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ESTRANGEIRISMO EM EXCESSO OU

INTOLERÂNCIA LINGUÍSTICA?
Laiane Marciano Goulart
Tutor Externo : Rudson Adriano Rossato da Luz

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os principais pontos para apresentação dos
trabalhos científicos para os cursos da UNIASSELVI. Um elemento obrigatório do trabalho
científico e o primeiro item a ser visualizado é o resumo, que deve ser montado somente após o
desenvolvimento do trabalho, pois explicita a essência do trabalho e das ideias do autor e é através
deste que se motivará aos leitores a leitura do trabalho na íntegra. Os itens indispensáveis para
compor o resumo são: o tema a ser tratado, os objetivos, as referências teóricas que apoiaram a
construção do trabalho, a metodologia adotada, os resultados e as conclusões. Para esta etapa,
portanto, deve-se construir um resumo de, no máximo, 250 palavras, composto de um único
parágrafo, sem recuo na primeira linha. Use fonte Times New Roman, espacejamento simples,
alinhado à esquerda, tamanho 12, itálico.

Palavras-chave: Artigo científico. Normatização. NBR-6022.

1. INTRODUÇÃO

A introdução é a apresentação inicial do trabalho e possibilita uma visão global do assunto a


ser tratado (contextualização), com definição clara do tema e dos limites do estudo do problema e
dos objetivos a serem estudados. É uma etapa importante em que se deve esclarecer ao leitor sobre
o que trata o texto. Segundo Perovano (2016, p. 57), “a introdução da pesquisa corresponde ao
alicerce, à porta de entrada, à vitrine de uma investigação científica, sendo considerada em alguns
momentos o marketing de uma investigação científica”.
A partir desta explanação, este trabalho levanta o seguinte problema: como os cursos
ofertados pela UNIASSELVI, focalizando-se em aspectos estruturais e de formatação de artigos
científicos, podem instruir, de modo eficiente, a formatação dos trabalhos de seus acadêmicos no
EAD?
A introdução, para os trabalhos da UNIASSELVI, poderá ser construída ocupando cerca de
uma página do trabalho completo.
Quando tratamos do assunto “Estrangeirismos”, temos uma parte da população que apoia, e
outra que discorda totalmente com o uso desse fenômeno. Percebemos que nos dias atuais os
empréstimos linguísticos nem sempre são vistos com bons olhos, algumas pessoas acreditam
que o uso de estrangeirismos pode ser uma ameaça a língua portuguesa e até mesmo empobrecer
e dificultar a comunicação.
Mas enquanto alguns acreditam que os termos ingleses estão abusivamente invadindo nossa
língua, outros aderem e compartilham desses termos no dia a dia, seja para fazer um check up,
assistir um replay, fazer um coffee break ou pedir um delivery.
E é exatamente isto que será tratado no decorrer deste trabalho, a partir do problema da
intolerância linguistica encontrado em nossa sociedade, vamos estudar e analisar o ponto de
vista de alguns autores como Bagno, Faraco, Fiorin, Garcez e Zilles.
Para isso vamos avaliar uma composição de Carlos Silva, interpretada pelo cantor Zé Ramalho,
relacionar a letra da música com a realidade dos dias atuais e identificar soluções para o nosso
problema.
1 Nome dos acadêmicos
2 Rudson Adriano Rossato da Luz
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa
2

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Diferentemente da época em que o Francês tomava conta a muitos anos atrás, nos dias atuais o
Inglês vêm crescendo de uma forma exorbitante, e com isso os Estrangeirismos têm se espalhado
em diversos países do mundo. Porém existem as críticas a este fenômeno onde afirmam que o
uso destes estrangeirismos ameaçam a nossa língua mãe.
Para Faraco (2001), em tempos de desenvolvimento e descobertas científicas, de computadores
com internet cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia, nada mais comum do que uma
avalanche de palavras de outra língua em nosso meio.
Muitos autores afirmam que a língua é flexível e muda no decorrer dos tempos de maneira
natural. Afirmam ainda que a própria Língua Portuguesa tem origem em uma outra língua, o
Latim. Por outro lado, há também uma preocupação desses estudiosos com a imposição de
vocabulário estrangeiro em nossa fala e escrita e admitem haver interesses políticos e
econômicos por trás desses termos.
Na canção de Carlos Silva, podemos ver a intolerância linguística quanto ao uso de
estrangeirismos, que será nosso objeto de análise mais adiante.
A fundamentação teórica consiste em realizar uma revisão dos trabalhos já existentes sobre
o tema abordado, identificando o grau de importância e a estrutura conceitual (PEROVANO, 2016).
De acordo com Perovano (2016), a revisão permite a identificação de questões e temas, bem como a
verificação de assuntos ainda não pesquisados.
No caso de citação direta curta, o fragmento não excederá três linhas.
Conforme Fiorin (2001, p. 116) o temor por conta dos estrangeirismos é combatido porque
"estando sólidos a gramática da língua e seu fundo léxico comum, não há nenhuma razão para
temer qualquer desvirtuamento do idioma em virtude de algumas centenas de empréstimos." 

Quando a quantidade exceder a três linhas, tem-se uma citação direta longa e deve ser
referenciada como no exemplo citado a seguir.
A falta de informação científica é evidente em todas as afirmações do purismo
lingüístico que, há vários séculos, vêm jurando de pé junto que a língua portuguesa está
sendo assassinada, que dentro de poucos anos ela não vai existir mais, que os
estrangeirismos vão destruir a estrutura do português, que o desprezo dos falantes pela
sua própria língua vai condená-la ao desaparecimento. (BAGNO, 2001, p. 60)

Utilizaremos a definição de citações indiretas para exemplificar a ocorrência no texto. Será


reproduzido o trecho que define citação indireta e após será parafraseado a fim de prover exemplo
desta técnica.
Garcez e Zilles (2001) tratam do assunto como uma ameaça a unidade nacional, afirmando que
os estrangeirismos emperram o entendimento de algumas pessoas que não entendem Inglês, e
que frases ditas sem o uso de estrangeirismos são compreensíveis para pessoas de qualquer
classe social e escolaridade, enquanto que frases usadas com empréstimos linguísticos são
incompreensíveis para qualquer brasileiro que não fala Inglês.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS

Na construção de um artigo científico, a etapa referente à descrição dos materiais e métodos


de pesquisa utilizados assume grande importância, pois quando esta etapa está bem escrita, o
restante do trabalho será compreendido com mais facilidade. Esta etapa deve conter o detalhamento
do trabalho, de forma que outros pesquisadores possam replicar a mesma pesquisa que fora feita.
Segundo Ferreira (2011), ao elaborar a seção materiais e métodos, faça uma descrição
detalhada de cada um deles, explicando as razões que o levaram a concebê-los, modificá-los e
empregá-los. O autor destaca ainda que o aspecto mais importante neste item é proporcionar a
quantidade adequada de informações sobre como a pesquisa foi conduzida.
Desta forma, ao iniciar esta seção, deve-se primeiro apresentar os procedimentos
metodológicos utilizados no decorrer da pesquisa, na sequência, apresente os critérios para a
escolha dos participantes e/ou os materiais utilizados, por fim, descreva a sequência de etapas
realizadas na condução da pesquisa, mencionando como os dados foram levantados e tabulados para
análise.
Em seu estudo, Cervo, Bervian e Silva (2006) expõem que o método científico apresenta a
observação, a descrição, a comparação, a análise, a síntese, além dos processos mentais de dedução
e da indução, comuns a todo tipo de investigação (qualitativa, quantitativa ou mista).
Após a escolha da pesquisa, é necessário determinar alguns itens que oferecem suporte para
a conclusão do estudo, assim, descreva o local da pesquisa (cidade, bairro, estado, grupos, região,
vegetação etc.). Continuando, descreva como você obterá estas informações, por meio de entrevista,
conversas, questionários, estudos de caso, entre outros. Estes são considerados os instrumentos que
indicam as técnicas a serem utilizadas no momento da coleta dos dados (CERVO; BERVIAN;
SILVA, 2006).
De posse da amostra e da obtenção dos dados, é necessário definir o período em que a
pesquisa ocorrerá (dia, mês, ano), como ocorrerá (meio eletrônico, meio físico etc.), por fim, quais
as ferramentas utilizadas para esta coleta de dados e para a análise das informações obtidas
(software).
Para Cervo, Bervian e Silva (2006, p. 67):

Todas as informações reunidas nos passos anteriores devem ser comparadas entre si e
analisadas. A análise, a partir da classificação ordenada dos dados, do confronto dos
resultados das tabelas e das provas estatísticas, quando empregadas, procura verificar a
comprovação ou não das hipóteses de estudo.

Dando continuidade ao estudo, não se esqueça de utilizar, descrever e detalhar os gráficos,


tabelas, figuras, registros fotográficos, textos, maquetes, croquis que você tenha feito uso durante a
realização desta atividade.
Como forma de facilitar o desenvolvimento de sua atividade, aproveite o momento para
realizar esta pesquisa em locais de fácil acesso a você (rua, comunidade, escola, bairro, vila, entre
outros). Procure por circunstâncias ou situações reais em que o uso do conhecimento científico
possa prover alguma melhoria ou facilidade.
Importante evidenciar sua participação nesta etapa, tanto pela autoria do material, quanto
pela evidência por meio de registro fotográfico.
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Música: Estrangeirismo – Zé Ramalho (compositor Carlos Silva)

Eu gostaria de falar com o presidente pra cuidar melhor da gente que vive nesse país,
nossa gramática está tão dividida, tem gente falndo happy, pensando que é feliz

Acabaria com esse tal de estrangeirismo que pertuba nossa língua e muda tudo de vez
e os mendigos que hoje vivem nas calçadas ensinariam ao brasileiro que aqui se fala o português

Sou simples, sou composto, oculto, indeterminado, particípio, eu sou gerúndio, fônema sim
senhor, adjetivo, predicado, eu sou sujeito, ainda trago no meu peito esse país com muito amor

Sou simples, sou composto, oculto, indeterminado, particípio, eu sou gerúndio, fônema sim
senhor, adjetivo, predicado, eu sou sujeito, ainda trago no meu peito esse país sofredor

Lá no centro da cidade eu quase que morri de fome,


tanta coisa, tanto nome sem eu saber pronunciar é : Fast Food, Delivery, Self Service,
Hot Dog, Catchup

Eu só queria almoçar

Lá no centro da cidade eu quase que morri de fome


tanta coisa, tanto nome sem eu saber pronunciar é : Fast Food , Delivery, Self Service, Hot Dog,
Catchup

Meu Deus onde é que eu vim parar

'' Oxente problem''

A música “Estrangeirismo” retrata as dificuldades dos brasileiros com a presença da língua


estrangeira no nosso cotidiano. A situação narrada na letra da música, interpretada pelo cantor
Zé Ramalho exemplifica o caso de muitos cidadãos brasileiros, pois sabemos que nem toda
nossa população tem acesso ao conhecimento do idioma, apesar de uma grande parte das escolas
públicas oferecerem a disciplina de inglês na estrutura curricular, ainda faltam mais condições
de um ensino de qualidade para se obter uma aprendizagem satisfatória na língua inglesa.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste campo, faça o relato de suas observações após a análise dos elementos elencados na
Fundamentação Teórica descrita anteriormente neste documento. Utilize a teoria abordada na
Introdução e Fundamentação Teórica para justificar os seus achados e descreva de que maneira os
dados encontrados contribuem para ampliar o conhecimento obtido nos materiais consultados.
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Avaliando a canção Estrangeirismo do compositor Carlos Silva, interpretada por Zé Ramalho,


que foi nosso objeto de análise nesta pesquisa, podemos concluir que o brasileiro de certa forma
sofre com o uso dos Estrangeirismos, pelo fato de existirem diferentes classes sociais, o que tem
relação direta com o nível de estudos do indivíduo. Vemos que o acesso ao ensino da língua
Inglesa é ainda muito limitado no Brasil apesar de ser um idioma que está crescendo
desenfreadamente, e que muitos cidadãos não tem condições financeiras de pagar um curso de
inglês, ao mesmo tempo que o inglês ensinado nas escolas públicas brasileiras acaba não sendo
de qualidade suficiente para o aprendizado da população.
Mas por outro lado podemos ver que os Estrangeirismos já fazem parte do nosso cotidiano,
usamos esses empréstimos linguísticos todos os dias de diferentes formas e muitas vezes sem
nem mesmo perceber. O inglês pode ser encontrado em faixadas de lojas, etiquetas de roupas, no
teclado do computador, nas configurações do celular e principamente nas redes sociais.
Palavras como milkshake, hamburguer, diet, light, on sale, fashion, designer, sundown, top less,
top Model, fitness, outdoor, delete, insight, notebook, big brother, cheeseburguer, CD-ROM, pop
star, dvd, windows e centenas de outras palavras são muitas vezes pronunciadas de forma
incorreta pelo brasileiro mas ainda assim, são usadas diariamente, sendo que muitas delas sofrem
o que chamamos de “aportuguesamento”, onde uma palavra do idioma Inglês passa a ser
pronunciada de forma parecida com o Português e outras estão no dicionário assim como vieram,
como: show e marketing, por exemplo.
Mas por que isso ocorre? Uns culpam a globalização, outros o imperialismo econômico, outros a
tecnologia, outros a receptividade do brasileiro, mas a verdade é que temos sim que valorizar
nossa língua mas é impossivel não ter contato com outras culturas, o Inglês já faz parte de nossas
vidas em praticamente todos os países do globo terrestre. Se continuarmos aderindo
estrangeirismos ao nosso idioma, com certeza isso não será uma ameaça ao Português, mas sim
um enriquecimento cultural. Uma solução seria melhorar e qualificar o ensino de línguas em
escolas públicas para que todos os brasileiros desde muito cedo possam ter acesso ao ensino do
idioma de forma competente.

5. CONCLUSÃO

Para produzir a conclusão, deve-se retomar os objetivos elencados no início do trabalho,


pois é importante que cada objetivo traçado tenha sido atendido, assim como pode ser apresentada
uma síntese dos resultados. Veja aqui duas formas para compor a conclusão de seu trabalho:

Neste trabalho abordamos o assunto “Estrangeirismos e Intolerância Linguística”, onde cumpri


com todos os objetivos propostos, analisei a canção do compositor Carlos Silva, assim como
também analisei as ideias de alguns autores como Bagno, Fiorin, entre outros.
Também relacionei a canção com a nossa realidade nos dias atuais, onde vemos que os
empréstimos linguísticos estão por toda a parte no nosso cotidiano, encontrando o problema de
que muitos cidadãos brasileiros sentem dificuldade quanto a isso devido ao fato de que alguns
não tem condições de acesso a um curso de idiomas, porém por outro lado identifiquei uma
solução para o nosso problema, que seria a qualificação e melhora do ensino de idiomas em
escolas públicas, onde a criança começaria a ter contato com o idioma desde muito cedo e de
forma competente para que possa ocorrer o aprendizado completo.
Este trabalho foi muito importante para o meu conhecimento e aprofundamento no tema, uma
vez que me fez compreender melhor o assunto além de ter me permitido desenvolver
competências de investigação, seleção e organização.
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Na parte final das conclusões, é interessante apontar possíveis aprofundamentos sobre o tema
estudado, bem como possíveis interações com outros temas, abordagens metodológicas, materiais,
aplicações e sugerir ao leitor do seu trabalho possíveis encaminhamentos para pesquisas futuras.
Exemplifica-se a sugestão de realização de pesquisas futuras com a indicação de realização de
estudo bibliométrico sobre os trabalhos publicados na JOIA e na Revista Maiêutica.
A partir da estrutura básica deste trabalho, permite-se aos acadêmicos da UNIASSELVI
desenvolver seus artigos científicos com mais discernimento sobre estrutura básica cobrada na
Instituição. Ao submeter o seu artigo para revistas ou eventos externos, é importante verificar e
adequar o trabalho às regras e às formatações solicitadas.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação –


Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São
Paulo: Ed. Pearson, 2006.
FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo:
Atlas, v. 5, 2011.
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed.
Intersaberes, 2016.

Marcos Bagno: Preconceito Liguístico – Ed. Marcos Marcionilo -2016.

https://www.portugues.com.br/gramatica/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-estrangeirismo.html

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602002000200022

http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/post/entenda-os-argumentos-a-favor-e-
contra-o-uso-de-estrangeiros.html

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao/o-estrangeirismo-invadiu-lingua-portuguesa.htm

Jose Luiz Fiorin – Linguística? Que é isso? - Ed. Contexto - 2013

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