Introdução:O homem é um ser dotado de grande capacidade
de raciocínio e armazenamento de informações, mas em contraposição, usa muito pouco este potencial, segundo as pesquisas científicas, utilizamos no máximo 13% do total da nossa capacidade de raciocinar. Desta maneira, ocorre que, somos dados a uma grande capacidade de esquecimento, somos capazes de esquecer até mesmo as coisas mais importantes de nossas vidas. Muitas vezes nem sequer refletimos o quanto a nossa família é linda e importante, o quanto nosso trabalho é desejável e agradável, o quanto a igreja é boa, necessária e tão única em nossas vidas. Isto tudo mostra uma coisa, o quanto o ser humano é social, o quanto dependemos um do outro para viver. Precisamos ser ouvidos, ser olhados, ser desejados, precisamos ser tocados. É comprovado cientificamente que uma pessoa ao ser tocada várias vezes, seja num aperto de mão bem forte, um abraço fraternal, ou num toque carinhoso, a probabilidade de se ter um ótimo dia é muito grande, a probalidade de se ter um mau dia ou um dia estressado é mínima.
I - A vida sem o Toque - (Seca).
Existiu um homem que estava vivendo exatamente esta
circunstância, ficou privado de todos os seus bens maiores ao contrair lepra, uma doença incurável na época. Os irmãos me permitam, pois quero imaginar primeiramente como era o dia-a-dia, a vida normal daquele homem antes de contrair a doença e, depois da contração. Antes, tinha tudo: família, igreja e trabalho, era feliz e não sabia. (= vida seca). Depois, privação total de tudo e todos, condenado a morrer dolorosa e gradativamente. A lepra era a pior doença que existia naquele contexto, pode ser comparada ao câncer ou a AIDS hoje, e ainda era contagiosa. Naquela época quando alguém fosse acometido desta enfermidade, teria que passar por uma série de procedimentos: 1º Tinha que se apresentar ao Sacerdote para verificar a ocorrência; 2º Ao ser realmente constatado a doença, o sacerdote dava o veredito de que estava imundo e agora o leproso deveria viver separado, a margem da sociedade, longe da família, da sinagoga e das pessoas numa colônia só para leprosos. 3º Tinha que colocar um sininho no pescoço, para que ao fazer barulho as pessoas identificassem a passagem do leproso e se distanciassem. 4º Tinha que bradar em alta voz: “Imundo, Imundo”, também para que as pessoas o identificasse. Assim foi com aquele homem, a palavra do sacerdote confirmou a fatalidade já com olhar de condenação, pois a lepra era sinônimo de pecado, de imundície espiritual segundo a tradição judaica, ou seja, todos entendiam que o leproso estava naquela condição por que estava em pecado, ele ou seus pais. Quando ele saiu da sinagoga, rumo a saída da cidade e em direção a colônia dos leprosos, já teve que gritar “imundo, imundo” e o sininho fazendo barulho, o olhar de preconceito e discriminação das pessoas com as mãos no rosto, os olhos arregalados, todos se distanciando, os filhos escondendo-se atrás dos pais, todos estavam mais preocupado com a distância do que com os sentimentos do enfermo, para ele eram como apunhaladas, ele sabia que de agora em diante esta seria sua rotina, o seu fim era certo, não havia outra alternativa. Na colônia amargava dolorosamente o desenvolvimento da doença, as úlceras iam se alastrando pelo corpo, a dor, a fraqueza e o mau cheiro era insuportável, seus nervos se atrofiavam, os membros perdiam a sensibilidade, chegando até mesmo ao ponto de se definharem, perdeu as orelhas, ponta do nariz, pés e mãos inteiras. A lepra era uma doença que matava aos poucos, centímetro por centímetro. Seu futuro estava fadado ao fracasso e morte inevitável. Diante daquela situação terrível e desesperançosa, ele lembrou de alguém que tinha ouvido falar, seu nome era Jesus, o Filho do Deus Altíssimo, que tinha poder para fazer surdos ouvirem, mudos falarem, cegos verem, coxos andarem e mortos ressuscitarem. A esta altura, só havia duas possibilidades, ficar ali e morrer milimétricamente ou ir ao encontro de Jesus e viver. Graças a Deus ele tomou a decisão mais sábia, difícil e corajosa, pois teria muitos obstáculos pela frente, cujo o principal era seu estado físico.
II – EM BUSCA DO TOQUE
Praticamente sem forças nenhuma para caminhar, sua
profunda fraqueza e feridas dolorosas dificultavam muito seus tímidos movimentos, sem parte dos pés e mãos sua locomoção era minúscula e vagarosa. Mesmo diante de toda dificuldade, a vontade de encontrar com Jesus falava mais alto. Assim ele foi, lentamente e sangrando, tentando se escorar em algum tipo de cajado, com a costa curvada e a cabeça meio baixa, o semblante desfigurado e irreconhecível. Ao se aproximar da multidão, ainda meio de longe as pessoas visaram aquela imagem estranha, mas ao ouvir o barulho bem baixinho do sino já imaginavam o que deveria ser, quando chegou mais perto, alguns visualizaram aquela fisionomia monstruosa, sem orelhas, sem a ponta do nariz, mãos sem dedos, cheio de manchas, feridas e um mal cheiro muito forte, logo alguns gritaram, “imundo”, ele não os culpava por toda aquela situação. Toda espantada e temerosa a multidão recuava preconceituosamente a cada passo do leproso. Em seguida, abriu- se um grande corredor e ficou só Jesus no meio, então de imediato o homem percebeu quem era o filho de Deus, o que não se espantou, não se esquivou, mas o olhava compassivamente e com alegria, como se o aguardasse já desejando aquele encontro a muito tempo.
III – RECEBENDO O TOQUE
Quando foi chegando perto de Jesus, a multidão sem
entender indagava a si mesma: “É um leproso, será que ele não tem medo de ser contagiado? O que ele está pensando? O que será que vai fazer?”. Da boca daquele homem saiu um som praticamente incompreensível, ele fez uma afirmação em forma de pedido, mas foi com tanta submissão e fé que era irrecusável a concessão. Ele não chegou para Jesus reclamando e nem exigindo nada, somente disse: “...Senhor, se quiseres podes tornar-me limpo” (Mt. 8:2), diante do pedido, Jesus não se conteve por somente falar com ele, mas se aproximou e tocou-o, já havia muito tempo que ninguém mais o tocara, agora Jesus o fez e disse: “ Quero, sê limpo...” (Mt. 8:3), suas palavras foram tão amorosas e profundas quanto o seu toque. Seu poder inundou o corpo daquele homem, imediatamente sentiu brotar forças na fraqueza atrofiante, as feridas iam se desaparecendo e começou a nascer uma nova camada de pele, os dedos das mãos e dos pés também ressurgem, suas costas endireitaram-se e sua cabeça levantou, se antes só enxergava as coisas a meia altura, agora conseguia ver plenamente e contemplara a face sorridente do Mestre. A multidão ao presenciar tão grande sinal, muitos creram que Jesus de fato era o Filho do Deus vivo, glorificavam e louvavam a Deus. A alegria foi tanta que o homem curado deve ter saído correndo e pulando de tanta alegria tamanho milagre. Agora poderia reencontrar a família, rever os amigos, trabalhar, estar na igreja e servir a Deus de coração. É interessante observar que o leproso não pediu a Jesus para ser curado, mas para que fosse limpado, isso demonstra sua consciência de pecado daquela época, mas o que valeu foi a sua atitude de humildade, que foi o mesmo que dizer: “Senhor perdoa meus pecados, salva-me, e eu sei que de todo serei sarado”. Isto nos deixa uma importante lição, quando nos humilhamos, reconhecemos nosso pecado e sinceramente pedirmos perdão, muitas outras bênçãos chegará em nossas vidas.
CONCLUSÃO: Tenho certeza que depois que o homem com
lepra foi salvo, sua vida teve uma nova ótica, sua família agora tem outro valor (mais tempo junto e atenção com a esposa, mais lazer e brincadeira com os filhos), o trabalho agora é desejoso e agradável, ir a igreja e fazer a obra de Deus é tão necessário e com outro sabor, que a cada dia é como se fosse o último. Irmãos, que não venhamos ser acometidos de uma lepra tenebrosa, para buscar O Toque de Jesus, agradecer a Deus pela família, agradecer e ajudar a igreja e o trabalho que temos. Estes são os valores maiores que o Pai coloca em nossas vidas, o que adiantaria se tivéssemos o maior capital do mundo, mas não pudéssemos ter família para usufruir com ela, o que adiantaria se tivéssemos o maior capital do mundo, mas não fosse fruto de nossos trabalhos, o que adiantaria se tivéssemos o maior capital do mundo, mas não tivéssemos a igreja para nos alegrar em Deus. Jesus está aqui, talvez nossa família também, a igreja está aqui, vamos viver o toque do Senhor Jesus diariamente em nossas vidas. Ele pode e quer nos tocar, busque O TOQUE DE JESUS.