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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

METROLOGIA

ICA 9-1

METROLOGIA NO SISCEAB

2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AEREO

METROLOGIA

ICA 9-1

METROLOGIA NO SISCEAB

2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

PORTARIA DECEA Nº 743/SNOT, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2023.


Protocolo COMAER nº 67600.002821/2023-97

Aprova a reedição da Instrução que


disciplina a Metrologia no Sistema de
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
(SISCEAB).

O DIRETOR GERAL DO DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO


ESPAÇO AÉREO, de conformidade com o previsto no art. 21, inciso I, da Estrutura
Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo Decreto nº 11.237, de 18 de outubro
de 2022, e considerando o disposto no art. 10, inciso IV, do Regulamento do DECEA,
aprovado pela Portaria nº 2.030/GC3, de 22 de novembro de 2019, resolve:

Art. 1º Aprovar a reedição da ICA 9-1 “Metrologia no SISCEAB”, que com


esta baixa.

Art. 2º Revogar a Portaria DECEA nº 179/DGCEA, de 10 de dezembro de


2012, publicada no BCA nº 046, de 8 de março de 2013.

Art. 3º Esta Instrução entra em vigor em 1º de março de 2023.

(a)Ten Brig Ar ALCIDES TEIXEIRA BARBACOVI


Diretor-Geral do DECEA

(Publicado no BCA nº , de de de 2023.)


ICA 9-1/2023

SUMÁRIO

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ...................................................................................... 7


1.1 FINALIDADE ...................................................................................................................... 7
1.2 ÂMBITO .............................................................................................................................. 7
1.3 RESPONSABILIDADE....................................................................................................... 7
1.4 ABREVIATURAS ............................................................................................................... 7
1.5 DEFINIÇÕES....................................................................................................................... 8

2 CONFIGURAÇÃO DA METROLOGIA DO SISCEAB ................................................ 11


2.1 ÓRGÃOS INTEGRANTES PERTENCENTES AO COMAER ....................................... 11
2.2 LABORATÓRIO CENTRAL DE CALIBRAÇÃO – LCC ............................................... 11
2.3 LABORATÓRIO REGIONAL DE CALIBRAÇÃO – LRC ............................................. 11
2.4 LABORATÓRIO SETORIAL DE CALIBRAÇÃO – LSC .............................................. 13
2.5 USUÁRIOS ........................................................................................................................ 14
2.6 PESSOAL DO LRC/LSC................................................................................................... 15
2.7 ATUALIZAÇÃO TÉCNICA ............................................................................................. 15
2.8 NAV BRASIL E EPTA...................................................................................................... 15

3 ESPECIFICAÇÕES PARA LABORATÓRIO EM NÍVEL REGIONAL E


SETORIAL DE CALIBRAÇÃO .......................................................................................... 17
3.1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS...................................................................................... 17
3.2 CONTROLE AMBIENTAL .............................................................................................. 17
3.3 GRANDEZAS ABRANGIDAS PELO SETOR DE METROLOGIA .............................. 17
3.4 INSTRUMENTARIA ........................................................................................................ 17
3.5 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE .................................................................... 18

4 TRATAMENTO DOS PADRÕES E INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO .................... 20


4.1 PADRONIZAÇÃO ............................................................................................................ 20
4.2 AQUISIÇÃO ...................................................................................................................... 20
4.3 CALIBRAÇÃO .................................................................................................................. 20
4.4 CONTROLE....................................................................................................................... 22
4.5 MOVIMENTAÇÃO........................................................................................................... 23
4.6 OPERAÇÃO ...................................................................................................................... 23

5 EMBALAGEM, TRANSPORTE E MANUSEIO ............................................................ 24


5.1 EMBALAGEM .................................................................................................................. 24
5.2 TRANSPORTE .................................................................................................................. 24
5.3 MANUSEIO ....................................................................................................................... 24

6 DISPOSIÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 25

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 26
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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

A presente Instrução tem por finalidade normalizar, nos órgãos do Sistema de


Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), a execução das atividades de calibração,
operação e manutenção de padrões, instrumentos de medição e equipamentos de teste, bem
como definir as atribuições e as obrigações do Laboratório Regional de Calibração (LRC),
dos Laboratórios Setoriais de Calibração (LSC) e seus usuários.

1.2 ÂMBITO

A presente Instrução aplica-se a todos os elos do SISCEAB prestadores de


serviços de navegação aérea, seja por intermédio de Organizações Militares do Comando da
Aeronáutica, seja por intermédio da empresa pública NAV Brasil – Serviços de Navegação
Aérea S.A. ou operados por Estações Prestadoras de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo.

1.3 RESPONSABILIDADE

Será responsabilidade dos Comandantes, Diretores e Chefes de Organizações


Militares do SISCEAB, dos Diretores e Chefes da NAV Brasil e das EPTA, detentoras de
padrões e instrumentos metrológicos, cumprir e fazer cumprir as ações, obrigações e
condições estabelecidas na presente ICA, no que for de suas competências.

1.4 ABREVIATURAS

Na elaboração desta Instrução, foram usadas as abreviaturas abaixo:

AC - Corrente Alternada (Alternating Current);


BT - Boletim Técnico;
CINDACTA - Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo;
COMAER - Comando da Aeronáutica;
CRCEA-SE - Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste;
DC - Corrente Continua (Direct Current);
DCA - Diretriz do Comando da Aeronáutica;
DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial;
DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo;
DTCEA - Destacamento de Controle do Espaço Aéreo;
ENG - Subdivisão de Engenharia do PAME-RJ;
EPTA - Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e Tráfego Aéreo;
GCC - Grupo de Comunicações e Controle;
GEIV - Grupo Especial de Inspeção em Voo;
GMM - Guia de Movimentação de Material;
ICA - Instituto de Cartografia Aeronáutica;
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ICEA - Instituto de Controle do Espaço Aéreo;


IFI - Instituto de Fomento e Coordenação Industrial;
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial;
ISO - Organização Internacional de Normalização;
LAI - Subdivisão de Metrologia do PAME-RJ;
LCC - Laboratório Central de Calibração;
LRC - Laboratório Regional de Calibração;
LSC - Laboratório Setorial de Calibração;
NAV Brasil - NAV Brasil – Serviços de Navegação Aérea S.A;
NBR - Norma Brasileira Registrada;
NEB - Número de Estoque Brasileiro;
NSCA - Norma de Sistema do Comando da Aeronáutica;
NSN - Número de Estoque Nacional (National Stock Number);
NTS - Norma Técnica do SISMETRA;
OJT - Treinamento Prático (On the Job Training);
OM - Organização Militar;
PAEAT - Programa de Atividades de Ensino e Atualização Técnica;
PAME-RJ - Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro;
PACI - Plano Anual de Calibração de Instrumentos;
PMS - Planejamento de Metrologia do SISCEAB;
PN - Número de Peça (Part Number);
PSNA - Provedores de Serviços de Navegação Aérea;
RBC - Rede Brasileira de Calibração;
SDTE - Subdepartamento Técnico do DECEA;
SILOMS - Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços;
SISCEAB - Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro;
SISMETRA - Sistema de Metrologia Aeroespacial;
SUP - Subdivisão de Suprimento Técnico do PAME-RJ; e
VIM - Vocabulário Internacional de Metrologia.

1.5 DEFINIÇÕES

Os significados dos termos e definições utilizados neste documento, que não


estejam contemplados neste item, são encontrados no Vocabulário Internacional de
Metrologia (VIM) – Conceitos Fundamentais e Gerais e Termos Associados do Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), e nas normas ABNT NBR
ISO 9000 – Sistemas de gestão da qualidade - Fundamentos e vocabulário, ABNT NBR
ISO/IEC 17000 – Avaliação da conformidade - Vocabulário e princípios gerais, ABNT NBR
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ISO/IEC 17025 – Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e


Calibração, todos em suas versões mais atualizadas, DCA 66-1 – Atividade de Manutenção no
Sistema de Controle do Espaço Aéreo. NSCA 9-1 – Sistema de Metrologia Aeroespacial
(SISMETRA), NSCA 9-4 – Estrutura Funcional do Sistema de Metrologia Aeroespacial
(SISMETRA) e todas as NTS em vigor. Para o fim a que se destina esta ICA, considerar-se-
ão as seguintes definições:

1.5.1 CALIBRAÇÃO

Operação que estabelece, sob condições especificadas, numa primeira etapa,


uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as
indicações correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta
informação para estabelecer uma relação visando à obtenção de um resultado de medição a
partir de uma indicação (item 2.39 do VIM 2012).

NOTA 1: Uma calibração pode ser expressa por meio de uma declaração, uma função de
calibração, um diagrama de calibração, uma curva de calibração ou uma tabela de calibração.
Em alguns casos, pode consistir em uma correção aditiva ou multiplicativa da indicação com
uma incerteza de medição associada.

NOTA 2: Convém não confundir a calibração com o ajuste de um sistema de medição,


frequentemente denominado de maneira imprópria de “auto-calibração”, nem com a
verificação da calibração.

NOTA 3: Frequentemente, apenas a primeira etapa na definição acima é entendida como


sendo calibração.

1.5.2 CONSERVAÇÃO DE UM PADRÃO

Conjunto de operações necessárias para a preservação das propriedades


metrológicas de um padrão, dentro de limites estabelecidos (item 5.11 do VIM 2012).

NOTA: Geralmente a conservação compreende a verificação periódica de propriedades


metrológicas pré-definidas ou a calibração, armazenamento em condições adequadas e
cuidados específicos para a sua utilização.

1.5.3 ETIQUETA

Letreiro ou rótulo que se põe sobre o padrão/instrumento, ou solidário a ele,


cuja finalidade é designar sua identificação e informar a sua condição quanto aos processos de
calibração envolvidos em sua validação (NTS 9-11 “Padronização do Sistema de
Identificação das Calibrações”).

1.5.4 RASTREABILIDADE METROLÓGICA

Propriedade de um resultado de medição pela qual tal resultado pode ser


relacionado a uma referência através de uma cadeia ininterrupta e documentada de
calibrações, cada uma contribuindo para a incerteza de medição (item 2.41 do VIM 2012).

1.5.5 PRAZO DE VALIDADE DE CALIBRAÇÃO

É o intervalo de tempo compreendido entre duas calibrações consecutivas.


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NOTA: Caso não se possa determinar estatisticamente o intervalo de calibração do


instrumento, o prazo entre duas calibrações consecutivas deve ser definido conforme
orientação do manual técnico do fabricante ou as ordens técnicas K-100 (adquiridas da Força
Aérea Americana) e na falta destas informações, o prazo a ser usado será de no máximo 1
(um) ano.
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2 CONFIGURAÇÃO DA METROLOGIA DO SISCEAB

2.1 ÓRGÃOS INTEGRANTES PERTENCENTES AO COMAER

Os laboratórios integrantes do Setor de Metrologia, na área do DECEA, são os


apresentados sinteticamente no organograma a seguir, com os correspondentes níveis de
calibração e os órgãos do SISCEAB por eles apoiados.

LCC
DCTA-IFI

LRC-PAME

PAME-RJ
DTCEATRM-RJ

LSC-GEIV LSC-SP LSC-BR LSC-CT LSC-RF LSC-MN

CRCEA-SE CINDACTA I CINDACTA II CINDACTA III CINDACTA IV


DTCEA-AF DTCEA-AN DTCEA-BI DTCEA-AR DTCEA-AA
DTCEA-GL DTCEA-BQ DTCEA-CG DTCEA-FN DTCEA-BE
DTCEA-GW DTCEA-BR DTCEA-CGU DTCEA-FZ DTCEA-BV
DTCEA-MT DTCEA-BW DTCEA-CO DTCEA-IZ DTCEA-CZ
DTCEA-SC DTCEA-CC DTCEA-CR DTCEA-LP DTCEA-EG
DTCEA-SJ DTCEA-CF DTCEA-CT DTCEA-MO DTCEA-EI
DTCEA-SP DTCEA-CY DTCEA-CTD DTCEA-NT DTCEA-EK
DTCEA-ST DTCEA-EP DTCEA-FI DTCEA-PL DTCEA-FX
1º/1º GCC DTCEA-FA DTCEA-FL DTCEA-PS DTCEA-GM
DTCEA-GA DTCEA-JGI DTCEA-SL DTCEA-MN
DTCEA-GI DTCEA-MDI DTCEA-SV DTCEA-MQ
DTCEA-LS DTCEA-PA 3º/1º GCC DTCEA-MY
DTCEA-PCO DTCEA-SM DTCEA-OI
DTCEA-SI DTCEA-STI DTCEA-PV
DTCEA-SRO DTCEA-UG DTCEA-RB
DTCEA-STA 2º/1º GCC DTCEA-SN
DTCEA-TNB 4º/1º GCC DTCEA-TF
DTCEA-TRM DTCEA-TS
DTCEA-YS DTCEA-TT
DTCEA-UA
DTCEA-VH
5º/1º GCC

NOTA: O CIMAER, ICA, ICEA e 1º GCC estão sujeitos às obrigatoriedades metrológicas


desta Instrução e deverão coordenar diretamente com o PAME-RJ suas necessidades
referentes à calibração e aquisição de instrumentos. Visando à otimização de recursos, o
Parque coordenará qual laboratório apoiará a demanda de cada OM.

2.2 LABORATÓRIO CENTRAL DE CALIBRAÇÃO – LCC

É o laboratório de mais alto nível de Padrões de Referência dentro da estrutura


do DCTA, responsável por garantir a rastreabilidade metrológica do Sistema aos padrões
nacionais do Laboratório Nacional de Metrologia do INMETRO ou equivalente, em uma ou
mais grandezas de interesse do SISMETRA, conforme a NSCA 9-1.

2.3 LABORATÓRIO REGIONAL DE CALIBRAÇÃO – LRC

2.3.1 É o laboratório do SISMETRA, adequadamente localizado no território nacional,


formalmente autorizado pelo Órgão Central para calibrar os padrões dos LSC, conforme a
NSCA 9-1.
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2.3.2 O único LRC no DECEA é o LRC-PAME (LAI), localizado no Rio de Janeiro (PAME-
RJ).

2.3.3 O LAI comporta os laboratórios que conservam as grandezas elétricas, físicas e


dimensionais de interesse do SISCEAB e tem as seguintes atribuições:
a) buscar a rastreabilidade da calibração de seus padrões por intermédio dos
padrões de referência do LCC, dos padrões nacionais do INMETRO, dos
padrões de laboratórios acreditados no Brasil e/ou de padrões internacionais,
obedecendo a esta hierarquia metrológica, observando, sempre, os níveis de
incerteza previstos, para que não haja depreciação de grandezas
metrológicas;
b) estabelecer padrões de medidas, em todos os níveis, utilizados nos
laboratórios de instrumentos dos órgãos subordinados ao DECEA;
c) calibrar os padrões dos LSC nas dependências do LAI ou de laboratórios
externos;
d) prestar apoio técnico na calibração de instrumentos de responsabilidade dos
LSC para os quais não houver padrões disponíveis no local para seu nível,
conforme definido no PACI;
e) adquirir de forma padronizada padrões, equipamentos, instrumentos e
acessórios de medição para as OM do SISCEAB;
f) manter atualizados os cadastros de instrumentos/padrões e de pessoal
envolvido com a metrologia no DECEA;
g) reparar em bancada ou por meio de oficinas externas os instrumentos das
OM do SISCEAB em pane;
h) definir os requisitos e encaminhar à ENG para estudo, elaboração e
implantação de automação de processos de calibração no âmbito do
DECEA;
i) gerir a formação de recursos humanos para a área de metrologia por meio do
PAEAT, identificando as necessidades das Unidades Subordinadas ao
DECEA, além de coordenar treinamentos, seminários, auditorias, visitas
técnicas, workshops, simpósios e demais assuntos de gerenciamento do
Sistema de Metrologia do SISCEAB;
j) instruir o pessoal das OM sob sua responsabilidade no que diz respeito ao
correto manuseio e operação de instrumentos, por meio de
cursos/treinamentos/estágios de operação de instrumentos, visando à
utilização adequada destes padrões e instrumentos;
k) definir diretrizes técnicas e gerenciais para a metrologia no SISCEAB; e

l) auditar o sistema de gestão da qualidade dos LSC com vistas à garantia da


qualidade e da confiabilidade das medições no SISCEAB, com base na
NBR ISO/IEC 17025 “Requisitos Gerais para a Competência de
Laboratórios de Ensaio e Calibração”.
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2.4 LABORATÓRIO SETORIAL DE CALIBRAÇÃO – LSC

2.4.1 É laboratório integrante do SISMETRA, localizados em Organizações do Comando da


Aeronáutica, responsável por medir, inspecionar, ensaiar, calibrar e emitir laudos para
materiais, padrões/equipamentos/instrumentos de medição ou sistemas de medição.

2.4.2 São 6 (seis) os LSC do SISCEAB, 5 (cinco) localizados nos Órgãos Regionais de
Brasília (CINDACTA I), Curitiba (CINDACTA II), Recife (CINDACTA III), Manaus
(CINDACTA IV), São Paulo (CRCEA-SE) e 1 (um) no Rio de Janeiro (GEIV).

2.4.3 Os LSC deverão seguir as orientações emitidas pelos órgãos centrais do SISCEAB e do
SISMETRA, principalmente aquelas contidas na NSCA 9-4 “Estrutura Funcional do Sistema
de Metrologia Aeroespacial (SISMETRA)”, bem como:
a) elaborar um PACI dos órgãos do SISCEAB por eles apoiados, dentro de seu
nível de atuação;
b) executar as calibrações dos instrumentos sob sua responsabilidade;
c) condenar instrumentos, se necessário, dentro de seu nível de atuação, após
consulta ao LRC e atualizar seu cadastro;
d) manter as condições ambientais para calibrar os instrumentos em sede ou
em missão, de acordo com os limites previstos para os LSC, pela NTS 9-10,
utilizando padrões de hierarquia metrológica compatível;
e) manter seus padrões/instrumentos e garantir que não sejam retirados de suas
dependências para outras aplicações que não sejam afetas à sua atividade
fim;
f) coordenar o recolhimento, ao LRC, dos instrumentos em pane sob sua
gestão e dos instrumentos para os quais não possua padrões;

NOTA 1: A gestão/alocação de recursos humanos para cumprimento de suas


responsabilidades metrológicas é de responsabilidade de cada OM e não deve
impactar nas atividades de manutenção apoiadas e nem nas atividades do LRC.

NOTA 2: Caso haja problemas de infraestrutura que impeça o LSC de calibrar parte
de instrumentos sob sua responsabilidade, poderá excepcionalmente solicitar apoio
ao LRC.

g) manter seus técnicos trabalhando, preferencialmente, na área de reparo e


calibração de instrumentos de medição e testes;
h) não realizar calibrações quando as condições ambientais não forem as
previstas na NTS 9-10, comunicando à chefia do LSC, para que esta tome as
providências cabíveis;
i) manter registro das condições ambientais e elétricas, dos recursos humanos,
dos serviços executados, dos laudos e certificados de calibração etc.,
conforme orientações contidas nas normas emitidas pelo órgão central do
SISMETRA;
j) utilizar o Sistema de Identificação de Calibrações preconizado na NTS 9-11;
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k) manter atualizado o cadastro de instrumentos das Organizações sob a sua


responsabilidade, utilizando o módulo de metrologia do SILOMS;
l) manter e controlar um setor de instrumentaria para fins de otimização de
empréstimo sob cautela aos técnicos de sua respectiva OM e,
eventualmente, das OM apoiadas;
m) emitir seus próprios procedimentos de calibração, que podem ser baseados
naqueles emitidos pelo órgão central do SISMETRA ou pelo LAI, nos
manuais técnicos dos fabricantes e nas ordens técnicas 33K (adquiridas da
Força Aérea Americana), nessa ordem de preferência;
n) interagir com os usuários para melhor entendimento das necessidades de
medições, bem como utilizar esta interação como base para avaliar e filtrar
as solicitações de aquisições padronizadas de instrumentos;
o) emitir laudos, medir, inspecionar, ensaiar, calibrar instrumentos de medição
ou sistemas de medição, dentro de seus níveis de atuação; e
p) instruir o pessoal das OM sob sua responsabilidade no que diz respeito ao
correto manuseio e operação de instrumentos, por meio de
cursos/treinamentos/estágios de operação de instrumentos, visando à
utilização adequada destes padrões e instrumentos.

2.5 USUÁRIOS

2.5.1 São todos os técnicos atuantes no SISCEAB, tanto do COMAER quanto da NAV Brasil
e EPTA, que se utilizam de instrumentos para realização de medidas nas diversas
manutenções preventivas e corretivas de equipamentos e sistemas utilizados para Defesa e
Controle do Espaço Aéreo

2.5.2 Os técnicos usuários de instrumentos responsáveis pelas manutenções no SISCEAB


deverão:
a) utilizar apenas instrumentos que estejam sob a gestão metrológica de um
laboratório de calibração vinculado à instituição para a qual atua;
b) utilizar instrumentos com calibração válida dentro da faixa da medição a ser
realizada;
c) incluir os dados do instrumento utilizado (PN, SN, nº da etiqueta de
calibração, data da próxima calibração e data da última calibração) nos
relatórios de manutenção, livros de registro ou outro meio utilizado para
descrever ou informar procedimentos técnicos realizados para os quais se
utilizou o instrumento;
d) recolher, ao laboratório ao qual seu instrumento está vinculado,
instrumentos com data de calibração próxima ao vencimento, ou com
calibração vencida, em pane ou apresentando comportamento que afete sua
confiabilidade;
e) atentar para o correto manuseio e operação do instrumento a fim de evitar
acidentes, avarias ou redução do tempo de vida útil; e
f) transportar instrumentos em caixas/malas apropriadas para garantir a
integridade do equipamento, de acordo com boas práticas de logística.
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2.6 PESSOAL DO LRC/LSC

2.6.1 DESIGNAÇÃO

O efetivo de pessoal técnico alocado nos laboratórios de metrologia do


SISCEAB deverá, preferencialmente, ser composto das seguintes especialidades:
a) Eletrônica e/ou Instrumentos, para as atividades ligadas diretamente a
calibrações, ensaios e emissão de documentos técnicos;
b) Administração, para as atividades ligadas diretamente ao controle do
sistema de gestão da qualidade e de indicadores de desempenho das
Subdivisões e controle da instrumentaria; e
c) Suprimento, no LRC, devido ao volume de itens recebidos/expedidos dos
LSC ao longo do ano.

NOTA: Os funcionários civis assemelhados devem ser considerados para fins de composição
do efetivo.

2.7 ATUALIZAÇÃO TÉCNICA

2.7.1 O Chefe do laboratório solicitará a inclusão do pessoal de metrologia do SISCEAB, em


cursos e estágios de especialização e atualização, visando ao seu aprimoramento continuado,
em prol da eficácia da atividade do setor de metrologia.

2.7.2 O currículo mínimo e obrigatório para o pessoal de metrologia, outros treinamentos


desejáveis bem como conhecimentos relativos a atividades gerenciais, administrativas e de
qualidade estão relacionados no Anexo A – Trilha da Capacitação para Área de Metrologia do
DECEA.

NOTA: É importante que cada laboratório observe a sequência de treinamentos nos tempos
adequados, para a correta formação do técnico metrologista.

2.7.3 Para os casos de técnicos recém-chegados ao LRC/LSC, provenientes de outras áreas, o


chefe do LRC/LSC deverá definir de imediato para o referido técnico a equipe que irá atuar, a
função que irá desempenhar e os instrumentos que irá calibrar.

2.7.3.1 O LRC/LSC deverá planejar um treinamento em formato de OJT, a fim de habilitar


esse novo técnico a desempenhar suas funções em um prazo máximo de 90 dias. O OJT
deverá demonstrar o passo a passo da calibração e supervisionar 3 calibrações de uma dada
classe de instrumento, habilitando-o após esse processo.

NOTA: O OJT é uma ferramenta para o LRC/LSC acelerar o processo de inclusão de um


novo técnico na equipe. Todavia, não exclui a necessidade de realização dos cursos e
treinamentos previstos, conforme item 2.7.2.

2.8 NAV BRASIL E EPTA

A NAV Brasil e as EPTA, como parte integrante do SISCEAB, devem


observar todos os critérios de qualidade e de precisão previstas para manter seus
equipamentos e instrumentos, podendo adotar uma estrutura organizacional similar às OM do
DECEA, bem como as práticas, métodos e tecnologias aplicados.
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2.8.1 Os laboratórios responsáveis por calibrar os instrumentos utilizados pela NAV Brasil ou
pelas EPTA deverão pertencer à RBC para a grandeza calibrada.

NOTA: os laboratórios que não pertencem à RBC poderão solicitar credenciamento junto aos
órgãos responsáveis do DECEA, para que estejam aptos à prestação de serviços de calibração
para o SISCEAB.

2.8.2 Os laboratórios credenciados deverão manter um sistema de gestão da qualidade com


base na norma NBR ISO/IEC 17025 e se submeter anualmente a auditorias, intercalando-se
auditorias internas com auditorias externas.

NOTA: os laboratórios credenciados deverão seguir as orientações do item 3.5, no que


couber.

2.8.3 Caso a NAV Brasil ou qualquer EPTA possua laboratório de calibração de instrumentos,
deverá observar a similaridade de obrigações compatíveis com o nível de atuação. Além
disso, deverá:
a) buscar a rastreabilidade da calibração de seus padrões por intermédio dos
padrões nacionais do INMETRO, dos padrões de laboratórios acreditados
no Brasil e/ou de padrões internacionais, obedecendo a esta hierarquia
metrológica, observando sempre os níveis de incerteza previstos para que
não haja depreciação de grandezas metrológicas;
b) manter as condições ambientais para calibrar os instrumentos em sede ou
em missão, de acordo com os limites previstos para seu nível de atuação,
pela NTS 9-10, e utilizando padrões de hierarquia metrológica compatível;
c) manter seus padrões/instrumentos e garantir que não sejam retirados de suas
dependências para outras aplicações que não sejam afetas a sua atividade
fim;
d) não realizar calibrações quando as condições ambientais não forem as
previstas na NTS 9-10, comunicando à chefia do laboratório, para que esta
tome as providências cabíveis;
e) manter registro das condições ambientais e elétricas, dos recursos humanos,
dos serviços executados, dos laudos e certificados de calibração etc.;
f) utilizar o Sistema de Identificação de Calibrações, que é preconizado na
NTS 9-11;
g) manter atualizado o cadastro de instrumentos das Organizações sob a sua
responsabilidade;
h) emitir seus próprios procedimentos de calibração, que podem ser baseados
em manuais técnicos dos fabricantes e as ordens técnicas 33K (adquiridas da
Força Aérea Americana), nessa ordem de preferência; e
i) instruir os usuários de instrumentos sob sua responsabilidade, no que diz
respeito ao correto manuseio e operação de instrumentos, por meio de
cursos/treinamentos/estágios de operação de instrumentos, visando à
utilização adequada destes padrões e instrumentos.
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3 ESPECIFICAÇÕES PARA LABORATÓRIO EM NÍVEL REGIONAL E SETORIAL


DE CALIBRAÇÃO

3.1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

Laboratórios do COMAER, NAV Brasil ou EPTA, atuando em nível de LRC


ou LSC, devem atender a certas características básicas quanto à localização, distribuição de
áreas funcionais, controle ambiental, instalações, infraestrutura, energia elétrica, aterramento
e outros aspectos, conforme previsto na NTS 9-10 “Especificação de Laboratórios de
Metrologia”.

3.2 CONTROLE AMBIENTAL

As condições de temperatura e umidade relativa do ar do LRC e dos LSC


deverão ser monitoradas, registradas e lançadas mensalmente no módulo de metrologia do
SILOMS, visando à conservação de suas grandezas metrológicas. Essas informações são
importantes para elaboração dos certificados de calibração emitidos por estes laboratórios e
para auxílio à manutenção de seus sistemas de climatização.

NOTA: A NAV Brasil e EPTA deverão seguir o observado neste item, excluindo a
obrigatoriedade de utilização do SILOMS.

3.3 GRANDEZAS ABRANGIDAS PELO SETOR DE METROLOGIA

Os laboratórios integrantes do setor de metrologia do DECEA deverão estar


capacitados a realizar a calibração e a manutenção nos padrões e instrumentos, respeitando
seus limites de atuação, nas seguintes grandezas/ grupo de serviço:

3.3.1 Laboratório Regional de Calibração:


a) elétrica: corrente AC/DC, tensão AC/DC, ângulo de fase, resistência,
capacitância, indutância, potência, atenuação e frequência;
b) dimensional: comprimento, torque e ângulo ótico; e
c) física: pressão, umidade, temperatura, volume, medidor de oxigênio e
velocidade e direção do vento.

3.3.2 Laboratório Setorial de Calibração:


a) elétrica: corrente AC/DC, tensão AC/DC, resistência, capacitância,
potência, atenuação e frequência; e
b) física: pressão, umidade e temperatura.

NOTA: Independente da capacidade de calibrar um determinado sensor, é de responsabilidade


de cada elo do Sistema sua gestão metrológica bem como a análise de certificados. A fim de
mantê-lo calibrado, o elo deverá efetuar gestões para calibração em bancada, interação com
outros elos do sistema ou por meio de contratações.

3.4 INSTRUMENTARIA

3.4.1 Todos os órgãos do DECEA apoiados (conforme item 2.1) deverão manter uma
instrumentaria, com a finalidade de otimizar a utilização, o controle e a manutenção dos
instrumentos de medição utilizados pelos técnicos dos setores apoiados.
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3.4.2 O dimensionamento da Instrumentaria deve ser baseado na média de utilização


observada ao longo dos anos por classe de instrumento.

NOTA: uma vez finalizada a implementação do módulo de metrologia do SILOMS, este


deverá ser usado para registro de utilização e cálculo da média.

3.4.3 A calibração do acervo da Instrumentaria é compulsória, deve ter diagonal própria no


PACI e seu controle deve ser feito utilizando-se o módulo de metrologia do SILOMS.

3.4.4 As diagonais de calibração das instrumentarias, tanto do LRC quanto dos LSC, devem
ser planejadas anualmente e executadas em, no máximo, dois períodos definidos no PACI.

3.4.5 Em órgãos cujo quantitativo de instrumento seja reduzido, é facultada a criação de um


espaço físico específico para a instrumentaria, desde que medidas de controle de acesso e
manuseio dos itens possam ser garantidas.

3.4.6 Fica proibida a acumulação de instrumentos sobressalentes excedentes na modalidade


segregado.

NOTA: A segregação de instrumentos deve ser feita naturalmente quando a evolução dos
equipamentos instalados no SISCEAB não demandar as mesmas medidas que os modelos
anteriores. Dessa forma, à medida que o LRC/LSC identifique uma constância de ociosidade
de uma classe de instrumento ou PN, este deverá disponibilizar o item ao Sistema, visando à
economicidade e à otimização do uso desses recursos.

3.5 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

3.5.1 O LRC e os LSC deverão manter um sistema de gestão da qualidade baseado na ABNT
NBR ISO/IEC 17025 com a finalidade não somente de confiabilidade metrológica, mas,
também, como ferramenta de gestão para controle e aprimoramento de desempenho de cada
um dos elos do Sistema.

3.5.2 O LAI será responsável por emitir requisitos básicos de desempenho para adequação do
sistema.

3.5.3 Pela natureza dos serviços, os laboratórios estão submetidos exclusivamente à ABNT
NBR ISO/IEC 17025, dispensando tanto a adequação dos sistemas existentes à NBR ISO/IEC
9001 quanto as auditorias referentes a esta última norma.

3.5.4 Anualmente o LRC e os LSC devem se submeter a auditoria do SISMETRA e realizar


auditoria interna, uma por ano de forma intercalada, a fim de manter um sistema eficiente e
eficaz de seu laboratório.

NOTA1: O LRC tem a responsabilidade de planejar anualmente quais LSC receberão


auditoria do SISMETRA.

NOTA 2: O planejamento e solicitação de auditoria interna é de responsabilidade de cada


laboratório. A equipe auditora pode ser contratada, convidada de outros setores da OM ou de
outras OM do SISMETRA, desde que cumpram os requisitos para serem auditores da NBR
ISO/IEC 17025.
ICA 9-1/2023 19/27

3.5.5 Anualmente o LRC procederá auditoria do SISMETRA nos LSC selecionados a fim de
avaliar o desempenho, avaliar os resultados da auditoria interna conduzida pelo próprio
Laboratório, reorientar as atividades quando necessário e reportar ao IFI os resultados das
auditorias.

3.5.6 Requisitos específicos das auditorias serão disponibilizados anualmente no PMS que o
LAI emitirá. O processo anual de auditoria obedecerá aos seguintes requisitos:
a) as datas de auditorias serão divulgadas por meio do PMS, de emissão
obrigatória para o ano subsequente;
b) com antecedência mínima de 30 dias a cada auditoria, o LRC deverá
disponibilizar o plano de auditoria ao LSC;
c) com antecedência mínima de 15 dias a cada auditoria, o LSC deverá
responder ao LRC com a documentação solicitada no plano de auditoria;
d) na reunião de encerramento da auditoria, o LRC disponibilizará o relatório
de auditoria com os apontamentos observados para tratamento pelo LSC;
e) o LSC terá 7 dias para responder ao LRC com o plano de ação para
tratamento das observações e/ou não conformidades;
f) o prazo máximo para tratamento das observações e/ou não conformidades
será de 90 dias, a partir da data de encerramento da auditoria;
g) após o recebimento do relatório de tratamento dos apontamentos de
auditoria do LSC, o LRC terá 15 dias para emissão de parecer em relação à
conformidade do Laboratório e à autorização de continuidade dos serviços,
encaminhando ofício ao LSC; e
h) o LRC deverá encaminhar ao SDTE e LCC o resultado das auditorias e o
parecer referente aos LSC no ato da emissão.

3.5.7 O LRC poderá realizar inspeções/auditorias nas empresas prestadoras de serviços ao


SISCEAB com a finalidade de verificar o cumprimento das diretrizes emanadas nesta ICA.
Os resultados destas inspeções/auditorias deverão ser registrados em relatórios e as correções
necessárias informadas ao órgão interessado.
20/27 ICA 9-1/2023

4 TRATAMENTO DOS PADRÕES E INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

4.1 PADRONIZAÇÃO

No estabelecimento da dotação de padrões e instrumentos ou no momento da


sua aquisição, o LAI deverá levar em consideração, entre outros, os seguintes fatores:
a) padronização, diminuindo a quantidade de modelos de mesmas
características e facilitando sua logística;
b) quantidade e tipo de equipamentos ou sistemas que serão apoiados,
adequando o instrumento ou padrão a sua real aplicação;
c) as necessidades de Manuais Comerciais ou Publicações Técnicas e
acessórios aplicáveis à manutenção e à calibração; e
d) a capacidade dos laboratórios em executar a manutenção e/ou calibração no
novo padrão ou instrumento.

4.2 AQUISIÇÃO

4.2.1 Qualquer padrão ou instrumento, necessário para atendimento às OM do SISCEAB,


deverá ser requisitado ao PAME-RJ (LAI).

4.2.2 A solicitação ao PAME-RJ deverá ser precedida de uma análise técnica elaborada pelos
LSC/1º GCC e deverá apresentar justificativa para aplicação do instrumento, análise de
utilização com base no acervo existente (a fim de evitar a criação de segregados
desnecessariamente), nos BT e nas manutenções corretivas, priorização dentro da lista total de
pedidos do Regional e análise quanto à capacidade do LSC de calibrar posteriormente ao
recebimento dos itens.

4.2.3 Para os casos de solicitação de modelos de classes inexistentes no acervo do SISCEAB,


o LAI interagirá com a ENG para verificar a aplicabilidade no SISCEAB e a possível
universalização da medida para sistemas de mesma aplicação.

4.2.4 A solicitação de padrões e instrumentos para atender ao SISCEAB deve ser


acompanhada, quando aplicável, pelas seguintes informações: PN, PN alternado, modelo,
nomenclatura, fabricante, código do fabricante, NSN, NEB, manual de manutenção e
calibração, prioridade, qual tipo de medição, faixa de frequência e potência.

4.2.5 Nenhum padrão ou instrumento será adquirido sem aquiescência prévia do PAME-RJ.

4.2.6 O LAI deve consultar o LCC sobre os padrões e instrumentos que forem adquiridos para
o SISCEAB que deixem dúvida quanto a sua rastreabilidade.

4.3 CALIBRAÇÃO

4.3.1 Os padrões e instrumentos deverão ser calibrados periodicamente em virtude de


alterações no valor de suas características, conforme os procedimentos de calibração emitidos
pelo órgão central do SISMETRA ou pelo LAI, manuais técnicos dos fabricantes e as ordens
técnicas 33K (adquiridas da Força Aérea Americana), nessa ordem de preferência.
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4.3.2 As calibrações deverão ser processadas mediante confronto com padrões adequados,
hierarquicamente superiores, de acordo com a rastreabilidade prevista e aplicando-se as
normas adequadas ao tipo de atividade.

4.3.3 Caso não se possa determinar estatisticamente o intervalo de calibração do instrumento,


o prazo entre duas calibrações consecutivas deve ser definido conforme orientação do manual
técnico do fabricante ou das ordens técnicas K-100 (adquiridas da Força Aérea Americana) e
na falta destas informações, o prazo a ser usado será de no máximo 1 (um) ano.

4.3.4 O instrumento que está com seu prazo de validade vencido ou sem etiqueta de
calibração não deverá ser utilizado. A sua utilização nestas condições é de responsabilidade
do usuário, bem como seu recolhimento para o LSC, LRC ou LCC.

4.3.5 Os laboratórios deverão seguir o Fluxograma Operacional de Calibração do SISMETRA


(NSCA 9-4).

4.3.6 ETIQUETAS

4.3.6.1 O LRC e os LSC utilizar-se-ão do Sistema de Identificação de Calibrações


preconizado na NTS 9-11.

4.3.6.2 Nas etiquetas de calibração de instrumentos e padrões, EQ1, EQ2, EQ3 e EQ4,
deverão constar o número do Certificado de Calibração no campo observação.

4.3.6.3 Na etiqueta de material condenado EQ10 deverá constar o número do laudo de


condenação.

4.3.7 CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO E LAUDOS DE EXAME DE MATERIAL

4.3.7.1 O LRC e os LSC emitirão Certificados de Calibração conforme orientações do


SISMETRA.

4.3.7.2 Os Certificados de Calibração devem estar todos arquivados eletronicamente em um


banco de dados e serão impressos para os seguintes casos:
a) padrões dos laboratórios;
b) instrumentos e/ou padrões externos ao Comando da Aeronáutica; e
c) quando solicitado pelo usuário e autorizado pela chefia do laboratório.

4.3.7.3 Os Laudos de Exame de Material serão confeccionados quando:


a) do recebimento de fábrica do item;
b) solicitado pelo usuário; e
c) julgado necessário pelo chefe do laboratório.

4.3.8 PROCEDIMENTOS DE CALIBRAÇÃO

O LRC e os LSC deverão emitir seus próprios procedimentos de calibração,


revisados pela gerência técnica e aprovado pela chefia de cada laboratório.
NOTA: Para fins de padronização de documentação, os laboratórios poderão se basear nos
procedimentos de calibração emitidos pelo órgão central do SISMETRA ou pelo LAI,
22/27 ICA 9-1/2023

manuais técnicos dos fabricantes e as ordens técnicas 33K (adquiridas da Força Aérea
Americana), nessa ordem de preferência.

4.4 CONTROLE

4.4.1 O PMS é o documento emitido pelo LAI, publicado anualmente, até 31 de outubro, e
que conterá, além do PACI, outras orientações, eventos e informações da área de Metrologia
do DECEA.

4.4.2 Com base no PMS, os LSC consolidarão as necessidades de calibração dos órgãos
apoiados e confeccionarão seu próprio PACI do ano seguinte.

4.4.3 Os LSC deverão encaminhar o PACI referente ao ano subsequente ao LAI até 30 de
novembro.

4.4.4 O LAI deverá informar ao LCC o PACI referente a todos os laboratórios do SISCEAB
até 10 de dezembro.

4.4.5 O LSC deverá encaminhar eletronicamente ao LRC a lista de padrões que serão
calibrados no LRC com antecedência de 60 dias.

4.4.6 Havendo previsão no PMS de missão do LRC em apoio aos LSC, o LSC deverá enviar
com 30 dias de antecedência a lista de solicitação de apoio para fins de análise, parecer e a
definição de escopo da missão do LRC.

4.4.7 Todos os dados relativos aos instrumentos deverão ser lançados e atualizados
constantemente no módulo de metrologia do SILOMS.

4.4.8 Todos os órgãos/setores apoiados deverão informar ao laboratório de sua área (ver item
2.1) o nome do responsável e substituto (designados como elos metrológicos) pelos controles
e procedimentos de metrologia relativos aos instrumentos de sua OM. Os laboratórios, por sua
vez, deverão repassar todas as informações, juntamente com o nome dos seus responsáveis, ao
LRC, para fins de cadastro e controle.

4.4.9 O elo metrológico terá como principais atribuições: o controle de validade dos
instrumentos, recebimento, atualização do inventário, orientações de uso e manuseio,
expedição e documentação técnica respectiva.

4.4.10 O elo metrológico terá também a atribuição de coordenar eventuais empréstimos de


instrumentos de seu órgão com instrumentarias de outros órgãos do sistema.

4.4.11 Todo Padrão ou instrumento de medição será individualizado por um número de


identificação e/ou de série. O LRC e os LSC determinarão o número de série para aqueles que
não o possuam. O número de série originado poderá ser formado com a sigla do Regional, ou
Destacamento, seguido do número de ordem do instrumento.

4.4.12 O LRC e os LSC deverão realizar inspeções/auditorias, resguardados os seus


respectivos níveis de atuação (ver item 2.1), nos Laboratórios, Seções, oficinas e nas empresas
prestadoras de serviços com a finalidade de verificar o cumprimento das diretrizes emanadas
nesta ICA. Os resultados destas inspeções/auditorias deverão ser registrados em relatórios e as
correções necessárias informadas ao órgão interessado.
ICA 9-1/2023 23/27

4.4.13 O LRC e os LSC, além das auditorias do órgão central do SISMETRA, estão sujeitos,
também, àquelas internas do DECEA.

4.5 MOVIMENTAÇÃO

4.5.1 O recolhimento de instrumentos dos Destacamentos para os laboratórios, onde serão


calibrados, será autorizado por meio da aprovação do PACI e o representante da metrologia
será o responsável pelo agendamento, controle e trânsito dos instrumentos.

4.5.2 Os instrumentos dos LSC enviados para calibração no PAME-RJ deverão dar entrada na
SUP com, no mínimo, 5 dias úteis de antecedência para que o período de calibração no LAI
não seja afetado.

4.5.3 Excepcionalmente, quando o instrumento do Laboratório Setorial ou Destacamento


necessitar de manutenção e/ou calibração não programada, o Laboratório Setorial ou
Destacamento informará ao LRC ou LSC e aguardará as instruções para o seu recolhimento,
por meio do representante da metrologia.

4.5.4 O remetente de instrumentos deverá informar ao destinatário os modelos, os números de


série, a quantidade e o número do documento de recolhimento (GMM). Além da
documentação prevista, o item deverá estar, sempre que possível, acompanhado de seus
manuais de manutenção/calibração e acessórios.

4.5.5 Os LSC poderão calibrar os instrumentos dos Destacamentos que apoiam, por meio de
uma Equipe Móvel de Calibração, desde que estes possuam condições ambientais dentro dos
mínimos previstos, pela NTS 9-10, e sejam utilizados padrões de hierarquia metrológica
compatível.

4.5.6 O padrão ou instrumento a ser movimentado deverá receber tratamento diferenciado no


que tange ao seu manuseio, devido à sua sensibilidade e por ter prioridade para o embarque,
em virtude de seu prazo de calibração. Para tanto, os Suprimentos dos Órgãos Regionais do
SISCEAB deverão envidar esforços nesse sentido.

4.5.7 Os instrumentos sem utilização e/ou avariados poderão ser recolhidos ao LRC, após
consulta prévia e autorização, para aproveitamento de material ou redistribuição no
SISCEAB.

4.6 OPERAÇÃO

O manuseio do padrão ou instrumento deve ser cercado de todos os cuidados


possíveis, respeitando-se rigorosamente os limites da sua faixa de utilização, assim como
devem ser tomados todos os preceitos com a segurança pessoal e do equipamento.
Preferencialmente, deverá ser feita uma leitura prévia do manual que, normalmente,
acompanha estes equipamentos.
NOTA: O padrão ou instrumento não deverá ser utilizado para outra finalidade que não
aquela para qual é prevista.
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5 EMBALAGEM, TRANSPORTE E MANUSEIO

5.1 EMBALAGEM

5.1.1 A embalagem do padrão ou instrumento deverá ser tal que ofereça segurança e proteção
adequada ao seu transporte. Poderá ser utilizada a embalagem recomendada pelo fabricante ou
similar.

5.1.2 O invólucro deverá ser rígido o suficiente para evitar danos ao padrão ou instrumento
em caso de pequenas colisões ou quedas acidentais.

5.1.3 Deverão ser afixadas na parte externa da embalagem, de forma visível, as etiquetas
utilizadas normalmente nos setores de expedição dos suprimentos. Pela natureza do material
em questão, deverão ser utilizadas pelo menos aquelas que alertem quanto aos cuidados
relativos a calor, umidade, posição correta e fragilidade.

5.1.4 A parte interna da embalagem deverá ser acolchoada, de forma a minimizar os


movimentos do seu conteúdo.

5.1.5 A embalagem deverá ser individual e, preferencialmente, reutilizável, ou seja, servirá


tanto para o recolhimento quanto para a remessa após a manutenção ou calibração.

5.2 TRANSPORTE

O transporte de padrões/equipamentos/instrumentos de medição para


localidades que distem mais que 300 km deve ser realizado, preferencialmente, por via aérea.

5.3 MANUSEIO

5.3.1 O padrão ou instrumento só deverá ser retirado da embalagem pelo pessoal do LRC ou
dos LSC, evitando-se assim o manuseio destes equipamentos por pessoal não capacitado.

5.3.2 Quando não estiverem sendo utilizados, os padrões ou instrumentos deverão ser
guardados em suas embalagens originais, se existirem, e em locais com condições ambientais
adequadas.

5.3.3 Demais cuidados e informações estão contidos na NTS 9-12 “Recebimento, Manuseio,
Armazenagem e Expedição de Padrões/Equipamentos /Instrumentos de Medição”.
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6 DISPOSIÇÕES FINAIS

Os casos não previstos nesta ICA serão submetidos à apreciação do Sr. Chefe
do Subdepartamento Técnico do DECEA.
26/27 ICA 9-1/2023

REFERÊNCIAS

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Atividade


de Manutenção no Sistema de Controle do Espaço Aéreo: DCA 66-1. Rio de Janeiro, RJ,
2008.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica.


Confecção, Controle e Numeração de Publicações Oficiais do Comando da Aeronáutica:
NSCA 5-1. Rio de Janeiro, RJ, 2011.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Elaboração


e Padronização das Publicações do SISCEAB: ICA 5-8. Rio de Janeiro, RJ, 2009.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Instituto de Fomento e Coordenação Industrial. Sistema


de Metrologia Aeroespacial: NSCA 9-1. São José dos Campos, SP, 2020.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.


Estrutura Funcional do Sistema de Metrologia Aeroespacial (SISMETRA): NSCA 9-4. São
José dos Campos, SP, 2009.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Centro Técnico Aeroespacial. Especificação de


Laboratórios de Metrologia: NTS 9-10. São José dos Campos, SP, 2002.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Centro Técnico Aeroespacial. Padronização do Sistema


de Identificação das Calibrações: NTS 9-11. São José dos Campos, SP, 1996.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.


Recebimento, Manuseio, Armazenagem e Expedição de Padrões/Equipamentos /Instrumentos
de Medição: NTS 9-12. São José dos Campos, SP, 2002.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. Requisitos Gerais para a Competência de


Laboratórios de Ensaio e Calibração: NBR ISO/IEC 17025. Rio de Janeiro, RJ, set. 2017.

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Vocabulário


Internacional de Metrologia: VIM 2012 Rio de Janeiro, RJ, maio 2012.
ICA 9-1/2022 27/27

ANEXO A – Trilha da Capacitação da Metrologia no DECEA

Tempo mínimo (anos)


Atividade / Equipe Cursos PAEAT, PACESP, PLAMENS e TCA, OJT ou Workshop
Nível para evoluir ao Lab Obs
de Atuação respectivo à atividade e experiência do militar
próximo nível
Recebimento e OJT com encarregado no setor sobre Entrada e saída de A experiência a ser adquirida é sobre operação de instrumentos, logística da
1 0,5 LRC
Expedição (R&E) instrumentos, controle da Instrumentaria metrologia no SISCEAB e o fluxo interno das calibrações do Laboratório.
2 Instrumentaria CAL 002, CBIT
Operação de instrumentos. Integrante é introduzido aos conceitos e
Auxiliar da 0,5 LRC / LSC
3 CFACC-MB importância dos processos de qualidade.
Qualidade
4 Manutenção OJT de manutenção de instrumentos com encarregado
0,5 LRC
5 Dimensional I CBS, CMED
6 Multímetro 0,5 LRC / LSC CMEL
CAL 001
7 Potência 1,0 LRC / LSC
CFACC-ML
NBR 17025
8 Baixa Frequência 1,0 LRC / LSC
Avaliação da Incerteza da Medição
9 Osciloscópio 0,5 LRC / LSC OJT / Workshop SISCEAB
10 Física 1,0 LRC / LSC CMEF
Atualmente não há formação na FAB, sendo o LAI o único laboratório da Força
Dimensional II
11 1,0 LRC OJT com encarregado no setor a executar esse tipo de calibração. A formação existente foi adquirida no
(teodolito)
exterior há mais de 10 anos.
Espectro e Calibração de Geradores, Analisadores de Espectro e de
12 2,0 LRC / LSC
Network Analyzer Rede
13 Console AC/DC 2,0 LRC Avançado de Medições em Rádio Frequência (LABELO)

Console de Tempo
14 2,0 LRC Calibração GNSS
e Frequência

ISO 9001 (*), Gestão da Produção


(*) Os cursos de qualidade podem ser antecipados em virtude de compor
LRC / LSC
Gerência Técnica, ISO 19000 (*) equipe mínima para participação de auditorias
Controle de ISO 17021 (*)
15 -
Produção & CCNP
Qualidade CMCC
LRC
CPNP
Indicadores

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