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CTA

No solo as cargas positivas ocorrem menos que as negativas, porém


são importantes para a retenção de ânions que são nutrientes necessários para
as plantas. Conforme Batista et al. (2018), “Os principais responsáveis pela
CTA, dependendo do pH do solo, são a caulinita, os óxidos de ferro e de
alumínio”.

A troca de ânions pode ocorrer de dois jeitos: pela adsorção (NO 3-, Cl-,
SO42-) ou por fixação (H2PO4- e SO42-). A adsorção segue os mesmos princípios
da CTC, em que as cargas positivas na superfície dos coloides atraem os
ânions que podem ser trocados posteriormente.

A sequência de adsorção dos ânions segue a seguinte ordem


decrescente:

A fixação é um tipo específico de adsorção onde outros íons não podem


substituir com facilidade o íon adsorvido por causa das ligações relativamente
fortes formadas. Os íons fosfato (H2PO4-) são fortemente ligados aos coloides,
por isso eles se tornam não trocáveis e não lábeis (disponíveis), na maioria das
vezes. “Essa especificidade de ligação acarretará em baixos teores de P
dissolvido na solução do solo, podendo comprometer o crescimento e o
desenvolvimento de plantas que nesse solo forem cultivadas.” (BATISTA et al.,
2018).

A redução do pH da solução do solo faz com que os coloides ganhem


prótons em sua superfície, levando à CTA. Esta impede que os ânions sejam
lixiviados e, dependendo do grau de intemperismo, a CTA pode superar a CTC
em alguns solos tropicais ou camadas mais profundas do solo, nos quais há
pouca MOS.

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