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Wanshang häo, Huānyíng

Em que edificarei a minha vida?

Você lembra a história que Jesus contou sobre o construtor sábio e o construtor insensato? O
homem sábio cavou o solo e edificou sua casa sobre a rocha. Quando veio a tempestade, a sua
casa se manteve firme. O homem insensato edificou sua casa sobre a areia. Quando os ventos e a
chuva chegaram, a casa foi destruída.

Texto: Lucas 6. 44-49

Jesus começou sua história com uma pergunta perscrutadora. Ele indagou: “Por que me
chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” Essa pergunta me incomoda
porque não posso fingir que não a entendo. E sinto que o Se- nhor está falando comigo, está
falando com pessoas religiosas– pessoas que afirmam pertencer a Deus e dizem que Jesus é
Senhor. Isso é interessante porque nos indica que Jesus não está apenas contrastando pessoas
religiosas com pessoas não-religiosas. Não está dizendo simplesmente que os ateístas têm
suas casas destruídas. Está falando com pessoas que afir- mam crer em Deus.

Jesus está confrontando o blefe dos religiosos. Ele diz: por que fazer isso? Por que chamar-me
de Senhor, se vocês não se importam com quem eu sou ou o que desejo, quando real- mente
não se importam em conhecer-me ou fazer o que digo? Em seguida, Jesus conta a história dos
dois construtores e as duas casas. As casas que eles construíram representam suas vidas –
suas crenças, convicções, aspirações e escolhas.

Jesus está-nos dizendo que há alicerces estáveis e alicer- ces instáveis sobre os quais edificamos
nossa vida. Apesar de nossa intenção, é possível fundamentar nossa confiança e fé

– o próprio alicerce de nossa vida – naquilo que é inseguro e defeituoso. Em areia movediça.

É fácil rejeitarmos o homem que edificou sobre a areia como alguém que não sabia nada. Mas
isso acontece somente porque vemos o mau resultado de sua escolha. O homem in- sensato
não sabia que era insensato. Na ocasião, edificar sua casa na areia talvez fazia muito sentido.
Teria uma visão do oceano, bastante areia em que as crianças poderiam brincar. E, sem o
desgastante serviço de escavação, seu tempo de constru- ção seria reduzido pela metade.

Pergunto-me quantos anos o homem insensato viveu em sua linda casa antes de vir a tempestade.
Algum de nós imagi- na que está isento de cometer esse erro? Jesus nos adverte de algo
óbvio?

O construtor sábio seguiu uma abordagem diferente. Je- sus disse que ele edificou sua casa sobre
a rocha. Isso envolveu trabalho e esforço diligente. Exigiu mais tempo, ( a porção dobrada )..

No entanto, ouça como Jesus descreve o que simboliza o edificar sobre a rocha. Isso foi o que
eu sempre deixei escapar. O construtor sábio é aquele que vem a Jesus, ouve suas palavras e
as coloca em prática. Essa atividade – essa abordagem cheia de fé em relação a Jesus – é
identificada por ele como semelhante a um homem que abre uma vala profunda e edifica
sobre um alicerce firme. Quando os problemas e as provações da vida chegam, a “casa” de sua
vida permanece de pé.

Escavar e edificar sobre a rocha não era uma figura de ser um religioso nominal ou de
conhecer a Jesus à distância. Ser um cristão significa ser um pessoa que trabalhar para
estabelecer suas crenças, seus sonhos, suas escolhas e seu ponto de vista acerca do mundo
sobre a verdade de quem é Jesus e o que ele fez – um cristão que se importa com a verdade, que
se importa com a sã doutrina.

Doutrina é apenas uma palavra sem encanto que representa as verdades sobre as quais
devemos edificar nossa vida

– verdades sobre as quais todos teríamos dúvidas e não sabe- ríamos se não tivéssemos a
Bíblia.

Quando Jesus fala sobre a pessoa que ouve as suas palavras, está se referindo mais do que apenas
às letras em Mateus, Marcos, Lucas e João. Toda a Escritura é a Palavra de Deus. Ela é, toda,
Jesus falando conosco.
Estudar essas palavras e entender o que elas significa envolve esforço. (Lute com o texto), O
homem sábio cava. Essa obra é árdua e desgastante. Escavar as Escrituras envolve estudo.
Exige ler, pensar e lidar, às vezes, com verdades desafiadoras.
Entretanto, o trabalho mais difícil é colocar a verdade em prática. Foi isso que Jesus ressaltou na
história (sendo isso também o foco dos versículos precedentes em Lucas 6). Vir a ele, chamá-lo
de Senhor e conhecer suas palavras pode não ser o bastante. Filiação em uma igreja e uma lista de
crenças nunca são o suficiente.

Acumular conhecimento de edificação so bre rocha não tem qualquer valor se ainda
descansamos sobre a área movediça.

Temos de cavar para achar uma rocha. É possível ser um cristão e, ao mesmo tempo, viver na
superfície. A superfície pode ser a tradição vazia. Pode ser o emocionalismo. Pode ser doutrina
sem aplicação. A história de Jesus sobre os dois construtores termina com uma casa
permanecendo firme em meio às tempestades e a outra casa sendo destruída. A areia não a
sustentou, e a casa ruiu. O vento e a chuva sobre os quais Jesus falou podem representar
dificuldade e provações na vida. Podem também ser um símbolo do julgamento final, quando
toda a humanidade comparecerá diante de Jesus e prestará contas. Penso que é melhor
pensarmos em ambas as coisas. Ambas acontecerão. Provações e sofrimentos nos sobrevirão. E
o último dia, embora pareça distante, chegará.

Em ambos os casos, conhecer a sã doutrina e viver


por ela é crucialmente importante. Por quê? Porque, no
último dia, somente aqueles que creram em Cristo e viveram
para ele se- rão livres da ira de Deus. E, no presente, quando
nossa vida é abalada por sofrimento, o conhecimento
pessoal do caráter e do amor de Deus é a única coisa que
nos pode sustentar. Onde voce esta edificando a sua vida?

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