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Atividade 4

Nesta tarefa você poderá anexar um arquivo (fazer o upload dele).


Posteriormente, o(a) tutor(a) realizará a avaliação.

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Consulte a Resolução 359/91 do Confea e redija um texto com as 18
atribuições do Engenheiro de Segurança do Trabalho explicando, ainda que
preliminarmente, os significados das peças técnicas envolvidas a cada uma
delas.
Por exemplo: no item 4 - Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir
parecer, laudos técnicos e indicar medidas de controle sobre grau de exposição
a agentes agressivos de riscos físicos, químicos e biológicos, tais como
poluentes atmosféricos, ruídos, calor, radiação em geral e pressões anormais,
caracterizando as atividades, operações e locais insalubres e perigosos.
• Qual o significado de Vistoriar? É diferente de Inspecionar?
• Por força dessa atribuição (4) o que o EST está apto a desenvolver e ser
remunerado por isso?
• Quais atribuições só são possíveis praticar se houver base em calculo
diferencial, bem como o básico da graduação (física, química, calculo
numérico, etc.)
A intenção nessa atividade é possibilitar que o EST tenha clara definição de
suas atribuições, por isso, vale a pena pesquisar a semântica dessas palavras,
pois muitos colegas desconhecem, confundem e até mesmo deixam de ganhar
honorários por embaralhar essas 18 atribuições, abrindo espaços a leigos
como médicos, advogados e técnicos exercer competências que são
específicas e exclusivas da EST.
Bom trabalho!

RES_CONFEA_359-91

Resposta:
De acordo com a Resolução 359/1991 do CONFEA, o Engenheiro de Segurança do Trabalho,
possui as seguintes atribuições:

1. Supervisionar, coordenar e orientar os serviços de Engenharia de Segurança Trabalho.

A atividade de supervisionar do EST não é apenas acompanhar o andamento das


atividades e atribuir funções aos seus subordinados. Suas atribuições exigem além da
supervisão. Um supervisor eficaz precisa também motivar e estimular o
desenvolvimento de sua equipe. Já a atividade de coordenar é entendida como o ato
de organizar um conjunto de atividades ou um a trabalho em equipe, de forma
harmônica. Quanto a atividade de orientar, cabe ao Engenheiro de Segurança do
Trabalho, ser a referência, ou seja, ser capaz de esclarecer tecnicamente sobre as
normas específicas, visando o cumprimento de todas as atividades do projeto e do
planejamento.

2. Planejar e desenvolver gerenciamento e controle de riscos.

A partir de um programa de gestão de riscos implantado na empresa, o


planejamento e desenvolvimento são atividades que tem relação com a produção
estruturada das atividades laborais, que através de princípios técnicos, de
maneira que já previsto pelo programa, a empresa tenha recursos para a
manutenção de controle de riscos.

3. Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações e


equipamentos.

Antes da execução de uma atividade, verificar todas as instalações e equipamentos


presentes, e averiguar se o local promove segurança aos trabalhadores e se os
equipamentos estão em condições de uso, seguindo os padrões demandados, sejam as
orientações de uso do fabricante e seus parâmetros de qualidade, ou seja, as
normativas vigentes para eles.

4. Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos e indicar
medidas de controle sobre grau de exposição e agentes agressivos de riscos físicos,
químicos e biológicos.

• Vistoriar uma instalação, consiste no levantamento de acontecimentos , através de


exame detalhado e uma descrição precisa dos elementos que a compõem;
• Inspecionar é uma atividade que inclui vistorias, exames ou avaliações das condições
técnicas de uso e de manutenção da instalação/equipamento a ser inspecionado com
o intuito de orientar e corrigir problemas encontrados;
O Engenheiro de Segurança do Trabalho é responsável pela realização de cálculos e
emissão de laudos de medidas sobre riscos físicos, químicos e biológicos, de modo a
identificar com precisão o grau de exposição de locais insalubres e perigosos ao qual o
trabalhador está inserido, de modo a mitigar/eliminar os riscos, garantindo assim a
saúde do trabalhador. Porém, o Engenheiro de Segurança do Trabalho, não poderá
condenar alguma instalação/equipamento, para tal é preciso lançar mão de
conhecimento de sua formação, por exemplo, um engenheiro civil é capaz de
condenar um prédio que está com suas estruturas (fundações, vigas, pilares...)
comprometidos, já o engenheiro eletricista poderá condenar um transformador de
energia que está no final de sua vida útil e com baixa isolação, pois, cada uma dessas
especialidades possuem conhecimentos específicos de suas áreas de atuação.

5. Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo medidas preventivas


e corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive com respeito a custos.

• Cabe ao EST reconhecer todas as fontes de riscos, por meio da consulta periódica
com os trabalhadores, ele deve considerar os efeitos da exposição ao risco ao longo
prazo para a saúde do trabalhador, consultar registros de acidentes e problemas
anteriores para o tipo de atividade, conhecer os meios de mitigação daquele risco e de
outras fontes;
• recomentar medidas preventivas e corretivas que atenuem ou até extingam todos
os tipos de riscos com o intuito de evitar que os trabalhadores possam sofrer qualquer
dano a sua integridade física e psíquica, e trazendo assim benefícios financeiros para a
empresa;
• orientar as pessoas que estão expostas aos riscos, na fonte, na trajetória ou no
próprio trabalhador.
Engenheiro de Segurança do Trabalho deve ter discernimento requerido para realizar a
análise qualitativa e quantitativa para a proposição de medidas preditivas, preventivas
e corretivas para evitar acidentes, através de medidas técnicas que apenas
profissionais de Engenharia tem capacidade e qualificação para realizar.

6. Propor políticas, programas, normas e regulamentos de Segurança do Trabalho,


zelando pela sua observância.

O profissional de EST, precisa se posicionar e propor políticas sejam da empresa ou


para toda a comunidade, ajudar na elaboração de normas e regulamentos de
segurança do Trabalho, para a solução dos problemas enfrentados pelos trabalhadores
no desenvolvimento de suas atividades diárias, seguindo os princípios básicos de
garantia a vida e saúde dos trabalhadores previstos na CF/1988.
Desta forma, tanto o trabalhador quanto o empregador possam se beneficiar destas
políticas e normativas, mostrando e compartilhando os benefícios alcançados com as
ações propostas e consequente, beneficiando a todos, reduzindo os acidentes e
doenças do trabalho, que causarão um enorme impacto positivo na produtividade da
empresa, e na redução de seu FAP, e nas despesas financeiras do INSS com o
pagamento de benefícios provenientes de afastamentos por acidentes e doenças do
trabalho.

7. Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração de projetos de


obras, instalações e equipamentos, opinando do ponto de vista da Engenharia de
Segurança.

É essencial e necessário a atuação do Engenheiro de Segurança do Trabalho, já que


qualquer projeto de sistemas de segurança envolve uma série de cálculos diferenciais
como no dimensional, cálculos de radiação de temperatura, riscos calculados através
de amostragens. Ainda o uso de indicadores para diferentes tipos de controles,
medição, qualificação de riscos.

8. Estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus pontos de risco e


projetando dispositivos de Segurança.

Conhecer o meio ambiente de trabalho da empresa, para junto com outros


engenheiros participar diretamente nos projetos identificando e avaliando os riscos
potenciais. A fim de evitar que as proteções sejam utilizadas de maneira errada, ou
seja, evitando riscos, é essencial que este estudo seja realizado pelo EST, visto que o
risco é muito maior quando o trabalhador está utilizando Equipamentos de Proteção
Individual (EPI’s) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s) ineficientes, em vez de
não estar os utilizando. Pois, o funcionário acaba por se expor ao risco presumindo que
está seguro com os equipamentos a sua disposição.

9. Projetar sistemas de proteção contra incêndio, coordenar atividades de combate a


incêndio e de salvamento e elaborar planos para emergência e catástrofes.

• Projetar é planejar, é criar soluções únicas e práticas para problemas, é utilizar


cálculos diferenciais, é realizar procedimentos operacionais padrões com finalidade de
serem empregados evitando riscos.
• Coordenar pode ser definido como organização/orientação de atividades daqueles
que trabalham visando um objetivo comum.
É indispensável que o Engenheiro de Segurança do Trabalho elabore plano de
atendimento para emergências e/ou catástrofes antecipando os riscos e sinalizando as
rotas de fugas do local e assim garantindo a segurança das pessoas envolvidas

10. Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a Segurança do Trabalho,


delimitando áreas de periculosidade.

As áreas de que contemplam periculosidade são consideradas como áreas de risco de


vida para os colaboradores, é necessário que o Engenheiro de Segurança do Trabalho
identifique esses locais de exposição de forma objetiva e clara aos envolvidos, e
aponte as medidas e/ou procedimentos operacionais a serem realizadas nestes
lugares. O Engenheiro de Segurança do Trabalho tem por obrigação orientar e
conscientizar toda força de trabalho quanto aos riscos no ambiente de trabalho.

11. Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e equipamentos de


segurança, inclusive os de proteção individual e os de proteção contra incêndio,
assegurando-se de sua qualidade e eficiência.

É de responsabilidade do profissional de EST, descrever as condições e requisitos


mínimos para que os equipamentos atendam condições satisfatórias de proteção ao
funcionário. Da mesma forma, deve manter inspeção periódica das condições dos
Equipamentos de Proteção Individual e Equipamentos de Proteção Coletiva
registrando os dados avaliados para qualquer outro profissional de Engenharia de
Segurança do Trabalho possa dar continuidade ao trabalho. Também é de
responsabilidade do EST, fiscalizar se as atividades irão funcionar da maneira correta,
garantindo a segurança dos colaboradores envolvidos.

12. Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e equipamentos


cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento possam apresentar
riscos, acompanhando o controle do recebimento e da expedição.

No processo de recebimento e expedição, o profissional EST deve adquirir o


conhecimento necessário, caso não tenha, para a correta gestão logística de
substâncias químicas, de maneira que possa identificar os riscos, aconselhar como a
empresa deve proceder a fim de mitigá-los, e, portanto, acompanhar as demais etapas
a fim de evitar a possibilidade de haver qualquer risco

13. Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de acidentes,


promovendo a instalação de comissões e assessorando-lhes o funcionamento.

O plano de prevenção de acidentes numa empresa, é o conjunto de medidas de


autoproteção que envolve:

• CIPA significa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e tem em vista a


prevenção de acidentes e doenças relacionadas no trabalho, busca harmonizar o
trabalho e a prevenção da vida e saúde dos trabalhadores.
• SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho: que, como o
próprio nome já define, é uma semana totalmente voltada para a prevenção de
doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Há de se destacar que essa é uma
atividade obrigatória para todas as empresas que têm uma Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho.
O profissional de EST além da participação constante no decorrer do ano, atua
inspecionando, coordenando, projetando e orientando os funcionários e a empresa
nas tomadas de decisões sempre visando o bem-estar dos empregados.

14. Orientar o treinamento específico de segurança do trabalho e assessorar a elaboração


de programas de treinamento geral, no que diz respeito à Segurança do Trabalho.

O profissional de EST deve estabelecer a necessidade de quando e como usar cada EPI
e EPC, assim como as formas seguras e ergonômicas de trabalho. Os colaboradores
devem ser orientados pelo os profissionais de EST sobre as normas que devem
ser atendidas para cada exercício de função. Cada atividade possui riscos
específicos, e cabe ao profissional identificar e orientar a empresa a fornecer aos seus
funcionários os cursos necessários que irão garantir a segurança deles. Por exemplo,
caso o funcionário trabalhe em alturas acima de 2 m, este deve fazer todo o ano o
curso de NR35 – Trabalho em alturas, assim como os da área de operação de máquinas
e equipamentos que devem cursar obrigatoriamente a NR12 – Norma
Regulamentadora de Máquinas e Equipamentos.

15. Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de medidas de


segurança, quando a complexidade dos trabalhos a executar assim o exigir.
O EST é responsável pelo acompanhamento de obras e serviços, autorizando o início
de cada atividade mediante a emissão de PT – Permissão de trabalho, de forma a
garantir a perfeita execução da atividade em conformidade com as normas de
segurança vigentes, e buscando assim preservação da vida e saúde do trabalhador.

16. Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de funções, apontando


os riscos decorrentes desses exercícios.

O Engenheiro de Segurança do Trabalho deve contribuir na definição de exigências


mínimas e orientação sobre os riscos que envolvem cada função, assim como o EST
deve assessorar na definição de tarefas identificando os trabalhadores habilitados para
exercê-la, organizando os funcionários por turnos e responsabilidades, ou
assessorando a empresa na seleção de funcionários para preparação dos mesmos para
assumir posição específica.

17. Propor medidas preventivas no campo de Segurança do Trabalho, em face do


conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do Acidente de
Trabalho, incluídas as doenças do trabalho.

O EST deve atuar nas mais diversas formas como treinamentos, CIPA, SIPAT,
acompanhamentos de trabalhos, identificação de riscos (físicos, mecânicos,
biológicos) e pré-requisitos para função (habilitações e cursos necessários),
vistorias, coordenação, inspeção de equipamentos, fornecimento de EPIs e EPC ,
monitoramento do quadro funcional da empresa, garantindo que não há
sobrecarga de função, avaliações periódicas ao longo do ano, reforçando os
cuidados, entrevistas com os funcionários, identificando novos riscos. O EST deve
auxiliar na tonada de decisões na empresa com o intuito de prevenir acidentes.

18. Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de seus


representantes, as condições que possam trazer danos à sua integridade.

Há diferentes métodos que podem ser usados para disseminar a informação dentro e
fora da empresa. Pode-se utilizar de eventos como SIPAT e reuniões da CIPA, reuniões
semanais e utilização de murais destacando quais EPI’s devem ser usados, benefícios
para aquele que identificar algum trabalhador que não está usando o EPI correto,
destacando novos riscos no local com a utilização de placas e em murais, gerando
simulações emergenciais. Utilização de placas e cartazes para disponibilizar para a
comunidade local com informativos claros de formas de prevenção. Informativos
compartilhadores nas redes sociais como métodos de prevenção, assim como no site
da empresa, revista da empresa,... o EST deve utilizar todos os meios que estão ao seu
alcance para salvar uma vida.

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