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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

- FATEC SP –

Ligações
Soldadas

DISCIPLINA: ESTRUTURAS III

DEPARTAMENTO: EDIFÍCIOS

PROFESSOR: JOSÉ NAGIB MIZIARA FILHO

2013
Faculdade de Tecnologia de São Paulo
Departamento de Edifícios
Estruturas III

Ligações Soldadas

A solda é a união de materiais, obtida por fusão das partes adjacentes.

Tecnologia de execução

Devemos observar:

• A forma correta do entalhe;


• Homogeneidade do metal depositado;
• Perfeição entre o metal depositado e o metal base;
• Empregar soldadores qualificados;
• Utilizar eletrodos de qualidade;
• Trabalhar com materiais perfeitamente soldáveis;
• Controle das soldas executadas através de raios-X e ultrassom.

Tipos de solda

1. Entalhe (chanfro) – penetração total e parcial


2. Filete
3. Tampão (em furos / em rasgos)

Classificação das ligações quanto a sua continuidade

1. Contínuas
2. Interminentes
3. Ponteadas (não são estruturais, servem para manter os
componentes em alinhamento até a solda definitiva)

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Classificação das ligações soldadas quanto à posição de


soldagem
1. Plana
2. Horizontal
3. Vertical
4. Sobre cabeça

Principais Processos de Soldagem

1. Smaw (Shielded Metal Arc Welding) – Solda ao arco elétrico com


eletrodo revestido;
2. Saw (Submerged Arc Welding) – Solda ao arco submerso;
3. Gmaw (Gas Metal Arc Welding) – Solda ao arco elétrico com
proteção gasosa. O gás pode ser o CO2.
• MIG (Metal Inert Gas) – quando utiliza gases inertes.
• MAG (Metal Active Gas) – quando utiliza gases ativos.
• TIG (Tungsten Inert Gas) – eletrodo de tungstênio com gás inerte.
4. FCAW (Flux Cored Arc Welding) – Solda ao arco elétrico com fluxo
no núcleo;
5. Solda por resistência elétrica – A união das peças é feita por
caldeamento. É utilizada na união de barras de concreto armado
(CA50A).

Designação de eletrodos
O eletrodo deve ser compatível com o metal base, devendo ter
resistência de cálculo maior que a do metal base.

E xx xx

Posição de soldagem, tipo de eletrodo

Resistência à ruptura por tração Fw em KSI (Kilo


libra/pol²)

E 70 xx fw = 70 KSI = 485 Mpa


E 60 xx fw = 60 KSI = 415 Mpa

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Soldas de Filete
Dimensões nominais mínimas

MAIOR ESPESSURA DO METAL BASE DIMENSÃO MÍNIMA (mm)


NA JUNTA (mm)
t ≤ 6,35 3
6,35 < t ≤ 12,5 5
12,5 < t ≤ 19 6
t > 19 8

Dimensões Máximas

t < 6,35 mm Não mais do que a espessura do


material
t ≥ 6,35 mm t – 1,5 mm

Aw=área efetiva de uma solda de filete

Aw = t∆L t = 0,707 s.

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Resistência linear da solda de filete:

a) Resistência de cálculo do metal da solda

= 0,6 . ∅ = 0,75

Fw = resistência nominal à ruptura por tração do eletrodo

b) Resistência de cálculo do metal base

= 0,6 .∆ ∅ = 0,9

∆ = .∆

Eletrodo Fw (Mpa)
E60 415
E70 485
E80 550

Soldas de Entalhe

- Penetração total A espessura efetiva da garganta é a espessura de


chapa de menor dimensão.

- Penetração parcial A garganta corresponde a espessura do chanfro.

- Área efetiva é o produto do comprimento efetivo da solda pela


espessura da garganta efetiva.

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Resistência de cálculo
Penetração Tipo de Solicitação ØRn
Tração ou compressão paralela Mesma do metal base
ao eixo da solda
Tração normal à seção efetiva da
solda
Rn = Aw.Fy (Ø = 0,9)
Compressão normal à seção
efetiva da solda
Total
O menor dos 2 valores:
a)metal base – Rn =
0,6Aw.Fy (Ø=0,9)
Cisalhamento na seção efetiva
b)metal solda – Rn =
0,6Aw.Fw (Ø=0,75)

Tração ou compressão paralela Mesma do metal base


ao eixo da solda
O menor dos 2 valores:
a)metal base – Rn =
Tração ou compressão normais à
0,6Aw.Fy (Ø=0,9)
seção efetiva da solda
b)metal solda – Rn =
Parcial
0,6Aw.Fw (Ø=0,75)
O menor dos 2 valores:
a)metal base – Rn =
Cisalhamento na seção efeitiva 0,6Aw.Fy (Ø=0,9)
b)metal solda – Rn =
0,6Aw.Fw (Ø=0,75)

Espessuras mínimas da garganta efetiva com penetração


parcial
Maior Espessura do Metal Base Espessura Mínima (mm)
(mm)
t ≤ 6,35 3
6,35 < t ≤ 12,5 5
12,5 < t ≤ 19 6
19 < t ≤ 37,5 8
37,5 < t ≤ 57 10
57 < t ≤ 152 13
t > 152 16

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α = ângulo do entalhe
r = abertura da raiz
d = espessura do entalhe
f = face da raiz

Considerações sobre soldas

1. Tipos de solda:
• Filete
• Entalhe de penetração total ou parcial

De acordo com a NBR 8800 os processos de soldagem e as técnicas de


execução de estruturas soldadas devem ser conforme o “Structural
Welding Code”

AWS D1.1 – 82, de American Welding Society.

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Soldas de Filete
Definições

• Face de fusão região da superfície original do metal base onde


ocorreu a fusão do metal base e do metal da solda.

• Raiz da solda linha comum às duas faces de fusão.


• Perna do filete menor dos lados, medidas nas faces de fusão,
do maior triângulo inscrito dentro da seção transversal da solda. O
filete de solda é especificado através da dimensão de sua perna.

• Garganta Efetiva é a distância entre a raiz da solda e o lado


externo do triangulo inscrito.

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• Comprimento efetivo da solda é o comprimento da linha que liga


os pontos médios das gargantas efetivas ao longo do filete.

• Área efetiva Aw é a área considerada como de resistência da


solda, igual à garganta efetiva multiplicada pelo comprimento
efetivo.
• Área teórica da face de fusão Amb é a área considerada como
de resistência no metal base junto à solda, igual à perna do filete
multiplicada pelo comprimento efetivo.

Soldas de Entalhe

A solda de filete é geralmente mais econômica que a de entalhe


por não necessitar do trabalho de chanfro das chapas. São utilizadas
quando se deseja manter a continuidade da espessura do elemento
conectado para a transmissão do esforço através da ligação ou quando
por razões construtivas, a solda de filete não puder ser empregada.

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• Garganta efetiva a garganta efetiva de uma solda de entalhe de


penetração total é a menor espessura das chapas conectadas.
Para soldas de penetração parcial consultar NBR8800.
• Comprimento efetivo é o comprimento real da solda que no
caso da solda de entalhe deve coincidir com a largura da peça
ligada.
• Área efetiva é o produto da garganta efetiva pelo comprimento
efetivo.

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