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A essas alturas, pode soar estranho afirmar que Deus é justo e correto. Contudo, insisto nesse
ponto, pois não só as pessoas em geral, mas até ministros religiosos e fiéis se esquecem
disso.
Escrevo sobre esse tema porque, apesar de nossa religião enfatizar a justiça e a retidão e se
dedicar à prática do bem, vez ou outra, há aqueles que se afastam do caminho correto e se
enveredam por rumos indesejáveis. Nessas ocasiões, infalivelmente, eles recebem de Deus
algum sinal de advertência. Se eles o ignoram, recebem uma punição rigorosa.
Desse modo, a atitude correta seria expressar ainda mais gratidão pelas bênçãos divinas e
empenhar-se ao máximo na retribuição a elas. Infelizmente, com o passar do tempo, sem se
dar conta, a pessoa se acostuma com o recebimento das graças e nasce a vaidade, surgindo,
assim, uma brecha em seu coração.
O espírito maligno está sempre à espreita, aguardando esta brecha. Tão logo ela surge, tal
espírito domina a pessoa, passando a manipular seu corpo físico livremente, o que é realmente
perigoso. (...). No entanto, se for alguém que, de fato, vive corretamente a fé, ele estará em
segurança, pois esse espírito desistirá do seu intento por não poder fazer nada contra ele.
Ainda assim, há quem caia nas garras do mal, e esse ponto é muito complexo. Contudo, pode-
se entender esses casos com base no seguinte critério: se a pessoa tem ou não amor egoísta.
O espírito maléfico nada pode fazer contra a pessoa que, sem pensar nos próprios interesses,
tem por princípio viver somente para Deus e para a humanidade.
(...). Conforme sempre afirmo, a fé correta é a de caráter daijo e liberal, em que o fiel é livre
tanto para continuar como para deixar a fé. Além disso, ela é paradisíaca, alegre e cheia de
vida. (...).