ANTÔNIO SERGIO ALMEIDA DA FONSECA


SO BSP WILSON ANGELO CATALDO
SO BEV ROBERTO LUIZ CORREA SALOMÃO
SO BSP CARLOS ALBERTO FERREIRA MACIEL
1S BSP JAURO FERREIRA FORTE
1S BSP CELSO VIEIRA BARROS
1S BSP VALDIR FIGUEIRA
1S BSP MARCELO PEREIRA DOS SANTOS
2S BSP CARLOS DE MORAES GOMES
2S BSP MARCELO SOARES GUINA GARCIA
3S BSP MÁRCIO HENRIQUE RODRIGUES DE FARIA
3S BEI JEFFERSON ROBERTO NERY GONÇALVES
3S BSP EDUARDO DA SILVA BARROS JÚNIOR
MCA 67-1/2007

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

O presente Manual de Suprimento tem por finalidade apresentar a estrutura e as


atividades da função logística de Suprimento, bem como disciplinar as atribuições e fazer
referência inerente a cada nível de responsabilidades dos setores do Suprimento, de acordo
com a Norma de Sistema de Material da Aeronáutica, NSMA 65-1.

1.2 CONCEITUAÇÃO

1.2.1 ACONDICIONAR

Dar condição, arranjar, arrumar, restaurar, consertar, guardar, preservar contra


deterioração, adaptar, subordinar, embalar ou acomodar para transporte.

1.2.2 ADMINISTRATIVE CHARGES

São as taxas associadas com a administração do Programa. A exemplo: As


taxas do FMSO I são 5% do "on hand" (5/17 do valor do material) e 3,8% do valor do
material do FMSO II.

1.2.3 ADMISSÃO TEMPORÁRIA

Ato de importar material, de interesse do COMAER, em caráter excepcional e


temporário. Utiliza-se essa modalidade de importação nos casos de testes ou avaliação de
amostras de equipamentos ou materiais.

1.2.4 AERONAVE INDISPONÍVEL POR FALTA DE PEÇA - AIFP

Uma aeronave encontra-se nesta situação, quando está impossibilitada de voar,


por falta de determinada(s) peça(s) ou componente(s), que não esteja disponível em estoque
da FAB.

A aeronave não será considerada AIFP quando:


a) em manutenção programada;
b) em cumprimento de diretivas técnicas; e
c) acidentada.

1.2.5 AGENDA DE NEGOCIAÇÃO - FMS

É o caderno elaborado pela DIRMAB e contém o histórico de todos os “cases”,


solicitações de esclarecimentos e assuntos gerais de suprimento ou manutenção a serem
discutidos durante a Renegociação.

1.2.6 AGENTES QUÍMICOS

São elementos sólidos, líquidos ou gasosos os quais através de suas


propriedades químicas produzem efeitos letais ou tóxicos ao homem, aos animais, as plantas,
14 MCA 67-1/2007

ou outros materiais, ou produzem uma ação incendiária ou barragem de fumaça ou fumaça de


sinalização.

1.2.7 ALIENAÇÃO

É toda transferência de propriedade remunerada ou gratuita, sob a forma de


venda, permuta, doação em pagamento, investidura, legitimação de posse ou concessão de
domínio, devendo ser orientada pelo RADA.

1.2.8 AMENDMENT AO CASE - FMS

Modificação na data de vencimento, no montante financeiro ou no


serviço/treinamento a ser oferecido de um “case” já implementado.

1.2.9 ANCE - AERONAVE NÃO COMPLETAMENTE EQUIPADA

Uma aeronave encontra-se na situação ANCE quando, embora disponível para


vôo, sua operacionalidade esteja reduzida por falta de determinado(s) equipamento(s) ou
componente(s).

1.2.10 APOIO CONTINUADO

Refere-se ao material e serviços necessários para a operação do sistema durante


a sua vida útil. É fornecido não como um pacote inicial mas através de “cases” ou contratos
individuais para "spare parts", apoio de equipamentos, assistência técnica, etc.

1.2.11 APOIO INICIAL

É o pacote inicial adquirido, quando da compra de uma aeronave, equipamento


ou de um aumento significativo da frota existente.

É fornecido através de uma LOA ou contrato o qual define o sistema a ser


apoiado e o apoio necessário para operar este sistema durante a fase inicial (normalmente, por
um período de 1 a 2 anos) envolvendo todo o apoio logístico (material, treinamento,
publicações, assistência técnica, etc.).

1.2.12 APRESSAMENTO

É a solicitação de modificação total ou parcial do “status” ou prioridade de


uma requisição ou pedido de serviço já existente, relativa a um determinado item, que por
qualquer motivo esteja ocasionando ou venha a provocar situação de emergência. O
apressamento deverá ser realizado através do chefe do Suprimento e/ou Chefe da DT/TTEC
para as Comissões de compra.

1.2.13 AQUISIÇÃO

Processamento das requisições submetidas pelo SILOMS com conseqüente


distribuição aos respectivos Órgãos Provedores (CELOG, CABW, FMS), os quais, efetivarão
a compra do material, de acordo com a legislação em vigor.
MCA 67-1/2007 15

1.2.14 ÁREA DE ESTOCAGEM DE EXPLOSIVOS

Área utilizada exclusivamente para estocagem de explosivos, podendo conter


outras instalações como paióis, módulos, fortificações, explosivos em céu aberto, etc.

1.2.15 ÁREA DE LOCALIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS

Qualquer área ou localização especialmente designada e usada para manufatura


e outras operações explosivas similares. Tais áreas podem ser referidas como áreas de
estacionamento, área de carregamento, etc.

1.2.16 ÁREA DE PAIOL

Área de estocagem contendo exclusivamente paióis.

1.2.17 ARMAZENAGEM

Guarda organizada de materiais adequadamente preservados, em depósitos,


normalmente em prateleiras divididas em escaninhos ou não, ou ainda em áreas livres
demarcadas, em função do tipo, dimensões, natureza do material e embalagem; locais estes
devidamente designados, agrupando itens de mesma identificação.

1.2.18 ATIVIDADE DE RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL


AERONÁUTICO

É a relacionada com o recebimento e a expedição de material aeronáutico, do


país para o exterior e vice-versa ou em todo o território nacional, provida por meios logísticos
da FAB ou, na falta destes, pela contratação de empresas comerciais, visando assegurar o
adequado e oportuno fluxo de material.

1.2.19 ATIVIDADES DE SUPRIMENTO

As relacionadas com: catalogação, previsão, requisição, procura, aquisição,


recebimento, armazenagem, fornecimento, expedição, transferência, descarga, alienação e
controle de suprimento de material.

1.2.20 AWB (Airway Bill)

Documento utilizado pelas Companhias Aéreas para embarque de material,


contendo: destinatário, consignatário, quantidade de volumes, peso, cubagem, valor do frete e
descrição do material.

1.2.21 BACEN (BANCO CENTRAL)

Órgão do Governo Federal, responsável por fornecer e controlar, através de


sistema informatizado próprio, os contratos cambiais.

1.2.22 BL (BILL OF LADING)

Documento utilizado pelas agências marítimas para o embarque de material,


onde constam: destinatário, consignatário, quantidade de contêineres, peso, valor do frete e
descrição do material.
16 MCA 67-1/2007

1.2.23 CADASTRO DE PEDIDO DE EMERGÊNCIA

É uma função disponível no módulo Suprimento do SILOMS que permite a um


Suprimento Remoto e Linhas de Revisão dos Parques registrar na base de dados, as situações
AIFP, ANCE, IPLR, EIFM e ENCE, o que implica no imediato conhecimento, por parte do
Parque Central ou Parque Oficina, possibilitando um pronto atendimento e diminuição do
tempo de indisponibilidade da aeronave ou equipamento.

A solicitação em emergência só deverá ocorrer, depois de esgotados todos os


meios locais e a possibilidade de transferência de material entre os estoques da FAB, não
devendo ser solicitada ao Parque Central ou Oficina a quantidade maior do que a estritamente
necessária para atender às necessidades da emergência.

1.2.24 “CASE” - FMS

Acordo contratual de vendas entre o USG (Governo dos Estados Unidos) e um


país estrangeiro ou organização internacional. É formalizado através do DD FORM 1513
(Carta de Oferta e Aceitação).

“Case” definido (“defined”) - É um “case” no qual são especificados os itens e


as quantidades a serem fornecidas. É normalmente utilizado para aquisição de grandes
componentes, aeronaves e material bélico.

“Case” aberto (“blanket”) - É um “case” no qual é especificado o tipo de


material ou serviço a ser fornecido, sem definir uma lista de itens ou quantidade a ser
adquirida. Na respectiva LOA será especificado o teto em dólar que poderá ser gasto nesse
“case”.

1.2.25 CATALOGAÇÃO

É o conjunto de tarefas, normas e procedimentos necessários à obtenção de


uma informação e sua inclusão em um catálogo.

1.2.26 CATEGORIAS DE MATERIAL

São aquelas definidas neste Manual de Suprimento, conforme item 4.5.2.11.

1.2.27 CENTRAL

Dentro da função logística Suprimento, é o Órgão responsável por todas as


ações para prestar o apoio de suprimento a um tipo de aeronave ou equipamento ao longo de
seu ciclo de vida, incluindo a implantação, normalmente desempenhada por um Parque de
Material Aeronáutico.

1.2.28 CENTRO DE CONTROLE, RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL


AERONÁUTICO

É o órgão responsável pelo gerenciamento do processo de recebimento e


distribuição do material aeronáutico proveniente do CELOG, CABW, FMS e CABE em todas
as suas etapas, detectando, a qualquer momento, a posição do material que está sendo
transportado. Cabe ao Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro - DARJ, desempenhar esta
função.
MCA 67-1/2007 17

1.2.29 CHEFE DA SEÇÃO DE ARMAZENAGEM

É o oficial responsável pela coordenação das atividades, da movimentação


física, preservação e armazenagem do material que tramita pelos setores de Suprimento.

1.2.30 CHEFE DA SEÇÃO DE CONTROLE DE SUPRIMENTO

É o oficial responsável pela coordenação das atividades de obtenção, gestão do


material e atendimento das emergêcias.

1.2.31 CHEFE DA SUBDIVISÃO DE SUPRIMENTO

É o oficial do quadro de Av/Int/Sup Tec designado pelo Diretor ou


Comandante para realizar e coordenar as atividades relacionadas com a função logística de
suprimento. Será, ainda, designado como Gestor de Material Aeronáutico e suas respectivas
atribuições.

1.2.32 CHEFE DA SUBSEÇÃO DE ARMAZENAGEM DE MATERIAL UTILIZÁVEL

É o oficial responsável pela execução das atividades de preservação, inventário


e apoio com material à produção das O.S. afetas a sua OM.

1.2.33 CHEFE DA SUBSEÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO

É o oficial responsável pela execução das atividades de recebimento e


expedição do material aeronáutico movimentado pela OM.

1.2.34 CHEFE DA SUBSEÇÃO DE MATERIAL REPARÁVEL

É o oficial responsável pela execução das atividades de armazenagem e


inventário de material aeronáutico avariado, bem como a sua preservação, para sua posterior
distribuição às oficinas reparadoras.

1.2.35 CHEFE DA SUBSEÇÃO DE MATERIAL ALIENÁVEL

É o oficial responsável pela execução das atividades de armazenagem do


material aeronáutico oriundo dos processos de descarga, condenado em O.S., originário de
desativação de ANV, sistemas ou obsolescência, para posterior processo de alienação.

1.2.36 CHEFE DA SUBSEÇÃO DE GESTÃO DE ESTOQUE

É o oficial responsável pelo controle e distribuição de material aeronáutico,


atendimento às emergências, controle contábil e definição da política de inventário.

1.2.37 CHEFE DA SUBSEÇÃO DE OBTENÇÃO

É oficial responsável por realizar os processos de obtenção do material


aeronáutico, bem como as interações necessárias junto aos Órgãos de Compra.
18 MCA 67-1/2007

1.2.38 COMISSÃO DE ANÁLISE

Comissão composta por oficiais representantes da área técnica e convidados, a


qual deverá realizar, com periodicidade mínima mensal, reunião técnica, a fim de tratar
assuntos de responsabilidade da produção da Organização Militar.

1.2.39 COMPATIBILIDADE

Dois ou mais tipos de itens explosivos são ditos compatíveis quando as


características dos dois são tais que, a quantidade dos itens armazenados ou transportados
juntos, não é mais perigoso do que uma quantidade comparável de qualquer um dos itens
armazenados ou transportado em separado.

1.2.40 COMPRA

É o processo de aquisição de bens, cedidos voluntariamente pelo proprietário


mediante pagamento em dinheiro, de importância ajustada, à vista ou a prazo.

1.2.41 CONCORRÊNCIA

É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de


habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no
edital para a execução de seu objeto.

1.2.42 CONTRATO DE CÂMBIO

Instrumento próprio, firmado entre o vendedor e o comprador de moedas


estrangeiras, no qual se registram todas as características da operação, bem como as condições
pactuadas entre as partes.

1.2.43 CONTROLE DE SUPRIMENTO

Compreende todas as ações gerenciais do suprimento voltadas para atender à


política de suprimento estabelecida.

1.2.44 CONTROL LEVEL - FMS

É um nível de estoque computado, utilizado pelo "item manager" (IM) e pelo


D035 para atender as requisições. As requisições "non programmed" só serão atendidas com o
material dos estoques se o nível estiver acima do "control level".

1.2.45 CONVITE

É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu


objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 03 (três) pela
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação
das propostas.
MCA 67-1/2007 19

1.2.46 COOPERATIVE LOGISTICS SUPPLY SUPPORT ARRANGEMENT (CLSSA)


(COOPERATIVA LOGÍSTICA)

Acordo pelo qual vários países participam junto com o USG de programas de
apoio logístico cooperativo. O país membro da cooperativa tem o mesmo tratamento
dispensado às unidades do DoD dentro da prioridade estabelecida pelo “FADCODE”.

1.2.47 CUNHETE

Caixa metálica ou não, utilizada para a embalagem de munições.

1.2.48 CUTOFF DATE - FMS

Dia referencial para a atualização das informações a serem apresentadas na


renegociação (relatórios, dados estatísticos, etc.).

1.2.49 DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO

Documento para registro de importação, gerado no SISCOMEX, no qual é


feito o desembaraço alfandegário.

1.2.50 DESPACHO SIMPLIFICADO DE EXPORTAÇÃO

Documento de registro de exportação, gerado no SISCOMEX, de acordo com


o limite de valor estipulado na legislação aduaneira vigente.

1.2.51 DESCARGA

É o procedimento adotado no sentido de tirar da carga da Unidade, através de


um termo de descarga, o material permanente, anteriormente incluído, retirando-o do serviço,
ou seja, tornando-o impróprio para a Aeronáutica.

1.2.52 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES DE SUPRIMENTO

É a necessidade quantificada dos itens que devam estar disponíveis para o


atendimento ao emprego da Força Aérea.

1.2.53 DISPOSITION CODE - FMS

Código utilizado nas transações XD4-7 e XD4-8 ("drawdown requisitions")


para indicar a opção do país em relação a um item do FMSO I. Os códigos A, B, C ou D são
utilizados.

1.2.54 DISTÂNCIA DE SEGURANÇA

Distância mínima prescrita entre as diferentes classes e quantidades líquidas de


explosivos, e entre tais explosivos e exposições (edificações habitadas, ferrovias, auto-
estradas, etc.), oferecendo um grau de proteção admissível.

1.2.55 DISTÂNCIA ENTRE PAIÓIS

É a distância mínima permitida entre locais de explosivos como fixado para


vários tipos e quantidades de explosivos. Esta distância é a prevista para prevenir a
20 MCA 67-1/2007

propagação por sopro (onda de choque) e para prover um razoável grau de proteção contra
fragmentos.

1.2.56 DRAWDOWN REQUISITION - FMS

Requisição gerada pela retirada ou redução na quantidade de um item "service


code" "A" da lista do FMSO I. A "drawdown requisition" pode ser identificada por um "V" na
coluna 40 e "disposition code" na coluna 72.

1.2.57 ECONOMIC SUPPORT FUND (ESF) - FMS

Programa através do qual é fornecido apoio econômico a determinados


governos em forma de empréstimo ou ajuda. Os créditos só poderão ser usados para financiar
importação de mercadorias ou assistência técnica, com o intuito de evitar problemas
econômicos ou políticos nesses países.

1.2.58 EIFM - EQUIPAMENTO INDISPONÍVEL POR FALTA DE MATERIAL

Um equipamento encontra-se nessa situação quando está impossibilitado de


operar por falta de determinada(s) peça(s) ou componente(s) e que esteja inviabilizando a
atividade de manutenção e sem substituto.

1.2.59 ELEGIBLE-TO-BE-PROGRAMMED QUANTITY (EPQ) - FMS

Parcela dos itens de investimento do FMSO I “stock level quantity” que está
disponível. Uma requisição será codificada como programada desde que a quantidade
requisitada seja igual ou inferior ao EPQ, caso contrário, será codificada como não
programada.

1.2.60 ELOS

Órgãos responsáveis pelo cumprimento das normas que permitem a realização


do despacho aduaneiro correspondente ao SISDAER. Podem ser organizações ou Setores de
Organizações, de acordo com a NSCA 400-1 de 07 de abril de 2006 .

1.2.61 EMBARQUE AÉREO

São os embarques, provenientes do exterior, remetidos em diversos tipos de


embalagens, sendo desembaraçados nos aeroportos de destino.

1.2.62 EMBARQUE MARÍTIMO

São os embarques provenientes do exterior remetidos em contêineres, sendo


desembaraçados nos portos de destino. Sempre que possível os embarques deverão ser feitos
para o Porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro.

1.2.63 EMERGÊNCIA

Vocábulo tradicionalmente utilizado no Sistema de Material da Aeronáutica,


para caracterizar a situação da aeronave ou equipamento com falta de peça e que exigirá uma
MCA 67-1/2007 21

solicitação em emergência dos seguintes tipos: AIFP, ANCE, IPLR, EIFM ou ENCE, para os
casos em que não houver disponibilidade de material no estoque da FAB.

1.2.64 ENCARREGADO DO SETOR

É o graduado selecionado pela Chefia Direta que, normalmente, é o com maior


graduação e antiguidade.

1.2.65 ENCE - EQUIPAMENTO NÃO COMPLETAMENTE EQUIPADO.

Um equipamento encontra-se na situação ENCE quando embora disponível,


esteja com falta de determinada peça ou componente, que venha comprometer a sua completa
operacionalidade.

1.2.66 EQUIPAMENTOS SSS

Para fins do presente Manual, são considerados Equipamentos de Segurança,


Salvamento e Sobrevivência somente aqueles utilizados por tripulantes e componentes das
equipes de salto, de pista e de busca e salvamento, quando no desempenho das atividades
específicas.

1.2.67 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

A família de Equipamentos de Segurança reúne, primariamente, pelos itens


destinados a proteção da integridade física e orgânica dos aeronavegantes e componentes das
equipes de salto e de busca e salvamento, por ocasião de acidente, ou quando submetidos às
variações de meio–físico–ambiente. Enquadram nesta família em grau de importância
secundário, os itens utilizados pelas equipes de pista, para proteção individual, quando no
atendimento de aeronaves nos pátios de estacionamento.

1.2.68 EQUIPAMENTOS DE SALVAMENTO

A família de Equipamentos de Salvamento é composta dos itens utilizados


pelas equipes de busca e salvamento das Unidades Aéreas e do Esquadrão Aéreo de
Salvamento - EAS (PARA-SAR) com a finalidade de:
a) possibilitar o lançamento aéreo de carga;
b) facilitar o acesso de seus componentes a locais restritos;
c) possibilitar maior mobilidade nos deslocamentos de superfície; e
d) assegurar a retirada de sobreviventes e despojos, dos locais de acidentes.

1.2.69 EQUIPAMENTOS DE SOBREVIVÊNCIA

Enquadram-se como Equipamentos de Sobrevivência, os conjuntos e demais


itens que propiciem aos sobreviventes:
a) recursos para prestação de primeiros socorros;
b) proteção contra os agentes naturais do meio ambiente;
c) meios para obtenção dos recursos naturais necessários à subsistência do
indivíduo ou do grupo; e
d) meios que facilitem sua localização pelas equipes de busca.
22 MCA 67-1/2007

1.2.70 ESTOCAGEM

Ato ou efeito de estocar.

1.2.71 ESTOCAR

Formar estoque.

1.2.72 ESTOQUE

É a porção disponível de material.

1.2.73 EXPEDIÇÃO

É o ato de remeter um determinado item ou equipamento para uma unidade


apoiada.

1.2.74 EXPENDABILITY, RECOVERABILITY, REPAIRABILITY CATEGORY (ERRC)


CODE

Código utilizado para classificar itens de suprimento da USAF em várias


categorias. Os "ERRC CODE" “C” e “T” indicam "investment items". Os "ERRC CODE"
“N” e “P” indicam "expense items". Os "ERRC CODE" “S” e “U” indicam "equipment item".

1.2.75 EXPENSE ITEM - FMS

Item de categoria consumo para a USAF. São codificados "ERRC CODE" "N"
(XB3) e "P" (XF3) nas listas de estoque.

1.2.76 EXPLOSIVO

Toda munição carregada com elementos biológicos, químicos de demolição,


propelentes sólidos para foguetes, propelentes líquidos, cartuchos, pirotécnicos, minas,
bombas, torpedos, granadas, cabeças-de-guerra de todos os tipos, cartuchos de ejeção,
componentes de mísseis, e outros dispositivos contendo explosivos.

1.2.77 EXPORTAÇÃO DE MATERIAL

Remessa de material ao exterior a fim de devolução, feita através de


companhias aéreas comerciais, de aeronaves militares ou de navios contratados. Lembrar que
quando o material for retornar deverá ser feita a exportação temporária e não em definitivo
conforme abaixo.

1.2.78 EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA

Regime de exportação no qual o material é remetido ao exterior para teste,


calibração, reparo ou garantia, podendo ou não retornar ao Brasil, após avaliação da
respectiva empresa. Sendo o material devolvido ao país, deverá ser feita a declaração
simplificada de importação (DSI) onde deverá constar o número do processo da exportação
temporária a fim de encerramento junto à SRF. Caso o material seja condenado pela empresa
e após consulta à OM recolhedora, a CAB ou a própria empresa deverá emitir o laudo ou uma
declaração informando que o material não mais retornará ao Brasil por não atender às
necessidades do COMAER.
MCA 67-1/2007 23

1.2.79 FATURA COMERCIAL / INVOICE

Documento que acompanha o material e consolida as informações sobre a


negociação. Identifica, ainda, o exportador, o importador, a mercadoria, o preço e a
quantidade, anexo Q.

1.2.80 FILE MAINTENANCE - FMS

Método disponível para que o participante da CLSSA ajuste os níveis de


estoque dos itens "service code" “A”, de acordo com suas necessidades. As transações
utilizadas são: XD4-3, XD4-6, XD4-7 e XD4-8.

1.2.81 FINANCIAL CONTROL (FINC) - FMS

Tipo de administração aplicado aos itens "service code" “B” e “C”. São
administrados por um valor em dólar norte-americano.

1.2.82 FMSO I (FOREIGN MILITARY SALES ORDER NR 1)

“Case” da CLSSA utilizado para identificar as necessidades do país no sistema


de suprimento da USAF, DLA, USNAVY ou US ARMY.

1.2.83 FMSO II (FOREIGN MILITARY SALES ORDER NR 2)

“Case” da CLSSA utilizado para a emissão de requisições.

1.2.84 FOREIGN MILITARY SALES (FMS)

Programa através do qual o Departamento de Defesa (DoD) dos Estados


Unidos vendem produtos, serviços e treinamentos para defesa.

1.2.85 FORNECIMENTO

É o ato de a unidade apoiadora transferir o item solicitado à unidade apoiada.

1.2.86 FUNÇÃO LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO

É o conjunto de atividades realizadas no sentido de prover, às diferentes


organizações e elementos, todos os itens materiais, necessários ao equipamento, aos recursos
humanos, à operação, ao treinamento e ao emprego da Aeronáutica.

1.2.87 GERENTE DE PROJETO OU CONTRATO (COMFIREM)

Agente da Administração, designado para esse fim, responsável por todas as


ações gerenciais de um Projeto, com atribuições definidas por autoridade competente,
conforme RCA 12-1 (RADA) e NSCA 400-1.

1.2.88 HOLDING ACCOUNT - FMS

Subconta designada pelo USG, na qual são efetuadas transações financeiras.


24 MCA 67-1/2007

1.2.89 INCOTERM

Termo que define de forma precisa o momento em que se transferem do


vendedor (exportador) para o comprador (importador) todos os custos e riscos inerentes à
operação de exportação/importação.

1.2.90 INERTE

São os itens bélicos desprovidos de carga explosiva, porém não


necessariamente não combustíveis.

1.2.91 INSPETOR DE SUPRIMENTO

Graduado com experiência comprovada, que detenha em seu currículo o curso


específico de inspetor de suprimento e que, estando funcionalmente subordinado ao Chefe de
Suprimento, interage pró-ativamente assessorando as chefias dos diversos setores de
Suprimento, a fim de orientar os Encarregados de Setores, bem como os graduados mais
novos nos assuntos pertinentes à função logística de suprimento.

1.2.92 INTERNATIONAL MILITARY EDUCATION AND TRAINING (IMET)

Programa de apoio à instrução e/ou treinamento militar ou civil, para


estudantes estrangeiros, nos EUA ou no próprio país, sendo ministrado por militares,
funcionários civis ou técnicos contratados. Difere do treinamento FMS por ser subsidiado.

1.2.93 INVESTMENT ITEM - FMS

Item que pode ser reparado. É também codificado "ERRC CODE" "C" ou "T"
(excluído o código L) nas listas de estoque.

1.2.94 INV - INVIABILIDADE

Item (spare part) paralisando recuperação de componente reparável, que possa


estar ou não causando emergência na frota apoiada.

1.2.95 INVOICE (FAB)

Documento da remessa de material ao exterior, utilizado para o desembaraço


alfandegário do item (Anexo Q). Ver também item 1.2.59.

1.2.96 INVOICE (FORNECEDOR)

Comprovante de fornecimento de material ou de serviço (similar à nota fiscal


ou à fatura). Na França é denominado Bon de Livraison.

1.2.97 ITEM CRÍTICO

É o item que ocasionou solicitação de emergência no exercício anterior e cujo


estoque disponível não é suficiente para apoio aos próximos 12 (doze) meses de operação da
frota apoiada, considerando um fator de segurança de mais 03 (três) meses.
MCA 67-1/2007 25

1.2.98 ITEM PARALISANDO LINHA DE REVISÃO - IPLR

Uma aeronave encontra-se nesta situação quando a falta de determinado(s)


item(s) estiver (em) ocasionando a paralisação de sua revisão ou produção.

1.2.99 ITENS DE INVESTIMENTO

É o material obtido para atender as seguintes condições:


a) fabricação descontinuada;
b) aumento de giro;
c) lotes econômicos; e
d) modernizações programadas.

1.2.100 ITENS ”SHELF LIFE”

Itens de suprimento, deterioráveis ou de características instáveis, cujo tempo


limite de estocagem (TLE) é limitado.

1.2.101 LEAD TIME

Tempo transcorrido entre a requisição e o recebimento de um item (tempo de


pedido e recebimento - TPR).

1.2.102 LEI 8.666/93 – Lei de Licitações.

1.2.104 LEILÃO

É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens


móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para alienação de bens imóveis prevista no art. 19 da lei nº 8.666, a quem
oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

1.2.105 LETTER OF REQUEST (LOR) - FMS

Identifica uma solicitação para a compra de artigos ou serviços de defesa. É a


solicitação formal que precede a LOA.

1.2.106 LETTER OF OFFER AND ACCEPTANCE (LOA)

É o documento utilizado pelo Governo Americano para submeter preços ao


país comprador. Os preços refletidos na LOA são calculados a partir do preço básico do
material ou serviço, acrescido de taxas, fixadas em percentuais, previstas dentro do Sistema
FMS.

1.2.107 LOTE

Consiste do número de itens manufaturados de material similar sob condições


similares.
26 MCA 67-1/2007

1.2.108 MAJOR ADD - FMS

Adição de um novo sistema de armas ou de grande quantidade de itens a um


FMSO I já existente.

1.2.109 MANTRA

Sistema de manifesto de trânsito responsável pelas informações do termo de


entrada do material após atracação do mesmo no TECA.

1.2.110 MARK FOR - FMS

Código alfa-numérico, integrante da requisição (quarto dígito). Indica o destino


final do item (unidade requisitante).

1.2.111 MATERIAL AERONÁUTICO

É a denominação que se dá ao material de toda ordem, utilizado como parte ou


como um todo nas atividades aeronáuticas, compreendendo:
a) aeronaves, motores e demais componentes; equipamentos e seus acessórios
tais como: equipamentos de navegação e comunicação de bordo;
equipamentos fotográficos aéreos e de sensoriamento remoto; e os
sobressalentes para manutenção e de material aéreo;
b) equipamentos de ensaio, máquinas, ferramentas de oficina e especiais e
outros equipamentos necessários ao atendimento a todos os níveis de
manutenção de material aéreo;
c) equipamentos de apoio em terra destinados às operações aéreas,
compreendendo: escalas, plataformas de manutenção, unidades de partida,
reboques, tratores especiais, unidades de reabastecimento de oxigênio e
congêneres;
d) pára-quedas, capacetes de vôo, botes e coletes salva-vidas e outros
equipamentos de segurança, salvamento e sobrevivência; dispositivos de
amarração e acondicionamento de carga e outros equipamentos relacionados
com o emprego da aeronave; e
e) matérias-primas e produtos industriais para consumo, transformação e
aplicação em aeronaves.

1.2.112 MILITARY ASSISTANCE PROGRAM (MAP) - FMS

Programa através do qual são fornecidos artigos e serviços para a defesa, na


forma de ajuda. Não existem compromissos financeiros. Atualmente esta ajuda é apenas
provida em forma de crédito para aquisição de produtos do USG.

1.2.113 MODALIDADE CAMBIAL

É o tratamento dado a toda e qualquer operação financeira realizada com


moeda estrangeira para compra de bens e serviços.
MCA 67-1/2007 27

1.2.114 MRRL - FMS

É o documento pelo qual a DIRMAB, Seção FMS, acompanha a autorização


para envio de um item de investimento para reparo através do “case” da CLSSA.

Esta solicitação pode ser através de carta ou computador. A confirmação é


dada por intermédio do relatório MRRL MONTHLY STATUS (HIA).

1.2.115 MUNIÇÃO

É considerada munição o conjunto consumido em operação, formadas pelos


componentes ativos ou inertes do armamento e seus acessórios.

1.2.116 NONPROGRAMMED DEMAND - FMS

Código indicativo de que a requisição só será atendida com os estoques da


USAF, se o nível estiver acima do "control level", caso contrário, a requisição será atendida
através de uma nova compra.

1.2.117 NONRECURRING DEMAND - FMS

Requisição não repetitiva. É identificado por um "N" na coluna 44 da


requisição FMSO II.

1.2.118 NUMERO DE LOTE

Número dado pelo fabricante como orientação para registro, controle de


estoque, armazenagem, utilização, restrições de emprego ou funcionamento de um item
bélico.

1.2.119 OCAER

Ordem de Compra do Comando da Aeronáutica. É emitida para o fornecedor


no sistema de aquisição das CABW e CABE e é destinada à contratação de uma aquisição de
material ou de serviço. Para registro no SIAFI, usa-se a Nota de Empenho com os dados
retirados da OCAER (P.O).

1.2.120 ON HAND QUANTITY - FMS

Quantidade de suprimento que deverá estar, fisicamente, disponível no sistema


de suprimento para atender a uma requisição.

1.2.121 ON ORDER QUANTITY - FMS

Quantidade de suprimento em crédito.

1.2.122 ORGANIZAÇÕES REQUISITANTES

São as Organizações que dispõem de um sistema de suprimento organizado e


emitem requisições no SILOMS. São as do grupo de requisitantes do: SISMA, SISMAB,
SISCEAB, DIRSA, DIRENG e CTA.
28 MCA 67-1/2007

1.2.123 ÓRGÃO CENTRAL

Órgão responsável por todas as ações necessárias para o despacho aduaneiro, a


supervisão técnica e a fiscalização específica do funcionamento do Sistema, sendo o CELOG
Órgão Central do SISDAER.

1.2.124 ÓRGÃO DO NÍVEL DIREÇÃO

Órgão responsável pela orientação normativa, coordenação, supervisão técnica


e fiscalização específica quanto ao funcionamento harmônico e eficiente dos elos do sistema
ao qual pertence.

1.2.125 PAIOL

Estrutura projetada, exclusivamente, para a armazenagem de explosivos,


munições ou componentes carregados.

1.2.126 PAIOL COBERTO

Paiol coberto com proteção de terra, obedecendo os critérios exigidos neste


Manual.

1.2.127 PAIOL DESCOBERTO

Paiol que não possua a proteção de terra dentro dos limites mínimos de
segurança exigidos.

1.2.128 PAIOL DE SERVIÇO

Paiol servindo a uma operação, usado para estocagem intermediária de


explosivos.

1.2.129 PALLETS

É uma plataforma disposta horizontalmente para carregamento, constituída de


vigas, blocos ou uma simples face sobre os apoios, cuja altura é compatível com a introdução
de garfos de empilhadiera, paleteira ou outros sistemas de movimentação, e que permite o
arranjo e o agrupamento de materiais, possibilitando o manuseio, a estocagem, a
movimentação e o transporte num único carregamento.

1.2.130 PARQUE CENTRAL OU PARQUE OFICINA

Dentro da função logística Suprimento, é o Órgão responsável por todas as


ações para prestar apoio de suprimento a um tipo de aeronave ou equipamento ao longo de
seu ciclo de vida, incluindo a implantação. Normalmente desempenhada por um Parque de
Material Aeronáutico, Material Eletrônico ou Bélico.

1.2.131 PART NUMBER (NÚMERO DE PEÇA)

É um identificador alfabético, numérico ou alfanumérico que é usado como


referência de um fabricante para um determinado item, ou seja, é o número de batismo do
item, dado pelo seu fabricante; é o único número de referência que só pode ser atribuído a um
MCA 67-1/2007 29

item pelo seu fabricante. Por isso, é chamado também de número de fabricante, é o número de
origem do item. Os demais números de referência podem ou não ser atribuídos pelo fabricante
do item, esta é a grande diferença entre o Part Number e eles.

1.2.132 PEACEKEEPING OPERATIONS (PKO) - FMS

Programa através do qual é fornecida ajuda especial para organizações ou


órgãos internacionais. Ex.: Forças de manutenção da paz no Canal de Suez, Haiti, Timor
Leste, etc.
1.2.133 PEDIDO DE EMERGÊNCIA

Pedido de material aeronáutico, emitido pelo Suprimento Central e Remoto,


através do SILOMS, para atender os seguintes tipos de necessidades: AIFP, ANCE, IPLR,
EIFM e ENCE.

1.2.134 PEDIDO DE MATERIAL AERONÁUTICO

Qualquer solicitação de material aeronáutico, realizada por Unidade Aérea,


Suprimento Remoto, Linhas de Revisão ou Oficina Recuperadora e Comissão de Fiscalização,
para aplicação em aeronave, equipamento ou conjuntos em manutenção.

1.2.135 PESPE

Projeto informatizado destinado ao controle de estoque dos Produtos Especiais


tratados neste Manual.

1.2.136 PHASE IN PERIOD

Período de tempo necessário para que os estoques da USAF aumentem de


maneira a apoiar as requisições programadas da CLSSA. Este período, para os itens de
investimento, é de 17 meses.

1.2.137 PHRASE IN QUANTITY

Qualquer quantidade do SLQ que ainda não completou os 17 meses ("phase in


period") e não está EPQ. O EPQ mais a "phase in quantity" é igual ao SLQ.

1.2.138 PHRASE CODE (PC)

Código que indica uma mudança de NSN quando o item torna-se obsoleto, é
codificado como "disposal", não é mais "master item", etc.

1.2.139 PQUIM

Projeto informatizado, destinado ao controle de estoque dos Produtos Químicos


tratados neste Manual.

1.2.140 PRICE AND AVAILABILITY DATA (P&A)

Reflete preço e disponibilidade de itens ou serviços com precisão suficiente


para a preparação de uma LOA.
30 MCA 67-1/2007

1.2.141 PROCURA

Consiste na pesquisa para obtenção de um item ou provedor de serviços


necessários ao atendimento de uma necessidade da Aeronáutica.

1.2.142 PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA À SEGURANÇA (Security Assistance Program)

Conjunto de programas do governo americano com a finalidade de atender aos


interesses de sua política externa. Ex.: ESF, FMS, IMET, MAP (PAM) e PKO.

1.2.143 PROGRAMMED DEMAND

Indica que a requisição será atendida de acordo com a sua prioridade e níveis
de estoque:

a) requisições programadas, com prioridade de 09 a 15 serão atendidas até o


"support level".

b) requisições programadas, com prioridade de 04 a 08 serão atendidas até o


"critical support level".

c) requisições programadas, com prioridade de 01 a 03 e NMCS serão


atendidas até o "zero asset level".

1.2.144 PROGRAMMED/NONPROGRAMMED CODE

Código indicativo de requisição programada/não-programada. Os números 3 e


6 indicam que é programada; 4, 5, 7, 8 e 9 indicam não-programada.

1.2.145 PROPOSTA DE AGENDA PARA O FMS

Minuta enviada pela DIRMAB à CABW/EBL, para que confirme junto ao


USG os tópicos nela contidos para discussão durante a renegociação.

1.2.146 PSICRÔMETRO

Higrômetro com que se mede a umidade relativa mediante a diferença de


temperatura de dois termômetros, dos quais, um tem o bulbo seco e o outro tem o bulbo
úmido.

1.2.147 PURCHASE ORDER (P.O.)

Ordem de Compra do Comando da Aeronáutica. É emitida para o fornecedor


no sistema de aquisição das CABW e CABE e é destinada à contratação de uma aquisição de
material ou de serviço. Para registro no SIAFI, usa-se a Nota de Empenho com os dados
retirados da OCAER (P.O).

1.2.148 RECEBIMENTO

É o conjunto de procedimentos administrativos adotados para possibilitar a


entrada de um determinado item ou equipamento na organização.
MCA 67-1/2007 31

1.2.149 RECURRING DEMAND

Requisição repetitiva. Ela é indicada por um R na coluna 44, quando utilizado


na CLSSA.

1.2.150 REGISTRO DE EXPORTAÇÃO

Documento de registro de exportação, gerado no SISCOMEX, aplicável ao


desembaraço, cujo valor seja superior ao limite previsto para o Despacho Simplificado de
Exportação, conforme legislação aduaneira vigente.

1.2.151 REMOTO

Dentro da função logística Suprimento, é o Órgão responsável para prestar


apoio de suprimento à operação e manutenção a um ou mais tipos de aeronaves,
equipamentos, ou componentes. É constituído de um suprimento organizado, ligado ao
Central responsável para cada tipo de aeronave ou equipamento, desempenhado,
normalmente, pelo setor de suprimento do ESM de uma Base ou setor de suprimento de um
Parque (oficina de componentes ou equipamento).

Caberá, exclusivamente, ao Suprimento Remoto a responsabilidade da


solicitação de material, em emergência, para o atendimento das Unidades Aéreas ou Sistemas
de Proteção ao Vôo.

1.2.152 RENEGOCIAÇÃO COM O FMS

Reunião anual da FAB com o USG, tendo por finalidade a revisão de todos os
“cases” da FAB com o USG, a abertura de novos “cases”, esclarecimentos, discussão de
problemas, etc.

1.2.153 REPAIR/REPLACE

Programa de reparo através do “case” FMSO II da USAF onde o item é


enviado para recuperação (sem controle do número de série), sendo substituído por outro em
condições de uso. É cobrado o preço médio de reparo daquele tipo de item, calculado
anualmente.

Na área comercial, é o item enviado para recuperação (sem controle do número


de série), sendo substituído por outro em condições de uso.

1.2.154 REPAIR/RETURN

Programa de reparo através de um “case” "blanket" ou "defined" onde o


mesmo item enviado (controlado pelo número de série) é devolvido. É cobrado o preço real
do reparo.

Na área comercial, é o item enviado para reparo onde o mesmo item enviado
(controlado pelo número de série) é devolvido. É cobrado o preço real de reparo.

1.2.155 REQUISIÇÃO

É a formalização de uma necessidade por meio de emissão ou digitação dos


dados necessários para a obtenção de um item ou da contratação de um serviço.
32 MCA 67-1/2007

1.2.156 REQUISIÇÃO EM EMERGÊNCIA

Cadastramento da Requisição no SILOMS com os dados necessários para a


obtenção de material aeronáutico ou serviço em componentes reparáveis, a fim de apresentar
solução da emergência, conforme este Manual.

1.2.157 ROF

Registro de Operação Financeira, emitido pelo Banco Central, para controle de


câmbio, fornecido às UG pela SEFA, necessário para todas as operações com prazo superior a
360 dias, devendo ser aprovado previamente ao registro da Declaração de Importação.

1.2.158 SERIAL NUMBER

É um identificador alfabético, numérico ou alfanumérico que individualiza um


determinado número de peça (PN), a fim de permirtir o seu controle.

1.2.159 SERVICE CODE

Código utilizado na CLSSA para indicar a categoria e o administrador do


"spare part".

1.2.160 SERVICE CODE “A”

"Investment item" administrado pela USAF com "ERRC CODE" “C” ou “T” .

1.2.161 SERVICE CODE “B”

"Expense item" administrado pela USAF com "ERRC CODE" “N” e “P”.

1.2.162 SINGLE VENDOR INTEGRITY (SVI)

Forma de contrato utilizada para assegurar que um determinado componente de


um sistema de armas será fornecido por um mesmo vendedor.

1.2.163 SISTEMA

Conjunto de órgãos ou elementos de uma organização que tem por finalidade


realizar uma tarefa de apoio em proveito da missão principal do COMAER. A vinculação
desses órgãos ou elementos entre si ocorre por interesse de coordenação e orientação técnica e
normativa, não implicando em subordinação hierárquica.

1.2.164 SOURCE OF SUPPLY

Indica a fonte de Suprimento responsável pelo atendimento da requisição


submetida.

1.2.165 SPARE PART

Peça, subconjunto ou conjunto fornecido para manutenção ou reparo de


sistemas ou equipamentos.
MCA 67-1/2007 33

1.2.166 STOCK LEVEL QUANTITY (SLQ)


Quantidade que um país, pertencente à CLSSA, estabelece no FMSO I suas
necessidades para os itens "service code" “A”. A quantidade do apoio programado é limitada
durante o período de 17 meses.

1.2.167 STORAGE CHARGES


Taxas de armazenamento e estocagem do material "on hand" nos armazéns
(parques) do DoD ou SoS.

1.2.168 SUBCENTROS DE CONTROLE, RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE


MATERIAL AERONÁUTICO

São os órgãos responsáveis pela execução do processo de recebimento e


distribuição de material aeronáutico, cabendo às Subdivisões de Suprimento dos Parques, as
Comissões de Compra ou Órgãos Logísticos no exterior e no país, e aos Suprimentos
Remotos desempenharem esta função.

1.2.169 SUPPORT LEVEL

Nível de estoque computado, utilizado pelo "item manager" e pelo D035, para
atender as requisições. As requisições programadas com prioridades 9 a 15 são atendidas dos
estoques até o "support level".

1.2.170 TERMINATION

Cancelamento do programa ou eliminação de um ou mais sistemas de armas da


CLSSA.

1.2.171 TOMADA DE PREÇOS

É a modalidade de licitação entre interessados, devidamente cadastrados ou


que atendem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à
data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

1.2.172 TRANSFERÊNCIA

É o conjunto de ações e de atos administrativos adotados para que um


determinado item ou equipamento saia da posse de uma Organização para outra.

1.2.173 USUÁRIOS EVENTUAIS ou REQUISITANTES EVENTUAIS

São Organizações onde não se justifica manter um sistema de suprimento


organizado, tendo em vista o reduzido número de vezes em que terão que remeter ou
requisitar material e serviços ao exterior. Para essas, o CELOG tem o encargo de emitir suas
requisições, ou definir qual Organização será incumbida de realizar tal procedimento.

1.2.174 VOLUME CONSOLIDADO MÚLTIPLO

É o volume que contém itens referentes a um ou mais PN, destinados a


diferentes requisitantes. Todavia esse método de embalagem não é aconselhável porque
dificulta em muito os processos de recebimento e distribuição.
34 MCA 67-1/2007

1.2.175 VOLUME CONSOLIADO ÚNICO

É o volume que contém itens referentes a mais de um PN, detinados a um


único requisitante.

1.2.176 VOLUME ÚNICO

É o volume que contém itens referentes a apenas um PN, destinados a um


único requisitante.

1.2.177 WAIVERS
Concessão.

1.2.178 WWRS
Órgão da USAF responsável pela venda de materiais e/ou equipamentos
provenientes do excesso de estoque dos países pertencentes ao FMS e que tenham interesse
em vendê-los.

1.2.179 XD_TRANSACTION - FMS


Atividades a serem emitidas com as finalidades abaixo descritas:
a) XD2 são utilizadas no "Initial Program" e "Major Addition" (restritas ao uso
da USAF);
b) XD3 são utilizadas para modificar as recomendações do SAMIS para
"Initial Program" ou "Major Additive" (restritas ao uso da USAF);
c) XD4 (file maintenance) são utilizadas para incluir, modificar ou retirar
itens/quantidades de itens "service code A" (investment item);
d) XDA - Transação referente ao recebimento de um item no Aerospace
Guidance and Metrology Center (AGMC);
e) XDB - Transação referente à remessa de item do Aerospace Guidance and
Metrology Center (AGMC) para a CABW;
f) XDC - Transação referente à remessa de reparável (Repair/Return ou
Repair/Replace) da Unidade (PAMA) para a CABW;
g) XDF - Transação referente ao recebimento de material na Unidade
requisitante;
h) XDI - Transação referente ao recebimento de material originário do DoD na
CABW;
i) XDR - Transação referente ao recebimento de reparáveis (Repair/Return ou
Repair/Replace) na CABW, procedente do Brasil;
j) XDS - Transação referente à remessa do material da CABW para o DARJ; e
k) XDT - Transação referente à remessa de reparáveis (Repair/Return ou
Repair/Replace) da CABW ao órgão/oficina reparadora nos EUA.
MCA 67-1/2007 35

1.3 ABREVIATURAS UTILIZADAS

ABREVIATURA SIGNIFICADO
ACFSA Accounting and Financing for Security Assistance
AESU Divisão de Suprimento da DIRMAB
AFMC Air Force Materiel Command
AFM Air Force Manual
AFSAC Air Force Security Assistance Center
AGMC Air Guidance Metrology Center
AIFP/AOG Aeronave Indisponível por Falta de Peça/”Aircraft on Ground”
ALC Air Logistics Center
AMD Average Monthly Demand
AMDF Army Master Data File
ANCE Aeronave Não Completamente Equipada
ANV Aeronave
APLI Aplicação Imediata
AVGAS Gasolina de Aviação
AWB Conhecimento Aéreo (“Airway Bill”)
AFRF Auditor Fiscal da Receita Federal
BACEN Banco Central
BL Conhecimento Marítimo (“Bill of Landing”)
B/O Back Order
BY7 (US ARMY) International Logistics Center
CAAS Curso de Administração da Assistência à Segurança
CABE Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa
CABW Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington
CAN Correio Aéreo Nacional
CAGE CODE Código do Fabricante Comercial ou Entidade Governamental
(Commercial And Government Entity)
CECAN Centro do Correio Aéreo NacionaL
CDCP Centro de Distribuição e Controle de Publicações.
CD-FICHE Compact Disk Suplly Fiches
CELOG Centro Logístico de Aeronáutica
CFF Código Federal de Fabricante
CISIL Centralized Integrated System - International Logistics
CLSSA Cooperative Logistics Supply Support Arrangement
CANGL Correio Aéreo Nacional do Galeão
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
COMAER Comando da Aeronáutica
COTAC Comissão de Coordenação do Transporte Aéreo Civil
COMGAP Comando Geral de Apoio
COMFIREM Comissão de Fiscalização e Recebimento de Material
DAASC Defense Automatic Addressing System Center
DARJ Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro
DCEX Departamento do Comércio Exterior
DCSC Defense Construction Supply Center (Name change: See DSCC)
DESC Defense Electronic Supply Center
DI Declaração de Importação
D/I Document Identifier
DIRMAB Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico
DGSC Defense General Supply Center
36 MCA 67-1/2007

ABREVIATURA SIGNIFICADO
DNC Determinação das Necessidades Correntes
DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo
DIRINT Diretoria de Intendência da Aeronáutica
DIRSA Diretoria de Saúde da Aeronáutica
DISAM Defense Institute Security Assistance Management
DISC Defense Industrial Supply Center
DLA Defense Logistics Agency
DMA Defense Mapping Agency
DNI Determinação das Necessidades Iniciais
DOD "Departament of Defense" (Departamento de Defesa dos Estados
Unidos)
DOS Department of State
D035 Sistema de distribuição e controle de estoque, utilizado pelo ALC
DSE Despacho Simplificado de Exportação
DPE Data Prevista de Entrega
DPSC Defense Personal Supply Center
DSCA Defense Supply Control Agency
DSCC Defense Supply Center, Columbus (S9C/S9E) (Formerly DCSC)
DT Divisão Técnica
EAS Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento
EB Exército Brasileiro
EBL Escritório Brasileiro de Ligação
EIFM Equipamento de apoio de solo Indisponível por Falta de Material
ENCE Equipamento Não Completamente Equipado
EPQ Eligible-to-be-programmed Quantity
EQ Equipamento
ERRC Expendability, Recoverability, Reparability Category
EUA Estados Unidos da América do Norte
FAB Força Aérea Brasileira
FAD Force Activity Designator
FAE Força Aérea
FEDLOG Sistema Logístico de Informações e Serviços
FIIG Federal Item Identification Guide (Guia Federal de Identificação de
Item)
FLIPS Flight Information Publication
FMS Foreign Military Salles
FMSO I Foreign Military Sales Order nº 1
FMSO II Foreign Military Sales Order nº 2
FNH (USAF) International Logistics Center
FSC “Federal Supply Classification” (Classificação Federal de Suprimento)
GMM Guia de Movimentação de Material
GSA Governmental Security Agency
GT Grupo de Trabalho
IA Item de Ação
ICA Instrução do Comando da Aeronáutica
ICP Inventory Control Point
IEMP International Engine Management Program
IL Lista de Dados não Administrativos Identification List)
ILC International Logistics Center
MCA 67-1/2007 37

ABREVIATURA SIGNIFICADO
ILCO International Logistics Center Office
ILCS International Logistics Communication System
IMET International Military Education and Training
INV Inviabilidade
INCOTERM Termo Internacional de Comércio
INFRAERO Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária
INVOICE Fatura
IPC Catálogo Ilustrado de Peças (Ilustrated Parts Catalog)
IPLR Item Paralisando Linha de Revisão
IRF Inspetoria da Receita Federal
ISG Interchangeability and Substitution Group
LAI Lista de Aprovisionamento Inicial
LDC Listas Descritivas de Características
LOA Letter of Offer and Acceptance (Carta de Oferta e Aceitação)
LSC Logistic Support Charge
MANTRA Manifesto de Trânsito
MAPAD Military Assistance Program Address Directory (DOD 5103-38-D)
MB Marinha Brasileira
MCA Manual do Comando da Aeronáutica
MCLR-1 Master Cross Reference List - Part Number / NSN
MFR CODE Manufacturer Code (Código do Fabricante)
MICAP Mission Capability
MILSTRIP Military Standard Requisitioning and Issue Procedures (DOD 4140-
17-M)
MISIL Management Information System for International Logistics
ML Lista de Dados para Administração (Management List)
ML-C Management List - Consolidated
ML-N Management List - Navy
MMCA Material Management Aggregation Code
MN Número do Modelo
MPCA Material Para Completar Aeronave
MRRL Material Repair Requirement List
M/S Media and Status Code
MSDN Military Standard Drawing Number (Número do Desenho do Padrão
Militar)
MTBF Mean Time Between Failure (Tempo Médio entre Falhas)
NAC Nacionalização
NATO North Atlantic Treaty Organization – Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN)
NCB Código de Repartição Nacional
NCM Nomenclatura Comum do Mercosul
ND Natureza de Despesa
NEB Número de Estoque Brasileiro
NIIN National Item Identification Number
NL Nota de Lançamento
NMSC Not Mission Capable Supply. A falta do item está provocando ou irá
provocar (até 30 dias) indisponibilidade para a FAB.
NS Número de Série
NSN "National Stock Number" (Número de Estoque Nacional)
38 MCA 67-1/2007

ABREVIATURA SIGNIFICADO
N65 (US NAVY) International Logistics Center
OM Organização Militar
PAM/S Pedido de Aquisição de Material/Serviço
PAMAAF Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos
PAMAGL Parque de Material Aeronáutico do Galeão
PAMASP Parque de Material Aeronáutico de São Paulo
PAMALS Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa
PAMB Parque de Material Bélico da Aeronáutica
PAM Programa de Assistência Militar
PEPS Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair
PJT Projeto
PN “Part Number” (Número de Peça)
PNOR Pedido Normal da Unidade Aérea
PO Purchase Order (Ordem de Compra)
PPM Partes por Milhão
PR Prioridade
PROS Parts and Repair Ordering System
QAV-1 Querosene de Aviação Grau 1.
QP Quadro de Pessoal
QPA Quantidade por Aeronave
QRR Quarterly Requisition Report
QTD Quantidade
QUP Quantity Unit Pack
RC Reparability Code
RD Relatório de Deficiência, “Deficiency Report”
RE Registro de Exportação
REN Renovação
R/I Routing Identifier
ROF Registro de Operação Financeira
RRD Report of Requisition Discrepancy (Relatório de Pedido em
Discrepância, em inglês)
S/A Service/Agency
SAAC Security Assistance Accounting Center
SADC Código Designador do Administrador do Material
SAMIS Security Assistance Management Information System
SAMR Security Assistance Management Review
SCIP Security Cooperation Information Portal
SCM Sistema de Classificação de Material
SDA Assessoria de Desembaraço Alfandegário (DARJ)
SDAB Subdiretoria de Abastecimento da DIRINT
SDAD Subdiretoria de Administração da DIRMAB
SDR Supply Discrepancy Report
SEFA Secretaria de Economia e Finanças
SI Sistema de Identificação
SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira
SILOMS Sistema Integrado de Logística de Material e Serviços
SISCEAB Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior
SISDAER Sistema de Despacho Aduaneiro da Aeronáutica
MCA 67-1/2007 39

ABREVIATURA SIGNIFICADO
SISMA Sistema de Material Aeronáutico
SISMAB Sistema de Material Bélico
SL-ISG Guia de Referência Cruzada do NSN para NSN Permutáveis
SLQ Stock Level Quantity
S/N Serial Number
SNAP Simplified Nonstandard Itens Acquisition Program
SoS Source of Supply
SPV Sistema de Proteção ao Vôo
SRF Secretaria da Receita Federal
SSS Segurança, Salvamento e Sobrevivência
STARR Starr Tracking And Repairable Return
SUADDR Supplementary Address
TBO Time Between Overhaul
TCG Technical Coordination Group
TCP Technical Coordination Program
TCU Tribunal de Contas da União
TECA Terminal de Carga Aérea
TLE Tempo Limite de Estocagem
TLV Tempo Limite de Vida
TN Type Number (No. do tipo)
TPR Tempo entre Pedido e Recebimento
TTEC Divisão T
UG Unidade Gestora
U/I Unit of Issue (Unidade de Fornecimento no FMS)
UMMIPS Uniform Materiel Movement and Issue Priority System
UND Urgency of Need Designator
US ARMY Exército dos Estados Unidos da América
US NAVY Marinha dos Estados Unidos da América
USAF Força Aérea dos Estados Unidos da América
USG United States Government
WWRS World Warehouse Redistribution Services

1.4 AMBITO

O presente Manual aplica-se a todos os elos do Sistema de Material da


Aeronáutica, definidos na NSMA 65-1.

1.5 FUNDAMENTO

Sistema de Material da Aeronáutica (NSMA 65-1).


40 MCA 67-1/2007

2 ESTRUTURAÇÃO, ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES

2.1 ESTRUTURAÇÃO

2.1.1 ORGANOGRAMAS

Dentro do Comando da Aeronáutica, o Comando-Geral de Apoio é o órgão


responsável pela política de Apoio Logístico de Material e Serviços. É um órgão subordinado
diretamente ao Comandante da Aeronáutica e tem sob sua subordinação a Diretoria de
Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), a Diretoria de Engenharia (DIRENG) e o Centro
de Logística da Aeronáutica (CELOG), conforme figura 1.

A coordenação de Apoio Logístico de Material e Serviços representa, através


do COMGAP, o conjunto de atividades relativas à previsão e à provisão dos recursos de toda
a natureza, que visa assegurar a satisfação das necessidades referentes ao Material
Aeronáutico, Material Bélico, Edificações, Infra-Estrutura, Transporte de Superfície, Contra-
Incêndio e Patrimônio, na quantidade, momento e local adequados.

Da mesma forma a DIRMAB, dentro da função logística de Suprimento, se faz


representar pela Subdiretoria de Aeronaves (SDAE) e pela Divisão de Suprimento (AESU),
conforme figura 1.

COMAER

EMAER

COMGAR COMGEP COMGAP CTA DECEA DEPENS

CELOG DIRMAB DIRENG

SDAE SDAR

AEEM AESU AEPC AENP

Organograma da Logística de Suprimento a partir do COMAER – Figura 1

Dentro da estrutura da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico encontram-


se os Parques de Material, que são unidades diretamente responsáveis pelo cumprimento dos
Programas de Trabalho Anuais (PTA) e, sistemicamente atrelados a eles, os Esquadrões de
Suprimento e Manutenção (ESM) das Bases Aéreas que por sua vez, atendem suas Unidades
Aéreas (UAE), conforme figura 2.
MCA 67-1/2007 41

COMAER

EMAER

COMGAP

DIRMA
B

SDA
E

AESU

PAMAGL PAMAAF PAMALS PAMASP PAMARF

ESM/UAE ESM/UAE ESM/UAE ESM/UAE ESM/UAE

Organograma da Logística de Suprimento até a Unidade Aérea – Figura 2

Cada Parque de Material Aeronáutico mantém sua logística de Suprimento


representada pelas Subdivisões de Suprimento, as quais requer a seguinte estrutura mínima:

TSUP

TSAX´ INSPETOR
ASSESSORIA
CONTÁBIL DE SUPRIMENTO

TSAR TSCS

TSAU TSAM TSAE TSAS TSGE TSOB

Organograma da Subdivisão de Suprimento dos Parques de Material - Figura 3


42 MCA 67-1/2007

Cada Subdivisão de Suprimento tem em sua estrutura mínima: uma Seção de


Armazenagem (TSAR) que contém uma Subseção de Armazenagem de Material Utilizável
(TSAU), uma Subseção de Armazenagem de Material Reparável (TSAM), uma Subseção de
Distribuição de Material – Recebimento e Expedição (TSAE) e uma Subseção de
Armazenagem de Material Alienável (TSAS); encontra-se, ainda, uma Seção de Controle de
Suprimento (TSCS) que contém uma Subseção de Gestão de Estoque (TSGE) e uma
Subseção de Obtenção (TSOB). A Subdivisão de Suprimento poderá conter uma Subseção
Auxiliar (TSAX) e um Inspetor de Suprimento.

CHEFIA

SEÇÃO
AUXILIAR

SETOR DE SETOR DE SETOR DE SETOR DE SETOR DE


CONTROLE MATERIAL MATERIAL DISTRIBUIÇÃO MATERIAL
DE SUPRIMENTO UTILIZÁVEL REPARÁVEL (REC/EXP) ALIENÁVEL

Organograma das Seções de Suprimento dos ESM das Bases Aéreas - Figura 4

Acima a estrutura mínima de uma Seção de Suprimento de um Esquadrão de


Suprimento e Manutenção (ESM) de uma Base Aérea.

2.1.2 ATIVIDADE DE SUPRIMENTO

A Função Logística de Suprimento foi organizada basicamente em três níveis


funcionais de responsabilidade e estruturada de tal maneira que os diversos procedimentos e
rotinas entre os Órgãos envolvidos sejam executados de forma padronizada. Estes níveis são:
Direção, Central e Remoto (Figura 5).

2.1.2.1 Nível Direção

Onde se situam as ações de planejamento, assistências, coordenação e controle


da atividade de suprimento.

2.1.2.2 Nível Central


Onde se situam as ações de planejamento, inspeção e controle da execução das
atividades de suprimento dos Remotos e a execução das atividades de suprimento no seu
nível.
MCA 67-1/2007 43

2.1.2.3 Nível Remoto

Onde se situam as ações de apoio de suprimento à operação e manutenção a um


ou mais tipos de aeronaves, equipamentos ou componentes.

Estruturação da Atividade de Suprimento – Figura 5

2.1.2.4 Órgão do Nível Direção

No nível Direção, a atividade de suprimento é exercida na Diretoria de


Material Aeronáutico e Bélico, por intermédio da Divisão de Suprimento.

2.1.2.5 Órgão do Nível Central

No nível Central, a atividade de suprimento é normalmente desempenhada nos


Parques de Material Aeronáutico (PAMA), por intermédio das Subdivisões de Suprimento
(TSUP), que são compostas por:
a) controle de suprimento, através da Seção de Controle de Suprimento
(TSCS);
b) armazenagem, através da Seção de Armazenagem (TSAR); e
c) Distribuição, através da Seção de Recebimento e Expedição (TSAE).

OBS.: As Organizações que receberem encargos de Parque Oficina de determinadas


aeronaves e/ou equipamentos, terão que fazer as necessárias adaptações para proceder como
Órgão do Nível Central daquelas aeronaves e/ou equipamentos e seguir o estipulado neste
manual.
44 MCA 67-1/2007

2.1.2.6 Órgão do Nível Remoto

No nível Remoto, as atividades da função logística de suprimento são


normalmente desempenhadas nas Bases Aéreas por intermédio do Setor de Suprimento dos
Grupos/Esquadrões de Suprimento e Manutenção (G/ESM) que são compostos por:
a) Controle de Suprimento;
b) Armazenagem; e
c) Distribuição (Recebimento e Expedição).

OBS.: Os Remotos, que por qualquer motivo forem ativados em Organizações que não
possuam G/ESM, terão que fazer as necessárias adaptações e seguir o estipulado neste
manual.

2.2 ATRIBUIÇÕES

As atribuições e as ações de suprimento estabelecidas neste manual são as já


previstas nos respectivos Regulamentos e/ou Regimentos Internos e aquelas determinadas
pelo Diretor de Material Aeronáutico e Bélico, aos Órgãos a ele subordinados no Sistema de
Material da Aeronáutica, das quais destacamos as seguintes:

2.2.1 ATRIBUIÇÕES DO NÍVEL DIREÇÃO

2.2.1.1 Órgão de Suprimento

2.2.1.1.1 Estudar e propor as normas de obtenção de material aeronáutico de competência da


Diretoria de Material e para o seu Sistema.

2.2.1.1.2 Elaborar e coordenar os programas de treinamento e atualização técnico-profissional


para o pessoal envolvido nas funções de suprimento.

2.2.1.1.3 Estimular a transferência de tecnologia à indústria privada, visando a nacionalização


do material aeronáutico.

2.2.1.1.4 Controlar a aplicação dos recursos financeiros alocados para suprimento.

2.2.1.1.5 Realizar periodicamente auditorias e visitas de assistência técnica aos Parques.

2.2.1.1.6 Coordenar a elaboração, atualização e modificação de normas, manuais e instruções


de procedimentos e de novos processos e projetos, destinados a racionalização, padronização
e otimização das atividades de suprimento.

2.2.1.1.7 Realizar o acompanhamento das atividades de suprimento, através da análise dos


indicadores logísticos espelhados no SILOMS e estabelecidos pelo Órgão do nível Direção.

2.2.2 ATRIBUIÇÕES DO NÍVEL CENTRAL

2.2.2.1 Setor de Suprimento

São atribuições do Setor de Suprimento:


a) realizar as ações necessárias à obtenção, armazenagem, distribuição e
controle dos itens para aplicação no ressuprimento de material aeronáutico,
de acordo com as instruções estabelecidas pelo Órgão de nível de Direção;
MCA 67-1/2007 45

b) prestar assistência técnica aos Remotos, mediante programas de visitas; e


c) garantir a qualidade e precisão dos serviços de suprimento estabelecidos
neste manual e demais instruções determinadas pelo Órgão do nível
Direção, através da Inspetoria de Suprimento.

2.2.2.1.1 Controle de Suprimento

São atribuições do Controle de Suprimento:


a) manter uma biblioteca atualizada contendo todas as publicações referentes
às atividades de suprimento;
b) requisitar, de acordo com as normas vigentes, após correta identificação,
todo o material necessário aos serviços do Central e dos Remotos apoiados;
c) requisitar de acordo com as normas vigentes, após correta identificação, os
materiais necessários ao atendimento de emergências e de Diretivas
Técnicas e informar ao setor de planejamento ou solicitante as respectivas
previsões de recebimento e de entrega;
d) acompanhar o consumo de material ou deformidades nesse comportamento
e assessorar ao planejamento para as providências de ressuprimento;
e) auxiliar o setor de planejamento na elaboração das previsões de material
para atender ao programa de trabalho da unidade;
f) analisar as previsões de material apresentadas pelos Remotos para o
cumprimento dos serviços programados para o ano seguinte e proceder as
ações de suprimento necessárias para atendimento, dentro dos prazos
estabelecidos pelo Órgão do nível Direção;
g) analisar e dar provimento aos pedidos de emergência dos Remotos;
h) determinar as transferências do material em estoque entre os Remotos
apoiados ou transferências de Remotos para os Parques, quando necessário;
i) acompanhar a evolução das suas requisições, através dos meios de consulta
disponíveis, diligenciando permanentemente as requisições em aberto;
j) solicitar, quando necessário, ao setor de planejamento a implantação,
modificação ou cancelamento dos itens de suprimento no sistema de
controle automatizado, utilizando-se sempre de dados técnicos;
k) assessorar o setor de planejamento nos processos de implantação ou
cancelamento de aeronaves no sistema de controle automatizado, por
ocasião da inclusão em carga ou descarga da aeronave;
l) determiner e fiscalizar a execução dos inventários permanentes e parciais;
m) determinar a realização dos inventários especiais e gerais conforme
necessário;
n) analizar e determinar a realização do recompletamento de estoque dos
Suprimentos Remotos;
o) manter estreita coordenação com o setor de recebimento e expedição, no
sentido de informar e atender aos interessados sobre o recebimento ou
46 MCA 67-1/2007

remessa de itens solicitados em emergência ou para cumprir diretivas


técnicas; e
p) atender com a máxima prioridade as solicitações do tipo AIFP.

2.2.2.1.2 Armazenagem

São atribuições do Setor de Armazenagem:


a) manter uma biblioteca atualizada contendo os assuntos pertinentes ao setor;
b) conferir todo o material recebido quanto à identificação, estado e
quantidade, de forma que a documentação corresponda sempre ao material
fisicamente;
c) manter os itens entregues sob a sua guarda em bom estado de conservação,
devidamente preservados e embalados, obedecendo a todas as normas de
armazenagem;
d) controlar o material armazenado, não permitindo que o pessoal estranho aos
serviços venha a manipular os estoques;
e) atender às oficinas e às linhas de revisão, nos itens solicitados,
providenciando para que o material seja fornecido devidamente embalado e
mediante a documentação estabelecida pelas normas vigentes;
f) atender às transferências determinadas pelo setor de controle de suprimento
para recompletar estoques de Remotos ou outros Parques, providenciando
para que o material seja fornecido de acordo com as normas vigentes;
g) providenciar a inclusão nos estoques do material recebido e devidamente
embalado;
h) manter os dados de estoque sempre atualizados e à disposição dos usuários
para eventuais consultas;
i) cuidar para que os materiais armazenados há mais tempo sejam fornecidos
em primeiro lugar (primeiro a entrar, primeiro a sair - PEPS);
j) manter os equipamentos de movimentação de material, o ferramental e os
equipamentos de proteção e segurança em perfeito estado de utilização;
k) encaminhar para a setor de expedição todo o material destinado à
transferências, devidamente acondicionados, etiquetados com a
identificação correta e com a documentação pertinente;
l) receber das oficinas os itens recuperados, quitar as Ordens de Serviço (OS)
e armazená-los adequadamente; e
m) realizar os inventários permanentes, parciais, especiais e geral conforme
definido pelo Controle de Suprimento.

2.2.2.1.3 Distribuição (Recebimento e Expedição)

São atribuições do Setor de Distribuição:


a) manter uma biblioteca atualizada contendo os assuntos pertinentes ao setor;
MCA 67-1/2007 47

b) desembarcar, conferir e receber todo o material apresentado e destinado à


OM, escriturando devidamente a documentação adequada;
c) solicitar de acordo com o RADA as providências quanto ao exame de
material, sempre que a natureza do item assim o exigir;
d) encaminhar o material recebido aos respectivos locais de armazenagem,
providenciando para que seja transportado dentro das normas vigentes e
devidamente documentado;
e) receber do setor de armazenagem todo o material destinado às
transferências internas e externas, providenciando para que seja
adequadamente embalado, conferindo a quantidade e documentos;
f) manifestar os volumes a serem despachados e encaminhá-los aos terminais
de carga, utilizando o meio de transporte adequado;
g) manter estreita coordenação com o setor de Controle de Suprimento para
informar o recebimento de item para atender às situações de emergência ou
cumprir diretivas técnicas;
h) manter os equipamentos de movimentação de material, de confecção de
embalagens, de proteção e segurança, ferramental e viaturas em perfeito
estado de utilização; e
i) dar início ao processo de reclamação, dos materiais recebidos com
discrepâncias, conforme instrução específica.

2.2.3 ATRIBUIÇÕES DO NÍVEL REMOTO

2.2.3.1 Setor de Suprimento

São atribuições do Setor de Suprimento:


a) coordenar, orientar e fiscalizar as atividades dos setores subordinados;
b) assessorar o Comando dos ESM nos assuntos técnicos de sua alçada;
c) participar das reuniões de operadores nos Parques Centrais; e
d) garantir a qualidade e precisão dos serviços de suprimento estabelecidos
neste manual e demais instruções determinadas pelo Órgão do nível Direção
ou Central, através da Inspetoria de Suprimento.

2.2.3.1.1 Controle de Suprimento

São atribuições do Setor de Suprimento:


a) manter uma biblioteca atualizada contendo todas as publicações referentes
as atividades de suprimento;
b) solicitar, após correta identificação, todo o material necessário aos serviços,
mantendo em ordem e em dia os pedidos de material;
c) acompanhar o consumo de material de modo a auxiliar ao setor de
planejamento na elaboração das previsões de material para atender ao
programa de trabalho;
48 MCA 67-1/2007

d) compatibilizar as necessidades de material para atendimento dos serviços


programados para o ano seguinte e encaminhar aos Parques Apoiadores,
dentro dos prazos estabelecidos pelo Órgão do nível Direção ou Central;
e) encaminhar aos Parques Apoiadores, de acordo com as normas específicas
em vigor, os pedidos de material para atender as situações de emergência;
f) manter estreita coordenação com o setor de planejamento e o setor de
distribuição, no sentido de informar o recebimento de material previsto para
aplicação ou para atender situações de emergência;
g) estabelecer e coordenar os inventários parciais e permanente;
h) preparar o programa de trabalho (PTA), com as informações oriundas do
setor de Planejamento para o exercício seguinte até setembro do ano em
exercício ao Parque Central;
i) determinar a realização do inventário geral quando necessário; e
j) controlar as suas solicitações de material, diligenciando permanentemente
os pedidos em aberto.

2.2.3.1.2 Armazenagem

São atribuições do Setor de Armazenagem:


a) manter uma biblioteca atualizada contendo os assuntos pertinentes ao setor;
b) manter os itens entregues sob a sua guarda em bom estado de conservação,
devidamente preservados e embalados, obedecendo a todas as normas de
armazenagem;
c) controlar o material armazenado, não permitindo que o pessoal estranho aos
serviços, venha a manipular os estoques;
d) atender aos operadores, às oficinas e às linhas de revisão nos itens
solicitados, providenciando para que o material seja fornecido devidamente
embalado e mediante a documentação estabelecida pelas normas vigentes;
e) providenciar para que o material recebido seja incluído em estoque,
devidamente embalado e de acordo com a documentação recebida.
f) encaminhar para o setor de expedição todo o material destinado às
transferências ou a recolhimentos devidamente preservados, etiquetados e
com a documentação completa;
g) manter os dados de estoque sempre atualizados e à disposição dos usuários
para eventuais consultas;
h) conferir todo o material recebido quanto à identificação, estado e
quantidade, de forma que a documentação corresponda sempre ao material
fisicamente;
i) completar o preenchimento das etiquetas de peça avariada nos campos que
lhe couber (aqueles ligados a dados de suprimento);
j) cuidar para que os materiais armazenados há mais tempo sejam fornecidos
em primeiro lugar (primeiro a entrar, primeiro a sair - PEPS);
MCA 67-1/2007 49

k) manter os equipamentos de movimentação de material, de proteção e de


segurança e o ferramental em perfeito estado de utilização; e
l) realizar os inventários determinados pelo Controle de Suprimento.

2.2.3.1.3 Distribuição (Recebimento e Expedição)

São atribuições do Setor de Distribuição:


a) manter uma biblioteca atualizada contendo os assuntos pertinentes ao setor;
b) desembarcar, conferir e receber todo o material apresentado e destinado à
OM, escriturando devidamente a documentação adequada;
c) solicitar ao chefe do setor de suprimento providências quanto ao exame de
material, sempre que a natureza do item assim o exigir;
d) encaminhar o material recebido aos respectivos armazéns para
armazenagem, providenciando para que o mesmo seja transportado dentro
das normas vigentes e devidamente documentado;
e) receber do setor de armazenagem todo material destinado à transferências
ou a recolhimentos, providenciando para que os mesmos sejam
adequadamente acondicionados, conferindo as quantidades e documentos;
f) manifestar os volumes a serem despachados e encaminhá-los aos terminais
de carga, utilizando o meio de transporte adequado;
g) manter estreita coordenação com o setor de Controle de Suprimento para
informar o recebimento de itens para atender as situações de emergência;
h) receber das oficinas os itens recuperados, quitar, fazer os registros
documentais pertinentes e enviá-los para que sejam devidamente
armazenados;
i) manter os equipamentos de movimentação de material, de confecção de
embalagens, de proteção e segurança, o ferramental e as viaturas em
perfeito estado de utilização; e
j) cuidar para que as embalagens controladas não tenham utilização diversa
daquela para qual foram designadas e estejam sempre prontas para o uso.

2.2.4 ATRIBUTOS DO PROFISSIONAL DE SUPRIMENTO

O profissional de suprimento deverá ser capaz de coordenar, organizar,


analisar, inspecionar, instruir e operar os meios colocados à sua disposição.

As pessoas que trabalham em um armazém, deverão estar muito bem treinadas


e informadas das normas existentes, dos cuidados que o material e equipamentos necessitam e
do valor envolvido na administração.

2.2.5 PRINCÍPIOS DE ARMAZENAGEM

São os seguintes os “princípios” mais importantes para uma armazenagem


eficiente:
a) proteger o material contra furto, contra a ação dos perigos mecânicos e das
ameaças climáticas, bem como de animais daninhos;
50 MCA 67-1/2007

b) fornecer primeiro o material armazenado há mais tempo; primeiro a entrar,


primeiro a sair (PEPS). Especial cuidado quando tratar-se de itens com
tempo limite de estocagem definido;
c) armazenar o material de modo que facilite a inspeção e um inventário
rápidos;
d) o material que possuir grande consumo deve ser armazenado em lugar de
fácil acesso e próximo à área de expedição – armazenagem por
POPULARIDADE;
e) procurar nunca armazenar o material em contato direto com o piso;
f) arrumar o material de tal forma que não prejudique o acesso às portas de
emergência, aos extintores de incêndio ou à circulação de pessoal contra-
incêndio;
g) procurar agrupar o material de mesma natureza no mesmo local, para
facilitar o inventário, identificação, movimentação, etc.;
h) armazenar os itens volumosos e pesados próximos à área de despacho, em
estrados ou na parte inferior das estantes;
i) conservar o material na embalagem original, abrindo-as somente, quando
houver necessidade de fornecimento parcelado ou de utilização do material;
j) inspecionar, permanentemente, o estado do material, das embalagens e das
unidades de armazenagem; e
k) arrumar o material com a etiqueta voltada para frente, facilitando a leitura e
a identificação.

2.2.6 DEPÓSITO DE AERONÁUTICA DO RIO DE JANEIRO

O Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro tem função relevante na


atividade de suprimento. Ele é o elo de ligação entre as Organizações que executam as
atividades de Central e as Comissões de Compra, naquilo que diz respeito à movimentação
de material adquirido ou quando submetido a qualquer tipo de serviço em empresa privada.
Tem as seguintes atribuições dentre outras:
a) receber, fazer a triagem separando por OM requisitante, armazenar quando
necessário e distribuir o suprimento dos diversos sistemas de materiais
proveniente das Comissões de Compra;
b) realizar o despacho alfandegário de material, de interesse do Comando da
Aeronáutica, proveniente ou destinado ao exterior;
c) proceder à destinação do material considerado excedente, obsoleto,
inservível ou imprestável, sob sua guarda;
d) realizar o transporte terrestre de material aeronáutico quando determinado
pelo Órgão do nível de Direção; e
e) informar ao Órgão do nível Direção, Comissões de Compra, CELOG e
Centrais as discrepâncias encontradas no recebimento dos volumes.
MCA 67-1/2007 51

2.2.7 COMISSÃO AERONÁUTICA BRASILEIRA

A Comissão Aeronáutica Brasileira é o Órgão que coloca a atividade de


Suprimento em contato direto com os diversos fornecedores de material e serviços, no
exterior, e tem como atribuições principais dentre outras:
a) providenciar a aquisição, serviços, fabricação, o recebimento,
armazenamento, embarque e transporte do material dos diversos sistemas de
material, no mercado externo , de interesse e responsabilidade do Comando
da Aeronáutica;
b) efetuar o processamento, a administração e a fiscalização (quando
determinado), de acordos e contratos de interesse e responsabilidade do
Comando da Aeronáutica;
c) manter atualizado um cadastro de fornecedores e produtos de interesse do
SISMA e SISMAB;
d) adquirir os itens requisitados segundo a legislação em vigor;
e) adquirir o material na Condição “A” (peça original do fabricante).
Esgotadas as possibilidades de adquirir o material nesta Condição, ele
poderá ser adquirido na Condição “B” ou “C”, desde que submetido à
apreciação do requisitante, que poderá optar pela substituição por item
alternativo ou sistema mais moderno. Esta Condição poderá ser indicada
também pelo usuário;
f) informar ao Órgão do nível Direção quando da incidência de discrepâncias
nas requisições recebidas;
g) questionar aos requisitantes, pelo meio de comunicação mais conveniente, a
falta de dados indispensáveis à aquisição ou informações complementares,
cancelando, caso necessário, a requisição não complementada em 60 dias;
h) questionar aos requisitantes, através de interações sempre que o fornecedor
sugerir a troca do P/N solicitado por outro alternativo;
i) em nenhuma hipótese as CAB poderão adquirir P/N diferente daquele
requisitado pela OM requisitante sem que esta aprove a troca ou que sejam
alternados comprovadamente pelo fabricante ou catalogo oficial;
j) implementar os “APRESSAMENTOS”, segundo as necessidades dos
requisitantes e informá-los quanto aos resultados obtidos; e
k) embarcar os itens adquiridos e manter atualizado o sistema de controle de
requisições com os dados de embarque para o Órgão do Nível Direção,
DARJ e Organizações Requisitantes.

2.2.8 CELOG

O Centro Logístico da Aeronáutica é o Órgão que coloca a atividade de


Suprimento em contato direto com os diversos fornecedores de material e serviços, no país, e
tem como atribuições principais dentre outras:
a) providenciar a aquisição, serviços, fabricação, nacionalização, recebimento,
armazenamento, embarque e transporte do material do SISMA, no mercado
interno, de interesse e responsabilidade do Comando da Aeronáutico;
52 MCA 67-1/2007

b) efetuar o processamento, a administração e a fiscalização (quando


determinado), de acordos e contratos de interesse e responsabilidade do
Comando da Aeronáutica;
c) manter atualizado um cadastro de indústrias, fornecedores e produtos de
interesse do SISMA;
d) adquirir os itens requisitados segundo a legislação em vigor;
e) adquirir o material na condição “A” (PEÇA ORIGINAL DO
FABRICANTE). Esgotadas as possibilidades de adquirir o material nessa
condição, ele poderá ser adquirido na condição “B” ou “C”, desde que
submetido à apreciação do requisitante, que poderá optar pela substituição
por item alternativo ou sistema mais moderno. Esta Condição poderá ser
indicada também pelo usuário;
f) informar ao Órgão do nível Direção quando da incidência de discrepâncias
nas requisições recebidas;
g) questionar aos requisitantes, pelo meio de comunicação mais conveniente, a
falta de dados indispensáveis à aquisição ou informações complementares,
cancelando, caso necessário, a requisição não completada em 60 (sessenta)
dias;
h) questionar aos requisitantes, através de interações sempre que o fornecedor
sugerir a troca do P/N solicitado por outro alternativo;
i) em nenhuma hipótese o CELOG poderá adquirir P/N diferente daquele
requisitado pela OM requisitante sem que esta aprove a troca;
j) implementar os “APRESSAMENTOS”, segundo as necessidades dos
requisitantes e informá-los quanto aos resultados obtidos; e
k) embarcar os itens adquiridos e manter atualizado o sistema de controle de
requisições com os dados de embarque para o Órgão do nível Direção,
DARJ e Organizações requisitantes.

2.3 RESPONSABILIDADES

As responsabilidades de cada agente da Administração bem como as de todos


os detentores de bens ou valores da Administração Direta do Comando da Aeronáutica, estão
claramente definidas no Regulamento de Administração da Aeronáutica (RADA), e todos os
agentes devem tomar conhecimento dele.
MCA 67-1/2007 53

3 NACIONALIZAÇÃO

3.1 HISTÓRICO

A nacionalização de material aeronáutico, no âmbito militar, como se concebe


atualmente, decorre dos trabalhos desenvolvidos pela antiga Diretoria de Material (DM),
Comando de Apoio Militar (COMAM), à época, com o desenvolvimento e implantação do
Projeto Demanda.

Embora tal iniciativa pretendesse tão somente levantar o potencial industrial do


país de acordo com a atividade principal de cada empresa e abrangendo não apenas o setor
aeronáutico, conseguiu-se editar o Catálogo de Fabricantes do Ministério da Aeronáutica
(H4-3FAB), em 1968.

Com base nas informações contidas no Projeto Demanda e em função do


espírito dinâmico reinante na Divisão de Manutenção do PAMASP, teve inicio a atividade de
nacionalização, ainda de forma embrionária, com o trabalho de substituição de importados.

Outros Parques, algum tempo após, seguiram o mesmo caminho, enviando


dados para registro no Projeto 300, ainda igualmente de forma não padronizada. Isto realçou a
necessidade do antigo COMAM, como Órgão Central do Sistema, disciplinar tais atividades.

Durante certo período, coube ao setor de aquisições do COMAM - a CAB-


BRASIL - coordenar as informações sobre nacionalização.

A CAB-BRASIL limitava-se ao desempenho das tarefas de órgão


administrativo e coordenador de informações, não interferindo nos critérios técnicos de
desenvolvimento de peças e projetos, que porventura surgissem no âmbito dos Parques.

Com a criação da Comissão de Nacionalização de Material Aeronáutico


(CONMA) em São Paulo, no ano de 1977, as atividades eminentemente técnicas puderam ser
centralizadas num único órgão e as informações pertinentes arregimentadas e divulgadas de
forma sistemática.

A partir de 1983 essas atividades passaram a ser gerenciadas pela Comissão


Aeronáutica Brasileira em São Paulo – CABSP -, assim designada, e ativada pela Portaria nº
1384/GM3, de 04 Nov. 83.

Decorrente da percepção de todos sobre a importância da CABSP no processo


de provimento de bens e serviços para a Força Aérea, o Comando Geral de Apoio –
COMGAP – decidiu integrar a logística de aquisição no Brasil, desativando assim a CABSP e
ativando, no mesmo local, o Centro Logístico da Aeronáutica - CELOG, no dia 1º de janeiro
de 2005, que dentre outras, tem a missão de realizar as atividades necessárias à nacionalização
do material aeroespacial e bélico, de forma a assegurar a operação e o emprego das aeronaves
da Força Aérea Brasileira, seus componentes, acessórios e equipamentos, devendo essas
atividades ser executadas em coordenação com a Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico,
com os Parques de Material Aeronáutico e de Material Bélico e com os operadores.

Para tanto, compreende-se por nacionalização de um item de suprimento de


material aeronáutico, o conjunto de atividades executadas desde a detecção da oportunidade
de nacionalização ou da necessidade de se substituir o produto estrangeiro por um similar
54 MCA 67-1/2007

nacional, até o reconhecimento da similaridade e sua implantação no sistema de controle de


material.

O processo de nacionalização, suas diretrizes, objetivos, critérios e


competências podem ser melhor pesquisados observando-se o Manual de Nacionalização –
MMA 67-3, bem como a IMA 67-34 – Nacionalização de Material. Neles são abordados os
procedimentos e a regulamentação para a nacionalização de um item aeronáutico.
MCA 67-1/2007 55

4 CONTROLE DE SUPRIMENTO

O Controle de Suprimento compreende todas as ações gerenciais do


Suprimento, voltados para atender à política de suprimento estabelecida, ou seja: a
manutenção dos níveis de estoque, o controle do material armazenado, o acompanhamento
dos inventários, a verificação dos tempos limites de estocagem (TLE), o encaminhamento das
requisições e seu diligenciamento, o gerenciamento dos atendimentos das situações de
emergências, o acompanhamento das movimentações e o principal coordenar as DPE com os
setores responsáveis pela produção.

4.1 CATALOGAÇÃO

A necessidade de se estabelecer uma linguagem ou um processo padronizado


para identificar e descrever cada objeto usado numa grande organização é um fato
incontestável. Se imaginarmos uma pessoa que só fala inglês tentando comunicar-se com
outra que somente conhece o português, podemos prever suas dificuldades de entendimento.
O mesmo acontece quando um mecânico deseja um determinado sobressalente para o reparo
de um equipamento sob sua responsabilidade, mas a sua maneira de referir-se a ele é diferente
daquela que o pessoal do suprimento utiliza para reconhecer tal peça; o sucesso desse
mecânico na obtenção da peça sobressalente será semelhante ao da comunicação entre aquelas
pessoas; isto é, não conseguirá obtê-la. Para a solução do primeiro problema precisamos de
uma língua comum (o inglês ou o português para ambos, ou, quem sabe, o esperanto...) e dos
livros que a divulgam (dicionários, gramáticas, textos para leitura, etc.). Para a solução do
problema do sobressalente, necessitaríamos, analogamente, de uma simbologia padrão e dos
catálogos que a divulgassem, possibilitando o entendimento entre o utilizador e o fornecedor.

4.1.1 CONSIDERAÇÕES

Catalogação é a atividade que compreende a simbolização do material e a


organização, confecção, publicação, distribuição, regulamentação do manuseio e permanente
atualização do "Catálogo do Comando da Aeronáutica" para itens inéditos. A Catalogação
tem como propósito, através de métodos padronizados para identificação, classificação e
atribuição de símbolos a itens de material, o estabelecimento de uma linguagem única entre os
elementos envolvidos no Sistema de Material da Aeronáutica disseminada mediante
publicações adequadas. No SISMA o material catalogado está agrupado por classes,
identificado por Número de Estoque Nacional (NSN) e particularizado, cada item, por seu
número de peça e respectivo código de fabricante.

4.1.2 PROCESSAMENTO DA CATALOGAÇÃO

O processamento da catalogação está descrito em Manual específico do Órgão


de catalogação do COMAER.

4.2 IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAL

A identificação de material implica em manuseio e consulta às publicações


técnicas. Este manual dará apenas informações básicas e essenciais, acerca das publicações
técnicas que são utilizadas no processo de identificação. Os processos de obtenção,
distribuição e controle, serão abordados, em detalhes, em instruções específicas disponíveis
nas bibliotecas técnicas das Organizações do SISMA.
56 MCA 67-1/2007

Além disso, o sistema de identificação utilizado no SISMA é o mesmo


preconizado pelo Departamento de Defesa dos EUA, inclusive utilizando as mesmas
publicações. Dessa forma é conveniente e necessário que se utilize sempre as publicações
mais atualizadas e que se faça um acompanhamento das modificações introduzidas no sistema
de identificação.

É importante ressaltar que o sistema de identificação é dinâmico, assim sendo


as publicações técnicas que serão apresentadas neste capítulo certamente poderão ser
encontradas numa formatação mais evoluída como CD FICHE, FED LOG e outros.
Entretanto todas elas fornecerão os mesmos dados de identificação necessários a atividade de
Suprimento e naturalmente cada uma terá uma forma peculiar de acesso aos dados, a qual será
detalhada em manuais de operação próprios.

4.2.1 PUBLICAÇÕES DO COMANDO DA AERONÁUTICA

Publicação é o impresso aprovado por ato de autoridade competente e utilizado


como meio de divulgação de normas, ordens, instruções, informações e conhecimentos.

4.2.1.1 Classificação das Publicações

As publicações do Comando da Aeronáutica são classificadas quanto à espécie


em convencionais e não convencionais.

4.2.1.1.1 Convencionais

São as publicações enquadradas em norma específica (ICA 5-1) quanto à


elaboração, numeração, registro, distribuição e divulgação:
a) DCA - Diretriz do Comando da Aeronáutica;
b) FCA - Folheto do Comando da Aeronáutica;
c) ICA - Instrução do Comando da Aeronáutica;
d) MCA - Manual do Comando da Aeronáutica;
e) NSCA - Norma de Sistema do Comando da Aeronáutica;
f) OCA - Ordem do Comando da Aeronáutica;
g) PCA - Plano do Comando da Aeronáutica; e
h) TCA - Tabela do Comando da Aeronáutica.

4.2.1.1.2 Não Convencionais

São as publicações usadas na divulgação de assuntos altamente especializados,


que obedecem a padrões internacionais ou cujas características impedem a utilização das
publicações convencionais. São exemplos:
a) ACA - Almanaque do Comando da Aeronáutica;
b) AVCA - Auxílio Visual do Comando da Aeronáutica;
c) OTCA - Ordem Técnica do Comando da Aeronáutica;
d) AIC - Circular de Informação Aeronáutica;
MCA 67-1/2007 57

e) NOTAM - Aviso para o Aeronavegante;


f) AIP-BRASIL - Publicação de Informações Aeronáuticas; e
g) BCA - Boletim do Comando da Aeronáutica.

4.2.1.1.3 Regulamentares

Dada a especificidade dos assuntos tratados nas publicações desta espécie, a


sua disposição gráfica e a composição do texto deverão observar a formalística prevista na
Instrução que dispõe sobre Regulamentação das Organizações (ICA 19-1). O controle e a
numeração destas publicações deverão observar o disposto nesta Instrução. São exemplos:
a) RCA - Regulamento do Comando da Aeronáutica;
b) RICA - Regimento Interno do Comando da Aeronáutica; e
c) ROCA - Regulamento de Organização do Comando da Aeronáutica.

4.2.1.2 Composição

As demais classificações, elaboração, composição, impressão, alteração,


numeração, registro, distribuição, controle e divulgação das publicações do Comando da
Aeronáutica estão detalhadas na Norma de Sistema de Documentação da Aeronáutica,
elaborada pelo Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC).

4.2.2 PUBLICAÇÕES MILITARES

4.2.2.1 Publicações Técnicas da Marinha Americana (NAVY)

A NAVY conserva um sistema de numeração de Ordens Técnicas (manuais


básicos), segundo o qual essas publicações são precedidas pelas siglas "NA" ou "NW" e
divididas em categorias relativas às classes do antigo sistema de classificação de material,
substituído em 1953, pelo sistema de classificação federal.

4.2.2.1.1 Índices Usados no Sistema de Publicações da NAVY

Os Índices usados pela NAVY são os seguintes:


a) NA 00-500A - Índice de referência cruzada de nº de equipamento para nº de
ordem técnica aplicável;
b) NA 00-500B - Índice de Ordens Técnicas aplicáveis às aeronaves da
NAVY;
c) NA 00-500D - Índice de Ordens Técnicas (tipo Boletim) aplicáveis às
aeronaves da NAVY; e
d) NA 00-500D - Índice de referência cruzada de nº de equipamento para nº de
ordem técnica (tipo Boletim) aplicável.
58 MCA 67-1/2007

4.2.2.1.2 Ordens Técnicas usadas na NAVY

Apresentaremos alguns exemplos:

CATEGORIAS E GRUPOS

SÉRIE NUMÉRICA ASSUNTO

00 PUBLICAÇÕES GERAIS.
00 - 15 Manuais de inspeção geral.
00 - 25 Publicações miscelâneas.
00 - 35 Tabelas de dotação.
00 - 75 Publicações de segurança aérea.
00 - 80 Treinamento de aviação.
00 - 500 Índices de publicações.

01 AERONAVES.
01-1 Geral.
01-20 Aeronave Boeing.
01-20E Tipos de bombardeio.
01-20EG Modelo B-17-G.
01-40 Aeronave Douglas.
01-60FE Modelo T-6-C.
01-230 Tipos de helicópteros.

02 MOTORES.
02 A Motores alternativos.
02 A 10 Motores Pratt e Whitney.
02 A 10 D Modelos da série R-1340.
02 A 35 Modelo Wright.
02 A 35 H Modelos R-1820-82, 82A,88.
02 B Modelos a jato.
02 F Motores a foguete.

03 ACESSÓRIOS.
03 1 Geral.
03 5 Equipamento elétrico.
03 20 Hélices e acessórios.
03 30 Equipamento hidráulico e de ar.
03 115 Transmissões.
04 Forragens e materiais de borracha.
05 Instrumentos.
06 Combustíveis, lubrificantes e gases.
10 Equipamento fotográfico.
13 Pára-quedas e equipamento pessoal.
16 Equipamento eletrônico.
18 Maquinaria, ferramentas e equipamento de testes.
24 Produtos químicos.
51 Instalações a bordo de navios.
MCA 67-1/2007 59

4.2.2.1.3 Ordens Técnicas com Prazo para Cumprimento

Estas Ordens Técnicas (Boletins) são identificadas, na NAVY, como


"TECHNICAL DIRETIVES", e numeradas com uma ordenação seqüencial simples,
precedidas de siglas que identificam um grupo maior de equipamento ou sistema.

As siglas usadas são:


AA - Armamento de aviação.
AC - Sistema da tripulação.
AF - Célula de aeronave.
AL - Lançamento de aeronave.
AR - Recolhimento de aeronave.
AV - Equipamentos eletrônicos de bordo.
AW - Equipamentos de bordo.
AY - Acessórios.
GAF - Células em geral de aeronaves.
GPP - Motores em geral de aeronaves.
PH - Equipamento fotográfico.
PP - Motor de aeronave.
PR - Hélice.
SF - Equipamento de apoio.

A essas siglas é acrescentada uma letra B quando a diretiva é "Bulletin"


(Boletim).

4.2.2.2 Publicações Técnicas do Exército Americano (ARMY)

São apoiados atualmente com Ordem Técnica (OT) do ARMY os helicópteros


UH-1H.

4.2.2.2.1 Índices Usados no Sistema de Publicações do ARMY

Os Índices usados pelo ARMY são os seguintes:


a) DAPAM 310-1 - Índice de publicações administrativas. Abrange
publicações que tratam de: Regulamento, Circulares, Panfletos, Posters. Os
assuntos cadastrados no índice DAPAM 310-4, estão inseridos na DAPAM
310-1, que são os seguintes: Manual Técnico, Boletim Técnico, Manual de
Suprimento, Boletim de Suprimento e Ordem de Lubrificação. O índice
DAPAM 310-1 funciona como o índice dos índices do Sistema de
Publicações do ARMY;
b) DAPAM 310-2 - Índice dos formulários em branco. Relaciona as
publicações que tratam dos formulários destinados a requisitar e processar
publicações;
c) DAPAM 310-3 - Índice de doutrina, treinamento e organização de
publicações. As publicações inseridas neste índice não estão inclusas no
índice DAPAM 310-1;
d) DAPAM 310-6 - Este índice relaciona todos os catálogos e manuais de
suprimento do ARMY;
60 MCA 67-1/2007

e) DAPAM 310-7 - Índice numérico de Ordens Técnicas de modificação;


f) DAPAM 310-10 - Guia para suprir publicações personalizadas; e
g) DAPAM 310-25 - Guia para venda de publicações no sistema FMS.

4.2.2.3 Publicações Técnicas da Força Aérea Americana (USAF)

É um sistema de publicações bem estruturado e apóia a maior parte das


aeronaves da FAB.

4.2.2.3.1 Numeração de Ordens Técnicas da USAF

Os princípios básicos do sistema de numeração de Ordens Técnicas


estabelecem que as publicações sejam separadas em grupos, normalmente por equipamento.
Cada grupo é subdividido em tipos de equipamentos, sistemas ou assuntos.

Cada Ordem Técnica é identificada por um número composto de três ou mais


partes, sendo cada parte separada por um traço.

4.2.2.3.2 Categoria

A primeira parte consiste da identificação da categoria, mais uma letra que


designa qual o tipo ou grupo do equipamento, tal como o tipo do avião.

As publicações são relacionadas por grupos baseados no assunto ou tipo de


equipamento. Esses grupos são conhecidos como categorias. Atualmente os materiais e
equipamentos estão divididos em categorias. Exemplos:

0 Índice
00 Publicações Gerais.
1 Publicações de avião.
2 Publicações de motores de avião.
3 Publicações de hélices de avião.
14 Publicações sobre engenhos de desaceleração de pára-quedas, equipamentos pessoal
e de sobrevivência.
50 Publicações de equipamentos de serviços especiais.

A seguir apresentamos exemplos da primeira parte do número de Ordens


Técnicas da categoria 1 (aeronave):

1 - Aeronave em geral.
1A - Avião anfíbio.
1B - Avião de bombardeio.
1C - Avião de transporte (carga).
1F - Avião de Caça.
1T - Avião de treinamento.
MCA 67-1/2007 61

4.2.2.3.3 Identificação da Aplicação

A segunda parte identifica o modelo e as séries do avião, uma Ordem Técnica


(OT) das séries gerais ou um tipo, modelo ou número de peça de equipamento, no qual se
aplica a Ordem Técnica.

Exemplo:
1C-130 (modelo C-130 série geral).
1C-130E (modelo C-130 série E).
1C-130H (modelo C-130 série H).

4.2.2.3.4 Identificação do Assunto

A terceira parte identifica a publicação individual.

Exemplo:
1C-130E-01 - Lista de Publicações Aplicáveis (LOAP).
1C-130E-1 - Manual de vôo.
1C-130E-2 - Manual de manutenção.
1C-130E-3 - Instruções para reparos estruturais.
1C-130E-4 - Catálogo de peças ilustrado.

NOTA:

As letras "OT" colocadas antes do número da Ordem Técnica é normalmente


usado para identificar este tipo de publicação (OT 1T-1-20).

1 T -1 -20 -> Publicação


Específica

Av Publicação geral para um tipo


Específico de avião
Tipo do Av

1 F -5 E -4

Av
Publicação
específica
Tipo do Av (catálogo de Peças)

Modelo do Av Série do Av
62 MCA 67-1/2007

4.2.2.3.5 Identificação e Numeração dos Índices

Existe a necessidade de Ordens Técnicas para informações e instruções


relativas à operação, serviços e manutenção de aviões, veículos e muitos outros milhares de
itens de equipamentos.

A fim de manter as milhares de Ordens Técnicas é necessário haver um sistema


de identificação e numeração de índices. O primeiro desses índices de Ordens Técnicas é a
TO 0-1-01 Índice Numérico de Índices. Este Índice relaciona os índices numéricos pela
categoria. O prefácio do Índice Numérico 0-1-01, contém informações gerais aplicáveis a
todos os índices numéricos.

O prefácio de cada índice contém informações adicionais peculiares ao índice


em particular.

A TO 0-1-02, Índice Numérico de Publicações Técnicas (Publicações Gerais -


Séries 00), relaciona as publicações gerais.

As Ordens Técnicas 0-1-01 e 0-1-02, são normalmente as primeiras


publicações que devemos recorrer, a fim de obtermos informações sobre o sistema de Ordens
Técnicas. A TO 0-1-01 nos dá referência para os índices numéricos pelas categorias e a
TO 0-1-02 para as publicações gerais não cobertas pelas diversas categorias.

4.2.2.3.6 Classificação de Segurança

As publicações do sistema de Ordens Técnicas que aqui nos referimos, são


publicadas como documentos não classificados, confidenciais ou de dados
restritos/secretos. As publicações classificadas são devidamente marcadas e identificadas de
acordo com as exigências regulamentares. Os índices numéricos indica, a classificação de
segurança atual de cada publicação classificada, citada no parênteses que segue o título.

Os índices numéricos, inclusive revisões ou suplementos destes, constituem


autorização para a remarcação de Ordens Técnicas para elevar ou diminuir o grau da
classificação de segurança.

A notificação das alterações na classificação de segurança é publicada como


uma lista composta na Parte II de cada Índice básico numérico, e em cada revisão ou
suplemento a este editado.

4.2.2.4 Ordens Técnicas da Real Força Aérea Canadense (OTRCAF)

Apenas uma aeronave da FAB, o C-115, é apoiado com esse tipo de Ordem
Técnica (OT), com respeito apenas a equipamentos e componentes instalados, visto que a
célula é apoiada com Ordem Técnica (OT) da Havilland, e o motor com Ordem Técnica (OT)
da General Eletric.

4.2.2.5 Ordens Técnicas da Força Aérea Francesa (OT FAF)

Não existe um sistema de publicação definido. Aeronaves francesas utilizadas


pela FAB, o F-2000 (Mirage) e o CH-34 (Puma), os quais utilizam publicações dos
fabricantes e por conseguinte, estão nos sistemas Ata 100, que será apresentado em seguida.
MCA 67-1/2007 63

4.2.2.6 Ordens Técnicas da Real Força Aérea (OT RAF)

Também não existe um sistema de publicações técnicas definido. Os aviões


ingleses utilizados pela FAB são o o VC-93, o HS-125 e o H800XP, os quais utilizam
publicações dos fabricantes e por conseguinte estão no sistema Ata-100, que será apresentado
em seguida.

4.2.3 PUBLICAÇÕES TÉCNICAS COMERCIAIS (ATA 100)

4.2.3.1 Sistema ATA 100

ATA-100 - AIR TRANSPORT ASSOCIATION ESPECIFICATION Nº 100.


ATA 100 é um sistema feito para os manuais necessários à manutenção, revisão geral e
reparos de aviões civis. É um dos muitos sistemas feitos pelas diversas empresas e que
ganhou mais aceitação do que seus diversos competidores.

O sistema foi criado por membros da Associação de Transporte Aéreo dos


Estados Unidos e foi preparado, primeiramente, para atingir as necessidades das grandes
linhas de transporte aéreo. Seus princípios básicos também têm alcançado com sucesso os
aviões menores.

Um dos principais objetivos da ATA é fazer com que todas as informações


necessárias estejam incluídas em um ou outro manual, fornecido pelo fabricante de aeronave,
com exceção dos dados de revisão geral de acessórios, os quais são cobertos pelo manual de
revisão geral do fabricante. Isto contrasta com outros sistemas que requerem, não somente o
uso dos manuais fornecidos pelo fabricante, como também o uso prolongado dos manuais de
descrição e manutenção dos acessórios.

A ATA 100 exige os seguintes Manuais:


a) Manual de Manutenção;
b) Diagramas de Fiação Elétrica;
c) Catálogo Ilustrado de Peças;
d) Manual de Revisão Geral;
e) Manual de Reparo Estrutural;
f) Listas de Equipamentos e Ferramentas; e
g) Manual de Peso e Balanceamento.

A ATA 100 exige ainda um outro meio de informação - Boletins de Serviços.


Os boletins fornecem dois diferentes tipos de informações. Uns fornecem uma maneira
rápida, para uma inspeção urgente, sobre um defeito detectado em um outro avião do mesmo
tipo; outros fornecem informações sobre modificações, explicando suas finalidades e métodos
de incorporação.

De acordo com a ATA 100, os limites de tempo recomendado pelos


fabricantes, para inspeções, testes e revisão geral, devem ser fornecidos num manual
separado, quando for possível. (A Hawker Siddley Aviation fornece estes limites num manual
separado, chamado Programa de Manutenção).
64 MCA 67-1/2007

4.2.3.2 Divisão de Aeronave

A ATA 100 apresenta uma aeronave dividida em Grupos Sistemas, Subsistemas


e Unidades. Esta designação é apresentada nas publicações, sendo definida da seguinte forma:

4.2.3.2.1 Grupo

É a separação entre os Sistemas de Célula e o Grupo motopropulsor. Nas


publicações, o grupo constitui a primeira divisão, que permite a separação do seu conteúdo
em Capítulos e Seções. O grupo é identificado pelo título.

4.2.3.2.2 Sistema

É a divisão do grupo. Nas publicações, são os Sistemas, apresentados nos


Capítulos que são identificados por um número de referência, que será o primeiro elemento no
sistema de numeração. O sistema é uma combinação de componentes que têm relações
mútuas, ajustados para executarem uma função específica, incluindo os componentes básicos
e todos os instrumentos, controles mecânicos, unidades elétricas e unidades hidráulicas,
relacionados ao Sistema.

Quando dois ou mais Sistemas forem servidos por uma só fonte de força, esta
será tratada, separadamente, num capítulo apropriado. Por exemplo: O Sistema Pneumático,
Capítulo 36, fornece AR para o Sistema de Condicionador de Ar, Capítulo 21 e para o
Sistema de Arranque do motor, Capítulo 80.

4.2.3.2.3 Subsistema

É a divisão dos Sistemas, sendo apresentada nas publicações em Seções; recebe


um Número de referência, que será o segundo elemento do Sistema de numeração
padronizado. Os Subsistemas são identificados pelos níveis "00" - "10" - "20", etc.

4.2.3.2.4 Unidade

É a divisão final que permite a identificação individual de uma unidade do


Sistema ou Subsistema. Nas publicações, aparece como assunto; recebe um número não
padronizado que será o terceiro elemento do Sistema de numeração padronizado.
Formação do número e seu significado:

Sistema/Capítulo Subsistema/Seção Unidade/Assunto

21 30 1

Este termo descreve o número completo, na referência, como um todo. Por


exemplo: - 21 - 30 -1 possui elementos em todos os níveis, sendo conhecido como
Capítulo/Seção/Assunto para facilitar a identificação e referência.

4.2.3.3 Sistema de Numeração

4.2.3.3.1 A ATA 100 desmembra uma aeronave em "Grupos", tais como Estrutura, Hélice,
Motores, etc.
MCA 67-1/2007 65

4.2.3.3.2 Cada grupo é formado por vários "Sistemas", tais como Ar Condicionado, Fonte
Elétrica, Trem de Pouso, Sistema Pneumático, etc. Cada sistema recebeu um número de
referência que representa o Capítulo. Sendo assim, teremos:

Sistema de Ar Condicionado............Capítulo 21

Sistema de Fonte Elétrica.................Capítulo 24

Sistema de Trem de Pouso...............Capítulo 32

Sistema Pneumático..........................Capítulo 36

Os diversos capítulos dos diversos sistemas são dispostos em ordem alfabética,


não havendo nenhuma ordem natural de precedência ou de importância.

Em todos os tipos de manuais, os diversos Capítulos serão representados pelos


números; assim sendo, o Trem de Pouso é encontrado, no manual de manutenção, no capítulo
32 e será também capítulo 32, no manual de revisão, no catálogo de peças e no manual de
instalações elétricas.

NOTA: Sendo necessário emitir um "Boletim de Serviços" referente ao trem de pouso, o


Boletim também receberá o número 32.

4.2.3.3.3 Em geral, os sistemas são muito complexos para serem tratados de uma só feita,
conseqüentemente, a ATA 100, faz com que tais sistemas sejam divididos. Por exemplo: o
trem de pouso, capítulo 32, é descrito de maneira geral e depois dividido em trem de nariz e
trem principal. Esta divisão do sistema recebe número de referência que aparece logo em
seguida ao número do Capítulo; sendo assim, a descrição geral sobre o trem de pouso é o
32-00; o trem de nariz é o 32-20 e o trem principal é 32-10.

NOTA: Quando se tratar de uma descrição geral, terá sempre como referência o "00".

4.2.3.3.4 Em alguns casos, o subsistema ainda pode ser complexo o bastante para exigir outras
divisões; estas serão indicadas pelo quarto algarismo, tal como:

34 Navegação

34-10 Instrumentos de dados aerodinâmicos.

34-11 Indicador de Temperatura do Ar Externo; e

34-12 Sistema de aviso de "Stol"

O assunto será selecionado de acordo com a seqüência preferida, normalmente,


referindo-se a uma unidade individual da aeronave. Por exemplo, 32-10-1- perna principal do
trem de pouso principal; 34-12-4- Transmissor do Flap (potenciômetro).

Conclusão:

O número é formado por 3 elementos, sendo:


66 MCA 67-1/2007

primeiro e segundo algarismo - Sistema/Capítulo

terceiro e quarto algarismo - Subsistema/Seção

quinto e sexto algarismo - Unidade/Assunto

Exemplos:

32 -10 -1

Sistema/capítulo Unidade/Assunto

Trem de pouso Subsistema/Seção Perna principal


Trem de pouso de pouso
Principal

34 -12 -4

Sistema/capítulo Unidade/Assunto

Navegação Subsistema/Seção Transmissor do


Sistema de aviso “Flap”
do ‘Stol’ (potenciômetro)

Quando for descrição geral, será indicado por "00" no segundo elemento, ou
por "0" no terceiro elemento.

Exemplos:

32-00 - Descrição Geral - trem de pouso

32-12-0 - Descrição Geral - Sistema de aviso de "Stol".

4.2.3.3.5 O número Capítulo/Seção/Assunto aparecerá juntamente com o número da página,


no canto inferior, na margem externa da página. Terá também uma data, quer seja da
publicação original, quer seja da última revisão.

Exemplo:

34-12-4

4.2.3.4 Divisão Padronizada

CAPÍTULOS TÍTULOS

AERONAVES (GRUPO)

5 Limite de Tempo e Verificação de Manutenção.


6 Dimensões e Áreas
7 Suspensão e Escoramento
MCA 67-1/2007 67

8 Nivelamento e Pesagem
9 Reboque e Rolagem
10 Estacionamento e Amarração
11 Cartazes Necessários
12 Abastecimento

SISTEMA DE CÉLULA (GRUPO)

20 Célula-Método Padrão
21 Ar Condicionado
22 Vôo Automático
23 Comunicações
24 Força Elétrica
25 Equipamento e Acessórios
26 Proteção Contra-Incêndio
27 Comandos de Vôo
28 Combustível
29 Força Hidráulica
30 Proteção Contra Gelo e Chuva
31 Instrumentos
32 Trem de Pouso
33 Luzes
34 Navegação
35 Oxigênio
36 Pneumático
37 Vácuo
38 Água e Detritos
49 Força Auxiliar de Bordo

ESTRUTURA (GRUPO)

51 Estruturas
52 Portas
53 Fuselagem
54 Naceles e Colunas
55 Estabilizadores
56 Janelas
57 Asas

HÉLICE E ROTOR (GRUPO)

60 Métodos Padrões - Hélice e Rotor


61 Hélices
65 Rotores

GRUPO MOTOPROPULSOR (GRUPO)

70 Métodos Padrões - Motor


71 Motor Completo
72 Motor, Turbo-Hélice e Turbina
68 MCA 67-1/2007

72 Motor Alternativo
73 Combustível do Motor e Comando
74 Ignição
75 Ar
76 Comandos do Motor
77 Indicadores do Motor
78 Descarga
79 Óleo
80 Partida
81 Turbinas (Motores Alternativos)
82 Injeção de água
83 Caixa de Mudança (Sobressalentes)
91 Diagramas (Não aplicáveis a um determinado Sistema)

4.2.4 CATÁLOGO ILUSTRADO DE PEÇAS

Os catálogos de peças aplicados às aeronaves, motores ou outros equipamentos


usados pela FAB, são fornecidos pelos fabricantes. Desse modo, todos os catálogos são
apresentados com padrão e organização, independente de fabricante ou tipo de equipamento;
entretanto, apesar disso, nem sempre é possível manter a organização dos catálogos
rigorosamente iguais, uma vez que a complexidade ou natureza do equipamento poderá
determinar variações na organização ou composição do catálogo. Por essa razão, as
particularidades peculiares a cada catálogo, são esclarecidas na introdução desses
documentos.

As dificuldades encontradas para o manuseio dos diferentes catálogos


originam-se nas formas em que são apresentados. A facilidade de consulta está ligada ao
conhecimento do equipamento; um mecânico de automóvel, por exemplo, pouca ou nenhuma
dificuldade encontrará para manusear um catálogo de qualquer tipo de automóvel, mas o
mesmo não acontecerá, se tiver que manusear um catálogo do rádio transmissor ou outro
equipamento eletrônico qualquer. Quanto ao técnico em suprimento não se dá o mesmo,
embora não tenha possibilidades de conhecer todos os equipamentos em seus mínimos
detalhes, tem obrigação de procurar familiarizar-se com todos os catálogos dos equipamentos
utilizados pela sua unidade, constituindo tal atribuição, uma das mais difíceis tarefas do
suprimento.

O catálogo de Peças é uma Ordem Técnica (OT) que fornece uma lista de
peças as quais compõem um conjunto maior de equipamento. Tais itens como uma aeronave,
um motor de aeronave, um conjunto gerador, etc, são considerados pela FAB como conjuntos
maiores de equipamento.

Normalmente, além das listas de peças, o Catálogo de Peças também relaciona


ilustrações das peças que compõem cada subconjunto ou instalação do conjunto maior.

Um catálogo de peças que contém ilustrações é conhecido como Ilustrações


das Peças Desmembradas ("ILUSTRATED PARTS BREAKDOWN") do equipamento que
aborda.
MCA 67-1/2007 69

O pessoal do suprimento e da manutenção da Força Aérea usa o Catálogo de


Peças, basicamente, para a identificação das peças e como auxílio na requisição de peças
sobressalentes para os equipamentos.

4.2.4.1 Disposição do Catálogo

A estruturação do catálogo a ser apresentada, quando da solicitação da


confecção a ser realizada pela FAB, deverá seguir a seguinte padronização:

4.2.4.1.1 Página Título

É a primeira página da publicação, onde aparece o número da publicação


(quando aplicável), o título da publicação, a data da publicação, e a data de revisão (quando
aplicável).

4.2.4.1.2 Lista de Páginas Efetivas

Contém uma relação de todas as páginas da publicação, com data da última


edição.

4.2.4.1.3 Tabela de Conteúdo

É um resumo dos assuntos contidos no catálogo, contendo uma relação do


conteúdo da publicação, seguida da página de referência aplicável. Uma rápida leitura desta
tabela permite verificar que a matéria desta publicação esta relacionada em três seções.

4.2.4.1.4 Seção I - Introdução

Nesta seção são apresentadas as seguintes informações:


a) explicação das abreviaturas e códigos usados na Publicação;
b) uma relação dos números de séries de aeronave ou equipamento. Esta é
chamada "Página Código Mestre".
c) como usar as ilustrações isoladas das peças (Seção II); e
d) uma relação alfabética dos vendedores/fabricantes de peças para a aeronave
ou equipamento.

4.2.4.1.5 Seção II - Lista de Peças e Conjuntos

A ilustração e descrição das peças estão contidas nesta seção, sendo organizada
com as seguintes informações:
a) ilustrações;
b) grupo (fuselagem, asa, trem de pouso, etc.);
c) conjunto principal (Major Assembly) - ponta da asa, sistema de óleo, etc.;
d) número de Figura e índice - dois números separados por um traço. O
primeiro indica a ilustração ou desenho aplicável e o segundo indica a peça;
e) número de peça;
70 MCA 67-1/2007

f) nomenclatura - nome dos conjuntos principais e subconjuntos com as suas


peças componentes. Nesta parte, os itens são grupados de maneira destacada
um dos outros, para indicar a afinidade de uma peça com a outra. Tal
destaque, é feito por intermédio de colunas numeradas de 1 a 7. Os números
indicam os vários conjuntos e suas peças componentes. Ex.: O conjunto
principal, é relacionado sob a coluna 1. Os subconjuntos que compõem o
conjunto principal, são relacionados sob a coluna 2. As peças componentes
dos conjuntos e subconjuntos, são relacionados na coluna 3, e, assim até a
última peça componente;
g) unidades por conjunto (units per assembly) - apresenta a quantidade
aplicada no conjunto; e
h) código de aplicação (useable on code) - indica os números de série das
aeronaves, nas quais as peças são aplicadas. A explanação dos códigos é
dada na última página da lista de peças referente a cada ilustração. Os
códigos têm um significado para cada ilustração. As letras dos códigos
separadas por uma vírgula, indicam uma interrupção na ordem de
seqüência. As letras não separadas por vírgula, indicam a ordem
consecutiva.

A Seção II, contém ilustrações de todos os conjuntos e instalações, perfazendo


toda a aeronave ou equipamento. Nesta "seção", uma relação das peças, componentes de cada
conjunto ou instalações é também incluída abaixo ou em seguida a cada ilustração.

As ilustrações e relações das peças apresentadas, nesta "seção", são dispostas


de acordo com os grupos principais.

A Tabela de Conteúdo, Seção II, relaciona cada um dos grupos principais e o


nome dos vários conjuntos ou instalações que completam cada grupo.

Ao lado de cada conjunto ou instalação ali relacionados, é lançada uma página


de referência.

OBS. 1: 1ª REGRA PARA SER LEMBRADA - Quando é conhecido o nome, o local do


conjunto ou instalação de um grupo, a Tabela de Conteúdo deverá ser usada para achar sua
página de referência dentro da Seção II.

4.2.4.1.6 Organização

A Seção II, tem a finalidade de ilustrar todos os conjuntos e instalações,


desmembrando totalmente a aeronave ou equipamento.

Em adição a cada ilustração, é apresentada uma relação completa das peças,


componentes do conjunto ou instalação. Cada ilustração é identificada por um número de
"Figura e índice".

Informações encontradas nesta Seção:


a) FIGURA E ÍNDICE - nesta coluna, são identificados o número da Figura e o
número do índice de cada peça ilustrada;
MCA 67-1/2007 71

b) NÚMERO DE PARTE - nesta coluna é indicado o número de cada uma das


peças ilustradas; e
c) NOMENCLATURA - é a descrição identificadora de cada peça. A
nomenclatura dada nos catálogos de peça constitui meramente um auxílio
para a identificação final de uma peça.

4.2.4.1.7 Seção III - Relação Numérica das Peças

Nesta seção são encontradas quatro colunas diferentes de informação:


a) CÓDIGO DE CLASSE OU NÚMERO DE ESTOQUE - nesta coluna,
sempre que praticável, são dados: tanto o número do código de classe, como
o número de estoque nacional de cada peça relacionada;
b) NÚMERO DE PEÇA - esta coluna relaciona todas as peças usadas na
aeronave ou no equipamento, em ordem numérica. As peças comerciais ou
peças que não possuem número, são arranjadas alfabeticamente no início da
relação numérica das peças;
c) NÚMERO DA FIGURA E ÍNDICE - nesta coluna, é indicado o número da
Figura e índice para cada peça relacionada. Esse número é provido, a fim de
se localizar facilmente a ilustração ou relação da peça na Seção II; e
d) QUANTIDADE POR AERONAVE OU EQUIPAMENTO - normalmente é
incluída nesta coluna a quantidade total de um item ou de uma peça, usados
na aeronave ou no equipamento.

OBS. 2: 2ª REGRA A SER LEMBRADA - Quando o número da peça é conhecido e se


desejam outras informações que completam a sua identificação, consultar a Seção III, Relação
Numérica das Peças.

Freqüentemente é necessário usar as Seções II e III para se obter a informação


completa.

Se você, por exemplo, soubesse o número de peça de uma aeronave e desejasse


saber de que conjunto ou instalação ela é componente você teria que utilizar ambas as Seções.
Lembre-se de que informações diferentes são providas em cada Seção, porém, de tal forma
organizadas que possibilitam um perfeito entrosamento entre as Seções.

Todavia, nada impede que essas Seções II e III sejam disponibilizadas


resumidamente.

4.2.5 ESPECIFICAÇÕES MILITARES

O sistema militar americano visando a um perfeito funcionamento dos seus


equipamentos, elabora especificações padronizando as características técnicas e físicas dos
itens usados naqueles equipamentos. Esses documentos são chamados Especificações
Militares.

4.2.5.1 Apresentação

Basicamente, as Especificações Militares de maior interesse são as que


apresentam a seguinte configuração em seu título:
72 MCA 67-1/2007

a) MIL - LETRA - NÚMERO EX: MIL-F-15160F (FUSES: INSTRUMENT,


POWER AND TELEPHONE).
b) MS - NÚMERO EX: MS 90079 (FUSES: STYLE F03).
c) MIL - STD - NÚMERO EX: MIL STD 202E (TEST METHODS FOR
ELETRONIC AND ELETRICAL COMPONENTES PARTS).

Onde as Letras e Números grifados variam de acordo com a especificação.

4.2.5.2 Estudo Sobre a Estruturação das Especificações Militares

A seguir apresentaremos algumas informações acerca da maneira como são


estudadas as Especificações Militares.

4.2.5.2.1 MIL - Letra - Número

As especificações deste tipo podem tratar de itens que variam de peça e


equipamento.

Este nível de especificação militar, agrupa uma determinada gama de itens que
têm características semelhantes entre si, formando uma espécie de família de itens, onde cada
variação na família seria estudada nos níveis mais detalhadores de especificação. Isto é válido
para componentes, conjuntos, unidades, e etc, esta especificação normalmente não desce a
subníveis.

Então, para itens que estão inseridos em uma família, que apresenta uma
variação de conduta bem definida, a Especificação Militar é apresentada até 3 (três) níveis:

a) PRIMEIRO NÍVEL: MIL - LETRA - NÚMERO

Assim temos uma codificação que pode ser dividida em duas partes.

A primeira parte é a palavra MIL, alusão à origem do documento. A segunda


parte, destina-se a classificar o item, em estudo, através de uma relação significativa/não
significativa. A letra identifica a espécie do item e o número é uma codificação arbitrada pelo
Sistema Militar Americano.

Este primeiro nível de especificação tem como objetivo apresentar parâmetros,


normas e definições dentro do alcance, na padronização do item indicado pela letra no título,
dos níveis da especificação.

Portanto neste nível não temos uma relação direta de identificação com um
item determinado. A primeira atualização que uma publicação tem, acrescenta-se a letra A ao
final de sua especificação. A cada nova atualização a letra é trocada seguindo a ordem
alfabética.

Exemplos: MIL-F-15160. O "F" é de fusível e o nº 15160 sem mais nada à frente indica que
esta especificação trata da padronização de um grupo de fusíveis.
MCA 67-1/2007 73

A MIL-F-15160D é mais atualizada que a MIL-F-15160C e esta mais que a


MIL-F-15160.

OBS.: Às vezes essa publicação não apresenta a palavra MIL compondo a primeira parte da
sua designação. Podendo então vir uma letra ou outra palavra. Porém a estrutura de
apresentação é a mesma apresentada acima e, se for o caso da especificação apresentar 3 (três)
níveis, o mesmo ocorre nas descrições abaixo.

Exemplo: Especificação Militar para fusíveis W-F1814.

b) SEGUNDO NÍVEL: MIL-LETRA-Nº/Nº

O segundo nível de especificação define uma publicação que dentro dos


parâmetros fixados pela publicação anterior, padroniza as características de determinado
grupo de itens semelhantes entre si. O segundo número (o que vem após a barra) define as
diferentes publicações que atuam sob os parâmetros da especificação do primeiro nível.

Exemplo: MIL-F-15160/1 é uma publicação que serve um grupo de fusíveis semelhantes


entre si pelo tamanho (ou STYLE) e que tem suas características dentro daquelas elaboradas
pela MIL-F-15160.

MIL-F-1560/2 reúne fusíveis de tamanhos diferentes daqueles especificados


pela MIL-F-15160/1, mas também têm suas características técnicas sob os parâmetros da
MIL-F-15160.

A indicação de atualização da publicação através de letras, é válida neste nível.

MIL-F-15160/2A é uma publicação mais atualizada que a MIL-F-15160/2.

c) TERCEIRO NÍVEL: NÚMERO TIPO

Este número nos dá uma referência única para determinado item que esteja
enquadrado dentro dos parâmetros referenciados na Especificação Militar MIL-LETRA-
Nº/Nº. E sua formação é uma composição de dados físicos e técnicos da peças. Portanto, é
uma codificação significativa.

Exemplo: O Nº Tipo F02A250v1/100A, designa um fusível de tamanho F02, braçadeira Tipo


A, 250 volts e 0,01 de amperagem, que está relacionado na Especificação Militar
MIL-F-15160/2A.

Para os itens que não possuam um "comportamento familiar" bem definido, as


Especificações Militares descem no máximo a um segundo nível, chegando-se logo à
determinação do Número Tipo. Os itens enquadrados neste comportamento nem sempre têm o
Número Tipo com uma codificação significativa.

4.2.5.2.2 MS Número

É uma especificação que descreve aspectos de desenhos e técnicos, de maneira


resumida, da peça em questão. Esse tipo de especificação ainda é muito encontrado, embora
esteja sendo substituído pela especificação do tipo MIL-LETRA-NÚMERO e seus níveis.
74 MCA 67-1/2007

A MS desce a um segundo nível quando, então, apresenta a codificação MS-


NÚMERO-NÚMERO.

Exemplo: A MS90079 e MIL-F-1516013 tratam do mesmo fusível (F03), sendo que a MS já


está em processo de obsolescência.

4.2.5.2.3 MIL-STD-Número

É um "book" que apresenta um determinado assunto de forma bastante extensa.

Exemplo: MIL-STD-202 Métodos de Testes para Itens Elétricos e Eletrônicos.

4.2.6 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAL (FSC)

O Governo Americano desenvolveu e mantém o Sistema de Classificação


Federal de Suprimento, visando estabelecer uma uniformidade na identificação do material
entre as Organizações do governo, e assim facilitar as funções do Administrador de
Suprimento, tais como aplicar nomes, descrição, classificação, codificação, aquisição,
armazenagem, distribuição de itens, etc.

Este Sistema é composto de:


a) General Services Administration, que é o Órgão elaborador da política de
classificação do material;
b) Federal Catalog System (FSC), que consolida e executa essa política por
meio de uma delegação; e
c) Agências Federais Usuárias do FSC (uma das quais é o Centro de Serviços
Logísticos e de Defesa, Órgão do DOD).

O FSC é suficientemente amplo para permitir a classificação de todo e


qualquer tipo de material. Para isto estabeleceu-se uma estrutura de Grupos e Classes.

A classificação Federal de Suprimento estabelece que:


a) itens correlatos são reunidos, inicialmente, em Grupos FSC. Portanto, Grupo
FSC é definido como um agrupamento de itens afins, quer pela sua natureza
física quer pela sua aplicação;
b) cada Grupo FSC é identificado por um símbolo de dois algarismos,
iniciando-se pelo número 10 e prosseguindo-se até o número 99;
c) cada Grupo FSC será dividido em Classes FSC a fim de atender ao princípio
de homogeneidade da classificação Federal. Portanto, Classe FSC é definida
como um agrupamento de itens homogêneos, dentro de um mesmo Grupo
FSC; e
d) cada Classe FSC é identificada por um símbolo de dois algarismos,
colocados em seguida ao símbolo designativo do Grupo FSC e será iniciada
pelo número 01, prosseguindo-se sucessivamente até 99.
MCA 67-1/2007 75

Exemplo: 5920 onde 59 é o Grupo que trata de componentes de equipamentos elétricos e


eletrônicos. 5920 é a Classe que trata de fusíveis. Cada Classe procura cobrir itens que
mereçam uma característica de homogeneização de acordo com o seguinte:

GRUPO 10 - ARMAMENTO

CLASSES

1005 - Armas de Calibre até 30 mm.


1045 - Lançadores de Torpedos e Bombas de Profundidade.
1080 - Equipamento de Camuflagem e Dissimulação.

GRUPO 53 - FERRAGENS E ABRASIVOS

CLASSES

5305 - Parafusos sem Porcas.


5310 - Porcas e Arruelas.
5320 - Rebites.

GRUPO 67 - EQUIPAMENTOS FOTOGRÁFICOS

CLASSES

6720 - Câmaras Fotográficas.


6770 - Filmes Revelados.
6780 - Jogos e Conjuntos Fotográficos.

Convém notar que as classes dentro do grupo não apresentam uma seqüência
contínua, apresentando espaços entre uma e outra. Isto foi uma maneira que o FSC encontrou
para permitir uma absorção dos itens produzidos pela inovação tecnológica, troca de classes
motivadas pela revisão de uma característica do item etc.

4.2.6.1 Publicações Básicas do FSC

As publicações básicas do Sistema de Classificação de Material são:


a) H2-1 Apresentação e Descrição dos Grupos e Classes; e
b) H2-2 Índice Numérico de Classes.

4.2.6.2 Publicação Básica de Classificação do Comando da Aeronáutica

A TMA 67-1 Tabela de Classificação de Material - É uma publicação do


Comando da Aeronáutica que contém todas as classes de material, para ser utilizada quando
da necessidade de se classificar qualquer material. É elaborada pelo Estado-Maior das Forças
Armadas e aloca o material nas respectivas organizações provedoras.

4.2.6.3 National Stock Number (NSN)

O National Stock Number é um número composto de 13 dígitos. Os primeiros


4 dígitos representam o grupo/classe (FSC), o 5º e 6º dígitos, representam o Código NATO. o
Código NATO mais os sete últimos dígitos representam o NIIN. Os sete dígitos finais são
76 MCA 67-1/2007

números internos de identificação não significativos. Os itens classificados anteriormente a


30/09/74, tem como código NATO, 00. Os NSN, designados depois de 30/09/74, têm o
código NATO 01, para os itens produzidos por americanos e canadenses. O código NATO é
específico do País, que designou o NSN para o item e seu fabricante.

Após 30/09/74, o NSN passou a ser de uso obrigatório.

O 5º e 6º dígitos são conhecidos como índice de procedência de catalogação


(IPC), isto é, indicam qual o país que primeiro catalogou o item.

Exemplo: NSN = 5310-00-208-2661


GRUPO = 53
CLASSE = 5310
CÓDIGO NATO (IPC) = 00
NIIN = 00-208-2661

Segue abaixo uma relação dos índices de procedência de catalogação, bem


como os países, membros da NATO, por eles simbolizados.

00 - Estados Unidos antes de 30 de setembro de 1974.


01 - Estados Unidos depois de 30 de setembro de 1974.
12 - Alemanha Ocidental
13 - Bélgica
14 - França
15 - Itália
17 - Holanda
18 - África do Sul
19 - Brasil
21 - Canadá
22 - Dinamarca
23 - Grécia
24 - Irlanda
25 - Noruega
26 - Portugal
27 - Turquia
28 - Luxemburgo
29 - Argentina
30 - Japão
31 - Israel
32 - Singapura
33 - Espanha
34 - Malásia
35 - Tailândia
36 - Egito
37 - Coréia do Sul
65 - Austrália
70 - Arábia Saudita
98 - Nova Zelândia
99 - Inglaterra (“United Kingdom”- Reino Unido)
MCA 67-1/2007 77

4.2.6.4 Classificação Federal Para Fabricante - Federal Supply Code For Manufacturers
(MFSC)

O Sistema de Catalogação Federal, mantém também, uma Classificação


Federal, em códigos de cinco caracteres alfanuméricos, para fabricantes originais ou
fornecedores das necessidades do governo.

4.2.6.5 CODEMP/NCAGE e Manutenção do 19H-4

4.2.6.5.1 Catálogo 19H-4 E CODEMP / NCAGE

Com a adesão do Brasil ao Sistema OTAN de Catalogação (SOC), tornou-se


necessária a preparação de um catálogo, identificado como 19H-4, que registre as empresas
privadas e órgãos públicos que fabriquem ou detenham especificação técnica de materiais
utilizados pelos usuários do SISMICAT. Essas empresas serão codificadas conforme prevê o
SOC e as respectivas informações cadastrais sofrerão atualizações de acordo com o Manual
do SISMICAT.

Preferencialmente as empresas são inseridas na base, por um Código de


Empresa - CODEMP, desde que possuam itens utilizados pelas Forças. Nos trâmites
internacionais o a designação utilizada é o NATO Commercial and Government Entity Code -
NCAGE.

4.2.6.5.2 Utilização do 19H-4

O 19H-4 será utilizado por ocasião da catalogação de itens de fabricação


nacional, onde juntamente com os dados de identificação do material constará,
obrigatoriamente, o código do respectivo fabricante, doravante denominado de Código de
Empresa (CODEMP).

4.2.6.5.3 Apresentação do 19H-4

O Catálogo 19H-4 conterá informações sobre os seguintes tipos de entidades:

CÓDIGO DESCRIÇÃO

1. Organizações fabris que sejam fontes de obtenção de itens de suprimento;


2. Organizações comerciais e governamentais que controlem o projeto dos itens, mas que
não necessariamente os produzam ou vendam diretamente;
3. Organizações fabris que produzam componentes de equipamentos de produção industrial,
que venham publicados nos manuais dos respectivos equipamentos;
4. Distribuidores que sejam as únicas fontes de suprimento no Brasil para itens produzidos
por fabricantes localizados no país ou no exterior;
5. Fabricantes que forneçam materiais para incorporação em produtos de outros fabricantes,
os quais providenciam os desenhos desses produtos;
6. Organizações nacionais, militares ou não, associadas ao desenvolvimento de
normas/especificações ou documentos normativos relacionados à padronização de itens;
7. Organização prestadora de serviço;
78 MCA 67-1/2007

8. Organização não fabril que seja vendedora ou distribuidora de material não enquadrada
nos códigos 2, 4 ou 6;
9. Departamentos ou unidades do MD; e
10. Organizações nacionais associadas ao desenvolvimento de normas/especificações ou
documentos normativos relacionados à padronização de itens do segmento militar.

4.2.6.5.4 Estruturas de CODEMP e NCAGE

O CODEMP é composto de 5 (cinco) dígitos: prefixo numérico, 3 (três) dígitos


alfanuméricos, mais o sufixo K. Essa estrutura de código é definida pela NATO Maintenance
and Supply Agency (NAMSA), inclusive a atribuição da citada letra ao Brasil.

O NCAGE é atribuído aos outros países filiados ao SOC, sendo atribuído a


cada país uma estrutura distinta, como veremos a seguir:

a) Constituição da estrutura de CODEMP - Brasil:

NXXXK
K - letra atribuída ao Brasil pela
NAMSA

X - alfanumérico

N - numérico

b) Constituição da estrutura de NCAGE

b.1 ) EUA

É formado por 03 (três) caracteres alfanuméricos prefixados e sufixados por


um caracter numérico.

b.2 ) Outras Nações

A constituição padrão definida pela NAMSA para outras nações apresenta três
metodologias:
b.2.1 03 (três) caracteres alfanuméricos prefixados por um caracter alfabético
significativo (distinto para cada nação) e sufixado por um caracter
numérico;
b.2.2 03 (três) caracteres alfanuméricos prefixados por um caracter numérico e
sufixado por um alfabético significativo distinto para cada nação;
b.2.3 03 (três) caracteres alfanuméricos prefixados e sufixados por um caracter
alfabético distinto para cada nação.
b.2.4 Por definição do SOC o caracter "I" tem seu uso restrito a NAMSA e o
caracter “O” não pode ser utilizado para a formação de NCAGE.
MCA 67-1/2007 79

Exemplo da estrutura de NCAGE

PAÍS CÓDIGO NCAGE ITEM


CANADÁ # *** # 2C085 b.3
CANADÁ L *** # L0026 b.3
EUA # *** # 02732 b.1
EUA # *** # 8V613 b.1
EUA # *** # 29685 b.1
REINO UNIDO @***# K0991 b.2.1
ITÁLIA @ *** # A0001 b.2.1
CROÁCIA @ *** @ A002B b.2.3
NAMSA - Fabricantes de países não-NATO @ *** # S3095
NAMSA - Organizações NATO, Internacionais ou @ *** # I *** # b.2.4
NAMSA Agência

Legenda:
@ - caracter alfabético.
# - caracter numérico.
* - caracter alfanumérico.

b.3) EXCEÇÃO:

O NCAGE do CANADÁ é constituído por 03 (três) caracteres alfanuméricos


prefixados e sufixados por um caracter numérico. Contudo estes códigos estão sendo
progressivamente substituídos pela estrutura padrão da NAMSA, em virtude de conflitar com
o utilizado pelo EUA, tendo sido atribuído a este país o caracter alfabético "L" como prefixo,
ficando então a sua composição da seguinte forma: #***# ou L***#.

4.2.7 PUBLICAÇÕES DE SUPRIMENTO TÉCNICO

4.2.7.1 Catálogo de Estoque

Uma vez que existe um catálogo de peças para cada equipamento,


desavisadamente poder-se-ia dizer, que utilizar outras publicações e dar aos itens outros dados
de identificação diferentes dos existentes nos catálogos, não passa de uma maneira de
complicar as coisas que se apresentam tão simples. Não se pode negar que de certa forma,
isto não deixa de ser uma verdade; inevitavelmente porém, não existe um meio de evitar essa
complicação. Considerável número de itens, como tintas, produtos químicos, madeiras,
determinadas ferragens, matérias primas e muitos outros, não são encontrados nos catálogos
de peças, ficando esses materiais, sem os meios de identificação, caso não existissem os
Catálogos de Estoque. Mas tanto esses itens, como todos os outros referidos nos catálogos de
peças, são condicionados a controles diversos que exigem uma fonte de informações
referentes à padronização, permutabilidade, preço, armazenagem, preservação, fornecimento,
condições de reparo, obtenção, etc, que somente em publicações especialmente preparadas
para esses fins, podem ser encontradas. Vemos não haver outra forma, pela qual possa ser
eliminado esse encadeamento de publicações que compõem o Sistema de Suprimento, cujo
principal objetivo é simplificar e oferecer os meios que tornam possível a execução de uma
grande parte das atribuições do Suprimento.
80 MCA 67-1/2007

4.2.7.1.1 Composição dos Catálogos de Estoque

Os catálogos de estoque das NORMAS MIL são compostos de vários volumes,


organizados de acordo com as classes de material, isto é cada classe tem o seu catálogo de
estoque. As informações encontradas nos catálogos de estoque variam de acordo com a
natureza dos itens.

4.2.7.1.2 USAF Federal Supply Catalog (Catálogo Federal de Estoque da USAF)

Estes catálogos são, na realidade, publicações preparadas para uso exclusivo da


Força Aérea. Essas publicações contém todos os itens usados pela Força Aérea,
independentemente do método de Administração ou da Fonte de Suprimento.

Um catálogo federal de estoque completo da Força Aérea consiste, na verdade,


em duas publicações: "The USAF - Management Data List (ML-AF)" - Lista de Dados de
Administração e "The USAF Identification List (IL-AF)" - Lista de Identificação.

4.2.7.1.3 Número da Publicação

O número de catálogo que aparece no canto superior direito da página capa de


cada ML-AF e IL-AF tem o seguinte significado:
a) o primeiro segmento do número de catálogo é sempre a letra "C",
significando que a publicação é um Catálogo de Estoque Federal.
b) o segundo segmento do número de catálogo consiste, normalmente, de um
número de quatro dígitos representando o GRUPO ou CLASSE FEDERAL
coberta pela publicação.
Quando se trata de GRUPO, são colocados dois zeros para completar os
quatro dígitos.
Ex: C5305 - indica um catálogo federal de estoque para a classe 5305.
C9500 - indica um catálogo federal de estoque para o grupo 95.
c) o terceiro segmento do número de catálogo consiste de duas letras, para
indicar o tipo de publicação:

ML - Manegement Data List - C5305-ML C9500-ML


IL - Identification List - C5305-IL C9500-IL

Para catálogos específicos (de cada Força Singular) o terceiro segmento é


seguido por um código sufixo (A, N, MC, AF) que indica o serviço para o qual a publicação
foi preparada:

A - ARMY - Exército
N - NAVY - Marinha
MC - Marines Corps - Fuzileiros Navais
AF - AIR FORCE - Força Aérea

Ex: C5305 - ML-AF


C5305 - IL-AF
C9500 - ML-AF
C9500 - IL-AF
MCA 67-1/2007 81

NOTA: Quando o Catálogo Federal de Estoque for publicado somente com itens de um único
código de administração de material - (MMC - Material Management Code) a designação do
Serviço (Letras AF) é seguida pelo Código MMC de duas posições aplicáveis mostrado entre
parênteses.

Ex: C1560-ML-AF (XJ)


C1560-IL-AF (XJ)

XJ - significa que estas listas contêm componentes de estrutura (célula) da Aeronave Northrop
F-5.

O quarto segmento é composto das letras CB ou CN, para indicar um Boletim


de Modificação (Change Bulletin) ou uma notícia de troca, modificação (Change Notice).

Ex: C5305-IL-AF-CB1 - indica Boletim de Modificação nº 1, aplicável ao C5305-IL-AF.

4.2.7.2 Índice de Catálogos

As publicações do Sistema Federal de Catálogos constituem uma série de


volumes, os quais são listados no Volume C1, FEDERAL SUPPLY CATALOG INDEX OF
FEDERAL CATALOG SYSTEM PUBLICATIONS, que é uma introdução aos catálogos
federais de suprimento e publicações relacionadas C1.

Este volume contém uma listagem das publicações do Sistema Federal de


Catálogos e fornece informações gerais sobre cada publicação e os métodos pelos quais
cópias podem ser obtidas.

Essas publicações são descritivas, administrativas e de referências.

As informações contidas nessas publicações são primordialmente regras


básicas, procedimentos e auxílios para a identificação e gerenciamento de itens de suprimento
usados pelo governo dos EUA. As publicações não são catálogos ou listas de estoque, nem
contém dados descritivos relacionados aos itens identificados. (Exceto MCRL e IL).

O Federal Supply Catalog Index of Federal Catalog System Publications, C1, é


dividido em Parte I, Parte II e Apêndices.

4.2.7.2.1 Introdução

Esta parte trata da sistemática de requisição ou compra das publicações; da


regulamentação aplicável a cada organização governamental ou não, ainda pelos governos
estrangeiros através do FMS e ainda das fontes de suprimento para cada caso.

Trata também dos meios em que estão disponíveis as publicações, tais como,
papel, fita magnética ou microficha e sobre comentários, dúvidas e sugestões pertinentes às
publicações e os órgãos responsáveis pelo seu processamento.

Para a definição dos meios disponíveis, consultar a legenda de asterisco do


Apêndice A.
82 MCA 67-1/2007

Apresenta ainda considerações sobre os cuidados e a estocagem de microfichas


e do equipamento de leitura.

4.2.7.2.2 Listagem das Publicações Disponíveis

Esta parte apresenta a listagem das publicações disponíveis:


a) DO PROVISIONING AND OTHER PREPROCUREMENT SCREENING
MANUAL (DOD 4100.39-M) - Este Manual provê os procedimentos a
serem usados pelo governo e indústria para pesquisa nos arquivos do
Defense Logistics Information System (DLSI),) através da entrada dos
National Stock Number (NSN) e/ou códigos de fabricantes e número de
referência para determinar a existência de números de estoque de itens e
obter dados associados;
b) DEFENSE LOGISTICS INFORMATION SYSTEM (DLIS) (FORMELY)
INTEGRATED DATA SYSTEM (DIDS) PROCEDURES MANUAL
(DOD 4100.39-M) - Este manual consiste de 16 volumes e provê os
procedimentos operacionais para processamento de transação em apoio ao
Federal Catalog System:
- Vol 1 - Informações gerais e administrativas;
- Vol 2 - Procedimentos de aplicações múltiplas;
- Vol 3 - Desenvolvimento e manutenção de Terminologia para Dados
Logísticos dos Itens;
- Vol 4 - Identificação do Item;
- Vol 5 - Banco de Dados;
- Vol 6 - Gerenciamento de Suprimento
- Vol 7 - Estabelecimento e Manutenção de Códigos e endereço de
fabricantes;
- Vol 8 - Código Identificador de Documento (DIC) - (comprimento fixo);
- Vol 9 - Código Identificador de Documento (DIC) - (comprimento fixo);
- Vol 10 - Referências, instruções, tabelas e grades de aplicação múltiplas;
- Vol 11 - Critério para a edição/validação;
- Vol 12 - Dicionário Elementar e Glossário de Termos Sinônimos;
- Vol 13 - Tabelas de Normas para decisões do gerenciamento de Material;
- Vol 14 - Relatórios e Estatística;
- Vol 15 – Publicações; e
- Vol 16 - Sistema de Terminal Remoto.
c) FEDERAL CATALOG SYSTEM POLICY MANUAL (DOD 4130.2-M) -
Este manual contém normas operacionais, instruções e planos de ação para
manutenção de um Sistema Federal de Catálogos uniforme. Consiste de um
manual com nove seções e seis apêndices:
- Seção 1 - Sistema Federal de Catálogo;
- Seção 2 - Identificação de Item;
- Seção 3 - Classificação Federal de Suprimento;
- Seção 4 - Instruções Gerais e princípios de Operação do Sistema Federal
de Catálogos;
- Seção 5 - Responsabilidade no gerenciamento Integral do material;
- Seção 6 - Publicações de catálogo Federal de Suprimento;
- Seção 7 - Dados Administrativos para catalogação;
- Seção 9 - Registro de dados e distribuição do Catálogo Federal;
MCA 67-1/2007 83

- Apêndice A - Federal Supply Classes (FSC) Assigned to Commodity


Integrated Material Managers (CIMM);
- Apêndice B - Weapon System Oriented Supply Classes (FSC) Assigned to
Weapon Integrated Material Managers (WIMM);
- Apêndice C - NATO Standardization Agreement (STANAG) 31551
Codification of Equipament - Uniform System of Supply Classification;
- Apêndice D - NATO Standardization Agreement (STANAG) 3151
Codification of Equipament - Uniform System of Item Identification;
- Apêndice E - NATO Standardization Agreement (STANAG) 4199;
d) MASTER REQUIRIMENTS DIRECTORY (DLAH 4140.3) - Este
catálogo, MRD, contém os dados e informações necessárias usadas para a
publicação dos FIIG. O conteúdo do MRD é usado como base para a
preparação do FIIG e para promover a padronização das informações;
e) MASTER CROSS REFERENCE LIST (MCRL) - A Lista de Referência
Cruzada Master Cross Reference List (MCRL) é uma listagem de todos os
registros de PN dos fabricantes classificados como itens de não segurança,
no Sistema Federal de Catálogos (isto é, PN de itens de suprimento
comprados por Agências Civis e por órgãos militares do governo federal) e
o aplicável NSN de cada um;
- MCRL-1 - Número de Peça do Fabricante para Número de Estoque
Nacional (NSN). É uma listagem em seqüência alfanumérica de PN do
fabricante com seus respectivos NSN. A MCRL-1 é usada para determinar
o NSN correspondente ao particular número de parte ou número de
referência do fabricante, quando somente um número de parte está
disponível;
- MCRL-2 - NSN para número de parte do fabricante. É uma listagem em
seqüência numérica referente aos aplicáveis PN do fabricante. A MCRL-2
é usada para determinar o (s) fabricante(s) e/ou número de parte referência
aplicável a um particular NSN quando somente o NSN está disponível;
- MCRL-3 - Seqüência de código de fabricante. A MCRL-3 provê os meios
para determinar os números de referência e números de estoque aplicável a
um código de fabricante individual;
f) DLA - FEDERAL SUPPLY CATALOG FOR CIVIL AGENCIES (CAC) -
O CAC é limitado às Agências Civis selecionadas, usuárias de itens em 179
FSC administrados pelos Defense Supply Centers. Esta publicação é
consolidada para conter todos os itens que tenham no mínimo uma agência
registrada como usuária (exceto os itens da NASA, Guarda Costeira ou
FAA os quais são excluídos do CAC) nos registros do DLSC. O CAC é
usado por agências civis para assistir aos seus processos de requisição de
material junto ao Centros de Suprimento de Defesa (DSC).

4.2.7.3 Management Data List (ML) - Lista de Dados para Administração

Esta publicação contém dados administrativos de suprimento para apoiar os


requisitantes na aquisição e contabilidade dos itens de suprimento. A ML é uma listagem
cumulativa de National Item Identification Number (NIIN). Projetada como uma ferramenta
de pesquisa, ela proporciona meios padronizados de divulgação de dados administrativos
relevantes para organizações do governo federal. A ML consiste de uma versão consolidada
(ML-C) e versões especiais para o Marine Corps (ML-MC) e para a Navy (ML-N). A ML
84 MCA 67-1/2007

consolidada contém todos os dados e informações administrativas para todos os


órgãos/agências (Ex.: Army, Air Force, GSA).

4.2.7.3.1 Elementos e Definições

Os dados publicados na ML apresentam-se na seguinte ordem:


a) ACT: Publications Action Code - Código de Ação nesta Publicação.
Consiste em um caráter alfabético que identifica o tipo da ação. Se Branco
(O) não houve alterações para o NSN;

São os seguintes:
- A - ADD (adicionado itens novos),
- C - CHANGE (mudado).

OBS.: Quando aparecer o "C", haverá um asterisco (*) logo após o elemento modificado nesta
edição.

Contudo, se houver uma mudança de FSC e/ou DML (Demil Code) somente
será indicado por um asterisco, e não haverá a marcação com o "C" nesta coluna, a menos,
que outros elementos tenham sido modificados.

-D - DELETION (Superado)
-R - REACTIVATION

b) NSN: National Stock Number;


c) S/A: Service/Agency - Código de 02 (dois) caracteres alfabéticos
identificando a Organização que registrou os dados no FSS;

Ex.: Algumas Organizações


DA: ARMY DF: USAF
DN: NAVY DM: MARINE CORPS
DS: DEFENSE LOGISTIC GP: COAST GUARD

d) SOS: Source of Supply - Fonte de Suprimento. Código de 03 (três)


caracteres alfanuméricos que identifica uma Organização responsável pela
requisição, distribuição e processamento de um suprimento específico.
Detalhes poderão ser consultados no C1 volume 2, Apêndice A;
e) AAC: Acquisiton Advice Code - Código formado por um caractere
alfabético que indicará como e sob quais restrições um item será adquirido.
Para detalhes veja C1-V2 Apêndice "B";
f) QUP: Quantity Unit Pack Code - Código de Quantidade por Embalagem.
Um caractere alfanumérico que indicará o número de itens a ser fornecido
em uma embalagem;
g) UI: Unit of Issue - Unidade de Distribuição. Código constituído de 02 (dois)
caracteres alfabéticos que indicará a medida ou quantidade do item a ser
adquirido. Detalhes ver C1, V2, apêndice "D";
MCA 67-1/2007 85

h) Unit Price - Preço Unitário. O custo de um item, de acordo com a


quantidade mostrada na Unidade de Distribuição, em US dólares;

OBS.: Se aparecer na primeira posição deste campo o Código "E", indicará que o preço
Unitário é "Estimado" na moeda americana.
i) SLC: Shelf Life Code - Código de "Tempo Limite de Estocagem" - TLE.
Um caractere alfanumérico que mostrará o tempo que o item permanecerá
sem perder suas características de uso e o tempo, que após vistoria, poderá
ser somado ao "TLE". Detalhes ver C1, V2 - Apêndice "E";
j) SEC: Controlled Inventory Item Code - Código de Item com Inventário
Controlado;

OBS.: Antigamente era chamado de PHISICAL SECURITY/ARMY, AMMUNITION AND


EXPLOSIVES SECURITY RISK/PILFERAGE CODES (SEC). (Pilferage: Gatunice/roubo).
Um código alfanumérico indicando o grau de classificação de segurança na estocagem e
transporte contra roubo. Detalhes ver C1, V2 - Apêndice "F";

k) RC: Reparability Code - Um código alfabético que indicará o tipo, nível e o


grau de recuperação de um item. NOTA: Cada Administrador tem a sua
codificação para este campo. Detalhes Ver C1, V2 - Apêndice "G";
l) MGMT CONTROL - Management Control - Controle de Administrador. Um
código de agrupamentos das informações do administrador ou Agências,
(USAF, ARMY, NAVY, CORPO SINALEIROS) para constituir controles
essenciais as suas atividades. O MGMT CONTROL é formado por 7 colunas,
numerados de 1 a 7 onde nem sempre serão utilizados. Para os campos não
utilizados serão colocados traços (-) para evitar confusão entre posições
parcialmente ocupadas;

NOTA: Observar campos 4 e 5 (USAF) para requisição no FMS. Detalhes ver C1, Vol 2,
Apêndice "H".

m) PM1: Precious Metals Indicator Codes - Códigos Indicadores de Metais


Preciosos. Um caráter alfabético indicando itens que tenham em sua
constituição, partes feitas de metais preciosos. São considerados Metais
Preciosos o Ouro, a Prata, a Platina e sua Família. Detalhes ver C1, V2 -
Apêndice "I";
n) ADPE Identification Codes - Códigos que identificam Equipamentos de
Processamento de Dados Automáticos - Computadores. É formado por um
caractere numérico que indica ser um item de Equipamento de
Processamento de Dados Automática (ADPE) ou contendo um ADPE
mesmo que não tenha sido incluído na FSC. Detalhes ver C1, V2 - Apêndice
"J";
o) DML Demilitarization Code - Código de Desmilitarização. Formado por um
caráter alfanumérico indicando os itens que necessitam ser desmilitarizados
ou não, e a forma necessária de fazê-lo (remoção/mutilação);
p) Item Name - Nomenclatura. Nome básico do item com 19 posições,
pequena descrição;
86 MCA 67-1/2007

q) PC: Phrase Codes - Códigos das Frases. É um código alfanumérico que


assinala uma série de frases em que se quer evidenciar uma mudança e/ou
relacionamento entre o NSN e os dados da Informação listadas no campo
"PHRASE STATEMENT ou UNIT ISSUE/CONVERTION FACTOR".
Detalhes ver C1, V2 - Apêndice "L"; e
r) Phrases Statement or Unit Issue Cony. Factor - Frases declaratórias,
unidades de distribuição/Fator de Conversão: são importantes informações
fornecidas pelo Administrador que devem ser analisadas com o "PC".

4.2.7.4 Lista de Identificação

As IL são publicações que fornecem os dados descritivos do Material; nelas


encontramos o nome básico/modificador; modificador; características físicas, mecânicas,
elétricas e/ou referências; desenhos e especificações.

Através dessas informações podemos comparar, obter informações da


constituição física, nome do fabricante, "PN" e desenhos técnicos de alguns itens.

Nós podemos acessar as informações conhecendo-se em primeiro lugar a FSC,


pois a IL é feita para cada CLASSE DE MATERIAIS.

Dentro da classe escolhida, chegaremos aos dados requeridos através de três


índices:

4.2.7.4.1 NSN INDEX (Índice de NSN)

Conhecido o NSN, consultaremos o índice para obtermos o Nº da ficha, o


Nº do quadro e o Nº do item.

4.2.7.4.2 ITEM NAME INDEX (Índice Nominativo)

Se conhecermos apenas o nome básico do item poderemos chegar à FSC, Ficha


e ao Quadro.

4.2.7.4.3 DESCRIPTIVE METHOD (Método Descritivo)

Se soubermos somente os Dados, medidas ou informações técnicas, poderemos


obter FSC, NIIN e PN pela consulta deste Método.

4.2.7.4.4 Elementos e Definições

Os dados publicados na IL apresentam-se na seguinte ordem:


a) ACT - Action Code (Código de Ação);
b) IN - Item Number (Número de Item) - Dentro do quadro é numerado cada
NIIN; os números são independentes e obedecem a uma seqüência crescente
dentro de cada quadro; e
c) NSN - National Stock Number (Número de Estoque Nacional)- Descriptive
Data (Dados de Descrição).
MCA 67-1/2007 87

Os dados são apresentados através de uma narrativa ou resumo que forneça a


maior quantidade possível de informações de um grupo de itens semelhantes inclusive
desenho, caso seja necessário, para individualizar um item.

Nem todas as características são narradas. Escolhe-se "somente" aquelas que


forneçam constituições primárias necessárias à identificação do material.

OBS.: As descrições individuais são apresentadas em seqüências alfanuméricas. Quando os


itens são arranjados por Compatibilidade ou mesma UTILIDADE, porém, não configura uma
compatibilidade na seqüência mostrada será colocada uma frase de advertência.

4.2.7.5 Catálogo de Suprimento (“FEDERAL SUPPLY CATALOGS – FSC”)

São publicações oficiais do Governo Americano que têm por finalidade,


estabelecer a identificação final e oficial do item.

4.2.7.5.1 Sistema de Catálogos Federais de Suprimento e Publicações Correlatas

É integrado pelos seguintes grupos de Publicações:


a) Informativas Especiais (Índice de Catálogos de Estoque e Publicações
Correlatas - C1 - Volumes);
b) Manuais de Catalogação (H2-1, H2-2, H3, H4-1, H4-2, H4-3, H6);
c) Referência Cruzada (MCRL-1, MCRL-2 e MCRL-3);
d) Catálogo Federal de Suprimento (Lista de Dados Consolidados ML-C e
Lista de Identificação IL); e
e) Listas de Estoque de Permutáveis e Substitutos (SL-ISG).

4.2.7.5.2 C1 - Índice de Catálogos de Estoques de Suprimento da USAF e do DOD

É o índice numérico das publicações de suprimento. Da mesma forma que no


sistema de Ordens Técnicas, quando desejamos procurar ou localizar uma publicação,
utilizamos os índices numéricos para obtermos o número de publicação desejada.

Por intermédio do índice C1, pode-se organizar, inspecionar, verificar a


atualização, controlar e localizar as publicações nos arquivos.

O índice C1 além de listar as publicações "ML" e "IL", lista também as


publicações da série (H2-1, H2-2, H3, etc.) e as listas de referência cruzada (MRCL-1 e
MRCL-2).

4.2.7.5.3 H2-1 - Índice Numérico das Classes

Esta publicação apresenta os nomes dos itens incluídos dentro de cada classe,
listados alfabeticamente, sob o nº da classe e o título. As classes são mostradas em grupo, na
ordem numérica do sistema de códigos numérico do FSC.
88 MCA 67-1/2007

4.2.7.5.4 H2-2 - Índice Alfabético

Disposto em duas colunas. A coluna da esquerda contém todos os nomes de


itens que aparecem no H2-2, dispostos em ordem alfabética. Na coluna ao lado aparece o nº
do código do FSC.

4.2.7.5.5 H4-1 - Lista de Entidade Comercial e Governamental em Seqüência de Nome


(CAGE)

Lista as entidades comerciais e governamentais em seqüência alfabética. É


publicado em edição bimensal. O H4-1 assinala o CAGE somente para as entidades
comerciais e governamentais dos Estados Unidos e Canadá.

4.2.7.5.6 H4-2 - Lista de Entidade Comercial e Governamental em Seqüência de Código


CAGE

Lista em seqüência numérica o código (CAGE).

4.2.7.5.7 H4-3 - Lista de Entidade Comercial e Governamental em Seqüência de Nome p/


Código CAGE e de Código CAGE p/ Nome para os demais países.

Lista apenas as entidades comerciais em seqüência de nome para código e


código para nome de todos os outros países, excluindo USA e Canadá.

4.2.7.5.8 H6 - Orientador para Consultas nas Publicações, através do Nome do Item

Neste catálogo aparecem:


a) o nome coloquial: é o nome vulgar do item.
b) o nome oficial: é o nome pelo qual o item é identificado oficialmente pelo
sistema federal.
c) o nome básico: é um nome que contém conceitos básicos para explicar um
nome oficial.

4.2.7.5.9 MRCL-1 - Referência Cruzada de PN para NSN

A parte I do MRCL-1 fornece um NSN para cada PN. Os dados estão


publicados em ordem de PN.

4.2.7.5.10 MCRL-2 - Referência Cruzada de NSN PARA PN

A parte II do MRCL apresenta um P/N ou mais de um P/N ligado ao NSN, a


coluna base para pesquisa é o NSN, que está em seqüência.

4.2.7.5.11 SL-ISG - Lista de Permutabilidade

Fornece a relação de permutabilidade e substituições de itens, devendo ser


usada para se determinar qual item deve ser fornecido em lugar do requisitado, quando este
não se encontra disponível em estoque.
MCA 67-1/2007 89

4.2.7.6 Catálogo de Suprimento Informatizado(Figura 6)

Atualmente, os catálogos de suprimento são apresentados sob a forma de


“Compact Disc” (CD)e compreendem:

4.2.7.6.1 Federal Logistics Data (FED LOG)

É composto de um jogo de CD que possibilita


pesquisas usando o “part number” completo ou parcial, NSN
ou NIIN, nome do item, código CAGE, nome do fornecedor,
etc. Os dados são mostrados nos seguintes grupos: número de
referência, dados de administração, incluindo alternado e
superador (“interchangeability and substitutability”- I&S,
CAGE/fornecedor, características do item etc.).

Figura 6
4.2.7.6.2 FED LOG Characteristics Search

Deve ser usado de modo interativo com o FED LOG. Permite ao usuário
pesquisar NSNs a partir de características técnicas previamente definidas.

4.2.7.6.3 FED LOG NIIN Drawings

Permite obter os desenhos relativos a um NSN. Usado juntamente com o citado


no item anterior, substituem as antigas “identification lists”(IL).

4.2.7.6.4 H-Series (Figura 7)

As publicações da série H estão contidas em


um conjunto de CD que incorpora:
a) H2 – Catálogo de Grupos e Classes
(“Federal Supply Group and Class”);
b) H3 – Lista de códigos de munição;
c) H4/H8 – dados de fabricantes e
fornecedores;
d) H5 – informações sobre empresas e suas
afiliadas;
e) H6 – dicionário de nomes e itens. Figura 7

4.2.7.6.5 Master Cross Reference Data (MCRD)

As listas de referência cruzada de dados permitem a obtenção de informações


pertinentes a determinado item a partir de um dado conhecido. Compostas por um conjunto de
CD essas listas contém dados sobre CAGE, P/N e NSN.
90 MCA 67-1/2007

4.2.7.6.6 NATO MCRL (NMCR) (Figura 8)

Contidas em um DVD possuem NSN, P/N,


CAGE/NATO CAGES, Nome de itens, fabricantes (nomes e
endereços) de todos os países pertencentes à OTAN, incluindo
os Estados Unidos.
Figura 8

4.2.7.6.7 Management Data (MD) and Interchangeability and Standardization (I&S) - Dados
Administrativos e intercambiabilidade e padronização (Figura 9).

Apresentadas em CD contém dados administrativos


para auxiliar os requisitantes na aquisição e controle de gastos de
itens de suprimento, referenciados por NSN.

As informações contidas nesta publicação fornecem


os subsídios necessários para aquisição de suprimento no governo
dos Estados Unidos, através do programa “Foreing Military Sales”
(FMS).
Figura 9

4.2.8 TÉCNICA DE IDENTIFICAÇÃO

4.2.8.1 Números de Referência

Os itens de suprimento, de um modo geral, são indicados por um número de


referência (Reference Number).

REFERENCE NUMBERS

Part Number
Model Number
Type Number
MS Drawing Number
Drawing Number
Aerno Number
Military Specifications Number

4.2.8.1.1 PART NUMBER (Nº de Peça)

É o número de batismo do item, dado pelo seu fabricante; é o único número de


referência que só pode ser atribuído a um item pelo seu fabricante. Por isso, é chamado
também de número de fabricante; é o número de origem do item.

Os demais números de referência podem ou não ser atribuídos pelo fabricante


do item; esta é a grande diferença entre o Part Number e eles.
MCA 67-1/2007 91

4.2.8.1.2 MS DRAWING NUMBER (Nº De Desenho)

Padrão militar - é um número que indica o desenho e algumas características


do item, possibilitando, assim, sua fabricação por todo e qualquer fabricante que tenha
interesse em fabricá-lo. Por isso, encontramos, algumas vezes, um número MS que
corresponde a vários números de fabricante (PART NUMBER).

4.2.8.1.3 AERNO NUMBER (Nº AERNO)

É um número de controle do governo americano que reúne itens afins (mesmas


características), fabricados por diferentes fabricantes, consta de publicação confidencial
(USA).

4.2.8.2 Seqüência dos Números de Peças

Com o fim de facilitar a procura, os números de peças são ordenados


obedecendo a seguinte seqüência:
a) Espaço;
b) Traço (-);
c) Letras de A a Z (excluindo a letra "O" que é considerada como algarismo
zero); e
d) Algarismos de 0 a 9.

Segundo a ordem acima, um número maior poderá preceder um número menor,


ou seja:

17
2
2489678
3542

Cada elemento (algarismo, letra, espaço e traço) de um número de peça, ocupa


uma posição, sendo cada posição lida por vez, da esquerda para direita. Exemplo, o número
da peça, AV 5-3.

1ª posição - letra "A"


2ª posição - letra "V"
3ª posição - espaço em branco
4ª posição - algarismo 5
5ª posição - traço
6ª posição - algarismo "3"

A primeira posição conterá, somente, letra ou algarismo. As demais posições


poderão conter letras, algarismos, espaços e traços. Os números de peças que começam por
letras são dispostos em ordem alfabética, de "A" a "Z". Os números de peças que começam
por algarismos, são dispostos em ordem numérica de "0" a "9", veja tabela 1.
92 MCA 67-1/2007

NÚMERO DE PEÇAS FORA DA NÚMERO DE PEÇAS DENTRO DA


SEQUÊNCIA SEQUÊNCIA CORRETA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

9 8 7 4 6 A N 9 3 1 - 4 - 1 6
W 1 1 9 4 B A 2 4 6 0
9 A 2 4 6 0 K
1 - 2 M R S B H 1 0
D C O - 1 9 5 2 D C O - 1 9 5 2
A 2 4 6 0 D C O A 6 5 L
3 2 P 0 1 0 W 1 1 9 4 B
D C 0 A 7 6 5 L 0 K 2 0 7
A N 9 3 1 - 4 - 1 6 1 - 2 M R S
0 K 2 0 7 1 6 0 1 2
3 2 F 0 1 0 3 5 4 8 7 1
B H 1 0 3 - 5 4 8 7 A
1 6 0 1 2 3 A 5 4 8 7 A
A 2 4 6 0 K 3 2 F 0 1 0
3 5 4 8 7 A 3 2 P 0 1 0
3 5 4 8 7 A 3 5 4 8 7 A

4.2.8.3 Identificação do Item

A identificação do material pode ser realizada através de dois métodos,


Descritivo e de Referência.

4.2.8.3.1 Método Descritivo

É aquele pelo qual um item é identificado através do seu nome e da


enumeração de suas características físicas, elétricas, mecânicas, químicas, de acabamento , de
desempenho e outras, que lhe dão identidade e servem para diferenciá-lo de qualquer outro,
devendo ser utilizado, com absoluta prioridade, sempre que exeqüível.

Os Propósitos do Método Descritivo são:


a) estabelecer a identidade de um item de suprimento e distinguí-lo de
qualquer outro, através de suas características;
b) facilitar a identificação física (sob este método, as características de um
objeto podem ser confrontadas com as características do item de
suprimento, estabelecidas em sua identificação, podendo ser reconhecido
como esse tal item de suprimento); e
c) permitir a comparação de dados coletados sobre diversos itens , de forma a
estabelecer o grau de similaridade e as diferenças entre eles.

4.2.8.4 Identificação pelo Método Descritivo

A identificação do item pelo Método Descritivo compreende as seguintes fases:


a) atribuição do nome básico;
b) atribuição do nome modificador;
c) acréscimo de dados complementares;
MCA 67-1/2007 93

d) elaboração da descrição detalhada; e


e) elaboração de padrão de referência.

4.2.8.4.1 Atribuições do Nome Básico

A atribuição do nome do item consiste na seleção do nome mais adequado e


definitivo para o item, objetivando o estabelecimento de uma descrição padronizada, a ser
empregada como linguagem comum em todas as operações de suprimento.

O nome do item pode ser constituído por uma só palavra (o nome básico) ou
exigir uma outra complementar (o nome modificador).

Exemplo: LÂMPADA (nome básico) INCANDESCENTE (nome modificador).

4.2.8.4.2 Atribuição do Nome Modificador

O modificador tem por finalidade principal estabelecer a diferenciação entre


itens portadores do mesmo nome básico, não tendo valor algum se usado isoladamente.

Exemplo: Nome básico: LÂMPADA; Nomes modificadores: INCANDESCENTE,


FLUORESCENTE, VAPOR MERCÚRIO.

OBS.: Cabe ressaltar que a atribuição do nome básico e do nome modificador, quando de sua
implantação dentro do sistema informatizado de controle de material, deverá ser em inglês,
quando o mesmo for adquirido no exterior e em português, quando tratar-se de aquisição de
um item nacionalizado, tomando-se como base a documentação recebida do
fabricante/fornecedor e após análise das informações recebidas.

4.2.8.4.3 Acréscimo de Dados Complementares

Além do nome, em alguns casos, poderá ser necessário acrescentar alguns


dados complementares, para melhorar a descrição sucinta.

Exemplo: Nome básico: LÂMPADA; Nome modificador: INCANDESCENTE; Dados


complementares: 110V x 60W.

Quando da catalogação de material, a tarefa de seleção de nomes deve ser


apoiada na "LISTA DE NOMES-PADRÃO DO MATERIAL" do Comando da Aeronáutica, a
ser organizada e mantida pelo Órgão de Catalogação e alguns cuidados deverão ser
observados:
a) evitar o emprego de preposições. Exemplo: TUBO PVC ÁGUA FRIA 4 PG;
b) usar sempre que possível, a forma singular. Exemplo: FUSÍVEL;
c) adotar o nome técnico, evitando sinônimos. Exemplo: usar ÊMBOLO em
lugar de PISTÃO;
d) não utilizar nomes de sentido genérico. Exemplo: não usar EMBARCAÇÃO
em lugar de LANCHA;
94 MCA 67-1/2007

e) não usar gírias ou regionalismos. Exemplo: não usar GIRAFA em lugar de


GUINDASTE;
f) não usar nomes estrangeiros. Exemplos: não usar PALLET em lugar de
ESTRADO, ou TAPE em lugar de FITA MAGNETITA;
g) não usar como nome as palavras indicadoras de embalagem. Exemplos: não
usar LATA TINTA e sim TINTA, não usar PACOTE ALGODÃO e sim
ALGODÃO;
h) não usar marcas de produtos ou nomes de fabricante. Exemplos: não usar
GILETTE em lugar de LAMINA DE BARBEAR; não usar
TELESPEAKER em lugar de INTERFONE;
i) usar o nome mais específico do material. Exemplo: usar TINTA ao invés de
FLUÍDO DE ESCREVER;
j) evitar nomes indefinidos. Exemplos: não usar ACESSÓRIO, APARELHO,
CONJUNTO, MÁQUINA etc.; e
l) não usar abreviaturas como nome básico. Exemplo: não usar TV em lugar
de TELEVISÃO.

4.2.8.4.4 Elaboração da Descrição Detalhada

A descrição detalhada consiste na apresentação dos detalhes ou características


dos itens, segundo uma forma padronizada que permita a comparação com outros materiais de
mesma natureza, para a detecção daqueles que forem idênticos; além de permitirem, também,
a sua completa e correta identificação.

Através de uma adequada descrição detalhada, pode ser atingido o propósito


primordial da NACIONALIZAÇÃO. Para isso, é essencial que os detalhes ou características
levantados e arquivados sobre o material do Comando da Aeronáutica sejam definidos
segundo os padrões adotados pela indústria nacional.

A descrição detalhada é feita de acordo com parâmetros previamente


estabelecidos pelos Parques (e aprovados pelo Órgão Central da Catalogação) e que agem
como modelos para descrição das características físicas e desempenho de determinados itens:
as LISTAS DESCRITIVAS DE CARACTERÍSTICAS (LDC).

As LDC são preparadas para cada artigo, servindo de base para descrição de
cada item que se subdivide cada artigo. Por exemplo, a LDC do artigo "ENVELOPE" será
utilizada, como modelo, para descrição detalhada de cada envelope (de papel branco ou
pardo), cada tipo (abertura no topo, abertura lateral, etc.) e de cada dimensão (11,0 x 22,9;
16,2 x 22,9; 24 x 30, etc.).

Tendo em vista a profundidade e o volume desse trabalho, imprescindível à


Catalogação, deverá ser organizada pela Agência de Catalogação uma programação para o
preparo das LDC pelos Parques e para a sua efetiva utilização na identificação do material
pelo Método Descritivo, bem como deverá ser desenvolvido um sistema para cadastramento
dessas informações, através do processamento eletrônico de dados.
MCA 67-1/2007 95

4.2.8.4.5 Elaboração do Padrão de Referência

O padrão de referência é, geralmente, o desenho técnico ou fotografia do artigo


coberto por uma LDC, preparado para facilitar e complementar a descrição detalhada nela
contida.
O preparo do padrão de referência é eventual, devendo ocorrer apenas no caso
de artigos de formas complexas, difíceis de descrever somente com palavras.

4.2.8.5 Método de Referência

Podemos afirmar, didaticamente, que existem duas modalidades de


identificação numérica de material:

a) Código Federal de Fabricante+Part Number (Manufacturer Federal Code);

Ex.: 08484 + AL598


63857 + ALG
04621 + ALG-0-1-4-30N

b) Número de Estoque Nacional (NSN).

Ex.: 5310-00-639-3880
3110-00-156-6816
5680-00-280-1734

A primeira modalidade identifica, simultaneamente, o produto e o respectivo


fabricante; a segunda modalidade identifica o produto, em âmbito internacional, sem
caracterizar o fabricante também.

4.3 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES

Sendo "prever para prover" a tônica do Suprimento, podemos dizer que a


atividade que deve ser executada em primeiro lugar é a determinação do que é necessário.
Esta atividade é desenvolvida, para a fixação das dotações e níveis iniciais de material, para o
apoio a uma nova aeronave ou equipamento, durante um certo período de tempo e também
para fixação das reais necessidades de material, num determinado momento. Por isso ela é
dividida em, Determinação das Necessidades Iniciais e Determinação das Necessidades
Correntes.

4.3.1 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES INICIAIS

A Determinação das Necessidades Iniciais consiste na fixação das dotações e


níveis iniciais de material, para o apoio a uma determinada configuração de uma nova
aeronave ou equipamento, durante um certo período de tempo.

4.3.1.1 Oportunidade e Elementos de Previsão

A fixação das dotações e níveis iniciais é feita com base em fatores diversos, os
chamados elementos de previsão: quantidade, importância relativa, probabilidade de pane,
96 MCA 67-1/2007

manutenção periódica, emprego previsto etc. Ela ocorrerá normalmente, por ocasião da
introdução na Força Aérea Brasileira, de uma nova aeronave ou equipamento.

4.3.1.2 Fontes de Informações

Para a execução deste trabalho, será constituído um Grupo de Trabalho (GT),


que para responder às perguntas clássicas da Determinação das Necessidades Iniciais (DNI),
(O que? Quanto? Onde? Quando?), levará em consideração o ineditismo da aeronave ou
equipamento e se valerá das fontes de informações disponíveis, tais como: fabricantes, outros
clientes, mantenedores de outros clientes e a capacidade técnica e experiência de seus
integrantes.

4.3.1.3 Aeronave ou Equipamento Inéditos

Quando a aeronave ou equipamento forem inéditos, o fabricante fornecerá a


"LAI" (Lista de Aprovisionamento Inicial), baseada no número de horas previstas para a
referida frota, por um período de tempo previamente definido pelo Governo Brasileiro, pela
confiabilidade do item medido, através do seu Tempo Médio entre falhas "MTBF" (Meam
Time Between Failure), ou pelo número de horas de revisão ou por tempo em serviço, que o
item obrigatoriamente será trocado e levando-se em consideração a quantidade total do item
aplicado na aeronave ou equipamento.

4.3.1.4 Aeronave ou Equipamento Não Inédito

No caso de aeronave ou equipamento não inédito, o Grupo de Trabalho (GT) e


utilizará as fontes de informações mencionadas em 4.3.1.2, podendo fazer uma análise
calcada em dados reais, o que propiciará a confecção de uma lista de dotação inicial sem itens
de consumo duvidosos e de equipamentos de apoio realmente indispensáveis.

4.3.1.5 Padronização

É essencial que o Grupo de Trabalho (GT) adote uma sistemática padronizada


e acurada, para a execução da Determinação das Necessidades Iniciais, a qual será objeto de
instrução específica, que estabelecerá o fluxo de dados necessários ao planejamento do apoio
de Suprimento desde o primeiro momento da decisão de introduzir nova aeronave ou
equipamento no Comando da Aeronáutica.

4.3.1.6 Conseqüências Adversas

Caso os dados da Determinação das Necessidades Iniciais (DNI) não sejam


analisados adequadamente e tampouco planejados com a devida antecedência e não atinjam
os órgãos de controle com uma antecedência da entrada em operação das novas aeronaves ou
equipamentos, fatalmente ocorrerão compras desnecessárias, formação de excessos, faltas em
estoque, aquisições urgentes a custos mais elevado, impossibilidade de execução de reparos e
até mesmo paralisação de aeronaves ou equipamentos por falta de peça.

4.3.1.7 Dinamismo dos Elementos de Previsão

Além disso, mesmo quando a dotação é preparada no devido tempo, é preciso


que o Grupo de Trabalho (GT) leve em conta, o dinamismo de alguns dos elementos de
MCA 67-1/2007 97

previsão considerados e estabeleça um processo de acompanhamento de informações de


resultados com os Órgãos de Controle, para atualização das dotações e para o
aperfeiçoamento dos seus parâmetros, a serem usados nas estimativas futuras.

4.3.1.8 Previsões para Manutenção e Reparo

Outro aspecto que precisa ser cuidado no preparo da Determinação das


Necessidades Iniciais (DNI) é o perfeito entrosamento entre as previsões para a manutenção e
reparo, em especial as da manutenção programada, e o preparo das listas de dotação. Todas as
trocas mandatórias de peças, previstas na manutenção programada, têm que ser cobertas pelas
respectivas listas de dotação.

4.3.1.9 Aquisição

A aquisição da dotação inicial de sobressalentes, deverá ser efetuada


juntamente com a das próprias aeronaves ou equipamentos. Procedimento que atenda às
necessidades dos fabricantes, que poderão empreender a produção de tais itens de forma mais
racional. Essa dotação inicial permitirá o apoio à OM nos primeiros anos de funcionamento,
enquanto os Órgãos de Controle se preparam, evitando a deterioração do emprego planejado
para os novos meios.

4.3.2 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES CORRENTES

É a fixação das reais necessidades de material num determinado momento,


calculadas com base na integração e racionalização das necessidades estimadas pelos setores
técnicos, corrigidas através da utilização de índices apurados por ocasião do acompanhamento
do consumo real de cada item.

4.3.2.1 Acompanhamento da Demanda

Essa fixação de necessidades reais é feita em termos de níveis de estoque, que,


pela própria evolução da demanda segundo padrões aleatórios e variados, são de natureza
essencialmente dinâmicas. Para o sucesso desta tarefa, é necessário que se leve em conta esse
dinamismo. Os níveis de estoque que são fixados inicialmente, com base em dotações
estimadas, deverão ser atualizados, à medida que fluírem os dados de demanda real. Com
isso, à medida que o tempo for passando, os níveis de estoque serão mais aperfeiçoados.

4.3.2.2 Níveis de Estoque

Níveis de Estoque são as quantidades limite preestabelecidas de itens que


devem existir em estoque nos Parques e Remotos, para atender a demanda das OM
consumidoras por eles apoiadas, calculadas em decorrência da Determinação das
Necessidades Iniciais (DNI) executada pelo Grupo de Trabalho (GT) e da Determinação das
Necessidades Correntes (DNC) efetuada pelo Controle de Suprimento/Planejamento, e
ajustadas em função de outros fatores condicionantes como: essencialidade, popularidade,
custo, Tempo de Pedido e Recebimento (TPR), etc, definidos pelo Órgão Central do Sistema.

Em última análise, é a quantidade de itens de suprimento, que deverá ser


mantida em estoque de cada projeto, para atender a demanda das OM apoiadas, durante um
determinado período de tempo. Eles são de três tipos e devem ser constantemente reajustados.
98 MCA 67-1/2007

4.3.2.3 Tipos de Níveis de Estoque

Os Níveis de Estoque são os instrumentos básicos do Controle de Suprimento,


com reflexos sobre a Renovação, a Armazenagem e a Destinação dos Excessos. Esses níveis,
basicamente são de três tipos: NÍVEL MÍNIMO, NÍVEL OPERACIONAL e NÍVEL
MÁXIMO (Figura 6):
a) NÍVEL MÍNIMO OU DE SEGURANÇA - É a quantidade mínima do
material considerado necessário a ser mantida em estoque nos Parques e
Remotos, calculada, entre outros fatores, em função da essencialidade
militar do material, das flutuações excepcionais da demanda e dos atrasos no
recompletamento dos estoques. Representa o limite além do qual não deverá
baixar o estoque de cada item;
b) NÍVEL OPERACIONAL - É a quantidade estimada do material considerado
necessário, a ser mantida em estoque nos Parques e Remotos para atender a
demanda das OM consumidoras no período de tempo compreendido entre
dois recompletamentos de estoques consecutivos; e
c) NÍVEL MÁXIMO - É a quantidade máxima do material a ser mantida em
estoque nos Parques e Remotos, correspondente, normalmente, à soma das
quantidades dos Nível Mínimo e Operacional.
Tipos de Níveis de Estoque:
a) com variabilidade na demanda
Estoque
200

Ciclo médio
de estoque

100

Estoque
Médio 8
(150) Estoque de 0
Segurança Dias 10 20 30 40

50

b) com variabilidade no prazo de entrega


200

Ciclo médio
de estoque

100

Estoque
médio 0
(140) Estoque de 10 12 20 30 40
segurança Dias
40
MCA 67-1/2007 99

c) com variabilidade na demanda e no prazo de entrega


Estoque
200

Ciclo médio
de estoque
100

Estoque
médio 0
(200)
Estoque de Dias 8 12 20 30 40
segurança 100
10
Figura 10
4.3.2.4 Elementos de Consumo

A determinação das necessidades iniciais é baseada nos chamados elementos


de previsão. Por outro lado, assim que a aeronave ou equipamento entra em operação, as
necessidades de material de reposição vão surgindo. Além disso, ao tomar as providências de
reposição do material consumido, o Controle de Suprimento toma ciência de outros dados que
influenciam diretamente nos níveis estabelecidos para o apoio logístico.

Esses dados, que irão, aos poucos, corrigindo a estimativa inicialmente


preparada pelos técnicos, são os chamados elementos de consumo: diversidade de
utilizadores, freqüência de consumo, quantidade total consumida, quantidade solicitada e não
atendida por falta de estoque, preço, tempo de pedido e recebimento, etc.

4.3.2.5 Ajustes dos Níveis de Estoque

Cada um desses elementos, altamente dinâmicos, ajustarão a previsão inicial,


na produção adequada, gerando Níveis de Estoque atualizados, a serem mantidos nos
Suprimentos.

A influência de cada elemento de consumo fará variar os níveis de estoque,


para mais ou para menos. Assim, teremos:
a) os itens com um maior número de utilizadores causarão prejuízo maior em
caso de falta, em conseqüência, seu nível deverá ser elevado;
b) os itens com elevada freqüência de consumo, também deverão ter níveis
elevados;
c) a relação entre o consumo e o preço deverá ser considerada, de maneira a
reduzir a imobilização de capital, ou seja:
- itens de baixo consumo e preço elevado deverão ter níveis baixos,
compensados por um acompanhamento e controle mais efetivos;
- itens de elevado consumo e baixo preço deverão ter níveis elevados,
reduzindo o grau de controle sobre eles;
d) para os itens com tempo de pedido e recebimento elevado, deverão ser
mantidas em estoque uma quantidade capaz de suportar o consumo durante
o período de reposição.
100 MCA 67-1/2007

A importância dessa atividade é tal que, mesmo que se tenha realizado uma
Determinação das Necessidades Iniciais (DNI) bem próxima da realidade, a sua má execução
certamente causará indisponibilidade de aeronave ou equipamento. A determinação das
necessidades iniciais (DNI) que é calçada em estimativas, dificilmente atingirá 100%, o
comportamento das condicionantes utilizadas, será sempre, de alguma forma um pouco
diferente do previsto, exigindo periódicas reformulações.

4.4 CONTROLE

Podemos dizer que o Controle encontra-se no centro gerativo do processo de


Suprimento, e as demais atividades trabalham para proporcionar-lhe, direta ou indiretamente,
as informações de que precisa; ou delas recebe insumos para poder ser desempenhado.

O controle está relacionado com a manutenção do equilíbrio adequado entre as


necessidades e as disponibilidades de material, que define o recompletamento.

4.4.1 SISTEMA DE CONTROLE

4.4.1.1 Desenvolvimento do Sistema

O órgão de controle precisa operar um sistema que trabalhe com os dados


básicos de movimentação (entradas, saídas, créditos, etc) e calcular, no momento em que for
necessário emitir novas requisições, o nível de estoque adequado, através de fórmulas que
levem em consideração a Determinação das Necessidades Iniciais, demanda real e todos esses
dados.

No desenvolvimento desse sistema, deve se ter em conta o que ele será capaz
de permitir:
a) a manutenção dos investimentos em estoque reduzidos ao mínimo
compatível com as necessidades de manutenção e operação das OM;
b) o tratamento seletivo dos itens de material, concentrando mais tempo e
atenção nos itens mais importantes, quer pela sua essencialidade militar,
quer pelo seu valor, e empregando controles mais simples e menos
freqüentes aos menos importantes e de menor valor;
c) o estabelecimento de uma política de formação de estoques de material e de
recompletamento automático de estoques, influenciada, no grau adequado,
pela Determinação das Necessidades Iniciais (DNI), custo, demanda e
tempo de pedido e recebimento;
d) a redução do número de itens em estoque, através da contínua destinação
dos excessos;
e) o controle integrado dos estoques de todos os projetos, permitindo o melhor
atendimento das necessidades e redistribuições;
f) o controle e o acompanhamento da demanda e da requisições efetuadas; e
f) g) a permanente atualização dos níveis de estoque.
MCA 67-1/2007 101

4.4.2 POLÍTICA DE MATERIAL

4.4.2.1 Administração Seletiva

Dos aspectos mencionados no sistema de controle, a administração seletiva dos


itens de material (ASI) é de vital importância para a viabilização do sistema.

O princípio que governa a administração seletiva é selecionar a quantidade


mínima de itens que correspondem à maior percentagem e aos riscos mais sérios quanto a
operacionalidade das aeronaves ou equipamentos em caso de falta, e aplicar-lhes controles
específicos que minimizarão o investimento, ao mesmo tempo que asseguram a eficiência
através de constante revisão e informação; seus níveis de estoque são mantidos bem baixos,
optando-se por um acompanhamento detalhado e aquisições freqüentes. Para os itens de baixo
valor são estabelecidos níveis de estoque mais elevados (que garantirão, assim, a sua
permanente disponibilidade), com baixa freqüência de aquisições.

Com isso, as atenções de gerência são, proporcionais e adequadamente,


distribuídas entre os itens de maior significado e os de menor importância.

O denominado Sistema ABC é um dos instrumentos mais utilizados nessa


seleção. Levando em conta o gasto total (custo unitário x quantidade de demanda) com cada
item utilizado, hierarquiza-se esses valores de forma a concentrar o esforço da administração
no pequeno número de itens que consomem a maior parte do orçamento de aquisição (cerca
de 10% dos itens, que correspondem a 70 ou 80% do valor).

4.4.2.1.1 Análise ABC

No século XVIII, Villefredo Pareto, em um estudo sobre a distribuição de


riqueza em Milão, descobriu que 20% das pessoas controlavam 80% da riqueza. A lógica de
que poucos detêm a maior importância e muitos têm a menor importância tem sido ampliada
para incluir muitas situações, e é denominada Princípio Pareto. Isto é verdade em nossa vida
diária (tal como, muitas das decisões que tomamos são relativamente sem importância, mas
poucas moldam nosso futuro), e isso certamente é verdadeiro nos sistemas de inventário.

A lógica por trás da Análise ABC é de que 20% dos clientes ou produtos da
empresa são responsáveia por 80% das vendas, e talvez uma porcentagem ainda maior de
lucros. O primeiro passo na Análise ABC é escalonar os produtos pelas vendas, ou
preferivelmente pela contribuição da organização, se tal dado está disponível. O próximo
passo é verificar as diferenças entre itens de alto volume e baixo volume, que podem sugerir
como certos itens podem ser administrados.

Os níveis de estoque aumentam conforme o número de locais de armazenagem.


Ao estocar itens de baixo volume em inúmeros centros logísticos, a demanda nacional por
esses produtos é dividida pelo número de locais. Cada um desses locais deve manter um
estoque de segurança. Se um local centralizado tem sido utilizado para esses itens, o total do
estoque de segurança seria muito menor. Por exemplo, se é utilizado somente um depósito
centralizado e a previsão de vendas é em nível nacional, um aumento de vendas em São Paulo
pode compensar uma queda de vendas em Recife. Entretanto é necessário manter o estoque de
segurança como proteção contra a variabilidade da demanda, e há grande variabilidade na
demanda quando a demanda nacional está subdividida em regiões. O sistema geral do estoque
102 MCA 67-1/2007

aumentará com o número de depósitos nas instalações, porque a variabilidade na demanda


deve ser protegida em cada local: ou seja, um aumento nas vendas em uma área de mercado
não compensará uma diminuição de vendas em outro mercado.

Quando uma empresa consolida itens de baixa-movimentação em locais


centralizados, os custos de transporte geralmente aumentam. Entretanto, esses custos podem
ser compensados com custos mais baixos de manutenção de estoque e com menos penalidades
de falta de estoque. O serviço ao cliente pode ser melhorado consolidando itens de baixo-
volume através da diminuição da probabilidade de experimentar uma falta de estoque. A
análise ABC é um método para decidir quais itens devem ser considerados para um depósito
centralizado.

Nesse ponto, vamos considerar um exemplo de Análise ABC. Uma análise de


volume de vendas por produto revelou que os itens A eram responsáveis por 5% dos itens e
contribuíram com 70% das vendas, os itens B foram responsáveis por 10% dos itens e
acrescentaram um adicional de 20% nas vendas, enquanto que os itens C foram responsáveis
por 65% dos itens restantes e contribuíram somente com 10% das vendas. Os últimos 20%
dos itens não foram vendidos durante o ano anterior (veja a Figura 11). Esta distribuição
estatística é a mais comumente encontrada nos estoques das empresas. O “grau de
concentração de vendas dentre os itens variará conforme a empresa, mas a forma da curva
será similar.”

Para os itens A, uma revisão diária ou contínua do estado do estoque pode ser
apropriada. Os itens B podem ser revistos semanalmente, enquanto que os itens C devem
receber menos atenção. Diferentes níveis de serviços a clientes podem ser estabelecidos para
cada categoria de estoque. Um pedido de 98% de taxa de preenchimento pode ser estabelecido
para os itens A, 90% para os itens B, e 85% para os itens C. Esta política resultaria em um
nível global de 95% de serviço ao cliente, conforme apresentado na Tabela 2. Observando os
itens A, nota-se que a gerência enfatiza os produtos que mais contribuem com as vendas e
com a lucratividade.

Similarmente, a quantidade de estoque de segurança é menor quando itens de


baixo volume são estocados em poucos locais. Se a empresa utilizou 20 centros de
distribuição, os itens devem ser estocados em todos os 20 depósitos, os itens B em 5 depósitos
regionais e os itens C estocados somente na fábrica. Embora os custos de transporte para os
itens B e C sejam maiores, as reduções no estoque são geralmente mais do que suficientes
para se fazer uma política seletiva de estoque. A gerência pode testar políticas alternativas
para verificar seus impactos nos serviços ao cliente e na lucratividade. Por exemplo, como a
supressão de itens de pouco movimento afetaria o estoque? Que impacto teria no estoque um
aumento de 25% nas vendas?

Um relatório de distribuição por valor compõe a base da análise ABC.


MCA 67-1/2007 103

100
10% c
90
20% B 80
70

60

50

70% A 40

30

20

10

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 70 80 90 100

C
A B
5% 10% 65% 20%

Figura 11

Níveis de Serviço ao Cliente Utilizando Análise ABC

Categoria Porcentagem Nível do Serviço Nível Ponderado de


De Vendas ao Cliente (%) Serviço ao Cliente
(%)

A 70 98 68.6
B 20 90 18.0
C 10 85 8.5
100 nível de serviço global 95.1

Tabela 2

4.4.2.2 Formação de Estoques

Em primeiro lugar, é necessário respondermos à indagação: para que estocar?


Do ponto de vista econômico, a acumulação de material para uso futuro representaria um
empate de capital; no entanto, sem a formação de estoques reguladores e de garantia, ficaria o
sistema de material a mercê de flutuações de mercado e à espera de prazos de fabricação e de
entrega pelos fornecedores, tendo que sujeitar-se a manter seus equipamentos imobilizados.
Mas a constituição de estoques deve atingir a todos os itens? A resposta é negativa. Não é
104 MCA 67-1/2007

eficiente, nem econômico, estocar todos os itens em serviço; uma dose de risco pode e deve
ser assumida, em torno daqueles materiais de menor probabilidade de avaria. Além disso, nem
todos os itens necessitam de substituição completa, é o caso dos equipamentos, por exemplo,
bastando termos alguns de seus componentes para apoiar o respectivo reparo. Alguns outros,
podem, ainda, ser facilmente obtidos ou produzidos localmente, com os próprios recursos do
consumidor, sem necessidade da formação de estoque.
a) MATERIAL REPARÁVEL - Normalmente é dada especial atenção
gerencial aos equipamentos e itens mais complexos, segregando sua
administração da administração dos demais itens de material, pois os
problemas de obtenção, controle e distribuição desses dois grupos são
basicamente diferentes. As decisões relativas aos equipamentos e aos
grandes itens são tomadas, no Órgão do Nível Direção, recebendo
verificações gerenciais a cada passo do processo de Suprimento. Eles são
controlados individualmente, quer quando em uso, quer quando em estoque
e somente são fornecidos mediante a devolução do avariado. Face a sua
importância, exigem análise detalhada de todos os fatores que afetam seu
suprimento e demanda. São, quase sempre, reconhecidos pelo seu alto valor,
importância para o serviço e dificuldades para obtenção ou produção; e
b) MATERIAL DE CONSUMO - Embora de valor bem inferior, os demais
itens, principalmente os sobressalentes, têm, também, grande importância
para o apoio à operação e correspondem a cerca de 90 a 95% do total de
itens no sistema. Alguns são tão críticos para a eficácia militar e o
aprestamento quanto àqueles de maior valor. Sua grande quantidade não
permite uma administração tão detalhada e sob medida e devem ser,
portanto, objeto de formação de estoques, principalmente aqueles de uso
corrente em vários projetos e de troca obrigatória nas revisões programadas
das aeronaves e equipamentos reparáveis.

Os itens de troca eventual deverão ser adquiridos de acordo com as previsões


elaboradas pelo setor de Planejamento da Organização.

4.4.2.3 Redução dos Estoques

O atendimento das necessidades de suprimentos depende, primordialmente, do


padrão apresentado pela demanda, tanto em relação à freqüência com que ela ocorre, quanto
no que se refere à quantidade solicitada de cada item. A contribuição do Controle para a
eficácia do suprimento envolve a identificação de bem calculados estoques de segurança,
como garantia de um atendimento adequado sob condições variáveis de consumo. Um estoque
maior do que o necessário aumenta os custos operacionais, requerendo investimentos
superiores aos que precisariam ser normalmente feitos (mais pessoal para mantê-lo, mais
espaço de armazenagem para estocá-lo e um maior impacto de deterioração e obsolescência)
e, o que é mais importante, sem grandes garantias de que seja mais eficaz. Além disso,
recursos financeiros importantes para a obtenção de itens essenciais ficam imobilizados com
os itens desnecessários. É preciso, pois, que a administração tenha uma constante preocupação
com a redução de itens do sistema, tanto através de um Controle eficaz, como de programas
de eliminação dos desnecessários, dos duplicados, dos inúteis e dos obsoletos, e de um grande
esforço de padronização; e, também, que ela esteja atenta para impedir a reentrada desses
indesejáveis no sistema. É esta a forma mais lógica de se conseguir a eficiência desejada no
Suprimento.
MCA 67-1/2007 105

4.4.2.4 Determinação dos Excessos

Para dispor do material em excesso é fundamental o estabelecimento de alguns


critérios para a determinação daquilo que se deseja colocar em disponibilidade.

A Determinação dos Excessos consiste em levantar os excessos existentes nos


Parques e Remotos, através da verificação dos níveis de estoque, das condições de utilização
do material, da sua aplicação e da realização dos inventários. Este trabalho, que atende à
Destinação dos Excessos, será realizado por uma Comissão Técnica publicada em Boletim
Interno e dará origem a três classes distintas de material.

4.4.2.4.1 Classe A - Material "Utilizável" - Será considerado Material Utilizável, todo aquele:

a) de uso exclusivo em aeronaves ou equipamentos fora de operação no


Comando da Aeronáutica, porém novo ou recuperado e em condições de
uso, ou até mesmo aqueles superados; e

b) em condições de uso no Comando da Aeronáutica, porém em quantidades


superiores aos níveis de estoque estabelecidos, devendo ser selecionado
após rigoroso critério de seleção.

OBS.: As quantidades superiores aos níveis de estoque, somente serão consideradas como tal,
após minucioso estudo realizado pelo Órgão Central através do Parque Central de cada
projeto, para verificar a possibilidade de aproveitamento de componentes, para atender itens
críticos de suprimento e para reavaliação dos níveis.

4.4.2.4.2 Classe B - Material "no estado" - Será considerado "no estado":

Todo material da categoria "reparável" e “trabalhável” que, estando completo e


podendo ser enquadrado nas condições da Classe A, necessite recuperação antes de ser usado;

4.4.2.4.3 Classe C - "Sucata" - Será considerado como "sucata" todo material:


a) de uso exclusivo em aeronaves não mais em operação no Comando da
Aeronáutica e sem condições de recuperação;
b) não aproveitável, resultante da desmontagem de um conjunto maior, com
vistas ao aproveitamento de determinados componentes;
c) das aeronaves acidentadas e condenadas, não enquadradas nas Classes
A e B; e
d) condenado pelas Divisões Técnicas dos Parques e pelos demais órgãos
autorizados do Sistema de Material da Aeronáutica.

4.4.2.5 Destinação dos Excessos

É a atividade relacionada com a alienação, doação, restituição, cessão ou


destruição do material existente nos Parques e Remotos, considerado em excesso, face às
necessidades determinadas, inutilizado para o uso ou que não tem aplicação no Comando da
Aeronáutica.

Ela deverá orientar-se pelos seguintes princípios:


106 MCA 67-1/2007

a) procurar conseguir a máxima utilização para o material em excesso dentro


da própria Aeronáutica, buscando usos alternativos, mesmo que o faça sem
reembolso;
b) gastar o mínimo possível com o manuseio, armazenagem e transporte dos
excessos;
c) procurar obter os maiores preços, no caso de alienação, não esquecendo
porém de considerar os custos envolvidos na manutenção em estoque de
materiais com remota possibilidade de utilização, ou seja, a venda por um
preço abaixo do estimado poderá ser, muitas vezes, mais vantajosa para o
Comando da Aeronáutica.

4.4.2.6 Modalidades de Destinação dos Excessos

A escolha da forma de destinação dependerá da natureza e do estudo feito


sobre o material. A alienação é uma modalidade geradora de recursos para o Comando da
Aeronáutica, e é a mais utilizada.

Os procedimentos detalhados sobre a formalização da alienação, doação,


restituição, cessão e destruição, são objetos de instrução específica neste manual .

4.5 OBTENÇÃO DE MATERIAL

Depois de estabelecidas, pelo Setor de Planejamento da Organização, as


quantidades necessárias ao recompletamento dos Parques e Remotos, inicia-se, no Setor de
Suprimento, a Obtenção, através da compra, que é a atividade que formaliza a colocação das
necessidades nos órgãos provedores ou a obtenção através da transferência de material de uma
Unidade/Órgão para outra Unidade ou até mesmo pela fabricação local. Um sistema
informatizado de controle de estoque, bem estruturado e funcional, será capaz de auxiliar
sobremaneira o processo de obtenção.

4.5.1 FORMAS DE OBTENÇÃO

A obtenção do material necessário se dará através do recompletamento


automático, ou pelo processo formal, que envolve as fases de requisição, análise, aquisição e
acompanhamento.

4.5.1.1 Recompletamento Automático

Este processo de obtenção é utilizado pelos Parques Centrais, para atender às


necessidades dos seus Remotos.

Muitas das vezes, a necessidade de um Remoto é suprida pela simples


transferência de material de outro Parque ou Remoto.

Todavia, o processo de recompletamento automático não supri as necessidades


do operador, necessitando, assim, que o setor do Suprimento Remoto acione o Central para
esse recompletamento.

4.5.1.2 Processo Formal

O processo formal é utilizado pelos Parques Centrais, para atenderem as suas


próprias necessidades e é caracterizado por quatro fases:
MCA 67-1/2007 107

a) requisição - emissão/digitação no SILOMS, dos dados necessários para a


obtenção, contendo a identificação do item, quantidade a encomendar,
indicação do órgão provedor e outros dados julgados indispensáveis pelo
Órgão Central do Sistema;
b) análise - conferência dos dados digitados, quanto a, coerência de
quantidades pedidas e níveis de estoques, CMM, TPR, TRG, FRG;
verificação de alternados, descontinuidades de fabricação, superadores,
disponibilidades de recursos e origem de aquisição;
c) aquisição - processamento, após validação através do SILOMS, das
requisições analisadas, com conseqüente distribuição das mesmas, aos
respectivos Órgãos provedores (CELOG, CABW e FMS), os quais
efetivarão a compra do material de acordo com a legislação em vigor;
d) interação – a cada fase da cotação da CABW o usuário do SISMA/B deverá
participar com o parecer técnico, em cada requisição disponibilizada pelo
SILOMS-EXT, a fim de possibilitar o processo de escolha da proposta
vencedora; e
e) acompanhamento - também pode ser chamado de "diligenciamento".
Consiste no controle contínuo da situação da obtenção, a partir da requisição
até o recebimento na Organização Requisitante, de modo a evidenciar
eventuais cancelamentos, suspensões, modificações e atrasos, para que se
possa desencadear em tempo útil as ações corretivas pertinentes.

4.5.2 PROCESSO DE OBTENÇÃO

4.5.2.1 Recompletamento Automático

Nesta forma de obtenção não há a emissão/digitação da requisição. O Parque


Central toma conhecimento das necessidades de seus Remotos, através do sistema de controle
informatizado e do caderno de necessidades elaborado pelo planejamento, e efetiva o
recompletamento utilizando o material disponível no seu estoque ou remanejando de outros
Remotos, sem que haja prejuízos para os mesmos.

O Recompletamento Automático será bem sucedido se a Determinação das


Necessidades tiver sido bem executada. Assim sendo, nos casos em que o Parque Central não
dispuser de estoque suficiente, deverá fazer uma reavaliação da Determinação das
Necessidades Correntes e atualizar seus níveis.

4.5.2.2 Processo Formal

Nesta forma de obtenção, o Parque Central toma conhecimento da lista de itens


que devem ser renovados, em determinado período, através do SILOMS e antes de efetivar a
requisição, deverá cumprir, para cada item, o seguinte procedimento básico de verificação:
a) de que os níveis de estoque e o ponto de renovação estão coerentes com o
consumo real;
b) de não haver mais interesse na renovação, por já existir um superador ou
alternado. Se assim for, adotar os procedimentos previstos no SILOMS para
excluir o item da lista de PN a renovar;
c) da possibilidade de transferência de itens em excesso, em outros projetos;
108 MCA 67-1/2007

d) da viabilidade de fabricação e/ou aquisição na Praça Local, através de sua


nacionalização;
e) da possibilidade de abertura de ordem de serviço para itens que estejam
aguardando recuperação, quer pertençam ao projeto considerado ou a outros
projetos; e
f) dos dados sobre compra mínima e tempo limite de estocagem.

OBS.: Os procedimentos acima poderão ser executados pelo SILOMS.

Cumpridos esses procedimentos inicia-se a fase da requisição, aquisição e


acompanhamento. A obtenção dos combustíveis e lubrificantes, gases, produtos químicos e
especiais é realizada de acordo com as instruções específicas previstas na IMA 400-2 -
Função Logística de Suprimento de Combustíveis e Lubrificantes de Aviação; ICA 67-42 -
Atendimento a Operação Especial para efeito de Suprimento de combustíveis de aviação no
território nacional, IMA 67-2 - Controle e Fiscalização do Faturamento relativo a
Combustíveis e Lubrificantes de Aviação.

4.5.2.3 Requisição de Material na Área Comercial

As requisições de qualquer categoria de material, serão enviadas às comissões


de compra, por intermédio do SILOMS.

A requisição obedecerá a um formato pré-estabelecido de onze dígitos que


serão fornecidos pelo SILOMS. O número da requisição identificará a Organização
requisitante, a data em que foi emitida, o número seqüencial do pedido no dia e o projeto a
que o item pertence.

4.5.2.3.1 Formato da Requisição de Material até 2006


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

G L 6 1 2 3 0 0 7 A 3

1 e 2- Sigla da Organização Requisitante de Material - PAMAGL.


3- Último algarismo do ano da requisição, neste caso, 2006.
4 a 6- Dia juliano.

7 a 9- Número seqüencial do pedido, sétima requisição no dia.

10 a 11- Código do projeto.

4.5.2.3.2 Formato da Requisição de Material a partir de 2007


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

G L A 1 2 3 0 0 7 A 3

1 e 2- Sigla da Organização Requisitante de Material - PAMAGL.


MCA 67-1/2007 109

3- Letras do alfabeto que representam o ano de emissão da requisição, a partir de 2007,


conforme tabela abaixo:

Letras Ano de Emissão Letras Ano de Emissão Letras Ano de Emissão


da Requisição da Requisição da Requisição
A 2007 J 2016 S 2025
B 2008 K 2017 T 2026
C 2009 L 2018 U 2027
D 2010 M 2019 V 2028
E 2011 N 2020 W 2029
F 2012 O 2021 X 2030
G 2013 P 2022 Y 2031
H 2014 Q 2023 Z 2032
I 2015 R 2024

4 a 6- Dia juliano, 24 de Abril.

7 a 9- Número seqüencial do pedido, sétima requisição no dia.

10 a 11- Código do projeto.

4.5.2.4 Critérios para Emissão da Requisição

4.5.2.4.1 Os itens serão selecionados pelas Organizações Requisitantes de acordo com as


previsões do Planejamento e dentro dos limites de crédito atribuídos pelo Órgão do nível
Direção.

4.5.2.4.2 As requisições serão elaboradas de forma a atingir e manter as médias de


disponibilidade de cada projeto, conforme o estabelecido no Programa de Trabalho Anual.

4.5.2.4.3 O valor mínimo de cada requisição é fixado em US$ 10.00, para evitar a emissão de
requisições com valores inferiores ao custo da aquisição.

4.5.2.4.4 Ao emitir uma requisição, a OM responsável não deverá possuir quaisquer tipos de
dúvidas tanto na alocação de recursos financeiros quanto na parte técnica. Em suma, a OM
requisitante deverá ser precisa quanto da colocação da requisição para aquisição.

4.5.2.4.5 Para que a requisição seja efetivada nas Comissões de Compra é necessário que ela
contenha os seguintes dados:
a) número da peça;
b) nomenclatura do item no idioma do país do fabricante ou no idioma inglês;
c) CFF (Código Federal do Fabricante);
d) NSN (Número de Estoque Nacional), se houver; senão a classe do material;
e) preço unitário(na impossibilidade de informar o preço correto, procurar nas
sites apropriados de pesquisa para informar o preço mais aproximado dos
itens, caso ele ainda não tenha sido implantado ou esteja desatualizado por
uma compra muito antiga);
f) NHA (conjunto maior);
110 MCA 67-1/2007

g) referência completa da publicação aplicável (número da publicação, data,


Figura e índice) no campo descrição da tela de requisição;
h) outras julgadas necessárias, tais como: número de série (NS) da aeronave,
caso o NHA do item seja aeronave, código do fabricante do NHA e
referência completa da publicação onde o item aparece listado e remeter, se
for o caso, cópia das folhas do manual ou catálogo de peças, e até mesmo
fotografia do item quando assim necessitar; e
i) dados da TO do Fabricante.

4.5.2.4.6 Utilizar uma das duas prioridades “E” ou “N” para indicar às Comissões de Compra
o tratamento que deverá ser utilizado para a aquisição do material:
a) prioridade “N” para as requisições normais; e
b) prioridade “E” para as requisições para atender as situações de emergência
definidas neste manual.

4.5.2.4.7 A prioridade “N” será atribuída nos seguintes casos:


a) dotação inicial;
b) recompletamento de estoque; e
c) requisições para atender a planejamento de materiais a serem aplicados em
programas de trabalho futuros.

3.5.2.4.8 A prioridade “E” será atribuída nos seguintes casos:


a) o material é necessário para disponibilizar uma aeronave para o vôo
(AIFP/AOG);
b) o material é necessário para disponibilizar um equipamento de bordo
imprescindível ao cumprimento da missão para o qual a aeronave está
designada, desde que o equipamento não exista em estoque e não estejam
inviáveis as ordens de serviço daqueles em manutenção (ANCE);
c) o material é aplicado em equipamento de apoio de solo, imprescindível aos
serviços de manutenção, e cuja inoperância afetará a disponibilidade de
aeronaves ou inviabilidade na manutenção de equipamentos de bordo
(EIFM);
d) a falta do material provocará a curto prazo, ou seja, num prazo menor que o
do atendimento de uma requisição normal, situações de indisponibilidade
em aeronaves ou equipamentos de bordo; e
e) o material destina-se a cumprimento de boletins de serviço ou diretivas
técnicas que afetam a segurança ou a operacionalidade da aeronave, com
prazo de cumprimento urgente e incompatível à obtenção do material por
prioridade normal.

4.5.2.4.9 Cuidados a serem observados:


a) em quaisquer dos casos acima descritos, a quantidade requisitada deverá
atender apenas à necessidade imediata;
b) a OM requisitante deverá avaliar, juntamente com o órgão provedor, a
conveniência de nova requisição para a próxima fase de obtenção com
MCA 67-1/2006 111

prioridade ”N”. Vale isto dizer que em função do custo e necessidades


futuras a quantidade poderá ser ajustada, tendo o cuidado para não gerar
excessos;
c) os setores responsáveis pelo planejamento e requisição devem estar cientes
de que um planejamento criterioso é a melhor maneira de se evitar
requisições em emergências;
d) deve-se levar em conta que a prioridade “E” é de caráter excepcional
considerando-se a última opção;
e) os custos de aquisição de material ou serviço aumentam em função da
urgência, consumindo assim uma maior parcela dos recursos, podendo em
alguns casos triplicar o valor normal de aquisição, além do que as
excessivas requisições na prioridade “E” excederá a capacidade de
atendimento efetivo por parte da CAB ou CELOG; e
f) os requisitantes deverão atentar para as quantidades mínimas de aquisição.

4.5.2.4.10 Situações de Emergência

4.5.2.4.10.1 AIFP - Aeronave Indisponível por Falta de Peças - Uma aeronave encontra-se
nesta situação, quando está impossibilitada de voar, por falta de determinada(s) peça(s) ou
componente(s). A aeronave estará na situação AIFP se a(s) peça(s) ou componente(s) não
existir(em) no estoque da FAB, após serem observados, também, os permutáveis e todos os
recursos locais para consegui-lo(s). A aeronave não será considerada AIFP quando:
a) em manutenção (programada ou não);
b) em cumprimento de diretivas técnicas; e
c) acidentada.

4.5.2.4.10.2 ANCE - Aeronave Não Completamente Equipada - Uma aeronave encontra-se na


situação ANCE quando, embora disponível para vôo, sua operacionalidade esteja reduzida por
falta de determinada(s) peça(s) ou componente(s).

4.5.2.4.10.3 AOG - “AIRCRAFT ON GROUND” (O mesmo que AIFP).

4.5.2.4.10.4 IPLR - Item Paralisando Linha de Revisão - Uma aeronave ou item reparável
encontra-se nesta situação quando a falta de determinado(s) item(s) estiver(em) ocasionando a
paralisação de sua revisão;

4.5.2.5 Requisição de Serviço na Área Comercial

As requisições de serviço serão enviadas às Comissões de compra, por


intermédio do SILOMS. A requisição obedecerá ao mesmo formato de onze dígitos
estabelecido para as requisições de material, sendo que no quarto dígito aparecerá a letra “R”
para indicar que trata-se de recolhimento para a realização de serviço. (Os procedimentos
específicos para a remessa do material ao exterior estão descritos em capítulo próprio neste
manual).
112 MCA 67-1/2007

4.5.2.5.1 Formato da Requisição de Serviço até 2006

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

G L 6 R 6 0 0 0 7 A 3

1 e 2- Sigla da Organização Requisitante do Serviço - PAMAGL.


3- Último algarismo do ano da requisição, neste caso, 2006.
4 e 5- Número da ordem de serviço no sistema informatizado, sendo no campo 4 a letra “R”
(tipo ordem de serviço), no campo 5 a repetição do último algarismo do ano.

7 a 9- Número seqüencial do pedido, sétima requisição no dia.

10 e 11- Código do projeto.

4.5.2.5.2 Formato da Requisição de Serviço a partir de 2007

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

G L A R 1 2 3 0 1 A 3

1 e 2 - Sigla da Organização Requisitante do Serviço - PAMAGL.

3 - Letras do alfabeto que representam o ano de emissão da requisição, a partir de 2007,


conforme tabela do item 4.5.2.3.2.

4 – Letra “R” – como desigandor de requisição de serviço.

5 a 7- Dia juliano – 24 de abril.

8 e 9 - Número seqüencial de requisições de serviço no dia – 1ª requisição do dia.

10 a 11- Código do projeto.

4.5.2.6 Critérios para a Emissão da Requisição de Serviço

4.5.2.6.1 Emitir no sistema informatizado de compra de material, uma requisição de serviço,


para cada unidade a ser remetida, mesmo que seja do mesmo PN, colocando a letra “R” na
quarta posição, para indicar que se trata de recolhimento de material ao exterior.

4.5.2.6.2 Exceção feita aos itens sem número de série, que são remetidos em lotes superiores a
50 unidades (ex.: VANES, BLADES, SEGMENTOS, etc.), para os quais serão emitidas
requisições de serviço de até 10 unidades.

4.5.2.6.3 Incluir na requisição de serviço, no campo destinado a “comentários” os seguintes


dados:
a) número de série do item;
b) número do contrato (para item em garantia); e
MCA 67-1/2006 113

c) número da requisição ou recuperação (para item em garantia).

4.5.2.6.4 Abrir uma ordem de serviço “OS” no sistema de controle de material, para cada
unidade a ser remetida, mesmo que seja do mesmo PN, para acompanhamento e registro de
histórico de serviços de material.

4.5.2.7 Requisição no FMS (Material e Serviço)

Todos procedimentos referentes as requisições de material e serviços no FMS,


assim como a solução das discrepâncias decorrentes, “Foreign Military Sales” (Programa
através do qual os Estados Unidos vendem produtos, serviços e treinamento militar para
defesa), estão descritos no capítulo 7 deste manual.

4.5.2.8 Discrepância na Área Comercial

As discrepâncias estão diretamente relacionadas com as aquisições de material


por ocasião do recebimento dos itens adquiridos ou com a realização de serviços em empresas
privadas por ocasião do retorno do material.

4.5.2.8.1 Classificação das Discrepâncias

São consideradas discrepâncias as não conformidades constatadas pelas


Organizações requisitantes ou destinatárias do material, por ocasião do seu recebimento ou
utilização no período coberto pela garantia. São classificadas como:
a) quantidade;
b) identificação; e
c) mau funcionamento.

4.5.2.8.2 O responsável pelo recebimento deverá evitar ao máximo romper a embalagem do


item. Para os casos em que a má qualidade de um determinado fornecedor seja constante
caberá ao Chefe do Setor estabelecer uma rotina especial de recebimento.

4.5.2.8.3 Discrepância de Quantidade

Durante o processo de recebimento quantitativo do item, verifica-se que a


quantidade do pedido está diferente da quantidade comprada pela Comissão, ou da entregue
pelo fornecedor.

4.5.2.8.4 Discrepância de Identificação

Durante o processo de recebimento qualitativo do item, verifica-se que as


características físicas e técnicas do material são diferentes daquelas especificadas na
requisição do solicitante, e no “INVOICE” do fornecedor, sem a sua aquiescência.

4.5.2.8.5 Discrepância de Mau Funcionamento

Ocorrerá quando o item apresentar defeito de mau funcionamento no teste de


recebimento qualitativo.
114 MCA 67-1/2007

4.5.2.8.6 Procedimentos para Solução de Discrepâncias

Os procedimentos para solução das discrepâncias na área comercial estão


detalhados em capítulo próprio neste manual.

4.5.2.8.7 Discrepância de Itens em Garantia

Caberá ao setor de Planejamento informar ao setor responsável pela


reclemeção o tempo ainda restante da garantia.

4.5.2.9 Requisição de Publicações Técnicas

Os procedimentos referentes às requisições de publicações estão regulados na


OTCA-00-5-2, Sistema Geral de Requisições, e no Manual de Suprimento de Publicações do
SISMA.

3.5.2.8 4.5.2.10 Requisição de Material do Projeto “SSS” (Segurança, Salvamento e


Sobrevivência)

Os procedimentos específicos para as requisições de material do projeto “SSS”


estão detalhadas em capítulo próprio neste manual.

4.5.2.11 Códigos de Categorias de Material

A perfeita classificação do Material Aeronáutico quanto a sua condição é


indispensável para o estabelecimento de critérios de renovação de estoque, de programação
dos trabalhos das oficinas recuperadoras e para o controle geral desse material.

Este capítulo estabelece a conceituação dos códigos de categoria do Material


Aeronáutico que, atualmente, encontram-se em uso no sistema de Material da Aeronáutica e
melhor atendem às peculiaridades da Força Aérea Brasileira.

4.5.2.11.1 Item Recuperável – CÓDIGO “R” - É o item que satisfaz às seguintes condições:
a) são emitidas publicações específicas necessárias para a sua revisão;
b) é movimentado como conjunto completo entre o órgão utilizador e o Órgão
recuperador,
c) não perde a individualidade pela instalação em conjunto maior;
d) responsabilidades de delineamento: é responsabilidade do Parque Oficina
delinear cada item ‘R’ que revisa, conforme prevê a ICA 65-15 (Parque
Central e Parque oficina, Conceituação e Atribuições); e
e) exemplos de Itens Código de Categoria ‘R’:
− motor, carburador, magneto, bomba de gasolina, etc.,
− turbina, FCU, bomba de combustível, etc.,
− hélice, governador, sincronizadores de hélice, etc.,
− trem de pouso, roda, conjunto de freio, etc.,
− altímetro, velocímetro, transmissores e indicadores de pressão de fluxo,
de posição, de nível, gerador de taquímetro, indicador de RPM, etc.,
MCA 67-1/2006 115

− bomba booster, válvulas seletoras e de corte, etc.,


− radiadores de óleo, etc.,
− arranque, radiadores de óleo, etc.,
− bombas hidráulicas, de vácuo, acumulador e regulador de pressão;
cilindros de atuação, etc.,
− câmera fotográfica, etc.,
− unidade de refrigeração, controlador de pressão de cabine, regulador de
oxigênio, etc.,
− assentos ejetáveis, etc., e
− equipamento de rádio comunicação e navegação, radar, etc.

4.5.2.11.2 Item Trabalhável – CÓDIGO “T”

É o item que satisfaz as seguintes condições:


a) não tem emissão de publicações aplicáveis;
b) é movimentado como conjunto entre o órgão utilizador e o órgão reparador;
c) responsabilidade de delineamento: normalmente não requer delineamento.
Quando necessário, deverá ser feito pelo Parque Central de aeronave; e
d) exemplos de Itens Código de Categoria “T”:
− superfícies de comando, asas, portas, flutuadores, tanques, assentos não
ejetáveis, etc.;
− tubos de escapamento de motor convencional e de turbina, etc.;e
− conjunto cilindro-pistão-anéis-pino de motor convencional.

4.5.2.11.3 Item Parte Integrante de Conjunto Maior – Código “D”

É o item que satisfaz as seguintes condições:


a) que só é consumido por uma Unidade com status se Parque Oficina para
atendimento a uma ordem de serviço e que tendo ou não publicação
específica para revisão ou trabalho, só pode ser movimentado entre o órgão
utilizador e o Órgão reparador como parte integrante do conjunto maior a
que pertence;
b) é mantido em estoque no Órgão que recupera o conjunto no qual é aplicado;
c) o item “D” é calibrado e/ou regulado e/ou testado associado ao conjunto no
qual é aplicado;
d) responsabilidade de delineamento: é responsabilidade do Parque Oficina
delinear cada item “D” de seu programa de trabalho, conforme prevê a IMA
65-15 (Parque Central e Parque Oficina, Conceituação e Atribuições);e
e) exemplos de Itens Códigos de Categoria “D”:
− pá de hélice;
− governador de sobrevelocidade de turbina;
− motor ou bomba de grupo moto-bomba de passo bandeira, de booster,
etc.;
− atuador ou válvula de grupo válvula elétrica atuada;
− motores de sistema AUTOSYN, etc.; e
116 MCA 67-1/2007

− cartões de circuito impresso.

4.5.2.11.4 Item de Consumo – CÓDIGO “C”

É o item que satisfaz uma ou mais das seguintes condições:


a) é consumido no uso;
b) não é recuperável;
c) os serviços que o tornam reusável se limitam a limpeza, inspeção, ajuste,
lubrificação, tratamento e acabamento;
d) é peça sobressalente(spare) de substituição obrigatória;
e) são considerados anti-econômicos os serviços que lhe possam restituir a
condição de uso;
f) consideração sobre faixa de custo: embora a maioria dos itens “C” seja de
custo reduzido, é impossível estabelecer uma faixa de custo para
caracterizar o item “C”. O custo unitário pode variar de um centavo a
milhares de dólares; e
g) exemplos de Itens Código de Categoria “C”:
− munições, foguetes, explosivos, combustível, lubrificantes, etc.,
− tintas, graxas, adesivos, etc.,
− parafusos, porcas, arruelas, rebites, etc., e
− peças constituintes de componentes R, T, D, L, e P.

4.5.2.11.5 Item Montado – CÓDIGO “M”

É item que satisfaz uma ou mais das seguintes condições simultaneamente:


a) é um material de categoria consumo;
b) deteriora-se pelo uso ou tem tempo limite de vida;
c) é, normalmente, uma peça composta, resultado da montagem de diversos
itens com identificação própria no sistema de suprimento;

d) embora seja um material de “consumo”, os itens da categoria “M” deverão


ser recolhidos aos respectivos PAMA para reaproveitamento das peças não
deterioradas e que não possuam tempo limite de vida;
e) é montado nas oficinas dos PAMA ou Empresas Privadas;
f) exemplos de itens códigos de categoria “M”:
− mangueiras montadas com os terminais;
− cabos de comando montados com terminais;
− cablagens elétricas e eletrônicas montadas com conectores; e
− alguns tipos de amortecedores de motor, etc.

4.5.2.11.6 Item Permanente – CÓDIGO “P”

É todo material aeronáutico que satisfaz às seguintes condições:


MCA 67-1/2006 117

a) não é parte da aeronave;


b) não é consumido no uso;
c) objeto de controle permanente;
d) responsabilidade de Delineamento: Quando necessário deverá ser feito pelo
Parque Oficina do Equipamento; e
e) exemplos de Itens Códigos de Categoria “P”:
− todo equipamento de apoio à manutenção(EAM), bancadas, escadas,
macacos, talhas, suportes, etc.;
− fontes auxiliares de força e de pressão, etc.;
− testes, osciloscópios, geradores de sinal, etc.;
− máquinas, ferramentas, etc.; e
− pára-quedas de uso individual, capacetes de vôo, etc.

4.5.2.11.7 Item de Consumo de Uso Duradouro – CÓDIGO “E”

É todo artigo, equipamento, conjunto de itens, ou itens de durabilidade


previsível próxima àquela do bem móvel permanente, cujo valor individual justifique um
controle escritural e responsabilidade pela sua guarda e conservação.

Exemplos de itens da categoria “E”:


a) ferramentas; e
b) cartuchos, fitas magnéticas, etc.

4.5.2.11.8 Itens Com Similar Nacional – CÓDIGOS “L” E “N”

4.5.2.11.8.1 O código de categoria “L” (REPARÁVEL) corresponde aos itens de códigos das
categorias R, T, e D que passaram a ter similar nacionalizado.

4.5.2.11.8.2 O código de categoria “N” (consumo) corresponde aos itens de código de


categoria “C”, que passaram a ter similar nacionalizado.

4.5.2.11.8.3 Os itens implantados no SILOMS com esses códigos não serão renovados, a
aquisição será, em princípio, sempre do seu similar nacional.

4.6 INVENTÁRIO

O inventário objetiva a precisão nos registros de estoques, visando dar maior


confiabilidade ao Sistema de Controle, minimizar custos e melhorar o atendimento aos
serviços de suprimento.

Periodicamente, toda Organização deve efetuar contagens físicas de seus itens


em estoque levando em conta que um inventário deve permitir:
a) a eliminação de discrepâncias em valor, entre o estoque físico e o
contabilizado no Sistema de Controle;
b) a eliminação de discrepâncias entre o registrado em estoque e o físico;
118 MCA 67-1/2007

c) a apuração do valor total de estoque para efeito de avaliação de consumo


(realizar conforme orientado neste manual);
d) uma avaliação quanto aos recursos aplicados no investimento em itens de
estoque compatíveis com as reais necessidades da manutenção e operação
da Frota;
e) o tratamento seletivo dos itens de suprimento, concentrando mais tempo e
atenção nos itens mais importantes, quer pela sua essencialidade
operacional, quer pelo seu valor, e empregando controles mais simples e
menos freqüentes aos itens menos importantes e de menor valor;
f) o estabelecimento de uma política de armazenagem de material e de
recompletamento automático de itens de suprimento, influenciada, no grau
adequado, pela determinação técnica de necessidades, custo, demanda, e
estimada de tempo de pedido e recebimento (TPR);
g) a redução do número de itens em estoque, através da contínua destinação
dos excessos;
h) o controle integrado dos estoques compatíveis, permitindo o melhor
atendimento das necessidades e as redistribuições indicadas;
i) a eliminação de dupla localização - É inventariando que se descobre que um
PN tem, às vezes, dois ou mais locais reservados para si. Deve-se, a
princípio, reunir todos os itens no mesmo local. Para isso deve-se tomar as
devidas providências no Sistema de Controle;
j) o aparecimento de materiais dados como perdidos - Materiais que entraram
no armazém e que por algum motivo deixaram de ser contabilizados por
falhas administrativas. Neste caso o inventário propicia a possibilidade de se
contabilizar o material fora de controle;
l) a identificação de material - Há escaninhos que por armazenar materiais de
grande rotatividade, ficam sem a etiqueta de identificação, há também a
perda ou destruição da etiqueta de identificação quando da manipulação dos
itens. Em ambos os casos, no momento em que se está inventariando, é
necessário ter publicações técnicas que permitam reidentificar o material;
m) a constatação do tempo limite de estocagem (TLE) - O inventário também
permite a averiguação dos vencimentos dos tempos limites de estocagem do
item. É fundamental essa preocupação, pois assim se evita desperdícios de
itens em estoque;
n) a correta inserção de dados quanto ao controle dos itens que possuem tempo
limite de vida, bem como o seu acompanhamento;
o) o evidenciamento a necessidade de uma atuação mais efetiva dos agentes
responsáveis, quando as discrepâncias encontradas forem de tal ordem que
extrapolem os níveis aceitáveis; e
p) uma ação de troca de embalagem quando for evidenciada que, pela ação do
tempo, a embalagem antiga já não proporcione a segurança necessária ao
item de suprimento.

4.6.1 TIPOS DE INVENTÁRIO


MCA 67-1/2006 119

O inventário físico é uma contagem periódica dos materiais existentes para


efeito de comparação com os estoques registrados e contabilizados em controle, a fim de se
comprovar sua existência e exatidão. Desse modo, os inventários visam confrontar a realidade
física dos estoques, em determinado momento, com os registros contábeis correspondentes
nesse mesmo momento. Com sua realização, fica viável efetuar as conciliações necessárias e
identificar as possíveis falhas de rotina ou de sistema, corrigindo-as.

Caberá ao Controle de Suprimento das unidades, após constatadas as


discrepâncias, providenciar as correções pertinentes, conforme tratado no presente Manual.

No estabelecimento do tipo de inventário a ser adotado, o SISMA levou em


consideração, principalmente a diversidade de características do material aeronáutico e a
variável gama de valores inerentes aos mesmos, observando ao disposto no RCA 12-1,
RADA. Em caráter secundário, considerou-se a possibilidade do sistema de controle
informatizado adotado em atender às exigências estabelecidas.

4.6.1.1 Inventário Permanente

Consiste na adoção, em caráter obrigatório, da comprovação da exatidão dos


registros contábeis, constantes do SILOMS, com o estoque físico existente e da verificação e
do estado e das condições de preservação de um material aeronáutico estocado, sempre que
houver nos Armazéns Reparável e Utilizável qualquer movimentação para fornecimento ou
recebimento deste material.

4.6.1.1.1 Freqüência do Inventário

Sempre quando houver recebimento ou fornecimento de material aeronáutico


para/do seu estoque, a saber:

No Armazém Utilizável:
a) quando da estocagem de itens oriundos de processos de aquisição,
transferências entre unidades e projetos, ajustes a maior ou conclusão de
ordem de serviço; e
b) quando da retirada do material aeronáutico do estoque para fornecimentos,
recolhimentos, ajustes a menor ou transferências.

No Armazém Reparável:
a) quando da estocagem do material aeronáutico avariado oriundo do setor de
recebimento, linhas de manutenção, oficinas ou suprimentos remotos; e
b) quando da retirada do material aeronáutico avariado do estoque para sofrer
reparo em oficinas internas ou externas.

4.6.1.1.2 Vantagens

Este procedimento facilita a prática do PEPS (primeiro a entrar, primeiro a


sair). O material armazenado há mais tempo deve ser fornecido em primeiro lugar.
120 MCA 67-1/2007

Além disso, proporciona ao Controle de Suprimento condições de determinar


as necessidades correntes desses ítens, baseando-se em dados confiáveis.

4.6.1.2 Inventário Parcial

Consiste na comprovação mensal, em caráter obrigatório, da exatidão dos


registros contábeis, constantes do SILOMS, com o estoque físico existente; da verificação do
estado e das condições de preservação de 1/12 avos do material aeronáutico estocado nos
armazéns do reparável e utilizável que NÃO foram movimentados (distribuídos ou recebidos),
ou seja, que não sofreram inventário permanente ou outro tipo de inventário nos últimos 12
(doze) meses.

4.6.1.2.1 Freqüência do Inventário

Mensal.

4.6.1.2.2 Vantagens

O critério estabelecido para selecionar o material a ser inventariado não


acarreta sobrecarga de trabalho aos setores envolvidos e possibilita que ao final de 1 (um) ano
o universo de itens existentes na Organização seja inventariado.

4.6.1.3 Inventário Especial ou A pedido

Consiste na contagem física e verificação qualitativa, quando se fizer


necessário, de um número de itens estocados, pré-selecionados, de acordo com determinados
parâmetros (projeto, unidade de estocagem, grupo, classe, categoria, aplicação, etc)
estabelecidos pelo Gestor de Material Aeronáutico da OM, a seu critério, ou por ordem
superior, quando houver necessidade.

4.6.1.3.1 Freqüência do Inventário

Quando se fizer necessário.

4.6.1.3.2 Vantagens

A principal vantagem deste tipo de inventário é a flexibilidade, visto que se


pode, através de um determinado parâmetro, inventariar uma parcela específica do estoque
com o objetivo de atender a um determinado fim, como, por exemplo, atender à solicitação de
uma auditoria.

4.6.1.4 Inventário Geral

Por tratar-se de uma operação de grande vulto, para a qual concorrerá um


número de pessoas bem maior do que o normalmente utilizado para os inventários parciais,
exigindo ainda um planejamento criterioso e demandando um longo prazo para execução, os
inventários gerais deverão ser realizados apenas em determinadas condições, nas quais a
Administração constate a falta sensível de confiabilidade dos dados registrados, em face das
constantes necessidades de ajustes de estoque, evidenciadas nos inventários parciais.

4.6.1.4.1 Seleção dos Itens


MCA 67-1/2006 121

O SILOMS listará todo o material existente no suprimento, atendendo a


critérios previamente estabelecidos, como por exemplo, por projeto ou classe e ordenado por
seqüência de P/N ou de estocagem/armazenagem.

4.6.1.4.2 Planejamento

O chefe do Suprimento deverá seguir o seguinte roteiro básico:


a) estipular o período de tempo a ser utilizado para cada inventário geral, em
função do tamanho e da quantidade de projetos existentes;
b) selecionar o pessoal necessário;
c) separar os documentos e material necessários, caneta, lápis, balança,
etiquetas, etc.; e
d) dividir o trabalho em duas fases, uma de contagem física do material e outra
para efetuar os ajustes pertinentes. Ressalta-se que a efetuação dos ajustes
necessários pode ser realizado a medida que a contagem física for
parcialmente realizada. Este procedimento visa acelerar o término do
inventário bem como liberar, para distribuição, os itens que já foram
inventariados.

4.6.1.4.3 Procedimentos

Por ocasião da contagem física do material, os elementos designados pelo


controle de suprimento, verificarão as condições de armazenagem, das embalagens, das
etiquetas e realizarão as arrumações necessárias.

4.6.1.4.4 Cuidados

O inventário geral poderá ser realizado a portas fechadas ou abertas. No


segundo caso, especial atenção deverá ser dada às operações de fornecimento e recebimento
de material, que deverão ser rigorosamente controladas, para evitar discrepâncias no
encerramento dos trabalhos.

4.6.1.4.5 Exemplo de Planejamento de Inventário Geral

A título de ilustração apresentamos um planejamento de inventário geral


realizado no Parque de Material Aeronáutico do Galeão e outro de inventário geral realizado
em todos os Remotos em 1994. Os dois exemplos são aplicáveis em qualquer Organização, a
qual deverá fazer as devidas adaptações. Anexos A e B.

4.6.1.5 Competência para efetuar Ajustes

4.6.1.5.1 Ajustes para Maior

Os ajustes de estoque, para maior, que sejam necessários em decorrência de


inventário, serão autorizados pelo chefe do setor de Suprimento da Organização.

4.6.1.5.2 Ajustes para Menor


122 MCA 67-1/2007

Os ajustes de estoque, para menos, que sejam necessários em decorrência de


inventário, observado o disposto no RCA 12-1, Regulamento de Administração da
Aeronáutica, serão autorizados respeitando-se os seguintes limites:
a) até R$5.000,00 – chefe do armazém de Suprimento ou Gestor de material
aeronáutico;
b) maior que R$5.000,00 até R$15.000,00 – chefe da Subdivisão de
Suprimento; e
c) maior que R$15.000,00 até R$50.000,00 – chefe da Divisão Técnica ou
Comandante do ESM; e
d) maior que R$50.000,00 – diretor/comandante da Organização.

OBS.: Sendo esses valores baseados no custo médio, em reais, no SILOMS.


MCA 67-1/2006 123

5 FISCALIZAÇÃO DO MATERIAL AERONÁUTICO

A atividade de suprimento não se esgota na execução dos procedimentos


técnicos estabelecidos neste Manual de Suprimento. Ela vai um pouco além, quando por força
da legislação em vigor, é imperativo que se faça a contabilidade patrimonial do material
aeronáutico. Essa tarefa é regulamentada de forma geral na ICA 172-4, editada pela Secretaria
de Finanças, do Comando da Aeronáutica e especificada para o Sistema de Material da
Aeronáutica.

5.1 FINALIDADE

O presente capítulo tem a finalidade de estabelecer os procedimentos relativos


à fiscalização do material aeronáutico, em conformidade com o que preceitua os artigos 203,
207 e 209 do Regulamento de Administração da Aeronáutica (RADA).

5.2 DESIGNAÇÃO DO GESTOR DE MATERIAL AERONÁUTICO

Para fins do disposto neste Manual, será designado, em cada Organização


envolvida, um Gestor de Material Aeronáutico.

5.2.1 É da responsabilidade do chefe da Divisão Técnica nos Parques e do Comandante do


GSM/ESM ou equivalente nos Remotos:
a) providenciar para que seja publicado em boletim interno da Organização, no
mês de fevereiro de cada ano, o nome do oficial designado para exercer a
função de Gestor de Material Aeronáutico e informar ao Diretor de Material
Aeronáutico e Bélico;
b) providenciar a designação, em boletim interno, de um Gestor para cada
armazém ou depósito de Material Aeronáutico existente na Organização; e
c) efetivar, através de boletim interno da OM, todas as substituições que
venham a ocorrer, em conformidade com o RADA e informar ao Diretor de
Material Aeronáutico e Bélico.

5.2.2 O Órgão do Nível Direção terá um Gestor de Material Aeronáutico, designado em


boletim externo, o qual fará o acompanhamento dos trabalhos dos vários gestores de material
aeronáutico dos elos do SISMA.

5.3 ATRIBUIÇÕES DO GESTOR DE MATERIAL AERONÁUTICO

O Gestor de Material Aeronáutico é o oficial da especialidade de Suprimento


Técnico ou Intendente, podendo ser, na falta destes, o oficial que estiver exercendo a
atividade inerente a Suprimento Técnico, designado em boletim interno da Organização, com
a atribuição de receber, estocar, escriturar, conservar e distribuir internamente e externamente
o material aeronáutico, conforme conceituação da ICA 172-4.

Para tanto, o Gestor de Material Aeronáutico deverá:


a) emitir as notas de lançamento, por ocasião da movimentação de bens,
certificando-se da exatidão das informações contidas nos documentos que
lhes deram origem;
124 MCA 67-1/2007

b) elaborar os balancetes, balanços e inventários dos bens patrimoniais sob sua


responsabilidade, objetivando o registro no SIAFI, mantendo arquivo
mensal dos documentos comprobatórios das variações patrimoniais
registradas;
c) encaminhar mensalmente, ao Agente de Controle Interno um demonstrativo
sintético contendo os documentos que deram origem às modificações dos
bens patrimoniais armazenados, acompanhados dos documentos emitidos
pelo SIAFI, demonstrando o saldo anterior, os acréscimos, os decréscimos e
o saldo atualizado;
d) receber, armazenar, distribuir e controlar toda a movimentação do material
aeronáutico de acordo com as normas estabelecidas;
e) levantar as necessidades e elaborar tabelas de dotação periódica para a
distribuição do material de consumo rotineiro, estabelecido neste Manual,
aos setores apoiados pelos Parques e Remotos;
f) submeter os elementos de sua escrituração à autenticação e ao exame do
Agente de Controle Interno;
g) exigir quitação nos documentos de entrega dos bens de sua
responsabilidade;
h) zelar pelos bens sob sua responsabilidade;
i) informar às Comissões Aeronáuticas de Compra e/ou ao CELOG e/ou ao
setor de licitações, o desempenho dos diversos fornecedores na entrega de
bens ou serviços, de acordo com o estabelecido em instrução própria neste
Manual, para registro nas respectivas fichas cadastrais; e
j) manter arquivo mensal dos documentos comprobatórios das alterações ou
variações dos bens patrimoniais de sua gestão.

5.4 EXECUÇÃO PATRIMONIAL

5.4.1 CONTABILIDADE PATRIMONIAL

A Contabilidade Patrimonial destina-se aos registros contábeis dos atos e fatos


administrativos inerentes à execução patrimonial, compreendendo as aquisições,
incorporações, reavaliações, alienações, baixas e transferências dos bens patrimoniais.

5.4.2 BENS DE ESTOQUE

5.4.2.1 Para efeito deste Manual serão considerados como bens de estoque os bens móveis:
a) de consumo;
b) de uso duradouro; e
c) permanente.

5.4.2.2 Os bens móveis de consumo e de uso duradouro correspondem às categorias de


material R, T, D, L, M, N, E e C do SISMA e serão contabilizados no SIAFI, de acordo com
a categoria estoque de distribuição nos Parques Centrais e estoque interno nos Remotos.
MCA 67-1/2006 125

5.4.2.3 Os bens móveis permanentes correspondem à categoria de material P do SISMA e


serão contabilizados no SIAFI pelos respectivos setores de registro das Unidades Gestoras,
sob o título sintético de bens móveis.

5.4.2.4 Os registros contábeis serão baseados nos seguintes documentos comprobatórios:


a) Guia de Movimentação de Material;
b) Termo de Recebimento ou de Descarga de Material, publicado em boletim; e
c) Ordem de Serviço.

5.4.3 INVENTÁRIO MENSAL

5.4.3.1 Nos Parques e Remotos, o inventário mensal será realizado, com base nos critérios
estabelecidos em capítulo próprio deste, Manual de Suprimento, para o material armazenado
no armazém do utilizável.

5.4.3.2 O inventário e seus ajustes deverão estar prontos até a data de fechamento do SIAFI,
conforme estabelecido na ICA 172-4.

5.4.4 INVENTÁRIO ANUAL

Nos Parques e nos Remotos, o inventário anual será o resultado da


consolidação dos inventários parciais e permanentes realizados durante o exercício.

5.4.5 DEMONSTRATIVO CONTÁBIL SINTÉTICO E ANALÍTICO

5.4.5.1 A contabilidade patrimonial será realizada por intermédio de demonstrativos


contábeis, sintéticos e analíticos, os quais serão confeccionados com uma freqüência mensal e
anual, respectivamente, assinados pelo Gestor de Material Aeronáutico e pelo Agente de
Controle Interno, conforme art.71 do RADA, e anexados ao processo de Prestação de Contas
da Unidade Gestora, mesmo que as contas contábeis apresentem saldo inicial ou final igual a
“zero”.

5.4.5.2 Para que haja um melhor controle das modificações patrimoniais e de seus registros no
SIAFI, o Gestor de Material Aeronáutico, deverá arquivar, mês a mês, em forma de processos,
os Demonstrativos Contábeis Analítico e Sintético, juntamente com os documentos
comprobatórios mencionados em 5.4.2.4, que ficarão à disposição dos Órgãos de Controle.

5.4.5.3 Os dados da movimentação patrimonial, para lançamento no SIAFI, serão fornecidos


pelo SILOMS, por intermédio dos Demonstrativos Contábeis Analítico e Sintético (Anexos
AA e BB).

5.4.5.4 Os Gestores de Material Aeronáutico deverão se utilizar, dos códigos de eventos e das
contas contábeis, especificadas na ICA 172-4, item 6 (Execução Patrimonial).

5.4.6 COMPROVAÇÃO MENSAL DOS BENS DE ESTOQUE

De acordo com o calendário de fechamento dos lançamentos mensais no


SIAFI, o Gestor de Material Aeronáutico deverá:
126 MCA 67-1/2007

a) extrair do SILOMS, os Demonstrativos Contábeis Analítico e Sintético por


atividade, contendo os saldos das respectivas contas contábeis, referentes ao
período considerado, das contas contábeis referentes a Bens de Estoque
(Estoque de Distribuição/Interno – Armazém do Utilizável);
b) efetuar os lançamentos de ajustes no SIAFI;
c) assinar os demonstrativos e encaminhá-los ao Agente de Controle Interno
para verificação; e
d) apresentar essa documentação na prestação de contas da Unidade Gestora.

5.4.7 COMPROVAÇÃO ANUAL

5.4.7.1 O Gestor de Material Aeronáutico deverá extrair, do SILOMS, o Demonstrativo


Sintético da Movimentação anual do estoque, contendo os saldos das contas contábeis e
também um extrato contendo o resultado do inventário anual realizado.

5.4.7.2 Os documentos mencionados em 5.4.7.1 serão assinados pelo Gestor de Material


Aeronáutico e encaminhados ao Agente de Controle Interno para verificação.

5.5 CONSIDERAÇÕES GERAIS

5.5.1 As Organizações deverão manter os demonstrativos contábeis e os documentos


comprobatórios mencionados em 5.4.2.4, conforme o que estabelece o FCA 214-2 de 11 abr.
02 (Classificação, avaliação e destinação de documentos de arquivo-atividade meio), com
base na publicação aprovada pela Resolução de nº 14, de 24 out. 01 do CONARQ (Conselho
Nacional de Arquivos).

5.5.2 Os Remotos serão chamados a apresentar a documentação mencionada em 5.5.1, por


ocasião das Visitas de Assistência Técnica (VAT), realizadas pelos Parques Centrais.

5.5.3 Os Parques Centrais serão chamados a apresentar a documentação mencionada em 5.5.1,


por ocasião das Visitas Técnicas(VT) ou Auditorias, realizadas pelo Órgão do Nível Direção.

5.5.4 Gestor de Material Aeronáutico do Órgão do Nível Direção, fará um acompanhamento


sistemático dos trabalhos desenvolvidos nos Centrais e Remotos, através do sistema de
controle informatizado, do SIAFI e de reuniões setoriais a serem especificadas pelo Órgão do
Nível Direção.
MCA 67-1/2006 127

6 OBTENÇÃO

6.1 FINALIDADE

Este capítulo tem a finalidade de apresentar as fases que antecedem e


configuram a gestão de obtenção de material aeronáutico e estabelecer os procedimentos a
serem seguidos por cada setor de Suprimento nos níveis Direção, Central e Remotos, além do
CELOG, DARJ e do Órgão de Aquisição para a obtenção das necessidades logísticas para
atendimento à frota apoiada, objetivando um atendimento de suprimento adequado e oportuno
no âmbito do SISMA. Tem ainda como finalidade manter a disponibilidade da frota, como
principal objetivo, cabendo a cada elo do SISMA perseverar nas alternativas, a fim de
viabilizar a nossa missão: FAZER VOAR!

6.2 OBJETIVOS

Os objetivos a serem alcançados nos níveis de Direção, de Parques e de


Remotos, quando nas fases de determinação de necessidades, de obtenção, de recebimento e
distribuição e de utilização do material aeronáutico/eletrônico, necessários à manutenção ou
modernização dos equipamentos apoiados, apresentam o fito de atender às necessidades
logísticas, com o sistema de suprimento em tempo oportuno e adequado, no âmbito do
SISMAB, possibilitando assim, o cumprimento das diretrizes estabelecidas pela DIRMAB, os
quais estão listados a seguir:
a) manter a disponibilidade prevista a cada ano;
b) diminuir a quantidade de Reparáveis em oficinas aguardando material de
reparos;
c) evitar desperdícios de tempo de obtenção e de recursos técnicos e
financeiros;
d) utilizar todo o material obtido, deixando em estoque o que pertencer ao
nível estratégico;
e) melhorar o atendimento aos Remotos, no tocante ao fluxo de suprimento;
f) aumentar o controle do recebimento e distribuição, através do SILOMS; e
g) melhorar a qualidade das informações contidas nas requisições de compra.

6.3 METAS

6.3.1 Otimizar a dotação financeira recebida.

6.3.2 Determinar as necessidades em consonância com os recursos alocados, em D-30, em D


e em D+30.

6.3.3 Obter o material e serviços para atender o período planejado de consumo de 12 meses.

6.3.4 Obter o material e serviços planejados no menor prazo possível e com o melhor preço.

6.3.5 Controlar o processo de obtenção, através do SILOMS e cancelar os pedidos que não
obtiveram cotação até 23 de cada ano.
128 MCA 67-1/2007

6.3.6 Receber e distribuir o material, em tempo oportuno, ou seja, em 15 dias após o


recebimento nos Órgãos de Compra, Parques e DARJ.

6.3.7 Utilizar completamente todo o material obtido e reparado, nos 12 meses subseqüentes ao
recebimento, para os grupos dos itens críticos, de Troca Obrigatória e Renovação de
Estoques.

6.3.8 Controlar completamente a utilização do material e serviços obtidos para o período


planejado de 12 meses de consumo.

6.4 DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS

6.4.1 D – Data provável de liberação dos recursos financeiros no exterior.

6.4.2 D-30 – Antecedência de 30 dias da data provável de liberação dos recursos financeiros
no exterior.

6.4.3 D+30 – Data de 30 dias após a data provável de liberação dos recursos financeiros no
exterior.

6.4.4 D-27 – Data início das cotações e licitações para os pedidos críticos.

6.4.5 D+3 – Data início das cotações e licitações para os pedidos de troca obrigatória.

6.4.6 D+33 – Data início das cotações e licitações para os pedidos normais.

6.5 DOTAÇÃO FINANCEIRA

6.5.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

ND 30 ND 39 ND 52
OM
BRASIL EXTERIOR BRASIL EXTERIOR BRASIL EXTERIOR

OBS.: O detalhamento da distribuição de recursos encontrar-se na ICA 400-8, Programa de


Trabalho Anual da DIRMAB Vol 1 – Geral.

6.5.2 DESCENTRALIZAÇÃO DE RECURSOS

6.5.2.1 A descentralização de recursos financeiros é realizada de acordo com as prioridades


estabelecidas pelo SISMAB.

6.5.2.2 A descentralização deverá ocorre imediatamente, após a liberação dos recursos


financeiros pela SEFA.

6.5.2.3 Os recursos em moedas estrangeiras são descentralizados junto à SEFA.


MCA 67-1/2006 129

6.6 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES


6.6.1 PRIORIDADES

6.6.1.1 As necessidades devem ser levantadas e agrupadas por prioridades, a fim de viabilizar
as cotações em tempo desejável, as quais deverão ser apresentadas no respectivo PTA, através
de Planilhas eletrônicas, contemplando:
a) itens críticos;
b) itens de troca obrigatória nas Unidades Aéreas;
c) itens de renovação de estoque;
d) itens para serviço de reparos;
e) nacionalização; e
f) itens de investimento.
6.6.2 NÍVEIS DE ESTOQUE

6.6.2.1 O cálculo do material a ser obtido deverá suprir os níveis de estoque para 12 meses de
consumo, devendo adicionar o fator de segurança de 3 meses.

6.6.2.2 As OM apoiadas deverão concluir, até o último dia útil de setembro do ano em curso,
a necessidade de material de troca obrigatória, para um período de 12 meses de consumo,
visando ao próximo exercício.

6.6.2.3 Para os casos específicos de itens que necessitem níveis de estoque superior ao acima
determinado, os pedidos deverão ter seu campo de observação preenchido com as respectivas
justificativas.

6.6.3 NÍVEIS DE ESTOQUE PARA OS ITENS CRÍTICOS

6.6.3.1 Consideram-se itens críticos aqueles que apresentaram situação de emergência (AIFP,
IPLR, ANCE) no ano anterior, que não foram atendidos, que necessitaram de um processo de
obtenção para sua solução, e que seus estoques atuais não possuam níveis de atendimento para
12 meses.

6.6.3.2 As requisições pertencentes a esses grupos deverão ser identificadas por um atributo
de item crítico nas requisições junto ao SILOMS.

6.6.4 APRESENTAÇÃO DE NECESSIDADES

A apresentação das necessidades deverá ser feita à DIRMAB: em dólar norte-


americano para aquisições no exterior e em reais para as nacionais, conforme planilha do item
6.5.1, até o último dia útil de outubro de cada ano.
6.6.5 PROCESSO DE COLOCAÇÃO DE REQUISIÇÕES NOS ÓRGÃOS DE COMPRA

6.6.5.1 Em virtude do melhor aproveitamento dos recursos alocados, as requisições sofrerão


um tratamento diferenciado, quanto a sua importância e dificuldades de obtenção, devendo ser
colocadas, nas seguintes datas.
130 MCA 67-1/2007

6.6.5.1.1 Itens Críticos

Em D-30, as OM provedoras deverão inserir no SILOMS suas requisições com


itens críticos e, após 30 dias, verificar se esses se encontram disponíveis para as Comissões de
Compra CABW e CELOG.

6.6.5.1.2 Itens de Troca Obrigatória

Em D, todos os itens deste grupo deverão estar inseridos no SILOMS para que
os Órgãos de Compra iniciem o processo de compra, ficando a OM requisitante responsável
pelo acompanhamento dessa fase.

6.6.5.1.3 Itens de Renovação

Em D+30, os pedidos para a renovação normal deverão estar disponíveis junto


ao SILOMS.

6.6.5.1.4 Itens para serviço de reparos

Em D-30, em coordenação com os Órgãos de Compra, as OM requisitantes


deverão inserir as requisições em consonância com os recursos alocados.

6.6.5.1.5 Nacionalização

A Nacionalização de material aeroespacial necessário à operação e à


manutenção de aeronaves, de engenhos aeroespaciais e seus equipamentos de apoio, são
caminhos utilizados quando as fontes normais de suprimentos mostrarem-se inadequadas ou
inviáveis para o cumprimento das metas estabelecidas, de acordo com o MMA 67-3,
MANUAL DE NACIONALIZAÇÃO, da DIRMAB.

6.6.5.2 Itens de Investimento

Após o estabelecimento da necessidade de itens dessa classe, ou seja, itens que


possam apresentar dificuldades de obtenções futuras, os quais foram resultantes de estudos
prévios ou informações oriundas dos fornecedores, sua aquisição poderá ser diluída em mais
de um exercício financeiro, de acordo com a disponibilidade e prioridade dos recursos
recebidos.

Caberá ao Órgão de Direção Central a priorização de alocação desses recursos


por OM e sistemas, conforme as diretrizes estabelecidas.

6.6.6 FERRAMENTAS DE APOIO AO PROCESSO DE DETERMINAÇÃO DAS


NECESSIDADES

6.6.6.1 SILOMS

O SILOMS permite em um dos seus módulos, o de Planejamento, funções de


previsão e inserção de requisições de material e serviços nos módulos de compra das CAB e
CELOG. Além disso, possibilita o controle de todo esse processo de obtenção, desde a
colocação de requisição até o seu recebimento nas Organizações Requisitantes.
MCA 67-1/2006 131

Existe, ainda, o módulo de Suprimento, que visa ao controle dos dados para o
gerenciamento de material em estoque ou em movimento, bem como disponibiliza
informações relevantes que viabilizam as renovações recomendadas de estoque dos remotos.

6.6.7 PESSOAL

6.6.7.1 TÉCNICO

Deverá ser utilizado ao menos um técnico de cada sistema ou de cada projeto


de aeronave envolvida.

6.6.7.2 DE SUPRIMENTO

Deverão ser utilizados graduados especialistas em suprimento.

6.6.7.3 DA CATALOGAÇÃO

As OM requisitantes devem possuir representantes disponíveis da catalogação


durante os trabalhos da fase de determinação das necessidades, uma vez que se torna
extremamente importante a correta identificação e possíveis correções de informações
referente aos itens a serem obtidos.

OBS.: uma margem significativa de requisições canceladas deve-se à falta correta de


informações prestadas junto às CAB.

6.6.8 EQUIPAMENTOS
Os diversos setores de suprimento devem estar capacitados com computadores
ligados à Intraer, ao SILOMS, e pelo menos um à Internet, a fim de permitir consultas
externas.

6.6.8.1 SISTEMAS DE CONSULTA

Os setores e elos do SISMA responsáveis pela determinação das necessidades


deverão utilizar os Sistemas de Consultas disponíveis: SILOMS, CD – FICHE, FEDLOG;
publicações e fontes disponíveis.

6.6.8.2 PUBLICAÇÕES

6.6.8.2.1 As Ordens Técnicas utilizadas, como fonte de consulta, devem estar atualizadas, a
fim de fornecer informações precisas aos órgãos de compra.

6.6.8.2.2 As Ordens Técnicas desatualizadas deverão ser apresentadas à Imprensa Técnica, a


fim de que sejam substituídas.

6.6.8.3 PRIORIDADE DE ATENDIMENTO

6.6.8.3.1 Prioridade 1 - Atendimento das emergências.

6.6.8.3.2 Prioridade 2 - Atendimento das aeronaves priorizados nas Diretrizes do Comando.

6.6.8.3.3 Prioridade 3 - Manutenção não programada.

6.6.8.3.4 Prioridade 4 - Renovação de estoque obedecendo às regras estabelecidas pelo Órgão


Central.
132 MCA 67-1/2007

6.7 OBTENÇÃO DE MATERIAL E SERVIÇOS ATRAVÉS DAS CAB, CELOG, PRAÇA


LOCAL E FMS

6.7.1 PROCESSO DE FORMALIZAÇÃO DAS NECESSIDADES

6.7.1.1 Todas as requisições encaminhadas à CABW e CELOG, com a finalidade de atender o


SISMA deverão ser originadas no SILOMS.

6.7.1.2 As requisições destinadas ao FMS deverão ser originadas no STARR.

6.7.1.3 As obtenções realizadas na praça local deverão seguir os processos já estabelecidos e


as orientações contidas no APAS Nº 001/DIRMAB/25MAR05, Anexo VV.

6.7.2 APRESSAMENTO DA OBTENÇÃO DE PEDIDOS EM EMERGÊNCIA

6.7.2.1 As Organizações subordinadas à DIRMAB, excepcionalmente, quando uma aeronave


em operação na UAe, ou em fase de vôo experiência, ou durante entrega ao operador entrar
em situação de emergência e, até mesmo, para os itens que estiverem causando parada de
equipes de manutenção, estarão autorizadas a emitir uma solicitação de apressamento da
requisição, às Comissões de Compra, via “fac-símile”, através do Diretor Técnico,
devidamente justificada com a matrícula da aeronave.

6.7.2.2 A primeira providência da OM requisitante, em situações que não existam requisições,


deverá ser a de inserir a requisição no SILOMS com o status de emergência devidamente
justificada e solicitar o pedido de apressamento, conforme o item anterior.

6.7.3 PRAZOS PARA A ALOCAÇÃO DAS REQUISIÇÕES NOS ÓRGÃOS


PROVEDORES

As datas previstas de colocação dos pedidos separados por grupos, deverão ser
seguidas conforme o item 6.4.

6.7.4 CRONOGRAMA

6.7.4.1 Itens Críticos

Os Órgãos de Compra deverão, preferencialmente em D-27, iniciar as cotações


e licitações junto aos seus fornecedores.

6.7.4.2 Itens de Troca Obrigatória

Os Órgãos de Compra deverão, preferencialmente em D+3, iniciar as cotações


e licitações junto aos seus fornecedores.

6.7.4.3 Itens de Renovação Normal

Os Órgãos de Compra deverão, preferencialmente em D+33, iniciar as cotações


e licitações junto aos seus fornecedores.

6.7.4.4 Serviços de Reparo

Os serviços desta natureza, deverão ser coordenados pelos Órgãos de Compra,


devido a procedimentos peculiares aos mesmos.
MCA 67-1/2006 133

6.7.4.5 Nacionalização

A OM requisitante, durante o desenvolvimento do item a ser nacionalizado,


deverá identificar as fases que porventura causem impactos ao seu PTA.

6.7.5 REGRAS DE OBTENÇÃO

6.7.5.1 Obtenção no Exterior

Apesar de existir o art. 123 da Lei 8.666/93, que possibilita a realização de


obtenção no exterior, obedecendo às peculiaridades locais e os princípios básicos dessa lei, na
forma de regulamentação específica, a CABW possui normas de Licitação estabelecidas pelo
TCU e SEFA, as quais orientam que as aquisições devem ser realizadas pelo processo normal,
adjudicando a empresa vencedora que apresentar o menor preço.

Existem outras possibilidades de obtenção quanto aos limites de prazos de


entrega, os quais ficarão sob a gerência daqueles Órgãos de Compra, quando houver o
interesse do Órgão Central do sistema.

6.7.5.2 Obtenção no CELOG

As OM interessadas em realizar obtenções de materiais e serviços, por


intermédio daquele Centro, deverão informar à DIRMAB-AESU e ao CELOG as suas
necessidades até 30 de setembro de cada ano, a fim de permitir que aquele Centro realize o
seu planejamento de obtenção.

6.7.5.3 Obtenção na Praça Local

As OM autorizadas a realizar obtenções de materiais e serviços na praça local


deverão seguir um planejamento prévio aprovado pelo Agente Diretor, e observar a Lei
8.666/93 e legislações complementares.

6.7.5.4 Obtenção no FMS

As obtenções realizadas junto ao Governo Americano serão regidas por


capítulo específico deste manual.

6.7.6 PROCEDIMENTO DAS OM REQUISITANTES

As OM requisitantes deverão realizar as interações de cotação, diariamente,


disponibilizadas pela CABW (Parecer Técnico), no prazo previsto de sete dias, quando do
processo de escolha da empresa vencedora.

6.7.7 FERRAMENTAS DE APOIO AO PROCESSO DE OBTENÇÃO

6.7.7.1 SILOMS

O SILOMS, responsável pela alimentação de dados das requisições para os


Órgãos de Compra, realizará, automaticamente, a carga com as informações necessárias para
alimentar os bancos de dados da CABW e do CELOG.
134 MCA 67-1/2007

6.7.8 PESSOAL
6.7.8.1 Técnico

A CABW não dispõe de corpo especializado para apoiar às decisões técnicas


no momento em que os fornecedores apresentam novos dados na fase de resposta das
cotações, ficando as OM requisitantes obrigadas a interagir com as cotações em discrepâncias
no SILOMS , no prazo máximo de sete dias.

6.7.8.2 Suprimento

Deverão ser utilizados graduados especialistas em suprimento, a fim de manter


as OM requisitantes atualizadas com o processo de compra das CAB, CELOG e FMS.

6.7.8.3 Equipamentos

Os setores envolvidos, das OM requisitantes, deverão estar capacitados com


computadores ligados à Intraer e pelo menos um à Internet, a fim de permitir consultas por
meios externos.

6.7.8.4 Sistemas de Consulta

Os setores e elos do SISMA responsáveis pela determinação das necessidades


deverão utilizar os Sistemas de Consultas disponíveis: SILOMS, CD – FICHE, FEDLOG,
USAINFO, publicações e fontes disponíveis.
6.7.8.5 Publicações

As CABW e CABE não dispõem de Ordens Técnicas utilizadas pelos Órgãos


Requisitantes, sendo estas últimas responsáveis em elucidar dúvidas técnicas que porventura
ocorram durante a fase de obtenção do material.

6.8 RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL E SERVIÇOS OBTIDOS PELOS


ÓRGÃOS DE COMPRA

6.8.1 RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL E SERVIÇOS

6.8.1.1 Incluem-se nesse processo as seguintes fases:


a) recebimento de material, nos Órgãos de Compra, oriundo dos fornecedores;
b) expedição de volumes, dos Órgãos de Compra, para as OM requisitantes;
c) recebimento de material, nas OM requisitantes, oriundo dos Órgãos de
Compra;
d) inspeção, recebimento e estocagem do material recebido nas OM
requisitantes; e
e) fornecimento de material, pelos Parques Centrais, para as OM apoiadas.

6.8.1.2 Prazos Desejáveis de Recebimento e Remessa

6.8.1.2.1 Nas CAB e CELOG, o prazo desejável deverá ser de 15 dias, excetuando-se os casos
em que se configurar emergência.
MCA 67-1/2006 135

6.8.1.2.2 No DARJ, após o desembaraço alfandegário, o prazo desejável deverá ser de 15


dias, excetuando-se os casos em que se configurar emergência.

6.8.1.3 Preparação dos Volumes para Embarque

6.8.1.3.1 Os Órgãos de Compra não deverão consolidar os volumes para diversos


destinatários.

6.8.1.3.2 Os volumes deverão estar devidamente identificados, com etiquetas externas,


preferencialmente, com os números de volumes identificados com etiquetas em códigos de
barras padrão FAB.

6.8.1.4 Utilização dos Meios de Transporte

6.8.1.4.1 Os Órgãos responsáveis pela distribuição de material aeronáutico deverão utilizar,


preferencialmente, os seguintes meios de transporte, combinando as prioridades, ora
apresentadas, de 1 a 6 (a importância de prioridade diminui em ordem crescente), em
consonância com a natureza do material, grau de necessidade e custos:

Transporte Transporte Transporte Transporte Transporte Transporte


OM Rodoviário Rodoviário Aéreo Aéreo Marítimo Marítimo
Militar Comercial Militar Comercial Militar Comercial

CABW 3 2 1

CABE 3 2 1

BRASIL 3 4 1 2 5 6

DARJ 1 4 2 3 5 6

OM 2 4 1 3 5 6

6.8.1.5 Remessa de Material para Serviços

6.8.1.5.1 As OM requisitantes deverão planejar o recolhimento dos itens a serem reparados


em oficinas externas, e informar os dados de embarque às Organizações de Compra.

6.8.1.5.2 A documentação deverá ser enviada com a antecedência mínima de 72 horas, uma
vez que a falta de documentos no momento de desembaraço no destino poderá causar multas,
taxas exorbitantes de hospedagem do material, perda e até mesmo a confiscação desses
volumes, quando no exterior.

6.8.1.5.3 Os volumes destinados ao exterior só deverão seguir se estiverem devidamente


embalados, documentados, etiquetados com as informações pertinentes e, principalmente, se
estiverem autorizados a embarcar pelo Órgão de Compra.
136 MCA 67-1/2007

6.8.1.6 Recebimento de Material nas OM Requisitantes

6.8.1.6.1 Os volumes destinados a essas OM deverão ser recebidos, conforme capítulo


específico deste manual.

6.8.1.6.2 O material rejeitado durante o recebimento deverá ser analisado com intuito de
verificar se a sua falta causará situação de emergência. Caso se confirme, a OM requisitante
deverá informar a necessidade urgente aos Órgãos de Compra, a fim de se buscar uma solução
mais rápida possível para a discrepância.

6.8.2 FERRAMENTAS DE APOIO AO PROCESSO DE RECEBIMENTO E


DISTRIBUIÇÃO

6.8.2.1 As OM envolvidas no processo de Recebimento e Distribuição deverão estabelecer as


suas necessidades de transporte junto à DIRMAB até 30 de outubro do ano em curso.

6.8.2.2 O material de apoio (embalagem, preservação, ferramentas manuais e equipamentos


julgados necessários para o bom funcionamento do Setor de Recebimento e Expedição)
deverá ser dimensionado para que seja atendido com recursos locais;

6.8.2.3 Os recursos necessários ao desenvolvimento dessas atividades deverão ser


apresentados no PTA de cada OM;

6.8.2.4 As OM, elos do SISMA, deverão observar o APAS 001/DIRMAB/23MAR05.

6.9 UTILIZAÇÃO DO MATERIAL OBTIDO E REPARADO

6.9.1 PRIORIDADES DE ATENDIMENTOS

6.9.1.1 As Organizações apoiadoras deverão estabelecer as seguintes prioridades de


atendimento:
a) Prioridade 1 – atendimento das emergências das Unidades apoiadas;
b) Prioridade 2 – atendimento à manutenção programada das aeronaves e
sistemas priorizados nas Diretrizes de Comando;
c) Prioridade 3 – Manutenção não-programada; e
d) Prioridade 4 – Renovação de estoque dos Remotos, devendo ser observado
as regras estabelecidas pelo Órgão Central.

6.9.2 PRAZOS PARA A UTILIZAÇÃO DO MATERIAL

6.9.2.1 Os Órgãos provedores gerenciarão as datas limites de transferência de material, uma


vez que essas movimentações deverão ocorrer programadas pelo SILOMS para as unidades
apoiadas, a fim de se evitar situações de emergências.

6.9.2.2 A classe de material que possui controle de tempo em serviço, de TLV e de TLE
deverá sofrer tratamento e controle separado dos demais itens, objetivando evitar solução de
continuidade.
MCA 67-1/2006 137

6.9.2.3 Os Órgãos Provedores deverão planejar a movimentação do material de troca


obrigatória, imediatamente, após o seu recebimento.

6.9.2.4 As OM operadoras (Unidades Aéreas) deverão informar às OM provedoras, com a


antecedência de 120 dias da data prevista para a manutenção programada, o material não
atendido na renovação automática de estoque para essa atividade.

6.9.2.5 No tocante ao fornecimento de material para o atendimento à manutenção não-


programada, o Órgão Provedor deverá gerenciar o assunto detalhadamente, a fim de não
comprometer todo o planejamento das demais organizações.

6.9.2.6 A Subdivisão de Suprimento de cada Parque deverá informar aos setores envolvidos
(oficinas, linhas de revisão e controle de Ordens de Serviço) o recebimento do material em
emergência, crítico e de investimento.

6.10 ACOMPANHAMENTO E CONTROLE

6.10.1 ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO CENTRAL DO SISMA

6.10.1.1 O Órgão Central do SISMA- DIRMAB-AESU será o responsável em estabelecer as


datas de entrada das requisições nas CAB e CELOG.

6.10.1.2 O Órgão Central do SISMA- DIRMAB-SDAD deverá informar às OM apoiadas a


previsão de repasse de recursos financeiros no Brasil e exterior.

6.10.1.3 As OM apoiadas deverão encaminhar as suas necessidades de suprimento para o


CELOG, através da DIRMAB-AESU até 30 de setembro de cada ano.

6.10.1.4 A DIRMAB deverá controlar o processo de recebimento e consumo, tais como:


a) o tempo médio de obtenção dos pedidos de itens críticos;
b) acompanhar os pedidos em emergência, bem como fiscalizar os motivos que
os geraram;
c) acompanhar a utilização do material solicitado em emergência; e
d) acompanhar as curvas de consumo do material obtido.

6.10.1.5 O controle das obtenções por grupos de itens críticos, os de troca obrigatória, os de
renovação normal, os reparáveis e os nacionalizados, deverão sofrer um gerenciamento
diferenciado pelas OM requisitantes, a fim de permitir um maior controle dos Órgãos
envolvidos, no tocante ao cumprimento das Diretrizes estabelecidas pelo Órgão Central do
Sistema.

6.11 ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS REQUISITANTES

6.11.1 Os Órgãos Requisitantes deverão identificar a baixa qualidade do material aplicado,


através de relatórios de deficiência e encaminha-los aos Órgãos de Compra, conforme
capítulo específico deste manual.

6.11.2 As OM requisitantes deverão controlar o TPR dos pedidos de itens críticos e as


implicações decorrentes do não atendimento pela CABW e CELOG.
138 MCA 67-1/2007

6.11.3 Controlar as DPE dos pedidos.

6.11.4 Analisar os pedidos com longas DPE, após a última cotação dos Órgãos de Compra,
sob os seguintes aspectos:
a) obsolescência do item e/ou conjunto maior;
b) possibilidade de utilização de alternados e compatíveis;
c) inexistência de fabricante;
d) informações incorretas ou inconsistentes nos pedidos;
e) item de aplicação militar;
f) item controlado, devido a sua natureza, a exemplo: químicos, radioativos etc.;
g) item de fabricação sazonal;
h) possibilidade de obtenção no FMS ao invés da área comercial e vice-versa; e
i) possibilidade de nacionalização.

6.11.4 Realizar o cancelamento, por intermédio dos Órgãos de Compra, os pedidos que se
encontram com as DPE vencidas há mais de 8 meses e sem respostas dos fornecedores, após
uma criteriosa análise das OM requisitantes.

6.11.5 Realizar o efetivo controle de recebimento dos itens críticos e de troca obrigatória, bem
como executar ações para que os demais pedidos normais não venham causar impactos nos
seus respectivos PTA.

6.11.6 As Subdivisões de Suprimento das OM Requisitantes deverão informar, semanalmente,


aos setores envolvidos com a obtenção, os respectivos status dos pedidos de itens críticos e de
emergência, bem como, mensalmente, os pedidos dos grupos de troca obrigatória e de
investimentos.
MCA 67-1/2006 139

7 FMS

7.1 FINALIDADE

Destina-se o presente capítulo a regulamentar os procedimentos, normas e


instruções necessárias à administração do Programa de Assistência à Segurança, do Governo
Americano, com ênfase no FMS (FOREIGN MILITARY SALES), no Comando da
Aeronáutica, como forma de Regulamentação Específica, em consonância com o Art. 123 da
Lei 8666.

7.2 RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS

7.2.1 Compete à DIRMAB:


a) o assessoramento técnico a todas organizações do COMAER requisitantes
de materiais/serviços que participam do programa “Foreign Military Sales”
(FMS);
b) a difusão das atualizações dos procedimentos do FMS, estabelecidos pelo
Governo Americano, às diversas organizações do COMAER;
c) a coordenação de todas as atividades inerentes à Revisão Anual do
Programa FMS no país e no exterior;
d) a coordenação de todas as atividades inerentes à Cooperativa Logística do
Governo Americano;
e) o acompanhamento de todas as fases do processo do Programa FMS e seus
subprogramas;
f) a execução do controle financeiro do FMS administrado pelo SISMAB; e
g) a coordenação com o órgão central do SISMETRA das atividades
relacionadas com materiais sujeitos à calibração e reparo.

7.2.2 Compete à CABW:


a) a celebração de todos os Contratos – LOA (Letter of Offer and Acceptance),
que serão assinados pelo chefe dessa Comissão, como representante oficial
das organizações do COMAER, junto às diversas instituições do Governo
Americano;
b) manter o controle financeiro de todos os assuntos do COMAER, junto ao
Governo Americano, bem como efetuará os pagamentos devidos por força
das LOA, sob a coordenação e supervisão da DIRMAB e/ou organização do
COMAER de similar competência ou determinada por escalão superior; e
c) receber, numerar, consolidar e embarcar o material FMS.

7.2.3 Compete ao EBL:

Manter o controle técnico de todos os assuntos do COMAER, junto ao


Governo Americano, relacionados com o Programa FMS e seus subprogramas, interagindo
com as instituições afins do Governo Americano, sob a coordenação e supervisão da
DIRMAB e/ou organização do COMAER de similar competência ou determinada por escalão
superior.
140 MCA 67-1/2007

7.2.4 Compete às demais organizações que participam do Programa FMS:


a) cumprir toda legislação da assistência à segurança vigente, quando na
execução de atividades de algum de seus programas;
b) solicitar assessoramento técnico à DIRMAB quando se fizer necessário;
c) gerenciar os “cases” FMS sob sua responsabilidade, acompanhando todas as
fases, desde a abertura até o encerramento;
d) efetuar o controle financeiro de seus “cases”; e
e) participar das reuniões preparatórias para a revisão anual dos “cases” FMS.

7.3 HISTÓRICO

7.3.1 O “SECURITY ASSISTANCE”

Após o término da II Guerra Mundial, os Estados Unidos da América do Norte


e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas emergiram como as duas superpotências, em
perfeito sincronismo com a teoria geopolítica da bipolaridade.

A partir de então, uma verdadeira disputa em busca do aumento de suas esferas


de influência sobre os demais países da comunidade mundial tem sido uma tônica. De um
lado a Democracia Norte-Americana e do outro o “Comunismo Soviético”.

Em 1947, os Estados Unidos, através da doutrina do Presidente Harry Truman,


forneceram ajuda econômica e militar à Turquia e à Grécia, para deter a expansão comunista
na área. 654 milhões de dólares foram fornecidos em três anos sob a forma de equipamentos
militares, treinamento e ajuda econômica.

A doutrina Truman é um exemplo clássico de ações que visam à segurança


coletiva das nações amigas e aliadas e marcou, juntamente com o Plano Marshall, o
nascimento de um vasto programa do Governo Norte-americano para auxílio à segurança dos
países amigos e aliados, chamado “Security Assistance” - Assistência à Segurança.

O Presidente Bill Clinton assumiu o governo dos EUA em 1993, enfrentando


uma série de desafios voltados à política exterior: Missão militar humanitária na Somália,
conflitos na Bósnia, enfraquecimento da economia e perda da predominância dos EUA no
mercado mundial, redução das Forças Armadas e a interminável negociação de paz no
Oriente-Médio.

Sua administração enfocou inicialmente a reconstrução da economia e dos


assuntos internos, através de medidas dentro e fora do país, que afetaram direta ou
indiretamente a Assistência à Segurança.

Adotou a política de encorajar as Embaixadas Americanas a promoverem


ativamente assistência aos negócios americanos no exterior. Com isto, incentivou a entrada
das empresas civis de defesa no DCS (programa de vendas comerciais diretas) e o FMS para a
venda de artigos de defesa, serviços e treinamento a estrangeiros.

Com o término da Guerra-Fria e desintegração do Bloco Soviético, surgiu o


desejo de obter-se dividendos com a nova atmosfera de paz, reduzindo-se as estruturas
militares e o orçamento da estrutura da defesa.
MCA 67-1/2006 141

Os recursos advindos dessa nova situação seriam aplicados em programas


internos a favor da Nação Americana.

7.3.2 CONCEITO DE ASSISTÊNCIA À SEGURANÇA

Programas econômicos e militares de assistência, que realizam a transferência


de artigos e serviços de defesa, treinamento militar e ajuda econômica para países aliados e
amigos dos EUA.

Entre esses programas está incluído o FMS com as seguintes peculiaridades:


a) necessidade de manter-se uma infra-estrutura administrativa nas Diretorias,
na Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington, Escritório Brasileiro
de Ligação e demais organizações do COMAER envolvidas com o
programa;
b) necessidade de acompanhar as atualizações de sua extensa legislação;
c) necessidade de formação de pessoal especializado para gerenciamento do
programa;
d) necessidade de manter-se controle financeiro em separado;
e) assistência direta do Departamento de Defesa dos EUA;
f) acesso às organizações de apoio logístico do Governo Americano (USAF,
USARMY, USNAVY);
g) prazo de entrega e preços em condições vantajosas, para os itens adquiridos
dos estoques do DoD;
h) controle de qualidade do Governo Americano; e
i) possibilidade de aquisição de itens "non-standard".

7.3.3 PRINCIPAIS PROGRAMAS DA ASSISTÊNCIA À SEGURANÇA

7.3.3.1 Military Assistance Program - MAP

Programa através do qual são fornecidos artigos militares, bem como serviços
relacionados com o emprego desses artigos, sob forma de doação, ou seja, o país que os
recebe não tem compromissos financeiros.

Nas Forças Armadas Brasileiras é conhecido como Programa de Assistência


Militar - PAM, encerrado oficialmente para o COMAER desde DEZ 1996. Foi incorporado a
outro programa, o FMFP.

7.3.3.2 International Military Education and Training - IMET

Programa através do qual é fornecida instrução e/ou treinamento militar ou


civil para estudantes estrangeiros, nos Estados Unidos ou no próprio país.

O Congresso Americano aprova, na proposta de orçamento anual, o montante


de verba que deve ser destinado ao pagamento dos cursos de cada país escolhido.
142 MCA 67-1/2007

7.3.3.3 Economic Support Funds - ESF

Programa através do qual é provida assistência econômica para governos


estrangeiros selecionados, em forma de empréstimo ou doação.

Os recursos são utilizados para financiar importação de mercadorias, saúde,


educação, agricultura e planejamento familiar, em áreas com emergentes crises políticas e
econômicas.

7.3.3.4 Peace Keeping Operations - PKO

Através desse programa, ajuda especial é provida às organizações e órgãos


internacionais, visando à manutenção da paz em áreas sensíveis.

Normalmente, os recursos alocados são destinados à participação das Forças


Armadas Norte-Americanas, nas Forças Multinacionais de Paz da ONU.

7.3.3.5 Foreign Military Financing Program - FMFP

Programa através do qual são fornecidos créditos e empréstimos a governos


estrangeiros selecionados, para a aquisição de artigos, serviços e treinamento, para a defesa.

7.3.3.6 Direct Commercial Sales - DCS

Representa a venda direta da indústria norte-americana ao governo estrangeiro.


A participação dos órgãos do Governo Americano restringe-se à autorização das vendas e das
exportações.

7.3.3.7 Foreign Military Sales - FMS

Programa através do qual artigos, serviços e treinamento militar para a defesa


são vendidos a governos estrangeiros selecionados. O país comprador é responsável pelo
pagamento integral dos custos envolvidos.

Atualmente, a FAB possui várias aeronaves adquiridas através desse programa,


bem como o utiliza no apoio logístico e de treinamento de uma série de projetos, na área do
SISMA, SISMAB, DECEA, CTA-IFI, DIRSA, DEPENS e DIRENG.

7.3.4 PARTICIPAÇÃO DA FAB NOS PROGRAMAS DA ASSISTÊNCIA À


SEGURANÇA

7.3.4.1 Missão Norte-Americana na Aviação Militar Brasileira (1940 - 1947)

Durante os anos de 1940 e 1941, incorporou-se à Aviação Militar Brasileira


uma missão norte-americana encarregada de ministrar um curso de atualização para nossos
aviadores militares. O referido curso foi realizado no Campo dos Afonsos e versou,
principalmente, sobre a técnica de vôo por instrumentos (“Link-Trainer”), a utilização dos
meios de rádio-comunicação e procedimentos na operação das aeronaves “North American
44”.
MCA 67-1/2006 143

Nos anos de 1940 e 1947, por intermédio da Lei de Empréstimos e


Arrendamentos do Governo Americano, foram fornecidas centenas de aeronaves ao Brasil,
destinadas à instrução e ao emprego, as quais foram elemento preponderante na consolidação
da mentalidade de aeronáutica dos oficiais e graduados da FAB, que tiveram acesso às mais
avançadas técnicas e equipamentos existentes.

O quadro abaixo mostra as aeronaves fornecidas à FAB, através da Lei dos


Empréstimos e Arrendamentos.
AERONAVE QTDE
01 - NORTH AMERICAN 44 30
02 - LOCKHEED LOADSTAR (C-60) 12
03 - LOCKHEED VENTURA (PV-1 E PV-2) 14
04 - GRUMMAN VULTEE (BT-15) 240
05 - BEECHCRAFT (D-17, C-43, C-45, AT-7, AT-11) 120
06 - FAIRCHILD (PT-19) 206
07 - NOORDWYN (C-64) 38
08 - NORTH AMERICAN TEXAN (AT-6) 174
09 - MARTIN CATALINA (CA-10) 15
10 - CURTISS (P-36) 12
11 - DOUGLAS (B-18) 2
12 - NORTH AMERICAN MITCHELL (B-25) 6
13 - DOUGLAS DC-3 (C-47) 10
14 - CESSNA (UC-78) 42
15 - CURTISS WARHAWK (P-40) 20
16 - GRUMMAN (ANFIBIO) 20
17 - DOUGLAS (A-20) 16
TOTAL 977

Durante o mesmo período, vários cursos foram realizados, no Brasil e nos


EUA, objetivando dar acesso aos conhecimentos relativos às técnicas de suprimento,
manutenção e operação para os nossos oficiais e graduados.

Torna-se importante salientar que, na mesma época, foram criadas as Escolas


de Especialistas do Rio (Galeão) e São Paulo (Capital) que, posteriormente, se fundiram na
atual Escola de Especialistas, definitivamente instalada em Guaratinguetá - SP.

Ainda, com o fornecimento de modernos aviões de patrulha, destinados ao


patrulhamento das costas brasileiras, devido ao tráfego de submarinos alemães, foi criada, na
Base Aérea de Fortaleza, uma unidade de treinamento, conhecida como “USBATU” –
“United States Brazil Air Training Unit”.

A “USBATU” teve por missão ministrar instrução aérea e terrestre a oficiais e


graduados da FAB, que iriam equipar as novas Unidades de Patrulha, em vias de criação e
ativação, na antiga 2ª Zona Aérea em Recife - PE, sendo que, em março de 1944, foram
entregues à FAB 14 aeronaves Lockheed Ventura PV-1.

7.3.4.2 Programa de Assistência Militar (1947 - 1968)

A FAB recebeu considerável número de aeronaves, suprimento, equipamentos,


serviços e treinamento através do PAM, totalizando aproximadamente 100 milhões de
dólares, os quais são assim discriminados:
144 MCA 67-1/2007

AERONAVES RECEBIDAS
01 FAIRCHILD C – 119 G
02 DOUGLAS C – 54
03 GRUMMAN P – 16A
04 BOEING B – 17
05 DOUGLAS EC - 47
06 DOUGLAS F – 47 THUNDERBOLT
07 LOCKHEED P – 15 - NEPTUNE
08 LOCKHEED F – 80 - SHOOTINGSTAR
09 LOCKHEED T – 33A
10 CESSNA L – 19
11 BELL UH - 1D
12 BELL UH - 13J
13 SIKORSKI UH - 19D
14 SIKORSKI SH - 34J

ARTIGOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS RECEBIDOS


01 - Suprimento para Aeronaves
02 - Munição
03 - Equipamentos de Comunicação
04 - Equipamentos de Auxílio à Navegação
05 - Viaturas
06 - Barcos para o SAR
07 - Treinamento
08 - Laboratório de Línguas
09 - Reparos de Equipamentos
10 - Suprimento em Geral

Atualmente, esse programa foi incluído no “FOREIGN MILITARY


FINANCING PROGRAM - FMFP”, que garante empréstimos ou doações de recursos para a
aquisição de artigos, serviços e treinamento de defesa.

7.3.4.3 Acordo de Assistência Militar - 1952

Assinado em 15 de março de 1952 e promulgado pelo Decreto nº 33.044, de 15


de junho de 1953, o Acordo de Assistência Militar iniciou uma relação de compromissos entre
os Governos do Brasil e do Estados Unidos, onde as Forças Armadas Brasileiras e Norte-
Americanas firmaram a transferência de materiais e serviços. Nesse contexto, tanto a FAB
quanto o Exército e a Marinha passaram a receber significativo suporte para as suas
necessidades logísticas, com a obtenção de equipamentos, suprimentos, serviços e instruções
especializadas.

7.3.4.4 Denúncia do Acordo Militar - (1977/1980)

Durante o ano de 1977, sob a gestão do presidente JIMMY CARTER, o acordo


de Assistência Militar foi denunciado pelo Governo Brasileiro. Em decorrência, seguiram-se
os seguintes fatos:
a) todas as negociações para aquisição e fornecimento de artigos e serviços
foram suspensas;
MCA 67-1/2006 145

b) foi dissolvida a Comissão Militar Mista Brasil - Estados Unidos;


c) os compromissos assumidos por ambas as partes, anteriormente, seriam
honrados;
d) restrições à obtenção de licenças de exportação, para material adquirido
comercialmente nos EUA, impostas pelo Departamento de Comércio; e
e) comprometimento, em prazo relativamente curto, da capacidade operacional
da FAB, devido a falta de apoio logístico.

7.3.4.5 Reativação das Relações - 1980

No início de 1980, por iniciativa do Departamento de Defesa (DoD), através da


USAF, foi sugerido o início da reativação, para o BRASIL, dos Programas do “Security
Assistance”, em particular do FMS.

7.3.4.6 Criação do Escritório Brasileiro de Ligação - EBL

Em 13 de março de 1984, ativado por Decreto Presidencial, foi inaugurado o


EBL - Escritório Brasileiro de Ligação esse ato representou uma importante conquista, sob o
aspecto político, uma vez que, entre os 120 países que participam do programa FMS, o Brasil
está entre as 27 Nações que possuem representação física dentro do AFSAC – Air Force
Security Assistance Center, localizado na Base Aérea de Wright-Patterson, na cidade de
Dayton-OH. O COMAER junto ao Programa de Assistência à Segurança do Governo dos
Estados Unidos da América e tem envolvimento direto com toda a estrutura logística do
Departamento de Defesa Americano e interage com o mesmo para a solução dos problemas
relacionados com a FAB.

O acompanhamento constante, junto as atividades de suprimento e


manutenção, no teatro mundial, permite a execução de negócios vantajosos para a logística da
FAB, conforme os exemplos abaixo, onde os valores pagos variaram entre 5 a 50 % do valor
original:
a) aquisição de 16 asas de C-130, em 1985;
b) aquisição de 26 aeronaves F-5;
c) tubos para irrigação do Estado do Ceará (1991);
d) aeronaves para o Governo do Pará;
e) empilhadeiras de grande porte (1994);
f) hospital de campanha (shellter);
g) guindaste para o PAMAGL (crane);
h) tratores de médio e grande porte;
i) empilhadeiras diversas;
j) ponte flutuante para a COMARA;
k) equipamento hospitalar para a DIRSA;
l) supressores de ruídos para aeronaves F-5;
146 MCA 67-1/2007

m) bomb loaders e fontes de força;


n) caminhões para lavagem e preservação de aeronave;
o) equipamento para iluminação de pista;
p) aquisição de 20 aeronaves UH-1H provenientes do U.S. Army;
q) aquisição de 12 aeronaves P-3 como EDA (Excess Defense Articles); e
r) aquisição de 6 helicópteros Black Hawk.

Outra função relevante do EBL é a sua participação, nas renegociações anuais


dos contratos entre a FAB e o Governo Americano. Cabe ressaltar que o Brasil, através da
Força Aérea, é o único país do mundo, que possui curso de FMS reconhecido pelo DISAM -
Defense Institute of Security Assistance Management, para a preparação do seu pessoal.

Acordo Internacional firmado entre o Governo da República Federativa do


Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América do Norte, em 1º de junho de 2001, através
do Decreto nº 3.831, foram promulgados os termos de um novo acordo, entre o governo
brasileiro e o governo norte-americano, aprovado e promulgado pelo Congresso Nacional por
meio do Decreto Legislativo nº 181 de 10 de outubro de 2000, pra fornecimento de material e
serviços de defesa. Estes fornecimentos têm sido operacionalizados através do Programa de
Assistência a Segurança do Departamento de Defesa Americano.

7.4 FUNCIONAMENTO DO FMS

7.4.1 PROCESSO DE VENDAS PELO FMS

7.4.1.1 Princípios Básicos

As vendas realizadas pelo FMS obedecem a uma extensa legislação, regulada


por duas leis públicas americanas: o FOREIGN ASSISTANCE ACT OF 1961 (Lei de
Assistência à Segurança) e o ARMS EXPORT CONTROL ACT OF 1976 (Lei de Controle de
Exportação de Armamento). Ambas são a base legal para que o “DEPARTAMENT OF
DEFENSE (DoD)” venda artigos e serviços de defesa, pelo programa FMS e na área
comercial.

Entre os fundamentos do processo, destacam-se:


a) não poderá haver perdas nem lucros para o Governo Americano;
b) os recursos necessários ao custeio das vendas e prestação de serviços
deverão ser pagos antecipadamente; e
c) as aquisições e serviços utilizarão o sistema logístico americano, dando
tratamento idêntico a todos os participantes do programa, incluindo-se o
próprio USG. As cláusulas contratuais, administração de contratos, controle
de qualidade, fiscalização e auditorias, receberão o mesmo tratamento das
aquisições e serviços.

Na concepção básica do FMS, para o fornecimento dos bens e serviços, o DoD


adquire das firmas produtoras os artigos e serviços do seu próprio uso, juntamente com as
solicitações dos países participantes, através de processos licitatórios estipulados em lei. Desta
MCA 67-1/2006 147

forma, confere aos países compradores preços mais baixos, bem como os benefícios e
garantias aplicáveis aos produtos do seu interesse, face ao considerável volume de bens e
serviços adquiridos.

Normalmente, 80% dos itens requisitados são fornecidos dos estoques do DoD,
e o restante através de subcontratos com a indústria americana ou outras fontes.

7.4.1.2 Aquisições e Serviços

As aquisições de materiais e serviços são realizadas através de contratos, cujas


cláusulas são previamente estabelecidas e aprovadas pelo Governo Norte-Americano. Esses
contratos são denominados “CASES”, e representam um acordo de compra e venda entre o
USG e cada país estrangeiro.

O documento oficial, padronizado, que define e estabelece os compromissos


entre as partes, é chamado de “LETTER OF OFFER AND ACCEPTANCE - LOA” (CARTA
DE OFERTA E ACEITAÇÃO).

7.4.1.3 Letter Of Offer And Acceptance - LOA

Como todo contrato, é composta de cláusulas de termos, condições e garantias,


além da descrição completa do bem ou serviço a ser adquirido, conforme a peculiaridade de
cada aquisição.

Após negociada, revista e assinada pelas partes, só entrará em vigor com um


pagamento inicial (“Initial Deposit”), obrigatório, por dispositivo legal, em todas as LOA, que
possibilitará dar início às ações de implementação da aquisição do material ou serviço
contratado.

Os materiais e serviços estarão identificados, quantificados e/ou listados por


tipo e categoria, o que vai definir o tipo de “case” a ser usado. Exemplos:
a) aquisição de 20 aeronaves UH-1H; (“DEFINED ORDER CASE”), onde o
tipo e quantidade de material estão especificados; e
b) reparos em componentes para apoio às aeronaves C-130; (“BLANKET
ORDER CASES”); onde a categoria do material das aeronaves C-130 está
especificado, baseado no inventário de peças constantes dos manuais e
ordens técnicas das aeronaves.

O período de validade dos “cases” está definido nas LOA, normalmente de 02


anos. Uma vez terminados os saldos disponíveis para utilização e completada a entrega do
objeto contratado, estará expirado e entrará em processo de encerramento.

Considera-se que um “case” está encerrado quando todos os itens e serviços


forem atendidos e cobrados, todas as discrepâncias materiais e financeiras forem solucionadas
e for emitido um extrato contábil final do “case”.

7.4.1.4 Custos e Programa de Pagamentos

Os custos de um “case” são formados pelo preço do item, taxas administrativas


e taxas acessórias.
148 MCA 67-1/2007

A política básica de pagamentos é obter fundos que garantam as despesas


periódicas do contrato no ciclo de pagamento (90 noventa dias), dentro da previsão de
fornecimento. Conseqüentemente, o programa de pagamentos especificado na LOA é
trimestral, e os desembolsos previstos são orientados pelo fluxo de serviços e materiais
planejados na negociação do “case”.

Os valores dos “cases” são registrados nas LOA, e o acerto final é executado
no encerramento do mesmo, após resolvidas todas as pendências contratuais. Historicamente,
os custos têm-se mantido dentro do planejamento ou um pouco abaixo, sendo as verbas
excedentes estornadas ao requisitante.

7.4.1.5 Preços e Taxas

Em função das aquisições dos itens no FMS serem realizadas em pacotes


consolidados, com as necessidades de todos os países participantes, normalmente os preços
são mais baixos que os encontrados na área comercial, para os itens “standards” ou de
fornecimento exclusivo do Governo Americano.

Adicionam-se ao preço do item taxas administrativas e acessórias, que visam


suportar as seguintes despesas:
a) custos relacionados com a negociação das vendas;
b) implementação dos “cases”;
c) administração e controle;
d) transporte, quando utilizado;
e) acompanhamento e assistência técnica, quando necessário; e
f) manuseio, armazenagem e embalagens.

Os valores das taxas giram entre 2,5% e 5%, dependendo do item ou serviço
prestado. Estatisticamente, apesar do acréscimo das taxas, condições consideravelmente
vantajosas têm sido obtidas.

7.4.1.6 Cronograma de Pagamentos

O ciclo de cobrança é trimestral, e o depósito inicial suporta todas as despesas


até o vencimento do primeiro pagamento. O esquema abaixo demonstra uma visão do
cronograma de pagamentos:

DEPÓSITO 1º PAG. 2º PAG. 3º PAG. 4º PAG.


INCIAL 15 MAR 15 JUN 15 SET 15 DEZ

SUPORTE SUPORTE SUPORTE SUPORTE


P/MAT. E SV. P/MAT. E SV. P/MAT. E SV. P/MAT. E SV.
1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM. 4º TRIM.
MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS MÊS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
MCA 67-1/2006 149

O espaçamento entre o depósito inicial e o 1º pagamento poderá ser alterado,


em função da data de aceitação da LOA. No entanto, as datas dos pagamentos trimestrais são
fixas. Sendo assim, os pagamentos subseqüentes serão ajustados pelo sistema, de forma a se
enquadrarem nos períodos estipulados.

7.4.2 CONTROLE FINANCEIRO

Através de uma conta do Governo Americano (“FMS Trust Fund Account” ou


“Federal Reserve Bank Account”), são realizadas todas as transações financeiras do programa
FMS.

Dessa conta, derivam-se subcontas (“Holding Account”) para cada um dos


países participantes, onde toda a contabilidade é operacionalizada.

Trimestralmente, o “Defense Finance and Account Service - Denver Center”,


órgão do DoD responsável pela parte financeira, emite o documento de cobrança (“Billing
Statement”), acompanhado de relatórios que apresentam as seguintes informações:
a) itens e serviços fornecidos, lançados na cobrança;
b) cronograma de pagamentos de todos os “cases”;
c) extrato de movimentação da “Holding Account”; e
d) previsão de liberação dos itens com data definida de entrega para o
próximo trimestre (“forecast”).

7.4.2.1 Holding Account

Através dessa subconta, o país participante acompanha todas as suas transações


financeiras, bem como pode gerenciar os saldos existentes, para pagamento dos “cases”. É
constituída de:
a) lançamentos referentes aos pagamentos dos “cases”;
b) débitos ou créditos relativos aos encerramentos dos “cases” e ajustes
financeiros; e
c) estornos referentes aos relatórios de deficiência solucionados em favor do
país ou a fundos em excesso nos “cases”, que podem ter sido causados por
redução de custos ou cancelamento de requisições.

7.4.3 SISTEMA DE GARANTIA CONTRATUAL E CONTROLE DE QUALIDADE

O programa preconiza que as vendas e serviços prestados a todos os


participantes deverão ter tratamento idêntico a dos próprios processos dos órgãos americanos,
obedecendo as normas MIL. Dessa forma, mantém um serviço de controle das discrepâncias
ocorridas com os materiais e serviços, bem como das operações financeiras, além de assegurar
aquisições de itens em conformidade com as operações aéreas.

Qualquer deficiência ou distorção, resolvida em favor do requisitante, é


compensada com estornos de recursos na “Holding Account” do beneficiário.
150 MCA 67-1/2007

7.4.4 SISTEMA DE INFORMAÇÕES

Além dos relatórios trimestrais de o FMS é dotado de vários sistemas


informativos, dentre os quais, os mais utilizados são: STARR (“Supply Tracking and
Repairable Return”), SCIP (Security Cooperation International Portal), AFSAC on line (Air
Force Security Assistance Center on line) e SAMIS (cc).

Através desses sistemas, os participantes do programa estão ligados ao sistema


logístico do DoD, no caso do SCIP e AFSAC, através de internet on-line, podendo
acompanhar diariamente, a posição de suas requisições, a situação financeira geral dos
“cases”, fazer pesquisas e obter informações de interesse.

7.4.5 OUTROS PROGRAMAS DENTRO DO FMS

Dentro do programa FMS existem, ainda, uma série de subprogramas, que


visam ao atendimento de serviços especiais ou aquisições com tratamento diferenciado.

Dentre os principais subprogramas, pode-se relacionar:


a) Cooperative Logistic Supply Support Arrangement - CLSSA - aquisição de
materiais através de um sistema de cooperativa, onde são mantidos em
estoque itens pré-selecionados pelo requisitante;
b) Parts and Repair Ordering System - PROS - aquisição de materiais e
serviços que, normalmente, não estão disponíveis para fornecimento pelos
órgãos do DoD;
c) Technical Coordination Group - TCG da aeronave C-130 - presta apoio
técnico para a solução dos problemas de manutenção e engenharia aos
operadores da aeronave C-130;
d) Technical Coordination Group - TCG da aeronave F-5 - presta apoio técnico
para a solução dos problemas de manutenção e engenharia aos operadores
da aeronave F-5;
e) International Engine Management Program - IEMP do motor J-85 da
aeronave F-5 - presta apoio técnico para a solução dos problemas de
manutenção e engenharia dos usuários do motor J-85;
f) International Engine Management Program - IEMP do motor T-56 da
aeronave C-130 - presta apoio técnico para a solução dos problemas de
manutenção e engenharia dos usuários do motor T-56;
g) Excess Defense Articles - EDA - venda de materiais de defesa excedentes
do acervo americano, por valores entre 5% e 50% do preço original de
aquisição.
h) WWRS;
i) FMS reserve (NAVY); e
j) FMS Support Equipment Website (NAVY).
MCA 67-1/2006 151

7.5 PARTICIPAÇÃO DO COMAER E DE SUAS ORGANIZAÇÕES NO FMS

7.5.1 ORIGEM

O FMS foi implementado na FAB, sob a égide do acordo de cooperação


militar, onde foram adquiridos diversos tipos de aeronaves, suprimento, serviços,
equipamentos de apoio e treinamento. Com a reativação dos contatos entre Brasil e Estados
Unidos, em 1980, foi incrementado com a abertura dos primeiros “cases” para apoio as
aeronaves F-5 e C-130. Foi crescendo ao longo dos anos, estendendo-se pelas diversas áreas
do COMAER.

Entre as aeronaves adquiridas podem-se enumerar:

GRUMMAN P-16 E TRACKER


BELL H-13 J
BOEING B-17
DOUGLAS B-26 B/C INVADER
BECHCRAFT C-45
FAIRCHILD C-82
NORTH AMERICAN T-6 D/G TEXAN
CESSNA T-37C
GRUMMAN SA-16 ALBATROSS
LOCKHEED C-130 HÉRCULES
BELL UH-1H HUEI
NORTHROP F-5 B/E/F FLYNG TIGER
LOCKHEED ORION P-3
SIKORSKY BLACK HAWK H-60L

7.5.2 PRINCIPAIS ORGANIZAÇÕES DO COMAER QUE UTILIZAM O FMS

A DIRMAB é a principal usuária do programa FMS, principalmente para o


apoio logístico das aeronaves da FAB, além da DECEA, DIRSA, DIRENG, DEPENS e o
CTA, objetivando os seguintes suportes:

7.5.2.1 DIRMAB

7.5.2.1.1 Aquisição de material de defesa (equipamentos e peças de reposição) para aplicação


no Sistema de Material Aeronáutico.

7.5.2.1.2 Prestação de serviços de natureza militar para apoio técnico aos sistemas de defesa
sob responsabilidade da DIRMAB.

7.5.2.1.3 Fornecimento de publicações de manutenção e operação do material aeronáutico.

7.5.2.1.4 Aquisição de material em excesso DoD de interesse do COMAER.

7.5.2.1.5 Munições e pirotécnicos.

7.5.2.1.6 Componentes de bombas.


152 MCA 67-1/2007

7.5.2.1.7 Explosivos e seus componentes.

7.5.2.1.8 Peças de reposição e acessórios de armamentos.

7.5.2.1.9 CAD/PAD – Cartridge Actuated Device/Propellant Actuated Device - Carga de


Ejeção e Atuador de Extintor de Incêndio.

7.5.2.1.10 Equipamentos de apoio e peças de reposição para o Sistema de Material Bélico.

7.5.2.1.11 Armamentos.

7.5.2.1.12 Mísseis.

7.5.2.2 DECEA

7.5.2.2.1 Peças de reposição para equipamentos.

7.5.2.2.2 Peças de reposição, através do PROS.

7.5.2.2.3 Serviços de calibração e reparos.

7.5.2.3 CTA - Órgão Central do Sistema de Metrologia Aeroespacial – SISMETRA

7.5.2.3.1 Equipamentos para apoio ao Sistema de Metrologia.

7.5.2.3.2 Serviços de Calibração e Reparo.

7.5.2.3.3 Assistência Técnica.

7.5.2.4 DIRSA

7.5.2.4.1 Equipamentos para apoio médico-hospitalar.

7.5.2.4.2 Medicamentos.

7.5.2.4.3 Livros e publicações técnicas da área médica.

7.5.2.4.4 Suprimentos para aplicação na área médica e dentária.

7.5.2.5 DEPENS

Realização de diversos cursos de treinamento técnico e operacional, dentro de


organizações do DoD ou ligados a este, através de “cases” FMS. Os “cases” de treinamento
são completamente gerenciados pelo próprio DEPENS.

7.5.2.6 DIRENG

Utiliza o FMS para realizar cursos de treinamento de recursos humanos,


principalmente na área de Engenharia de Campanha e de Combate a Incêndio e aquisição de
material de interesse.
MCA 67-1/2006 153

7.5.3 AQUISIÇÕES NA ÁREA COMERCIAL E NO FMS

Segundo as Leis do Governo Americano, todas as aquisições de materiais e


serviços de defesa deverão ser controladas pelo DoD. Este, em certos casos, constitui a fonte
única de fornecimento, a exemplo de: armamentos, munições, determinados tipos de serviços,
mísseis e uma série de sistemas de armas, fornecidos pelo FMS.

Poderão ser processadas as vendas na área comercial, ainda sob o controle do


DoD, através do Programa de Vendas Diretas (Direct Commercial Sales), em consonância
com a Lei de Controle de Exportação de Armamentos (Arms Export Control Act). Nesse
caso, além da autorização do DoD, será processada uma licença de exportação, de
competência do Departamento de Comércio. As aquisições realizadas pela CABW estão
enquadradas nessa modalidade.

Excetuando-se os itens de fornecimento exclusivo pelo FMS, a diferença


básica entre os dois processos são as garantias do Governo Americano para as vendas no
FMS.

Em síntese, independente da forma de aquisição utilizada, haverá sempre


uma efetiva dependência dos órgãos do Governo Americano.

7.6 GERENCIAMENTO DO PROGRAMA FMS

7.6.1 ADMINISTRAÇÃO DOS “CASES”

7.6.1.1 Introdução

O objetivo deste capítulo é orientar e regulamentar a administração do


Programa FMS, nos diversos níveis do COMAER, a fim de reduzir os custos e facilitar a
administração.

7.6.1.2 Abertura de “Cases”

7.6.1.2.1 É responsabilidade do órgão solicitante do “case” a previsão dos gastos relativos ao


mesmo na proposta orçamentária.

7.6.1.2.2 Os “cases”, normalmente, são solicitados ao governo americano por ocasião da


reunião anual com os representantes do FMS, de acordo com o previsto na Seção 2 deste
capítulo.

7.6.1.2.3 Caso seja necessária a abertura de “cases” fora da renegociação, deverá ser efetuado
contato com o EBL, através da DIRMAB, Seção FMS, para formalização do pedido junto ao
órgão aplicável do USG.

NOTA: Caso seja solicitada a abertura de um “case” diretamente ao Governo Americano


(Ex.: Via Embaixada dos EUA em Brasília ou Adido Aeronáutico em Washington), conforme
legislação específica, a DIRMAB, Seção FMS, deverá receber uma cópia da solicitação do
órgão que originou o pedido.
154 MCA 67-1/2007

7.6.1.3 Tipo de “Case”

Os seguintes órgãos são responsáveis por abrir “cases” (COMGAP, DIRMAB,


DECEA, DIRSA, DIRENG, DEPENS e o CTA), respeitada a categoria do material ou
serviço.

As Diretorias enviarão seus pedidos à DIRMAB, enquadrando-os no “case”


aplicável, respeitando os valores aprovados por ocasião da reunião preparatória para a
renegociação anual com o FMS.

ADMINISTRADOR MATERIAL/SERVIÇO
COMGAP SISTEMA DE ARMAMENTOS
ITENS DE CONSUMO ("EXPENSE")
ITENS DE INVESTIMENTO ("INVESTMENT")
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
PUBLICAÇÕES (EXCETO FLIPS)
EQUIPAMENTO DE APOIO
DIRMAB REPARO
"KITS" DE MODIFICAÇÃO CLASSE IV
CAD/PAD
MUNIÇÃO
PIROTÉCNICOS
EXPLOSIVOS
PEÇAS DE REPOSIÇÃO PARA EQUIPAMENTOS;
PEÇAS DE REPOSIÇÃO, ATRAVÉS DO PROS;
DECEA SERVIÇOS DE CALIBRAÇÃO E REPAROS;
FLIGHT INFORMATION PUBLICATIONS - (FLIPS)
EQUIPAMENTOS PARA APOIO MÉDICO-HOSPITALAR
MEDICAMENTOS
DIRSA LIVROS E PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA ÁREA MÉDICA
SUPRIMENTOS PARA A ÁREA MÉDICA E DENTÁRIA
TREINAMENTO NA ÁREA DE ENG. DE CAMPANHA E DE
DIRENG
COMBATE A INCÊNDIO
CURSOS DE TREINAMENTO TÉCNICO E OPERACIONAL
DEPENS
DENTRO DE ORGANIZAÇÕES DO DoD OU LIGADOS A ESTE
EQUIPAMENTOS PARA APOIO AO SISTEMA DE
CTA (SISMETRA) METROLOGIA
SERVIÇOS DE CALIBRAÇÃO E REPARO
ASSISTÊNCIA TÉCNICA

NOTAS:
1 - A categoria do material especificada na coluna "MATERIAL/SERVIÇO" refere-se ao
conceito do governo americano.

2 - DECEA, DIRSA, DIRENG, DEPENS e CTA deverão fornecer à DIRMAB, por ocasião
da reunião preparatória para a renegociação anual com o FMS (vide item 7.6.2), suas
necessidades em relação às categorias de material apoiados pela DIRMAB. A DIRMAB,
devidamente autorizada pelo COMGAP, abrirá os “cases” nos valores suficientes para
atender aos interessados.
MCA 67-1/2006 155

3- As necessidades das Diretorias, quanto a cursos, sejam de caráter geral ou


especializados deverão ser encaminhadas, de acordo com as ordens em vigor, através do
PLAMENS.
4- As necessidades que se apresentem fora dos prazos especificados no PLAMENS
deverão ser encaminhadas ao COMGAP e, através de consulta ao DEPENS, será
verificada a possibilidade de inclusão em “case” daquele Grande Comando ou
solicitação de verba especial para repasse e abertura de “case” com essa destinação.

7.6.1.4 Supervisor e Gerente de “Cases”

7.6.1.4.1 Requisitos

O Supervisor deve ser Oficial e o gerente de “case” pode ter o posto de Oficial
ou a graduação de Suboficial, ambos com o curso de FMS do ILA ou do “Defense Institute of
Security Assistance Management – DISAM”.

7.6.1.4.2 Designação

As designações do Supervisor e do Gerente de “case” devem ser publicadas em


Boletim Interno da Organização responsável pelo “case”, no momento da apresentação da
LOR ou da negociação do Contrato junto ao Governo norte-americano.

OBS.: O Supervisor e o Gerente de “case” serão sempre substituídos quando tiverem que se
afastar de suas funções por mais de 90 (noventa) dias.

7.6.1.5 Atribuições do Supervisor e Gerente de “Cases”

Antes da apresentação da LOR ou do evento da Renegociação de “cases”, isto


é, as reuniões SAMR, o Supervisor e o Gerente de “case” devem inteirar-se de todo o
processo relativo ao Contrato a ser negociado, especialmente observando os critérios
definidos pelo órgão requisitante.

7.6.1.5.1 Do Supervisor:
a) no instante oportuno, providenciar a devida informação para o EBL, Seção
FMS da DIRMAB e Divisão Técnica da CABW, quando ocorrerem as
indicações do Supervisor e do Gerente para o novo “case”;
b) após analisar o relatório, recebido do Gerente de ”case”, apresentar a LOA
ao escalão superior competente, abordando os dados mais significativos da
mesma e propondo sua assinatura ou a solicitação das modificações
necessárias, quando for o caso;
c) devidamente autorizado, alocar os recursos destinados aos “cases”,
observando as prioridades estabelecidas pelo Órgão responsável;
d) acompanhar, continuamente, a situação financeira do “case”, propondo
“amendments” ou seu encerramento, quando oportuno;
e) fornecer ao setor competente do Órgão responsável pelo Contrato as
previsões de custos trimestrais e anuais do “case”, com vistas a possibilitar o
pagamento dos “Billing Statements” e a elaboração das propostas
orçamentárias para os anos subseqüentes;
156 MCA 67-1/2007

f) restringir a utilização dos Programas PROS e SNAP às situações de estrita


excepcionalidade;
g) mesmo com a implementação do programa de informática que permite a
conferência automática das cobranças dos “Billing Statements”, verificar,
por amostragem, se os valores mais significativos do “Delivery Listing”
coincidem com as informações de embarque (XDS) e de recebimento (XDF)
do sistema STARR ou SCIP; e
h) elaborar o pedido de emissão dos SDR, mesmo inferiores a US$ 200.00
(duzentos dólares americanos), e realizar um controle estatístico em
decorrência do valor (para os casos inferiores a US$200.00) e, caso a soma
total desse controle alcance cifra significativa, propor a inclusão do assunto
em questão na agenda da subseqüente Reunião SAMR.

7.6.1.5.2 Do Gerente:
a) quando do recebimento da LOA ou LOR, analisar, com acurada atenção, os
seguintes tópicos:
- prazo de validade da LOA/LOR;
- valor do depósito inicial;
- valor estimado do “case”;
- termos de venda “Terms of Sale”;
- descrição das linhas do Contrato;
- condição ou estado do material a ser fornecido;
- termos de entrega – “Delivery Terms Code”;
- tempo previsto para a entrega do material, a realização do serviço ou
período da operação (exemplo, operação “Red Flag”);
- cronograma de pagamento estabelecido;
- todas as notas explicativas contidas no corpo da LOA/LOR;
- Mark For;
b) apresentar relatório detalhado ao Supervisor do “case”, especificando as
características da LOA a ser assinada, informando se o Contrato atende aos
critérios definidos pelo Órgão requisitante, bem como se existe a
necessidade de solicitar “waivers” e/ou alterações nos termos propostos;
c) acompanhar os SDR, desde a fase da apresentação/submissão até a
conclusão, verificando se o(s) material(ais) está(ão) sendo encaminhado(s)
da maneira correta, dentro do prazo determinado e se os créditos foram
concedidos pelo Governo norte-americano;
d) requisitar ao DARJ as provas de recebimento do(s) material(ais) SDR,
certificadas por funcionário do Consulado norte-americano, no Rio de
Janeiro, mantendo-as arquivadas para o caso de necessidade de futuras
comprovações;
e) quando se tratar de “case” da CLSSA, da USAF, analisar a inclusão ou
exclusão de NSN no FMSO I, acompanhar a situação do “stock level” bem
como as mudanças nas condições,“liability and termination”, verificando se
os itens que vão ser fornecidos, através de uma “drawdown requisition”,
estão implantados no controle de estoque do SISMAB, bem como se os
preços são compatíveis com o “FED LOG”;
f) em seguida, fornecer a numeração das “drawdown requisitions” destacando
o “mark for”, isto é, o destino que deve ser dado ao material;
MCA 67-1/2006 157

g) transmitir ao EBL o “Disposition Code”, no caso em que este código seja


diferente de B.(Restaure o item à condição de uso) ver CLSSA
BROCHURE pg 4-5;
h) acompanhar o fluxo do reparo na modalidade “repair/replace”, sugerindo a
utilização da modalidade “repair/return” quando um determinado item
estiver apresentando, constantemente, a condição de excessiva DPE;
i) acompanhar as MRRL emitidas, a submissão de XD6, a renumeração das
requisições com código H e o cumprimento pelos PAMA dos prazos para
recolhimento do material a ser reparado, especialmente verificando se os
requisitantes estão utilizando, corretamente, a “Recurring Requisition”;
j) tratando-se de “case” da CLSSA do USARMY, verificar, anualmente, junto
aos Órgãos participantes, a necessidade de incluir ou excluir determinados
NSN no FMSO I, bem como aumentar ou reduzir suas quantidades, quando
for o caso;
k) verificar, por amostragem, ou através de relatórios fornecidos pelo EBL, se
as atividades do Sistema STARR, que são da esfera de competência dos
Órgãos do Comando da Aeronáutica (AF1, XDS, XDT e XDF), estão sendo
submetidas tempestivamente;
l) elaborar uma apresentação trimestral, tipo prestação de contas, para o setor
competente do Órgão requisitante, abordando a situação financeira do
“case”, ressaltando os dados relativos a: valores pagos, compromissados,
distribuídos por requisitante, apropriação no SIAFI, SDR submetidos e
créditos concedidos ou não, bem como informando se o Contrato sofreu
alguma modificação, de maneira a garantir o registro formal dos fatos
relevantes do “case”;
m)acompanhar o desenvolvimento de todos os Itens de Ação relativos ao
“case”, implementando as medidas necessárias para a devida correção de
procedimentos; e
n) verificar se a sistemática, em vigor, de controle de estoque está
incorporando, de forma atualizada, as transações do FMS, refletindo as
informações fornecidas pelo Sistema STARR.

7.6.1.6 Controle do "Holding Account"

A CABW será a responsável pelo controle da verba da “holding account” -


1QD, informando os saldos aos órgãos do COMAER responsáveis pelo gerenciamento dos
pagamentos trimestrais. Cada órgão envolvido deverá instruir a CABW quanto à utilização do
seu saldo nos referidos pagamentos observando as instruções da SEFA.

7.6.1.7 Análise do "Billing Statement"

O "Billing Statement", documento trimestral de cobrança do FMS, será


enviado às Diretorias e órgãos responsáveis pelo gerenciamento dos pagamentos.

7.6.1.8 Cobrança e Pagamento dos “Cases”

À Diretoria ou órgão pertinente detentor de “case” compete as providências


relacionadas ao pagamento do mesmo, via CABW.
158 MCA 67-1/2007

A verba necessária ao pagamento do depósito inicial e aos pagamentos


trimestrais, cobrados através do "Billing Statement", deverá ser alocada na CABW,
obedecendo ao programa e elemento de despesa aplicáveis.

7.6.2 RENEGOCIAÇÃO ANUAL DO PROGRAMA FMS

7.6.2.1 Objetivos

Anualmente, a FAB realiza a renegociação de seus “cases”. A renegociação


envolve uma revisão dos “cases” existentes, abertura de novos “cases”, apresentação e
discussão dos problemas encontrados nos “cases” e esclarecimentos das dúvidas na
administração do Programa FMS.

O objetivo desta Seção é orientar os procedimentos a serem seguidos na


organização e execução da renegociação, normalmente realizada no mês de maio,
alternadamente nos Estados Unidos e no Brasil.

7.6.2.2 Responsabilidades do COMGAP

Providenciar, junto ao Gabinete do Comandante, a Portaria de designação para


os representantes da FAB que irão aos Estados Unidos (D-70).

7.6.2.3 Responsabilidades da DIRMAB/Seção FMS

Procedimentos Gerais:
a) definir o dia D, o "CUTOFF DATE" e informar aos órgãos envolvidos
(CABW/EBL, DECEA, DIRSA, CTA e demais setores da DIRMAB);
b) propor à USAF, USARMY e USNAVY o calendário e locais para
realização da renegociação (D-110);
c) solicitar à CABW/EBL, os relatórios necessários à renegociação das
Cooperativas Logísticas com a USAF e USARMY, caso ainda não os tenha
recebido (D-100);
d) efetuar reuniões com as OM requisitantes e demais setores da DIRMAB,
visando definir as necessidades referentes a reparo e calibração no FMS e
modificações no FMSO I da CLSSA da USAF, da NAVY e do USARMY
(D-100);
e) efetuar reuniões com CTA, DIRSA, DECEA e demais setores da DIRMAB,
a fim de definir suas necessidades (D-90):
- previsão de gastos nos “cases” comuns;
- abertura de novos “cases”;
- modificações nos “cases” existentes;
- problemas gerais;
- esclarecimentos por parte do USG (D-90);
f) informar à CABW/EBL o nome dos participantes e o grau de sigilo para o
qual os mesmos estão liberados (até D-60);
g) preparar e enviar os itens de ação (IA) e as atas resultantes das reuniões com
os PAMA, com a DECEA, CTA, DIRSA (D-85);
MCA 67-1/2006 159

h) informar à CABW/EBL e USG uma síntese dos assuntos que a FAB deseja
discutir com esses órgãos (até D-60);
i) preparar as agendas e seus anexos e enviá-las a CABW (até D-30);
j) controlar o cumprimento, dentro do prazo estabelecido, dos itens de ação da
DIRMAB;
k) debriefing - informar e orientar os órgãos que não enviaram representantes
para a renegociação, sobre as resoluções a eles pertinentes (até d+30); e
l) retransmitir aos interessados informações sobre seus itens de ação
resultantes da renegociação.

7.6.2.3.1 Renegociação no Brasil

Quando a renegociação realizar-se no Brasil, além do previsto no item 7.6.2.3:


a) fornecer o apoio solicitado pela CABW/EBL (reserva de hotel, transporte,
etc.);
b) fornecer o apoio necessário à realização da reunião (sala, edição de texto,
etc.);
c) confirmar o apoio solicitado pela CABW/EBL (D-20);
d) montar a programação de todos os eventos da renegociação, em
coordenação com os demais órgãos envolvidos.
e) informar ao COMGAP o local, data, participantes e organizações
envolvidas; e
f) providenciar autorização de visita para os estrangeiros, junto ao COMGAP
(até D-30).

7.6.2.3.2 Renegociação nos Estados Unidos:

Quando a renegociação realizar-se nos Estados Unidos, além do previsto no


item 7.6.2.3: solicitar à CABW o apoio necessário (reserva de hotel, transporte, etc.), para os
participantes do Brasil (D-30).

7.6.2.4 Responsabilidades da DIRMAB, DIRSA, DECEA e CTA (SISMETRA)

Verificar nos “cases” sob sua responsabilidade:


a) a necessidade de modificar o valor em função do saldo disponível, data de
validade e previsão de utilização;
b) os problemas apresentados na administração dos “cases”, tais como:
- SDR não solucionado(s);
- requisições com DPE vencida ou sem posição no Sistema STARR;
- itens de ação pendentes de renegociações anteriores;
- discrepâncias financeiras, etc;
c) a necessidade de abertura de novos “cases”;
d) a necessidade de esclarecimentos referentes à sua área;
e) a necessidade de ter um representante durante a renegociação;
160 MCA 67-1/2007

f) enviar representante às reuniões solicitadas pela DIRMAB;


g) cumprir, dentro de prazo estabelecido, os IA resultantes das reuniões na
DIRMAB. O atraso no cumprimento dos IA poderá resultar na não inclusão
na agenda, das necessidades do órgão envolvido; e
h) controlar os IA resultantes da renegociação, referentes à sua área.
7.6.2.5 Responsabilidades das OM requisitantes

7.6.2.5.1 Enviar representantes às reuniões convocadas pela DIRMAB, para receberem


instruções sobre a definição das suas necessidades para com as CLSSA e remessa de itens
para reparo.

7.6.2.5.2 Verificar quais os itens a serem reparados no FMS, a modalidade reparo


("repair/return" ou "repair/replace"), de acordo com a orientação da DIRMAB, Seção FMS e
informar as necessidades para o ano seguinte.

7.6.2.5.3 Cumprir, dentro do prazo estabelecido, os IA resultantes da reunião da DIRMAB.

7.6.2.6 Responsabilidades da CABW/EBL

7.6.2.6.1 Remeter à DIRMAB, Seção FMS, os relatórios necessários à renegociação da


CLSSA da USAF e do USARMY (D-110).

7.6.2.6.2 Informar o nome dos participantes da CABW/EBL.

7.6.2.6.3 Encaminhar as agendas à USAF, USARMY e USNAVY, após recebê-las da


DIRMAB.

7.6.2.6.4 Quando a renegociação for nos EUA:


a) fornecer o apoio necessário (reserva de hotel, transporte, etc.) aos
participantes da FAB;
b) confirmar as providências tomadas para o apoio solicitado (D-20); e
c) coordenar, junto ao Adido Aeronáutico em Washington, a obtenção das
autorizações de visita (D-50).

7.6.2.6.5 Quando a renegociação for no Brasil:


a) solicitar à DIRMAB o apoio necessário (reserva de hotel, transporte, etc.)
aos participantes da CABW/EBL (D-30); e
b) confirmar os vôos e horários de chegada ao Brasil dos participantes da
CABW/EBL.

7.6.3 CRONOLOGIA DE EVENTOS

7.6.3.1 Fica estabelecido o dia "D" como o dia do início da Renegociação com a USAF,
USARMY ou USNAVY, que ocorrer primeiro.

7.6.3.2 Os eventos constantes dos quadros a seguir deverão ser concluídos nas datas que lhes
são correspondentes.
MCA 67-1/2006 161

RENEGOCIAÇÃO NOS E.U.A.

DIA AÇÃO RESPONSÁVEL


D-120 Enviar mensagem para DECEA, DIRSA e CTA (SISMETRA) DIRMAB/FMS
informando o dia D e o “CUTOFF DATE”.
D-110 Enviar mensagem para USAF, USNAVY e USARMY (info DIRMAB/FMS
para CABW e EBL) propondo o período e locais da
renegociação e o “CUTOFF DATE”.
D-100 Solicitar remessa dos relatórios da renegociação, caso não os DIRMAB/FMS
tenha recebido.
D-100 Reunião com as OM requisitantes. DIRMAB/FMS
D-90 Reunião com a DECEA, DIRSA e CTA (SISMETRA) e DIRMAB/FMS
setores envolvidos da DIRMAB.
D-85 Enviar as atas e itens de ação aos participantes das reuniões. DIRMAB/FMS
D-80 Informar ao COMGAP os nomes dos participantes necessários DIRMAB/FMS
à realização das reuniões, datas e locais.
D-70 Portaria de designação de representantes para cumprirem COMGAP
missão no exterior.
D-60 Enviar mensagem ao USG, à CABW e EBL, com síntese dos DIRMAB/FMS
principais assuntos a serem tratados na renegociação, o nome
dos participantes e o grau de sigilo.
D-50 Solicitar, via Adido Aeronáutico em Washington, a CABW/EBL
autorização de visita.
Enviar as agendas e anexos para a CABW e mensagem para o DIRMAB
D-30 COMGAP.
Solicitar apoio (transporte e hotel). DIRMAB/CABW
D-20 Confirmar os vôos e o apoio solicitado. DIRMAB/CABW
D-5 Reunião interna FAB. DIRMAB
D+30 Debriefing da renegociação. DIRMAB/FMS

RENEGOCIAÇÃO NO BRASIL

DIA AÇÃO RESPONSÁVEL


D-120 Enviar mensagem para DECEA, DIRSA e CTA (SISMETRA) DIRMAB/FMS
informando o dia D e o “CUTOFF DATE”.
Enviar mensagem para USAF, USNAVY e USARMY (info
D-110 para CABW e EBL) propondo o período e locais da DIRMAB/FMS
renegociação e o “CUTOFF DATE”.
D-100 Solicitar remessa dos relatórios da renegociação, caso não os DIRMAB/FMS
tenha recebido.
D-100 Reunião com as OM requisitantes. DIRMAB/FMS
D-90 Reunião com a DECEA, DIRSA e CTA (SISMETRA) e DIRMAB/FMS
setores envolvidos da DIRMAB.
D-85 Enviar as atas e itens de ação aos participantes das reuniões. DIRMAB/FMS
D-80 Informar ao COMGAP os nomes dos participantes necessários DIRMA
à realização das reuniões, datas e locais.
162 MCA 67-1/2007

DIA AÇÃO RESPONSÁVEL


Enviar mensagem ao USG, à CABW e ao EBL, com síntese
D-60 dos principais assuntos a serem tratados na renegociação e o DIRMAB/FMS
grau de sigilo requerido para a reunião.
Solicitar o nome dos participantes do USG e CABW/EBL.
D-50 Informar a DIRMAB, Seção FMS, o nome dos participantes da CABW/EBL
CABW/EBL e USG.
Enviar as agendas e anexos para a CABW.
D-30 Enviar mensagem para o COMGAP, solicitando autorização DIRMAB/FMS
para visita dos representantes do USG e fornecendo um extrato
dos assuntos a serem tratados na renegociação.
D-20 Confirmar os vôos e o apoio solicitado. DIRMAB/CABW
D-5 Reunião interna FAB. DIRMAB
D+30 Debriefing da renegociação. DIRMAB/FMS

NOTA: As reuniões deverão ser confirmadas pelo responsável.

7.6.4 GENERALIDADES

Em princípio, o período alocado para as reuniões da renegociação nos E.U.A. e


os locais para a realização das mesmas, serão:
a) reunião com a USAF - 5 dias em WPAFB, Ohio;
b) reunião com a USNAVY - 2 dias no NAVILCO, Philadelphia, PA;
c) reunião com a USARMY - 3 dias no USASAC, New Cumberland, PA;
d) reunião com a CABW - 3 dias em Washington DC.
e) o "CUTOFF DATE", data referencial para coleta das informações, será, em
princípio, 40 dias antes da renegociação; e
f) caso não haja expediente no dia previsto para cumprimento da ação, esta
deverá ser cumprida até o primeiro dia útil subseqüente.

NOTA: Quando a renegociação realizar-se no Brasil, o local preferencial será a DIRMAB.

7.7 REPARÁVEIS

7.7.1 PROGRAMA DE REPARO

7.7.1.1 Modalidades de Reparo/Calibração

As modalidades a seguir podem ser utilizadas para reparo e calibração de itens


junto ao FMS.

7.7.1.1.1 Repair and Return

Sistema de reparo através do qual o mesmo item enviado retorna após ser
reparado e/ou calibrado. Exige o controle de número de série.
MCA 67-1/2006 163

7.7.1.1.2 Repair and Replace

Sistema de reparo onde um item idêntico ao remetido para reparo é recebido.


Dispensa o controle de número de série.

7.7.1.2 “Cases” Utilizados para Reparo/Calibração

7.7.1.2.1 CLSSA - “case” K

O “case” FMSO II da Cooperativa Logística da USAF permite o envio de itens


para reparo no sistema Repair/Replace.

O item pode ser enviado para reparo pelo sistema "preauthorized" (pré-
autorizado) ou após autorização da USAF, solicitada através da transação XD6. Em ambas as
situações o Parque deverá consultar a DIRMAB para obter instruções para o recolhimento do
item.

Preauthorized Repair/Replace - A USAF informa os NSN pré-autorizados


através da lista "Component Exchange – All Data" (Anexo XX).

Constam desta lista os itens de investimento relacionados no FMSO I e para os


quais a USAF possua uma fonte de reparo.

NOTA: O PAMA deverá consultar a DIRMAB, como previsto no item 7.7.1.2.1, a fim de
obter instruções para recolhimento do item.

Transação XD6 - Esta transação é emitida pela DIRMAB a fim de solicitar


autorização para recolhimento dos itens não constantes da lista "preauthorized".

A USAF aprovará ou não o recolhimento para reparo baseado nos seguintes


critérios:
a) o item não é obsoleto para a USAF; e
b) a USAF administra e repara o item.

Os itens aprovados para recolhimento por este sistema serão listados no


relatório “Component Exchange – Authorized Data” (Anexo ZZ).

Para NSN que não estão pré-autorizados, é necessário que seja autorizada a
remessa para reparo. A solicitação é feita através da transação XD6, emitida como abaixo:

COLUNA ENTRADA
1-3 XD6
4-6 FNH
7 1
8-22 NSN
23-24 U.I.
25-29 QTD
30 D
31-32 BR
33 MARK FOR
34 --
164 MCA 67-1/2007

COLUNA ENTRADA
35-36 ANO
37 --
38-40 Nº SEQUENCIAL
48-50 “CASE”
51-53 L.I.
54 --
55-56 PRIORIDADE
57-62 DIA JULIANO

Os itens não aprovados para recolhimento ou que foram aprovados mas,


posteriormente, tiveram a autorização cancelada, serão listados no relatório "Component
Exchange – Denied Data" (Anexo AAA).

7.7.1.3 “Case” "M", “Q” e "U" (Repair/Return)

A FAB possui “cases” para reparo e aferição de itens na modalidade


"repair/return" com a USAF (reparo e calibração) e com o USARMY (reparo).

NOTA: Os PAMA deverão consultar a DIRMAB, como previsto no item 7.7.1.2.1, a fim de
obter autorização e instruções para recolhimento do item.

7.7.2 ENVIO E RECEBIMENTO DE MATERIAL

O material a ser recuperado pelo FMS deverá ser recolhido com destino à
CABW, de acordo com os procedimentos previstos neste capítulo e na ICA 67-17.

7.7.2.1 Procedimentos para Envio

7.7.2.1.1 Documentação

INVOICE - documento de remessa de material ao exterior, formulário


7530DIRMA67-193.

Preenchimento - Preencher de acordo com o previsto na ICA 67-17.

Distribuição das Vias:


a) 1ª e 2ª vias – serão remetidas ao DARJ, juntamente com o material, em um
envelope colado externamente ao volume;
b) 3ª via – será colocada na parte externa do volume;
c) 4ª via – permanecerá arquivada em poder do remetente; e
d) 5ª via – será remetida pela OM, juntamente com uma cópia extra do RD, à
CABW através da ECT (Correio) com a máxima antecedência possível. Esta
via será arquivada na CABW.

"Shipping Ticket" – DD FORM 1348-1A

Preenchimento para a USAF:


a) Bloco 3 - incluir: “SEE BELOW BLOCK 26”; e
MCA 67-1/2006 165

b) Bloco 27 - incluir: "FMS REPAIRABLE RETURN AND REPAIR/


REPLACE para os “cases” K (CLSSA), ou de acordo com as instruções
fornecidas pela a DIRMAB para os “cases” M ou Q (REPARO ou
CALIBRAÇÃO); incluir, ainda, “DO NOT POST TO RECORD TO D033.
FREE ENTRY, ITEM-800 TARIFF SCHEDULES OF US (19 USC 1201).
RETURN/CONTACT AFSAC/FLO-BR DSN 787-5618".

Distribuição para a USAF:


a) 1a via - acompanha o item fora da embalagem. Após o embarque executado
pelo DARJ, deverá ser encaminhada à DIRMAB, Seção FMS ou
SDTPV/MATPV;
b) 2a via - acompanha o item afixada externamente à embalagem, dentro de
um envelope a prova d’água; e
c) 3a via - acompanha o item dentro da embalagem.

NOTA: Sendo volumes consolidados deverão ser colados externamente tantas 2a vias do DD
FORM 1348-1A quantos forem os itens existentes no interior dos mesmos. O volume deverá
ser marcado com a expressão "MULTIPACK". Neste caso, a 3a via ficará dentro do volume
principal e mais uma cópia xerográfica deverá ser colocada dentro da embalagem do item.

Preenchimento para o USARMY:

O preenchimento do DD FORM 1348-1A para recolhimento de componentes


da turbina L-13, para reparo no USARMY, é semelhante ao procedimento utilizado para a
USAF, exceto a observação abaixo e as contidas no anexo BBB:
a) o campo "SHIP TO" será de acordo com a informação do “Shipping
Instructions”; e
b) anotar no campo "REMARKS": "REPAIR AND RETURN DO NOT POST
TO RECORD".

Distribuição para o USARMY:

O destino das vias do DD FORM 1348-1A é idêntico ao previsto para a USAF,


sendo que uma cópia deverá ser enviada para:
a) “Commander, USASAC;
b) ATTN: AMSAC – MA – CM - AS;
c) 54 M Avenue, Suite 1; e
d) New Cumberland, PA 17070-5096”.

E para:
a) “Commander, U.S. ARMY AVIATION AND MISSILE COMMAND;
b) ATTN: AMSAM – SA – CS - NF; e
c) Redstone Arsenal, AL 35898-5000”.
166 MCA 67-1/2007

DA FORM 2407 (Maintenance Request)

Preenchimento - Este documento só deve ser preenchido quando do envio de


itens para recuperação no USARMY.

Distribuição:

Remeter o conjunto completo junto com o item, dentro da embalagem.

Fazer cópia da primeira via e encaminhar à CABW, juntamente com uma cópia
do DD FORM 1348-1A. A CABW deverá enviar cópias para:
a) “Commander USASAC;
b) ATTN: AMSAC – MA – CM – AS;
c) 54 M Avenue, Suite 1; e
d) New Cumberland, PA 17070-5096”.

E para:
a) “Commander, U.S. ARMY AVIATION AND MISSILE COMMAND;
b) ATTN: AMSAM – SA – CS - NF; e
c) Redstone Arsenal, AL 35898-5000”.

DD FORM 1577

Não deverão ser seguidos os procedimentos previstos na OTCA 00-35D-3,


ETIQUETAS DE MATERIAL, quando recolher itens para reparo no FMS. Neste caso
deverão ser utilizadas as seguintes etiquetas/rótulos:
a) DD FORM 1577-2 - UNSERVICEABLE (REPAIRABLE) TAG
MATERIAL - Esta tarjeta, de cor verde, deverá estar preenchida e amarrada
ao item; e
b) DD FORM 1577-3 - UNSERVICEABLE (REPAIRABLE) LABEL
MATERIAL - Este rótulo, de cor verde, deverá estar preenchido e colado
externamente à embalagem do item.

NOTAS:

1- Os DD FORM 1577-2 e 3 deverão ser requisitados, via CDCP, pelo PAMA aplicável.

2- As cores das tarjetas e rótulos do FMS têm significado diferente dos previstos na OTCA
00-35D-3.

ETIQUETAS

Colar externamente em cada volume (em caso de necessidade de cuidado


redobrado no transporte e manuseio) a etiqueta de alerta 7530DIRMA67-164 (Anexo CCC).

Quando o item remetido estiver provocando uma situação de AIFP, colar


externamente em cada volume a etiqueta de aviso 7530DIRMA67-162 ou 163 (Anexo DDD).
MCA 67-1/2006 167

7.7.2.2 Procedimentos dos Parques Centrais dos Projetos

7.7.2.2.1 Solicitar autorização para recolhimento à DIRMAB ou ao DECEA, informando o


serviço desejado (reparo e/ou calibração), NSN, PN, SN, NOMENCLATURA,
QUANTIDADE, PRIORIDADE, PROJETO e tipo de reparo solicitado (REPAIR/REPLACE
ou REPAIR/RETURN).

7.7.2.2.2 Para o item “NON-STANDARD”, a USAF oferece recuperação através do Sistema


PROS (PARTS AND REPAIR ORDERING SYSTEM).

NOTA: Os itens "NON-STANDARD" para a USAF não poderão ser recuperados na


modalidade REPAIR/REPLACE; somente REPAIR/RETURN e através do PROS (PARTS
AND REPAIR ORDERING SYSTEM).

7.7.2.2.3 Somente recolher ao DARJ, com destino à CABW, o material devidamente


autorizado pela DIRMAB ou DECEA.

NOTA: Não ultrapassar as quantidades autorizadas, pois elas representam a disponibilidade


do FMS para a execução dos respectivos serviços.

7.7.2.2.4 Preencher e distribuir documentos de acordo com o previsto em 7.7.2.1.1.

7.7.2.2.5 Documentação:
a) enviar à DIRMAB (Divisão de Manutenção), nos meses de abril e outubro,
a previsão de recolhimento dos testes a serem reparados e/ou calibrados no
FMS, citando as datas de recolhimento;
b) o material deverá ser remetido de tal forma a ser recebido no DARJ com
pelo menos 7 dias de antecedência da saída prevista de aeronave em apoio à
CABW, devidamente embalado para transporte aéreo.

NOTAS: Caso o item esteja sendo recolhido para reparo na USAF, além dos procedimentos
previstos acima:

1- Ao recolher o material ao DARJ, emitir a transação XDC, como previsto no item 7.12.3.5.

2- Caso o XDR não seja emitido no prazo de 40 dias, enviar mensagem à


DIRMAB/DARJ/CABW solicitando posição da requisição.

3- Para os itens recolhidos no “case” da CLSSA, na modalidade REPAIR/REPLACE, uma


requisição substituta deve ser emitida pela USAF (com "H" na coluna 40), no prazo de 60
dias após o envio do material pela CABW (XDT). A Unidade deverá solicitar posição da
requisição, em mensagem para a DIRMAB, Seção FMS, caso o XDT não seja emitido no
prazo estipulado.

4- Acompanhar a movimentação do item através do Sistema STARR.

7.7.2.3 Procedimentos do DARJ

7.7.2.3.1 Preencher e distribuir os documentos de acordo com o previsto em 7.7.2.1.1.


168 MCA 67-1/2007

7.7.2.3.2 Ao receber o material destinado ao exterior, para revisão no FMS, inspecionar o


volume, principalmente no que tange aos documentos nele afixados.

7.7.2.3.3 Manter controle, por NSN, Número da Requisição e data de remessa, de todo
material FMS entregue no Posto CAN do Galeão, com destino à CABW.

7.7.2.4 Procedimentos da Seção FMS da DIRMAB

7.7.2.4.1 Solicitar, quando aplicável, a inclusão do item na MRRL ou "Shipping Instructions".

7.7.2.4.2 Expedir mensagem autorizando e instruindo o recolhimento.

7.7.2.4.3 Verificar se o material que está sendo enviado para revisão está autorizado pelo
FMS.

7.7.2.4.4 Impedir a remessa para o FMS de material não autorizado ou com prazo de
recolhimento vencido.

7.7.2.4.5 Providenciar o envio do material, via aviação comercial, quando a urgência assim o
exigir, analisando caso por caso.

7.7.2.4.6 Verificar se os formulários exigidos pelo FMS e pela DIRMAB estão sendo
preenchidos corretamente, providenciando instruções corretivas quando aplicáveis.

7.7.2.4.7 Processar a transação XDC logo após o DARJ comunicar, via mensagem, a remessa
de material para a CABW.

7.7.2.4.8 Controlar todo o material remetido à CABW, para revisão no FMS, até sua
devolução às Unidades de origem.

7.7.2.5 Procedimentos da Divisão de Manutenção da DIRMAB

7.7.2.5.1 Ao receber a solicitação para recolhimento de reparável ao exterior, analisá-la. Caso


se destine a ser reparado no FMS, encaminhar a solicitação à Seção FMS, para emissão de
autorização ao PAMA.

7.7.2.5.2 Coordenar, junto aos PAMA e à Seção FMS, o recolhimento dos testes nas datas
planejadas.

7.7.2.6 Procedimentos da CABW/EBL

Distribuir os documentos de acordo com o previsto em 7.7.2.1.1.

7.7.2.6.1 Item sendo recolhido ao USARMY

Ao receber o DD FORM 1348-1, procedente do PAMA, preencher e enviar,


para o EBL e aos endereços abaixo, o "Advance Notification of Shipment” (Anexo EEE):
a) “Commander, USASAC;
b) ATTN: AMSAC - MA – CM – AS;
c) 54 M Avenue, Suite 1;
MCA 67-1/2006 169

d) New Cumberland, PA 17070-5096”;


e) “Commander, U.S. ARMY AVIATION AND MISSILE COMMAND;
f) ATTN: AMSAM – SA – CS – NF; e
g) Redstone Arsenal, AL 35898-5000”.

7.7.2.6.2 Item sendo recolhido à USAF:


a) emitir as transações XDR e XDT;
b) providenciar e remeter à DIRMAB, Seção FMS, os seguintes relatórios:
- HCI - Monthly Repair and Replace Delivery;
- HBO - 199 - Repair and Replace Cross Reference;
c) enviar o material para reparo e confirmar o recebimento no destino.

7.7.3 PROCEDIMENTOS PARA RECEBIMENTO DO MATERIAL APÓS REVISÃO


E/OU CALIBRAÇÃO

O material recuperado pelo FMS deverá ser recebido e remetido ao DARJ, para
posterior distribuição, atendendo aos procedimentos a seguir.

7.7.3.1 Da Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington

7.7.3.1.1 Receber o material reparado no FMS e verificar se o mesmo está embalado


corretamente.

7.7.3.1.2 Se o mesmo atender requisição com prioridade NMCS, providenciar a fixação das
etiquetas de aviso aplicáveis e enviá-lo para o DARJ na primeira aeronave da FAB; ou através
de aviação comercial, caso instruído pela DIRMAB.

7.7.3.1.3 Informar à DIRMAB e DARJ (excluído/SDA) o envio, via Aviação Comercial, de


material revisado no FMS, citando o número do conhecimento aéreo e a requisição.

7.7.3.1.4 Emitir as transações XDI e XDS conforme previsto nos itens 7.12.3.10 e 7.12.3.11.

7.7.3.2 Da Seção FMS da DIRMAB

7.7.3.2.1 Retirar do controle do material em recuperação no FMS, os itens que foram


devolvidos após reparo.

7.7.3.2.2 Emitir SDR, quando acionado pelo PAMA, após constatação de deficiência no
material reparado pelo FMS.

7.7.3.3 Do Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro

7.7.3.3.1 Ao ser informado pela CABW do envio, via Aviação Comercial, de material NMCS
reparado pelo FMS, providenciar o desembaraço alfandegário em caráter de urgência e, após,
efetuar a remessa do item à unidade requisitante.

7.7.3.3.2 Receber o material reparado no FMS e verificar se o mesmo está embalado


corretamente.
170 MCA 67-1/2007

7.7.3.3.3 Remeter à Unidade requisitante com a máxima urgência todo o material que foi
reparado no FMS.

7.7.3.3.4 Providenciar a emissão da guia de movimentação de volume 7530DIRMA67-201,


não incluindo na mesma guia outro material que não o recuperado no FMS.

7.7.3.3.5 Encaminhar à DIRMAB, Seção FMS ou ao DECEA/PAME, a informação dos dados


de remessa do material.

7.7.3.4 Dos Parques Centrais e PAME

7.7.3.4.1 Ao receber o material reparado no FMS, verificar se o mesmo está embalado


corretamente e inspecioná-lo quanto à qualidade do serviço e a possíveis danos.

7.7.3.4.2 Recebê-lo, providenciando acertos no Projeto.

7.7.3.4.3 Caso o material destine-se à Unidade operadora, remetê-lo com urgência.

7.7.3.4.4 Caso tenha sido constatada a não serventia do material, emitir um Relatório de
Deficiência, de acordo com a IMA 66-2 (RELATÓRIO DE DEFICIÊNCIA) e FMS REPORT
DISCREPANCY ANNEX. Remetê-lo, juntamente com uma cópia do “Shipping Ticket”, DD
FORM 1348-1 à DIRMAB, Seção FMS ou ao DECEA/PAME, como aplicável. Manter o
material estocado até a solução do SDR.

7.7.3.4.5 Emitir a transação XDF.

7.7.3.5 Submissão de Itens para Revisão

A solicitação de inclusão de itens para revisão na modalidade Repair and


Replace, leva em média três meses para ser aprovada.

De acordo com a necessidade, o PAMA poderá solicitar a sua submissão no


FMS/USAF, via DIRMAB, Seção FMS.

7.7.3.6 Garantia

As discrepâncias apresentadas nos serviços de reparo de componentes em suas


oficinas ou contratadas, serão tratadas através do processo SDR (relatório de discrepância),
conforme item 7.8.

7.7.3.7 Discrepâncias

Uma vez emitido o SDR, a Unidade envolvida deverá manter o material que
apresentou discrepância estocado, até a solução final. Esta solução, em princípio, deverá ser:
a) retornar o material para nova revisão sem ônus para a FAB; e
b) creditar na conta da FAB o montante cobrado na revisão do material que
apresentou a discrepância.
MCA 67-1/2006 171

7.8 RELATÓRIO DE DISCREPÂNCIA

7.8.1 INTRODUÇÃO

Basicamente, uma discrepância é uma diferença ou variação de um padrão. Em


outras palavras, se alguma coisa está diferente de como deveria estar, ou em quantidade ou em
qualidade uma discrepância de alguma forma existe.

Uma divergência de um padrão pode ser causada de vários modos - erros de


embarque, itens errados, deficiência e outros.

O número de discrepâncias (em valores) a cada ano é considerável, sendo um


problema de grande preocupação não somente para a FAB, mas igualmente para o USG. Por
causa do impacto no gerenciamento e do dinheiro envolvido, existe um sistema estruturado
com o objetivo de sanar as discrepâncias.

7.8.2 POLÍTICA E PROCEDIMENTOS

É política do governo americano processar eficientemente as discrepâncias


comunicadas, e sendo responsável, o USG indenizará a FAB.

Os critérios e procedimentos para o relato de discrepâncias são padronizados


em todos os Departamentos Militares.

7.8.3 TIPOS DE DISCREPÂNCIA

Os diversos tipos de discrepâncias são os seguintes:


a) erro na cobrança - SDR deve ser submetido sem considerar-se o valor da
discrepância e deve ser reportado até 01 (um) ano da cobrança incorreta;
b) excessos, faltas, danos, deficiência no material, identificação incorreta
ou não recebimento quando a data de remessa é conhecida - as
discrepâncias devem ser reportadas dentro de um ano da remessa pelo
Departamento de Defesa dos E.U.A., para todas as discrepâncias, mesmo as
de valores inferiores a US$ 200.00 (duzentos dólares americanos);
c) não recebimento de todo um lote com data de remessa desconhecida - as
discrepâncias devem ser comunicadas dentro de um ano da cobrança;
d) defeito latente - é aquele que por sua natureza não é possível de ser
constatado por uma inspeção de recebimento padrão, não existe limite de
tempo, sendo que somente serão aprovados desde que haja uma cuidadosa
explanação sobre a natureza do defeito; e
e) complementando as normas do FMS, considera-se também como sujeito a
SDR, as requisições que não forem recebidas pelo requisitante após 180
dias da transação "AS", constante do Sistema STARR/SAMIS.

7.8.4 CAUSAS DE DISCREPÂNCIAS

As razões para uma discrepância podem normalmente ser classificadas sob


uma das três causas - erro, mal entendido ou mau manuseio.
172 MCA 67-1/2007

7.8.4.1 Erro ou falha humana é a maior causa das discrepâncias. A falha humana no manejo,
processamento ou embalagem contribui significativamente no custo da transação e prevalece
em todo o sistema.

7.8.4.2 O mal entendido pode causar uma discrepância de dois modos:


a) quando a requisição do país e as instruções de embarque não são claras ou
são mal interpretadas pelo sistema de suprimento americano; e
b) quando o mal entendido causa uma discrepância aparente. Isso ocorre
quando realmente não existe discrepância, mas a informação disponível para
o país leva a crer que a discrepância exista. Exemplos típicos de mal
entendidos:
- material expedido pelo sistema de suprimento americano não foi enviado
pelo "Freight Forwarder" do país (CABW);
- a conferência dos documentos enviados pelo USG para o país mostra os
itens como enviados; e
- a quantidade recebida e a originalmente requisitada podem diferir e desta
forma uma discrepância existe. Entretanto o material recebido pode ser um
carregamento parcial, com o restante do material em processo de compra.

7.8.4.3 Discrepância de manipulação ocorre quando o material é recebido em mau estado


(danificado) devido ao manuseio impróprio. O USG não é responsável por esta discrepância.

7.8.5 SUBMISSÃO DE SDR

Para determinar se uma discrepância deve ser submetida, recomenda-se seguir


os passos abaixo:
a) determinar se a discrepância é de faturamento financeiro ou discrepância
de embarque. Se a discrepância é de embarque, deve ser esclarecido se a
responsabilidade para resolver o problema é do transportador ou do
expedidor;
b) se há suspeita de discrepância de transportador, as reclamações devem
ser imediatamente enviadas para o transportador, porque sua
responsabilidade termina nove meses após a data de carregamento
(expedição);
c) se a discrepância é do expedidor ou de faturamento, um formulário
padronizado de discrepância deve ser preparado e enviado para o ILCO
apropriado para o processamento inicial; e
d) discrepâncias financeiras devem ser enviadas diretamente para o DFAS.

7.8.6 PREPARAÇÃO DO RELATÓRIO DE DISCREPÂNCIA

O principal documento administrativo usado para relatar uma discrepância é o


"Standard Form" (SF) 364 (Anexo FFF). As condições para o país submeter os Relatórios
de Discrepância de faturamento e de embarque no SF 364 estão incluídas nas instruções de
cada “case” negociado com o país.
MCA 67-1/2006 173

7.8.6.1 Cópias Necessárias

O original e 06 (seis) cópias do SF 364 devem ser enviados para o EBL, que os
encaminhará ao Departamento Militar correspondente (os de discrepância de embarque) ou
para o DFAS. Documentação suficiente deve acompanhar o Relatório de Discrepância para
facilitar a resolução.

7.8.6.2 Fotografia do Material

Como foi recebido, envolvendo o material danificado, identificação incorreta


ou material sem identificação devem ser anexadas para evidenciar a reclamação.

7.8.6.3 Revisão Inicial

Quando um formulário SF 364 é recebido de um país, o órgão recebedor


fornece confirmação de recebimento ao país e faz uma revisão inicial do SDR, transcrevendo-
o para um formato próprio e uma segunda revisão. Encaminha-o após ao seu sistema de
informação e gerenciamento no FMS (SAMIS, MISIL ou CISIL). O AFSAC tem 15 dias para
executar o processo inicial. Se for correto, é registrado e colocado no sistema de
processamento e enviado para um processamento adicional. Se a pesquisa inicial revela que a
discrepância relatada estava errada (por exemplo, informações insuficientes para operação), o
SF 364 pode ser rejeitado sem ações posteriores. O ICP (Controle de Estoque) é responsável
pela pesquisa do SDR e fornecimento de prova de embarque ou entrega, dentro de 75 dias.

7.8.6.4 Solução

A solução do formulário SF 364 aceito requer um mínimo de 115 dias após o


recebimento. Desta forma, o país participante do programa FMS não receberá qualquer
relatório de ação tomada antes de 04 meses após o recebimento do SF 364.

7.8.6.5 Ação Final

Quando a ação é terminada pelo Departamento Militar apropriado no Relatório


de Discrepância, o país é avisado da ação adotada descrita no verso do SF 364. O
departamento para o qual o SDR foi submetido é responsável pelo preenchimento no verso do
SF 364. Baseado nele é que o SAAC adota a ação financeira apropriada na conta do país. O
crédito para o “case” do país é a solução normal de um SDR aprovado. O "Billing Statement"
é fornecido para o país trimestralmente e refletirá os ajustes financeiros.

7.8.7 RECEBIMENTO DE MATERIAL COM DISCREPÂNCIAS

7.8.7.1 Para as requisições FMS que apresentem qualquer discrepância, cujo valor total seja
superior a US$ 200.00 (duzentos dólares americanos), a DIRMAB, Seção FMS deverá ser
cientificada, via ofício ou fac-símile, acompanhado do respectivo DD FORM 1348-1 ou
outro documento que acompanha o material (ou informando que o DD FORM não foi
recebido), para que um SDR seja emitido.

7.8.7.2 Para as requisições discrepantes, cujo valor total seja inferior a US$ 200.00, a Unidade
Requisitante deverá recebê-las no respectivo projeto, separando o material em discrepância,
caso o mesmo não seja compatível com os demais projetos da FAB, para alienação futura e
174 MCA 67-1/2007

paralelamente deverá informar à DIRMAB, Seção FMS, conforme descrito no item


7.7.3.4, letra d.

NOTAS:

1- Para todo material que não atenda as especificações técnicas, ou que, em sendo reparado
apresente falhas de desempenho, deverá ser anexado ao ofício um Relatório de Deficiência
(DEFICIENCY REPORT - ICA 66-2), em inglês, para facilitar a obtenção de crédito junto
ao FMS.

2- Em ambos os casos a Unidade Requisitante deverá reestudar sua necessidade, e, se for o


caso, requisitar novamente. A discrepância no FMS é tratada para acerto de crédito e não
para acerto de material.

7.8.7.3 A Unidade ao fazer a transação XDF, recebimento no Sistema STARR/PC2, deverá


lançar a quantidade discrepante no campo específico.

7.8.7.4 O preenchimento do FMS Report of Discrepancy Annex (Anexo GGG) é


obrigatório em se tratando de deficiência na qualidade do item, identificação incorreta ou
no caso de material recebido danificado (sendo a foto, então, obrigatória). A Unidade deve
anexá-lo ao ofício ou fac-símile previsto no item 7.8.7.1.

7.8.7.5 A DIRMAB, Seção FMS é o setor responsável por controlar o SDR desde a sua
emissão até a sua solução e respectivo ajuste financeiro. A Seção FMS da DIRMAB
informará à Unidade que foi emitido o SDR; informará também que o material deverá ser
mantido estocado até a solução final e, se for o caso, autorizará a requisitar com prioridade e
quantidade julgadas necessárias.

7.8.7.6 O tempo médio para solução de um SDR tem sido de 1 (um) ano. Cabe à Unidade
aguardar a solução do mesmo, que será informada, através de mensagem, pela Seção FMS da
DIRMAB. O tempo necessário para a solução do SDR depende apenas do USG.

7.8.7.7 Quando a solução de um SDR requerer o retorno do material ao FMS, a Seção FMS da
DIRMAB emitirá mensagem ao PAMA e DARJ determinando seu recolhimento.

NOTA: O material deverá estar sob a custódia do USG em até 180 (cento e oitenta) dias 90
(noventa) dias para apresentação] após a data da solução do SDR; terminado este prazo não
será aceita nova contestação.

7.8.7.8 Para a USAF E USNAVY o PAMA deverá remeter o material ao DARJ, através de
GMM, devidamente embalado para transporte aéreo, identificando o volume com o número
da requisição, NSN, quantidade e número do SDR que atende.

7.8.7.9 Para o USARMY o PAMA deverá remeter o material ao DARJ, através do


INVOICE (ICA 67-17 – 09 JAN 95), devidamente embalado para transporte aéreo e/ou
marítimo, identificando o volume com o número da requisição, NSN, quantidade, número do
SDR e o número da mensagem da Seção FMS da DIRMAB.

7.8.7.10 O DARJ deverá entregar o volume, (USAF e USNAVY), após anexar o formulário
próprio (DD FORM 1348-1), remetido pela Seção FMS da DIRMAB ao depósito do
Consulado Americano no Rio de Janeiro, localizado na Base Aérea do Galeão (Sala de
Tráfego Militar - Hangar de Educação Física).
MCA 67-1/2006 175

NOTA: Data e hora para entrega deverá ser marcada com o chefe do Escritório Militar de
Ligação (MLO-USAF) - Tel: 0XX-21-2463-1034.

7.8.7.11 A 1a via do DD FORM 1348-1, quitada pelo funcionário, é a prova de recebimento


pelo FMS e deverá ser devolvida à DIRMAB, Seção FMS.

7.9 COOPERATIVE LOGISTICS SUPPLY SUPPORT ARRANGEMENT (CLSSA)

7.9.1 CONSIDERAÇÕES

A Cooperativa Logística ("Cooperative Logistics Supply Support Arrangement


- CLSSA") é um acordo bilateral entre um Serviço Militar Americano e uma Força Militar de
um país amigo ou organização internacional, no qual o cliente FMS faz investimentos
financeiros em estoques e na capacitação técnica para realização de serviços.

Na Cooperativa, o participante torna-se um parceiro dos Estados Unidos em


seu Sistema de Suprimento, sendo que este tipo de suporte tem como características:
a) o levantamento das necessidades de "spare parts" é feito com antecedência
e ajustado periodicamente; e
b) são feitos investimentos no Sistema de Suprimento do "Department of
Defense - DoD" para permitir a compra antecipada e a capacitação técnica
para os futuros reparos.

Os participantes têm como benefícios:


a) compra antecipada pelo DoD dos itens com demanda programada, em
antecipação às requisições FMS;
b) preços reduzidos, devido as compras consolidadas de grandes quantidades; e
c) prioridade igual às unidades americanas com o mesmo "Force Activity
Designator - FAD".

Apesar destas vantagens, é importante que haja um perfeito gerenciamento das


atividades deste programa, pois o país comprador é responsável pela aquisição de todos os
itens selecionados. Em conseqüência, se o levantamento das necessidades não for baseado em
dados consistentes, certamente teremos que absorver o material desnecessário.

Visando aumentar a eficácia deste gerenciamento, serão apresentadas a seguir


algumas características básicas da Cooperativa Logística, assim como a maneira que esta deve
ser operacionalizada, para um melhor gerenciamento deverá ser consultada a “The CLSSA –
Repair and Replace Country Brochure”.

7.9.2 ELEGIBILIDADE E EXCLUSÕES

7.9.2.1 Os itens elegíveis para serem requisitados na CLSSA da USAF são: “service code”
“A”, “B” e o “service code” “C”.

7.9.2.2 Os tipos de itens abaixo especificados não são elegíveis porque necessitam
gerenciamento ou manuseio especial e, portanto, não podem ser requisitados no FMSO II:
176 MCA 67-1/2007

a) itens "Non-standard";
b) “Part Numbers” para os quais não exista NSN;
c) itens com NC, ND e K no NSN;
d) itens comerciais de consumo;
e) itens de fabricação local (USA);
f) itens de compra na praça (USA);
g) itens classificados (devem possuir um plano de transporte aprovado); e
h) itens com "Acquisition Advice Codes" e com "Phrase Codes" inelegíveis
(obsoletos por exemplo).

7.9.2.3 Munições e correlatos:


a) todos os itens do grupo 13 (munições e explosivos);
b) todos os itens do grupo 11 (material bélico atômico);
c) todos os itens da classe 4925. (Equipamento especializado para oficina de
manutenção e reparo de munições);
d) todos os itens que possuem o MMAC (código de gerenciamento de
aquisição de material) "AQ" (munições e explosivos) e "MN";
e) componentes e subsistemas de mísseis (NSN específicos);
f) equipamentos de Apoio (ERRC S e U para a USAF);
g) itens administrados por outra força do DoD; e
h) itens de segurança de comunicações da classe 5810 e 5811, e MMAC "CI",
"CA" e "CS".

7.9.3 OPERAÇÃO

A operação do programa pode ser descrita da seguinte forma:


a) dois tipos de “cases” (LOA) são requeridos: "Foreign Military Sales Order I
(FMSO I)" que é utilizado para identificar os itens selecionados e os
respectivos valores e "Foreign Military Sales Order II (FMSO II)" para as
requisições do material, propriamente ditas;
b) FMSO I - Define o investimento financeiro no Sistema de Suprimento do
"DoD". Este investimento possibilita ao “DoD” comprar e estocar itens, em
antecipação as requisições; e
c) FMSO II - As requisições do material pré-estocado, através da utilização
dos recursos do FMSO I são feitas através do FMSO II. As requisições
consideradas programadas, receberão igual tratamento das requisições
efetuadas pelas Forças Americanas. As que não forem programadas no
FMSO I, ou aquelas cujas quantidades excedam as programadas, serão
atendidas, através dos estoques excedentes ou através de novas aquisições
nos fornecedores.
MCA 67-1/2006 177

7.9.4 PARTICIPAÇÃO INICIAL

7.9.4.1 A inclusão na Cooperativa exige que o comprador forneça o NSN, tipo de


equipamento e quantidade do conjunto maior a ser suportado.

7.9.4.2 A partir da inclusão, o FMS estabelece uma lista de recomendação de itens que irão
compor o FMSO I e que serão necessários para apoiar o equipamento.

7.9.4.3 O cliente revisa estas recomendações e estabelece uma listagem final.

7.9.4.4 "Letters of Offer and Acceptance (LOA)" referentes aos FMSO I e II são preparadas e
processadas através dos canais normais FMS.

7.9.5 RENEGOCIAÇÃO DA CLSSA

7.9.5.1 Tendo em vista que o FMSO I é um “case” que está sujeito às variações do preço e da
demanda programada dos usuários, este tem que ser constantemente atualizado.

7.9.5.2 Esta atualização é realizada, com uma periodicidade estipulada por cada Força, através
de uma atividade chamada de Renegociação e que basicamente consiste em ajustes
financeiros e logísticos nos “cases” FMSO I e FMSO II.

7.9.5.3 Cada uma das Forças possui características peculiares na implementação de suas
Cooperativas Logísticas.

7.9.6 COOPERATIVA LOGÍSTICA DA USAF

7.9.6.1 Introdução

A Cooperativa Logística da USAF identifica a composição financeira do


FMSO I e os itens que integrarão o referido “case”, através dos seus níveis de estoque.

Estes níveis são calculados automaticamente pelo “SAMIS”(Security


Assistance Management Information System - é o sistema computadorizado usado na
administração, direcionamento e controle de requisição no FMS, ver CLSSA BROCHURE pg
17-7) e uma vez computados não poderão ser manualmente ajustados.

Os custos relativos aos níveis de estoque, são baseados em três fatores:


a) média mensal da demanda "average recurring monthly demand";
b) tempo de pedido e remessa; e
c) preço unitário atual.

A seguir será apresentada a metodologia utilizada pela USAF para


estabelecimento de seus níveis.

7.9.6.2 Níveis de Estoque - Metodologia

As quantidades referentes aos níveis de estoque "Stock Level Quantities -


SLQ", representam as necessidades de cada país em relação a um NSN.
178 MCA 67-1/2007

O primeiro passo na obtenção destes níveis é a seleção dos NSN que serão
objeto do “case” FMSO I e que, por conseguinte, terão seus níveis de estoque calculados.

A princípio, o requisito básico para que o item seja incluído no “case” FMSO I
é que o mesmo tenha uma expectativa de consumo já programado, ou melhor, tenha uma
demanda regular, prevista pelo menos para os próximos 3 (três) anos.

Preferencialmente, estes itens são aqueles que o usuário vai requisitar em


pequenas quantidades de cada vez, porém freqüentemente.

O critério utilizado para selecionar automaticamente este material foi o


seguinte:
a) itens para aquisição - são selecionados os itens requisitados anteriormente,
com o código de "recurring demand" na requisição. Este código é a letra
"R" na posição 44 do DD FORM 1348 M (Requisição MILSTRIP,
documento A01); e
b) itens para reparo - são relacionados todos os itens, que tiveram
recolhimento para reparo, na modalidade repair/replace, através de um
“case” "K".

Estes itens são os eleitos para o suporte programado, através da Cooperativa


Logística e seus níveis são calculados multiplicando-se a média mensal de demanda dos
últimos 4 (quatro) anos, pelo Tempo de Pedido e Remessa.

7.9.6.3 Consumo Médio Mensal Programado "Average Recurring Monthly Demand (AMD)"

Como já dissemos esta média é calculada tomando-se por base a demanda dos
últimos 4 (quatro) anos, e no caso de reparo, nos recolhimentos (requisições com código H),
efetivados neste mesmo período de tempo.

7.9.6.4 Tempo de Pedido e Remessa “Procurement Lead Time”(PLT)

É o tempo gasto na requisição do item, ou no caso do item reparável, no


"Repair Lead Time" que é o tempo de reparo, estimado normalmente em torno de 7 (sete)
meses, mas que pode variar de 6 (seis) a 10 (dez) meses.

7.9.6.5 Variação dos Níveis

As variações dos níveis serão atenuados pelo SAMIS, para que estes não sejam
influenciados por "picos" ou "vales" de consumo, que não caracterizem realmente uma
tendência.

A partir das variações dos níveis de estoque “Stock Level Quantities” (SLQ)
atualizados em relação aos níveis de estoque estabelecidos anteriormente para o item, em um
determinado período, estes itens poderão ser enquadrados nas situações de "Active",
"Liability" ou "Termination".

7.9.6.6 Itens Ativos (Condição "ACTIVE")

São aqueles selecionados por apresentarem uma demanda regular e que


mantém um consumo compatível com a média fixada.
MCA 67-1/2006 179

7.9.6.7 Itens Sob Responsabilidade Contratual do País Solicitante (Condição "LIABILITY")

Caso o nível computado para um item, seja inferior ao fixado anteriormente,


em função de uma diminuição do AMD ou do PLT, este NSN com a quantidade resultante da
diferença entre o nível fixado e o atualizado, será transferido para a condição de "Liability".

As quantidades enquadradas nesta situação poderão ser reduzidas, através de


qualquer tipo de requisição que for feita para o item, independente do código de demanda.

A responsabilidade contratual do país cessa, no momento que as quantidades


de cada item, forem reduzidas a zero, em função de requisições programadas ou não
programadas.

7.9.6.8 Itens em Fase de Conclusão do Processo (Condição "TERMINATION")

Os itens que estiverem na condição "Liability" por quatro anos, serão incluídos
na condição "Termination".

Estes itens permanecerão durante 2 (dois) anos nesta condição, para permitir a
absorção destas quantidades pelo país, ou até por outro usuário. Após este período, as
quantidades residuais serão obrigatoriamente requisitadas pelo país, "Drawdown Requisition".

Os itens administrados pela “Defense Logistics Agency” (DLA) não passarão à


situação de “Termination File”, de acordo com as regras do FMS.

7.9.6.9 Quantidade Disponível para Atendimento de Requisições Programadas

As quantidades disponíveis para atendimento de requisições programadas, são


chamadas de “Eligible-to-be-Programmed Quantity” (EPQ), e estarão disponíveis para todos
os clientes da Cooperativa.

Esta quantidade será calculada trimestralmente pelo SAMIS e será igual ao


valor da demanda calculada para o trimestre, acrescida de qualquer quantidade (EPQ) não
utilizada nos trimestres anteriores.

Se porventura, um país não possuir um "Stock Level" de um item e este for


requisitado pela primeira vez, esta requisição será atendida como programada, usando-se a
EPQ não utilizada por outros países nos trimestres anteriores.

Os usuários da Cooperativa poderão ajustar seu SLQ em antecipação a grandes


reduções ou aumentos de demanda, em razão de fatos significativos tais como: compra de
novas aeronaves ou mesmo desativação de sistemas. Entretanto, o método básico para ajustes
no SLQ é através do número de requisições para atender demandas regulares (R ou N na
coluna 44 da requisição FMS A01).

7.9.7 FMSO I

7.9.7.1 Finalidade

O FMSO I tem por característica apresentar os itens que serão adquiridos e


estocados em antecipação as requisições e a partir destes itens é estabelecido o investimento
financeiro de cada país no programa.
180 MCA 67-1/2007

7.9.7.2 Valores

O cálculo do valor deste “case” é feito através do "Stock Level Quantity" dos
itens, multiplicado pelo "Forecast Acquisition Cost"(FAC).

Todos os itens da Cooperativa serão incluídos no FMSO I e também


valorizados, mesmo aqueles na situação de "Liability" ou "Termination", em função disto,
serão estas as situações que os NSN constantes deste “case” poderão estar enquadrados:
a) "PROCUREMENT" - nesta categoria estão enquadrados os itens de
investimento chamados itens AA, que estão ativos na Cooperativa;
b) "REPAIR" - são os itens que estão ativos para reparo, chamados itens AB;
c) "USAF Consumable" - são os itens de consumo da USAF, chamados itens
BB, que estão ativos na Cooperativa;
d) "DLA Consumable" - são os itens de consumo da DLA, chamados itens CC,
que estão ativos na Cooperativa;
e) "LIABILITY" - que será subdividido em PROCUREMENT, REPAIR,
USAF Consumable e DLA Consumable, chamados itens LI; e
f) "TERMINATION", chamados itens TR.

A soma de todas estas categorias será o valor do FMSO I. Ao ser estabelecido


o FMSO I, é cobrado o depósito inicial no valor igual a 5/17 do valor total do “case”.
Normalmente, uma vez por ano, o FMSO I será atualizado financeiramente.
Caso o valor apurado no FMSO I seja maior que o valor anterior, os valores constantes do
FMSO I serão aumentados através de uma modificação da LOA, e o usuário será cobrado de
5/17 do valor deste acréscimo.
O valor cobrado no FMSO I, exceto a taxa administrativa (5% dos 5/17), será
devolvido quando o país encerrar sua participação na Cooperativa.
O pagamento dos 12/17 restantes do “case” não é cobrado. Entretanto, o país é
responsável financeiramente pelo material relacionado neste “case”.

7.9.8 FMSO II

7.9.8.1 Introdução

O FMSO II é um “case”, com duração de 1 ou 2 anos, que tem por objetivo


possibilitar a requisição dos itens, através da Cooperativa.

7.9.8.2 Finalidade

É o mecanismo que possibilita ao país fazer requisições programadas e não


programadas no Sistema Logístico do Departamento de Defesa Americano.

7.9.8.3 Submissão de Requisições

Utilizando o “case” FMSO II as requisições FMS são atendidas como uma


requisição programada, desde que as quantidades solicitadas sejam menores ou iguais que o
"SLQ – FMSO I" do requisitante ou existam quantidades disponíveis no EPQ global do item.
MCA 67-1/2006 181

Estas requisições recebem tratamento igual às requisições da USAF, quando


emitidas pelas organizações com mesma prioridade.

O requisitante deverá submeter as requisições dos itens que tenham uma


expectativa de demanda regular nos próximos 3 (três) anos como requisições programadas
("recurring demand"). Para isto, deverá inserir na coluna 44 da requisição MILSTRIP o
código R. Caso seja um pedido eventual, sem expectativa de um consumo regular no futuro, o
código será N.

É de vital importância para o programa que este código represente exatamente


o tipo de demanda do requisitante, pois a seleção dos itens que integrarão o “case” FMSO I é
feita baseada no código que foi inserido na coluna 44 da requisição MILSTRIP. Os itens com
código R serão aqueles para os quais será feito um planejamento através da formação de
estoques.

7.9.8.4 Valores

O “case” FMSO II deverá ter valores que permitam requisições por um período
de 1 (um) ou 2 (dois) anos.

A este valor total deverão ser acrescidos os seguintes percentuais:


a) embalagem/manuseio - 3,5%;
b) taxas administrativas - 3%;
c) armazenagem - 1,5% dos 5/17 do FMSO I; e
d) taxa de uso das instalações DoD - 1,0%.

7.9.9 RELATÓRIOS DA COOPERATIVA DA USAF

7.9.9.1 “CLSSA Stock Level Item List” (GCB)

7.9.9.1.1 Introdução

Trimestralmente, o SAMIS irá atualizar os níveis de estoque e os itens na


condição de "Liability" e "Termination".

7.9.9.1.2 Utilização do Relatório


O relatório "CLSSA Stock Level Item" é atualizado trimestralmente e
apresenta todos os NSNs e quantidades constantes do FMSO I. Este relatório mostra: os níveis
dos itens na condição de "Procurement", reparáveis e de consumo; os níveis dos itens para
reparo, os níveis daqueles na condição de "Liability e Termination" e os valores financeiros
de cada uma destas situações.

Este relatório pode ser usado para:


a) apresentar os níveis e os valores do FMSO I;
b) observar as variações nos níveis do FMSO I; e
c) servir de guia para a emissão de requisições programadas "recurring".
182 MCA 67-1/2007

Durante a emissão das requisições os seguintes pontos devem ser observados,


tomando-se por base este relatório:
a) submeta requisições com regularidade evitando com isto concentrar os
pedidos em poucas requisições;
b) use o “Stock Level Current” (SL CURR) como um guia para as quantidades
a serem requisitadas e também para os itens a serem reparados
(“repair/replace”). Por exemplo, se o seu nível de estoque for 5 (cinco),
evite requisitar/reparar quantidades acima de 5 (cinco) naquele trimestre;
c) no caso de já existir uma requisição/reparo (“repair/replace”) não
programado que ainda não tenha sido atendido neste trimestre e existindo
quantidades disponíveis no relatório, cancele este pedido até o término do
trimestre e submeta outro pedido, dentro das quantidades disponíveis,
conforme seus níveis de estoque na Cooperativa; e
d) não existindo níveis de estoque (SL CURR) que permitam uma
requisição/reparo de um item nas quantidades desejadas, requisite uma
pequena quantidade deste item. No próximo trimestre, já existirão
quantidades programadas que serão visualizadas com o aumento dos níveis
de estoque. Requisite estas quantidades e prossiga dessa forma até que todas
as suas necessidades sejam atendidas.

7.9.9.1.3 Descrição do Relatório

7.9.9.1.3.1 Cabeçalho:
a) CLSSA Stock Level Item List (PCN:U-W001-GCB);
b) país;
c) “case” FMSO I: designador do “case”; e
d) data de emissão do relatório.

OBS.: Os níveis do FMSO I são atualizados no primeiro dia de cada trimestre (Janeiro, Abril,
Julho, Outubro), com exceção daqueles referentes aos itens na condição de “Termination”,
que serão reduzidos/cancelados em função de um processo de revisão semi-anual para
absorção de itens.

7.9.9.1.3.2 Categorias de itens:

a) Itens de Investimento, para aquisição tipo (AA);


b) Itens de Investimento, para reparo tipo (AB);
c) Itens de Consumo, administrados pela USAF (tipo BB);
d) Itens de Consumo, administrados pela DLA (tipo CC);
e) Itens na condição de "Liability" (tipo LI), que apresenta as seguintes
subcategorias:
- aquisição (tipo LI - AA);
- reparo (tipo LI - AB);
- itens de consumo da USAF (tipo LI - BB);
f) itens na condição "Termination" (tipo TR).
MCA 67-1/2006 183

7.9.9.1.3.3 Explanação dos dados:

"Lead Time - LT" - este é o tempo de pedido e remessa do NSN.

Para os itens AA, BB e CC, o tempo para aquisição dos itens é em meses;
para os itens AB, o tempo de reparo é em dias.

7.9.9.1.3.4 Quantidades:
a) SL CURR - É o nível atual do item;
b) LIB QTY - É o nível do item na condição de "Liability";
c) TRM QTY - É o nível do item na condição de "Termination"; e
d) FMSO I - É o valor do item para cálculo do FMSO I.

7.9.9.1.3.5 Dates:
a) LIB DT - Esta é a data que o item foi inserido na condição "Liability".
Existe possibilidade de existirem diversos registros para o mesmo NSN,
com diferentes datas;
b) TRM DT - Se não for possível a absorção pelos E.U.A., esta é a data que o
usuário deve remover o item da condição de "Termination". Os itens
permanecerão 2 (dois) anos nesta condição;
c) REQN PRICE - Preço de requisição. Este é o preço dos itens na condição de
"Liability" e "Termination"; e
d) REQN VALUE - Valor da requisição. Este é o resultado da quantidade de
itens na condição de "Liability", multiplicado pelo preço de requisição.

7.9.10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O usuário da Cooperativa da USAF, pode escolher participar totalmente ou


parcialmente do referido programa. Este decidirá se deseja participar somente para itens de
consumo ("service code B and C") ou somente para itens de investimento ("service code A").
Dentro dos itens de investimento, o cliente pode participar somente no reparo dos
equipamentos ou na aquisição e até mesmo restringir sua participação em determinados
NSN's.

As requisições que forem efetuadas em áreas que o requisitante não participe


da Cooperativa, serão consideradas como não programadas e estarão sujeitas a regras normais
do FMS.

7.10 REQUISIÇÃO DE MATERIAL

7.10.1 REQUISIÇÃO

7.10.1.1 Procedimento das Unidades Requisitantes

Todos os itens com origem de aquisição no exterior e com NSN elegíveis


deverão ser requisitados no FMS.
184 MCA 67-1/2007

7.10.1.1.1 Identificação do Item

O material a ser requisitado no FMS deve ser identificado de acordo com os


seguintes passos:
a) partindo-se do PN implantado no Projeto, Catálogo de Peças ou Manual do
Fabricante, consultar o catálogo MCRL-1 emitido pelo DoD e obter a
referência cruzada de PN para NSN e demais códigos aplicáveis;
b) partindo-se do NSN "master", obtido no catálogo ML-C/ISG (DO43), do
DoD, confirmar qual o Departamento responsável pela aquisição (USAF,
USNAVY, USARMY, etc). Estes dados serão obtidos na coluna SoS;
Ex.:
SoS = FPZ - requisite no “case” da USAF.
SoS = N32 - requisite no “case” da USNAVY.
SoS = B17 - requisite no “case” do USARMY.
SoS = S9G - Este item é adquirido pela DLA. Requisite no “case” da USAF.
c) no mesmo catálogo, na coluna "U/I", obter a correta unidade de
fornecimento. Observar a quantidade mínima requisitável na coluna QUP e,
na coluna "PHRASE STATEMENT", atentar para as informações;
d) caso a QUP seja considerada excessiva em relação aos dados de consumo ou
as eventuais necessidades, a QUP deverá ser desprezada e solicitada a
quantidade julgada necessária, com o "Advice Code = 2D"; e se porventura,
houver expectativa de consumo que justifique a aquisição da QUP, a mesma
deverá ser considerada. Dentro do possível, o requisitante deverá considerar
a QUP, e nos casos em que esta for desprezada, a Seção FMS da DIRMAB
deverá ser informada através de mensagem;
NOTA: Nem sempre a unidade de estocagem implantada no Projeto é igual a unidade de
fornecimento no Sistema FMS. Ao ser emitida a requisição, converter as quantidades
necessárias de acordo com a U/I do Sistema FMS.
e) na coluna "unit price", obter o preço atualizado do item, em dólares
americanos, para atualizar o Projeto e para a confecção da grade de custos;
f) ainda no catálogo ML-C, na coluna "RC", obter o código de categoria do
item;
Ex.:
RC = "C” ou "T" - o item é de investimento para a USAF (em princípio reparável para a
FAB) - (REPARABLE);
RC = "S" ou "U" - o item deve ser, obrigatoriamente, solicitado via ofício para a Divisão de
Manutenção da DIRMAB ou mensagem de Correio Eletrônico (Outlook) para a Seção FMS
da DIRMAB (em princípio ferramentas/equipamentos/testes para a FAB);
RC = "N", "P" - o item é de consumo para a USAF (em princípio para a FAB também).
g) se a requisição a ser emitida destinar-se a um “case” mantido com a USAF,
deve ser consultada a coluna "MGMT CONTROL", posições 4 e 5, para
verificar se o item é "STANDARD" ou "NON-STANDARD" (se houver
MCA 67-1/2006 185

duas letras e o item for “STANDARD”, as mesmas deverão ser adicionadas


ao NSN);

OBS.: Os códigos "EX", "PU", "XA", "XL", "XT", "XU", "XV", "XW", "XX", "XY" e "XZ"
indicam que o item é "NON-STANDARD" para a USAF devendo ser requisitado através da
área comercial (CABW).
h) se a requisição a ser emitida destinar-se a um “case” mantido com o
USARMY, deve ser consultada a coluna “MGMT CONTROL”, 2ª posição,
para verificar se o item é secundário; representados pelos números 2, 3, 5 e
9 e pelas letras de R à Z; e
i) obter o nome do item, na coluna "ITEM NAME" da ML-C, e também
atualizar o Projeto.

OBS.: As informações da MCRL-1/2, ML-C, AMDF, e demais catálogos do DoD poderão


ser obtidas através do Sistema “FED LOG”.

7.10.1.1.2 Escolha da Fonte de Fornecimento (Source of Supply - SoS)

Para se evitar a demora no atendimento do item, a requisição do material deve


ser encaminhada para o Comando Logístico do "Source of Supply" (SoS), da seguinte forma:
a) USAF encaminhada para FNH (Air Force Security Assistance Center);
b) USNAVY encaminhada para "N65" ("Navy International Logistics
Command" - NAVILCO); e
c) USARMY encaminhada para "BY7" ("US Army Security Assistance
Center" - USASAC).

Se o SoS pertencer à DLA, o item deve ser requisitado no “case” da USAF.

Ex.: O NSN 5310-00-167-0823 é utilizado pelos seguintes S/A: "DS, DA, DF, GP, DM, e
DN". O "Source of Supply" deste item é "S9I" ("Defense Industrial Supply Center"). Neste
caso, todas as requisições para este item devem ser endereçadas para o "FNH".

A requisição de NSN cujo "SoS" seja "GSA" e o "AAC" apresente o código


"L", deverá conter em sua coluna 65/66 o código de aviso "3B", a fim de evitar o seu
cancelamento.

Todos os SoS estão listados no "Customer Assistance Handbook".

7.10.1.1.3 Análise do “Acquisition Advice Codes” - (AAC)

Os seguintes AAC não deverão ser requisitados através do FMS: F, L, P, V, X,


Y, T.

Para maiores detalhes veja o "Customer Assistance Handbook".

7.10.1.1.4 Requisição

7.10.1.1.4.1 Itens Categoria Consumo

Uma vez identificado corretamente o material a ser requisitado no FMS, um


186 MCA 67-1/2007

pedido deve ser emitido atendendo-se os seguintes passos:


a) atualizar o seu preço unitário de acordo com os dados extraídos dos
Catálogos Federais de Suprimento e requisitar o material de acordo com o
preconizado no presente Manual; e
b) emitir a transação A01 conforme o previsto no Capítulo XI.

7.10.1.1.4.2 Itens Categoria "D, P, R, T e L"

Proceder de acordo com o presente Manual.

NOTA: Os itens categoria "C, T, S ou U", para a USAF, também devem seguir os
procedimentos previstos neste Manual.

7.10.1.1.4.3 Kit de Modificação Classe IV

Estes "kits" são, normalmente, identificados pela letra "K" na quinta posição
do NSN e devem ser requisitados, via ofício/fac-símile, à Seção FMS da DIRMAB. As
requisições são sempre numeradas pela USAF.

7.10.1.1.4.4 Grupos de Materiais Apoiados pelo PAMB

Todo item pertencente aos grupos de 10 ao 14 (inclusive) e à classe 4925


deverá ser, obrigatoriamente, requisitado ao PAMB.

NOTA: Estes itens são identificados pelo "Material Management Aggregation Code"
(MMAC) "MN" e "AQ".

7.10.1.1.4.5 Classes Fornecidas com Restrição pelo FMS

As classes de material 8030 e 8040 (selantes e adesivos), embora fornecidas


pelo FMS, devem ser requisitadas na área comercial para garantia de sua vida total em
prateleira.

7.10.1.1.5 Prioridade da Requisição no FMS

A prioridade das requisições no FMS deve obedecer as normas emitidas pelo


governo americano, como previsto a seguir:

PRIORIDADE MOTIVO
14 Recompletamento de Estoque
09 Recompletamento Urgente de Estoque
07 Se a falta do item provocar uma emergência em 30 dias

NOTA: Se a falta do item estiver provocando, ou for provocar em 30 dias, a


indisponibilidade de uma aeronave, a prioridade da requisição deverá ser alterada para
“NMCS”. Consulte o Capítulo XI para os detalhes sobre a prioridade “NMCS”.

7.10.1.1.6 Utilização da Prioridade "NMCS"

A prioridade "NMCS" deverá ser utilizada, nas requisições emitidas nos


“cases” da USAF, USARMY e USNAVY, de acordo com os seguintes critérios:
MCA 67-1/2006 187

a) submeter nova requisição para a quantidade que estiver provocando o


"NMCS";
b) caso não haja interesse em submeter uma nova requisição, modificar a
prioridade do pedido existente e informar a quantidade necessária para
atender o "NMCS". Neste caso o órgão requisitante informará à Seção FMS
da DIRMAB que informará o setor aplicável do FMS; e
c) retirar a requisição da prioridade "NMCS" (modificar a prioridade) caso a
quantidade mínima seja atendida ou o problema seja resolvido.

7.10.1.1.7 Emissão de "Follow-Up" (AF)

Após emitida a requisição, caso haja necessidade da confirmação da última


posição do pedido ou uma antecipação no seu atendimento a transação AF_ deve ser
submetida.

A resposta a um "follow-up" é, normalmente, uma transação "AE". A correta


interpretação do significado da transação "AE" consta do "Customer Assistance Handbook".

NOTAS:
1- A solicitação de "follow-up" deverá ser feita, através de uma transação "AF" de acordo
com o item 7.12.3.3.
2- Caso uma transação AE, em resposta a um AF, contenha o "status code" BF, indicando a
inexistência do pedido, novo pedido deve ser submetido, caso persista a necessidade.
3- Não deve ser emitido "follow-up" para requisição já embarcada pelo FMS (AS2).

7.10.1.1.8 Emissão de Solicitação de Cancelamento (AC)

O sistema FMS permite ao requisitante, através da transação "AC", solicitar o


cancelamento de uma requisição.

Caso o FMS aceite o cancelamento, a resposta será dada através de uma


transação "AE" com "status code" BQ.

NOTAS:
1- A solicitação de cancelamento deverá ser feita, através de uma transação "AC_" de acordo
com o Capítulo XI.
2- Para as requisições em contrato (“status” BV), a Seção FMS da DIRMAB deverá ser
consultada para verificação, junto ao EBL, se o cancelamento pode ser efetuado sem a
multa prevista.
3- Não deve ser solicitado cancelamento para requisição já liberada pelo FMS (transação
AS2).

7.10.1.1.9 Modificação na Prioridade (AM)

A modificação na prioridade das requisições existentes deve ser feita de acordo


com o item 7.12.3.4.
188 MCA 67-1/2007

NOTA: Caso a modificação na prioridade das requisições não satisfaça as necessidades, o


requisitante deverá informar, via mensagem, à DIRMAB, Seção FMS.

7.10.1.1.10 Recebimento de Material no Brasil (XDF)

A fim de encerrar o ciclo da requisição, a unidade requisitante deve processar a


transação de recebimento de material (XDF).

Consulte o item 7.12.3.12 para o correto preenchimento do XDF.

É responsabilidade da unidade requisitante o controle de qualidade e


quantidade do material recebido.

Consulte no item 7.8 as instruções para informar, corretamente, à Seção FMS


da DIRMAB, quando do recebimento de material com discrepância.

7.10.1.2 Procedimentos da Seção FMS da DIRMAB

7.10.1.2.1 Crítica/Análise das Atividades

As atividades emitidas pelos órgãos requisitantes serão criticadas quanto ao


“case”, disponibilidade de verba e preenchimento correto dos campos das transações.

A análise do pedido de acordo com este Manual será feita a título de


fiscalização. Cabe aos órgãos requisitantes a responsabilidade pelo que for efetivamente
requisitado, independentemente do que se desejava requisitar.

7.10.1.2.2 Envio das Atividades para o FMS


As atividades FMS serão transmitidas utilizando-se o sistema de transmissão
de dados da DIRMAB, diretamente ao DAASC, que as transmitirá para o serviço aplicável do
governo americano e CABW.
NOTA: Cabe apenas à DIRMAB, Seção FMS, a responsabilidade de todas as transmissões
previstas nesta ICA. A DIRMAB, Seção FMS, é o único ponto de contato entre a FAB e o
EBL para efeito de transmissão de dados.

7.10.1.3 Procedimentos da CABW

7.10.1.3.1 Atendimentos das Requisições


As requisições FMS, quando atendidas, serão enviadas dos depósitos do DoD
ou do armazém do fabricante para o depósito da CABW.
A CABW deverá providenciar o envio de todo o material referente às
requisições FMS.
Especial atenção deverá ser dada às requisições atendidas cuja prioridade seja
07 ou NMCS, pois de seu pronto recebimento dependerá o aumento da capacidade
operacional das aeronaves da FAB. Neste caso os volumes deverão ser marcados com as
etiquetas de aviso apropriadas.
MCA 67-1/2006 189

O envio, via companhia de aviação comercial brasileira, deverá ser


providenciado caso não haja previsão de aeronave nos próximos 10 dias. Deverá ser
informado à DIRMAB e ao DARJ, o nome da COMPANHIA, NÚMERO DO VÔO,
CONHECIMENTO AÉREO e DATA.

É proibido incluir nos embarques marítimos as requisições atendidas cujas


prioridades sejam 07 ou NMCS.

Deverá ser informado à DIRMAB/Seção FMS e ao DARJ quando do envio de


material extra-manifesto de carga.

7.10.1.3.2 Confirmação de Recebimento e Envio de Requisições

Ao receber o material em atendimento às requisições FMS, a CABW deverá


providenciar a emissão das transações de recebimento e envio para o Brasil (XDI e XDS) de
acordo com o previsto nos itens 7.12.3.10 e 7.12.3.11.

7.10.1.4 Procedimentos do DARJ

7.10.1.4.1 Desembaraço Alfandegário

No caso de material remetido pela CABW, via comercial, uma mensagem será
recebida pelo DARJ que deverá providenciar o desembaraço alfandegário.

7.10.1.4.2 Remessa do Material

O material em atendimento às requisições do FMS, recebido da CABW (via


FAB, Aviação Comercial ou marítimo), após liberado pela alfândega, deverá ser prontamente
remetido, pelos meios disponíveis da FAB, às Unidades requisitantes.

Para o material recebido em atendimento às requisições de emergência


(prioridade 07) deverá ser cumprido o previsto neste Manual.

O DARJ deverá enviar, com a máxima brevidade possível, para a


DIRMAB/Seção FMS, uma cópia da GUIA DE VOLUMES referente aos volumes remetidos.

O DARJ deverá informar à DIRMAB/Seção FMS e à CABW, quando houver


discrepância, no manifesto de carga, de volumes.

NOTA: O DARJ não deverá controlar a quantidade ou qualidade do material recebido. Esta
atividade é função da Unidade requisitante.

7.10.2 GENERALIDADES

7.10.2.1 “Cases” para Submissão de Requisições

As Unidades requisitantes serão informadas pela DIRMAB/Seção FMS, sobre


os “cases” em vigor que deverão ser utilizados para a submissão de requisições. Além disso,
quando aplicável, serão informados os dois últimos caracteres designativos do "Line Item"
que deverão ser incluídos nas colunas 55 e 56.
190 MCA 67-1/2007

7.10.2.2 Trâmite das Requisições FMS

É indispensável que todos os passos para submissão de requisições (e as


demais transações FMS) preconizadas nesta ICA, sejam rigorosamente obedecidos, para
proporcionar um efetivo controle por parte de todos os órgãos envolvidos. Por este motivo,
contatos diretos entre as Unidades requisitantes e a CABW/EBL para abertura de novas
requisições, consultas ou mesmo mudanças de prioridade são terminantemente proibidos.

7.10.2.3 Utilização do Dia Juliano

Ao serem numeradas as requisições FMS, o dia juliano deverá ser utilizado da


seguinte maneira:

7.10.2.3.1 Unidade Requisitante


Utilizar o dia juliano coincidente com o dia do preenchimento da requisição
com qualquer que seja a prioridade. Observar se não há recolhimento de material ao exterior
para não haver duplicidade de pedido.
Se a faixa alocada para cada projeto for excedida, ao serem numeradas as
requisições, o dia juliano subseqüente deve ser utilizado e assim sucessivamente.
NOTA: A Unidade requisitante nunca deverá utilizar os sábados e domingos quando numerar
suas requisições.
7.10.2.3.2 DIRMAB
Utilizar os dias julianos que coincidam com os sábados.
7.10.2.3.3 CABW/EBL
Utilizar os dias julianos que coincidam com os domingos.
7.10.3 FLIPS E CARTAS AERONÁUTICAS
7.10.3.1 Procedimentos das Unidades
As unidades Aéreas interessadas na aquisição de FLIPS ("Flight Informations
and Publications") e Cartas Aeronáuticas devem encaminhar seus pedidos, via canais
competentes, ao DECEA/Divisão de Informações Aeronáuticas (DAIS). Os pedidos devem
ser encaminhados no primeiro semestre de cada ano para que a DAIS possa elaborar uma
listagem global e encaminhá-la à Divisão de Material (D-MAT), também do DECEA, através
da Subdiretoria Técnica (SDT).
7.10.3.2 Procedimentos da Divisão de Material (DECEA/D-MAT)

Encaminhar o pedido global ao EBL para que este providencie a abertura de


novos “cases” ou, modificações nos “cases” existentes, junto ao FMS/DMA, que gerencia as
assinaturas, contratos e fornecimento das respectivas cartas aeronáuticas e FLIPS.

NOTA: A DMA envia ao EBL, anualmente, uma listagem contendo as publicações constantes
do “case” em vigor. Esta listagem será encaminhada ao DECEA para revisão e devolução,
para que as devidas alterações sejam efetuadas.
MCA 67-1/2006 191

7.11 ACOMPANHAMENTO DE REQUISIÇÕES

7.11.1 INTRODUÇÃO

O controle é uma das fases mais importantes do processo administrativo, pois é


através dele que podemos aferir os resultados e manter todo este processo em alto nível de
qualidade.

No caso específico de um processo de requisição de material é primordial que


este controle se realize através de um acompanhamento eficaz de todas as fases do pedido, e
para que isto seja possível, faz-se necessário um sistema informativo que forneça visibilidade
de cada uma destas fases.

A importância da qualidade deste acompanhamento pode representar:


a) uma diminuição do tempo de pedido e remessa;
b) a adoção, em tempo hábil, de providências alternativas para as requisições
com problemas de fornecimento; e
c) a possibilidade de correção de discrepâncias nos pedidos e nos
fornecimentos.

Nos pedidos de material através do FMS, o acompanhamento das requisições


"Military Standard Requisitioning and Issue Procedures" (MILSTRIP) é de vital importância
para que se possa auferir todas as vantagens que este Sistema proporciona aos compradores.

7.11.2 DESENVOLVIMENTO

7.11.2.1 Aspectos Essenciais no Acompanhamento:


a) sistema informativo eficiente;
b) gerentes de processo treinados;
c) análise de situação a cada atualização das informações; e
d) medidas corretivas adequadas.

7.11.2.2 Sistema Informativo

O FMS é dotado de vários sistemas informativos, dentre os quais, os mais


utilizados são: STARR (“Supply Tracking and Repairable Return”), SCIP (Security
Cooperation International Portal), AFSAC on line (Air Force Security Assistance Center on
line) e SAMIS (Security Assistance Management Information System).

Através desses sistemas, os participantes do programa estão ligados ao sistema


logístico do Dod, no caso do SCIP e AFSAC, através de internet on-line,podendo acompanhar
diariamente,a posição de suas requisições, a situação financeira geral dos “cases”, fazer
pesquisas e obter informações de interesse.

O sistema informativo mais utilizado na FAB é o sistema “STARR”, que,


fornece uma total visibilidade de todo o ciclo de requisição,desde a emissão do pedido até o
recebimento pelo destinatário final.
192 MCA 67-1/2007

Para que seja possível esta visibilidade, estes sistemas apresentam, entre outras
informações, os documentos constantes do processo e os respectivos códigos de "status", que
são aqueles usados pelos "Defense Logistics Standard Systems" (DLSS) e padronizados para
as operações de suprimento.

O próprio Sistema "STARR" efetua automaticamente uma parte do controle


das requisições, pois está programado para fornecer uma crítica mecanizada, através das
seguintes pesquisas:

7.11.2.2.1 Obtidas através de "QUERIES" no sistema:


a) NMCS (“Not Mission Capable Supply”) - lista todas as requisições para
atendimento de situações de efetiva emergência e possibilita medidas
corretivas que atendam a urgência da situação, caso não esteja havendo um
razoável desenvolvimento do pedido;
b) SHIPPED BY US/DoD TO FREIGHT FORWARDER - lista todos os itens
embarcados pelo FMS, e que ainda não foram recebidos pelo “Freight
Forwarder” (CABW), os quais dependendo do tempo transcorrido, desde
que foram liberados pelo FMS, devem ser reclamados; e
c) RECEIVED BY F.F., lista todos os itens recebidos no “Freight Forwarder”
(CABW) e que ainda não foram remetidos para o país comprador (Brasil).
Neste caso, dependendo do tempo transcorrido, devem ser adotadas
providências junto ao "Freight Forwarder", para que o item seja embarcado.

7.11.2.2.2 Fornecidas através de "REPORTS":


a) "MANAGEMENT INFORMATION/ACTION REPORT" - identifica as
requisições que necessitam de ações por parte do requisitante;
b) "CHANGED MASTERS" - apresenta as modificações que ocorreram no
"MASTER" durante a última revisão ou em um determinado período. Estas
informações possibilitarão ao requisitante validar estas modificações; e
c) “SHIPPED BY F.F.” - lista todos os itens embarcados pelo “Freight
Forwarder” com destino ao Brasil e que ainda não foram recebidos pelo
destinatário final. Dependendo do tempo transcorrido do embarque devem
ser adotadas providências junto ao “Freight Forwarder”, ou se for o caso
junto a algum ponto intermediário (DARJ).

7.11.2.2.3 Os documentos específicos do sistema STARR (fig. 12) e que são utilizados para
acompanhamento dos pedidos a partir do fornecimento pelo FMS, e no caso dos reparáveis
desde a remessa do item avariado pelo requisitante, são os seguintes (posição 1 a 3):
a) XDI - Recebimento de material no “Freight Forwarder” (CABW);
b) XDS - Envio de material do “Freight Forwarder” (CABW) para o
requisitante (Brasil);
c) XDF - Recebimento de material na unidade requisitante;
d) XDC - Envio de material para reparo pelo requisitante;
e) XDR - Confirmação do recebimento, pelo “Freight Forwarder” (CABW) do
material para reparo, vindo do Brasil;
f) XDT - Envio do material pelo “Freight Forwarder”, para reparo no FMS;
MCA 67-1/2006 193

g) XDA - Confirmação do recebimento do reparável no FMS, enviado pelo


“Freight Forwarder” (CABW); e
h) XDB - Envio do material reparado, do FMS para o “Freight Forwarder”
(CABW).

TRANSAÇÕES SISTEMA STARR

X X X X
D D D D
Origem
Destinatário
Freight FMS
Final Forwarder (CABW)

X X X X
D D D D

(fig. 12)

7.11.2.3 Documentos Processados pelo Defense Automatic Addressing System Center


(DAASC)

7.11.2.3.1 Descodificação - o documento hábil para decodificação das informações


processadas pelo DAASC é o "CUSTOMER ASSISTANCE HANDBOOK" emitido pela
"DEFENSE LOGISTICS AGENCY".

7.11.2.3.2 Cada um destes documentos ou transações são identificados através do


"DOCUMENT IDENTIFIER CODES", posição de 1 a 3, sendo que os principais códigos e
suas finalidades estão descritos a seguir:
a) 01 - Requisição de material ou ordem de serviço para itens Standard (com
NSN válido para requisição);
b) A05 - Requisição de material "Non-standard" através do sistema "PROS";
c) AE2 - "Supply Status" - fornecido pelo U.S.G;
d) AF - "Followup" - solicitação de "status" (ESD) atualizado do pedido feita
pelo requisitante;
e) AM - "Document Modifier" - modificação de prioridade feita pelo
requisitante;
f) AC - Cancelamento - feito pelo requisitante;
g) AK - "Followup" de cancelamento - solicitação de confirmação do
cancelamento pelo requisitante. Será processado como cancelamento se o
original não tiver sido processado;
h) AS2 - "Shipment Status" - informação de remessa do material para o
"Freight Forwarder"; e
i) AT1 - "Followup" de emissão da requisição. Será processado como uma
requisição se a original não tiver sido processada.
194 MCA 67-1/2007

OBS.: O 3º digito da transação "AT" e "AM" dependerá do 3º digito constante do “Document


Identifier Code” (DIC) da requisição original, que no caso de uma A01 será um AT1 ou um
AM1.
7.11.2.4 Análise dos Documentos

7.11.2.4.1 As organizações requisitantes deverão acompanhar seus pedidos através das


informações existentes no sistema STARR, devendo ser observados rotineiramente os
documentos que forem se juntando ao processo, que se inicia com a emissão de um A01,
sendo que os principais pontos a serem observados nos documentos abaixo listados e as
providências recomendadas são as seguintes:
a) A01 - os pedidos que não receberem uma transação "AE" em 10 (dez) dias,
após a data de transmissão do arquivo para a DIRMAB, Seção FMS deverão
ser resubmetidos através de uma transação "AT1" e informada a situação
para a DIRMAB, Seção FMS, através de mensagem;
b) AE2 - os pedidos de "emergência" que têm "status" de suprimento cujo
"ESD" esteja vencido a 5 (cinco) dias sem um novo "status", devem ser
objeto de uma transação "AF1":
- os pedidos para recompletamento de estoque e dotação inicial, que têm
"status" de suprimento cujo "ESD" esteja vencido a 15 (quinze) dias sem
um novo "status" devem ser objeto de uma transação "AF1";
- os pedidos que já estão em contrato (BV) devem ser objeto de uma AF1 se
após 60 (sessenta) dias da "ESD" não houver sido recebido um "status" de
remessa do material;
- os pedidos que estão em contrato (BV) porém estão sem "ESD", devem ser
objeto de uma AF1 se após 30 (trinta) dias do recebimento do "status", não
houver sido recebido um novo "status" da remessa do material;
c) AF1 - caso após 10 (dez) dias da emissão de uma "AF1" não tenha sido
recebida resposta de um novo "status", deverá ser emitida uma transação
"AT1";
d) AC1 - decorridos 15 (quinze) dias da solicitação de um cancelamento, caso
não tenha sido recebida uma transação com a resposta (BQ), deverá ser
emitida uma transação "AK1";
e) AS2 - caso após 180 (cento e oitenta) dias da data da emissão deste
documento (campos 57 a 59) o material não tiver sido recebido pelo
requisitante, o fato deverá ser comunicado imediatamente a DIRMAB,
Seção FMS, através de mensagem;
f) XDI - transcorridos 140 (cento e quarenta) dias da data de emissão do
documento (campos 5 a 7) e o material ainda não tiver sido recebido pelo
requisitante e não existir nenhuma transação subseqüente, o fato deverá ser
comunicado imediatamente à DIRMAB, Seção FMS, através de mensagem;
g) XDS - transcorridos 90 (noventa) dias da data de emissão do documento
(campos 5-7) e o material ainda não tiver sido recebido pelo requisitante o
fato deverá ser comunicado à DIRMAB, Seção FMS, através de mensagem.

7.11.2.4.2 Os códigos de "status" (“status codes”) constantes das posições 65 e 66 das


transações AE2, são usados para informar a situação das requisições e, dependendo dos
mesmos, devem ser adotadas diversas ações corretivas no Sistema FMS e no projeto,
conforme apresentadas a seguir:
MCA 67-1/2006 195

a) colunas 65-66 da transação "AE2": BF - Não existe registro da requisição no


Sistema FMS. AÇÃO CORRETIVA: Providenciar, caso persista a
necessidade, uma nova transação ou "A01";
b) BG - Um ou mais dos campos abaixo foram mudados: NSN - Como
resultado de atualização de catálogo:
1) O NSN solicitado foi substituído por (ou consolidado com) outro NSN no
campo NSN;
2) A classe mudou mas o NIIN permanece o mesmo. Cheque o NSN (classe +
NIIN) para confirmar se é o item desejado. Não o sendo, providencie o
cancelamento da requisição (AC1);
3) Unidade de Fornecimento (U/I) - Como resultado de atualização de
catálogo.
NOTA: Revise apropriadamente os registros. Serão fornecidos "Status" adicionais e deverão
ser analisados.
c) BH - Será fornecido um item "IW" ("Intercambiável com") definido no
campo NSN. Examine a unidade de fornecimento, quantidade e o preço
unitário. "Status" adicionais serão fornecidos;
d) BJ - Quantidade será modificada para adequar-se à embalagem. A Unidade
de Fornecimento não será modificada;
e) BQ - CANCELADA - Resulta de uma solicitação de cancelamento feita
pelo requisitante, DIRMAB, EBL, "Item Manager" ou "SoS";
f) CA - REJEITADA - Este tipo de rejeição é informada por mensagem;
g) CD - REJEITADA - Impossível processar devido a erros nos campos
quantidade, data e/ou número de série. Submeta nova requisição, com dados
corretos, caso necessário;
h) CE - REJEITADA - A Unidade de Fornecimento constante da requisição
original, a qual está nas colunas 23-24, não corresponde e não pode ser
convertida para a Unidade de Fornecimento do item. Submeta, caso
necessário, nova requisição com a Unidade de Fornecimento e quantidade
corretas;
i) CG - REJEITADA - Incapaz de identificar o item requisitado. Identifique
novamente o NSN, submeta nova requisição e caso cancelada novamente
transferir para CW;
j) CJ – REJEITADA:
1) Item (sendo) codificado como obsoleto. Se o campo NSN contiver um NSN
diferente do solicitado este pode ser fornecido como substituto;
2) Sendo aceitável o item oferecido, então, submeta uma nova requisição com
o NSN sugerido;
k) CK - REJEITADA - Incapaz de realizar procura. Nenhum substituto/
intercambiável está disponível. Analise a possibilidade de requisitar
componentes, Kit ou o próximo conjunto maior (NHA);
l) CP - REJEITADA - A fonte de suprimento é fabricação ou procura local. Se
o item não está disponível localmente, submeta uma nova requisição com
código de aviso 2A;
196 MCA 67-1/2007

m) CS - REJEITADA - A quantidade requisitada deve estar errada ou aparenta


estar excessiva. Está sendo fornecida uma quantidade parcial. A quantidade
rejeitada está no campo "quantidade". Caso persista a necessidade submeta
nova requisição com código de aviso "2L";
n) CW - REJEITADA - O item não está disponível. Seus custos de transporte
são anti-econômicos. Caso não disponível localmente, submeta nova
requisição com código de aviso "2A";
o) C6 - REJEITADA - Requisição não autorizada pelo FMS por ser do tipo
comercial. Sendo incapaz de obter o item através de fonte comercial,
submeta nova requisição com código de aviso "3B";
p) C8 - REJEITADA - O fornecedor não aceita vender quantidades inferiores
às indicadas nas colunas 76-80. Sendo conveniente, submeta nova
requisição com quantidade igual ou múltipla da quantidade sugerida; e
q) F6 - REJEITADA - O item não está autorizado para compra através do
“case” da Cooperativa Logística do FMS ou por um tipo de “case” fechado
para requisição. Refere-se a itens de equipamento designados pelo ERRC
código “S” ou “U” ou itens peculiares que são para serem obtidos
diretamente das fontes contratadas.
OBS.: Para informações mais completas consulte o manual “Customer Assistance
Handbook”.

7.11.2.4.3 O requisitante deverá reanalisar as requisições submetidas há mais de 180 (cento e


oitenta) dias que não possuem "status" favorável e, em função da necessidade, transferir para
outra fonte de aquisição (área comercial), desde que julgue este procedimento conveniente e
adequado para o seu programa de trabalho.

7.11.2.4.4 As requisições são consideradas como tendo "status" favorável quando o material
estiver sendo liberado pelos estoques do DoD (BA/AS2), ou já tiver sido contratado o seu
fornecimento, após a conclusão do processo de procura pelo DoD (BV), assim como a "ESD -
Estimated Shipping Date" for conveniente ao requisitante.

7.11.2.4.5 Além das críticas citadas anteriormente, qualquer discrepância que for observada
durante o curso do processo, deve ser comunicada imediatamente à agência implementadora
do respectivo “case” e para isto se faz necessário um acompanhamento criterioso de todas as
fases.

7.12 SUPPLY TRACKING AND REPARABLE RETURN (STARR)

7.12.1 SISTEMA STARR

7.12.1.1 Introdução

O sistema STARR,ainda é o mais utilizado pela FAB foi desenvolvido com a


finalidade de fornecer ao usuário os meios necessários à emissão e controle dos pedidos, bem
como para o acompanhamento do material enviado para reparo no FMS.

O sistema fornece, também, o saldo financeiro dos “cases”, atualizado a cada


15 dias pelo governo americano.
MCA 67-1/2006 197

O sistema “STARR” é instalado em microcomputador e atualizado e


periodicamente. Não é on-line.

Veremos neste capítulo a utilidade do sistema STARR para o FMS. Maiores


informações sobre o funcionamento do sistema serão dadas no manual "STARR - USERS'
MANUAL" fornecido pela DIRMAB.

7.12.1.2 Capacidade do Sistema STARR:


a) processamento dos dados recebidos e transmitidos;
b) emissão e controle das atividades do FMS;
c) emissão de relatórios do FMS; e
d) pesquisa sobre a situação das requisições.

7.12.1.3 Comunicações

As comunicações entre a DIRMAB, CABW, EBL e os órgãos do governo


americano são realizadas utilizando-se o sistema de comunicações DAMES/VOLTS.

A DIRMAB, o EBL, a CABW e o DAASC recebem todas as atividades


geradas no sistema. Os demais usuários da FAB receberão apenas as atividades pertinentes à
sua Unidade, através da Seção FMS da DIRMAB.

7.12.1.4 Responsabilidades

7.12.1.4.1 DIRMAB

A Seção FMS da DIRMAB é responsável pela:


a) preparação dos dados e mensagens a serem transmitidos pelas Unidades
requisitantes;
b) transmissão e recebimento dos dados e mensagens do Sistema FMS para o
EBL;
c) fiscalização do cumprimento das diversas instruções e normas contidas
nesta ICA;
d) instrução sobre os procedimentos contidos neste capítulo; e
e) transmissão das atualizações dos dados recebidos do EBL para as Unidades.

7.12.1.4.2 Usuários

O Setor FMS da Unidade requisitante é responsável pela:


a) execução dos diversos procedimentos e instruções aqui estabelecidos; e
b) transmissão das atividades e mensagens pertinentes ao FMS para a Seção
FMS da DIRMAB.

7.12.2 QUADRO GERAL DAS ATIVIDADES FMS (STARR)

A01 – Requisição de material e/ou Serviço.


198 MCA 67-1/2007

AF – Followup de requisições de material e/ou serviço.


AM – Modificação de prioridade de requisição de material e/ou serviço.
AC – Solicitação de cancelamento de requisição.
AE2 – "Status" fornecido pelo USG.
AS2 – Envio de material pelo FMS para a CABW.
XDI – Recebimento de material proveniente do FMS na CABW.
XDS – Envio de material da CABW para o Brasil.
XDF – Recebimento de material na Unidade requisitante.
XDC – Envio de material para a CABW, para reparo no FMS.
XDR – Confirmação do recebimento de material para reparo no FMS, pela CABW,
proveniente do Brasil.
XDT – Envio de material para reparo no FMS, pela CABW.
XDA – Confirmação do recebimento de material no FMS, enviado pela CABW.
XDB – Envio de material reparado pelo FMS, para a CABW.

7.12.3 PREENCHIMENTO DAS ATIVIDADES

As unidades dotadas do sistema “STARR” deverão transmitir suas atividades


para a DIRMAB, após processá-las em seu sistema.

7.12.3.1 Emissão de Requisição (Transação A01)

Esta transação é de responsabilidade da Unidade requisitante, embora ela possa


ser submetida pela DIRMAB, EBL e USG. Sempre que a requisição for gerada pela
DIRMAB, EBL ou USG, a Unidade responsável pelo recebimento do item será informada.

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I A01
4-6 R/I Req. “case” USAF - FNH
Req. “case” USARMY - BY7
Req. “case” USNAVY - N65
7 M/S S
8-22 NSN Completar com o NSN obtido de acordo com o previsto no item
7.10.
23-24 U/I Completar com a unidade de fornecimento do FMS
25-29 QTD Completar com a quantidade convertida de acordo com a U/I do
FMS.
NOTA - A quantidade não poderá ser inferior à QUP, ou a
múltiplos da QUP, obtida durante a fase de identificação do item.
MCA 67-1/2006 199

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


30-43 Doc Nr:
30 Service: B - para USARMY
D - para USAF
P - para USNAVY
U - para a DMA
31-32 País Preencher com BR

33 MARK FOR Preencher com o “Mark for” da Unidade requisitante:


A = PAMAAF K = BAAN U = CELOG
B = PAMAGL L= DIRMAB / FMS V = BABR
C = PAMAAF / DITE M= DIRMAB / MNT W = DEPENS
D = PAMARF N = PAMAAF / DITE X = BASM
E = DTCEA-MN P = BASC Y = AFA
F = PAMALS Q = BASV Z = BANT
G = PAMB R = PAMAAF / DITE 0 = CABW
H = PAME S = PAMASP 2 = SISMETRA
J = DARJ T = DIRSA 3 = EBL
34 DTC Preencher com:
"5" - quando utilizar “cases” da CLSSA e para a USNAVY quando
a 1ª posição do COG (“Cognizance Symbol”) for um número ímpar.
Para os demais cases, consulta deverá ser feita ao setor de FMS da
DIRMAB.
35 Preencher com:
"V" quando utilizar “cases” da CLSSA;
"4" demais “cases” (exceto quando instruído de outra maneira).
36 ANO Completar com o último algarismo do ano

37-39 Completar com o dia Juliano (Anexo III)


40-43 Completar com a faixa numérica, conforme anexo Anexo HHH.
NOTA - Requisição com prioridade 07 ou 09 para a USNAVY, deve
ser preenchida com G, na coluna 40.
44 "Demand Preencher com:
Code" R - "Recurring" - Item que é, ou será, repetidamente requisitado.
NOTA - As requisições com R na coluna 44, nos “cases” da CLSSA,
serão tratadas como "Programmed"
N - "Non-Recurring" - Para atender a pedidos de categoria especial.
NOTA - Todas as requisições em “cases” da USNAVY deverão,
obrigatoriamente, conter o N na coluna 44.
P - "Drawdown"- utilizado pela DIRMAB ou governo americano
(CLSSA da USAF).
200 MCA 67-1/2007

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


45-47 Preencher com DA5
48-50 “CASE” Preencher com o designador do “case” conforme instruções da
DIRMAB, Seção FMS.
51 "Signal" Preencher sempre com "L"
52-54 Deixar em branco
NOTA – Requisição com prioridade 07 ou 09, para a USNAVY,
deve ser preenchida com F na coluna 54
55-56 LI Linha do “case”. Completar da seguinte maneira:
USAF - os dois dígitos designativos do "Line Item", conforme
instruções da DIRMAB, Seção FMS.
ARMY - deixar em branco.
NOTA - Requisição com prioridade 07 deve ser preenchida com 2L.
NAVY - preencher com um dos "COGNIZANCE CODE" abaixo:
Material Aeronáutico, Fotográfico e Meteorológico de consumo,
completar com 1R
Material Aeronáutico, Fotográfico e Meteorológico de Investimento
ou Reparável 2R
NOTA - Requisição com prioridade 07 ou 09 deve ser preenchida
com 1R
57-59 PRJ Preencher com o código do projeto (2 dígitos) seguido do “Mark
For da Unidade requisitante.
Ex.: F-5/PAMASP = F5S
C-130/PAMA-GL = A3B
C-95/PAMAAF = A7A
NOTA - Requisição para a USNAVY, com prioridade 07 ou 09, deve
ser preenchida com 5 ou 6, respectivamente, na coluna 57.
60-61 PR Completar com:
14 – Recompletamento de estoque
09 – Recompletamento urgente de estoque
07 – Se a falta do item for provocar uma emergência em 30 dias
NOTA – As prioridades acima foram estabelecidas considerando-se
o FAD IV.
62-64 NMCS USAF prioridade 07
NAA - Aeronave
NAC - Radar de solo
NAD - Auxilios a navegação
NAG - Equipamento de apoio ao solo
NAH - Equipamento de contra medida eletrônica
NAJ - Munição
NAM - Motor
NAO - Calibração
NAZ - Outros
USNAVY: N02
USARMY: N na coluna 62.
MCA 67-1/2006 201

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


65-66 "ADVICE 2A - O item, embora catalogado como de procura local, não pode
CODE" ser obtido praça local.
2B – Somente o item requisitado interessa. NÃO SUBSTITUA.
Este código é também aplicável para itens obsoletos, cancelados
anteriormente com os códigos ("status code") CJ.
2C – Não coloque para atendimento futuro (Back Order). Cancele
toda a quantidade que não puder ser fornecida de imediato. Um
substituto adequado é aceitável.
2F – É sabido que o item é obsoleto. Mas ele é necessário para
consumo imediato. Um substituto é aceitável.
2G – Utilizar para itens que possuam tempo de vida útil controlado.
Ex. Material fotográfico.
2J – Não coloque para atendimento futuro (Back Order). Cancele
toda a quantidade que não puder ser fornecida de imediato. Um
substituto NÃO é aceitável.
2L – A quantidade requisitada excede o consumo normal, entretanto
a requisição é válida.
NOTA - Os códigos acima relacionados são os mais comuns. Os
demais códigos constam do manual "Customer Assistance
Handbook", publicado pela DLA e distribuído pelo PAMAAF/DITE.
67-72 Deixar em branco
73-80 "Price" Deixar em branco

7.12.3.2 Emissão de Follow-Up (Transação AF)


Esta transação pode ser emitida por qualquer dos usuários do sistema. Não
deve ser emitido "followup" se a requisição já tiver recebido a transação AS2.
Todos os campos devem ser preenchidos com os mesmos dados do A01, com
exceção de:
CAMPO NOME PREENCHIMENTO
1-3 D/I AF_
7.12.3.3 Emissão de Solicitação de Cancelamento (Transação AC)

Esta transação pode ser emitida pelo órgão requisitante, pela DIRMAB, pelo
EBL ou pelo órgão aplicável do governo americano.
Todos os campos devem ser preenchidos com os mesmos dados do A01, com
exceção de:
CAMPO NOME PREENCHIMENTO
1-3 D/I AC1
25-29 QTD Completar com a quantidade a ser cancelada (PARCIAL
ou TOTAL)
NOTA - A quantidade não poderá ser inferior à QUP ou a
múltiplos da QUP obtida durante a fase de identificação do
item.
As transações AC_, deverão ser informadas ao EBL via
fac-símile ou e-mail.
202 MCA 67-1/2007

7.12.3.4 Emissão de Modificação de Prioridade (Transação AM)

Esta transação pode ser emitida pelo órgão requisitante, pela DIRMAB, pelo
EBL ou pelo órgão aplicável do governo americano.

Todos os campos devem ser preenchidos com os mesmos dados do A01, com
exceção de:

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I AM1
60-61 PR Completar com:
14 - QUANDO A EMERGÊNCIA TIVER SIDO SANADA.
09 - RECOMPLETAMENTO URGENTE DE ESTOQUE.
07 - SE A FALTA DO ITEM FOR PROVOCAR UMA
EMERGÊNCIA EM 30 DIAS.
62-64 NMCS
NOTA - Modificações na prioridade de requisições já
embarcadas pela CABW não causam qualquer efeito. Neste
caso, caso o item esteja sendo necessário com urgência, o
órgão requisitante poderá passar uma mensagem coletiva
para a DIRMAB, Seção FMS e DARJ, solicitando o pronto
envio do material.

7.12.3.5 Envio de Reparável (Transação XDC)

Transação emitida pelo PAMA para a DIRMAB, Seção FMS, que irá
processá-la após receber informação do CAN/DARJ, confirmando o envio de material para
reparo/calibração no FMS, via CABW.

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I XDC
4 Deixar em branco
5-7 Dia juliano da remessa do material
8-22 NSN "National Stock Number"
23-24 U/I Unidade de fornecimento do FMS
25-29 QTD Quantidade
30-43 Doc Nr Número da requisição
44 Deixar em branco
45-47 DA5
48-50 “case”
51-54 Deixar em branco
55-56 LI Preencher com as duas últimas posições do "Line Item"
(informado pela DIRMAB)
MCA 67-1/2006 203

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


57 Preencher com o código da "Repair Source" (fonte de
reparo) informado pela DIRMAB:
A – AFMETCAL Air Force Metrology and Calibration,
Newark AFB - Ohio 43057-0001
F - SM/ALC McClellan Air Force Base, Sacramento,
California 95652 (FB2049)
G - OO/ALC Hill Air Force Base, Ogden, Utah 84056
(FB2029)
H - OC/ALC Tinker Air Force Base, Oklahoma City,
Oklahoma 73145 (FB2039)
L - WR/ALC Robins Air Force Base, Warner Robins,
Georgia 31098 (FB2065)

58 Deixar em branco
59-79 Livre REPAIR/RETURN - Preencher com o número de série do
item e INVOICE.
REPAIR/REPLACE - Preencher com o número da
INVOICE.
80 Este campo será utilizado pelo SAMIS (Deixar em branco).
7.12.3.6 Recebimento do Reparável, vindo do Brasil, na CABW (XDR)

Transação emitida pela CABW, após receber material a ser reparado/calibrado


pelo FMS.

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I XDR
4-7 ESD Último algarismo do ano e dia juliano.
Dia estimado de remessa do reparável para o FMS.
51-54 Último algarismo do ano e dia juliano de recebimento do
reparável na CABW.

59-79 Livre A critério da CABW


NOTA – OS DEMAIS CAMPOS DEVEM SER
PREENCHIDOS COMO NA TRANSAÇÃO XDC

7.12.3.7 Envio de Material para Reparo no FMS (XDT)

Transação emitida pela CABW, após o envio de material para reparo no FMS.

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I XDT
5-7 Dia juliano da remessa do reparável ao FMS.
204 MCA 67-1/2007

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


59-79 Livre Utilizar para colocar informações sobre transporte do
reparável ao FMS, a critério da CABW.
NOTA – OS DEMAIS CAMPOS DEVEM SER
PREENCHIDOS COMO NA TRANSAÇÃO XDC

7.12.3.8 Recebimento do Reparável na USAF, enviado pela CABW (XDA)

Transação emitida pelo "Source of Repair", confirmando o recebimento de


material reparável.

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I XDA

4-7 ESD último algarismo do ano e dia juliano estimados para


remessa do reparável do FMS para a CABW.

51-54 último algarismo do ano e dia juliano de recebimento do


reparável no FMS

58-73 Deixar em branco

74-79 Local “Location Identity”


NOTA - OS DEMAIS CAMPOS SÃO IDÊNTICOS À
TRANSAÇÃO XDC

7.12.3.9 Envio de Material Reparado/Calibrado pelo FMS para a CABW (XDB)

Transação emitida pelo "Source of Repair", confirmando o envio de reparável


para a CABW

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I XDB
59-79 Livre A critério da "Source of Repair"
7.12.3.10 Recebimento de Material na CABW, enviado pelo FMS (XDI)

Transação emitida pela CABW, confirmando o recebimento de todo tipo de


material procedente do FMS.

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I XDI
4-7 ESD último algarismo do ano e dia juliano estimado para
remessa do material para o Brasil.
44 Document Number Suffix Code (fornecimento parcial)
MCA 67-1/2006 205

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


51-54 Dia juliano que o material foi recebido na CABW
57-58 PR Preencher com a prioridade
59-79 Preencher com o volume

7.12.3.11 Envio de Material da CABW para o Brasil (XDS)

Transação emitida pela CABW, confirmando o envio para o Brasil de todo tipo
de material procedente do FMS.

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I XDS
8-12 Weight Peso do volume
13 Deixar em branco
14-23 Price Entrar com o preço. Este é um campo de 10 posições com
duas decimais
24 Deixar em branco
44 Document Number Suffix Code
57-58 PR Preencher com a prioridade
59-79 Preencher com o número do VOLUME/EMBARQUE

7.12.3.12 Recebimento de Material na Unidade (XDF)

Transação emitida pelo órgão requisitante, após receber e inspecionar o


material oriundo do FMS. Esta atividade deve ser transmitida ou enviada à DIRMAB, para
que o sistema STARR seja atualizado. As Unidades possuidoras do sistema STARR, deverão,
também, atualizar o seu sistema.

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


1-3 D/I XDF
4-7 Deixar em branco
8-22 NSN Preencher com o NSN recebido
23-24 UI Unidade de Fornecimento
25-29 QTD Quantidade recebida. Utilizar os campos da direita e
preencher os da esquerda com zeros, se for o caso (Ex:
00010).
NOTA – SE HOUVER DISCREPÂNCIA NO
RECEBIMENTO, PROCEDER COMO PREVISTO NO
CAPÍTULO VII, ITEM 7.7 E AGUARDAR
ORIENTAÇÃO DA DIRMAB.
44 Document Number Suffix Code
45-47 Preencher com DA5
206 MCA 67-1/2007

CAMPO NOME PREENCHIMENTO


48-50 Preencher com o designador do “case”
51-54 Dia juliano que o material foi recebido na Unidade
55-56 Linha do “case”
57 Preencher com um dos códigos a seguir:
S- A quantidade recebida é inferior à reportada no
documento que acompanha o item.
E- A quantidade recebida excede a reportada no documento
que acompanha o item.
I- O item recebido difere do item reportado no documento
que acompanha o item (DD FORM 1348 ou 250), ou o item
recebido não foi o requisitado e o substituto enviado não é
um substituto válido.
U- O item recebido não passou no teste de qualidade.
O- Outros motivos.
58-62 Preencher com a quantidade discrepante

7.12.4 RELATÓRIOS

O sistema STARR está programado para fornecer diversos tipos de relatórios,


dentre os quais destacaremos o MANAGEMENT INFORMATION/ACTION REPORT.

As Unidades capacitadas com o sistema STARR, deverão definir a quantidade


e distribuição dos relatórios em função de suas necessidades.

7.12.4.1 Management Information/Action Report

Este relatório identifica as requisições que necessitam ação por parte da


Unidade requisitante.

Modificações de NSN, quantidade e cancelamentos são exemplos de


informações contidas neste relatório.

O item 7.11 define as ações a serem tomadas pelo requisitante, em função do


"status" emitido pelo USG.

7.12.4.2 Relatórios Financeiros

O sistema STARR da DIRMAB fornece, também, a situação financeira dos


“cases” abertos junto ao FMS. A DIRMAB utiliza estas informações para atualizar o Mapa
Financeiro de controle dos “cases”, estando o mesmo disponível pela INTRAER.

7.12.5 TRANSMISSÃO DAS ATIVIDADES À DIRMAB

Os arquivos gerados pelo Sistema STARR devem ser transmitidos


eletronicamente para a DIRMAB e deverão ser identificados como se segue.
MCA 67-1/2006 207

7.12.5.1 Identificação de Remetente (2 dígitos)

Ex.: GL.

7.12.5.2 A Sigla (1 dígito):


a)"U" - Pedidos com prioridade 07 e 07N__;
b)"M" - Pedidos com as demais prioridades;
c)"R" - Atividades de recebimento (XDF); e
d)"A" - Demais atividades.

7.12.5.3 Data Juliana da Remessa (4 dígitos)

Ex.: 1196.

7.12.5.4 Número Seqüencial - (1 dígito)

Ex: GLU11961 - Refere-se ao arquivo de dados do PAMAGL, contendo pedidos com


prioridade 07 e 07N__, remetido no dia 15 de julho de 2001, sendo este o primeiro arquivo do
dia.
Deverá acompanhar o arquivo uma mensagem contendo uma listagem ordenada
pelo número da requisição.
A listagem deverá conter, ainda a quantidade de pedidos (ordenados por “case” e,
dentro de cada “case”, por projeto), o valor total das requisições colocadas, o nome e posto ou
graduação de quem preparou os pedidos e o nome e posto de quem está autorizando a
colocação das requisições em função do valor total das requisições, de acordo com a tabela
abaixo:
VALOR TOTAL
ATÉ US$ 1,000 CHEFE IMEDIATO DO SETOR DE EMISSÃO DE REQUISIÇÃO
ATÉ US$ 5,000 CHEFE DA SUBDIVISÃO A QUE O SETOR DE EMISSÃO DE
REQUISIÇÃO ESTIVER SUBORDINADO (PAMA)/CHEFE DO
SUPRIMENTO DO ESM OU EQUIVALENTE;
ATÉ US$ 10,000 CHEFE DA DIVISÃO TÉCNICA/COMANDANTE DO ESM OU
EQUIVALENTE;
ACIMA US$ 10,000 DIRETOR OU COMANDANTE DA OM REQUISITANTE.

As atividades referentes ao FMS, que não puderem ser transmitidas à


DIRMAB, deverão ser gravadas em disquetes e enviadas, semanalmente, à DIRMAB
(juntamente com a listagem vista anteriormente), para serem transmitidas ao FMS. A
DIRMAB utilizará o disquete enviado pelo órgão requisitante para gravar o último “status” de
todas as requisições em crédito, devolvendo-o ao requisitante.

7.12.6 PROCESSAMENTO DOS DADOS RECEBIDOS PELO REQUISITANTE

Os dados referentes às atividades FMS, recebidos da DIRMAB, deverão ser


processados para atualização do sistema STARR.
208 MCA 67-1/2007

O nome dos arquivos será finalizado por "ST", tendo no início o código da
Unidade destinatária, um dígito representando o ano e a seguir o dia juliano da transmissão.
(Ex: AF1196ST).

Estes arquivos deverão ser copiados para outro subdiretório e renomeados,


como se segue:

<COPY "nome do arquivo" X:\STARRPC2\DBWORK\STARRIN.TXT>

Onde X é a letra designativa do disco rígido onde o Starr foi instalado.

NOTA: Os arquivos acima serão utilizados para atualização do Sistema STARR, conforme
Manual "STARR – USERS´ MANUAL", fornecido pela DIRMAB.

7.12.7 AFSCA ON LINE

https://afsac.wpafb.af.mil

O AFSAC ON LINE é um sistema criado em internet e utilizado pela USAF. É


utilizado também pelos países que participam do sistema logístico da USAF.

É um site militar que pode ser acessado por meio da internet. As unidades da
FAB que desejarem ter acesso aos sites .mil deverão se cadastrar junto à CABW. Para acessar
aos site . mil é necessário efetuar um cadastro específico junto à USAF pra recebimento de
LOGIN e SENHA para acesso.

No anexo JJJ poderemos ver algumas telas do AFSAC ON LINE. Um briefing


sobre o AFSAC ONLINE pode ser encontrado na página da DIRMAB na internet.

7.12.8 SCIP

https://www.scportal.us

O SCIP é um sistema criado pelo DoD em internet, para atender a todas as


Forças Armadas Americanas, bem como os países que participam do sistema logístico do
DoD. Não é um site militar, mas é necessário um cadastro junto ao DoD para o recebimento
de LOGIN e SENHA. No anexo LLL podemos ver algumas telas do SCIP.

7.12.9 GENERALIDADES

A responsabilidade pela emissão das atividades A01 é do órgão requisitante.


Pedidos com o NSN errado não são passíveis de SDR.

A DIRMAB, antes de enviar para o USG as atividades que geram despesas,


verificará a disponibilidade de verba no “case”.

Os usuários da DIRMAB terão acesso ao STARR da Seção FMS da DIRMAB


para consulta da situação de suas requisições.

O manual "STARR - USERS' MANUAL" será fornecido pela DIRMAB,


através de contato prévio do requisitante com a DIRMAB, Seção FMS.
MCA 67-1/2006 209

As Unidades que necessitarem da instalação e/ou instrução do sistema STARR


deverão entrar em contato com a DIRMAB, Seção FMS.

O Sistema SCIP e AFSAC on-line são para acesso exclusivo da DIRMAB,


PAMAAF-DITE, CTA e DECEA.
210 MCA 67-1/2007

8 SOLUÇÃO DE DISCREPÂNCIAS EM AQUISIÇÕES NA ÁREA COMERCIAL

8.1 FINALIDADE

O presente capítulo tem por finalidade estabelecer procedimentos a serem


observados pelas Organizações envolvidas, para a solução de discrepâncias decorrentes de
aquisições de materiais ou de serviços, realizadas na área comercial.

8.2 DAS DISCREPÂNCIAS

8.2.1 EVITANDO DISCREPÂNCIAS DE IDENTIFICAÇÃO

Procedimentos simples para a redução do número de discrepâncias:


a) dos requisitantes - o rigoroso cumprimento das normas vigentes e conseqüente
correção na emissão das requisições;
b) das CAB/CELOG - a consulta prévia aos requisitantes, interação obrigatória,
ocorrerá sempre que o fornecedor oferecer um item alternativo no lugar do
original requisitado.

8.2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS DISCREPÂNCIAS

São consideradas discrepâncias as não conformidades constatadas pelas


Organizações requisitantes ou destinatárias do material, por ocasião do seu recebimento ou
utilização, no período coberto pela garantia e são classificadas como de:
a) quantidade;
b) identificação;
c) mau funcionamento; e
d) qualidade.

8.2.2.1 Discrepância de Quantidade

Durante o processo de recebimento quantitativo do item é constatado que a


quantidade recebida está diferente da relacionadaconstante na fatura ou nota fiscal
(CELOG)ou no “invoice” do fornecedor (CAB-W e CAB-E).

8.2.2.2 Discrepância de Identificação

Durante o processo de recebimento qualitativo é constatado que as


características físicas e técnicas do material não correspondem àquelas especificadas na
requisição ou no “invoice” do fornecedor.

8.2.2.3 Discrepância de Mau Funcionamento

Ocorrerá quando o item apresentar mau funcionamento (defeito) na fase de


recebimento qualitativo ou, após ter sido recebido, mesmo quando em uso, estiver dentro do
prazo e condições estipuladas nos termos da garantia. Esta classificação refere-se à compra de
itens de quaisquer categorias, bem como da aquisição de serviços.
MCA 67-1/2006 211

8.2.2.4 Discrepância de Qualidade

Ocorrerá quando um item apresentar baixa qualidade técnica ou o material,


com o qual o mesmo foi fabricado, não estiver dentro das especificações técnicas previstas.

OBS.: Mesmo o item que esteja sob garantia deverá ser submetido à “Comissão de Análise”
para soluções futuras de recebimento observando-se o item 8.2.3.

8.2.3 CUSTO/BENEFÍCIO

Nem todas as discrepâncias, devem ser reclamadas. Muitas vezes o custo


administrativo do processo de reclamação é maior que o valor efetivamente reclamado.

Por esta razão deve-se considerar conveniente o processo de reclamação que


envolva discrepâncias com valores acima de US$200.00 para os Órgãos de Aquisição no
Exterior.

De qualquer forma, a discrepância deve ser relatada à CAB/CELOG,


suscintamente, para ser inserida no histórico cadastral do fornecedor.

8.2.4 PRAZO LIMITE PARA RECLAMAÇÕES

Empresas da América do Norte e da Europa costumam estabelecer o prazo


médio de 90 (noventa dias) para apresentação formal das reclamações, excetuando-se,
naturalmente, os itens em garantia. Este prazo pode ser considerado referencial e é contado a
partir da entrega dos itens aos Órgãos de Aquisição no Exterior. No Brasil, as dificuldades são
menores com relação a essa tolerância.

8.2.5 COMPETÊNCIA PARA EMISSÃO DO RELATÓRIO DE PEDIDO EM


DISCREPÂNCIA

A emissão do RRD - Relatório de Pedido em Discrepância é de competência


exclusiva da Organização Requisitante.

8.3 PROCEDIMENTOS PARA SOLUÇÃO DE DISCREPÂNCIAS

Além do previsto nos sistemas de controle informatizado de estoque e de


aquisição, deverão ser seguidos os seguintes procedimentos:

8.3.1 ORGANIZAÇÕES REQUISITANTES

8.3.1.1 Reportar diretamente, à Comissão responsável pela aquisição, para providências e à


Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico, para conhecimento e estatística, o mais breve
possível, a discrepância encontrada. Fazê-lo por escrito (recomenda-se fac-símile) de forma
clara e completa, onde deverão constar:

8.3.1.1.1 Para todos os tipos de discrepâncias:


a) número da requisição de compra ou serviço;
b) numero da OCAER ou Purchase Order ou do contrato;
c) número do embarque e volume;
212 MCA 67-1/2007

d) número da fatura (“invoice” do fornecedor ou “Bon de Livraison”), código


ou razão social do fornecedor;
e) quantidade em discrepância; e
f) preço do material.

8.3.1.1.2 Para discrepâncias de quantidade:


a) o tipo de volume (ÚNICO, CONSOLIDADO ÚNICO, CONSOLIDADO
MÚLTIPLO);
b) o estado da embalagem recebida na OM (lacrada, aberta, indícios de ter sido
aberta, etc.);
c) a quantidade registrada no “invoice” e a recebida.

8.3.1.1.3 Para discrepâncias de mau funcionamento:


a) se o item está coberto por cláusula de garantia;
b) a discrepância constatada; e
c) anexos pertinentes.

8.3.1.1.4 Para discrepância de qualidade:


a) o estado da embalagem recebida na OM (lacrada, aberta, indícios de ter sido
aberta, etc.);
b) condição de preservação; e
c) qualidade do material.

8.3.1.2 Providenciar no SILOMS, no caso de discrepância de quantidade o recebimento


parcial com a quantidade efetivamente recebida (correta), acompanhando o processo de
reclamação até a solução do problema.

8.3.1.3 No caso de discrepância de mau funcionamento, se o material já tiver sido recebido no


SILOMS, seja por aquisição ou serviço realizado, providenciar as instruções deste Manual
para a solução de discrepância encontrada e acompanhar todo o processo, a fim de regularizar
a quantidade existente em estoque.

8.3.1.4 Utilizar ofício apenas quando for necessário o envio de dados que não possam ser
veiculados via correio eletrônico (fac-símile, e-mail, transmissão de dados etc), tais como
documentos originais, fotografias, gravuras, diagramas, etc e diligenciar para que o ofício seja
remetido o mais rápido possível. Se necessário utilizar serviços de remessas expressas tais
como, FEDEX, SEDEX, etc.

8.3.1.5 Emitir o Relatório de Deficiência (área do CELOG) ou o Deficiency Report (áreas das
CAB) quando se tratar de discrepância de mau funcionamento, conforme modelos (anexos V
e R). Esse relatório será sempre anexado ao documento que reporta a deficiência de
funcionamento do item.

8.3.1.5.1 A CABW/E e CELOG participarão no processo de reclamação somente quanto à


parte administrativa, ficando a responsabilidade técnica para a OM requisitante.
MCA 67-1/2006 213

8.3.1.5.2 Se o usuário do item dispuser de relatório de deficiência ou similar, fornecido pelo


fabricante ou fornecedor, esse relatório substituirá o modelo tratado neste Manual.

8.3.1.5.3 Quando se tratar de material aeronáutico, os procedimentos pertinentes, descritos na


IMA 66-2, Relatório de Deficiência, também deverão ser considerados.

8.3.1.6 Emitir o RRD – “Report of Requisition Discrepancy”(Anexo Z) para CABW/E para


qualquer tipo de discrepância encontrada.

8.3.1.7 Aguardar orientação da CAB para devolver item de qualquer categoria de material,
enquadrado em qualquer tipo de discrepância, conforme descrito em instrução específica
deste Manual.

8.3.1.7.1 Fornecedores nem sempre têm interesse em receber de volta fornecimentos


equivocados, sejam quantidades a maior ou erros de identificação, o que deverá ser informado
pela CABW/E ou CELOG.

8.3.1.8 Emitir nova requisição de serviço ao receber orientação das CAB para a remessa de
item, objeto de discrepância de mau funcionamento, devendo colocar no campo
“comentários” o seguinte: “REQUISIÇÃO PRO-FORMA/RRD XXXXXXXX (n.º do RRD,
tratado adiante e a ser fornecido pela Organização emitente do RRD)”;

8.3.1.9 Completar o “invoice” FAB e seguir as instruções de remessa de material ao exterior,


ao receber orientação para devolução ou remessa do material, objeto de qualquer tipo de
discrepância.

8.3.1.10 Providenciar no SILOMS o recebimento para a quantidade que se encontrava


pendente quando, para a discrepância de quantidade a menor, o fornecedor tiver aceito a
reclamação com o devido ressarcimento da quantidade em falta.

8.3.1.11 Informar, através de documento coletivo, para a Diretoria de Material Aeronáutico e


Bélico, para a CAB e CELOG (conforme o caso), que o item foi RECEBIDO e ACEITO,
quando a empresa tiver solucionado favoravelmente a discrepância e incluir na Comissão de
Análise.

8.3.1.12 Providenciar os ajustes pertinentes para o encerramento de processo com solução


desfavorável, no caso do fornecedor não ter aceito a reclamação ou, mesmo se concordando,
vier a compensar o Comando da Aeronáutica com uma indenização que não resulte em
reposição do item, principalmente no que concerne ao acerto de estoque.

8.3.2 DEPÓSITO DE AERONÁUTICA DO RIO DE JANEIRO (DARJ)

8.3.2.1 Providenciar de acordo com as instruções de desembaraço alfandegário, de remessa e


de recebimento de materiais/volumes ao/do exterior.

8.3.2.1.1 O DARJ só será envolvido administrativamente nos processos de reclamações


quando tratar de remessas e recebimentos de itens ao/do exterior.

8.3.2.2 Para o material recebido com discrepância, que tiver sido transportado por companhia
privada, verificar a integridade das embalagens, providenciar fotografias das danificadas, e
214 MCA 67-1/2007

tomar as providências, imediatamente, e não recebendo o volume sem que tenha um trmo de
responsabilidade junto à transportadora para fins de seguro, informando sobre o evento à
Unidade que comprou o material e à Organização requisitante correspondente.

8.3.3 COMISSÕES AERONÁUTICAS BRASILEIRAS (CAB-W/E e CELOG)

8.3.3.1 Rejeitar o material cuja embalagem apresente um dano julgado capaz de afetar a
integridade do material nela contido e diligenciar junto ao fornecedor para que o material seja
substituído, mantendo suspenso o pagamento, até a solução da pendência.

8.3.3.2 Ao receber do requisitante a comunicação da discrepância, contatar o fornecedor,


procurando obter resultado favorável do questionamento e no menor tempo possível.

8.3.3.3 Remeter ao fornecedor uma cópia do RRD - Relatório de Pedido com Discrepância.

8.3.3.4 Caso pertinente, solicitar ao requisitante a devolução do material, com mensagem


coletiva à Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico.

8.3.3.5 Informar, coletivamente, à Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico e à Organização


Requisitante, o resultado do RRD - Relatório de Pedido com Discrepância, através do meio
mais oportuno de comunicação formal escrita; e

8.3.3.6 Manter registro das discrepâncias, onde seja possível conhecer o resultado das
reclamações, o valor das não atendidas e a incidência de discrepâncias, por fornecedor, a fim
de influir na decisão de exclusão de determinada cia. do cadastro da Comissão de compra.

8.3.4 DA DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO

A Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico, por intermédio da Divisão de


Suprimento, adotará os seguintes procedimentos:
a) efetuar o acompanhamento dos processos de discrepâncias com as cópias do
RRD recebidos das Organizações requisitantes; e
b) orientar as Organizações envolvidas quanto aos procedimentos relativos ao
encerramento dos processos de discrepâncias, sempre que necessário.

8.4 RECEBIMENTO DO MATERIAL

8.4.1 PELAS CAB

As CABW/E não realizam recebimentos quantitativos ou qualitativos, apenas o


parcial, conforme artigo 99 do RMA 12-1 (RADA). Essas Unidades coordenam a remessa de
material, diretamente, a partir das empresas fornecedoras ou recebe-os dessas empresas em
depósitos já estabelecidos e gerenciados pelas respectivas Comissões, enviando-os,
posteriormente, para o Brasil.

O CELOG procede aos recebimentos quantitativos e qualitativos. Não


obstante, tal procedimento nem sempre impede a ocorrência de discrepâncias, constatadas
pelo requisitante, no recebimento definitivo.
MCA 67-1/2006 215

8.4.2 POR PARTE DOS REQUISITANTES

Volumes recebidos dos fornecedores não devem ser abertos no exterior.


Portanto, as ocorrências de discrepâncias somente são constatadas no Brasil. Em função disso
e, conforme o item anterior, deve-se dar máxima prioridade ao recebimento quantitativo e
qualitativo dos itens recebidos das CABW/E a fim de possibilitar reclamações em tempo hábil
pelas OM requisitantes. Por outro lado, as CABW/E e o DARJ devem envidar esforços para
tornarem ágeis os procedimentos de despachos e embarques dos volumes.

8.4.3 NO DARJ

O acompanhamento do processo de reclamação, até a sua solução final, será


realizado pela Organização Requisitante. Exceto quando a responsabilidade for exclusiva do
DARJ.

8.5 PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS

8.5.1 RELATÓRIO DE DEFICIÊNCIA (para fornecedor do CELOG) (Anexo V)

EMITIDO POR = Organização de origem com endereço completo.

DESTINATÁRIO = Nome e endereço da empresa responsável pelos serviços.

NÚMERO OU REFERÊNCIA DO RELATÓRIO = Número do relatório em ordem crescente


anual.

DATA EM QUE FOI DETETADA A DEFICIÊNCIA = Data em que o defeito foi


constatado.

NOMENCLATURA = Nomenclatura do item de acordo com o catálogo de peças.

PART NUMBER = Número da peça de acordo com a identificação no catálogo de peças.

NÚMERO DE SÉRIE OU OUTRO NÚMERO DE CONTROLE GARAVADO SOBRE O


MATERIAL = Número de série, número do lote ou número de partida.

NOVO OU REVISADO = Informar se o item é novo ou revisado.

DATA DE FABRICAÇÃO, DATA DE REPARO OU DATA DE REVISÃO, SEGUNDO


CADA CASO = Informar a data de fabricação somente para os itens novos, e a data do reparo
ou da revisão para os itens que tenham sofrido esses serviços.

QUANTIDADE = Quantidade do item deficiente.

TEMPO DE FUNCIONAMENTO: Informar se a utilização do item é desde novo ou revisão.


-DESDE NOVO = Tempo de funcionamento desde novo;
-DESDE INSTALADO = Tempo de funcionamento desde instalado.

CIRCUNSTÂNCIAS ANTES DO DEFEITO = Descrever os fatos e as circunstâncias que


determinaram a descoberta do defeito.
216 MCA 67-1/2007

DESCRIÇÃO E CAUSA DO DEFEITO = Descrever os sintomas e as causas prováveis que


podem ter provocado o defeito.

PUBLICAÇÕES TÉCNICAS = Informar as documentações técnicas consultadas, para


localizar ou sanar o defeito.

NOME E ASSINATURA DO OFICIAL RESPONSÁVEL PELO RELATÓRIO = Nome,


posto e função do oficial responsável com a respectiva assinatura.

8.5.2 RELATÓRIO DE DISCREPÂNCIA NA REQUISIÇÃO (Para fornecedores do


CELOG) (Anexo X)

(1) DATA DA EMISSÃO = Data da emissão do RDD.

(2) NÚMERO DO RELATÓRIO = Receberá o mesmo número da requisição discrepante.

(3) PARA (NOME E ENDEREÇO) = Razão social e endereço da empresa fornecedora.

(4) UNIDADE REMETENTE = Nome da Unidade Requisitante.

(5a) NÚMERO DA GMM = Número da Guia de Movimentação de Material, emitida pelo


CELOG.

(5b) NÚMERO DO EMPENHO = Número do Empenho.

(6) DADOS DO FORNECIMENTO:


(a) PN/NSN/NOMENCLATURA = “Part Number”, “National Stock Number” e
nomenclatura do item;
(b) UNID FORNC = Unidade de fornecimento;
(c) QNT REMETIDA = Quantidade remetida;
(d) QNT RECEBIDA = Quantidade recebida na Unidade Requisitante.

(7) DADOS DA DISCREPÂNCIA:


(a) QNT DISC = Quantidade discrepante;
(b) PREÇO UNITÁRIO = Preço unitário do item;
(c) PREÇO TOTAL = Preço total do item.

(8) OBSERVAÇÕES = Descrição resumida da discrepância. Observação de caráter técnico


deverá ser reportada no Relatório de Deficiência.

(9) CHEFE DA SEÇÃO = Nome do oficial responsável pela emissão do RDD.

(10) ASSINATURA = Assinatura do oficial responsável pela emissão do RDD.

8.5.3 7530DIRMA67-195, REPORT OF REQUISITION DISCREPANCY (Para


fornecedores das CAB-W/E) (Anexo Z)

(1) DATE OF PREPARATION = Data da emissão do RDD.

(2) REPORT NUMBER = será numerado da forma que se segue:


Colocar o mesmo número da requisição discrepante.
MCA 67-1/2006 217

(3) TO = Para ( nome da empresa fornecedora).

(4) FROM = De (nome da organização requisitante).

(5a) SHIPMENT NUMBER = Número do embarque.

(5b) PACKAGE NUMBER = Número do volume.

(6) TRANSPORTATION DOCUMENT NUMBER = Número do Documento de Transporte.

(7a) INVOICE NUMBER = Número do Invoice.

(7b) PURCHASE ORDER NUMBER = Número da Ordem de Compra.

(8) SHIPMENT, BILLING AND RECEIPT DATA: Dados de embarque, cobrança e


recebimento.
(a) NSN/PART NUMBER AND NOMENCLATURE = Número de estoque nacional/número
da peça e nomenclatura;
(b) UNIT OF ISSUE = Unidade de Fornecimento;
(c) QUANTITY SHIPPED/BILLED = Quantidade embarcada/cobrada;
(d) QUANTITY RECEIVED = Quantidade recebida.

(9) DISCREPANCY DATA: Dados da discrepância.


(a) QUANTITY = Quantidade;
(b) UNIT PRICE = preço unitário;
(c) TOTAL COST = custo total.

(10) REMARKS = observações.

(11a) TYPED OR PRINTED NAME, TITLE AND PHONE NUMBER OF PREPARING


OFFICIAL = Nome, posto e telefone do oficial responsável.

(11b) SIGNATURE = assinatura.


218 MCA 67-1/2007

9 PROCEDIMENTOS PARA SOLICITAÇÃO E SOLUÇÃO DE NECESSIDADES DE


MATERIAL AERONÁUTICO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

9.1 FINALIDADE

Estabelecer os procedimentos que atendem as fases de uma situação de


emergência e estabelecer os caminhos a serem seguidos por cada setor de Suprimento nos
níveis Direção, Central e Remoto.

Além dos processos já consagrados, o capítulo vem abordar e regulamentar


(padronizar) as atividades concirnentes à solução das emergências.

9.2 ATRIBUIÇÕES

9.2.1 DAS UNIDADES AÉREAS

9.2.1.1 Cadastrar pedido de material aeronáutico, através do Módulo MANUTENÇÃO/


PRODUÇÃO, na tela apropriada do SILOMS, sugerindo o tipo de emergência a ser aberta
pelo Suprimento Remoto apoiador, após este esgotar todos os recursos locais para solucionar
uma necessidade imediata de material (alternados ou superadores) para a manutenção de
aeronave, conjunto ou equipamento.

9.2.1.2 Remeter, imediatamente, ao Suprimento Remoto o material recuperável avariado


retirado de aeronaves ou equipamento em manutenção, a fim de que o mesmo seja remetido
ao Parque Oficina Apoiador, sendo esta ação pré-requisito para o atendimento da emergência.

9.2.2 DOS REMOTOS

9.2.2.1 Analisar, imediatamente, os pedidos de material aeronáutico oriundo das Unidades


Aéreas apoiadas.

9.2.2.2 Esgotados todos os meios locais e a possibilidade de transferência de material entre os


estoques da FAB (SISMA, SISMAB e SISCEAB), cadastrar pedido de emergência, através do
Módulo SUPRIMENTO, na tela SUP0444P do SILOMS, para o respectivo Parque Central ou
Oficina, quando não dispor de estoque do item (alternados ou superadores) ou se a sua
quantidade não for suficiente para solucionar a necessidade imediata para manutenção da
aeronave, conjunto ou equipamento que se encontram nas seguintes situações AIFP, ANCE,
IPLR, EIFM e ENCE.

9.2.2.3 A solicitação de material em emergência deverá indicar, obrigatoriamente, a correta


especificação do item, a quantidade do material necessário que deverá sempre ser igual ou
menor que o QPA, a matrícula da aeronave ou, quando possível, a do equipamento que se
encontra indisponível, o número do recolhimento para o item recuperável ou trabalhável, além
das demais informações previstas na referida tela.

9.2.2.4 Acompanhar a evolução de seus pedidos de material para atender as situações AIFP,
ANCE, IPLR, EIFM e ENCE, através dos relatórios específicos de emergência, disponíveis
no SILOMS.
MCA 67-1/2006 219

9.2.2.5 Receber e fornecer o material para atender a necessidade da manutenção de aeronaves


ou equipamentos apoiados, coordenado pelo Setor de Controle de Suprimento, para as
Unidades Aéreas ou oficinas, com a urgência requerida e de acordo com as normas em vigor.

9.2.2.6 Solicitar ao Parque Central ou Oficina o material aeronáutico das categorias R, T, D,


M ou L.

9.2.2.7 Realizar os procedimentos de recebimento no SILOMS, norteado pelo RCA 12-1


(RADA), imediatamente, após o recebimento físico do material, visando completar o processo
de atendimento da solicitação ativa no sistema.

9.2.2.8 Recolher ao Parque Central ou Oficina o material reparável avariado que estiver
provocando situação AIFP, ANCE, IPLR, ENCE ou EIFM, em no máximo 02 (dois) dias
úteis, após a sua retirada da aeronave ou de equipamento, utilizando inclusive as Companhias
Aéreas Comerciais, conforme previsto no item 5 deste Manual.

9.2.2.9 Atender de imediato as solicitações de transferência de material aeronáutico oriundas


do Parque Central. O não atendimento deverá ser devidamente justificado.

9.2.2.10 Atender de forma obrigatória e imediata todas as solicitações de emergência do tipo


AIFP.

9.2.3 DOS PARQUES CENTRAIS E OFICINAS

9.2.3.1 Procedimentos para o Atendimento de Material de Consumo

9.2.3.1.1 Adotar o(s) procedimento(s) abaixo para o atendimento de solicitação de material de


consumo, caso não disponha do item, seus alternados ou superadores em estoque:
a) atender o material quando disponível no seu estoque;
b) determinar, quando conveniente, a transferência de itens que possuam
material em estoque nos Remotos;
c) solicitar transferência de projetos compatíveis;
d) solicitar abertura de OS para fabricação, quando viável;
e) providenciar a requisição ou o apressamento nas Comissões de Compra no
Brasil ou no Exterior; e
f) verificar a possibilidade de atendimento com um item NHA.

9.2.3.2 Procedimento para o Atendimento de Itens Reparáveis e Trabalháveis

9.2.3.2.1 Adotar o(s) procedimento(s) abaixo para o atendimento de solicitação de material


recuperável ou trabalhável:
a) atender o material quando disponível no seu estoque;
b) determinar, quando conveniente, a transferência de itens que possuam
material em estoque nos Remotos;
c) o TCOS (Centro de Controle de Ordem de Serviço) deverá autorizar OS
com prioridade de emergência para revisão do item e informar a oficina, a
nova situação da OS;
220 MCA 67-1/2007

d) solicitar ao respectivo Parque Central a transferência de item compatível e


disponível em outro projeto; e
e) providenciar a requisição ou o apressamento das ativas nas Comissões de
Compra no Brasil ou no Exterior.

9.2.3.2.2 Submeter os itens que causaram emergências, no último trimestre à apreciação de


Comissões de Análise, com a finalidade de se apurar as discrepâncias nos processos de
planejamento ou obtenção, visando implementar ações corretivas para evitar futuras
emergências.

9.2.3.2.3 Determinar o atendimento imediato ao solicitante, quando da disponibilidade do


material em estoque, conforme prioridades abaixo:
a) prioridade 1 - AIFP exterior;
b) prioridade 2 - AIFP fora de sede;
c) prioridade 3 - AIFP sede;
d) prioridade 4 - EIFP;
e) prioridade 5 - IPLR;
f) prioridade 6 - ANCE – O (operacional);
g) prioridade 7 - ANCE – A (Aeronave); e
h) prioridade 8 – ENCE; código SILOMS: 2.

OBS.: O atendimento das emergências ocorridas no exterior e fora de sede, e quando não
houver a disponibilidade do material, o Parque responsável deverá buscar alternativas de
aquisição, de produção e, até mesmo, o fornecimento por intermédio de Unidades Aéreas.

9.2.3.2.4 Para os casos de não atendimento, informar as providências adotadas para solução
de solicitação de material, conforme abaixo:
TIPO DE SOLICITACAO PRAZO MÁXIMO
AIFP/EIFM 02 (DOIS) DIAS
IPLR 03 (TRÊS) DIAS
ANCE/ENCE 05 (CINCO) DIAS

Atendimento das emergências pelo Parque Central:


a) a prioridade será aplicada, considerando-se a disponibilidade estabelecida
pelo EMAER por UAe e a Tabela de Dotação de Aeronaves (TDA),
buscando-se sempre a equidade de disponibilidade entre as UAe; e
b) desempate de prioridade de atendimento: será atendida a emergência mais
antiga de acordo com a tabela de prioridades.

Atendimento das emergências pelo Parque Oficina:


a) para itens de aplicação exclusiva em uma determinada aeronave, o Parque
Central da Aeronave decidirá a distribuição, de acordo com a prioridade a
ser aplicada, considerando-se a disponibilidade estabelecida pelo EMAER
por UAe e a Tabela de Dotação de Aeronaves (TDA), buscando-se sempre a
equidade de disponibilidade entre as UAe;
MCA 67-1/2006 221

b) para os itens de aplicação em mais de um Projeto, o Parque Oficina atenderá


a emergência por data mais antiga de solicitação; e
c) para os processos normais, caberá aos Parques Oficinas informarem as DPE
das OS, com a antecedência mínima de 15 dias aos Parques Centrais,
quando se tratar de itens de aplicação exclusiva a um Projeto, tendo em vista
a futura distribuição destes itens.

9.2.3.3 Procedimentos de Requisição em Emergência

9.2.3.3.1 Requisitar à CABW, ao CELOG ou ao FMS, conforme o estipulado neste Manual, o


material aeronáutico necessário, em tempo oportuno e em quantidades adequadas,
enquadrando nas prioridades de emergência "E", de acordo com os critérios abaixo, no
SILOMS:
a) Prioridade E1: Atendimento à AIFP dos Parques;
b) Prioridade E2: Atendimento à AIFP das Bases;
c) Prioridade E3: Atendimento à IPLR dos Parques;
d) Prioridade E4: Atendimento à IPLR das Bases;
e) Prioridade E5: Atendimento à O.S. inviabilizada;
f) Prioridade E6: Atendimento à ANCE;
g) Prioridade E7: Atendimento à aplicação de Diretiva Técnica Mandatória; e
h) Prioridade E8: Atendimento à EIFM.

9.2.3.3.2 Acompanhar a evolução do status das requisições com prioridade "E", através do
SILOMS, e solicitar "APRESSAMENTO" quando a situação exigir.

9.2.3.4 Procedimentos para Controle

9.2.3.4.1 Efetuar controle contínuo das providências adotadas para solução de solicitações de
material aeronáutico em emergência, provenientes dos Remotos, Linhas de Revisão e
Oficinas, desde o seu recebimento e o respectivo atendimento.

9.2.3.4.2 Manter controle contínuo das OS, visando ao pronto atendimento de solicitações de
emergências AIFP, ANCE, IPLR, EIFM e ENCE, desde a abertura até a conclusão da OS.
222 MCA 67-1/2007

10 ARMAZENAGEM

Usualmente, armazenagem de material, é definida como sendo todas as ações,


processos e movimentos do material, desde o momento em que ele é recebido no local onde
será disposto no armazém, até o momento em que for removido desse local, para expedição
ou fornecimento.

Alguns autores utilizam o termo estocagem, para denominar o conjunto de


ações, processos e movimentos utilizados para dispor o material no armazém e consideram os
processos utilizados para o recebimento do item na organização, a estocagem e os processos
destinados à expedição como a armazenagem em si.

No Sistema de Material da Aeronáutica (SISMA), a armazenagem é definida


como: "Guarda organizada de material adequadamente preservado, em depósitos,
normalmente em prateleiras divididas em escaninhos ou não, ou ainda, em áreas livres
demarcadas, em função do tipo, dimensões, natureza do material e embalagem; locais estes
devidamente designados, agrupando itens de mesma natureza" NSMA 65-1 (Sistema de
Material da Aeronáutica).

Neste Manual são estabelecidas as atribuições dos setores de armazenagem dos


Parques e Remotos, enumerados os fatores essenciais à organização de um armazém,
definidos símbolos alfanuméricos para localização das peças armazenadas, detalhados os
cuidados que devem ser tomados com a disposição e a movimentação do material,
apresentado os processos destinados a dar confiabilidade aos dados de controle de estoque e
relacionadas as principais normas relativas às medidas de proteção e segurança a serem
seguidas.

10.1 PROCESSO DE ARMAZENAGEM

Este processo visa dotar os Parques e Remotos de pessoal qualificado, baseado


nas metas e atividades de suprimento definidas pela Doutrina de Logística da Aeronáutica,
com a finalidade de se obter a máxima confiabilidade possível dos estoques.

10.1.1 ORGANIZAÇÃO DO ARMAZÉM

O objetivo primordial do armazenamento é utilizar o espaço nas três


dimensões, da maneira mais eficiente possível. As instalações do armazém devem
proporcionar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o recebimento até a
expedição. Assim, alguns cuidados essenciais devem ser observados:
a) determinação do local, em recinto coberto ou não;
b) definição adequada do layout;
c) definição de uma política de preservação, com embalagens plenamente
convenientes aos materiais;
d) ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;
e) segurança patrimonial, contra furtos, incêndio etc.

Ao se otimizar a armazenagem, obtém-se:

a) máxima utilização do espaço (ocupação do espaço);


MCA 67-1/2007 223

b) efetiva utilização dos recursos disponíveis, mão-de-obra e equipamentos;


c) pronto acesso a todos os itens (seletividade);
d) máxima proteção aos itens estocados;
e) boa organização;
f) satisfação das necessidades dos clientes.

10.2 PLANEJAMENTO

O planejamento de espaços destinados à armazenagem deverá sempre


considerar a variedade de formatos dos materiais, tipos de instalações, a localização
topográfica, a natureza do material movimentado e a disponibilidade de recursos técnicos para
assegurar a utilização máxima do espaço disponível, permitindo uma armazenagem eficiente e
econômica, e ainda, o correto manuseio do material, propiciando um fornecimento e
inventário rápido, com o emprego mínimo de homens/hora.

A realização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem depende


muito da existência de um bom arranjo físico (layout), que determina, tipicamente, o grau de
acesso aos itens, os modelos de fluxo de material, os locais de áreas obstruídas, a eficiência da
mão-de-obra e a segurança do pessoal e do armazém.

O arranjo físico é a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais, da


maneira mais adequada ao processo produtivo. Significa a colocação racional dos diversos
elementos combinados para proporcionar a comercialização dos produtos. Quando se fala em
arranjo físico, pressupõe-se o planejamento do espaço físico a ser ocupado e utilizado.

O arranjo físico é representado pelo layout, que significa colocar, dispor,


ocupar, localizar, assentar. O layout é o gráfico que representa a disposição espacial, a área
ocupada e a localização dos equipamentos, pessoas e materiais.

10.2.1 OBJETIVOS DO LAYOUT DE UM ARMAZÉM

10.2.1.1 Assegurar a otimização do espaço.

10.2.1.2 Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais.

10.2.1.3 Propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento,


espaço, danos de material e mão-de-obra do armazém.

10.2.1.4 Fazer do armazém um modelo de boa organização.

A metodologia geral, para projetar um layout de um armazém, consiste em


cinco passos:
a) definir a localização de todos os obstáculos;
b) localizar as áreas de recebimento e expedição;
c) localizar as áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e de
estocagem;
d) definir o sistema de localização de estoque; e
224 MCA 67-1/2007

e) avaliar as alternativas de layout do armazém.

No depósito, os principais aspectos do layout a serem verificados são os


seguintes:

10.2.1.1 Itens de Estoque

Os itens de maior saída do depósito devem ser armazenados nas imediações da


saída ou expedição, a fim de facilitar o manuseio. O mesmo deve só ser feito com os itens de
grande peso e volume.

10.2.1.2 Corredores

Os corredores dentro do depósito deverão facilitar o acesso aos itens em


estoque. Quanto maior a quantidade de corredores maior será a facilidade de acesso e tanto
menor o espaço disponível para o armazenamento. Armazenamento com prateleiras requer
um corredor para cada duas filas de prateleiras.

A largura dos corredores é determinada pelo equipamento de manuseio e


movimentação do material. A localização dos corredores é determinada em função das portas
de acesso e da arrumação dos itens. Entre os itens e as paredes do edifício devem existir
passagens mínimas de 60 cm, para acesso às instalações de combate a incêndio.

10.2.1.3 Portas de Acesso

As portas de acesso ao depósito devem permitir a passagem dos equipamentos


de manuseio e movimentação de materiais, tanto sua altura como a largura, devem ser
devidamente dimensionadas.

O local de expedição ou de embarque de material deve ser projetado para


facilitar as operações de manuseio, carga e descarga.

Próximo ao local de expedição ou de embarque e desembarque deve haver um


espaço de armazenagem temporária para se colocar separadamente os itens, conforme o tipo.
O acostamento para veículos deve considerar a quantidade diária de embarques e
desembarques, bem como o tempo de carga e descarga de caminhões.

10.2.1.4 Prateleiras e Estruturas

Quando houver prateleiras e estruturas no depósito, a altura máxima deverá


considerar o peso do material. O topo das pilhas dos itens deve distanciar-se um metro das
luminárias do teto ou dos sprinklers (equipamentos fixos de combate a incêndio) de teto.

Os itens leves devem permanecer na parte superior das estruturas, os itens mais
pesados devem ser armazenados nas barras inferiores da estrutura.

O piso deve ser suficientemente resistente para suportar o peso dos itens
estocados e o trânsito dos equipamentos de movimentação.
MCA 67-1/2007 225

10.2.1.5 Utilização do Espaço Vertical

Na sociedade atual densamente povoada, está em marcha a racionalização das


técnicas de circulação. No caso particular dos Almoxarifados, até há pouco tempo
considerados, como já visto, simplesmente como lugar para guarda de material, há também
um esforço voltado para se obter maior funcionalidade, sob aspectos de transporte, manuseio
e armazenagem do material. O aproveitamento máximo da área e do espaço, que são cada vez
mais escassos diante das necessidades crescentes, é sua meta essencial. O espaço é, 80% das
vezes, apontado como principal problema em Almoxarifados, não como causa, mas como
efeito da baixa ocupação de itens em estoque.

Identifica-se a real ocupação do espaço por meio do indicador "taxa de


ocupação volumétrica", que leva em consideração o espaço disponível versus o espaço
utilizado. Outro fator diretamente relacionado com a taxa de ocupação é a seletividade, ou
seja, o pronto acesso a todos os itens, o que resulta em imediato atendimento, propiciando um
nível adequado de serviço.

Por outro lado, não se pode imaginar a utilização do espaço vertical sem o
concurso de paletes.

Um dos fatores fundamentais na armazenagem é a correta utilização do espaço


disponível, o que demanda estudo exaustivo das cargas a armazenar, níveis de
armazenamento, estruturas para armazenagem e meios mecânicos a utilizar.

Assim é que, para ilustrar o avanço dessa especialização, observado nas


páginas subseqüentes, em exemplos ilustrativos ou em estudos de casos, à apresentação de
alguns modelos com elevado índice de aperfeiçoamento, os quais espelham o
acompanhamento da tecnologia contemporânea.

10.3 CRITÉRIOS DE ARMAZENAGEM

A armazenagem pode ser simples ou complexa. Dependendo de algumas


características intrínsecas dos materiais, a armazenagem torna-se complexa em virtude de:
a) fragilidade;
b) combustibilidade;
c) volatilização;
d) oxidação;
e) explosividade;
f) intoxicação;
g) radiação;
h) corrosão;
i) inflamabilidade;
j) volume;
k) peso; e
l) forma.
226 MCA 67-1/2007

O material sujeito à armazenagem complexa demanda, entre outras, as


seguintes necessidades básicas:
a) preservação especial;
b) equipamentos especiais de prevenção de incêndios;
c) equipamentos de movimentação especiais; meio ambiente especial;
d) estrutura de armazenagem especial;
e) manuseio especial, por intermédio de EPI (Equipamentos de Proteção
Individual) adequados.

Além de considerar esses itens, o esquema de armazenagem escolhido pela


Organização Militar depende primordialmente da situação geográfica de suas instalações, da
natureza de seus estoques, dos projetos que serão apoiados, e do tamanho e respectivo valor.

Não existem regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser
dispostos no Almoxarifado, motivo pelo qual se deve analisar, em conjunto, os aspectos
analisados anteriormente, para, então, decidir pelo tipo de arranjo físico mais conveniente,
selecionando qual das alternativas melhor atende a seu fluxo de materiais:

10.3.1 Armazenagem por agrupamento: esse critério facilita as tarefas de arrumação e busca,
mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço (agrupamento por classes).

10.3.2 Armazenagem por tamanhos (acomodabilidade): esse critério permite bom


aproveitamento do espaço.

10.3.3 Armazenagem por freqüência: esse critério implica armazenar tão próximo quanto
possível da saída os materiais que tenham maior freqüência de movimento.

10.3.4 Armazenagem especial: por meio desse critério, destacam-se:


a) ambiente climatizado: destina-se a materiais cujas propriedades físicas
exigem tratamento especial (material eletrônico e fotográfico);
b) inflamáveis: os produtos inflamáveis devem ser armazenados em ambientes
próprios e isolados, projetados sob rígidas normas de segurança; e
c) perecíveis: os produtos perecíveis devem ser armazenados segundo o
método FIFO (First In - First Out}, ou seja, primeiro que entra primeiro que
sai. A técnica de armazenagem, conforme tal método, está demonstrada
mais à frente.

10.4 DISPOSIÇÃO DO ARMAZÉM

Os tipos mais comuns de instalações de armazenagem, empregados pela Força


Aérea Brasileira são: Armazenagem Coberta e Armazenagem em Área Externa.

Dentro da armazenagem coberta, existem vários tipos de armazéns, cada qual


com suas particularidades e adequados ao tipo de material, onde se destacam as Coberturas
Alternativas subdivididas em Galpões fixos e móveis.
MCA 67-1/2007 227

Coberturas Alternativas: a escassez de área e o custo de construção são dois


componentes significativos na determinação de um local para instalar um Almoxarifado.
Considere-se que, independentemente de as Unidades Militares possuírem pátios para
armazenagem alocados em área descoberta, em determinadas circunstâncias, podem também
necessitar de alguma área a mais, temporariamente, para abrigar materiais em ambiente
coberto. Não sendo viável a expansão do Almoxarifado, a solução do problema está na
utilização de coberturas plásticas, as quais possuam a vantagem de dispensar fundações,
permitindo a guarda de materiais ao menor custo de armazenagem.

Dependendo da necessidade, existem em disponibilidade no mercado diversos


tipos de cobertura, as quais também podem ser locadas, se a OM interessada assim preferir.

Destacam-se dois modelos entre os tipos existentes:

GALPÃO FIXO

Trata-se de galpão construído com perfilados de alumínio extrudado e


conexões de aço galvanizado, cobertos com laminado de PVC antichama, de elevada
resistência a rasgos, fungos e raios ultravioleta. A Figura abaixo demonstra esse tipo de
galpão:

Figura 13 - GALPÃO FIXO

GALPÃO MÓVEL

As características da estrutura e da cobertura do galpão móvel são praticamente


semelhantes às do fixo. Porém, a grande vantagem desse tipo de galpão é a sua flexibilidade,
ou seja, sua capacidade de deslocamento, permitindo a manipulação de materiais por todos os
cantos e eliminando a necessidade de corredores. A Figura 14 demonstra esse tipo de galpão.
228 MCA 67-1/2007

Figura 14 - GALPÃO MÓVEL

A divisão da área útil dos armazéns cobertos deve ser efetuada considerando-se: a área
de armazenagem e a área de serviço.

10.5 ÁREA DE ARMAZENAGEM

A área de armazenagem compreende os espaços utilizados para o


armazenamento, os quais são delimitados e equipados em função das características do
material e mais os espaços destinados ao acesso e a movimentação, que são assim designados:

10.5.1 CORREDOR PRINCIPAL: O corredor principal tem início no local estabelecido


como "frente do armazém" e termina na parede ou porta de fundo. A tabela abaixo demonstra
a largura mínima de corredores e a altura máxima de empilhamento para manuseio de
material por meio de diversos tipos de empilhadeiras, o que, de certa forma, vai orientar na
seleção de tipos de estruturas para armazenagem. A esse respeito, cabe considerar que o peso
e o volume das cargas, além dos meios previstos para a entrada e saída de material, influem de
forma determinante sobre a estrutura e o dimensionamento de seus elementos construtivos.
MANUSEIO Largura mínima Altura maxima de
dos córregos (m) empilhamento (m)
Manual 1,00 - 1,50 1,50-2,00
Empilhadeiras de Contrapeso 3,00 - 4,00 4,00-5,00
Empilhadeiras retráteis 2,00 - 3,00 4,00-5,00
Empilhadeira de garfos laterais 1,50 - 2,00 10,00-15,00
Empilhadeiras direcionais com garfos retráteis 1,50 - 2,00 10,00-15,00
Transelevadores de garfos deslocáveis 1,00 - 1,50 10,00-15,00

Tabela 3 - EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

10.5.2 CORREDORES TRANSVERSAIS OU LATERAIS: Os corredores transversais ou


laterais formam ângulos retos com o principal, sendo sua largura condicionada ao tamanho
dos volumes a serem movimentados e do equipamento utilizado. Sempre que possível os
corredores laterais devem dar diretamente às plataformas de carregamento.
MCA 67-1/2007 229

10.5.3 ZONA DE ARMAZENAGEM: É um espaço destinado, exclusivamente, a


armazenagem de material propriamente dita. Seu espaço é dividido em "Salas de
Armazenagem", abertas ou fechadas, podendo comportar unidades de armazenamento
(unidades de escaninhos, unidades de prateleiras e unidades de armações) e áreas livres
(compartimentos). Geralmente, comportam também "sobrelojas/mezaninos" utilizando-se o
espaço vazio existente acima das unidades de armazenagem.

10.5.4 UNIDADES DE ESCANINHOS: Destinadas à estocagem de material pequeno ou


artigos, que não seja aconselhável a armazenagem em outras unidades de armazenamento. As
unidades de escaninhos devem ser dispostas em ângulos retos com o corredor principal e sua
altura, preferencialmente, não deve exceder a 2,30 m. Essas unidades podem ser divididas, em
função das necessidades em SUBESCANINHOS e também podem ser equipadas com
GAVETAS que por sua vez podem ser subdivididas (Figura 15).

ESCANINHO

GAVETA

SUBESCANINHO

GAVETAS

UNIDADES DE ESCANINHOS – Figura 15

10.5.5 ESTANTE OU PRATELEIRA: É constituída de um conjunto estrutural, geralmente


desmontável, metálico ou de madeira, destinado à armazenagem de material com peso e/ou
volume relativamente pequenos. É formada por seções horizontais que podem ser divididas
verticalmente, formando escaninhos e subescaninhos.
230 MCA 67-1/2007

As prateleiras devem ser dispostas formando ângulo reto com o corredor


principal e sua altura dependerá da altura do teto, do material a ser armazenado e do
equipamento de movimentação.

O material não deve ser removido de sua embalagem original, com o objetivo
único de utilizar as prateleiras. O material deve permanecer embalado até a ocasião do seu
fornecimento (Anexo N).

À frente serão detalhadas: a estrutura leve em prateleira de bandejas e a


estrutura porta-palete.

10.5.6 ARMAÇÃO: Nome genérico que identifica uma série de acessórios de estocagem,
metálicos ou de madeira, para materiais especiais, que não podem ser armazenados em
estantes ou estrados. Entre eles temos: tubos, chapas metálicas, vidros planos, vergalhões,
material para juntas e gaxetas, mangotes e pneumáticos. As características do material a
estocar definem a forma da armação a ser utilizada. As armações devem ser dispostas em
ângulos retos com o corredor principal e sua altura dependerá do material armazenado, da
altura do teto do armazém, do equipamento de movimentação, da capacidade de carga do piso
e da resistência das embalagens. A frente será especificada uma estrutura peculiar de armação
denominada cantilever (Figuras 16-A, 16-B, 16-C).

Armação para chapas - Figura 16-A Armação para tubos - Figura 16-B

Armação para Pneus - Figura 16-C


MCA 67-1/2007 231

10.5.7 COMPARTIMENTOS: São áreas livres, retangulares destinadas ao armazenamento


de itens acondicionados em embalagens uniformes, tais como: caixas, sacos, fardos, tambores,
etc., que devem ser apoiados em plataformas de estrados. Os compartimentos devem ser
dispostos em ângulos retos com o corredor principal e são divididos em "subcompartimentos"
(Figura 17).

COMPARTIMENTOS

Compartimentos – Figura 17

Devido à característica do material a ser estocado, várias estruturas podem ser


utilizadas, a fim de otimizar a área de armazenagem, bem como facilitar o acesso e manuseio
do material estocado.

Um dos fatores fundamentais na armazenagem, como já vimos, é a correta


utilização do espaço disponível, o que demanda estudo exaustivo das cargas, níveis e
estruturas para armazenagem, como também dos meios mecânico a utilizar.

De conformidade com o peso, volume e forma de manuseio dos materiais a


armazenar, as estruturas podem, de maneira simples, classificar-se em duas categorias, quais
sejam, leves e pesadas. Assim, destacamos, entre outros, os seguintes tipos básicos de
estruturas metálicas para armazenagem, que são desmembramentos das explanações
anteriores.

10.5.8 ESTRUTURA LEVE EM PRATELEIRA DE BANDEJAS

Trata-se de estantes metálicas constituídas com colunas em perfis de chapa de


aço dobrados, e perfurados continuamente, segundo determinado passo, e prateleiras, também
em chapa de aço dobrada, com posição regulável na altura, adequadas ao armazenamento de
materiais leves, de até 35 kg, manuseados sem a necessidade de qualquer equipamento, e que
admitem uma carga de 250 kg uniformemente distribuídos.

Com o conjunto gerado, pode-se montar um mezanino, com vários pisos


intermediários, dependendo, evidentemente, da natureza dos estoques da OM.
232 MCA 67-1/2007

Figura 18 - Estrutura leve em Bandejas

Figura 19 - Mezanino
MCA 67-1/2007 233

10.5.9 ESTRUTURA PORTA-PALETE

Trata-se de estrutura pesada, na qual as prateleiras são substituídas por plano


de carga constituído por um par de vigas que se encaixam em colunas, com possibilidade de
regulagem de altura.

Os paletes são armazenados e retirados individualmente por empilhadeiras que


se movimentam em corredores.

Figura 20 - Partes componentes da Estrutura porta palete


234 MCA 67-1/2007

Figura 21 - Estrutura Porta-Palete

10.5.9.1 Outros Tipos de Estrutura Porta-Palete

A estrutura porta-palete convencional gerou sistemas para alta densidade e para


armazenagem dinâmica. Os sistemas para alta densidade são conhecidos como drive-in e
drive-through, enquanto a armazenagem dinâmica, além dela própria, gerou a variação push
back.

Para melhor entendimento dos modelos a seguir analisados, convém observar a


Figura abaixo, que esquematiza o modelo convencional de porta-palete.

Figura 22 - Porta Palete convencional


MCA 67-1/2007 235

10.5.9.1.1 Drive-in

Proporciona solução otimizada para aproveitamento do espaço disponível.


Trata-se de porta-palete constituído por bloco contínuo, não separado por corredores
intermediários, por meio do qual as empilhadeiras movimentam-se dentro da própria
estrutura, para depositar ou retirar materiais. O drive-in é recomendado para grande
quantidade e pequena variedade de materiais. As movimentações de entrada e saída são
efetuadas em separado, com o estoque manipulado de uma só vez em intervalos prolongados.

Esse sistema oferece, entre outras, as seguintes vantagens:


a) excelente aproveitamento da área disponível, maximizando o volume
armazenado pela virtual ausência de corredores;
b) armazenamento, na metade da área, do mesmo número de paletes de um
porta-palete convencional;
c) quando comparado com outro sistema de alta densidade, o investimento é
relativamente baixo, proporcionando baixo custo por lugar palete;
d) utilização de vários tipos de empilhadeiras, com mínimas modificações na
estrutura de proteção ao operador; e
e) não havendo superposição de cargas, eliminação do esmagamento acidental
ou mesmo da queda de pilhas.

Em contrapartida, registram-se certos inconvenientes:


a) movimentação dos paletes que estão à frente, para atingir os do meio; e
b) movimentação do estoque, retirando-se por último o que entrou primeiro,
condição que limita a variedade do material selecionado para
armazenamento, não se prestando, evidentemente, a perecíveis.

Figura 23 - Representação Esquemática do Drive-in


236 MCA 67-1/2007

Figura 24 - Exemplo prático do drive-in

10.5.9.1.2 Drive-through

As desvantagens existentes no sistema drive-in, no qual a empilhadeira o


adentra, são contornadas pelo sistema drive-through, em que a empilhadeira o atravessa, o
que, na prática, gera a alimentação por um lado e a retirada pelo lado oposto.

10.5.9.1.3 Armazenagem Dinâmica

Sistema indicado para materiais a serem armazenados de conformidade com o


princípio FIFO (First in First Out), ou seja, primeiro que entra primeiro que sai.

Corredores de acesso somente serão necessários nas duas fases da operação,


para carga e descarga dos paletes, pelo fato de vários túneis (pistas) serem montados lado a
lado, o espaço disponível para armazenagem é utilizado de forma otimizada.

O fluxo é automático, com os paletes movimentando-se sobre pistas de rolos de


trilhos de roletes, por ação da gravidade, sem necessidade de empilhadeiras operadoras,
mantendo-se em velocidade constante, pois são usados, em toda extensão das pistas,
reguladores de velocidade.

O sistema possui também, ao final do percurso, o separador de paletes, que


proporciona a retirada fácil, rápida e segura do primeiro palete da pista.

10.5.9.1.3.1 Pushback

Funcionando como variante do modelo dinâmico, trata-se de sistema por


impulsão, que melhora a rotatividade e aumenta a seletividade, perfeito para (quatro) paletes
de profundidade, utilizando-se apenas um corredor para colocação e retirada do palete. O
MCA 67-1/2007 237

palete colocado no trilho é empurrado pelo palete aclive acima, e assim até o último palete.
Na retirada deste último palete todos os demais, por gravidade, descem uma posição.

A Figura 25 esquematiza o modelo em apreço, enquanto a figura detalha e


demonstra praticamente a utilização do sistema.

Figura 25 - Representação esquemática de PUSH BACK

Figura 26 - Exemplo Prático de PUSH BACK


238 MCA 67-1/2007

10.5.9.1.4 Armazenagem pelo Sistema Flow Rack

O modelo flow rack foi concebido para material de pequeno volume e peso,
cuja armazenagem dispensa a utilização de palete.

Trata-se de sistema que atende materiais de até no máximo 80 kg/m, indicado


para a utilização do FIFO, por meio de trilhos apoiados sobre longarinas que permitem ajustar
a altura e regulagem para inclinação. Os materiais são carregados pelo lado mais alto e
descarregados pela frente, permitindo fácil acesso e rápido da reposição.

Figura 27 - Exemplo prático do flow rack

10.5.9.1.5 ESTRUTURA CANTILEVER

Estrutura típica para armazenagem de peças de grande comprimento, barras,


tubos e perfis, constituída por uma série de cavaletes, formada por colunas perfuradas nas
quais se encaixam os braços em balanço, cuja altura é regulável. Os cavaletes são interligados
por intermédio de distanciadores. Os materiais armazenados nessa estrutura são manuseados
por empilhadeira lateral.

Figura 28 - Exemplo prático do cantilever


MCA 67-1/2007 239

10.6 ÁREA DE SERVIÇO

10.6.1 PLATAFORMAS: as plataformas são áreas construídas ao longo do armazém, em


toda a sua extensão ou parte dela, destinando-se a facilitar as operações de carga e descarta de
material (Figura 29).

10.6.2 RAMPAS: as rampas são vias inclinadas localizadas nos terminais das plataformas e
destinadas ao livre acesso de pessoal e equipamento às áreas internas do armazém (Figura 29).

14

RAMPA PLATAFORMA

RAMPA E PLATAFORMA - Figura 29

10.6.3 ÁREA DE DESPACHO: a área de despacho é o espaço destinado ao depósito


temporário de material recebido aguardando conferência ou armazenagem e de material
selecionado aguardando documentação ou transporte. Sua localização deve ser próxima à
porta principal e ao escritório e a disposição dos volumes será de modo que não bloqueie ou
dificulte o acesso às demais áreas do armazém. É aconselhável a divisão da área em espaços
para volumes "a armazenar" e "a expedir".

10.6.4 ESCRITÓRIO: O escritório é um espaço destinado à administração do armazém e


onde são localizados os equipamentos de escritório, computadores de acesso ao SILOMS, as
publicações, etc, devendo estar situado, preferencialmente, junto à porta principal.

10.7 ARMAZENAGEM EM ÁREA EXTERNA

Devido a sua natureza, o material pode ser armazenado em áreas externas,


contíguas ao Armazém, o que diminui os custos e, em paralelo, amplia o espaço interno para
materiais que necessitam de proteção em área coberta.

A prática demonstra que podem ser colocados nos pátios externos do


Armazém, além do material a granel, tambores e contendores, peças fundidas, chapas de
metal e outros. A área deve ser planejada do mesmo modo que a armazenagem interna e
obedecendo aos mesmos princípios. A distância entre os pontos de carga e descarga deve ser a
menor possível e os seguintes fatores deverão ser observados:
a) o material deverá ser armazenado sobre sarrafos ou estrados de madeira de
modo que a primeira fileira de volumes fique pelo menos a 5cm acima do
nível do chão para possibilitar a ventilação e o acesso das empilhadeiras;
240 MCA 67-1/2007

b) para a proteção do material, deverão ser utilizadas lonas, telhados pré-


moldados ou qualquer outra cobertura adequada para evitar o sol e a chuva;
e ainda medidas de preservação contra corrosão a fim de proteger os
materiais contra a ação do vento, umidade, fumaça, salinidade, vapores, etc.;
c) O uso de contendores viabiliza a armazenagem externa à medida que protege
os materiais ali contidos;
d) deve-se fazer uma inspeção periódica, a fim de verificar se o material está
protegido convenientemente e uma inspeção especial sempre que ocorrer
alguma mudança de tempo imprevista ou qualquer outra circunstância o
exija;
e) o piso poderá ser pavimentado, drenado, compactado, de modo que suporte
o material estocado, bem como os equipamentos de movimentação; e
f) a segurança deverá ser mensurada, a fim de não permitir extravios, furtos ou
danos ao material.

10.8 SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO

10.8.1 REFERENCIAL

Para o desenvolvimento de um sistema de localização é necessário que se adote


um ponto de partida denominado "frente do armazém". A frente do armazém é sempre
estabelecida em uma das extremidades do corredor principal não sendo obrigatoriamente, a
porta principal do armazém. Em muitos casos pode ser até mesmo uma parede sólida.

10.8.2 SIMBOLOGIA

O sistema de localização estabelece o uso de números e letras, alternadamente,


para simbolizar cada local de armazenagem. Esses símbolos, devidamente ordenados,
formarão um código identificador de local de armazenagem de cada item de suprimento e será
transportado para a listagem de estoque. Os símbolos de localização devem ser escritos,
iniciando com a área de suprimento de maior amplitude (ARMAZÉM) e prosseguindo até a
menor localização dentro do armazém.

10.8.2.1 Armazéns

São identificados por números próprios ou adotados, colocados em lugar


visível e medindo 50 cm de altura. A seqüência de números será iniciada em "1" (um),
entretanto, se for adotado o número já existente, a palavra ARMAZÉM será acrescida abaixo
ou acima do mesmo.

10.8.2.2 Salas de Armazenagem

São identificadas por letras, colocadas de preferência sobre a porta de acesso e


medindo 25 cm de altura. A seqüência alfabética é iniciada em "A" da esquerda para direita e
da frente para o fundo do armazém, de modo que se defrontem A e B, C e D e assim por
diante. Quando não houver necessidade de se subdividir a área do armazém, todo o espaço
será considerado "Sala de Armazenagem A".
MCA 67-1/2007 241

10.8.2.3 Sobreloja/Mezanino

São identificadas por letras dobradas correspondentes à sala de armazenagem


onde estiverem localizadas, medindo 20 cm de altura. A seqüência será a mesma empregada
para as "Salas de Armazenagem".

10.8.2.4 Unidades de Escaninhos, de Prateleiras, de Armações e Compartimentos

São identificadas por números colocados em lugar visível, medindo 15 cm de


altura. A seqüência numérica é iniciada em "1" (um) da esquerda para a direita, ao longo do
corredor principal, de modo que os números ímpares fiquem a esquerda e os números pares a
direita. No caso de um armazém possuir mais de um corredor principal, a seqüência será
iniciada no corredor situado mais a esquerda e continuada nos corredores adjacentes.

Os números podem ser pintados no piso do corredor principal, fixados às


unidades de armazenamento ou pendurados acima dos compartimentos (Figura 30).

10.8.2.5 Fileiras de Escaninhos, de Prateleiras e de Armações

Cada fileira de escaninhos ou prateleiras será identificada por uma letra,


medindo 8cm de altura, iniciando com a letra "A", partindo do piso no sentido de baixo para
cima, em ordem alfabética. A letra deve ser pintada ou colada no ponto onde a prateleira e a
divisão vertical se cruzam ou então na divisão vertical, no meio, entre as prateleiras ou
divisões horizontais (Figura 30).

10.8.2.6 Compartimentos

Identificados por números, medindo 15 cm de altura, pintados no chão.


Deverão ser localizados ao longo da circulação principal, ao fundo da zona de armazenagem e
em continuação às estantes e armações existentes. Os números ímpares ficarão à esquerda e os
números pares à direita (Figura 30).

1
1 2 3 4 5
2 1
3 C
E 4
D B
C 5
B 1 2 3 4 5 6
A
A 7 D
C

B 9
1 2
A
11
B

Sistema de Localização - Figura 30


242 MCA 67-1/2007

10.8.2.7 Sub-Compartimentos

Identificados por números precedidos da letra "A", medindo 8cm de altura,


pintados no chão, em frente a cada sub-compartimento. A seqüência é iniciada em "A-1" no
sub-compartimento adjacente ao corredor principal e continuada (A-2, A-3, A-4, etc.) em
direção ao fundo do compartimento (Figura 30).

10.8.2.8 Colunas em Armações

Identificadas por números, medindo 5cm de altura, colocados nos contrafortes


da base da armação, após a letra indicativa da fileira. A seqüência, a exemplo das colunas de
escaninhos, é iniciada em "1" da primeira pilha adjacente ao corredor principal e continuada
em direção ao final da unidade.

10.8.2.9 Escaninhos

Identificados por números, medindo 5cm de altura, colocados na divisão


horizontal que serve de topo à unidade e ao centro de cada coluna de escaninhos. A seqüência
é indicada em "1" na primeira coluna adjacente ao corredor principal e continuada em direção
ao final da unidade (Figura 31).

10.8.2.10 Subdivisões de Escaninhos

Identificadas por letras, medindo 3cm de altura, com seqüência iniciada em


"A" e continuada de acordo com os seguintes tipos de subdivisões (Figura 31):
a) vertical dividido da esquerda para direita;
b) horizontal dividido de baixo para cima;
c) mista dividido da esquerda para direita e de baixo para cima; e
d) gaveta dividido da esquerda para direita e da frente para o fundo.

Figura 31
MCA 67-1/2007 243

10.8.2.11 Interpretação

Para melhor interpretação dos símbolos adotados no Sistema de Localização,


descritos neste capítulo, são apresentados a seguir alguns exemplos:
a) 1A3B5A
ARMAZÉM.................................. 1
SALA DE ARMAZENAGEM..... A
UNIDADE DE ESCANINHO...... 3
FILEIRA....................................... B
ESCANINHO............................... 5
SUBDIVISÃO.............................. A
b) 1A9A-1
ARMAZÉM.................................. 1
SALA DE ARMAZENAGEM..... A
COMPARTIMENTO................... 9
SUB-COMPARTIMENTO.......... A-1
c) 1A-AA1B3C
ARMAZÉM.................................. 1
SALA DE ARMAZENAGEM..... A
SOBRELOJA................................ AA
UNIDADE DE ESCANINHO...... 1
FILEIRA........................................ B
ESCANINHO................................ 3
SUBDIVISÃO............................... C

10.9 DISPOSIÇÃO DO MATERIAL NO ARMAZÉM

É a colocação metódica do material em áreas para isso destinadas, de forma a


propiciar o máximo aproveitamento do espaço e a possibilitar a maior rapidez possível à sua
movimentação. A disposição do material pode ser realizada de duas maneiras:
a) a granel - para conjuntos, subconjuntos, etc., em prateleiras e escaninhos,
com a finalidade de possibilitar uma pronta distribuição. Sempre que
possível, devem ser usadas "unidades de distribuição padrão", ou sejam,
embalagens com quantidades mínimas de um item, a serem movimentadas
de uma só vez; e
b) por atacado - para grandes quantidades, usualmente nas próprias embalagens
originais de transporte.

Definida a forma de colocação do material no armazém, será selecionado o


sistema de armazenagem mais conveniente (Seqüência, Popularidade ou Misto) e alguns
fatores específicos deverão ser considerados na disposição, para a identificação e no
fornecimento.
10.9.1 FATORES ESPECÍFICOS NA DISPOSIÇÃO

Os fatores específicos a serem considerados na disposição do material são os


seguintes:
a) a arrumação dos itens deve ser feita de modo a manter voltada para o lado de
acesso ao local de armazenagem a face da embalagem, etiqueta ou código
de barras, contendo a identificação correta do material;
244 MCA 67-1/2007

b) os escaninhos devem ser usados para armazenar artigos pequenos, soltos ou


embalados, que normalmente são fornecidos em pequenas quantidades;
c) a armazenagem de material em sacos plásticos, pacotes ou caixas torna mais
fácil o fornecimento ou inventário, proporciona boa arrumação,
uniformidade e oferece proteção contra pó, luz e umidade.
d) alguns itens, por possuírem a condição de "peças delicadas", devem ser
sempre armazenados devidamente encaixotados, como por exemplo:
instrumentos, circuitos integrados, etc.;
f) o material jamais deve ser armazenado em contato direto com o piso, para os
itens pesados e/ou volumosos, utilizar as partes inferiores das estantes ou os
estrados; e
g) utilizar melhor o espaço vertical no armazenamento dos itens. A moderna
técnica de armazenagem substitui o conceito de "área" pelo de "cubagem"
(Figura 32).

OCUPAÇÃO DO ESPAÇO VERTICAL - Figura 32

10.9.2 FATORES ESPECÍFICOS NA IDENTIFICAÇÃO

Os fatores específicos a serem considerados para identificação do material


armazenado são os seguintes:
a) cada subdivisão de escaninhos será rotulada ou então cada item, caixa ou
pacote deverá ter uma etiqueta contendo o código de identificação da peça,
descrição e unidade de fornecimento;
b) os volumes ou caixas de qualquer material devem, sempre que possível,
conter a mesma quantidade;
c) o material solto deve ser embrulhado ou amarrado em feixes etiquetados
para indicar a quantidade, código de identificação da peça e descrição; e
MCA 67-1/2007 245

d) as listagens de estoque deverão conter a localização correta de cada item


armazenado.

10.9.2.1 Identificação de Pneus de Aviação

O pneu de uma aeronave moderna é uma estrutura de alta tecnologia desenhada


para carregar cargas pesadas a altas velocidades na forma menor e mais leve possível.
Condições de operação de aeronaves requerem uma grande variedade de tamanhos e formas
de pneus.

A tecnologia de pneus de aeronaves inclui “design” orientado por computador,


análises, além da aplicação científica de compostos e material. O processo de fabricação
requer precisão do conjunto de componentes, com um controle cuidadoso de tempo,
temperatura e pressão.

10.9.2.1.1 Terminologia do Pneu Convencional

Dissecando um pneu de avião, encontra-se um dos mais fortes e resistentes


pneumáticos já fabricados. Ele é feito para suportar altas velocidades e pesadíssimas cargas
estáticas e dinâmicas. A figura abaixo apresenta a vista em corte de uma seção de pneu
aeronáutico convencional.

As funções de cada parte:

Tread (Banda de Rodagem) - Feita de composto de borracha natural para oferecer resistência
e durabilidade, a rodagem é modelada de acordo com os requisitos operacionais da aeronave.
O modelo circunferencial raiado é largamente utilizado atualmente, pois oferece boa tração
em pistas nas mais variadas condições.

Sidewall (Costado) - Capa protetora de cabo flexível resistente a intempéries, cobrindo a lona
mais externa da carcaça, estendendo-se desde a borda da banda até a área do talão.

Casing Plies (Lonas da Carcaça) - São camadas alternadas em diagonais de cordonéis de


nylon cobertos por borracha, montadas em ângulos opostos, cuja função é dar forma e
resistência ao pneu. Circundando completamente o corpo do pneu, as lonas são dobradas em
volta dos talões, inserindo-se novamente na carcaça.

Chafers (Antifricção) - Capas protetoras localizadas entre as lonas da carcaça e flange do aro
para prevenir escoriações.

Flippers (Cobre-talão) - Estas camadas de cordonéis e borracha isolam a carcaça dos arames
do talão e aumentam a durabilidade do pneu.

Wire Beads (Talões) - Feitos de arame de aço cobreado incrustados em borracha e cobertos
com tecidos, os talões ancoram as lonas da carcaça e proporcionam superfícies firmes para a
montagem da roda.

Apex Strip (Tiras de Enchimento) - Servem para fixar a superfície entre os arames do talão e
cobre-talão.

Bead Toe (Unha do Talão) - Borda interna do talão, próxima à linha central do pneu.
246 MCA 67-1/2007

Bead Heel (Calcanhar do Talão) - Borda externa do talão, que se ajusta ao flange da roda.

Innerliner (Revestimento Interno) - Nos pneus sem câmara, esta camada interna de baixa
permeabilidade atua como uma câmara de ar embutida, e impede que o ar passe através das
lonas do pneu.

Tread Reinforcing Ply (Lonas de Reforço) - Uma ou mais camadas de cordonéis de nylon
reforçado fortificam a rodagem para operação em alta velocidade.São substituídas no
processo de recauchutagem.

Breakers (Lonas Amortecedoras) - Nem sempre usadas, estas camadas extras de cordonéis
de nylon reforçado são colocadas sob a borracha da rodagem, a fim de proteger o envoltório
de lonas e reforçar a área da rodagem. Os amortecedores são considerados parte integral da
construção da carcaça.

10.9.2.1.2 Identificação

O texto abaixo destaca os principais dados, considerando as diferentes


informações contidas nos pneus:

Ply rating - número de lonas constituintes da carcaça. No exemplo da figura, o pneu possui 18
lonas.

OBS.: Não é possível, uma vez produzidas, alterar a "lonagem" das carcaças dos pneus. O
processo de recauchutagem também não altera a constituição da carcaça.

Skid depth - profundidade original dos sulcos da banda de rodagem, como produzida (sem
desgaste), em centésimos de polegada. Para o exemplo anterior temos 0.330 inch de
profundidade de sulco.

Speed rating - velocidade máxima para a qual o pneu está homologado, em milhas por hora -
MPH. No caso, 210 MPH.

Serial number - registro individual de cada pneu por part number.

Load rating - carga máxima homologada para cada pneu montado, em libras - lb. Para o pneu
em exemplo 17,800 lb.

Tubeless - identifica os pneus montados sem câmara. Na Varig, todos os pneus são desse tipo.

Tire size - descreve as principais medidas dos pneus em polegadas. É a identificação primária
para o usuário.

Além dessas informações, também a data da última recauchutagem e o número


total de recauchutagens executadas, é apresentado no costado do pneu. Modernamente estas
informações vêm dispostas em ordem.

Part Number - é a identificação primária do pneu para o fabricante. Através do P/N é possível
identificar todos os dados descritos anteriormente para um determinado pneu. Vale ressaltar
que pneus da mesma medida, mas com alguma outra característica diferente, como o número
de lonas, apresentam P/N diferentes.
MCA 67-1/2007 247

10.9.3 FATORES ESPECÍFICOS NO FORNECIMENTO


Os fatores específicos a serem considerados no fornecimento de material são os
seguintes:
a) o pessoal encarregado da retirada do material armazenado para o
fornecimento, deverá certificar-se do número da peça apresentado pelo
solicitante e da localização da mesma na tela específica do SILOMS, antes
de apanhar o material no estoque;
b) dar baixa da quantidade a fornecer, de acordo com as instruções específicas
existentes, e confeccionar a Guia de Movimentação de Material (GMM)
antes de entregar o material ao solicitante;
c) os itens recuperáveis deverão ser fornecidos mediante devolução
compulsória do item avariado, e monitoramento do seu recolhimento; e
d) não havendo o item solicitado no armazém, o número da peça deverá ser
relacionado e encaminhado ao Controle de Suprimento para providências de
ressuprimento no mesmo dia da ocorrência. Essa comunicação poderá ser
feita através de terminal eletrônico.

10.10 ITENS QUE NECESSITAM DE CUIDADOS ESPECIAIS

Para uma adequada preservação dos itens armazenados, certos cuidados devem
ser tomados levando-se em consideração as características do material. Assim sendo, especial
atenção deve ser dada aos itens perecíveis, perigosos e que exigem segurança.
10.10.1 ITENS PERECÍVEIS

Em face da importância que os perecíveis apresentam, por meio dos conceitos


referentes à sua classificação, o material assim enquadrado, necessita de controle
pormenorizado e particularizado de armazenagem.

Os produtos perecíveis devem ser armazenados conforme a técnica FIFO


(First In First Out), ou seja, primeiro que entra primeiro que sai, de forma a permitir que
naturalmente seja observada a data de validade dos produtos. Se não houver controle e
metodologia apropriada, fatalmente a deficiência provocará perdas com conseqüências
danosas ao abastecimento da empresa. Para evitar que perdas aconteçam, por falhas ou
desconhecimento da validade desses produtos, deve-se controlar as entradas e saídas,
garantindo a técnica FIFO.

Em virtude do escopo e de suas peculiaridades, fica inviável e incompatível o


controle pelo Sistema de Gerenciamento de Estoques, em vista das particularidades do
material perecível, tão necessárias ao Almoxarifado que os armazena, quais sejam, data de
fabricação, prazo de validade, fornecimento dos lotes mais antigos e/ou mais próximos do
vencimento do prazo de validade e localização de lotes. Assim, torna-se lógico e imperativa
a manutenção de controle acurado de material perecível estritamente pela Gerência do
Projeto.

O material perecível consoante dos conceitos analisados, permite, desde que


devidamente programado, a Gerência do Projeto alimentar o SILOMS com os seguintes
dados:
a) inclusão de lotes;
248 MCA 67-1/2007

b) requisição;
c) alteração dos lotes;
d) exclusão dos lotes; e
e) atualização da situação dos lotes.

O Submódulo, em pauta, engloba cinco fases distintas, a saber:


a) emissão de requisições;
b) controle de recebimento;
c) atendimento de requisições de material;
d) atendimento de devoluções de material; e
e) atualização da situação do lote.

Na Força Aérea, existem diversos projetos implantados no SILOMS (PESP,


PQUIM, SSS, entre outros) que possuem itens implantados contendo número de lote, data de
vencimento, data de fabricação, entre outros. É compulsório que o profissional, no ato do
recebimento ou mesmo no controle da armazenagem, implante os dados supracitados, a fim
de se manter um controle efetivo dos itens em tela.

NOTA: Há itens que podem entrar no estoque por último, com o seu TLV menor que o do
lote estocado. Ness condição, o encarregado do setor deverá priorizar o seu fornecimento na
distribuição.

10.10.2 MATERIAL DE BORRACHA

As causas mais comuns da deterioração da borracha são: o calor, contato com


ozônio, óleos, graxas e solventes.
a) calor: acelera a oxidação e ocasionam, na borracha, o endurecimento e
rachaduras;
b) ozônio: ocasiona rachaduras rápidas devido às intempéries;
c) os óleos e graxas: impregnam-se na borracha, tornando-as moles, esponjosas
e fracas; e
d) os solventes: extraem várias substâncias da borracha ocasionando seu
endurecimento.

10.10.3 MATERIAL DE BORRACHA EM GERAL

O material de borracha deve ser armazenado em lugar frio e seco, fora da


exposição direta ao sol, com temperatura de (25º ± 5º Centígrados) e umidade (60% ± 5%)
controladas, iluminação suave e difusa. As janelas de vidro ou outros materiais transparentes
existentes devem ser pintados de cor escura que impeça a penetração dos raios solares. Não
usar lâmpadas ultravioletas nem fluorescentes do tipo "daylight", nem permitir o
funcionamento de qualquer equipamento elétrico no local, diariamente, por mais de uma hora,
devido a formação de ozônio. As luzes de iluminação devem ser, preferencialmente, do tipo
incandescente (com filamento) e, caso exista instalação para o uso de lâmpadas fluorescentes,
estas deverão ser de luz amarela, pelo mesmo motivo.
MCA 67-1/2007 249

10.10.4 PNEUS E CÂMARAS

Todos os pneus e câmaras devem ser inspecionados imediatamente após


recebimento e verificados quanto a danos do manuseio. Todos os pneus de avião deverão ser
armazenados verticalmente em prateleiras. A superfície da prateleira onde fica apoiado o pneu
deve ser plana, e com no mínimo 9cm de largura, para prevenir deformações.

Os pneus não devem ser dispostos horizontalmente em pilhas, pois acarreta


deformações em sua forma normal, vindo a causar problemas de montagem.

As câmaras devem ser armazenadas em suas caixas originais. Se dispostas em


prateleiras, elas devem ser polvilhadas com talco e embrulhadas em papel grosso.

As câmaras também podem ser armazenadas em seus pneus correspondentes e


para isto os pneus deverão estar limpos e polvilhados com talco, enquanto que as câmaras
deverão ser infladas o bastante para enchê-las. Sob nenhuma circunstância, as câmaras
deverão ser penduradas em pregos ou em qualquer outro objeto que possa formar um vinco.
Tal vinco eventualmente provocará uma rachadura na câmara.

Quando transportando ou estocando pneus montados em rodas os pneus devem


ser inflados o suficiente para assentar os talões. Assim a pressão do pneu deve ser ajustada
apenas o suficiente para conservar os talões assentados e manter a forma e contorno do pneu.

10.10.5 MANGUEIRAS DE BORRACHA

As mangueiras deverão ser estocadas dentro do período estipulado pelo


fabricante, de acordo com a natureza do material que as compõem, suas especificações
técnicas, normas afetas ou relatórios técnicos dos setores de Engenharia (revalidações).
Mangueiras com mais de 6 polegadas de comprimento serão armazenadas em recipientes
fechados para evitar a deterioração. Na impossibilidade de serem armazenadas em suas
embalagens originais, devem ser tampadas e vedadas suas extremidades com “bujão vedador”
ou fita adesiva para evitar a entrada de sujeira. As mangueiras com as datas de fabricação
mais antiga devem ser fornecidas primeiro. A armazenagem de mangueiras é similar a de
pneus e câmaras, ou seja, em lugar escuro, fresco, seco, protegido do calor em excesso e da
sujeira.

10.10.6 TANQUES DE GASOLINA OU ÓLEO FEITOS COM TECIDO IMPREGNADO


DE BORRACHA, E DEGELADORES

Devem ser armazenados e mantidos na embalagem original do fabricante até


serem instalados nos aviões. Evitar empilhamento, não deixar que sejam arrastados e quando
transportá-los, segurá-los com cuidado.

10.10.7 MATERIAL FOTOSSENSÍVEL

O material fotossensível sofre rápida deterioração quando exposto a


temperatura e/ou umidade relativa excessivamente alta (ainda que por curtos períodos de
tempo), ou ainda a emissões radioativas. Como resultado, os materiais fotossensíveis podem
sofrer prejuízos na solubilidade química, sensibilidade, contraste, escala de densidade,
resolução fotográfica, máxima densidade fotográfica, aumento na densidade de base,
granulação, manchas e descontinuidade na sensibilidade da emulsão.
250 MCA 67-1/2007

A umidade é a principal causadora de danos aos materiais fotográficos, ela


provoca mofo, aloja-se entre lentes, altera componentes químicos e infiltra-se em delicados
componentes.

10.10.8 MATERIAL ELETRÔNICO E FOTOGRÁFICO

Estes materiais devem ser armazenados em lugar frio e seco fora da exposição
direta ao sol. A temperatura deve ficar entre 5º e 20º centígrados e a umidade do ar situada
entre 60% e 40%. Sempre que possível os itens deverão ser armazenados em suas embalagens
originais, quando isto não ocorrer os materiais deverão estar armazenados no mínimo envoltos
com plástico para proteção contra poeira.

Os equipamentos eletrônicos não deverão ser sobre-postos a fim de evitar


deformações, quedas e descalibragem.

Os terminais dos equipamentos deverão estar sempre cobertos com capas


plásticas protetoras.

10.10.9 CARTÕES DE CIRCUITOS INTEGRADOS

Os cartões de circuitos integrados estão sujeitos aos mesmos cuidados


estabelecidos em 10.10.8 e, além disso, deverão ser armazenados seguindo as demais
recomendações específicas de cada fabricante.

10.10.10 FILMES VIRGENS

O filme virgem (não exposto) deve ser protegido de umidade, altas


temperaturas (acima de 21º), gases danosos, raios-X, materiais radioativos e danos físicos.
Todos os filmes aéreos devem ser armazenados em seus containers originais para evitar
qualquer troca de umidade nos rolos e suas adjacências até a época de serem expostos.

Os containers são à prova de vapores e protegerão o filme até o momento do


uso. Mesmo dentro dos containers os filmes estão sujeitos a defeitos no lacre causados por
umidade excessiva (acima de 70%). Baixas umidades relativas não são danosas ao filme
quando da abertura dos containers. O ideal fica entre 40% e 50%.

Os containeres de material sensível não devem ser expostos diretamente à luz


do sol ou outra fonte de calor. Em geral, quanto mais baixa a temperatura de armazenagem,
menor a velocidade de envelhecimento e perdas das propriedades sensitométricas.

Quando os filmes virgens são armazenados por alguns meses, estes devem ser
mantidos em resfriamento a 13º Centígrados ou menos. Para tempos de armazenagem mais
longos, resultados mais uniformes são obtidos quando armazenados entre(-18º) a (-23º)
Centígrados.

Os filmes retirados de câmaras frigoríficas não devem ser abertos antes que
alcancem a temperatura ambiente, a umidade do ar em contato com a superfície fria do filme
causaria condensação. Os filmes armazenados em geladeiras devem ser abertos após 8 a 24
horas. O tempo exato depende das dimensões do filme e das condições ambientais. A
condensação causa manchas de umidade, imagens metálicas e cola o filme. (O "container"
depois de aberto deverá ser fechado com fita de lacre antiumidade ou plástica, para evitar a
entrada de umidade).
MCA 67-1/2007 251

10.10.11 FILMES EXPOSTOS

Mantenha os filmes expostos frios e secos, particularmente os do tipo falsa-cor,


que deterioram mais rápido que os filmes virgens. Processe-o mais cedo possível para evitar
mudanças na imagem latente. Se for necessário esperar mais de uma semana até o
processamento, o filme exposto deve ser resfriado a 4ºC ou menos. Lembre-se que o container
só poderá ser aberto após alcançar a temperatura ambiente.

10.10.12 FILMES PROCESSADOS

Armazenagem do filme processado difere da do filme virgem, pois, o mesmo


não é foto sensível. As condições de armazenamento dependerão do valor do filme e do
tempo a ser armazenado.

O processamento é um dos mais importantes fatores que contribuem para a


durabilidade e estaticidade do material fotográfico. A completa lavagem é especialmente
importante. Os sais de hipossulfito residuais podem desvanecer a imagem prata dos filmes
preto e branco, especialmente sob condições de altas umidades e temperaturas, através de
conversão parcial da imagem em prata sulfurosa.

As transparências devem ser armazenadas nos carretéis ou em luvas


individuais. A umidade relativa elevada promove o crescimento de fungos e causa imagem
metálica. A umidade relativa muito baixa causa deformações e endurecimento da gelatina,
tornando-a quebradiça. Temperaturas superiores a 26º Centígrados devem ser evitadas.

10.10.13 INSPEÇÃO DO FILME ARMAZENADO

Deve-se verificar periodicamente o estado de conservação dos filmes


armazenados, observando os prazos máximos de armazenagem indicados pelo fabricante, o
estado e as condições desfavoráveis que podem causar danos ao material.

O acondicionamento deve ser observado no momento da compra, durante o


transporte, nos armazéns intermediários e pelo usuário final.

10.10.14 MATERIAL MÉDICO

Os medicamentos, componentes da bolsa de primeiros socorros dos conjuntos e


“kits” de sobrevivência, devem ser retirados dos equipamentos de sobrevivência e
armazenados em locais apropriados, aprovados pela Diretoria de Saúde (DIRSA).

10.10.15 RAÇÕES

Os alimentos, componentes dos conjuntos e “kits” de sobrevivência, devem ser


retirados dos equipamentos de sobrevivência e armazenados em locais apropriados, aprovados
pela Diretoria de Intendência (DIRINT).

10.10.16 BATERIAS

As baterias novas devem ser armazenadas sem solução, nos armazéns comuns
e em local frio e seco. As baterias novas com eletrólito que receberem uma primeira carga, ou
baterias usadas em bom estado devem ser armazenadas em local o mais frio possível. Essas
baterias devem ser recarregadas uma vez por mês quando em temperatura de 27º centígrados.
252 MCA 67-1/2007

Isto porque a bateria sem utilização tende a descarregar-se e deve ser armazenada com carga
completa. Esta descarga ocorre mais rapidamente em altas temperaturas. Na tabela 3
verificamos de acordo com a temperatura, o número de dias que a bateria leva para
descarregar-se:

TEMPERATURA NÚMERO DE DIAS

16º 90

27º 45

38º 14

49º 06

CONTROLE DE TEMPERATURA DE BATERIAS - Tabela 4

10.10.17 SELANTES

Alguns produtos químicos como selantes, certos lubrificantes, etc., têm o prazo
de utilização limitado devendo, por isso, ser mantidos em câmara frigorífica à temperatura
recomendada pelos fabricantes e devidamente controlados.

Quando o prazo de validade se esgotar, o produto deve ser encaminhado ao


Parque Central para exame em laboratório químico antes de ser condenado.

Dentro do prazo de validade, a entrega de estoque mais antigo deve ser


efetuada sempre em primeiro lugar. Neste manual, devido à importância do material
supracitado, foi dispensado um capítulo específico para os itens perecíveis.

10.10.18 EQUIPAMENTO DE SALVAMENTO

10.10.18.1 BOTES SALVA-VIDAS - Devem ser armazenados ao abrigo dos raios solares, de
outras fontes de calor e da umidade. Inspecionar de seis em seis meses por controle de
etiqueta correspondente. A preservação deve ser feita com talco industrial, e o equipamento
pertencente aos mesmos, armazenado junto.

10.10.18.2 COLETES SALVA-VIDAS - Além dos cuidados acima, os coletes devem ser
mantidos em sacos de polietileno hermeticamente fechados, e conter qualquer meio ou
etiqueta que represente o mês de vencimento para revisão.

10.10.18.3 ESCORREGADEIRAS - Os mesmos cuidados citados em 10.10.18.1. Não


empilhar. Armazenar as garrafas separadamente conforme indicado no item 10.10.18.4.

10.10.18.4 GARRAFAS DE GASES COMPRIMIDOS - (CO2, nitrogênio e ar comprimido),


utilizadas nos botes salva-vidas e escorregadeiras. Estas garrafas devem ser armazenadas em
local seco, arejado e isento de contato com produtos químicos.

Armazenar as garrafas sem cabo de descarga, que deve ser guardado


separadamente, em saco plástico devidamente identificado. Este cabo, em alguns tipos de
MCA 67-1/2007 253

garrafas, deve ficar junto com o cabeçote, fixado por meio de fita adesiva para evitar que saia
da válvula. A saída da garrafa deve ser protegida por bujão de segurança. Sobre a válvula da
garrafa deve ser colocado um saco plástico para a proteção da mesma.

Proteger contra arranhões. O transporte, mesmo dentro das dependências do


armazém, deve ser feito com cuidado, utilizando os meios apropriados.

OBS.: O manuseio, inspeção e transporte de material do projeto SSS deverão seguir as


orientações específicas contidas neste manual.

10.10.19 MÁSCARAS DE OXIGÊNIO

10.10.19.1 Devem ser conservadas, quando novas, na embalagem do fabricante, resguardadas


da luz solar, e de outras fontes de calor, assim como da poeira e de outros produtos químicos.

10.10.19.2 Armazenar em local limpo e seco.

10.10.19.3 As máscaras retiradas dos aviões, ao serem devolvidas ao estoque, devem ser
entregues já esterilizadas, dentro de invólucros de polietileno, individuais, hermeticamente
fechados.

10.10.19.4 Na etiqueta deve constar, além de código do estoque, a data de esterilização.

10.10.20 ITENS PERIGOSOS

Determinados itens possuem características que podem torná-los perigosos


quando em contato com outros itens, ou já são por si só perigosos e, portanto, exigem
acessórios especiais de manobra, precauções especiais de segurança e sua armazenagem deve
ser cuidadosamente planejada, atendendo as orientações dos fabricantes.

10.10.21 TINTAS E SOLVENTES

10.10.21.1 Estes produtos devem ser armazenados sempre em armazéns especiais e separados
de outros materiais.

10.10.21.2 Os armazéns destinados a esta classe de materiais, devem ser secos, à prova de
fogo, bem ventilados e dotados de equipamentos automáticos contra incêndio.

10.10.21.3 A primeira fileira de volumes deve ser colocada pelo menos a 5cm acima do nível
do chão, a fim de possibilitar a drenagem e ventilação adequadas.

10.10.21.4 Não podem ser armazenados em ambientes que contenham graxa, óleo e outros
lubrificantes armazenados.

10.10.21.5 Deve-se cuidar para que nas operações de manobra com estes produtos, as
etiquetas e/ou inscrições de identificação não sejam danificadas.

10.10.21.6 Estes produtos quando acondicionados em tambores de aço de 200 litros poderão
ficar armazenados ao ar livre de acordo com as normas estabelecidas para armazenagem
externa, nunca esquecendo que deverão ficar separados de materiais tais como graxa, óleo e
outros lubrificantes.

OBS.: É compulsório o cumprimento das normas de estocagem dos fabricantes.


254 MCA 67-1/2007

10.10.22 GRAXAS, ÓLEOS E OUTROS LUBRIFICANTES

Estes produtos devem ser armazenados da mesma maneira que as tintas e


solventes ressalvando o item 10.10.21.3 e deverão ficar separados dos outros combustíveis.

10.10.23 GASES

Muitos gases têm propriedades similares entre si e são, portanto, reunidos em 6


(seis) grupos. Tais categorias são baseadas em propriedades químicas e físicas similares,
compatibilidade de estocagem e procedimentos de manuseio de emergência generalizados. Os
grupos possuem uma escala gradativa de periculosidade de "1" (menos perigosos) a "6" (mais
perigosos), conforme demonstrado no quadro abaixo. Para cada grupo especifico, há
requisitos gerais de armazenagem e procedimentos de manuseio de emergência pertinentes
àquela categoria de produtos.
IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE GASES
Grupo l Não inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez
Grupo 2 Inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez
Grupo 3 Inflamáveis, tóxicos e corrosivos
Grupo 4 tóxicos e/ ou corrosivos, não inflamáveis
Grupo 5 espontaneamente inflamáveis
Grupo 6 muito tóxico

Os cilindros devem ser colocados em áreas cobertas, ventiladas e em posição


vertical, de modo compacto, onde uns impeçam a movimentação dos outros, observando-se
que podem ser armazenados juntos somente os gases cuja soma dos números dos grupos não
ultrapasse a 5 (cinco), assim:
a) argônio (grupo l) com amônia (grupo 4); e
b) metano (grupo 2) com monóxido de carbono (grupo 3).

Os gases inflamáveis devem ser, preferencialmente, separados por uma parede


à prova de fogo, a menos que estejam separados por grande distância. Não devem ser
armazenados perto de sal, produtos químicos corrosivos ou perto de fumaça de espécie
nenhuma, para evitar a corrosão do cilindro e emperramento da válvula. Manter os cilindros
vazios separados dos cheios.

Nunca devem ser armazenados perto de material Inflamável como óleo, graxa,
gasolina, etc. O oxigênio em contato com graxa e óleo provoca reação química explosiva. Os
cilindros devem estar com a válvula para cima e seus compartimentos de armazenagem
devem ser ventilados para evitar acúmulos ou concentração de gases explosivos ou gases
prejudiciais a saúde.

Quanto ao manuseio e transporte só deverão ser realizados por profissionais


qualificados e equipamentos apropriados.

10.10.24 ARMAS DE PEQUENO PORTE, FUMÍGENOS E PIROTÉCNICOS

As armas, munições, fumígenos, pirotécnicos e quaisquer outros itens bélicos,


que sejam componentes dos conjuntos e kits de sobrevivência devem ser retiradas dos
MCA 67-1/2007 255

equipamentos de sobrevivência e armazenadas em áreas especiais e apropriadas, aprovadas


pelo Órgão de Suprimento de Material Bélico.

10.10.25 COMBUSTÍVEL

A armazenagem de combustível, normalmente é feita pelas Companhias de


Petróleo. Excepcionalmente esta armazenagem fica a cargo do Oficial de Suprimento. Assim
sendo, as normas de armazenamento e manejo de combustíveis e lubrificantes de aviação são
objetos de instrução específica IMA 400-2 (Função Logística de Suprimento de Combustíveis
e Lubrificantes de Aviação).

10.10.26 PRODUTOS QUÍMICOS TÓXICOS E VENENOSOS

10.10.26.1 Os ácidos em geral, o clorofórmio, o metanol, o tetra-cloreto de carbono, cianetos,


e outros produtos assim qualificados, requerem cuidados especiais por apresentarem risco de
vida se não forem armazenados devidamente.

10.10.26.2 Proteger os recipientes contra avarias.

10.10.26.3 Conservar em local ventilado, limpo e seco, isento de calor e umidade excessivos.

10.10.26.4 Manter na embalagem original do fabricante se esta estiver em perfeitas condições.

10.10.26.5 Guardar separados entre si e de outros produtos químicos evitando que se


misturem, o que poderia causar danos imprevisíveis.

10.10.26.6 No caso de fornecimento parcelado, fechar hermeticamente a embalagem após o


uso. Se for um produto químico em pó ou granulado, a colher utilizada para a pesagem deve
estar rigorosamente limpa e seca por ocasião de seu emprego.

10.10.27 MATERIAL RADIOATIVO

Os itens que contêm material radioativo deverão ser armazenados em áreas


restritas, isolados, de acordo com as normas estabelecidas pelos fabricantes, bem como pelas
orientações da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Os containers deverão ser abertos, sempre, por pessoas autorizadas,


qualificadas e em local específico.

10.10.28 ITENS QUE EXIGEM SEGURANÇA

Há itens que têm alto valor de revenda e estão sujeitos a furto e roubo, outros,
devido a sua aplicação e uso exigem cuidados especiais. Por esse motivo, a área de
armazenamento a eles destinada deve permitir um controle de segurança permanente. Ex.
armas portáteis, binóculos, ferramentas manuais, matérias-primas nobres, etc.

10.10.29 MATERIAL SIGILOSO

10.10.29.1 Será armazenado em salas de estoque que ofereçam condições especiais de


segurança e observados os demais cuidados estipulados neste manual, em função da
característica do material.
256 MCA 67-1/2007

10.10.29.2 Para o material ULTRA-SECRETO é obrigatório o uso de sala-cofre com segredo


de, no mínimo, três combinações ou material que ofereça segurança equivalente. Na falta
destes o material ULTRA-SECRETO deverá ser mantido sob guarda armada.

10.10.29.3 Para o material SECRETO é recomendada a adoção de idênticas medidas de


segurança.

10.10.29.4 Além das medidas acima o profissional de suprimento deverá seguir o estabelecido
na ICA 65-29 (Controle e Manuseio de Material Aeronáutico Sigiloso), sempre que necessitar
manusear material sigiloso.

10.10.30 FERRAMENTAS DE PRECISÃO E TESTES

10.10.30.1 Devem ser conservadas na embalagem original do fabricante, tendo-se o cuidado


de verificar periodicamente se o agente desidratante ainda se encontra ativo.

10.10.30.2 Armazenar em local limpo e seco, a salvo de choques e quedas, que podem
prejudicar a correção das indicações.

10.10.30.3 Solicitar inspeção à oficina se tiver ocorrido um destes casos.

10.11 ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE LUBRIFICANTES EM TAMBORES

Os óleos lubrificantes são embalados usualmente em tambores de 200 litros,


conforme norma do INMETRO (Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial).

As graxas são comercializadas em quilograma e os tambores são de 170 kg ou


180 kg, conforme o fabricante.

Em relação ao manuseio e armazenagem de lubrificantes, deve-se evitar a


presença de água pois os óleos contaminam-se facilmente. A água pode ser proveniente de
chuvas ou da umidade do ar. Areia, poeira e outras partículas estranhas também são fatores de
contaminação de óleos e graxas.

Outro fator que afeta os lubrificantes, especialmente as graxas, é a temperatura


muito elevada, que pode decompô-las.

Quando não houver possibilidade de armazenagem dos lubrificantes em recinto


fechado e arejado, devem ser observados os seguintes cuidados:
a) manter os tambores sempre deitados sobre ripas de madeira para evitar a
corrosão;
b) nunca empilhar os tambores sobre aterros de escórias, pois estas atacam
seriamente as chapas de aços de que eles são feitos;
c) em cada extremidade de fila, os tambores devem ser firmemente escorados
por calços de madeira. Os bujões devem ficar em fila horizontal;
d) fazer inspeções periódicas para verificar se as marcas dos tambores
continuam legíveis e descobrir qualquer vazamento; e
MCA 67-1/2007 257

e) se os tambores precisarem ficar na posição vertical, devem ser cobertos por


um encerado. Na falta do encerado, o recurso é colocá-los ligeiramente
inclinados,com o emprego de calços de madeira, de forma que se evite o
acúmulo de água sobre qualquer um dos bujões.

A armazenagem em recinto fechado e arejado pode ser feita em estantes de


ferro apropriadas chamadas racks ou em estrados de madeira chamados pallets.

O emprego de racks exige o uso de um mecanismo tipo monorail com talha


móvel para a colocação e retirada dos tambores das estantes superiores. Para a manipulação
dos pallets, é necessária uma empilhadeira com garfo.

Uma outra possibilidade é dispor os tambores horizontalmente e superpostos


em até três filas, com ripas de madeira de permeio e calços convenientes. A retirada dos
tambores é feita usando-se uma rampa formada por duas tábuas grossas colocadas em
paralelo, por onde rolam cuidadosamente os tambores. Panos e estopas sujos de óleo não
devem ser deixados nesses locais porque constituem focos de combustão, além do fator
estético.

O armazém de lubrificantes deve ficar distante de poeiras de cimento, carvão


etc., bem como de fontes de calor como fornos e caldeiras. O piso do armazém de
lubrificantes não deve soltar poeira e nem absorver óleo depois de um derrame acidental.
Pode-se retirar óleo de um tambor em posição vertical utilizando uma pequena bomba manual
apropriada.

Os tambores que estiverem sendo usados devem ficar deitados horizontalmente


sobre cavaletes adequados. A retirada de óleo é feita, nesse caso, por meio de torneiras
apropriadas. Geralmente adapta-se a torneira ao bujão menor. Para o caso de óleos muito
viscosos, recomenda-se usar o bujão menor. O bujão com a torneira adaptada deve ficar
voltado para baixo, e uma pequena lata deve ser colocada para captar um eventual
gotejamento.

Os recipientes e os funis devem ser mantidos limpos, lavados periodicamente


com querosene e enxugados antes de voltarem ao uso.

Para graxas, que em geral são em número reduzido e cujo consumo é muito
menor que o de óleos, recomenda-se o emprego de bombas apropriadas, mantendo-se o
tambor sempre bem fechado.

10.11.1 ESTOCAGEM E MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

Muitos riscos potenciais são associados com a estocagem e manuseio de


material usado em laboratório químico. Estes riscos sempre existirão mas os acidentes podem
ser eliminados por maior conhecimento das propriedades do material estocado e manuseado.
Deve-se planejar os procedimentos de segurança para estocagem, informando todas as
pessoas que entrarão em contato com este material dos riscos envolvidos e as medidas de
segurança que devem ser tomadas.

O grande número de problemas de estocagem de produtos químicos deve-se à


diversidade desses produtos que devem ser estocados. A estocagem descuidada associada com
258 MCA 67-1/2007

a falta de planejamento e controle é um convite para acidentes pessoais e danos materiais. Por
outro lado, uma área de estocagem cuidadosamente planejada e supervisionada pode prevenir
muitos acidentes. Os produtos químicos que necessitam estocagem podem ser sólidos,
líquidos e gasosos, podem estar contidos em embalagens de papel, plástico, vidro ou metal
que podem ser caixas, garrafas, cilindros ou tambores. A natureza de cada produto pode ser
considerada individualmente ou em relação a outros produtos estocados na mesma área.

Para facilitar as considerações feitas anteriormente, os produtos químicos


podem ser agrupados nas seguintes categorias gerais:
a) inflamáveis;
b) tóxicos;
c) explosivos;
d) agentes oxidantes;
e) corrosivos;
f) gases comprimidos;
g) produtos sensíveis à água; e
h) produtos incompatíveis.

10.11.1.1 Produtos inflamáveis

Na maioria dos laboratórios químicos existem líquidos inflamáveis estocados.


Para projetar ou selecionar as instalações adequadas, as propriedades de cada produto devem
ser conhecidas. Tais informações podem ser obtidas do fornecedor do produto, da literatura ou
por testes de laboratório. Devem ser conhecidas as seguintes propriedades dos produtos
inflamáveis: ponto de ebulição (temperatura em que o material passa ao estado de vapor),
ponto de fulgor, (temperatura na qual o material se inflama se houver fonte de ignição
próxima embora a chama não se mantenha) e tipo de extintor adequado para ser usado em
caso de incêndio.

O tipo de recipiente adequado para líquidos inflamáveis depende em parte do


volume estocado e da freqüência com que é manipulado. A quantidade de líquido inflamável
em estoque deve ser a mínima necessária, sendo que grandes quantidades de inflamáveis,
devem ser estocados em almoxarifados especiais. Lotes de tambores de líquidos inflamáveis
com alta pressão de vapor devem ser protegidos do sol ou borrifados com água . Alta pressão
de vapor pode ser definida como 2kgf/cm3 a 40ºC. Deve haver no local de estocagem um
sistema de drenagem para evitar, no caso de acidente, que o líquido inflamável escoe por
baixo ou entre os outros tambores. Todos os drenos devem ser descarregados em um local
seguro. Uma rede de hidrantes deve ser localizada de tal forma que todos os tambores possam
ser atingidos com jatos.

Quando for necessária a estocagem de grandes quantidades de inflamáveis, é


necessário um sistema automático de “sprinklers”.

Uma ventilação adequada para remoção dos vapores deve ser providenciada
além de um sistema de drenagem de líquidos derramados, com descarga em local seguro.
MCA 67-1/2007 259

Embora seja prático, recipientes de vidro devem ser evitados na estocagem de


líquidos inflamáveis. Pequenas quantidades de líquidos inflamáveis (menos de 20 litros)
podem ser estocados em latas devidamente rotuladas.

Recipientes em aço inoxidável são mais adequados quando é considerada a


pureza do inflamável.

É proibido fumar nas imediações do local de estocagem. O equipamento


elétrico deve atender aos requisitos de segurança específicos para o caso. Em caso de dúvida
consulte os setores de segurança pertinentes: CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes) e Comissão de Segurança, que procurarão orientação de pessoal especializado, se
for o caso. Materiais sólidos também podem apresentar inflamabilidade (materiais
pirofóricos).

10.11.1.2 Tóxicos

Grande parte dos produtos químicos são considerados tóxicos. Para uma
avaliação adequada do risco envolvido na manipulação de um produto químico, devem ser
conhecidas as relações entre toxicidade, freqüência de manipulação e concentração durante a
exposição.

As substâncias tóxicas podem entrar no corpo por inalação, ingestão, absorção


através da pele ou pela combinação desses caminhos. Alguns compostos químicos se
decompõem gerando material tóxico quando submetidos ao calor, à umidade ou presença de
outros produtos químicos. As informações concernentes à toxidez ou risco potencial de
toxidez podem ser obtidas do fornecedor do produto, da literatura ou por testes laboratoriais
com cobaias. Tais informações são importantes para que se determine o tipo de EPI
(equipamento de proteção individual) contra a exposição e o tratamento médico adequado
adotado no caso de exposição.

A quantidade de produtos tóxicos estocada deve ser mantida no mínimo


necessário. Se possível, grandes quantidades de material tóxico devem ser estocadas fora dos
prédios onde circulem pessoas.

Quando a estocagem for feita, por extrema necessidade e curto intervalo de


tempo, no próprio local de trabalho, a área deve ser ventilada e o local de estoque deve ser
sinalizado, de forma que todas as pessoas que por ali circulem, sejam instruídas sobre o risco
potencial de tais materiais. Em tais locais, é proibida a ingestão de alimentos sólidos ou
líquidos e somente pessoas autorizadas devem ter acesso a tais materiais. Estas pessoas devem
ter recebido treinamento no uso de EPI adequados e devem conhecer os sintomas de uma
exposição aos tóxicos, além de poderem aplicar os primeiros socorros.

Um aviso, além do Mapa de Risco, (elaborado pela CIPA) deve ser colocado
para prevenir as brigadas de incêndio quanto ao risco e uso de proteção individual.

Qualquer efeito tóxico nocivo proveniente da exposição de um organismo vivo


a uma substância estranha (xenobiótico) pode ser considerado como manifestação de
toxicidade.
260 MCA 67-1/2007

Os efeitos causados pelas substâncias tóxicas podem ser locais ou sistêmicos e


considerados ao nível de organismos, sistemas, órgãos, tecidos, células organelas e moléculas.
A ação tóxica depende da quantidade de agente químico (ou produto de biotransformação)
presente no sítio de ação considerado.

Em decorrência da ação tóxica o dano pode ser reversível ou irreversível.

A maioria dos casos de câncer humano são de origem química. A ação


carcinogênica de várias substâncias químicas foi identificada a partir da observação de várias
incidências de neoplasias em indivíduos a ela expostos ocupacionalmente. O número de
compostos químicos com ação carcinogênica para animais de experimentação e para o
homem está ao redor de 1000. Vários compostos orgânicos e inorgânicos nos estados sólido,
líquido e gasoso podem apresentar ação carcinogênica. A introdução destas substâncias no
organismo humano pode se dar através das vias pulmonar, dérmica e oral.

10.11.1.2.1 Substâncias reconhecidamente carcinogênicas para o homem

Arsênico em pó, Pentóxido de arsênico, Tricloreto de arsênico, Trióxido de


arsênico, Asbestos (amianto), Benzeno, Benzidina, Crômio em pó, Óxido de crômio (IV),
Arseniato de chumbo, Arseniato de sódio e Arsenito de sódio.

10.11.1.2.2 Substâncias provavelmente carcinogênicas para o homem

Acrilonitrila, Cádmio em pó, Cloreto de cádmio, Sulfato de cádmio,


Tetracloreto de carbono, Clorofórmio, Óxido de etileno, Níquel em pó, o-Toluidina.

Fatores que ainda devem ser considerados são a mutagênese química e a


teratogênese, associadas ao uso de substâncias químicas. A mutagênese química é a
capacidade que uma substância possui de induzir mutações, isto é , promover alterações no
patrimônio genético do indivíduo. A teratogênese é o aparecimento de um efeito degenerativo
sobre um sistema em desenvolvimento.

10.11.1.3 Explosivos

Alguns produtos químicos são sensíveis a choque, impactos ou calor. Os


explosivos estão nesta categoria. Estes materiais expostos a choques, impactos, calor, podem
liberar instantaneamente energia sob a forma de calor ou uma explosão.

É necessário um sério controle de estocagem destes reagentes e severas


medidas de segurança. A área de explosivos deve ser bem identificada e isolada das outras
áreas. O tipo de área de estocagem requerida dependerá do tipo de produto e da quantidade
estocada. É freqüente o uso de blindagem na estocagem de explosivos.

A melhor fonte de informação para seleção e projeto da área de estocagem de


explosivos é o próprio fornecedor do produto.

No MMA 135-2 – Segurança de Explosivos existem tabelas contendo as


distâncias necessárias para a estocagem dos produtos classificados como altamente
explosivos.
MCA 67-1/2007 261

10.11.1.3.1 Lista de algumas substâncias explosivas:


a) peróxido de benzoíla;
b) dissulfeto de carbono1;
c) éter di-isopropílico2;
d) éter etílico2;
e) ácido pícrico3;
f) ácido perclórico4; e
g) potássio metálico2.

10.11.1.4 Agentes Oxidantes

O ponto de fulgor do dissulfeto de carbono (-300ºC) é bem abaixo da


temperatura ambiente e pequenas quantidades de vapor no ar podem ser explosivas. Estas
substâncias tornam-se perigosas pelo envelhecimento durante o armazenamento. Os éteres e o
potássio metálico podem formar peróxidos explosivos, sob exposição ao ar. Recipientes
abertos e antigos de éter devem ser tratados com muito cuidado, assim como os de potássio
metálico, quando o metal não está imerso em querosene.

O ácido pícrico deve conter 10-20% de água e os frascos devem ser rejeitados
depois de dois anos. O ácido pícrico seco é explosivo.

Embora a mistura de 70% ácido/água não seja explosiva, o uso do ácido


perclórico leva freqüentemente á formação de percloratos, que são altamente explosivos.

São exemplos de agentes oxidantes os peróxidos, nitratos, bromatos, cromatos,


cloratos, dicromatos, percloratos e permanganatos.

Como os agentes oxidantes não devem ser estocados na mesma área que
combustíveis, tais como inflamáveis, substâncias orgânicas, agentes desidratantes ou agentes
redutores. Qualquer vazamento de material deve ser imediatamente removido pois a limpeza
da área é essencial para a segurança.

A área para estocagem de agentes oxidantes deve ser resistente ao fogo


(blindada inclusive), fresca, bem ventilada e preferencialmente longe das áreas de trabalho. O
piso da sala de estocagem deve ser resistente ao fogo, impermeável e sem rachaduras que
possam reter algum material.

São recomendados “sprinklers” para a área de estocagem.

10.11.1.4.1 Classes de produtos químicos oxidantes mais perigosos:


a) bromatos bromo;
b) cloratos percloratos;
c) cromatos bicromatos;
d) iodados nitratos;
e) perbromatos periodatos; e
f) permanganatos peróxidos.
262 MCA 67-1/2007

10.11.1.5 Corrosivos

Muitos ácidos e bases corroem materiais de embalagem ou outros materiais em


estoque na área, bem como a pele do corpo humano. Os ácidos reagem com muitos metais
formando hidrogênio. Os álcalis podem formar hidrogênio quando em contato com alumínio.
Como o hidrogênio forma uma mistura explosiva com o ar, a acumulação de hidrogênio nas
áreas de estocagem de materiais corrosivos deve ser prevenida.

Os líquidos corrosivos devem ser estocados em uma área fresca, porém,


mantidos em temperatura superior ao de seu ponto de congelamento. Esta área deve ser seca e
bem ventilada com ralos que possibilitem a remoção de qualquer vazamento.

Com alguns líquidos corrosivos, como o ácido sulfúrico, é necessário que os


tambores sejam periodicamente aliviados da pressão causada pelo hidrogênio gerado pela
ação do corrosivo com o tambor metálico.

Os chuveiros de emergência e “lava olhos” devem ser operados periodicamente


para avaliar o equipamento e habituar as pessoas da área com seu uso.

10.11.1.6 Gases Comprimidos

Os gases comprimidos podem ser classificados como gases liqüefeitos, gases


não liqüefeitos e gases em solução. Todos apresentam um risco potencial no laboratório,
devido à pressão dentro dos cilindros e ainda sua flamabilidade e toxicidez.

Os gases comprimidos são fornecidos aos laboratórios em cilindros de diversas


capacidades.

Os cilindros devem ser manipulados com cuidado para prevenir que sejam
derrubados ou atinjam outros objetos. Todos os cilindros que não estejam em uso devem estar
com a cápsula protetora da válvula.

Quando os cilindros de baixa pressão são fornecidos sem cápsula protetora da


válvula, devem ser providenciados outros suportes ou garras que evitem a queda do cilindro,
pondo em risco a integridade da válvula. Sendo a válvula do cilindro arrancada ou o cilindro
rompido de alguma forma, pode o gás impelir o cilindro com muita força e causar sérios
acidentes. Os cilindros devem ser identificados e estocados em áreas bem ventiladas e livres
de materiais inflamáveis.

Os cilindros estocados ao ar livre devem ser protegidos contra variações


excessivas na temperatura ambiente e de contato direto com o chão.

Possíveis corrosões externas no cilindro causadas por líquidos ou vapores


corrosivos devem ser evitadas.

Os cilindros de gases comprimidos devem ser estocados na posição vertical e


garantidos contra eventuais quedas. Os cilindros cheios devem ficar separados dos cilindros
vazios. Se os espaço para estocagem exigir que os cilindros contendo gases de diferentes tipos
sejam estocados juntos, deve-se ao menos agrupá-los por tipo de gás. Os gases inflamáveis
devem ser separados dos gases oxidantes usando os cilindros dos gases não combustíveis.
Sendo possível, os cilindros de gases inflamáveis e oxigênio devem ser mantidos fora dos
prédios e distribuídos por sistemas de tubulação até os locais de uso.
MCA 67-1/2007 263

É da maior importância que algumas das propriedades dos gases comprimidos,


que representam perigos (como inflamabilidade, toxidez, atividade química e efeitos
corrosivos) sejam bem conhecidos pelos usuários do gás. Na capela de um laboratório, em
presença de chama aberta, a inflamabilidade do Monóxido de Carbono pode ser o maior risco,
ao passo que numa fábrica-piloto, usando Monóxido de Carbono como reagente, um
vazamento e, em conseqüência, a toxidez possa representar o maior risco. É interessante notar
que pequenas concentrações de gases liqüefeitos de petróleo como o butano e o propano são
suficientes para a criação de misturas inflamáveis.

As faixas de inflamabilidade do Acetileno, Monóxido de Carbono, Hidrogênio


e Sulfeto de Hidrogênio são extremamente grandes, indicando que eles podem formar
misturas explosivas com o ar sob uma extensa faixa de concentração.

10.11.1.7 Produtos Sensíveis à Água

Alguns produtos químicos reagem com a água com evolução de calor e de


gases inflamáveis ou explosivos. O potássio, o sódio metálico e hidretos metálicos reagem em
contato com a água produzindo hidrogênio com calor suficiente para uma ignição com
explosão violenta.

Áreas de estocagem para produtos químicos sensíveis à água devem ser


projetadas para evitar qualquer contato com água, e isto é feito da melhor forma mantendo
todas as possíveis fontes de água fora da área.

Os “sprinklers” devem ser eliminados onde grande quantidade dos materiais


está guardada ou aonde a reação irá definitivamente propagar ou potencializar um incêndio ou
causar uma explosão, contudo tem sido demonstrado que os “sprinklers” têm sido efetivos no
controle de incêndios causados por materiais tais como o magnésio. A construção do prédio
deve ser resistente ao fogo e não se devem estocar outros materiais combustíveis na mesma
área.

10.11.1.8 Produtos Incompatíveis

Áreas separadas de estocagem devem ser providenciadas para produtos


químicos incompatíveis (produtos podem reagir e criar uma condição de perigo devido a esta
reação). Alguns exemplos destes produtos químicos incompatíveis são listados a seguir:
a) ácido acético com ácido nítrico, peróxidos, permanganatos, etilenoglicol,
compostos hidroxilados, ácido perclórico e ácido crômico;
b) acetona com ácido sulfúrico e nítrico concentrados; e
c) bromo, cloro com amônia, gases de petróleo, hidrogênio, sódio, benzeno e
metais finamente divididos; etc.

10.12 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL

10.12.1 PLANEJAMENTO

Movimentação de material é a mudança de posição dos suprimentos no âmbito


das organizações, ou entre elas, podendo implicar em uma ou mais operações de mudança
dentro e fora dos armazéns, incluindo também, a armazenagem. No ambiente externo a
organização a movimentação é abrangida pelo transporte de material.
264 MCA 67-1/2007

A movimentação de material deve sempre ser precedida de um cuidadoso


planejamento, para que se possa chegar a conclusão da real necessidade da movimentação e
para a escolha do melhor método a ser empregado, para isto alguns passos devem ser
seguidos:

10.12.1.1 Passos Preliminares

10.12.1.1.1 Análise dos PROPÓSITOS da movimentação.

10.12.1.1.2 Análise das CARACTERÍSTICAS do material a ser movimentado.

10.12.1.1.3 O estudo do MOVIMENTO, os pontos de origem e destino, as vias de acesso.

10.12.1.1.4 Verificação dos equipamentos disponíveis e dos necessários para adoção do


melhor MÉTODO.

10.12.1.2 Princípios a serem seguidos

Uma vez decidido que a movimentação é necessária e escolhido o melhor


método, alguns princípios deverão ser seguidos na execução da movimentação:
a) sempre que possível utilize equipamentos mecanizados ou automatizados
(MECANIZAÇÃO-AUTOMATIZAÇÃO);
b) quanto menos manuseio, melhor; e sempre que possível utilize a linha reta
(SIMPLIFICAÇÃO);
c) utilize processos e equipamentos padronizados, escolha equipamentos que
tenham utilização em várias operações (FLEXIBILIDADE);
d) sempre que possível deve ser utilizada a força da gravidade
(GRAVIDADE); e
e) utilização mínima de transporte, concentre o máximo de carga possível para
ser movimentada de uma só vez (CARGA UNITIZADA).

10.12.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

Os equipamentos de movimentação de material são divididos, genericamente,


em três categorias:
a) viatura motora;
b) equipamento industrial; e
c) carros de tração manual.

10.12.2.1 Viatura Motora

Equipamento montado sobre rodas, com propulsão própria, apto a utilizar,


diretamente ou por adaptação, diferentes acessórios ou implementos. Estão incluídos nesta
categoria:
a) empilhadeira: equipamento motorizado, dotado de controle para inclinação e
elevação de material, podendo, em função do mesmo e das características e
condições das circulações, ser de dois tipos: empilhadeiras frontais e
MCA 67-1/2007 265

empilhadeiras laterais, seu emprego será aconselhável quando se desejar


rapidez de deslocamento e eficiência no empilhamento dos materiais. A
grande flexibilidade das empilhadeiras é a sua principal vantagem. Não se
deve utilizá-las em distâncias superiores a 100 metros;
b) guindaste auto motor: equipamento motorizado, dotado de lança fixa móvel,
com ação de giro ou não, destinado a movimentação de carga pesada e de
grande dimensão;
c) carro-pórtico: equipamento motorizado, dotado de plataforma de carga na
parte inferior, destinado a movimentação de madeiras, tubos e chapas, bem
como material de embalagem padronizada; e
d) trator: equipamento motorizado, dotado de grande potência e
manobrabilidade, destinado ao reboque de carrinhos industriais ou
plataformas.

10.12.2.2 Equipamento Industrial

Equipamentos montados sobre rodas, monotrilhos, vigas, colunas e/ou rodízio,


com movimentação de carga por força motora manual ou por ação de gravidade. Estão
incluídos nesta categoria:

a) empilhadeira manual: equipamento sem autopropulsão, montado sobre


rodízio, com colunas fixas ou telescópicas. Seu emprego caracteriza-se pelo
baixo custo de aquisição e de operação;
b) ponte-rolante e pórtico: equipamento locomotor, com deslocamento total em
trilhos, no sentido longitudinal e deslocamento do dispositivo de
movimentação de carga em toda a largura da unidade, podendo ser dotado
de ganchos, caçambas, pinças, garras e/ou eletroímãs. Seu emprego é
aconselhável para movimentação de cargas pesadas;
c) talha: equipamento acionado manualmente ou por motor elétrico,
pneumático, hidráulico, fixo ou montado em monotrilho, viga ou pórtico,
com dispositivo de suspensão, constituído por corrente ou cabo e dispondo
de um gancho para carga e outro para fixação. Seu emprego caracteriza-se
pelo baixo custo de aquisição e de operação, podendo ser do tipo diferencial,
rosca sem-fim ou engrenagem;
d) elevador de material: equipamento acionado por motor elétrico e comando
manual ou automático, montado em estruturas, destinado especificamente a
transporte vertical;
e) transportadores contínuos: denominação genérica dada a qualquer
dispositivo de movimentação de material que utilize rodízios, roletes,
correias, caçamba, etc., este tipo de transportador é ideal para caixas, fardos
e embalagens diversas que tenham rota fixa; e
f) reboques: são plataformas móveis capazes de transportar grandes
quantidades de material. São empregados dentro e fora dos armazéns e
devem ser utilizados para cobrir distâncias compreendidas entre 100 e 1600
metros.
266 MCA 67-1/2007

10.12.2.3 Carros de Tração Manual

Equipamentos sem autopropulsão, utilizados para movimentação de material


leve a curta distância e auxílio a operações mecanizadas. São construídos de acordo com sua
destinação para transporte de estrados, engradados, caixas, cilindros de gás, botijões,
tambores, etc. Há vários tipos de carrinhos: de alavanca, de uma roda, de duas rodas, etc.

10.13 PREVENÇÃO DE ACIDENTES E INCÊNDIO


10.13.1 PROTEÇÃO E SEGURANÇA

Todo o efetivo do Suprimento deverá ser orientado, no sentido de observar e


cumprir todas as normas relativas às medidas de proteção e segurança, seja quanto às
precauções contra acidentes, seja quanto à prevenção contra incêndio.

O setor de Segurança da Unidade deverá ministrar instruções a respeito das


medidas a serem tomadas para eliminar as causas que possam provocar incêndios, bem como
saber manejar os equipamentos de combate ao fogo.

10.13.2 PREVENÇÃO DE ACIDENTES

As normas relativas à proteção e segurança contra acidentes são as seguintes:


a) estabelecimentos de locais adequados para a guarda de ferramental e
equipamentos de movimentação;
b) os pisos devem ser conservados, limpos e isentos de quaisquer substâncias
escorregadias, tais como óleo, graxa, etc.;
c) o material deve ser empilhado corretamente para que não haja possibilidades
de inclinação e queda de volumes sobre corredores e instalações;
d) os corredores, escadas e saídas de emergência devem ser marcados e
iluminados adequadamente;
e) as portas interditadas, por serem desnecessárias, devem ter letreiros
indicativos na parte externa;
f) os corredores devem ser mantidos sempre desobstruídos, especialmente em
hora fora do expediente normal;
g) o uso de óculos e luvas é indicado para proteção dos olhos e das mãos,
contra partículas de metal, queimaduras, cortes, ação de ácidos e choques
elétricos;
h) todos os pregos salientes de caixas, caixotes, engradados, tábuas, etc.,
devem ser removidos;
i) deve ser empregada areia úmida para limpeza de pisos para prevenir
formação de poeira;
j) sob as clarabóias devem ser colocadas telas metálicas a fim de prevenir
acidentes pessoais ou avarias em material;
k) os pisos devem ser marcados adequadamente, bem como as partes inferiores
das unidades de armazenagem paralelas e as áreas de circulação;
MCA 67-1/2007 267

l) a marcação de equipamentos de segurança, área de perigo e instalações de


proteção contra incêndio deve ser efetuada em obediência às normas de
identificação adotadas oficialmente;
m) a manipulação de material contendo radioatividade deve ser obedecida em
função das instruções especiais;
n) o equipamento de movimentação, de natureza mecânica, somente deve ser
manejado por pessoal devidamente habilitado; e
o) os limites de resistências de carga dos pisos e áreas de armazenagem e
unidades de armazenagem devem ser indicados em locais de fácil
visibilidade para conhecimento e observância.

10.13.3 PREVENÇÃO DE INCÊNDIO

As normas relativas às medidas de prevenção de incêndio são as seguintes:


a) os locais proibidos ao uso de fumo devem ter letreiros indicativos em
quantidade suficiente e perfeita visibilidade;
b) o equipamento de movimentação, movido a gás, gasolina ou outro
combustível, não deve ser reabastecido dentro do armazém;
c) papéis usados e outros detritos de fácil combustão devem ser retirados de
seus depósitos ao fim de cada dia;
d) a guarda de estopas e trapos sujos de óleo e graxa deve ser feita em
depósitos especiais, não metálicos e com tampa;
e) todas as áreas do armazém devem ser dotadas de extintores de incêndio,
marcando-se os locais com letreiros bem visíveis;
f) a queima de lixo deve ser efetuada no mínimo a 25 metros de distância da
construção mais próxima e em locais isentos de gases, detrito combustível
ou outros materiais inflamáveis;
g) os recipientes vazios de combustíveis líquidos não devem ser estocados
antes que haja uma perfeita limpeza para eliminação de vapores;
h) os locais onde sejam estocados ou usados líquidos inflamáveis voláteis
devem ter ventilação adequada, natural ou forçada, para impedir
concentração de vapores perigosos;
i) o material destinado à embalagem (papel, papelão, barbante, algodão, aparas,
etc.) deve ter quantidade restrita em estoque, além de cuidados na
arrumação após as tarefas diárias;
j) somente devem ser usados fusíveis com as características impostas pelos
respectivos circuitos. Antes da substituição de um fusível queimado, deve
ser apurada a causa de sua eliminação;
k) os armários destinados à guarda de roupas e objetos pessoais devem sem
mantidos limpos, sendo proibida a guarda, ainda que temporária, de
substâncias químicas, inflamáveis ou restos de tintas;
l) os equipamentos de proteção contra incêndios, caixas de controle elétrico,
sistemas de aspersão de água, etc., devem ser inspecionados,
periodicamente, para testes de sua eficiência;
268 MCA 67-1/2007

m) adotar um controle eficaz de vencimento dos extintores de incêndio, quanto


à carga e teste hidrostático. Identificando todos os extintores conforme o
tipo de incêndio que se destinam a combater.
n) verifique fios e tomadas e mande substituir as defeituosas;
o) evite o uso de benjamins, pois, sobrecarregam os circuitos, provocando
superaquecimento; e
p) ao término do expediente, desligue todos os equipamentos elétricos,
fazendo-o sempre pela tomada e nunca pelo fio.

10.13.4 IDENTIFICAÇÃO DE SEGURANÇA

A adoção de uma norma de cores na segurança do trabalho possibilita ao


pessoal do armazém a rápida identificação dos equipamentos de segurança e áreas de perigo.
É obrigatória a observância das seguintes cores, conforme especificado na Norma Reguladora
(NR 26 – Sinalização de Segurança) de segurança e saúde no trabalho.

Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo fixar as cores que devem ser
usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de
segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a
condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos.

Alguns procedimentos devem ser adotados, a fim de que o uso das cores seja
um aliado no processo de segurança do indivíduo e das instalações:
a) deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de
trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes;
b) a utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção
de acidentes;
c) o uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar
distração, confusão e fadiga ao trabalhador;
d) a indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área
de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais
convencionais ou da identificação por palavras.

As cores aqui adotadas serão as seguintes:


a) vermelho;
b) amarelo;
c) branco;
d) preto;
e) azul;
f) verde;
g) laranja;
h) púrpura;
i) lilás;
MCA 67-1/2007 269

j) cinza;
k) alumínio; e
l) marrom.

10.13.4.1 Vermelho (Incêndio)

O vermeho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos


de proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por
ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado
(que significa Alerta). É empregado para identificar:
a) caixa de alarme de incêndio;
b) hidrantes;
c) bombas de incêndio;
d) sirenes de alarme de incêndio;
e) caixas com cobertores para abafar chamas;
f) extintores e sua localização;
g) indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do
extintor);
h) localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel,
suporte, moldura da caixa ou nicho);
i) baldes de areia ou água, para extinção de incêndio;
j) tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água;
k) transporte com equipamentos de combate a incêndio;
l) portas de saídas de emergência;
m) rede de água para incêndio (sprinklers); e
n) mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).

A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de


perigo:
a) nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e
quaisquer outras obstruções temporárias; e
b) em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.

10.13.4.2 Alaranjado (Alerta)

O laranja deverá ser empregado para identificar:


a) canalizações contendo ácidos;
b) partes móveis de máquinas e equipamentos;
c) partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou
abertas;
d) faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
270 MCA 67-1/2007

e) faces externas de polias e engrenagens;


f) botões de arranque de segurança; e
g) dispositivos de corte, borda de serras, prensas.

10.13.4.3 Amarelo (Cuidado)

Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não


liquefeitos.

O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando:


a) partes baixas de escadas portáteis;
b) corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem
risco;
c) espelhos de degraus de escadas;
d) bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas,
etc.) e de plataformas que não possam ter corrimões;
e) bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;
f) faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento;
g) meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
h) paredes de fundo de corredores sem saída;
i) vigas colocadas a baixa altura;
j) cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;
k) equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como
empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques,
etc.;
l) fundos de letreiros e avisos de advertência;
m) pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e
equipamentos em que se possa esbarrar;
n) cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;
o) bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);
p) comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco; e
q) pára-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas.
Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o
amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da
sinalização.

10.13.4.4 Verde (Segurança)


O verde é a cor que caracteriza "segurança".

Deverá ser empregado para identificar:


a) canalizações de água;
b) caixas de equipamento de socorro de urgência;
MCA 67-1/2007 271

c) caixas contendo máscaras contra gases;


d) chuveiros de segurança;
e) macas;
f) fontes lavadoras de olhos;
g) quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.;
h) porta de entrada de salas de curativos de urgência;
i) localização de EPI; caixas contendo EPI;
j) emblemas de segurança;
k) dispositivos de segurança; e
l) mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

10.13.4.5 Azul (Cuidado - Fora de Serviço)

O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a
avisos contra uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.

Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos


pontos de comando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos.

Será também empregado em:


a) canalizações de ar comprimido;
b) prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em
manutenção; e
c) avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.

10.13.4.6 Púrpura (Radiações)

A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações
eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares.

Deverá ser empregada a púrpura em:


a) portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam
materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade;
b) locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;
c) recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e
equipamentos contaminados; e
d) sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações
eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.

10.13.4.7 Branco

O branco será empregado em:


a) passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e
largura);
272 MCA 67-1/2007

b) direção e circulação, por meio de sinais;


c) localização e coletores de resíduos;
d) localização de bebedouros;
e) áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a
incêndio ou outros equipamentos de emergência;
f) áreas destinadas à armazenagem; e
g) zonas de segurança.

10.13.4.8 Preto

O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e


combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão,
piche, etc.). O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando
condições especiais o exigirem.

10.13.4.9 Lilás

O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As
refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes.

10.13.4.10 Cinza

O cinza claro deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo e o cinza
escuro deverá ser usado para identificar eletrodutos.

10.13.4.11 Alumínio

O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos,


inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo
lubrificante, etc.).

10.13.4.12 Marrom

O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer


fluído não identificável pelas demais cores.

10.13.4.13 Observações

O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde.

As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases, deverão receber


a aplicação de cores, em toda sua extensão, a fim de facilitar a identificação do produto e
evitar acidentes.

Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada das


demais.

Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada


(concentração, temperatura, pressões, pureza, etc.), a diferenciação far-se-á através de faixas
de cores diferentes, aplicadas sobre a cor básica.
MCA 67-1/2007 273

A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que possibilite
facilmente a sua visualização em qualquer parte da canalização.

Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas de acordo
com a natureza do produto a ser transportado.

O sentido de transporte do fluído, quando necessário, será indicado por meio de


seta pintada em cor de contraste sobre a cor básica da tubulação.

Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenem fluidos


deverão ser identificados pelo mesmo sistema de cores que as canalizações.

10.13.4.14 Sinalização para armazenamento de substâncias perigosas

O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir padrões


internacionais.

OBS.: Para fins do disposto no item anterior, considera-se substância perigosa todo material
que seja, isoladamente ou não, corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que, durante o seu
manejo, armazenamento, processamento, embalagem, transporte, possa conduzir efeitos
prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho.

10.13.4.15 Símbolos para identificação dos recipientes na movimentação de materiais

Na movimentação de materiais no transporte terrestre, marítimo, aéreo e


intermodal, deverão ser seguidas as normas técnicas sobre simbologia vigentes no País.

10.13.4.16 Rotulagem preventiva

A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita


segundo as normas constantes deste item.

Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas, redigidas em


termos simples e de fácil compreensão.

A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente nas propriedades


inerentes a um produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do uso,
manipulação e armazenagem do produto.

Onde possa ocorrer misturas de 2 (duas) ou mais substâncias químicas, com


propriedades que variem em tipo ou grau daquelas dos componentes considerados
isoladamente, o rótulo deverá destacar as propriedades perigosas do produto final.

Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos:


a) nome técnico do produto;
b) palavra de advertência, designando o grau de risco;
c) indicações de risco;
d) medidas preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;
e) primeiros socorros;
274 MCA 67-1/2007

f) informações para médicos, em casos de acidentes; e


g) instruções especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento, quando for o
caso.

No cumprimento do disposto no item anterior, dever-se-á adotar o seguinte


procedimento: Nome técnico completo, o rótulo especificando a natureza do produto químico.

Exemplo: "Ácido Corrosivo", "Composto de Chumbo", etc. Em qualquer situação, a


identificação deverá ser adequada, para permitir a escolha do tratamento médico correto, no
caso de acidente.

10.13.4.17 Palavra de Advertência

As palavras de advertência que devem ser usadas são:


a) "PERIGO", para indicar substâncias que apresentem alto risco;
b) "CUIDADO", para substâncias que apresentem risco médio; e
c) "ATENÇÃO", para substâncias que apresentem risco leve.

Indicações de Risco - As indicações deverão informar sobre os riscos


relacionados ao manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsível do produto. Exemplos:
"EXTREMAMENTE INFLAMÁVEIS", "NOCIVO SE ABSORVIDO ATRAVÉS DA
PELE", etc.

Medidas Preventivas - Têm por finalidade estabelecer outras medidas a serem


tomadas para evitar lesões ou danos decorrentes dos riscos indicados. Exemplos:
"MANTENHA AFASTADO DO CALOR, FAÍSCAS E CHAMAS ABERTAS" "EVITE
INALAR A POEIRA".

Primeiros Socorros - medidas específicas que podem ser tomadas antes da


chegada do médico.
MCA 67-1/2007 275

11 MATERIAL SSS

11.1 FINALIDADE

Este capítulo tem a finalidade de padronizar os procedimentos referentes à


implantação, requisição, controle, distribuição e dotação dos Equipamentos de Segurança,
Salvamento e Sobrevivência (SSS); propiciando subsídios para o planejamento de novas
obtenções.

11.2 FONTES SUPRIDORAS

11.2.1 DIRMAB (PAMB)

Equipamentos Pirotécnicos e Bélicos:


a) todos os itens de natureza pirotécnica e bélica, componentes dos conjuntos
de sobrevivência, são de responsabilidade do PAMB; e
b) os itens pirotécnicos e bélicos, dotados e não atendidos, deverão ser
solicitados diretamente ao Parque de Material Bélico do Rio de Janeiro
(PAMB), via mensagem coletiva PAMALS/PAMB.

11.2.2 DIRSA

Suprimentos Médicos:
a) todos os itens de natureza médica componentes dos conjuntos de
sobrevivência são de responsabilidade da DIRSA; e
b) os itens médicos, dotados e não atendidos, deverão ser solicitados
diretamente à DIRSA, via mensagem coletiva PAMALS/DIRSA.

11.2.3 DIRINT (SDAB)

Rações Líquidas e Sólidas:


a) as rações líquidas e sólidas, componentes dos conjuntos de sobrevivência,
são adquiridas, distribuídas e controladas pela DIRINT (ICA 145-2,
SUBSISTÊNCIA);
b) todos os itens de natureza alimentar componentes dos conjuntos de
sobrevivência são de responsabilidade da DIRINT (SDAB); e
c) os itens alimentares, dotados e não atendidos, deverão ser solicitados
diretamente à DIRINT (SDAB), via mensagem coletiva PAMALS/SDAB.

11.2.4 DIRMAB (PAMALS)

Outras Classes de Equipamentos SSS:


a) os demais itens SSS serão adquiridos pelo SISMA, e distribuídos e
controlados pelo PAMALS; e
b) todos os conjuntos de sobrevivência fornecidos pelo PAMALS devem estar
completos, conforme especificado em Boletim Técnico. O PAMALS deve
276 MCA 67-1/2007

coordenar, junto às demais fontes supridoras, as ações destinadas a


formação de estoque de equipamentos bélicos, médicos e rações, a fim de
cumprir esta exigência.

11.2.3 PARQUE CENTRAL

11.2.3.1 Fica designado o Parque de Material Aeronáutica de Lagoa Santa (PAMALS) como
o Central do Projeto SSS.

11.2.3.2 O PAMALS deverá participar dos processos de aquisição de novas aeronaves para,
através de uma análise seletiva, propiciar a aquisição do material SSS adequado.

11.2.3.3 O PAMALS, quando houver alteração na tabela de dotação de Equipamentos SSS,


deverá informar à DIRMAB (PAMB), à DIRSA e à DIRINT (SDAB), qual a Unidade Aérea
envolvida e a quantidade a ser fornecida.

11.2.4 REMOTOS DO PROJETO SSS

Os Remotos do projeto SSS, com as respectivas Unidades utilizadoras,


encontram-se relacionados no Anexo FF.

11.3 DOTAÇÃO ANUAL DE EQUIPAMENTOS SSS

11.3.1 CRITÉRIOS

11.3.1.1 As dotações de pára-quedas, botes, coletes salva-vidas e conjuntos de sobrevivência


serão fixadas em função dos seguintes parâmetros:
a) encargos da Unidade;
b) adequação dos tipos de equipamentos às características técnicas das
aeronaves;
c) correlação entre as quantidades necessárias e a capacidade de cada tipo de
aeronave (tabela inclusa no MMA 64-2 – Sobrevivência na Terra e no Ar -
do DECEA); e
d) material destinado ao giro conseqüente das inspeções mandatórias e
respectivos fatores de revisão geral.

11.3.1.2 As Unidades subordinadas às I, II, III e V FAE deverão enviar suas propostas de
ajuste de dotação, através daqueles órgãos, visando a padronização de equipamentos, sem
prejuízo dos prazos estabelecidos neste manual.

11.3.1.3 A quantidade de equipamentos de uso individual e/ou sujeitos a ajustes (traje anti-G,
máscaras de oxigênio, abafadores de som, capacetes, etc.) dotada para cada Unidade será
definida em função do envolvimento de cada aeronavegante com a atividade aérea diária.

11.3.1.4 A dotação de equipamentos de uso coletivo (lanterna de sinalização, raquete de


sinalização, etc.) será diretamente proporcional ao número de elementos das equipes de pista.

11.3.1.5 A dotação de todos os Equipamentos SSS limitar-se-á às necessidades operacionais


de cada Unidade.
MCA 67-1/2007 277

11.3.2 ELABORAÇÃO DA TABELA

11.3.2.1 As Unidades utilizadoras encaminharão diretamente ao Parque Central (PAMALS),


exceto as previstas no item 11.3.1.2, que deverão enviá-las, através das respectivas FAE, uma
proposta de ajuste de dotação de Equipamentos SSS sempre que a dotação de um determinado
item não atenda ou exceda às necessidades operacionais da Unidade, ou que haja previsão
oficializada de que nos próximos dois anos isto venha a ocorrer. A proposta deverá ser
formalizada em formulário apropriado, conforme modelo do Anexo GG, onde somente
deverão ser informados os itens da dotação que se deve ajustar. As propostas enviadas após o
dia 15 de julho só constarão do planejamento do ano seguinte.

11.3.2.2 Da proposta de ajuste de dotação deverá constar, quando aplicável, a quantidade total
de aeronaves dotadas/sediadas em cada Unidade e a quantidade por tipo de equipamentos do
Projeto SSS utilizada em cada uma.

11.3.2.3 O Parque Central (PAMALS) fará o ajuste dos quantitativos, tomando por base a
tabela de dotação de aeronavegantes constante do programa de trabalho anual do EMAER, a
proposta de ajuste da Unidade e os critérios estabelecidos no item 11.3.1.

11.3.2.4 Uma vez definidos os quantitativos por Unidade utilizadora, o Parque Central
(PAMALS) elaborará a Tabela de Dotação Anual de Equipamentos SSS e a encaminhará à
DIRMAB/AESU, juntamente com uma planilha de custos totais e por equipamento (Anexo
HH), para análise e posterior envio ao COMGAP, visando a sua aprovação através de
Portaria.

11.3.2.5 Após a aprovação pelo COMGAP, a DIRMAB encaminhará a Tabela de Dotação,


juntamente com a Portaria de aprovação, à DIRINT, DIRSA, PAMALS e PAMB.

11.3.2.6 O PAMALS encaminhará aos Operadores as Tabelas de Dotação referentes a cada


Unidade utilizadora neles sediadas, à exceção daqueles previstos no item 11.3.1.2, que as
receberão por meio de suas respectivas FAE.

11.3.2.7 Após aprovada a Tabela de Dotação pelo COMGAP, as Unidades utilizadoras


deverão encaminhar seus pedidos de equipamentos pirotécnicos, bélicos, suprimentos
médicos e rações líquidas ou sólidas diretamente às fontes supridoras previstas no item 11.2,
para atendimento.

11.4 PROJETO SSS

11.4.1 NORMAS

11.4.1.1 Os Equipamentos SSS de responsabilidade do SISMA, serão controlados pelo


Projeto SSS, através do SILOMS.

11.4.1.2 Os Equipamentos SSS serão objeto de acompanhamento especial nos níveis Parque
Central e Operadores, posto que a durabilidade desses materiais depende, basicamente, da
utilização, manutenção e estocagem adequadas.

11.4.2 IMPLANTAÇÃO

11.4.2.1 A implantação de novos itens SSS é da responsabilidade do PAMALS.


278 MCA 67-1/2007

11.4.2.2 As origens de aquisição seguirão, em princípio, a seguinte prioridade: CELOG, FMS


e CABW.

11.4.2.3 As implantações de itens novos no Projeto SSS deverão ser aprovadas pelo EMAER,
que analisará as Necessidades Operacionais (NOP) expedidas pelos Operadores através de
suas cadeias de Comando.

11.4.3 REQUISIÇÃO

11.4.3.1 Toda solicitação de material deverá ser encaminhada ao Parque Central através de
documento circunstanciado. Quando o material não estiver previsto, ou exceder a Tabela de
Dotação e a Tabela de Itens com Tempo de Vida daquela Unidade, a sua solicitação deverá
ser acompanhada do maior número de dados possíveis para uma correta identificação.

11.4.3.2 Todas as solicitações de componentes de conjuntos de sobrevivência deverão ser


acompanhadas de justificativa.

11.4.3.3 O Parque Central analisará as solicitações mencionadas nos itens 11.4.3.1 e 11.4.3.2
e modificará a Tabela de Dotação, quando couber.

11.4.4 RECEBIMENTO NO REMOTO

11.4.4.1 Os Remotos, ao receberem do Parque Central qualquer material carga, deverão


providenciar de imediato a sua inclusão na carga geral da Organização Militar, de acordo com
a legislação em vigor.

11.4.4.2 As Unidades utilizadoras deverão fazer constar no campo ‘Observações’ do


formulário de Inventário Anual e do Formulário Mestre de Itens Controlados, todos os
recebimentos de Equipamentos SSS ocorridos no semestre anterior da elaboração do
inventário. O lançamento deverá ser elaborado por PN, especificando a quantidade recebida
de cada item, relacionando o número dos documentos relativos à movimentação, à data do
recebimento pelo Remoto e à data do vencimento dos itens com tempo de vida. Os
equipamentos recebidos por intermédio de doações ou adquiridos por meios próprios, deverão
ser incluídos no estoque do Remoto, procedendo de acordo com o item 11.4.2 quando o P/N
ainda não estiver implantado no Projeto SSS.

11.4.4.3 Após o envio do Inventário Anual ao Parque Central, as anotações de recebimentos


deverão constar no campo `Observações´ do formulário de ajuste, conforme procedimentos do
item 11.4.4.2.

11.4.5 TRANSFERÊNCIA DE MATERIAL

11.4.5.1 Os Remotos deverão atender, imediatamente, às solicitações de transferência e/ou


recolhimento de qualquer material, orientadas pelo Parque Central.

11.4.5.2 Não serão permitidas transferências e recolhimentos de itens SSS de uma Unidade
utilizadora para outra ou de um Remoto para outro sem a autorização ou determinação do
Parque Central.
MCA 67-1/2007 279

11.4.5.3 Nas transferências ou recolhimentos de aeronaves, os itens SSS instalados que as


compõem, ou que façam parte de sua configuração, deverão acompanhá-las, salvo exceções
previstas nas Diretivas Técnicas pertinentes.

11.4.5.4 As Unidades utilizadoras deverão fazer constar no campo `Observações´ do


Inventário Anual, todas as transferências de equipamentos SSS ocorridas no semestre anterior
à elaboração do inventário, por PN, especificando a quantidade transferida e/ou recolhida de
cada item. Deverá ser relacionado o número dos documentos relativos à referida
movimentação.

11.4.5.5 Após o envio do inventário anual ao Parque Central, as anotações de transferências


deverão constar no campo 'Observações' do formulário de ajuste, conforme procedimentos do
item 11.4.5.4.

11.4.5.6 Os equipamentos infláveis deverão ser movimentados em embalagem apropriada. Os


cilindros deverão ser embalados separadamente, acompanhando os infláveis aos quais
pertencem.

11.4.5.7 Os conjuntos de sobrevivência, quando da sua movimentação, deverão estar


acompanhados de todos os equipamentos pirotécnicos, rações e suprimentos médicos
completos. Os órgãos provedores (DIRMAB/DIRSA/DIRINT) deverão ser informados para
fim de planejamento, reposição de material e/ou ajustes de dotação.

11.4.5.8 A movimentação de material bélico deverá ser realizada em conformidade com as


normas que regulamentam este tipo de material, salvo exceções previstas nas Diretivas
Técnicas pertinentes.

11.5 CONSIDERAÇÕES GERAIS

11.5.1 EXTRAVIO E DESCARGA DE MATERIAL

11.5.1.1 No caso de ocorrer extravio ou furto de material SSS, a Unidade detentora deverá
providenciar a abertura de sindicância, conforme a legislação em vigor, para apurar as causas.
O termo de exame de causa deverá ser remetido ao PAMALS, que, só então, efetuará a
reposição do equipamento. O material da categoria Permanente, enquadrado neste caso,
deverá ser descarregado conforme legislação em vigor.

11.5.1.2 Caso o material esteja disponível, porém sem aplicação na Unidade, seja considerado
imprestável antes de completar seu tempo mínimo de duração ou estiver avariado e sem
possibilidade de recuperação a nível Orgânico ou Base, a Unidade Utilizadora providenciará o
seu recolhimento ao Parque Central para recuperação e/ou descarga de acordo com o RADA
(Regulamento de Administração da Aeronáutica) e capítulo específico deste manual, sendo
observado o previsto no item 11.5.4.

11.5.1.3 Após efetuar o recolhimento ou transferência de qualquer material carga, o Remoto


deverá providenciar, de imediato, sua a descarga, encaminhando cópia do processo ao
PAMALS.

11.5.2 INSPEÇÕES PERIÓDICAS/CONTROLE

11.5.2.1 Os conjuntos de sobrevivência deverão ser lacrados, estocados e inspecionados


semestralmente, observando-se sempre as datas de vencimentos de seus itens componentes.
280 MCA 67-1/2007

11.5.2.2 Os equipamentos cujas inspeções não sejam previstas em Publicações Técnicas


específicas deverão ser inspecionados semestralmente.

11.5.2.3 O material distribuído individualmente e os Equipamentos SSS que não permaneçam


sob custódia das seções de equipamento de vôo deverão ser controlados, trimestralmente, por
cautelas renováveis.

11.5.2.4 Os conjuntos e equipamentos fornecidos às tripulações deverão ser inspecionados e


conferidos imediatamente após o cumprimento da missão, conforme as publicações técnicas
aplicáveis. Compete à Unidade Utilizadora designar o responsável pela guarda e conservação
desses itens, quando em uso. Tal procedimento se aplica, inclusive, às equipes de pista.

11.5.3 NACIONALIZAÇÃO

11.5.3.1 Em princípio, os Equipamentos SSS serão nacionalizados por intermédio do Parque


Central.

11.5.3.2 A nacionalização dos itens SSS obedecerá a sistemática preconizada no MMA 67-3 -
Manual de Nacionalização.

11.5.4 RECOLHIMENTO DE MATERIAIS INSERVÍVEIS

11.5.4.1 Apenas os Equipamentos SSS das categorias Permanente, Reparável, Trabalhável,


Montado, Dependente e Recuperável com Similar Nacional estarão sujeitos a recolhimento
para o PAMALS, caso sejam julgados em mau estado, sem possibilidade de recuperação a
nível Orgânico ou Base. Os itens das categorias Consumo, Consumo com Similar Nacional e
Perecível deverão ser destruídos na própria Unidade, que enviará ao PAMALS o Termo de
Incineração, conforme Anexo NN, ressaltando os casos previstos em legislação específica.
Fica expressamente proibido o uso do Termo de Incineração para acerto de estoque decorrente
de extravio ou desvio de material.

11.5.4.2 O PAMALS poderá autorizar, mediante solicitação da Unidade, a permanência do


material com tempo de vida expirado para fins de instrução, observando o disposto contido no
item 11.5.5.4 deste manual.

11.5.4.3 O material destinado à alienação, passível de ser vendido, sem prejuízo à vida,
deverá estar descaracterizado e tarjado para resguardar o Comando da Aeronáutica quanto à
isenção de toda e qualquer responsabilidade por danos materiais ou pessoais decorrentes da
venda a eventuais compradores.

11.5.4.4 Caberá ao Parque Central analisar, selecionar os componentes reaproveitáveis e


iniciar o processo de alienação para material inservível, de acordo com os procedimentos
específicos deste manual.

11.5.4.5 Os velames dos pára-quedas recolhidos ao PAMALS deverão ser estocados em


quantidade suficiente para atender a recuperação e fabricação dos pára-quedas de carga e de
ornamentação.

11.5.5 MATERIAL DE INSTRUÇÃO

11.5.5.1 O Parque Central deverá manter um estoque específico de material destinado à


instrução.
MCA 67-1/2007 281

11.5.5.2 O material existente no Parque Central, destinado à instrução, será cedido por
empréstimo aos interessados e por período determinado, cabendo às Unidades utilizadoras os
cuidados necessários quanto ao manuseio do equipamento e embalagem do material.

11.5.5.3 A solicitação de empréstimo de material destinado à instrução deverá ser realizada


com antecedência mínima de 60 dias da data em que a Unidade deseje recebê-lo, a fim de que
o Parque Central possa gerenciar adequadamente o seu empréstimo.

11.5.5.4 Os infláveis condenados em ordem de serviço, porém com possibilidade de


recuperação para fins de instrução teórica, deverão ser tarjados com a inscrição
INSTRUÇÃO, após a execução dos serviços.

11.5.5.5 Não é permitida a utilização dos botes de instrução com ocupantes. Para as instruções
em que seja necessária a presença destes, simulando uma situação real, deverão ser utilizados
botes que não estejam condenados, obedecendo ao previsto no item 11.5.5.2.

11.5.6 RELATÓRIO DE DEFICIÊNCIA

Os Relatórios de Deficiência (RD) referentes aos equipamentos SSS


obedecerão à sistemática preconizada na IMA 66-2 - Relatório de Deficiência.

11.5.7 INVENTÁRIO ANUAL E FORMULÁRIO DE AJUSTE

O Inventário Anual obedecerá a seguinte rotina:


a) será obrigatório para todos os Remotos/Unidades utilizadoras;
b) abrangerá todo o acervo de material SSS existente nas Organizações;
c) será realizado no período de 1º de outubro a 31 de dezembro de cada ano; e
d) após inventário realizado, o formulário de inventário anual 7530 DIRMAB
67-191B (Anexo II) será remetido ao PAMALS, até o quinto dia útil do mês
de janeiro.

11.5.7.2 Além do inventário anual haverá uma verificação, no primeiro semestre do ano, da
situação dos equipamentos SSS, cujos resultados serão lançados no formulário de ajuste 7530
DIRMAB 67-191C (Anexo JJ).

11.5.7.3 O Formulário de Ajuste será enviado ao PAMALS até o quinto dia útil do mês de
julho, caso ocorra modificações na quantidade existente em relação ao semestre anterior. Se
todas as quantidades existentes permanecerem inalteradas, o formulário de ajuste será
substituído por uma mensagem telex ou fax, informando que não houve movimentação de
Equipamentos SSS no semestre anterior”.

11.5.7.4 Os Operadores deverão considerar incluídos nos respectivos controles os materiais


recebidos dos Remotos, inclusive os itens armazenados em seu Suprimento.

11.5.8 INCLUSÃO EM CARGA

Apenas o material da categoria Permanente deverá ser incluído em carga, logo


após o seu recebimento.
282 MCA 67-1/2007

11.5.9 MODELO DAS FICHAS

11.5.9.1 Todos os formulários descritos neste item 11.5.9 poderão ser confeccionados pela
própria Unidade, utilizando-se aplicativos disponíveis para computadores e desde que
mantenham a mesma formatação dos Anexos deste manual.

11.5.9.2 A Proposta de Ajuste de Dotação de Equipamentos SSS n.º 7530 DIRMAB 67-190A
será impressa no formato 29,7 cm de altura por 21 cm de largura, em papel de 18 kg, na cor
branca (Anexo GG).

11.5.9.3 O Formulário de Inventário Anual de Equipamentos SSS n.º 7530 DIRMAB


67-191B será impresso no formato 29,7 cm de altura por 21 cm de largura, em papel de 18 kg,
na cor branca (Anexo II).

11.5.9.4 O Formulário de Ajuste de equipamentos SSS n.º 7530 DIRMAB 67-191C será
impresso no formato 29,7 cm de altura por 21 cm de largura, em papel de 18 kg, na cor branca
(Anexo JJ).

11.5.9.5 A ficha individual de controle de equipamentos especiais de vôo n.º 7530 DIRMAB
67-155 será impressa, preferencialmente, em cartolina de 50 kg, no formato 14 cm de altura
por 22 cm de largura na cor branca (Anexo LL).

11.5.9.6 A ficha de controle de inspeções de Equipamentos SSS n.º 7530 DIRMAB 67-207
será impressa, preferencialmente, em cartolina de 50 kg, no formato 08 cm de altura por 18
cm de largura na cor branca (Anexo MM).

11.5.9.7 O Termo de Incineração de Equipamentos SSS será confeccionado em papel A-4,


utilizando-se aplicativos informatizados, de acordo com os recursos da Unidade (Anexo NN).

11.5.10 PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS

11.5.10.1 A ficha n.º 7530 DIRMAB 67-190 - Proposta de Ajuste de Dotação de


Equipamentos SSS - (Anexo GG) deverá ser preenchida conforme instruções abaixo:
a) coluna 1 (item) - numerar conforme a quantidade de itens lançados;
b) coluna 2 (nomenclatura) - lançar a nomenclatura de acordo com a
padronização do Parque Central (PAMALS);
c) coluna 3 (quantidade existente) - quantidade existente do equipamento,
mesmo se incompleto ou sem condições de uso;
d) coluna 4 (dotação) - quantidade de equipamento julgada necessária pela
Unidade; e
e) coluna 5 (tamanho) - preencher apenas os campos onde os equipamentos
disponíveis possuam tamanhos diferentes.
OBS.: A ficha deverá ser preenchida e enviada juntamente com a Proposta de Ajuste de
Dotação em folha anexa as seguintes informações:
a) número de aeronaves do acervo da Unidade, lançadas por tipo e com o
número de tripulantes de cada uma;
b) quantidade de aeronavegantes da unidade;
MCA 67-1/2007 283

c) quantidade de aeronavegantes do QP externo;


d) quantidade de oficiais e graduados componentes das equipes de busca e
salvamento, citando o número total de componentes e, separadamente, as
quantidades de pessoal envolvido em atividades de mergulho, salto,
escalada e outras que exijam o uso de equipamentos especiais; e
e) quantidade de militares componentes das equipes de pista.

11.5.10.2 A ficha 7530 DIRMAB 67-191B - Inventário Anual de Equipamentos SSS


(Anexo II) deverá ser preenchida conforme instrução abaixo:
a) coluna 1 (item) - numerar de acordo com o necessário;
b) coluna 2 (nomenclatura) - lançar a nomenclatura de acordo com a
padronização do Parque Central (PAMALS);

OBS. 1: Não preencher com vestimentas especiais de vôo (macacão, casaco e luvas de vôo),
nem com itens de reposição (protetor de viseira de capacete, cabo de comando de pára-
quedas, cilindro de CO2, etc.), materiais de consumo ou componentes de Kits de
Sobrevivência, salvo determinação em contrário do Parque Central.
OBS. 2: As ferramentas especiais e aparelhos de teste usados para a manutenção dos diversos
Equipamentos SSS deverão ser lançados por último no Inventário Anual, após os demais
equipamentos.
c) coluna 3 (PN) – indicar o PN do equipamento (não deixar em branco);
d) coluna 4 (existente) – registrar a quantidade existente do equipamento,
mesmo se incompleto ou sem condições de uso; e

e) coluna 5 (observações) – descrever todas as alterações ocorridas no semestre


anterior ao da confecção do Inventário Anual, com os números dos
documentos e as quantidades recebidas e/ou recolhidas.

OBS.: A Unidade utilizadora poderá utilizar folhas anexas para complementar o inventário,
lançando as observações que julgar necessárias, para melhor esclarecimento.

11.5.10.3 A ficha 7530 DIRMAB 67-191C - Formulário de Ajuste de Equipamentos SSS -


(Anexo JJ) deverá ser preenchido conforme instrução abaixo:
a) coluna 1 (item) - numerar de acordo com o necessário;
b) coluna 2 (nomenclatura) - lançar a nomenclatura de acordo com a
padronização do Parque Central (PAMALS);
c) coluna 3 (PN) – indicar o PN do equipamento (não deixar em branco);
d) coluna 4 (existente) – registrar a quantidade existente do equipamento,
mesmo se incompleto ou sem condições de uso; e
e) coluna 5 (observações) – descrever todas as alterações ocorridas no semestre
anterior, com os números dos documentos e as quantidades recebidas e/ou
recolhidas.

11.5.10.4 A ficha 7530 DIRMAB 67-155 - Ficha Individual de Controle de Equipamentos


Especiais de Vôo - (Anexo LL) deverá ser preenchida conforme instruções abaixo:
284 MCA 67-1/2007

a) campo 1 (Espécie do equipamento) - indicar a que equipamento se refere a


ficha (traje anti - G, bote, colete salva-vidas, pára-quedas, capacete, etc.);
b) campo 2 (Especificação) - indicar a especificação existente na etiqueta do
próprio equipamento. Quando não houver etiqueta ou marca no próprio
equipamento, retirar informações do documento de entrega;
c) campo 3 (Número de estoque) – registrar o número de estoque existente na
etiqueta do equipamento. Quando o equipamento não possuir etiqueta,
procurar identificá-lo pelas listas de estoque ou obedecer o indicado no
documento de entrega;
d) campo 4 (Tamanho ou capacidade) - indicar o tamanho ou capacidade;
e) campo 5 (Fabricante) – lançar todas as modificações nas quantidades
existentes ocorridas no semestre anterior, com os números dos documentos
e as quantidades recebidas e recolhidas;
f) campo 6 (Data de Fabricação e Fornecimento) - preencher com três letras e
quatro algarismos o mês e o ano de fabricação do equipamento (ex.: NOV
1998, DEZ 1999);
g) campo 7 (procedência) - informar se o equipamento foi recebido através da
Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico ou transferido de outra Unidade
utilizadora, indicando nesse caso, o número do documento da Diretoria de
Material Aeronáutico e Bélico ou OM de origem (Boletim Externo, etc.);
h) campo 8 (Preço Unitário) - colocar o preço registrado em qualquer dos
documentos referidos no campo 9;
i) campo 9 (Número de Documento de Distribuição, Entrega, Carga e
Descarga) - indicar o número do documento de remessa, guia de
recebimento, número e data do Boletim Interno que publicou a carga,
transferência ou descarga;
j) campo 10 (Movimentação) - localização do equipamento, a saber: na seção
de equipamento de vôo, em uso por .......... (declarar o nome da pessoa que
está utilizando o equipamento e a data entrega); transferido para ..........
(indicar o local para onde foi transferido, número e data da guia de
movimentação de material); recolhido (indicar o número da guia de
movimentação de material); descarregado (indicar o número do termo de
exame de material, o número e a data do Boletim Interno que publicou a
descarga) e indicar quaisquer outras informações que beneficiem o serviço
de controle; e
k) campo 11 (Manutenção e alterações) – descrever o estado do equipamento
(BOM ou MAU), a data de cada inspeção e qualquer serviço de recuperação
executado ou se a peça foi substituída por outra.

11.5.10.5 A ficha 7530 DIRMAB 67-207 - Controle de Inspeção de Equipamentos SSS -


(Anexo MM) deverá ser preenchida conforme instruções abaixo:
a) campo Nome - preencher com o nome do Equipamento SSS, conforme
implantação no Sistema Automatizado de Controle de Estoque;
b) campo P/N – indicar o número da peça do Equipamento SSS, conforme
implantação do Sistema Automatizado de Controle de Estoque;
MCA 67-1/2007 285

c) campo Número de Série – indicar o número de série do Equipamento SSS;


d) campo Data de Fabricação – informar o dia, o mês e ano de fabricação do
Equipamento SSS. Caso o dia de fabricação seja desconhecido, podem ser
lançados apenas o mês e o ano;
e) campo Data de Inspeção – indicar dia, mês e ano da próxima inspeção que
será realizada no Equipamento SSS;
f) campo Assinatura - assinatura do responsável pela inspeção do
Equipamento SSS; e
g) campo Observações - espaço destinado às observações julgadas necessárias.

11.5.10.6 O Termo de Incineração de Equipamentos SSS - (Anexo NN) deverá ser preenchido
conforme instruções abaixo:
a) campo Nome da Unidade – registrar o nome da Unidade detentora dos
equipamentos incinerados;
b) campo Nome – indicar o nome do Equipamento SSS, conforme implantação
no Sistema Automatizado de Controle de Estoque;
c) campo P/N – indicar o número da peça do Equipamento SSS, conforme
Sistema Automatizado de Controle de Estoque;
d) campo Quantidade – preencher com a quantidade incinerada do item em
questão;
e) campo Local e data – registrar o nome da localidade de sede da Unidade e a
data do preenchimento do termo;
f) campo Assinatura – assinatura do Comandante da Unidade detentora dos
equipamentos incinerados; e
g) campo Nome e posto – nome completo e o posto do Comandante da
Unidade detentora dos equipamentos incinerados.

11.5.11 Os procedimentos relativos aos conjuntos de sobrevivência e itens com controle por
tempo de vida serão definidos pelo PAMALS, em publicações específicas.

11.5.12 Os Equipamentos SSS fornecidos às Unidades não sediadas em Remotos e onde não
seja possível ativá-los serão movimentados através do Remoto mais próximo, ou por outro, a
critério do Parque Central.
286 MCA 67-1/2007

12 SISTEMA DE CONTROLE, RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL


AERONÁUTICO

12.1 FINALIDADE

Este capítulo tem a finalidade de estabelecer critérios e procedimentos para o


controle do recebimento e distribuição de material, em todas as suas etapas, visando a
diminuição do tempo gasto na movimentação dos itens de suprimento, bem como o
atendimento ideal às Unidades Aéreas e PAMA, melhorando a disponibilidade e reduzindo o
giro de material reparável, com conseqüente queda dos custos.

12.2 ESTRUTURAÇÃO

12.2.1 ATIVIDADE DE RECEBIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL


AERONÁUTICO

A atividade foi organizada basicamente em três níveis de responsabilidade e


estruturada de tal maneira que os diversos procedimentos e rotinas entre os órgãos envolvidos
sejam executados de forma padronizada. Estes níveis são: Direção, Execução e Controle.

12.2.1.1 Nível Direção

No nível Direção esta atividade é supervisionada, normatizada e fiscalizada


pela Subdiretoria de Aeronaves da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico.

12.2.1.2 Nível Execução

No nível Execução esta atividade é desempenhada principalmente pelas


Unidades Apoiadas e Apoiadoras, ou seja: PAMA, CAB, CELOG e ESM.

12.2.1.3 Nível Controle

No nível Controle esta atividade é desempenhada pelo Depósito de


Aeronáutica do Rio de Janeiro - DARJ.

12.3 ATRIBUIÇÕES

As atribuições e as ações de recebimento e distribuição de material aeronáutico


estabelecidas neste capítulo, além das já previstas na legislação em vigor, são as seguintes:

12.3.1 SUBDIRETORIA DE AEONAVES DA DIRMAB – SDAE

12.3.1.1 Providenciar a elaboração, atualização e modificação de normas, manuais e


instruções de procedimento e de novos processos e projetos, destinados à racionalização e
otimização das atividades de recebimento e distribuição de material aeronáutico.

12.3.1.2 Planejar em conjunto com a Subdiretoria de Administração a alocação de recursos na


ND 39 para fazer face às despesas com a contratação de empresas comerciais.
MCA 67-1/2007 287

12.3.1.3 Controlar a aplicação dos recursos financeiros alocados para a distribuição logística
do material aeronáutico.

12.3.2 COMISSÃO AERONÁUTICA BRASILEIRA NO EXTERIOR

12.3.2.1 Providenciar, quando da falta do transporte logístico provido pela FAB, a remessa
imediata do material aeronáutico ao Brasil, através da contratação de empresas comerciais,
aéreas ou marítimas.

12.3.2.2 Remeter ao DARJ, com antecedência, o conhecimento de embarque - AWB/BL, as


cópias das faturas/“INVOICES” e o manifesto de carga de todo o material remetido, antes do
embarque dos mesmos.

12.3.2.3 Embalar e acondicionar, adequadamente, o material, consolidando o máximo


possível os volumes, dentro das especificações exigidas pelo transportador.

12.3.2.4 Assinalar no manifesto de carga quais os itens prioritários ou em emergência, a fim


de que o DARJ possa remetê-los ao destinatário com a urgência necessária.

12.3.2.5 Informar ao DARJ, com antecedência, quais os itens de revisão ou recuperação que
estão retornando ao Brasil, a fim de ser encerrado o processo de exportação temporária, junto
à Receita Federal.

12.3.2.6 Zelar para que as remessas, do exterior, em vôos comerciais ou empresas marítimas,
tenham como destino final o Rio de Janeiro, evitando, desta forma, a retenção do material
pela Receita Federal em aeroportos ou portos intermediários.

12.3.2.7 Autorizar aos PAMA e DARJ a remessa de material ao exterior para reparo, revisão,
troca ou garantia.

12.3.3 DEPÓSITO DE AERONÁUTICA DO RIO DE JANEIRO

12.3.3.1 Material remetido ao Brasil pelas CAB no exterior:


a) iniciar o processo de desembaraço alfandegário dos embarques na chegada
da carga ao Brasil, através da “Declaração de Importação” e outros
procedimentos legais junto à Receita Federal;
b) remover, tão logo seja possível, o material do Terminal de Carga do
Aeroporto ou Porto, providenciando o seu recebimento, nas dependências
do DARJ, através do Sistema de Código de Barras, no SILOMS;
c) separar e remeter, imediatamente, os itens prioritários ou em emergência,
destinando-os às OM requisitantes ou, diretamente às OM utilizadoras
(U.Aer), quando autorizado pelo Parque Central;
d) informar ao destinatário, quando se fizer necessário, face à urgência do
recebimento do material, via Rd ou Fax, dados de remessa do material e
seus detalhes (conhecimento aéreo, vôo, cia, horário, quantidade de
volumes);
e) manter as linhas regulares de distribuição terrestre de material aeronáutico já
existentes;
288 MCA 67-1/2007

f) estabelecer os mecanismos necessários para gerenciar como Centro de


Controle, Recebimento e Distribuição de Material Aeronáutico, visando
estar em condições de, a qualquer momento, detectar a posição do material
que está sendo transportado; e
g) providenciar os recursos necessários para pagamento das despesas oriundas
da contratação de empresas comerciais, junto à Subdiretoria de Aeronaves
da DIRMAB.

12.3.3.2 Material enviado às CAB no exterior:


a) verificar se a embalagem, etiquetas e a documentação dos volumes estão
adequadas;
b) numerar todos os volumes e consolidá-los por destino;
c) providenciar o desembaraço alfandegário do material a ser remetido,
adotando os procedimentos legais junto à Receita Federal, para a exportação
temporária dos itens;
d) proceder à entrega do material às empresas comerciais contratadas, aéreas
ou marítimas;
e) informar às CAB, com antecedência, quais os itens que serão remetidos e
aguardar autorização das CAB para as respectivas remessa;
f) remeter às CAB, antecipadamente, o conhecimento de embarque, cópias dos
“INVOICES” e manifesto de carga;
g) zelar para que as remessas contratadas em empresas comerciais aéreas ou
marítimas tenham como destino final aquele solicitado pelas CAB, evitando
retenção e problemas alfandegários em aeroportos, ou portos intermediários;
h) manter o controle de todos os itens exportados temporariamente, a fim de
encerrar o processo junto à Receita Federal, quando do retorno do material
ao Brasil; e
i) informar às CAB ou aos Subcentros, via Rd ou Fax, a remessa do material e
seus detalhes (conhecimento aéreo ou marítimo, vôo, navio, cia, horário,
quantidade de volumes, nomenclatura e PN).

12.3.4 PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO (PAMA)

É o órgão responsável pelas atividades de recebimento e distribuição de


material aeronáutico para prover os Remotos e COMFIREM apoiados, através dos meios
logísticos da FAB ou empresas comerciais contratadas. Aos PAMA cabem:

12.3.4.1 Material recebido do DARJ:


a) remeter, via FAB ou empresa aérea comercial, com a maior brevidade
possível, o material prioritário ou em emergência, informando à OM de
destino, os detalhes da remessa, como: conhecimento aéreo, vôo, cia,
horário, quantidade de volumes, PN; e
b) providenciar para que as despesas oriundas do transporte aéreo em empresas
comerciais sejam faturadas contra o Depósito de Aeronáutica do Rio de
MCA 67-1/2007 289

Janeiro, C.G.C 00394429/0045-21, Avenida Brasil, 5.176 - Bonsucesso / RJ


- CEP.:20740-361.

12.3.4.2 Material remetido às CAB no exterior, via DARJ:


a) verificar o correto preenchimento do “INVOICE”, cuja primeira via deverá,
obrigatoriamente, seguir com o material para o DARJ, a fim de possibilitar
o desembaraço alfandegário;
b) providenciar a embalagem adequada e correta do material, zelando para que
o conteúdo embalado esteja de acordo com o contido no “INVOICE”;
c) etiquetar a embalagem de acordo com as normas vigentes, colocando
claramente o endereço da remessa;
d) remeter o material ao exterior, via DARJ, ou quando por empresa comercial
ou pela FAB, após autorização da CAB;
e) o transporte de material perigoso (explosivo, tóxico, inflamável, etc.) deverá
obedecer a legislação específica da FAB e atender às normas internacionais
(IATA, ICAO). A OM recolhedora providenciará a documentação exigida
pelas empresas transportadoras (relatório de perigo, descrição técnica do
material, cuidados no manuseio e transporte, providências em caso de
acidente, etc.) e embalagem adequada. Após autorizada a remessa ao
exterior, a OM enviará cópia dos documentos e dos INVOICES ao
DARJ/Divisão de Suprimento. O material deverá permanecer na OM até
que sejam tomadas as primeiras providências de desembaraço alfandegário e
autorizado, pelo DARJ, a sua entrega; e
f) informar ao DARJ, via Rd ou Fax, a remessa de material prioritário ou em
emergência, bem como os detalhes do transporte via FAB ou empresa aérea
comercial (manifesto de carga, guias, invoice, conhecimento aéreo, vôo, cia,
horário, quantidade de volumes, nomenclatura, PN e valor da fatura), exceto
para as OM’s sediadas no Rio de Janeiro, cuja remessa ao exterior seja de
responsabilidade do DARJ.

12.3.5 ESQUADRÃO DE SUPRIMENTO E MANUTENÇÃO (ESM)

É o órgão responsável pela execução das atividades de transporte logístico


necessárias para prover as Unidades Aéreas sediadas em sua área de atuação, através dos
meios logísticos da FAB ou pela contratação de empresas comerciais. Aos Esquadrões cabem:
a) providenciar a retirada nas empresas comerciais ou nos postos CAN, do
material remetido pelo DARJ, PAMA ou respectivo Subcentro;
b) remeter, ao destinatário, todo o material aeronáutico autorizado e informar,
quando se fizer necessário, via RD ou FAX coletivo ao destinatário e
Parque, todos os detalhes da remessa do material (manifesto de carga, guias,
invoice, conhecimento aéreo, vôo, cia, horário, quantidade de volumes,
nomenclatura, PN);
c) o transporte de material perigoso (explosivo, tóxico, inflamável, etc.) deverá
obedecer a legislação específica da FAB e atender às normas internacionais
(IATA, ICAO). A OM recolhedora providenciará a documentação exigida
pelas empresas transportadoras (relatório de perigo, descrição técnica do
290 MCA 67-1/2007

material, cuidados no manuseio e transporte, providências em caso de


acidente, etc.) e embalagem adequada. Após autorizada a remessa ao
exterior, a OM enviará cópia dos documentos e dos INVOICES ao
DARJ/Divisão de Suprimento. O material deverá permanecer na OM até
que sejam tomadas as primeiras providências de desembaraço alfandegário e
autorizado, pelo DARJ, a entrega do material; e
d) providenciar para que as despesas oriundas do transporte aéreo em empresas
comerciais sejam faturadas contra o Depósito de Aeronáutica do Rio de
Janeiro - DARJ, C.G.C_0039429/0045-21, Avenida Brasil, 5.176 -
Bonsucesso / RJ - CEP 20740-361.

12.4 CONSIDERAÇÕES GERAIS QUANTO À DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL

12.4.1 Para as cargas não transportáveis em aeronave comercial e dependendo da urgência,


deverá ser contactado o Centro do Correio Aéreo Nacional (CECAN) para acionamento
imediato da missão. Caso não se configure a urgência, fazer a entrega no Posto CAN para
aguardar o transporte.

12.4.2 A carga entrando no Sistema do Correio Aéreo Nacional (SISCAN) será coordenada
pelo CECAN.

12.4.3 A Base Aérea de Anápolis, por estar em localidade não servida pela aviação comercial
deverá ser apoiada pelo ESM da Base Aérea de Brasília para recebimento ou remessa de
material através desse modal de transporte.
MCA 67-1/2007 291

13 PRODUTOS ESPECIAIS, QUÍMICOS, GASES, TINTAS E SOLVENTES


ESPECÍFICOS APLICADOS EM EQUIPAMENTOS AERONÁUTICOS

13.1 FINALIDADE

Este capítulo tem por finalidade estabelecer as normas e procedimentos para o


planejamento, obtenção, recebimento, controle de qualidade, armazenagem, controle de
estoque e distribuição de produtos especiais, químicos, gases, tintas e solventes específicos
utilizados nos equipamentos aeronáuticos da Força Aérea Brasileira.

13.2 DEFINIÇÕES

13.2.1 OM USUÁRIAS (REMOTOS)

Para efeito deste capítulo, são as Organizações Militares que utilizam os


produtos especiais, químicos, gases, tintas e solventes específicos aqui definidos. Os Remotos
encontram-se relacionados no Anexo CC.

13.2.2 PARQUES GERENCIADORES

Parques de Material Aeronáutico designados pela DIRMAB como órgãos


responsáveis pelo planejamento, obtenção, recebimento, controle de qualidade, armazenagem,
controle de estoque e distribuição dos produtos tratados neste capítulo.

13.3 PUBLICAÇÕES APLICÁVEIS

As publicações a seguir, além deste Manual, orientarão a obtenção, a


contabilidade, o controle e a distribuição dos produtos especiais, químicos, gases, tintas e
solventes.

13.3.1 ICA 55-66: Programa Anual de Atividades Aéreas.

13.3.2 ICA 65-31: Auditoria Técnica.

13.3.3 ICA 66-9: Programa de Controle de Corrosão.

13.3.4 ICA 172-1: Apropriação de Custos.

13.3.5 ICA 172-4: Execução Orçamentária, Financeira e Patrimonial dos Recursos Alocados
às Unidades Gestoras no País.

13.3.6 ICA 173-1: Controle Interno nas Unidades Gestoras.

13.3.7 LEI 8.666: Lei de licitações.

13.3.8 Manual IATA: “The IATA Dangerous Goods Regulations”.

13.3.9 MCA 66-2: Pintura Industrial.

13.3.10 NSCA 65-1: Sistema de Material da Aeronáutica.


292 MCA 67-1/2007

13.3.11 RCA 12-1: Regulamento de Administração da Aeronáutica (RADA).

13.3.12 TCA 67-2: Lista de Produtos Especiais e Químicos.

13.3.13 TO 00-20K-1: “Inspection and Control of USAF Shelf-life Equipment”.

13.3.14 TO 42A-1-1: “Safety, Fire Precautions, and Health Promotor Aspects of Painting and
Paint Removal”.

13.3.15 TO 42A2-1-4: “Storage Control of Organic Coating Materials (Paints and Allied
Materials)”.

13.3.16 TO 42A3-1-2: “General Use of Cements, Sealants, and Coatings”.

13.3.17 TO 42B-1-1: “Quality Control of Fuels and Lubricants”.

13.3.18 TO 42B-1-22: “Quality Control of Compressed and Liquid Breathing Air”.

13.3.19 TO 42B5-1-2: “Gas Cylinders (Storage Type) - Use, Handling, and Maintenance”.

13.3.20 TO 42B6-1-1: “Quality Control of Oxygen Propellant. Liquid Oxygen, Aviator’s


Liquid Breathing. Oxygen, and Aviator’s Gaseous. Breathing Oxygen”.

13.3.21 TO 42C-1-20: “Chemical Cleaning”.

13.4 RESPONSABILIDADES

13.4.1 De acordo com o estabelecido pela NSCA 65-1 (Sistema de Material da Aeronáutica),
a administração do suprimento deverá buscar eficácia através da racionalidade,
compatibilizando os materiais de uso geral, consolidando suas obtenções e otimizando-os em
lotes econômicos.

13.4.2 Para o cumprimento das normas de suprimento ficam atribuídas as seguintes


responsabilidades com relação aos produtos especiais, químicos, tintas, solventes e gases
tratados neste manual:
a) DIRMAB - orientação normativa, coordenação e fiscalização;
b) PAMAAF - planejamento, obtenção, recebimento, controle de qualidade,
armazenagem, controle de estoque e distribuição de Produtos Especiais;
c) PAMAGL - planejamento, obtenção, recebimento, controle de qualidade,
armazenagem, controle de estoque e distribuição de Produtos Químicos e de
Gases;
d) PAMASP - planejamento, obtenção, recebimento, controle de qualidade,
armazenagem, controle de estoque e distribuição de Tintas e Solventes
Específicos;
e) DARJ - recebimento e distribuição, em coordenação com os respectivos
Parques Gerenciadores, dos produtos tratados neste manual, destinados às
OM usuárias e que não podem ser transportados pelo CECAN, consideradas
as restrições constantes do Manual IATA;
MCA 67-1/2007 293

f) CECAN – coordenação do transporte aéreo dos produtos destinados às OM


usuárias, aqueles que não possuem restrições constantes do Manual
IATA; e
g) CELOG – aquisição de Produtos Especiais, que se fazem necessários em
decorrência de suas naturezas, a exemplo: Selante com curto tempo de
limite de vida.

13.5 PROCEDIMENTOS GERAIS

13.5.1 DIRMAB

13.5.1.1 Incluir nas propostas orçamentárias as necessidades de recursos para obtenção de


produtos especiais, químicos, gases, tintas e solventes.

13.5.1.2 Em conformidade com a legislação em vigor, efetuar o repasse de recursos


financeiros aos Parques Gerenciadores, e em determinados casos, para o CELOG, quando este
efetuar procedimentos relativos aos Parques Gerenciadores, com destinação exclusiva,
possibilitando que as obtenções dos produtos sejam feitas em tempo hábil, para o pronto
atendimento das necessidades das OM usuárias.

13.5.1.3 Controlar os saldos dos recursos destinados à obtenção dos produtos tratados neste
manual.

13.5.1.4 Supervisionar e fiscalizar todos os procedimentos estabelecidos neste manual, de


acordo com a IMA 65-31 (Auditoria Técnica).

13.5.1.5 Manter atualizada a TMA 67-2 (Lista de Produtos Especiais), quando informado pelo
Parque Central.

13.5.2 PARQUES GERENCIADORES

13.5.2.1 Realizar o planejamento anual, encaminhando à DIRMAB a previsão de recursos


necessários à aquisição dos produtos tratados neste manual, junto com o seu respectivo PTA.

13.5.2.2 Dentro dos limites dos recursos recebidos, proceder a obtenção dos produtos em
conformidade com as publicações aplicáveis, constantes do item 13.3 deste manual. Quando
existir orientação expressa do fabricante da aeronave/equipamento, sobre a utilização
mandatória de um determinado produto de fabricante exclusivo, ou que desaconselhe o uso
simultâneo de produtos de marcas diferentes, fazer constar no Pedido de Material ou Serviços
(PAM/S) a competente justificava, fundamentada em razões técnicas, citando, inclusive, as
publicações aplicáveis, de modo a instruir possíveis contestações judiciais ao processo
licitatório.

13.5.2.3 Estipular cláusulas contratuais, de modo que os fornecedores se comprometam a


entregar os produtos identificados em conformidade com o pedido, contendo o número do
lote, as datas de fabricação e de validade, composição básica, e acompanhados dos
respectivos boletins técnicos, instruções de armazenagem, de utilização, normas de segurança
e outros dados julgados necessários.
294 MCA 67-1/2007

13.5.2.4 Os produtos de difícil aquisição no Brasil e/ou aqueles cuja falta momentânea possa
provocar situações de comprometimento das atividades da FAB, devem ser adquiridos em
quantidades suficientes para formar estoques estratégicos/reguladores, observando-se sempre
os tempos limites de vida dos produtos a serem adquiridos.

13.5.2.5 Quando o produto exigir exames qualitativos e práticos para seu efetivo recebimento,
proceder às análises conforme previsto no artigo 93 do RCA 12-1 (RADA).

13.5.2.6 Armazenar os produtos em conformidade com o disposto no capítulo sobre


armazenagem, e com as demais publicações aplicáveis, constantes do item 13.3 deste manual,
atentando, também, para as recomendações expressas nas embalagens dos produtos.

13.5.2.7 Exercer efetivo controle de estoque dos produtos sob sua responsabilidade, por meio
de processos mecanizados/informatizados e normas técnicas de administração de material.

13.5.2.8 Proceder a inventários de acordo com o preconizado neste manual e RCA 12-1.

13.5.2.9 Exercer efetivo apoio logístico às OM usuárias, com especial atenção às operações
fora de sede, assistindo-as tecnicamente, quanto à utilização adequada destes produtos. Nos
documentos de transferência, fazer constar o(s) número(s) do(s) lotes do(s) produto(s)
fornecido(s), de forma a possibilitar o controle e identificação.

13.5.2.10 Para os produtos que não tenham constado do planejamento inicial ou que tenham
sido comtemplados em quantidades inferiores às necessidades atuais, analisar as solicitações
feitas pelas OM usuárias, visando à solicitação de reforço de recursos financeiros à DIRMAB,
de forma a possibilitar a aquisição em tempo hábil.

13.5.2.11 Manter efetivo controle de qualidade sobre os produtos adquiridos, principalmente


quanto aos números dos lotes, as datas de fabricação e de validade, aos dados do fabricante e
outros julgados necessários, possibilitando a pronta identificação nas ocorrências de
discrepâncias.

13.5.2.12 Remeter às OM usuárias, quando solicitado, os laudos de análises e boletins


técnicos dos produtos.

13.5.2.13 Normalizar assuntos relacionados à elaboração do planejamento anual, à estocagem,


ao manuseio, ao controle de qualidade, à utilização, às normas de segurança e aos demais
procedimentos julgados necessários.

13.5.2.14 Para possibilitar resoluções imediatas de assuntos pertinentes, manter um cadastro


das OM usuárias, contendo nome, posto/graduação, números de telefone, fax e outros dados
julgados necessários, relativos à composição dos setores e à identificação dos responsáveis
pelo controle destes produtos.

13.5.2.15 Tomando-se por base a TMA 67-2 (Lista de Produtos Especiais), analisar as
solicitações feitas pelas OM usuárias no que diz respeito a novos produtos.

13.5.2.16 Sugerir à DIRMAB a inclusão ou exclusão de itens na TMA 67-2 (Lista de


Produtos Especiais).
MCA 67-1/2007 295

13.5.3 OM USUÁRIAS (REMOTOS)

13.5.3.1 As Subdivisões de Suprimento dos Parques, as Seções de Material das Bases Aéreas
e os setores equivalentes nas demais OM usuárias, deverão designar um setor específico
(geralmente as Seções/Setores de controle de suprimento) para exercer o controle de estoque
dos produtos tratados neste manual.

13.5.3.2 Cabe aos setores de manutenção das OM usuárias zelar pela utilização adequada
destes produtos, única e exclusivamente, em aeronaves e/ou seus equipamentos.

13.5.3.3 Para fins de cadastro, informar ao respectivo Parque Gerenciador o nome,


posto/graduação, números de telefone, fax e outros dados julgados necessários, relativos à
composição do setor e à identificação do responsável pelo controle destes produtos. Em casos
de alterações, tais dados devem ser atualizados junto ao Parque Gerenciador.

13.5.3.4 Adquirir na praça local os produtos necessários aos seus serviços, relacionados ou
não na TMA 67-2 (Lista de Produtos Especiais), aqueles considerados de fácil aquisição no
comércio, de fabricação pouco elaborada, que não exigem padronização ou de seu único e
exclusivo.

13.5.3.5 Informar ao respectivo Parque Gerenciador, quando existir orientação expressa do


fabricante da aeronave/equipamento, sobre a utilização mandatória de um determinado
produto de fabricante exclusivo, ou que desaconselhe o uso simultâneo de produtos de marcas
diferentes. Esta informação deve ser fundamentada em razões técnicas, citando, inclusive, as
publicações aplicáveis.

13.5.3.6 Armazenar os produtos em conformidade com o disposto no capítulo sobre


armazenagem, deste manual, e com as demais publicações aplicáveis, constantes do item 13.3
deste manual, atentando, também, para as recomendações expressas nas embalagens dos
produtos.

13.5.3.7 Exercer efetivo controle de estoque dos produtos, por meio de processos
mecanizados e normas técnicas de administração de material, de forma a atender,
prontamente, às solicitações dos respectivos Parques Gerenciadores.

13.5.3.8 Utilizar o princípio de armazenagem em que os produtos recebidos há mais tempo


devem sempre ser utilizados em primeiro lugar (PEPS).

13.5.3.9 Exercer efetivo controle de qualidade dos produtos, em conformidade com as


publicações aplicáveis constantes do item 13.3 deste manual e com as normas editadas pelo
Parque Gerenciador, realizando as inspeções, exames periódicos qualitativos e práticos
previstos.

13.5.3.10 Após cumpridas todas as disposições previstas, observando-se que determinado(s)


produto(s) não pode(m) ser aplicado(s), informar , imediatamente ao Parque Central as
discrepância encontradas, a fim de obter orientação quanto ao destino a ser dado para o
material, acompanhado de um relatório técnico detalhado, no qual deve(m) ser informada(s)
a(s) discrepância(s) apresentada(s), o número do lote, a(s) data(s) de fabricação e de validade,
dados do fabricante e outros julgados necessários.

13.5.3.11 Manter efetivo controle de qualidade sobre os produtos adquiridos, principalmente


quanto aos números dos lotes, as datas de fabricação e de validade, dados do fabricante e
296 MCA 67-1/2007

outros julgados necessários, possibilitando a pronta identificação nas ocorrências de


discrepâncias.

13.5.3.12 Solicitar aos Parques ou fornecedores, quando necessário, os laudos de análises e


boletins técnicos dos produtos, se julgados necessários.

13.5.3.13 Solicitar ao Parque Gerenciador correspondente, utilizando o meio de comunicação


mais adequado, as quantidades de produtos, que por motivo justificado, não tenham constado
do planejamento inicial ou foram contemplados em quantidade inferior às necessidades atuais.

13.5.3.14 Para a realização de operações fora de sede, solicitar o apoio necessário ao


respectivo Parque Gerenciador, com antecedência mínima de noventa dias do início da
operação, informando todos os dados inerentes: local e período da operação; produtos
necessários; previsões de consumo diário e total; tipos de embalagens adequadas; aeronave(s)
engajada(s) na operação; local(is), data(s), horário(s) para a(s) entrega(s); e responsável(is)
pelo recebimento. Havendo quaisquer alterações nesses dados, o Parque Gerenciador deve ser
informado imediatamente.

13.5.3.15 Para os serviços de manutenção programada, realizados fora de sede, a OM


detentora da aeronave ou equipamento deverá providenciar, junto ao respectivo Parque
Gerenciador, o atendimento dos produtos necessários.
13.5.3.16 Informar qualquer discrepância observada no manuseio e na utilização destes
produtos.

13.5.3.17 Observar as normas de segurança no manuseio de produtos perigosos.

13.5.3.18 Recolher os produtos com estoque excessivo e/ou sem utilização na OM.

13.5.3.19 Proceder aos inventários de acordo com o preconizado neste manual.

13.5.3.20 Sugerir ao respectivo Parque Gerenciador a inclusão ou exclusão de itens da


TMA 67-2, informando sua aplicação detalhada e todos os dados disponíveis que possam
facilitar sua correta identificação e aquisição, em conformidade com a Lei nº 8666/93.

13.5.3.21 Informar, através de meio de comunicação mais adequado, ao Parque Gerenciador,


os produtos que apresentam estoque crítico a fim de que o Parque possa tomar as providências
cabíveis à cada caso específico.

13.6 PRODUTOS ESPECIAIS

13.6.1 CONCEITUAÇÃO

Entende-se por Produtos Especiais as graxas, fluidos, compostos, lubrificantes,


colas, adesivos, selantes e correlatos, que se encontram relacionados nas Ordens Técnicas, nos
Manuais, Catálogos ou Boletins de Serviço de Manutenção das Aeronaves e seus
componentes. São produtos específicos, aprovados normalmente pelas Military Specifications
(MIL), Federal Specifications (FED) e destinam-se à limpeza, lubrificação, preservação,
prevenção e controle da corrosão do Material Aeronáutico.
MCA 67-1/2007 297

13.6.2 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

13.6.2.1 Do CELOG

Realizar as obtenções solicitadas e orientadas pelo PAMAAF de forma


consolidada, otimizando-as, se possível, em lotes econômicos, de acordo com a lei 8.666.

13.6.2.2 Do PAMAAF

13.6.2.2.1 Realizar seu planejamento anual de acordo com as necessidades das OM usuárias,
com os dados constantes do Projeto PESPE, e com o esforço aéreo previsto, fazendo-o constar
de seu Programa Anual de Trabalho, encaminhando à DIRMAB a previsão de recursos
necessários à obtenção dos produtos sob sua responsabilidade.

13.6.2.2.2 controlar todos os produtos especiais, utilizando-se do Projeto PESPE.

13.6.2.2.3 adquirir os produtos de forma consolidada de acordo com a lei 8.666, nas origens
de aquisição definidas pelas Subdivisões de Planejamento, em lotes econômicos, de forma
que seus TLE/TLV não sejam excedidos pelos Tempos de Pedido e Remessa (TPR), de
distribuição e aplicação.

13.6.2.2.4 Controlar o saldo dos recursos recebidos, exclusivamente, para a aquisição dos
produtos especiais.

13.6.2.2.5 proceder à distribuição dos produtos especiais aos Remotos, tomando-se por base o
planejamento inicial e o Projeto PESPE.

13.6.2.2.6 Providenciar para que esse tipo de material seja adquirido e fornecido sob contrato
em datas oportunas aos usuários do SISMA.

13.6.2.3 Das OM Usuárias (Remotos)

Controlar todos os produtos especiais utilizando-se do Projeto PESPE, e


apresentar suas necessidades ao Parque Gerenciador de acordo com o Programa de Trabalho
da Unidade.

13.7 PRODUTOS QUÍMICOS

13.7.1 CONCEITUAÇÃO

Entende-se por Produtos Químicos os compostos, removedores, decapantes,


descarbonizantes, desengraxantes, abrilhantadores, cromatizantes, fosfatizantes, ácidos,
solventes e correlatos, que se encontram relacionados nas Ordens Técnicas, nos Manuais,
Catálogos ou Boletins de Serviço de Manutenção das Aeronaves e seus componentes. São
produtos específicos, aprovados normalmente pelas Military Specifications (MIL), Federal
Specifications (FED) e destinam-se à limpeza, remoção, galvanização, decapagem,
prevenção, controle, tratamento e combate à corrosão do Material Aeronáutico.
298 MCA 67-1/2007

13.7.2 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

13.7.2.1 Do PAMAGL

13.7.2.1.1 Realizar seu planejamento anual de acordo com as necessidades das OM usuárias,
com os dados constantes do Projeto PQUIM e com o esforço aéreo previsto, fazendo-o
constar de seu Programa Anual de Trabalho, encaminhando à DIRMAB a previsão de
recursos necessários à obtenção e à fabricação dos produtos sob sua responsabilidade.

13.7.2.1.2 Controlar todos os produtos químicos utilizando-se do Projeto PQUIM.

13.7.2.1.3 Emitir os PAM/S de modo que as obtenções e fabricações dos produtos sejam
efetuadas de forma consolidada, otimizando-os em lotes econômicos e de acordo com a Lei
8.666/93.

13.7.2.1.4 Controlar o saldo dos recursos recebidos, exclusivamente, para a obtenção e a


fabricação dos produtos químicos.

13.7.2.1.5 Proceder à distribuição dos produtos químicos aos Remotos, tomando-se por base o
planejamento inicial e o Projeto PQUIM.

13.7.2.1.6 Providenciar para que esse tipo de material seja adquirido e fornecido sob contrato
em datas oportunas aos usuários do SISMA.

13.7.2.2 Das OM Usuárias (Remotos)

13.7.2.2.1 Controlar todos os produtos químicos utilizando-se do Projeto PQUIM, e


apresentar suas necessidades ao Parque Gerenciador de acordo com o Programa de Trabalho
da Unidade.

13.7.2.2.2 Enviar, mensalmente, ao Parque Gerenciador as seguintes informações sobre o


estoque de produtos químicos: nome do produto, especificação, unidade de medida,
quantidade em estoque e validade.

13.7.2.2.3 Remeter, com antecedência mínima de 30 dias do vencimento, ao Laboratório


Químico do Parque Gerenciador amostra dos produtos químicos que estejam prestes a vencer
para que sejam revalidados ou não, conforme respectivo laudo técnico.

13.7.2.2.4 Os produtos que não forem revalidados deverão ser descartados pela própria
Unidade usuária, por empresa especializada contratada para este fim, pelo detentor do
material/Gestor de licitações.

13.8 GASES

13.8.1 CONCEITUAÇÃO

São substâncias muito fluidas e em estado de agregação aeriforme,


infinitamente compressíveis, em que as interações moleculares são bastante fracas, a agitação
térmica é permanente e notável, não existindo organização espacial, enchendo qualquer
espaço em que se encerre, e cujo volume é o recipiente que os contêm. São produtos
específicos que se encontram relacionados nas Ordens Técnicas, nos Manuais, Catálogos ou
Boletins de Serviço de Manutenção das Aeronaves e seus componentes.
MCA 67-1/2007 299

Para efeito deste manual, aqui estão abrangidos os gases atmosféricos e/ou
gases puros, as misturas gasosas e/ou gases obtidos por reações químicas.

13.8.2 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

13.8.2.1 Do PAMAGL

13.8.2.1.1 Realizar seu planejamento anual de acordo com as necessidades das OM usuárias e
com o esforço aéreo previsto, fazendo-o constar de seu Programa Anual de Trabalho,
encaminhando à DIRMAB a previsão de recursos necessários à obtenção dos produtos sob
sua responsabilidade.

13.8.2.1.2 Emitir os PAM/S de modo que as obtenções dos produtos sejam efetuadas de forma
consolidada, otimizando-os em lotes econômicos e de acordo com a Lei 8.666.

13.8.2.1.3 Estipular cláusulas contratuais, de modo que os fornecedores se comprometam a


entregar os gases diretamente na OM usuária ou em qualquer outra localidade, de acordo com
as necessidades.

13.8.2.1.4 Controlar o estoque e o consumo de todos os gases nas OM usuárias, utilizando-se


do sistema de controle de estoque, pelo qual o Parque Gerenciador, com base nos dados de
consumo e estoque, administra as necessidades futuras, possibilitando a renovação periódica
do estoque em tempo hábil e evitando a formação de estoques excessivos ou críticos.

13.8.2.1.5 Transferir, periodicamente, o crédito para as OM usuárias, autorizando-as a


solicitar, junto à(s) empresa(s) fornecedora(s), o fornecimento dos gases destinados ao
atendimento de suas necessidades, informando, também, todos os dados de interesse, de modo
a facilitar o atendimento.

13.8.2.1.6 Transferir créditos de gases, entre OM usuárias, sempre que for observada a
existência de créditos excessivos ou críticos.

13.8.2.1.7 Controlar o saldo dos recursos recebidos, exclusivamente, para a obtenção e a


fabricação dos gases.

13.8.2.1.8 Providenciar para que esse tipo de material seja adquirido e fornecido sob contrato
em datas oportunas aos usuários do SISMA.

13.8.2.2 Das OM Usuárias (Remotos)

13.8.2.2.1 Em conformidade com o crédito recebido do PAMAGL e à proporção de suas


necessidades, solicitar ao(s) fornecedor(es) a recarga de cilindros/entrega dos gases.

13.8.2.2.2 Recebidos os gases, remeter ao PAMAGL uma cópia do documento de entrega,


recibado por quem os recebeu.

13.8.2.2.3 Para o fornecimento interno, utilizar a Guia de Movimentação de Material – GMM


ou documento compatível de controle.
300 MCA 67-1/2007

13.8.2.2.4 Controlar o estoque e o consumo de todos os gases, utilizando-se do sistema de


controle de estoque.

13.8.2.2.5 Até o quinto dia útil do mês subseqüente, remeter ao PAMAGL o “Mapa
Demonstrativo do Movimento Físico e do Crédito de Gases”, conforme modelo constante do
Anexo DD.

13.8.2.2.6 Manter em carga a quantidade de cilindros/recipientes suficientes para o


atendimento de suas necessidades, zelando pela sua conservação, em conformidade com as
normas de segurança, e arcando com as despesas inerentes aos testes hidrostáticos, à revisão e
à manutenção dos mesmos.

13.9 TINTAS E SOLVENTES ESPECÍFICOS

13.9.1 CONCEITUAÇÕES

13.9.1.1 Tintas

São substâncias químicas constituídas de corante e aglutinante, ou de colóide,


que têm a propriedade de aderir à superfície sobre a qual é aplicada. São produtos específicos
que atendem às Military Specifications (MIL), Federal Specifications (FED) e que encontram-
se relacionados em Ordens Técnicas, nos Manuais, Catálogos ou Boletins de Serviço de
Manutenção, destinados à pintura de aeronaves e seus equipamentos.

Para efeito deste manual, aqui estão abrangidas as tintas de acabamento bem
como as tintas de fundo (primers).

13.9.1.2 Solventes Específicos

São líquidos destinados à diluição das tintas aqui definidas, as quais, para um
rendimento eficiente, exige seu solvente apropriado.

Os Solventes Específicos, normalmente, encontram-se relacionados nas Ordens


Técnicas, nos Manuais, Catálogos ou Boletins de Serviço de Manutenção das Aeronaves e
seus componentes. São produtos específicos, aprovados normalmente pelas Military
Specifications (MIL), Federal Specifications (FED), as quais são indispensáveis no processo
licitatório para aquisição dos solventes.

Os solventes empregados em um sistema de pintura podem ser de fabricantes


diferentes, devendo, entretanto, ter sua compatibilidade testada, de modo a não influenciar no
tempo de secagem das tintas.

Para efeito deste manual, aqui estão abrangidos, também, os retardadores e os


solventes genéricos (thinners) de segunda qualidade, que são utilizados na limpeza dos
equipamentos de pintura, de modo a gerar economia no consumo dos Solventes Específicos.

13.9.1.3 “Federal Standard” (FSTD)

Trata-se de um grupo de cinco dígitos numéricos, que identificam as cores e


suas tonalidades. São classificados em três categorias, de acordo com o brilho: brilhante,
MCA 67-1/2007 301

semibrilho (ou semifosco) e fosco. As cores brilhantes têm o FSTD iniciado pelo algarismo 1,
as semifoscas pelo algarismo 2, e as foscas pelo algarismo 3.

O segundo dígito designa a cor ou o grupo de cores: 0 - marrom, 1 - vermelho,


2 – laranja, 3 – amarelo, 4 – verde, 5 – azul, 6 – cinza, 7 – miscelânea (inclui as cores preta,
branca e as metálicas), 8 - cores fluorescentes.

Os últimos 3 dígitos indicam a tonalidade dentro de uma determinada cor.

O FEDERAL STANDARD (FSTD) é regulamentado pela norma FED STD


595A e é dado indispensável no processo licitatório para aquisição das tintas.

13.9.2 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

13.9.2.1 Do PAMASP

13.9.2.1.1 Realizar seu planejamento anual de acordo com as necessidades das OM usuárias e
com o esforço aéreo previsto, fazendo-o constar de seu Programa Anual de Trabalho,
encaminhando à DIRMAB a previsão de recursos necessários à obtenção dos produtos sob
sua responsabilidade.

13.9.2.1.2 Emitir os PAM/S de modo que as obtenções dos produtos sejam efetuadas de forma
consolidada, otimizando-os em lotes econômicos e de acordo com a Lei 8.666/93.

13.9.2.1.3 Controlar o estoque e o consumo das tintas e solventes nas OM usuárias,


utilizando-se do sistema de controle de estoque, pelo qual o Parque Gerenciador, com base
nos dados de consumo e estoque, administra as necessidades futuras, possibilitando a
renovação periódica do estoque em tempo hábil e evitando a formação de estoques excessivos
ou críticos.

13.9.2.1.4 Distribuir para as OM usuárias, periodicamente, com base no SILOMS, os produtos


destinados ao atendimento de suas necessidades, com a Guia de Movimentação de Material -
GMM.

13.9.2.1.5 Controlar o saldo dos recursos recebidos, exclusivamente, para a obtenção e a


fabricação das tintas e solventes específicos.

13.9.2.1.6 Tomando-se por base a TMA 67-2 (Lista de Produtos Especiais), analisar
solicitações feitas pelas OM usuárias no que diz respeito a novos produtos.

13.9.2.1.7 Providenciar para que esse tipo de material seja adquirido e fornecido sob contrato
em datas oportunas aos usuários do SISMA.

13.9.2.2 Das OM Usuárias

13.9.2.2.1 Informar, imediatamente, ao PAMASP, via telex ou fac-símile, o recebimento dos


produtos, relatando quaisquer discrepâncias observadas.

13.9.2.2.2 Para o fornecimento interno, utilizar a Guia de Movimentação de Material – GMM,


ou documento compatível de controle.
302 MCA 67-1/2007

13.9.2.2.3 Controlar o estoque e o consumo de todas as tintas e solventes, utilizando-se do


sistema de controle de estoque.

13.9.2.2.4 Até o quinto dia útil do mês subseqüente, remeter ao PAMASP o “Mapa
Demonstrativo do Movimento de Tintas e Solventes Específicos”, conforme modelo constante
do Anexo EE.
MCA 67-1/2007 303

14 DISTRIBUIÇÃO - RECEBIMENTO E EXPEDIÇÃO

Para manter a operacionalidade das aeronaves e equipamentos, em níveis


aceitáveis, não basta obter o material, que foi objeto de um planejamento e solicitado no
tempo oportuno. É necessário, ainda, que ele esteja no momento desejado, à disposição do
usuário e em perfeitas condições de aplicabilidade.

Para isso torna-se indispensável o conhecimento das técnicas de recebimento,


marcação, embalagem, expedição e transporte. Posto que o item, depois de adquirido, está
sujeito a inúmeras operações de movimentação que, se executadas de maneira inadequada,
trarão certamente sérios prejuízos à integridade do material.

14.1 RECEBIMENTO

Concluído o processo de obtenção, surge a necessidade da realização do


recebimento do material adquirido, para que seja colocado à disposição do usuário.

Esse recebimento deverá ser cercado de certos cuidados, observando-se


algumas normas e procedimentos preestabelecidos para garantia da integridade do material
recebido.

É importante observar que o recebimento não se restringe ao trato com o


material adquirido pelo processo de obtenção. Ele abrange toda e qualquer movimentação
realizada, quer seja com item novo, recuperado ou avariado.

Assim sendo, os procedimentos, normas e cuidados enumerados neste capítulo


abrangem todos os processos de recebimento e atendem às normas estabelecidas pelo
Regulamento de Administração da Aeronáutica (RADA).

14.1.1 PROCEDIMENTOS GERAIS

14.1.1.1 O encarregado do recebimento, antes de determinar o local de descarga dos volumes,


verificará se os documentos que os acompanham obedecem às normas e instruções em vigor e
se, de fato, destinam-se àquela Organização.

14.1.1.2 No caso de recebimento de volumes fechados, engradados, caixas, etc., deve-se


conferir o peso e verificar se a embalagem está perfeita. Caso a embalagem apresente avarias,
deverá ser dada prioridade ao recebimento, a fim de definir a responsabilidade e providenciar
as reclamações em tempo hábil.

14.1.1.2.1 Para os casos de material danificado transportado por empresa comercial, o


responsável deverá realizar no momento e no local o seguinte:
a) não movimentar o item até que tenha orientação superior;
b) fotografar as avarias de item e/ou embalagem;
c) confeccionar relatório explicativo do ocorrido,
d) solicitar da empresa a assinatura de Recebimento da Notificação de que o
material não foi recebido em decorrência das avarias;
e) informar ao Órgão Remetente;
304 MCA 67-1/2007

f) descrever no Invoice ou documento similar a discrepância encontrada; e


g) caso necessário, solicitar abertura de sindicância.

14.1.1.3 Quando o material, pela sua natureza, depender de análise de laboratório (tintas,
óleos, graxas, etc.), ou exame de experimentação ou, ainda, de ensaios, etc., será conservado
no respectivo Setor de Recebimento, aguardando o resultado dos referidos exames. Dever-se-
á ressalvar a necessidade de exame ao passar o recibo, se for o caso de material comprado na
praça.

14.1.1.4 O prazo de recebimento do material enquadrado no item anterior, é de no máximo 10


(dez) dias úteis, contados da data da entrega, podendo ser prorrogado por igual período, ou
ainda por mais 10 (dez) dias úteis quando se tratar de material altamente sofisticado, a juízo
do Diretor ou Comandante da Organização.

14.1.1.5 Quando o material, que por sua natureza, não depender dos exames e análises,
tratados no item 14.1.1.3, deverão ser recebidos e aceitos, no prazo máximo de 5 (cinco) dias
úteis contados a partir da data da entrega.

14.1.1.6 Sempre que o material necessitar de preservação ou embalagem, para ser


armazenado, deverá constar em "OBSERVAÇÕES", na respectiva guia, a qual será
encaminhada, juntamente com o material, ao setor de embalagem, antes de ser remetida para o
local de armazenagem.

14.1.1.7 Quando o resultado dos exames ou análises tratados no item 14.1.1.3, forem
desfavoráveis, ou o material tratado em 14.1.1.5 apresentar qualquer tipo de discrepância,
sendo em ambos os casos oriundos das Comissões de Compra (CAB) ou do CELOG, o
recebimento deverá ser interrompido e iniciado um processo formal de reclamação, o qual é
objeto de instrução específica para a área comercial e FMS.

14.1.1.8 Quando o material estiver acompanhado de publicação técnica, esta deverá ser
encaminhada ao Centro de Distribuições e Controle de Publicações (CDCP) da OM para
possibilitar o controle adequado e conseqüentes atualizações.

14.1.2 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

14.1.2.1 Material Permanente

O material entregue deve ser acompanhado de um documento de entrada, em


03 (três) vias (nota de entrada, guia de movimentação de material, relação, nota fiscal, etc.). A
Unidade recebedora tomará providências para suprir qualquer via que faltar no documento de
recebimento.

14.1.2.1.1 Se o material depender de exame qualitativo, sua aceitação e seu recebimento serão
feitos por uma comissão composta de no mínimo três oficiais, constituída pelo gestor de
material, seu provável detentor e de mais um agente que tenha conhecimento especializado do
material, podendo ainda valer-se de exames de laboratório ou outros processos técnicos. Se o
especialista ou técnico opinar pela não aceitação de qualquer material, nenhuma
responsabilidade lhe caberá se este for aceito.
MCA 67-1/2007 305

14.1.2.1.2 A comissão ou o agente encarregado do recebimento e exame do material, terá o


prazo de 10 (dez) dias úteis para apresentar ao Agente de Controle Interno o termo ou a parte
de recebimento. Normalmente, o termo ou a quitação referente ao recebimento do material
será lavrado, concisamente, no respectivo documento de entrada. Na falta desse documento,
ou quando o exigir a conveniência do serviço, será o termo de recebimento, ou a quitação
correspondente, lavrado separadamente, em 03 (três) vias, para terem o conveniente destino.

14.1.2.1.3 Quando o material estiver incompleto ou com defeitos, os agentes encarregados de


sua aceitação e do seu recebimento, farão constar essas irregularidades com precisão, nos
respectivos termos ou nas quitações. Nos casos de falta imputável à parte remetente, a
Unidade Administrativa recebedora, somente fará carga ou relacionará o material
efetivamente recebido, reclamando o que faltar. Os defeitos e avarias encontrados poderão ser
reparados pela Unidade Administrativa, caso esta julgue oportuno e tenha recurso para
executá-lo.

14.1.2.1.4 O material quando considerado em bom estado, será mandado incluir em carga
pelo Agente Diretor. O que apresentar defeitos ficará a disposição da respectiva Organização
Provedora do material, caso o mesmo tenha sido fornecido pelo Estado e a Unidade
Administrativa não disponha de meios para repará-lo.

14.1.2.1.5 O material somente será considerado em carga após a publicação do ato do boletim
interno da Unidade Administrativa. Havendo transferência de material de uma Unidade
Administrativa para outra, a de origem deverá excluí-lo de sua carga logo que receba, da
Unidade Administrativa a que o material se destina, o correspondente documento de entrada
devidamente quitado.

14.1.2.1.6 As três vias do respectivo termo de recebimento ou do documento de entrada,


devidamente quitado, terão o seguinte destino:
a) a primeira, ao Agente de controle interno, para a escrituração de controle;
b) a segunda, ao gestor de Material, para a escrituração de gestão; e
c) a terceira, à Organização provedora ou firma fornecedora, destinada a
comprovar o recebimento do material.

14.1.2.1.7 Os materiais entregues que dependerem de exame para recebimento, serão


considerados aceitos e recebidos, para todos os fins de direito conferido à parte fornecedora,
se o aludido exame não se efetuar dentro de 20 (vinte) dias úteis. Apesar disso o exame terá
de ser feito antes da utilização do material, cabendo aos culpados pelo seu retardamento a
responsabilidade dos prejuízos então verificados e decorrentes do atraso havido.

14.1.2.2 Aeronave

O recebimento será realizado sempre que ocorrerem movimentações de


aeronaves, tais como:
a) transferência ou empréstimo entre Unidades Operadoras;
b) recolhimento de uma Unidade Operadora a um Parque, para execução de
serviço nível Parque;
306 MCA 67-1/2007

c) entrega de aeronave, por um Parque, a uma Unidade Operadora, após a


execução dos serviços nível Parque;
d) recebimento de aeronave pelo Comando da Aeronáutica, através de um
Parque, oriundo de uma Empresa Privada, após a execução de um serviço de
manutenção;
e) recebimento de aeronave pelo Comando da Aeronáutica, através de uma
Comissão de Fiscalização de Recebimento de Material (COMFIREM), do
fabricante da aeronave, no País ou no exterior, ou do governo de um País
estrangeiro, ou de qualquer outra forma recebida para incorporação ao
acervo da FAB; e
f) entrega de aeronave, pela COMFIREM, a um Parque de Material ou a uma
Unidade Operadora.

14.1.2.2.1 Os procedimentos de recebimento a serem seguidos, para todas as situações


apresentadas neste item, são objetos de instruções específicas: OTMA 00-35S-1 (Normas para
o Recebimento de Aeronaves) e IMA 65-1 (Procedimento e Guia de Movimentação de
Aeronaves).

14.1.2.3 Combustíveis e Lubrificantes

14.1.2.3.1 Regras Gerais de Recebimento

Os encarregados e operadores das instalações FAB de combustíveis e


lubrificantes da aviação devem, ao receberem seus produtos de aviação, observar certos
cuidados com relação a sua qualidade, de modo a se evitar que seja dada entrada em estoque
de produtos fora de especificação ou a sua possibilidade de contaminar o estoque existente.

As regras gerais a seguir devem ser observadas para recebimento de qualquer


tipo de produto de aviação:
a) na Nota de Transferência ou Nota Fiscal, deverá constar que o produto foi
carregado livre de água, impurezas, o número da batelada, e registrado,
obrigatoriamente, a densidade do produto a 20º C Gasolina de Aviação
(AVGAS) ou Querosene de Aviação (GAV-1);
b) a quantidade do produto deverá conferir com a indicada na nota de
transferência;
c) todos os lacres deverão estar intactos;
d) as placas indicadoras do tipo de produto deverão estar de acordo com o tipo
de produto constante na Nota de Transferência.
e) o encarregado ou operador da Instalação (ou seu substituto imediato) deverá
estar, obrigatoriamente, presente no ato de recebimento;
f) a operação de descarga (ou recebimento) deverá ser feita somente por
pessoal habilitado e conhecedor das normas (ou regras) de segurança;
g) deverão ser observados sempre, e no mínimo, os tempos de 10 minutos para
carros-tanque e 30 minutos para chatas, para a decantação de combustíveis
de aviação; e
MCA 67-1/2007 307

h) a tomada de descarga do carro-tanque tem que ser a do produto que será


recebido.

14.1.2.3.2 Regras Específicas de Recebimento de Querosene de Aviação (QAV-1) e Gasolina


de Aviação (AVGAS):
a) após estacionar o carro-tanque no lugar apropriado, o produto deverá
repousar por 10 (dez) minutos, no mínimo, antes de processar a drenagem;
b) limpar a válvula por onde se obterá a amostra, a fim de eliminar as
substâncias estranhas que por acaso estejam nelas aderidas;
c) drenar, pelas saídas de descarga, pelo menos 5 (cinco) litros de produto,
para um recipiente apropriado - (pode ser meio - tambor), de modo a se
remover a água livre e/ou sedimentos que possam estar presentes no
compartimento e tubulação do carro-tanque e verificar se essa quantidade de
produto se apresenta contaminada por outros produtos, o que pode ser
observado pelo odor (contaminação por gasolina) ou pela cor (contaminação
por óleos) verificando-se o seguinte:
- caso essa contaminação seja constatada, retirar uma AMOSTRA DE
CIMA, para certificar-se de que a mesma se estende a todo o produto;
- caso todo o produto se apresente contaminado, devolvê-lo e comunicar o
fato ao Órgão Central do Sistema, via Parque de Área; e
- caso a AMOSTRA DE CIMA não apresente contaminação, drenar o
produto até que se elimine a contaminação da parte ou amostra de BAIXO;
d) retirar, em seguida, uma amostra, colocando-a em um vidro rigorosamente
limpo, transparente e de boca larga, com capacidade mínima de 1 litro,
tomando-se ainda o cuidado para que a amostra não se contamine com
poeira ou outros materiais;
e) girar o vidro várias vezes, no mesmo sentido, a fim de formar um
redemoinho no centro do recipiente, pois desse modo, a água livre e as
partículas contaminantes concentrar-se-ão no centro do fundo do vidro,
permitindo melhor inspeção visual;
f) após a operação acima, deixar a amostra em repouso durante alguns
segundos, até que as bolhas de ar existentes no interior da amostra sejam
dissipadas;
g) verificar, visualmente, se a amostra se apresenta límpida e transparente.
Essa inspeção deve ser feita em boas condições de iluminação;
h) verificar a presença de água e/ou sedimentos, ou se o produto apresentar-se
turvo, proceder do seguinte modo:
- deixar o carro-tanque novamente em repouso durante o mesmo tempo
estabelecido na alínea "a" deste item;
- efetuar nova drenagem, como estabelecido na alínea "c" deste item;
- retirar nova amostra, como estabelecido na alínea "a" deste item, usando
outro vidro;
- verificar a amostra quanto a sua limpidez e transparência, repetir regras
das alíneas "e" e "f" deste item;
- se após as verificações de limpidez, de transparência e de teor de água, o
produto apresentar-se turvo ou com mais de 30 PPM de água, retirar uma
AMOSTRA DE TOPO. Se esta também apresentar-se turva ou com mais
308 MCA 67-1/2007

de 30 PPM de água, o carro-tanque não poderá ser descarregado, devendo


o produto ser devolvido à origem e o fato comunicado ao Órgão Central do
Sistema, via Parque de Área. Caso a amostra de topo não se apresente
turva, repetir o constante na alínea "h" deste item, até a obtenção de uma
amostra que não esteja turva;
- se a amostra apresentar-se límpida e transparente e o teor de água for
menor que 30 PPM, o encarregado da Instalação FAB, então, medirá a
densidade de uma amostra colocada em uma proveta. Se esta densidade
estiver dentro da faixa especificada para o combustível, o produto poderá
ser descarregado desde que observada a regra da alínea "i" a seguir;
- ensaio para verificação do teor de água poderá ser feito utilizando-se
"HYDROKIT" ou "CÁPSULAS DETECTORAS".
i) fazer o controle de densidade (correção de densidade a 20º C).

14.1.2.3.3 Regras Específicas de Recebimento de Água Desmineralizada e Mistura de


Metanol/Água:
a) RECEBIMENTO EM TAMBORES - Quando os produtos acima
mencionados forem recebidos em tambores, deverão ser adotados os
seguintes procedimentos:
- AMOSTRAGEM - As amostras devem ser retiradas com tubo de vidro ou
plástico adequado e colocadas em recipientes perfeitamente limpos, os
quais devem ser previamente lavados com os produtos a serem
analisados;
- o número de tambores a ser analisado deverá obedecer a relação a seguir:
NÚMERO DE TAMBORES NÚMERO DE TAMBORES
RECEBIDOS A SEREM ANALISADOS
DE 01 A 03 ....................................... TODOS
DE 04 A 64 ............................................ 4
DE 65 A 125 ........................................... 5
b) RECEBIMENTO DE CARROS-TANQUES - Quando os produtos forem
recebidos em carros-tanques, deverá ser adotado o seguinte procedimento:
- AMOSTRAGEM - As amostras deverão ser retiradas pela tubulação de
descarga do carro-tanque, após a drenagem da mesma. Os recipientes que
receberão as amostras deverão estar perfeitamente limpos e, levados com
um pouco do produto, deverão ser analisados,
- se o carro-tanque for dividido em compartimentos, deverão ser retiradas
amostras separadas, uma para cada compartimento;
c) os procedimentos para o controle da densidade, mencionado na na alínea "i"
do item 14.1.2.3.2, assim como a análise, mencionada na alínea "a" desse
mesmo item, e ainda os procedimentos de segurança para recebimento
desses produtos, são objeto da instrução específica:
IMA 400-2 (Função Logística de Suprimento de Combustíveis e
Lubrificantes de aviação).

14.1.2.4 Material Implantado no Sistema Informatizado

O material implantado, em um ou mais projetos de controle informatizado de


material, é regulado em instruções específicas.
MCA 67-1/2007 309

14.1.2.5 Desembaraço Alfandegário

Todo material procedente do exterior, através das Companhias de Aviação


Comercial ou via Marítima, necessita obrigatoriamente ser liberado pela alfândega, antes de
ser entregue aos Órgãos solicitantes.

Assim, para atender a legislação aduaneira existente, o processo de


recebimento desse material, é regulado por instrução específica denominada, Desembaraço
Alfandegário, constante do capítulo 16 deste manual.

14.2 MARCAÇÃO DE MATERIAL

Uma vez identificado o material, torna-se necessário o estabelecimento de uma


maneira prática de marcá-lo, com as informações que facilitem o seu manuseio,
armazenamento, inventário ou qualquer outra movimentação a que for submetido.

14.2.1 FORMAS DE MARCAÇÃO

14.2.1.1 Etiqueta na Embalagem

A maneira de marcar o material varia de um item para outro. Na maioria dos


casos, a marcação é feita na própria embalagem simples ou intermediária, através da
colocação dos dados numa etiqueta.

14.2.1.2 Etiqueta na Própria Peça

O ideal é que a marcação seja feita em todas as unidades do item. No entanto,


quando tal não for possível, pode ser tomada uma unidade para servir como identificadora do
lote e ela deverá estar sempre em local visível com a etiqueta contendo as informações
pertinentes, tomando-se o cuidado de não danificar os dados originais da embalagem.

14.2.1.3 Códigos de Cores

Quando não há espaço adequado no material ou não é interessante a fixação de


etiquetas (principalmente quando o seu manuseio faz com que etiquetas sejam arrancadas ou
perdidas), são empregados códigos de cores, para fazer a marcação. É o caso de chapas ,
tubos, vergalhões, barras de metal, gases em ampola, etc.

14.2.1.4 Alguns itens já são recebidos marcados pelos próprios fabricantes ou pelo órgão
remetente. Deve-se cuidar para que essa marcação não seja inutilizada. Quando necessário,
deve-se apenas completá-la ou corrigi-la. Qualquer outra marcação existente nas embalagens
e que não se refira ao material de fato nelas contido deve ser eliminada.

14.2.2 SELEÇÃO DE DADOS

14.2.2.1 Dados Básicos

De uma maneira geral, os seguintes dados devem ser marcados no material e


na ordem dada:
a) número de ESTOQUE/PN;
310 MCA 67-1/2007

b) Nomenclatura;
c) Número de Série;
d) Unidade de Fornecimento; e
e) Localização.

14.2.2.2 Dados Complementares

Quando julgado necessário e conveniente, os seguintes dados poderão ser


marcados no material:
a) data de Fabricação (obrigatória para itens com tempo limite de estocagem,
TLE, definido);
b) código Federal do Fabricante;
c) peso e Dimensões;
d) número de estoque / PN do Conjunto Maior em que o item é aplicado;
e) tipo;
f) número do modelo;
g) características técnicas e de operação;
h) quantidade; e
i) preço.

14.2.3 TIPOS DE ETIQUETAS

Para identificar o material e indicar o estado em que ele se encontra, são


utilizadas etiquetas padronizadas e de cores diferentes que podem ser substituídas por
etiquetas auto-adesivas com códigos de barras.

14.2.3.1 Etiqueta de Peça Perfeita (cor verde) 7530 DIRMA 67-85A

É utilizada em material que esteja em perfeitas condições de operação, seja


novo ou recuperado em condições de uso.

14.2.3.2 Etiqueta de Peça Avariada (cor amarela) 7530 DIRMA 67-87A

É utilizada em material que esteja avariado ou vencido, necessitando de


recuperação ou manutenção para que se torne operacional.

14.2.3.3 Etiqueta de Peça Condenada (cor vermelha) 7530 DIRMA-67-88A

É utilizada em material que não é mais susceptível de recuperação e em


conseqüência não mais se tornará operacional.

14.3 EMBALAGEM

A partir do momento em que o homem começou a fabricar e comercializar


seus produtos, sentiu a necessidade de protegê-los durante a armazenagem e quando
movimentados.
MCA 67-1/2007 311

Para isso, desenvolveu ao longo do tempo, técnicas de preservação e


embalagem, as quais evoluem constantemente.

Assim sendo, é importante que se tenha conhecimento delas, das suas


evoluções e em que situações devem ser aplicadas e observadas, para que o consumidor
receba sempre o material em perfeitas condições de uso.

14.3.1 CONCEITUAÇÃO

14.3.1.1 Preservação

Refere-se à aplicação ou uso de medidas protetoras adequadas para evitar a


deterioração. Essas medidas incluem o uso apropriado de preservativos, invólucros, protetores
internos, calços, etc., em contato direto com o material.

14.3.1.2 Embalagem

Itens simples, ou múltiplos, ou um agrupamento de itens que, preservados ou


não, mantidos amarrados, em condições de serem movimentados ou armazenados,
compreendem uma embalagem.

14.3.1.3 Embalagem Intermediária

É um recipiente no qual são colocadas duas ou mais unidades de embalagens


idênticas. É assim denominada porque constitui um passo entre a unidade de embalagem e o
recipiente de embarque. Tem a finalidade de facilitar o manuseio.

14.3.1.4 Empacotamento (ou Acondicionamento)

É a ação de acondicionar o item, já embalado individualmente, em um


recipiente externo, para proteção durante a movimentação, contra os "perigos mecânicos" e as
"ameaças climáticas".

14.3.1.5 Contaminação

É ocasionada pela ação de resíduos ou quaisquer deposições estranhas à


composição da peça. Salvo se utilizando um processo de limpeza definido, tais resíduos estão
sempre presentes nas peças e equipamentos. Os "contaminantes" são grupados de acordo com
seus solventes ou operações necessárias para limpeza da superfície do metal. Há cinco tipos
de resíduos contaminadores, os quais devem ser removidos antes da aplicação de compostos
preservativos:
a) resíduos vários que se encontram firmemente aderidos às peças, os quais para
removê-los, é necessário escovar ou polir;
b) resíduos que se encontram aderidos às peças, untados de óleo, graxas ou
quaisquer outros resíduos, removíveis através do uso de um removedor à base
de solvente orgânico;
c) "contaminantes" orgânicos;
d) deposição de umidade na peça como, por exemplo, impressão digital; e
312 MCA 67-1/2007

e) água, a mais comum causa de corrosão, sob a superfície de um composto


preservativo. Esta é causada pela mudança das condições de temperatura e
umidade do ar. O uso de fornos para secagem ou estufas com lâmpadas
infravermelhas são recomendáveis para remoção da umidade.

14.3.1.6 Deterioração

Pode-se dizer que todos os materiais se deterioram ao longo do tempo. Na


maioria dos casos a deterioração ocorre devido a uma alteração química, mas poderá, também
ser devido a umidade, à ação de organismos vivos ou ainda danos físicos como, por exemplo,
às deformações plásticas da borracha quando submetida a frio intenso.

Considerando a matéria-prima empregada na constituição de cada item,


podemos citar os seguintes fatores que contribuem para a deterioração:

14.3.1.6.1 Inorgânicos

Podem ser:
a) metais:
- deterioração por corrosão: por gases (ataque químico); e por umidade
(ataque eletrolítico);
- deterioração física: duração da têmpera; e fadiga;
b) vidros, quartzo e silicatos:
- luz solar;
- agentes climáticos (umidade, oxigênio do ar); e
- microorganismos.

14.3.1.6.2 Orgânicos

Podem ser:
a) borracha:
- oxidação;
- perda da plasticidade;
- continuação da vulcanização;
- microorganismos;
- alta temperatura; e
- pressão estática.
b) plásticos:
- exposição aos vapores solventes;
- microorganismos; e
- alta pressão.

c) óleos e graxas:
- oxidação; e
- separação de frações e fases.
d) madeiras:
- microorganismos;
- excesso de umidade; e
- falta "total" de umidade do ar.
MCA 67-1/2007 313

e) tecidos:
- microorganismos;
- calor e luz solar; e
- falta "total" de umidade do ar.

14.3.2 PRESERVAÇÃO E EMBALAGEM

14.3.2.1 Vantagens

Os métodos de preservação e embalagem aplicados adequadamente,


apresentam, entre outras, as seguintes vantagens:
a) fornecer proteção eficiente e econômica aos suprimentos contra danos
causados pelo meio ambiente e outros agentes, passíveis de ocorrência
durante o manuseio, armazenagem e transporte, desde a fonte de produção
ou expedição até o local de utilização;
b) assegurar longo tempo de vida e a sua disponibilidade para o uso, pela
preservação contra a deterioração; e
c) facilitar o recebimento, a armazenagem, a movimentação, o transporte e o
fornecimento, com embalagens seguras e padronizadas.

As embalagens individuais somente devem ser abertas na ocasião do uso dos


itens.

14.3.2.2 Escolha do Método

A escolha do método mais adequado a ser empregado, será baseada no


conhecimento das características do material, das condições de transporte, do manuseio, da
armazenagem e do fim a que se destina.

Os principais fatores a considerar na escolha do método de preservação e


embalagem e do tipo de empacotamento a ser empregado são (Anexo H e I):
a) proteção, resistência à abrasão, a impactos e à compressão - é obtida com o
uso de madeira, metais, papelão corrugado, isopor e espumas plásticas;
b) proteção, contra a umidade - é proporcionada por alguns metais, vidros e
plásticos;
c) proteção, impermeabilização contra a gordura, a contaminação, os gases e os
odores - é conseguida com o uso de metal, vidro e plásticos (exceto com
polietileno);
d) proteção, contra a corrosão, os ácidos e álcalis - é obtida com o uso de vidros
e metais;
e) custo - além do preço da embalagem propriamente dita, deve ser também
considerada a possibilidade de reutilização (embalagem padronizada, que são
numeradas e controladas), a dificuldade de violação, etc.; e
f) manuseio - devem ser examinados o sistema de transporte a ser utilizado, as
condições de carga e descarga, o número de transbordos, as condições de
314 MCA 67-1/2007

manuseio (manual ou mecânico), bem como todas as instruções devem estar


visíveis.

14.3.2.3 Tipos de Preservação

São basicamente dois tipos:


a) preservativos aderentes por contato - São normalmente óleos ou graxas a
base de petróleo com ou sem adição de inibidores de corrosão; e
b) inibidores de corrosão transitórios - São papéis pardos neutralizantes tanto
revestidos como também impregnados de compostos inibidores, ou então
são cristais soltos inibidores. Eles protegem as peças ferrosas pelo
envolvimento de um vapor protetor que cobre a peça.

14.3.2.4 Seleção do Preservativo Adequado

Não existe o preservativo ideal contra corrosão. Para toda e qualquer aplicação,
há que se estudar cuidadosamente, de acordo com a limpeza feita, para se escolher qual o
preservativo que oferece o máximo benefício.

A seleção do preservativo depende dos seguintes pontos:


a) composição da peça a ser preservada;
b) natureza e função da superfície da peça;
c) complexidade da construção;
d) grau de preservação requerido;
e) outras funções requeridas do preservativo;
f) embalagem a ser usada sobre o preservativo;
g) facilidade ou necessidade para "depreservação"; e
h) disponibilidade do material e dificuldade de aplicação.

Normalmente os preservativos não devem ser aplicados às peças não metálicas,


tais como aquelas fabricadas de borracha, couro, papel, tecidos, cortiça ou plásticos.

Se essas peças, formam conjuntos com peças metálicas e caso haja


necessidade, de se aplicar preservativos, poderão ser aplicados desde que os referidos
materiais não sejam naturais. Portanto, pode-se aplicar em borracha ou tecidos sintéticos
resistentes a óleos. Nos produtos naturais, quando formam conjuntos com peças metálicas,
jamais deverão ser usados quaisquer solventes ou óleos, entretanto, pode-se usar produtos
viscosos, tais como ceras e parafinas.

14.3.2.5 Aplicação dos Métodos Preservativos

A aplicação de cada método exige seu perfeito conhecimento e exige que se


conheçam as incompatibilidades dos preservativos com as peças a preservar. Além do mais,
cada preservativo, de acordo com o tipo, poderá ser aplicado a frio ou a quente, exigindo
equipamento especialmente dimensionado para tal.
MCA 67-1/2007 315

A incompatibilidade de produtos poderá ocasionar estragos nas peças e


algumas vezes acidentes graves, como, por exemplo, a "mistura" de preservativos graxos com
equipamentos de oxigênio, que pode provocar explosão.

É incontestável o uso de luvas de neoprene durante a operação de preservação,


o controle de temperatura dos preservativos de uso quente, o uso de aventais protetores e
outros cuidados peculiares a cada tipo de aplicação.

O ritual da preservação e embalagem consiste nos seguintes passos: limpeza,


secagem, preservação, marcação e controle de qualidade (Figura 33).

ROTINA DE PRESERVAÇÃO - Figura 33

14.3.2.5.1 Limpeza

A limpeza meticulosa é uma técnica comprovada como o primeiro e essencial


procedimento de um efetivo processo de preservação, porque, nenhum processo preservativo
poderá proteger uma peça contaminada ou em processo de contaminação, através de resíduos
presentes na superfície da peça quando o preservativo é aplicado. Uma limpeza mal feita
poderá invalidar a aplicação subseqüente do preservativo.

A escolha do processo depende da natureza do material que constitui o item,


do grau de limpeza necessário, do tipo de contaminação e de outros fatores, tais como:
a) aplicação de qualquer processo de limpeza;
b) imersão, em duas etapas, sob solvente de petróleo;
c) imersão, em duas etapas, sob solventes de petróleo, seguido de removedor
de impressões digitais;
d) vapor de solvente desengraxante;
e) remoção de umidade e resíduos;
f) limpeza sob imersão alcalina;
g) eletro-limpeza alcalina;
316 MCA 67-1/2007

h) limpeza com spray emulsivo; e


i) limpeza a vapor.

14.3.2.5.2 Secagem

Imediatamente após qualquer processo de limpeza, exceto o processo por


desengraxamento a vapor, os itens devem ser completamente secos, a fim de remover as
soluções de limpeza e impurezas remanescentes. A não ser de outro modo especificado, a
secagem requerida será feita por um ou mais dos procedimentos abaixo mencionados, sempre
verificando-se que o processo não trará prejuízos ao material:
a) ar comprimido preparado;
b) forno (estufa) de secagem;
c) lâmpadas infravermelhas; e
d) drenagem ou escoamento.

Independentemente do processo de limpeza utilizado, todos os itens devem


passar por testes finais, a fim de verificar se foram completamente limpos.

Estes testes são:


a) teste visual;
b) teste por espancamento com panos limpos e secos; e
c) teste de ausência de substâncias alcalinas ou ácidas.

14.3.2.5.3 Preservação

Para a proteção dos materiais, existem seis métodos básicos de preservação e


embalagem:
a) revestimento preservativo, com embalagem a prova de substâncias oleosas
quando requerido;
b) proteção (barreira) a prova de água e/ou vapor d'água, com preservativo
quando requerido;
c) composto preservativo removível;
d) embalagem resistente à água, com preservativo quando requerido;
e) embalagem a prova de água e/ou vapor d'água incluindo dessecativo
(desidratador); e
f) embalagem somente para proteção física e mecânica.

OBS.: Existem diversas variações dos métodos enumerados acima.

14.3.2.5.4 Marcação da Peça

É muito importante a colocação de etiqueta com a impressão da identificação


completa da peça e a data da preservação. Dependendo do método aplicado, a etiqueta
MCA 67-1/2007 317

também deverá ser protegida para que não se deteriore e perdure tanto quanto o material. A
perda ou deterioração da etiqueta fatalmente implicará na abertura da embalagem com ruptura
da selagem e conseqüente inutilização da preservação, para o fim de se conhecer a peça sem
identificação.

14.3.2.5.5 Controle de Qualidade

O estabelecimento de testes realistas e de uma meticulosa inspeção, incluindo


separação de corpo de prova, quando se tratar de grande quantidade de itens preservados,
deve fazer parte da rotina dos processos de preservação. Em alguns casos, o controle da
qualidade e/ou testes devem ser feitos durante a limpeza até o fechamento ou a selagem da
embalagem.

Testes ou inspeções subseqüentes devem, também, ser planejadas para


verificação da preservação e embalagem.

14.3.3 TIPOS DE EMBALAGENS

A avaria do material transportado ocorre, na grande maioria dos casos, devido


a embalagens impróprias, mal construídas, ou devido ao mau acondicionamento do material
em sua embalagem. Os artigos que normalmente não completam as embalagens devem ser
fixados no seu interior, de modo a não se moverem com o movimento do manuseio e do
transporte das embalagens.

Temos que levar em conta que os cuidados no manuseio raramente são


respeitados durante o transporte, principalmente, em situações de emergências ou em um
teatro de operações.

Os danos físicos dos materiais poderão ser evitados se respeitados os princípios


que regem a "Arte de Embalar" (Anexo I).

As embalagens, basicamente, podem ser divididas em dois grandes grupos:


a) embalagens domésticas, aquelas que acondicionam material para consumo
direto pelo usuário e movimentação em pequenos trechos; e
b) embalagens de exportação, aquelas que acondicionam material para
transporte em grandes trechos.

14.3.3.1 Embalagem Doméstica

As embalagens domésticas mais comuns entre nós, apresentam-se em


dimensões regulares, não exageradas, de modo a permitir o fácil manuseio com equipamento
de pequena capacidade e de fácil disponibilidade.

Essas embalagens normalmente são confeccionadas em papelão e em alguns


casos, em madeiras leves (madeiras prensadas ou compensados).

As embalagens do tipo doméstico são geralmente de baixo custo por não


exigirem maiores reforços em sua estrutura, todavia, devem ser analisados os seguintes
aspectos na sua confecção:
a) proteção do produto;
318 MCA 67-1/2007

b) contenção do produto; e
c) identificação externa.

14.3.3.2 Embalagem de Exportação

São aquelas que requerem maior atenção quanto ao aspecto de segurança do


produto e particularmente quanto às exigências das autoridades aduaneiras.

Assim, as embalagens de exportação devem ser confeccionadas com madeira


adequada para assegurar a proteção do produto durante todo o percurso, independentemente
do meio de transporte, requerendo ainda os seguintes cuidados especiais:
a) a embalagem individual de cada unidade deve corresponder a um tempo de
armazenamento de até 12 meses em lugar coberto;
b) a embalagem deve ser reforçada, considerando-se as necessidades de
manuseio e transbordo para carga e descarga em navios, aeronaves ou
caminhões;
c) cada peça de embalagem deve ser identificada por um número; deve ainda
ser acompanhada da lista de conteúdo "packing list" correspondente;
d) todas as faces da peça ou caixa devem ser marcadas com letras compatíveis
com seu tamanho em tinta legível; devem constar ainda o nome e endereço
do destinatário e o número de referência (contrato Nº...); e
e) para complementar as marcações acima, sempre que for o caso, devem ser
aplicados os símbolos internacionais de carga, que servem de alerta para o
trato da mercadoria.
No que tange às diferenças entre embalagens, de acordo com o meio de
transporte contratado, apresentamos adiante um quadro comparativo entre uma embalagem
para transporte aéreo e marítimo:
DADOS GERAIS AÉREO MARÍTIMO OBSERVAÇÕES
devido a maior elaboração da embalagem
Peso bruto Menor Maior
para o transporte marítimo
mais embalagem, maior volume no
Volume Menor Maior
transporte marítimo
Embalagem Menor custo Maior custo pelo fato de ser mais seguro, o transporte
aéreo gasta menos com a embalagem

14.3.3.3 Símbolos e Marcas

Internacionalmente, têm-se definidos os símbolos e marcas que devem ser


apostos em todas as cargas com o objetivo de alertar para todo e qualquer tipo de cuidado
durante o seu manuseio, transporte e guarda.

Os símbolos mais usuais encontrados em embalagens de materiais técnicos,


são mostrados no Anexo J.

14.3.3.4 Movimentação do Item Aeronáutico

Em nenhum caso será permitida a movimentação de itens aeronáuticos sem a


devida embalagem.
MCA 67-1/2007 319

14.4 EXPEDIÇÃO

O processo de expedição está, diretamente, relacionado com o de recebimento,


um depende do outro. Ocorrem muitas vezes de forma simultânea e também é abrangente a
qualquer movimentação de material, quer seja ela com item novo, recuperado ou avariado.

Por isso as normas e procedimentos estabelecidos para esse processo, em


determinadas situações, se confundem com as do recebimento.

De qualquer forma, o importante é que sejam observados e seguidos, para que


a peça expedida chegue sempre ao destinatário, em condições de atender ao fim a ela
determinado.

14.4.1 PROCEDIMENTOS GERAIS

14.4.1.1 O encarregado da expedição, antes de providenciar embalagem e documentação de


despacho, deverá verificar, se o material está acompanhado da documentação pertinente, a
qual deverá estar preenchida de acordo com as normas em vigor, assinada pelo responsável
pela remessa ou recolhimento e conter no mínimo 2 (duas) vias.

14.4.1.2 Embalar adequadamente o material, colocando dentro do volume, no mínimo uma


via da documentação, na qual deverá ser anotado o número do volume.

14.4.1.3 Providenciar manifesto de carga numerado, onde deverá constar, o destino do


material, a quantidade, a nomenclatura, o tipo de documento, o número do volume e a via de
transporte.

14.4.1.4 Escrever em uma via do documento, o número do manifesto de carga e arquivar para
controle, até receber a confirmação do recebimento do material no destino.

14.4.1.5 Encaminhar o material ao terminal de carga, utilizando o meio de transporte


adequado, ou quando for o caso, embarcar a carga de acordo com as normas de transporte
deste manual.

14.4.1.6 A parte remetente é responsável pela quantidade, estado e acondicionamento ou


embalagens dos artigos remetidos até que estes sejam recebidos e também, pela comunicação
do envio ao destinatário e este pela confirmação do recebimento (Regulamento de
Administração da Aeronáutica - RADA).

14.4.2 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

14.4.2.1 Material Permanente

O material permanente deverá seguir destino, acompanhado de 3 (três) vias da


documentação pertinente. Nessa documentação constarão obrigatoriamente, a quantidade, a
especificação regular do item, o preço unitário e as razões da remessa ou recolhimento.

14.4.2.2 Aeronave

A expedição será realizada sempre que ocorrerem movimentações de


aeronaves, tais como:
320 MCA 67-1/2007

a) transferência ou empréstimo entre Unidades Operadoras;


b) recolhimento de uma Unidade Operadora a um Parque para a execução de
serviços nível Parque;
c) entrega de aeronave, por um Parque, a uma Unidade Operadora, após a
execução dos serviços nível Parque;
d) entrega de aeronave pelo Comando da Aeronáutica, através de um Parque, a
uma Empresa Privada, para execução de serviços de manutenção; e
e) entrega de aeronave, pela Comissão de Fiscalização e Recebimento de
Material (COMFIREM), a um Parque de Material ou a uma Unidade
Operadora.

14.4.2.3 Combustíveis e Lubrificantes

Os procedimentos específicos para expedição de combustíveis e lubrificantes


estão contidos na IMA 400-2 (Função Logística de Suprimento de Combustíveis e
Lubrificantes de Aviação).

14.4.2.4 Material sob Controle Informatizado

Os procedimentos para os itens implantados no controle informatizado de


material estão enumerados em instrução específica.

14.4.3 GUIA DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL (GMM)

A guia de Movimentação de material (GMM) será o documento utilizado para


acompanhar as movimentações de material, quer seja no âmbito interno da Organização ou
entre Organizações distintas. É o documento utilizado tanto para material implantado no
sistema informatizado, como para os demais materiais do Sistema de Material da Aeronáutica.

Cabe ressaltar que esta GMM não se aplica às remessas de material ao exterior;
nessa situação será utilizado o “INVOICE”. Nas remessas de material para empresas privadas
no Brasil, será necessário a emissão de nota fiscal avulsa, caso o transporte seja feito por
transportadora privada.

Para facilidade das comissões de recebimento, todas as vias da GMM conterão


no verso o termo de exame e recebimento de material.

14.4.3.1 Preenchimento da GMM (Guia de Movimentação de Material)

A GMM, para material implantado no sistema de controle informatizado, será


gerada automaticamente.

Para o material não implantado no sistema e o material permanente, os dados


para o preenchimento da GMM serão extraídos da nota fiscal de entrega, da ficha carga ou
outros documentos disponíveis.
MCA 67-1/2007 321

14.4.3.2 Detalhamento dos Campos da GMM

.....VIA COMANDO DA AERONÁUTICA


1.CHEFE DO ÓRGÃO EXPEDIDOR GUIA DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL 8.Nº

---------------------- 4.REMETENTE 9.EST. MAT. 10.ORIGEM

2.AUTORIZAÇÃO OU MOTIVO 5.CONSIGNATÁRIO UTILIZÁVEL

6.LOCAL DA ENTEGA AVARIADO 11.ÂMBITO


INT
SUCATA
7.ENDEREÇO EXT
3.EM: / /
12. 13. 14. 15.QTD 16. 17.DESCRIÇÃO DO MATERIAL 18.PREÇO 19.QTD
ITEM CLASSE NIIN OU Nº PEÇA MOV. UN R$ US$ REC.

UNIT. TOT.

TOTAL
20.Nº VOL 22.CUBAGEM 23.MEIO 24.DATA 26.CHEFE DO 27.CONFERIDO 28.DATA 29.QTD
TRANSPORTE EMBARQUE ÓRGÃO RECEBEDOR POR ANEXOS
21.PESO 25.Nr: ---------------- 30.Fl
Fls

Figura 34

14.4.3.2.1 Chefe do Órgão Expedidor

Assinatura, com aposição de carimbo ou nome e posto em letra de forma, do


chefe do setor de Suprimento ou Detentor do Material.

14.4.3.2.2 Autorização ou Motivo

Informar o número do documento ou quem autorizou a movimentação do


material e listar a razão pela qual o material está sendo movimentado.

Exemplo: transferência, revisão, aferição, garantia, devolução, etc.

14.4.3.2.3 Data de Emissão

Data em que a GMM está sendo confeccionada.

14.4.3.2.4 Remetente

Escrever, por extenso, o nome da Organização que está remetendo o material.

14.4.3.2.5 Consignatário

Escrever, por extenso, o nome da Organização a quem o material se destina.


322 MCA 67-1/2007

14.4.3.2.6 Local de Entrega

Colocar o nome do setor aonde o material deverá ser entregue.

Exemplo: Consignatário – Base Aérea de Santa Cruz.


Local de entrega – Esquadrão de Suprimento e Manutenção.

14.4.3.2.7 Endereço

Colocar o endereço do local de entrega do material.

14.4.3.2.8 Número da GMM

Será composto pelos seguintes caracteres:


a) milhar do ano em curso;
b) código de numeração da Unidade remetente protocolizadora do Comando da
Aeronáutica, conforme, ICA 10-1/2005; e
c) número seqüencial no exercício considerado, com seis dígitos.

Exemplo: 2006 – 67114 – 000001


(a) (b) (c)

14.4.3.2.9 GMM gerada fora do SILOMS

Será composto pelos seguintes caracteres:


a) sigla da Unidade remetente;
b) dezena do ano em curso;
c) código de numeração da Unidade remetente protocolizadora do Comando da
Aeronáutica, conforme, ICA 10-1/2005; e
d) número seqüencial no exercício considerado, com três dígitos.

Exemplo: PAMARF 06-67114-001


(a) (b) (c) (d)

14.4.3.2.10 Estado do Material

Marcar com um “X” o estado em que se encontra o material.

Lançar no campo “Descrição do Material”, caso necessário, sua situação como


incompleto, obsoleto, etc.

14.4.3.2.11 Origem

Informar, abreviadamente a Divisão ou Departamento a que pertence o


material, quando for o caso.

14.4.3.2.12 Âmbito

Interno – Movimentação de material no interior da Unidade.


Externo – Movimentação de material fora da Unidade, dentro do País.
MCA 67-1/2007 323

14.4.3.2.13 Item

Seqüência numérica dos itens.

14.4.3.2.14 Classe do Material

Lançar a classe do material conforme TCA 67-1 (Organizações Provedoras de


Recursos Materiais).

14.4.3.2.15 NIIN ou Número de Peça

Quando o item tiver NSN lançar o NIIN, na falta deste, lançar o Número de
Peça.

14.4.3.2.16 Quantidade Movimentada

Lançar a quantidade que está sendo remetida ao consignatário.

14.4.3.2.17 Unidade de Fornecimento

Lançar a unidade de fornecimento do item.

Exemplo: UN (unidade), DZ (dúzia), TB (tubo), etc.

14.4.3.2.18 Descrição do Material


a) utilizar a nomenclatura utilizada no sistema de controle informatizado ou a
descrição da ficha carga;
b) quando não houver nomenclatura padronizada, descrevê-la, começando
pelas características mais significativas;
c) os documentos anexos deverão ter o número e tipo registrados neste campo.
Exemplo: RD 930001; e
d) quando se tratar de “kit” informar do que é composto, salvo se possuir
relação anexa.

14.4.3.2.19 Preço

Lançar o preço do material:


a) itens implantados, utilizar o preço do custo médio, em reais; e
b) itens não implantados, utilizar o valor atualizado da ficha carga, em reais.

14.4.3.2.20 Quantidade Recebida – campo utilizado pelo destinatário.

Lançar a quantidade recebida quando houver discrepância com a remetida e


tomar medidas administrativas cabíveis.

14.4.3.2.21 Número de Volumes

Lançar a quantidade de volumes que está sendo remetida.


324 MCA 67-1/2007

14.4.3.2.22 Peso

Lançar o peso total do(s) volume(s).

14.4.3.2.23 Cubagem

Lançar a cubagem total dos volumes, seguida do código para medida de


volume. É obrigatório quando o transporte for realizado por aeronave.

14.4.3.2.24 Meio de Transporte

Lançar o tipo de transporte utilizado, seguido da sua identificação:


a) aéreo – colocar a sigla “AER” e o número da aeronave, vôo, empresa, etc.;
b) terrestre – colocar a sigla “TER” e o número da viatura, nome da Unidade,
empresa, etc.; e
c) marítimo – colocar a sigla “MAR” e o nome do navio.

14.4.3.2.25 Data do Embarque

Informar a data em que o material será embarcado.

14.4.3.2.26 Hora

Lançar a hora do embarque, quando julgar conveniente.

14.4.3.2.27 Chefe do Órgão Recebedor

Assinatura imprescindível, com aposição de carimbo ou nome e posto em letra


de forma, do recebedor do material.

14.4.3.2.28 Conferido Por

Lançar o nome e posto do conferidor do material.

Discrepâncias no recebimento, além das medidas administrativas cabíveis,


deverão ser lançadas no verso da segunda via da guia correspondente.

14.4.3.2.29 Data

Lançar a data em que o material foi recebido pelo destinatário.

14.4.3.2.30 Quantidades de Anexos

Lançar a quantidade de documentos que acompanham a presente guia.

14.4.3.2.31 FL de FLS

Numeração da folha e o total das folhas da guia.

Exemplo: 1/8; 2/8; 3/8;...; 8/8


MCA 67-1/2007 325

14.4.3.2.32 Observação

Quaisquer considerações julgadas convenientes deverão ser lançadas como


“observações”, abaixo do campo 14.4.3.2.18, descrição do material.

Exemplo: Número da ficha carga para movimentação de material permanente;


Identificação da pessoa que confeccionou a GMM; e
Complemento do endereço, etc.

14.4.3.3 Procedimentos para Remessa

14.4.3.3.1 Às Empresas Comerciais

No caso do destinatário ser empresa privada e a transportadora comercial, é


necessário providenciar junto à Inspetoria de Fiscalização da Secretaria de Estado de Fazenda,
da jurisdição da OM remetente, uma nota fiscal avulsa que deverá ser relacionada no campo
14.4.3.2.30, descrita no campo 14.4.3.2.18 e entregue à transportadora para fins de
fiscalização do ICMS.

A GMM será preenchida em três vias:


a) 1ª via – acompanha o material e pertence ao arquivo do destinatário;
b) 2ª via – acompanha o material e será devolvida, quitada, ao remetente; e
c) 3ª via – pertence a Seção emitente da GMM.

14.4.3.4 Movimentação de Material Aeronáutico Permanente

14.4.3.4.1 Âmbito da Unidade Administrativa

A movimentação interna de material aeronáutico permanente deverá ser


acompanhada da GMM, sendo a segunda via da guia, após quitação pelo recebedor,
encaminhada à seção de Registros da Unidade para transferência do material e acertos do
controle da carga.

Cabe ressaltar que, logo que o material permanente for remetido, a Seção de
Registros deve ser informada para que possa realizar o controle das segundas vias quitadas e
assim evitar o esquecimento, caso o destinatário não remeta a quitação ou a documentação
recebida seja extraviada.

14.4.3.4.2 Âmbito Externo

Remetente - ao receber a segunda via quitada, remetê-la à Seção de Registros da


Unidade para descarga do material.

Consignatário - a seção de recebimento da Unidade, após encaminhar o material ao


Esquadrão ou Seção que lhe pertence e obter a quitação na primeira via da GMM, deverá
encaminhá-la à seção de Registros para inclusão do item em carga, conforme prevê o
Regulamento de Administração da Aeronáutica (RADA).
326 MCA 67-1/2007

14.4.4 GUIA DE MOVIMENTAÇÃO DE VOLUME (GMV)

A Guia de Movimentação de Volume (GMV) será o documento utilizado para


acompanhar a movimentação de volumes entre Organizações distintas, quando não houver
necessidade de discriminar o material nele contido.

14.4.4.1 Detalhamento dos Campos da GMV

...VIA COMANDO DA AERONÁUTICA


1.CHEFE DO ÓRGÃO GUIA DE MOVIMENTAÇÃO DE VOLUME 6. N.º
EXPEDIDOR
3.REMETENTE 7.AUTORIZAÇÃO
4. CONSIGNATÁRIO 8.EMBARQUE 9.ORIGEM

2. EM: / / 5. LOCAL DE ENTREGA 10.TRANSPORTE

11. 12.NÚMERO 13.PESO 14.TOTAL 15. OCAER / CASE 16. OBSERVAÇÕES


ITEM DO VOLUME TOTAL DE VOLUMES

17. 18.
EXPEDIÇÃO CONSIGNATÁRIO
EM__/__/__RECEBI RECEBEDOR
DATA / / TRANSPORTE OS VOLUMES CONSTANTES
GUIA CAN ETIQUETA CAN CHEFE DA EXPEDIÇÃO DA PRESENTE GUIA

Figura 35

14.4.4.1.1 Campo 1 - Chefe do Órgão de Suprimento da Organização Expedidora do Volume

Colocar sob a linha pontilhada o nome, posto e função do Oficial responsável,


em letra de forma ou apondo o carimbo.

14.4.4.1.2 Campo 2 – Data de Emissão.

14.4.4.1.3 Campo 3 – Remetente

Escrever o nome da Organização por extenso.

14.4.4.1.4 Campo 4 – Consignatário

Escrever o nome da Organização consignatária por extenso.


MCA 67-1/2007 327

14.4.4.1.5 Campo 5 – Local de Entrega

Colocar os dados necessários para facilitar a entrega do material, tais como:


endereço, seção e etc.

14.4.4.1.6 Campo 6 – N.º da Guia

Será composto pelos seguintes caracteres:


a) milhar do ano em curso;
b) código de numeração da Unidade remetente protocolizadora do Comando da
Aeronáutica, conforme, ICA 10-1/2005; e
c) número seqüencial no exercício considerado, com seis dígitos.

Exemplo: 2006 – 67114 – 000001


(a) (b) (c)

GMV gerada fora do SILOMS:


Será composto pelos seguintes caracteres:
a) sigla da Unidade remetente;
b) dezena do ano em curso;
c) código de numeração da Unidade remetente protocolizadora do Comando da
Aeronáutica, conforme, ICA 10-1/2005; e
d) número seqüencial no exercício considerado, com três dígitos.

Exemplo: PAMARF 06-67114-001


(a) (b) (c) (d)

14.4.4.1.7 Campo 7 – Autorização

Informar o n.º do documento ou quem autorizou a movimentação.

14.4.4.1.8 Campo 8 – Embarque

Lançar o nº dos embarques dados pelas CAB/CELOG.

14.4.4.1.9 Campo 9 – Origem

Lançar a comissão de compras ou país de origem.

14.4.4.1.10 Campo 10 – Transporte

Lançar o tipo de transporte utilizado no recebimento do volume.

14.4.4.1.11 Campo 11 – Item

Seqüência numérica dos itens.


328 MCA 67-1/2007

14.4.4.1.12 Campo 12 – Número do Volume

Lançar o n.º do volume dado pelas CAB/CELOG, de acordo com o manifesto


de carga, fichas, etc.

14.4.4.1.13 Campo 13 – Peso Total

Lançar o peso total do(s) volume(s).

14.4.4.1.14 Campo 14 – Total de Volumes

Lançar a quantidade total de volumes existentes com a mesma numeração do


campo 12.

Ex.: 03 volumes com a numeração 283-1/3, 283-2/3 e 283-3/3. Lançar no campo 12 o nº 283
e no campo 14 o nº 03.

14.4.4.1.15 Campo 15 – OCAER/CASE

Lançar o n.º OCAER/CASE contidos no manifesto de carga ou ficha.

14.4.4.1.16 Campo 16 – Observações

Lançar as informações adicionais, se houver. Tais como: n.º da ficha ,


conhecimento aéreo, etc.

14.4.4.1.17 Campo 17 – Expedição

Será preenchido apenas na 3ª via da GMV. O tipo de transporte, n.º da Guia,


Etiqueta CAN, data e assinatura do chefe da expedição.

14.4.4.1.18 Campo 18 – Consignatário

O consignatário atestará o recebimento dos volumes relacionados na guia,


colocando a data, assinatura e sob a linha pontilhada, o nome completo, posto ou graduação e
função.

14.4.4.2 Distribuição de Vias

A GMV será distribuída em 3 vias:


a) 1ª via – acompanha o material e pertence ao arquivo do consignatário;
b) 2ª via – acompanha o material e será devolvida, quitada, ao remetente; e
c) 3ª via - pertence a seção emitente da GMV.

14.5 TRANSPORTE

O comércio sempre esteve intimamente ligado ao transporte. Desde os


primórdios da civilização, quando as transações comerciais apenas se baseavam nas trocas de
MCA 67-1/2007 329

mercadorias produzidas por diversas famílias, tribos ou povos, o transporte, nas suas
modalidades mais primitivas, já constituía uma necessidade primordial e imprescindível.

Hoje, com o aperfeiçoamento da tecnologia industrial, vem ele assumindo


papel cada vez mais importante, transformando-se numa verdadeira indústria, a Indústria dos
Transportes, regida por leis e princípios específicos, intimamente ligados à Economia dos
Transportes.

Com o surgimento da crise do petróleo, maior importância assumiu o


transporte, principalmente devido à elevação de seus custos.

Existem três tipos de meios de transporte: o Terrestre, o Hidroviário e o Aéreo.

14.5.1 TRANSPORTE TERRESTRE

O transporte terrestre é subdividido por sua vez, em dois outros tipos, o


ferroviário e o rodoviário. Encontram-se também, entre os transportes terrestres, os oleodutos,
aplicados para o transporte de gás natural, produtos de óleo e tudo o mais que possa ser
transformado em fluido.

14.5.1.1 Transporte Ferroviário

Quanto ao transporte ferroviário, embora relativamente a importância das


ferrovias tenha declinado substancialmente desde a segunda guerra mundial, ainda assim é um
dos meios mais utilizados de transporte. Com exceção de materiais que possam ser
bombeados em oleodutos, o ferroviário é o meio mais barato possível de transporte,
considerando-se cargas que lotem todo um trem de vagões de grande tamanho.

Podemos, contudo, delinear algumas vantagens e desvantagens do transporte


ferroviário.

14.5.1.1.1 Vantagens:
a) é a ideal para o transporte de grandes quantidades de material homogêneo; e
b) possui baixo consumo de energia por tonelada transportada.

14.5.1.1.2 Desvantagens:
a) diversidade de bitolas; e
b) morosidade.

14.5.1.2 Transporte Rodoviário

Em relação ao transporte rodoviário, podemos dizer que possui tarifas tão


baixas quanto as cobradas pelo transporte ferroviário no caso de produtos acabados, com a
vantagem do serviço ser mais rápido. O caminhão, principal veículo utilizado no transporte
rodoviário, é particularmente competitivo quando se trata de outras distâncias.

São as seguintes as vantagens e desvantagens do transporte rodoviário:


330 MCA 67-1/2007

14.5.1.2.1 Vantagens:
a) possibilidade de transporte porta/porta (interno);
b) maior mobilidade;
c) maior fluxo de carga; e
d) possibilidade de consolidação de carga.

14.5.1.2.2 Desvantagem:

Alto consumo de combustível por tonelada transportada.

14.5.1.3 Transporte Rodoviário Via DARJ

O Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro está aparelhado com uma frota


de caminhões, com a finalidade de transportar material aeronáutico, dentro das prioridades,
programação e localidades estabelecidas por instrução específica.

14.5.2 TRANSPORTE HIDROVIÁRIO

O transporte hidroviário, reconhecidamente a mais antiga forma de transporte


como prestação de serviço de apoio ao comércio, é realizado por navios e embarcações dos
mais variados tipos; é bastante utilizado para o transporte internacional de longo curso.

14.5.2.1 Vantagens e Desvantagens

14.5.2.1.1 Vantagens:
a) grande capacidade de carga;
b) atendimento de longas distâncias; e
c) baixíssimo consumo de combustível por tonelada transportada.

14.5.2.1.2 Desvantagens:
a) necessidade de transporte suplementar nas pontas;
b) grande incidência de avarias;
c) elevado custo de embalagem; e
d) maior prêmio de seguro.

14.5.2.2 Tipos de Equipamentos Hidroviários

14.5.2.2.1 Convencional

Incluem-se aqui os cargueiros em geral, graneleiros e petroleiros nos quais a


carga é disposta diretamente em seus porões.

14.5.2.2.2 ROLL ON/ROLL OFF

São embarcações em que os veículos carregadores adentraram em seu interior e


são transportados juntamente com a mercadoria até o ponto de destino. Apresentam a grande
MCA 67-1/2007 331

vantagem da mercadoria ser entregue imediatamente e diretamente ao destinatário,


dispensando equipamento portuário de carga e descarga.

14.5.2.2.3 Barcaças e Pontões

São embarcações de pequeno calado destinadas a transporte de cargas em rios


e canais ou em locais onde a pouca profundidade não permite a movimentação de navios;
geralmente essas embarcações não possuem propulsão própria e são movimentadas por
rebocadores.

14.5.3 TRANSPORTE AÉREO

As cargas aéreas aumentaram numa proporção fantástica à medida que a


tecnologia se empenhou em reduzir os custos reais. Desde o término da segunda guerra
mundial, o volume físico do transporte aéreo aumentou substancialmente.

O transporte aéreo é bastante aplicado para cargas sensíveis (equipamentos


elétricos e eletrônicos) e para cargas deterioráveis.

Há que se acrescentar também que quase todas as cidades do mundo,


principalmente as grandes cidades, possuem infra-estrutura aeroportuária, o que torna o
transporte aéreo bastante requisitado.

14.5.3.1 Vantagens e Desvantagens

14.5.3.1.1 Vantagens:
a) grande rapidez;
b) grande segurança para o material;
c) baixo custo de embalagem;
d) atendimento a locais de difícil acesso (através do helicóptero); e
e) baixo custo de seguro.

14.5.3.1.2 Desvantagens:
a) relativamente pequena a capacidade de carga e de volume; e
b) elevado consumo de combustível por tonelada transportada.

14.5.3.2 Aeronaves (Quadro Comparativo)

AERONAVE VELOCIDADE AUTONOMIA CAPACIDADE / VOLUME


KM/H KM CARGA KG M3
DC-3 270 2.160 3.000 20
707 980 9.800 40.000 180
727 980 5.200 18.000 120
737 980 5.200 15.000 80
747(JUMBO) 980 11.300 106.000 480
HÉRCULES 600 5.000 18.000 90
BÚFALO 300 3.000 4.000 40
Fonte: DAC
332 MCA 67-1/2007

14.5.3.3 Helicópteros

São utilizados para locais de difícil acesso (curtas distâncias e cargas leves);
apenas helicópteros especiais possuem capacidade de carga superior a 8.000 Kg.

14.5.3.4 Corredor Aéreo de Suprimento (CAS)

São linhas aéreas planejadas que têm como objetivo assegurar um fluxo
contínuo de suprimento, entre os Parques de Material Aeronáutico e os Remotos.

As rotas, o tipo de aeronave e o calendário dessas linhas são objeto de


instrução específica do Centro do Correio Aéreo Nacional.

14.5.3.5 Corredor Aéreo para Material AIFP/AOG

O COMGAP, através do Centro de Logística da Aeronáutica (CELOG)


mantém um acordo de cooperação com várias empresas aeroviárias para o transporte de
material aeronáutico, de até 25 Kg, atendendo situações AIFP/AOG e materiais destinados a
ensaios e laudos técnicos, excetuando-se material de defesa e produtos bélicos.

Esse acordo estabelece que os elos do SISMA poderão se utilizar dos vôos
comerciais, nacionais e regionais, sem ônus para o Comando da Aeronáutica. Para isso basta
requisitar o transporte à empresa aérea que atenda o percurso desejado, de acordo com o
modelo de requisição estipulado no acordo de cooperação, o qual é distribuído aos Centrais e
Remotos para a observância de suas cláusulas.

14.5.3.6 Transporte de Cargas Especiais

Os seguintes cuidados devem ser observados no transporte aéreo de cargas


especiais:

14.5.3.5.1 Motor

O motor usado ou sujeito a vazamento, deverá ter, por baixo, uma bandeja
metálica coletora do vazamento; no entanto, os setores de manutenção devem evitar tal
situação.

Um motor pode ser transportado:


a) em casulos;
b) sobre cavaletes apoiados em pranchas de madeira e com seus pés fixados
nesta prancha por calços, parafusos ou pregos; e
c) sobre armação de madeira que distribua o peso da carga em uma área
considerável do piso do avião, evitando-se o uso de apoio sobre rodas, pés
ou bases pequenas.

14.5.3.5.2 Roda Completa

A roda completa de aeronave deve ser acondicionada em engradados


apropriados.
MCA 67-1/2007 333

14.5.3.5.3 Material Nocivo

Aquele que pode direta ou indiretamente, causar danos à aeronave ou a seus


equipamentos, a curto ou a longo prazo, somente transportável se acondicionado em
"INVÓLUCRO IMPERMEÁVEL" (saco Plástico, caixa metálica ou de madeira bem vedada)
resistente o suficiente para que não haja ruptura com o manuseio da carga ou no decorrer da
viagem e, em princípio são os seguintes:
a) micro granulados em geral (cimento, cal, pó para tinta, sal, farinha, açúcar,
etc.); e
b) granulados em geral (arroz, feijão, trigo, peixes, etc.).

14.5.3.5.4 Material Perigoso

Aquele que por sua composição ou condicionamento seja inflamável,


corrosivo, ácido, oxidante, explosivo, tóxico, radioativo, etc. Terá o seu transporte autorizado
previamente pelo Comandante da Unidade operadora da aeronave, obrigando o avião a estar
com os equipamentos e acessórios adequados ao manuseio, transporte e segurança de cada
tipo destes materiais (ex.: máscaras, luvas, extintores, vestimentas adequadas, etc.) e
observando-se os seguintes pontos além das recomendações específicas de cada fabricante:
a) o acondicionamento de toda carga perigosa deve ser cuidadoso quanto à
vedação, vazamento e robustez, permitindo fácil e seguro manuseio e
amarração;
b) a embalagem do material perigoso deve estar rotulada com dados claros,
permitindo fácil identificação;
c) tambor de combustível vazio é considerado inflamável pela facilidade com
que libera vapores e provoca explosão;
d) especial atenção deve ser dada quando forem transportadas cargas voláteis
de diversos tipos ou cargas passíveis de reagirem entre si, resultando em
produto perigoso para a aeronave ou seus tripulantes. Este tipo de
carregamento é proibido; e
e) consultar a IMA-400-2 (Função Logística de Suprimento de Combustíveis e
Lubrificantes de Aviação) quando se tratar de transporte de Combustíveis e
Lubrificantes.

14.5.3.5.5 Bateria

Os acumuladores de carga (baterias) só podem ser transportados quando secos,


ou seja, sem solução.

14.5.4 MODALIDADE DE CONTRATAÇÃO DE TRANSPORTE

A modalidade de contratação de transporte é determinada quando da


contratação de uma compra e venda entre comprador e fornecedor.

Os tipos de contratação de transporte mais usuais são:


a) frete pago ou "Freight Prepaid": nessa base de contratação o frete é incluído
no preço da mercadoria pelo fornecedor; e
334 MCA 67-1/2007

b) frete a cobrar ou "Freight Collect": quer dizer, frete pagável na chegada


diretamente à empresa transportadora, pelo comprador.

14.5.4.1 Contratação do Transporte

A particularidade existente nessas duas bases de contratação, está na


determinação do agente a quem cabe a contratação, efetiva do transporte junto à empresa
transportadora.

Assim sendo, a contratação do transporte cabe ao:


a) fornecedor - quando da contratação da encomenda pelo comprador com
inclusão do custo do frete no preço da mercadoria (Frete Pago = CIF); e
b) comprador - quando da contratação da encomenda sem o custo do frete, a
seu cargo, a ser pago no destino (Frete a Pagar = FOB).

14.5.4.2 Tipos de Contratação de Transporte

Os termos aqui apresentados e que definem os principais tipos de contratação


de transporte são de uso internacional. (Anexo M).

14.5.4.2.1 EX-WORKS

Entende-se por "Ex-works" a mercadoria, embalada, colocada à disposição do


comprador na porta da fábrica para carregamento em veículo a ser fornecido pelo comprador.

14.5.4.2.2 FAS (Free Alongside Ship)

Corresponde à mercadoria embalada colocada no ponto de embarque, ao lado


do meio de transporte indicado pelo comprador, incluindo frete de embarque.

14.5.4.2.3 FOB (Free On Board)

Corresponde à mercadoria colocada a bordo do meio de transporte indicado


pelo comprador, incluindo frete interno, embalagem e despesas de embarque.

14.5.4.2.4 C & F (Cost And Freight)

Corresponde à mercadoria colocada a bordo do meio de transporte indicado


pelo vendedor, incluindo embalagem, frete interno da fábrica até o ponto de embarque,
despesas de embarque e frete do transporte até o ponto de desembarque e de destino.

14.5.4.2.5 CIF (Cost, Insurance and Freight)

Corresponde à mercadoria colocada a bordo do meio de transporte indicado


pelo vendedor, incluindo embalagem, frete interno da fábrica até o ponto de embarque,
despesas de embarque, frete e seguro do transporte até o ponto de desembarque e de destino.

14.5.5 CÁLCULO DO CUSTO DO FRETE

Um componente muito importante do esquema de transporte de material a ser


considerado, principalmente nos dias de hoje, é o seu custo. Assim, calcula-se o custo do frete
rodoviário, marítimo e aéreo da seguinte maneira:
MCA 67-1/2007 335

14.5.5.1 Cálculo do Frete Rodoviário

As tarifas de frete rodoviário são controladas pelo CONET (Conselho Nacional


de Estudos e Tarifas).

Para o cálculo do frete rodoviário, uma vez determinadas as duas pontas


(origem/destino), torna-se necessário conhecer as três variáveis básicas da mercadoria ( Valor,
Peso e Volume).

São parcelas componentes do frete rodoviário:


a) o Frete Peso - Peso X R$/Kg;
b) o Frete Valor - Ad Valorem (proporcionalmente ao valor – é uma frase
aplicada a certas tarifas de frete ou alfandegárias, cobradas sobre produtos
como porcentagem do seu valor.);
c) a Coleta a Domicílio;
d) o Imposto de Serviço sobre Transportes Rodoviários (Interestadual); e
e) o Imposto de Transportes Rodoviários (Local).

14.5.5.2 Cálculo do Frete Aéreo

As bases para cálculos do frete aéreo são estabelecidas pelas tarifas específicas
de cargas, aprovadas pela Associação de Transporte Aéreo Internacionais.

Para se achar o valor do frete, enquadra-se a mercadoria a ser transportada no


item da Tarifa de Carga Aérea.

Normalmente, a tarifa aérea é cobrada por peso. Quando o volume da carga


excede a sete metros cúbicos em cada 1.000 Kg, deve-se transformar seu volume excedente
em seu correspondente em peso.

Assim, com base naquelas três variáveis (valor, peso e volume) e utilizando as
tabelas de tarifas das empresas aéreas, pode-se, facilmente, calcular o custo do transporte por
via aérea.

Entretanto, para obtenção do custo final do transporte aéreo, devem ser


acrescentadas ao custo do transporte (Frete) as seguintes despesas inerentes ao transporte.
a) seguro da mercadoria;
b) armazenagem no Aeroporto; e
c) capatazia (taxa alfandegária).

14.5.5.3 Análise do Aspecto da Segurança

Como já foi dito, nem sempre o mais barato é o melhor. Dessa forma na
determinação de um transporte, além do aspecto econômico, deve ser levado em consideração
também o aspecto da segurança.
336 MCA 67-1/2007

A Segurança da carga pode ser obtida não somente pela escolha do meio de
transporte, mas também pela determinação do tipo de embalagem. Entretanto, devido ao
elevado custo das embalagens especiais, cabe o confronto desse custo com os custos dos
diversos meios de transportes considerando-se que cada meio de transporte requer, sob o
aspecto da segurança, embalagens distintas (mais ou menos reforçadas).

A utilização de qualquer meio de transporte deve ser planejada com


antecedência suficiente para garantir entre outras coisas um estudo de viabilidade entre os
diversos meios disponíveis.

Se não for feito esse planejamento, corre-se o risco da falta de opção e de


contratação com o tempo inadequado a uma negociação, mesmo quando o meio a ser
contratado é recomendado.

14.5.6 A ESCOLHA DO TRANSPORTE

Aqueles que dependem de contratação de transporte, quer para escoar seus


produtos, quer para adquirir matérias-primas ou equipamentos, devem tratar o serviço de
transporte da mesma forma que compram qualquer mercadoria, isto é, devem analisar o preço
ofertado e a qualidade do serviço.

14.5.6.1 Análise do Aspecto Econômico

Para esta análise, além de estudar dados comparativos de preço de frete, que
dependem da contratação de transporte, precisam relacionar as várias prestadoras de serviços
de transporte com base em diversos índices de pré-qualificação, considerando sempre que as
transportadoras que fornecem serviços rápidos, normalmente, cobram tarifas relativamente
altas;

A expedição de determinada carga por via marítima, em geral com custo mais
baixo, é, todavia, a forma mais lenta para o transporte, o que não significa ser esse o meio de
transporte mais econômico para uma determinada empresa, uma vez que interesses comerciais
da mercadoria a ser transportada possam ter influência direta ou indireta na sua produção ou
no seu faturamento.

Assim, antes da determinação do meio de transporte a ser utilizado, devem ser


analisados tanto o custo dos fretes dos meios alternativos como a qualidade e presteza do
serviço.

14.5.7 RACIONALIZAÇÃO DO TRANSPORTE

Outro aspecto muito importante dos transportes é a racionalização, ela poderá


se verificar através da unitização de cargas, consolidação e containerização.

14.5.7.1 Unitização de Cargas

É a arrumação de diversas cargas, geralmente do mesmo cliente, de forma a


eliminar qualquer possibilidade de tratamento individual a cada carga.
MCA 67-1/2007 337

A unitização é obtida através do uso de pallets, engradados, embalagens


padronizadas e containers.

O simples processo de unitização de cargas além de oferecer imediata redução


do custo final do frete, apresenta as seguintes vantagens:
a) permite a identificação das diversas cargas como um todo;
b) possibilita maior segurança, pois evita o extravio de pequenos volumes; e
c) possibilita maior rapidez na movimentação com a conseqüente diminuição
das operações de carga e descarga.

As cargas unitizadas permitem o transporte direto do ponto de origem até o


ponto de destino com o mínimo manuseio de pequenos volumes ou de volumes de dimensões
diversas, facilitando, dessa forma, as operações de carga e descarga e minimizando o custo
homem/hora.

Para a minimização dos custos de manuseio da carga, a unitização deve ser


sempre nas maiores dimensões possíveis, observadas as capacidades dos equipamentos de
movimentação de carga disponíveis.

14.5.7.2 Consolidação de Carga

É uma concepção de racionalização de transporte que tem como ponto básico o


processo de unitização.

Considera-se na consolidação de cargas, o acolhimento de diversas


mercadorias de diversos pontos intermediários e pré-estabelecidos, com o objetivo de unitizar
a carga, formando um único todo.

A consolidação teve origem na necessidade de formação de lotes econômicos


de cargas, tendo em vista as taxas mínimas habitualmente cobradas pelas transportadoras.

Com a evolução das técnicas de transporte, o processo de consolidação de


cargas assumiu posição de destaque como um dos elementos redutores do custo de transporte,
evitando pequenos despachos de mercadorias e propiciando ao contratante do transporte poder
de negociação.

O processo de consolidação de cargas apresenta, dentre outras, as seguintes


vantagens:
a) a minimização do diligenciamento;
b) a minimização do transporte;
c) a possibilidade de unitização;
d) o recebimento único; e
e) na FAB deve ser realizada para volumes com o mesmo destino, ou seja, a
mesma OM.
338 MCA 67-1/2007

14.5.7.3 Containerização

Constitui norma nova e revolucionária técnica de transporte de carga com a


utilização de container que são enormes caixas metálicas padronizadas, especialmente
idealizadas e construídas para o manuseio e transporte unificado de grandes quantidades de
carga.

A partir do momento que um container é fechado, sua carga permanece


intocável até a chegada ao destino final, depois de ter sido transportado indistintamente por
qualquer meio de transporte como uma única unidade de carga ao longo de todo o percurso.

O container foi desenvolvido para ser utilizado indistintamente em qualquer


meio de transporte, é facilmente adaptável a caminhões do tipo cavalo mecânico.

Em função do desenvolvimento dessa técnica e principalmente devido a grande


utilização dos containers nos transportes internacionais, houve inicialmente necessidade de
adaptação de navios cargueiros e posteriormente, a construções de navios especialmente
desenhados para o seu transporte: os "containers-ship".

Para apoio às operações de transporte de containers, foram criados também


terminais marítimos de carros-pranchas de estradas de ferro ou para colocação em caminhões.

Naturalmente, existem vantagens na utilização de containers, quais sejam:


a) maior rapidez no manuseio;
b) menor custo de embalagem;
c) maior segurança;
d) menor prêmio de seguro;
e) isenção de taxas de armazenamento portuária;
f) dispensa armazenagem em área coberta; e
g) possibilita o transporte porta/porta.

OBS.: Existem vários tipos de containers.

14.5.8 TRANSPORTE INTERMODAL

O transporte intermodal é resultante da integração de dois ou mais meios de


transporte sob o amparo de um único documento de despacho que cobre todo o percurso,
independente do meio de transporte. Assim, é utilizado para atendimento de longas distâncias
de mercadorias que necessitam ser redespachadas a cada ponto de transbordo (Anexo M).

14.5.8.1 Condições de Funcionamento

O adequado funcionamento do transporte intermodal depende, basicamente,


das seguintes condições:
a) existência de terminais terrestres e portuários adequados; e
b) existência de equipamentos especializados para manuseio e transbordo.
MCA 67-1/2007 339

Quanto à mercadoria, salientamos que o transporte intermodal está


extremamente ligado à sua unificação, de modo que ela tenha o mesmo tratamento desde o
produtor até o destino final.

14.5.8.2 Aplicação

O transporte intermodal já é uma realidade nos transportes internacionais sob a


modalidade porta/porta, com a integração de vários sistemas de transportes em torno de uma
unidade de carga, compreendendo as seguintes fases:
a) transporte interno no país de origem, que segue desde a porta do produtor
até o porto ou aeroporto de embarque;
b) transporte marítimo ou aéreo, cobrindo o trecho internacional; e
c) transporte local no país de destino, desde o porto ou aeroporto de descarga
até o local de destino final.

14.5.8.3 Vantagens

São as seguintes as vantagens do transporte intermodal:


a) o barateamento dos fretes;
b) o barateamento das despesas portuárias; e
c) a contratação de uma única empresa de transporte para todo o segmento.

14.5.9 TRANSPORTE MODAL

É o método de transporte em que a carga é transportada diretamente, utilizando


um único veículo, em uma modalidade de transporte.
340 MCA 67-1/2007

15 REMESSA DE MATERIAL AO EXTERIOR

15.1 FINALIDADE

O presente capítulo tem por finalidade estabelecer preceitos e procedimentos


para a remessa de material ao exterior na área comercial e seu retorno às Organizações
remetentes.

15.2 PROCEDIMENTOS PARA REMESSA DE MATERIAL AO EXTERIOR

O material a ser enviado ao exterior para revisão, reparo, calibração, garantia e


devolução, na área comercial, deverá ser remetido de acordo com procedimentos bem
detalhados, que garantam o perfeito controle de todas as fases, desde sua remessa até o seu
retorno.

15.2.1 DAS ORGANIZAÇÕES REQUISITANTES

15.2.1.1 Certificar-se da disponibilidade de recursos financeiros suficientes, na Comissão de


Compra responsável pela área de abrangência da oficina que efetuará o serviço desejado.

15.2.1.2 Cumprir todas as atividades inerentes ao sistema de controle informatizado.

15.2.1.3 Enviar Fax coletivo às CAB W/E e DARJ solicitando autorização para recolhimento,
informando o tipo de serviço a ser realizado e, após definição quanto à oficina revisora pelas
Comissões, emitir o documento de remessa de material ao exterior, “INVOICE”, formulário
do Anexo Q, preenchido corretamente, observando, principalmente, o peso e a cubagem do
material. No caso em que já exista autorização prévia para recolhimento, desconsiderar a
proposição acima (consultar a CABW).

No caso de a DIRMAB definir uma determinada organização para realizar o


processo de requisição de uma Unidade definida como “usuário eventual”, aquela
organização, definida pela DIRMAB, solicitará às CAB a devida autorização para a remessa
do material ao exterior.

15.2.1.4 Emitir compulsoriamente o relatório de deficiência do item ou equipamento (RD)


“Deficiency Report” (Anexo R) ou “Rapport de Défectuosité” (Anexo S).

O “Deficiency Report” é preenchido pelo requisitante, por opção, no idioma do


país destinatário (no caso da França, o “Rapport de Défectuosité”) ou, obrigatoriamente, no
idioma inglês, uma vez que esse relatório é a base de interpretação técnica de que dispõem as
empresas responsáveis por sanar os defeitos. Não serão aceitos relatórios escritos total ou
parcialmente na língua portuguesa.

15.2.1.5 Embalar, acondicionar e etiquetar o material adequadamente conforme previsto neste


Manual .

15.2.1.6 Encaminhar o material ao DARJ, somente após autorização das CAB.

Nada impede que as Organizações Requisitantes não pertencentes ao SISMA


embarquem seus materiais em empresas comerciais, sem utilizar os serviços do DARJ.
MCA 67-1/2007 341

Entretanto, devem cumprir os prazos estabelecidos neste Manual no que diz respeito à
remessa da documentação para as Comissões de Compra e seguir a legislação aduaneira em
vigor. O não cumprimento dos prazos estabelecidos implicará em atrasos no desembaraço
alfandegário no exterior e pagamentos de taxas adicionais de armazenamento, que são de
preços elevadíssimos.

15.2.1.7 Acompanhar a evolução das suas requisições de serviço, através dos meios de
consulta disponíveis, controlando permanentemente os pedidos em aberto.

15.2.2 DOS USUÁRIOS EVENTUAIS

15.2.2.1 Comunicar à DIRMAB, a necessidade da remessa de material ao exterior, nos casos


previstos neste Manual, informando:
a) PN (número de peça);
b) nomenclatura;
c) nº de série;
d) categoria (consumo, reparável ou permanente);
e) “NSN” (“National Stock Number”) ou classe;
f) código federal do fabricante do item ou da empresa que executará o serviço
(na impossibilidade do código, informar: a razão social de um dos dois,
quantidade e preço de compra do item); e
g) recursos financeiros alocados para cobrir os serviços onerados (no caso de
revisão, manutenção ou calibração).

15.2.2.2 Aguardar o processamento da documentação pertinente por parte da Organização


Requisitante.

15.2.2.3 Emitir compulsoriamente o documento de Remessa de Material ao Exterior


“INVOICE” (Anexo Q), preenchendo-o corretamente, observando principalmente o peso e a
cubagem do material.

15.2.2.4 Emitir compulsoriamente o relatório de deficiência do item ou equipamento,


“Deficiency Report” (Anexo R) ou “Rapport de Défectuosité” (Anexo S).

O “Deficiency Report” é preenchido por opção, no idioma do país destinatário


(no caso da França, o “Rapport de Défectuosité”) ou, obrigatoriamente, no idioma inglês, uma
vez que esse relatório é a base de interpretação técnica de que dispõem as empresas
responsáveis por sanar os defeitos.

15.2.2.5 Embalar e acondicionar, adequadamente, o material, identificando-o com as etiquetas


requeridas para o tipo de remessa. As embalagens não deverão conter outras etiquetas.

15.2.2.6 Assim que receber a autorização da DIRMAB ou Unidade Requisitante, encaminhar


o material ao DARJ.

15.2.2.7 Sempre que julgar necessário, solicitar orientação da DIRMAB para cumprir os
passos descritos neste Manual.
342 MCA 67-1/2007

15.2.3 CONTROLE E EMBALAGEM

Para permitir o controle e o acompanhamento do material, as Organizações


Requisitantes seguirão os seguintes passos:

15.2.3.1 Requisição de Serviço

15.2.3.1.1 Na Área Comercial

Emitir no sistema informatizado de compra de material, uma requisição de


serviço, para cada unidade a ser remetida, mesmo que seja do mesmo PN, colocando a letra
“R” na quarta posição, para indicar que se trata de recolhimento de material ao exterior.

Cabe ressaltar que o sistema informatizado de controle de requisições poderá


emitir, automaticamente, o número da requisição de serviço.

Exceção feita aos itens sem nº de série, que são remetidos em lotes superiores a
50 unidades (ex.: VANES, BLADES, SEGMENTOS etc.), para os quais serão emitidas
requisições de serviço de até 10 unidades.

Exemplo de Requisição de Serviço na área comercial:

G L 1 R 1 0 0 3 8 A 3

OBS.: Incluir na requisição de serviço, no campo destinado a “comentários” os seguintes


dados:
a) número de série do item;
b) número do contrato, se houver, (para item em garantia); e
c) número da requisição ou recuperação (para item em garantia).

15.2.3.1.2 No FMS

Para conhecimento, os procedimentos de envio de material, cuja origem de


aquisição seja o FMS, serão os mesmos definidos para área comercial em conjunto com as
orientações contidas no capítulo 7, deste Manual.

Exemplo de Requisição de Serviço no FMS:

D B R S 5 V 5 0 0 1 2 5 0 1 / K C J

15.2.3.2 Ordem de Serviço

15.2.3.2.1 Abrir uma ordem de serviço “OS” no sistema de controle informatizado de


material, para cada unidade a ser remetida, mesmo que seja do mesmo PN, para
acompanhamento e registro de histórico de serviços do material (a “OS” poderá ser gerada
automaticamente, quando da inclusão da requisição de serviço). Tal “OS” deverá ser
concluída tão logo o material seja recebido sem discrepância.
MCA 67-1/2007 343

15.2.3.2.2 Exceção feita aos itens sem nº de série, que são remetidos em lotes superiores a 50
unidades (ex.: VANES, BLADES, SEGMENTOS etc.), para os quais deverão ser emitidas
ordens de serviço (OS) de até 10 unidades, coerente com a requisição de serviço emitida.

15.2.3.3 Invoice

15.2.3.3.1 Providenciar o documento de remessa de material ao exterior “INVOICE”


(Anexo Q), preenchendo todos os campos aplicáveis de sua competência (este documento
poderá ser gerado pelo sistema informatizado).

15.2.3.3.2 Informar no campo “REMARKS” do “INVOICE” se o item estiver sob garantia, a


data de sua expiração, todos os dados necessários à identificação do processo de compra ou
recuperação anterior e o endereço da empresa recuperadora.

15.2.3.3.3 Destino das vias do “INVOICE”:


a) 1ª e 2ª vias, serão remetidas ao DARJ juntamente com o material, em um
envelope colado externamente ao volume;
b) 3ª via, será plastificada e colocada na parte externa do volume;
c) 4ª via, permanecerá arquivada em poder do remetente; e
d) 5ª via, será remetida pela Organização, juntamente com uma cópia extra do
RD, à respectiva CAB, através da ECT (correio) com a máxima
antecedência possível. Esta via será utilizada pelas CAB para desembaraço
alfandegário do material.

15.2.3.3.4 Preencher um “INVOICE” para cada número de série ainda que do mesmo PN a
ser remetido. O preenchimento incorreto acarretará problemas junto à SRF na hora de se
efetuar o desembaraço alfandegário.

15.2.3.4 Relatório de Deficiência

Preencher o Relatório de Deficiência (RD), no idioma do País onde o item será


trabalhado ou em inglês, com base no RD emitido pelo operador ou pela Organização que
removeu/recolheu o item, dando às vias do RD a destinação prevista. Sendo que as 1ª e 2ª vias
deverão seguir dentro do volume, com o material.

15.2.3.5 Embalagem

15.2.3.5.1 Providenciar a embalagem e o acondicionamento do item de acordo com os


requisitos técnicos exigidos para o transporte do material ao exterior. Utilizar somente as
etiquetas referentes àquela embalagem.

15.2.3.5.2 Acondicionar cada unidade a ser remetida, mesmo que seja do mesmo PN, em
embalagens separadas, podendo ser consolidadas.

15.2.3.5.3 Anexar externamente em cada volume a terceira via do “INVOICE”,


7530DIRMA67-193 (Anexo Q) e mais as seguintes etiquetas:
a) em se tratando de material que requeira cuidados especiais no transporte e
manuseio, colar a etiqueta de alerta auto-adesiva, “FRAGIL/FRAGILE”
7530DIRMA67-164 (Anexo T); e
344 MCA 67-1/2007

b) se da pronta devolução do material ao Brasil, depender a solução de situação


de AIFP, deverá ser, também, colada a etiqueta de aviso auto-adesiva,
“AIFP/AOG” 7530DIRMA67-194 (Anexo U).

15.2.3.5.4 Em caso de reaproveitamento de embalagem atentar para que as etiquetas antigas e


outros letreiros ou marcações sejam retirados.

15.2.4 DO DARJ

15.2.4.1 Providenciar nova verificação quanto à numeração, pesagem e etiquetagem dos


volumes, acrescentando quaisquer novos dados julgados necessários.

15.2.4.2 Preencher nas vias do “INVOICE” recebidas com o material, os campos de sua
competência.

15.2.4.3 Dar os seguintes destinos às vias do “INVOICE”:


a) a 1ª via seguirá junto com o material, no interior de um envelope, que será
entregue ao transportador, seja ele comercial ou militar; e
b) a 2ª via permanecerá arquivada no DARJ.

15.2.4.4 Proceder à entrega do material ao CAN, com antecedência mínima de dois dias em
relação à data prevista de saída da aeronave em apoio ao SISMA e exercer controle sobre o
embarque. Os transportes dos volumes efetuados em aeronave da FAB deverão sempre ser
consolidados por destino em “PALLETS” separados, e com um manifesto de carga para cada
destino, a fim de facilitar o manuseio, conferência e desembaraço alfandegário, nos
respectivos destinos.

15.2.4.5 Proceder ao embarque do material em empresa comercial aérea ou marítima, de


acordo com os procedimentos previstos na instrução específica para Desembaraço
Alfandegário e utilizar-se sempre do frete tipo pré-pago (“prepaid”).

15.2.4.6 Informar e remeter às Comissões de Compra no exterior, com antecedência mínima


de 7 (sete) dias úteis no modal marítimo, e 2 (dois) dias úteis no aéreo, antes da chegada da
carga, os seguintes dados:

15.2.4.6.1 Embarque marítimo:


a) nome da Companhia Transportadora;
b) nome do navio;
c) BL original;
d) BL não negociável;
e) cópia da Invoice de cada item;
f) peso;
g) cubagem; e
h) data prevista para a chegada do navio no porto de destino.
MCA 67-1/2007 345

15.2.4.6.2 Embarque aéreo comercial:


a) nome da empresa;
b) número do vôo;
c) cópia da AWB;
d) cópia da Invoice de cada item;
e) peso;
f) número de volume (quantidade de volumes); e
g) data prevista para a saída da aeronave.

15.2.4.6.3 Embarque FAB:


a) prefixo da aeronave;
b) invoice de cada item (original);
c) manifesto de carga (original);
d) peso;
e) cubagem; e
f) data prevista para a saída da aeronave.

15.2.4.7 Informar, via fax, à Organização Requisitante remetente e as Comissões de Compra


no Exterior, os dados da remessa ao exterior ou lançar no sistema informatizado de controle.

15.2.5 DO ÓRGÃO DE SUPRIMENTO DO NÍVEL DIREÇÃO

15.2.5.1 Providenciar ou delegar a emissão e inclusão da requisição de serviço do usuário


eventual, com a sigla “DM” e código de projeto, definindo para o DARJ o local da entrega,
assim como a sua transmissão para a Comissão de Compra correspondente.

15.2.5.2 Gerenciar o processo até o recebimento do material, contactando os responsáveis


para que efetuem as transações porventura não submetidas.

15.2.5.3 Efetuar os contatos necessários com as CAB e Organizações, visando dirimir


possíveis dúvidas relativas ao processo de remessa do material.

15.2.5.4 Proceder ao acompanhamento das Requisições “DM” e efetuar o seu fechamento


quando do encerramento do processo.

15.2.5.5 Sempre que necessário, atualizar as tabelas de siglas e códigos de projetos e informar
às Comissões de Compra e as Organizações Requisitantes.

15.2.6 DAS COMISSÕES DE COMPRA NO EXTERIOR

15.2.6.1 Cumprir as fases de compra de material do SILOMS, no que for da sua competência,
objetivando um adequado controle do serviço a ser executado no item.

15.2.6.2 Dar a destinação adequada ao material.


346 MCA 67-1/2007

15.2.6.3 Solicitar a empresa recuperadora que cite em sua nota fiscal, fatura, “advice note” ou
equivalente, o número da requisição de Serviço/Ordem de Compra CAB ou referência para
tal, para possibilitar o fechamento do processo.

15.2.6.4 Alimentar os Sistemas de Controle de material com o “status” do andamento do


serviço.

15.3 RETORNO DE MATERIAL

As Organizações envolvidas deverão seguir os seguintes procedimentos:

15.3.1 DAS COMISSÕES DE COMPRA NO EXTERIOR

15.3.1.1 Fazer constar nos manifestos de carga, que deverão ser assinados, dados que
propiciem a perfeita identificação do material, bem como sua correta distribuição.

15.3.1.2 Consignar o material aeronáutico e/ou bélico ao Depósito de Aeronáutica do Rio de


Janeiro (DARJ).

Av. Brasil 5.176, Bonsucesso

Rio de Janeiro-RJ, Brasil, CEP 21040-361

Tel. 3865-2362/3865-2387/3865-2336

CNPJ 00394429/0045-21

15.3.1.3 Incluir na etiqueta de consignação o campo “Natureza e Qualidade da Mercadoria”


com os seguintes dados:
a) aircraft spares;
b) exportação definitiva ou exportação temporária;
c) material de uso sigiloso (aviação e/ou bélico), e
d) material de emprego militar (demais casos).

15.3.1.4 Informar e remeter ao DARJ, com antecedência mínima de 7 dias úteis para o modal
marítimo e dois dias úteis para o aéreo, antes da chegada da carga, os seguintes dados:

15.3.1.4.1 Embarque marítimo:


a) nome da companhia transportadora;
b) nome do navio;
c) BL original;
d) BL não negociável;
e) cópia da “INVOICE” de cada item, autenticada e assinada;
f) peso;
g) cubagem; e
h) data prevista da chegada do navio no porto de destino.
MCA 67-1/2007 347

15.3.1.4.2 Embarque aéreo comercial:


a) nome da empresa;
b) número do vôo;
c) cópia do AWB;
d) cópia da “INVOICE” de cada item, autenticada e assinada;
e) peso;
f) número de volume; e
g) data prevista de saída da aeronave.

15.3.1.4.3 Embarque FAB:


a) prefixo da aeronave;
b) cópia do “INVOICE” de cada item, autenticado e assinado; e
c) cópia do manifesto de carga assinado.

15.3.1.5 Remeter juntamente com o material toda a documentação pertinente.

15.3.1.6 Informar ao DARJ e as Unidades Requisitantes quando do retorno de material


exportado temporariamente, a fim de facilitar o controle e desembaraço alfandegário.

15.3.1.7 Exigir dos fornecedores e fabricantes que os mesmos façam constar dos
“INVOICES” o número das requisições que estão sendo atendidas, bem como as quantidades
de itens da requisição e o código NCM da mercadoria.

15.3.1.8 Envidar esforços para que marcações e etiquetas que evidenciem os atendimentos às
situações AIFP/AOG sejam afixadas aos volumes em questão.

15.3.1.9 Dar prioridade e remeter, via empresa comercial aérea, materiais para atender às
situações AIFP/AOG, utilizando-se, sempre que possível, de empresas de bandeira nacional.

15.3.1.10 Se a remessa for efetuada por empresa estrangeira, fazê-lo sempre do tipo frete pago
(“prepaid”), de forma a evitar processo específico para pagamento em moeda estrangeira.

15.3.2 DO ÓRGÃO DE SUPRIMENTO DO NÍVEL DIREÇÃO

Quando solicitado, indicar ao DARJ o local de entrega do material recebido do


exterior.

15.3.3 DO DEPÓSITO DE AERONÁUTICA DO RIO DE JANEIRO

15.3.3.1 Ao ser informado, pela respectiva CAB, do envio de material, através de empresa
aérea comercial ou empresa marítima, proceder imediatamente o desembaraço alfandegário.

15.3.3.2 Receber e proceder a correta distribuição do material oriundo do exterior, utilizando


a Guia de Movimentação de Volume (GMV).
348 MCA 67-1/2007

15.3.3.3 Se na abertura para conferência, separação e distribuição dos itens de um volume


consolidado geral for constatada discrepância de quantidade, seguir os procedimentos
estipulados na instrução específica para Solução de Discrepâncias.

15.3.3.4 Dar prioridade à distribuição do material destinado a atender situações de


emergência, utilizando, inclusive, empresas aéreas comerciais, quando for o caso, obedecendo
aos convênios existentes com a FAB ou quando devidamente autorizado pela OM
representante, pelo CELOG ou Órgão de nível Direção.

15.3.3.5 Manter controle atualizado de todo o material recebido do exterior e enviado às


Organizações requisitantes.

15.3.4 DAS ORGANIZAÇÕES REQUISITANTES

15.3.4.1 Acelerar o recebimento do material, dando prioridade aos itens causando situações de
emergência e os itens de maior valor, para que as possíveis discrepâncias sejam detalhadas em
tempo hábil e as reclamações realizadas dentro dos prazos de garantia.

15.3.4.2 Quando constar alguma discrepância, seguir os procedimentos estipulados neste


Manual.

15.3.4.3 Cumprir todos os eventos previstos para esta fase nos sistemas de controle
informatizado.

15.3.4.4 Remeter ao DARJ a 2ª via da Guia de Movimentação de Volume, devidamente


quitada.

15.4 CONSIDERAÇÕES GERAIS

15.4.1 TREINAMENTO DE PESSOAL

A DIRMAB convocará, anualmente, o pessoal envolvido com os processos de


recebimento, controle e remessa de material ao exterior para treinamento, onde serão
abordados os assuntos inerentes a essas atividades e ao desembaraço alfandegário.

15.4.2 CUIDADOS COM O MATERIAL

Todo material a ser remetido para reparo e calibração no exterior ou sob


garantia, deverá ser tratado como se utilizável fosse, principalmente nas operações de
manuseio, embalagens e transporte.

15.4.3 OBTENÇÃO DOS FORMULÁRIOS E ETIQUETAS

15.4.3.1 Os formulários constantes do anexo da presente instrução estão disponíveis na página


da DIRMAB, na INTRAER, no seguinte caminho: SIGMAB/gestão funcional/ publicações/
ICA/ ICA67-17. Quanto às etiquetas, poderão ser solicitadas à Imprensa Técnica, no
PAMAAF.

15.4.3.2 Invoice - Anexo Q

Formulário 7530DIRMA67-193 (CONSULTAR A IMPRENSA TÉCNICA),


INVOICE fabricado no formato 20 x 25 cm, em papel apergaminhado de 24 kg, emitido e
MCA 67-1/2007 349

distribuído pela Imprensa Técnica (PAMAAF) enquanto houver disponibilidade de estoque


ou emitido pelo sistema de controle de materiais e serviços;

15.4.3.3 Etiqueta de Aviso - Anexo T

Etiqueta auto-adesiva 7530DIRMA67-164, fabricada no formato 10,5 x 12,5


cm e pelo processo OFF-SET, em papel auto-adesivo, emitida pela Imprensa Técnica e
distribuída pelo PAMAAF.

15.4.3.4 Etiqueta de Aviso - Anexo U

Etiqueta auto-adesiva 7530DIRMA67-194, fabricada no formato de 6 x 12 cm


pelo processo OFF SET, em papel auto-adesivo, emitida pela Imprensa Técnica e distribuída
pelo PAMAAF.

15.4.4 PREENCHIMENTOS DOS FORMULÁRIOS

O preenchimento correto dos formulários é indispensável para evitar problemas


alfandegários, extravios de volumes e atrasos na execução dos serviços. Assim sendo cada
formulário, deverá ser preenchido de acordo com as orientações estabelecidas para cada
campo.

15.4.4.1 Invoice
(1) INVOICE NR - colocar o número do pedido de serviço, ou da requisição conforme
estabelecido neste Manual, exemplo: para a área comercial, GL4R40014A3 e para o
FMS, DBRS5V5001501/KCJ.
(2) FROM - o endereço completo do remetente, precedido de Comando da Aeronáutica e
nome da DIRMAB.

Exemplo: COMANDO DA AERONÁUTICA


DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO
PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DE SÃO PAULO - PAMASP
Av. Braz Leme, 3258 - Santana
02022-901 São Paulo - Brasil

(3) TO - nome do destinatário (Comissão de Compra, COMFIREM ou Adido) com


endereço completo:
a) quando o material destinar-se aos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA,
deverá ser usado o seguinte endereço:

BRAZILIAN AERONAUTICAL COMMISSION


1701-22ND STREET N.W.
WASHINGTON D.C. 20008.

b) quando o material destinar-se à INGLATERRA, os volumes deverão conter


o seguinte endereço:

STERLING CONTINENTAL SERVICES LTD


UNIT 2 - THE HESTON CENTRE
INTERNATIONAL AVENUE
350 MCA 67-1/2007

HOUNSLOW - MIDDLESEX TW5 9NZ


FOR: BRASILIAN AERONAUTICAL COMMISSION IN EUROPE
LONDON WC1N 3DP

c) tratando-se de material destinado à FRANÇA, o endereço será o seguinte:


STERLING CONTINENTAL SERVICES
C/O AIR EXPRESS INTERNATIONAL FRANCE AS
AEROGARE DES AGENTS DE FRET
MAGAZINS 60/61
AEROPORT CHARLES DE GAULE
95707 - ROISSY - FRANCE
FOR: BRASILIAN AERONAUTICAL COMISSION IN EUROPE
LONDON WC1N 3DP

d) tratando-se de material destinado à ITÁLIA, utilizar o seguinte endereço:


STERLING CONTINENTAL SERVICES
C/O AIR EXPRESS INTERNATIONAL ITALY SPA
VIA EUGENIO MONTALE, 18/24
20090 NOVEGRO DI SEGRATE (MI) - ITALY
FOR: BRAZILIAN AERONAUTICAL COMISSION IN EUROPE
LONDON WC1 3DP
(4) GUIA CAN - preencher com o número da Guia CAN.
(5) AWB/BL - número do “AIR WAY BILL” ou “BILL OF LADING”, conforme o meio
de transporte adotado.
(6) ETIQUETA CAN - número da etiqueta de volume, dado pelo CAN.
(7) SUBJECT - informar o motivo da remessa colocando uma das expressões, Revisão
(OVERHAUL), Reparo (REPAIR), Calibração (CALIBRATION), “Trade-in”,
Devolução (REPLACEMENT) ou Garantia (GUARANTY).
(8) DESCRIPTION - preencher com a nomenclatura do item.
(9) PART NUMBER - colocar o código de identificação do material (PN).
(10) QTY - a quantidade pertinente observando as orientações deste Manual.
(11) NSN - o número de estoque nacional ou a classe do material.
(12) SERIAL NUMBER - número de série.
(13) MRF - código e/ou nome do fabricante.
(14) PRICE US$ - o preço em dólar americano.
(15) NET WEIGHT - peso líquido do volume.
(16) GROSS WEIGHT - peso bruto do volume.
(17) RRD - o número do “Report of Requisition Discrepancy”.
(18) RD - número do “Deficiency Report” ou “Rapport de Défectuosité”.
MCA 67-1/2007 351

(19) NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul - Classificação aduaneira da mercadoria -


Código de 08 dígitos.
(20) REMARKS - acrescentar as observações julgadas oportunas, ou dados para os quais
os espaços de outros locais sejam insuficientes:
a) quando o material destinar-se à Inglaterra, para revisão, o campo
“REMARKS” deve conter as seguintes observações:

“TO THE BRITISH CUSTOMS AND EXCISE AUTHORITIES”. “THE


BRAZILIAN AIR FORCE GUARANTEES THAT LISTED CONTENTS ARE
AIRCRAFT COMPONENTS OF BRITISH ORIGIN”. “THESE COMPONENTS
WILL BE OVERHAULED BY THE MANUFACTURERS AND UPON
COMPLETION, WILL BE RETURNED TO BRAZIL”;

b) tratando-se de material destinado à França, o campo “REMARKS” deverá


conter as seguintes observações:

“AUX AUTORITÉS DOVANIÉRES FRANÇAISES”. “L’ARMEÉ DE L’AIR


BRÉSILIENNE CERTIFIE LES ITENS A COTÉ SONT COMPOSANTS DES
AVIONS D’ORIGINE FRANÇAISE”. “CES MATÉRIELS SERONT REVISÉ
CHEZ LES FABRICANTS ET APRÉS LES REVISIONS, LES MÉMES
MATÉRIELS, SERONT RETOURNÉS AU BRÉSIL”; e

c) tratando-se de material destinado à Itália, o campo “REMARKS” deverá


conter as seguintes observações:

“TO THE ITALIAN CUSTOMS AUTHORITIES”. “THE BRAZILIAN AIR


FORCE GUARANTEES THAT LISTED CONTENTS ARE AICRAFT
COMPONENTS OF ITALIAN ORIGIN”. “THESE COMPONENTS WILL
BE OVERHAULED BY THE MANUFACTURES AND UPON
COMPLETION, WILL BE RETURNED TO BRAZIL”.

(21) DATE, MANAGING DIRECTOR - o oficial de Suprimento responsável pela remessa


deverá datar o documento e assinar colocando o nome e posto.

15.4.4.2 Deficiency Report

(1) REPORT CONTROL NUMBER - número do relatório em ordem crescente anual.

(2) FROM - Organização de origem com endereço completo e telefone.

(3) TO - nome e endereço do fabricante ou da oficina responsável pelo último serviço.

(4) DATE DEFICIENCY DISCOVERED - data em que o defeito foi constatado.

(5) NOMENCLATURE - nomenclatura do item de acordo com o catálogo de peças.

(6) PART NUMBER - número da peça de acordo com a identificação no catálogo de peças.
352 MCA 67-1/2007

(7) SERIAL, LOT, BATCH NUMBER - número de série, número do lote ou número de
partida.

(8) NEW OR OVERHAULED - informar se o item é novo ou revisado.

(9) DATE MANUFACTURED, REPAIRED OR OVERHAULED - informar a data de


fabricação somente para os itens novos, e a data do reparo ou da revisão para os itens
que tenham sofrido esses serviços.

(10) QUANTITY - quantidade do item deficiente.

(11) OPERATING TIME AT FAILURE: (informar se a utilização do item é desde novo ou


revisão).
-SINCE NEW - Tempo de funcionamento desde novo;
-SINCE INSTALLED - Tempo de funcionamento desde instalado.

(12) CIRCUNSTANCES PRIOR TO DIFFICULTY - descrever os fatos e as circunstâncias


que determinaram a descoberta do defeito.

(13) DESCRIPTION AND CAUSE OF DIFFICULTY - descrever os sintomas e as causas


prováveis que podem ter provocado o defeito.

(14) TECNICAL INFORMATION - informar as documentações técnicas consultadas, para


localizar ou sanar o defeito.

(15) DATE - data da confecção do documento.

(16) CERTIFYING OFFICIAL - nome, posto e função do oficial responsável com a


respectiva assinatura.

15.4.4.3 Rapport de Défectuosité

(1) NÚMERO DU RAPPORT - numerar o relatório em ordem crescente anual.

(2) ORIGINE - colocar o nome e o endereço da Organização que observou o defeito.

(3) DESTINATION - nome e o endereço do Fabricante ou, da Oficina Estrangeira


responsável pela última revisão.

(4) DATE DE DÉCOUVERTE DU DÉFAUT - a data do descobrimento do defeito.

(5) NÚMERO NATIONALISÉ - o número de estoque nacional caso conhecido.

(6) DÉSIGNATION - nomenclatura do item segundo o catálogo de peças.

(7) RÉFÉRENCE - colocar o P/N do item segundo a identificação do catálogo de peças.

(8) NÚMERO DE SÉRIE, DU LOT, OU D’ISSUE - número de série, o número do lote ou


o número de partida.
MCA 67-1/2007 353

(9) NOUVEU DU REVISÉ - informar se o item é novo ou revisado.

(10) DATE DE FABRICATION, REPARATION OU RÉVISION - data de fabricação para


os itens novos e a data do reparo ou da revisão para os itens usados.

(11) QUANTITÉ - quantidade do item deficiente.

(12) TEMPS D’OPERATION: DEPUIS FABRICATION, DEPUIS MONTAGE - informar


se a utilização do item é desde novo ou revisão.

(13) HEURES - número de horas, ciclos, pousos, tiros que o item funcionou desde novo e
desde a última instalação (Não enviar nenhum Relatório de Deficiência sem informar o
tempo de funcionamento desde novo ou desde a última instalação).

(14) SUIVI DE - informar se o item é acompanhado de ficha matrícula de equipamento


CFME ou ficha seguidora (FS).

(15) CIRCUNSTANCES DU SURGISSEMENT DU DÉFAUT - descrever os fatos e as


circunstâncias que determinaram a descoberta do defeito.

(16) DESCRIPTION ET CAUSE DU DÉFAUT - fazer a descrição do defeito encontrado e


as causas prováveis.

(17) RENSEIGMENTS TECHNIQUES - informar as Ordens Técnicas ou Catálogos de


Manutenção pesquisados para detectar ou sanar a pane.

(18) CERTIFIÉ PAR L’OFFICIER CIDESSOUS - nome, posto e função do Oficial


responsável, com a respectiva assinatura.
354 MCA 67-1/2007

16 DESEMBARAÇO ALFANDEGÁRIO

16.1 FINALIDADE

Este capítulo tem por finalidade estabelecer preceitos e procedimentos,


disciplinando atribuições e definindo responsabilidades no despacho aduaneiro de todo o
material de interesse do Comando da Aeronáutica (COMAER) no País ou remetido ao
exterior, obedecendo à legislação aduaneira pertinente.

16.2 ATRIBUIÇÕES

16.2.1 Ao CELOG compete:


a) certificar-se de que as informações sobre despacho aduaneiro com vistas a
atender solicitações do BACEN e da Receita Federal sejam enviadas à
SEFA oportunamente;
b) acompanhar todos os saldos de Contratos de Câmbio em vigor no
COMAER;
c) controlar o registro de todos os Elos do SISDAER, bem como a autorização
para a criação de novos ELOS;
d) autorizar e coordenar o desembaraço alfandegário fora da área do Rio de
Janeiro;
e) providenciar o treinamento do pessoal necessário à realização das atividades
de despacho aduaneiro;
f) informar ao DARJ, com antecedência mínima de dez dias úteis, a data da
missão ao exterior da aeronave engajada no apoio logístico; e
g) notificar a todos os Órgãos e Elos do SISDAER as mudanças de rotina
afetas ao despacho aduaneiro exigidas pelo BACEN e Receita Federal.

16.2.2 À Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica compete:


a) informar ao CELOG as situações em que o COMAER poderá ser penalizado
pelo BACEN em virtude de problemas de procedimentos inadequados
praticados no despacho aduaneiro;
b) notificar o CELOG mudanças de rotina afetas ao despacho aduaneiro
exigidas pelo BACEN;
c) informar ao DARJ, aos Gerentes de Projetos e/ou Presidente de
CONFIREM (Gerentes de Contratos), ou às Organizações responsáveis pelo
despacho aduaneiro, após solicitação dos mesmos, o número dos contratos
de câmbio que serão utilizados no desembaraço alfandegário dos materiais
adquiridos no exterior, com custeio realizado com recursos do tesouro
nacional (quaisquer gestões e fontes); e
d) informar ao DARJ, aos Gerentes de Projetos e/ou Presidente de
CONFIREM (Gerentes de Contratos), ou às Organizações responsáveis pelo
despacho aduaneiro, após solicitação dos mesmos, o número dos ROF que
serão utilizados no desembaraço alfandegário dos materiais adquiridos no
exterior com recursos custeado por financiamento , assim como manter um
efetivo controle dos mesmos junto ao BACEN.
MCA 67-1/2007 355

16.2.3 Às Bases Aéreas Alfandegadas compete:

Informar ao CELOG e ao DARJ, quando da chegada de aeronave militar


proveniente do exterior , que esteja transportando material com necessidade de processamento
do despacho aduaneiro.

Comunicar ao Chefe da Unidade Aduaneira Jurisdicionante, com antecedência


mínima de 24 horas, a chegada de aeronave militar proveniente do exterior, que esteja
transportando material de uso aeronáutico.

OBS.: Caso a autoridade fiscal não compareça à Base Militar Alfandegada no prazo de até
uma hora após o horário previsto para a chegada da aeronave, o comandante da aeronave
poderá proceder a descarga dos materiais, independentemente da formalização da visita
aduaneira, sem prejuízo da posterior apresentação dos documentos exigidos pela SRF,
conforme Instrução Normativa da SRF n.º 59, de 03 de julho de 1997.

16.2.4 Às CAB compete:

a) remeter todo o material adquirido e informar ao DARJ, o número do


contrato comercial e respectivas invoices, relativo ao embarque, quando for
o caso;

b) remeter ao DARJ o pré-alerta, contendo todas as informações necessárias à


emissão das Declarações de Importação (DI), usando como base o anexo B;

c) nos embarques marítimos, informar e remeter ao DARJ, ou à UG


responsável pelo despacho aduaneiro, com antecedência mínima de sete dias
úteis antes da chegada da carga, o pré-alerta com os seguintes dados: nome
da agência marítima, nome do navio, BL original, “invoices” devidamente
autenticados, peso, cubagem e data prevista da chegada do navio no porto de
destino;

d) nos embarques aéreos, informar e remeter ao DARJ, ou à UG responsável


pelo despacho aduaneiro, com antecedência mínima de dois dias úteis antes
da chegada da carga, o pré-alerta com os seguintes dados: nome da empresa
aérea, cópia do AWB, “invoices” devidamente autenticados, peso, número
do volume, cubagem e data prevista para chegada da aeronave no Brasil;

e) informar ao DARJ e a OM que recolherá o material, via fax, a autorização


para remessa do material ao exterior para reparo;

f) informar ao DARJ o retorno de material sob o regime de exportação


temporária, mencionando o AWB ou BL, o manifesto de carga, “invoice” de
remessa ao exterior e o número de processo de exportação;

g) retornar para o Brasil os materiais sob o regime de exportação temporária


com manifesto de carga e AWB/BL exclusivos para cada processo de
exportação; e

h) consignar o AWB ou BL em nome do DARJ, ou da UG responsável pelo


despacho aduaneiro, informando o endereço completo, telefone para contato
e CNPJ.
356 MCA 67-1/2007

16.2.5 Às Unidades Aéreas/ESM, no que tange ao envio de material aeronáutico em situação


de AIFP/AOG no Exterior, compete:
a) informar ao DARJ, via FAX, quando houver missão no exterior e sua
duração;
b) informar ao DARJ, via FAX e telefone, a ocorrência de AIFP/AOG no
exterior;
c) confeccionar o Invoice de acordo com este manual;
d) especificar no Invoice o nome e o número do passaporte do militar que fará
a retirada do material no aeroporto de destino;
e) especificar no Invoice que o material deverá ser enviado ao exterior em
atendimento a uma situação de “AOG”;
f) providenciar embalagem adequada para o material, bem como colocar na
embalagem a etiqueta de “AOG”, evitando-se embalagem de madeira;
g) atentar para a correta identificação do item em relação à documentação
(invoice); e
h) entregar o volume no DARJ à Seção de Exportação nos dias úteis (horário
de expediente) e nos dias não úteis ou fora do horário de expediente, ao
despachante de sobreaviso.

16.2.6 Ao DARJ e às Seções de Despacho Aduaneiro, quando ativadas, compete:

16.2.6.1 Procedimentos nas importações de materiais recebidos através das cia aéreas (via
comercial):
a) receber o pré-alerta com as informações do material que será
desembaraçado e providenciar a retirada do Conhecimento Aéreo (AWB)
nas companhias aéreas ou agentes de cargas;
b) analisar a documentação recebida, junto com os documentos retirados nas
companhias aéreas ou nos agentes de carga, verificando sua exatidão;
c) verificar se a carga está disponível no MANTRA. Caso esteja indisponível,
procurar a companhia aérea ou agente de carga para as devidas
providências;
d) verificar se a carga se refere a Contrato de Câmbio ou Registro de
Operações Financeiras (ROF), conforme informações das CAB ou Gerente
de Projeto, contidas no pré-alerta;
e) solicitar a SEFA o número dos contratos de câmbio que serão utilizados no
desembaraço alfandegário dos materiais adquiridos no exterior, com custeio
realizado com recursos do tesouro nacional (quaisquer gestões e fontes);
f) solicitar a SEFA o número dos ROF que serão utilizados no desembaraço
alfandegário dos materiais adquiridos no exterior com recursos custeado por
financiamento;
g) manter um efetivo controle dos saldos dos contratos de câmbio fornecidos
pela SEFA;
h) providenciar a nota de lançamento (NL) no SIAFI, para pagamento da taxa
de utilização do SISCOMEX;
MCA 67-1/2007 357

i) registrar no SISCOMEX a Declaração de Importação, de acordo com os


invoices e modalidade cambial empregada na importação;
j) providenciar a guia de isenção do ICMS, junto a Secretária Estadual de
Fazenda;
k) providenciar o requerimento para vistoria do Ministério da Agricultura,
quando for o caso;
l) juntar as seguintes documentações: AWB, invoices originais ou certificados,
guia de isenção de ICMS, requisição do Ministério da Agricultura (se for o
caso), extrato da DI;
m) providenciar o cálculo da tarifa de armazenagem junto a INFRAERO; e
n) retirar o material no TECA.

16.2.6.2 Procedimentos nas importações de materiais recebidos através das aeronaves da FAB
nas Bases Aéreas alfandegadas:
a) receber o pré-alerta com as informações do material e da Aeronave;
b) analisar a documentação recebida, verificando sua exatidão;
c) acompanhar a chegada da Aeronave na Base Militar Alfandegada; aguardar
durante uma hora o comparecimento do AFRF para providenciar a lavratura
do termo de entrada. Não ocorrendo o comparecimento de um AFRF após
uma hora da chegada da aeronave, armazenar todos os volumes no
respectivo recinto alfandegado;
d) verificar se a carga refere-se a contrato de câmbio ou Registro de Operações
Financeiras (ROF), conforme informações das CAB;
e) solicitar a SEFA o número dos contratos de câmbio que serão utilizados no
desembaraço alfandegário dos materiais adquiridos no exterior, com custeio
realizado com recursos do tesouro nacional (quaisquer gestões e fontes);
f) solicitar a SEFA o número dos ROF que serão utilizados no desembaraço
alfandegário dos materiais adquiridos no exterior com recursos custeado por
financiamento;
g) manter um efetivo controle dos saldos dos contratos de câmbio fornecidos
pela SEFA;
h) providenciar a nota de lançamento (NL) no SIAFI, para pagamento da taxa
de utilização do SISCOMEX;
i) registrar no SISCOMEX, a Declaração de Importação, de acordo com os
invoices e modalidade cambial empregada na importação;
j) providenciar a guia de isenção do ICMS, junto a Secretária Estadual de
Fazenda;
k) juntar as seguintes documentações: Manifesto de Carga, invoices originais
ou certificados, guia de isenção de ICMS, extrato da DI; e
l) retirar o material da Base Aérea Alfandegada.
358 MCA 67-1/2007

16.2.6.3 Procedimentos nas importações de materiais recebidos através das cia marítimas:
a) receber o pré-alerta com as informações do material que será
desembaraçado, e providenciar a retirada do Conhecimento Marítimo (BL)
nas companhias Marítimas;
b) analisar a documentação recebida , junto com os documentos retirados nas
companhias marítimas, verificando sua exatidão;
c) após a operação do navio, providenciar junto à agência marítima o
Conhecimento de Embarque Mercante (CE-Mercante), bandeira e manifesto
do navio. Confirmar a necessidade de termo de devolução de contêiner junto
à cia marítima;
d) liberar o CE-Mercante, junto à Marinha Mercante;
e) providenciar o termo de desistência de vistoria aduaneira para a Receita
Federal, caso não haja necessidade da mesma;
f) pegar o Número Identificador de Carga (NIC) junto ao Porto de descarga;
g) vincular NIC ao CE-mercante no site da marinha mercante
(www.mercante.transportes.gov.br);
h) verificar se a carga refere-se a contrato de câmbio ou Registro de Operações
Financeiras (ROF), conforme informações das CAB ou Gerente de Projeto,
contidas no pré-alerta;
i) solicitar à SEFA o número dos contratos de câmbio que serão utilizados no
desembaraço alfandegário dos materiais adquiridos no exterior, com custeio
realizado com recursos do tesouro nacional (quaisquer gestões e fontes);
j) solicitar à SEFA o número dos ROF que serão utilizados no desembaraço
alfandegário dos materiais adquiridos no exterior com recursos custeado por
financiamento;
k) manter um efetivo controle dos saldos dos contratos de câmbio fornecidos
pela SEFA;
l) providenciar a nota de lançamento (NL) no SIAFI, para pagamento da taxa
de utilização do SISCOMEX;
m) registrar no SISCOMEX a Declaração de Importação, de acordo com os
invoices e modalidade cambial empregada na importação;
n) providenciar a guia de isenção do ICMS, junto a Secretária Estadual de
Fazenda;
o) verificar o canal de conferência da DI (canal verde, amarelo ou vermelho);
p) providenciar a conferência aduaneira documental pelo AFRF quando o
canal de conferência da DI for amarelo, e a conferência documental e física,
no caso de canal vermelho;
q) providenciar junto ao Ministério da Agricultura a documentação necessária
para o prosseguimento do despacho aduaneiro;
r) providenciar o pagamento de taxa de armazenagem junto ao Porto de
descarga;
MCA 67-1/2007 359

s) juntar as seguintes documentações: BL, guia de isenção de ICMS,


documento declarado no Ministério da Agricultura, cópia do termo de
desistência de vistoria aduaneira, procuração de designação dos
representantes legais, extrato da DI, Comprovante de Importação,
documentação da carreta e do motorista; e
t) retirar o contêiner junto ao Porto de descarga.

16.2.6.4 Procedimentos nas exportações definitivas de materiais através das cias. aéreas (via
comercial):
a) receber o material da OM responsável pelo item, juntamente com o
respectivo invoice original, somente após autorização da CAB ou órgão
competente;
b) conferir o peso e a cubagem do material;
c) elaborar o manifesto de carga a partir do(s) invoice(s) do(s) material(is)
autorizado(s);
d) reservar o AWB junto a Cia. Aérea;
e) elaborar um Registro de Exportação (RE) e uma Declaração para Despacho
(DDE) para materiais, de acordo com o valor, conforme legislação
aduaneira vigente;
f) entregar o(s) material(is), etiquetado(s), na Cia. Aérea para efetuar presença
de carga; .
g) juntar os seguintes documentos em um envelope para protocolar a entrada
junto a Receita Federal (Parametrização): DSE ou RE/DDE, AWB com a
presença de carga, invoice(s) e manifesto de carga;
h) disponibilizar o material para o AFRF efetuar a conferência física e
documental;
i) entregar, em um envelope, o(s) invoice(s), o manifesto de carga original e o
documento de liberação da Secretaria da Receita Federal à Cia. Aérea, para
ser anexado ao Conhecimento Aéreo e seguir junto à carga até o destino
final;
j) comunicar à CAB ou órgão competente sobre a remessa do material ao
exterior, informando o AWB, o manifesto de carga, invoice(s) e os dados de
embarque;
k) comunicar à OM responsável pelo material sobre a remessa ao exterior,
informando o AWB, o manifesto de carga e os dados de embarque; e
l) caso não haja recursos financeiros disponíveis, consultar as CAB sobre a
possibilidade de ser feito frete a cobrar.

16.2.6.5 Procedimentos nas exportações definitivas de materiais através de aeronave da FAB:


a) receber o material da OM responsável, juntamente com o respectivo invoice
original, somente após autorização da CAB ou órgão competente;
b) elaborar o manifesto de carga a partir do(s) invoice(s) do(s) material(is)
autorizado(s);
360 MCA 67-1/2007

c) elaborar um Registro de Exportação (RE) e uma Declaração para Despacho


(DDE) para materiais, de acordo com o valor, conforme legislação
aduaneira vigente;
d) juntar os seguintes documentos em um envelope para protocolar a entrada
junto a Receita Federal (Parametrização): DSE ou RE/DDE, invoice(s) e
manifesto de carga;
e) disponibilizar o(s) material(is) para o AFRF efetuar a conferência física e
documental;
f) entregar em um envelope o(s) invoice(s), o manifesto de carga original e o
documento de liberação da Secretaria da Receita Federal, junto ao(s)
material(is), ao setor responsável pelo carregamento da aeronave, para
seguirem destino ao exterior;
g) comunicar à CAB ou ao órgão competente sobre a remessa ao exterior,
informando o manifesto de carga, invoice(s) e os dados de embarque; e
h) comunicar à OM responsável pelo material sobre a remessa ao exterior,
informando o manifesto de carga e os respectivos dados de embarque.

16.2.6.6 Procedimentos em Regime de Admissão Temporária:


a) receber o pré-alerta com as informações do material que será
desembaraçado e providenciar a retirada do Conhecimento Aéreo (AWB)
nas companhias aéreas ou agentes de cargas;
b) analisar a documentação recebida, junto com os documentos retirados nas
companhias aéreas ou nos agentes de carga, verificando sua exatidão;
c) verificar se a carga está disponível no MANTRA, caso esteja indisponível,
procurar a companhia aérea ou agente de carga para as devidas
providências;
d) registrar no SISCOMEX, a Declaração Simplificada de Importação (DSI);
e) iniciar o processo de Admissão Temporária junto à SRF;
f) providenciar a conferência aduaneira documental e física pelo AFRF;
g) providenciar o cálculo da tarifa de armazenagem junto a INFRAERO;
h) retirar o material no TECA;
i) observar os prazos para solicitação de prorrogação dos mesmos junto à
SRF; e
j) informar à DIRMAB, ao CELOG, à CAB e a UG responsável pelo material
sobre os prazos de prorrogação e que o material deverá ser devolvido ao
exterior, quando os prazos estiverem se esgotando.

OBS.:
1 - para os materiais dos Sistemas que não sejam geridos pelo COMGAP, o Órgão de Direção
Setorial responsável deverá consultar o CELOG/DARJ acerca dos procedimentos a serem
adotados.
2 - não há necessidade de se providenciar a guia de isenção de ICMS junto à Secretaria
Estadual da Fazenda.
MCA 67-1/2007 361

3 - Há obrigatoriedade de se providenciar um requerimento denominado Termo de


Responsabilidade, solicitando a admissão temporária junto à SRF.
4 - Sempre será utilizada a DSI com o número de processo de admissão temporária da SRF.
5 - Sempre haverá a conferência aduaneira em razão do canal de conferência ser o vermelho;
para controle do prazo de permanência no país de acordo com o preconizado em regulamento
aduaneiro, a fim de evitar a aplicação de multas pela SRF.
6 - Deve ser providenciado a baixa do termo de responsabilidade após a reexportação do
material.

16.2.6.7 Procedimentos em Regime de Exportação Temporária

Os procedimentos de exportação temporária seguem basicamente os mesmos


utilizados na exportação definitiva, com as seguintes diferenças:
a) a elaboração de carta padronizada pela SRF solicitando autorização para
exportação temporária;
b) a entrega protocolada, na SRF, da carta supracitada acompanhada do
Registro de Exportação (RE) e invoice do material;
c) o controle de permanência dos materiais no exterior, com o objetivo de
cumprir o prazo fixado pela SRF em regulamento aduaneiro para o retorno
do material ao país.

16.2.6.8 Procedimentos para atendimento de material em situação de AIFP/AOG no exterior:


a) após receber o volume da Unidade remetente, conferir se o Invoice está de
acordo com o preconizado neste manual;
b) verificar no Invoice se consta o nome e número do passaporte do militar que
fará a retirada do material no local de destino;
c) verificar junto ao Agente de Carga contratado pelo DARJ, a Cia Aérea que
realizará o transporte do material no menor tempo possível;
d) proceder ao despacho aduaneiro do material de acordo com os
procedimentos para a exportação definitiva do material;
e) solicitar ao Agente de Carga contratado pelo DARJ, que a Cia Aérea faça
constar no AWB, e que o material atende a um “AOG”; e
f) emitir FAX para a Unidade remetente, imediatamente após ao desembaraço
do material e entrega da documentação na Cia Aérea, informando os dados
de embarque.

16.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS


Os materiais importados e exportados deverão ser desembaraçados de acordo
com as normas exigidas pela Secretaria da Receita Federal, e por pessoas cadastradas no
Sistema de Comércio Exterior (SISCOMEX).
Ao DARJ e/ou às Seções de Despacho Aduaneiro deverão utilizar o código 40
(material de uso sigiloso), nas importações de materiais aeronáutico e bélico de aplicação nas
frotas de aeronaves, materiais de proteção ao vôo e demais materiais que contribuam para o
cumprimento da atividade operacional da Força Aérea Brasileira.
362 MCA 67-1/2007

17 ALIENAÇÃO DE MATERIAL AERONÁUTICO

17.1 FINALIDADE

A finalidade deste capítulo é padronizar os procedimentos de alienação de


material aeronáutico à luz das legislações vigentes.

17.2 DA COMPETÊNCIA

17.2.1 A autoridade competente para autorizar a alienação de aeronaves e seus equipamentos


específicos é o Comandante da Aeronáutica (A alienação de aeronaves, material bélico e seus
equipamentos específicos deverá ser proposta pelo respectivo Órgão de Direção Setorial ao
CMTAER, através do EMAER - Art. 145 do RADA).

17.2.2 A autoridade competente para autorizar a alienação dos demais itens aeronáuticos é o
Diretor de Material Aeronáutico e Bélico (Parágrafo 2º, do Art. 5º. da Portaria n.º 95/GM4, de
10 de dezembro de 1974).

17.2.3 O Diretor de Material Aeronáutico e Bélico poderá subdelegar competência, aos seus
Parques Centrais e Remotos, para alienação, exceto nos casos de licitação de caráter
internacional (Art. 6º. da Portaria nº 95/GM4, de 10 de dezembro de 1974).

17.2.4 A alienação de bens, subordinada à existência de interesse da Administração,


devidamente justificada, será precedida de vistoria, avaliação e licitação, dispensada esta nos
casos estabelecidos na legislação pertinente (Art.135 do RADA).

17.2.5 O ordenador de despesas da UG é o agente da administração responsável por


estabelecer os critérios de alienação, observadas as exigências legais (Art. 29, item XII, do
RADA).

17.2.6 Cabe ao agente diretor decidir, no âmbito de suas atribuições, todas as questões
administrativas que não tiverem doutrina fixada, em conformidade com a legislação vigente
(Art. 28, item IV, do RADA).

17.2.7 Todo material, aeronaves ou sistemas regidos por acordo governo-a-governo ou


governo-empresa-governo deverá ser submetido a um questionamento a Entidade fornecedora
sobre as restrições de venda do material em tela.

17.3 REFERÊNCIAS

17.3.1 Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993.

17.3.2 Portaria n.º 1275/GC3, de 9 de dezembro de 2004 – Aprova o Regulamento de


Administração da Aeronáutica (RADA).

17.3.3 Portaria n.º 95/GM4, de 10 de dezembro de 1974 – Alienação de material.

17.4 MATERIAL AERONÁUTICO

17.4.1 CLASSE DO MATERIAL

O material (inclusive aeronaves), para efeito de alienação, será considerado em


três classes distintas a saber:
MCA 67-1/2007 363

a) Classe A - material utilizável;


b) Classe B - material no estado; e
c) Classe C - sucata.

17.4.1.1 Classe A - Material Utilizável

Considera-se utilizável todo o material:


a) novo ou recuperado, em condições de uso, de aplicação exclusiva em
aeronaves não mais em operação no Comando da Aeronáutica;
b) em condições de uso no Comando da Aeronáutica, considerado em excesso
e/ou inativo.

OBS. 1: O material aeronáutico só poderá ser considerado “em excesso e/ou inativo” depois
de ser estudado, criteriosamente, pelo Parque Central do projeto e pela Diretoria de Material
Aeronáutico e Bélico, com a finalidade de se estabelecer, para cada item, uma quantidade
necessária para uso normal e outra para giro. Essa quantidade total fixada passará, então, a ser
o limite, a partir do qual o material será considerado “em excesso e/ou inativo”. Deverá ainda,
se necessário, ser estudada a possibilidade de sua desmontagem para aproveitamento de
componentes para atender a itens de suprimento. Após a desmontagem, os itens que não
forem aproveitáveis deverão ser enquadrados em uma das três classes tratadas no presente
manual.

OBS. 2: É compulsório que antes de ser realizado o processo de alienação, seja verificada a
compatibilidade dos itens com outros projetos da FAB, com vista a possíveis transferências,
conforme letra “b” do item 17.4.2.1.

17.4.1.2 Classe B - Material “no estado” (Aguardando Recuperação)

É todo o material aeronáutico de categoria “R, T, D, L - reparável” que,


estando completo e podendo ser enquadrado nas condições do item 17.4.1.1, necessita de
recuperação antes de ser utilizado.

17.4.1.3 Classe C - Sucata

São enquadrados como "sucata" todo o material:


a) sem condições de recuperação e de uso exclusivo em aeronaves não mais
em operação no Comando da Aeronáutica;
b) não aproveitável, resultante da desmontagem de um conjunto maior, com
vistas ao aproveitamento de determinados componentes;
c) das aeronaves acidentadas e condenadas, não enquadradas nas classes
A e B; e
d) condenado pelas Divisões de Manutenção e de Suprimento ou pelas
Inspetorias dos Parques e dos demais Órgãos do Sistema de Material da
Aeronáutica.
364 MCA 67-1/2007

17.4.2 RESPONSABILIDADE

17.4.2.1 Em cada Parque Central e Remoto, o Gestor de Material Aeronáutico (GMA) é o


responsável pelo Programa de Alienação de Material Aeronáutico, a ele cabendo:
a) preparar um planejamento de alienação anual informando à Administração a
existência de materiais possíveis de serem descarregados e possivelmente
alienados;
b) excluir do material disponível para alienação, os itens compatíveis com
outros projetos e de interesse da Unidade, relacionando-os e controlando
suas aplicações;
c) providenciar a segregação dos materiais por classes de material, conforme
definido no item 17.4.1 e armazená-los em local adequado, a fim de
aguardarem a análise da Comissão de Exame de Material; e
d) iniciar o processo de alienação do material aeronáutico descarregado e
acompanhá-lo até a sua conclusão.

17.5 FORMAS DE LICITAÇÃO

As alienações por licitação que trata este manual, deverão ser enquadradas de
acordo com a lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993.

As modalidades de licitação utilizadas na alienação de material aeronáutico,


sob forma de venda, são: a concorrência e o leilão, devendo ser observados os limites dos
valores pré-fixados pela legislação em vigor.

17.6 PROCESSO DE ALIENAÇÃO

17.6.1 FATORES GERADORES

A alienação de material aeronáutico se torna necessária ao constatar-se, pelo


Gestor de Material Aeronáutico ou por outro agente da Administração a:
a) existência de material obsoleto, inservível ou cuja utilização ou manutenção
seja antieconômica;
b) imobilização de capital resultante de estoques em quantidades maiores que
as recomendadas pela logística;
c) existência de material ocioso, supérfluo ou inservível, cuja alienação resulte
na eliminação de custos desnecessários, seja diminuindo as necessidades de
guarda e controle do material, seja liberando áreas físicas ou mão-de-obra
especializada; e
d) a alienação poderá, ainda, ser originada por determinação de Órgão Superior
competente.

17.6.2 PREPARO DO MATERIAL

Deverá ser realizado pelo GMA, conforme letra “c” do item 17.4.2.1, deste
manual.
MCA 67-1/2007 365

17.6.2.1 Material das Classes A e B

O material das classes A e B será previamente selecionado, inventariado e


identificado, adequadamente, e armazenado de acordo com instruções específicas.

17.6.2.2 Material da Classe C

Esse material deverá ser desmilitarizado ou descaracterizado, e segregado em


local apropriado e separado por tipos de matérias primas.

17.6.2.3 Aeronave

17.6.2.3.1 As aeronaves só poderão ser alienadas após sua desativação, de acordo com a
ICA 65-10, de 05/02/2002 (Suporte Logístico para Aeronaves em Desativação), e em
condições de vôo.

17.6.2.3.2 A preparação para translado envolve:


a) aeronaves em operação - fazer uma inspeção de pós-vôo de acordo com a
Ordem Técnica (OT-6) aplicável;
b) aeronaves retiradas da estocagem - cumprir a próxima inspeção periódica
em atraso e todas as inspeções especiais necessárias;
c) corrigir todas as discrepâncias de manutenção de Níveis Base e Orgânico,
reveladas pelas inspeções que afetem a segurança de vôo;
d) cumprir as Ordens Técnicas de ação imediata e urgente com prazo esgotado.
Somente o Comando Geral de Apoio (COMGAP) poderá dispensar o
cumprimento destas publicações;
e) realização de vôo de experiência;
f) verificação de todas as fichas e registros quanto ao completo e correto
preenchimento;
g) retirar das aeronaves os seguintes itens:
- equipamentos classificados como restrito e que o requisitante ou agente
não esteja autorizado a recebê-lo, conforme determinação do COMGAP;
- documentação sigilosa;
- equipamentos e componentes especificamente recomendados como não
alienáveis com a aeronave em questão;
- armamento, munição e correlatos, explosivos e conjuntos que contenham
narcóticos;
- material radioativo, conforme procedimentos específicos ou instruções do
COMGAP; e
- o restante do material que venha a ser determinado pelo COMGAP.

17.6.2.4 Material SSS

Esses materiais terão processo específico de alienação conforme capítulo 11


deste manual.
366 MCA 67-1/2007

17.6.2.5 Material Radiotivo

O descarte, o transporte e a alienação desses materiais devem seguir às


orientações/procedimentos estabelecidos pela CNEN (Comissão Nacional de Energia
Nuclear)

17.6.3 PROCESSO DE ALIENAÇÃO

17.6.3.1 O processo de alienação será iniciado toda vez que houver na Organização, material
enquadrado em pelo menos um dos fatores geradores estipulados no item 17.6.1 deste manual.

17.6.3.2 O Gestor de Material solicitará ao Agente Diretor (Anexo QQ), através de parte, que
seja designada uma Comissão para proceder ao “Termo de Exame de Material Disponível”
(Anexo SS) e outra para o “Termo de Avaliação de Bens” (Anexo TT).

17.6.3.3 A Parte do Gestor de Material deve ser acompanhada de uma relação de material
aeronáutico (Anexo RR), onde constem os dados relacionados a seguir (artigo 118 do
RADA). Deverão ser feitas tantas relações quantas forem necessárias, considerando-se que
materiais de classes diferentes não deverão fazer parte da mesma relação:
a) especificação descritiva do material, (P/N e Nomenclatura);
b) tempo de duração e data de inclusão em carga, quando tratar-se de material
categoria “P”);
c) quantidade e unidade;
d) valor do custo médio unitário e total;
e) razões do exame;
f) outros esclarecimentos julgados necessários.

17.6.3.4 O Agente Diretor, ao receber a Parte do Gestor do Material acompanhada da relação,


deverá nomear uma Comissão para Exame do Material, composta de 03 (três) membros dos
quais um, pelo menos, deverá ter conhecimento especializado ou técnico do material a
examinar, para que seja feita a sua descarga e retirada do estoque (Art. 119 do RADA).

17.6.3.5 A descarga do material e retirada do estoque (exclusão do Patrimônio e baixa em sua


escritura) deverá ser feita com base no Termo de Exame de Material e será autorizada pelo
Agente Diretor em despacho motivado no próprio documento, conforme Art. 130 do RADA.

17.6.3.6 Deverá ser confeccionado um Termo de Exame de Material para cada classe de
material onde suas páginas deverão ser rubricadas pelos membros da Comissão.

17.6.3.7 Em se tratando de descarga de aeronaves, o Agente Diretor deverá encaminhar à


Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico, cópia do Termo de Exame de Material para que
se possa providenciar a descarga da aeronave do acervo do COMAER.

17.6.3.8 A exclusão da aeronave do acervo do COMAER dependerá axclusivamente do


Termo de Exame de Material publicado em Boletim Interno da OM que a descarregou.
MCA 67-1/2007 367

17.6.3.9 Após a descarga, o Agente Diretor, designará a Comissão para avaliação do material
a ser alienado, composta de no mínimo três (03) membros, dentre eles, pelo menos um com
conhecimento técnico-profissional do material, e esta deverá, imediatamente, iniciar os
trabalhos, cujo resultado será registrado no “Termo de Avaliação de Bens”(Art. 137 do
RADA). Para o material disponível, destinado à alienação, o Termo evidenciará (Art. 141 do
RADA):
a) o estado do material;
b) o valor da aquisição;
c) o valor atualizado;
d) as razões da disponibilidade; e
e) a oportunidade ou conveniência da alienação.

17.6.3.10 Após a juntada: Parte do gestor com a Relação de Material a ser examinado, Termo
de Exame de Material Disponível e Termo de Avaliação de Bens, estes deverão ser
encaminhados ao Agente Diretor.

17.6.3.11 Ao receber os documentos citados no item anterior, o Agente Diretor deverá


encaminhá-los ao Diretor de Material Aeronáutico e Bélico para obter autorização para
alienação (Anexo UU). Em se tratando de aeronaves e seus equipamentos específicos, a
autoridade competente para autorizar a alienação é o Comandante da Aeronáutica (Art. 145
do RADA), e para os demais itens, de acordo com a classe do material, o Diretor de Material
Aeronáutico e Bélico.

17.6.3.12 De posse da autorização, o Agente Diretor, de acordo com o Art. 28, § 1º, inciso VI,
do RADA, designará uma Comissão de Licitação, composta de pelo menos 03 (três) Oficiais
que deverão tomar as providências necessárias para proceder a alienação do material em
questão, obedecendo o disposto no RCA 12-1 (RADA).

17.6.3.13 A referida Comissão, considerando os preços-base fixados pela Comissão que


procedeu ao Termo de Exame de Material Disponível e de Avaliação de Bens, definirá a
modalidade de licitação a ser utilizada para alienação do material aeronáutico, conforme
previsto no Art. 142, do RADA e Lei 8.666/93.

17.6.3.14 O Presidente da Comissão de Licitação deverá, inicialmente, determinar as


seguintes providências:
a) recebimento de toda a documentação pelo Secretário;
b) constituição de lotes, por natureza de material;
c) fixação de um preço mínimo pelo qual o material pode ser alienado;
d) elaboração de editais de convocação de proponentes;
e) elaboração de mapa comparativo de preços propostos;
f) abertura de atas, destinadas ao registro das reuniões para julgamento das
propostas apresentadas;
g) estabelecimento de condições preliminares julgadas necessárias, quando da
adjudicação;
368 MCA 67-1/2007

h) recolhimento e ajustes pelos proponentes vencedores, quando da retirada do


material; e
i) todas as outras julgadas necessárias para o correto andamento dos trabalhos
desenvolvidos pela Comissão.

17.6.3.15 Caso a autorização seja negada, o Diretor de Material Aeronáutico e Bélico deverá
determinar o destino do material.

17.6.3.16 Quando se tratar de licitação de caráter internacional, todo o processo deverá seguir
para o COMGAP que,após autorização, deverá ser encaminhado à CABW/E, através do
CELOG.

17.7 CONSIDERAÇÕES GERAIS

As Comissões designadas para examinar e avaliar o material aeronáutico,


poderão, em casos excepcionais, com autorização do Diretor de Material Aeronáutico e
Bélico, solicitar assessoria técnica de empresas vinculadas ao Comando da Aeronáutica,
mediante indenização por serviços prestados.

O produto arrecadado nas alienações deverá ser recolhido ao Fundo


Aeronáutico, conforme determinado no artigo 149 do RADA.

17.7.1 MODELO DAS FICHAS

Os modelos das fichas constantes dos anexos deverão ser confeccionadas e


digitadas pelas próprias Unidades.
MCA 67-1/2007 369

18 ARMAZENAGEM, MANUSEIO E TRANSPORTE DE MATERIAL BÉLICO

18.1 FINALIDADE

O presente capítulo tem por finalidade fornecer ao pessoal da FAB


informações detalhadas sobre as características das munições e dos explosivos e as
possibilidades de acidentes a que os mesmos estão sujeitos; estabelecer regras e instruções
capazes de reduzir ao mínimo os perigos que decorrem do transporte e armazenagem destes
materiais e divulgar informações gerais e específicas sobre métodos e práticas de segurança,
consagradas pela experiência, para a melhor salvaguarda do pessoal e do material nas citadas
operações.

18.2 COMPETÊNCIA

18.2.1 À Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), órgão central do Sistema de


Material Bélico, compete a supervisão geral sobre a segurança de tudo que se refere a material
bélico e estabelece regras gerais de segurança e certas regras especiais para serem aplicadas
na preparação, montagem, desmontagem, carregamento, armazenagem, manuseio, transporte
e manutenção de explosivos e munições.

18.2.2 Compete ao Parque de Material Bélico da Aeronáutica, a prestação de apoio logístico


de manutenção, de suprimento e de assistência técnica, bem como a atualização de
conhecimentos técnicos do pessoal que exerce atividades específicas com munições e
explosivos no âmbito do Comando da Aeronáutica.

18.2.3 Compete ao Comandante, Chefe ou Diretor de uma Organização da FAB‚ a


responsabilidade pelo cumprimento das normas de segurança de explosivos e munições de sua
Unidade. Por isso, deve instituir inspeções de modo a assegurar que todas as operações que
envolvam itens explosivos sejam conduzidas conforme os requisitos deste Manual, bem como
tomar ações imediatas para corrigir deficiências, discrepâncias e outros fatores negativos, com
a finalidade de manter o padrão de segurança.

18.2.4 Compete ao pessoal operador o conhecimento, a compreensão e a estrita observância


de todos os padrões de segurança, requisitos e precauções aplicáveis ao seu trabalho que
envolva a operação e o manuseio de explosivos, cabendo a cada um, individualmente:
a) relatar ao chefe imediato qualquer condição de insegurança que seja
encontrada no equipamento de trabalho ou no material em manuseio;
b) alertar a outrem que esteja em perigo iminente ou que não esteja cumprindo
as normas de segurança; e
c) estar preparado para tomar adequadas providências no caso de situações
perigosas ou acidentes.

18.3 PRECAUÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA


18.3.1 PRECAUÇÕES DO PESSOAL NO MANUSEIO

18.3.1.1 Supervisão

Todo item contendo carga explosiva ou especificamente explosivo deve ser


manuseado sob a supervisão direta de um elemento tecnicamente especializado, designado
370 MCA 67-1/2007

supervisor ou inspetor, e que possua conhecimentos práticos de todos os perigos


potencialmente existentes. O pessoal que manuseia com explosivos deve sempre lembrar que
sua própria segurança, bem como a segurança dos demais, depende sobretudo do cuidado
constante que deve ser posto em prática em todos os setores de trabalho. Todas as operações
com explosivos devem sempre visar o máximo de eficiência com o mínimo de exposição ao
risco.

18.3.1.2 Movimentação

Os explosivos devem ser movimentados cuidadosamente. Guinchos não


devem ser utilizados nas operações de manuseio com explosivos. Pregos não devem ser
aplicados nos cunhetes ou recipientes contendo explosivos. Os recipientes tais como cunhetes,
embalagens e outros, não devem sofrer queda nem serem arrastados, virados ou pisados. Itens
explosivos que se expostos tornam-se susceptíveis a uma iniciação por centelha (conforme
determinado por testes, caso necessário) ou suspeitos de terem tais características, devem ser
adequadamente protegidos durante seus deslocamentos e manuseio. Tais explosivos devem
ser conduzidos com as mãos ou deslocados com o auxílio de dispositivos de natureza tal que
não produzam centelhas. Os dispositivos auxiliares utilizados no deslocamento de explosivos,
quando as operações se processam na área de armazenagem ou no interior do paiol devem ser
firmemente apoiados não sendo permitido que esse apoio se faça sobre caixas, embalagens ou
cunhetes contendo explosivos.

Detonadores, iniciadores, dispositivos eletricamente ativados e outros itens


similares não devem ser transportados nos bolsos ou noutros meios que não nos seus
recipientes apropriados ou em caixas ou cunhetes designados para tal finalidade.

18.3.1.3 Ferramentas Neutras

Metais não ferrosos empregados nas ferramentas chamadas “Neutras” podem,


sob certas condições, produzir centelhas. Itens não metálicos, tais como borracha, madeira,
matéria plástica especial e outros, não oferecem segurança absoluta. Portanto, todo esforço
deve ser feito no sentido de eliminar as condições de perigo nas áreas de trabalho como
precaução fundamental de segurança contra a produção de centelhas nas proximidades de:
explosivos expostos e sujeitos a iniciação por centelha e atrito mecânico; explosivos em forma
de pó; concentração de vapores, fumaças ou gases provenientes de explosivos ou onde tais
condições possam ocorrer (ver Perigos Elétricos). Quando os trabalhos (salvo os de caráter
proibitivo) tiverem que ser executados em áreas onde se torne impossível eliminar as
condições de perigo com explosivos conforme acima citado, será necessário empregar-se
determinadas precauções e estabelecer procedimentos tais como o uso de ferramentas,
maquinarias e outros dispositivos conforme se façam imperativos no sentido de fornecer uma
operação de segurança sob as condições existentes.

18.3.1.4 Limpeza

Os locais contendo material explosivo devem seguir um programa de limpeza.


A limpeza deve ser feita quando os trabalhos estiverem parados. Os explosivos devem ser
retirados do prédio para a limpeza geral.

Quando houver acúmulo de explosivos, a estrutura do prédio, e todos aparelhos


equipamentos existentes devem ser limpos freqüentemente. Normalmente para limpeza de
assoalho contendo resíduos explosivos é usada água quente ou vapor. Os compostos de
MCA 67-1/2007 371

limpeza não devem ser abrasivos, devendo ser compatível com o explosivo. Quando a água
quente não puder ser utilizada, compostos de limpeza poderão substituí-la. Esses compostos
podem ser combustíveis porém não-voláteis e com ponto de fulgor abaixo de 110° C.

Compostos contendo cera não deve ser usados em assoalhos eletro condutores.
Onde explosivos contendo nitratos orgânicos estiverem presentes, que possam formar
compostos sensíveis com alcalinos cáusticos, a limpeza com alcalinos cáusticos é proibida.

18.4 GENERALIDADES

18.4.1 A proteção contra o fogo é de todas a mais importantes. A maioria dos incêndios que
envolvem os explosivos podem ser evitados. É uma obrigação de todo pessoal que manuseia
explosivos estudar as causas dos incêndios e conhecer completamente todas precauções de
segurança que devam ser tomadas para prevenir um acidente de fogo. Um dos maiores perigos
que envolve o explosivo é o excesso de calor. Alguns explosivos iniciam-se a temperaturas
substancialmente tão baixas quanto aquelas necessárias para iniciar a queima de papéis e
tecidos a]e esta ignição pode causar uma explosão. Devido a isso todos os esforços devem ser
tomados, a fim de prevenir um aumento de temperatura em torno do explosivo.

18.4.2 Como os recursos e os métodos de combate ao fogo variam em larga escala nos
diferentes postos, sendo afetados pelas condições locais, o Comandante estabelecerá normas
de proteção e combate ao fogo, levando em conta o perigo de incêndio capaz de causar sérios
acidentes com explosivos e munições e determinará que o serviço contra incêndio seja
organizado para trabalhos diurnos e noturnos e que haja treinamento uma vez por semana.

18.4.3 O calor descontrolado é um grande perigo para os depósitos de explosivos e munições.


Conseqüentemente, a mais importante regra onde existam explosivos e munições é evitar, em
qualquer fase de armazenagem, o calor desnecessário e excessivo.

18.4.4 Certos explosivos detonam com resultados devastadores, imediatamente após o contato
com uma faísca ou chama ou quando sujeitos a calor, fricção, ou a concussão.

18.4.5 Em vista de um incêndio nos depósitos de munições representar fato de extrema


gravidade, deve-se prestar especial atenção à necessidade de se elaborar, imediatamente, um
relatório exato sobre qualquer incêndio em tais circunstâncias.

18.5 PAIÓIS E ÁREAS DE PAIÓIS

18.5.1 MANUSEIO, ESTOCAGEM E DISPOSIÇÃO

18.5.1.1 Cuidados a serem observados no Manuseio de Explosivos

18.5.1.1.1 Embalagens contendo explosivos não devem ser arrastadas, roladas nem
submetidas a choques. Devem ser movidas cuidadosamente sobre locais não provocadores de
faíscas.

18.5.1.1.2 As ferramentas usadas não devem provocar faíscas, devendo-se preferencialmente


usar madeira ou plástico para o serviço.

18.5.1.1.3 O pessoal a trabalhar deve ser o mínimo, apenas o essencial.


372 MCA 67-1/2007

18.5.1.1.4 Deve-se utilizar um supervisor para cada operação.

18.5.1.1.5 Manusear a menor quantidade possível de cada vez.

18.5.1.1.6 Eliminar completamente a possibilidade de acidente provocado por agentes


externos, trabalhando-se em terreno limpo, de fácil controle, ambiente tranqüilo afastado de
áreas de manutenção e outros serviços.

18.5.1.1.7 Manter nas proximidades um serviço contra-incêndio em alerta com equipamento


portátil para defesa contra fogo. Um depósito de no mínimo 200 litros de água deve ser
mantido próximo ao local onde se manuseia explosivo.

18.5.1.1.8 Veículos com descarga de gases quentes não devem ser utilizados na área de
explosivos.

18.5.1.1.9 Detonadores, iniciadores, ignitores, cordéis detonantes e estopins, não devem ser
conduzidos dentro do bolso, ou caixa de ferramentas, etc. Devem ser conduzidos sempre
dentro de embalagens especiais.

18.5.1.1.10 O manuseio com explosivos somente deverá ser efetuado quando for previamente
planejado por um elemento especializado responsável, levando em consideração todos os
fatores de segurança existentes.

18.5.1.1.11 Medidas rigorosas serão tomadas para que o manuseio de munições, explosivos e
componentes, seja feito com o máximo cuidado.

18.5.1.1.12 As caixas de munição não serão manuseadas com ganchos de metal.

18.5.1.1.13 As pilhas de munição deverão ser estáveis.

18.5.1.1.14 Todos os itens deverão ser empilhados.

18.5.1.1.15 As caixas de empacotamento ou caixotes, contendo explosivos, não devem ser


abertos ou consertados num paiol, mas, sim, num edifício ao lado, especialmente designado
para esse fim, ou, em dia claro, ao ar livre, a uma distância suficiente, de conformidade com
as tabelas de quantidades de distância, porém nunca a menos de 40 metros.

18.5.1.1.16 Munições e componentes não serão alterados ou manuseados sem autorização


especial.

18.5.1.1.17 As munições, sempre que forem manuseados, deverão ser arrumadas por tipo, se
possível, e cada número de lote deve ser mantido no mesmo grupo.

18.5.1.1.18 Explosivos e munições não devem estar expostos à umidade, nem aos raios
diretos do sol. Se for necessário deixá-los temporariamente fora do paiol, eles devem ser
cobertos por uma lona, de modo que uma circulação de ar passe através das pilhas.

18.5.1.1.19 Munições e espoletas serão usadas somente em armas ou equipamentos para os


quais tenham sido especificados.
MCA 67-1/2007 373

18.5.1.1.20 Todo equipamento de manuseio inclusive calços, elevadores de carga, cabos para
guindar, etc. serão cuidadosamente examinados para se verificar se estão em boas condições
para a operação.

18.5.1.1.21 Os materiais devem ser reunidos, amarrados e colocados tão firmemente num
veículo de carga, que o movimento e a trepidação deste, ou qualquer manobra brusca, não
possam, em hipótese alguma, deslocá-los e, em conseqüência, danificá-los. As portas dos
veículos empregados na condução de munições, quer se tratem de vagão ou de caminhão,
devem estar fechadas antes que estes comecem a movimentar-se e durante todo o transporte
de carga.

18.5.1.1.22 Sempre que for planejado um serviço de manuseio, o fiscal desta operação deve
assegurar-se de que dispõe de todo o equipamento necessário e de que não lhe faltam meios
para terminar essas tarefas em prazo mínimo. Se, porém, houver possibilidade de o trabalho
prolongar-se até ao anoitecer, ou se a iluminação for insuficiente, o mesmo fiscal tomará
providências para que seja obtida a necessária iluminação, antes de ser iniciada a operação.

18.5.1.1.23 Antes de manusear e armazenar qualquer munição de fabricação estrangeira, o


pessoal designado receberá instruções detalhadas sobre a munição a ser manuseada com
referência particular aos pontos de perigo. Estas instruções devem ser ministradas, de
preferência, por um militar do país de procedência do material a ser manuseado e
armazenado. Toda munição desse gênero será armazenado numa parte separada do paiol.

18.5.1.2 Características Gerais dos Explosivos

Para que os cuidados específicos com munições, sejam melhor


conscientizados, é necessário que sejam conhecidas as propriedades inerentes a cada item.
Convém lembrar que a velocidade de produção de energia, caracteriza as substâncias
explosivas e permite classificá-las quanto ao emprego em:

18.5.1.2.1 Explosivos Iniciadores - Aqueles que são empregados, em mistos, para iniciação ou
excitação das cargas explosivas. São muito sensíveis ao atrito, calor e choque. Quando sob os
efeitos do fogo, explodem sem incendiar-se.

18.5.1.2.2 Explosivos Reforçadores - Servem como intermediários entre o iniciador e a carga


explosiva propriamente dita. Podem ser iniciadas pelo calor, atrito ou choque. Podem detonar
quando queimados em grande quantidade.

18.5.1.2.3 Explosivos de Ruptura - Constituem os alto-explosivos, propriamente dito. São


quase todos tóxicos.

18.5.1.2.4 Pólvoras - São utilizadas para propulsão ou projeção, e classificam-se em: pólvoras
químicas e mecânicas. Sua estabilidade é afetada pela umidade e pela temperatura elevada.
Classificam-se em:
a) pólvoras químicas – queimam rapidamente e, sob condições especiais de
iniciação, podem detonar com procedimento igual ao de qualquer outro
explosivo. As poeiras das pólvoras químicas são sensíveis ao atrito, chamas
e centelha. Usadas na propulsão dos projeteis; e
b) pólvora mecânica (pólvora negra, marrom e de mina) – contém nitrato de
potássio ou de sódio, enxofre e carvão, em mistura íntima. Muito sensível ao
374 MCA 67-1/2007

atrito, chama, calor e choque, propriedade que a torna um dos mais


perigosos explosivos para manuseio. È higroscópica. Usada em granadas de
exercícios, petardos, cordéis, espoletas, tiros de salvas e minas terrestres.

18.5.1.2.5 Artifícios Pirotécnicos - São engenhos destinados e produzir efeitos visuais ou


auditivos, ou provocar inflamação ou detonação de explosivos. Classificam-se em:
a) iniciadores – destinados a inflamação ou detonação (mechas, cordéis
detonantes, estopins, acionadores e acendedores); e
b) pirotécnicos propriamente ditos – são os que produzem efeitos luminosos,
fumígenos, incendiários, etc.

18.5.1.3 Cuidados na Estocagem

18.5.1.3.1 Os itens explosivos devem ser estocados em locais especialmente destinados a esse
fim.

18.5.1.3.2 A quantidade líquida de explosivos, a classe do item e o tipo de instalação aloja o


explosivo vão orientar a separação da área explosiva à outros locais que necessitem proteção.

18.5.1.3.3 A tabela de compatibilidade deve ser observada no ato da escolha do paiol.

18.5.1.3.4 O mapa de compatibilidade deve ser consultado para salvaguardar .

18.5.1.3.5 A Ordem Técnica referente ao equipamento e o presente Manual devem ser


igualmente consultados.

18.5.1.3.6 Os locais de estocagem de explosivos devem ser conservados limpos.

18.5.1.3.7 As áreas contendo explosivos devem ser cercados com tabuletas indicadoras. Essas
áreas devem ser bem guardadas, sendo proibido a entrada de pessoas estranhas, bem como de
materiais de fácil inflamação.

18.5.1.3.8 Os explosivos não devem ser armazenados desembalados.

18.5.1.3.9 A limpeza de materiais contendo explosivos deve ser feita em locais isolados,
afastados do local de armazenamento.

18.5.1.3.10 A limpeza do solo contaminado de explosivos deve ser feita com material
compatível com os explosivos, podendo ser feita normalmente com água quente, não devendo
ser usado composto de limpeza com cera nem elementos voláteis com baixo ponto de fulgor
(p.ex. gasolina, querosene, álcool, etc.).

18.5.1.3.11 Os materiais explosivos contendo nitroderivados ou azotados (a maioria dos


explosivos) são sensíveis aos álcalis cáusticos, sendo proibido o uso de substâncias alcalinas
cáusticas para sua limpeza (p.ex. soda cáustica).

18.5.1.3.12 Equipamentos ou veículos elétricos, ou movidos a combustão não devem ser


utilizados no interior do paiol.
MCA 67-1/2007 375

18.5.1.3.13 No paiol de explosivos só deverão ser estocados explosivos.

18.5.1.3.14 Líquidos inflamáveis não devem ser estocados com explosivos.

18.5.1.3.15 Os paióis devem ser inspecionados no mínimo semanalmente.

18.5.1.3.16 O interior do paiol deve permanecer limpo.

18.5.1.3.17 Tintas, óleos, gasolina, panos e outras matérias inflamáveis não devem ser
deixados num paiol.

18.5.1.3.18 Os pisos devem estar isentos de areia ou qualquer resíduo, resultante da


exsudação dos projeteis ou das dinamites. Remove-se a exsudação dos projéteis, limpando-se
os mesmos com panos umedecido em água morna.

18.5.1.3.19 Manchas oleosas no piso, constituídas por produtos de exsudação de certos


explosivos, podem ser removidas com uma solução de 1/2 quilo de sulfato de potássio em 2
litros de água e 2 litros de álcool comum, esfregando-se com um pano macio e posteriormente
lavando-se com água morna.

18.5.1.3.20 Qualquer material inflamável, como o acolchoamento e caixas, deve ser eliminado
ou reduzido ao mínimo em cada paiol.

18.5.1.3.21 O encarregado pela limpeza do local de armazenagem de explosivos deve tomar


todas as precauções de segurança, evitando, inclusive, o bloqueio de estradas de acesso às
áreas de explosivos.

18.5.1.3.22 Esse encarregado deve orientar todos os empregados sob sua fiscalização quanto
ao ensino e treinamento com os itens explosivos, meios de sair dos edifícios e áreas de
explosivos, a utilização de abrigos à prova de fragmentos, o uso de caixas de primeiros
socorros, o uso de equipamentos de combate ao fogo e os métodos para utilizá-los.

18.5.1.3.23 Deve relatar ao seu superior imediato, todos os casos de empregados que, na sua
opinião, não se adaptam ao trabalho para o qual foram designados.

18.5.1.3.24 Deve certificar-se da identidade de todas as pessoas que entram nos edifícios ou
áreas ou deles de aproximam, ainda que com autorização para entrar ou permanecer no
edifício ou área sob a sua responsabilidade. O encarregado tem autoridade para solicitar a
retirada de qualquer pessoa, cuja presença ou ações forem prejudiciais à segurança e deve
valer-se desse direito.

18.5.1.3.25 Os empregados serão admitidos nas áreas de explosivos somente nas horas de
serviço e ser-lhes-ão indicados os pontos designados para entrada e saída da área de
explosivos.

18.5.1.3.26 Querosene, gasolina e outros líquidos inflamáveis ou explosivos não serão


empregados nos arredores dos paióis ou de qualquer edifício em que estejam armazenados
explosivos ou munições. Óleos, tintas, etc, serão estocados em edifícios separados, distante da
área de explosivos.
376 MCA 67-1/2007

18.5.1.3.27 É aconselhável, no caso de paióis desprotegidos, prover a sua proteção por meio
de barreiras de terra de 1,5 m de espessura.

18.5.1.3.28 Esta barreira não deve conter capim seco, gravetos ou outro material inflamável.

18.5.1.3.29 Os explosivos e munições ao ser manuseados nunca deverão ser expostos


diretamente ao sol.

18.5.1.3.30 As quantidades máximas de munições e explosivos autorizadas nas estações


recebedoras de empacotamento serão limitadas pela distância de segurança dos edifícios
habitados, etc.

18.5.1.3.31 Não se deve permitir o crescimento de árvores a menos de 30 m de distância da


área de paióis.

18.5.1.3.32 Quaisquer condições de insegurança existentes nos paióis, fábricas ou áreas


expostas, ou perto dos mesmos, devem ser imediatamente reparadas, e prontamente
notificadas pelos empregados ao seu superior:
a) ocorrências incomuns na área dos paióis ou perto dela; e
b) incêndios de capim ou de floresta, mesmo pequenos, em locais perto de área
de paiol.

OBS.: Os guardas devem relatá-los sempre com detalhes que facilitam a determinação da
causa.

18.5.1.3.33 Não será permitido caçar nas áreas de paióis. Sempre que descobrir a presença de
caçadores fora da área de paióis, mas de modo a por em risco os conteúdos destes, um
relatório sobre essa transgressão será redigido ao respectivo Comandante, a fim de este tomar
as providências necessárias à punição dos transgressores.

18.5.1.3.34 As áreas de paióis devem ser protegidas por meio de cercas não acessíveis e todas
as entradas devem estar sempre fechadas seguramente ou guardadas por sentinelas.
Precauções especiais devem ser tomadas para guardar as áreas que não se encontrem
protegidas por meio de cercas adequadas.

18.5.1.3.35 Os aviões que voarem sobre área de paiol, a uma altitude inferior a 200 m, serão
observados para fins de identificação, sendo elaborado um relatório dos resultados da
observação.

18.5.1.3.36 Não será permitido à pessoa alguma levar fósforos ou outro dispositivo capaz de
produzir chama ou faísca, para um paiol ou área de paiol.

18.5.1.3.37 Todos os explosivos e munições devem ser estocados em edifícios construídos


isolados para esse fim, senão existir um edifício adequado, de acordo com as instruções
existentes.

18.5.1.3.38 As munições e explosivos devem ser estocados de modo a não ser criada uma
combinação de circunstâncias perigosas, que possibilite danificações estruturais resultantes da
inflamação de altos explosivos, incêndios, estilhaços, etc.
MCA 67-1/2007 377

18.5.1.3.39 As munições e explosivos, estocados em paióis, ou provisoriamente em edifícios


ou ao ar livre, devem ser armazenados pelo tipo e número de lote, de acordo com a tabela de
armazenagem permissível. Quanto às respectivas pilhas, é necessário acondicioná-las de
modo que todo recipiente fique acessível à inspeção, e não ofereça obstáculos a livre
circulação do ar.

18.5.1.3.40 Ao efetuar-se a armazenagem de materiais perigosos, deve-se ter o cuidado de


dispô-lo em tal ordem, que as avarias não se estendam por toda a área, em caso de incêndio ou
explosão em qualquer parte do mesmo. Cumpre lembrar que, uma explosão pode ocasionar
explosões progressivas.

18.5.1.3.41 Os paióis situados entre outros paióis que contenham explosivos de alto poder,
devem ser providos de material próprio para reduzir, ao mínimo, o perigo de incêndio ou
explosão de área para área.

18.5.1.3.42 O tipo e a quantidade do material que pode ser estocado num paiol, depende das
tabelas de quantidade e distância. Não se deve exceder estes limites.

18.5.1.3.43 Sempre que as munições ou explosivos estiverem sendo recebidos, transferidos,


armazenados ou preparados, o trabalho deve ser fiscalizado por um Oficial que tenha
conhecimento das regras sobre precauções no manuseio de munições, e que faça com que
todas as pessoas empenhadas neste serviço fiquem convencidas da necessidade de ter o maior
cuidado possível.

18.5.1.3.44 Qualquer trabalho perigoso, embora repetido e rotineiro, pode conduzir ao


descuido. Portanto, a segurança no manuseio e armazenagem de explosivos e munições requer
uma vigilância constante, a fim de se evitar acidentes.

18.5.1.3.45 É proibida a armazenagem de recipientes de produtos químicos num paiol com


piso de madeira.

18.5.1.3.46 A pessoa encarregada da armazenagem em um paiol é responsável pela


observação de todas as instruções de segurança, antes de deixar o edifício.

18.5.1.3.47 Os explosivos e munições em recipientes avariados, não serão estocados em paiol.


Esse recipientes serão consertados ou o seu conteúdo será transferido para recipientes novos
ou usáveis, sendo efetuado o conserto ou a transferência, de acordo com a instrução
precedente.

18.5.1.3.48 Os cumes das pilhas de munições devem ficar abaixo das vigas do telhado de cada
edifício, de modo a não alcançarem o espaço aquecido diretamente, logo abaixo do telhado.

18.5.1.3.49 A camada da base deve ficar acima do chão, cerca de 5 centímetros, para a
circulação do ar e como precaução contra a umidade, o que pode ser conseguido por meio de
um acolchoamento metálico, ou por estrado construído de madeira resistente.

18.5.1.3.50 Cada fileira ou pilha de munições deve ter uma ficha mostrando o número e o tipo
de material. Estas fichas devem ser conservadas em dia sempre que ocorrer uma mudança.
378 MCA 67-1/2007

18.5.1.3.51 As pessoas encarregadas dos paióis ou edifícios de estocagem devem conhecer


perfeitamente o acondicionamento dos conteúdos, a fim de serem capazes de localizar
prontamente qualquer tipo de munição ou componente.

18.5.1.3.52 As passagens devem ser mantidas de maneira que os artigos de cada pilha possam
ser inspecionados, inventariados e removidos para despacho ou uso.

18.5.1.3.53 As pilhas de munições não serão feitas a uma altura que possa por em perigo ou
manuseio, ou possa apresentar um peso inadequado para a camada mais baixa.

18.5.1.3.54 As munições em caixas presas com cordão ou corda, não serão movidas de modo
a enfraquecer ou partir o cordame, nem serão levantadas por meio de ganchos.

18.5.1.3.55 A identificação de cada lote deverá ser sempre mantida.

18.5.1.3.56 Será assegurada a livre ventilação de todas as partes de cada pilha, sendo usado,
quando necessário, o acolchoamento.

18.5.1.3.57 No caso de ser usado provisoriamente um edifício, as janelas deste devem ser
sombreadas, a fim de se evitar a ação direta dos raios solares.

18.5.1.3.58 Quando se empilhar caixas de munição, parcialmente usadas, as tampas devem


estar firmemente fixadas.

18.5.1.3.59 Cada artigo de munição e todo recipiente, devem estar secos e devidamente
limpos, isto é, sem areia ou qualquer resíduo, antes de serem estocados.

18.5.1.3.60 Os explosivos e munições em recipientes avariados, não devem ser estocados


juntamente com material em boas condições.

18.5.1.3.61 Deve-se prestar especial atenção aos recipientes de explosivos (notadamente, em


se tratando de pólvora finamente granulada ou outros explosivos, também finalmente
granulados), a fim de que nenhum de seus conteúdos possa escapar durante o manuseio ou a
armazenagem, pois, do contrário, poderia resultar grave perigo.

18.5.1.3.62 Os grãos de pólvora ou quaisquer outras partículas de material explosivo, caídos


dos recipientes quebrados, devem ser apanhados cuidadosa e imediatamente, devendo ser
paralisado todo o trabalho até a completa execução desta providência.

18.5.1.3.63 Se, ao examinar-se qualquer recipiente de explosivos, o mesmo não se achar em


estado satisfatório, o seu conteúdo deve ser transferido para um recipiente adequado, se
necessário, sendo marcado com uma etiqueta nova.

18.5.1.3.64 Explosivos e munições devem ser empaiolados em pilhas, por número de lote, o
lote mais antigo deverá ser preferencialmente consumido.

18.5.1.3.65 Todas as caixas e recipientes devem ser estocados, de modo que as respectivas
tampas possam ser prontamente inspecionadas ou retiradas, permitindo, inclusive, o exame do
ar dentro dos mesmos.
MCA 67-1/2007 379

18.5.1.3.66 Deve-se retirar de cada paiol, as espoletas necessárias a cada operação, tendo-se o
cuidado de conservá-las sob atenta observação.

18.5.1.3.67 Munições e explosivos serão sempre estocados sob supervisão de um militar


competente, que será responsável pelo cumprimento de todas as instruções de segurança.

18.5.1.3.68 Não serão guardados, juntamente com munições e explosivos, objetos pessoais ou
materiais bélicos não compatíveis de acordo com a tabela de compatibilidade.

18.5.1.3.69 Os produtos químicos requerem precauções especiais, além das normais para sua
armazenagem, e nunca serão estocados com outro tipo de munição ou explosivo.

18.5.1.3.70 Avisos de perigo, proibição e precaução serão expostos bem à vista em locais
adequados, para garantir a segurança do pessoal e material.

18.5.1.3.71 Em cada paiol deverá haver cartazes com instruções de segurança e armazenagem.

18.5.1.4 Temperatura

18.5.1.4.1 Súbita mudança de temperatura pode ocasionar danos em embalagens


hermeticamente fechadas, ou resultar excessiva condensação da mistura.

18.5.1.4.2 Se a temperatura do paiol exceder a 38° C, por um período superior a 24 horas, o


paiol deverá ser refrigerado, primeiramente abrindo-se as portas, ou com água se o calor
persistir. Se a temperatura não baixar, o material deve ser retirado do paiol.

18.5.1.4.3 Quando os itens estão armazenados embalados, a variação da temperatura no


interior da embalagem não sofre consideráveis variações de temperatura. O núcleo do
material, onde normalmente está localizada a carga que necessita preservação, apresenta
geralmente a média das temperaturas das últimas 24 horas.

18.5.1.4.4 Itens excessivamente higroscópicos como pólvoras sensíveis e materiais


pirotécnicos, sofrem alterações em suas características, e deterioração, em presença da
umidade do ar.

18.5.1.4.5 As pólvoras propelentes são afetadas pela armazenagem em altas temperaturas,


devido a evaporação de seus elementos estabilizadores. Os itens em geram devem ser
preferencialmente armazenados em local seco, ideal para sua conservação.

18.5.1.4.6 Os cartuchos em geral e os pirotécnicos devem ser conservados dentro de


embalagens absorventes como madeira, papel, pano, etc, em locais secos, afastados da
umidade do solo, para sua melhor conservação. Não devendo por isso ser guardados
desembalados.

18.5.1.5 Quanto às Embalagens e Arrumação

18.5.1.5.1 A arrumação deve ser feita de tal modo que permita a retirada dos lotes mais
antigos de munição em primeiro lugar.

18.5.1.5.2 As embalagens devem ser conservadas limpas e em bom estado.


380 MCA 67-1/2007

18.5.1.5.3 Embalagens vazias não devem ser permanecer no paiol.

18.5.1.5.4 As pilhas devem ser colocadas de tal forma que permita a ventilação e passagem
entre as pilhas, para inspeção e deslocamento de cargas.

18.5.1.5.5 A arrumação de caixas em pilhas deve ser feita de maneira alternada, de tal modo
que as arestas laterais das caixas inferiores coincidam com a parte central das caixas
superiores, para evitar o desmoronamento da pilha.

18.5.1.5.6 O tipo de embalagem tem que ser estudado antes de se proceder ao empilhamento.

18.5.1.5.7 Os engradados normalmente são construídos para absorver os choques de


transporte e permitir o empilhamento, utilizando para resistir os esforços do próprio item.

18.5.1.5.8 As caixas especiais (containeres), utilizadas para embalar itens frágeis e delicados,
utilizam, para resistir os esforços externos, a estrutura da caixa, devendo ser
preferencialmente colocada em prateleira.

18.5.1.5.9 Os materiais de estrutura reforçada permitem empilhamento, até certa altura, sem
se danificarem.

18.5.1.5.10 Os materiais de estrutura fraca, quando desembalados, ou em engradados não-


reforçados, necessitam cuidados especiais para o empilhamento.

18.5.1.5.11 A identificação do lote, a ventilação, e a data limite de utilização devem ser


consideradas para o planejamento da arrumação, além dos fatores de segurança que envolvem
cada item.

18.5.1.6 Estocagem de Itens Específicos

18.5.1.6.1 Pólvora Negra - Preferencialmente não deve ser manuseada nas Unidades quando à
granel. Exige para sua armazenagem local seco e bem protegido contra o fogo. A pólvora
negra não deve ser armazenada em grandes embalagens. Pequenas embalagens são mais
seguras, melhora a ventilação e são facilmente transportadas.

18.5.1.6.2 Alto Explosivo - Deve ser armazenado em local isento de qualquer material
combustível, como madeira, papéis, inflamáveis, etc. Quando acondicionados em carcaças
metálicas, como mísseis, bombas, etc, não devem ficar expostas à tempestades, devido ao
perigo de raios. Quando estes itens fizerem parte de uma munição parcelada não deverão ser
armazenados espoletados.

18.5.1.6.3 Dinamite - É muito sensível ao choque e ao calor. Caso apresente manchas oleosas
de nitroglicerina, deverá ser lavada com uma solução contendo 6 litros de água, 6 litros de
álcool metílico, e meio quilo de sulfato de sódio ou potássio. A dinamite deve ser protegida
contra os raios diretos do sol.

18.5.1.6.4 Pólvora sem fumaça - É normalmente usada nos cartuchos de tiro como cargas
propulsoras, tem um leve odor de álcool metílico. Esse odor é característico. Quando forte
porém indica a existência de um recipiente aberto. Quando apresenta odor forte de gases
nitrosos, indica processo de decomposição de pólvora e sua deterioração. Devem ser
MCA 67-1/2007 381

armazenados em local seco e bem arejado. Quando à granel vem um recipiente


hermeticamente fechado, com pressão controlada.

18.5.1.6.5 A pólvora sem fumaça a granel ou em cargas separadas são sempre acondicionadas
em recipientes hermeticamente fechados. É importante que esses recipientes se mantenham
hermeticamente fechados até o momento de se usar a pólvora. Quando se recebe um
carregamento, todos os recipientes devem ser submetidos a uma inspeção visual quanto a
avarias e conservação das respectivas tampas, as quais devem estar em boas condições e
hermeticamente fechadas.

18.5.1.6.6 Todos os recipientes que estiverem vazando, deverão ser reparados ou o conteúdo
transferido para um recipiente hermeticamente fechado. Deve-se separar o conteúdo de
qualquer recipiente que apresentar sinais de umidade, comunicando-se o falto ao Oficial
responsável pelo material bélico. Os vazamentos devido às tampas ou juntas podem ser
reparados sem retirar a carta do recipiente ou sem remover este último de paiol.

18.5.1.6.7 O pessoal encarregado de ensaiar os recipientes quanto ao ar, deverá estar


acostumado com o odor e o aspecto da pólvora em decomposição. Esse pessoal deve
examinar cada recipiente aberto pelo seu odor característico. Uma das primeiras provas de
deterioração perigosa é o odor de ácidos ou gases nitrosos em lugar do odor normal que é de
álcool etílico. O odor da pólvora em decomposição é tão característico, que não pode ser
confundido.

18.5.1.7 Espoletas, Iniciadores, Detonadores

18.5.1.7.1 São itens que devem permanecer hermeticamente fechados, bem protegidos contra
a umidade. Devem ser manuseados, preferencialmente, um de cada vez, não devendo ser
desmontados.

18.5.1.7.2 Devem-se manusear espoletas o menos possível.

18.5.1.8 Munição de Armas Portáteis

18.5.1.8.1 Deve ser armazenada em local seguro (contra-roubo), em local seco, embaladas no
cunhete original, tendo-se o cuidado de observar a ordem de consumo dos lotes mais antigos
em primeiro lugar.

18.5.1.8.2 Munição encartuchada, semi-encartuchada e granadas – esta munição pode ser


estocada em qualquer paiol que tenha boa proteção contra o tempo, mas, de preferência, em
paióis à prova de fogo ou resistente ao fogo, para reduzir ao mínimo o perigo de incêndio ou
explosões. A maioria dos cunhetes “padrão”, inclusive pacote em que este tipo de munição é
acondicionada, é provida de travessas de reforço e os que não as possuem podem ser
empilhados com calços, par ficar assegurada a circulação livre do ar. Com exceção das
granadas de 37 mm e menores, a munição encartuchada é acondicionada em recipientes
fechados até ser utilizada, deverá conservar-se em bom estado. Os projeteis em perfeito
estado, que tenham sido retirados dos respectivos recipientes, como aqueles que forem
devolvidos pela tropa, devem ser colocados em recipientes que, a seguir, serão fechados com
fita adesiva impermeável, antes de serem estocados novamente. Este processo protegerá a
munição contra a deterioração e o detonador contra choques acidentais. Nunca se devem
deixar cartuchos soltos dentro de um paiol.
382 MCA 67-1/2007

18.5.1.8.3 Algumas munições encartuchadas e as granadas de fragmentação alto-explosivos


(HE), são embaladas sem espoletas. A colocação de espoleta nesses itens é proibida dentro de
um raio inferior a 30 metros de um paiol que contenha explosivos ou munições.

18.5.1.9 Granadas

18.5.1.9.1 As granadas de mão, devem ser armazenadas sem o detonador, ou sem espoleta, e,
com a cadeia explosiva incompleta. O empilhamento tem que ser planejado de tal forma que
permita inspeção periódica de todas as granadas armazenadas.

18.5.1.9.2 Com o fim de limitar uma explosão a uma só pilha, cumpre observar as seguintes
precauções:
a) as granadas devem ser arrumadas em pilhas simples, com as ogivas das
granadas de uma pilha voltadas para as ogivas das granadas da pilha
seguinte, e com as bases das granadas de uma pilha voltadas para as bases
das granadas da pilha seguinte. Se as granadas forem carregadas com
explosivos D, as distâncias devem ser apenas suficientes para permitirem
uma inspeção das espoletas; e
b) as distâncias de ogiva a ogiva e de base a base, entre as fileiras, devem ser
iguais.

18.5.1.10 Bombas

18.5.1.10.1 As bombas de demolição detonam simultaneamente, em conseqüência, todo


cuidado deve ser observado a fim de que não seja armazenada com qualquer material
combustível como madeira. O local de armazenagem deve ser bem protegido contra fogo e
raios. O empilhamento de bombas deve ser feito de tal forma que permita livre acesso aos
alojamentos das espoletas. Quando apresentar exsudação deve ser limpa. Quando o
alojamento da espoleta apresentar corrosão elevada a bomba deve ser destruída. As bombas
de casco fino não permitem grandes empilhamentos. Quando possível, as bombas devem ser
armazenadas em separado.

18.5.1.10.2 Todo o pessoal deve ter completo conhecimento das precauções de segurança e
dos métodos de manuseio ou preparação de bombas para uso, antes que lhe seja permitido
trabalhar numa operação deste tipo. O número de pessoas empenhadas de tais operações
deverá ser o menor possível.

18.5.1.10.3 O manuseio de bombas deverá ser reduzido ao mímimo possível, e estas serão
protegidas contra choques. As aletas, alças de suspensão e os filetes da cavidade da espoleta,
serão protegidos contra avarias. As cavidades da espoleta deverão estar sempre fechadas com
bujões adequados.

18.5.1.10.4 Ao lidar com bombas ou minas, nunca deixar qualquer parte do seu corpo debaixo
de qualquer desses materiais.

18.5.1.10.5 Qualquer bomba que cair de altura superior a 1,5 m, deve ser posta de lado e
examinada por uma pessoa experiente, antes de ser usada.
MCA 67-1/2007 383

18.5.1.10.6 Os pinos de segurança das espoletas de bombas não deverão ser retirados antes da
mesma ter sido colocada nas alças de sustentação do porta-bombas e completamente
imobilizada no mesmo, nem antes de ser colocado o arame de armar através de seus
respectivos furos. Os seguintes cuidados deverão ser observados:
a) as espoletas de bombas, não deverão ser desmontadas, a não ser por ordens
especiais e, neste caso, só por pessoal experiente;
b) um mínimo de pessoas, será permitido na área de espoletamento;
c) nunca colocar uma espoleta no chão ou em lugar que possa ser danificada;
d) se a espoleta ficar parcialmente armada, não fazer esforço pra restituí-la à
posição normal;
e) manter as espoletas fora do alcance dos raios solares diretos e não as expor à
umidade, óleo ou poeira;
f) inspecionar as cavidades das espoletas e limpar a exsudação com
tetracloreto de carbono, antes do espoletamento;
g) verificar se a extremidade livre do arame de armar está lisa; e
h) não usar força demasiada no espoletamento e sempre empregar as
ferramentas apropriadas.

18.5.1.10.7 Ao se estocar bombas, deve-se fazer uma distinção entre os tipos de fragmentação
e demolição.

18.5.1.10.8 As bombas de fragmentação são acondicionadas em caixas de madeira e


engradados de metal. As acondicionadas em caixas de madeira, não são suscetíveis de detonar
em massa, se irromper um incêndio no paiol em que estiverem estocadas. Essas bombas são
estocadas com a munição encartuchada e de maneira idêntica. As bombas de fragmentação
em engradados de metal, são estocadas com as de demolição e de maneira idêntica.

18.5.1.10.9 As bombas de demolição têm paredes comparativamente finas e constituem um


dos tipos de munição mais perigosas para serem estocadas, devido a sua tendência para
detonar em massa se irromper um incêndio no paiol em que se acham estocadas ou for
projetado um estilhaço quente dentro do mesmo. A segurança só pode ser obtida, reduzindo
ao mínimo a possibilidade da irrupção de incêndio. As bombas de demolição, devem ser
estocadas em paiol à prova de fogo, com calços de ferro ou de aço. Se tiverem de ser usados
calços de madeira, que o sejam na proporção mínima. Os calços de aço devem ser ligados
eletricamente à terra, através do sistema de pára-raios do paiol. As bombas de demolição que
não se destinem a embarque imediato, devem ser desencaixotadas e estocadas da forma
descrita acima. As caixas e os engradados, devem ser estocados separadamente em um
armazém e as espoletas ou iniciadores de detonadores em um paiol separado.

18.5.1.10.10 As bombas com empena instalada, devem ser empilhadas com cuidado, para que
a empena não sofra deformação nem outras avarias e todas as bombas de demolição devem
ser empilhadas de tal forma, que os alojamentos das espoletas possam ser inspecionados
facilmente.

18.5.1.10.11 Bombas espoletadas, não serão armazenadas em paiol, mesmo temporariamente.


384 MCA 67-1/2007

18.5.1.10.12 Bombas, foguetes, minas, torpedos, etc, deverão ser conservados livres de
ferrugem, corrosão e exsudação.

18.5.1.11 Pirotécnicos

Não devem ser molhados. Devem ser manuseados com muito cuidado. Devem
ser armazenados em local seco, ventilado e as embalagens devem estar hermeticamente
fechadas. Deve-se estar atento para a data limite de utilização.

18.5.1.12 Foguetes

18.5.1.12.1 Os foguetes devem ser estocados em locais secos, e nunca devem ser expostos aos
raios solares. Os condutores elétricos dos foguetes não devem ser puxados ou esticados. Os
foguetes devem ser mantidos afastados de correntes elétricas e fontes geradoras de corrente e
antenas. Altas e baixas temperaturas causam a deterioração prematura do motor, tornando-o
mais suscetível à iniciação e ao dano durante o manuseio, podem também ocasionar aumento
da pressão, quando lançado, com resultado desastroso. Os foguetes devem ser estocados com
o ogiva desmontada. Devem ser estocados preferencialmente em embalagens individuais,
mantendo-se no mínimo, 10 centímetros entre elas. Os foguetes não devem se armazenados
em grandes quantidades. O armazenamento de grandes quantidades de foguetes deve ser feito
em células, separadas com parede de concreto armado, de no mínimo 30 centímetros de
espessura.

18.5.1.12.2 Só o pessoal experiente preparará ou manuseará munição tipo foguete. O número


de pessoas será o menor possível.

18.5.1.12.3 Tomar-se-á cuidado para não dobrar as aletas, e jamais deixar o foguete em cima
de seus aletas.

18.5.1.12.4 As cabeças dos foguetes, não deverão ser montadas no tubo motor até o momento
do carregamento do avião.

18.5.1.12.5 Conferir o circuito elétrico e o sistema de lançamento de cada avião, poucos


momentos antes do carregamento, a fim de obter operação adequada.

18.5.1.12.6 Na operação e carregamento dos foguetes, deve-se trabalhar de lado; não se deve
deixar o avião apontado para locais, de maneira que um tiro acidental possa ocasionar grandes
avarias.

18.5.1.12.7 Não será permitido fumar numa distância de 50 metros da área de armazenagem
ou área de carregamento.

18.5.1.13 Material inerte

Não exige cuidados especiais na armazenagem, não devendo porém ser


armazenado junto com explosivos, porque ocupa espaço dificultando o acesso à munição que
necessita constante vigilância e facilidade para ser deslocada. O material inerte em geral que
exija grande proteção contra oxidação, poderá ser acondicionado em atmosfera de nitrogênio
seco.
MCA 67-1/2007 385

18.5.1.14 Armas

Devem ser armazenadas em locais secos e com suas molas distendidas. O


manuseio de armas dentro de armazéns é proibido, devendo seu reparo, manutenção ou
operação serem realizados em locais apropriados. As armas antes de entrarem devem receber
tratamento especial em óleo preservativo para estocagem, não podendo ser armazenadas
carregadas.

18.5.1.15 Munição Biológica e Química

O manuseio destes tipos de munição pode causar perigo de vida, dependendo


da extensão do dano que pode provocar e dos efeitos da contaminação. Alguns agentes são
praticamente inodoros e quando dispersos, ou diluídos, podem formar gases perigosos que
somente são detectados por equipamento sofisticado. O agente perturbador pode penetrar
pelos poros de vários materiais, incluindo metais, necessitando a ação de descontaminadores.
A inalação e o contato com a pele, de alguns agentes líquidos derramados, pode provocar
danos pessoais consideráveis.

18.5.1.16 Agentes Biológicos

São organismos ou outros produtos que possam causar perturbações ao


homem, animais ou plantas. Os agentes diluídos em aerosol não podem ser detectados pelos
órgãos do sentido. Quando espalhados, podem chegar a contaminar várias milhas quadradas,
exigindo implementação de extenso plano para combater a calamidade, particularmente em se
tratando de agentes antipessoal. O manuseio com Agentes Biológicos requer antes, que o
pessoal seja instruído, quanto à descontaminação, higiene e aplicação de medicamentos. Em
alguns casos a direção do vento é essencial à operação com Agentes Biológicos, como
proteção. A operação com agentes biológicos requer o uso de inspetores de segurança.

18.5.1.17 Munição Química

A munição química não deve ser estocada junto com outra classe de explosivo,
principalmente aqueles facilmente incendiáveis. A munição deve ser inspecionada pelo menos
uma vez por mês. De preferência cada tipo de munição contendo agentes químicos deve ser
feita em paióis protegidos contra efeito de explosão acidental.

18.5.1.18 Paióis

O Comandante zelará para que fique sempre bem delimitados os limites de


segurança das áreas dos paióis, a fim de evitar que tais áreas sejam utilizadas indevidamente e
também para que dentro de tais áreas sejam construídas inadvertidamente estradas ou
instalações de qualquer natureza.

18.5.1.18.1 Todos os explosivos devem ser expostos o menos possível à atmosfera, porque
esta afeta a dosagem de umidade e as qualidades dos explosivos.

18.5.1.18.2 Todos os paióis que contêm explosivos, em qualquer forma ou quantidade, devem
conservar-se fechados e trancados todo o tempo, exceto:
a) quando o pessoal autorizado estiver empenhado na remoção de explosivos,
munições ou outro material dos mesmos, ou em estocar ou reestocar esse
material nos mesmos;
386 MCA 67-1/2007

b) quando são feitas, nos paióis ou em seu conteúdo, inspeções diárias ou


quaisquer outras solicitadas, ou, ainda, em caso de inventário de conferência
de estoque;
c) quando sujeitos à limpeza ou reparos; e
d) quando a ventilação for necessária.

18.5.1.18.3 Só serão abertos os paióis aos quais se apliquem as operações acima mencionadas.
Ao completar-se a operação em apreço, ou quando o trabalho for suspenso, devido ao término
do dia ou por outras razões, os paióis serão inspecionados cuidadosamente e todas as janelas e
portão serão fechadas e os paióis serão trancados, sendo relatado imediatamente qualquer
estado anormal ou perigoso. As portas e janelas devem ser conservadas em boas condições de
funcionamento, e ajustadas sem grandes fendas ou aberturas que possam permitir a entrada de
fagulhas, poeira, chuva, etc.

18.5.1.18.4 Os recipientes de metal, aprovados, com tampas que fechem por si mesmas,
devem ser fornecidos para recolher panos oleosos e lixo.

18.5.1.18.5 Extintores de incêndio suficientes, devem ser fornecidos e colocados no exterior


do paiol, próximo a porta.

18.5.1.18.6 O equipamento para limpar o piso ou exsudação, não poderá ser feito de material
que produza faísca.

18.5.1.18.7 Duas portas ou mais, quando disponíveis, devem ficar abertas, enquanto o pessoal
estiver trabalhando num paiol, para que haja mais de um recurso de fuga, no caso de um
perigo eminente.

18.5.1.18.8 Os paióis não devem ficar abertos quando houver tempestade.

18.5.1.18.9 Um cartaz, mostrando a armazenagem permissível, máxima quantidade permitida,


regras de segurança, etc, será colocado na parte de dentro da porta de cada paiol.

18.5.1.18.10 As portas e fechaduras devem ser conservadas em boas condições de


funcionamento.

18.5.1.18.11 Os telhados devem ser mantidos no melhor estado possível e as aberturas de


ventilação devem estar providas de tela contra fagulhas. Não deve haver aberturas
desprotegidas em torno dos alicerces, nem fendas nas paredes. As portas devem ser fechadas à
prova de chuva.

18.5.1.18.12 Quando se abre um paiol, este deve estar sob o cuidado pessoal de um militar
responsável, que não seja a sentinela.

18.5.1.18.13 As chaves dos paióis devem ser entregues aos cuidados do Oficial responsável
ou de uma guardião de chaves autorizado, com duplicata das mesmas no gabinete do
Comandante.

18.5.1.18.14 A fricção dos sapatos no chão e o choque do andar, constituem um perigo, perto
de qualquer explosivo. Este perigo pode ser reduzido pelo emprego de sapatos com solas de
MCA 67-1/2007 387

couro e saltos ou sola inteira de borracha, sem nenhum metal exposto ou material metálico
que possa ficar exposto pelo uso.

18.5.1.18.15 O fiscal do trabalho deve certificar-se de que nenhuma pessoa tenta entrar ou
aproximar-se do edifício confiado à sua autoridade, ou entrar e permanecer num edifício ou
área a ele confiada sem a devida autorização. Ele tem toda a autoridade e deve valer-se desse
direito para retirar qualquer pessoa, cuja presença ou ação sejam prejudiciais à segurança do
edifício.

18.5.1.18.16 O fiscal deve ser responsável pela execução de todas as ordens. Se o número
total de pessoas, inclusive operadores, auxiliares de caminhão, fiscais, mecânicos e visitantes
ultrapassar o número permitido numa sala, é dever do fiscal suspender a operação e chamar a
atenção das pessoas não empregadas regularmente no edifício para esse excesso.

18.5.1.18.17 Quando a quantidade de explosivos num edifício ou sala exceder a quantidade


permitida, o fiscal deve mandar retirar a quantidade excessiva ou parar a operação durante o
tempo em que o excesso permanecer no edifício.

18.5.1.18.18 Os pisos dos paióis devem ser feitas à prova d’água, a impermeabilidade deve
ser tal que:
a) não gaste facilmente;
b) não seja faiscante;
c) não seja escorregadia;
d) não seja atacada por irrigações freqüentes;
e) não seja vulnerável a produtos químicos; e
f) não seja vulnerável ao fogo.

18.5.1.18.19 Os pisos dos paióis que apresentarem a impermeabilização gasta, devem ser
recobertos periodicamente.

18.5.1.18.20 Os óleos protetores de pisos e outras substâncias empregadas na formação de


componentes para serem usados na fricção manual ou mecânica e no polimento de máquinas,
são aceitáveis somente quando têm um ponto de inflamação acima de 125° C e livre de
qualquer tendência par aquecimento espontâneo sob as condições encontradas na prática. O
ponto mínimo de ignição desse óleo não deve ser abaixo de 260° C.

18.5.1.18.21 Quando for necessário abrir as portas depois do pôr-do-sol, a fim de controlar a
temperatura, serão tomadas medidas efetivas para proteger os conteúdos contra o fogo,
juntamente com providências para o fechamento das portas em caso de chuva.

18.5.1.18.22 O odor do éter ou álcool é uma indicação de que os recipientes de pólvora sem
fumaça no edifício estão vazando. Todas as medidas serão tomadas para evitar este
vazamento. Quando em quantidade suficiente, o éter no ar é altamente inflamável e explosivo
e incendeia-se rapidamente com fagulhas, descargas estáticas, calor ou fricção, portanto, deve
ser dissipado por meio de ventilação eficiente. Se o odor não desaparecer, depois de abertas
todos as janelas de ventilação, as portas devem ser também abertas, sendo o paiol protegido
contra o fogo e a penetração de calor excessivo através da entrada de raios solares que
venham a incidir diretamente sobre caixas, cunhetes ou qualquer outro material explosivo. Se
388 MCA 67-1/2007

este método não demonstrar eficiência, o Comandante decidirá se os itens explosivos devem
ser removidos para um outro paiol ou não.

18.5.1.18.23 Todos os paióis devem ser abertos e arejados, preferivelmente com tempo limpo
e seco. As janelas de ventilação devem ser conservadas limpas e em ordem, e freqüentemente
inspecionadas para se verificar se estão funcionando satisfatoriamente, e se oferecem proteção
contra fagulhas.

18.5.1.18.24 Sempre que for verificada a temperatura, deverá também ser verificado o estado
higrométrico do ambiente dos paióis.

18.5.1.18.25 Os psicrômetros, colocados em nichos, são do tipo úmido e seco, não sendo
permitido o de cabelo.

18.5.1.18.26 A mecha do bulbo úmido deve cobrir completamente o bulbo, e estar


mergulhado em água destilada.

18.5.1.18.27 A temperatura do termômetro úmido, deverá sempre ser inferior à do seco, caso
contrário, o psicrômetro estará defeituoso.

18.5.1.18.28 Para a redução da umidade, poderá ser colocado no paiol cloreto de cálcio ou
sílica gel.

18.5.1.18.29 Os aparelhos de controle da temperatura e da umidade, serão aferidos


semestralmente, ou em qualquer época, caso haja suspeita de mau funcionamento.

18.5.1.18.30 O Comandante da Unidade ou um representante, devidamente autorizado, fará as


inspeções regulares de cada paiol, para verificar-se as instruções gerais de segurança estão
sendo rigorosamente observadas.

18.5.1.18.31 O sistema de estradas numa área de explosivos e munições, deve ser projetada de
maneira que os veículos não fiquem isolados em caso de acidentes.

18.5.1.18.32 As passagens e saídas não devem ficar nunca bloqueados.

18.5.1.18.33 Todas as estradas deverão possuir bons meios de drenagem e mantidas em boas
condições.

18.5.1.18.34 A vegetação das estradas e da área de segurança deverá ser controlada.

18.5.1.18.35 Serão colocados avisos em todas as entradas e intersecções, os quais deverão ser
mantidos em boas condições.

18.5.1.18.36 Passagens, estradas e saídas serão inspecionadas regularmente.

18.5.1.18.37 Ar artérias da área de paióis serão usadas somente para transporte, inspeção e
guarda de munições e explosivos, jamais serão usadas como atalho ou para atingir-se outro
ponto qualquer.

18.5.1.18.38 As áreas em que estão estocados os explosivos e munições ou onde são


conduzidas operações perigosas com explosivos, serão designadas como áreas restritas. As
MCA 67-1/2007 389

ordens para designações das áreas restritas indicarão o perigo ou perigos especiais nelas
existentes. Deverá sempre haver um empregado designado, seja um indivíduo em cada equipe
da seção contra-incêndio ou outra pessoa escolhida pelo encarregado da operação, o qual
prosseguirá para uma área designada, quando aparecer uma emergência na mesma, e acionar
as forças de combate ao fogo empenhadas naquela área.

18.5.1.18.39 Os encarregados das equipes de trabalho devem fiscalizar o ensino e treinamento


dos empregados, seja diretamente ou através de operadores experientes, até que se certifique
de que os empregados podem trabalhar sozinhos. Este ensino deve incluir o meio de sair dos
edifícios e áreas de explosivos e a localização de abrigos à prova de fragmentos.

18.5.1.18.40 Os pacotes de curativo, macas, cobertores, chuveiros de segurança, máscaras de


gás e objetos de socorro, deverão estar disponíveis em todos os locais onde forem carregados,
despachados, armazenados ou manuseados explosivos, e em todos os lugares onde houver
trabalhos de natureza perigosa.

18.5.1.18.41 O tratamento de primeiros-socorros será aplicado em todos os casos de


ferimento, por menor que ele seja.

18.5.1.18.42 Os óculos protetores e as couraças de proteção, devem ser usados sempre que o
pessoal estiver desempenhando qualquer trabalho em que haja perigo de ferimento para os
olhos.

18.5.1.18.43 Bancadas, mesas onde são manuseados explosivos e munições, devem ser
providas de condutor-terra.

18.5.1.18.44 Será feito relatório de todos os ferimentos pessoais, por menores que sejam. Isso
melhorará os futuros planejamentos de segurança.

18.5.1.18.45 O pessoal que opera na área de paióis deverá receber treinamento de primeiros-
socorros.

18.5.1.18.46 É absolutamente proibido fumar em qualquer paiol ou área de paiol, edifícios ou


nas vizinhanças ou perto de carros, vagões, caminhões ou barcos que contenham explosivos,
munições ou outro material inflamável.

18.5.1.18.47 Os extintores de incêndio, baldes de areia e qualquer outro equipamento auxiliar


de combate ao fogo serão conservados limpos, em ordem e protegidos contra estragos
eventuais, e deverão ser colocados bem à vista e em posição que permita sua imediata
utilização.

18.5.1.18.48 Não serão usadas luzes portáteis nos paióis ou perto de munições em
carros,vagões, caminhões ou barcos, com exceção, apenas, de lanternas elétricas de pilha
seca.

18.5.1.18.49 Não será permitida a entrada ou permanência, em qualquer paiol ou área de


explosivos, de pessoas não autorizadas.

18.5.1.18.50 Em caso de dúvidas com munições ou explosivos, deve-se retardar a operação,


até que sejam recebidas instruções corretas.
390 MCA 67-1/2007

18.5.1.19 Compatibilidade de Estocagem

18.5.1.19.1 Dois ou mais itens de explosivos são ditos compatíveis quando suas
características são tais que, uma quantidade de dois ou mais itens estocados juntos, não são
mais perigosos que uma quantidade comparável de qualquer um deles estocados
separadamente.

18.5.1.19.2 Em certos casos, itens afins como foguetes, mísseis, squibs, etc. são classificados
em grupos diferentes, devido a variação de suas características básicas.

18.5.1.19.3 São fatores determinantes do Grupo de Compatibilidade:


a) quantidade de explosivo por unidade;
b) sensibilidade de iniciação;
c) complexidade de efeitos em presença de fogo;
d) efeitos de explosão;
e) efeitos de estanqüeidade;
f) razão de deterioração;
g) tipo de acondicionamento; e
h) periculosidade do agente químico.

18.6 TRANSPORTE DE EXPLOSIVO

18.6.1 CUIDADOS ESPECÍFICOS

18.6.1.1 Classificação de Perigo

Explosivos para serem transportados por qualquer meio, devem ter uma
classificação de perigo fixada em suas embalagens, contendo classe de quantidade-distância,
grupo de compatibilidade para armazenagem, classe para transporte e marcação para
transporte.

18.6.1.2 Embalagens

Os materiais e a construção das embalagens de explosivos seguem as


especificações de cada item explosivo, em relação a volume e marcação para transporte. As
embalagens não devem ser abertas ou reparadas em vagões, veículos motorizados ou
aeronaves, a menos que seja estritamente necessário. As embalagens danificadas ou
impróprias devem ser removidas do veículo de transporte na primeira oportunidade para os
devidos reparos.

18.6.1.3 Seleção de Operadores

Operadores de veículos e equipamentos usados no transporte e manuseio de


explosivos, deverão ser cuidadosamente selecionados, adequadamente treinado, testados e
devidamente informados dos perigos envolvidos no trato com explosivos.

Operadores envolvidos no transporte de explosivos devem estar completamente


qualificados na operação do tipo de veículos, ou outro equipamento a ser utilizado.
MCA 67-1/2007 391

Os motoristas deverão ter no mínimo 21 anos de idade. Exceções podem ser


feitas quando:
a) em instalações militares;
b) em comboios; e
c) durante época de guerra ou outra emergência nacional.

Os motoristas devem ser fisicamente sãos, cuidadosos, capazes, de confiança,


capazes de ler e escrever e não sob efeitos de tóxicos, narcóticos ou outras drogas perigosas.

18.6.1.4 Requisitos Gerais para os Veículos

Veículos ou equipamentos que empregam motores de combustão interna


usados nas vizinhanças de explosivos (incluindo fragmentos de explosivos, resíduos ou itens
contaminados com explosivos), deverão ser equipados com sistema de exaustão protetores de
centelhas e chamas.

18.6.1.5 Proibições de Fumo

18.6.1.5.1 É proibido fumar num raio de 15 metros de qualquer veículo, reboque, vagão ou
equipamento de transporte de materiais explosivos.

18.6.1.5.2 É proibido fumar em compartimento de aeronaves carregadas com explosivos.

18.6.1.6 Equipamento de Transporte de Materiais

Todos os equipamentos de elevação e transporte de explosivos devem ser


equipados com mecanismos de segurança, projetados para prevenir uma quebra brusca de
carga, no caso de uma falha de potência.

18.6.1.7 Equipamento Movido à Bateria

Os equipamentos movidos à bateria, usados para o transporte de materiais


inertes dentro de um área de explosivos, deverão ter todos os cabos elétricos montados de
maneira a prevenir o acúmulo de poeira ou ter suas partes danificadas pela abrasão ou corte, e
deverão ser protegidas de curto-circuito. As baterias devem ser fixadas seguramente no local
próprio. Todo equipamento deverá dispor de um extintor de incêndio de pronto uso para
classe de incêndio B/C.

Equipamentos movidos à bateria podem ser usados para o transporte de


explosivos, desde que preencham todas as condições abaixo:
a) vapores inflamáveis e explosivos “expostos” sujeitos à iniciação não devem
estar presentes; e
b) os equipamentos devem satisfazer os requisitos acima citados.

18.6.1.8 Equipamento Movido à Gasolina e Diesel

Equipamentos para movimentar materiais dentro de uma área de armazenagem


de explosivos, deverão ser equipados com defletores de fogo (onde aplicável), seguramente
392 MCA 67-1/2007

fixados na garganta do carburador. Todas as conexões elétricas deverão ser seguramente


fixadas para prevenir vibrações ou desconexões acidentais, o qual pode resultar em centelhas
ou fogo. Todo equipamento deve dispor de um extintor de incêndio de pronto uso para classe
de incêndio B/C.

Quando não for possível obter equipamento movido à bateria disponível,


equipamento movido à gasolina ou diesel poderá ser usado para transportar explosivos, desde
que preencham todas as condições abaixo:
a) vapores inflamáveis e explosivos “expostos”, sujeitos a iniciação, não
devem estar presentes;
b) os equipamentos devem satisfazer os requisitos citados acima; e
c) a concentração de monóxido de carbono na área de operação (edifício) de
todas as operações, não deve exceder a 50 partes por milhão no ar por um
dia de trabalho de 8 horas. Exaustores purificados são autorizados, onde
necessário, para reduzir a concentração em locais onde a ventilação é
inadequada.

18.6.1.9 Abastecimento de Gasolina e Diesel

Os equipamentos movidos à gasolina e diesel não devem ser abastecidos dentro


de qualquer estrutura na área de armazenagem de explosivos ou em qualquer instalação, local,
ou outra área contendo explosivos. Se o combustível acabar, enquanto o equipamento estiver
no interior de uma edificação, o mesmo deverá ser removido para um local próprio de
abastecimento.

O reabastecimento deverá ser feito a pelo menos 10 metros de qualquer prédio,


e a 30 metros do local de explosivos ou edificação contendo explosivos.

18.6.1.10 Armazenagem de Equipamentos Movidos à Bateria

Um edifício separado ou instalação de estacionamento é preferível para


equipamentos de transporte, contudo, equipamentos movidos à bateria em bom estado (sem
defeitos perigosos, tais como freios quentes ou vazamento de eletrólito), podem ser
armazenados cobertos.

18.6.2 MÉTODOS DE TRANSPORTE

Os meios gerais de transportar munições e explosivos são: rodoviário,


ferroviário, marítimo, fluvial e lacustre e aéreo. As remessas devem ser feitas por qualquer
desses meios ou mediante combinação dos mesmos. Daí a imperiosa necessidade de serem
usados métodos uniformes, acompanhados de precauções também uniformes, sem que seja
levada em conta a curta distância de qualquer remessa ou o seu pequeno volume, pois a todo
carregamento devem ser dispensados os mesmos cuidados, quer seja longa ou curta a
distância a percorrer, quer seja grande ou pequena a quantidade de explosivos a transportar.

18.6.2.1 Transporte de Explosivos em Carros Elevadores de Carga

Itens explosivos espoletados não podem ser transportados em garfos de carros


elevadores de carga, a menos que embalados convenientemente.
MCA 67-1/2007 393

Embalagens de explosivos não podem ser transportados nos garfos dos


elevadores de carga sem roletes ou antiderrapantes, a menos que tais embalagens tenha sido
projetadas para permitir um transporte desta maneira.

Itens carregados não espoletados (tais como bombas de fins gerais) podem ser
transportados diretamente nos garfos, quando o seu corpo é resistente o bastante para prevenir
danos e de comprimento suficiente para permitir que seja firme e seguramente apoiada em
ambos os garfos.

18.6.2.2 Transporte em Veículos Motorizados

Equipamentos especialmente projetados para explosivos e armas específicas,


devem ser usados tanto quanto possível ou onde requerido, de acordo com normas específicas.
Tais equipamentos especiais devem ser usados somente para transportes de cargas autorizadas
(ex: elevador de bombas).

Baterias de veículos e os fios do sistema elétrico, devem ser localizados de tal


maneira que não venham a entrar em contato com as embalagens ou explosivos.

Durante o reabastecimento, uma continuidade elétrica deverá ser mantida entre


o tanque a ser enchido e o que está enchendo. O sistema geral deve ser aterrado. Fumar ou
dispositivos provocadores de chamas não devem ser permitidos num raio de 15 metros do
local de reabastecimento de gasolina ou diesel, e pelo menos uma pessoa deverá estar presente
durante toda a operação. Os motores deverão estar parados durante a operação de
reabastecimento.

No caso de um derramamento de combustível, durante o reabastecimento, os


motores dos equipamentos em operação na área não deverão ser ligados antes que seja
efetuada a limpeza com água ou até que o equipamento seja removido do local para uma
distância de 15 metros. A área na qual ocorreu o derramamento deverá ser lavada com água
imediatamente.

O motor do equipamento deverá ser posto para funcionar por um período de


tempo antes de entrar no local contendo explosivos, a fim de assegurar que qualquer fogo, o
qual pode resultar de vapores de combustível, não ocorra no edifício de operação ou
armazenagem.

18.6.2.3 Armazenagem de Equipamentos Movidos à Gasolina ou Diesel

Equipamentos movidos à gasolina ou diesel não devem ser armazenados em


edifícios contendo explosivos ou em terminais de carregamento de explosivos, quando os
explosivos estão presentes. Estes equipamentos podem ser armazenados para pernoite em
armazéns ou outros locais disponíveis contendo somente itens inertes, porém, deve-se prever
uma separação mínima de 3 metros entre o equipamento e todos os materiais combustíveis.

18.6.2.4 Luzes Portáteis

Outras que não aquelas aprovadas para uso em paióis, não deverão ser
permitidas em um veículo transportando explosivos.
394 MCA 67-1/2007

18.6.2.5 Corpo do Veículo

Todas as partes metálicas expostas (ferrosas) de um veículo, deverão ser


cobertas antes do carregamento de explosivos que não estiverem embalados adequadamente.

18.6.2.6 Extintores de Incêndio

Cada veículo de transporte de explosivo deve ser equipado com pelo menos um
extintor de incêndio portátil para classe B/C. Dois extintores são preferíveis. Quando se
utilizar dos extintores, um deverá ser montado na parte externa da cabine no lado do motorista
e outro no interior da cabine.

18.6.2.7 Marcações dos Veículos

Todos os veículos comerciais ou militares que transportem explosivos deverão


ter cartazes com as inscrições previstas nas normas da ANTT. Estes cartazes provêm um aviso
geral para todo o pessoal, e fornece guia específico para as forças de combate ao fogo a outras
pessoas que atendem às emergências que ocorram. Estes cartazes também provêm um método
de identificação padronizada para veículos transportadores de explosivos de qualquer tipo. Os
seguintes detalhes específicos deverão ser seguidos para a utilização dos cartazes:

18.6.2.8 Inspeção de Veículos

Os veículos usados para o transporte de explosivos, deverão ser inspecionados


por uma pessoa competente, a intervalos de tempo regulares, para ver se as condições
mecânicas e os instrumentos de segurança estão em perfeito estado e que os motores estão
limpos. Uma inspeção diária deverá ser feita, para se verificar que:
a) extintores de incêndio estão cheios e em seu estado de utilização (os
extintores não devem mostrar sinais evidentes de que foram mexidos);
b) fios elétricos estão em boas condições e devidamente fixos;
c) tanque de combustível e tubulações estão seguros e sem vazamento;
d) freios, pneus, direção e outros equipamentos estão em boas condições, e que
os pneus estão devidamente calibrados; e
e) sistema de exaustão está livre de óleo, lubrificante e combustível.

18.6.2.9 Requisitos de Operação

Atenção especial deve ser dada todo tempo para garantir a segurança de
operação de veículos transportando explosivos (durante o movimento, estacionamento,
carregamento e descarregamento). As seguintes regras se aplicam aqui:

18.6.2.9.1 Blocos para calçar as rodas dos veículos deverão ser usadas (em complementação
ao uso de freios, engrenagem, etc) quando carregando ou descarregando explosivos em
veículos e trailer estacionados em qualquer rampa com inclinação suficiente que possa causar
o rolamento do veículo caso o mesmo estivesse livre.

18.6.2.9.2 Deve-se evitar o transporte de explosivos por estradas que contenham travessias
por barcos, túneis ou pontes com pagamento de pedágios.
MCA 67-1/2007 395

18.6.2.9.3 Veículos contendo explosivos não devem ser abastecidos dentro de uma área de
explosivos. O reabastecimento deve ser feito antes de carregar o veículo com explosivos.

18.6.2.9.4 Nenhuma pessoa deverá ser permitida viajar no compartimento de carga de um


veículo transportando explosivos.

18.6.2.9.5 Explosivos não poderão ser carregados ou descarregados de veículos enquanto seu
motor estiver em funcionamento, exceto nas seguintes condições:
a) onde o motor é exigido para prover potência a equipamento mecânico de
transporte utilizado na carga e descarga de veículos;
b) motores de veículos movidos à diesel podem continuar a funcionar durante
as operações de carga e descarga de explosivos, exceto quando estão
envolvidos explosivos “expostos”;
c) quando os motores dos veículos estão sendo operados conforme
especificado em "a" e "b", então as seguintes precauções devem ser
tomadas,
- os gases de exaustão do motor deverá ser lançado a pelo menos 2 metros
do ponto no qual a operação de carregamento está sendo efetuada e na
direção contrária deste ponto;
- os materiais sendo carregados e descarregados, os quais podem desprender
vapores inflamáveis, devem estar devidamente embalados;
- os veículos devem estar equipados com protetores de centelhas e chamas,
quando necessário;
- o veículo deverá permanecer no local da aeronave somente o período de
tempo necessário para a operação de carregamento e descarregamento. Se
um atraso ocorrer, o veículo deverá ser retirado do local;
- o operador do veículo deverá aplicar os freios e permanecer na posição do
motorista para se assegurar contra qualquer movimento do veículo, ou
acionará os freios e colocará calços nas rodas e permanecerá nas
proximidades do veículo;
- veículos contendo explosivos não deverão ser operados até que o
carregamento tenha sido checado para assegurar um transporte seguro. As
embalagens de explosivos deverão ser carregadas de maneira tal que
previne movimentos ou bloqueios e fixações sejam propriamente apertados
ou seguros ao veículo; e
- quando transportando itens eletro-explosivos, considerações completas
deverão ser observadas quando os veículos forem equipados com
transmissores e/ou outras fontes de radiação eletromagnética.

18.6.2.10 Manutenção de Veículos Transportadores de Explosivos

18.6.2.10.1 Somente a inspeção do operador e manutenção normalmente associada com a


operação do veículo, deverão ser realizadas em veículos carregados com explosivos. Tal
manutenção inclui serviços com combustíveis, óleo, ar, lubrificação e água, troca de pneus,
fusíveis, mangueiras e cintos de segurança, etc.

18.6.2.10.2 Nenhuma manutenção deverá ser realizada em veículos carregados com


explosivos que possam aumentar a probabilidade de fogo ou possam requerer o uso de
equipamentos que produzam calor.
396 MCA 67-1/2007

18.6.2.10.3 Ao se mudar pneus, a elevação do veículo não deve mudar as cargas de posição
ou colocar uma excessiva tensão no lado oposto do veículo.

18.6.2.10.4 Ao efetuar-se a expedição de explosivos e munições em veículos, deve-se obter


informações sobre o melhor trajeto, para se evitar área congestionadas.

18.6.2.10.5 Munições, explosivos e outros itens perigosos, não serão enviados por nenhuma
viatura comercial, nem o responsável ou a guarda será de elementos civis.

18.6.2.10.6 O Oficial expedidor tomará todas as precauções necessárias e razoáveis para


assegurar o trânsito seguro dos veículos.

18.6.2.10.7 Todas as precauções contra fogo devem ser observadas. Os veículos a motor
usados para transportar explosivos e munições serão inspecionados diariamente por um
pessoa competente, a fim de se certificar de que os fios elétricos, luzes, freios, tanque de
gasolina e ligações estão em boas condições de funcionamento.

18.6.2.10.8 Antes do carregamento de veículo, todo material inflamável deverá ser removido.
Não se permitirá acumulação de estopas oleosas ou de lixo nas caixas de ferramentas.

18.6.2.10.9 A carga, fixada firmemente e coberta com encerado, não deverá exceder a altura
da carroceria.

18.6.2.10.10 Durante as operações de carga e descarga, os veículos deverão ser freados,


calçados e seus motores desligados.

18.6.2.10.11 Para viagens longas, os veículos deverão ter dois motoristas que se revezarão.

18.6.2.10.12 Veículos carregados não estacionarão em lugares onde haja possibilidade de


propagação de chama.

18.6.2.10.13 Em acidentes com veículos contendo explosivos e munições, procurar-se à


interromper o trânsito e isolar o local.

18.6.2.10.14 Em casos de acidentes com veículos, a primeira providência será a retirada da


carga, que se colocará a uma distância mínima de 80 metros do veículo, habitações e
rodovias.

18.6.2.10.15 Não é permitido a ninguém viajar no compartimento onde estiverem os


explosivos e munições.

18.6.2.10.16 Não se carregará ou descarregará veículos com o motor em funcionamento ou


com o circuito elétrico de ignição ligado.

18.6.2.10.17 Veículos carregados não estacionarão próximos a paióis, nem em garagem,


estacionamentos e postos de serviços.

18.6.2.10.18 Quando a munição for transportada por comboio de veículos, deve-se manter
entre estes uma distância aproximada de 80 m. O comboio deve parar cada hora, durante a
viagem, para inspeção do carregamento de cada veículo. As paradas não devem ser feitas
MCA 67-1/2007 397

dentro ou perto dos limites das cidades, vilas ou municípios, e, ao passar pelas mesmas, deve-
se evitar ruas congestionadas, sempre que for possível. Deve-se manter uma velocidade
moderada, conservando-se sob controle de cada veículo. Deve-se fazer uma parada completa
em todos os cruzamentos de estrada de ferro. Não se deve permitir a pessoas não autorizadas
pelo Comandante, viajar nos veículos carregados de munições de qualquer tipo.

18.6.2.10.19 A velocidade de um veículo não deixará de ser sempre moderada. Se um veículo


pegar fogo, os outros seguirão até atingir distância segura (fora do local de perigo, em caso de
explosão), e guardas, postados a uma distância de algumas centenas de metros, em cada lado
do veículo, serão incumbidos de parar todo o tráfego.

18.6.2.10.20 Explosivos e munições não devem ser descarregados ou amontoados logo atrás
dos escapamentos, onde fagulhas poderiam provocar incêndio ao ser ligado o motor.

18.6.2.10.21 Cada carregamento de munições químicas, deve ser acompanhado de


equipamentos apropriados de proteção e de primeiros socorros.

18.6.2.10.22 Quando for necessário carregar mais de uma camada de munições, deve-se
colocar madeira sobre cada camada, para impedir que as unidades sejam danificadas pelo
contato com outras porções de munições, ao ser posto o veículo em movimento. Os
recipientes de explosivos ou outros utensílios perigosos, que estiverem vazando ou em estado
que possibilite vazamento, não devem ser aceitos para transporte, por veículo motorizado.

18.6.2.10.23 Qualquer recipiente de munições que durante o trânsito for encontrado


danificado ou quebrado, pode ser consertado quando isto for evidentemente praticável e não
perigoso, o que, porém, deve ser feito de acordo com os mais seguros métodos conhecidos de
que se possa lançar mão no momento, e, no mínimo, a 100 metros de distância dos outros
explosivos ou munições. Quando uma caixa estiver tão avariada que não possa ser consertada,
a mesma deve ser reforçada com papel de embrulho forte e colocada em outra caixa,
igualmente forte e cercada de um isolante à prova de choque. A tampa da caixa avariada, que
não possa ser consertada satisfatoriamente, só deve ser transportada pelo percurso mínimo e
necessário para atingir o local onde os explosivos possam ser inutilizados com segurança. Os
sinais adequados, as luzes portáteis e os refletores devem ser levados pelos veículos. As luzes
vermelhas não serão expostas, exceto as destinadas à parte traseira de cada veículo.

18.6.2.10.24 Todos os tanques de combustível, devem ser equipados com um dispositivo para
aliviar a pressão interna. O piso de todos os veículos deve ser firme e o material de aço
exposto na coberta da carroceria deve estar bem protegido com madeira ou outro material não
metálico.

18.6.2.10.25 Os veículos que contenham explosivos, não serão jamais levados a uma garagem
ou oficina de consertos, a fim de serem consertados ou guardados, a menos que se trate de um
lugar aberto onde não se empregue chama nem acendedor de qualquer espécie.

18.6.2.10.26 É proibida a presença de estranhos à ordem de missão, nos veículos que


transportem explosivos ou munições.

18.6.2.10.27 Sempre que possível, as munições devem ser transportadas durante o dia.
Quando houver necessidade de luz artificial, só devem ser usadas lâmpadas ou lanternas
elétricas aprovadas.
398 MCA 67-1/2007

18.6.2.10.28 Para uma viagem contínua por mais de 8 horas, o motorista deve ser
acompanhado de um assistente. Cada carregamento de explosivos perigosos só será entregue à
pessoa autorizada a recebê-lo.

18.6.2.10.29 O reabastecimento de combustível deve ser reduzido ao mínimo. O sistema


elétrico de ignição deve estar desligamento e o motor deve conservar-se parado durante a
operação de reabastecimento de combustível.

18.6.2.10.30 Em caso de acidente, todas as embalagens não quebradas, juntamente com a


maior quantidade possível das avariadas, serão reunidas cuidadosamente e retiradas para uma
zona de segurança, a fim de se evitar incêndio ou explosão. O máximo cuidado deve ser
tomado para não surgirem fagulhas.

18.6.2.10.31 Caso um veículo a motor se engate a outros ou a algum objeto ou estrutura,


nenhum esforço deve ser feito para os separar, até que a carga seja retirada. Os moradores das
proximidades e os condutores de outros veículos devem ser avisados do perigo.

18.6.2.10.32 Os veículos para transporte de munições e explosivos devem ter, em princípio, a


carroceria fechada.

18.6.2.10.33 O veículo com explosivos ou munições não deverá ser rebocado por outros
veículos.

18.6.2.10.34 Os motoristas de veículos e os elementos encarregados dos transportes, serão


cuidadosamente instruídos e detalhadamente informados com referência às instruções de
segurança relativas ao transporte de explosivos e munições. Antes de os veículos carregados
de explosivos deixarem o ponto de carregamento, os motoristas serão informados quanto:
a) à natureza dos explosivos carregados em cada veículo;
b) aos métodos de combate ao fogo, se irromper um incêndio nos veículos ou
em suas cargas;
c) ao raio de prejuízo estrutural, em caso de explosão; e
d) à distância conveniente entre veículos carregados de explosivos;
e) à distância conveniente entre outros veículos.

18.6.2.10.35 Caso se verifique incêndio resultante de uma colisão entre um veículo


transportando munição e outro veículo ou proveniente de outras causas, todos os esforços
dirigir-se-ão no sentido de evitar-se a propagação do fogo. Se não for possível este controle,
sendo prevista, em conseqüência, a explosão da carga, o motorista do veículo incendiado
avisará a polícia, se possível, e envidará todos os esforços para avisar os moradores e
transeuntes expostos à explosão iminente, dentro do raio de danos à edifícios.

18.6.2.10.36 As unidades que despacham munições são responsáveis pela instrução dos
motoristas, com referência às recomendações de segurança relativas ao tipo de material
explosivo a ser transportado.

18.6.2.10.37 Cada motorista receberá instruções sobre as normas gerais de segurança e


também uma cópia das precauções específicas aplicáveis à sua carga.
MCA 67-1/2007 399

18.6.2.10.38 O encarregado do transporte deverá, durante a viagem, ficar atento a cigarros


lançados de outros carros, que possam vir para a carroceria do seu veículo.

18.6.2.11 Transporte de Explosivos por Aeronaves

O transporte de explosivos pelo ar deverá obedecer aos seguintes requisitos:

18.6.2.11.1 Carregamento de Explosivos

Serão obedecidos os seguintes critérios:


a) embalagens para explosivos devem estar em bom estado e propriamente
marcadas. Embalagens apresentando evidências de danificação, mistura,
manchas, etc, não deverão ser carregadas até que uma pessoa qualificada e
responsável as libere para embarque. Embalagens rejeitadas deverão ser
armazenadas devidamente para posterior reparo ou destruição;
b) embalagens de explosivos deverão ser acondicionadas no interior da
aeronave, longe de saídas quentes, fontes de centelhas e outros perigos
similares. As embalagens devem ser firmemente fixadas à estrutura da
aeronave para prevenir desprendimento em vôo. No caso de emergências, o
carregamento deve ser prontamente acessível sem ter que mover outro
carregamento;
c) fumar não é permitido em compartimentos de aeronaves carregadas de
explosivos; e
d) embalagens não devem ser abertas ou separadas em aeronaves, a menos
que estritamente necessário.

18.6.2.11.2 Dispositivos de Segurança Operacional

Sinalizadores, sistemas iluminativos e outros itens necessários à segurança e


operação de vôo, incluindo pequenas quantidades de munições de armas portáteis para uso de
tripulação, não são considerados para o estacionamento especial de aeronaves, nem estão
sujeitos aos requisitos de quantidade-distância. Quando possível, estes itens devem ser
colocados em compartimentos inacessíveis aos passageiros durante o vôo.

18.6.2.11.3 Identificação de Aeronaves Carregadas com Explosivos

Aeronaves contendo carregamento de explosivos deverão ser estacionadas em


locais providos de cartazes ou áreas de carregamento e descarregamento, sendo obedecidos os
seguintes critérios:
a) símbolos de fogo apropriados deverão ser colocados em locais de fácil
visualização para a identificação da área; e
b) como um meio alternativo de identificar aeronaves carregadas com
explosivos, pode-se usar placas semelhantes às dos veículos, nas aeronaves
ou próximo delas.

18.6.2.11.4 Carregamento e Descarregamento de Aeronaves

Antes de carregar ou descarregar uma aeronave com explosivos, deve-se


observar os seguintes aspectos:
400 MCA 67-1/2007

a) os motores das aeronaves devem estar desligados e todos os interruptores na


posição desligada, exceto para aquelas essenciais à funções de carregamento
e descarregamento;
b) as rodas da aeronave devem estar devidamente calçadas;
c) a aeronave deve ser eletricamente aterrada de tal maneira que a resistência
do solo não exceda 10.000 Ω. Esta é a resistência máxima aceitável para
carregamento e descarregamento de explosivos; e
d) os extintores de incêndio ou equipamentos de combate ao fogo, deverão
estar disponíveis para uso imediato.

18.6.2.11.5 O transporte de munições em avião com passageiros somente deverá ser


autorizado quando:
a) tratar-se de munição de calibre até 20 mm inclusive, e com projeteis inertes
ou traçantes;
b) embaladas na forma preconizada pela Norma Técnica aplicável e com peso
de cada embalagem até 45 Kg; e
c) tratar-se de cartuchos impulsores de bombas, “Canopy” ou assentos,
contendo não mais que 32,5 gramas de propelente cada um, desde que esses
cartuchos sejam incapazes de funcionar em massa como resultado do
funcionamento de um único cartucho na embalagem, ou como resultado de
exposição à chama externa.

18.6.2.11.6 É proibida a permanência de aeronaves com munições próximo a edificações.

18.6.2.11.7 Um especialista em armamento acompanhará o carregamento, transporte e


descarregamento do material.

18.6.2.11.8 A aeronave para o transporte de munição deve possuir no mínimo 2 extintores de


CO 2 , um instalado à frente e outro atrás, no interior da fuselagem.

18.6.2.11.9 O pouso e decolagem de aeronaves contendo munições, serão realizados com os


bombeiros em posição de alerta.

18.6.2.11.10 A aeronave transportando munição após aterragem de emergência para pequenos


reparos, não será descarregada, porém, os reparos devem ser feitos de acordo com os quadros
de quantidade-distância. Para reparos mais demorados, a aeronave deve ser descarregada e a
carga deve ser estocada a uma distância de segurança.

18.6.2.11.11 A aeronave transportando munições realizará o mínimo de escalas possíveis, e


quando estacionada, deverá ser observada a ventilação do seu interior.

18.6.2.11.12 O abastecimento de aeronaves deve ser realizado de acordo com os quadros de


quantidade-distância.

18.6.2.11.13 Antes da decolagem ou aterragem de uma aeronave transportando munições, o


piloto deve notificar a natureza da carga.
MCA 67-1/2007 401

18.6.2.11.14 A aeronave que transporta munições deve requerer taxiamento e estacionamento


em separado, devendo ser fixado na área, tabuletas de interdição.

18.6.2.11.15 A aeronave, no transporte de itens perigosos e venenosos, deverá ser equipada


com oxigênio, máscaras, luvas, sapatos, vestimentas e neutralizante.

18.6.2.11.16 A carga deve ser inspecionada antes da delocagem e periodicamente em vôo.

18.7 PRECAUÇÕES GERAIS NO TRANSPORTE DE MUNIÇÕES E EXPLOSIVOS

18.7.1 A carga deverá sempre ser conferida com a guia de expedição. Salvo casos especiais, a
carga de descarga será durante o dia e com tempo bom.

18.7.2 Antes de se começar o carregamento de munições em qualquer tipo de veículo, ou


antes de o veículo, depois de carregado, deixar o local de operações, deve-se fazer uma
inspeção quanto às condições e a segurança do conteúdo, procedendo-se também a
conferência deste com a quantidade previamente estabelecida.

18.7.3 O responsável por um carregamento não aceitará para transporte, munições ou


explosivos que estejam com as embalagens avariadas ou sem segurança.

18.7.4 O material será disposto e fixado no transporte, de modo que facilite a inspeção e a
segurança.

18.7.5 Munições, explosivos, artifícios e iniciadores serão, em princípio, transportados


separadamente.

18.7.6 No transporte de explosivos e munições deverão ser previstas paradas para inspeções
em lugares ermos, e determinadas as velocidades máximas de deslocamento.

18.7.7 Antes de descarregar um transporte de munições ou explosivos, examinar-se-á o local


para armazená-lo.

18.7.8 Deve-se proteger a carga da umidade e dos raios solares diretos.

18.7.9 Os itens a serem transportados devem obedecer a compatibilidade de estocagem.

18.7.10 Ao efetuar-se o manuseio ou o transporte de munições e explosivos, deve-se tomar


todas as precauções para evitar que estes materiais cheguem às mãos de pessoas não
autorizadas, ou sejam extraviadas.

18.7.11 Não se deve derrubar, arrastar, jogar ou deixar cair, uns em cima dos outros no chão,
os recipientes de munições e explosivos. Sempre que for possível, deve-se observar as
seguintes regras:
a) deve-se mover as munições e explosivos manualmente e forrar o local,
empregando acolchoamento de madeira; e
b) todas as ferramentas usadas no manuseio de munições e explosivos não
podem produzir centelhas.
402 MCA 67-1/2007

18.7.12 Os materiais devem ser arrumados e amarrados num veículo, de modo que se
mantenham tão seguros que nenhum movimento do veículo possa, em hipótese alguma,
deslocar e danificar a carga. As portas de carregamento de munições devem conservar-se
sempre fechadas, tanto antes como durante qualquer movimento do veículo.

18.7.13 Sempre que se preparar material para transporte e for preciso empacotá-lo, o mesmo
será espalhado, contado e inspecionado, antes de ser efetuado o empacotamento. Uma lista de
embalagem contendo todas as informações será empacotada com o material. Dar-se-ão
informes sobre a natureza do material e os meios de transportes usados.

18.7.14 Todo material deve receber proteção suficiente contra avarias por umidade, ao ser
transportado.

18.7.15 Precauções especiais devem ser observadas quando se transportar quaisquer unidades
de munições para desmilitarização ou destruição, levando-se em conta o tempo e o estado de
deterioração das munições.

18.7.16 Os veículos que contenham munições ou explosivos devem conservar-se


adequadamente fechados e trancados, exceto quando for preciso abri-los para ventilação,
inspeção ou manuseio de embalagens.

18.7.17 Na elevação e abaixamento de embalagens de munições por meio de redes de carga,


uma forte plataforma ou base de madeira deve ser instalada dentro da rede sobre a qual os
recipientes possam ser amontoados ou empilhados, de maneira que não se desloquem ou
batam um no outro.

18.7.18 Para recipientes comparativamente pequenos ou leves e que não contenham carga
perigosa, pode-se usar rampas capazes de ser movidas à mão, com facilidade e segurança,
contanto que coexistam as seguintes circunstâncias:
a) ausência de inclinação no fim de cada rampa;
b) recipientes cuidadosa e vagarosamente manuseados, de modo que possam
ser sustentados ao aproximar-se o fim da rampa e possa ser evitado o perigo
de um recipiente bater em outro; e
c) existência de um acolchoamento na extremidade da rampa.

18.7.19 Os recipientes pesados podem ser embarcados e desembarcados por meio de rampas,
contanto que cabos sejam usados para frear os recipientes na descidas e sejam observados os
requisitos referentes à altura da extremidade de cada rampa e o emprego de material para
acolchoamento.

18.7.20 Os controladores dos motores de elevação de carga devem estar em condições


eficientes de operação, e a velocidade de elevação deve ser regulada de modo que não haja
perigo de esmagamento ou ruptura do cabo.

18.7.21 Munições, recipientes de explosivos e projeteis serão levantados e abaixados devagar


e postos no chão com cuidado, sobre um acolchoamento, a fim de que não sejam danificados.
Deve-se esperar um tempo conveniente para remoção, depois de o guindaste ter depositado a
carga.
MCA 67-1/2007 403

18.7.22 Todo explosivo ou munição, ao ser transportado, terá uma guarda militar armada, e
ainda um militar especialista em armamento que faça cumprir as disposições de segurança.

18.7.23 Não se deve rolar munições ou qualquer caixa que contenha munições ou explosivos.

18.7.24 As vezes, os bujões do alojamento das espoletas se afrouxam ou caem; estes bujões
desprendidos devem ser envernizados com goma laca em folhas ou um componente
semelhante, a fim de conservarem o selo.

18.7.25 Durante o transporte ou operações perigosas com munições e explosivos, não é


permitido que um homem sozinho manuseie-os ou fique em local onde não seja possível
fornecer-lhe o imediato socorro em caso de acidente.

18.7.26 Sempre que se reunirem projeteis vazios, invólucros de bombas, recipientes ou


qualquer outro material componente de munição, para fins de aproveitamento, devem ser
tomadas precauções para evitar que sejam incluídos explosivos ou quaisquer matérias
perigosas entre esses materiais.

18.7.27 Conseqüentemente, todas as unidades de munições distribuídas deste modo, terão as


espoletas ou respectivos bujões de alojamento removidos, para ser verificado de cada
cavidade está positivamente vazia de explosivo ou de qualquer carga restante. Qualquer
material de carga inerte de munição será descarregado. Os bujões de alojamento das espoletas
não serão substituídos. Sempre que existir dúvidas a respeito dos alojamentos estarem ou não
livres de explosivos, serão empregadas medidas positivas como lavagem com água. Um
procedimento correspondente será adotado em todo o material que for posto fora de uso. No
caso de ser impossível verificar se qualquer dos materiais contém explosivos, o mesmo será
considerado carregado.

18.7.28 Os responsáveis pelo carregamento deverão verificar se a expedição do material em


questão está de acordo com todas as instruções aplicáveis, procedendo-se, em seguida, de
acordo com as seguintes recomendações:
a) observar se o material está em embalagens próprias para expedição e
convenientemente embalados, e se os mesmos foram postas à prova, na
conformidade das especificações de segurança;
b) observar se a quantidade expedida está dentro dos limites de peso e
conteúdo determinados;
c) observar se a carga está sendo armazenada ou empilhada e colocada em
avião, navio, caminhão ou vagão, com o máximo cuidado;
d) verificar se a carga está devidamente marcada e se descrevem
apropriadamente as munições, de acordo com o nome e o tipo;
e) verificar se as munições de tipos diferentes estão carregadas de acordo com
os quadros de quantidade-distância e compatibilidade; e
f) verificar se as munições químicas e todas as outras unidades de munições ou
explosivos são sempre manuseadas com cuidado e, especialmente, senão
jogadas uma contra a outra ou no chão, e, ainda, se o equipamento de
proteção está em condições de ser imediatamente utilizado. Verificar,
também, se toda pessoa diretamente ligada a operações de carregamento,
desembarque ou transporte de explosivos, tem bom conhecimento das
instruções de segurança pertinentes a esses serviços.
404 MCA 67-1/2007

18.7.29 Antes de entrar numa área de paiol, toda viatura carregada de explosivos e munições
deve ser cuidadosamente inspecionada por uma pessoa autorizada.

18.7.30 As precauções seguintes, conquanto visem especialmente os tipos de material que as


suscitarem, podem ser estendidas a todas as munições a que sejam aplicáveis.

18.7.31 As munições de armas portáteis não exigem precauções especiais ao serem


transportadas, além das instruções adequadas sobre proteção contra fogo, embalagem e
marcação.

18.7.32 As bombas deverão ser manuseadas com cuidado e protegidas contra choque. As que
forem remetidas sem engradados, terão os alojamentos de espoletas na ogiva e na cauda
fechados com bujões adequados. As bombas não serão despachadas com o detonador no
respectivo lugar. Os estoques de aletas enviadas separadamente ou anexas às bombas, deverão
ser cuidadosamente protegidos.

18.7.33 Os pirotécnicos devem ser manuseados com extremo cuidado, e deve ser
providenciada proteção contra a umidade, choque e temperatura elevada. A maior parte das
embalagens de pirotécnicos deve ser selada contra umidade; se, durante a expedição, este selo
romper acidentalmente e os conteúdos ficarem expostos à umidade, essas embalagens devem
ser separadas do resto do material até ser feito um exame, para se ter a certeza de que os
conteúdos podem ser usados.

18.7.34 Os materiais e equipamentos inertes e não explosivos, serão manuseados como se


estivessem completamente carregados, a fim de diminuir uma possível danificação.

18.7.35 Deve-se dispensar atenção especial ao pó de pólvora, lavando-se freqüente e


inteiramente com água, todo edifício, sala ou veículo de transporte onde possa acumular-se
este pó.

18.7.36 Os altos explosivos, TNT, explosivo “D”, tetril, etc, são entregues, às vezes, em
caixas de 25 Kg, para facilitar o seu manuseio. As caixas devem estar forradas com papel sem
emendas, encerado, à prova de poeira e água.

18.7.37 Todo pacote de procedência externa, que contenha amostras de explosivos para
exame de laboratório, deve ter uma tabuleta vermelha, quadrada, com as seguintes palavras
em preto: “AMOSTRAS DE EXPLOSIVOS PARA EXAME DE LABORATÓRIO –
MANUSEIE COM CUIDADO – CONSERVE LONGE DO FOGO”.
MCA 67-1/2007 405

19 DISPOSIÇÕES FINAIS

19.1 O presente Manual de Suprimento entra em vigor na data de sua publicação, revogando o
MCA 67-8 Vol. 1, de 20 DEZ 2001, a ICA 67-1, de 27 AGO 2004, a ICA 67-2, de 20 MAR
2003, a ICA 67-7, de 17 OUT 2001, a ICA 67-17, de 02 OUT 2002, a ICA 67-39, de 02 JAN
2002, a ICA 67-40, de 06 MAR 2002, a ICA 68-1, de 04 SET 2001, a IMA 67-41, de 08 JUL
1998 e o PCA 67-2, de 30 SET 2005.

19.2 Os casos não previstos neste Manual serão submetidos à apreciação do Diretor da
DIRMAB.
406 MCA 67-1/2007

REFERÊNCIAS

1 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Department of Defense. Federal Supply


Catalog Index of Federal catalog System Publications Vol 1.

2 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Department of Defense. Federal Supply Catalog


Management Data List (ML). Vol 2, JAN 88.

3 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Department of Defense. Federal Supply Catalog


Master Cross Reference List (MCRL). Vol 4.

4 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Department of Defense. Federal Supply Catalog


Identification List (IL). Vol 5.

5 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Department of Defense. Federal Supply Catalog


Freight Classification Data Publication. Vol 6.

6 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Department of Defense. Federal Supply Catalog


Delimitarization Code Publication (DEMIL). Vol 7.

7 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Department of Defense. Federal Supply Catalog


Cataloging Handbook - Federal Supply Classification. H2 Series. Vol 8.

8 - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Department of Defense. Federal Supply Catalog


Cataloging Handbook - Federal Item Name Directory. H6 Series. Vol 10.

9 - BRASIL. Ministério da Marinha - Diretoria de Abastecimento da Marinha - Curso de


Aperfeiçoamento de Intendência para Oficiais (CAIO) - 1982 - 3ª Edição.

10 - DIRETORIA DE MATERIAL DA AERONÁUTICA, NORMA DE SISTEMA DO


MAER (NSMA 65-1) SISTEMA DE MATERIAL DA AERONÁUTICA, DIRMA, 06
MAR.95.

11 - DEPARTMENT OF THE AIR FORCE - AIR FORCE MANUAL (STORAGE


MANUAL) AFM 67-9/ Estados Unidos da América/ 1970.

12 - KODAK DATA FOR AERIAL PHOTOGRAPHY - MANUAL M-29.

13 - TCHNICAL MANUAL - STORAGE, ISSUE AND SHIPMENT OF FILM, PAPER


AND CHEMICALS (T.O. 10J-1-4) US GOVERNMENT SECRETARY OF THE AIR
FORCE/1988.

14 - VARIG - ARMAZENAGEM PROCEDIMENTOS - RIO DE JANEIRO.

15 - GOODYEAR DO BRASIL - Departamento de Produtos Aeronáuticos São Paulo/1993

16 - REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA – RCA 12-1


(RADA), Comando da Aeronáutica (SEFA), 2004.

17 - REGULAMENTO PARA SALVAGUARDA DE ASSUNTOS SIGILOSOS (RCA 205-


1), Comando da Aeronáutica (CIAER), 2006

18 - DEPARTAMENT OF THE AIR FORCE-AIR FORCE MANUAL (STORAGE


MANUAL) AFM 67-9/Estados Unidos da América/1970.
MCA 67-1/2007 407

19 - DIRETORIA DE ABASTECIMENTO DA MARINHA DO BRASIL Manual de


Abastecimento / Rio de Janeiro/ 1982.

20 - INSTRUÇÃO DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA FUNÇÃO LOGÍSTICA DE


SUPRIMENTO DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES DE AVIAÇÃO (IMA 400-2) -
Janeiro de 1982.

21 - LAMBERT, Douglas M., STOCK, James R.,VANTINE, JG -Administração Estratégica


da Logística – Brasilgraphics Editora e Artes Gráficas Ltda. São Paulo, 1998, 912 p.

22 - LOG Movimentação & Armazenagem - Instituto IMAM, Número 124, jan/fev 2001.

23 - Doutrina de Logística da Aeronáutica (DCA 2-1), EMAER, 26 SET.03.

24 - BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando Geral de Apoio. Sistema de Despacho


Aduaneiro da Aeronáutica – NSCA 400-1/2006. Rio de Janeiro, RJ, 2006.

25 - BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral do Pessoal. Confecção, numeração


e controle de publicações: ICA 5-1. Brasília, DF, 2004.

26 - BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando Geral do Pessoal.Correspondência e atos


oficiais: ICAER: ICA 10-1. 15 dez. 2005. Brasília, DF, 2005.
408 MCA 67-1/2007

Anexo A - Inventário Geral - PAMA

PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DE GALEÃO

Planejamento Para Inventário Geral dos Armazéns de Suprimento de


Material Utilizável.

I - FINALIDADE:

A finalidade da presente instrução é definir normas de procedimento e


atribuir responsabilidades ao pessoal envolvido nos trabalhos de inventário dos
armazéns de suprimento de material utilizável.

II - OBJETIVO:

O inventário terá como objetivo a verificação quantitativa e qualitativa dos


itens de suprimento armazenado, a adoção das medidas corretivas pertinentes e a
reorganização dos armazéns.

III - MÉTODO DE INVENTÁRIO:

O inventário será feito com o armazém aberto, ou seja, não haverá


interrupção nas atividades do armazém. O material será inventariado por áreas
de armazenagem.

IV - PESSOAL:

Estarão envolvidos militares da TSU, Inspetoria Técnica, bem como


pessoal de Organizações apoiadas pelo Parque.
O pessoal envolvido estará dividido em equipes as quais caberá as
seguintes atividades:

Equipe Alfa: Contagem e inspeção do material.


Equipe Bravo: Análise de discrepâncias de quantidades.
Equipe Charlie: Identificação.
Equipe Delta: Embalagem e localização
Equipe Eco: Controle da documentação pertinente ao sistema
informatizado de controle.

V - DETALHAMENTO E SEQÜÊNCIA DAS TAREFAS:

5.1 - Distribuição do Relatório de Inventário Físico gerado pelo sistema


informatizado, obedecendo a critérios preestabelecidos.

Caberá a equipe "ECO" a distribuição do referido relatório a


equipe "ALFA", em 2 (duas) vias, para início dos trabalhos de contagem do
material.

5.2 - Contagem e Inspeção do Material:

Será feita a contagem do material, pela equipe "ALFA", sendo


anotada no campo pertinente do relatório a quantidade encontrada, quando esta
estiver em desacordo com listada no relatório.
Deverá ser feita inspeção visual do material quanto ao seu estado,
e segregados os itens que apresentarem discrepâncias.
Observar entre outras:
MCA 67-1/2007 409

Continuação do Anexo A - Inventário Geral - PAMA

- itens metálicos que apresentem corrosão;


- itens quebrados, amassados, ou de outro modo danificado;
- itens com "SHELF-LIFE" vencido;
- itens feitos por compostos de borracha que apresentem
rachaduras, aspectos ressecados e sem elasticidade.

Será verificada a embalagem quanto ao estado, existência de


identificação do material nela contido e adequabilidade da embalagem ao
material.
Será observada a correta identificação do item.
A equipe responsável anotará, no campo comentários do
relatório, a discrepância observada, utilizando-se os códigos constantes do anexo
A da presente instrução e adotando os procedimentos ali descritos.

5.3 - Análise de discrepância de quantidade:

Caberá a equipe "BRAVO" esta tarefa. De posse do relatório,


onde constarão as quantidades encontradas, deverá ser feita pesquisa nos
registros que acarreta aumento ou diminuição de estoque.
Deverá ser verificado, também, a existência do item em falta nas
oficinas, sem que estejam contabilizados no sistema informatizado de controle.
A pesquisa deverá abranger os seguintes períodos:

Valor do material Período

US$ 50.00 a 100.00 06 (seis) meses


Entre US$ 100.00 e US$ 500.00 01 (um) ano
Acima de US$ 500.00 05(cinco) anos

Os acertos de quantidade no sistema informatizado, a maior ou a menor,


serão efetuados obedecendo ao disposto no item 3.6.1.4 deste Manual.

5.4 - Análise de discrepâncias de Identificação:

Estará afeta a equipe "CHARLIE". Os procedimentos para as


correções necessárias estão descritos no anexo A.

5.5 - Correção de deficiência de embalagem e localização do material:

Caberá a equipe "DELTA" a confecção da embalagem


apropriada, procedendo de acordo com estabelecido no anexo A.
Quanto à localização do material, deverão ser localizados no
mesmo local os itens alternados, superados ou superadores. O material cuja
localização estiver inadequada será relocalizado. Deverá ser emitida a
documentação pertinente.

CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO DE INVENTÁRIO

São codificações alfabéticas, utilizadas para expressar a condição de cada


item, observada durante o inventário. Deverá ser anotada no relatório, no espaço
reservado a comentários

NIL - Nenhuma discrepância foi observada - Os itens que receberem este


código deverão retornar aos seus locais de estocagem.
410 MCA 67-1/2007

Continuação do Anexo A - Inventário Geral - PAMA

DQT - Discrepância de quantidade - Ocorrerá quando a quantidade


encontrada, for maior ou menor que a listada no relatório.

DEB - Discrepância de embalagem - Receberá este código o material, cuja


embalagem estiver deficiente, não oferecendo a adequada proteção à sua
integridade. Será responsabilidade da equipe "DELTA" a correta embalagem e
seu retorno ao local de estocagem.

DID - Discrepância de identificação - Ocorrerá quando forem constatadas


as seguintes situações:

1º) For encontrado material fora do local implantado, sem


etiqueta de peça perfeita que o identifique.

Comentários: Deverá ser observada a existência de


codificação (letras e/ou números) gravada na peça; checar se tal codificação está
implantada Sistema de controle e catálogos de identificação. Após identificado,
o item deverá ser implantado no projeto pertinente, ajustando-se seu estoque.

2º) O PN gravado na peça é diferente do relatório.

Comentários: Deverá ser observada a identificação


constante do catálogo de identificação e feita a correção necessária no sistema
informatizado.

DLO - Discrepância de localização - Ocorrerá quando o item for


encontrado em local diferente daquele listado no relatório. Será remetido para a
equipe "DELTA" para que seja localizado e emitida a respectiva documentação.

DCO - Discrepância de condição - Se após inspeção visual for constatado


que o material não está em condição de ser utilizado, necessitando inspeção em
laboratório, teste ou recuperação, deverá ser adotado o seguinte procedimento:

1º) Preenchimento da etiqueta de peça avariada, reportando a


discrepância observada.

2º) Solicitação ao Centro de Controle de Ordens de Serviço


(CCOS) a abertura da O.S.

5.6 - Controle dos documentos:

A remessa para processamento, conferência de atividades e


arquivo dos relatórios e formulários referentes à atividade do inventário será
feita pela equipe "ECO".

VI - COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES:

6.1 - Equipe "ALFA":

04 elementos, sendo 02 SGT BSP, 01 SD ou SGT da inspetoria,


01 CB BSP

6.2 - Equipe "BRAVO":


MCA 67-1/2007 411

Continuação do Anexo A - Inventário Geral - PAMA

04 SGT BSP

6.3 - Equipe "CHARLIE:

03 elementos, sendo 02 SGT BSP e 01 SD ou SGT da inspetoria.

6.4 - Equipe "DELTA":

05 elementos, sendo 02 SGT BSP e 02 CB BSP, 01 S1 ou S2.

6.5 - Equipe "ECO":

03 SGT BSP.

VII - CRONOGRAMA DO INVENTÁRIO:

Início: 01/07/92

PJT NR ITENS INÍCIO TÉRMINO DIAS(ÚTEIS)

A1 10.089 01/07/92 24/07/92 18


KC-137 14.690 27/07/92 31/08/92 26
C-130 49.716 01/09/92 05/01/93 84
C-91 30.716 11/02/93 01/05/93 53
VU-93 30.109 05/05/93 19/07/93 51
GRAL 5.850 20/07/93 02/08/93 10
REMOTOS 11.641 03/08/93 27/08/93 19

OBS.: O trabalho será interrompido entre os dias 05/01/93 e 10/02/93.

PJT INÍCIO TÉRMINO DIAS(ÚTEIS)

C-130 07/09/92 17/10/93 270


REMOTOS 20/10/93 22/11/93 24
VU-93 25/11/93 30/01/94 39
C-91 01/02/94 21/03/94 41
GRAL 22/03/94 22/04/94 23

CRONOGRAMA DE INVENTÁRIO

C-130 01/09/92 16/12/93 292 DIAS ÚTEIS


REMOTOS 24/01/94 04/03/94 25 DIAS ÚTEIS
VU-93 07/03/94 29/04/94 34 DIAS ÚTEIS
C-91 02/05/94 29/06/94 41 DIAS ÚTEIS
GRAL 30/06/94 01/08/94 23 DIAS ÚTEIS
412 MCA 67-1/2007

Anexo B - Inventário Geral - Remotos

PLANEJAMENTO PARA INVENTÁRIO GERAL NOS REMOTOS

1) Objetivo - este inventário terá como objetivo:

a) a verificação quantitativa e qualitativa dos itens de suprimento


armazenados;

b) adoção das medidas corretivas pertinentes;

c) a reparação e pintura das unidades de armazenagem;

d) a recuperação/substituição dos equipamentos de controle de umidade e


temperatura;

e) a limpeza/reorganização dos armazéns;

f) a destinação dos excessos (material sem aplicação no Remoto);

2) Método de Inventário - será realizado com o armazém aberto, ou seja, não


haverá interrupção nas atividades de recebimento/fornecimento do
armazém. O material será inventariado, segundo a seqüência de local de
armazenagem, isto é, todos os itens existentes em cada local deverão ser
verificados;

3) Pessoal - estarão envolvidos todo o efetivo do Suprimento, que deverão ser


divididos em três equipes com as seguintes tarefas:

a) Equipe "ALFA" - contagem, inspeção, limpeza e separação do material


discrepante;

b) Equipe "BRAVO" - análise de discrepâncias, identificação, embalagem,


localização, emissão e controle da documentação pertinente;

c) Equipe "CHARLIE" - limpeza/reorganização do armazém sob todos os


aspectos mencionados no item 1.

4) Relatório de Inventário - será distribuído o relatório de inventário, por


seqüência de localização. Durante o período de realização do inventário
total, não será necessário realizar o Inventário Mensal.

5) Período de Duração – Estimar o período de duração, estabelecendo as datas


de início e término, considerando a quantidade de itens a serem
inventariados, a mão de obra disponível e a produção diária.

6) Detalhamento:

a) Equipe "ALFA" - equipe encarregada da contagem, inspeção, limpeza e


separação do material discrepante, deverá contar o material, anotar a
quantidade discrepante no relatório, fazer uma inspeção visual e separar
os itens que apresentarem discrepâncias, observando entre outros:

- itens metálicos com corrosão;

- itens quebrados, amassados, danificados;


MCA 67-1/2007 413

Continuação do Anexo B - Inventário Geral - Remotos

- itens com "SHELF-LIFE" vencidos;

- itens de borracha que apresentem rachaduras, aspectos ressecados e


sem elasticidade;

- o estado da embalagem, adequabilidade e identificação, nessa última


considerando, item fora do local correto, sem etiqueta e etiqueta
com PN diferente da peça ou relatório.

b) Equipe "BRAVO" - Caberá a esta equipe a tarefa de realizar as pesquisas


relativas as anotações feitas nos relatórios e providenciar:

- a verificação da existência de registros que acarrete aumento ou


diminuição de estoque, que não tenham sido incluídos no sistema de
controle informatizado;

- utilização das ordens técnicas e oficinas para reidentificar o material


encontrado em desacordo com o previsto;

- embalagem adequada, etiquetas corretas e relocalização quando


necessário;

- recolher o material avariado à oficina pertinente;

- solicitação dos ajustes necessários para acertos dos estoques; e


- destinação do material excedente. Todo material sem aplicação no
projeto por mudança de configuração da aeronave ou, remanescente
de projeto desativado, será alienado de acordo com a ICA 68-1.

c) Equipe "CHARLIE" - Estará afeta a tarefa de efetuar a limpeza das áreas


de armazenagem e do material armazenado, recuperar/pintar as
unidades de armazenagem e providenciar o reparo/substituição dos
equipamentos de controle de temperatura e umidade.

3.6.1.3 COMPETÊNCIA PARA EFETUAR AJUSTES

3.6.1.4.1 AJUSTES PARA MAIOR

Os ajustes de estoque, para maior, que sejam necessários em decorrência de


inventário, serão autorizados pelo chefe do setor de Suprimento da Organização.

3.6.1.4.2 AJUSTES PARA MENOR

Os ajustes de estoque, para menos, que sejam necessários em decorrência de


inventário, observado o disposto no RMA 12-1, Regulamento, serão
autorizados respeitando-se os seguintes limites:

a) até US$500.00 – chefe do setor de Suprimento ou Gestor de material


aeronáutico;

a) maior que US$500.00 até US$5,000.00 – chefe da Divisão Técnica ou


Comandante da ESM; e

b) acima de US$ 5,000.00 – diretor/comandante da Organização.


414 MCA 67-1/2007

Anexo C - Itens Perigosos

ARMAZENE O OXIGÊNIO SEPARADAMENTE NÃO SE EXPONHA DIRETAMENTE A


DE UM GÁS COMBUSTÍVEL OU MATERIAL CHAMAS DE QUALQUER TIPO.
INFLAMÁVEL.

O OXIGÊNIO DEVE SER SEPARADO DE OUTROS GASES.


MCA 67-1/2007 415

Continuação do Anexo C - Itens Perigosos

FACA O DESCONGELAMENTO DAS NÃO LUBRIFIQUE OU ENGRAXE


VÁLVULAS DO CILINDRO NUM AS VÁLVULAS OU REGULADORES
QUARTO QUENTE DO CILINDRO

NUNCA UTILIZE O OXIGÊNIO EM TOME CUIDADO COM


SUBSTITUIÇÃO AO AR VAZAMENTOS DE VÀLVULAS DE
COMPRIMIDO GÀS
416 MCA 67-1/2007

Anexo D - Equipamentos Industriais

CARRINHOS ELÉTRICOS
EMPILHADEIRAS PORTA-PALETE
SELECIONADORAS DE (TRANSPATELEIRAS)
PEDIDOS
São altamente versáteis
Posicionam o operador
para pequenas elevações da
numa plataforma
carga (palete ou
elevatória junto aos
contenedores) na
garfos. O próprio operador
movimentação horizontal.
estoca/seleciona os itens.

EMPILHADEIRAS DE
DESLOCAMENTO
MANUAL
A elevação pode ser operada
manualmente ou por bateria
elétrica. O deslocamento
horizontal é sempre manual.

EMPILHADEIRAS PANTOGRÁFICAS

Operam em corredores estreitos. Algumas são


equipadas com mecanismo pantográfico duplo,
que alcança a segunda profundidade da
estrutura porta-paletes.
MCA 67-1/2007 417

Anexo E - Veículos Industriais

CARROS ELÉTRICOS PARA CARRINHOS MÓVEIS COM


TRANSPORTE DE CARGAS GUINCHO, (GUINDASTES
HIDRÁULICOS MANUAIS)

CARRINHOS HIDRÁULICOS
PORTA-PALETES

CARRINHOS
INDUSTRIAIS EM
GERAL
418 MCA 67-1/2007

Anexo F - Fatores a considerar na escolha da Embalagem

DISPONIBILIDADE

CUSTO

GRAU DE PROTEÇÃO NECESSÁRIO


DESTINO

TIPO DE CARGA

FACILIDADE DE MONTAGEM E FECHAMENTO

CARACTERÍSTICAS DO ITEM PESO E VOLUME

MODALIDADE DE TRANSPORTE

POSSIBILIDADE DE REUTILIZAÇÃO
MCA 67-1/2007 419

Anexo G - Técnicas de Acolchoamento


420 MCA 67-1/2007

Anexo H - Tipos de Embalagens (Acondicionamento)


MCA 67-1/2007 421

Anexo I - A Arte de Embalar

AS EMBALAGENS DEVERÃO ESTAR PREPARADAS PARA:

MINIMIZAR A
TREPIDAÇÃO PROTEGER OS
ITENS FRÁGEIS

DISTRIBUIR
AS PRESSÕES

EVITAR A RUPTURA

ABSORVER OS CHOQUES
PROVENIENTES DE
QUEDAS E IMPACTOS

EVITAR O DESGATE
PELO ATRITO
422 MCA 67-1/2007

Anexo J - Símbolos e Marcas


MCA 67-1/2007 423

Anexo L - Gráfico De Termos

B C D E F G
A

POSIÇÃO/FASE

1 - FABRICANTE 6 - CAPATAZIA
2 - FRETE INTERNO 7 - ALFANDEGA
3 - ALFANDEGA 8 - REMOÇÃO
4 - MANUSEIO 9 - DESTINATÁRIO
5 -TRANSPORTE INTERNACIONAL 10 - TRANSPORTE INTERMODAL PORTA
A PORTA.

Modalidades de Contratação onde a mercadoria é entregue:

A) “EX- WORKS”(EX-FACTORY) - na fábrica, livre de pagamento;


B) FAS -“ Free Alongside Ship” - no porto de partida, ao costado do navio.
C) FOB - “Free On Bord” - embarcada no porto de partida.
D) C&F -“Cost and Freight” - no porto de partida, frete pago até o porto indicado.
E) CIF - “Cost, Insurance and Freight” - no porto de partida, frete e seguro pagos até
o porto indicado.
F) “EX SHIP” - dentro do navio, no porto de chegada.
G) “EX QUAY” - no cais do porto de chegada, com todos os direitos pagos.
424 MCA 67-1/2007

Anexo M - Transporte Intermodal

1 - TRANSPORTE INTERNO- PAÍS DE ORIGEM

2 - TRANSPORTE INTERNACIONAL

3 - TRANSPORTE INTERNO PAÍS DE DESTINO

4 - TRANSPORTE SOB REGIME INTERMODAL


MCA 67-1/2007 425

Anexo N - Prateleiras Metálicas


426 MCA 67-1/2007

Anexo O - Armação para Tubos


MCA 67-1/2007 427

Anexo P - Armazenagem Vertical


428 MCA 67-1/2007

Anexo Q - Brazilian Air Force - Invoice

BRAZILIAN AIR FORCE - INVOICE NR: (1)

FROM: (2) GUIA CAN: (4)

AWB/BL: (5)

ETIQUETA CAN: (6)

TO: (3) SUBJECT: (7)

VALUE FOR CUSTOMS PURPOSE ONLY REMARKS: (20)

DESCRIPTION - (8)

PART NUMBER- (9)

QTY - (10)

NSN - (11)

SERIAL NUMBER - (12)

MFR - (13)

PRICE – US$ - - (14)

NET WEIGHT - (15)

GROSS WEIGHT (16)

RRD - (17)

RD - (18) (21)

NCM - (19)

_____________________________

MANAGING DIRECTOR

DATE / /
MCA 67-1/2007 429

Anexo R - Deficiency Report

DEFICIENCY REPORT: NR (1)

FROM: (2) TO: (3)

DATE DEFICIENCY DISCOVERED (4)

______/______/______

TELEPHONE Nº:

NOMENCLATURE: (5) PART NUMBER: (6)

SERIAL NUMBER: (7)


DATE QUANTITY OPERATING TIME AT
NEW MANUFACTUED (10) FAILURE SINCE NEW:
REPAIRED OR
OVERHAULED OVERHAULED SINCE INSTALLED:
(8) (11)
___/___/____ (9)

CIRCUNSTANCES PRIOR TO DIFFICULTY: (12)

DESCRIPTION AND CAUSE OF DIFFICULTY: (13)

TECHNICAL INFORMATION: (14)

DATE: (15) CERTIFYING OFFICIAL: (16)


430 MCA 67-1/2007

Anexo S - Rapport de Défectuosité

RAPPORT DE DÉFECTUOSITÉ 1. NÚMERO DU RAPPORT


03/MOT/2001
2.ORIGINE = COMANDO DA AERONÁUTICA – BASE AÉREA DE ANÁPOLIS 77100
ANÁPOLIS – GOIÁS - BRESIL
3.DESTINATION = HISPANO SUIZA – LE HAVRE FRANCE
4.DATE DE DECOUVERTE DU DEFAUT 5. NÚMERO NATIONALISÉ

15/04/2001 -

6.DÉSIGNATION = RAMPE AMONT


7.RÉFERENCE = 502-508-720-0
8.N.ºSÉRIE – DU LOT OU D’ISSUE = MANQUANT
9.NOUVEAU OU REVISÉ = REVISÉ
10.DATE DE FABRICATION, REPARATION OU REVISION = 03/02/2001
11.QUANTITÉ = 01
12.TEMPS D’OPÉRATION:

DEPUIS FABRICATTION HEURES - 199:44 14. SUIVI DE

13. COUPS - FME

DEPUIS VER. GEN. ATTER - FS

TEMPS -

15.CIRCONSTANCES DU SURGISSEMENT DU DEFAUT: MATERIAEL SORTI DU


MAGASIN MISE EM SERVISE. LE DEFAUT Á ETÉ CONSTATÉ DANS L’INSPECTION

16.DESCRIPTION ET CAUSE DU DEFAUT: L’ENSEMBLE N’EST PAS COMPLET.


MANQUE LES REFERENCES 502-506-533-0; ÉT 502-507-360-06 UNITÉ CHACUN.
MANQUE LES TROIS TROUS DE 4,5 mm DANS LE SENS INVERSE DE L’INJECTION

17.RENSEIGMENTS TECHNIQUES: CONFORMEMENT AUX MANUELS GBF-108/3


CTADF-108

18.CERTIFIÉ PAR L’OFFICIER CI-DESSOUS. ___/___/___

___________________ ____________________
CONTROLEUR CHEF ATELIER
MCA 67-1/2007 431

Anexo T - Etiqueta Auto-Adesiva (FRAGILE)


432 MCA 67-1/2007

Anexo U - Etiqueta Auto-Adesiva (AOG/AIFP)


MCA 67-1/2007 433

Anexo V - Relatório de Deficiência

RELATÓRIO DE DEFICIÊNCIA RD NÚMERO:

EMITIDO POR: DESTINATÁRIO:

TEL.:

NOMENCLATURA: PN:

Nº DE SÉRIE:

TEMPO DE
NOVO DATA DA FABRICAÇÃO QUANTIDADE FUNCIONAMENTO
OU
REVISADO DESDE NOVO:
--/----/---- DESDE INSTALDAO:

CIRCUNSTÂNCIAS ANTES DO DEFEITO:

DESCRIÇÃO E CAUSA DO DEFEITO:

PUBLICAÇÕES TÉCNICAS:

DATA: NOME E ASSINATURA DO OFICIAL


RESPONSÁVEL PELO RELATÓRIO
434 MCA 67-1/2007

Anexo X - Relatório de Discrepância na Requisição (CELOG)

RELATÓRIO DE DISCREPÂNCIA 1.DATA DA EMISSÃO 2.Nº DO RELATÓRIO


NA REQUISIÇÃO (CELOG)

3.PARA (Nome e endereço) 4.REMETENTE

5a.NUMERO DA GMM 5b.NºDO EMPENHO

6. DADOS DO FORNECIMENTO 7. DADOS DA DISCREPÂNCIA

NSN/PART NUMBER E UNIDADE QUANT. QUANT. QUANTIDADE PREÇO PREÇO


NOMENCLATURA DE REMETIDA RECEBIDA DISCREPANTE UNITÁRIO TOTAL
FORNECI- (b) (c)
(a) MENTO (d) (a)
(b) (c)

8.OBSERVAÇÃO

9. CHEFE DO SETOR 10. ASSINATURA


MCA 67-1/2007 435

Anexo Z - Report of Requisition Discrepancy (RRD)

REPORT OF REQUISITION 1.DATE OF PREPARATION 2.REPORT NUMBER


DISCREPANCY (RRD)

SHIPPING BILLING PACKING

3.TO (Name, adress and ZIP Code) 4.FROM (Name, adress and CEP code)

5a.SHIPMENT NUMBER 5b.PACKAGE NUMBER 6.TRANSPORTATION


DOCUMENT NUMBER

7a .INVOICE NUMBER 7b. PURCHASE ORDER NUMBER

8. SHIPMENT, BILLING AND RECEIPT DATA 9. DISCREPANCY DATA

NSN/PART NUMBER AND UNIT QUANTITY QUANTITY QUANTITY UNIT TOTAL


NOMENCLATURE OF SHIPPED RECEIVED (a) PRICE COST
(a) ISSUE BILLED (d) (b) (c)
(b) (c)

10.REMARKS

11a. TYPED OR PRINTED NAME, TITLE, AND 11b. SIGNATURE


PHONE NUMBER PREPARING OFFICIAL
436 MCA 67-1/2007

Anexo AA - Movimentação de Estoque–Demonstrativo Analítico


MCA 67-1/2007 437

Anexo BB - Demonstrativo Sintético de Movimento

SILOMS Pag: 1 de 1
DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO Data:
17/12/2001
DEMONSTRATIVO SINTÉTICO DE MOVIMENTO
SUP0941P-V1.5

Unidade Gestora: 120049 - PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DO GALEÂO


Período: 11 de 2001

Informações sobre o Estoque Valores

03) Saldo Anterior 299.866.394,38

04) (+) Entradas 7.148.305,54

Aquisição 1.941.929,89
Transferência 1.432,80
Produção(Reparo + OS Externa) 5.172.591,29
Fabricação ,00
Devolução/Retorno para Estoque ,00
Ajuste 32.351,56
Doação ,00

05) (-) Saídas 6.733.616,50

Fornecimento 1.314.575,04
Consumo 179.828,46
Controlável 1.026.328,21
Permanente 108.418,37
Transferência 5.382.592,78
Ajuste 6.874,65
Descarga ,00
Doação ,00
Alienação ,00
Recolhimento 29.574,03

06) (=) Saldo Atual 300.281.083,42

Informações Complementares

Gestor Responsável Agente de Controle Interno Agente


Diretor
438 MCA 67-1/2007

Anexo CC - Relação de Parques Gerenciadores e OM Usuárias (Remotos)

PARQUES GERENCIADORES:

SIGLA NOME
PAMAAF Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos
PAMAGL Parque de Material Aeronáutico do Galeão
PAMASP Parque de Material Aeronáutico de São Paulo

OM USUÁRIAS (REMOTOS):

SIGLA NOME
BABE Base Aérea de Belém
BAMN Base Aérea de Manaus
PAMARF Parque de Material Aeronáutico de Recife
BARF Base Aérea de Recife
BASV Base Aérea de Salvador
BAFZ Base Aérea de Fortaleza
BANT Base Aérea de Natal
PAMAAF Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos
PAMAGL Parque de Material Aeronáutico do Galeão
PAMALS Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa
BAAF Base Aérea dos Afonsos
BASC Base Aérea de Santa Cruz
GEIV Grupo Especial de Inspeção em Vôo
BAGL Base Aérea do Galeão
EPCAR Escola Preparatória de Cadetes do Ar
PAMASP Parque de Material Aeronáutico de São Paulo
AFA Academia da Força Aérea
BASP Base Aérea de São Paulo
BAST Base Aérea de Santos
BACG Base Aérea de Campo Grande
CINDACTA 2º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de
II Tráfego Aéreo
CTA Centro Técnico Aeroespacial
EEAR Escola de Especialistas de Aeronáutica
BACO Base Aérea de Canoas
BAFL Base Aérea de Florianópolis
BASM Base Aérea de Santa Maria
BAAN Base Aérea de Anápolis
BABR Base Aérea de Brasília
BABV Base Aérea de Boa Vista
BAPV Base Aérea de Porto Velho
CIAAR Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica
CLA Centro de lançamento de Alcântara
ILA Instituto de Logística da Aeronáutica
MCA 67-1/2007 439

Anexo DD - Mapa Demonstrativo do Movimento Físico e do Crédito de Gases


440 MCA 67-1/2007

Anexo EE - Mapa Demonstrativo de Tintas e Solventes Específicos


MCA 67-1/2007 441

Anexo FF - Unidades Utilizadoras Apoiadas pelos Remotos

NÚMERO DO LOCAL UNIDADES UTILIZADORAS APOIADAS PELOS


REMOTO REMOTOS
208 GEIV GEIV; COMAR 3 SAR
302 BAFZ GAV 1/5
304 PAMALS PAMALS
307 PAMAAF PAMAAF; NUIFISAL
310 BASP ETA 4
313 BAMN GAV 7/8; GAV 1/9; ETA 7
329 BABR GTE; ETA 6; CPBV; BABR ESM
340 BARF GAV 2/8; GAV 1/6; ETA 2; BARF ESM
342 PAMARF PAMARF
344 BASV GAV 1/7; BASV ESM
345 CIAAR CIAAR
346 EPCAR EPCAR
347 BACG GAV 1/15; GAV 2/10; BACG ESM
349 BAAF GAV 3/8; GTT 1; EAS; TECLA
350 BAGL GT 1/1; GT 1/2; GT 2/2; ETA 3; BAGL ESM
351 BASC GAVCA 1; GAV 1/16; ELO 2; BASC ESM; BASC EIE
365 PAMAGL PAMAGL
374 AFA AFA ; AFA CCAER; AFA SAR; EDA
375 BAST GAV 1/11
376 CTA CTA; CTA SAR
377 EEAR EEAR APA; EEAR BEV; EEAR IPQ
381 PAMASP PAMASP
384 CINDACTA 2 CINDACTA 2
385 BAFL GAV 2/7
386 BACO GAV 1/14; ETA 5; BACO ESM; BINFAE CO
387 BASM GAV 1/10; GAV 3/10; GAV 5/8; BASM ESM
391 BAAN GDA 1; BAAN ESM; GAV2/6
392 BAPV GAV 2/3
395 BABV GAV 1/3
396 BABE ETA 1; GAV 1/8; GAV 3/7; CLA; COMAR I SAR
407 BANT GAV 1/4; GAV 2/5
442 MCA 67-1/2007

Anexo GG - Proposta de Dotação de Equipamentos SSS

7530 DIRMAB 67-190A


RESERVADO COMANDO DA AERONÁUTICA RESERVADO
DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO
PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DE LAGOA SANTA
UNIDADE ________________ DATA:____________
PROPOSTA DE AJUSTE DE DOTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA,
SALVAMENTO E SOBREVIVÊNCIA.

NOMENCLATURA QNT DOT TAMANHO


ITEM

EXIST

RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO: OFICIAL RESPONSÁVEL:


NOME E GRADUAÇÃO: _____________ NOME E POSTO:________________
ASSINATURA: ______________________ ASSINATURA
___________________
MCA 67-1/2007 443

Continuação do Anexo GG - Proposta de Dotação de Equipamentos SSS

7530 DIRMAB 67-190A


RESERVADO COMANDO DA AERONÁUTICA RESERVADO
DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO
PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DE LAGOA SANTA
UNIDADE ________________ DATA:____________
PROPOSTA DE AJUSTE DE DOTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA,
SALVAMENTO E SOBREVIVÊNCIA.

DOTAÇÃO DE AERONAVES
- TIPO / QUANTIDADE:___________________
QUANTIDADE DE AERONAVEGANTES DA UNIDADE
- OFICIAIS AVIADORES ___________________
- OFICIAIS AERONAVEGANTES ___________
- GRADUADOS AERONAVEGANTES________

QUANTIDADE DE AERONAVEGANTES DO QP EXTERNO


- OFICIAIS AVIADORES ___________________
- OFICIAIS AERONAVEGANTES ___________
- GRADUADOS AERONAVEGANTES________

QUANTIDADE DE OFICIAIS E GRADUADOS COMPONENTES DAS EQUIPES SAR


- TOTAL DE COMPONENTES________________
- EQUIPE DE SALTO ______________________
- EQUIPE DE MERGULHO _________________
- EQUIPE DE ESCALADA __________________
- OUTROS (ESPECIFICAR)__________________

EQUIPE DE PISTA
- N.º DE EQUIPES DE PISTA ________________
- N.º DE MILITARES DE CADA EQUIPE__________

ACRESCENTAR SE FOR O CASO


1 - Justificativa de todos os pedidos que representem um aumento de dotação anterior.
2 - Caso esteja sendo proposto algum item novo, listar todas as informações disponíveis
referentes ao equipamento.
3 - Outros dados de interesse da Unidade que visem facilitar o ajuste da tabela de dotação.
proposto

* Utilize o verso se necessário.


444 MCA 67-1/2007

Anexo HH - Tabela de Dotação de Equipamento SSS

RESERVADO COMANDO DA AERONÁUTICA RESERVADO


DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO
PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DE LAGOA SANTA

MATERIAL A SER ADQUIRIDO PARA O ANO DE _________

VALOR
P/N NOMENCLATURA QTD VALOR
UNITÁRIO
ITEM

TOTAL
(R$) (R$)

TOTAL GERAL
MCA 67-1/2007 445

Anexo II - Inventário Anual de Equipamentos SSS


446 MCA 67-1/2007

Anexo JJ - Formulário de Ajuste de Equipamentos SSS


MCA 67-1/2007 447

Anexo LL - Ficha Individual de Controle de Equipamentos de Vôo


448 MCA 67-1/2007

Anexo MM - Equipamentos SSS - Controle de Inspeções


MCA 67-1/2007 449

Anexo NN - Termo de Incineração de Equipamentos SSS

COMANDO DA AERONÁUTICA
(nome da Unidade)

TERMO DE INCINERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS SSS

Em conformidade com o Manual de Suprimento, os Equipamentos SSS abaixo


relacionados foram incinerados:

NOME P/N QUANTIDADE

Local e data

Assinatura do Comandante da Unidade


Nome completo e posto do Comandante da Unidade
450 MCA 67-1/2007

Anexo OO - Controle dos Contratos de Câmbio e ROF

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
MCA 67-1/2007 451

Anexo PP - Pré-Alerta (Modelo)

Para: Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro – DARJ Fone: 3865-2356


A/C: Chefe da Subdivisão de Desembaraço Alfandegário.

Informo a vsª, para fins de realização de desembaraço alfandegário, que está previsto
embarque de material consignado ao COMAER, cujos dados encontram-se abaixo
relacionados.

Referência: MA-000065/05

Destino: Rio de Janeiro

HAWB: VTR/023556908

MAWB: 043 1836 5272

Cia. Aérea: VARIG

Prev. Chegada: 22/12/2004

Contrato Comercial: 017/COMGAP/2004

Contrato de Financiamento: (Se houver) HSBC

Número do ROF: (Se for financiamento) TA 9892828

Percentual do valor da invoice coberto pelo ROF: 85%

Número do Contrato de Câmbio: 12121212

Percentual do valor da invoice coberto pelo Contrato de Câmbio: 15%

Informo a vsª que a documentação encontra-se liberada e livre de taxas pelo agente
embarcador.

Atenciosamente,

Chefe da CAB ou Gerente do Projeto F-5BR ou Gerente do Contrato 001/COMGAP/2001


452 MCA 67-1/2007

Anexo QQ - Parte do Gestor de Material ao Agente Diretor Solicitando as


Providências Necessárias ao Início do Processo de Alienação

COMANDO DA AERONÁUTICA
NOME DA ORGANIZAÇÃO
NOME DA SEÇÃO EMITENTE

Parte n.º Rio de Janeiro,

Do: Chefe da Seção (Gestor do Material)


Ao: Sr. Agente Diretor

Assunto: Processo de Alienação


Anexo: 01 (uma) Relação de Material

Solicito a (V.Exa./V.Sa.) que sejam designadas as necessárias comissões


para procederem o Termo de Exame de Material Disponível e o Termo de Avaliação de
Bens do material constante da relação anexa.
2. Informo a (V.Exa./V.Sa.) tratar-se do início do processo para alienar o
referido material.

(Assinatura do Oficial)
Gestor do Material
MCA 67-1/2007 453

Anexo RR - Relação de Material Aeronáutico a ser examinado

Categoria P - Classe A
454 MCA 67-1/2007

Continuação do Anexo RR - Relação de Material Aeronáutico a ser examinado

Categoria P – Classe B *
MCA 67-1/2007 455

Continuação do Anexo RR - Relação de Material Aeronáutico a ser examinado

Categoria P – Classe C *
456 MCA 67-1/2007

Continuação do Anexo RR - Relação de Material Aeronáutico a ser examinado

Categorias R,T,D,L,C,M,E,N - Classe A *


MCA 67-1/2007 457

Continuação do Anexo RR - Relação de Material Aeronáutico a ser examinado

Categorias R,T,D,L,C,M,E,N - Classe B *


458 MCA 67-1/2007

Continuação do Anexo RR - Relação de Material Aeronáutico a ser examinado

Categorias R,T,D,L,C,M,E,N - Classe C *


MCA 67-1/2007 459

Anexo SS - Termo de Exame de Material Disponível

A comissão abaixo assinada reuniu-se em ................(declarar o local), para examinar


o material disponível constante da(s) relação(ões) anexa(s).
Realizados os necessários exames e verificações, a comissão faz constar, para os fins
de direito, o seguinte:

a) MATERIAL – (declarar qual(is) o(s) material(is)).

a.1) Estado real – Estado de novo (ou apresenta tais deficiências, etc).

a.2) preço de aquisição.......................(declarar).

a.3) Valor atual - .................(declarar mediante a necessária avaliação)

a.4) Disponibilidade – A Unidade não necessita desse material, nem terá aplicação
para ele em um futuro próximo (ou o que seja).

a.5) Oportunidade da alienação (ou permuta – é oportuna a sua alienação (ou


permuta) por tais razões (se não for oportuna, declarar e justificar).

b) MATERIAL – (declarar qual(is) o(s) material(is)),


b.1) Estado real - .................................etc.
c) MATERIAL – (declarar qual(is) o(s) material(is)).
c.1) Estado real - .................................etc.

E, para constar, foi lavrado o presente termo.


Data (lugar, dia, mês e ano)

F......................................(nome, posto e cargo).


F......................................(nome, posto e cargo).
F......................................(nome, posto e cargo).
460 MCA 67-1/2007

Anexo TT - Termo de Avaliação de Bens

Aprovo:

......................... .............................................
(Agente Diretor) (Unidade)
AVALIAÇÃO DOS BENS ABAIXO ESPECIFICADOS:
Valor do custo Valor
médio (em reais) Avaliado (em
ORDEM P/N NOMENCLATURA UNIDADE QUANTIDADE reais)

Unit Total Unit Total

Data (lugar , dia, mês e ano)

Assinatura dos membros da comissão


MCA 67-1/2007 461

Anexo UU - Ofício ao Diretor da DIRMAB solicitando autorização para alienar o


Material

COMANDO DA AERONÁUTICA
NOME DA ORGANIZAÇÃO

OF. N.º Rio de Janeiro,

Do: Diretor
Ao: Exmo. Sr. Diretor de Material Aeronáutico e Bélico

Assunto: Autorização para Alienação de Material.


Anexo: 1)Parte nº do Gestor de Material
2) Relação de Material a ser Examinado
3) Termo de Exame de Material Disponível
4) Termo de Avaliação de Bens.

De acordo com o Manual de Suprimento (MCA 67-1), solicito a V. Exa.


a necessária autorização para esta Unidade alienar o material constante da(s) relação
(ões) anexa (s).

(Assinatura do Agente Diretor)


462 MCA 67-1/2007

Anexo VV - Alerta para a Administração do SISMA (Modelo)


APAS N° 001/DIRMAB/22 MAR 05

APAS N° 001/DIRMAB/22 MAR 05


ALERTA PARA A ADMINISTRAÇÃO DO SISMA

Visando aumentar o controle administrativo interno das nossas Organizações


subordinadas e com o objetivo de intensificar o melhor gerenciamento dos recursos oriundos
da Fazenda Nacional, solicito cumprir as seguintes orientações:
1 – O Agente Diretor deverá orientar às COMFIREM o fiel cumprimento da
IMA 65-8, ATRIBUIÇÃO DAS COMISSÕES DE FISCALIZAÇÃO E EXECUÇÃO DE
CONTRATOS – COMFIREM;
2 – Todos os contratos deverão ser acompanhados, compulsoriamente, pela
COMFIREM, designada em Boletim Interno da OM;
3 – As COMFIREM deverão elaborar o Termo de Recebimento, conforme
modelo Anexo;
4 – Para o recebimento de itens aeronáuticos, o Termo de Recebimento deverá
possuir, em anexo, um Laudo Técnico de Recebimento elaborado e assinado por um militar
ou funcionário público especializado no objeto a ser recebido, devendo ser observado o
CAPÍTULO II, MOVIMENTAÇÃO, Seção I, Entrega, Recebimento e Remessa, RCA 12-1
(RADA);
5 – Caberá ao Agente Diretor determinar a necessidade da emissão do Laudo
Técnico de Recebimento para os contratos, cujos objetos não pertençam à classe material
aeronáutico;
6 – Os itens reparáveis, bem como seus acessórios, deverão ser controlados por
número de série;
7 – O material utilizado no reparo de itens ou serviços deverá ser relacionado e
anexado à respectiva Nota Fiscal, que fará parte do Termo de Recebimento;
8 – O material inservível, removido dos sistemas moto-propulsor e seus acessórios
durante os serviços de manutenção, deverá ser inutilizado sob a supervisão da COMFIREM,
podendo ser realizada, através de documentação certificada pela empresa contratada;
9 – Os contratos de manutenção dos sistemas moto-propulsor, a partir da presente
data, deverão possuir uma cláusula que contemple a inutilização das peças dessa classe que
foram removidas e que se destinarem à sucata; e
10 – Os pagamentos das Notas Fiscais só deverão ser realizados após a certificação
da respectiva COMFIREM, através do Termo de Recebimento, em anexo.

(a) Maj Brig Ar PAULO ROBERTO RÖHRIG DE BRITTO


Dir da DIRMAB
MCA 67-1/2007 463

Anexo XX - Listagem de NSN Pré-Autorizados a Reparo


464 MCA 67-1/2007

Anexo ZZ - Listagem Impressa de NSN Pré-Autorizados a Reparo


MCA 67-1/2007 465

Anexo AAA - Listagem Impressa de NSN não Aprovados ou Autorização Cancelada


para Reparo
466 MCA 67-1/2007

Anexo BBB - DD FORM 1348 - 1A


MCA 67-1/2007 467

Anexo CCC - Etiqueta de Alerta 7530 DIRMA 67-164


468 MCA 67-1/2007

Anexo DDD - Etiqueta de Aviso 7530 DIRMA 67-162 OU 67-163


MCA 67-1/2007 469

Anexo EEE - Advance Notification of Shipment

TO :

REF : FMS “CASE” BR-B-

SUBJ : ADVANCE NOTIFICATION OF SHIPMENT

Gentlemen.

Please be advised that the following reparable will be shipped to (completar de


acordo com a informação recebida no shipping instructions) and the following data applies:

DOCUMENT NUMBER :

CASE DESIGNATOR :

ITEM SERIAL NUMBER :

COMMERCIAL BILL OF LADING :

DATE OF DEPARTURE FROM BAF WAREHOUSE :

ESTIMATE DATE OF ARRIVAL AT THE RECEIVING DEPOT :


470 MCA 67-1/2007

Anexo FFF - Standard Form (SF) 364


SUPPLY DISCREPANCY REPORT (SDR) 1. DATE OF 2. REPORT NUMBER Cust
PREPARATION S0006 BR KCH 001 (A) Serv
SHIPPING PACKAGING 26 JUN 2001 D
3. TO (Name and address, include ZIP Code) 4. FROM (Name and address, iclude ZIP Code)
Commander, Air Force BRAZILIAN LIAISON OFFICE
AFSAC/OMSD AFSAC/FLO-BRAZIL AREA “C”
5490 Pearson Rd. 5490 PEARSON RD., BLDG. 89 ROOM 116
WPAFB,OH 45433-5332 WPAFB, OH 45433-5332.
5ª SHIPPER’S NAME 5b. NUMBER AND DATE OF 6. TRANSPORTATION
SW3210 INVOICE DOCUMENT NUMBER (GBL,
Waybill, TCN, etc.)
BRS5V1030H001XXJ
7a. SHIPPER’S NUMBER 7b. OFFICE ADMINISTERING CONTRACT 8. REQUISITIONER’S NUMBER
(Purchase Order/Shipment, (Requisition, Purchase Request, etc.)
Contract, etc.) DBRS5V1030H001
9. SHIPMENT, BILLING, AND RECEIPT DATA 10. DISCREPANCY DATA 11.
UNIT OF QUANTITY UNIT PRICE ACTION
NSN/PART NUMBER AND ISSUE (b) QUANTITY TOTAL DISCP
SHIPPED/ QUANTITY CODE-2
NOMENCLATURE RECEIVED COST CODE-1
(a) BILLED (d) (a) (b) (d) (e)
(c) (c)
Ordered: 5996001029656 EA 1 1 1 $1,911.40 $1,911.40 Q1 1A
Received: 5996001029656 /
1
Nomenclature:
AMPLIFIER
12. REMARKS (Continue on separate sheet of paper if necessary)
1) MATERIAL BILLED ON STATEMENT 01-03(ATTACHED COPY).
2) ATTACHED COPY DD FORM 1348-1A.
3) ATTACHED COPY FMS REPORT OF DISCREPANCY ANNEX.
4) PLEASE CREDIT.
1 DISCREPANCY CODES 2 ACTION CODES
CONDITION OF MATERIAL PRODUCT QUALITY DEFICIENCIES 1A – Disposition instruction re-
C1 – In condition other than that indicated on Q1 – Deficient material (Aplplicable to Grant Aid quested (Reply on reverse)
release/receipt document and FMS shipments only) 1B – Material being retained ( See
C2 – Expired shelf life SHORTAGE OF MATERIAL remarks)
C3 – Damaged parcel post shipment S1 – Quatity less than that on receipt document 1C – Supporting supply documenta-
SUPPLY DOCUMENTATION S2 – Quantity less than that requested (Other than tion requested
D1 – Not received unit of issue pack) 1D – Material still required expedite
D2 – Illegible or mutilated S3 – Non-receipt of parcel post shipments shipment (Not apllicable to
D3 – Incomplete improper or without authority ITEM TECHNICAL DATA MARKING (i. e., Name (FMS)
(Only when receipt cannot be properly processed) Plates, Log Books, Operating Handbooks, Special 1E – Local purchase material to be
MISDIRECTED MATERIAL Instructions, etc.) returned at supplier’s expense
M1 – Adressed to wrong activity T1 – Missing unless disposition instructions
OVERAGE/DUPLICATES SHIPMENTS T2 – Illegible or mutilated to the contrary are received
01 – Quantity in excess of that on recepeit document T3 – Precautionary operational marking missoing within 15 days (reply on re-
02 – Quantity in excess of that request (Other T4 – Inspection data missing or incomplete VERSE) ( Not apllicable to FMS)
than unit of issue pack) T5 – Serviceability operating data missing or incomplete 1F – Replacement shipmment requested
03 – Quantity duplicates shipment T6 – Warranty data missing ( Not apllicable to FMS)
PACKING DISCREPANCY WRONG ITEM (Identify requested itemj as a 1G – Reshipment not required. Item
P1 – Improper preservation separate copy in Item 9 above) to be re-requisitioned.
P2 – Improper packing W1 – Incorrerct item received 1H – No action required. Information
P3 – Improper marking W2 – Unacceptabvle substitute only
P4 – Improper unitization OTHER DISCREPANCIES 1Z – Other action requested (See remarkds)
Z1 – See remarks
13. FUNDING AND ACCOUNTING DATA

14a. TYPED OR PRINTED NAME, TITLE, AND PHONE 14b. SIGNATURE


NUMBER OF PREPARING OFFICIAL
GILBERTO MOREIRA SIQUEIRA – LT COL
CHIEF FMS SECTION - PHONE 55(21) 2462-4913
15. DISTRIBUTION ADDRESSEES FOR COPIES

364-103 7540-00-159-4442 Previous edition is obsolete.)


STANDARD FORM 364 (VER. 2-80)
MCA 67-1/2007 471

Continuação do Anexo FFF - Standard Form (SF) 364

16. FROM: 17. DISTRIBUTION ADDRESSEES FOR COPIES

OO-ALC/LGMS
6009 WARDLEIGH ROAD, BLDG 1209
HILL AFB, UTAH 84056-5838
18. TO: Use window envelope to mail this document.
Insert name and address, including ZIP Code,
AFSAC/COSD starting one typing space below the left dot.
5490 PEARSON ROAD Each address line must NOT extend beyond
WRIGHT-PATTERSON AFB, OH 45433-5332 right dot. Address must not exceed four single
space typing lines.
19. IN ACCORDANCE WITH NOTICE OF DISCREPANCY ON FACE OF THIS FORM:
a. MATERIAL DOCUMENT NUMBER NO RECORD OF SHIPMENT. RESUBMIT REPORT TO
Fold HAS WILL SHIPPED b. PROPER OFFICE UNDER APPROPRIATE REGULATION.
here BEEN BE
AN ADJUSTMENT IN BILL-
ING HAS BEEN/WILL BE INVOICE/BILL PROOF OF DELIVERY (Parcel Post
c. PROCESSED AS A: CREDIT DEBIT d. ATTACHED Shipments) OR EVIDENCE OF
e. SHIPMENT ENCLOSED

f. NA ADJUSTMENT IN BILLING FOR THE REPORTED DISCREPANCY WILL NOT BE PROCESSED FOR THE FOLLOWING
REASON WHICK IS CITED IN THE INDICATED REGULATION.
(1) REASON FOR NOT PROCESSING (2) PRESCRIBING REGULATION

(a) DISCREPANCY WAS NOT REPORTED WITHIN THE TIME (a) CHAPTER 5 OF THE GSA HANDBOOK. DISCREPANCY
FRAMES ALLOWED AND/OR
OR DEFICIENCIES IN GSA OR DOD SHIPMENT,
MATERIAL,
OR BILLINGS (FPMR 101’26.8)
(b) DOLLAR VALUE DOES NOT MEET THE CRITERIA PRE- (b) CHAP.2 AND/OR 7 OF DOD 4000.25-7-M, MILITARY
SCRIBED IN THE REGULATION OR AGREEMENT INDI- STANDARD BILLING SYSTEM (MILSBILLS) AND/OR DD
CATED IN 19f(2) 1513, U.S. DOD OFFER AND ACCEPTANCE, AS
APPLICABLE
20. THE FOLLOWING DISPOSITION IS TO BE MADE OF THE REFERENCED MATERIAL
PROCESS FOR DISPOSAL IN ACCORDANCE REPRESENTATIVE WILL CALL FOR DISCUS- DAYS
a. WITH SERVICE/AGENCY DIRECTIVES. b. SION CONCERNING DISPOSITION IN:
DAYS
c. RETAIN MATERIAL AT NO CHARGE. d. MATERIAL WILL BE PICKED UP IN:

e. SHIP MATERIAL (Specify location):

Fold (1) GBL APPROPRIATION CHARGEABLE:


here
(2) CHARGES COLLECT-VIA: FREIGHT EXPRESS PARCEL POST ($ postage advanced herewith.
NOTE: Please enclose postage.
Material
Cannot be returned Parcel Post collect.)
(3) PARCEL POST LABEL ATTACHED (4) FREIGHT PREPAID

f. OTHER (Specify)

IF MATERIAL IS STILL REQUIRED, REPLACEMENT WITH SATISFACTORY DATE


21. SUBMIT NEW REQUISITION 22. MATERIAL WILL BE MADE ON OR BEFORE:
23. REMARKS (Continue on separate sheet of paper if necessary)
CODE: BB - Discrepancy Acknowledged. The attached DD Form 1348-1A should be
used for return of material into U.S. Government custody. Credit and a new H Code will
be processed upon receipt.

24a. TYPED OR PRINTED NAME AND PHONE NUM- 24b. SIGNATURE 24c. DATE
BER OF PREPARING OFFICIAL
SHIRLYNN ELMER 5 September 2001
STANDARD FORM 364 BACK (REV. 2-80)
472 MCA 67-1/2007

Anexo GGG - FMS Report of Discrepancy Annex

BRAZILIAN AIR FORCE

REPORT: PREENCHIDO PELA DIRMAB DATE: DIRMAB

NSN: PN: NAME:

1. THE DATE DEFICIENCY DISCOVERED.


A DATA DA DESCOBERTA DA DEFICIÊNCIA
2. THE CAGE OR OVERHAUL ACTIVITY.
O FABRICANTE OU RECONDICIONADOR ATIVO
3. THE LOT, BATCH OR SERIAL NUMBER.
O LOTE, REMESSA (GRUPO) OU NÚMERO DE SÉRIE
4. THE CONTRACT NUMBER.
O NÚMERO DO CONTRATO
5. THE ITEM CONDITION: NEW, REPAIRED OR OVERHAULED.
A CONDIÇÃO DO ITEM: NOVO, REPARADO OU RECONDICIONADO
6. THE DATE OF MANUFACTURE, REPAIR OR OVERHAUL.
A DATA DE FABRICAÇÃO, REPARO OU RECONDICIONAMENTO
7. OPERATING TIME AT FAILURE.
DEFICIÊNCIA (FALHA) EM TEMPO DE OPERAÇÃO
8. THE END ITEM APPLICATION.
NHA, CASO POSSUA
9. THE ESTIMATED COST OF REPAIR.
CUSTO ESTIMADO DE REPARO
10. THE NATURE OF THE COMPLAIN.
A NATUREZA DA RECLAMAÇÃO (EXPLANAÇÃO DETALHADA DA FALHA
TÉCNICA OU DISCREPÂNCIA)
11. THE LOCATION OF MATERIAL.
A LOCALIZAÇÃO DO MATERIAL (EX.: BASE AÉREA DE ANÁPOLIS)
12. BAF POINT OF CONTACT.
AFSAC/FLO - BRAZIL - BLDG 89 - ROOM 116
5490 PEARSON RD
WPAFB, OH 45433-5332 - DSN 787-5618.
13. WEAPON SYSTEM/NHA.
SISTEMA DE ARMAMENTO/AERONAVE
14. SERVICEABLE TAG COPY YES NO
CÓPIA DA ETIQUETA DE USO
15. PHOTOGRAPHS PROVIDED YES NO
FOTOS PROVIDENCIADAS
MCA 67-1/2007 473

Anexo HHH - Faixa Numérica de Requisição

A faixa numérica abaixo representa os números que deverão ser alocados, em


cada projeto, para numerar suas requisições em um mesmo dia juliano.

A unidade requisitante deverá, sempre que tornar-se necessário, expedir uma


mensagem à DIRMAB, Seção FMS, solicitando uma nova faixa para atender a um novo
projeto.

A unidade requisitante deverá utilizar, sempre que um projeto estiver para ser
desativado, a faixa "VAGO" constante na tabela abaixo:

PAMAAF - MARK-FOR "ALFA"


0001 - 0040
C-95 0041 - 0100
VAGO 0101 - 0120
T-25 0121 - 0150
T-27 0151 - 0180
U-19 0181 – 0200
U-42 0201 - 0220
UH-60L 0101 - 0220
UFT 0221 - 0250
UH-1H 0251 – 0350
UH-50 0351 - 0380
CH-34 0381 - 0410
CH-55 0411 - 0420
EAS 0421 - 0440
VAGO 0421 - 0500

DTCEA-MN - MARK-FOR "ECO"


0501 - 0600
474 MCA 67-1/2007

Continuação do Anexo HHH - Faixa Numérica de Requisição

PAMAGL - MARK-FOR "BRAVO"


0601 - 0630
A-1 0631 - 0650
AT-26 0651 - 0670
C-115 0671 – 0700
C-130 0701 - 0900
C-99 0901 - 0920
C-95 0921 - 0940
F-5 0941 - 0970
T-27 0971 - 1000
UH-1H 1001 - 1020
VC-90 1021 - 1040
VC-96 1041 - 1070
R-99 1071 - 1120
VAGO 1101 - 1120
R-35A 1121 - 1150
UFT 1151 - 1170
VC-97 1171 - 1200
KC-137 1201 - 1280
1281 - 1300
EAS 1301 - 1350
P-3A 1281 - 1350
VAGO 1351 - 1500

PAMALS - MARK-FOR "FOX"


1501 - 1520
SSS 1541 - 1560
T-25 1561 - 1600
T-27 1601 - 1650
A-29 1651 - 1700
U-19 1521 - 1540
U-42 1701 - 1730
U-7 1731 - 1750
C-98 1751 - 1800
AEROD 1801 - 1850
VAGO 1851 - 2000

PAMARF - MARK-FOR "DELTA"


2001 - 2020
R-35A 2021 - 2050
AT-26 2051 - 2080
M-FOT 2081 - 2100
EAS 2101 - 2120
EU/VU-93 2121 - 2220
C-98 2221 - 2250
VAGO 2251 - 2300
MCA 67-1/2007 475

Continuação do Anexo HHH - Faixa Numérica de Requisição

PAMASP - MARK FOR "SIERRA"

SPGRL 2301 - 2320


AMX 2321 - 2340
AT-26 2341 - 2360
C-115 2361 - 2400
C-130 2401 - 2420
C-105A 2421 -2440
C-95 2441 - 2460
CH-34 2461 - 2480
F-2000 2481 -2500
F-5 2501 – 2600
VAGO 2601 - 2700
T-27 2701 - 2730
UH-1H 2731 - 2780
VU-93 2781 - 2800
VC-97 2801 - 2830
T81B 2831 - 2850
BARET 2851 - 2870
EAS 2871 - 2900
VAGO 2901 - 3000

BAAN - MARK-FOR "KILO"

3001 - 3020
VAGO 3021 - 3100

BABR - MARK-FOR "VICTOR"

VC-97 3101 - 3140


VC-96 3141 - 3180
EU/VU-93 3181 - 3200
VAGO 3201 - 3300

BASC - MARK-FOR "PAPA"

F-5 3301 - 3340


VAGO 3321 - 3340
A-1 3341 - 3380
F5S 3361 - 3380
VAGO 3381 - 3400

BASV - MARK-FOR "QUEBEC"

C-95 3401 - 3420


476 MCA 67-1/2007

Continuação do Anexo HHH - Faixa Numérica de Requisição

DEMAIS UNIDADES

UNIDADE MARK FOR FAIXA


DECEA/PAME "HOTEL" 3501 - 3600
PAMB "GOLF" 3601 - 3700
DIRMAB/MNT "MIKE" 3701 - 3800
DIRMAB/FMS "LIMA" 3801 - 3900
SISMETRA "DOIS" 3951 - 4000
DIRSA "TANGO" 4001 – 4050
DEPENS “WHISKEY” VAGO
BASM "X-RAY" 4051 - 4100
AFA "YANK" 4151 - 4170
BANT “ZULU” 4171 - 4200
DITE (PAMAAF) "CHARLIE",”NOVEMBER VAGO
” e “ROMEU”
CELOG "UNIFORM" 3421 - 3500

NOTA: A faixa numérica de 4201 a 4999 somente poderá ser utilizada com autorização e
instruções da DIRMAB, Seção FMS. A faixa numérica iniciando-se em 5000 é privativa de
uso do FMS (USAF, USNAVY ou USARMY).
MCA 67-1/2007 477

Anexo III - Calendário Juliano


478 MCA 67-1/2007

Anexo JJJ - Página Inicial do AFSAC on Line

Selecg
Selectin
MCA 67-1/2007 479

Continuação do Anexo JJJ - Página Inicial do AFSAC on Line

Selectin
480 MCA 67-1/2007

Anexo LLL - Página Inicial do SCIP

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