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A doença

Era uma vez, um pastor que vivia numa aldeia abandonada e com péssimas
condições. Sozinho, porém, sempre acompanhado pelos seus fiéis animais.
Certo dia, apareceu uma doença naquela aldeia devido à falta de condições e,
o pastor foi afetado por ela sem saber.
Essa doença era muito grave e era preciso um remédio composto por
ingredientes específicos, então, o pastor deveria ir em busca desses tais o mais
rápido possível. No entanto, ele não sabia que a tinha e o tempo foi passando,
mal sabendo que estava a piorar cada vez mais da doença.
Alguns dias passaram e o pastor foi visitar uma amiga que já tinha uma certa
idade. Estavam sentados à mesa a conversar e o pastor abordou o seguinte:
- Estes últimos dias não me tenho sentido muito bem... Sinto-me estranho,
nunca tive esta sensação antes.
- Bem, com as condições em que vives, é claro que te vais sentir mal. SAI DE
LÁ! Vem viver comigo! Vais ter melhores condições. - afirmou a velha
Um silêncio constrangedor passou por aquela mesa por um instante.
- Mas vá, sentes-te estranho como? - questionou a velha, quebrando o silêncio.
- Surgiu-me umas bolhas enormes e arroxeadas pelo corpo, dores de cabeça
constantes, etc...
- Quando eu ainda era jovem, uma doença com esses sintomas surgiu. Não me
lembro de muita coisa sobre ela, no entanto, lembro que havia uma cura,
porém, o percurso até conseguires os ingredientes todos é demorado e árduo.
Não te aconselho a ires. - respondeu a velha
Tarde da noite, o pastor chega a casa e continuava com o que a velha disse na
sua cabeça, então, deitou-se na cama para relaxar um pouco e, talvez,
esquecer sobre esse assunto.
Essa ideia não resultou. Decidiu ir em busca dos ingredientes, porque se ele
tivesse de facto essa doença, não teria muito tempo de vida. Pegou no seu fiel
“soldado”, o cavalo, e foi para a missão em plena madrugada para conseguir o
remédio milagroso.
Durante o percurso, o pastor teve de passar em frente da casa da velha,
porque para conseguir chegar ao primeiro destino, a floresta, era o único
caminho a fazer. Ele não queria que ela soubesse o que ele estava a fazer, por
isso, era um pouco arriscado passar por lá, mas como já era de madrugada, ela
já deveria estar a dormir e ele passou sem nenhum problema.
Chegando à floresta, o pastor encontra umas bagas vermelhas e começa a
recolhe-las para o remédio, até que, de repente, surge um bando de ladrões
que espancam o pastor e roubam o seu cavalo.
Nada podia ser feito... O pastor só gemia de dor.
- Aiii, aiii...!
Após o ocorrido, o pastor levanta-se, mesmo com dores insuportáveis, e
continua a sua jornada. Pegou nas bagas que tinham caído ao chão e
continuou a caminhar, mas desta vez mais devagar.
O tempo ia passando e o pastor estava cada vez mais fraco e as condições de
saúde só pioravam. O seu tempo estava a chegar ao fim.
Chegou, finalmente, ao último destino, a gruta. Ele já tinha todos os
ingredientes e só faltava um pouco de granito. Reza a lenda, que nessa gruta
tem um terrível monstro de três cabeças, mas o pastor não sabia da existência
dele.
Entrou na gruta fraco, porém contente por estar quase a conseguir. Pensava
que conseguir o granito seria um trabalho fácil. Pobre pastor inocente...
Procurou o granito, mas foi sem sucesso. Nem sinal dele. Até que, um rugido
avassalador se ouve.
- RAAAAWWWRR!!
O pastor assustou-se, mas ignorou o barulho. Só estava concentrado em
encontrar o magnífico granito.
Depois de tanto tempo à procura, finalmente encontrou.
-ENCONTREI!! - gritou o pastor erguendo o granito ao alto.
Nesse instante, o pastor voltasse em direção de saída e lá estava. Lá
estava um monstro enorme e feroz. O monstro agarrou no pastor e atirou-lhe
contra os rochedos, deixando-o imóvel.
-Quem és tu? Quem te permitiu entrar nos meus aposentos? -
interrogou o monstro irritado.
Não houve resposta. O pastor estava demasiado fraco, a sua doença só
piorava e a hora dele estava cada vez mais perto. Ele estava condenado a
passar o resto da sua curta vida preso na gruta do monstro.
A velha acordou a meio da noite e teve um pressentimento muito mau
em relação ao pastor. Sentiu que ele estava em perigo e, então, foi o mais
rápido que conseguia, para ajudá-lo.
Ela encontrou-o facilmente, porque o seu sentido nunca erra. Viu na
entrada da gruta o pastor preso com algemas. Entrou sem medo do que
poderia acontecer e enfrentou o monstro.
-Liberta o meu amigo! - exigiu a velha
-Ora, ora. Quem és tu? Os mortos já chamam por ti, velha! A cova está à
tua espera! HAHAHAHA! - gozou o monstro
Nesse momento, a velha explodiu de raiva e começou a dizer umas
palavras santanas e com isso, ela e o monstro desapareceram imediatamente e
o pastor é libertado magicamente das algemas.
Rapidamente ele recolhe os ingredientes que estavam espalhados no
chão da gruta e faz o remédio. Tomou-o e os resultados foram logo imediatos.
As bolhas arroxeadas desapareceram, sentiu-se mais forte, as dores de cabeça
tinham desaparecido, etc...
Voltou para a sua aldeia, mas não conseguia parar de pensar onde e
como estava a velha. Mas quando abriu a porta de casa, depara-se com baldes
e baldes, cheios até à pinha com moedas douradas e lá também tinha uma
carta.
-Se estás a ler isto, é porque sobreviveste à doença. Como recompensa,
deixo-te todo o meu dinheiro para ti, para poderes ter uma vida estável e
principalmente com saúde. Estarei sempre a guiar-te em todos os lados que
estarei. Adeus amigo!”
Feito por:
Mariana Costa nº15 9D

Rita Gonçalves nº18 9D

Mariana Pinto nº16 9D

Inês Claro nº08 9D

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