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Casar-se ou morar com seu parceiro

inevitavelmente muda as coisas, como


a vida cotidiana, relacionamentos e,
claro, finanças. Aprender a administrar
o dinheiro como um casal, seja você
um casal “formal” ou não, não precisa
ser tenso ou desagradável. Há coisas
que qualquer casal pode fazer para
que isso aconteça da melhor maneira
possível.

Assim, se um de vocês não priorizarem


suas finanças, é impossível discutir
esse assunto. Além disso, duas cabeças
pensam melhor do que uma, e quanto
mais rápido um casal começa a geren-
ciar as finanças juntos, mais rápido
eles podem melhorar suas finanças.

Neste ebook, confira alguns segredos


que os casais ricos utilizam para enri-
quecerem!

Então, vamos começar!

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Em um relacionamento, nada melhor
do que crescer juntos. Aliás, esse não é
um sonho comum para todo casal?

Crescer juntos é o desafio que o casal


assume quando decide começar um
relacionamento. Trata-se de compar-
tilhar momentos, ouvir seu parceiro,
viver experiências e ter uma vida me-
lhor todos os dias.

Então, veja alguns hábitos que podem


ajudar seu cônjuge a crescer:

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1. Fale mais
Conhecer as preferências um do outro,
ouvir suas histórias e saber como foi o
dia são alguns exemplos de assuntos
que podem ajudar o casal a se conhe-
cer melhor e a se desenvolverem jun-
tos.

Afinal, construir um relacionamento


também é aprender a admirar o outro
e tê-lo como fonte de inspiração. Mas
para que isso aconteça, você precisa
estar alinhado e realmente se conhe-
cer. Pode parecer uma coisa básica – e
realmente é quando há diálogo.

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2. Respeite as dife-
renças
É bastante comum se apaixonar por
pessoas que têm tudo a ver com quem
somos e no que acreditamos. Não por
acaso, muitos melhores amigos aca-
bam virando casais.

Ainda assim, sempre há diferenças e


elas precisam ser respeitadas. Talvez
seu parceiro não goste dos mesmos
restaurantes que você ou prefira ficar
em casa, enquanto você está sempre
pronto para sair.

No entanto, crescer juntos também


exige entender o espaço do outro e
aceitar que haverá todos os tipos de
divergências – e que isso faz parte de
estar em um relacionamento.

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3. Incentive os so-
nhos um do outro
Sejam sempre um para o outro aquela
pessoa que está na plateia incenti-
vando cada desafio e vibrando com as
conquistas. Afinal, já há muita gente
para desacreditar e achar que não será
possível.

Isso não significa, é claro, parar de fa-


lar quando você acha que seu parceiro
pode estar indo pelo caminho errado
– é importante manter espaço para o
diálogo. Porém, é preciso ter sensibili-
dade para entender o momento e tam-
bém a forma de se posicionar.

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4. Planeje o futuro
juntos
Se vocês têm planos comuns, por que
não permitir que eles sejam elabora-
dos juntos? Planejar o futuro também
está crescendo ao lado de quem você
ama.

Seguindo esses simples passos, você


com certeza ajudará o seu cônjuge a
crescer!

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Criar um plano financeiro para um ca-
sal é essencial para um relacionamento
saudável. Quando duas pessoas deci-
dem compartilhar suas vidas e sonhos,
é preciso organizar as contas. Essa
atitude evita preocupações e conflitos.

Afinal, você precisa ter o cuidado de


encontrar os melhores investimen-
tos para atender a cada necessidade.
Seguem algumas dicas que podem te
ajudar a aproveitar essa mudança e
investir melhor:

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1. Controle seus
gastos
A primeira dica para quem deseja en-
tender como organizar adequadamen-
te suas contas é controlar seus gastos.
Esse ponto é essencial, principalmente
na hora de investir, e para isso, é preci-
so ter organização, disciplina e consis-
tência.

A organização é fundamental por-


que ajuda o futuro investidor a dar os
primeiros passos. Ao registrar suas
despesas fixas, variáveis, essenciais e
triviais, você pode observar a tendên-
cia do seu consumo. Portanto, é possí-
vel monitorar o orçamento.

É necessário ter disciplina, e com ela


não se perde de vista o objetivo prin-
cipal: organizar-se para começar a
investir em 2022. Por fim, a consistên-
cia conecta os dois pontos anteriores,
tornando a verificação mais fácil e
intuitiva, além de reforçar o hábito.

Uma boa maneira de começar a moni-


torar seus gastos é analisá-los mês a
mês: para cada ciclo de recebimento
de salário, revise as notas. Desta for-
ma, você saberá quando, onde e como
gastou seu dinheiro, e finalmente, você
poderá ver claramente o que não é
necessário.

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2. Planejamento fi-
nanceiro
Este ponto está intimamente relacio-
nado ao anterior. No entanto, devido à
sua relevância, é interessante abordá-
-lo separadamente.

Um bom plano de receitas e despesas


pode aproximar você de seus sonhos
mais rapidamente, sendo também ca-
paz de protegê-lo de possíveis crises.
Também tende a equilibrar o que entra
e sai de uma casa ou empresa.

Portanto, pode-se dizer que o planeja-


mento financeiro é a base de qualquer
estratégia de otimização de receitas.

Afinal, sem um objetivo final claro, não


é possível orientar a tomada de deci-
sões e alcançar o sucesso total.

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3. Estabeleça metas
de longo, médio e
curto prazo
Depois de entender como o planeja-
mento financeiro se relaciona com a
meta final de uma estratégia de inves-
timento, é hora de falar sobre metas.
Muitas pessoas não sabem disso, mas
pode ser dividido em três grupos prin-
cipais:

• A primeira, das metas de curto prazo,


geralmente envolve planos planejados
para um ou dois anos futuros;

• As médias correspondem aos planos


a serem executados em no máximo
cinco anos;

• Finalmente, as metas de longo prazo


definem o período de cinco a dez anos
ou mais.

A principal relevância em defini-los é


a motivação. Sem saber quais são os
motivos do investimento, é mais fácil
gastar suas economias em compras
além da meta final.

Portanto, pense com calma e decida


seu propósito de entrar no universo
dos investimentos. Como resultado,
você poderá colher benefícios frutífe-
ros de suas escolhas.

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4. Reserve um valor
mensal para inves-
timentos
De modo geral, a recomendação é que
o investidor só inicie sua jornada de-
pois de organizado, e isso significa ga-
rantir que todas as suas contas estão
em dia e sem dívidas. Portanto, é uma
boa ideia organizar e economizar uma
parte do seu salário por mês.

No início, pode ser usado para cons-


truir uma reserva de emergência, que
é um valor reservado para tempos difí-
ceis. É comum que seja pelo menos seis
meses do custo de vida. Após concluir
esta etapa, você pode investir!

Na prática, investir significa buscar


formar um expressivo patrimônio ao
longo do tempo: o crescimento de suas
reservas é devido à multiplicação dos
rendimentos. Para isso, também é fun-
damental que os investimentos sejam
recorrentes!

Se você investir dinheiro agora e mo-


nitorar sua receita, verá que ela pode
crescer com o tempo. No entanto, se
nenhuma nova contribuição for feita, a
evolução de seus ativos será limitada.
Portanto, a consistência é essencial.

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5. Identifique Seu
Perfil de Investidor
Muitas pessoas que desejam investir
não sabem escolher as melhores op-
ções para compor sua carteira de in-
vestimentos. Na verdade, essa decisão
envolve vários fatores, mas a primeira
é conhecer o seu perfil de investidor.

São três perfis principais: conservador,


moderado e ousado. A principal dife-
rença entre eles é a tolerância ao risco.
No geral, enquanto o primeiro prioriza
a segurança e a previsibilidade dos
ativos, o terceiro prioriza a receita, e o
segundo equilibra os dois elementos.

Depois de saber em qual perfil você se


encontra, será mais fácil escolher as
alternativas mais adequadas.

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6. Conheça as alter-
nativas de investi-
mento disponíveis
Por fim, após saber como organizar
suas contas para começar a investir,
conhecer seus objetivos e seu perfil, é
hora de tomar decisões. Existem várias
opções de investimento disponíveis no
mercado financeiro.

É importante estudar o assunto e fazer


muitas pesquisas sobre quais investi-
mentos são os mais adequados para
você. Dessa forma, você pode se orga-
nizar melhor para começar como in-
vestidor. Resumindo, lembre-se dessas
dicas:

• Ter um valor disponível a cada mês


para investir;

• Defina o objetivo final e os objetivos


de curto, médio e longo prazo;

• Conheça o seu perfil de investidor;

• Escolha o banco ou corretora ideal


para suas necessidades;

• Analise as alternativas disponíveis.

Este é um breve resumo e pode orien-


tar aqueles que querem saber como
organizar suas contas e começar a
investir em 2022. Com isso em mente,
que tal dar os primeiros passos o mais
cedo possível?

Acredite firmemente que as suas con-


quistas financeiras podem ficar cada
vez melhores!

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Pensar em uma vida juntos é gratifi-
cante, mas também traz seus desafios.
Como duas pessoas diferentes se com-
plementam e vivem em harmonia?

Para planejar um futuro unido é preci-


so um bom planejamento, priorizando
o diálogo, a honestidade e a responsa-
bilidade. Por isso, estabelecer metas
em casal é essencial para o bem-estar
dos envolvidos, principalmente quan-
do falamos de finanças.

O que pode ser considera-


do metas de casal?
Viagens, filhos e casa própria. Essas
três conquistas são apenas alguns
exemplos de possíveis metas de casal,
pois geralmente fazem parte das me-
tas de um casal e podem ser alcança-
das em conjunto por meio de planeja-
mento.

Ou seja, os objetivos do casal repre-


sentam planos e sonhos e levam a uma
união focada em um único objetivo,
previamente estabelecido em conjun-
to.

Segundo pesquisa do IBGE, cerca de


46% dos casais brasileiros brigam por
questões financeiras, que é a principal
causa de divórcio em território brasi-
leiro. Ao estabelecer as metas pesso-
ais, as metas do casal e o papel de cada
um dentro desses objetivos, é natural
que cada um dedique seus esforços às
suas tarefas, realizando sonhos com
mais rapidez e eficiência.

Pensando nisso, siga essas recomenda-


ções que podem te ajudar nesse pro-
cesso:

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1. Fale sobre seus
sonhos
Todo mundo tem sonhos e é impor-
tante que o casal compartilhe seus
desejos e defina o que é melhor para
ambos, qual caminho querem seguir
juntos. Alguns pontos são importantes
e podem gerar muita tensão se não es-
tiverem claros entre os dois. Para man-
ter o casal feliz, mantenha um diálogo
sobre temas e desejos importantes.

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2. Combine priori-
dades
Muitas vezes os sonhos são muitos,
mas é difícil realizar tudo de uma vez.
Ao falar sobre planejamento, certifi-
que-se de escolher prioridades. O que
virá primeiro? A viagem ou o carro?
Ou o foco será total na compra de uma
casa?

Esse alinhamento com os objetivos do


casal é importante para evitar frustra-
ções e brigas.

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3. Planeje como re-
alizar seus sonhos
Muitos sonhos envolvem investimen-
tos financeiros. Por isso, é necessário
que o casal acompanhe as finanças
pessoais e converse sobre o orçamen-
to doméstico para definir onde pode
economizar e gastar.

Com isso, inclua no planejamento


financeiro quanto e quando será eco-
nomizado para cada sonho.

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4. Mantenha um di-
álogo aberto
Em todo esse processo de definição de
metas de casal, é preciso muita con-
versa. Mesmo depois de planejar jun-
tos, os desejos podem mudar. Por isso,
é importante manter sempre muito
diálogo.

Tudo pode ser falado, revisado e ajus-


tado para que todos fiquem felizes.

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5. Pense no futuro
financeiro
Além disso, ao pensar em um futuro
juntos, é preciso pensar no longo pra-
zo. Como você quer estar daqui a 10
anos? Como você imagina ser aposen-
tado? Tudo isso deve ser pensado a
partir de agora.

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6. Transparência na
gestão do dinheiro
Você está em um relacionamento.
Então, você deve saber bem que exis-
tem problemas entre um casal que,
naturalmente, são adquiridos ao longo
do tempo. A convivência nos ensina
muitas coisas e nos proporciona expe-
riências e lições valiosas.

Mas nem tudo vem com o tempo. A


transparência, por exemplo, aliada ao
amor e à cumplicidade, é fundamental
para a saúde emocional de um casal.
É dela que nascem a confiança, a se-
gurança e muitos outros fatores que
geram vínculos firmes e fortes. Ser
transparente em um relacionamento
engloba muitas coisas, mas podemos
resumir todas em uma expressão:
jogar limpo. Mesmo quando se trata de
dinheiro.

Quando você escolhe alguém para ser


sua metade da laranja, é inevitável que
sejam feitos planos, sejam eles de cur-
to, médio ou longo prazo. Desde a es-
colha da sua próxima viagem de férias
até a compra de uma nova casa. Para
tudo isso você precisa de dinheiro, um
bom planejamento, cada um fazendo
sua parte – e você provavelmente já
sabe disso.

E para que tudo isso funcione, é preci-


so transparência em todo o processo:
desde a clareza do que se quer realizar,
desde o alinhamento de expectativas,
até a escolha de quem confiar para aju-
dar o casal a alcançar seus objetivos.

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Assim, se vocês são um casal que está
falando abertamente sobre dinheiro e
futuro, ótimo! Já estamos na metade
do caminho. Você provavelmente tem
alguns planos para fazer juntos e tem a
maioria deles em andamento.

Então, quando o casal investe como


forma de potencializar o alcance de
seus objetivos, estabelece mais do que
uma relação comercial. Cria-se um
compromisso com o futuro. Portanto,
não se deve permitir que isso ocorra
em meio a um conflito de interesses,
que comprometa a evolução dos inves-
timentos e, consequentemente, a rea-
lização dos projetos de vida do casal!

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Ter um filho é uma delícia. Mas um fato
não pode ficar de fora: a rotina muda,
as prioridades também. A seguran-
ça financeira vem em primeiro lugar.
Então, para curtir o novo membro da
família sem ter a dor de cabeça de se
preocupar com dinheiro, é preciso pla-
nejamento.

Idealmente, o planejamento financeiro


para ter um bebê começa cerca de dois
anos antes do nascimento da criança.
Isso é para que, quando o momento es-
pecial acontecer, você tenha todos os
recursos necessários para dar ao bebê
e a toda a família o que eles precisam.

Então, veja como fazer o planejamento


ideal para ter filhos:

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1. Analise as finan-
ças da sua família
O primeiro passo no planejamento
financeiro para a chegada de um bebê
é uma análise criteriosa das finanças
da família. É necessário colocar em
um aplicativo de controle financeiro,
em papel ou em planilha quais são as
principais receitas (salário, proventos,
renda extra...) e todas as despesas.

Depois de elencar todas as entradas e


saídas do orçamento familiar, é funda-
mental analisar se as receitas superam
as despesas.

Logo, se a família está gastando mais


do que ganha, sinal vermelho. Você
precisará trabalhar na redução de cus-
tos e provavelmente considerar ma-
neiras de ganhar uma renda extra para
equilibrar a balança.

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2. Liste os custos
previstos, priori-
zando os essenciais
Depois de analisar a situação financei-
ra da família, é importante olhar para
o futuro e prever os gastos que ela
terá desde a gravidez até os primeiros
anos da criança. Desde as reformas
necessárias no imóvel até a montagem
do enxoval do bebê, incluindo medica-
mentos e móveis.

Assim, ao criar um plano para ter um


filho, separe o essencial do supérfluo.
Produtos como berço, carrinho, troca-
dor, fraldas e mamadeira são itens que
não podem ser deixados de lado.

Já roupas de grife, brinquedos tecno-


lógicos e outros acessórios não são
essenciais e podem ser deixados para
um segundo momento.

Idealmente, você deve economizar


pelo menos 20% da renda líquida de
sua família para os custos do primeiro
bebê.

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3. Crie uma reserva
financeira
Ter uma reserva para emergências é
importante, mesmo para quem ain-
da não pensa em ter filhos. Porém, se
houver planos de ter um bebê, esse
ponto se torna ainda mais necessário.
Afinal, é a segurança da sua família que
está em jogo!

É melhor ter um fundo de emergência


com um valor que corresponda a pelo
menos seis meses de despesas men-
sais. Ao estipular o valor, considere os
gastos que você já terá com o bebê.

Lembre-se de colocar o dinheiro em


um tipo de investimento que tenha
liquidez, pois você pode precisar sacar
o valor a qualquer momento.

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4. Revise seu estilo
de vida
A decisão de ter um bebê impacta a
vida do casal como um todo. Cortar
despesas, na maioria das vezes, torna-
-se uma necessidade. Para isso, pode
ser necessário mudar alguns hábitos.

Para economizar, as saídas noturnas


para bares e boates podem ser subs-
tituídas por reuniões em casa. Em vez
de jantar fora toda semana, você pode
procurar opções de lazer gratuitas tão
divertidas quanto a praia, o museu e o
parque.

O importante é entender quais são os


gastos supérfluos que podem ser cor-
tados ou reduzidos, para que, dessa
forma, seja possível investir mais di-
nheiro na chegada do bebê.

Preparar um plano financeiro é a chave


para ter um bebê sem ter que se preo-
cupar constantemente com questões
financeiras pessoais. Seja realista, co-
loque tudo no papel e pense no futuro!

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Quem decide se casar com a pessoa
que ama, geralmente espera que a
união dure até que ambos estejam ve-
lhos, gozando da aposentadoria e dos
netos, tendo uma vida tranquila. Po-
rém, para que esse cenário se concre-
tize, é necessário que o planejamento
comum seja feito o quanto antes.

Uma pesquisa da Fidelity Investments,


empresa americana especializada em
serviços financeiros, constatou que
cerca de 45% dos casais não concor-
dam com o estilo de vida que preten-
dem ter após a aposentadoria. Por
isso, é fundamental alinhar as expecta-
tivas.

Assim, é importante que a aposenta-


doria seja programada por ambos, mas
individualmente. O ideal é ter dois
planos de previdência, considerando
a renda que cada um quer ter no futu-
ro. Se um é 10 anos mais velho que o
outro e recebe o mesmo salário, por
exemplo, a contribuição do mais velho
deve ser maior se ele quiser ter uma
renda semelhante à do cônjuge e se
aposentar no mesmo período.

Então, você precisa ter tempo para


conversar com seu cônjuge sobre isso
regularmente. Comece refletindo so-
bre os seguintes pontos:

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- O que você gostaria de
fazer após a aposentado-
ria?
Você pensa em viajar e passear mais
ou a ideia é curtir a casa e a família? Se
houver desacordo, é importante que
ambos os lados cedam para garantir
um equilíbrio.

- Onde você pretende mo-


rar?
A mesma pesquisa da Fidelity Invest-
ments descobriu que mais de um terço
dos casais discordam sobre onde que-
rem viver na aposentadoria. Pense no
tipo de moradia, considere se é impor-
tante manter o tamanho da casa para
receber amigos e netos ou se prefere
um local menor e mais fácil de manter.

Se a ideia é passar parte do tempo fora


do país, por exemplo, uma boa reserva
em moeda estrangeira será essencial.

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- Quando deve acontecer
a aposentadoria?
Lembre-se de considerar a diferen-
ça de idade entre vocês. Em geral, a
aposentadoria antecipada não é uma
vantagem. Idealmente, se possível, o
cônjuge mais velho trabalha por mais
alguns anos enquanto espera que seu
parceiro chegue à hora da aposentado-
ria.

Isso contribuiria para o acúmulo de


riqueza do casal.

- Você já fez investimen-


tos para apoiar esses pla-
nos?
Se a resposta for sim, verifique se es-
ses investimentos estão de acordo
com os planos e estilo de vida que
pretendem ter. Eles fornecerão renda
suficiente? É fundamental que os dois
acompanhem esses investimentos
para que estejam preparados caso um
ou outro tenha que assumir responsa-
bilidade financeira.

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Precisamos falar sobre finanças para
casais. Em um mundo ideal, as conver-
sas sobre dinheiro e ajustes financei-
ros ainda ocorreriam na fase pré-casa-
mento. Seria muito bom discutir temas
como a renda de cada um, pagamento
de contas comuns do casal, despesas
pessoais, compra de casa, carro e ou-
tras despesas.

Infelizmente, é raro os casais entrarem


na vida de casal com esses tópicos já
discutidos e acordados.

A principal causa de discussões entre


casais em relação ao dinheiro é o fato
de um dos dois gastar mais do que
ganha, segundo levantamento sobre
orçamento familiar realizado pelo SPC
Brasil e pela CNDL (Confederação
Nacional dos Dirigentes Lojistas) em
parceria com o Banco Central .

Dos entrevistados, 38% afirmaram ter


brigado por causa do hábito do parcei-
ro de gastar além de sua capacidade
financeira.

Outro hábito também criticado por


27% dos entrevistados é quando o
parceiro não consegue economizar.
O atraso no pagamento de contas foi
mencionado por 25% deles.

Então, veja 6 dicas de finanças para ca-


sais, administrando suas despesas para
sobrar mais dinheiro:

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1. Conheçam a ren-
da da sua família
A primeira dica de finanças para os ca-
sais é entender quanto dinheiro entra
na casa, para definirem o teto de gas-
tos mensais.

Ambos os parceiros precisam estar


cientes do valor máximo que podem
gastar por mês para ficarem dentro do
orçamento, e evitarem gastos exces-
sivos que podem rapidamente colocá-
-los em dívida.

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2. Combinem a divi-
são das despesas
Se ambos os cônjuges trabalham e têm
renda, é importante definir com o que
cada um contribuirá para as despesas
comuns da casa.

Há casais que decidem juntar todo o


dinheiro em uma conta conjunta. As
despesas são pagas, o dinheiro para in-
vestimentos é reservado e o que sobra
é dividido igualmente entre cada par-
ceiro para suas despesas pessoais.

Outros casais preferem manter con-


tas separadas, e uma medida prática
e justa seria contribuir para as despe-
sas comuns na proporção da renda de
cada parceiro.

Por exemplo: a renda familiar é de


R$ 6.000,00, sendo R$ 3.600,00 da
esposa e R$ 2.400,00 do marido. A
mulher recebe 60% da renda do casal
e o homem, 40%. Nesse caso, uma boa
dica de finanças para os casais é que a
contribuição para as despesas mensais
também ocorra nessa proporção: a
esposa arca com 60% das despesas co-
muns da família e o marido, com 40%.

A questão é que o casal é livre para


decidir como as despesas serão pagas.
O importante é que nenhum de vocês
se sinta prejudicado e injustiçado no
momento da divisão de contas. E é por
isso que falar sobre o tema é essencial.

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3. Liquidem despe-
sas pessoais
É interessante que o casal também
adote uma espécie de “subsídio” para
cada parceiro. É importante que todos
mantenham sua individualidade em
relação ao dinheiro, sem a necessidade
de prestar contas uns aos outros por
cada gasto realizado.

Portanto, estipular um valor fixo por


mês para que cada cônjuge se sinta à
vontade para gastar com o que quiser
faz parte dos bons hábitos para a saú-
de financeira do casal.

41
4. Mantenham o
controle financeiro
Imagine uma empresa que não sabe
quanto gasta ou quanto ganha? Como
planejar o futuro sem saber para onde
o dinheiro está indo?

O mesmo vale para nossa vida pessoal.


Manter o controle das finanças pesso-
ais é uma ótima maneira de organizar
seu orçamento. Imagine como seria
bom poder planejar suas próximas fé-
rias sem se preocupar com pagamen-
tos sem fim no cartão de crédito? Isso
é possível, basta ter um pouco de disci-
plina e autocontrole com as finanças.

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5. Construam uma
reserva de seguran-
ça
Uma das certezas da vida é que impre-
vistos acontecem. Acontecem comigo,
com você e com todo mundo. E não há
sensação pior do que um acontecimen-
to inesperado que nos pega de surpre-
sa, sem nenhuma provisão.

Ninguém está livre de uma perda de


emprego, de um problema de saúde,
de uma geladeira que para de funcio-
nar da noite para o dia. E alguns impre-
vistos podem representar grandes gas-
tos, dificultando o dia a dia da família.

Logo, a melhor maneira de lidar com


imprevistos é antecipá-los. A preven-
ção é a melhor medicina. Daí, a impor-
tância do casal construir uma reserva
de segurança capaz de cobrir financei-
ramente os imprevistos que chegam a
todos, evitando assim a necessidade
de fazer um empréstimo com juros
altos, por exemplo.

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6. Atuem em parce-
ria
Para que um relacionamento seja bem
sucedido financeiramente, o casal
precisa trabalhar em conjunto, parti-
cipando ativamente nas finanças da
família. Lembre-se sempre que duas
cabeças pensam melhor que uma, e
que as finanças são apenas um dos
muitos temas importantes que devem
fazer parte das constantes conversas
entre vocês.

Então, conversem bastante, e quan-


do o assunto for dinheiro, procurem
estarem calmos e em um ambiente
tranquilo, livre de pressões, para que a
conversa seja leve e produtiva.

Bom, após todos estes conselhos valio-


sos, esperamos que gerenciar as finan-
ças do casal se torne um desafio mais
fácil… E assim, vocês enriqueçam ainda
mais! Até a próxima!

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