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JESUS MANIFESTAVA COMPAIXÃO

Mateus 14:13-20

Este foi um dos dias mais conturbados na vida de Jesus. Logo pela manhã, chega a
notícia de que João Batista, o primo e amigo, havia sido decapitado sob as ordens de Herodes.

VOCÊ JÁ VIVEU UMA SITUAÇÃO PARECIDA?

Tudo parece correr normalmente quando surge uma pessoa trazendo uma informação
do falecimento de uma pessoa querida. Ainda que você tente se mostrar forte, você
certamente ficará extremamente abalado e triste.

E quando logo surge um outro problema? Já percebeu que as coisas ruins nunca
acontecem sozinhas?

O mesmo Herodes que cortou a cabeça de João Batista estava à caça do pescoço de
Jesus. [Ler Lucas 9:7-9]

Você já sofreu ameaças? Como se sentiu? Diante de tudo isso, Jesus decidiu se isolar
por algum tempo pra se recompor.

Neste momento chegaram seus discípulos. Eles vieram da expedição missionária que
lhes havia sido designada. Chegaram felizes, cheios de entusiasmo, relatando as vitórias
maravilhosas do poder de Deus, curando pessoas, expulsando demônios, transformando
vidas. Nunca antes haviam experimentado algo igual. Até então haviam visto Jesus fazendo
maravilhas. Nunca eles próprios. Agora a experiência era diferente. Sentiram-se como
instrumento do poder de Deus.

Em outro momento, entraram no barco e navegaram à procura de um lugar deserto em


que pudessem estar sozinhos e relaxar um pouco. Mas quando desembarcaram, Jesus e os
discípulos encontraram cinco mil homens, mais mulheres e crianças, aguardando por eles.
Embora, possivelmente, houvesse ali muitos curiosos, a grande maioria era de
sofredores, pobres, doentes.
Estavam em busca da esperança que já não julgavam encontrar mais. Procuravam pela
ajuda que durante tanto tempo buscaram em tantos lugares e pessoas sem encontrar, e que
agora se desenhava à sua frente. Para muitos era a última esperança...

O que você faria se estivesse no lugar de Jesus?

Eu provavelmente diria: “Meus amigos, vocês chegaram na hora errada. Voltem pra
casa e retornem num momento melhor. Acabo de receber a notícia do falecimento de um
amigo querido e nem tenho cabeça para pensar em nada. Além disso, olhem: meus discípulos
estão voltando de uma estressante campanha missionária. Se não bastasse isso, nos últimos
dias a pressão tem sido tão forte que não temos encontrado nem sequer tempo para nos
alimentar direito. Prometo que ajudo vocês, mas não agora. Voltem depois porque ninguém é
de ferro!”

Pergunto a igreja: Jesus estaria errado se tivesse dito isto? Estes argumentos
não eram a mais pura expressão da verdade?
Quando penso, dá até vergonha ao comparar meus sentimentos, atitudes e reações
com os de Jesus...
Como ao invés de viver para fora, para os outros, vivo somente no meu mundo, nas
minhas necessidades, tristezas.... Como eu tenho um pensamento totalmente egoísta!

Talvez por isso é que a nossa geração é tão vazia. Já nos acostumamos em todos os
dias nos deparar com situações de gente passando necessidade, que já virou “normal”.
Os psicólogos e profissionais da área, afirmando que agora está cientificamente
provado: ajudar ao próximo traz benefícios para a saúde de quem ajuda. Fazer o bem é
bom para o coração, para o sistema nervoso e imunológico. Aumenta a expectativa de
vida e a vitalidade.

Mesmo estando sofrendo, mesmo Ele próprio precisando de ajuda, mesmo


sobrecarregado e necessitando de descanso, Jesus decidiu parar para ajudar!

As multidões precisavam disto. Mais do que isto, o próprio Jesus, enquanto ser
humano, também precisava.

Por vezes afirmamos que os pobres e necessitados precisam de nossa ajuda, ajuda da
igreja. Mas pensando bem, talvez a igreja precise muito mais dos pobres e necessitados do
que eles de nós.

Compaixão – Este termo aparece 83 vezes nas Escrituras na versão em português: 65 vezes
no Antigo Testamento e 18 vezes no Novo Testamento. Olha só, das 18 vezes em que é usado
no Novo Testamento, 11 ocorrem nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas em relação ao
ministério de Jesus Cristo.

Quando Mateus escreve que Jesus compadeceu-se das pessoas, ele não está dizendo
que Jesus teve uma pena casual. Não, Jesus sentiu dor em seu intestino, sentiu a fraqueza
do aleijado, o sofrimento do doente, a solidão do leproso e a vergonha do pecador. E, uma
vez que sofreu dessa maneira, não podia resistir. Não dava para ficar de braços cruzados.
Tinha de curar a dor das pessoas. Ele foi movido em seu interior pelas necessidades delas.
Foi tão tocado pelas necessidades alheias que esqueceu-se de suas próprias necessidades.

Como igreja, muitas vezes, nos desviamos do caminho da misericórdia e solidariedade


e justificamos de que nossa missão é puramente espiritual. Mas nós já temos o modelo à
seguir né?!

[VIDEO]

No entanto o que temos visto por aí é uma tremenda falta de amor em nosso meio, as
pessoas cada vez mais dando ênfase à riqueza, ao poder, à fama, do que à necessidade que
temos de nos relacionarmos uns com os outros.

[Ler 1 Coríntios 13:1-7]. Tire um tempo depois pra meditar neste texto!
Sem amor, de nada adianta!

Será que já não está na hora de pregarmos com palavras, mas acima de tudo com
práticas? [Ler 1 João 2:6]

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