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Série: JESUS, O VERDADEIRO

Recapitulando:
Como seres humanos, nós sempre gostamos de definir e rotular tudo e todos à nossa
maneira. E fazemos o mesmo com Jesus. A maioria não gosta do Jesus com o chicote
nas mãos, expulsando os vendedores do templo. Preferem idealizar um Jesus apenas
amoroso, um bom mestre da paz e do amor. E esse tem sido um grande problema,
porque criamos vários Jesuses, criamos o nosso Jesus, mas que talvez não corresponda
à verdade.
Quem é Jesus? Como você define o Jesus verdadeiro?
Para responder essa pergunta, estamos desenvolvendo a nossa nova série de pregações
intitulada JESUS, O VERDADEIRO.
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Na primeira mensagem, nosso tema foi:
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DEFININDO JESUS
Baseados em Mateus 16.13-20, naquela conversa de Jesus com seus discípulos em
Cesareia de Filipe, quando fez a pergunta tão crucial “quem vocês dizem que eu sou”,
vimos que Jesus foi definido por seus discípulos como “O Messias, o Filho do Deus vivo”.
Vimos que o Pai descreveu Jesus como “Meu Filho Amado” e até mesmo, seus inimigos
o definiram como sendo o Filho de Deus. Ele também se definiu assim, ao tomar para
si, no Evangelho segundo João, pelo menos por sete vezes, a expressão "Eu sou". Você
está lembrado? Ele disse:
1. EU SOU o pão da vida. Toda fome e sede em nossa alma só podem ser satisfeitas
nele.
2. EU SOU a luz do mundo. Sem ele, tudo é completa escuridão.
3. Eu SOU a porta. Só uma porta que leva ao Criador, e essa porta é chamada Jesus!
Fora dele não existe outra passagem.
4. EU SOU o Bom Pastor. Eu sou o seu pastor, nada te faltará!
5. EU SOU a ressurreição e a vida. Sem ele, nós teremos morte eterna e separação
de Deus, mas com ele, vida eterna.
6. EU SOU o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.
7. EU SOU a videira verdadeira, se não nos mantivermos conectados nele, nós
vamos secar e morrer. Mas se permanecermos diariamente conectados em Jesus
Cristo, nós consistentemente vamos ter vida fluindo dentro de nós e vamos dar
frutos.
Então, terminamos a primeira mensagem com a mais importante pergunta que temos
que responder em nossa vida: Quem é Jesus para você? COMO VOCÊ DEFINE JESUS?
Um mentiroso? Um louco? Bem, se ele não foi um grande mentiroso, nem um louco,
então sobra para nós apenas uma opção: Ele é Deus! Jesus é o Filho de Deus. Temos
que nos posicionar: rejeitá-lo ou recebê-lo.
A segunda mensagem, pregada na semana passada, nós chamamos:
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RECONHECENDO A SUPREMACIA DE CRISTO
Baseados em Colossenses 1.15-20, nós fizemos três grandes afirmações sobre Jesus:
1. Cristo é o Criador de todas as coisas
2. Cristo é a Cabeça de todas as coisas
3. Cristo é o Reconciliador de todas as coisas
O Senhor Jesus é Deus, pois n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
Ele é o criador e o mantenedor de toda a criação. Ele é o Cabeça da Igreja, o Redentor
que derramou seu Sangue na Cruz para reconciliar consigo mesmo todas as coisas,
tanto na terra como no céu. E perguntamos a todos:
 Você reconhece que Cristo é o criador de todas as coisas? Você reconhece,
então, que ele é o seu Criador?
 Você reconhece que Cristo é a cabeça de todas as coisas? Você reconhece,
então, que ele é o seu Senhor?
 Você reconhece que Cristo é o reconciliador de todas as coisas? Você
reconhece, então, que ele é o seu salvador?
Na mensagem de hoje, a terceira da série, vamos falar sobre como tratar as pessoas
como Jesus tratou.
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TRATANDO AS PESSOAS COMO JESUS TRATOU
Vamos ler Mateus 5.43-48
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“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu digo:
Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham
a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e
bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam,
que recompensa vocês receberão? Até os publicanos fazem isso! E, se saudarem apenas
os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Portanto,
sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês.' (Mateus 5:43-48)
Introdução:
Vocês concordam que, em geral, os seres humanos tem grandes dificuldades no que
diz respeito a relacionamentos, em como tratar uns aos outros?
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O pecado e a queda do homem afetaram sua capacidade de se relacionar.
Desde a criação e a queda do homem, vemos um irmão assassinando o outro. Leia
Gênesis e verá a rivalidade entre Jacó e Esaú. Verá também como José foi tratado com
tanta aspereza por seus irmãos, e verá como ele acabou sendo lançado num poço
seco para morrer. Ou seja, nós não enfrentamos dificuldades apenas no lidar com gente
estranha, mas temos dificuldades até dentro da nossa própria família.
Veja as estatísticas chocantes do enorme número de divórcios! Tem algo mais
revelador da dificuldade que os humanos enfrentam na área de relacionamento? Não
conseguir mais conviver, conversar ou resolver conflitos com alguém a quem amava há
pouco tempo atrás; não é chocante?
Nós poderíamos ficar aqui por horas relatando os casos mais surreais de conflitos
entre vizinhos, parentes, sócios, patrão e empregado, entre velhos amigos. Todos
aqui já devem ter ficado assustados com brigas insanas no trânsito, ou ofensas
ridículas por causa de questões tão evitáveis. Já viu na TV o comportamento das
pessoas durante uma Black Friday? As pessoas se atropelam, distribuem cotoveladas e
empurrões por causa de um ferro de passar roupas um pouco mais barato!
Esse é o modo como tratamos as pessoas! Na verdade, não sabemos como tratar as
pessoas. Nos tornamos tão inábeis, que muitas vezes acabamos estragando tudo.
Mas tudo fica ainda mais sério se levarmos essa dificuldade para o nível global, pois
é assim que surgem as guerras entre nações. No oriente médio, na Europa da Rússia
colonialista, na África ainda tão tribal, guerras e destruição acontecem porque não
sabemos como tratar as pessoas e como resolver conflitos.
Jesus, o Jesus verdadeiro do qual estamos falando, é o Príncipe da Paz! Ele veio para
estabelecer um novo padrão de como devemos tratar as pessoas e deixou pra nós o
seu exemplo pessoal.
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Deus é relacional
Eu e você precisamos entender que Deus é um Deus relacional. Ele poderia viver muito
bem sem a gente, pois Ele criou tudo, é autoexistente e autossuficiente; Ele não
precisava de nós! Não mesmo! Mas ele escolheu nos criar. Ele nos desejou, porque é
um Deus relacional.
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Deus é perfeito. Ele é perfeito em seus relacionamentos e, portanto, é perfeito na
maneira como ele se relaciona conosco.
Você já pensou nisso? Para mim, um dos versos mais impressionantes da Bíblia é João
14.2-3, que diz:
Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu teria dito a vocês. Vou
preparar lugar para vocês. E, quando eu for e preparar lugar, voltarei e os levarei para
mim, para que vocês estejam onde eu estiver. (João 14:2-3)
Este talvez seja um dos versículos que mais afirma o amor de Jesus por nós em todo o
Novo Testamento, porque nele Jesus diz que está preparando um lugar onde eu possa
estar com ele para sempre. Bem, eu e você podemos lidar com uma visita que venha à
nossa casa por uma ou duas horas, mas depois disso estamos esperando que ela vá
embora. Ou um hospede que fique em nossa casa por uma ou duas semanas, mas
normalmente nós não queremos alguém vivendo conosco para sempre. Pode vir, ficar
um pouco, isso é muito bom, mas depois, deve ir embora.
Mas Deus quer você esteja com ele para sempre! Dá pra acreditar nisso? Isso é
fantástico! Isso é uma prova de sua bondade e amor por nós. Ele nos deseja com ele
para sempre! E não estou falando de 1000 anos, ou 10 mil anos, mas para sempre, por
toda a eternidade.
Porque Ele é um Deus relacional, e seu Filho veio ao mundo para nos revelar o Pai, para
nos salvar, mas também para nos mostrar como devemos nos relacionar.
Jesus veio ao mundo para mostrar como devemos nos relacionar
Muitos só conseguem enxergar o cristianismo como uma relação estritamente vertical,
uma religião que nos liga a Deus, e apenas a Deus. Mas isso não é verdade. Observe
que cruz de Cristo é tanto vertical quanto horizontal.
*** (Imagem de uma cruz)
Cristianismo também tem a ver com como tratamos Deus e tem a ver, e muito, com
como tratamos as pessoas.
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Cristianismo tem tanto a ver com como tratamos Deus quanto com como tratamos as
pessoas.
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O grande mandamento
Quando perguntaram a Jesus sobre qual seria o grande mandamento, ele respondeu:
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“Ame o Senhor o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas
forças e de todo o seu entendimento” (Lc 10.27) – amor vertical, amar a Deus.
Mas logo acrescentou: “... e ame o seu próximo como a si mesmo” – amor horizontal,
amar o seu próximo, o seu semelhante.

Escute bem:
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 Se você realmente escolher seguir o Jesus verdadeiro, isso irá mudar
completamente a maneira como você interage com as pessoas.
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 Cristianismo verdadeiro imprime em você a imagem de Cristo.

 Isso fará com que você queira e consiga tratar as pessoas como Jesus Cristo
tratou.
E hoje, nós vamos tentar resumir a maneira como Jesus tratou as pessoas em três
princípios bem claros e simples. Se nós colocarmos em prática esses três princípios,
isso vai revolucionar os nossos relacionamentos. São princípios transformadores, que
podem mudar a nossa vida. Vamos lá!
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Primeiro princípio: AME O SEU PRÓXIMO
Parece um conceito simples pra nós agora, mas naquela época foi totalmente novo e
chocante. Numa época de tanta barbárie, de guerras, de terra ocupada por um
império invasor, de tanta necessidade, deixou todos que o ouviram bem confusos.
Eles perguntaram: “Mas, mestre, e quem é o meu próximo?” (Lucas 10.29). Em resposta,
Jesus contou uma poderosa história de um homem que viajava de Jerusalém para Jericó
e que, no meio daquela viagem foi assaltado, espancado e deixado ali quase morto.
Um sacerdote que passava por ali viu o homem caído à beira da estrada, mas passou
pelo outro lado e não o socorreu. Depois um levita também passou por ali, também viu
aquele homem ferido e quase morto, e também passou pelo outro lado da estrada, e
escolheu não o socorrer.
Mas depois, um samaritano em viagem passou por ali, e quando o viu, movido por
compaixão parou e o socorreu. Aproximou-se dele, tratou suas feridas como pôde,
colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o por todo o caminho até uma hospedaria
e cuidou dele. Pagou pelas despesas e ainda se comprometeu a pagar por todo o
tratamento que fosse necessário. Essa história ficou conhecida como a parábola do
bom samaritano.
Jesus definiu o amor ao próximo através dessa história tão tocante e surpreendente.
Nela podemos ver os componentes do amor:
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1. Jesus tinha olhos de compaixão.
Tudo começa com os olhos. Amor pelo próximo começa com olhos de compaixão. Ele
viu. Ele viu o homem ferido em grande necessidade. Já parou pra observar que muitas
vezes nós nem conseguimos enxergar as necessidades ao nosso redor? Quantas
situações de necessidade e sofrimento que nem sequer percebemos, ou que não nos
sensibilizam mais. Podemos dirigir pelas ruas cheias de mendigos, crianças, gente em
desespero, e nem perceber. Nossos olhos nem veem. Será que aquele sacerdote viu
mesmo o homem caído à beira daquela estrada? Amor ao próximo começa com os
olhos.
Precisamos de um encontro transformador com Jesus para que o véu seja removido
de nossos olhos para enxergarmos a necessidade à nossa volta. Claro que nossa visão
é boa, mas estou falando dos olhos do coração, que só enxergam se forem movidos por
compaixão e amor.
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2. Jesus tinha um coração de compaixão
E eu estou falando que nós somos chamados por Jesus, o verdadeiro, a termos um
coração como o dele, um coração de compaixão pelas pessoas, uma graça divina que
Deus derrama em nós e nos faz sentir a necessidade e a dor das pessoas. São olhos de
compaixão, coração de compaixão, que nos leva a um toque de compaixão.
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3. Jesus tinha um toque de compaixão
Muitas vezes damos uma esmola a alguém e isso já nos faz sentir bem, pois fizemos a
nossa parte. Mas Jesus nos mostrou com sua vida que amor vai além disso. Por
exemplo, quando ele curou um leproso em Marcos 1.40-41, este, mesmo sem ser
permitido por causa de sua enfermidade tão contagiante, se aproximou de Jesus e
suplicou de joelhos: “Se quiseres, podes me purificar”. Cheio de compaixão, Jesus
estendeu a mão, tocou nele e disse: “Quero. Seja purificado”. Imediatamente a lepra o
deixou e ele foi purificado.
Este é um texto interessante porque, noutra ocasião, quando dez leprosos também
suplicaram por sua cura, Jesus não tocou em nenhum deles, mas apenas falou e eles
foram curados. Ele tinha o poder para apenas falar, mas neste caso, Jesus viu o quanto
aquele leproso estava sofrendo, viu sua dor e necessidade, e a Bíblia diz que Jesus
tocou nele. Ele não precisava fazer isso para cura-lo. Logo, aquele toque não foi um
toque de cura. Jesus viu como aquele homem se sentia isolado, há anos sem sentir
qualquer pessoa tocando nele, viu que sua alma precisava de cura, sua solidão e sua
dor precisavam ser curadas, e ele tocou aquele homem. Aquele foi um toque de
compaixão. E por ultimo,
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4. Jesus tinha um andar de compaixão
Porque nós precisamos de olhos que vejam, coração que sinta, mãos que toquem, mas
precisamos de um andar que nos leve até os que precisam de nosso amor.
A Bíblia diz que aquele samaritano parou e se aproximou do homem ferido, tratou de
suas feridas, o colocou em seu animal e o levou por todo um caminho até uma
hospedaria e cuidou dele.
Um verdadeiro cristão, um seguidor do Jesus verdadeiro, vai demonstrar amor por seu
próximo ao decidir caminhar ao seu lado e ajuda-lo em suas necessidades.
Pergunta: Há alguém com quem você tem andado em compaixão? Tem alguém em sua
vida que você tem tocado com amor? Tem alguém?
Este é o primeiro princípio de Jesus: Ame o seu próximo.
E note que eu nem comentei o final deste mandamento que é: “Ame o seu próximo
como a si mesmo”. Você já notou o quanto você se ama? Voce pensa em você o tempo
todo, você cuida de você, você veste você, paga tudo pra você e faz tudo por você. Por
isso Jesus disse: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Esse é o modo de Jesus amar,
esse é o padrão de Jesus, o Verdadeiro.
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Segundo princípio: SIRVA SEUS IRMÃOS E IRMÃS
Ame seu próximo!
Sirva seus irmãos e irmãs!
No tempo de Jesus, havia um rei chamado Herodes, o Grande. Perto do mar Morto,
numa alta montanha, este rei mandou construir um palácio magnifico para ele. Na
verdade, era o seu palácio de veraneio. Hoje, podemos tomar um teleférico e visitar
este lugar que mais se parece com um spa de 21 séculos, impressionante, hoje chamado
de Fortaleza de Massada. Já visitei este lugar alguma vezes, e uma das coisas que muito
me impressionaram foi o luxo e custo enorme para se fazer uma construção como
aquela. E sabe como tudo foi construído? Através do trabalho escravo. E sabe como
comida e água eram levados ate o topo da fortaleza? Escravos. Muitos escravos
morreram naquela construção e para manter todo aquele lugar. Posso contar o pior
dessa história: O rei Herodes foi lá pouquíssimas vezes, 2-3 vezes em toda a sua vida.
Que pessoa horrível não foi Herodes!
Mas que rei na história foi muito diferente dele? Faraó no Egito, ou Cesar em Roma,
não fizeram a mesma coisa? Faraó tinha dezenas de milhares de escravos trabalhando
na construção de sua tumba sagrada. Passaram a vida construindo uma tumba para um
rei. Já imaginou?
É assim que o mundo funciona. Lembra de Nabucodonozor e os jardins suspensos da
babilônia, uma imensidão construída só para que sua esposa pudesse dar uma voltinha
raramente.
Mas agora veja Jesus, o único rei de verdade, o Rei do Universo, o criador de tudo.
Não há ninguém maior e em posição mais elevada que a dele, que agora mesmo está
assentado no trono dos céus à direita do Deus Pai. Bem, quando ele veio à terra, ele
teve como “berço real” uma manjedoura. Já parou para pensar nessa loucura? Ele
não exigiu luxo, não escolheu opulência ou poder, mas escolheu assumir a forma de
um servo.

Em Joao 13, enquanto Herodes exigia a construção de um palácio em Massada, Jesus


Cristo, o Filho de Deus levava os pés de seus discípulos. Diz a Biblia no verso 3:
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Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo de seu poder,
e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-se da
mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois
disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus
discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. (João
13.3-5)
Lavou os pés de pescadores, cobrador de impostos e, sabe quem mais? Lavou os pés
de Judas, aquele que estava pronto para traí-lo.
Jesus tinha plena consciência de quem ele era: O Filho de Deus, o rei dos reis, o Senhor
dos senhores, e mesmo assim escolheu servir.
Quero que você me escute:
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A maneira de você tratar as pessoas, de interagir uns com os outros, deve ser a mesma
de Jesus.
Ele disse:
Se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também
devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês
façam como lhes fiz.” (João 13.14-15)
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Esse é nosso dever, dado por Jesus: servir uns aos outros.
Não devemos montar nossos negócios no modelo top-down, não podemos construir
nossos relacionamentos num modelo top-down, mas se alguém quiser ser um líder,
uma influencia, deve tornar-se um servo e servir seus irmãos e sua irmãs em Cristo.
Eu quero ser assim. Eu escolhi servir meus irmãos e irmãs, e te desafio a fazer assim
também.
E, finalmente, o nosso último principio que pode transformar nossa vida e nossos
relacionamentos, de como tratar as pessoas como Jesus tratava:
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Terceiro princípio: PERDÕE SEUS INIMIGOS.
O primeiro principio que vimos foi AME O SEU PRÓXIMO.
O segundo principio foi SIRVA SEUS IRMÃOS E IRMÃS.
E agora, perdoe os seus inimigos.
Deus, o nosso criador, sabe que quando nós não perdoamos as pessoas nós colocamos
um veneno em nossa alma. A pessoa que nos ofendeu não tá nem aí, e quem não
perdoa é quem paga o maior preço pela situação ofensiva. Por isso Deus nos ensinou
através de Jesus Cristo que devemos perdoar aqueles que nos ofendem.
Em Mateus 5.44, no texto que já lemos, Jesus disse:
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu digo:
Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham
a ser filhos de seu Pai que está nos céus.
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Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem.
Pedro perguntou a Jesus:
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Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até
sete vezes? Jesus respondeu: eu digo a você: não até sete, mas até setenta vezes sete”
(Mateus, 18:21-22)
Perdoar 490 vezes! Bem, eu tenho a habilidade humana para perdoar alguém uma
vez. Perdoar duas vezes, três vezes já começa a demandar um grande esforço, quatro
vezes acho que já chega, não dá mais. Perdoar dez vezes, bem eu prefiro te processar.
Mas Jesus disse para perdoarmos 490 vezes!
E ainda nos ordenou orar por nossos inimigos. Bem, preciso confessar que, tendo
servido ao Senhor por toda a minha vida, descobri que uma das coisas mais difíceis de
fazer é orar por pessoas que falaram coisas ruins a meu respeito, mentiras a meu
respeito; uma das coisas mais difíceis. Você já teve que fazer isso? Naturalmente, pelo
meu modo de ser, não acho que tenho muitos inimigos. E você? Já fez uma lista dessas
pessoas? E já começou a orar por eles? Pedindo: Deus, abençoe a vida deles, mostre a
sua misericórdia a eles, seja misericordioso, que eles prosperem, e seus filhos, e netos.
Abençoe a vida deles. Já fez essa oração? É muito difícil.
Mas a graça de Jesus em seu coração te capacita a fazer isso, e a tratar as pessoas com
misericórdia e perdão.
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Isso é cristianismo: perdoar seus inimigos e orar por eles.
Pense no que pode acontecer em sua vida quando você começar a orar por seus
inimigos. Seu coração será curado! E sabe o que mais vai acontecer? Você estará
colocando brasas vivas em sua cabeça (Romanos 12.20), que significa deixá-lo
envergonhado de sua hostilidade ao surpreendê-lo com um ato de bondade não
convencional.
Jesus demonstrou tudo isso quando estava na cruz.
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*** (Imagem dos cravos em suas mãos, ou de soldados martelando os cravos)
Foi ali que Jesus declarou três palavras tão famosas: “Pai, perdoa-lhes”. Ele poderia
apenas dizer: Pai, dá uma parada cardíaca nesse soldado agora mesmo. Ele poderia
fazer isso. Lembra quando soldados viam para prender Elias? Caiam mortos na hora.
Ele poderia perfeitamente dizer pra Deus: Tudo bem Deus, eu vou morrer na cruz, mas
mate todos esses soldados que estão me cuspindo e ferindo; mate todos eles meu Pai.
Mas ao invés disso o que ele disse foi: “Pai, perdoa-lhes”.
Esse gesto não foi fingido, não foi Jesus apenas tentando nos dar um bom exemplo,
mas esse perdão veio do fundo do seu coração, um coração cheio de compaixão. Ele
disse: “Pai, por favor, perdoa-lhes!!!”. Uau, que homem é esse chamado Jesus!!! Ele é
incomparável!
Após a sua ressureição, Jesus deu um jeito de se encontrar com Pedro. Pedro era um
de seus grandes amigos, mas o que o havia traído na hora mais difícil, na hora da
crucificação. Ele negou Jesus três vezes. E então quando Jesus o encontrou após a
ressurreição, perguntou: “Pedro, você me ama?”. E Pedro respondeu: “sim Senhor, eu
te amo”. Ou seja, foi Jesus, o traído, quem tomou a iniciativa de promover e
reconciliação com seu amigo que o havia traído. E eu pessoalmente acredito que, se
Judas não tivesse se enforcado, creio que Jesus também teria tomado a iniciativa para
dar oportunidade de perdão pra Judas, seu traidor. Creio que a mesma graça que Jesus
ofereceu a Pedro, a mesma mão estendida, ele teria também oferecido a Judas.
Você está compreendendo o impacto dessas verdades? Pense bem: Essa não é uma
grande noticia pra todos nós? Se aqueles guardas romanos que estavam diante e o
despiram em público, que colocaram uma coroa de espinhos na cabeça dele, que
cuspiram nele, que o espancaram violenta e sarcasticamente, e que colocaram pregos
em suas mãos e em seus pés, receberam o perdão dele; se Jesus pôde olhar nos olhos
deles e dizer: “Pai, perdoa-lhes”, você não acredita que ele também pode olhar em
seus olhos e dizer: “Pai, perdoa-lhe”?
É isso que ele fez e ainda faz por nós. Ele intercede por nós diante do Pai, intercede por
você, e pede: Pai, perdoa-o!
Alguns aqui se sentem culpados e condenados, e hoje eu quero que você saiba que
Jesus está agora mesmo oferecendo perdão completo, cura interior e oportunidade
para ser livre, transformado e cheio com a paz de Deus.
Quero terminar contando uma história bem conhecida: a história de Corrie Ten Boon,
contada por ela mesma, e publicada no livro O Refugio Secreto.
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*** (Imagem de Corrie Tem Boom)
Durante a Segunda Guerra Mundial, ela e toda a família foram presas e levadas para
um campo de concentração nazista. Ele viu, diante de seus olhos, toda a sua família ser
morta brutalmente, e conseguiu escapar milagrosamente. Depois da guerra, tornou-se
uma pregadora e viajou pelo mundo todo falando do amor de Jesus e de seu perdão
incondicional a todas as pessoas. Até que um dia se encontrou com um dos assassinos
de sua família.

Foi numa igreja em Munique, onde eu estava pregando em 1947, que, de repente, o
vislumbrei: um homem calvo, troncudo vestindo um sobretudo cinza, com um chapéu de feltro
marrom amassado entre as duas mãos. Num instante, estava enxergando o sobretudo e o
chapéu marrom; no instante seguinte, o uniforme azul, o quepe estampado com a caveira e as
duas tíbias cruzadas, o rosto malicioso, lascivo, debochado.
Minhas lembranças do campo de concentração voltaram com rapidez e impacto: a sala
enorme com as severas luminárias no teto, a pilha patética de vestidos e sapatos no centro, a
vergonha de ter de passar nua diante desse homem. Pude ver o vulto frágil da minha irmã à
minha frente, costelas quase furando o fino pergaminho da sua pele.
Betsie e eu havíamos sido presas por termos escondido judeus na nossa casa por ocasião da
ocupação nazista da Holanda, durante a Segunda Guerra. Esse homem fora um dos guardas
no campo de concentração em Ravensbruck, para onde fomos enviadas.
Agora, ele estava diante de mim, mão estendida: “Que bela mensagem, fräulein! Que bom
saber, como disse, que nossos pecados estão todos no fundo do mar!”
Pela primeira vez, desde minha soltura, eu estava frente a frente com um dos meus algozes,
e meu sangue parecia ter congelado.
“Você mencionou Ravensbruck na sua palestra”, ele dizia. “Fui guarda lá. Mas depois disso”,
continuou, “tornei-me cristão. Eu sei que Deus me perdoou pelas coisas cruéis que cometi lá,
mas eu gostaria de ouvi-lo da sua boca também. Fräulein”, com a mão estendida outra vez,
“você me perdoa?”
Fiquei ali paralisada. Eu não podia fazer isso. Minha irmã Betsie morrera naquele lugar; será
que ele podia apagar sua morte terrível e prolongada, simplesmente porque pedia perdão?
Eu achava que já perdoara a todos; pregava sobre isso por toda parte. Eu, o exemplo de
perdão, não conseguia perdoar quando encarava meu ofensor em carne e osso.
Não podem ter passado mais do que alguns segundos, ele em pé com a mão estendida – mas
para mim parecia uma batalha de horas, enquanto eu enfrentava a coisa mais difícil que tive
de fazer em toda minha vida.
Eu não tinha opção – eu sabia disso. A mensagem do perdão de Deus possui um pré-requisito:
que perdoemos a todos que nos feriram. “Se não perdoardes aos homens”, afirmou Jesus, “tão
pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.15).
Ainda assim, lá estava eu com o coração dominado por frieza. Entretanto, perdoar é um ato
da vontade, e a vontade pode funcionar indiferentemente da temperatura do coração. “Jesus,
ajuda-me”, supliquei silenciosamente. “Eu posso levantar minha mão. Pelo menos isso, posso
fazer. Dá-me o sentimento depois.”
Então, sentindo-me um robô, coloquei minha mão mecanicamente na mão que me estava
estendida. E, enquanto o fiz, algo incrível aconteceu. Uma corrente começou no meu ombro,
correu pelo meu braço e saltou para nossas mãos unidas. Em seguida, esse calor restaurador
parecia inundar todo o meu ser, trazendo lágrimas aos meus olhos.
“Eu te perdôo, irmão”, exclamei, “com todo o meu coração!”
Por um longo instante, seguramos a mão um do outro, o ex-guarda e a ex-prisioneira. Posso
dizer que nunca experimentei o amor de Deus de forma tão intensa como naquele momento.
Imagine você pregando sobre perdão e o assassino de sua família ali, diante de você,
pedindo o seu perdão.
“Jesus pode mesmo perdoar como você está dizendo?” Sim, Ele pode. “E você, você pode
me perdoar como ele perdoa?”
Ela disse que nunca experimentou o amor de Deus de forma tão intensa como naquele
momento.
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CONCLUSÃO
Este é o Jesus verdadeiro!
Esse é o amor de nosso Senhor Jesus, e que está disponível para ser derramado em
nosso coração, no coração daqueles que, ao escolherem seguir Jesus, decidem tratar
as pessoas como Jesus tratava.
Desafios:
Eu quero que agora você pense comigo. Pense agora comigo nas pessoas que você
menos gosta. Pense agora em que abusou de você, que fez coisas bem ruins contra
você. Jesus está agora te desafiando:
 A perdoar essas pessoas
 A orar por eles agora mesmo, pedindo: “Por favor, Pai, perdoa essas pessoas”
 Libere perdão
 Decida amar.
Sei que é difícil, mas o cristianismo verdadeiro sempre vai te levar a tratar as pessoas
como Jesus trataria.
 Ame o seu próximo
 Sirva a seus irmãos e irmãs
 Perdoe seus inimigos
 Ore por aqueles que te perseguem
Clame ao Senhor agora mesmo e peça:
Senhor, dá-me um olhar de compaixão para que eu enxergue as necessidades à minha
volta.
Senhor, dá-me um coração igual ao seu, um coração de compaixão
Senhor, dá-me um toque de compaixão
E Senhor, faz-me sair de mim mesmo, e me dê um andar de compaixão.
Amém.

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