Lições de Tiro

A bala atingiu a madeira na minha frente como se fosse uma abelha de

chumbo.
Por trás do banco, pude ver Shonda atrás de uma alcova. Ela segurou a
Glock com as duas mãos pressionado o nariz contra o topo como se a
arma fizesse parte de uma oração. Talvez fizesse.
Eddie, eu não sabia onde ele estava. Em algum lugar do outro lado da
sala, do outro lado do louco. Eu fiz minha própria pequena oração,
desejando que, seja lá qual fosse o Deus que ouvisse, que aquele idiota
não soubesse que Eddie estava lá fora com o rifle na mão, pronto para
selar o acordo.
- Idiota! - Eu gritei. O cheiro de cordite queimou minhas narinas. -
Abaixe sua arma! Nós só queremos conversar!
Sim. Eu vou ser muito falador quando eu quebrar seus joelhos.
Ele atendeu ao meu pedido: outra bala atingiu o banco enviando uma
pequena tosse de lascas de carvalho.
Merda.

Dois casos vieram juntos naquele dia. Fomos para a cobertura por-
que finalmente tivemos uma pista sobre o irrastreável padre David.
Um verdadeiro vilão, a história dizia. Ele jogou em uma caixa de
areia feia - alcatrão preto mexicano, prostituição de menores, es-
cravos imigrantes. E sim, todo esse assassinato.
Mas alguns detetives do Centro da Cidade estavam trabalhando em
outro caso, algo que não dizia respeito à minha equipe. Um assassi-
no em série. Nós não prestamos muita atenção a esse caso, apesar
de estarem em todos os noticiários. Nós tivemos a nossa coisa,
eles tiveram as suas e nunca os dois se encontrarão.
Exceto que eles se conheceram.
Chegamos lá, sem saber o que esperar, mas estávamos certos de
que estávamos prontos para qualquer coisa. Shonda até trouxe o
aríete, só para o caso de termos que bater na porta. Mas nós não
precisamos de nenhum tipo de entrada tática, porque a porta já
estava aberta.
O lugar mexeu com a minha cabeça. Por um lado, era um aparta-
mento de cobertura, tão frio e estéril como álcool. Mas depois ha-
via a outra parte. A Igreja. A sala principal tinha sido transformada
em uma espécie de catedral assustadora - quatro filas de bancos de
carvalho arrumados diante de um púlpito de mármore preto com
uma cruz de prata pregada a ele.
No quarto, encontramos o padre David. Ou o que sobrou dele.
A cama - lençóis outrora brancos com cantos de hospital apertados
- estava encharcada de sangue. Moscas zumbiam em torno dele. As
roupas de David estavam estendidas, colocando-se cruciformes. O
colarinho branco estava no topo. Seu corpo foi queimado em cinzas
gordurosas.
Acima dele, mais moscas se reuniam no teto. Pintado em sangue e
outros pedaços era o numeral romano VII.
Veja, essa é a coisa sobre aquele assassino em série. Eles o chamam
de o Assassino Sete por causa disso mesmo. Ele mata suas vítimas,
queimando mais da metade delas com algum tipo de substância quí-
mica que as deixa como pouco mais que cinzas, e então pinta aquele
grande número em algum lugar perto dos corpos. Eu estava prestes a
ligar para a Homicídios quando o louco apareceu.
- Eu estou apenas prestando meu respeito! - O atirador gritou.
Certo. Respeito. Assim que ele entrou no lugar e nos viu saindo daquele
quarto, ele virou merda como um tipo de viciado encurralado. Puxou
a arma e começou a disparar tiros. Eddie estava na cozinha ou no ba-
nheiro ou algo assim, ligando para o telefone e, aqui, esse dançarino
pálido entra e começa a tentar nos matar por respeito ao seu amigo
criminoso morto?
Ele era um chapado, um drogado. Tinha que ser. O jeito que ele se
moveu? Muito rápido, muito errático para alguém que não está fora
de sua cabaça.
- Vamos, amigo, - Shonda gritou por sua Glock. - Somos todos amigos
aqui. Todos nós vamos colocar nossas armas no chão e...
Pop, pop. Mais dois tiros na parede da alcova. Meus ouvidos tocaram.
Shonda despediu dois. Eu espiei ao redor do banco e vi que o cabeça
de manivela não estava mais lá. Ele estava de pé no púlpito agora,
com a arma tremendo. Ele me pegou olhando.
Eu caí no chão quando mais três balas atingiram o piso não muito
longe da minha cabeça.
O que foi isso, cerca de 10, 11 tiros? O infeliz estava usando um
9mm, pela aparência dele. Difícil dizer o que, mas esses flocos de
rua gravitam em torno de imitações baratas chinesas ou polonesas.
Treze tiros, no máximo.
Eu respirei fundo e estendi minha cabeça novamente.
- Filho da puta! - Eu gritei e bati o pó. Tiros passaram pela minha
cabeça. Eu podia senti-los passar. Cada bala uma respiração acima
da minha cabeça, cada um sussurro fatal. Ou talvez eu estivesse
apenas imaginando.
Logo após esses dois tiros, eu ouvi. O som mágico.
Clique.
Sem munição, geek.
Eu gritei por Eddie.

Eddie tinha a espingarda. Correção, Eddie tinha sua espingarda. A

questão padrão para a força era um Mossberg. Barata e eficiente.
Não Eddie. Eddie tinha que ter o creme de la crème, a rainha das es-
pingardas. Era uma Benelli calibre 12, um M4 como o uso de Forças
Especiais. Pistola, estoques removíveis, mira de trítio para filmagem
noturna. Se o capitão descobrisse que eu deixei Eddie trazer esse
canhão para a batalha ia empurrar todos os nossos crachás na minha
bunda.
A Benelli não era barata, mas nas mãos de Eddie tinha que valer cada
centavo. Eddie foi operado com a espingarda. Ele trabalhou como se
fosse um bisturi, uma agulha, um maldito laser.
Eu me levantei por trás do banco, minha própria Glock levantou e
treinou na cabeça do louco. Ele olhou para a própria arma como se a
tivesse traído, e a jogou no chão.
- Tudo bem, pedaço de merda, - eu rosnei. - Sente-se ainda.
Shonda saiu do seu lugar, armada para cima.
E eu vi Eddie - marca registrada de desdém e cabelo despenteado -
vindo por trás do maluco como um fantasma, a Benelli descansava em
suas mãos como se fosse parte de seu corpo.
Os olhos do suspeito se contorceram. Isso foi tudo o que aconteceu.
Ele deve ter percebido Eddie vindo porque o criminoso girou tão rápido
que mal vi acontecer. O chapado rosnou e pulou para Eddie, e eu assisti
os dois se juntarem como estrelas colidindo - a espingarda disparou
e, de alguma forma, Eddie foi jogado para trás perto de 3 metros, sua
cabeça batendo contra a parede antes de cair no chão. Eu nem sabia
o que aconteceu, tudo correu como se fosse rápido. Parte de mim es-
tava convencida de que, de alguma forma, o funcionário havia virado a
espingarda de Eddie contra ele e o empurrado para trás, mas quando
vi o criminoso se virar para mim, com o braço esquerdo faltando no
cotovelo, eu não tinha tanta certeza.
Gore gotejou do coto do braço estendido.
Shonda e eu começamos a filmar.

Eu confesso, eu não tenho metade das habilidades que o meu time

tem. Eddie com sua espingarda e Shonda com suas pistolas. Eu atiro
em um grupo de todos os direitos. Minhas balas atingem a rotató-
ria alvo onde deveriam. Shonda, porém, seus grupos de balas estão
apertados. Tudo dentro de uma polegada um do outro. Ela prega es-
ses alvos do tamanho de um homem a cada vez, três tiros na cabeça,
três tiros nas bolas. Boom Boom Boom.
Chick é tão bom que vai às competições. Rifle de ar só - você sabe,
pelotas e BBs - mas ela traz para casa o troféu cinco vezes em 10.
Os dois deveriam ter sido da SWAT. Eu sei isso. Eles provavel-
mente também sabem disso. Mas eu puxei cordas para que eles
trabalhassem comigo. Nós vemos algumas coisas loucas nas ruas,
e eu preciso desse tipo de backup para manter minha vida. Eu vou
confessar ser um pouco egoísta também.

Meus tiros não atingiram nada além de púlpito e parede. O sus-

peito saiu correndo em direção a Shonda. Eu continuei atirando,
errando.
Shonda, no entanto, fiel à forma, fez o truque. Balas puxaram seu
peito e dois deles estalaram a cabeça para trás enquanto corria.
Mas ele continuou correndo.
Isso não era metanfetamina. Não poderia ser. Ele não estava apenas
saindo, e isso não foi uma espécie de retirada psicótica, também.
Este foi o PCP. Ou talvez ele estivesse com fome de alguma merda
nova que eu não tinha ouvido falar ainda.
Ele jogou Shonda - com um braço - nos bancos, como se ela fosse
um manequim de RCP. Sua arma girou e seu ombro bateu na madei-
ra e eu ouvi os ossos se quebrarem. Eu queria disparar mais algumas
fotos, mas eu estava com medo de bater nela. E então, quando ele se
virou para mim, vi aqueles dois buracos de bala na testa. Ele balançou
a cabeça como um cachorro com uma infecção no ouvido, mas ele
não estava afundando.
- Jesus, - eu disse.
- Cuidado com a boca, - ele sussurrou. Ele arrastou isto. Cristo, talvez
os tiros na cabeça fizeram alguma coisa. Eu não consegui descobrir.
Como um cara leva balas na cabeça e fica em pé? Eu sabia que não era
uma situação de um só golpe, mas isso não estava certo. Eu sabia que,
às vezes, balas de baixo calibre como .22s podiam “andar” com o crâ-
nio em vez de perfurá-lo, não causando mais danos do que cavar uma
trincheira na parte posterior da cabeça. Mas não foi isso. A Glock de
Shonda tinha 10mm. Nenhuma pequena vantagem.
Ele veio em minha direção.
Eu demiti mais três rodadas em seu peito. Elas o desconcertaram, nada
mais. Ele continuou vindo. Não rápido, como ele fez com os outros,
mas devagar. Passo a passo arrastando, um braço toco balançando.
Ele limpou seu antebraço bom em sua testa. E, como eles não eram
nada além de respingos de paintball, ele limpou os buracos de balas.
Eles foram embora, kaput. Eu sobre as minhas calças.
Foi então que eu desejei ter todos os tipos de equipamento da SWAT.
Como alguns flashbangs para distraí-lo, ou um pouco daquele absur-
do pegajoso de espuma, ouvi dizer que eles entraram em DC ou na
Big Apple. Ou até mesmo a espingarda de Eddie. Com isso, eu posso
ser capaz de tirar as pernas do cara, impedi-lo de vir.
- Você deveria me deixar prestar meu respeito, - ele murmurou.
E foi quando eu os vi. Presas Como uma cobra. Eu as vi antes em
algumas das crianças de rua por aí. Elas arquivaram seus dentes em
pontos. Algum tipo de iniciação de gangues, então eu ouvi.
Ele pulou para mim então.
Eu não tinha nenhum equipamento sofisticado da SWAT. Minha
arma não ia detê-lo, e eu não tinha a espingarda de Eddie. O que
eu tinha era uma arma de choque no bolso de trás. Não foi nem
mesmo um problema da polícia, apenas alguma porcaria que eu
comprei em uma feira há um ano atrás.
Quando ele gozou, eu o enfiei bem embaixo do seu queixo quan-
do ele veio até mim com aqueles dentes. Uma carga métrica de
tensão passou por ele, e ele caiu como um saco de batatas. Final-
mente.
Quando ele se deitou no chão, eu o virei e amarrei seu único bom
pulso no banco. Eu amarrei seus tornozelos também, para ter cer-
teza. Então fui checar meus amigos.

Eddie estava consciente, mas sua mandíbula estava quebrada. Você

poderia dizer, olhando para ele. Seu desdém se foi, morto na água,
a mandíbula inferior inclinada para a direita por uma polegada ar-
tificial. Shonda, por outro lado, estava fora como uma luz, mas ela
tinha um pulso firme e não parecia muito pior para o desgaste. Ela
teria o braço em uma tipóia por um tempo. Todos seríamos um
pouco inúteis. Pensei em descontar em nosso novo amigo, com que
facilidade eu poderia ir até lá, sufocar a vida dele, pisar em sua cabeça
como se fosse uma maldita fogueira, ensinar-lhe uma lição sobre ferir
meu time.
Mas quando olhei para ele, ele tinha ido. Ambos os zip-ties foram
quebrados em pedaços.
Eu esfreguei meus olhos e amaldiçoei. Nós definitivamente vemos al-
gumas merdas às vezes. Eu tinha um amigo em Newark, cujas histórias
vinham diretamente de um romance de Dean Koontz. Eu pensei em
ligar para ele, vendo se ele sabia alguma coisa sobre isso. Em vez disso,
eu apenas beijei minha nova arma de choque da sorte e chamei meus
oficiais para baixo.
 Créditos
Escrito por: Clayton Oliver, Keith Taylor e Chuck Wendig
World of Darkness criado por Mark Rein•Hagen.
O Sistema Storytelling é baseado no Sistema Storyteller desen-
volvido por Mark Rein•Hagen.
Desenvolvedora: Lea Sheppard
Editor: Scribendi.com
Diretor de Arte: Mike “Bruce Dickinson” Chaney
Layout e Composição: Mike Chaney
Arte Interna: Sam Araya, Jamie Tolagsen, Avery Butterwor-
th, Travis Ingram, Nick Stakal, Jim Pavelec, James Cole, Greg
Boychuk, Brad Williams, Mark Poole, Durwin Talon, Alexander
Dunnigan e Caleb Cleaveland
Design do Prólogo: Becky Jollensten
Arte de Capa: Becky Jollensten
Design da Capa e Contra-Capa: Mike Chaney Para uso com o
Livro de Regras do
Mundo das Trevas

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pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou transmitida de qualquer forma ou por
qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou de outra forma sem a permissão prévia por escri-
to da White Wolf Publishing, Inc. As proibições de reprodução não se aplicam a as fichas de personagens con-
tidas neste livro quando reproduzidas para uso pessoal. White Wolf, Vampiro e Mundo das Trevas são marcas
registradas da White Wolf Publishing, Inc. Todos os direitos reservados. Vampiro o Réquiem, Lobisomem os
Destituídos, Mago o Despertar, Sistema Storytelling e World of Darkness Armory são marcas comerciais da
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Todos os direitos reservados. Todos os personagens, nomes, lugares e texto aqui são protegidos por direitos
autorais pela White Wolf Publishing, Inc. A menção ou referência a qualquer empresa ou produto nestas pági-
nas não representa um desafio à marca registrada ou direitos autorais em questão.
Este livro usa o sobrenatural para cenários, personagens e temas. Todos os elementos místicos e sobrenaturais
são ficção e destinam-se apenas a fins de entretenimento. Aconselha-se a discrição do leitor.
Confira o White Wolf on-line em http://www.white-wolf.com/
IMPRESSO NA CHINA.

12 CREDITOS
 Prólogo 2
Introdução 14
Capítulo Um: Armamento Corpo a Corpo 18
Capítulo Dois: Armas de Fogo e Armamento de Longo Alcance 50
Capítulo Três: Armamento Tático e Pesado 102
Capítulo Quatro: Veículos 134
Capítulo Cinco: Equipamentos e Acessórios 164
Capítulo Seis: Armamento e o Mundo das Trevas 192
Apêndice: Vantagens 210

13
 Introducao
Introdução
Inimigos espreitam nas sombras. Assassinos se escondem no armário, embaixo
da cama. Inimigos esperam debaixo de luzes pálidas da rua, famintos por sangue nas
juntas, garras e dentes. Certamente é possível que um personagem sobreviva e domi-
ne seus oponentes com nada mais do que suas próprias mãos e dentes expostos. Um
compromisso com tal ascese hostil fala com uma espécie de pureza. Infelizmente,
seu inimigo pode estar armado com dentes, garras e um rifle sniper .308 com um
alcance infravermelho.
As pessoas podem dizer que o equipamento dá aos personagens uma vantagem
contra a noite, mas seria uma mentira. A verdade é que os equipamentos nivelam
o campo de jogo - mal. O equipamento não fornece caracteres com uma borda - o
equipamento apenas garante que os oponentes tenham menos do que eles teriam.
Este é o Mundo das Trevas, e as ameaças à espreita na distância incerta são frequen-
temente maiores do que parecem. Melhor estar preparado.

Tema: Preparacao
Nenhum personagem pode se preparar totalmente para os perigos que o Mun-
do das Trevas jogará nele, mas um inteligente e engenhoso pode fazer uma tentativa
corajosa. Aqui são apresentados uma grande variedade de equipamentos, úteis em
todos os tipos de situações, de uma briga desesperada em um abrigo de ferramentas

“Quem morre com mais

“Quem morre com mais até uma fuga do túnel de escavação em colapso de uma expedição arqueológica.

brinquedos.”
brinquedos.”
- adesivo rasgado de carro
- adesivo rasgado de carro
Tom: Paixao e Dispaixao
A única coisa que combina com o desapego com o qual os especialistas podem
discutir as velocidades relativas de disparo de diferentes modelos de armas de fogo
é a paixão e a violência com as quais um ser humano pode usar essas mesmas armas
de fogo para acabar com a vida de outro. Embora este livro frequentemente fale em
prosa e sistemas mecânicos reservados, este livro também tenta retratar os rostos
humanos por trás das ferramentas e características.

Como Usar Este Livro

O conteúdo deste livro é uma ajuda para a improvisação e a inteligência, não
para substituí-las. Não importa quantas espadas e armas um personagem carregue,
não importa o quanto ele reforce e proteja seu carro de alta performance, não im-
porta o quanto ele use ou quantos dispositivos de vigilância ele usa para coletar reco-
nhecimento em seus inimigos, ele ainda falha se ele não mantiver a sua inteligência
sobre ele em todos os momentos e não se lembra que o equipamento que ele usa é
falível. Até mesmo o modo como o Sistema Storytelling representa o equipamento
confirma esse lembrete - os personagens adicionam bônus de Equipamento à para-
das de dados derivados de suas características. Seus equipamentos não agem por
conta própria.
Itens que não melhoram a experiência de jogo, mecânicas que retardam o jogo
e equipamentos que causam mais problemas do que ajuda devem ser descartados.
Jogadores e Narradores devem trabalhar juntos para determinar quanto do conteú-
do deste livro você usará e não deixe seus jogos serem atolados em minúcias técnicas
supérfluas.
Aquele que morre com mais brinquedos ainda está morto.
Capítulo Um: O Armamento Corpo-a-Corpo fornece regras para uma vasta
gama de armas projetadas para serem usadas de perto, desde facas, espadas, macha-
dos e varas até lâminas de barbear e fios de estrangulamento e ferramentas como
martelos de garra, pistolas de pregos e maçaricos. O capítulo termina com regras
para os personagens fazerem seu próprio armamento improvisado em uma emergên-
cia, como uma faca ou um porrete caseiro.

14 INTRODUCAO
 Capítulo Dois: Armas de Fogo e Armamento de Longo
Alcance dá uma olhada nas armas projetadas para um tipo de
encontro mais impessoal. Pistolas, fuzis, SMGs e espingardas são
encontrados aqui, assim como metralhadoras, armas de fogo ar-
caicas, arcos, bestas e até lança chamas. O capítulo conclui com
regras para o fogo de supressão.
Capítulo Três: Armamento Tático e Pesado dá um passo
além a partir do conteúdo dos Capítulos Um e Dois, e exami-
na armas explosivas, usando novas regras para explosivos que as
integram mais completamente com a mecânica de combate do
Sistema Storytelling. Este capítulo também aborda o armamento
NBQ: aquelas armas de natureza nuclear, biológica e química.
Capítulo Quatro: Veículos fornece uma visão mais apro-
fundada dos veículos, incluindo desde skates e bicicletas até ve-
ículos utilitários esportivos e limusines, até tanques e helicópte-
ros, todos projetados para uso com o sistema de perseguição do
Sistema Storytelling para encorajar trupes a aproveitarem o po-
tencial conflitos baseados em veículos em seus jogos. O capítulo velmente sobrenatural. Embora o “apocalipse zumbi” possa
conclui com uma análise de como os veículos podem ser usados
para melhorar as histórias de horror.
Capítulo Cinco: Equipamentos e Acessórios cobre tudo,
desde óculos de visão noturna e supressores de pistola até equi-
pamentos de caça fantasma, armaduras corporais e escudos pes-
soais; o capítulo termina com uma olhada nos sistemas de segu-
rança (caros e improvisados) e armadilhas.
O Capítulo 6: Armamento e o Mundo das Trevas é um
exame detalhado da lei de armas do mundo real, que se concen-
tra nos Estados Unidos, mas também aborda o estado das leis de
armas em todo o mundo. Este capítulo também apresenta um
sistema para a compra no mercado negro de armas ilegais.
Apêndice: Vantagens fornece uma variedade de novas Van-
tagens, incluindo oito novos Estilos de Luta, para jogadores que quase perfeitamente no Mundo das Trevas. Silent Hill 2 é es-
querem que seus personagens tirem o máximo proveito do equi-
pamento contido nos outros capítulos deste livro.
Fontes Úteis
As histórias de horror que realmente se concentram em
torno de equipamentos e armas são poucas e distantes entre si
(embora os veículos tenham cobertura suficiente para todas as
categorias neste livro combinadas), mas muitas histórias sobre o
não-natural dão ao equipamento um forte papel de apoio.
Livros
Christine de Stephen King é a história arquetípica sobre um
veículo que ficou ruim - aqui, o carro não é equipamento, mas
um monstro por si só. Outro livro de Stephen King, Buick 8,
apresenta outro tipo de carro assombrado.
Vampire$ de John Steakley é tudo sobre o equipamento,
centralizado em torno de uma equipe de caçadores de vampiros
patrocinada pelo Vaticano. A adaptação do filme, Vampires de
John Carpenter, concentra-se um pouco menos na tecnologia, mas
ainda tem usos inspirados para os guinchos.
Filmes
Qualquer fã de filmes de monstros sabe que Aliens mostra
grande uso de armas de todos os tipos, mas o filme também
apresenta criaturas que não são escalonadas por tiroteios e usam
táticas e adaptação ambiental superior para superar a “borda”
que os protagonistas acreditam que seu equipamento lhes garan-
te. Narradores, estudem este.
Sem Novidade No Front, para examinar um tipo completa-
TEMA - TOM - COMO USAR ESTE LIVRO - FONTES UTEIS
mente diferente de filme, tem uma grande cena mostrando
a devastação causada pelo gás mostarda do agente químico.
Encurralado, um dos primeiros trabalhos de Steven Spiel-
berg, é outra história de veículo-monstro, embora com menos
tons sobrenaturais do que Christine. Encurralado vem com re-
comendações do mais alto nível, se você conseguir rastrear
uma cópia.
A Mão do Diabo de Bill Paxton apresenta um machado
que pode ou não ser sobrenatural e um cenário que parece
assustadoramente perto do Mundo das Trevas.
O Enígma de Outro Mundo, de John Carpenter, tem um
ótimo uso de lança-chamas.
Jogos
As várias participações na série de jogos Resident Evil exi-
bem uma grande variedade de armas e dispositivos de armas
pesadas e seu uso contra várias ameaças de origem indiscuti-
não ser exatamente o gênero para o qual o Mundo das Trevas
está atirando, não há nada que diga que seus jogos têm de
seguir a linha do partido. Muito pelo contrário, na verdade!
Falando de opostos, a série Silent Hill é quase o oposto de
Resident Evil, concentrando-se mais em conflitos morais indi-
viduais e soluções de baixa tecnologia para situações horríveis.
A arma de mão dos personagens nas duas primeiras fases é
uma tábua com um prego, apoiado por vários canos de fer-
ro dobrados e velhos rifles de caça. Além disso, com o culto
equivocado da série controlando uma população através da
dependência de drogas e uma cidade aparentemente abando-
nada que atrai aqueles que sucumbiram à decadência moral,
a configuração e a história dos jogos poderiam se encaixar
pecialmente recomendado.
Half-Life, suas várias expansões e sua continuação, em-
bora menos tematicamente em sincronia com o Mundo das
Trevas do que Silent Hill, é outro exemplo de um jogo de terror
bem-feito em que o uso inteligente de equipamentos é funda-
mental para a sobrevivência.
Uma Nota Sobre Custo
Os Custos dos itens deste livro foram calculados aproxi-
madamente de acordo com o seguinte princípio: um item tem
um Custo determinado se um personagem com a Vantagem
Recursos naquele nível puder comprar o item com não mais
do que metade de sua renda mensal disponível. Para anexar
números aproximados a este, Custo • é de até $ 250, Cus-
to •• é de até $ 500, Custo ••• é de até $ 1.000, Custo
•••• é de até $ 5.000 e Custo ••••• está acima para US
$ 25.000 e além. Os preços dos veículos foram divididos por
60 para contabilizar planos de pagamento mensais de cinco
anos. Este sistema pode ajudá-lo a determinar o custo para
designar um item do mundo real ao fornecer características
no Sistema Storytelling, bem como uma idéia aproximada de
quantos itens de Custo •• um personagem com Recursos 3
pode pagar em um único mês , caso deseje lidar com a aquisi-
ção de itens em um nível tão profundo.
15
O macaco se esticou, colocando cada centímetro de gordura e músculo na estocada. Foi
um erro, e Tobias esperava. Sua resposta foi rápida e simples, tão intuitiva quanto uma
respiração (ou como uma vez foi a respiração, quando ele ainda estava vivo). Ele girou
a mão no pulso. O giro sem esforço do florete permitiu que a lâmina cortasse profun-
damente a mão do ogro. A arma do bandido - uma faca de caça desajeitada, escurecida
com sangue e ferrugem - caiu na passarela.
Abaixo deles, um trem passou com um rugido. Quando se foi, seu rosnado desapa-
recendo com um efeito Doppler, Tobias pressionou a ponta do sabre na garganta do
bobo. O vampiro chutou a faca do oponente na escuridão, para os trilhos a 9 metros
abaixo.
- Eu não queria isso, - o ghoul gordo choramingou. To-
bias cheirou o suor e a urina do ogro.
Tobias sacudiu a cabeça tristemente.
- Diga a Utrecht que ele não envia uma criança para jogar
jogos adultos. Diga-lhe que se ele quiser acabar com essa
briga, ele me encontrará na Plaza of the Sun à meia-noite
em uma semana. Eu vou ter uma arma para ele, uma spada
di lato bem equilibrada. A espada que pertenceu a sua ca-
dela, Martina. Ele quer a 3ª Avenida, ele vai ter que tirar isso
de mim. Diga a ele que vamos lutar. O primeiro a perder uma
mão perde o duelo.
Tobias sentiu um sorriso nos cantos da boca. Ele não
sorria há muito tempo.
- Agora, você pode se lembrar de tudo
isso, ou devo cortar em seu peito?
 Capitulo Um:
Capítulo Um:
Armamento
Armamento
Corpo a
Corpo a Corpo
Corpo
Espadas cortam, clavas. Um assassino luta com sua presa em uma garagem ole-
osa e abandonada e puxa uma faca de caça pela garganta. Um ex-funcionário enfu-
recido entra no escritório de seu antigo patrão e bate nele até a morte com um taco
de golfe. Dois monstros, cada um mais velho do que a Primeira Guerra Mundial,
estão em um salão de festa opulento enquanto empurram e desviam com folhas
pontiagudas. Em cada caso, uma arma faz a diferença. É matar ou ser morto, e se
uma arma corpo-a-corpo é necessária para um personagem se afastar de uma luta
enquanto seu adversário fica em uma poça de seus próprios fluidos, que assim seja.

Quem Usa Essas Coisas?

Armamento corpo-a-corpo parece um pouco fora de moda. Hoje em dia, as
armas dominam o dia e duram centenas de anos. Por que correr de cabeça em um
“Toda
armaferramenta é
“Toda ferramenta é adversário com um machado de batalha quando ele vai te cortar ao meio com uma
uma
rararma se voce a segurar
uma se você a segu- metralhadora calibre .50? E então, a questão persiste, por que usar armamento cor-
corretamente.”
corretamente.” po a corpo quando alguém provavelmente tem algo maior e mais malvado?
- Ani
- AniDiFranco, “IQ”
DiFranco, “IQ” Primeiro, lembre-se de que as armas brancas não significam necessariamente
espadas e adagas. Uma gangue poderia desbastar um balconista de loja de conve-
niência com bastões e pés-de-cabra, uma prostituta poderia cortar o rosto de outro
com um canivete e um pai poderia caçar sua assustada esposa e filho em um hotel
abandonado com um machado de incêndio.
Em segundo lugar, não desconto de armas improvisadas. A maioria das armas
encontradas são para combate próximo. Um proprietário de casa roubado pode
espancar o intruso com uma lâmpada Tiffany, e um serial killer pode atacar suas
vítimas com uma serra. Quando um personagem é pego em uma luta súbita e ines-
perada por sua vida, ele pode não ter uma arma à mão, mas pode ter um tijolo ou
uma faca ao seu alcance.
Terceiro, considere que este é um jogo sobre bestas terríveis, demônios suga-
dores de sangue e loucos encantados. Vampiros não podem ser facilmente feridos
por balas, então eles freqüentemente recorrem a armas corpo a corpo para resolver
disputas (além disso, alguns Membros são mais velhos do que armas de fogo, e ainda
preferem responder a questões com ferro e aço em vez de chumbo quente. Vampi-
ros são criaturas da antiguidade, e até mesmo os demônios mais jovens aprendem
a evitar armas). Lobisomens ignoram feridas de balas como se elas fossem picadas
de pulgas e, enquanto eles têm as armas naturais como dentes e garras, os Uratha
também fazem uso de facas e espadas misticamente dotadas. Os magos também
seguem as tradições antigas e, com a velha magia, vêm coisas antigas, como adagas
encantadas ou espadas amaldiçoadas.

Complicacoes com Armas

Às vezes, as armas não são iguais em combate por uma razão ou outra. Talvez
um personagem à procura de uma arma em um acampamento de verão abando-
nado encontre um facão preso em um toco, mas puxar a arma revela uma lâmina
cortada ou entalhada. Ou talvez o personagem esteja procurando uma coleção par-
ticular de armas, mas a espada que ele encontrou perdeu seu fio ou a antiga lança

18 capitulo um - armamento corpo a corpo

nativa Lenni Lenape tem uma ponta solta. A condição da arma
pode causar certos problemas se usada em batalha. Abaixo estão
Armamento Histórico
Um Narrador pode considerar várias das armas listadas
algumas sugestões sobre o que pode causar tais problemas. neste capítulo como históricas. Por exemplo, poucas empresas
ainda produzem armas como alabardas, espadas bastardas ou
Armas Decorativas outras armas medievais. E as empresas que produzem essas
Nem todas as armas brancas são realmente destinadas a se- armas geralmente fazem modelos decorativos (Note que “his-
rem usadas como armas. Isso não quer dizer que armas brancas tórico” não é “arcaico”. Arcaico implica que uma arma é de
não sejam funcionais, pelo menos em parte, mas apenas que seu design antigo, mas a arma em si não pode realmente ser anti-
design e construção são mais voltados para a apresentação do ga. Histórico significa que o item é literalmente mais de dois
que o uso real em combate. séculos de idade).
Primeiro, considere a fonte da arma. Alguns fornecedores Armas históricas têm uma vantagem sobre as decorati-
não vendem mercadorias com qualidade de combate. Um perso- vas. No mínimo, armas históricas já foram destinadas a servir
nagem que compra uma katana no shopping provavelmente não como armas reais. No entanto, o tempo nem sempre é amável.
receberá uma verdadeira katana de nível militar. Alguém que ad- As lâminas podem quebrar, os cabos podem desmoronar nas
quire um facão velho, um canivete de comando ou um manriki mãos e a madeira pode estilhaçar. Isso não significa nada em
gusari em um mercado de pulgas tem um despertar rude quando relação a um ataque médio com tal arma. Armas históricas
ele tenta balançar a arma de perto. Armas como essas são ou imi- não costumam desmoronar após um certo número de acertos.
tações baratas vendidas sob falsos pretextos ou puramente como O que a degradação do tempo significa é que os ataques dire-
armas decorativas destinadas a serem penduradas nas paredes cionados contra a arma têm maior probabilidade de sucesso.
ou exibidas nos casos. Elas podem parecer atraentes - bonitas, Dessa maneira, armas históricas com mais de 200 anos podem
até mesmo - mas isso não significa que o aço possa segurar uma sofrer uma penalidade de -1 em sua Durabilidade. A maioria
borda ou que a empunhadura esteja apropriadamente ancorada das armas históricas também tem um custo maior, devido ao
na lâmina. seu valor na antiguidade. Suponha um custo de +1 para cada
Além disso, algumas armas são armas de apresentação. Tais 200 anos da idade do item, até um máximo de •••••. É a
itens são objetos cerimoniais, destinados a conferir um sentido prerrogativa do Narrador se um item histórico sofreu a degra-
de status ou estação ao usuário, mas não devem ser usados em dação do tempo.
combate real. As espadas portadoras, por exemplo, são espadas
de dois lados com ponta arredondada e quase nenhum fio. Elas
têm sido usadas em cerimônias políticas e religiosas durante
séculos, muitas vezes realizadas para significar o poder do atu- Semente de História:
al governante. Armas de coroação são semelhantes. Esses itens Heranças Familiares
(geralmente espadas) são armas ornamentadas destinadas a pen-
durar no cinto de um monarca para exemplificar sua riqueza Um personagem herda uma arma (ou talvez
e autoridade. Isso não significa que essa lâmina seja usada em uma imensa coleção de armas com ape-
combate. Isso faria com que a lâmina cortasse ou entorpecesse e nas um ou dois itens de valor real) de um
prejudicaria a elaborada perícia do objeto. As espadas papais são parente falecido recentemente. Os termos
semelhantemente ornamentais, usadas pelos pontífices ou dota- da vontade exigem que o personagem
das de indivíduos dignos, mas não equilibradas para o combate. nunca use a arma “exceto nas mais terríveis
Algumas sociedades secretas também distribuem armas de circunstâncias”. O parente realmente sabia
apresentação honorária. A Ku Klux Klan, os maçons, algumas alguma coisa, ou ele era apenas louco? E
fraternidades e até mesmo grupos de encenação da Guerra Civil, esse cabo é feito de osso humano?
todos podem distribuir espadas de apresentação a membros me-
recedores. Novamente, isso não implica que essas armas sejam
capazes de combate. Tais armas são exemplos de arte e membros,
não capazes de cortar carne, osso ou armaduras. Outras armas Degradação de Itens
desse tipo são de natureza ritual. Um athamé é uma “adaga de Quando uma arma se degrada em qualidade, não neces-
sacrifício”, mas é usado para santificar ervas e abençoar as quatro sariamente acontece a mesma coisa que acontece com uma
direções; o punhal não é usado para cortar (tais armas rituais são arma histórica. Degradação na qualidade pode ser a mesma:
quase universalmente maçantes). uma arma pode ser histórica e sofrer degradação. Mesmo as
O problema é que muitas pessoas não sabem diferenciar armas modernas podem sofrer degradação, no entanto. Isso
armas “reais” e decorativas. A maioria das armas parece a mesma geralmente vem na forma de ferrugem, embora a degradação
na superfície. Um Narrador pode permitir que um jogador faça também possa significar que os parafusos que prendem um
um teste de Inteligência + Armamento em nome de seu perso- cabo ou garra se soltaram ou que a lâmina simplesmente per-
nagem para determinar se uma arma realmente será totalmente deu seu fio. Esse tipo de degradação pode acontecer com um
funcional em termos de combate corpo a corpo. Se feito no calor machado de batalha assentado na coleção empoeirada de um
da batalha, esta avaliação toma um turno completo. historiador e um “canivete legal” de um encanador que ele
Quando uma espada decorativa é usada em combate, o usu- comprou na Internet e está guardado em uma gaveta há cin-
ário sofre uma penalidade de -1 em todas as jogadas de ataque co anos. Ambientes úmidos, especialmente, causarão estragos
envolvendo essa arma impraticável. Além disso, a arma é prejudi- em armas de metal ou madeira. Se um Narrador decidir que
cada por um modificador -1 para sua Durabilidade (Durabilida- um item está adequadamente degradado, os personagens so-
de mínima 1), já que os materiais usados na fabricação da arma frerão um modificador de –1 em todas as jogadas de ataque
são quase sempre inferiores (ou pelo menos não escolhidos com usando aquela arma (refletindo um fio cego, folga ou outras
a tenacidade em mente). características de empecilho). No entanto, um Narrador pode

armas decorativas - armamento historico 19

 deixar um jogador fazer um teste de Raciocínio + Ofícios para deram esses artefatos como significativos e pagam muito por
que seu personagem traga a arma de volta à sua qualidade eles. Alguns desses colecionadores acreditam que essas armas
original, negando assim a penalidade. são poderosas porque a maioria delas há muito tempo está se-
pultada com inúmeros imperadores, reis e faraós. Tal proximi-
Materiais dade com os fantasmas da realeza primitiva, se os contos são
A maioria das armas brancas são de aço, como espadas, para ser acreditado, imbuiu as armas bronzeadas com algum
facas e correntes. Madeira pode ser parte da alça de uma arma tipo de poder desconhecido. Embora poucas pessoas confiem
ou incluir as cabeças de alguns cassetetes ou porretes. Como em tais lendas, elas não são necessariamente falsas.
esses materiais fornecem a composição padrão para a maioria Em última análise, as armas de bronze são difíceis de
das armas comuns, aço e madeira não são mencionados abai- encontrar. Alguns artesãos vaidosos ainda as forjam, mas ra-
xo em relação a qualquer variação. O que se segue é uma lista ramente os produtos são feitos para serem funcionais; armas
de materiais incomuns a partir dos quais algumas armas raras de bronze históricas são itens de grande antiguidade, com um
são feitas. preço aceitável apenas para aqueles com os bolsos mais pro-
fundos. Armas de bronze modernas terão +1 às suas neces-
Osso sidades de Custo (ou seja, uma faca que normalmente seria
O osso (e da mesma forma o marfim) não é usado na Custo •• será Custo ••• se feita de bronze). O armamento
fabricação de armas com muita freqüência - e não tem sido histórico de bronze, no entanto, é quase universalmente Cus-
nos últimos 8.000 anos. No entanto, algumas populações na- to ••••• (se não fora dos gráficos) devido à raridade e valor
tivas nos últimos séculos ainda fazem armas (facas, cabeças histórico dos objetos.
de machado, porretes) de ossos. Alguns artistas aborígines Armas de bronze seguram uma borda fina. Portanto, as
da Austrália criam clavas de ossos velhos e os inuits fazem armas históricas de bronze não sofrem penalidade em sua Du-
armas cerimoniais tradicionais de narwhale marfim. É claro rabilidade. No entanto, o bronze também é um metal mais ma-
que alguns grupos menos conhecidos usam ossos ao criar ar- cio. Enquanto ainda duras, as armas de aço cortarão o bronze
mas também. Alguns cultos que aderem a religiões estranhas em dois. Os itens de bronze estão no mesmo nível do alumínio
e ocultas usam armas como ferramentas sacrificais, suposta- e devem ser considerados como tendo Durabilidade 2.
mente usando esses implementos em assassinatos rituais: facas
de osso para cortar gargantas e remover partes, tacos de osso Aço Dobrado
para esmagar cabeças, pontas de lança de osso para perfurar Poucas armas são reforçadas com aço dobrado. Primei-
corações. De vez em quando, uma dessas armas é deixada ro, o processo é difícil. Em segundo lugar, é caro, e como
para trás (seja como um erro ou uma provocação) por tais armamento de combate próximo não é prático nesta idade
ritualistas terríveis. Nesses casos, o osso, apesar de sangrento, moderna, poucos escolhem aumentar os custos em algo que
é frequentemente pintado ou gravado com desenhos que não provavelmente será pendurado na parede.
correspondem a nenhuma civilização existente ou conhecida. Armas de lâmina normal são criadas com uma única
Para as autoridades e o público, essas pistas continuam sendo camada de aço. O aço dobrado (também chamado de aço re-
enigmas. forçado ou “Damasco”) envolve camadas alternadas de solda
Independentemente de quem os usam, as armas de osso de padrão de aço duro e macio. Isso garante à lâmina uma re-
fornecem algumas vantagens e desvantagens. No lado positi- sistência quase sobrenatural (A tentativa de recriar esse efeito
vo, o osso é resistente. É difícil de quebrar e deve ser consi- por conta própria requer um mínimo de Ofícios 3 e requer
derado como tendo Durabilidade a par com o ferro (ou seja, ferramentas apropriadas, como forja, bigorna e outros dispo-
Durabilidade 3). Por outro lado, o osso é difícil de usar. No sitivos).
corte de armas, ele não tem uma vantagem e não pode ser Muitos artesãos asiáticos ainda forjam suas armas com
facilmente afiado. Em armas contundentes, o osso tende a ser este processo. As armas japonesas, em particular, tradicional-
difícil de moldar em configurações efetivas de dano, e os ca- mente usam a técnica do “aço dobrado”. Alguns mestres do
bos podem ser desajeitados. Como tal, as armas de ossos dão ofício são capazes de dobrar o aço 15 ou 20 vezes, criando as-
uma penalidade constante de -1 para serem usadas. sim uma lâmina com aço duro e afiado, mas um núcleo mais
macio (para conceder maior flexibilidade e impedir que ele se
Bronze rompa em dois). Note que nem todas as armas asiáticas são
O bronze é uma liga (principalmente cobre e estanho) feitas com este processo. De fato, poucas são. Comprar uma
que tende a ser mais resistente que o latão. Era uma vez, katana no eBay não garante que o item seja de composição
acreditava-se que o bronze era mais resistente que o ferro, até apropriada. A maioria desses itens são produzidos em massa.
que o mundo aprendesse a fabricar o ferro de aço. O bronze O aço dobrado geralmente não é o domínio da produção em
tem um brilho dourado e uma vez usado para fabricar armas massa e requer atenção e treinamento delicados.
(principalmente com arestas, embora alguns ferreiros tenham Dependendo da qualidade do aço e do número de do-
fabricado armas de bronze embotadas). Principalmente, as bras, o aço dobrado pode contar como camadas de reforço.
armas de bronze são o domínio da história antiga. A Idade Pela p. 135 do Livro de Regras do Mundo das Trevas, cada
do Bronze, cerca de 5.000 anos atrás, viu uma proliferação camada de reforço concede +1 de Durabilidade, até um má-
de tais armas da Grécia antiga, China e Egito. Muitas dessas ximo de +3 para obras-primas com 20 dobras ou mais. Uma
criações eram tanto arte quanto armas funcionais: adagas ela- boa regra é que cada camada de reforço também adiciona +1
boradamente construídas, cimitarras com lâminas em forma ao Custo da arma, até um máximo de Custo •••••. Tenha
de relâmpago, cabeças de machado gravadas com imagens de em mente que muitos desses itens não têm custo algum, o
exércitos conquistadores. Hoje, alguns colecionadores consi- que significa que apenas os Recursos não podem comprá-los.

20 capitulo um - armamento corpo a corpo


Verdadeiro Aço Damasco?
Alguns acreditam que a arte de criar o ver-
dadeiro aço de Damasco foi perdida. Esses
pessimistas acreditam que essas lâminas
particularmente resistentes são mais do que
apenas aço dobrado ou amálgamas de alto
carbono. Muitas pessoas acreditam que as
genuínas lâminas de Damasco são feitas
com pó de diamante. Os ferreiros moder-
nos descobrem que a poeira de diamante
faz pouco com a lâmina, já que as peças
de diamante simplesmente se dissolvem
em carbono e não têm função especial.
No entanto, é possível que o pó de dia-
mante tenha sido um acréscimo poderoso
à composição de uma lâmina, mas apenas
quando trabalhada por um mestre potente?
O pó de diamante confere à lâmina Durabi-
lidade adicional e um fio que pode cortar o
osso com a mesma facilidade com que um
cílio? Se é verdade, essas armas não são do
domínio de homens normais. O verdadeiro
aço de Damasco é então a província da ma-
gia negra. Dizem que as lâminas são feitas
sobrenaturalmente, forjadas em fogo má-
gico e resfriadas em sangue. Alguns dizem
que essas armas não são apenas mágicas,
mas quase vivas, brilhando de fome como
os olhos de um lobo.
Obsidiana
A obsidiana é o resultado da lava endurecida, geralmente
fluindo de um vulcão, criando um tipo de vidro que vários
grupos nativos usavam em suas armas. Quando se aplica uma
leve pressão na pedra, ela se fragmenta e se fragmenta em uma
borda muito afiada. Geralmente, os povos indígenas trasnfor-
mam a pedra em facas ou espadas (usando outros itens natu-
rais, como chifres, chifres ou madeira para alças). Alguns os
usam como pontas de flechas também. A pedra é geralmente
um tom profundo de preto, embora algumas obsidianas sejam
vermelhas ou marrons, dependendo de que outros materiais
(como hematita ou óxidos) estavam presentes quando a lava
endureceu.
Obsidian é leve e possui um fio terrível. Qualquer arma
feita de obsidiana concede ao portador um +2 para atacar.
Como o vidro, a obsidiana pode cortar materiais macios
(como carne) como se fossem pouco mais que ar. Infelizmen-
te, obsidiana também é notoriamente frágil. Isso se reflete na
Durabilidade do material de 1, já que a obsidiana é tão forte
quanto o vidro grosso. Além disso, se você usar a regra de
nitidez de lâmina opcional abaixo, as armas de obsidiana não
poderão ser beneficiadas, pois as tentativas de aprimorá-las
simplesmente retiram o material.
Armas de obsidiana não são fáceis de encontrar. A maio-
ria delas está em museus, embora qualquer um possa tentar
fabricar uma lâmina de obsidiana com um teste de Destreza
+ Ofícios (mas pressionar a pedra contra qualquer superfície
dura causará escamação e quebra).
Prata
A prata é um metal macio. Lâminas de prata são menos
eficazes que as de aço. Por causa disso, as armas de prata in-
fligem um modificador -1 para atacar, e possuem apenas uma
Durabilidade 2, ao contrário do aço, que tem uma Durabili-
OBSIDIANA - PRATA 21
 dade de 3 ou mais. Claro, armas de prata são de uso particular Corpo a Corpo 101
contra Lupinos. O metal queima sua carne enquanto a prata
fere, causando um dano muito maior do que deveria. Este aproximadamente a “acertar o alvo com o bastão”. Embora
dano é agravado, e não cura com a velocidade a que os lobiso- uma compreensão tão vaga não signifique que se pode fazer
mens estão normalmente acostumados.
Afiação de Lâminas
Qualquer coisa com uma borda pode ser
afiada. Seja uma faca ou uma espada
bastarda, ela pode ser feita para pescar filé,
cortar papel em dois e afundar na carne do
inimigo.
Nesse caso, suponha que as estatísticas
abaixo para todas as armas com arestas
sejam para armas em um estado normal e
moderadamente aguçado. Ou seja, como
uma regra opcional, eles podem ser apri-
morados ainda mais. Narradores, determine
se você deseja permitir a afiação de lâminas
em sua crônica. Se você fizer isso, é justo
permitir que certos antagonistas também se
beneficiem disso.
Uma arma afiada não pode receber mais
do que um bônus de +1 através de afiação.
Uma lâmina pode ficar tão afiada - nunca
será capaz de dividir barris de tanques ao
meio ou emendar moléculas de água. No
entanto, quanto melhor o dispositivo de
nitidez, maior será a margem. Para cada
ponto do Custo incorrido na compra do
dispositivo de afiação, assuma que a lâmina
mantém sua borda melhorada para cinco
pontos de dano infligidos pela arma. Assim,
uma pedra de amolar (Custo •) permitiria
que uma faca mantivesse sua melhor borda
(+1 para atacar) até que a faca causasse
cinco pontos de dano em um oponente ou
objeto. Um bom afiador de facas de cozinha
(Custo ••) concederia 10 pontos de dano
com o bônus, e um moedor industrial com
abrasivos de diamante (Custo •••) permiti-
ria 15 pontos de dano até a lâmina perder
sua borda superior.
Treinamento de Armas
Pode-se supor que a arte de empunhar armas de combate
próximo já passou há muito tempo e, de certo modo, isso é
verdade. O som de aço acendendo contra o aço foi substituído
há muito tempo pela tagarelice do fogo das metralhadoras e
do rugido dos explosivos.
No entanto, embora o treinamento formalizado não seja
comum, ainda é possível encontrar. Além disso, uma compre-
ensão básica é muito fácil de encontrar.
22 capitulo um - armamento corpo a corpo
Um entendimento básico de combate próximo equivale
ataques precisos com uma arma, um personagem pode fazer
contato e causar algum dano, mesmo que mínimo. Esse en-
tendimento geral do combate corpo-a-corpo geralmente for-
nece uma pontuação de Armamento de 1 ou 2. Os recursos
para aprender este nível elementar incluem o seguinte:
Esportes: Diversas atividades esportivas envolvem a co-
ordenação das mãos que resulta em bater em algo com um
bastão. No beisebol, um batedor deve forçar o contato entre
o bastão e a bola. No hóquei, o jogador tem que acertar o dis-
co e outros jogadores, geralmente enquanto patina. De fato,
tênis, raquetebol, polo e piscina exigem que os jogadores atin-
jam um objeto com algum tipo de bastão. Embora isso não os
treine como atacar pontos de pressão ou desabilitar um alvo,
ele permite que um personagem mire, balance e bata.
Ofícios: Qualquer personagem que possui mais de um
ponto em Ofícios provavelmente sabe como acertar as coi-
sas. Os carpinteiros sabem como acertar um prego com um
martelo, os fazendeiros sabem como debulhar trigo ou milho
com uma foice e os encanadores sabem como girar uma chave
em um cano errante. É uma boa aposta que uma pontuação
mínima de Ofícios pode seguir para uma pontuação mínima
em Armamento. Jogadores com personagens que têm pontos
em Ofícios podem querer considerar também comprar um
ponto ou dois em Armamento.
Classe de Autodefesa: Poucas classes de autodefesa
mergulham profundamente no combate real. Elas variam de
uma a cinco sessões e geralmente não treinam alunos em ne-
nhum tipo de habilidade marcial. É tudo sobre escapar de
um conflito consigo mesmo e manter seus pertences seguros.
Personagens que treinam em uma aula de autodefesa podem
aprender como empunhar uma arma de choque ou um bas-
tão, e provavelmente aprender como acertar um assaltante
com uma bolsa, um conjunto de chaves ou qualquer outro
objeto mundano.
Academia de Polícia: Policiais de rua não sabem como
reagir com um florete ou um estrangulador oponente com
uma arma de corrente, mas eles aprendem a balançar um cas-
setete. Em muitas apreensões criminosas, a força letal não é
necessária, mas alguma força é. Os policiais aprendem a usar
o cassetete e a lanterna em desabilitar os suspeitos que resis-
tem.
Treinamento Básico: Treinamento militar normal não
gasta muito tempo com armas brancas, mas os cadetes ainda
aprendem o essencial. Eles aprendem a atacar com facas, cas-
setetes e até as extremidades de suas armas de fogo.
Corpo a Corpo 201
Corpo a Corpo 101 cobriu os ossos, mas como um per-
sonagem pode ter proficiência em combates próximos? Como
os personagens ganham uma Habilidade Armamento 3 ou
maior?
Combate de Palco: Soa estranho, mas o elaborado com-
bate de palco é algo difícil. Seja treinando para um duelo de
Shakespeare ou uma luta de katana, os dublês e os atores
físicos devem aprender como manejar as armas de maneira
convincente. O combate de palco geralmente envolve práti-
ca muito real com instrutores reais. As espadas podem estar
embotadas, mas deixam as contusões do mesmo jeito. Muitos
atores levam alguns meses de aulas de combate, e os dublês
podem estudar por anos.
Esgrima: O esporte de esgrima envolve treinamento que
vai além de “acertar o alvo com o pau”. Os esgrimistas apren-
dem a trabalhar estratégia e psicologia em suas partidas. Seus
floretes e épées são usados com grande precisão para aparar e
empurrar. Personagens com esgrima em suas origens podem
variar de proficiente (eles levaram aulas) para excepcional (ní-
vel olímpico).
Artes Marciais: Alguns treinamentos de artes marciais
têm tudo a ver com o uso de um corpo como arma, mas mui-
tas artes de combate também treinam com armas. Algumas
dessas artes incluem Escrima, jujutsu, kendo e Gatka. Muitas
dessas artes marciais são para exibição e não para lutas práti-
cas, mas, independentemente disso, o treinamento em artes
marciais ainda pode ser usado efetivamente em combate.
Forças Especiais: SEALs da Marinha, Boinas Verdes e
Forças Especiais Marinhas não são treinados exclusivamente
em armas à distância. Essas unidades aprendem a empunhar
facas de combate de maneira eficaz em lugares próximos, a es-
preitar um alvo e sufocá-lo e a usar um bastão telescópico para
colapsar a traqueia, uma rótula, uma articulação do cotovelo
ou a ponte do nariz.
Catálogo de Armas
Abaixo está uma lista de armas corpo a corpo que os per-
sonagens podem carregar ou pegar para usar em combate cor-
po-a-corpo. Esta lista certamente não é limitada; incluir todas
as armas brancas ao longo dos tempos não seria prático. Para
fins de Características de Armas, qualquer item não encontra-
do aqui pode ser facilmente aproximado em comparação com
os itens listados existentes.
Cada arma tem várias Características importantes a se-
rem consideradas.
Tipo: Este é o nome da arma. Algumas entradas no texto
têm descrições de outras versões com Características altera-
das. Estes não aparecem no gráfico.
Dano: Menos sobre o dano real da arma e mais sobre sua
utilidade geral em combate, esse número é um bônus (ou, em
alguns casos, uma penalidade) indicando quão fácil é o item
empunhar e quanta lesão ele pode causar se um ataque for
bem sucedido. Esses números são adicionados ou subtraídos
de qualquer parada de dados usada durante o teste de ataque.
Também se nota aqui se a arma usa as regras de Explosão do 9
ou 8 (ver pág. 134, o Livro de Regras do Mundo das Trevas),
e se inflige dano de fogo, o que é agravado para os vampiros.
Tamanho: Isso indica o quanto a arma é ocultável (ou
não). Tamanho 1 pode ser escondido na mão, Tamanho 2
pode ser escondido em uma capa grande, Tamanho 3 ou mais
não pode ser oculto. Estão disponíveis regras de ocultação al-
ternativas: B (Palma / Bolso), C (Camisa), J (Jaqueta), S (So-
bretudo) ou N (não ocultável). Consulte Ocultação de Arma
(p. 198) para obter mais informações sobre essas categorias.
Salvo indicação em contrário, cada arma listada tem um
requisito de Força para ser usado em combate. Por mais que o
Dano de uma arma seja mais sobre o potencial de dano total
do que apenas a agilidade de uma vantagem, o requisito de
Força é mais sobre alavancagem e equilíbrio do que apenas o
peso. Geralmente, o requisito de Força é igual ao Tamanho do
CATALOGO DE ARMAS - FACAS E adagas
item. Se a Força de um personagem estiver abaixo desse requi-
sito, seus ataques com essa arma sofrerão uma penalidade de
–1 (A critério do Narrador, usar uma arma abaixo do requisi-
to de Força poderia invocar –1 por ponto de diferença entre
a Força de um personagem e o Tamanho de uma arma. Por
exemplo, um personagem com Força 1 tentando empunhar
uma espada longa de Tamanho 3 sofreria uma –2 penalidade,
já que a arma é simplesmente muito grande).
Durabilidade: É assim que muitos sucessos são subtra-
ídos de ataques direcionados a essa arma antes que o dano
seja aplicado. Esta é a média das Durabilidades de quaisquer
materiais que compõem a arma, favorecendo o material que
compõe os componentes maiores ou mais vitais. A Estrutura
de uma arma é igual à sua Durabilidade + Tamanho (Para ar-
mas com Tamanho alterável, use o menor Tamanho para cal-
cular a Estrutura). Veja p. 138, o Livro de Regras do Mundo
das Trevas, para detalhes sobre ataques direcionados à itens.
Custo: O preço de uma arma é uma representação abs-
trata da pontuação da Vantagem Recursos necessária para
comprar o item (Veja p. 15 como isso corresponde aos valo-
res reais do dólar). Note que nem todos os itens estão ampla-
mente disponíveis para compra. Algumas armas podem ser
encontradas no Wal-Mart, mas a maioria delas são ferramen-
tas estranhas, antigas ou exóticas que requerem diligência por
parte do personagem para encontrar e comprar. Um florete,
por exemplo, pode ser comprado, mas não sem alguma pes-
quisa por parte do personagem. Tais itens podem ser vendidos
na Internet, em shows de armas ou feiras renascentistas, por
colecionadores ou historiadores ou até mesmo por ferreiros le-
gítimos. Alguns itens também não têm custo associado a eles.
Isso significa que eles são particularmente baratos ou gratui-
tos, devem ser feitos à mão ou simplesmente não estão à venda
em nenhum lugar do setor público. Consulte as descrições
dos itens para mais informações.
Notas: Este é um breve resumo de quaisquer outras re-
gras especiais que se aplicam à arma. Veja as descrições de
armas individuais para explicações completas.
Facas e Adagas
Facas têm sido usadas em combate há milhares de anos.
Os antigos egípcios lutavam com lâminas de pedra. Os astecas
sacrificaram o desejo com facas feitas de obsidiana. Os arque-
ólogos referem-se ao período de 1.800 a 500 aC na Escandiná-
via como o Dolktid, ou Período da Adaga. Muito mais velhos
e ainda vendo o uso em combates modernos, facas e punhais
viram mais uso do que espadas em combate. Abaixo está um
catálogo representativo de facas e punhais que podem ser usa-
dos em um jogo do Mundo das Trevas.
Baioneta: A baioneta é um punhal preso ao final de uma
longa arma de fogo, significando um rifle longo ou fuzil de
assalto. Usada predominantemente na Segunda Guerra Mun-
dial, mas ainda hoje usada por várias forças rebeldes em todo
o mundo, a baioneta é usada para avançar, quase como uma
lança. As características acima são para uma baioneta mon-
tada em um rifle de Tamanho 3. Se montada em um rifle
bullpup (Tamanho 2) ou desmontada e usada como faca de
combate, uma baioneta tem Dano 1 (L).
Faca Bowie: Se as histórias forem verdadeiras, a faca
Bowie, lâmina americana por excelência, tem derramado bal-
des de sangue desde sua invenção em 1830. Em várias lutas,
o famoso pioneiro Jim Bowie teria decapitado, estripado e
23
 esquartejado seus oponentes com ela. Dizem que a faca é do
próprio design de Bowie. Ele levou um modelo de madeira da
arma para o ferreiro do Arkansas, James Black, que mais tar-
de colocou a faca em produção. Alguns sugeriram que James
Black vendeu sua alma para o Diabo e em troca recebeu os se-
gredos para fazer essa faca. Outros dizem que Black conhecia
a verdadeira magia por trás do autêntico aço de Damasco. Seja
qual for o caso, os segredos de Black permanecem ocultos; ele
fez todo o seu trabalho por trás de uma cortina de couro e não
deixou nenhuma informação documentada.
Uma faca de Bowie, com sua borda afiada e lâmina pesa-
da, é igualmente em casa dividindo crânios e cortando madei-
ra. Facas True Bowie continuam a ter a reputação de serem as
mais difíceis. A Durabilidade de uma faca Bowie é sempre a
+1 pelas camadas de aço reforçadas. Além disso, em situações
apropriadas, a faca adiciona +1 aos testes de Ofício (ao cortar
ou talhar madeira, por exemplo).
Faca de Combate: Este conjunto básico de Caracterís-
ticas cobre tudo, desde adagas arcaicas até facas de comando
modernas. Quase todas as facas simples projetadas e equilibra-
das principalmente para ferir ou matar pessoas se enquadram
nesses auspícios.
Punhal Katar: As Katars são notáveis porque suas garras
horizontais permitem que o usuário dê socos com elas, como
juntas de latão com uma lâmina projetando-se para a frente.
As lâminas do katar são largas e afuniladas até um ponto rá-
pido, e causam danos graves quando empurradas contra um
corpo não armado. Ataques com um punhal são feitos com
testes de Força + Briga, evitando o uso da Habilidade Arma-
mento. Alguns personagens escolhem manejar dois punhais
de uma só vez; neste caso, as penalidades de mão inábil ainda
se aplicam.
Uma versão mais moderna do katar é o “punhal de em-
purrar”, uma faca de fabricação americana cuja lâmina se des-
taca entre os nós dos dedos (Seus níveis são iguais às do katar).
Existem versões raras do katar (Custo •••), no entanto, que
têm uma lâmina que realmente se divide em duas lâminas se-
melhantes a borboletas ao apertar a pegada com força. Os as-
saltantes usam isso de uma maneira brutal: quando a lâmina
é enterrada na carne de outra pessoa, puxar a empunhadura
expande as lâminas dentro da vítima. Se um desses katars for
usado dessa maneira, a lâmina causará dano contínuo (desde
que a vítima não se afaste primeiro com um teste de Força
+ Briga). Este dano é feito sob a forma de 2 letais, indepen-
dentemente da Defesa ou Blindagem. Este dano é feito uma
vez enquanto dentro e uma segunda vez quando a lâmina é
removida do corpo (causando danos consideráveis à medida
que a lâmina sai).
Keris: Também às vezes chamada de kris ou kriss, esta
lâmina não convencional tem um punho curvo, quase como
uma pistola, que descansa na mão e permite que o indicador
guie a arma. Sua lâmina pode ser ondulada ou reta, e o punho
provavelmente será esculpido em sumptuosas abstrações da
iconologia hindu ou islâmica. Usar a arma é natural, atuando
quase como uma extensão do braço. O keris não foi feito para
cortar. A lâmina é empurrada para a frente em quartos pró-
ximos, sendo o objetivo da lâmina deslizar entre as costelas e
perfurar um pulmão. Infelizmente, embora o punhal seja fácil
de empunhar, é inábil para usuários não treinados. Um usuá-
rio sem uma Especialização Keris apropriada sofre um modifi-
cador –1 em sua jogada de ataque (Note que a Especialização
24 capitulo um - armamento corpo a corpo
ainda concede o dado de bônus).
Poucos punhais são tão repletos de lendas quanto a keris
malaia. A idéia por trás de cada keris é que é uma arma místi-
ca, forjada a partir de Tosan Aji (“metal mágico”) e dada uma
mente própria, e muitas lâminas de keris são gravadas com
imagens dos Naga, as lendárias criaturas de cobra do mito
hindu. Lâminas retas são consideradas sarpa tapa, ou “cobra
em meditação”, enquanto lâminas onduladas são sarpa lu-
muka, ou “cobra em movimento”. Histórias persistem sobre
adagas keris que saltam de suas bainhas para decapitar inimi-
gos ocultos ou adagas que matam seus usuários para expor a
corrupção em seus corações. Alguns donos não usam a keris
como punhais normais e, em vez disso, as penduram em suas
vigas ou portas porque as lâminas (de acordo com o mito)
atacam espíritos malignos que invadem a casa.
A keris de lâmina ondulada entrou na consciência da
cultura pop como a arma tradicional dos cultistas de vestes,
embora esses adereços frequentemente não possuam o tipo
incomum de aderência da pistola. Adagas Keris sem essas pe-
gadas têm uma característica de dano de 1 (L), mas não exi-
gem uma Especialização para exercer efetivamente.
Khukri: Os combatentes Gurkha do Nepal supostamen-
te têm um ditado sobre essas facas de combate favorecidas: se
um Gurkha desembainhar seu khukri, a lâmina deve derra-
mar sangue. Se a história é um indicador, o ditado contém
alguma verdade. Os Gurkha, operando como complementos
estrangeiros para o Exército Britânico, eram considerados
ferozes oponentes no campo de batalha, cortando membros
e cabeças, o sangue escorrendo pelos sulcos entalhados fre-
qüentemente encontrados no cabo de um khukri.
O próprio khukri é uma faca larga, quase como um fa-
cão, exceto que a lâmina é curvada para dentro, parecendo um
bumerangue. A maior parte do peso está localizada no topo
da lâmina. Isso dá à arma um arco feroz. O peso impulsiona
a lâmina para a frente com uma força surpreendente. Essa
força é o motivo pelo qual a faca é considerada particular-
mente útil ao cortar partes do corpo no campo de batalha, e
por que os Gurkhas apontariam para os pescoços expostos de
seus adversários. Um personagem empunhando um khukri
normalmente é bastante feroz. Um personagem usando um
khukri para tentar decapitar ou desmembrar um oponente é
ainda mais preocupante. Ao usar um khukri para atingir uma
parte específica do corpo, aplicam-se as penalidades normais
(ver p. t154 do Livro de Regras do Mundo das Trevas). No
entanto, o khukri permite a Explosão do 9 quando coman-
dam ataques direcionados, já que a lâmina exclusiva da arma
contribui enormemente para ataques diretos.
O khukri, com uma lâmina de aproximadamente 30 cen-
tímetros de comprimento, é quase uma espada. Versões de
espada do khukri existem, no entanto (com lâminas de mais
de 50 centímetros de comprimento). Uma espada khukri tem
Dano 3 (L), Custo •••• e Tamanho 3.
Gauche Principal: O gauche principal (francês; literal-
mente “mão esquerda”) não é realmente uma arma em si.
Certamente pode ser, já que é uma lâmina de dois gumes
que pode ser usada como qualquer faca normal em comba-
te. Isso desmentia o uso original da ferramenta, no entanto,
que serve como uma ferramenta de bloqueio na esgrima. Os
duelistas seguram a arma na mão esquerda (de acordo com o
nome) enquanto empunham um florete ou épée na direita. A
gauche principal tem uma luva knucle-guard que permite ao
lutador desviar ataques próximos de combate.
Se um personagem desejar usar a gauche principal para
ajudá-lo a bloquear ataques corpo a corpo próximos, ele lhe
dará um modificador de +1 em sua Defesa. No entanto, esse
punhal não compensa a penalidade de –2 de ataques com a
mão inábil, a menos que o personagem tenha a Vantagem
Ambidestro.
Canivete de Bolso: Um canivete de bolso não é de todo
destinado a uso em combate. Canivetes de bolso (ou canive-
tes) são pequenos, desajeitados e raramente afiados o sufi-
ciente para causar qualquer coisa além de lesões superficiais.
Ainda assim, às vezes um canivete de bolso é tudo que um
personagem tem quando suas costas estão contra a parede e
algo está babando e estalando contra ele, tentando arrancar
sua traqueia.
Os problemas de um canivete de bolso são múltiplos.
Além de permitir um dano mínimo, um canivete de bolso
também é relativamente frágil. Se usada em combate, a lâmi-
na se soltará da base depois de causar 3 de dano em um úni-
co ataque. Pior, caso o usuário sofra uma falha dramática ao
atacar com um canivete de bolso, a lâmina se fechará sobre os
dedos do usuário, causando um ponto de dano letal enquanto
o canivete corta seus dedos. Dito isto, um canivete de bolso
pode ser útil fora do combate e pode adicionar +1 aos testes
de Ofícios apropriados (especialmente se a faca for de uma
variedade de várias ferramentas, como os modelos do Exército
Suíço).
Adaga Rondel: A adaga rondel (“Orelha”) originou-se
no século XIV no sul da Europa. De ponta a ponta, a adaga
de rondel tem quase 50cm de comprimento (com a lâmina
compreendendo cerca de 30cm desse tamanho). A lâmina é
fina, afinando para um ponto; a maioria das lâminas eram de
dupla face, embora exista uma variação na qual a lâmina é na
verdade de quatro lados (cruciforme). Mais curioso é o aperto
e pomo. O fundo de muitos desses punhais é dividido em
dois, estendido em duas peças de metal que pareciam orelhas.
A função disso era para que o usuário tivesse um lugar para
enganchar o polegar ou colocar o calcanhar de sua mão. Por
quê? Porque fornece maior poder a um golpe de esfaqueamen-
to.
O rondel não serve para cortar em ataques. Só é verda-
deiramente eficaz quando usado para esfaquear. Na verdade,
é tão eficaz que seu ponto pode perfurar armaduras de cota de
malha. Enquanto a lâmina geralmente não perfura armaduras
de placas, usuários mais experientes ainda podem matar um
oponente banhado ao enfiar a arma entre as articulações do
traje. Historicamente, esse punhal foi visto por alguns como
uma arma de último recurso no campo de batalha. Outros
perceberam que era uma arma quase perfeita para o assassi-
nato.
O punhal orelhudo vem com vários bônus. Primeiro, seu
ponto afilado preciso concede a faca Perfurante de Armadura
1. Segundo, se a arma for usada em um flanco surpresa ou
ataque de retaguarda, e o alvo não notar o atacante (isto é, ele
falha em seu teste de Raciocínio + Autocontrole), não apenas
o atacante consegue ignorar a Defesa do alvo, mas ele pode
fazer seu ataque com um bônus de +2.
Os colecionadores podem encontrar uma peculiar varia-
ção turca dessa faca, com uma pequena porta na alça (no lado
da empunhadura ou na base do pomo), o tamanho perfeito
para um pequeno frasco. A história sugere que os assassinos

25
FACAS E adagas
 Facas e Adagas
Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Baioneta 2 (L) 1/C 3 • Dano 1 (L) se montado em um bullpup *
Faca Bowie 2 (L) 1/J 4 • +1 para alguns testes de Ofícios *
Faca de Combate 1 (L) 1/C 3 •
Punhal Katar 2 (L) 1/C 3 •• Força + Briga *
Keris 2 (L) 2/J 3 •• –1 Dano sem Especialização *
Khukri 2 (L) 2/J 3 •• Explosão do 9 em ataques direcionados *
Gauche Principal 1 (L) 1/C 3 • Defesa +1 se usada com outra arma *
Canivete de Bolso –1 (L) 1/B 2 • Frágil 3, +1 para alguns testes de Ofícios *
Adaga Rondel 1 (L) 1/C 3 •• Perfurante de Armadura 1,
+2 de dano em ataques surpresa *
Faca de Trincheira 1 (L/C) 1/C 3 • Duplas como juntas de latão *
(1ª Guerra Mundial)
Canivete 0 (L) 1/B 3 •
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais.

costumavam encher esses frascos com potentes venenos, su- espadas de cerimônia nunca usadas. Um
jando as lâminas com as toxinas momentos antes de mergu- nicho de mercado, no entanto, é o tráfico
lhá-las na carne das vítimas inconscientes. Essa variação é ge- de adagas da SS (Schutzstaffel).
ralmente cara (Custo ••••). As adagas desta unidade de elite de sol-
Faca de Trincheira (Primeira Guerra Mundial): Nas dados alemães, com suas alças de prata e
trincheiras lamacentas da Europa devastada pela guerra, os incrustações de marfim, eram diferentes das
homens eram forçados a, às vezes, confiar em suas armas cor- armas cerimoniais concedidas aos oficiais.
po-a-corpo para sobreviver. Pistolas emperravam e não eram Essas adagas eram facas funcionais e não
confiáveis em combate próximo. Na escuridão, alguns solda- apenas para apresentação, e, por todas
dos dependiam de suas facas para despachar inimigos. as evidências, viam uso frequente contra
Uma faca de trincheira é o precursor do canivete mais oponentes desarmados.
moderno. É de dois gumes e equilibrado para lutar. A faca de
trincheira da Primeira Guerra Mundial tem uma modifica- As adagas do Totenkopfverbände, a unida-
ção, no entanto, que muitas facas de combate modernas não de da Cabeça de Morte da SS, são de valor
apresentam. O aperto da junta da trincheira funciona como particular. A maioria dessas adagas está
um conjunto de juntas de latão. O dano é letal se usado como gravada com o lema das SS Meine Ehre
uma faca normal (exigindo um teste de Força + Armamento) Heißt Treue (“Minha honra é lealdade”).
e atacando se o personagem escolher utilizar o aperto de mão Talvez a conexão histórica mais importante
(exigindo Força + Briga). para essas adagas seja sua relação com
Canivete: Um canivete é uma faca fina e de lâmina pe- a Noite das Facas Longas da Alemanha,
quena que fica escondida na alça da arma e só é levantada quando Hitler tomou o poder eliminando
quando o usuário aciona um botão na alça. Popular com gan- seus rivais, matando 300 a 400 de seus
gues uma vez, os canivetes são agora passé na comunidade inimigos políticos em uma única noite. Os
criminosa. Outras versões do canivete são a faca borboleta e nazistas fizeram esses punhais instrumentais
a faca de mola. Note que possuir ou transportar esta lâmina nesses assassinatos.
é ilegal em muitos países, incluindo grande parte dos Estados Alguns dizem que essas armas são amal-
Unidos. diçoadas. Poucos podem explicar por que,
e aqueles que acreditam nisso raramen-
te experimentam os mesmos efeitos que
Adagas Schutzstaffel outros com reivindicações similares. Muitos
Artefatos do Terceiro Reich desfrutam de relataram que os efeitos do tipo poltergeist
uma estranha popularidade nas noites ocorrem onde a adaga é armazenada -
modernas. Colecionadores (sejam eles his- espelhos voam das paredes, janelas se
toriadores genuínos ou fanáticos neo-nazis- abrem e depois se fecham com tanta força
tas) tornaram o comércio desses bens uma que quebram, chapas rangem e quebram.
indústria em si. Colecionadores coletam, Alguns dizem que até testemunharam as
negociam e vendem placas cerimoniais, próprias adagas pairando no centro da
uniformes, medalhas e até itens saqueados loucura, como o olho de uma tempestade
dos campos de concentração. As armas do invisível. Outros não relatam tais incidentes
regime nazista também são itens populares e, em vez disso, sugerem que coisas mais
de colecionador - qualquer coisa, desde estranhas e mais silenciosas acontecem
pistolas Luger frequentemente usadas até quando em posse das lâminas. Alguns

26 capitulo um - armamento corpo a corpo

 ouviram as armas conversando com eles,
sussurrando mensagens quase inaudíveis
que podem ou não estar em alemão. Um
colecionador alegou que a adaga a instruiu,
em um perfeito dialeto austríaco, como usá-
-la para “abrir uma porta entre os mundos”.
Espadas
Originalmente, as espadas eram pouco mais que longas
facas com lâminas de cobre e bronze. Com os avanços tecnoló-
gicos da fundição de ferro, no entanto, as espadas se tornaram
mais poderosas e praticamente onipresentes. Por volta de 500
aC, as espadas foram a principal arma de mão a mão da maio-
ria dos guerreiros, fossem soldados romanos ou bárbaros. A
história e a lenda estão repletas de um número de espadas fa-
mosas e mágicas - Excalibur de Arthur, Balmung de Siegfried
e Crocea Mors de Caesar. Por quase um milênio, as espadas
continuaram sendo a arma dominante da classe guerreira e
dos ricos. No entanto, o advento da pólvora mudaria tudo
isso, e no século 16, as espadas começaram a desaparecer len-
tamente. Elas ainda são produzidas nesta era moderna, mas
principalmente como itens de vaidade ou cerimônia.
Espada Bastarda: Chamada de espada “bastarda” por-
que se diz que é o filho bastardo da espada longa e da espada
grande (e também chamada de “mão e meia”), esta espada
pode ser empunhada com uma única mão ou realizada com
as duas para maiores danos. Empunhar com uma mão requer
Força 4 e causa Dano 3 (L). Empunhar as duas mãos exige
Força 3 e permite um Dano 4 (L).
Popular cerca de 500 anos atrás, espadas bastardas são
agora armas da antiguidade e aparecem em leilões e em mu-
seus. No entanto, um grupo de lobisomens às vezes os deixa
para trás como uma espécie de cartão de visitas. Alguns dos
Puros conhecidos como Garras de Marfim os mergulham nos
corpos assassinados de suas presas abandonadas, presumivel-
mente porque os lobisomens Uratha são considerados bastar-
dos pelos Puros.
Espada Curva: A espada curva (ou “espada de defesa”)
não é uma única espada, mas uma categoria inteira. A lâmina
apresenta uma curva suave a profunda e geralmente é apenas
pontiaguda na borda externa. O desenho curvo original foi
concebido para ser usado por cavaleiros a cavalo. Os guerrei-
ros descobriram que as armas curvas eram mais bem ponde-
radas do que as lâminas retas em direção às lutas desiguais e
ásperas. No alto de um cavalo, qualquer desequilíbrio poderia
mandar um cavaleiro ou soldado derrubar seu cavalo e levá-lo
ao chão, o que equivalia a uma sentença de morte.
Versões antigas da espada curva incluem o talwar india-
no, o shamshir persa e a makhaira grega. Versões mais mo-
dernas incluem o sabre de cavalaria, usado com destaque em
conflitos como as Guerras Napoleônicas e usado ornamental-
mente na Guerra Civil Americana.
A espada curva é uma arma fraca, mas se destaca quando
corta ou talha. A arma fornece um bônus +1 ao cortar para
baixo a partir de uma posição mais alta, como se estivesse a
cavalo. Embora os personagens modernos possam não balan-
çar a espada com frequência enquanto estiverem em cima de
um cavalo, outras situações podem conceder o bônus. Um
personagem atacando de uma porta de caminhão aberta ou
uma escada pode achar que a arma está adequadamente equi-
aDAGAS SCHUTZSTAFFEL - ESPADAS
librada para tal ponto de vista.
Espadas de Esgrima: O esporte da esgrima moderna é
um jogo de estratégia, uma troca constante de lâminas finas
e manobras antecipatórias. Combatentes mascarados enfren-
tam espadas no que é chamado de convenção de direito de
passagem, em que um oponente defende-se enquanto o outro
pressiona um ataque. Quando o atacante chega ao final de seu
possível ataque, as mesas viram e ele se torna o paródia quan-
do a partida vai para frente e para trás até que alguém consiga
um golpe. Algumas regras exigem que apenas o torso seja o
alvo; outras permitem que todo o corpo seja direcionado.
As espadas usadas na esgrima não são lâminas, precisa-
mente. Elas são longas e finas, mas não têm arestas, seme-
lhantes à antena de um automóvel, com um punho de cesta
curvo como aderência. A folha é uma versão pequena e leve,
enquanto a espada é uma lâmina ligeiramente mais pesada.
Essas espadas são inúteis no corte e no talho. Embora esses
ataques possam causar danos menores, é como ser chicoteado
por um galho pesado de salgueiro. Não, essas armas são úteis
apenas no impulso.
As armas de esgrima são leves o suficiente para que um
usuário possa ignorar o requisito normal de Força. Além dis-
so, semelhante ao sabre, uma espada de esgrima tem Perfu-
rante de Armadura 1. Para informações sobre esgrima, veja a
Vantagem Estilo de Combate: Esgrima no Apêndice.
Espada de Espinha de Peixe: Espadas de espinha de pei-
xe são predominantemente encontradas na Índia e Nova Gui-
né, embora existam versões em todas as ilhas do Pacífico Sul.
Os pescadores que procuram proteger-se, tomam o focinho de
certos peixes (geralmente o do tubarão-serra) e cortam-no. Em
seguida, envolvem a base do focinho em tecido ou couro ou
dão ao focinho uma alça totalmente nova. A arma possui uma
lâmina de dentes irregulares e farpados: um golpe com esta es-
pada pode causar ferimentos na carne exposta. Sobreviventes
de ataques feitos com essas espadas sofrem cicatrizes terríveis.
As armas, por esse motivo, são excelentes em causar danos
permanentes. Os usuários podem aplicar a regra da Explosão
do 9 aos seus ataques. No entanto, enquanto o osso é forte,
a natureza de seus pequenos dentes semelhantes a espinha dá
à arma uma vida útil curta. Espadas de espinha de peixe têm
apenas Durabilidade 1 por causa disso.
Versões de metal desta arma existem, geralmente na
Índia. Elas são mais pesadas que suas primas feitas de osso
(Tamanho 3), mas possuem características de Dano 2 (L) e
Custo •••.
Gladius: O gladius era a arma dos legionários romanos.
Esta espada curta, medindo não mais de 66cm, foi feita para
empurrar rapidamente e cortar em formações de combate em
massa, onde os soldados ficaram juntos e as lâminas mais lon-
gas teriam sido impraticáveis.
Nenhuma gladii romana sobrevive hoje que poderia ser
usado em batalha. Elas são relíquias com mais de dois milê-
nios. Usar uma em uma luta não é apenas uma jogada tola (as
armas são tão frágeis que sofrem mais danos nelas do que nos
alvos), mas uma que destrói um artefato de valor inestimável.
Qualquer gladius usado na batalha hoje é uma réplica ou re-
criação, a maioria dos quais sofre da regra “Armas Decorati-
vas” listada anteriormente neste capítulo.
O Santo Condenado do Lancea Sanctum às vezes usa o
gladius como adorno e em combate. O gladius era, afinal de
contas, a arma que seu profeta carregava em seu quadril quan-
27
 do ele enfiou a lança no lado de Cristo. Em muitos casos, o
ancião Santificado realmente fabrica suas gladii de relíquias
genuínas, pegando emprestados cabos ainda resistentes ou
usando bainhas antiquadas. As lâminas, no entanto, são qua-
se sempre novas, cuidadosamente forjadas e obsessivamente
afiadas. Algum valor Santificado elaborou a ornamentação,
para revelar a glória do Profeta das Trevas e de Deus Pai, en-
quanto outros preferem uma arma humilde, sem adornos tão
intrincados.
Espada Grande: O termo genérico “espada grande”
provavelmente deriva da espada longa escocesa de duas mãos
conhecida como claymore. E até mesmo esse termo é uma
pronúncia anglicizada do verdadeiro nome da arma: o claidhe-
amh mór, que, com certeza, é gaélico para “espada grande”.
É uma arma pesada (cerca de 3kg) e longa (lâmina de 1,20m,
mais o cabo de 30cm). A espada grande deve ser segurada com
as duas mãos. Usá-la com uma mão é particularmente difícil e
requer Força 4 para ser manejada.
Esta lâmina foi usada por um período de tempo de cer-
ca de 300 anos, começando no século 13, embora a espada
grande não tenha um uso proeminente até o final do período.
Guerreiros empunhavam a claymore e usavam a espada bru-
talmente longa para derrubar cavaleiros de cavalos, esmagar
escudos e tirar cabeças em seus pescoços desprotegidos. Clay-
mores verdadeiras do final do período medieval são raras e
altamente valorizadas. Elas existem principalmente entre co-
leções antigas e aristocráticas raramente vistas pelo público.
Katana: A katana já foi o símbolo da classe militar e dos
prestigiosos senhores do Japão feudal. A katana era mais do
que apenas uma espada; foi uma afirmação que falava ao estilo
e espírito de um samurai individual. Dizia-se que o caráter do
ferreiro estava queimado no aço dobrado, e o usuário poderia
sentir a centelha de vida escondida dentro de cada lâmina. As
lâminas eram versáteis tanto na ofensiva quanto na defesa,
proporcionando ao guerreiro um dinâmico fluxo e refluxo
28 capitulo um - armamento corpo a corpo
na batalha. A lâmina pode bloquear um ataque do alto ou
de baixo. Se a lâmina penetrasse na defesa, a borda poderia
dividir o crânio de um oponente em dois. A katana era um
instrumento de entusiasmo e precisão mortais.
E agora, você pode comprar katanas em shoppings e na
internet.
A katana alcançou uma ressonância quase fetichista na
cultura pop moderna, aparecendo em filmes como Highlan-
der, Matrix Reloaded e Kill Bill, bem como em quadrinhos,
animes e programas de televisão. Como tal, essas espadas
agora são proeminentemente vendidas (junto com várias ar-
mas de artes marciais) para colecionadores e aficionados da
cultura pop. Essas espadas podem ser lindas, mas não devem
ser usadas como armas. Eles são, em vez disso, destinados a
pendurar nas paredes ou descansar em vitrines, nada mais.
Como tal, a maioria das katanas vendidas sofre das regras de
Armas Decorativas mencionadas acima, com Dano 2 (L) e
Durabilidade 2. Estas espadas podem ser usadas em combate,
mas elas certamente não devem. Elas são de menor custo, no
entanto (Custo ••).
Alguns ferreiros reais ainda produzem katanas genuínas.
O mapa de armas as Características aplicam-se a essas espadas
em particular, e não ao tipo de katana que se pode comprar
em um mercado de pulgas. As katanas de nível de armas são
bem equilibradas e afiadas, e têm a técnica de aço dobrado
que ajuda a tornar essas espadas particularmente especiais e
resistentes (Durabilidade 4). Em última análise, a Durabilida-
de da espada é, na verdade, sua única vantagem fundamental
em relação às espadas de estilo europeu.
Espada Longa: A espada longa, ou espada larga, era a
arma mais comum no campo de batalha na metade da segun-
da metade da Idade Média, até a inclusão da artilharia e do
arcabuz. A espada longa é talvez a mais básica das espadas:
uma lâmina de dois gumes, com uma das mãos, de aproxi-
madamente um metro de comprimento. Essa espada poderia
ser usada para cortar (elementos de design que sobraram da
fabricação de espadas), mas o ponto permitido para os deten-
tores de empunhadura também era. Perfurar permitiu que um
guerreiro tornasse seus ataques mais eficazes contra armadu-
ras que poderiam absorver golpes cortantes.
Masamune e Muramasa
No século XIV, dois ferreiros viviam, ambos
famosos pela criação de lendárias katanas.
O mais velho era Masamune, que a lenda
conta que era um homem honrado de bom
coração. Suas lâminas eram fortes, com o
aço dobrado tantas vezes que nenhum ou-
tro ferreiro conseguiu reproduzir a resiliên-
cia de suas espadas. Dizem que Masamune
projetou suas armas com a paz em mente
e que cada espada estava imbuída de um
espírito de proteção honrosa.
folhas, no entanto, nunca tocarão a espada
de Masamune - elas sempre flutuam suave-
mente ao redor do aço, passando intocadas.
Rumores sugerem que as lâminas desses
mestres artesãos ainda estão disponíveis
hoje, mantidas por colecionadores podero-
sos e ricos. As lâminas de Masamune têm
+2 de Durabilidade e também oferecem
ao usuário um +3 para Defesa. As lâminas
malignas de Muramasa, por outro lado,
não oferecem tal proteção honrosa. Em vez
disso, suas lâminas concedem ao portador
um +2 para todas as jogadas de ataque,
e todos os ataques estão sujeitos à regra
da Explosão do 9. O custo dessas lâminas,
se elas realmente existirem, não pode ser
medido em meros recursos. Alguns sugerem
que o custo é retirado da alma do usuário.
E além disso, provavelmente é apenas uma
história, de qualquer maneira.

O mais jovem dos dois ferreiros era Mura-

masa, que era aluno do mais velho Ma-
samune. Muramasa era diferente de seu
professor, no entanto. Onde seu professor
era gentil, Muramasa era cruel. Onde seu
mestre era imparcial, Muramasa estava
mal-humorado. As lâminas de Murama-
sa foram investidas de raiva sanguinária.
Embora ele não tivesse as habilidades para
fazer suas lâminas tão fortes quanto as de
seu professor, suas katanas superavam as
espadas de Masamune com nitidez.
Um mito que melhor exemplifica isso diz
que se pode diferenciar entre o artesanato
dos dois ferreiros, colocando as espadas
em um fluxo lento. Folhas flutuando sobre
a corrente gravitam em direção à lâmina
de Muramasa e são cortadas ao meio,
independentemente da direção da água. As
Facão: O facão é provavelmente a arma mais comum do
tipo “espada” encontrada nas mãos de assaltantes em todo
o mundo. Os facões são transportados por guerrilheiros co-
lombianos, senhores da guerra afegãos, fazendeiros de papou-
las birmaneses e rebeldes sudaneses. Os facões eram algumas
das armas primárias usadas para assassinatos no genocídio de
Ruanda e pelos Tontons Macoutes haitianos. Eles podem ser
encontrados nas mãos dos norte-americanos em toda a paisa-
gem rural também. Se usado para cortar vegetação ou cortar
corpos, esta ferramenta e arma é popular porque serve a dupla
função de ser útil na fazenda e no campo de batalha.
Como um facão é uma ferramenta, é bem equilibrado.
Não sofre com a penalidade de arma improvisada.
Rapieira: A lâmina de dois gumes da rapieira, facilmente
com 90cm de comprimento, é mal equilibrada para cortar.
Em vez disso, a arma faz pequenos cortes - pequenas fatias, na
verdade, mais humilhantes do que danosas - em um oponen-
te. Quando chega a hora da matança, o espadachim empurra

Espadas
Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Espada Bastarda 3/4 (L) 3/N 3 •• Uma ou duas mãos *
Espada Curva 3 (L) 2/S 3 •• +1 Dano em posição mais alta *
Espada de Esgrima 1 (L) 2/S 3 • Perfurante de Armadura 1 *
Espada 1 (L) 2/S 1 n/a Explosão do 9
Espinha de Peixe
Gladius 2 (L) 2/C 3 ••
Espada Grande † 4 (L) 3/N 3 •••
Katana 3 (L) 2/S 4 •••
Espada Longa 3 (L) 2/S 3 ••
Facão 2 (L) 2/J 3 • Perfurante de Armadura 1 *
Rapieira 2 (L) 2/S 3 •• Dano contusivo quando embainhado *
Bengala Espada 2 (L/C) 2/S 3 ••
Wakizashi 2 (L) 2/C 4 ••• Explosão do 9
Zweihander † 4 (L) 4/N 3 •••
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais. † Esta arma requer duas mãos. Se usado com uma mão, o requisito de
Força aumenta em 1.

MASSAMUNE E MURAMASA 29
 para frente e perfura seu adversário com a ponta.
Foi por essa razão que a rapieira viu pouca experiência
no campo de batalha. Historicamente, a rapieira era a arma
dos ricos, uma espada de distinção marcando a própria in-
fluência e afluência. Alguns chamavam essa espada de espa-
da ropera, a espada de vestimenta espanhola, que pendia do
lado de um homem como ornamentação. Um homem apenas
desembainhava a espada durante as partidas ou duelos de es-
grima, e raramente eram tais duelos até a morte. Aquelas com-
petições eram todas sobre aquele primeiro corte degradante,
fosse um fragmento de carne tirado das costas de uma mão ou
um golpe na bochecha do adversário. A rapieira caiu em desu-
so, mesmo em cercas modernas (veja “Esgrima de Espadas”).
Ainda assim, alguns vampiros mais velhos ou tradicionalistas
carregam seus sabres com eles durante eventos de pompa e
circunstância, caso precisem embaraçar alguns novatos com
um rápido sussurro da lâmina que pisca.
Duas outras versões da rapieira mais experientes no cam-
po de batalha são o estoc e o Panzerstecher (ou “Armor-Stin-
ger”). Todas as rapieiras têm um ponto afiado o suficiente e
uma lâmina fina o suficiente para perfurar a armadura e, as-
sim, ter Perfurante de Armadura 1.
Espada Bengala: A bengala do cavalheiro é muitas vezes
feita de madeira elegante e vem coberta com um enfeite de
metal, como a cabeça de uma águia, uma cobra de criação ou
um simples gancho de guarda-chuva. A espada bengala parece
ser nada mais do que uma ferramenta destinada a ajudar al-
guém a andar, até que um cavalheiro retire uma espada dela.
Espadas bengala parecem itens de colecionador de filmes
de espião, exceto que esses bastões realmente servem como
armas funcionais. A bengala pode ser usada como um obje-
to contundente, e a espada permite cortar dano letal. Muito
parecido com uma arma retirada de uma bainha, a espada faz
uma curva para remover a bainha de bengala.
Existe outra versão disso, uma que vem da Índia. Esse
dispositivo, chamado de “muleta do faquir”, não é uma espa-
da contida dentro de uma bengala, mas uma lâmina escondi-
da dentro da muleta de um aleijado. Esta arma pode ser usada
da mesma maneira que sua prima mais estilosa.
Wakizashi: O wakizashi é uma arma de samurai, atuan-
do como uma versão curta da katana mais popular. Um ata-
cante pode usar o wakizashi com uma mão, ao contrário da
katana, que geralmente é segura com as duas mãos.
De particular interesse é a história da arma no ritual de
suicídio. Samurai desonrado usou essas espadas curtas no ato
de seppuku. Isso requer que o samurai retire a espada de sua
bainha (saya) e enfie a lâmina profundamente em sua barriga.
De lá, ele faria vários cortes no corte original, abrindo o abdo-
me e literalmente derramando suas entranhas. A partir desse
ponto, um amigo ou mestre decapitaria o samurai vergonhoso
com a katana de seu próprio wakizashi. Algumas mulheres
podiam se matar com o wakizashi também, mas era esperado
que não se estripassem, apenas para cortar suas gargantas.
Essas espadas curtas tendem a apresentar a mesma téc-
nica de dobra dobrada que a katana. Como tal, os wakizashis
são Durabilidade 4.
Zweihander: Esta é uma arma monstruosa, maior e
maior até que a espada grande, com um cabo de mais de 30
centímetros, e uma lâmina que mede quase um metro e meio
de comprimento. A zweihander é mais alta que algumas pes-
soas. Ela também pesa quase 14 quilos, exigindo um esforço
30
capitulo um - armamento corpo a corpo
hercúleo apenas para balançar a arma, independentemente
da precisão. A lâmina em si pode ser flamberge (curvas ondu-
ladas como uma cobra) ou ter ganchos de cerca de 10 centí-
metros acima do punho.
Se alguém pode manejar esta fera e se conectar a ela, a
enorme arma pode causar danos horrendos. Ataques feitos
com esta espada aplicam a regra Explosão do 9 no teste.
Armas Contundentes
Armas sem corte são as armas mais simples e diretas dis-
poníveis para os personagens. Um personagem pode espan-
car outro com uma tábua de madeira, um pé de cabra, uma
maça de combate, um cassetete ou uma bengala. As funções
da arma contundente são causar contusões, quebrar ossos e
rachar cabeças.
Bastão Escrima: Os bastões de luta filipinos (geralmente
chamados bastões Escrima) são bastões pequenos, aproxima-
damente 43 a 50cm, geralmente feitos da palha ou da madei-
ra. Eles podem ser usados para combate ornamental, ou po-
dem ser usados para quebrar mãos, nariz e cotovelos, ou para
esmagar dentes, estalar os olhos e colapsar gargantas. Muitos
praticantes usam dois paus (um em cada mão) em concor-
dância. Um bastão é destinado a ataques ofensivos, enquanto
outro é destinado a manobras defensivas.
O material do bastão determina sua funcionalidade em
combate. Varas de palha são puramente para disputas espor-
tivas, e têm Durabilidade 1 e Dano –1 (C). Varas de madeira
(nogueira, geralmente) têm Durabilidade 1 e Dano 0 (C). Bas-
tões ou bastões de metal feitos de plástico policarbonato têm
Durabilidade 2 e Dano 1 (C).
Veja p. 213 para obter informações sobre a Vantagem
Estilo de Luta: Artes Marciais Filipinas, que concede bônus
ao uso desta e de outras armas.
Mangual: Consistindo apenas de uma bola pesada presa
a uma maçaneta de madeira ou metal com um comprimento
de corrente ou corda, os manguais têm sido usados pelos cam-
poneses ao longo da história para debulhar trigo. No entanto,
quando chegou a hora de defender-se (como nas Revoluções
Francesa ou Americana), os agricultores conseguiram mane-
jar seus manguais de debulhar grãos com alguma eficácia con-
tra o inimigo.
O mangual medieval surgiu dessa idéia e se tornou uma
arma que ajudou a frustrar a classe dos cavaleiros. Com a ver-
são de combate do mangual, a bola é mais pesada (não há
mais alças de madeira, por exemplo), e às vezes é salpicada
de espinhos. A vantagem histórica é que o mangual pode al-
cançar o escudo de um cavaleiro por causa de sua corrente.
A lâmina de uma espada não se dobrou, mas o mangual era
flexível. Por causa disso, não foi considerada uma arma hon-
rosa e não correspondeu à proliferação de espadas e punhais
no campo de batalha. Independente do histórico, até mesmo
os escudos não oferecem nenhum bônus de Defesa contra os
manguais (veja a página 180 para informações sobre escudos).
Se o mangual é apenas um peso pesado em cima de uma
corrente, o mangual causa dano contundente. Se esse peso
é cravado, causa dano letal. O mangual requer Destreza 3,
além de Força 3 para usar de forma eficaz. Sem o requisito de
Destreza, o usuário sofre uma penalidade de –1 para atacar.
Maça: Uma maça é pouco mais que um taco de metal,
geralmente consistindo de um eixo reforçado com uma cabe-
ça de metal (às vezes cravejado). Embora a maça tenha uma
história que remonta a 12.000 aC, essa arma não teve uso pro-
eminente até a Idade Média. A armadura foi projetada então
para ajudar um cavaleiro a resistir a ataques de armas brancas.
O dano causado pelas lâminas, machados e flechas foi mais
facilmente anulado com o envio de correntes ou chapas. Em-
bora uma maça certamente não pudesse perfurar a armadura,
a maça esmagava a cota de malha o suficiente para permitir
um trauma contundente no corpo de um cavaleiro. Onde
uma flecha simplesmente refletia, a maça ainda podia, em
uma chance improvisada, quebrar ossos ou esmagar cabeças.
Outra peça curiosa da história sobre a maça é seu uso
ocasional pelo clero medieval. O governo de Canon proibiu
os padres de tirar sangue. Uma maça, por outro lado, não der-
rama sangue com precisão pode, teoricamente, ser entregue a
um inimigo sem nunca derramar uma gota. Histórias apócri-
fas (às vezes em contos da Batalha de Hastings ou em poemas
como a “Canção de Roland”) deste período de tempo falam
de padres entrando em uma batalha, maças prontas.
Marreta: Uma marreta é uma maça de duas mãos. A
marreta é maior por um pé ou mais e mais pesado também.
Algumas têm a forma de martelos, mas a maioria tem cabeças
em forma de pera ou de sino. Elas foram originalmente usadas
para varrer os cavaleiros de cima de seus cavalos.
Maça Estrela: A maça estrela é uma maça pesada. No
topo da arma há uma bola adornada com uma série de pontas
afiadas de metal ou agulhas. Quando a maça estrela atinge a
carne aberta, a arma não quebra apenas os ossos, ela também
marca a carne dos ossos. A maça estrela ganhou dois apeli-
dos curiosos ao longo do tempo. O primeiro (goedendag) é
uma palavra holandesa que significa “bom dia”. O segundo
(sprinkler de água benta) é porque a maioria das maças estre-
las é semelhante ao aspergillum, um dispositivo católico usa-
do na dispersão da água benta.
Os Membros do Lancea Sanctum fazem uso das maças
estrelas do aspergillum. Os piedosos vampiros usam o dispo-
sitivo durante as cerimônias rituais para dispensar a Vitae sa-
grada (mergulhando o aspergillum em uma urna de sangue,
depois sacudindo a estrela da manhã sobre a congregação), e
também usam a arma para combater seus inimigos.
Cassetete: O cassetete é geralmente uma “bolsa” acha-
tada do tamanho de uma palma de couro preenchida com
chumbo ou pó. Para uma pequena arma, no entanto, ela faz
um grande impacto.
O cassetete costumava fazer parte do arsenal de todos os
policiais há cerca de 20 anos. Depois de um golpe rápido do
cassetete, um criminoso pensaria duas vezes em agir de forma
violenta. Quando usada, a bolsa de tiro - muitas vezes dire-
cionada a cotovelos, joelhos, clavículas ou até mesmo narizes
- causou um trauma tão súbito no alvo que o deixava aturdido,
uivando de dor.
Usar um cassetete pode causar um efeito de atordoamen-
to. Ao contrário de outras armas de atordoamento, se o dano
armas CONTUNDENTES 31
 –

Armas Contundentes
Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Bastão Escrima 1 (C) 2/C 2 • O Dano varia conforme o tipo *
Mangual 3 (C/L) 3/N 3 •• –1 Dano sem Destreza 3, ignora escudos *
Maça 3 (C) 2/S 3 ••
Marreta † 4 (C) 3/N 3 ••
Maça Estrela 3 (L) 3/N 3 ••
Cassetete (couro) 1 (C) 1/B 2 • Atordoar (Vigor) *
Flauta Shakuhachi 0 (C) 1/C 2 • +1 para alguns testes de Raciocínios + Expressão *
Bastão Telescópico 3 (C) 2/J 3 • Recolhe para Tamanho 1/S *
Tonfa (cassetete) 2 (C) 2/J 2 • +1 Defesa *
Clava de Madeira 2 (C) 2/J 2 n/a
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais. † Esta arma requer duas mãos. Se usado com
uma mão, o requisito de Força aumenta em 1.

causado pelo ataque atende ou excede o Vigor do alvo (não o
Tamanho), o alvo perde sua próxima ação.
Shakuhachi Flauta: Talvez uma das armas mais impro-
váveis do antigo samurai fosse a flauta de bambu conhecida
como shakuhachi. Em 1876, a Lei de Abolição da Espada for-
çou os samurais a abandonar seus títulos e armas. Ainda de-
sejando armas, o samurai caído redesenhou essas tradicionais
flautas para serem mais pesadas, com núcleos mais duros e
ocos e maior equilíbrio.
Shakuhachi ainda pode ser comprado de fornecedores
apropriados com temas asiáticos. Não apenas um personagem
pode tocar flauta (Raciocínio + Expressão com +1 de bônus),
mas também pode usá-lo como bastão de madeira contra ini-
migos. O item é equilibrado para isso e, como tal, não é pena-
lizado por ser improvisado.
Bastão Telescópico: O bastão telescópico não é total-
mente diferente de qualquer outro bastão ou bastão de metal.
O bastão é feito de aço sólido e pode ser usado para quebrar
crânios, quebrar braços ou partir rótulas como qualquer outro
bastão. A diferença aqui é que o bastão é carregado por mola
ou, em vez disso, é aberto com uma rápida pressão cinética.
Um personagem pode esconder o bastão de aço dentro do
punho, que é de um tamanho significativamente menor (Ta-
manho 1/C) do que o taco médio. Com um movimento do
pulso, a empunhadura gasta o taco telescópico, que salta para
aproximadamente 66cm de comprimento (ou Tamanho 2/J).
Tonfa (Cassetete): A tonfa de Okinawa não começou
como uma arma. Uma vez, a tonfa nada mais era do que um
cabo usado para virar uma pedra de moinho. Mas os campo-
neses, incapazes de sustentar ou manter armas, foram capazes
de adotar essas alças improvisadas para defesa. Com o tempo,
as artes marciais se desenvolveram ao redor das alças e torna-
ram-se excelentes bastões para defesa. Tonfa é o protótipo do
bastão policial moderno, o cassetete.
A maioria das tonfas é feita de madeira ou plástico duro.
Elas não são apenas funcionais como clavas poderosas, mas
também fornecem uma defesa forte e simples. Qualquer um
usando uma tonfa em combate próximo ganha um modifica-
dor +1 em sua Defesa. Este modificador de Defesa é aplicado
contra ataques de Armas de Fogo, desde que o atirador esteja
dentro do alcance, normalmente.
Clava de Madeira: Vista em todo o folclore e cultura
popular como as armas favoritas dos homens das cavernas
e gigantes, a clava é realmente uma das armas mais antigas
e simples disponíveis. A clava de madeira não é apenas fácil
de improvisar, mas também tem vários análogos do mundo
real. Clavas modernas incluem tacos de beisebol, bengalas,
shillelagh irlandês, knobkerries Africano e bastões de madei-
ra. Todos estes são ponderados apropriadamente e podem ser
usados para bater um adversário na cabeça sem penalidade.
As clavas improvisadas podem incluir pernas de cadeira
ou de mesa, duas por quatro ou cabos de vassoura (Essas ar-
mas sofrem a penalidade de –1 associada à maioria das armas
improvisadas, no entanto).
Clavas que não são de madeira têm as mesmas Caracte-
rísticas, exceto pela Durabilidade, que é o material do qual
são feitos.
Armas de Corrente
De um modo geral, as armas de corrente consistem de
uma extremidade romba ou lâmina em uma extremidade de
uma longa corrente. A corrente em si pode funcionar de vá-
rias maneiras. Pode prender um oponente, sufocá-lo ou agir
como uma entrega de longa distância do final com ou sem
lâmina.
Qualquer um pode pegar uma arma de corrente, mas
usá-la efetivamente é um assunto completamente diferente.
Sem o movimento adequado (aprendido através do treina-
mento), uma arma de corrente é uma ferramenta imprevisível.
Balançar-se descontroladamente só oferece caos, e um usuário
não especializado é capaz de se ligar ou se cortar como está
para prejudicar seu adversário.
Salvo indicação em contrário, as armas de corrente re-
querem pelo menos um ponto na Vantagem Estilo de Comba-
te: Armas de Corrente (encontrada na pág. 211). Se um perso-
nagem não cumprir este requisito, ele recebe uma penalidade
de –2 para usar a arma de corrente em combate.
Corrente (Básica): A corrente de metal média, favorecida
por certos bandidos e membros de gangues, faz um trabalho
médio de causar contusões e quebrar ossos. Um personagem
pode usar qualquer coisa, desde uma corrente de bicicleta a
uma cadeia de calibre mais espessa (como aquelas usadas para
trancar cercas ou portões). A maioria das correntes é pesada
demais para um personagem (grande demais para caber em
uma mão ou um pouco longa demais para ser usada adequa-
damente) e, em última análise, não deve ser usada como arma.
Nesse caso, o Narrador pode invocar a penalidade de armas
improvisadas –1. Ao contrário das outras armas de corrente,
no entanto, esta corrente básica não requer o pré-requisito da
Vantagem Estilo de Combate: Armas de Corrente para usar.

32 capitulo um - armamento corpo a corpo

 Armas de Corrente
Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Corrente (Básica) 1 (C) 1/C 3 n/a Por vezes improvisada*
Kusari Gama 2 (C/L) 3/N 3 •• –2 Dano sem a Vantagem
Estilo de Luta: Armas de Corrente*
Kyoketsu Shogi 1 (C/L) 3/N 2 •• –2 Dano sem a Vantagem
Estilo de Luta: Armas de Corrente*
Manriki Gusari 2 (C) 2/S 3 • –2 de Dano sem a Vantagem
Estilo de luta: Armas de Corrente*
Nunchaku 1 (C) 1/C 3 • –1 Dano sem Destreza 3*
Poi 0 (C) 1/C 3 n/d
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais.

Kusari Gama: O kusari gama tem três armas em uma.
Esta arma é um peso pesado, uma corrente e uma foice de lâ-
mina reta de fazendeiro. Esta arma (usada primeiramente por
fazendeiros e mais tarde por artistas marciais) é praticamen-
te inútil nas mãos dos inexperientes. Ao contrário da crença
popular, a foice não é “lançada”. Um usuário segura a foice
em sua mão direita enquanto sua mão esquerda manipula a
corrente e o peso.
Kyoketsu Shogi: Como o kusari gama, esta arma é com-
posta por três armas - neste caso, é uma faca com gancho, uma
corda e um anel pesado. Um personagem pode usar a corda
para agarrar, o anel para causar dano contundente e a faca
com gancho para cortar um inimigo emaranhado.
No entanto, esta arma também pode servir como um
gancho ou dispositivo de escalada. Adiciona um modificador
+2 a qualquer teste de Escalada (veja pg. 72, o Livro de Regras
do Mundo das Trevas).
Manriki Gusari: O manriki gusari são dois pesos con-
tundentes ligados por um comprimento de corrente. A arma
tende a ser mais curta que suas duas primas (mencionadas
acima) e, por essa razão, pode ser mais facilmente ocultada.
No entanto, é mais longo do que o nunchaku (abaixo) e é
destinado principalmente à agarrar. Os pesos fortalecem qual-
quer enredamento preso das cadeias; um inimigo tentando
escapar de tal agarrão sofre –1 de penalidade em seu teste para
escapar. Um personagem também pode usar as extremidades
ponderadas da arma para bater nos oponentes.
Nunchaku: Nunchaku (ou “nunchucks”) são pouco
mais do que dois cabos curtos conectados por uma corrente
curta. Como a katana, os nunchaku alcançaram uma espécie
de estatura mítica da exposição à cultura pop. Imagens persis-
tem de artistas marciais usando essa arma em uma enxurrada
de ataques, imparáveis em sua vivacidade e fúria. Isso rara-
mente funciona assim. Como a maioria das armas de corren-
te, o nunchaku é desajeitado nas mãos dos inexperientes. Um
personagem tem a mesma probabilidade de quebrar o próprio
nariz e quebrar a mandíbula de um adversário.
O Nunchaku não requer o uso da Vantagem Armas
de Corrente, mas os personagens sem Destreza 3 ou maior
sofrem -1 para atacar. O Nunchaku não pode ser usado em
nenhum dos movimentos de luta fornecidos pela Vantagem
Armas de Corrente.
Poi: Os Maoris da Nova Zelândia praticam uma arte de
dança que usa um dispositivo chamado poi (tradução: “bola”).
Poi é geralmente um conjunto de duas esferas ligadas por uma
corda ou corrente. Os Maoris dançam com o poi, girando em
um furioso malabarismo giratório. Atualmente, o poi é uma
forma de arte (tanto para turistas quanto para tradicionalis-
tas), mas seu propósito original era treinar um membro da tri-
bo em destreza manual. O poi também pode ser usado como
arma em si. Não causa dano massivo, mas as extremidades
ponderadas do poi podem ser giradas para frente e usadas
para acertar um oponente. A corda ou a corrente também
podem ser usadas para agarrar.
Uma variação digna de nota é o poi de fogo. Poi de fogo
tem extremidades embebidas em líquido inflamável (óleo da
lâmpada, geralmente). Um usuário acende as extremidades
no fogo e, em seguida, gira descontroladamente ao redor.
Personagens podem usar um poi de fogo como arma, mas os
ataques são feitos com uma penalidade de –1. No entanto,
enquanto o dano ainda está atacando, um ataque bem-sucedi-
do irá queimar o alvo com ferimentos letais. Suponha que as
extremidades em queima de um poi de fogo tenham Tamanho
de Fogo 1 com Modificador de Calor de +1, causando assim
dois de dano letal por contato. Se o ponto de fogo for usado
com sucesso para infligir este dano por dois turnos consecuti-
vos, quaisquer itens combustíveis no alvo (cabelo, roupas) pe-
gam fogo (Por esta razão, um fracasso dramático ao empunhar
o poi de fogo não é recomendado, já que o usuário pegará
fogo).
Armas de Haste
Uma arma de haste é, simplesmente, uma arma montada
em um longo mastro. Lanças são adagas em cima de um cabo
longo e alabardas são machados.
Armas de Haste - especificamente a lança e bastão - têm
sido utilizados como armas de caça e pesca há milhares de
anos. Com o tempo, no entanto, a vantagem que uma arma
fornece em combate ficou clara. Com uma arma de haste, um
guerreiro pode manter seus oponentes a uma distância maior
enquanto ainda lhes causa dano. O inimigo não pode se apro-
ximar para fazer um ataque, mas o guerreiro com a lança ou o
cajado ainda pode apunhalar, golpear ou espancar o oponente
de longe. É por essa razão que, a menos que seja indicado de
outra forma, todas as armas de haste concedem ao portador
uma Defesa +1.
Alabarda: A alabarda, uma arma com um machado, gan-
cho e pique no lado de negócios, viu uso pesado nos séculos
14 e 15. Na batalha, um guerreiro poderia usar o gancho para
desalojar cavaleiros de suas montarias ou arrancar a perna de
um inimigo de dentro dele e derrubá-lo no chão. Balançar a
lâmina do machado com grande ímpeto permitiu ao usuário

ARMAS DE CORRENTE - ARMAS DE HASTE 33

 cortar e cortar seus oponentes, mantendo-os a uma distância
relativa. O pique serviu para esfaquear aqueles adversários ou
matar seus cavalos.
Um personagem usando uma alabarda pode fazer um
ataque de trip como se possuísse a Vantagem Estilo de Luta:
Combater com Bastão (ver p. 215). Um personagem usando
uma alabarda que possua a Vantagem recebe um bônus de +1
no teste.
Um número de armas de haste espelha a construção ge-
ral da alabarda com pequenas variações no desenho da cabe-
ça da arma. Variações particulares incluem a língua de boi,
bardiche e voulge. Estas armas de haste funcionam como a
alabarda, com estatísticas iguais.
A alabarda continua a ser uma arma cerimonial da Guar-
da Suíça do Vaticano, e alguns dizem que as armas não são
puramente cerimoniais, mas que os guardas são bastante ver-
sados em usá-las para despachar oponentes.
Naginata: No final desta arma de haste está uma lâmina
curva de 60cm. Esta arma, favorecida pelos samurais e várias
outras classes guerreiras do Japão antigo, é um item relativa-
mente leve e equilibrado. O menor peso e maior equilíbrio do
naginata permite que ele seja usado com uma graça maior do
que outras armas de haste. Nesse caso, o requisito de Força é
um a menos que o sugerido pelo Tamanho do item. Com as
duas mãos, a arma requer Força 3, e uma Força 4 é necessária
para usar a naginata em uma única mão.
Outras versões do naginata incluem o glaive, guisarme,
bill e fauchard.
Fantasmas do Sohei
A naginata era a arma preferida dos mon-
ges guerreiros sohei do Japão feudal. Os
monges budistas permaneceram proemi-
nentes por quase 700 anos, até a sua morte
no final do século XVI. Esses santos guer-
reiros lutavam ferozmente contra qualquer
percepção de opressão contra eles ou
contra os fazendeiros do campo. Os sohei
não eram monges solitários, mas em vez
disso agiam como grupos de guerreiros que
se acumulavam no país, amotinando-se
com seus naginatas sempre que percebiam
uma ameaça ao budismo ou ao seu próprio
poder. Seu senso de justiça foi obscurecido
pela ira feroz, e muitos sugerem que isso
causou sua queda.
Hoje, os fazendeiros do interior dizem que
Armas de Haste
Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Alabarda † 4 (L) 4/N 3 •••
Naginata † 3 (L) 4/N 2 •••
Bastão † 2 (C) 4/N 1 •
Lança † 3 (L) 4/N 2 •
Tridente † 4 (L) 4/N 3 ••
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais. † Esta arma requer duas mãos. Se usada com uma mão, o requisito de
Força aumenta em 1.
34 capitulo um - armamento corpo a corpo
o sohei pode ser visto hoje como multidões
espectrais viajando pela terra, cada uma
com uma naginata enferrujada pronta.
Alguns acreditam que os sohei buscam aca-
bar com a opressão e alegam tê-los visto
no Tibete, reunindo-se nos silenciosos ocos
nevados das montanhas. Outros afirmam
que eles estão simplesmente perturbados
e irritados, incapazes de deixar a Roda do
Samsara adequadamente, e que seu gosto
pela morte cresce noite a noite.
Bastão: O bastão (também conhecido como bo pessoal
ou bastão longo) é um eixo feito de madeira pesada. Cada um
tem entre 1,50m a 1,80m de comprimento e contribui para
uma arma descomplicada. O bastão tem visto uso em todo o
mundo, desde o samurai no Japão feudal até Little John na
história de Robin Hood. Várias artes marciais ainda incluem
treinamento com bastões. Pode ser equipado como uma cla-
va longa, ou pode ser empurrada para frente para manter os
oponentes à distância.
Os bastões de nível de armas verdadeiras são feitos de
madeira particularmente grossa e forte (cinzas ou espinheiro,
por exemplo) e podem ter uma Durabilidade 2, embora tais
itens também custem o equivalente. Pode-se também impro-
visar sua forma de equipar quebrando o fim de um riacho ou
ancinho, mas estes causam Dano 1 (C) devido à penalidade
de arma improvisada.
Lança: Esta arma de haste tem em seu topo uma ponta
afiada feita de osso, pedra, madeira ou metal. A lança pode
ser segurada nas mãos e usada como uma arma comprida ou
pode ser lançada (para informações sobre armas arremessa-
das, veja pág. 71, do Livro de Regras do Mundo das Trevas).
A lança é uma arma fundamental, contada como uma das
primeiras ferramentas de caça e, da mesma forma, acredita-se
que seja uma das primeiras armas de guerra verdadeiras.
Esta história é talvez porque a lança aparece em vários
mitos significativos. O herói irlandês Cuchulainn tinha uma
lança mágica (a Gae Bulg), que se diz ser um osso entalha-
do de um monstro marinho primitivo. A lança de Odin era
Gungnir, uma lança fabricada a partir da Árvore do Mundo
de Yggdrasil, e as histórias sugerem que a lança nunca errou
o alvo e sempre retornou para a mão de Odin quando foi
lançada. Talvez a mais popular lança “mítica” seja a Lança
do Destino, a lança usada para esfaquear o lado de Cristo.
Diz-se que esta lança em particular arde com o poder de Deus
ou do Diabo, e apareceu em incontáveis contos apócrifos nos
últimos dois milênios. A Lança do Destino foi atribuída a reis
+1 Defesa, ataque de trip *
+1 de Defesa, –1 Força Mínima *
+1 Defesa *
+1 Defesa *
+1 Defesa *
pagãos, papas corruptos e até Adolf Hitler. Um conto recente
conta que o general Patton conseguiu arrancar a lança dos
alemães, encontrando-a em um esconderijo escondido com
uma reserva de outros tesouros ocultos esquecidos. Com a
arma mágica, as forças americanas se tornaram incontroláveis,
e a maré da guerra virou-se de fato. Supõe-se que, se isso for
verdade, os Estados Unidos perderam a posse da lança algum
tempo antes do conflito no Vietnã.
Tridente: O tridente é uma lança de três pontas destina-
da a pescar, mas, como muitas outras ferramentas, também
pode ser usada como uma arma mortal. Como uma lança, o
tridente pode ser usado em combate próximo ou jogado em
inimigos. As três pontas pontiagudas dão à arma um potencial
ligeiramente maior de dano do que sua prima menor, a lança.
O tridente é frequentemente associado a Poseidon, o
rei Grego dos Mares. Ele também está associado ao conceito
medieval do Diabo Cristão, que está sentado em seu trono
nascido do Inferno, o tridente em sua mão agindo como um
cetro infernal. Em termos modernos, o tridente é um míssil
balístico usado por nações ocidentais.
Outras versões do tridente incluem o spetum e o ranseur.
cabeça do machado ao cabo, mas em vez disso, encaixaram no
lugar para maior robustez. As tribos bárbaras usavam macha-
dos para atacar os cavalos que caíam sobre eles, enquanto os
cavaleiros usavam o ímpeto dos machados para balançar com
força e rapidez do ponto de maior vantagem. O machado se
tornou uma ferramenta viciosa em combate, certamente não
tão leve quanto a espada ou a adaga, mas com um poder mui-
to maior quando se conectava.
Curiosamente, o machado de batalha também tem lugar
na religião e na superstição, começando desde o Neolítico. Os
machados eram freqüentemente “presentes” para os deuses,
e eram deixados em altares ou enterrados para que os deuses
pudessem usá-los como armas exaltadas. Os machados tam-
bém eram ícones de proteção: os homens os colocavam nos
telhados para impedir os raios e as tempestades de granizo,
deixavam-nos no meio dos campos para garantir boas colhei-
tas e machados enterrados sob as casas ou sob os leitos para
afastar as bruxas e outros monstros.
Os machados de batalha podem ser de uma ou duas ca-
beças e geralmente são leves o suficiente para serem carrega-
dos em uma mão.

Machados e Martelos
Machados e martelos eram ferramentas antes de serem
armas, mas com o tempo, seu valor na batalha ficou claro. O Labrys
Embora geralmente difíceis de manejar, machados e martelos
O labrys é um antigo batalhão projetado
podem causar danos tremendos nas mãos dos fortes. Os mar-
por Minoan. Muitas vezes criados a partir
telos podiam quebrar ossos e amassar armaduras, enquanto
de bronze ou ouro, esses eixos são conside-
os machados podiam se furar através das articulações vulnerá-
rados obras de grande beleza, e sobre eles
veis em trajes de malha, cortando assim braços, pernas e até
são escritos intrincados labirintos destinados
mesmo cabeças. Machados e martelos podem não ter exigido
a simbolizar o labirinto de Creta. A lenda
a sutileza de um espadachim adequado, mas esses dispositivos
inclui esses machados em uma série de
brutais não exigiam esse nível de graça para extrair sangue.
contos apócrifos, colocando-os nas mãos
Machado de Batalha: Os primeiros machados de pedra
das guerreiras amazonas, Hércules, o mino-
foram produzidos há quase 8.000 anos e, desde então, os
tauro minoano e até mesmo o deus africano
machados têm sido uma ferramenta comum durante todo o
Xangô, cujo machado trouxe trovão e mau
crescimento da civilização. Os machados eram (e são) usados
tempo.
para derrubar árvores e rachar lenha, cortar raízes e verduras e
até mesmo quebrar pedra. É difícil saber exatamente em que O mais estranho e mais recente conto
ponto alguém reconheceu que um machado seria uma exce- sobre os labrys diz respeito a vários desses
lente ferramenta para derrubar e cortar seres humanos, mas machados descobertos em uma escavação
pode ter sido na época em que alguém percebeu o potencial arqueológica de cavernas perto de Knos-
do machado em decapitar o gado ou outros animais. sos. Segundo relatos, os arqueólogos que
Independentemente disso, o machado de guerra nasceu. descobriram as armas (das quais havia 13,
Os Smiths modificaram os machados de derrubada para me- supostamente encontradas em uma tumba
lhor equilíbrio no combate. Os Smiths já não amarraram a sem corpo) pareciam obcecados com os

Machados e Martelos
Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Machado de Batalha 3 (L) 3/N 3 ••
Machado de Colisão 2 (L) 2/S 4 •
Machado de Fogo † 3 (L) 3/N 2 •
Machadinha 1 (L) 1/C 2 •
Machado de Gelo 2 (L) 2/J 1 • Perfurante de Armadura 1 *
Machado de Guerra † 5 (L) 4/N 3 ••• Explosão do 9
Martelo de Guerra † 5 (C)/4 (L) 4/N 3 •• Perfurante de Armadura 1 (apenas letal),
recuperar após o golpe *
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais. † Esta arma requer duas mãos. Se usado com uma mão, o requisito de
Força aumenta em 1.

MACHADOS E MARTELOS 35
 artefatos, particularmente com os intricados
labirintos gravados nas cabeças dos ma-
chados, que pareciam desafiar a solução.
Eventualmente, os membros da equipe de
escavação roubaram os artefatos e desa-
pareceram. Os machados e os arqueólo-
gos continuam desaparecidos até hoje, e
ninguém sabe o que acontecerá quando os
minúsculos labirintos forem resolvidos.
Machado de Colisão: Um machado de colisão é um
pequeno machado de sobrevivência feito para uso em emer-
gências. Vários pequenos aviões têm pelo menos um macha-
do a bordo, e os bombeiros também os carregam também.
O machado pode ser usado para quebrar vidro, cortar portas
metálicas abertas, cavar, até limpar detritos. Esses eixos são
particularmente difíceis. Eles não são apenas feitos de aço re-
forçado, forjado e rebaixado (+1 Durabilidade), mas também
possuem alças de borracha isoladas para suportar até 20.000
volts de eletricidade.
Machado de Fogo: Os machados de fogo são comuns
entre o corpo de bombeiros e policiais, mas também podem
ser comprados para uso doméstico. Esses machados podem
ser usados em entradas forçadas, extrações de acidentes e ven-
tilação improvisada em áreas de fumaça pesada. Os machados
de fogo também podem ser usados para cortar árvores, deca-
pitar animais ou cortar os membros de um adversário com um
golpe duro. Embora um machado de fogo não seja destinado
a combate, seu único objetivo é causar danos. Como tal, o
machado do fogo é equilibrado para ataques poderosos e não
sofre qualquer penalidade por ser uma arma improvisada.
Machados de fogo mais avançados custam, e podem ter
alças de fibra de vidro (Durabilidade total 3), bem como uma
palheta no final do machado, que tem um nível de Dano 2
(L), mas que pode ignorar a Armadura (Perfurante de Arma-
dura 1) .
Machadinha: Uma machadinha, principalmente para o
corte de fogueira ou outras pequenas tarefas, pode ser usado
como uma arma em uma pitada. As machadinhas às vezes vêm
em kits de camping ou sobrevivência, e muitos machados têm
alças vazias que podem ser preenchidas com fósforos imper-
meáveis, um canivete ou uma pedra de afiar. Uma machadi-
nha não conta como uma arma improvisada.
Machado de Gelo: O machado de gelo não é realmente
um machado, mas uma picareta usada em alpinismo. A pa-
lheta no topo e a ponta na parte inferior são usadas para se
ancorar, ganhar equilíbrio e estabilidade e cavar buracos de
mosquetão.
Como os machados de fogo, os machados de gelo são
equilibrados o suficiente para que eles não sofram a penalida-
de normal de –1 associada a armas improvisadas, mesmo que
eles não tenham sido projetados para causar danos ao corpo
humano. Além disso, o pico e o pico de um machado de gelo
podem ser usados para perfurar a armadura (Perfurante de
Armadura 1).
Leon Trotsky, pensador marxista e um dos herdeiros do
comunismo, foi assassinado no México com um machado de
gelo.
Machado de Guerra: O machado de guerra é uma versão
gigante de duas mãos do machado de batalha. A maioria dos
36 capitulo um - armamento corpo a corpo
machados de guerra é de duas pontas, com lâminas de aço
ou aço que pesam o suficiente para cruzar o crânio de um
cavalo com um único giro. Eles não viam muito uso prático
no campo de batalha - eles eram muito pesados, no final das
contas -, mas algumas tribos bárbaras os consideravam entre
suas armas mais cruéis e eficazes. Personagens empunhando
machados de guerra os acham tão mortais, na verdade, que
ataques feitos com essas armas podem aplicar a regra da Ex-
plosão do 9 ao teste.
Antes da eficiência mecânica da guilhotina, o machado
de guerra duplicou como a arma decapitadora de muitos car-
rascos, e há histórias de machados manchados que se recusam
a ficar limpos, com rostos levemente visíveis no sangue. Se
eles são os rostos dos executores ou de suas vítimas, não é
aparente.
Martelo de Guerra: Às vezes chamado de “picareta de
guerra” ou “picareta de cavaleiro”, o martelo de guerra é es-
sencialmente um gigantesco martelo. Este juggernaut de duas
mãos tem uma ponta romba que pode esmagar ossos e uma
ponta que pode perfurar a maioria das armaduras. Guerreiros
usavam freqüentemente martelos de guerra contra aqueles a
cavalo, contra os quais essas armas podiam quebrar as pernas
dos corcéis que se aproximavam, enviando assim os cavaleiros
para o chão, onde eles eram vulneráveis a ataques posteriores.
O final rombudo tem Dano 5 (C), enquanto o final da rodada
tem Dano 4 (L) e Perfurante de Armadura 1, e, claro, a arma
tem um potencial de dano monstruoso devido ao seu peso.
Infelizmente, isso também torna a arma incrivelmente lenta e
desajeitada. Depois de um turno usando o martelo de guerra,
o atacante deve esperar um turno completo para usar a arma
novamente ou sofrer uma penalidade de –3 no ataque (Na
verdade, todos os turnos após o primeiro sofrem esta penali-
dade de –3 até que o usuário dê uma guinada em que ele não
tome outras ações além de se reequilibrar).
O mais famoso martelo de guerra era o mítico marte-
lo da lenda nórdica, Mjolnir. Literalmente traduzido como
“Aquilo que esmaga”, Mjolnir era a arma premiada do deus
do trovão, Thor. Toda vez que ele girava, o poder de Mjolnir
emitia um trovão estrondoso que ensurdecia os que estavam
por perto.
Armamento Corpo a Corpo Diverso
Algumas armas não conseguem encontrar uma casa em
categorias maiores. Freqüentemente, estranhas armas arcaicas
ou as modernas armas de autodefesa se enquadram nessa ca-
tegoria diversa. Abaixo estão algumas dessas armas variantes.
Bagh-Nakh: O bagh-nakh (ou “Garras de Tigre”) se en-
caixa nas juntas ou sob e contra a palma da mão. O disposi-
tivo é geralmente todo em metal, com duas ou quatro garras
de aço projetando-se para cortar a pele e o músculo. Muitos
bagh-nakhs são projetados para criar feridas que parecem imi-
tar as criadas por um animal selvagem, como um golpe de um
tigre ou garra de urso (O Narrador pode permitir um teste de
Inteligência + Sobrevivência para determinar se algum per-
sonagem é enganado por essas lesões. O sucesso indica que
um personagem sabe que ele é feito pelo homem). Usar o
bagh-nakh é uma área de luta corpo-a-corpo, não combate
com arma branca normal. Como tal, um ataque usando o
bagh-nakh requer um teste de Força + Briga.
Semelhante ao bagh-nakh são as supostas armas ninja co-
nhecidas como shuko. Shuko é usada ao redor do pulso, com
uma protuberância de metal (e farpada) descansando na pal-
ma da mão. Um shuko causa o mesmo dano que o bagh-nakh,
mas as garras do shuko são menores e as feridas deixadas não
imitam o de um animal. Além disso, o shuko ajuda na escala-
da e fornece um bônus de +1 a qualquer teste de escalada feito
por um jogador cujo personagem esteja usando-o (Veja pg. 72,
o Livro de Regras do Mundo das Trevas).
Soqueiras: As soqueiras (latão ou cromo) são um velho
favorito dos valentões da máfia, seguranças e pugilistas de
beco sem saída. As articulações de bronze são de construção
mínima, sendo nada mais do que metal enrolado em torno de
cada dedo, permitindo que alguém faça um golpe de mandí-
bula e quebra de queixo.
Uma versão mais moderna das soqueiras é a das luvas
de seiva. Essas luvas de couro resistentes - usadas por várias
agências policiais (e organizações criminosas) em todo o mun-
do - têm granalha de aço ou placas costuradas nos dedos. Es-
tas luvas têm a mesma função que as soqueiras (poderosos,
socos para esmagar os ossos), tendo as mesmas Características
de jogo. As luvas não são tão óbvias quanto as soqueiras, pa-
recendo nada mais do que grossas luvas pretas. No entanto,
a destreza manual do usuário sofre ao usar luvas de seiva, e
quaisquer ações executadas que exijam tal destreza manual
(operar uma arma, usar uma ferramenta manual, escalar) são
feitas com uma penalidade de –1.
Se as luvas de seiva são uma atualização moderna para
os socos ingleses, a arma conhecida como “dragon knuckles”
(juntas de dragão) é mais brutal. Os nós dos dragões são nó-
dulos de metal com nódulos afiados, de aço, eriçados do me-
tal. Essas rebarbas de metal causam estragos na carne exposta.
Juntas de Dragão recebem zero modificadores de ataque, mas
causam dano letal ao invés de contundente. As juntas de dra-
gão também são ilegais nos Estados Unidos e na maioria dos
países ocidentais.
Para efeitos de combate em espaços fechados (p. 161), as
soqueiras (e suas variações) são de Tamanho 0.
Vara de Captura: Vara de captura são usadas para conter
animais. O dispositivo consiste de um poste de alumínio de
90cm a 150cm com um laço de cabo de metal coberto de
plástico em uma extremidade. Um manipulador de animais
coloca o laço sobre a cabeça de um animal e, uma vez que o
laço esteja em volta do pescoço da besta, o cabo possui um
mecanismo que permite ao treinador apertar e travar o cabo.
Isso mantém o animal a uma distância razoavelmente segura e
permite que o treinador direcione os movimentos do animal.
Ele pode soltar a criatura girando um botão no cabo, abrindo
assim o laço. Geralmente, isso é usado em cães, embora certa-
mente possa ser usado em pumas, jacarés ou outras criaturas.
“Outras criaturas” podem muito bem incluir pessoas.
Não há motivo para um personagem não conseguir enlaçar
o pescoço de uma pessoa e mantê-lo sob controle com o com-
primento do mastro. Fazer um loop no dispositivo em volta
do pescoço requer um teste de agarrar, exceto que o atacante
deve usar Força + Armamento (menos a Defesa do alvo) em
vez de Briga. Escapar da vara de captura pode ser um pouco
mais difícil para o alvo. O alvo pode tentar escapar em sua
próxima ação fazendo o teste de Força + Briga (menos a Força
do atacante), mas o alvo também sofre uma penalidade adicio-
nal de –2 (máximo –5) por causa do cabo de aço durável em
seu pescoço. Como alternativa, o alvo pode tentar quebrar ou
danificar o bastão de alumínio. Assuma que a vara de captura
tenha Durabilidade 2 e Estrutura 5 para causar dano.
Se assim for desejado, um personagem pode usar a vara
de captura como um simples objeto pontiagudo, mas é leve e
ganha pouco impulso quando balançado, e tem uma caracte-
rística de Dano 0 (C).
Chifres do Faquir: Faquires, os místicos reclusos e men-
digos da índia e do islamismo, são frequentemente criadores
de milagres problemáticos. Raramente contentes em perma-
necer em reclusão, os faquires muitas vezes vêm às ruas da
Índia para fazer “shows” para os transeuntes. Esses eventos
às vezes têm os faquires gritando nomes mágicos e cantos nas
pessoas, às vezes gritando os mantras e epítetos em seus ros-
tos. Outros faquires dançam em brasas, tentam a levitação,
passam fome publicamente e encantam vários animais, como
cobras. Embora nem todos os faquires sejam tão intoleráveis
(alguns são silenciosos ascetas sufis), eles tendem a atrair a ira
daqueles que os rodeiam e são ilegais em várias cidades por
causa disso.
Os faquires, sabendo que podem ser atacados, costumam
trazer um conjunto de “chifres de faquir” para proteção. O
dispositivo, essencialmente um escudo redondo de metal,
com dois longos chifres de antílope enrolados de cada lado,
garante ao portador uma capacidade ofensiva e defensiva. Um
faquir segura o escudo, ou madu, no meio e usa os chifres
de antílope (geralmente inclinados com metal ou afiados de
outra forma) para desencadear ataques destinados a perturbar
a “magia” do faquir. Embora usado predominantemente para
afastar ataques, o usuário também pode use os chifres como
instrumentos de pressão.
Usar os chifres como uma arma é difícil, e é refletido no
modificador -1 para o teste de ataque. No entanto, brandindo
o escudo madu também concede ao usuário um bônus de +1
para a Defesa. Se o portador possuir a Vantagem Esquiva [Ar-
mamento] (•), ele lhe concede +1 de Defesa adicional.
Leque de Ferro: O leque de ferro (ou gunsen) é um leque
dobrável com nervos de metal. Os Samurais nunca ficaram
sem um leque enfiado em seu obi (faixa); a etiqueta exigia isso.
Às vezes, porém, os guerreiros eram obrigados a abrir mão de
suas espadas em ocasiões formais, o que os deixava indefesos.
O leque de ferro permitiu que um samurai mantivesse uma
arma escondida.
Se o usuário tiver a Vantagem Esquiva [Armamento], ele
pode adicionar +1 a sua Defesa total ao se esquivar se ele esti-
ver usando um leque de ferro para impedir ataques próximos
de um quarto de distância.
O mito japonês sugere que a própria ideia para o adepto
da guerra veio dos espíritos dos corvos, os Tengu. Eles ensina-
ram a construção dos torcedores para aqueles guerreiros que
os aplacaram com presentes e truques. O Tengu supostamente
carregava seu próprio gunsen: leques feitos de asas de corvo
oleosas, farpadas nas extremidades.
Jittei: Jittei são clavas de ferro antes usados pelas forças
policiais do Japão. Embora essas barras de ferro possam ser
usadas como tacos de metal, elas também vêm equipadas com
ganchos de “espadim” que se estendem da arma, logo acima
da empunhadura. Usuários habilidosos do jittei podem, na
verdade, mirar uma arma corpo-a-corpo usada em um ataque
recebido e bloqueá-lo. Particularmente talentosos (ou sortu-
dos), eles podem até usar o “espadachim” para quebrar uma
lâmina.
O uso geral do jittei concede ao usuário +1 na Defesa.
armas DIVERSAS 37
 No entanto, o combatente pode mirar especificamente a arma
de um oponente em um esforço para quebrá-la. Tal ataque
é feito em um modificador de –3 (para uma penalidade de
ataque direcionada). No entanto, o jittei não recebe dano se
não causar dano em mais da Durabilidade da arma alvo (Veja
“Objetos como Alvos”, pg. 138, o Livro de Regras do Mundo
das Trevas).
O sai é outra versão do jittei, exceto que o sai aparece
como uma faca de metal sem borda e dois “pegadores de espa-
da” em vez de um. O dano de um sai é 2 (C).
Anel de Lâmina: Um anel de lâmina é exatamente o que
parece. Tal arma consiste em um anel de metal com algum
tipo de lâmina saindo. O anel de lâmina se encaixa sobre um
dedo, geralmente o indicador ou o médio, e pode ser usado
para cortar os oponentes. Alguns anéis de lâmina não pos-
suem lâminas e, em vez disso, apresentam espinhos ou agu-
lhas para causar dano letal.
Atacar com um anel de lâmina requer um teste bem suce-
dido de Força + Briga. O tamanho pequeno da arma confere
um modificador –1 ao usuário. Os anéis de lâmina podem ser
grosseiramente artesanais com as ferramentas certas (moinho
de aço, ferro de solda) com um teste de Destreza + Ofícios es-
tendido. Cinco sucessos são necessários e cada jogada é igual
a 15 minutos.
Para efeitos de combate em espaços fechados (p. 161), os
anéis de lâmina têm Tamanho 0.
Arame de Estrangulamento: O termo “arame de estran-
gulamento” não é totalmente apropriado, porque esta arma
(geralmente consistindo de um fino fio de metal conectado
por duas alças ou manoplas) não é usada para estrangular,
mas para danificar as partes críticas da vítima, pescoço e gar-
ganta. O fio morde profundamente o pescoço e pode dani-
ficar a traquéia ou cortar as artérias carótidas ou jugulares.
Alguns o chamam de “garrote”, embora isso também não seja
precisamente preciso, já que os garrotes eram ferramentas de
execução espanhola que envolvia um colar de metal com es-
pinhos, colocados ao redor do pescoço da vítima e apertados
até esmagar as vértebras ou o esôfago. O que quer que se quei-
ra chamar de arame de estrangulamento, é uma ferramenta
particularmente brutal usada por assassinos, serial killers e
cultistas assassinos em todo o mundo. Além disso, o arame de
estrangulamento é uma arma quase silenciosa, já que o único
som tende a ser uma surra em pânico, seguida pelo borbulhar
encharcado das respirações finais do alvo.
Atacar com um arame de estrangulamento primeiro re-
quer que o usuário tenha sucesso em um teste de agarrar. No
turno seguinte, o atacante pode aplicar o arame ao pescoço do
alvo com um teste bem-sucedido de Força + Armamento (–3
por ser um ataque direcionado, mas a Defesa da vítima não
é subtraída do teste do atacante). No entanto, se o atacante
fizer um ataque surpresa bem-sucedido por trás, e o oponente
falhar seu teste Raciocínio + Autocontrole para perceber a em-
boscada, o atacante pode lidar diretamente com o teste Força
+ Armamento. A Defesa do adversário não é aplicada.
A vítima pode tentar quebrar o porão a cada turno sub-
seqüente (de acordo com as regras de luta, pp. 157–159, o
Livro de Regras do Mundo das Trevas). A cada turno após
o primeiro, a vítima recebe uma penalidade acumulada de –1
no teste para escapar, à medida que o sangue que flui para o
cérebro diminui (um máximo de –5 de penalidade). Uma vez
que a vítima recebe dano igual ao seu Vigor, ela desmaia. Ela
pode lutar contra a inconsciência, conseguindo um teste de
Vigor reflexo. Um único sucesso permite que ela permaneça
consciente até o próximo turno, quando ela deve ter sucesso
novamente em outro teste de Vigor.
Isso funciona apenas em criaturas vivas. Vampiros so-
frem o dano, mas não precisam de oxigênio para permanece-
rem conscientes. Lobisomens ou outras entidades sobrenatu-
rais vivas não podem curar sobrenaturalmente nenhum dos
danos causados pelo estrangulamento até conseguirem mais
uma vez levar ar para os pulmões.
Sjambok: O sjambok é um cruzamento entre um chi-
cote e um bastão. Com cerca de um metro de comprimento,
o sjambok é geralmente feito de couro rígido, mas flexível,
embora outras versões sejam feitas de osso de baleia, pênis
animal ou plástico. Usado quase como um chicote de equi-
tação, é para picar carne exposta e causar pouco dano, mas
muita dor. A polícia sul-africana continua a usar o sjambok
em criminosos e desordeiros, apesar da suposta crueldade da
arma. É também um dispositivo preferido em certos círculos
S & M. Se as armas atacarem carne aberta, a próxima ação da
vítima é executada com uma penalidade de –1 devido à dor

Armamento Corpo a Corpo Diverso

Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Bagh-Nakh 1 (L) 1/B 3 • Força + Briga *
Latão Knuckles 1 (C) 1/B 3 • Força + Briga *
Vara de Captura † 0 (C) 3/N 2 • Apanha oponentes *
Chifres de Faquir –1 (L) 3/N 3 • +1 Defesa (+2 com a Vantagem
Esquiva [Armamento])
Leque de Ferro 0 (C) 1/C 3 •• +1 Defesa se usado com a Vantagem
Esquiva [Armamento] *
Jittei 3 (C) 2/J 3 • +1 Defesa *
Lâmina de Anel –1 (L) 1/B 3 • *
Arame de Estrangular 2 (L) 1/B 2 não requer auxílio da manobra Agarrar *
Sjambok 1 (C) 2/J 2 • Doloroso *
Arma de Choque n/a 1/B 3 • *
Chicote 1 (C) 2/J 1 • *
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais. † Esta arma requer duas mãos. Se usado com uma mão, o requisito de
Força aumenta em 1.

38 capitulo um - armamento corpo a corpo

esmagadora. Este modificador é adicional a qualquer modifi-
cador de dano que já exista.
Arma de Choque: A arma de choque é uma ferramenta
de autoproteção manual amplamente disponível. Consiste em
pouco mais que um punho preto com duas sondas de contato
de metal saindo do topo. Empurre as sondas em um assal-
tante, puxe o gatilho no punho e aproximadamente 300.000
volts de eletricidade vão coruscando através do sistema nervo-
so do alvo. Armas de choque não causam dano real. A volta-
gem que percorre um sujeito atrapalha seu corpo, causando
dor intensa e contração muscular severa. Quanto mais tempo
uma pessoa segurar a arma de choque no corpo do alvo, pior
será o efeito de “atordoamento”.
Ataques com uma arma de choque requerem um teste de
Destreza + Armamento (com a Defesa do alvo subtraída, em-
bora a Blindagem seja ineficaz). Até um único sucesso permite
contato e envia eletricidade para o corpo do sujeito. Suces-
sos obtidos na contagem de pontos como penalidade contra
o próximo lançamento do alvo. Se estes sucessos excederem
cumulativamente o Tamanho do alvo, mesmo durante um nú-
mero de turnos consecutivos, a vítima entra em inconsciência
por um número de turnos igual aos sucessos obtidos.
O usuário pode continuar a atacar com a arma de cho-
que enquanto mantém as sondas de contato conectadas ao
corpo do alvo. Fazer isso exige um teste subsequente de Des-
treza + Armamento, mas esses testes podem ignorar a pontu-
ação de Defesa do alvo. Note, no entanto, que o alvo pode
tentar se afastar da arma de choque com um teste de Força +
Briga. Um sucesso permite que ele escape das sondas de con-
tato. Se um alvo é derrubado inconsciente, a arma de choque
deixa de ter qualquer efeito mecânico (A arma de choque con-
tinua a causar dor e contração, mas não prolonga a duração
da inconsciência da vítima). Novamente, esteja ciente de que
a arma de choque não causa dano real ao corpo, embora um
Narrador possa considerar queda de dano a arma de choque
faz com que a vítima caia no chão.
Uma versão em bastão desta arma existe. O bastão pode
ser usado como um taco para causar dano (modificador de +1
para atacar, somente dano contundente) ou pode ser usado
para entregar uma carga de sua ponta. O bastão não pode ser
usado para fazer as duas coisas.
Armas de choque e bastões de choque são legais na maio-
ria dos estados, mas não em todos.
Chicote: A maioria dos chicotes tem cerca de 1,80 m de
comprimento (alguns são mais próximos de 3m) e trabalhados
com couro trançado ou com fio. Em uma mão hábil, um chi-
cote pode ser uma arma muito precisa. O couro se solta, esta-
lando o ar e deixando uma marca no alvo. Ocasionalmente, o
couro extrai sangue, mas esse dano é periférico.
Para lidar com um chicote requer uma certa destreza.
Portanto, a arma não tem nenhum requisito de Força, e atacar
com o chicote exige um teste de Destreza + Armamento em
oposição ao padrão de Força + Armamento.
Um personagem empunhando um chicote também pode
tentar atacar a arma de um oponente. Segmentar a arma infli-
ge um modificador de –3 no teste de ataque, mas se um único
sucesso for obtido, o oponente deve fazer uma Força + Vigor
(menos a Destreza do atacante) para manter o controle sobre
a arma. Nenhum dano é feito ao oponente, no entanto, como
o chicote simplesmente tira a arma de sua mão.
Alguns usuários cruéis (ou talvez pragmáticos) atam obje-
armaMENTO IMPROVISADO - FERRAMENTAS PODER E DEMAIS
tos ao final do chicote para promover mais lesões. Tais objetos
são geralmente de metal e podem incluir pregos, agulhas, mo-
edas ou tachas de metal. Se um chicote é equipado com tais
acessórios, seu Dano se torna 0 (L).
Estaca de Madeira: A arma clássica de caça ao vampiro.
Para empalar um vampiro, o usuário da estaca deve fazer um
ataque direcionado contra o coração do vampiro (–3 dados
no teste de ataque) e obter um sucesso excepcional. Caso con-
trário, a estaca causa dano, mas não penetra o suficiente para
empalar completamente o coração.
Semente da História: Com a Espa-
da, Ele Deve Ser Assassinado
Vampiros podem não ser as únicas criaturas
no Mundo das Trevas com um certo grau
de resistência às armas modernas. Se um
grupo de personagens cresce excessivamen-
te confiante em seu poder de fogo, como
eles enfrentarão um oponente que encolhe
as balas como chuva? Algumas criaturas
podem ser totalmente imunes à maioria das
fontes de ferimentos, enquanto outras só
podem ser vulneráveis a uma arma espe-
cífica feita séculos atrás para derrotá-las.
Espíritos manifestados ligados a conflitos
ou guerras são particularmente capazes de
resistir a certas formas de ferimentos que
são incongruentes com suas naturezas - por
exemplo, exigir que um possível atacante
se engaje em combate “honroso”, que deve
ser de mão para pessoa. mão ou lâmina a
lâmina.
Armamento
Improvisado
Se os personagens entrarem em uma briga inesperada,
e eles não tiverem armas à mão, que armas eles usarão? A
resposta, o que estiver mais próximo. O ambiente é um caso
de armas aberto e não requer muita criatividade. Quando
duas almas desesperadas estão se esmurrando na cozinha, não
demorará muito para que uma delas pegue a frigideira cheia
de gordura quente. Ou uma faca de cozinha. Ou até o esfre-
gão encostado no balcão. O ponto é que armas podem ser
encontradas em qualquer lugar para aqueles desesperados o
suficiente para precisar delas.
O que acontece quando um mortal caçado atinge seu
predador vampiro com uma gazela Art Deco feita de latão pe-
sado? Ou quando a dona de casa tenta espancar um cão raivo-
so até a morte com a ponta achatada de uma pá de jardim? E
quando algum pobre coitado não tem outra escolha a não ser
se defender com uma torradeira, um fêmur meio mastigado
ou uma motosserra? A caneta pode ser mais poderosa que a
espada, afinal de contas - especialmente quando enfiada na
artéria carótida de alguém.
39

Brigas de Bar, Merda-Kickings
Nem todas as lutas acabam como assas-
sinos livres para todos em que a vida está
em jogo. Brigas de bar, lutas domésticas e
pugilismo nos bastidores vêm com a com-
preensão tranquila de que os lutadores não
estão tentando se matar, e se alguém vai
para o hospital, é com um dedo quebrado
ou pontos, não com uma ferida no peito.
A suposição tácita é que um lutador não vai
pegar o material áspero e letal, a menos
que a briga tenha atingido o ponto sem
retorno. Normalmente, pegar essas armas
estranhas leva a luta para outro nível, e a
luta se torna potencialmente fatal. Ocasio-
nalmente, alguns itens (bancos de bar, gar-
rafas cheias de cerveja, tampas de lata de
lixo ou outras armas de dano contundentes)
entram na briga sem elevar sua seriedade,
mas trazer algo maior para a briga signifi-
ca que alguém pode ir ao hospital por um
tempo com estadia prolongada - ou para o
necrotério permanentemente.
Regras para Lembrar
Armas improvisadas são discutidas na p. 136 do Livro tentar cortar seu vizinho. Embora seja óbvio, uma motosserra
de Regras do Mundo das Trevas. Ao usar armamentos en- ou qualquer outra ferramenta é mais facilmente explicada do
contrados ou improvisados, vale a pena lembrar de algumas que um machado de batalha.
permutações, como as seguintes:
40 capitulo um - armamento corpo a corpo
Salvo indicação em contrário, todas as armas improvisa-
das incorrem em uma penalidade de –1 no teste de ataque do
usuário. Por conveniência, esta penalidade já foi incorporada
nas Características dadas na tabela de armas e no texto abaixo.
Como a maioria das armas brancas, qualquer arma im-
provisada tem um requisito de Força igual ao seu Tamanho.
Se o usuário não atingir o mínimo de Força, ela recebe uma
penalidade de –1 (ou mais; ver p. 23) nos ataques que usam
esse item.
Para armas não listadas abaixo, o nível de dano de um
item geralmente é igual à sua Durabilidade ou Tamanho (o
que for menor), com um adicional de –1 na penalidade da
arma improvisada.
O Narrador pode permitir que um indivíduo avalie
quais itens em volta dele produziriam as melhores armas. O
jogador deve testar Raciocínio + Armamento para determinar
qual objeto nas proximidades é a escolha mais adequada. Um
sucesso excepcional neste teste pode permitir que o persona-
gem ignore a penalidade normal de –1 associada ao uso de ar-
mamento improvisado. A avaliação de objetos próximos com
esse teste, no entanto, leva um turno completo.
Ferramentas, Poder e Demais
Talvez algumas das “armas” mais estranhas e mais com-
plicadas que alguém possa usar sejam ferramentas. Pode ser
ilegal carregar uma alabarda ou um rifle de caça, mas e um ser-
rote ou uma chave de cano? Sim, uma motosserra é dolorosa-
mente óbvia, mas se o usuário estiver vestido com equipamen-
to de jardineiro ou estiver carregando uma pequena escada,
ele pode não atrair atenção indevida - pelo menos não até ele
Claro, as pessoas geralmente não entram na Casa de
Depósito em busca de armas. Na maioria das vezes, uma fer-
ramenta acaba como uma possibilidade padrão para alguma
vítima desafortunada e desarmada. Um homem assediado por
coisas incognoscíveis poderia se trancar no galpão de sua casa,
procurando alguma coisa, qualquer coisa, para afastá-los. Seja
o que for que ele agarre, é importante saber exatamente como
essa arma recém-descoberta atuará em combate.
Uma regra opcional invocada a critério do Narrador é
que um jogador pode ignorar a penalidade de arma improvi-
sada (apenas para ferramentas), desde que seu personagem te-
nha uma pontuação de Ofícios ••• exigida. Essa habilidade
em Ofícios pode contrabalançar e assim anular a penalidade
improvisada por ferramentas usadas como armas, já que o per-
sonagem está razoavelmente à vontade para usá-las para qual-
quer propósito, por mais sombrio que seja. Para a maioria das
ferramentas, isso significa +1 no nível de dano listado abaixo.
Características por Comparação
Não podemos descrever todos os possíveis
objetos ou ferramentas neste capítulo. Se o
item em questão não estiver listado, sinta-se
à vontade para compará-lo com as outras
armas deste livro. Um machado de fogo é
listado logo no início, mas o que acontece
com um cabo de machado de incêndio?
Ele se qualificaria como um taco de ma-
deira com as mesmas permutas. Uma faca
francesa e uma faca de pão têm diferenças
mínimas e, portanto, ambas contam como
uma faca que causa 1 (L), Tamanho 1 e
possui um custo •. Uma chave de tubo seria
comparável a uma maça. Uma vassoura,
ancinho ou esfregão contaria mais facil-
mente como um bordão.
Apenas lembre-se que empunhar tal item
como uma arma improvisada faz com que
o usuário sofra uma penalidade de -1 em
suas jogadas de ataque, porque tal criação
não deve machucar as pessoas. As ferra-
mentas usadas como armas improvisadas
não são ponderadas apropriadamente,
podem não ser úteis e, certamente, não são
projetadas para nenhum tipo de precisão de
combate.
Lixadeira de Cinta: Uma lixadeira de cinta portátil é boa
para remover as bordas ásperas da madeira, alguns metais, até
mesmo de plástico duro. É claro que usuários particularmente
inventivos ou desesperados podem, em vez disso, decidir usar
uma lixadeira de cinta para queimar a pele e o músculo longe
do osso. Entretanto, brandir uma lixadeira como arma não é
isento de complicações. É provável que a lixadeira esteja co-
nectada a uma tomada elétrica para funcionar - sem energia, a
lixadeira não passa de uma concha de metal áspero cujo dano
é contundente, não letal. Assim, o uso da arma é limitado
pelo comprimento do cabo de alimentação, que será de cerca
de 3 metros. Ainda assim, se alguém conseguir se conectar
com o dispositivo e puder pressioná-lo contra a carne nua, a
lixadeira de cinta irá vasculhar e queimar essa carne com a fita
de lixa zunindo. Portanto, os ataques de uma lixadeira estão
sujeitos à regra de Explosão do 9.
Personagens tue tenham sua Vitalidade reduzida a zero
por uma lixadeira de cinta sofrerá cicatrizes severas e desfi-
gurantes. A critério do Narrador, o personagem sofrerá uma
penalidade permanente de -1 em todas as jogadas de Presença
(excluindo as Jogadas de Intimidação). Cirurgia plástica dra-
mática pode compensar essa penalidade.
Maçarico: Qualquer tipo de maçarico (propano, acetile-
no, butano) pode ser uma arma. Uma tocha é fogo, afinal de
contas, e uma chama azul cuspindo de uma ponta de metal
vai queimar quem quer que a chama toque. Observe que qual-
quer maçarico deve estar conectado à fonte de gás apropriada.
A maioria dos tanques é portátil, embora alguns estejam loca-
lizados embaixo de armários ou presos a paredes e não possam
ser movidos.
A chama emitida por um maçarico é do tamanho da

Ferramentas
Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Lixadeira de Cinta † –2 (L) 2/N 3 •• *
Maçarico –1 (L) 2/C 2 ••• Dano por fogo, Dano máximo 3 *
Serra Elétrica † –2 (L) 3/N 3 • Explosão do 8, +1 Defesa *
Martelo de Garra 1 (C)/0 (L) 1/C 3 • O dano varia de lado a lado usado *
Gancho de Pesca –1 (L) 3/N 2 • *
Sinalizador –2 (L) 1/C 1 • Dano por fogo, Dano máximo 4 *
Pistola de Pregos 0 (L) 2/J 3 • Força + Armas de fogo, 1 extra sucesso *
Escavadeira Manual † 1 (L) 4/N 2 • *
Furadeira 0 (L) 2/J 3 • *
Chave de Fenda 0 (L) 1/C 3 • Perfurante de Armadura 1 *
Foice † 2 (L) 4/N 2 • +1 de Defesa *
Pá 1 (C) 3/N 2 • Lesão letal completa com sucesso excepcional *
Marreta † 2 (C) 3/N 2 • Explosão do 9
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais. † Esta arma requer duas mãos. Se usado com uma mão, o requisito de
Força aumenta em 1.

FERRAMENTAS PODER E DEMAIS 41

 Tocha (Dano 1) e queima com a intensidade de um bico de
Bunsen (bônus de +2 de Dano). Assim, um ataque com um
maçarico nunca infligirá mais de três pontos de dano. Em
um sucesso excepcional, itens inflamáveis na vítima (cabelos
ou roupas, por exemplo) pegam fogo, e, no turno seguinte, o
inferno começa a levar um ponto de dano letal por turno até
que se extinga (Veja p. 180, o Livro de Regras do Mundo das
Trevas).
Motosserra: Ruidosas, desajeitadas e pesadas, as motos-
serras não devem ser armas brancas. Dito isto, os dentes de
metal zunindo de uma motosserra mastigam através de um
corpo como se fosse um tronco podre. Independentemen-
te do tamanho da ferramenta, uma motosserra faz um bom
número de carne e osso. Se um ataque com motosserra for
bem sucedido, a destruição corporal que ele causa é incom-
parável. As motosserras se beneficiam da regra de Explosão
do 8, o que significa que todos os sucessos são relançados.
No entanto, fracassos dramáticos feitos durante o uso de uma
motosserra podem causar danos terríveis ao usuário (Role 3
dados, aplicando a regra de Explosão do 8; esse é o dano que
o usuário recebe como resultado).
Usar uma motosserra em combate adiciona +1 à pontu-
ação de Defesa do usuário. Um personagem que tenta fazer
ataques de combate próximo ao usuário da serra elétrica pre-
cisa primeiro passar pelos dentes que estão girando.
Note que melhores motosserras existem do que a média
usada para derrubar galhos errantes. Motosserras pneumáti-
cas de alta qualidade (com dentes de diamante) podem cortar
o concreto. Essas motosserras têm Dano –1 (L), Tamanho 4,
Custo ••••.
Martelo de Garra: Não há muito a ser dito sobre um
martelo confiável. A alça provavelmente consiste em madeira
dura ou fibra de vidro, e a cabeça do martelo provavelmente
é composta de aço forjado. O martelo é um amigo para todos
os carpinteiros (e muitos serial killers). A torção do martelo
tradicional é que ele pode causar diferentes tipos de dano,
dependendo de como ele é empunhado. A ponta romba da
cabeça causa dano contusivo, enquanto a garra causará dano
letal, como mencionado acima.
Gancho de Pesca: Um gancho de pesca é um grande
gancho farpado no final de uma vara telescópica. Pescador
usar o gancho para transportar peixes de vários tamanhos até
a costa, a doca ou em um barco. Lutar com um gancho é um
assunto totalmente diferente.
O anzol não deixa uma ferida e se retrai como uma es-
pada ou faca. Se o anzol fizer algum dano, a ponta farpada
atravessa a carne do oponente e a prende como se pudesse
enganchar um peixe-vela. Durante o tempo em que a vítima
está “no anzol”, sua Defesa contra qualquer ataque é reduzida
pela metade (arredondada para baixo). Extrair-se do gancho
requer um teste de Força + Briga, e se for bem sucedido, ele
recebe um ponto adicional de dano letal como resultado da
farpa se soltando de seu corpo.
A maioria dos ganchos são de construção relativamente
barata e têm uma Durabilidade 1. Sem extensão, um gancho
tem cerca de 1,20m de comprimento (Tamanho 3), mas é leve
o suficiente para exigir apenas Força 2 para manejar correta-
mente. Um gancho pode ser estendido para cerca de 3,30m
de comprimento (ou Tamanho 6), e usá-lo neste comprimen-
to requer Força 3 para empunhar. Alguns ganchos são para
pesca em alto mar e são feitos de aço inoxidável pesado. Tais

42 capitulo um - armamento corpo a corpo

itens têm custo ••, e causam Dano 0 (L), Durabilidade 3 e
requerem +1 de Força para serem usados.
Sinalizadores: Sinalizadores de estrada são ferramentas
de segurança prontamente disponíveis, geralmente colocadas
no chão ou usadas como tochas, que podem ser transforma-
dos em armas apenas por empunhá-las em um oponente.
Um sinalizador ilumina uma área de 5x5 metros e fun-
ciona como uma lanterna (Veja a pág. 140, o Livro de Regras
do Mundo das Trevas). A chama emitida por uma chama é do
tamanho da Tocha (Dano 1) e queima com a intensidade de
um fogo químico (+3 de modificador de Dano). Não importa
quantos sucessos o atacante faça, um ataque com um sinaliza-
dor nunca causará mais do que quatro pontos de dano. Com
um sucesso excepcional, itens inflamáveis na vítima pegarão
fogo e, no turno seguinte, ele começará a receber um ponto
de dano letal por turno até ser extinto (Veja p. 180, o Livro de
Regras do Mundo das Trevas).
Pistola de Pregos: Uma pistola de pregos dispara pregos
em superfícies duras sem o uso de um martelo. A maioria das
pistolas de pregos é elétrica. Os pregos são introduzidos no
dispositivo a partir de uma tira colada e não são ejetadas da
ferramenta até que a extremidade seja pressionada firmemen-
te contra uma superfície. Puxe o gatilho e um prego enterra
rápido e profundamente no material.
Esse material pode ser madeira, alumínio, tecido mole
ou osso. Um prego perfura qualquer superfície com veloci-
dade alarmante e perfurará até mesmo a parte mais grossa do
crânio humano.
Tecnicamente, uma pistola de pregos deve ser pressio-
nada contra um alvo antes de ser disparada. Fazer isso exige
sucesso em um teste Força + Armas de Fogo. A Defesa de um
oponente é aplicada normalmente. Um prego faz um ponto
automático de dano letal, além de qualquer dano causado por
sucessos no teste de ataque.
Se o membro de um oponente, como uma mão ou um
pé, for pregado em alguma coisa, removê-lo sem ferramentas
requer um teste de Força + Vigor com um modificador de –3.
Se bem sucedido, um ponto de dano letal é tomado quando
o membro se desprende do prego de metal. Se feito cirurgi-
camente ou com ferramentas (como a ponta da garra de um
martelo), um teste de Força + Ofícios é necessário com a pe-
nalidade de –3, mas nenhum dano adicional é conferido ao
sucesso.
Uma pistola de pregos pode ser modificada para que a
proteção de contato esteja sempre pressionada, o que significa
que os pregos podem ser acionados sem pressionar a pistola
de pregos contra o alvo. Desta forma, a ferramenta é dispara-
da como uma arma. Modificar a pistola de pregos requer um
teste de Raciocínio + Ofícios. O dispositivo dispara pregos
com mais força do que algumas armas de fogo, mais de 450
metros por segundo. Neste caso, a pistola de pregos deve ser
considerada como tendo estatísticas iguais a um Revólver .22
Genérico (veja pág. 64).
Escavadeira Manual: Seja no plantio ou no plantio de
postes de vedação, a escavadeira manual faz o truque, extrain-
do a sujeira do solo com suas duas lâminas. A escavadeira
manual funciona quase como um par de tesouras: empurrada
para baixo na terra, remova o solo e faça um buraco. Aqueles
que procuram usar a escavadeira manual como arma, no en-
tanto, estão em um momento mais difícil. Essencialmente,
a escavadeira manual funciona como uma lança desajeitada.
ARMAS ENCONTRADAS E MANUFATURADAS
Empurrada para a frente, as lâminas podem causar cortes pro-
fundos e outras abrasões. E, como uma lança, a “arma” coloca
cerca de 1,80m de distância entre o usuário e seu alvo, e for-
nece o mesmo bônus de Defesa +1. No entanto, se o usuário
mantiver um sucesso excepcional com a escavadeira, as lâmi-
nas serão empurradas para dentro da vítima, e o usuário terá
pouca escolha a não ser retirar parte do alvo, como faria com
o solo do jardim. A remoção desta arma (e qualquer parte do
alvo) requer outra jogada de ataque feita com +2 dados. A
Defesa do alvo pode ser ignorada neste teste. Esse dano é letal.
Furadeira: A broca giratória de uma furadeira elétrica
deve passar por madeira, cerâmica e até mesmo aço. A carne
é certamente mais macia e mais maleável e, como tal, uma
broca irá perfurá-la com facilidade. Um empurrão extra, e a
furadeira elétrica vai até perfurar o osso.
Usar uma furadeira elétrica para causar dano no comba-
te é complicado. A furadeira de pistola (ou T-grip) faz com que
seja difícil de usar como uma arma branca e, portanto, deve
ser empurrada em vez de cortada. Ainda assim, se um ataque
for bem sucedido, ela não só causa dano letal, mas também
é Perfurante de Armadura 1. Pior, se três ou mais sucessos
forem feitos no teste de ataque, a broca pode permanecer na
pele e músculo, ainda zumbindo contra carne. No turno se-
guinte, a broca faz um ponto letal automático de dano contra
a vítima, independentemente de Defesa ou Blindagem. Este
dano é feito mesmo que a vítima se afaste da broca com um
teste bem sucedido de Destreza + Briga. Se esse teste não for
bem sucedido, a broca continua a causar 1 dano letal por tur-
no até que o bit seja de alguma forma removido do corpo da
vítima, contanto que o usuário mantenha seu controle sobre
a broca.
Chave de Fenda: Uma chave de fenda é uma ferramenta
simples e uma arma igualmente simples. Phillips ou flathead
não importam, uma chave de fenda faz um implemento de
esfaqueamento razoável. Ele perfura a armadura com bastante
facilidade também. Chaves de fenda têm Perfurante de Arma-
dura 1.
Foice: Quando Alaric ficou fora de Roma com o exército
visigodo, os enviados romanos lhe disseram que seria um ata-
que infrutífero. Os soldados quase infinitos de Roma derro-
tariam facilmente os bárbaros, ameaçaram os enviados. Alaric
respondeu: “Quanto mais espessa a grama, mais facilmente se
fiava.” Os bárbaros saquearam a cidade.
O rei Visigodo não falava especificamente de foices, mas
o comentário se aplica ao dispositivo de qualquer maneira.
Uma foice possui um cabo de madeira alto e torto (com quase
um metro de comprimento), no topo da qual há uma lâmi-
na fina que mede cerca de 30 centímetros de comprimento.
Algumas pessoas empregam a foice para cortar grama, outras
podem usá-la para cortar milho ou outras culturas. Eles fazem
isso com movimentos largos e amplos - a lâmina desce e corta
as hastes verdes em duas.
Naturalmente, a foice é também a ferramenta mítica da
própria morte. Pai Morte (aquela figura miserável no manto
negro, segurando a ampulheta cada vez menor) colhe as almas
dos mortos com sua lâmina preta de foice. A foice, por essa
razão, é certamente uma arma de proporções lendárias. Tal
como acontece com armas de haste, um personagem usando
uma foice ganha um bônus de +1 na Defesa.
Pá: Uma pá faz uma arma boa e útil na mosca. Uma pá
é geralmente um pouco melhor ponderada do que a maioria
43
 das ferramentas e, apesar de seu tamanho, o item é realmente
muito leve e fácil de usar em comparação. A pá é uma exceção
à regra relativa aos requisitos de Tamanho e Força. Enquanto
o Tamanho da ferramenta é 3, a pontuação de Força necessá-
ria para brandir uma pá em combate é de apenas 2.
A pá tem outra vantagem. Sua lâmina de metal curva
raramente é afiada o suficiente para fazer qualquer coisa além
de dano contundente. No entanto, se o assaltante fizer um
sucesso excepcional em sua jogada de ataque, o dano da pá
deixará de ser contundente e se tornará letal. Essa força extra
significa que o metal não bate apenas contra o corpo de al-
guém, mas sim corta diretamente nele.
Marreta: A marreta média de 4 a 5 quilos é uma ferra-
menta incômoda, geralmente destinada a golpear estacas ou
pregos de madeira no chão. A marreta é ainda mais como
uma arma. O peso da marreta é quase todo localizado em uma
extremidade, fazendo com que essa arma seja mal equilibrada
para o combate pessoal. Ainda assim, se alguém consegue su-
cesso com a marreta, seu peso pode causar golpes esmagado-
res, seja para frente ou para baixo. Os ossos racham, lascam-se
e se desintegram sob um golpe forte o suficiente de um desses
martelos do tamanho de um monstro. Portanto, os malhos se
beneficiam da regra da Explosão do 9.

Armamento Encontrado e Manufaturado

Como mencionado, o combate próximo geralmente é
um caso curto e brutal, com os agressores pegando as armas
improvisadas mais próximas. Tais objetos dificilmente são ar-
mas reais. Honestamente, é improvável que sejam ferramentas
normais, como as mencionadas acima. Então, como você des-
cobre os valores de combate para itens aparentemente mun-
danos?
Como discutido, a primeira coisa a fazer é determinar
se as estatísticas podem ou não ser aproximadas em compa-
ração com uma arma já existente. Uma frigideira é de metal,
mas provavelmente não é pesada o suficiente para servir como
maça. É mais provável que as estatísticas de uma frigideira
estejam mais perto de uma clava de madeira. Por outro lado,
uma frigideira de ferro com certeza será mais pesada e mais
densa que uma frigideira normal, e provavelmente tem as esta-
tísticas de uma maça de metal. A maior parte disso é um caso
de dar e receber, de tomar decisões imediatas sobre o quão
próximo um objeto encontrado se encaixa com as estatísticas
do design de armas pré-existente. O Narrador é o árbitro final
das estatísticas improvisadas.
No entanto, alguns armamentos de impulso não cor-
respondem realmente a nenhum dos objetos atuais listados.
Muitos desses objetos improvisados estão listados abaixo e
apresentam propriedades que os tornam únicos. Sinta-se à
vontade para apimentar o campo de batalha (seja uma cozi-
nha, um celeiro abandonado ou um bar local) com esses arti-
gos para ajudar a complicar o combate corpo a corpo.
Tábua com um prego: A tábua com um prego é a arma
improvisada arquetípica. Tábuas com pregos estão amplamen-
te disponíveis nos canteiros de obras e podem ser facilmente
arrancadas das paredes apodrecidas de um prédio em ruínas
ou rapidamente improvisadas usando uma tábua, um prego
longo e algo para impulsionar o último através do primeiro
(Veja abaixo mais informações sobre como manipular armas).
Metade do dano que um personagem usando uma tábua com
um prego inflige é letal (arredondado para baixo, no mínimo

44 capitulo um - armamento corpo a corpo

1). Os personagens podem escolher atacar com o lado rombu- sa de couro) e enchê-la com algo pesado (bolinhas de gude,
do de uma tábua com um prego, e nesse caso a arma simples- moedas, maçanetas, maçanetas). Normalmente, todos os com-
mente causa dano contundente. ponentes individuais podem ser encontrados com um exame
Garrafa: Cada briga de bar tem alguém sendo atingido rápido, e colocar uma seiva caseira juntos requer um esforço
por uma garrafa. Elas estão em todos os lugares em tal situ-mínimo (e nenhum teste).
ação e são gratuitas. Claro, elas também são escorregadias e O porrete caseiro age como um porrete manufaturado e
correm o risco de quebrar na mão de um personagem e cortar pode causar o efeito Atordoar nos alvos. Semelhante a porre-
a palma da mão, mas em uma situação insana ou desesperada, tes genuínos, se o alvo receber dano suficiente em um único
o objeto mais próximo é a arma mais rápida. ataque igual ou superior a seu Vigor, ele perde sua próxima
A vantagem de uma garrafa é, se a qualquer momento ação.
a garrafa fizer dois ou mais pontos de dano contundente em A critério do Narrador, uma checagem pode ser feito
um único ataque, a garrafa se rompe. Uma garrafa quebrada para ver se o porrete quebra, já que a maioria dos porretes
é muito mais mortal, já que é um anel denteado de pontas caseiros não dura muito tempo. Uma meia cheia de pedras
de vidro, em oposição a um frágil dispositivo de concussão. vai quebrar depois de alguns ataques, por exemplo. Uma boa
Uma garrafa quebrada tem a mesma característica de dano, regra é que, uma vez que o porrete tenha causado 3 níveis
mas é letal ao invés de contundnete. Uma regra semelhante sede dano, ele se desintegrará. Costura dse rompem, rasgos de
tecido e o item se torna inútil.
aplica, no entanto. Se o atacante fizer mais do que dois pontos
de dano em um ataque com a garrafa quebrada, o vidro se Cabo de Alimentação: A maioria dos aparelhos requer
energia de uma tomada de parede, e tudo, desde impressoras
quebrará novamente e a garrafa se tornará inútil - a menos que
alguém queira pegar os fragmentos de vidro e lutar com eles,a vapores de vegetais, usa um cabo de alimentação todos os
caso veja “Caco de Vidro”, abaixo. dias. Esses cabos podem ser usados para agarrar e estrangular
As características listadas acima são para uma pequenauma vítima. Um personagem que queira sufocar um alvo até
a inconsciência ou a morte pode enrolar o cabo em volta da
garrafa. Garrafas maiores e mais sólidas, como as usadas para
segurar o vinho, possuem Dano 1 (C/L) e Tamanho 2/J, e garganta do alvo e apertar.
se quebram se causarem mais de três pontos de dano em um Tentar estrangular alguém com um cabo de força requer
turno. que o combatente tenha sucesso em um teste para agarrar.
Um fracasso dramático em qualquer ponto usando uma Depois que tiver sucesso, o atacante pode aplicar o arame no
garrafa como arma significa que ela quebra na mão e o usuá- pescoço do alvo com um teste bem-sucedido de Força + Arma-
rio recebe um único ponto de dano letal ao cortar sua palma.mento (–3 pelo ataque direcionado, mas a Defesa da vítima
não é subtraída da jogada do atacante). A vítima pode tentar
quebrar o porão a cada turno subseqüente (de acordo com as
regras de luta corpo a corpo, pp. 157–159, do Livro de Regras
Escaldagem e Queima do Mundo das Trevas). A cada turno após o primeiro, a víti-
ma recebe uma penalidade acumulada de –1 no teste para es-
Objetos quentes e em chamas acrescentam
capar, à medida que o sangue que flui para o cérebro diminui
todo um outro reino de dor ao empregar
(máximo de –5 de penalidade). Quando a vítima recebe dano
armas improvisadas. O que acontece quan-
igual ao seu Tamanho, ela desmaia. Ela pode lutar contra a
do um personagem pega uma panela de
inconsciência, conseguindo sucesso em um teste de Vigor re-
água fervente, uma frigideira ou um ferro
flexo. Um sucesso permite que ela permaneça consciente até
de passar?
o próximo turno, quando ela deve ter sucesso novamente em
Primeiro, um personagem que faz um ata- outro teste de Vigor.
que com tal objeto o faz com uma penalida- Isso funciona apenas em criaturas vivas. Os vampiros so-
de de -1 que é aplicada além da penalidade frem o dano, mas não se preocupam com o estrangulamento.
normal associada a armas improvisadas. Em Lobisomens ou outras entidades sobrenaturais vivas não po-
segundo lugar, o item causa dano contusivo dem curar nenhum dos danos causados pelo estrangulamento
normal (a menos que a arma seja afiada, até conseguirem transportar mais ar para os pulmões.
onde é letal) pelos sucessos no teste de re- Observe que um cabo de energia não é o único objeto
solução de ataque. No entanto, o item tam- doméstico que pode fazer isso. Qualquer tipo de cabo ou cor-
bém causa queimaduras de primeiro grau, da que possa ser agarrado com as duas mãos pode ser usado
significando que o alvo também recebe um para sufocar um alvo, incluindo cabos de extensão, fio de al-
único ponto de dano letal sobre qualquer to-falante, cabos elásticos, até mesmo o cabo que conecta um
dano contundente sofrido. Se for feito um controle do Xbox ao console.
sucesso excepcional, serão tomados dois Um cabo de força ou de extensão pode ser usado como
pontos letais de dano por queimadura. um chicote improvisado. Para usar esse item, consulte as esta-
Observe que esses itens não estão pegando tísticas do Chicote (p. 38) e aplique a penalidade de arma im-
fogo e não correm o risco de incendiar itens provisada –1.
combustíveis. Lâmina de Barbear: Essas pequenas lâminas são afiadas
com nitidez incrível, geralmente para fins de barbear, mas às
vezes elas vêem outros usos. Lâminas de barbear são desajei-
tadas em combate aberto, e um teste de ataque com falha faz
Porrete Caseiro: Fazer um porrete caseiro envolve pegar com que o usuário perca a arma. Elas são mais úteis contra
algum tipo de saco (como uma meia, uma bolsa ou uma bol-

armas ENCONTRADAS E MANUFATURADAS 45

 Armamento Encontrado e Manufaturado
Tipo Dano Tamanho Durabilidade Custo Notas
Tábua com Prego 1 (C e L) 2/S 1 n/a Metade do dano é letal
(arredondado para baixo, mínimo 1) *
Garrafa 0 (C/L) 1/B 1 n/a Frágil 2 *
Porrete Caseiro 0 (C) variável 1 n/a Atordoar (Vigor), frágil 2 *
Cabo de Alimentação 1 (C) 1/B 1 n/a *
Lâmina de Barbear –2 (L) 1/B 2 n/a Dano 0 (L) em uma manopla,
queda em caso de fracasso *
Pedra 0 (C) 1/B 2 n/a Queda em caso de fracasso *
Caco de Vidro –1 (L) 1/J 1 n/a Inflige 1 de Dano letal no usuário, frágil 2 *
Navalha 0 (L) 1/B 1 n/a
Cabide de Arame Liso –1 (C) 2/J 1 n/a 1 de Dano letal com sucesso excepcional,
Doloroso *
* Veja o texto para mais detalhes e regras especiais. † Esta arma requer duas mãos. Se usado com uma mão, o requisito de
Força aumenta em 1.

oponentes que já foram contidos. Em um agarrão, uma lâ-
mina de barbear tem Dano 0 (L) (Veja a pg. 157, o Livro de
Regras do Mundo das Trevas). Para os propósitos de agarrar
em espaço fechado (ver p. 161), lâminas de barbear têm Ta-
manho 0.
As navalhas diretas e as facas utilitárias têm as mesmas
características das lâminas de barbear, sendo essencialmente
lâminas de barbear colocadas em alças, mas não são descar-
tadas automaticamente em um teste de ataque com fracasso.
Em vez disso, navalhas de lâmina reta e facas de utilidade se
quebram se alguma vez infligirem três ou mais pontos de dano
em um único ataque (fora de um agarrão).
Pedra: Uma pedra do tamanho de um punho é uma fer-
ramenta de agressão consagrada pelo tempo. Um personagem
que agarra alguma pedra ao redor (seja pedra encontrada, pe-
daço de tijolo ou pedaço de calçada quebrada) pode usá-la
para vencer um oponente, mas isso é difícil. As pedras não são
exatamente feitas para a mão e, por causa disso, até mesmo
um fracasso normal em uma jogada de ataque faz com que o
invasor solte a pedra.
Em áreas onde pedras são comuns, os jogadores podem
fazer um teste de Raciocínio + Armamento (ou Sobrevivência)
para encontrar uma pedra bem formada que não sofra com a
penalidade de arma improvisada (e que os personagens não
caiam em um teste de ataque fracassado). Cada teste represen-
ta um turno de busca e cinco sucessos são necessários.
Personagens também podem arremessar pedras. Infor-
mações sobre objetos arremessados podem ser encontradas na
p. 71, o Livro de Regras do Mundo das Trevas. Como uma
arma arremessada, uma pedra tem uma característica de Dano
igual ao seu Tamanho e não é aerodinâmica.
Pedras tem o recurso especial Nocaute (Veja pág. 168, o
Livro de Regras do Mundo das Trevas).
Caco de Vidro: As coisas quebram quando as pessoas lu-
tam. Janelas estilhaçam, mesas de café desmoronam e portas
são arrancadas de suas dobradiças. Às vezes, o resultado desse
caos é o vidro espalhando-se pelo chão, que os combatentes
podem usar para cortar um ao outro. Um pedaço de vidro está
longe de ser a arma mais prática, mas se é a única coisa que
pode salvar a vida de um personagem, que assim seja.
Usar o vidro em uma luta exige que o caco seja aproxi-
madamente do tamanho de uma faca (pelo menos 15 ou 17
centímetros). Como uma faca, um fragmento de vidro causa
dano letal a um alvo. Ao contrário de uma faca, um fragmen-
to de vidro também causa dano letal ao usuário. Toda vez que
o fragmento é usado como arma, o usuário sofre um ponto
automático de dano letal, independentemente do sucesso do
teste de ataque. Além disso, se o copo fizer dois ou mais danos
em um único ataque, o fragmento se rompe e se torna inútil.
Navalha: Uma navalha é uma faca improvisada, comum
nas prisões (embora não seja necessário aprisionar um cani-
vete). As navalhas assumem várias formas: colheres afiadas,
lâminas de barbear fixadas em escovas de dentes, copos de
lata ou retalhos de metal com fita adesiva ou barras de sabão
como alça. Prisioneiros afiam o metal contra pisos de con-
creto, ou, se os presos tiverem sorte, eles têm acesso à oficina
de máquinas da prisão. Dois estilos de navalhas são comuns:
estilo “cortante” e estilo “picador”. Facas cortantes são essen-
cialmente peças de metal afiadas e planas que os presos usam
para cortar gargantas, cortar pulsos ou cortar as caras. Os
picadores de gelo são armas de esfaquear - empurradas para
dentro do estômago, entre as costelas ou através dos pescoços.
Mecanicamente, navalhas têm características idênticas.
Navalhas também são conhecidas como canelas, farpas,
ferramentas, chiqueirinhos, silenciadores, picaretas, espinhos.
Fazer uma navalha pode ser feito com um teste de “Armas Ma-
nufaturadas” (veja abaixo). Na prisão, onde os suprimentos
são limitados, cinco sucessos são necessários.
Cabide de Arame Liso: Cabides de plástico não fazem
armas muito boas. Cabides de arame também não fazem
armas muito boas, mas se um cabide for a única coisa útil,
pelo menos não será completamente inútil. Cabides de arame
podem ser chicoteados contra a pele do adversário; o metal
certamente machuca. Se um cabide de arame liso atingir a
pele exposta, a vítima sofrerá uma penalidade de –1 em sua
próxima ação devido à dor. Com um sucesso excepcional, um
dos níveis de dano recebido é letal, já que o arame morde
profundamente.
Localização, Localização, Localização
Ao considerar a disponibilidade de armas

46 capitulo um - armamento corpo a corpo

 encontradas, imagine onde a cena está
definida. Simplesmente colocar a localiza-
ção em uma determinada categoria pode
fornecer um menu de possíveis armas “ad
hoc”, para isso.
Em um banheiro normal, os combatentes
podem acertar uns aos outros com espe-
lhos de mão, ferros para cachos, varões de
cortina de chuveiro, tampas de banheiro
- ou até escovas de dente nos olhos um do
outro. Em um acampamento, um assaltan-
te pode atacar sua vítima com estacas de
tenda, acessórios para churrasco, um facão
enferrujado ou qualquer quantidade de
pequenos potes e panelas. Se um humano,
cercado por um bando de cães infernais, se
esconde no armário de um zelador, o que
ela acha lá? Uma vassoura? Um limpador
de spray abrasivo que pode funcionar como
uma maça química? Um cabo de extensão
que ela pode usar para estrangular uma
das coisas?
Tomar um momento para considerar o
cenário da luta ajudará você a determinar
quais ferramentas horríveis de morte e des-
membramento estão ao alcance das mãos.
Manufaturando Armas
Parada de Dados: Raciocínio + Ofícios + Equipamento
Ação: Estendida (4 a 10 sucessos; um teste equivale a 15
minutos de trabalho)
Às vezes, um personagem tem tempo suficiente para pre-
parar uma arma própria, montando várias partes para fazer
uma arma um pouco mais poderosa do que a que já está por
aí. Talvez ele queira enrolar fita isolante na parte inferior de
uma lâmina de cortador de grama e fazer um facão improvisa-
do, ou talvez ele queira espetar uma faca de mergulho no final
de uma vassoura para fazer uma lança. Ou pode ser apenas a
hora da velha espera, uma tábua com um prego nela.
Montar uma arma nova ou modificada é uma ação pro-
longada, exigindo um número pré-estabelecido de sucessos,
dependendo da complexidade da arma. Armas simples (um
pedaço de vidro amarrado a uma alça de espátula para fazer
uma faca ou uma pedra presa no sino de um desentupidor
para fazer um porrete) podem exigir apenas quatro sucessos.
Itens mais complicados (manipular qualquer coisa elétrica ou
com mais de uma parte móvel) podem exigir mais de 10 suces-
sos. Uma regra básica é que os sucessos necessários são iguais a
duas vezes a taxa de dano da arma (antes que a penalidade de
arma improvisada seja incluída). Objetos contundentes con-
ferem dano contundente, armas afiadas causam dano letal.
Muitas armas improvisadas exigem ferramentas específi-
cas para serem fabricadas. Se o personagem não tiver algumas
dessas ferramentas (ou precisar lidar com instalações abaixo
do par), uma penalidade de –1 aplica-se ao teste. Se o per-
sonagem não tiver nenhuma das ferramentas ou instalações
apropriadas, o Narrador poderá declarar a tarefa impossível.
Resultados do Teste
Fracasso Dramático: Seu personagem não apenas falha
em fazer a arma desejada, mas também quebra uma de suas
ferramentas. Mais testes de criação são feitos com uma pena-
lidade de –1.
Fracasso: Seu personagem não consegue manufaturar a
arma.
Sucesso: Seu personagem termina a arma.
Sucesso Excepcional: Seu personagem não apenas fina-
liza a arma, mas também pode ignorar a penalidade de arma
improvisada –1.
Equipamento sugerido: Ferramentas de alta qualidade
(+1), materiais de alta qualidade (+1), torno mecânico (+2),
instruções de referência (+2)
Penalidades possíveis: Ferramentas de baixa qualidade
ou quebradas (–1), materiais de baixa qualidade (–1), tensão
indevida (–1)
Estacas Improvisadas
Intrépidos caçadores de vampiros fazem
suas estacas com antecedência. As estacas
festas desta maneira são ponderadas cuida-
dosamente e afiadas até um ponto tão fino
quanto a madeira permite. No entanto, essa
preparação nem sempre é possível. Talvez o
caçador de vampiros seja pego de surpresa,
ou talvez a vítima não seja uma caçadora
de vampiros. Seja qual for o caso, às vezes,
é preciso fazer uma estaca no local.
A criação de uma estaca envolve pouca ela-
boração real e, em vez disso, exige simples-
mente a quebra de um pedaço de madeira
de um objeto existente. Um personagem
pode encaixar uma perna da mesa, uma
cadeira para trás ou até mesmo um cabo
de vassoura ao meio e usar a parte afiada
como a estaca. Ele pode chutar ou tentar
quebrá-lo em suas mãos. Para fazer isso,
teste Força + Vigor. Suponha que a Durabi-
lidade do item seja 1 e tenha uma Estrutura
5. Ele deve eliminar três dos pontos de
estrutura do item para quebrar uma parte
efetiva. Isso requer um turno completo (ou
mais, se ele não teve sucesso na primeira
tentativa). A estaca improvisada resultante
tem Dano 0 (L) e Tamanho 1; alvejar o cora-
ção requer um sucesso excepcional.
MANUFATURANDO ARMAS 47
 - O que você precisa, filho?
Eu pensei sobre o homem me seguindo. Ele tinha uma tatuagem de mariposa na mão
esquerda; combinava com o da minha direita. Eu sabia que ele não ia parar. Ele não parou
ainda, ele continuou vindo.
Eu tentei de tudo para fazer o homem parar. Eu tentei pagá-lo, provocando-o,
mentindo para ele. Em Tulsa, eu bati na cabeça dele com um pneu e corri.

Sinos de vento - nada mais do que um punhado de ossos vazios - sacudiam

a brisa seca do lado de fora. Os corvos chamavam um ao outro através do
solo. Ele vem para você. Ele não vai parar.

- Eu preciso de algo com poder de parada

- eu disse.
- Defesa doméstica? - Perguntou o cara atrás do bal-
cão. Um velho gorro de garrafa da Pepsi dançava nos nós
dos dedos. Ele olhou para mim por trás de olhos apertados.

- Algo parecido.
Deixou cair a tampa da garrafa e tirou algo que lhe agrada-
va, brilhante como um centavo com um cano grande o suficien-
te para tirar o coração de um homem do corpo.

- Mossberg 12-gauge, - disse o velho. - Capacidade de seis ti-

ros, fibra de vidro para manter a luz. Dezoito polegadas barril
com contas. Eu posso te vender um aperto de pistola com ele,
algumas pessoas gostam assim.

- Vai fazer o truque?

Ele bufou. - Meu amigo mora na Flórida. Ele joga chum
na água para trazer os tubarões-tigres da Praia de Venice. Ele
usa o seu para fazer buracos em suas cabeças para que ele possa
vender a carne e os dentes. Eu acho que é por isso que eles cha-
mam de Mariner.

- Eu vou levar.
- Eu vou jogar em uma caixa de casco duplo, - disse ele.

Eu balancei a cabeça. O homem me encontraria em breve.

 Capitulo Dois:
Capítulo Dois:
Armas de
Armas deFogo
Fogo
e ede
de Longo
Longo Alcance
Alcance
Desde os últimos dias do Renascimento, armas de fogo têm sido armas pesso-
ais dominantes da humanidade. Os séculos intervenientes viram grandes melhorias
na letalidade, alcance, precisão e confiabilidade, mas o princípio básico da arma
permanece o mesmo. A rápida expansão do gás quente liberado por uma pequena
explosão confinada impulsiona um projétil aproximadamente aerodinâmico por
um tubo de metal, que serve para dar uma direção inicial ao vôo do projétil. Quan-
do este projétil e um corpo humano tentam ocupar o mesmo espaço, o corpo hu-
mano geralmente perde. Tudo o mais é uma questão de detalhes.
Os detalhes, no entanto, são onde o diabo é dito residir. Kyujutsu, tradicional
arco e flecha japonês, sustenta que cada tiro tem quatro elementos, todos os quais
devem existir em um estado de harmonia para que o tiro aconteça: o arco, a flecha,
o arqueiro e o alvo. O Livro de Regras do Mundo das Trevas aborda a metade
humana dessa equação, enquanto este capítulo é dedicado aos detalhes da metade
material: a arma e o projétil. Além de armas de fogo, este capítulo fornece caracte-
rísticas para outras armas de longo alcance e examina as habilidades e considerações
“Nos lidamos com chum-
“Nós lidamos com práticas do uso de armas.
bo, amigo''
chumbo, amigo.”
- Vin, os Sete Magnificos
- Vin, os Sete Magnificos
O Caminho da Arma
As armas são peças complexas de maquinaria - se não fossem, as pessoas não
pagariam centenas de dólares por alguns quilos de metal. No entanto, as armas
existem há centenas de anos e, portanto, são uma tecnologia madura. Elas são confi-
áveis (se mantidas adequadamente) e não exigem muito conhecimento do operador
para serem usadas como pretendido. O atirador médio não precisa ser capaz de
diagramar o funcionamento interno de cada arma de fogo existente, mas ajuda a
entender um pouco sobre como as coisas funcionam. Se nada mais, a manutenção
é muito mais fácil se o usuário souber que partes gerais provavelmente encontrará
na primeira vez em que quebrar sua arma. Da mesma forma, o jogador médio ou o
Narrador não precisa ser capaz de recitar tabelas de balística de memória, mas uma
compreensão básica do assunto nunca é demais quando se cria uma história.

Como Funcionam as Armas

Para disparar uma arma, o usuário puxa o gatilho, a parte protuberante de
um mecanismo interno. O gatilho quebra e solta uma pequena captura, ou gatilho,
que está segurando um pino de disparo de metal. O pino de disparo, por sua vez,
mantém uma pequena mola comprimida. Quando o pino de disparo é liberado da
restrição do gatilho, a mola impulsiona o pino para a extremidade traseira de um
cartucho, que está na câmara da pistola. As porções explosivas do cartucho então
detonam.
A força de uma explosão tende a se mover na direção da menor resistência.
Quando o propulsor de um cartucho explode, os gases em expansão dessa reação
são envolvidos pelo metal relativamente imóvel do invólucro do cartucho e a câma-
ra em todas as direções, exceto uma. Essa direção está no cano da arma, na extre-
midade próxima da qual a câmara está localizada. No entanto, para que a força da
explosão se mova para fora, um pequeno obstáculo precisa ser empurrado para fora
do caminho. Esse obstáculo é a bala, que a explosão força o cano a velocidades de
centenas ou milhares de metros por segundo. Dar a direção da bala antes de sair da
arma é o reino da pontaria.

50 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

Boa Pontaria
Acenar com uma arma na direção geral de um alvo e meter
chumbo descontroladamente não costuma ser eficaz. A precisão
consistente exige que o atirador tenha uma postura estável, bom
alinhamento dos olhos e mira da arma, controle da respiração e
do dedo no gatilho.
Claro, no meio de um tiroteio, a velocidade é mais preciosa
do que o objetivo. É quando o treinamento assume e dá uma
vantagem definitiva ao atirador experiente que refinou todas es-
sas ações até o nível reflexo e pode fotografar com precisão sem
colocar o pensamento consciente no processo. Especialistas em
armas de fogo concordam que a colocação de tiros é mais impor-
tante que calibre, capacidade de recarga, desempenho balístico,
configuração de segurança ou qualquer outro fator de engenha-
ria. A melhor arma do mundo não significa nada se um atirador
não conseguir atingir seu alvo.

Boa Pontaria para Revólveres

Os instrutores de armas de fogo ensinam três posições bá-
sicas para a execução de revólver: duas para combate e uma para
pontaria. Todos os exemplos a seguir assumem que o atirador é
destro; inverta “direita” e “esquerda” para os canhotos.
A postura de Tecelão coloca o torso do atirador a cerca de
um ângulo de 45 graus em relação ao alvo, com o ombro direito
afastado do alvo e o braço direito atravessando o corpo, coto-
velo quase reto. Ele segura a arma na mão direita, com a mão
esquerda enrolada em volta dela. Sua mão direita empurra para
frente enquanto a mão esquerda se afasta com igual força, esta-
belecendo a tensão dinâmica que lhe permite controlar o recuo.
Esta postura minimiza o perfil que o atirador apresenta ao seu
alvo, e o braço esquerdo fornece um pouco de proteção para o
seu tronco.
A postura Isósceles empurra a arma diretamente na frente
do atirador, com os dois cotovelos travados ou quase trancados e
a mão esquerda envolvendo a mão direita. O atirador inclina-se
ligeiramente para a frente a partir dos quadris para resistir ao
recuo. Essa postura apresenta um perfil de alvo mais amplo
que o Tecelão, mas parece mais equilibrada e natural para
muitos atiradores.
Uma postura normal de competição coloca o corpo do
atirador de lado para o alvo, com os pés afastados na largura
dos ombros. A mão direita é levantada até o nível dos olhos e o
cotovelo ligeiramente dobrado, enquanto a mão esquerda está
dobrada atrás das costas ou na cintura. Essa postura evoluiu a
partir da clássica postura de duelo de pistola da era da Renas-
cença e, embora apresente um alvo menor do que as posições de
Tecelão ou Isósceles, oferece menos apoio.
O disparo pontual, também conhecido como disparo de
tensão, é uma técnica de revólver (e espingarda) variante que
enfatiza a reação rápida a alvos próximos. No tiro ao alvo, o ati-
rador usa sua compreensão instintiva do espaço, da física e da
posição do corpo em vez de apontar e postura, usando o alinha-
mento de sua mão para apontar para o alvo com o pulso e o
cotovelo travados. Alguns defensores do tiro ao alvo ensinam o
atirador a colocar o dedo indicador direito ao longo da lateral da
arma, apontá-lo para o alvo e puxar o gatilho com o dedo médio
ou o dedo indicador esquerdo. O disparo pontual evita que o
problema do controle motor fino desapareça em uma situação
de alta adrenalina, mas só é efetivo a curta distância.

o caminho da arma 51
 Tiro de Duas Mãos Na posição ajoelhada, o pé esquerdo do atirador vai dire-
Os requisitos de Força para armas de uma mão assumem tamente abaixo do fuzil, permitindo que seu cotovelo esquer-
que o personagem usa apenas uma mão. Disparar com ambas do se encaixe na cavidade entre a patela esquerda e o fêmur
as mãos aumenta sua Força efetiva em 1, com a finalidade de para apoio sólido do peso do fuzil. Seu joelho e pé direitos
evitar penalidades dos mínimos de Força. vão para o chão, com o peso uniformemente distribuído entre
o joelho direito e os dois pés.
Técnica Ruim com Revólver Na posição em pé, também conhecida como posição im-
O tiroteio ao estilo “gangster”, popularizado por filmes, provisada na competição, o atirador fica com os pés estendi-
é a “técnica” de inclinar uma arma paralela ao chão para dis- dos na altura dos ombros, o tronco alinhado quase em ângulo
pará-la. Isso move a mira e cansa para fora de uma posição reto com o alvo, inclinando-se ligeiramente para trás e à di-
de tiro adequada e permite que o pulso do atirador se flexio- reita para equilibrar o peso do fuzil. Seu braço esquerdo está
ne para cima sob recuo, o que a torna muito menos precisa. encostado em suas costelas, permitindo que toda a estrutura
Além disso, com uma arma semi-automática, a arma ejeta seu óssea suporte o peso do fuzil. Seu cotovelo direito é estendido
latão para cima - no rosto do atirador - em vez de para a di- em uma posição natural, com o braço a cerca de 30 graus de
reita, produzindo, assim, engarrafamentos, já que o latão não distância do seu lado.
consegue limpar a porta de saída. Muitos atiradores profissio- Além dessas três posições, os atiradores de competição,
nais estremecem ao ver um punk de rua segurando uma arma por vezes, usam uma quarta posição, banco ou sentado. Em
como o guidão de uma bicicleta. Disparar no estilo gangster posição sentada, o atirador se senta em uma cadeira ou ban-
inflige uma penalidade de –1. No entanto, atirar contra o es- quinho, com uma mesa ou banco à sua frente, na qual seu
tilo gangster fornece um bônus de +1 nos testes de Manha em cotovelo esquerdo descansa para suportar o peso do fuzil. A
situações apropriadas, como tentar impressionar gângsters ou maioria dos militares não ensina essa posição como uma pos-
aspirantes imediatamente após eles terem visto o personagem tura de tiro devido à raridade de equipamentos adequados no
atirar. campo de batalha, mas essa postura faz parte do currículo dos
Limp-wristing é o termo de tiro para não bloquear o pul- atiradores de elite que costumam operar em terreno urbano e
so da mão que está atirando. Isso leva a uma má pontaria com têm tempo suficiente para montar suas posições de tiro.
todo tipo de arma, já que o recuo da arma começa a mover a
arma antes que a bala saia do final do cano. Nos carregadores Boa Pontaria com Espingarda
automáticos, uma aderência fraca é ainda mais um problema O tiro de espingarda, por causa dos intervalos de alcance
porque a aderência transfere mais do recuo da arma para o envolvidos, depende mais do instinto do que o tiro com fuzil.
braço do atirador. Isso pode roubar a arma da energia que a A postura básica de tiro é similar a uma boa postura de boxe:
arma precisa para alternar sua ação, resultando em um atola- um pé à frente, com o atirador inclinado para a frente em um
mento. pequeno ângulo para absorver o recuo e pronto para balançar
para os lados. Tal como acontece com um fuzil, o atirador
Boa Pontaria com Fuzis puxa o estoque da espingarda contra o ombro para absorver
De bruços, ajoelhados e em pé estão as três posições bási- o recolhimento, levando a lateral do calçado até a bochecha,
cas para o tiro de fuzil de combate. Todas essas posições usam de modo que a linha de visão segue naturalmente o cano da
os mesmos princípios básicos. O atirador aperta o fuzil contra espingarda.
o ombro dele com a mão direita. Sua mão esquerda vai sob
o cano do fuzil e agarra frouxamente o foregrip para apoiar o Técnica Ruim com Fuzil e Espingarda
cano. Sua bochecha está encostada no calcanhar do fuzil (co- Narradores podem optar por substituir as regras para
nhecido como “fazer uma solda na face”), o que naturalmente atirar com uma só mão no Livro das Regras do Mundo das
coloca o olho direito alinhado com a mira ou o alcance do Trevas, com as seguintes regras para resultados mais realistas.
fuzil. Em um fuzil com mira telescópica, o olho do atirador Como Hollywood nos mostra, é possível atirar com um
está vários centímetros atrás da lente traseira do osciloscópio, braço longo, segurando-o logo acima do nível da cintura, com
já que fotografar com o rosto pressionado diretamente contra o estoque enfiado sob o braço direito. Este é um reflexo nor-
o telescópio geralmente leva a um olho roxo induzido pelo mal para um atirador que fica surpreso ao carregar uma arma
recuo. na altura da cintura e a traz para apontar para o alvo o mais
Muitos instrutores de tiro ensinam seus alunos a atirar rápido possível. O tiro no quadril tem duas desvantagens crí-
com seus olhos dominantes, em vez de suas mãos dominantes, ticas: a visão não está nem perto do olho do atirador e a arma
o que pode causar uma grande confusão inicial para a peque- não está devidamente apoiada para absorver o recuo. Se um
na porção da população cujo domínio visual não corresponde personagem quadrilhar um braço longo, aumente seu requi-
à sua lateralidade. Esta seção pressupõe um atirador dominan- sito de Força em 1 e dobre quaisquer penalidades de alcance
te com o olho direito. incorridas pelo atirador - mas o personagem automaticamente
Na posição prona, o alvo é cerca de 20 graus à esquerda ganha quaisquer laços de Iniciativa nesse turno.
do eixo longo do atirador. O atirador revira o tronco e os qua- Disparar uma arma longa com uma mão é ainda mais
dris ligeiramente para a esquerda para facilitar a respiração complicado. Independentemente de quão forte um persona-
e impedir que o pulso abdominal afete sua mira. Sua perna gem é, ele não tem a alavancagem necessária para controlar
esquerda é reta, com o quadril direito dobrado em um ângulo uma arma cujo centro de massa é de até um pé na frente de
de 45 graus para estabilidade e o interior do joelho direito sua mão de tiro. Se um personagem manejar uma mão de
nivelado com o chão. Sua mão esquerda desliza sob o foregrip longo alcance sem o apoio de um bipé, aumente o requisito
do fuzil, apoiando ao invés de agarrar, com o cotovelo esquer- de Força de longo alcance em 2 e aplique uma penalidade de
do contra o chão. Seu cotovelo direito está ligeiramente incli- –4 na jogada de ataque do personagem. Fuzis Bullpups (veja
nado para fora do corpo, também em contato com o chão. a página 58) são uma ligeira exceção a esta situação devido

52 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

ao seu centro de gravidade para trás, mas ainda precisam de
ambas as mãos para a estabilidade: uma mão só aplica uma
penalidade de –2. Dar uma mão a um braço longo não tem
nenhum benefício, mas um personagem pode não ter escolha
se ele não tiver o uso de uma mão.
Boa Pontaria em Combate
A fisiologia humana evoluiu para reagir de certo modo
ao perigo físico imediato. Vasos sanguíneos nos braços e per-
nas se contraem, reduzindo o fluxo sanguíneo na expectativa
de lesão iminente nas extremidades. Os níveis de açúcar no
sangue aumentam, resultando em movimentos mais fortes e
mais rápidos. A pressão sanguínea e a taxa de respiração au-
mentam, enquanto a visão e a consciência focalizam a ameaça
imediata. Infelizmente para um atirador em uma situação de
combate, todos esses fatores ocorrem às custas do julgamento,
da consciência situacional e do controle motor fino, que são
críticos para o tiro preciso. Um atirador de calibre olímpico
que encontra sua vida ameaçada pela primeira vez é uma sorte
se ele puder acertar um em 10 tiros em seu alvo.
A melhor maneira de um atirador se preparar para um
tiroteio é treinar até que desenvolva a memória muscular ne-
cessária para levá-la à violência sem pensar conscientemente.
As forças armadas e as agências policiais há muito estão cons-
cientes da diferença entre a prática segura e calma do alvo e o
caos do combate real, e treinam o seu pessoal incansavelmente
para garantir a sua sobrevivência. O núcleo desse treinamento
é um objetivo reflexivo para o centro de massa do alvo. “Dis-
paros chamados” e “tiros para ferir” são diretamente contrá-
rios ao princípio de colocar uma bala com precisão nos órgãos
vitais do alvo. Os braços, as pernas e a cabeça de uma pessoa
em movimento se agitam demais para um objetivo preciso se
ele está se movendo, ou apenas aparecendo ou desaparecen-
do, em uma briga.
Em termos de jogo, é por isso que um personagem nor-
malmente só pode fazer um ataque efetivo por turno de três
segundos, mesmo que sua arma seja capaz de uma rajada
muito mais rápida. O Apêndice deste livro fornece Vantagens
apropriadas para personagens que dedicaram uma quantida-
de significativa de tempo e esforço ao treinamento para sobre-
viver a tiroteios.
Balística
A balística é o ramo da física que lida com o movimento
dos projéteis. Uma vez que uma bala deixa uma arma, a balís-
tica pode calcular cada aspecto da trajetória de vôo da bala até
que a bala atinja alguma coisa.
Os entusiastas de armas falam sobre duas características
balísticas básicas de uma bala: a velocidade do focinho e a
energia do focinho. A primeira é a velocidade que uma bala
tem no instante em que sai de uma arma, e a segunda é a ener-
gia cinética que a bala tem como resultado de sua velocidade e
massa. A maioria das balas de mão se move entre 80% e 150%
da velocidade do som, que é um pouco acima de 335 metros
por segundo. As balas de fuzil geralmente atingem velocidades
entre duas e três vezes a velocidade do som.
Se uma bala percorrer uma distância significativa, o tem-
po de voo da bala é mensurável. Durante o vôo da bala, a gra-
vidade atua na bala, puxando-a para baixo enquanto ela viaja
para frente. O resultado é um arco parabólico em vez de uma
linha reta a laser. Atiradores experientes podem compensar
essa queda estimando o alcance para seus alvos (ou usando
um telêmetro para obter um número exato) e aumentando
seu ponto de destino apropriadamente.
Além de cair durante o vôo, uma bala perde velocidade
devido ao arrasto atmosférico. Esta é outra consideração para
fotografar a longa distância, mas não é um fator significativo
para os danos causados pelo Sistema Storytelling.
Como uma Bala Machuca Você
A física básica nos dá a equação Ek = 1/2mv2. Em portu-
guês simples, a energia cinética de um objeto é igual a metade
de sua massa vezes o quadrado de sua velocidade. Assim, os
dois fatores básicos que determinam o quão difícil uma bala
atinge são seu peso e sua velocidade no momento do impac-
to. Destes dois, a velocidade é mais importante que a massa:
se você dobrar a massa de uma bala, você dobra sua energia
cinética, mas se você dobrar sua velocidade, você quadruplica
sua energia cinética. É por isso que as balas de fuzil são muito
mais mortais do que as balas de revólver.
Quando um objeto em movimento entra em contato
com outro objeto, ocorre uma transferência de energia, e o
objeto que é o corpo humano tende a deformar-se quando
submetido a uma repentina transferência de energia. Normal-
mente, uma bala faz um pequeno buraco na pele. Uma vez
que a bala atravessa e encontra tecido mais denso e osso ainda
mais denso, a bala transfere grande parte de sua energia para
essas coisas. Isso acontece tão rapidamente que as partes do
corpo na extremidade receptora do impacto não têm tempo
para compactar, como se estivessem cutucadas com a ponta
do dedo. Rasgos de tecido; Quebra de ossos. O buraco real
feito pela passagem da bala também aumenta à medida que a
bala se deforma e tomba, porque um projétil de formato irre-
gular perde energia mais rápido que o aerodinâmico, e toda
essa energia afeta as partes do corpo ao redor.
Uma bala perfeitamente comportada permanece dentro
do corpo de sua vítima. Isso ocorre se a bala transferir toda a
sua energia para o alvo. Se a bala tiver energia suficiente para
sair do outro lado do alvo, essa é a energia que a bala não
transferiu para esse objeto e, portanto, a energia que não foi
usada para causar dano. Termos como “superpenetramento”
e “blow-through” descrevem essa eventualidade.
Os filmes geralmente mostram que os vilões estão sendo
arrancados e enviados pelo ar pelo impacto das balas. Isso é
pura ficção. A terceira lei do movimento de Newton afirma
que toda ação tem uma reação igual e oposta. Uma arma capaz
de enviar seu alvo ao ar também enviaria o atirador voando a
igual distância. Balas de fuzil de calibre extremamente pesado
ou balas de espingarda podem fazer o alvo cambalear para trás
alguns metros enquanto ele recupera o equilíbrio, mas qual-
quer disparo induzido por balas selvagens é o resultado de
espasmos musculares involuntários, já que ser baleado pode
ser uma grande surpresa.
Por que as Balas não Ferem os
Vampiros (Tanto)?
Todas as teorias de intervenção sobrenatural
e redução do choque hidrostático à parte, a
simples verdade é que os vampiros já estão
mortos. O sangue deles não faz com que
os vampiros necessitem de seus pulmões,
fígados ou baços. Os únicos órgãos internos
que são realmente importantes para um
CAMINHO DA ARMA 53
 vampiro são o coração (o assento místico da
força que mantém o corpo morto andando
e falando), o cérebro (o lar da consciência)
e vários receptores sensoriais. Tudo o resto
é apenas recheio de carne. Uma bala pode
causar tanto dano físico a um vampiro
quanto a um humano mortal - um buraco
na pele, dois no pulmão, algumas costelas
quebradas e quatro ou seis camadas de
músculo rasgado - mas o vampiro não real-
mente precisa da pele para manter o san-
gue, não precisa do pulmão para oxigenar
o sangue e trata as costelas e os músculos
apenas como uma estrutura e um conjunto
de polias para facilitar o movimento. Assim,
a quantidade real de dano permanece a
mesma, mas o grau de lesão e prejuízo, que
é o que os pontos de Vitalidade realmente
medem, é muito menor.
Em termos de jogo, isso é representado pela
regra de que balas causam dano contun-
dente a vampiros em vez de dano letal,
exceto por tiros na cabeça (que é tão impor-
tante quanto, mas não mais durável, após
a morte). não circulam para trazer oxigênio
para todos os seus tecidos.
Recuo
Recuo é a energia que impulsiona uma arma para trás
sempre que é disparada. Essa energia é igual à energia do cano
da arma. Em uma arma semi-automática ou automática, o ati-
rador não sente toda essa energia, porque a ação usa parte
dela para fazer o ciclo.
Por causa da maneira como as articulações humanas fun-
cionam, a tendência natural do atirador é absorver e controlar
essa energia deixando os pulsos e os cotovelos flexionados,
fazendo com que a arma suba. Atiradores habilidosos são ex-
perientes em controlar a subida do focinho e rapidamente tra-
zem a arma de volta ao alvo para um tiro de acompanhamen-
to. Armas totalmente automáticas exacerbam os problemas de
recuo porque a ação gira mais rápido do que o atirador pode
devolver a arma a uma posição de tiro estável.
Armas mais pesadas são menos suscetíveis a recuar do
que armas mais leves porque a mesma quantidade de energia
move sua massa maior para uma distância menor.
Para maior realismo, considere a seguinte mudança reco-
mendada do Livro de Regras do Mundo das Trevas. O requi-
sito básico de Força de todas as armas leva em conta o recuo
de tiros individuais. Se a Força de um personagem for menor
que esse requisito, ele sofre a diferença como penalidade em
suas jogadas de ataque. Por exemplo, um personagem com
Força 1 tentando disparar uma arma com uma Força míni-
ma 4 sofre uma penalidade de –3. Regime automático é mais
difícil de controlar do que tiros simples. Para tal arma, um
conjunto de três valores adicionais em sua entrada de tabela
de armas indica seus requisitos de Força para rajadas curtas,
médias e longas - por exemplo, 2 (2/3/4).
Ações todo único de fogo rápido conhecido como ventilar. Embora
As partes móveis de uma arma de fogo que permitem ao imprecisas, ventilar permite que um atirador coloque muita
atirador carregar um cartucho, disparar a bala e descartar o liderança no ar em poucos segundos, simulando efetivamente
54 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
invólucro vazio são coletivamente conhecidas como sua ação.
Uma sequência completa de disparo, limpeza e recarregamen-
to é um ciclo, e um persoangem ativa a ação (ou a própria
ação) para realizar isso.
Os tipos de ações em uso moderno generalizado seguem.
Quebra de Ação
Um tambor de uma arma não possui reservas internas
de munição. A única munição que esta arma contém é o
cartucho na câmara de tiro. O tambor tem uma dobradiça
logo atrás da câmara que permite que ela se abra, expondo a
câmara, quando o usuário soltar uma trava. O atirador deve
extrair manualmente o invólucro vazio da câmara e inserir um
cartucho novo.
Alguns tambores (geralmente espingardas e espingardas
de caça largecaliber) têm dois barris, cada um dos quais con-
tém uma concha ou cartucho. Essas armas possuem mecanis-
mos de disparo duplo que permitem disparo quase simultâ-
neo de ambos os barris.
Mecânica: Se um personagem descarrega os dois canos
em um único ataque, o requisito de Força da arma é aumen-
tado em 2, mas o ataque ganha o efeito “Explosão do 9”. Se o
ataque já tiver “Explosão do 9”, ele ganhará “Explosão do 8”.
Se o ataque já tiver “Explosão do 8”, ele ganha +2 de bônus.
Se os dois canos da arma estiverem carregados com diferen-
tes tipos de munição, baseie as Características do ataque na
característica de dano maior. O Narrador tem a palavra final
em situações nas quais um ou ambos os tipos de munição têm
efeitos especiais adicionais.
Revólver
Um revólver usa um único tambor com várias câmaras
de disparo. As câmaras do revólver são furos feitos através de
um cilindro de metal que gira para alinhar cada câmara com
o cano. Os revólveres mais antigos geralmente se abrem como
armas de fogo de ação para recarregar, mas a maioria dos re-
vólveres produzidos no século passado tem pequenos braços
articulados nos quais os cilindros são montados.
Os primeiros revólveres foram de ação única, em que
puxar o gatilho só libera o gatilho. Entre tiros, o atirador deve
manualmente puxar para trás (ou picar) o martelo, um dente
externo preso ao pino de disparo. Engatilhar a arma também
gira o cilindro para trazer um novo cartucho para a posição de
tiro. Isso é facilmente visível em incontáveis filmes de caubói,
geralmente com um “estalo” ameaçador quando o vilão faz o
revólver e o enfia no rosto do herói.
Projetos posteriores, incluindo a maioria dos revólveres
modernos, são de ação dupla, na qual o gatilho aciona o mar-
telo, gira o cilindro e libera o gatilho. Isso permite uma taxa
de tiro mais alta do que um revólver de ação única, mas um
revólver de ação dupla requer vários quilos a mais de pressão
em seu gatilho, o que pode tornar os disparos menos precisos
à medida que o aperto do atirador puxa o alvo para um lado.
Qualquer revólver de dupla ação pode ser engatilhado como
um revólver de ação única para este gatilho mais leve e um
“clique” ameaçador. Não há diferença de jogo entre revólveres
de ação simples e ação dupla.
Ventilando
A maneira como os revólveres operam se presta a um mé-
o fogo automático. ao redor da alavanca, usando alavancagem para trabalhar a
Para ventilar um revólver, um personagem usa as duas ação. Com habilidade e sorte, o giro termina com o estoque
mãos. Com a mão armada, ele segura o gatilho, mantendo o da arma batendo de volta na posição de tiro contra sua mão.
gatilho solto. Com ele fora da mão, ele rapidamente bate o É uma técnica ineficiente, mas parece legal.
martelo da arma, repetidamente o armando. Como o gatilho Mecânica: Um personagem deve ter Armas de Fogo 2
é desengatado, o martelo pula para a frente assim que a mão com uma Especialização em Ação de Alavanca para girar o
do personagem sai, disparando a rodada na câmara. cano. Isso proporciona um benefício mecânico somente se
Mecânica: Um personagem deve ter Armas de Fogo 2 o personagem tiver apenas uma mão com a qual trabalhar
com uma Especialização em Revólver para ventilar. Ele pode a ação ou quiser colocar uma demonstração breve e chama-
gastar três tiros para disparar uma rajada curta. Se o revól- tiva de competência. Um personagem pode tentar girar uma
ver tiver pelo menos seis tiros carregados, ele pode esvaziá-lo arma de ação de alavanca uma vez por turno como uma ação
completamente para disparar uma explosão de rajada média livre. Isso requer um teste de Força + Armas de Fogo com uma
(veja pág. 160, o Livro de Regras do Mundo das Trevas). Em penalidade igual ao Tamanho da arma. Com sucesso, o per-
qualquer um dos casos, ventilar aumenta em 1 o requisito de sonagem gira a arma. Nos próximos três turnos, sempre que
Força do revólver. Um fracasso dramático enquanto ventila ele fizer um teste de Presença ou Intimidação contra um alvo
pode fazer com que o personagem retire o martelo ou bata na que tenha visto sua exibição bem-sucedida de machismo, ele
arma para pousar aos pés do inimigo. ganha um bônus igual ao número de sucessos obtidos no giro.
Um fracasso dramático enquanto gira provavelmente resulta-
Ação do Ferrolho rá no personagem se atirando no estômago, sofrendo dano
Em uma ação do ferrolho de uma arma de fogo, a câmara igual a característica de Dano base da arma.
é fechada e aberta com um mecanismo que se assemelha a
uma tranca comum em uma porta. Para abrir e descarregar a Ação de Bombeamento
câmara, o atirador gira um pequeno manípulo a cerca de 60 Uma ação de bombeamento de arma de fogo (ou ação
graus em torno do longo eixo da arma e, em seguida, puxa o deslizante em alguns léxicos) tem uma empunhadura (ou des-
manípulo para trás. Isso desbloqueia e abre o parafuso. Quan- lizante) presa na parte de baixo de seu cano. Para operar uma
do o atirador abre o ferrolho, a pistola ejeta automaticamente ação de bombeamento, o atirador puxa esse deslizante para
o invólucro vazio e uma mola empurra o cartucho seguinte no trás e o empurra para frente novamente. Tal como aconte-
depósito para uma posição pronta. Quando o atirador inverte ce com ações de parafuso e alavanca, o primeiro movimento
o processo, empurrando o botão para a frente e, em seguida, limpa a câmara e o segundo movimento câmaras a próxima
girando-o para fechar e travar o parafuso, o parafuso empurra rodada. Esse par de movimentos é coletivamente chamado de
o cartucho para dentro da câmara. Este mecanismo simples encaixar o deslizante. A maioria das espingardas, bem como
torna a ação do parafuso o tipo de ação mais forte para fuzis, alguns fuzis de caça, também usam ações de bombeamento.
mais prontamente capaz de suportar as pressões de disparo de Mecânica: Graças a inúmeros programas de televisão e
munição de alto calibre ou magnum. filmes, o som característico de “ka-chunk” de uma ação de
Porque o atirador deve trabalhar manualmente uma ação bombeamento sendo trabalhada é instantaneamente reconhe-
do parafuso, ele permanece estável quando ele dispara. Essa cível como o ruído que vem imediatamente antes de alguém
falta de movimento interno durante o processo de disparo abrir uma lata de espingarda com uma espingarda. Trabalhar
torna os fuzis de ação rápida as armas preferidas dos com- uma ação de bombeamento em conjunto com um teste da
petidores, caçadores e franco-atiradores, os quais devem fazer Habilidade Intimidação dá a um personagem um bônus de +1
tiros precisos que qualquer movimento desnecessário na arma (embora esta ação também ejeta uma concha perfeitamente
pode arruinar. No entanto, as armas de ação rápida têm taxas boa se a arma já tiver uma rodada viva na câmara).
de fogo relativamente baixas, porque o atirador deve tirar a
mão do gatilho para adotar uma nova rodada. Semiautomático
Ações semi-automáticas tiram a maior parte do trabalho
Ação de Alavanca do atirador. Quando uma arma semiautomática dispara, a
Uma ação de alavanca é similar em princípio a uma ação ação usa parte da força que o tiro libera para se auto-circular.
de parafuso, mas em vez de trabalhar diretamente o parafuso Existem três subtipos principais de ações semiautomáticas.
com um botão fixo, o atirador desce por uma alavanca arti- Ações operadas por recuo empregam a energia cinética do re-
culada localizada na parte de baixo da arma, geralmente ao cuo da arma. Ações acionadas por gás prendem uma parte do
redor do gatilho. A oscilação para a frente trabalha o mecanis- gás em rápida expansão liberada pela explosão do propelente
mo que limpa a câmara e a oscilação de retorno carrega um e usam sua pressão como força motriz. As ações operadas pela
cartucho novo. Armas de alavanca modernas são raras. Fuzis operação reversa, ao contrário dos outros tipos de ação, não
e algumas espingardas do século 19, bem como cópias moder- prendem o parafuso contra a câmara antes de disparar, e usam
nas, geralmente usam esse tipo de ação. os gases em expansão para soprar o parafuso para trás.
As ações de alavanca normalmente requerem o uso de A maioria das pistolas e submetralhadoras são acionadas
ambas as mãos para operar, a menos que o atirador gire a por recuo, com poucas operações de blowback. Espingardas e
arma (veja abaixo). fuzis tendem a ser operados a gás. As armas de fogo operadas a
gás têm menos recuo, enquanto as armas de recuo são menos
Giro propensas a interferências e exigem menos limpeza.
Grio é um método arriscado para operar uma ação de Armas semi-automáticas são literalmente capazes de dis-
alavanca com uma mão. Para girar o cano, o atirador solta a parar tão rápido quanto o atirador pode puxar o gatilho. Um
arma, segurando-a apenas com a pressão e o equilíbrio da mão humano é fisicamente incapaz de atirar mais rápido do que
contra o interior da alavanca. Ele então gira a arma inteira uma arma semiautomática pode fazer o ciclo sozinho. No en-

CAMINHO DA ARMA 55
 tanto, o controle sofre com fogo rápido. Embora seja impos-
sível bloquear uma arma semi-automática puxando o gatilho
muito rápido, um tiro rápido pode levar a um aperto na arma,
o que pode causar atolamentos em ações de recuo porque a
arma precisa ter uma resistência sólida contra a qual ciclo. Se
a arma não tiver essa resistência, a semi-automática simples-
mente recua contra o atirador, gastando a força que normal-
mente acionaria a ação em movimento desperdiçado. Como
seria de esperar, atiradores mais fortes geralmente têm mais
facilidade em controlar o fogo semiautomático rápido, embo-
ra o treinamento também desempenhe um papel significativo.
Ao carregar uma arma de fogo semi-automática comple-
tamente vazia, o usuário ainda deve adotar manualmente a
primeira rodada, porque a ação não tem energia para traba-
lhar. Nas armas de mão, isso exige que ele puxe e solte o des-
lizante. Em armas longas, ele geralmente puxa uma alça de
carregamento externa. Embora reconhecível, esse ruído não
tem o mesmo impacto visceral do funcionamento de um bom-
beamento de espingarda e não fornece nenhum efeito de jogo.
Automático
Armas de fogo automáticas (ou totalmente automáticas)
levam a operação semi-automática um passo adiante. Em uma
arma totalmente automática, a ação continua a rodar enquan-
to o atirador segura o gatilho, enviando um fluxo contínuo de
balas para baixo.
Além de ações operadas por recuo, gás e blowback, algu-
mas armas militares sofisticadas usam motores externos (nor-
malmente acionados eletricamente) para realizar suas ações. Segurança, Seletores e Regulador de Rajada
Estas são geralmente metralhadoras ou canhões leves com
taxas excepcionalmente altas de fogo, e não uma preocupação
para a maioria dos personagens do Mundo das Trevas.
Conversão Totalmente Automática
É possível que alguém que saiba o que está
fazendo converta praticamente qualquer
arma de fogo semiautomática em fogo to-
talmente automático. Este processo requer
que o personagem desmonte a arma, triture
uma ou mais partes da ação com um arqui-
vo, monte tudo novamente e seja bem-su-
cedido em um teste de Destreza + Ofícios
(seis sucessos necessários; cada jogada
equivale a uma hora de trabalho).
Isto é, obviamente, ilegal e não confiável.
Qualquer arma convertida para fogo total-
mente automático dessa maneira é capaz
de disparar apenas rajadas - sem disparos
isolados. Além disso, não role novamente
10s no teste de ataque. Se um personagem
fizer um fracasso dramático ao disparar
uma arma convertida, é provável que ela
exploda em suas mãos ou “escape” e conti-
nue atirando até secar.
A maioria das armas de fogo (revólveres sendo uma exce-
ção notável) tem capturas de segurança (ou seguranças), que
são interruptores mecânicos que impedem o disparo de armas
quando engajados. Os dispositivos de segurança modernos
também evitam que o pino de disparo avance se o gatilho

56 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

não for puxado, evitando que as armas sejam descarregadas
acidentalmente se caírem. Algumas pistolas também substi-
tuem ou complementam essas seguranças internas (ou blocos
de pinos de disparo) com dispositivos de segurança de pegada,
que prendem o pino de disparo no lugar, a menos que haja
pressão no punho da arma. Nos últimos anos, dispositivos de
segurança desconectados da recarga entraram em voga nas ar-
mas de mão, que prendem o pino de tiro se não houver um re-
vólver sentado na arma. Estas são uma característica popular
em armas de execução da lei, como um oficial que se encontra
lutando com um adversário para o controle de sua arma pode
acertar o lançamento da recarga e não precisa se preocupar em
ser baleado com sua própria arma.
Quando armas automáticas foram introduzidas pela pri-
meira vez como armamento pessoal, fabricantes e usuários
viram a necessidade de operação semiautomática. Isso levou
à introdução do seletor de tiro, um controle que permitia ao
atirador comutar a arma entre a operação semi-automática e
totalmente automática. Por uma questão de simplicidade, a
maioria das armas combinou interruptores de segurança e se-
letores, levando a seletores de tiro de três posições com opções
seguras, semi-auto e completamente automático.
Durante os primeiros anos da guerra fria, tornou-se ób-
vio que as armas totalmente automáticas eram muitas vezes
inúteis e ineficientes, levando a péssima pontaria. O com-
promisso entre o disparo semiautomático e automático foi o
regulador de rajada. Uma arma de fogo com um regulador
de rajada tem um ajuste de seletor para disparar um número
de tiros mecanicamente regulados (quase sempre três) sempre
que o atirador puxa o gatilho. Isso acrescenta uma quarta op-
ção possível para os seletores de tiro, embora a maioria das
metralhadoras e fuzis de assalto tenham apenas três: segura/
semi/rajada ou segura/semi/completa. Quase todas as metra-
lhadoras não possuem configurações semi-auto e regulado.
Algumas armas automáticas são produzidas com gatilhos
de dois estágios. Um pequeno puxão dispara um único tiro
no modo semi-automático, enquanto o gatilho puxa todo o
caminho de volta para desencadear tiro totalmente automáti-
co. Isso simplifica a operação, mas exige que o atirador tenha
um bom controle do gatilho.
Feeds
A ação de uma arma de fogo é o mecanismo para obter
munição dentro e fora da câmara, enquanto sua alimentação
é seu mecanismo para fornecer munição à ação. O mecanis-
mo de alimentação de uma arma determina o quão rápido e
fácil é recarregar. Tipos de feeds incluem:
Recarga Interna
Em uma recarga interna, o design de uma arma de fogo
inclui um espaço de armazenamento fixo para uma quanti-
dade definida de munição. A ação atrai cartuchos novos di-
retamente desse espaço. Recargas internas são relativamente
simples, mas devem ser recarregadas com cartuchos individu-
ais soltos. A maioria das espingardas de ação rápida, de ação
de bomba e de alavanca e espingardas usam recarga interna.
As armas de fogo e os revólveres de ação mútua retêm
suas munições internamente, embora diretamente em suas
câmaras, em vez de em espaços de armazenamento separados.
Para fins de jogo, tanto as câmaras de disparo de armas de
ruptura quanto os cilindros dos revólveres são consideradas
recarga internas.
Mecânica: Carregar munição solta em uma recarga inter-
na leva um ou mais turnos. Em um único turno de recarga,
um personagem pode carregar um número máximo de cartu-
chos igual ao seu Autocontrole +1, e um personagem perde
o benefício de sua pontuação de Defesa para qualquer turno
em que ele recarrega os cartuchos um a um. Um personagem
pode acelerar o processo com um carregador de velocidade
(veja p. 168).
Recarga Destacável
Uma recarga destacável (comumente e imprecisamente
chamada de pente) é um contêiner que mantém os cartuchos
lado a lado, com uma mola empurrando a pilha em direção
à extremidade aberta da recarga. A recarga prende-se à arma,
deslizando para dentro de um receptáculo chamado poço da
recarga. Para remover uma recarga destacável, o atirador pres-
siona a liberação da recarga, uma pequena presilha que per-
mite que a recarga deslize ou caia da arma. Todas as pistolas
semi-automáticas, submetralhadoras e fuzis de assalto, bem
como muitos fuzis semi-automáticos e algumas espingardas
semi-automáticas, usam recargas destacáveis.
Recargas destacáveis são feitas para caber armas especí-
ficas ou famílias de armas, e não são intercambiáveis entre
diferentes marcas e modelos de armas. Algumas armas podem
aceitar tambores, recargas destacáveis muito grandes que têm
a forma de cilindros achatados em vez de caixas retangulares.
Mecânica: Remover uma recarga destacável de uma arma
e inserir uma nova leva um turno. Remover a munição de
uma recarga manualmente, ou recarregar uma recarga vazia,
é tão lento quanto carregar uma recarga interna (veja acima).
Cinto
Um cinto é um conjunto de cartuchos mantidos lado a
lado com elos de metal. Apenas metralhadoras alimentam-se
de cintos. Uma arma alimentada por cinta agarra os elos para
puxar os cartuchos na arma em sequência, cuspindo as liga-
ções dos cartuchos disparados junto com os cartuchos vazios.
Os cintos podem ser de praticamente qualquer compri-
mento, embora considerações práticas de peso e volume geral-
mente limitem as correias a 200 tiros ou menos. Várias cor-
reias podem ser ligadas de ponta a ponta, permitindo que a
arma alimente continuamente centenas de rodadas sem parar
para recarregar. No entanto, quanto mais longo o cinto, maior
a probabilidade de torcer ou ficar preso em alguma coisa, re-
sultando em um atolamento. Uma metralhadora geralmente
tem um assistente cujo trabalho é transportar munição extra,
conectar um novo cinto ao final de um que está acabando e
manter o cinto alimentando-se suavemente.
Mecânica: Recarregar uma arma alimentada por cinta
demora dois turnos, já que o personagem deve abrir a arma
e prender os elos do primeiro cartucho no cinturão à ação da
arma. Vincular duas correias de ponta a ponta leva um turno
e pode ser feito por outro personagem adjacente ao atirador.
Glossário
A terminologia das armas de fogo, similar a qualquer
outro vocabulário especializado em engenharia, pode muitas
vezes confundir os não iniciados. Aqui estão alguns termos
comuns relacionados a armas, tanto formais quanto gírias.
Terminologia Geral
Descarga Acidental: Qualquer disparo que o atirador
não tenha feito uma decisão consciente de disparar. Na vida
civil, os resultados variam de constrangimento a um parceiro
GLOSSARIO 57
 de caça morto. Em operações policiais e militares, a penalida-
de mínima para uma descarga acidental é uma broca de um
sargento, mesmo que a bala não tenha atingido alguém ou
alguma coisa.
Automático: Capaz de continuar a disparar enquanto o
atirador mantiver o gatilho pressionado. Também, shorthand
comumente aceito para pistolas semi-automáticas.
Bullpup: Uma arma de fogo na qual a ação está localiza-
da atrás do gatilho, em vez de acima ou na frente dele. Isso per-
mite uma arma geral mais curta com o mesmo comprimento
de cano, o que é importante para manter um alcance efetivo.
Além do tamanho, um bullpup tem a vantagem de controlar
melhor o recuo, movendo o centro de gravidade da arma para
mais perto do atirador. As desvantagens do bullpup incluem
a redução do comprimento total do combate à baioneta, eje-
ção do cartucho que deve ser cuidadosamente projetada para
evitar bater no rosto do atirador, desconfortavelmente perto
da explosão do focinho e queima desajeitada e mudanças da
recarga da posição de bruços.
Calibre: O diâmetro da bala que uma arma dispara
(exceto espingardas). O calibre é medido em milímetros
(“5.56mm”) ou centésimos de polegada (“calibre .223”). Para
adicionar confusão, vários tipos de marcadores estão disponí-
veis no mesmo calibre e não são intercambiáveis - por exem-
plo, munição de 9 mm de origem alemã e russa. Nesses casos,
a convenção é consultar o tipo específico com seu diâmetro e
comprimento (“9x19mm, 9x18mm”) ou origem (“9mm Luger,
9mm Makarov”).
Carabina: Um fuzil com um cano relativamente curto. A
maioria das carabinas são derivados de fuzis de tamanho nor-
mal. As carabinas comercializam o alcance efetivo para peso e
comprimento reduzidos.
Câmara: A parte traseira do cano de uma arma que é
construída para aceitar um cartucho. Diz-se que uma arma
de fogo é fabricada para aceitar um calibre específico (“aquele
fuzil é reservado para .223 Remington”). Além disso, o ato
de mover um cartucho para dentro da câmara (“Rosalyn zom-
bou, arrumou uma rodada de chumbo e atirou em Enrique”).
CQB: Close Quarters Battle, o termo militar para com-
bate a incêndios que ocorre a curta distância (abaixo de 45
metros) e dentro de espaços fechados ou confinados. A luta
definitiva do CQB é uma operação de resgate de reféns.
Downrange: A área em que um atirador está atirando, li-
teralmente abaixo do campo de tiro. Também usado no jargão
militar para descrever uma zona de combate (“Outro desdo-
bramento no Balkanistan? Acho que estamos indo para baixo
novamente”).
Porta de Ejeção: A abertura em uma arma da qual ejeta
suas carcaças vazias. A maioria das armas tem suas portas de
ejeção no lado direito e arremessam o latão para cima e para
aquele lado.
Extrator: A parte da acção de uma arma que remove um
invólucro vazio da câmara após o disparo.
Pino de Disparo: O pequeno pino de metal na ação de
uma arma de fogo que atinge um cartucho ou uma casca para
dispará-lo; também referido como um atacante. Os investiga-
dores podem usar a combinação de marcas que um extrator
e um percussor deixam em um invólucro para combinar com
um invólucro a uma arma específica.
Foregrip: A parte de um braço longo na frente do ga-
tilho e da recarga, usado para estabilizar a arma com a mão
inábil do atirador. Um foregrip isola a mão do atirador do
calor que o cano desenvolve ao disparar. Algumas armas são
58 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
construídas, ou podem ser equipadas, com um foregrip verti-
cal, que é uma alça vertical que é mais fácil de segurar quando
se dispara a arma do quadril.
Móveis (Furniture): As partes de uma arma que não têm
função mecânica, mas permitem que uma mão humana segu-
re e use a arma.
Medidor (Gauge): Uma medida do diâmetro do cano
de uma espingarda. O calibre de uma espingarda não é uma
medida da distância, mas sim da quantidade. Se uma espin-
garda tiver um calibre de X, X bolas de chumbo sólidas com
um diâmetro igual ao do cano da arma produzirão um quilo
de chumbo. Assim, um cano de espingarda de calibre 12 é tão
largo quanto uma esfera de chumbo de 1/12 de libra. Para
uma referência mais facilmente visualizada, o calibre 12 é do
mesmo tamanho que 19 mm, ou cerca de calibre .75.
Arma Curta: Qualquer arma de fogo projetada para ser
disparada com precisão usando apenas uma mão, incluindo
revólveres, carregadores automáticos e pistolas-metralhadoras
(embora estas últimas falhem com frequência no teste de “pre-
cisão”).
Jam: Uma falha mecânica causada por um cartucho ou
invólucro vazio ficando preso na ação de uma arma. Armas de
fogo e revólveres contra ação são amplamente imunes a engar-
rafamentos, porque os cartuchos permanecem estacionários
dentro de seus mecanismos.
Arma Longa: Qualquer arma de fogo projetada para ser
disparada com ambas as mãos, seja do quadril ou apoiada
no ombro, incluindo metralhadoras, fuzis, fuzis de assalto e
espingardas.
Overpenetration: O que acontece quando uma bala
atinge um alvo sólido, mas retém energia suficiente para so-
prar através do outro lado com força potencialmente letal. A
sobrepenetração é uma preocupação especial no trabalho de
resgate de policiais e reféns, no qual é provável que haja pesso-
as inocentes por trás de qualquer alvo em potencial.
Raios: Um conjunto de sulcos espirais no interior do
cano de uma arma. Esses sulcos fazem com que uma bala gire
enquanto desce pelo cano, o que estabiliza a bala em vôo. Fu-
zis derivam seus nomes deste termo. A carabina de cada cano
é única, e as marcas deixadas nas balas disparadas produzem
uma “impressão digital” distinta que os investigadores foren-
ses podem usar para provar que uma arma específica disparou
uma bala em particular. Todas as armas de fogo modernas,
exceto as espingardas, tem canos raiados.
Sear: A parte do funcionamento interno de uma arma
de fogo que segura o pino de disparo contra uma mola com-
primida. Quando o gatilho é solto, a mola aciona o pino de
disparo para a frente.
Semi-automático: Capaz de disparar uma vez a cada vez
que o gatilho é puxado, sem esforço adicional exigido do ati-
rador.
Smoothbore: Uma arma de fogo sem rifling. As únicas
armas de fogo modernas que são geralmente smoothbores são
espingardas. Um projétil disparado de um cano liso não pega
marcas únicas de rifling e, portanto, os investigadores não po-
dem igualar uma bala à arma específica que a disparou.
Supressor: Um dispositivo que mascara o som de uma
arma disparando reduzindo o ruído da explosão do disparo
e/ou retardando a bala de saída para velocidades subsônicas.
Também conhecido como “silenciador”. Veja p. 167 para de-
talhes.
Terminologia Específica de Munição
Os fabricantes de armas e munições atribuem uma varie-
dade desconcertante de siglas e termos à notação de munição,
incluindo o seguinte:
ACP: Automatic Colt Pistol, usado para diferenciar os tipos
específicos de munição desenvolvidos por John Browning para
os carregadores Colt, incluindo .25 ACP, 0,380 ACP e 0,45 ACP.
AE: Action Express, usado para diferenciar o cartucho cali-
bre .50 que a Semi-automática do Desert Eagle usa.
BMG: Browning Machine Gun, usada para diferenciar o
cartucho de calibre .50 desenvolvido por John Browning para o
uso de metralhadora pesada.
Brass: Gíria para embalagens vazias, independentemente
da sua composição real. Uso: “Pegue seu bastão depois do hit se
você não quiser deixar provas por toda a sala”.
Cartucho: Uma unidade completa de munição de revólver
ou fuzil, incluindo a bala, revestimento, primer e propulsor.
Invólucro: A parte externa cilíndrica de um cartucho ou
invólucro. Carcaças de cartucho são quase sempre feitas de metal
(mais comumente latão), enquanto as carcaças de espingarda são
normalmente de plástico ou papelão. O termo “invólucros”, que
tecnicamente se refere apenas a invólucros de espingardas, está
em uso coloquial generalizado para todos os invólucros.
FMJ: Full Metal Jacket, o desenho de bala mais comum. Em
uma bala FMJ (ou “bola” no jargão militar), uma bainha fina de
metal duro, geralmente de cobre, envolve um núcleo de chumbo.
A munição FMJ é o tipo de munição padrão por cujo desempe-
nho da característica Dano de determinada arma de fogo.
Grãos (Grains): Uma medida comumente usada para
o peso de uma bala ou propelente. 1 grão = 0,0648 gramas =
0,00229 onças.
LR: Long Fuzil, usado para diferenciar o tipo mais comum
de munição de calibre .22 (apesar do fato de que é usado em
tantas pistolas quanto fuzis).
Magnum: Um cartucho feito mais do que o normal por
um certo calibre, usando o volume extra dentro do invólucro
para acondicionar mais propelente para uma bala mais rápida.
Isso leva a pressões de disparo muito mais altas e um cartucho
de tinta magnum pode destruir uma arma de fogo que não foi
construída para suportá-la.
OTAN: Organização do Tratado do Atlântico Norte. Em
um contexto armado, este acrónimo refere-se a uma pequena fa-
mília de calibres padrão que todas as forças armadas das nações
membros da OTAN adoptaram para uma maior comunalidade
nas suas cadeias de abastecimento.
Concha (Shell): Uma unidade completa de munição de es-
pingarda, incluindo o revestimento, primer, propelente e projétil
ou projéteis.
Soviética (Soviet): Em um contexto relacionado a armas,
isso se refere a uma pequena família de calibres padrão que a
antiga União Soviética e seus aliados do Pacto de Varsóvia adota-
ram para maior comunhão em suas cadeias de suprimentos. Na
era moderna, a Rússia e vários países da Europa Oriental ainda
produzem novos e velhos projetos de armas de fogo para calibres
projetados pelos soviéticos.
Fabricantes
AI: Accuracy International, uma fabricante britânica espe-
cializada em espingardas de precisão.
CZ: Ceska Zbrojoka, um fabricante de armas de fogo tche-
co, geralmente considerado o melhor da Europa Oriental.
FN: Fabrique Nationale, um fabricante belga de armas de
fogo. Também se refere aos tipos de munição originalmente de-
senvolvidos pela empresa, como o FN de 5,7 mm.
H&K: Heckler & Koch, um fabricante de armas de fogo
alemão considerado por muitos como uma das armas mais
resilientes e confiáveis do mundo.
IMI: Israeli Military Industries, um fabricante israelense.
KAC: Knight’s Armament Corporation, uma empresa
da Florida especializada na conversão de um número limitado
de armas de fogo militares de fabricação americana padrão
em projetos adequados para aplicações especiais em operações
secretas.
RSA: Russian State Armouries (Armamento Estadual
Russo), um termo coletivo para os vários departamentos de
design de armas estatais e fábricas que a Rússia herdou da
União Soviética. Os produtos da RSA são freqüentemente
referidos pelos nomes de seus projetistas (“Kalashnikov AK-
47”) ou pelas fábricas nas quais os produtos foram produzidos
(IZHMASH Saiga 12k), em vez de com a designação RSA.
S&W: Smith & Wesson, um fabricante americano de
armas de fogo. Também se refere aos tipos de munição origi-
nalmente desenvolvidos pela empresa, como .40 S&W.
Arma 101
Qualquer um pode usar uma arma, mas usar uma cor-
retamente é outra questão. A seção a seguir detalha as fontes
mais comuns de quais caracteres podem receber instruções
sobre armas de fogo.
Programas de Treinamento Civil
Em nações que permitem a posse privada de armas de
fogo, o treinamento é geralmente acessível a qualquer cidadão
que possa comprar uma arma legalmente. Estes cursos cobrem
a segurança de armas de fogo, os aspectos legais de possuir,
transportar e armazenar armas e pontaria e manutenção para
um conjunto limitado de armas. Existem três tipos gerais de
programas de treinamento civil, que geralmente custam entre
US $ 50 e algumas centenas de dólares.
Instrução para Iniciantes: Uma introdução profissional
às armas de fogo começa com instruções em sala de aula sobre
segurança, como funcionam as armas de fogo, as leis locais e
a manutenção básica antes de passar para a prática. Cursos
iniciantes estão geralmente disponíveis para revólveres, fuzis,
espingardas e arcos. Essas aulas são destinadas a ensinar os
fundamentos do tiro seguro, não qualquer grau de habilidade
de combate ou pontaria competitiva.
Segurança contra Caça: Estes programas são mais co-
muns nas áreas rurais e destinam-se a preparar novos caçado-
res para entrar em campo. Passar por um curso de segurança
de caça é um pré-requisito para uma licença de caça em al-
gumas áreas. Cursos de segurança de caça estão disponíveis
separadamente para fuzil de caça, espingarda e arco. Além
das questões diretamente relacionadas às armas, essas classes
também abrangem as leis estaduais de caça e as artes de cam-
po básicas. Um candidato deve passar por testes escritos e de
pontaria para obter uma licença.
Arma Mortal Oculta: Muitos estados americanos e algu-
mas outras nações (ver p. 202 para uma lista parcial) licenciam
cidadãos qualificados para portar armas mortais escondidas
para defesa pessoal. Estes cursos geralmente assumem que os
participantes são pelo menos marginalmente competentes
com suas armas antes de se inscreverem. Um típico curso de
armas mortais ocultas cobre as leis locais relativas à posse de
armas, o uso de força letal em autodefesa e os regulamentos
que governam quando e onde o portador da licença pode car-
ARMA 101 59
 regar, e culmina em testes escritos e práticos.
Além desses tipos de treinamento, os civis podem alu-
gar uma pista em um campo de tiro por uma taxa nominal,
geralmente menos de US $ 20 por uma hora. Isso fornece a
oportunidade para a prática em um ambiente controlado. As
áreas internas geralmente limitam a clientela a armas curtas,
enquanto as áreas ao ar livre e os clubes de esportistas permi-
tem o uso de fuzis e espingardas.
Nível Provável de Armas de Fogo: 1 a 2.
Educação Rural
Armas de fogo são ferramentas comuns em áreas rurais
em todo o mundo. Removidos dos debates políticos e do cri-
me violento, os proprietários de armas rurais vêem suas armas
como necessárias para proteger suas plantações e animais de
animais selvagens e colocar carne na mesa. Muitos homens (e
um número menor de mulheres) criados em tais ambientes
começam a aprender a atirar assim que conseguem manusear
fuzis de pequeno calibre. Nenhuma instrução formal ou es-
colas existem - as crianças aprendem com pais, tios e irmãos
mais velhos em uma tradição de gerações. Os adolescentes são
capazes de lidar com eles mesmos no deserto e levar para casa
o jogo. Este modo de vida não é tão comum no início do sé-
culo 21, como até algumas décadas atrás, mas ainda é familiar
para milhões de pessoas. Algumas forças armadas recrutam
agressivamente caçadores experientes para tarefas especiais,
acreditando que a mesma perícia e habilidade de tiro que lhes
permite derrubar animais permitir-lhes-á caçar humanos com
a mesma habilidade.
Nível de Armas de Fogo: 2 ou maior, geralmente com
um fuzil ou espingarda especial. Trato com Animais, Dissi-
mulação e Sobrevivência também devem ser igualmente altos.
Academias de Aplicação da Lei
A ênfase do treinamento de armas de fogo da polícia re-
cai sobre as armas de uma mão, mais especificamente o mo-
delo único de arma que os recrutas carregam como arma de
serviço. Os policiais são treinados para atirar em uma varieda-
de de situações que os programas civis de pontaria geralmente
não cobrem, desde tiroteios noturnos até autodefesa do assen-
to do motorista de uma vitaura. Os policiais também recebem
treinamento de retenção de armas: como impedir que os opo-
nentes desarmem os policiais durante brigas. Uma quantida-
de menor de treinamento é dedicada às armas suplementares
do departamento, como espingardas ou submetralhadoras,
spray de pimenta e armas de choque. Finalmente, além de
ensinar leis e políticas de uso da força, muitos departamen-
tos de polícia agora investem tempo e recursos significativos
em treinamento de tiro/não-tiro. Estas simulações elaboradas
apresentam aos policiais situações potencialmente ameaçado-
ras e classificam os oficiais não apenas em sua pontaria, mas
também em seu julgamento ao escolher se deve ou não atirar.
Nível de Armas de Fogo: 1 para jóqueis de mesa e novos
recrutas, 2 para patrulheiros experientes que levam suas res-
ponsabilidades a sério; Especialização em armas de uma mão,
pouco provável para o último e Especialização em espingardas
menos comuns.
Campo de Treinamento Militar (Military Boot Camp)
A instrução de arma de fogo militar se concentra na
arma principal dos soldados, o fuzil de assalto. Soldados de- Cultura Popular
vem atingir um certo nível de proficiência antes de se forma-
rem em treinamento básico, e também devem saber como atividade criminosa nas ruas, o conhecimento de armas de
60 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
manter seus fuzis sob condições adversas no campo de bata-
lha. Os soldados também devem manter esse nível mínimo de
proficiência para o restante de suas carreiras militares, o que
significa testes anuais de qualificação.
Os soldados também recebem um menor grau de trei-
namento com todas as outras armas de infantaria padrão no
arsenal de seu país, incluindo armas de fogo, lança-granadas,
lançadores de foguetes, mísseis guiados antitanque e metra-
lhadoras. Isso serve apenas para ensinar aos recrutas o básico
de usar essas armas, no entanto. Um treinamento mais focado
é fornecido apenas para soldados que se tornam soldados de
infantaria. Da mesma forma, o treinamento em algumas ar-
mas raras ou de uso limitado, tais como mísseis superfície-ar
e lança-chamas, é fornecido apenas a especialistas cujos traba-
lhos os obrigam a usar essas armas.
Forças militares que não se envolvem em combate terres-
tre regularmente, como forças aéreas e marinhas, geralmente
fornecem muito menos treinamento para seus recrutas do
que o descrito acima. O marinheiro ou aviador médio pode
nunca manusear uma arma de fogo pelo resto de sua carreira
militar depois de completar o campo de treinamento militar.
Nível de Armas de Fogo: 1 para tropas não combaten-
tes, 2 para combatentes recém treinados, 3 para infantaria ve-
terana; Especialização em fuzil de assalto são comuns para as
tropas regulares.
Doutrinação Insurgente e Milícia
Do Nepal à Irlanda do Norte, o mundo está cheio de
pequenos grupos paramilitares dedicados à violência políti-
ca. Muitos desses grupos recebem financiamento externo,
o que lhes permite comprar armas do mercado negro para
equipar seus combatentes. A qualidade do treinamento varia
muito, com a maior parte indo para os fanáticos dedicados
que sobrevivem ao seu tempo como bandidos novatos. Esse
treinamento geralmente ocorre de forma encoberta, usando
armas mais velhas de excedente militar. Muitas insurgências
empregam ex-militares como treinadores - os ex-agentes da in-
teligência soviética e as tropas de operações especiais são par-
ticularmente favoritos depois que o colapso da URSS colocou
dezenas de milhares deles no mercado de trabalho.
Nível de Armas de Fogo: 1 para a desordem, que pode
se achar muito mais competente; por padrões militares para
terroristas endurecidos e combatentes da liberdade.
Lições de Rua
A maioria dos criminosos tem pouco ou nenhum treina-
mento formal. Prática, se eles ainda usam a palavra na mesma
frase com “armas”, consiste em explodir em alvos improvi-
sados em um beco ou lote vago. A ideia de pagar um bom
dinheiro por um intervalo de tempo e praticar munição sim-
plesmente não ocorre em um gangsta. A maioria dos tiroteios
relacionados a gangues é o resultado do grande volume de
fogo, em vez de pontaria deliberada. A manutenção é tam-
bém um conceito estrangeiro - por que limpar uma arma? A
única área em que bandidos de nível de rua se destacam é a
ocultação de armas.
Nível de Armas de Fogo: 1, talvez com uma Especializa-
ção em Intimidação por parecer impressionante durante os
disparos.
Embora envolvendo ainda menos experiência do que a
fogo obtido com a cultura popular é tudo o que a maioria dos
cidadãos possui. Isso “ensina” pouco a nada em termos de pon-
taria, segurança ou lei. Embora a cultura pop possa disseminar
ativamente informações incorretas, qualquer um que tenha cres-
cido com a mídia de massa do século 20, pelo menos, sabe como
puxar um gatilho.
Nível de Armas de Fogo: 0, embora o personagem possa
pensar que ele tem mais, especialmente se ele joga muitos jogos
de tiro em primeira pessoa.
Segurança em Primeiro Lugar!
A maioria dos instrutores de armas de fogo
costuma dedicar tanto tempo ao ensino do
uso seguro de uma arma quanto ao treina-
mento de tiro ao alvo. Qualquer pessoa que
tenha estudado qualquer tipo de arma de fogo
aprende alguma variação dos seguintes prin-
cípios básicos de segurança de armas antes de
disparar seu primeiro tiro:
• Toda arma está sempre carregada. Nunca
assuma que uma arma de fogo não é capaz de
matar até que você tenha verificado o status
da arma.
• Nunca aponte uma arma para qualquer
coisa que você não tenha a intenção de atirar.
Na melhor das hipóteses, você está arriscan-
do uma descarga acidental e um buraco na
parede do banheiro. Na pior das hipóteses,
apontar uma arma para outra pessoa pode ser
classificado como ataque agravado, mesmo
se a arma não explodir, ou pode desencadear
uma resposta letal de alguém que leve a auto-
defesa a sério.
• Mantenha seu dedo fora do gatilho até que
você esteja pronto para disparar. Novamente,
a melhor maneira de evitar uma descarga
acidental é evitar uma situação em que o mo-
vimento involuntário possa afetar a arma.
• Sempre esteja ciente do seu alvo e do que
está além dele. Perder o alvo pode resultar
na bala entrar em algo ou em alguém melhor
deixado intacto. A sobrepenetração pode ser
um risco para os espectadores, mesmo se você
atingir sua marca.
Esses mandamentos, quando tomados juntos
e perfurados na cabeça de um aluno até que
sejam internalizados em um nível reflexo, ga-
rantem que um atirador não coloque uma bala
em alguém ou em algo que ele não tenha a
intenção de atirar - normalmente.
Arma 201
As fontes de treinamento detalhadas na seção anterior
abrangem as noções básicas de uso de armas (em termos de jogo, zação em armas de uma mão.
até Armas de Fogo 3 ou 2 com uma Especialização apropriada).
Os atiradores profissionais são muito menos comuns e tendem a
se especializar em um aspecto particular da pontaria. Possíveis
fontes avançadas de treinamento de armas de fogo incluem o
seguinte:
Competições de Tiro
Desde clubes locais até as Olimpíadas, competições de
tiro estão disponíveis para todos os níveis de habilidade. Dis-
paro competitivo tende a ser um caso formal, focando inteira-
mente a pontaria, sem dar atenção a táticas ou leis. A seguir
estão os principais tipos de competições de tiro:
Alvo: Competição de tiro básica para armas de mão ou
fuzis envolve tiro programado em uma série de alvos a uma
distância conhecida. A pontuação é medida inteiramente com
base na colocação do tiro. As distâncias olímpicas padrão são
25 e 50 metros para pistolas e 50 metros para fuzis.
Armadilha e Tiro ao Alvo: As competições de espingar-
da mais comuns são armadilha e tiro ao alvo, as quais exigem
que os competidores atinjam alvos móveis no ar. A captura de
armadilhas arremessa os alvos por cima ou por cima do atira-
dor por trás, enquanto o tiro ao alvo lança os alvos ao longo
do campo de visão do atirador. A pontuação é determinada
por quantos alvos o atirador atinge.
Biathlon de Inverno: Este evento combina esqui cross-
-country com tiroteio a 50 metros. Os cursos são cronometra-
dos, com tacadas perdidas adicionando penalidades de tem-
po, então os biatletas devem ser capazes de fazer a transição do
pico de esforço físico para pontaria de precisão em segundos.
Pentatlo: O pentatlo moderno, introduzido como um
evento olímpico em 1912, foi construído como uma visão
romantizada das habilidades exigidas de um batedor militar
contemporâneo e apresenta os seguintes eventos: hipismo, es-
grima, natação, corrida cross-country e pontaria de pistola a
25 metros.
Além disso, também existem muitas competições espe-
cializadas. O arremesso de ação de cowboy, limitado quase
exclusivamente aos Estados Unidos, envolve o uso de armas
de fogo da época do Velho Oeste em cenários de “tiroteio”.
Associações defensivas de armas também possuem competi-
ções baseadas em cenários de autodefesa limitados a pistolas e
revólveres ocultáveis. Cursos de tiro ao alvo de fuzil de longo
alcance podem envolver distâncias de meia milha ou mais.
Nível Provável de Armas de Fogo: 3 a 4, com Especiali-
zação apropriada para competidores regionais ou nacionais; 5,
com Especialização, para atletas olímpicos. Biatletas também
costumam ter Esportes 3 ou melhor com uma Especialização
de esqui; pentatletas têm pelo menos Trato com Animais 2,
Esportes 3 e Armamento 3.
Treinamento Civil Defensivo
Raro fora dos Estados Unidos, o treinamento formal de
armas defensivas para civis concentra-se em armas de fogo,
com alguns cursos cobrindo o uso de espingardas. Esse trei-
namento custa vários milhares de dólares e dura de um a dez
dias. Os instrutores supõem que os participantes já estão fa-
miliarizados com os fundamentos de suas armas e se concen-
tram em tópicos que se movem com segurança para e entre a
cobertura, atirando de posições fora do padrão (propensas,
sentadas, por exemplo) e lidando com mal funcionamento da
arma sob estresse.
Nível Provável de Armas de Fogo: 2 a 3, com Especiali-
ARMA 201 61
 CQB
Close Quarters Battle é o termo militar para tiroteios em
espaços confinados, como edifícios, aviões e ônibus. Alguns
soldados recebem treinamento CQB limitado, mas a instru-
ção intensiva nessas táticas é limitada a pessoas que prova-
velmente se envolverão em lutas como uma missão primária,
como equipes da SWAT da polícia e unidades militares de
combate ao terrorismo e resgate de reféns.
Treinamento CQB comumente especializado em metra-
lhadoras e pistolas como armas primárias, com espingardas e
fuzis de assalto também recebendo atenção. Atiradores treina-
dos em CQB também aprendem a se mover e lutar em equi-
pes pequenas em locais próximos. Como o resgate de reféns
é muitas vezes uma preocupação nas operações do CQB, a
tomada de decisão instantânea entre disparos e não disparos é
um dos principais focos.
Nível Provável em Armas de Fogo: 3 a 4, com Especia-
lização em metralhadoras, tiro a curta distância ou tiro em
multidões. Os atiradores da polícia da SWAT tendem a ser
menos qualificados do que os militares, devido aos menores
orçamentos de treinamento, embora alguns departamentos
muito grandes (LAPD, NYPD) sejam exceções.
Escola de Atirador de Elite
O oposto polar do operador do CQB no temperamen-
to é o atirador de elite. O que diferencia um atirador com
treinamento militar ou policial de um simples fuzil altamente
qualificado não é a habilidade de atirar, mas sim habilidades
suplementares. Atiradores de Elite aprendem a empregar seus
fuzis com precisão incrível, mas eles são obrigados a já serem
62 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
atiradores superlativos antes de entrar na escola de sniper.
Este treinamento ensina habilidades de observação, furtivi-
dade, sobrevivência no deserto e, talvez o mais importante,
a paciência necessária para permanecer imóvel e escondido
por dias antes de dar um tiro. Os atiradores da lei geralmente
ficam sem este último treinamento no começo, embora os
melhores sejam enviados para escolas militares para aprimo-
rar suas habilidades.
Nível Provável de Armas de Fogo: 4, com uma Especia-
lização em fuzis ou tiros apontados; Dissimulação 3 e Sobrevi-
vência 2 para atiradores militares treinados.
Assassino Ninja Gun-Fu
do Clãs do Futuro das Trevas
Fora da fantasia de ação de Hollywood, os atiradores pro-
fissionais treinados por organizações criminosas são inexisten-
tes. Os poucos assassinos sérios no mundo provavelmente ad-
quiriram seus conhecimentos através de treinamento militar
ou insurgente antes de se tornarem profissionais. Um psico-
pata individual pode assumir um protegido por suas próprias
razões de desequilíbrio, mas a Máfia e a yakuza simplesmente
não têm a infraestrutura necessária para treinar legiões ou até
mesmo punhados de atiradores de primeira linha. A maioria
dos assassinos do crime organizado são homens armados mo-
deradamente competentes, com saudáveis rações de lealdade
aos seus empregadores.
Nível Provável de Armas de Fogo: Por treinamento an-
terior.

Semente de História:
As Armas do Elísio
Um personagem que é altamente qualificado
com armas contemporâneas (Armas de Fogo
•••• ou melhor, de preferência com alguma
habilidade de ensino também) recebe uma
oferta lucrativa de um estudante em perspecti-
va que quer aprender a atirar. Se o especialista
aceita, ele acha que seu aluno é um aprendiz
ansioso, mas que tem dificuldade em colocar
lições em prática. O especialista também per-
cebe certas excentricidades de comportamento
e transformações arcaicas de frase. Como ele
vai aprender que seu aluno é um vampiro
ancião - ou algo ainda mais estranho e mais
velho - que está determinado a dominar os
braços do mundo moderno?
O Armário de Armas
Um catálogo completo de todas as armas disponíveis para
um personagem no Mundo das Trevas exigiria um livro maior
do que este e seria de pouco interesse para a maioria dos leitores.
Em vez disso, a seleção a seguir enfoca as armas que são onipre-
sentes ou exclusivas e fornece informações mecânicas suficien-
tes para que as partes interessadas convertam o desempenho do
mundo real em números de jogos para uma determinada arma
favorita que não esteja listada aqui.
Características de Armas de Longo Alcance
As seguintes Características aparecem nas tabelas de armas
ao longo deste capítulo. Em alguns casos, as Características com-
plementam ou substituem as Características genéricas dadas no
Livro de Regras do Mundo das Trevas.
Dano: O número de dados de bônus adicionados à parada
de dados de um personagem ao usar a arma. Uma notação de
“Explosão do 9” ou “Explosão do 8” indica que a permutação
de sistema apropriada se aplica (ver p. 134, o Livro de Regras do
Mundo das Trevas).
Alcance: Esses números são os alcances curto/médio/lon-
go da arma em metros. Ataques a médio alcance sofrem uma
penalidade de –2, enquanto que aqueles de longo alcance so-
frem –4. Uma arma com a notação de “Arremesso” é uma arma
lançada (veja pág. 71, o Livro de Regras do Mundo das Trevas).
“Aero” indica uma arma lançada aerodinâmica. “Arremesso”
com um multiplicador indica que o alcance da arma é calculado
como uma arma lançada e, em seguida, multiplicado de acordo.
Capacidade: A quantidade de munição que uma arma pode
suportar. Uma notação “+1” indica que, além da capacidade do
revólver da pistola, a arma pode ser carregada com um turno adi-
cional na câmara, pronta para disparar (consulte “Ejetar”, p. 98).
Força: A Força mínima necessária para usar a arma de for-
ma eficaz. Para armas de longo alcance, isso influencia tanto
o recuo da arma quanto seu volume físico. Se a Força de um
personagem for menor que esse requisito, ela sofre a diferença
como penalidade em suas jogadas de ataque. Por exemplo, um
personagem com Força 1 tentando disparar uma arma com uma
Força mínima 4 sofre uma penalidade de –3. Algumas armas são
ARMARIO DE ARMAS - REVOLVERES
capazes de disparar automaticamente, o que é mais difícil de
controlar do que tiros simples. Para tal arma, um conjunto
de três valores adicionais entre parênteses indica os requisitos
de Força da arma para rajadas curtas, médias e longas - por
exemplo, 2 (2/3/4).
Tamanho: O Tamanho da arma, de acordo com o Livro
de Regras do Mundo das Trevas (veja p. 135). Como as cate-
gorias Tamanho são bastante amplas, uma notação adicional
após o Tamanho de cada item com Tamanho 1 ou 2 indica a
quantidade de roupas sob a qual um personagem de Tamanho
normal pode ocultar a arma: B (Palma/Bolso), C (Camisa),
J (Jaqueta), S (Casaco comprido) ou N (não ocultável). Veja
“Ocultação de Arma” na p. 200 para mais informações sobre
essas categorias.
Custo: Os pontos mínimos na Vantagem Recursos geral-
mente são necessários para comprar essa arma.
Mas são todos iguais!
Bem, sim. O Sistema Storytelling é re-
conhecidamente projetado para ser um
mecanismo de suporte muito granular para
narrativas verbais, não uma representação
matemática precisa do mundo real adequa-
da para simulações táticas. As diferenças
exatas entre as capacidades balísticas de
uma bala OTAN de 5,56x45mm disparada
de um M16A4 e as de um Winchester de
270V disparado de um Remington Modelo
700 são insuficientemente grandes para
merecer números diferentes. Em vez de gas-
tar espaço de página em características de
jogo idênticos para armas com desempenho
quase idêntico, este capítulo fornece uma
única entrada “genérica” para cada catego-
ria ampla de armas e lista modelos especí-
ficos que correspondem a essas característi-
cas genéricas, listando quaisquer diferenças
mecânicas em cada arma perfil individual.
Armas adicionais que são suficientemente
exclusivas para merecer características di-
ferentes, ou que tenham históricos notáveis
ou características não mecânicas, são des-
critas separadamente.
Revólveres
Um revólver é uma arma de uma mão que evita uma
única câmara fixa em favor de um cilindro rotativo, que con-
tém múltiplas câmaras que se alinham com a extremidade do
cano, uma de cada vez. Um revólver foi a primeira arma de
uma mão confiável para usar um único cano e mecanismo de
disparo. Na era moderna, os revólveres caíram amplamente
em desuso para aplicações de combate devido à capacidade
de munição relativamente baixa do revólver, maior tamanho
e recargas mais lenta quando comparados aos carregadores
automáticos. No entanto, os revólveres são mais duráveis e
menos sensíveis à sujeira e à fulígem devido à sua construção
mais simples. Eles também não entravam, e a maioria dos pro-
blemas de tiro, mesmo com uma arma quebrada, se resolverá
quando o atirador puxar o gatilho novamente.
63

Por que escolher um revólver?
Em primeiro lugar, a confiabilidade é a principal razão
para os atiradores escolherem revólveres. Um revólver pode
ser jogado no bolso, arrastado por um pântano ou enterrado
no deserto por 50 anos e - contanto que a munição ainda es-
teja boa - continuará a disparar, independentemente de todas
as acumulações extremas de cabelo, fiapos, graxa, lama, san-
guessugas, areia, ninhos de aranha ou poeira. A simplicidade
é outro fator, já que a maioria dos revólveres tem apenas dois
controles: um gatilho e um gatilho para liberar o cilindro para
recarregar. Finalmente, a imagem é um fator: alguns atirado-
res consideram os revólveres como uma afirmação de que os
atiradores só precisam de seis tiros para acabar com qualquer
briga.
Quem usa revólveres?
Criminosos que querem uma arma barata, policiais que
precisam de uma arma de apoio confiável, proprietários de
imóveis que querem algo simples para alcançar no meio da
noite, competidores de tiro de caubói, guardas de segurança,
grandes caçadores à procura de um desafio - todos usam re-
vólveres.
Revólver .22 LR Genérico: A bala de .22 LR não é uma
que muitos profissionais escolheriam para um tiroteio, mas
essa arma é útil contra o jogo pequeno, e o baixo preço por
bala desse revólver torna essa arma ideal para o treinamento.
Assim, muitos fabricantes fabricam revólveres de alta ou dupla
ação de alta qualidade, compartimentados para .22 LR. Tais
revólveres aparecem nos arsenais de muitos atiradores como
armas de treino, armas de esquilo ou peças de “plinking”. A
capacidade pode variar de 5 a 10 tiros, dependendo do proje-
to, com 6 como a média.
Exemplos: Freedom Arms Model 83 Classe Varmint (Ca-
pacidade 5), Kora Detective (Capacidade 8), Ruger Bearcat,
Smith & Wesson Modelo 617, Taurus Model 94 (Capacidade
9)
Revólver .38 Especial Genérico: Dos anos 1920 aos
anos 60, o revólver de seis tiros em. 38 Especial era a arma
policial mais comum na América. Os oficiais de patrulha usa-
vam armas com canos relativamente longos (aumentavam o
Tamanho para 1/J e o Alcance para 25/50/100), enquanto o
pessoal disfarçado levava pistolas com barris curtos e marte-
los arredondados que eram mais facilmente escondidos. Na
era moderna, esses revólveres ainda são excepcionalmente
comuns. Muitos defensores da autodefesa consideram a bala
.38 Especial a ser a munição viável mais leve para o uso em
combate, e o recolhimento relativamente leve da bala torna
o ideal .38 Especial para uso em armas pequenas ou armas
levadas por pequenos atiradores. A capacidade pode variar
de 5 a 8 tiros, dependendo do projeto, com 6 como a média.
Exemplos: Cimarron Modelo P Jr., Especial Detective
Colt, Colt Police Positive, Especial Rossi .38 (Capacidade 5),
Especial Smith & Wesson Chief (Capacidade 5)
Revólver Magnum .357 Genérico: O revólver Magnum
.357 gradualmente (mas nunca completamente) substituiu o
.38 Especial como a arma da polícia americana “padrão” dos
anos 60 ao final dos anos 80. Alguns departamentos, bem
como algumas empresas de segurança privada, ainda usam es-
ses revólveres por tradição ou por falta de financiamento para
substituições. Muitos especialistas acreditam que a bala Mag-
num .357, atinge o equilíbrio perfeito entre tamanho, energia
do focinho e recuo. Estão disponíveis Magnums .357 de cano
longo com ajustes de Características semelhantes a .38 Espe-
cial: O Tamanho torna-se 1/J, o Alcance torna-se 35/70/140.
Exemplos: Colt Python, Manurhin MR-73, Ruger GP100,
Ruger Security-Six, Smith & Wesson Bodyguard, Taurus Mo-
delo 608 (Capacidade 8)
Revólver Magnum .44 Genérico: Considerando que os
revólveres Magnum .357 viram o uso difundido como armas
de fogo da polícia, os primos maiores Magnum .44 foram sem-
pre primeiramente caça e armas de ostentação. A bala Mag-
num .44 é consideravelmente mais forte do que a .357, o que
torna a .44 impossível de ser usada por atiradores fracos. As
pressões do disparo geradas por essa bala também são muito
maiores, o que significa que um revólver que usa munição
Magnum .44 tem que ser uma arma grande e resistente para
sobreviver. Qualquer revólver Magnum .44 é uma arma gran-
de e intimidadora, e a maioria dos designers tenta acentuar
sutilmente esse fato.
Exemplos: Colt Anaconda, Ruger Redhawk, Smith &
Wesson Modelo 29 (“a pistola mais potente do mundo”),
Taurus Model 44

Revólveres
Tipo Dano Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
Revólveres Genéricos
.22 LR 1 5/10/20 6 0 1/B •
.38 Especial 2 20/40/80 6 1 1/C ••
.357 Magnum 3 30/60/120 6 2 1/C ••
.44 Magnum 3 (Explosão do 9) 35/70/140 6 3 2/J •••

Revólveres Notáveis
Colt Single Action Army 3 20/40/80 6 2 1/J •• *
Freedom Arms Model 83 4 50/100/200 5 4 2/S ••••
NAA Black Widow 1 2/5/10 5 1 0/B •
P&R Medusa Modelo 47 * 20/40/80 6 * 1/J ••
S&W Modelo 36 Ladysmith 2 20/40/80 5 1 1/C ••
S&W Modelo 500 4 (Explosão do 9) 50/100/200 5 4 2/S •••
Taurus Modelo 22H 2* 40/80/160 8 1 2/S ••
Thunder-5 2 (Explosão do 9)* 15/30/60* 5 2 1/J ••
* Veja o texto para notas ou regras especiais.

64 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance


Ei, é a mesma arma!
Muitos fabricantes de armas de fogo aderem a
um design bem-sucedido há anos, adaptando-
-o a diversos calibres diferentes. Vários exem-
plos de armas genéricas fornecidas nestas pá-
ginas se enquadram nessa categoria e podem
ou não aparecer como exemplos de todos os
calibres em que estão disponíveis. Estas entra-
das são representativas, não exaustivas - não
estamos escrevendo um catálogo aqui.
Variação Genérica de Baixa Qualida-
de: Dezenas de fabricantes de armas curtas
cortam cantos na fabricação e controle de
qualidade para colocar armas de baixo custo
nas ruas. Essas armas são perenes favoritos
dos criminosos em um orçamento, e geral-
mente estão no topo da lista do FBI das armas
de fogo mais comuns usadas em crimes. Essa
arma de baixo custo usa as Características de
qualquer um dos tipos genéricos detalhados
acima, mas tem um Custo de apenas •. Você
recebe o que paga, no entanto: ao atacar,
não role novamente os 10s (ou 9s ou 8s, se
aplicável).
Colt Single Action Army (.45 Long Colt ou .44-40): O re-
vólver mais famoso do mundo é mais conhecido por seu apeli- A marca Ladysmith da Smith & Wesson se originou em 1902
do: Pacificador. Esta arma, a original Colt .45, está em produção como um pequeno revólver projetado para as mulheres se
contínua desde 1873, exceto por um hiato de oito anos após o
ARMARIO DE ARMAS - REVOLVERES
fim da Segunda Guerra Mundial. O custo dado é para repro-
duções modernas; originais de condição de museu podem ter
Custos tão altos quanto ••••.
Freedom Arms Model 83 (.454 Casull): Apóclito, a bala
Casull .454 se originou de um rico entusiasta que queria um
revólver que pudesse matar um búfalo do Cabo. Esse revólver
monstro de ação única é vendido quase exclusivamente como
uma arma de caça - com um quilo e meio de comprimento, é
muito pesado para aplicações de combate. O Taurus Raging
Bull (Capacidade 6) e o Ruger Super Redhawk são designs
concorrentes no mesmo calibre com características idênticas.
North American Arms Black Widow (.22 Magnum):
Com um comprimento total abaixo de 15cm, a Viúva Negra
pode ser escondida na palma da mão de um atirador. Esta
arma e seus companheiros na linha Mini-Revólver da NAA
são comercializados como armas de autodefesa de última gera-
ção. Um punho dobrável opcional que gira para a frente sobre
o guarda-mato permite que o proprietário prenda a arma den-
tro de um bolso ou na cintura, como uma faca de travamento.
Phillips & Rodgers Medusa Model 47 (calibres múlti-
plos): Este revólver multi-calibre exclusivo foi comercializado
como uma arma de sobrevivência pós-apocalíptica na histeria
pré-Y2K. O revólver é capaz de aceitar praticamente qualquer
munição de .38, .357 ou 9mm no mundo, de .380 ACP a
9mm Winchester Magnum, sem modificação. A Característi-
ca Dano do Medusa Modelo 47 depende da munição com a
qual a arma está carregada: 2 para a maioria das munições .38
ou 9mm, 3 para as cargas Magnum .357 ou similares “quen-
tes”. A Força desse revólver é da mesma forma dependente de
munição, sempre 1 menor que seu Dano.
Smith & Wesson Modelo 36 Ladysmith (.38 Especial):
65
 defenderem enquanto andam de bicicleta ou desfrutam de
outras atividades ao ar livre. O Ladysmith foi descontinuado
depois que o magnata da companhia, Joseph Wesson, desco-
briu que as damas envolvidas em atividades de recreação me-
nos saborosas eram as favoráveis. Na década de 1980, a Smith
& Wesson ressuscitou a impressão de uma série de revólveres
compactos de calibre médio com garras de jacarandá esculpi-
das, dimensionadas para mãos menores, mais uma vez comer-
cializadas para atiradoras do sexo feminino. O Ladysmith mo-
delo 60 mais pesado é compartimentado para .357 Magnum
(Dano 3, Força 2), e o original .22 LR Ladysmith é agora um
item de colecionador (Dano 1, Capacidade 7, Custo •••).
Smith & Wesson Modelo 500 (.500 S&W Magnum): A
partir de meados de 2005, o rei do mundo dos revólveres de
caça é o Modelo 500. A munição proprietária da arma faz com
que os carregamentos Magnum .44 pareçam pouco potentes
em comparação. O modelo 500 é uma arma imensa: 2kg e
38cm, completamente inadequado para ocultação sob qual-
quer coisa menos que um vestido muumuu.
Taurus Modelo 22H (.22 Hornet): O “Zangão Furioso”
é construído sobre a estrutura do imenso Touro Indomável.
Fazer um revólver tão grande para uma munição tão pequena,
até mesmo o cartucho Hornet de alta velocidade .22, parece
estranho, na melhor das hipóteses, mas o resultado é uma
arma notavelmente estável com uma balística única. A muni-
ção deste revólver tem Perfurante de Armadura 1.
Thunder-5 (calibre .410/.45 Long Colt): Este revólver
possui um cilindro estranhamente alongado, fazendo com
que pareça quase como um revólver de revólver. Na verdade,
o Thunder-5 é compartimentado para cartuchos de espingar-
da de calibre .410 e comercializado como a melhor arma de
defesa doméstica. Os valores de Dano e Alcance fornecidos
são para a munição recomendada, mas o Thunder-5 também
aceita .45 Colt Longo: Dano se torna 3 e Alcance se torna
20/40/80.
Semi-Automáticas
O termo pistola automática é tecnicamente um equívo-
co, já que “automático” é a abreviação de “totalmente auto-
mático”. Para minimizar a confusão entre pistolas semiau-
tomáticas e armas de fogo totalmente automáticas, o termo
carregador automático é comumente usado para o primeiro.
Todos os carregadores automáticos são semiautomáticos
e alimentados a partir de compartimentos destacáveis manti-
dos dentro das garras. A ação de um carregador automático
alterna visivelmente entre os disparos: o slide, a parte supe-
rior da arma, bate para trás e depois para frente. Quando o
revólver da arma está vazio, o slide trava na sua posição mais
recuada. Depois que o atirador insere um revólver novo, ele
pressiona a liberação do slide para permitir que o slide corra
para frente novamente, encerrando a primeira rodada da re-
carga. Se a arma estiver vazia e a corrediça estiver para frente,
o usuário deve puxar a corrediça para trás manualmente e dei-
xá-la correr para frente (o conhecido movimento “cha-click”
visto imediatamente antes de inúmeras seqüências de ação
cinematográfica).
Por que escolher uma semi-automática?
Semi-automáticas são o padrão de fato para armas de
fogo defensivas. Essas armas são mais ocultáveis que os revól-
veres com desempenho equivalente, têm maior capacidade de
munição e são mais rápidas de recarregar. Semi-automáticas
estão disponíveis em uma variedade estonteante de tamanhos
66 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
e calibres, de armas de calibre .22 calibre do tamanho da pal-
ma da mão para canhões de mão maciça.
Quem usa semi-automáticas?
Apenas sobre todos. As pistolas semi-automáticas são as
armas de fogo defensivas mais comuns do mundo. Subcatego-
rias específicas de semi-automáticas, como armas de serviço
militar ou armas de subcompacto, apelam para necessidades
especializadas.
Holdout Semi-automática Genérica: As Holdout Semi-
-automáticas são armas pequenas e de bolso em calibres igual-
mente pequenos, como .22 LR, .25 ACP e .32 ACP. Essas
armas sacrificam todas as outras Características - tamanho da
recarga, precisão, alcance efetivo e confiabilidade - para ser
pequeno o suficiente para ficar escondido em praticamente
qualquer lugar.
Exemplos: Autauga Welsch, Beretta 950 Jetfire (capacida-
de 8 + 1), Browning M1906, Colt Model 1908 Vest Pocket,
North American Arms Guardian, Seecamp LWS-32
9mm Luger Semi-automática Genérica: O cartucho
Luger 9mm existe há um século, mas obteve sucesso apenas
moderado até os anos 80. Dependendo da opinião de quem
é mais alto, a popularidade recente deste cartucho causou
ou foi causada por uma multidão de novas semi-automáticas
compartimentados para esta munição. Essas armas apresen-
tavam altas capacidades de recarga e vários recursos “revolu-
cionários”, a maioria dos quais eram simplesmente bits extra
de metal, e a contribuição real para a função da arma era dis-
cutível. Hoje, a Luger 9mm é o calibre de arma mais comum
do mundo, e qualquer loja de armas no mundo carrega vários
modelos em compartimentos para este cartucho. A capacida-
de varia de 8 a 17 balas, com 15 como a média usual.
Exemplos: Ceska Zbrojoka CZ 75 (Capacidade 16 + 1),
Colt 2000, Daewoo DP-51, FN Browning Hi-Power (Capaci-
dade 13 + 1), H & K USP, Lhama M-82, Ruger P89, Steyr GB
(Capacidade 18+ 1), SiG-Sauer P226, Walther P99 (capacida-
de 16 + 1)
.40 S&W Semi-automática Genérica: Introduzido no
final dos anos 80, a semi .40 S&W foi uma tentativa de pre-
encher a lacuna no desempenho balístico entre Luger 9mm e
.45 ACP. A semi .45 S&W rapidamente encontrou seu nicho
no mercado americano de aplicação da lei, e é um calibre po-
pular para policiais e sermi-automáticas civis. Detratores vêem
.40 pistolas S&W como projetos de comprometimento sem a
capacidade de uma Luger 9mm ou o impacto de um .45 ACP,
enquanto os proponentes argumentam o contrário. A capaci-
dade geralmente varia de 10 a 16 balas, com 12 como padrão.
Exemplos: FN Browning Hi-Power (Capacidade 10 + 1),
H&K USP (Capacidade 13 + 1), SiG-Sauer P229, Para-Ord-
nance 16•40 (Capacidade 16 + 1), Ruger P94 (Capacidade 11
+ 1), Smith & Wesson SW99
.45 ACP Semi-automática Genérica: Antes da explosão
da popularidade do Luger 9mm, o .45 ACP era o calibre semi-
-automático dominante. Literalmente, centenas de fabrican-
tes produziram armas secretas para essa bala, muitas das quais
eram cópias soltas ou dobradas com patente do arquétipo do
Colt M1911A1. Muitos fotógrafos ainda preferem .45 ACP
acima de qualquer outro calibre de arma de fogo, e os novos
desenhos .45 aparecem mensalmente. A capacidade geral-
mente varia de 6 a 12 balas, com 7 como padrão.
Exemplos: Beretta Cougar 8045, H&K USP (Capacidade
12 + 1), Ruger P90, SiG-Sauer P220 (Capacidade 7 + 1), Série
Smith & Wesson 4500, Taurus PT945

Tabela Aleatória
de Armas para Polícia
Narradores, precisam saber com o que os po-
liciais vão atirar nos personagens dos jogado-
res? Role um dado!
América:
1: Revolver Magnum .357 Genérico
2: 9mm Luger Semi-automática Genérica
3: Beretta Modelo 92 ou cópia
4: Glock 17
5–6: .40 S&W Semi-automática Genérica
7–8: Glock 22
9: .45 ACP Semi-automática Genérica
10: Colt M1911A1 ou cópia
Europa Oriental:
1–6: RSA Makarov PM ou cópia
7-10: 9mm Luger Semi-automática Genérica
Em qualquer outro lugar:
1: RSA Makarov PM ou cópia
2–5: 9mm Luger Semi-automática Genérica
6–7: Beretta Modelo 92 ou cópia
8-10: Glock 17
Variação Genérica de Baixa Qualidade: Assim como nos
revólveres, as semi-automáticas também estão disponíveis em fa-
bricantes que colocam o preço antes da responsabilidade e da
qualidade do produto. Essa arma de baixo custo usa as Carac-
terísticas de qualquer um dos tipos genéricos detalhados acima,
mas tem um Custo de apenas •. Você recebe o que paga, no
entanto: ao atacar, não role novamente 10s (ou 9s ou 8s, se apli-
cável).
Beretta Modelo 92 (Luger 9mm): A Semi-automática ar-
quetípica de alta capacidade 9mm estreou em 1976. Em 1985,
o exército dos Estados Unidos adotou-o como sua arma padrão,
um evento que é considerado o início do domínio de mercado
da Luger 9mm. A variante do modelo 96 da Beretta é reservada
para .40 S&W (Dano 2 [Explosão do 9], Capacidade 11 + 1);
o Helwan Model 92, o Taurus PT92 e o Vector Z88 são cópias
diretas do design original do Modelo 92.
Colt M1911A1 (.45 ACP): A Semi-automática .45 ACP icô-
nico foi copiado por centenas de fabricantes desde sua introdu-
ção em 1911, e é o projeto de arma de fogo mais produzido do
mundo. Esta arma foi a arma militar padrão dos Estados Unidos
durante a maior parte do século XX. Praticamente qualquer mo-
dificação ou refinamento possível foi aplicado a um M1911A1
ou a uma cópia em algum momento, mas muitos entusiastas de
armas de fogo consideram o design básico como uma perfeição
intemporal. Qualquer entusiasta de tiro reconhecerá o termo
“1911” como se referindo a uma arma construída sobre este pro-
jeto básico, e os 1911s são efetivamente uma subcategoria da Se-
mi-automática .45 ACP genérico (acima).
Exemplos de clones de 1911: Modelo de Governo da AMT, Pit
Bull de Auto-Ordnance, Kimber Ultra Carry (Tamanho 1/B),
Para-Ordnance 14 • 45 LDA (Capacidade 14 + 1)
FN Five-seveN (5,7mm FN): A companheira da submetra-
lhadora P90 de Fabrique Nationale (veja a pág. 71) é a única
arma no mundo com câmara para o cartucho FN de 5,7 mm.
Este revólver e sua munição são raros e caros, mas bem con-
siderados pelos poucos atiradores com sorte suficiente para
possuir ou receber um. A munição normal de 5.7mm FN tem
Perfurante de Armadura 2, fazendo este cartucho ilegal para a
venda civil, embora os hollowpoints de 5.7mm estejam dispo-
níveis em quantidades limitadas.
Glock 17 et al. (vários): A família de armas de mão Glo-
ck estreou em 1982 com a Glock 17, a primeira pistola com
estrutura de polímero para alcançar amplo sucesso comercial.
O furor inicial sobre uma arma “plástica” que se pensava ser
“invisível para detectores de metal” foi rapidamente dissipado
quando os testes provaram que o cano metálico, o escorrega-
dor e o funcionamento interno dos 17 ainda tropeçavam nos
sensores. Testes de estresse mostrando o 17 sendo congelado
em um balde de gelo, quebrado com uma marreta, caiu em
outro balde de lama, lavado com uma mangueira de incêndio,
atropelado por um caminhão e ainda disparando 10.000 tiros
sem uma falha mecânica estabelecida a 17 reputação como
uma arma incrivelmente durável. Hoje, os Glocks são, cole-
tivamente, as armas de polícia mais comuns do mundo, li-
deradas pela Glock 22 favorita dos Estados Unidos (Dano 2
[Explosão do 9], Capacidade 15 + 1).
Exemplos: .357 SiG Glock 31 (como Glock 22), 10mm
ACP Glock 20 (Dano 3, Capacidade 15 + 1, Força 3), .45 ACP
Glock 21 (Dano 3, Capacidade 13 + 1, Força 3)
Glock 26 et al. (vários): Depois que a Glock GmbH es-
tabeleceu sua competência com projetos de tamanho normal,
a empresa voltou-se para armas menores. Construído em um
quadro reduzido com um cano encurtado e aderência, os “mi-
ni-glocks” são ideais para o transporte oculto. A Glock 26,
27 (.40 S&W: Dano 2 [Explosão do 9], Capacidade 11 + 1,
Força 3), 33 (.357 SiG: Dano 2 [Explosão do 9], Capacidade
11 + 1, Força 3), 29 ( 10mm ACP: Dano 3, Capacidade 10 +
1, Força 3) e 30 (.45 ACP: Dano 3, Capacidade 10 + 1, Força
4) são versões compactas das Glock 17, 22, 31, 20 e 21, respec-
tivamente. Cada design tem suas próprias recargas menores
que se encaixam em sua alça encurtada de três dedos, mas
também pode aceitar as recargas em tamanho real a partir do
design original (embora o inverso não seja o caso). Isso torna
a Glock compacto ideal para segundas armas para indivíduos
portadores de armas laterais primárias e de backup.
H&K Mk. 23 “SOCOM” (.45 ACP): Em 1991, o SO-
COM (Special Operations COMmand) das forças armadas
dos EUA emitiu um pedido de uma sidearm para substituir
todos as semi-automáticas atualmente em uso pelas várias uni-
dades de operações especiais da SOCOM. A Heckler & Koch
venceu a concorrência contratual com o imenso Mk. 23. Esta
arma é projetada a partir do zero como uma arma ofensiva,
em vez de defensiva. O final de seu cano é rosqueado para
aceitar um supressor de rosca, e o atirador pode trancar o es-
corregador da arma para operação silenciosa de disparo único
(para obter mais informações sobre “Supressores”, veja a p.
169). O Mk 23 está disponível no mercado civil, mas nem o
Mk. O silenciador 23 nem o módulo laseraim do modelo mili-
tar, que inclui uma combinação de lanterna / laser tática com
dois lasers (um em vermelho visível e outro em infravermelho
que só é visível através de equipamento de visão noturna) es-
tão disponíveis no mercado civil. Se o Mk. 23 tem uma des-
vantagem, é muita arma: em quase dois quilos e meio e 25cm
mais munição e acessórios, poucos soldados querem carregar
o Mk. 23 por mais tempo que o necessário. Adicionando o
supressor aumenta o Tamanho da arma para 2/S.
Luger Parabellum P08 (9mm Luger): A primeira arma
CARREGADORES AUTOMATICOS 67
 para o cartucho Luger 9mm derivou seu nome de um afo-
rismo latino: Si vis pacem, para bellum (“Se você quer paz,
prepare-se para a guerra”). Projetado em 1898, o Parabellum
foi adotado pelas forças alemãs em 1900 na variação P08 mais
conhecida da arma. O Parabellum é desajeitado e impreciso
pelos padrões modernos, mas foi popular em seu início e ser-
viu forças alemãs e outras na primeira metade do século XX.
Alguns Parabellums também foram fabricados em .32 ACP
(Dano 1).
Magnum Research Desert Eagle (.50 AE): O maior mo-
numento de arma a supercompensação é tão notório quanto
a arma é mortal. Originalmente projetado pelas Indústrias
Militares Israelenses, o Desert Eagle é produzido sob licença
pela Magnum Research. Embora exatas e poderosas, a Desert
Eagle também é um projeto de alta manutenção, propenso
a interferências em momentos inoportunos, se não for cons-
tantemente praticado. Nenhum exército ou departamento de
polícia adotou essa arma devido a seu tamanho e custo exces-
sivos: o aperto da arma é grande demais para que pequenos
atiradores consigam se movimentar, e a massa de quatro libras
e meia da arma faz dela uma aventura no masoquismo e es-
conder a arma um exercício de futilidade. Além do .50 AE
para o qual a Águia do Deserto é mais famosa, a Desert Eagle
também está disponível em .44 Magnum, (Dano 3 [Explosão
do 9], Capacidade 8 + 1), .41 Magnum (como .44 Magnum) e
357 Magnum (Dano 3, Capacidade 9 + 1).
RSA Makarov PM (Soviete 9x18mm): Produzido pelo
complexo de arsenais estatais da Rússia e construído sob licen-
ça em mais de 20 países, o Makarov PM era o braço armado
padrão da maioria das antigas nações soviéticas e ainda serve
em muitos deles, com dezenas de milhares exportados para
todos os cantos do globo. O Makarov PM é mecanicamen-
te confiável, mas relativamente impreciso. O Makarov nunca
68 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
foi oficialmente emitido para a KGB, mas muitos agentes da
KGB o preferiram a seus RSA PSMs (outro clone da Walther
PP disparando munição de 5.45mm: Dano 1, de outra forma
idêntico). O Makarov PB é uma variante rara construída espe-
cificamente com um supressor removível e um bloqueio des-
lizante para operação silenciosa de disparo único (Tamanho
1/J com silenciador conectado, Custo •••), que pode ser
usado tanto com o KGB quanto com o Spetsnaz.
Ruger Mark II (.22 LR): Modelado livremente no Luger
Parabellum, o Ruger Standard Model surgiu em 1949 e foi
um sucesso imediato. Em 1981, o Ruger Standard Model foi
substituído pelo mais confiável Mark II, que instantaneamen-
te adquiriu um culto de seguidores entre atiradores novatos e
competidores profissionais. A aderência do Mark II e o recuo
virtualmente inexistente fazem dele uma arma ideal com a
qual os iniciantes podem aprender sem serem intimidados,
e sua construção simples permite a fácil desmontagem, ma-
nutenção e modificação. Planos para supressores do Mark II
estão prontamente disponíveis on-line e em shows de armas,
e tem uma reputação muito superior à sua provável frequên-
cia de uso como uma pistola de assassino de curto alcance.
Um Mark II reprimido é ilegal para os civis e custa •••, e
é o mais próximo de ser totalmente silencioso graças à baixa
assinatura de sua munição .22 LR.
Walther PPK (.380 ACP): O PPK é uma das mais famo-
sas semi-automáticas de pequeno calibre existentes, graças ao
seu serviço de longa data nas mãos do mais conhecido agente
secreto de Sua Majestade. O PPK originou-se na década de
1930 como uma versão encurtada (“Kurz”) do Polizei Pistole
menos comum (“Police Pistol”, Capacidade 8 + 1). Ambas as
pistolas também estão disponíveis em .22 LR, .25 ACP e .32
ACP (Dano 1). Vários fabricantes produzem barris e supres-
sores com rosca para os PP e PPK, e estes estão amplamente
 Semi-automáticas
Tipo Dano Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
Semi-automáticas Genéricos
Retenção Genérica 1 5/10/20 6+1 1 1/B •
Luger 9mm Genérico 2 20/40/80 15+1 2 1/C ••
.40 S&W Genérico 2 (Explosão do 9) 25/50/100 12+1 2 1/C ••
.45 ACP Genérico 3 30/60/120 8+1 2 1/C ••

Semi-automáticas Notáveis
Beretta Model 92 2 20/40/80 15+1 2 1/C ••
Colt M1911A1 3 30/60/120 7+1 2 1/C ••
FN Five-seveN 2* 30/60/120 20+1 2 1/ J •••
Glock 17 2 20/40/80 17+1 2 1/C ••
Glock 26 2 10/20/40 10+1 2 1/B ••
H&K Mk. 23 3 30/60/120 12+1 2 1*/J ••••
Luger Parabellum P08 2 15/30/60 8+1 2 1/C •
Magnum Research Desert Eagle 4 50/100/200 7+1 3 1/S ••••
RSA Makarov PM 2 15/30/60 8+1 1 1/B •
Ruger Mark II 1 15/30/60 10+1 1 1/C •
Walther PPK 1 10/20/40 7+1 1 1/B •
* Veja o texto para notas ou regras especiais.
disponíveis para os compradores com as licenças certas - ou di- Pistola de Silhueta Genérica: As pistolas de tiro único
nheiro suficiente. compartimentadas para calibres de fuzil são usadas em com-
petições e caça menor. Seu nome coletivo vem da primeira
Outras Armas Curtas aplicação, devido ao tipo de alvos usados: silhuetas metálicas
Os últimos séculos viram uma grande variedade de armas de animais. Algumas ficções também popularizam a pistola
de mão aparecer no mercado que não se enquadram nas catego- de silhueta como valiosa para um assassino por causa da com-
rias revólver e Semi-automática. Alguns dos exemplos mais oni- binação de longo alcance e relativa ocultação da arma, mas a
presentes ou notáveis incluem o seguinte: raridade e a limitação da pistola de silhueta a um tiro de cada
Derringer Genérico: O termo “derringer” (um erro de or- vez compensa esses fatores.
tografia do nome do designer de armas de fogo Henry Derin- Exemplos: Magnum Research Lone Eagle, Thompson /
ger) descreve qualquer um dos vários estilos de armas projetados Centro Contender, Wichita Silhouette
para serem tão pequenos quanto possível, embora ainda usáveis. Arma Zip Genérica: “Arma Zip” é uma gíria para pis-
Essas armas eram originalmente vendidas a jogadores, senhoras tolas caseiras, quase sempre de tiro único. Armas Zip são
de moral questionável e a qualquer outra pessoa que pudesse comumente fabricadas a partir de quaisquer restos de metal
precisar de uma arma de fogo muito pequena e de curto alcance disponíveis: um tubo de algum tipo para um cano, uma mola
para ser usada como uma arma defensiva de última hora. Na ou elástico para acionar o pino de disparo e assim por diante.
era moderna, as pessoas que trabalham com o mesmo propósito, Construir uma arma zip requer um teste estendido de Inteli-
embora sejam tanto itens de colecionador e peças de conversação gência + Ofícios (oito sucessos necessários; cada jogada equi-
quanto armas de fogo sérias. Os modernos desdobradores nor- vale a uma hora de trabalho). Uma arma zip normalmente
malmente são canhões de ação dupla em pequenos calibres. As aceita qualquer munição de calibre de arma de .22 LR até .38
características dadas são para projetos de baixo calibre (.22 LR, especial, com um traço de dano um inferior ao normal para
.22 Magnum, .25 ACP); canhões de calibre médio (.32 ACP, .38 esse calibre (ver barra lateral, p. 85). Recarregar uma arma zip
Especial) têm Dano 2 e Força 3. leva dois turnos, como o atirador deve remover manualmente
Exemplos de baixo calibre: Derringer americano modelo 1, Da- o invólucro vazio. Uma arma zip não é totalmente confiável:
vis Derringer D-25 não role novamente os 10s e subtraia os 1s dos sucessos. Um
Exemplos de calibres: American Derringer M-6, Bond Arms fracasso dramático com uma arma zip geralmente resulta em
Texas Defender, IAR Maverick perda de dedos do atirador.
Caneta Arma Genérica: Os espiões ostensivamente cons- American Derringer COP (.357 Magnum): A pistola
truíram canhões de baixo calibre em canetas por mais de um Compact Off-duty Police foi produzida no início dos anos
século. As canetas são exatamente o que parecem: uma arma 80 e comercializada, sem surpresa, como uma arma de apoio
dentro de um utensílio de escrita com barris grossos (que pode policial. O COP é incomum entre os canhões de bolso pelo
ou não ter um reservatório de tinta além de sua única bala). O seu alto calibre. É um “pepperbox”, um revólver de ação de
usuário deve gastar um turno completo preparando uma arma de quatro canos.
caneta antes de dispará-la. Recarregar leva cinco turnos, que é o Rodda .577 Pistola Howrah (.577 Snider): Na Índia da
tempo melhor gasto agarrando a arma do inimigo que o primeiro era colonial, um dos esportes mais perigosos e excitantes des-
tiro esperançosamente matou. Canhões são restritos ou ilegais frutados pelos ricos cavalheiros britânicos era a caça ao tigre.
na maioria das nações por causa de sua natureza oculta. Por outro lado, um dos esportes mais perigosos e emocionan-
Exemplos: Derringer americano Modelo 2, MAC Stinger, tes dos tigres locais era a caça inglesa. Os ingleses cavalgavam
Quicksilver Pen Gun nas costas dos elefantes e carregavam fuzis de caça, que eram

OUTRAS ARMAS 69
 Armas Curtas Genéricas
Tipo Dano Alcance
Outras Armas Curtas Genéricas
Derringer Genérica 1 2/5/10
Caneta Arma Genérica 1 1/2/5
Pistola de Silhueta Genérica 4 100/200/400
Pistola Zip Genérica * 1/2/5
Outras Armas Curtas Notáveis
Derringer Americano COP 3 2/5/10
Rodda .577 Pistola Howdah 4 5/10/20
Sharps Model 1A 1 2/5/10
* Veja o texto para notas ou regras especiais.
eficazes a longas distâncias, mas desajeitados em ataques. Por
outro lado, os tigres se escondiam na grama alta e usavam
seus dentes e garras com bons resultados em locais próximos,
muitas vezes escalando os lados dos elefantes para atacar os
ingleses. Em uma tentativa de equilibrar as probabilidades,
os humanos desenvolveram “tamers de tigre”, pistolas de ação
dupla feitas de fuzis de caça.
Modelo 1A de perfurocortantes (.22 LR): Esses pico-
lés de efeito de ação antigos do Velho Oeste eram populares
entre os jogadores, que descobriram que essas armas se en-
caixavam perfeitamente nos bolsos do relógio de coletes bem
costurados. O Modelo 1A é uma pistola de ação simples: o
pino de disparo é montado em um pivô circular que gira 90
graus cada vez que o atirador atarraxa o martelo, trazendo o
pino de disparo em linha com cada cano. O Modelo 1A não
tem segurança ou proteção de gatilho, portanto, transportar
essa arma totalmente carregada significa que qualquer impac-
to causal pode bater o pino de disparo no cartucho abaixo
dele. Os proprietários mais experientes aprenderam a carregar
essa arma com apenas três rodadas, com o taco de disparo
sobre o cano vazio.
Submetralhadoras
As submetralhadoras (SMGs) são compromissos entre
armas curtas e fuzis de assalto, armas de fogo totalmente auto-
máticas que usam munição de calibre de pistola. O resultado é
uma família de armas longas adequadas para combates próxi-
mos, mas inferiores aos fuzis à distância. O peso relativamen-
te baixo das metralhadoras dificulta seu controle em disparo
totalmente automático, de modo que atiradores experientes
tendem a usar rajadas curtas, enquanto os inexperientes tipifi-
cam estilos de combate “pulverize e reze”.
O termo “pistola de máquina” deriva de Maschinenpis-
tole, o nome alemão para metralhadoras. No uso moderno,
este termo refere-se a um subconjunto de submetralhadoras
projetadas para serem usadas com uma mão, incluindo algu-
mas versões com capacidade de rajada ou totalmente automá-
ticas de semi-automáticas. O peso leve e a operação com uma
só mão tornam as submetralhadoras extremamente impreci-
sas, mas seu tamanho as torna ideais como armas de cintura
ou armas ocultas.
Por que escolher uma submetralhadora?
As submetralhadoras são as menores armas automáticas
controláveis, o que as torna ideais para aplicações CQB. As
submetralhadoras são mais leves e mais curtas do que a es-
70 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
Capacidade Força Tamanho Custo
2 1 1/B •
1 2 1/B ••
1 3 1/S •••
1 1 1/B -
4 4 1/B ••
2 5 1/J •••
4 2 0/B •
pingardas de assalto, o que significa que as submetralhadoras
são mais fáceis de manobrar e sua munição de baixa potência
torna a super-penetração menos preocupante. Finalmente, o
uso de munições de calibre de pistola pelas submetralhadoras
torna-as as melhores armas automáticas para uso com supres-
sores.
Quem usa submetralhadoras?
Unidades policiais e militares envolvidas em CQB, guar-
da-costas ou criminosos que precisam de armas automáticas
ocultas, soldados de retaguarda, pessoal de segurança militar,
polícia européia em missões de alta ameaça - todos usam sub-
metralhadoras.
Submetralhadoras de Tamanho Total
Submetralhadora 9mm Luger Genérica: A maioria das
submetralhadoras são reservadas para o cartucho Luger 9mm,
um legado do desenvolvimento inicial dessas armas. Pratica-
mente todas as nações com uma indústria de armas indígenas
produzem pelo menos um modelo.
Exemplos: Beretta M12, Colt Modelo 635 (um M16 recor-
tado em câmara para 9mm), H&K UMP (Capacidade 30 + 1),
IMI Uzi e Mini-Uzi (os originais SMGs modernos), Jati-Matic
(Capacidade 40 + 1) , MP-40 (arma de escolha dos asseclas
nazistas), Sten Mk. II, Sterling L2A3, Steyr TMP (capacidade
30 + 1)
Submetralhadora .45 ACP Genérica: Uma quantida-
de de submetralhadoras são reservadas para o cartucho ACP
mais potente .45. Essas armas tendem a ser menos elegantes
do que suas primas de 9mm e têm menores taxas de fogo, mas
não são menos capazes.
Exemplos: General Motors M3 “Grease Gun”, H&K
UMP (Capacidade 25 + 1)
American 180 (.22 LR): American Arms e vários suces-
sores produziram a American 180 durante a maior parte dos
anos 70 e 80. O 180 foi originalmente projetado para policiais
e guardas prisionais, que precisavam de armas totalmente au-
tomáticas e controláveis. Alimentando-se de um tambor de
275 cilindros montado contra o topo da arma, os 180 dis-
param 1.500 tiros por minuto. Embora seja improvável que
o impacto de uma única bala de .22 LR mate qualquer um,
30 balas atingindo um palmo em pouco mais de um segundo
não são nada para se rir, e o fogo automático bem direcionado
de um americano 180 vai roer a maioria dos macios armadura
corporal. Quando disparado como uma explosão média, o
americano 180 gasta 20 tiros; uma rajada longa gasta um mí-
nimo de 40 tiros. Qualquer rajada que atira 20 ou mais balas em
um único alvo ganha Perfurante de Armadura 1.
FN P90 (5.7mm FN): O P90 nasceu do conceito de uma
arma de defesa pessoal (PDW): uma arma automática compacta
com melhor desempenho balístico do que uma submetralhado-
ra, emitida para o pessoal militar que encontraria fuzis de assalto
também volumoso durante a execução de suas tarefas diárias.
Até agora, o P90 não obteve aceitação nesta função, mas está em
serviço com algumas unidades de operações especiais para uso
do CQB contra alvos blindados. Um bloco de polímero de cerca
de 20 centímetros de comprimento e seis centímetros de altura,
com o seu compartimento deitado horizontalmente em cima e
alimentando-se para baixo em uma ação bullpup, o P90 mal se
parece com uma arma real. O P90 é uma arma indiscutivelmen-
te peculiar, mas sua ergonomia confortável faz com que ele seja
bem manuseado. Sua munição 5.7mm FN possui Perfurante de
Armadura 2.
Família H&K MP5 (9mm Luger): A submetralhadora mo-
derna e icônica é o principal produto da Heckler & Koch, o
MP5. Desde a sua introdução em 1966, o MP5 tornou-se o único
SMG mais popular no mundo para aplicação da lei e uso militar.
As numerosas variantes do MP5 incluem o .40 S&W MP5/40
(Dano 2 [Explosão do 9]), o MP5/10 do FBI (Dano 3) e o MP-
5SD (com supressor integral). O MP5 é uma referência para
extrema confiabilidade: sempre que um teste de chance com
um MP5 resultar em 1, role outro dado - em um 8 ou mais,
o teste de probabilidade é apenas um fracasso regular, não
um fracasso dramático. Todos os modelos MP5 estão dis-
poníveis com estoques dobráveis opcionais.
H&K MP7 (4.6mm): A resposta da H&K ao P90 veio
em 2001 com o lançamento do MP7. É grande demais para
ser considerado uma pistola automática, apesar de ter seu
compartimento bem no punho da pistola - para o controle
total, recomenda-se o uso do foregrip vertical desdobrável e
do material dobrável. Um quadro de polímero simplificado
faz o MP7 parecer um escape de um filme de ficção científica.
O cartucho de 4,6 mm possui o acessório de Perfurante de
Armadura 2.
RSA Bizon-2 (9x18mm Soviético): O Bizon (“bison”) foi
projetado no início dos anos 1990 como um substituto para
as submetralhadoras da era da Segunda Guerra Mundial
que as tropas soviéticas usavam durante a maior parte da
Guerra Fria. O Bizon é construído sobre um plano de
fuzil de assalto tipo AK modificado para tornar os
controles mais familiares para os usuários preten-
didos. O revólver cilíndrico da arma se pren-
de embaixo e paralelo ao cano, segurando
os cartuchos horizontalmente em um tubo
de alimentação em espiral. O Bizon-2
também está disponível em Luger de 9
mm (mesmos traços) e 7.62x25 mm
Tokarev (Dano 1, Capacidade 45). O
design desta arma inclui um estoque
dobrável.
Thompson M1928 (.45 ACP): A
era da Proibição, “Tommy Gun”, foi
a primeira arma de fogo a ostentar a
etiqueta “metralhadora”. Projetado
após a Primeira Guerra Mundial
para preencher a lacuna entre fuzis
e pistolas, a arma Tommy foi consi-
derada revolucionária na época e
serviu às forças americanas com

METRALHADORAS 71
 distinção durante a Segunda Guerra Mundial. Embora a arma
Tommy seja pesada e desajeitada demais para ser comercialmen-
te viável hoje em dia, muitos exemplos ainda existem em boas
condições de funcionamento, assim como os tambores de 50 e
100 balas (Custo •) que fazem parte da aparência da marca re-
gistrada da arma.
Pistolas Automáticas
Generic 9mm Luger Machine Pistol: Quase todas as pis-
tolas automáticas são munidas de munição Luger 9mm. Essas
pistolas geralmente têm menos de 25cm de comprimento total,
pequenas o suficiente para serem usadas como armas laterais ou
escondidas com dificuldade mínima.
Exemplos: Glock 18 (a versão totalmente automática do Glo-
ck 17: Capacidade 31 + 1), Mini-Uzi
Beretta Modelo 93R (9mm Luger): Beretta desenvolveu a
variante de pistola automática do Modelo 92 como uma arma
lateral para policiais e soldados que entram em situações CQB.
O Modelo 93 é um pouco mais comprido do que seu design
original e possui um punho dobrável articulado na frente de seu
guarda-mato para operação com duas mãos. O Modelo 93 é limi-
tado a rajadas de três voltas em vez de fogo totalmente automáti-
co (sem rajadas médias ou longas). Esta pistola pode ser equipada
com um estoque destacável e pode aceitar os compartimentos
padrão de 15 balas do Modelo 92.
CZ Skorpion (.32 ACP): O vz.61 “Skorpion” é uma pistola
popular entre as forças de segurança e criminosos do Leste Eu-
ropeu e do Norte da África. O cartucho de pouca potência do
Skorpion torna esta arma mais controlável do que a maioria das
pistolas de máquina, especialmente com o seu estoque dobrável
estendido, e isso combina com a alta taxa de fogo do Skorpion
para tornar esta pistola pesadíssima letal no alcance do tanque.
O Skorpion também está disponível nos modelos vz.82 e vz.83
(.380 ACP e 9x18mm Soviético, respectivamente: Dano 2, Força
2 [3/4/5]).
H&K MP5K (9mm Luger): A variante de pistola auto-
mática do MP5 (o “K” significa kurz, “short”) é dificilmente
controlável, apesar da empunhadura vertical para uma empu-
nhadura de duas mãos pendurada no cano curto do MP5K. O
MP5K pode aceitar as recargas padrão de 30 balas do design
principal, embora isso torne a arma bastante difícil. A H&K
oferece uma pasta de segurança exclusiva para o MP5, que
possui um patch de passagem, um conjunto de grampos in-
ternos para manter a arma firme e uma articulação de gatilho
no punho da maleta. (Custo •••; enquanto que na pasta, a
arma só pode aceitar uma recarga de 15 balas e disparar é sem-
pre considerada como disparo do quadril [ver p. 50].)
Intratec TEC-9 (9mm Luger): O TEC-9 foi o flagelo das
ruas americanas na década de 1980, ou assim as reportagens
da época afirmavam. Os TEC-9s civis e legais originais eram
Semi-automáticas, mas os criminosos rapidamente descobri-
ram que a conversão do TEC-9 em pistolas automáticas era
uma tarefa trivial. Os críticos nunca consideraram o TEC-9
como uma arma de fogo de alta qualidade, não sem justifica-
tiva, e a fabricação de armas de rua exacerbou os problemas
de baixos valores de produção. Um TEC-9 civil convertido
para fogo automático (veja pg. 54) é altamente não confiável:
ao atacar, não re-lançar 10s, e subtrair 1s de sucessos obtidos.
TEC-9s civis tem Custo •.
MAC M10 (.45 ACP): O carro-chefe da agora extinta
Military Armaments Corporation é mais comumente conhe-
cido como um “Ingram”, depois de seu projetista, ou como
um “MAC-10”. O M10 tem uma taxa dolorosamente alta de
disparo : 1100 balas por minuto, ou uma recarga completa de
32 balas em menos de dois segundos. Isso torna o MAC-10
quase impossível mirar em qualquer distância além do alcance
à queima-roupa, levando a uma reputação justificada como
uma “arma de cabine telefônica”. Também está disponível na
Luger 9 mm (Dano 2). O M11, seu primo .380 ACP (também
Dano 2), tem uma taxa de tiro ainda maior, a 1.600 tiros por

Submetralhadoras
Tipo Dano Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
Submetralhadoras Genéricas
Luger 9mm Genérico 2 30/60/120 32+1 2 (2/3/4) 2/S •••
.45 ACP Genérico 3 30/60/120 30+1 2 (2/3/4) 2/N •••

Submetralhadoras Notáveis
American 180 1* 20/40/80 275+1 1 (2/2/2) 3 •••
FN P90 2* 40/80/160 50+1 2 (2/3/3) 2/S ••••
H&K MP5* 2 30/60/120 30+1 2 (2/3/3) 2/S ••••
H&K MP7 2* 40/80/160 20+1 2 (2/3/3) 2/S ••••
RSA Bizon-2 2 30/60/120 64+1 2 (2/3/3) 2/S •••
Thompson M1928 3 25/50/100 30+1 2 (2/3/3) 3 •••

Pistola Automática Genérica

Luger 9mm Genérico 2 20/40/80 20+1 2 (3/4/5) 1/J •••

Pistolas Automáticas Notáveis

Beretta Modelo 93R* 2 20/40/80 20+1 2 (3 / - / -) 1/J ••••
CZ Escorpião 1 15/30/60 20+1 1 (2/3/4) 1/J •••
H&K MP5K 2 20/40/80 15+1 2 (3/4/5) 1/S ••••
Intratec TEC-9* 2 10/20/40 32+1 2 (3/4/5) 1/J ••• *
MAC M10* 3 20/40/80 32+1 - (- / 4/5)* 1/S ••••
Stechkin APS 2 20/40/80 20+1 2 (3/4/5) 1/J •••
* Veja o texto para notas ou regras especiais.

72 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

minuto. O M10 e o M11 podem ser disparados apenas em raja-
das médias e longas - disparos simples e rajadas curtas não são
opções.
Stechkin APS (9x18mm Soviética): Estas pistolas de má-
quina APS da década de 1950 foram originalmente emitidas
para equipes de veículos blindados e oficiais da linha de frente,
mas rapidamente caíram em desgraça pelos cartuchos de fraca
potência das armas e pelo manuseio inadequado. Na década
de 1990, esta arma teve um breve ressurgimento nas mãos de
equipes táticas da polícia russa, que ainda favorecem o Stechkin
como uma arma lateral sobre a maioria dos Semi-automáticas
disponíveis. O Stechkin vem com um grande plástico rígido - ou,
para os primeiros modelos, o coldre de madeira que se encaixa
na parte de trás do punho para dobrar como um estoque desta-
cável desajeitado.
Suportes Desmontáveis
Algumas armas longas estão disponíveis com
suportes dobráveis ou telescópicos. Um supor-
te normalmente permite ao atirador segurar
a arma contra seu ombro para absorver o
recuo. Remover isso torna a arma mais curta,
mas mais difícil de controlar. Um braço longo
equipado com a corda dobrável sendo dispa-
rado sem o calço tem sua exigência de Força
aumentada em 1, mas as armas Tamanho 3 e
2/N se tornam Tamanho 2/S com seus supor-
tes dobrados, permitindo a ocultação sob um
casaco longo.
Algumas pistolas e pistolas automáticas tam-
bém estão equipadas com suportes dobráveis
ou desmontáveis. Essas armas são projetadas
para serem usadas com uma mão, e o uso
de uma ação é um luxo. Tais armas têm seus
requisitos de Força reduzidos em 1 e seus
Tamanhos aumentados em 1 quando equipa-
dos com seus suportes. Descrições individuais
anotam quais armas de fogo vêm com supor-
tes dobráveis ou destacáveis.
Recolher ou estender um suporte dobrável é
uma ação livre. Anexar ou remover um suporte
destacável requer dois turnos. Para mais
informações sobre “Suportes Dobráveis”, veja
p. 169.
Fuzis
A ampla categoria de “fuzis” inclui uma variedade de armas
de fogo, desde pistolas-alvo de calibre .22 até armas calibre anti-
material de calibre .50. Para fins de jogo, qualquer arma longa
que use munição de calibre de fuzil e não seja capaz de burst or
automatic fire se enquadra nessa categoria, incluindo armas de
ação rápida, de ação de alavanca, de ação, de ação de bomba e
semiautomáticas.
As principais diferenças entre fuzis de alvo, caça e de preci-
são são durabilidade, precisão e preço. Os fuzis de alvo, especial-
mente aquelas usadas em competições de alto nível, desafiam a
plausibilidade em sua precisão, mas são extremamente sensíveis
até mesmo ao tratamento casual. Fuzis de caça, que devem ser
PISTOLAS AUTOMATICAS - RIFLES
acessíveis aos seus mercados-alvo, sacrificam extrema precisão
pela simplicidade e durabilidade. Os fuzis de precisão devem
ser capazes de resistir a abusos extremos e manter pelo menos
um grau moderado de precisão, e são geralmente comparti-
mentados para calibres militares padrão e construídos para
aceitar acessórios militares padrão.
Por que escolher um fuzil?
Os fuzis têm os maiores intervalos efetivos de quaisquer
armas portáteis sem mísseis guiados. Os fuzis estão pronta-
mente disponíveis na maioria das nações se os compradores
tiverem as credenciais apropriadas (ou substituto em dinhei-
ro), e também são legais para transportar com as devidas pre-
cauções.
Quem usa fuzis?
Caçadores, franco-atiradores, assassinos, atiradores de
competição, atiradores recreacionais casuais - todos usam fu-
zis.
Fuzil Plinking Genérico: “Plinking” é uma gíria para co-
locar casualmente balas em alvos de quintal improvisados. A
melhor qualidade em um fuzil plinking é de baixo custo, tanto
para a arma em si quanto para a munição, de modo que .22
LR é o calibre mais comum para essas armas. Fuzis plinking
também são usados para ensinar novos atiradores, particular-
mente crianças, os fundamentos do manejo de armas e ponta-
ria, e para caça muito pequeno jogo como esquilos. Um fuzil
plinking normalmente se alimenta de uma recarga interna e é
amplamente inadequado para o uso em combate.
Exemplos de ação rápida: Cooper Model 57, CZ 452-2E
(recarga destacável), Marlin Modelo 15YN (Capacidade 1),
Rogue Fuzil Chipmunk (Capacidade 1), Sako 75 Finnfire
Hunter
Exemplos de ação de bomba: Remington Modelo 572 (Ca-
pacidade 15 + 1), Taurus Modelo 621 (Capacidade 12 + 1)
Exemplos de ação de alavanca: Browning BL-22 (capacida-
de 15 + 1), modelo Marlin 1897 Cowboy (capacidade 19 + 1)
Exemplos de semi-automáticos: Marlin Modelo 922M, Re-
mington Model 597 (Capacidade 10 + 1, recarga destacável)
Fuzil Varmint Genérico: Os fuzis nesta categoria geral
são compartimentados para uma variedade de calibres de
gama média, incluindo o Remington .223, e o Winchester
.270. Além de “varrminging”, ou erradicar pragas e pequenos
predadores, esses fuzis também são usados para tiro ao alvo e
tiro de competição. Os fuzis nessa faixa de calibre ocasional-
mente encontram aplicações de combate quando a necessida-
de dita, mas a maioria dos fuzis de precisão usa calibres maio-
res para melhor alcance e letalidade. Os fuzis Varmint são
quase sempre ferrolhos e alimentados por um recarga interno.
Exemplos de ação rápida: Anschutz Modelo 1740, Howa
M-1500 Varmint, Sako 75 Varmint, Savage Modelo 10GY Ju-
ventude (Capacidade 4 + 1), Winchester Modelo 70 Coiote
Fuzil de Caça Genérico: O arquetípico “fuzil de cervo”
está disponível em uma grande variedade de calibres, dos
quais 7mm Magnum, .300 Winchester Magnum, .308 Win-
chester e .338 Laupa são apenas uma pequena amostra. Este
é o tipo mais comum de fuzil em todo o mundo, universal-
mente usado para competição, caça e assassinato. Muitos fuzis
militares e policiais são construídos em plataformas de caça
também. Espingardas de caça, como fuzis varmint, são quase
sempre ferrolhos com recargas internos.
Exemplos de ação rápida: Colt Light Fuzil, Dakota Modelo
97 Lightweight Hunter, Ruger M77R, Caçadora Sako 75, Sa-
73
 vage Model 114 (recarga destacável), Steyr SBS Prohunter
Exemplos semi-automáticos: Safari Browning Bar Mark II, Re-
mington Modelo 7400
Fuzil de Atirador de Elite Genérico: Em muitos casos, as
únicas diferenças entre um fuzil de caça e um fuzil de atirador
de elite são os materiais envolvidos em sua construção e seus
respectivos preços. Os fuzis de atirador de elite são quase sempre
reservados para um dos poucos calibres que as forças armadas
em todo o mundo adotaram como padrão: 7.62mm da OTAN
ou 7.62x54mm da União Soviética. Nos últimos anos, alguns
fuzis de atirador de elite apareceram em calibres civis, como .300
Winchester Magnum ou .338 Laupa, embora estes ainda não te-
nham recebido ampla aceitação nos sistemas de aquisição militar
de adaptação lenta. Os fuzis de precisão geralmente contam com
recargas destacáveis.
Exemplos de ação rápida: Accuracy International Arctic War-
fare (padrão britânico e alemão; recarga interna), Enfield L42A1
(antigo padrão britânico), FN Mini-Hecate (recarga interna), FR
F2 (padrão francês), Mauser 86SR, SiG-Sauer SSG -3000 (capaci-
dade 5 + 1), Steyr SSG
Exemplos semi-automáticos: H & K MSG-90 (capacidade 20 +
1), IMI Galatz (capacidade 20 + 1), NORINCO QBU-88 (padrão
chinês), Springfield Armory M21 (capacidade 20 + 1), Zastava
M76
Fuzil Big-Game Genérico: Os calibres de caça a veados e
humanos são insuficientes para derrubar um jogo grande ou
perigoso como o urso, o búfalo-do-cabo, o alce e o lobisomem.
As espingardas de grande porte são projetadas para lidar com
as cargas de grande calibre necessárias para esse esporte: .375 H
& H, .458 Magnum, .460 Weatherby e similares. Esses fuzis são
quase sempre ferrolhos, com alguns modelos de ação ainda em
produção, já que as ações semiautomáticas não são fortes o sufi-
ciente para lidar com essas altas pressões de disparo. Espingardas
de grande porte se alimentam de recargas internas.
Exemplos de ação rápida: CZ 550 Safari Magnum, Dakota 76
Africana (Capacidade 4 + 1), Ruger M77 Mark II Magnum, Win-
chester Modelo 70 Classic Safari Express
Exemplos de ação de ruptura (todos com capacidade 1): Dakota
Modelo 10, Ruger No. 1-H Tropical Fuzil
Um fuzil de grande porte deve estar devidamente preparado
para que um atirador administre seu recuo. Se um personagem
dispara um fuzil grande do quadril ou em qualquer outra posição
na qual o calço não esteja bem enfiado no ombro dele e ele não
tenha conseguido segurar a arma, o requisito de Força do fuzil
aumenta para 5. A classificação de Dano do fuzil como um dado
de ataque contra o personagem que inflige dano contundente
e tem o efeito Nocaute (veja o Livro de Regras do Mundo das
Trevas, pág. 168).
Fuzil Anti-Material Genérico: Os fuzis antimaterial
(AMRs) são fabricados para pesados calibres militares original-
mente desenvolvidos para fuzis anti-tanque durante a Primeira
Guerra Mundial e depois aplicados a metralhadoras pesadas:
0,50 BMG e 12,7 mm Soviético. Estes fuzis são geralmente entre
quatro e cinco metros de comprimento e pesam mais de 40 qui-
los, tornando-os completamente impraticáveis para uso em tiro-
teios. Quando usado para sniping, no entanto, os AMRs podem
matar um alvo do tamanho humano a mais de um quilômetro de
distância. Como o nome sugere, seu principal uso oficial é a des-
truição de alvos materiais, como minas terrestres e veículos leves.
Na maioria das nações, os AMRs estão disponíveis para venda
apenas com licenças especiais, e esses fuzis não possuem aplica-
ções legítimas de caça ou autodefesa. A maioria das espingardas
antimaterial é de ação rápida com recargas removíveis, embora
74 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
existam alguns projetos semi-automáticos raros.
Exemplos de ação rápida: Accuracy International Arctic
Warfare 50, FN Hecate II (Capacidade 7 + 1), RSA KSVK,
Steyr .50 HS (Capacidade 1), Zastava M-93 Black Arrow, ZVI
Falcon (Capacidade 2 + 1)
Todos os fuzis antimaterial têm o Perfurante de Arma-
dura 6.
O recuo de um fuzil antimaterial é ainda mais forte do
que o de um fuzil de grande porte. As mesmas regras de recuo
para atirar de uma posição ruim se aplicam, mas, com um
fuzil antimaterial, a única posição que é considerada “boa” é
uma postura propícia com o bipé do fuzil sendo usado.
Fuzis de Ação Rápida
Os seguintes fuzis de ação rápida são únicos ou icônicos
para merecer atenção especial. Salvo indicação em contrário,
todos possuem alimentação para recargas internas.
AI AW Covert (7.62mm NATO): A Accuracy Interna-
tional, sediada na Inglaterra, desenvolveu sua série de fuzis de
precisão Arctic Warfare para satisfazer as exigências militares
britânicas. Como o nome indica, todos os fuzis da série AW
são projetados para lidar com condições extremas de frio em
que muitas outras armas não funcionariam. O AW Covert é
oficialmente comercializado para equipes antiterroristas que
podem precisar mover suas armas discretamente, embora os
críticos tenham observado que essas mesmas características
tornam esses fuzis ideais para assassinos. Este fuzil vem com
uma maleta protegida contra raios X, e pode ser dividido em
partes componentes da arma e guardado nesta pasta em cerca
de três minutos. O AW Covert também é equipado com um
supressor integral que percorre todo o comprimento do cano
do fuzil. As vendas do AW Covert estão restritas a clientes
militares e governamentais, mas persistem rumores de que al-
gumas dessas armas encontraram o caminho para o mercado
internacional de armas.
Mauser Model 1898 (8mm Mauser): Esta arma icônica
construída na Alemanha influenciou o design de praticamen-
te todos os fuzis de ação feitos durante o século passado. Este
fuzil é lendário por sua confiabilidade, superando até mesmo
os concorrentes mais modernos. A Alemanha emitiu esses fu-
zis para suas forças armadas até o final da Segunda Guerra
Mundial e licenciou a produção em todo o mundo. Incontá-
veis milhares de Mauser’s 98, que estão sendo reservados para
vários calibres semelhantes, ainda estão em circulação como
peças de colecionador, fuzis de caça ou armas de insurgentes.
Remington Modelo 700 (.308 Winchester): A principal
arma de Remington, oferecida pela primeira vez em 1963, é
o icônico fuzil de caça do hemisfério ocidental. Este fuzil é
atualmente produzido em cerca de 30 calibres, variando de
.17 Remington (Dano 2, Perfurante de Armadura 1) a .375 Re-
mington Ultra Magnum (Dano 5, Capacidade 3 + 1), e pelo
menos alguns exemplos podem ser encontrados em qualquer
loja de armas nas Américas. Existem duas variantes de sniper
(com traços idênticos): o M40A1 dos Fuzileiros Navais dos
EUA e o M24 SWS (Sniper Weapon System) do Exército dos
EUA.
Weatherby Mk. V (.460 Weatherby Magnum): O fuzil
de grande porte arquetípico apareceu em 1956 e desde então
se tornou universalmente reconhecido como capaz de lidar
com qualquer coisa que passeia pela superfície da Terra. O
Mk V é um dos fuzis mais fortes do mundo, praticamente im-
possível de romper o mau uso casual. Os padrões de produção
são consistentemente altos, com precisão para combinar com
o poder da arma. Além de sua carga de rinoceronte .460 Wea-
therby Magnum, o Mk. V está disponível em muitos calibres mais
leves (Dano 4 e Capacidade 5 + 1 para calibres variados, Dano 4
[Explosão do 9] e Capacidade 4 + 1 para calibres de caça). O Mk
V está sujeito a recuar como um grande fuzil genérico.
Fuzis de Alavanca
Os fuzis de alavanca são raros no uso moderno, mas carre-
gam uma mística inegável para qualquer um que tenha crescido
nos filmes de cowboys dos anos 1930 até os anos 70. Salvo indi-
cação em contrário, todos os fuzis de ação de alavanca se alimen-
tam de recargas internas.
Spencer Repeating Carbine (calibre .52): O primeiro fuzil
com uma recarga destacável a ser usado por qualquer militar era
o repetidor Spencer. Os Estados Unidos adotaram-na em 1863
sob o endosso pessoal do Presidente Lincoln, e mais de 100.000
Spencers viram serviço no lado da União da Guerra Civil. Spen-
cers são peças de museu hoje, com seus cartuchos de cobre há
muito tempo fora da produção em massa.
Modelo Winchester 1873 (.44-40): “A arma que venceu o
Ocidente” era onipresente na América pós Guerra Civil e ain-
da ocupa um lugar especial nos mitos do Velho Oeste. Como
muitos fuzis de ação de alavanca do período, este Winchester foi
submetido a um calibre de pistola comum para que os homens
da fronteira pudessem usar o mesmo suprimento de munição
para todas as suas armas. As reproduções modernas ainda estão
disponíveis em vários fabricantes.
Fuzis Semiautomáticos
Os fuzis semiautomáticos não são tão populares quanto os
fuzis de ação rápida no uso civil, e ficaram para trás no serviço
militar com a introdução de fuzis de assalto, mas os fuzis semiau-
tomáticos ainda encontram aplicações suficientes para serem
comercialmente bem-sucedidos. Salvo indicação em contrário,
todos os fuzis semi-automáticos se alimentam de recargas des-
tacáveis.
Barrett M107 (.50 BMG): O Barrett “Light 50” trouxe o
fuzil antimaterial à proeminência pública com sua introdução
de 1982 sob a designação original “Model 82.” O primeiro
fuzil de precisão .50 BMG bem-sucedido atingiu a infâmia
completamente fora da proporção dos números reais de pro-
dução do fuzil, mas com mortes registradas em mais de 1.800
jardas, talvez os alvos em perspectiva tenham motivos para se
preocupar. Este fuzil está em serviço com pelo menos 30 mi-
litares nacionais e é um favorito em competições civis de tiro
de longo alcance em nações onde o fuzil é legal para compra.
O M107 de quatro metros e meio de altura e 32 quilos é um
monstro para transportar ou empunhar, e está sujeito a recu-
ar como um fuzil antimaterial genérico. Tem Perfurante de
Armadura 6.
H&K PSG-1 (7.62mm NATO): O PSG-1 é o padrão de
desempenho contra o qual todos os outros fuzis de médio ca-
libre são medidos. A H&K introduziu esse projeto no início
dos anos 80 como um fuzil de polícia e contra-terrorista, mas
seu preço de US $ 10.000 limitava a acessibilidade do fuzil
à maioria dos clientes potenciais e o peso substancial de 18
libras tornava a arma inaceitável para o serviço militar. A pro-
dução foi interrompida no final dos anos 90, mas o fuzil ainda
é uma arma valiosa para atiradores afortunados o suficiente
para ter acesso a um.
KAC SR-25 (7.62mm NATO): Esta variante de opera-
ções secretas do design M16 retorna ao calibre original mais
pesado da arma principal. O SR-25 está em uso com unidades
de operações especiais israelenses e equipes SEAL da Marinha
dos EUA como um fuzil sniper tático. Ele vem com uma luva
supressora removível que desliza ao redor de todo o seu barril,
amortecendo o som de seu fogo sem reduzir a velocidade ini-
cial da munição padrão. A venda civil do SR-25 é fortemente
regulamentada, mas os aficionados do M16 consideram o SR-
25 como uma peça de colecionador muito procurada.
RSA “Dragunov” SVD (7.62x54mm Soviet): Durante o
início da Guerra Fria, a União Soviética examinou os suces-
RIFLES 75
 sos do campo de batalha de seus atiradores da Segunda Guerra
Mundial e decidiu que todo esquadrão de infantaria do Exército
Vermelho precisava de seu próprio atirador de elite. O SVD de
aparência esqueletal (Snaiperskaya Vintovka Dragunova - “Fu-
zil de Sniper Dragunov”) estreou em 1963 como o fuzil desses
“atiradores designados”. Este fuzil ainda está em serviço gene-
ralizado (e produção licenciada) em todo o mundo que a União
Soviética exerceu. sua influência militar e colecionadores civis
pagarão um alto valor por um modelo autêntico construído na
Rússia. Ao contrário da crença popular, a sua mira telescópica
PSO-1 padrão não era um escopo de visão noturna, mas alguns
modelos posteriores de produção limitada vieram com esse tipo
de equipamento. A munição padrão de atirador de elite emitida
para atiradores equipados com SVD é uma rodada de aço com
Perfurante de Armadura 3, mas a munição de FMJ perde este
benefício.
Ruger 10/22 (.22 LR): Quando a Ruger lançou o 22/10 em
1964, a comunidade de tiro esportivo aclamou-o como um “clás-
sico instantâneo”. Duas gerações de garotos americanos cresce-
ram aprendendo a atirar com 10/22s, e centenas de milhares de
exemplos estão em circulação em todo o mundo. O 10/22 usa
uma recarga giratório semi-destacável exclusivo: as recargas que
mudam levam dois turnos completos, mas podem ser recarrega-
dos enquanto ainda estão no fuzil.
Ruger Mini-14 (5.56mm NATO): Esta popular “arma do
rancho” é uma cópia em escala reduzida do M14 militar, com
alterações de design apenas o suficiente para evitar ações por
violação de patente. O similar Mini-30 é compartimentado para
munição soviética 7.62x39mm (características idênticas), e o AC-
556 (Custo •••) é um Mini-14 totalmente automático. Mini-14s
e Mini-30s são comuns em todas as áreas rurais das Américas, e
os AC-556s podem ser encontrados nos armários de armas de
muitos pequenos departamentos de polícia.
Simonov SKS (7.62x39mm Soviética): O Samozaryad-
nyi Karabin sistemi Simonova (“Sistema de Carga Automáti-
ca, Simonov”) foi projetado para a Segunda Guerra Mundial,
mas entrou em serviço apenas alguns meses atrasado para o
serviço durante o conflito. O Exército Vermelho rapidamente
retirou o SKS do AK-47, mas o SKS era popular o suficiente
para que milhões fossem exportados e construídos sob licen-
ça em toda a esfera de influência soviética. O SKS é típico
do etos de design de armas soviético, que sacrifica a extrema
precisão pela durabilidade, simplicidade e baixo custo. Hoje,
os fuzis SKS excedentes estão amplamente disponíveis no mer-
cado civil a preços baixos. O SKS alimenta de uma recarga
interno.
Springfield Armory M1 Garand (.30-06): O Exército
dos EUA adotou o Garand em 1936 como o primeiro fuzil
semi-automático do Exército. Com a eclosão das hostilidades
em 1941, a produção entrou em alta velocidade, com mais de
quatro milhões de M1s saindo das linhas de montagem em
1945. O Garand provou consistentemente confiável nas pio-
res condições de campo de batalha da Segunda Guerra Mun-
dial, e é outro fuzil lendário cuja popularidade superou em
muito seu registro de serviço oficial. Milhares ainda estão em
circulação em todo o mundo. O custo atribuído é para novas
cópias ou edições de colecionador; os modelos excedentários,
incluindo os vendidos pelo Programa de Pontuação Civil Ci-
vil do governo dos EUA, custam apenas •. O Garand usa
uma recarga destacável; quando está vazia, a arma a lança au-
tomaticamente para o ar com um “ping” distintivo. A muni-
ção de Garand 30/06 confere uma Perfurante de Armadura 2.

Fuzis
Tipo Dano Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
Fuzis Genéricos
Fuzil Plinking Genérico 1 30/60/120 5+1 1 2/N •
Fuzil Alvo Genérico 4 150/300/600 5+1 2 3 ••
Fuzil de Caça Genérico 4 (Explosão do 9) 200/400/800 4+1 2 3 •••
Fuzil de Sniper Genérico 4 (Explosão do 9) 250/500/1000 10+1 2 3 ••••
Fuzil Big-Game Genérico 5 250/500/1000 3+1 3* 3 ••••
Fuzil Anti-Material Genérico 5 (Explosão do 8)* 300/600/1200 5+1 3* 4 •••••

Fuzis de Ação Rápida Notáveis

AI AW Covert* 3 100/200/400 10+1 2 3 •••••
Mauser Model 1898 4 (Explosão do 9) 200/400/800 5+1 2 3 ••
Remington Modelo 700 4 (Explosão do 9) 200/400/800 4+1 2 3 •••
Weatherby Mk. V 5 250/500/1000 2+1 3* 3 ••••

Fuzis de Ação de Alavanca Notáveis

Spencer Repetindo Carabina 3 75/150/300 7+1 2 3 ••
Modelo Winchester 1873 3 125/250/500 12+1 2 3 •••

Fuzis Semi-automáticos Notáveis

Barrett M107 5 (Explosão do 8)* 300/600/1200 10+1 3* 4 •••••
H&K PSG-1 4 (Explosão do 8) 250/500/1000 20+1 2 3 •••••
KAC SR-25* 4 (Explosão do 9) 125/250/500 20+1 2 3 ••••
RSA “Dragunov” SVD 4 (Explosão do 9)* 250/500/1000 10+1 2 3 ••••
Ruger 10/22 1 30/60/120 10+1 1 2/N •
Ruger Mini-14 4 150/300/600 30+1 2 3 ••
Simonov SKS 4 200/400/800 10+1 2 3 •
Springfield Armory M1 Garand 4 (Explosão do 9) 225/450/900 8+1 3 3 •••*
* Veja o texto para notas ou regras especiais.

76 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance


Fuzis de Assalto
As armas militares primárias da era moderna, os fuzis de
assalto são armas de fogo capazes de explosão ou totalmente au-
tomáticas, compartimentadas para munição de calibre de fuzil e
alimentadas a partir de recargas destacáveis. A filosofia de design
por trás do fuzil de assalto é dar ao soldado da infantaria uma
arma de fácil manuseio com grande capacidade de armazena-
mento, capacidade totalmente automática e munição leve de alta
velocidade. Fuzis de assalto modernos usam munição mais leve
e de alcance mais curto do que os mais antigos, uma resposta à
redução do alcance médio dos tiroteios desde a Segunda Guerra
Mundial. Isso resultou em uma redução gradual de comprimen-
to e peso em detrimento da letalidade de longo alcance.
Por que escolher um fuzil de assalto?
Os fuzis de assalto normalmente sacrificam parte do alcan-
ce de um fuzil em favor da capacidade totalmente automática,
mas sem o peso ou a despesa de uma metralhadora. Os compar-
timentos destacáveis dos fuzis de assalto fazem com que esses
fuzis sejam rápidos de carregar e esvaziem. Em uma luta em larga
escala, a habilidade de estabelecer rapidamente 30 rodadas alea-
toriamente para manter a cabeça do inimigo baixa pode ser mais
importante do que uma única jogada bem colocada que leva 15
segundos para se alinhar.
Quem usa fuzis de assalto?
Soldados, unidades táticas policiais, milícias em áreas sem
lei do mundo, criminosos bem financiados com agendas de alto
risco - todos usam fuzis de assalto.
Fuzil de assalto genérico de 5.56mm NATO: A grande
maioria dos fuzis de assalto modernos é compartimentada para
o cartucho de 5,56 mm da NATO (que é essencialmente um
Round de 223 Remington ligeiramente mais potente). Mesmo
antigos países soviéticos estão adotando e produzindo fuzis neste
calibre. Críticos consideram a rodada de 5,56mm fraca e inade-
quada desde a sua introdução no final dos anos 1950, mas essa
rodada pesa apenas a metade do que uma quantidade compa-
rável de munição de 7,62mm, o que significa que os soldados
podem carregar muito mais munição. Praticamente todos os fu-
zis de assalto de layout convencional podem ser equipados com
estoques colapsíveis.
Exemplos: Beretta AR-70, FN FNC, H & K HK33, H & K
G36 (norma alemã), HOWA tipo 89 (norma japonesa), IMI Ga-
lil, Ishapore INSAS (norma indiana), SiG 550 (norma suíça)
Fuzil de Assalto Bullpup da OTAN Genérico de 5.56mm:
Os projetos Bullpup são mais comuns em fuzis de assalto, cujos
usuários geralmente precisam da combinação de compacidade
e letalidade que a configuração oferece. Os críticos reclamam
Fuzis de Assalto
Tipo Dano Alcance
Fuzis de Assalto Genéricos
5,56 mm AR Genérico 4 150/300/600 30+1
5.56mm Bullpup AR Genérico 4 150/300/600 30+1
7.62mm AR Genérico 4 (Explosão do 9) 200/400/800 20+1
Fuzis de Assalto Notáveis
Colt M16 4 150/300/600 30+1
Steyr AUG* 4 150/300/600 42+1
RSA AK-47* 4 125/250/500 30+1
* Veja o texto para notas ou regras especiais.
que esses fuzis são difíceis de montar acessórios (especialmen-
te lançadores de granadas), muito curtos para serem usados
com baionetas e mais difíceis de manter, mas muitos militares
acham fuzis de assalto adequados para implantação generali-
zada.
Exemplos: Enfield L85A1 (padrão britânico), GIAT FA-
MAS G2 (padrão francês), IMI Tavor TAR-21 (padrão isra-
elense), ST Kinetics SAR-21, Vektor CR-21
Fuzil de assalto genérico de 7.62mm: A Guerra Fria pre-
coce testemunhou a adoção generalizada do cartucho NATO
de 7.62mm (Remington para civis em 308) pelas forças arma-
das ocidentais, e as vendas de exportação espalharam este car-
tucho pelo mundo. Fuzis de assalto compartimentados para
este calibre são modelos mais antigos que os seus homólogos
de 5,56 mm e tendem a ser mais pesados e mais robustos. Al-
gumas fontes aplicam o nome “fuzil de batalha” a essas armas
de maior calibre, mas isso geralmente é uma distinção sem
sentido. A maioria desses fuzis está fora de serviço ativo com
as forças armadas do Primeiro Mundo, mas são globalmente
onipresentes.
Exemplos: CETME Modelo C, FN FAL (antigo padrão
para várias nações da OTAN, comum em toda a África), H
& K G3 (antigo padrão alemão, comum na América do Sul),
Springfield Armory M14
Variação Carbina Genérica: A maioria das espingardas
de assalto está disponível em configurações de carabina, que
reduzem o peso e o comprimento do cano. Essa troca torna as
carabinas mais difíceis de manusear em fogo totalmente auto-
mático e reduz seu alcance efetivo, mas é considerado aceitável
para as tropas que precisam de armas mais fáceis de manusear
em locais confinados (tripulações de veículos, pára-quedistas
e assim por diante). O alcance de uma carabina é reduzido
em 25/50/75 e seu requisito de Força para fogo automático
aumenta em um, mas seu tamanho é reduzido para 2. Muitas
carabinas são construídas com estoques dobráveis.
Variação Civil Genérica: Quase todos os fuzis de assalto
estão disponíveis em versões “esportivas” civis. Essas armas
são capazes apenas de fogo semiautomático, mas são, de outra
forma, idênticas às de seus pais. Um fuzil de assalto civil ge-
nérico tem seu custo reduzido em 1 (até um mínimo de ••).
Colt M16 et al. (5.56mm NATO): Em 1956, o Exército
dos EUA solicitou uma proposta para um fuzil de baixo cali-
bre após análise dos dados do campo de batalha da Segunda
Guerra Mundial e da Guerra da Coréia que mostraram que a
maioria dos combates aconteceu em um raio de 300 metros.
O protótipo, o Armalite AR-15, foi enviado para o Vietnã em
1962 para testes de combate, depois licenciado para a Colt
para produção em massa sob a designação militar M16. O fee-
dback inicial após a adoção generalizada do Exército em 1965
Capacidade Força Tamanho Custo
2 (2/3/4) 3 •••
2 (2/3/4) 2/S ••••
3 (3/4/5) 3 •••
2 (2/3/4) 3 •••
2 (2/3/4) 2/S ••••
2 (2/3/4) 3 ••
RIFLES DE ASSALTO 77
 foi desanimador. O projeto original não funcionou bem em
condições de campo de batalha, e a construção frágil dos esto-
ques de plástico levou os soldados a criticar essas armas como
“feitas pela Mattel” (uma empresa de brinquedos que realmen-
te foi subcontratada para moldar algumas das peças de plásti-
co). O desenvolvimento posterior, resultando no M16A1, re-
solveu a maior parte dos problemas de confiabilidade da arma
no início dos anos 70. Estudos pós-Vietnã mostraram que a
capacidade totalmente automática do M16A1 levou os solda-
dos a renunciar à pontaria em favor do tiro “spray and pray”,
de modo que o M16A2 foi lançado em 1981 com capacidade
de burst semi-automático e de três voltas. Hoje, a família M16
está em uso como o fuzil de assalto padrão dos militares dos
EUA e mais de 50 nações aliadas e moderadamente amigas.
As características dadas são para M16s modernos (o
M16A2 e A4, e o full-auto A3). Versões modernas de carabi-
nas têm estoques desmontáveis e são designadas como M4 (so-
mente burst de três turnos) e M4A1 (full-auto). M16s originais
são raros, mas ainda estão disponíveis em alguns países do Ter-
ceiro Mundo (Custo ••, não re-lançam 10s). Outras empresas
fazem cópias licenciadas - o canadense Diemaco C7 e seus
parentes são amplamente considerados como melhores que o
projeto original. Alguns fabricantes também produzem cópias
do AR-10, um protótipo que gerou o design do AR-15 (trate
um AR-10 como um fuzil de assalto genérico de 7.62mm).
Steyr AUG (5.56mm NATO): O Armee Universal
Gewehr (Universal Army Fuzil) não é um projeto revolucio-
nário, mas foi claramente evolucionário quando lançado em
1977. O AUG foi o primeiro fuzil bullpup a ter sucesso comer-
cial, apesar de parecer um refugiado de um thriller de ficção
científica de baixo orçamento (no qual, ironicamente, mais
tarde ele foi usado como um fuzil blaster). A alça de transpor-
te do AUG inclui um escopo de ampliação de 1,5 e as recargas
são de plástico transparente, então o atirador pode dizer de re-
lance quantas voltas ela deixou. O AUG também é modular:
com ferramentas manuais simples e um kit de conversão (Cus-
to •••), um usuário pode quebrar a arma e montá-la nova-
mente em uma das três configurações variantes em aproxima-
damente 15 minutos. Essas configurações incluem carabina,
metralhadora leve (faixa de 175/350/700) e submetralhadora
Luger de 9 mm (Dano 2, Alcance 30/60/120, Capacidade 30
+ 1, Força 2; requer diferentes recargas).
RSA AK-47 (7.62x39mm Soviet): A arma de fogo mais
produzida no mundo é instantaneamente reconhecível até
para observadores que não sabem nada sobre armas. O per-
fil de nariz quebrado do Avtomat Kalashnikova 47 apareceu
pela primeira vez nas fileiras do Exército Vermelho em 1949.
Desde então, inúmeras variações surgiram em todo o mundo.
Alguns dos mais comuns incluem o AK-74 (o substituto do
AK-47 no serviço de linha de frente da Rússia, com 5,45mm
de Soviete: mesmo traço), o AK-101 (uma versão de 5,56mm
da OTAN destinada a vendas de exportação: mesmo Traits) e
AKS-74U-UBN (uma carabina de operações especiais de 5,45
mm com um supressor removível: aplica variação genérica de
carabina, Custo ••••). Todos os fuzis de assalto construídos
na plataforma AK-47 são armas russas arquetípicas: ligeira-
mente imprecisas, mas capazes de disparar sob demanda após
30 anos de abuso que deixariam outros canhões enferrujados
e destroçados por fungos. Sempre que um Teste de Sorte com
um AK-47 ou parente resultar em 1, jogue outro dado; com
um 7 ou mais, o teste de sorte é apenas uma falha regular, não
uma falha dramática.

78 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

 gardas para aplicações de caça: 4+1 é normal para caçar veados
Espingardas e caça grossa e 3+1 para aves e caça miúda. Essa redução de
Espingardas são os répteis predatórios do mundo das armas capacidade é fornecida pela inserção de um plugue de recarga,
de fogo, evoluções modernas diretas de desenhos centenários. que pode ser removido em cerca de 10 minutos, mas a maio-
As espingardas possuem canos de grande calibre (quase sempre ria das espingardas civis vendidas sem prescrição é vendida
de alma lisa) e usam munição pesada de baixa velocidade, tor- com plugues de recarga 5+1, 4+1 ou 3+1 instalados. Tal como
nando-as brutais a curta distância, mas ineficazes à distância. A acontece com armas de ruptura, modelos de apresentação es-
munição grande das espingardas - um projétil de calibre 12 tem tão disponíveis com preços mais elevados, correspondentes à
19,5 mm de largura e 70 mm de comprimento, comparado a um qualidade do artesanato.
cartucho de pistola 9x19mm - permite que eles usem uma gran- Exemplos: Benelli Nova (Capacidade 4+1), Browning BPS
de variedade de tipos especiais de munição, do útil ao ridículo (Capacidade 4+1), Ithaca Modelo 37, Mossberg Modelo 590
(ver p. 86). Salvo indicação em contrário, todas as espingardas se (Capacidade 9+1), Remington Modelo 870 (espingardas poli-
alimentam de recargas internas. ciais onipresentes), Winchester Modelo 1300
Semiautomática Genérica: As espingardas semiauto-
Por que escolher uma espingarda? máticas têm um pouco menos de recuo do que os modelos
Para combates a curta distância, uma espingarda é a arma de ação da bomba e são capazes de produzir fogo sustentado
suprema, com menos de um lança-chamas. Espingardas são mais rápido, mas são mais propensas a atolar, especialmente
onipresentes em todo o mundo, com munição prontamente se acionadas o mais rápido possível. No entanto, essa taxa de
disponível. Os modelos de ação e ação de bomba são robustos tiro mais rápida torna as espingardas semi-automáticas pre-
e simples na construção, capazes de resistir a ambientes hostis feríveis para aplicações de combate. Tal como acontece com
que destruiriam armas de fogo semiautomáticas. A munição es- espingardas de ação de bomba, muitos semi-autos de mercado
pecializada permite que as espingardas sejam adaptadas a muitas civil são vendidos com tomadas de recargas instaladas.
situações táticas. O fator de intimidação de uma arma com um Exemplos: Benelli M2 Practical (Espingarda de competi-
tamanho suficiente para o polegar do atirador é o suficiente para ção, Capacidade 8 + 1, Tamanho 4), Benelli M3 Super 90, Be-
acabar com algumas lutas antes que elas comecem. retta Modelo 1201FP, Browning Auto-5 (primeira espingarda
semi-automática de sucesso comercial, lançada em 1903), Fa-
Quem usa espingardas? barm SAT8 (Capacidade 7+1), Franchi 48 AL, Franchi SPAS-
Caçadores, criminosos com acesso apenas a armas civis, 12 (Capacidade 8+1), Franchi SPAS-15 (recarga destacável,
policiais americanos, civis sérios sobre defesa doméstica - todos Capacidade 6+1), Remington Modelo 1100 (Capacidade 4+1)
usam espingardas. Variações de Calibre Genéricas: As espingardas genéri-
Generic Break-Action: A arma arquetípica do fazendeiro cas apresentadas aqui têm características adequadas para cali-
é a espingarda de ação dupla, invariavelmente escondida para a bre 12, de longe as mais comuns. Outros medidores existem.
bitola 12. Muitos esportistas também usam espingardas de ação Aplique os ajustes de Dano, Alcance, Capacidade e Força da
para a caça. Espingardas de ação dupla seguinte forma:
vêm em duas configurações básicas: por
baixo e lado-byside, que diferem apenas
em como os barris estão dispostos. Uma
espingarda de cano duplo básica é barata, Calibre Dano Alcance Capacidade* Força
mas os modelos de apresentação podem .410 2 (Explosão do 9) –10/–20/–30 +2 –1
incluir gravura, incrustações de metais 28 2 (Explosão do 9) –10/–20/–30 +2 –1
preciosos e acabamentos de borracha 20 3 (Explosão do 9) –5/–10/–15 +1 –1
manual que podem elevar os preços até 16 4 mesmo mesmo mesmo
•••••. Espingardas de ação única de 10 5 +5/+10/+15 –1 +1
ação única (Capacidade 1), mas não são * A Capacidade das espingardas de ação não muda com diferentes calibres. Duh.
tão legais.
Exemplos: Armas Americanas Prata II, Beretta S682, Brow-
ning Citori, Browning Superposto (armas de apresentação com Variações de Tamanho Genérico: O design simples das
incrustações de ouro, Custo •••••), Charles Daly Diamond espingardas facilita o corte de tamanho para facilitar o arma-
Grade (armas de competição gravadas e incrustadas, Custo zenamento e a ocultação. Qualquer pessoa com acesso a um
••••), Franchi Alcione , Stoeger / IGA Coach Gun, modelo serrote pode cortar o cano e o estoque de uma espingarda para
21 de Winchester facilitar a colocação sob uma capa impermeável. Para fins de
Generic Lever-Action: As espingardas de ação de alavanca jogo, as seguintes opções estão disponíveis:
nunca eram comuns, pois os projetos de ação de bomba mais Cano Curto: O comprimento prático mínimo para um
confiáveis e de maior capacidade os suplantaram em poucas dé- cano de espingarda com qualquer grau de desempenho útil é
cadas de sua introdução durante o final do século XIX. Apenas de cerca de 30 a 35 cm, enquanto o mínimo legal nos Estados
alguns designs espalhados ainda estão em produção. Unidos é de 45 cm (com um comprimento total de 66 cm).
Exemplos: Modelo Marlin 410 (calibre .410, Capacidade 5 + Cortar o cano de uma espingarda do padrão usual de 53 a
1), Modelo Winchester 1887 76 cm diminui o tamanho em detrimento do alcance efeti-
Generic Pump-Action: A maioria dos caçadores prefere es- vo: aplique uma redução de –5/–10/–15 a Alcance e reduza
pingardas de tração de bombas devido à sua maior capacidade o Tamanho para 2/N. Esta modificação pode ser aplicada a
de munição e alta confiabilidade. Eles também são comuns no qualquer espingarda que se alimenta de uma recarga interna.
uso da lei devido ao seu custo mais baixo do que os modelos se- Pistol Grip: Remover o estoque de uma espingarda e subs-
mi-automáticos. Muitas áreas restringem a capacidade de espin- tituí-la por uma pistola reduz o Tamanho da espingarda para

ESPINGARDAS 79
 2/N (2/L se ela também possui um cano curto) e aumenta sua da lei são apenas semi-automáticos, mas os projetos militares
Força em 1. Esta é uma modificação comum para espingardas de originais são capazes de fogo totalmente automático. O USAS-
combate em ambos aplicações policiais e militares. Esta modifi- 12 é alimentado por um tambor destacável de 20 turnos ou
cação pode ser aplicada a qualquer espingarda que se alimenta por um cartucho destacável de 10 turnos (as primeiras versões
de uma recarga interna. foram equipadas com tambores de 28 turnos, mas sofreram
Shotgun Holdout: Apenas uma espingarda de ação pode ser problemas de alimentação). O recuo do USAS-12 no modo
cortada para um aperto de pistola e 6 cm de cano. A arma re- totalmente automático é quase insuportável: os requisitos de
sultante é tão perigosa para o seu portador quanto para o alvo Força da arma aumentam para 4 para uma rajada curta, 5 para
pretendido: Tamanho 1/J, Alcance 2/5/10, Força 5 e a cada 1 na uma rajada média e 6 para uma rajada longa. USAS-12s são
jogada de ataque cancela o sucesso. considerados dispositivos destrutivos sob a lei dos EUA (veja
p. 192).
Espingardas de ação de bomba Reutech Striker (calibre 12): O atacante sul-africano
KAC Masterkey (calibre 12): As equipes de SWAT e de nasceu nas operações de contra-insurgência da Rodésia na dé-
operações especiais que executam entradas rápidas geralmente cada de 1970, quando os combates urbanos e na selva exigiam
usam espingardas para explodir as dobradiças e trancam as por- a mais cruel arma de curto alcance possível. O Striker foi ori-
tas, geralmente com munição de ruptura (ver p. 86). Essa tática ginalmente produzido por Armsel e exportado com o nome
tem a desvantagem de deixar o primeiro homem pela porta com “Streetsweeper”, que rapidamente se tornou uma denomina-
uma arma quase vazia. O Masterkey é o exemplo mais conhecido ção geral para qualquer espingarda de combate. O atacante
de uma espingarda de ruptura, projetada para ser montada sob é uma espingarda totalmente automática que se alimenta de
o cano de um fuzil de assalto. A Masterkey é uma espingarda um cilindro rotativo de estilo revólver acionado por molas. O
de ação de bomba, equipada com suportes de fixação suficiente- atirador deve enrolar a mola do cilindro antes de virar (2 tur-
mente fortes para evitar que se solte do fuzil ao qual está presa. nos completos para Força 3+, 3 turnos para Força 2, 5 turnos
Montar ou remover uma Masterkey em um fuzil de assalto re- para Força 1). O requisito de Força do atacante aumenta para
quer ferramentas manuais e 10 minutos. Se um personagem está 4 para uma rajada curta; para uma rajada média, que conso-
desesperado o suficiente para disparar uma Masterkey sozinho, me todas os 12 cartuchos, o requisito Força aumenta para 5.
ela sofre –2 de penalidade (a espingarda não tem aderência) e o Strikers são considerados dispositivos destrutivos sob a lei dos
requisito de Força da arma aumenta para 6. EUA (veja p. 192).
Winchester Model 1897 (calibre 12): A espingarda tor- RSA Saiga 12k (bitola 12): Provando que o design básico
nou-se uma arma militar aceita quando da entrada na Primeira do AK-47 pode fazer qualquer coisa, os engenheiros da RSA
Guerra Mundial, quando soldados levaram centenas de modelos adaptaram-no para disparar cartuchos de calibre 12 no início
da década de 1897 para a Europa como “canhões de trincheira”. dos anos 80. O Saiga 12k é popular entre os entusiastas russos
Eles eram tão eficazes nos confins do combate brutal de trin- de tiro, departamentos de polícia e agências de segurança pri-
cheiras. que a Alemanha tentou (sem sucesso) ter espingardas vada. Alimenta-se de um carregador destacável e também está
proibidas para uso na guerra. Revistas de combate do período disponível em calibre 20 e calibre .410 (consulte “Espingarda
registram várias ocorrências de soldados usando essas armas para de Calibre por Calibre”, p. 87).
atirar granadas de mão inimigas no ar, o que só aumentou o ape-
lo das armas. Ao contrário da maioria das espingardas, o modelo Metralhadoras
1897 tem um terminal de montagem para uma baioneta. As metralhadoras são armas de fogo totalmente auto-
máticas projetadas para períodos sustentados de rajadas au-
Espingardas Semiautomáticas tomáticas. O primeiro desenho de metralhadora é atribuído
Daewoo USAS-12 (calibre 12): O USAS-12 é uma expor- a Leonardo da Vinci, mas metralhadoras modernas surgiram
tação sul-coreana projetada pela Daewoo Precision Industries no final do século XIX. Durante a década de 1930, a maioria
como a arma definitiva do CQB. Os modelos civis e de aplicação das metralhadoras era refrigerada a água, com mangas cheias

Espingardas
Tipo Dano Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
Espingardas Genéricas
Quebra de ação genérico 4 (Explosão do 9) 20/40/80 2 3 3 •
Lever-Action genérico 4 (Explosão do 9) 20/40/80 2+1 3 3 ••
Ação-Bomba Genérico 4 (Explosão do 9) 20/40/80 8+1* 3 3 ••
Semi-Automático Genérico 4 (Explosão do 9) 20/40/80 5+1* 3 3 •••

Espingardas de ação de bomba Notáveis

KAC Masterkey* 4 (Explosão do 9) 5/15/30 3+1 3 1* ••••
Winchester Modelo 1897 4 (Explosão do 9) 20/40/80 6+1 3 3 ••

Espingardas semiautomáticas Notáveis

Daewoo USAS-12* 4 (Explosão do 9) 20/40/80 20+1 3 (4/5/6)* 4 ••••
Reutech Striker* 4 (Explosão do 9) 20/40/80 12* 3 (4/5 / -)* 4 ••••
RSA Saiga 12k 4 (Explosão do 9) 20/40/80 8+1 3 3 ••
* Veja o texto para notas ou regras especiais.

80 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

de água ao redor dos canos para evitar o superaquecimento e
falhas catastróficas. Os modelos da Segunda Guerra Mundial e
posteriores são suficientemente robustos para manter sua confia-
bilidade com circulação de ar normal e podem disparar centenas
ou milhares de disparos sem pausar mais do que alguns segundos
de cada vez.
Os projetos atuais de metralhadoras são subdivididos em
três categorias principais: metralhadoras leves ou armas automá-
ticas de esquadra (SAWs), que são designadas para esquadrões
de infantaria individuais; metralhadoras de uso geral ou médio
(GPMGs), montadas em veículos ou transportadas e servidas
por uma tripulação dedicada de três homens e metralhadoras
pesadas (HMGs), que não são portáteis e são reservadas exclusi-
vamente para uso em veículos e em posições defensivas fixas. A
maioria dos SAWs e todos os GPMGs e HMGs são alimentados
por correia. Salvo indicação em contrário, as metralhadoras só
podem ser disparadas em rajadas.
Por que escolher uma metralhadora?
Enquanto uma metralhadora for munida de munição, a
arma pode lançar um verdadeiro fluxo de chumbo (ver “Fogo de
Supressão”, p. 99). Balas individuais são geralmente as mesmas
que aquelas disparadas por fuzis de assalto e, portanto, não são
mais mortais quando tomadas isoladamente, mas metralhadoras
lançam balas em jatos. Uma metralhadora é a melhor opção pos-
sível para fornecer apoio de fogo a partir de uma posição estacio-
nária e manter a cabeça do inimigo baixa enquanto os aliados se
posicionam para fazer coisas desagradáveis ao inimigo.
Quem usa metralhadoras?
Militares e seus equivalentes menos treinados do Terceiro
Mundo. Em qualquer área com lei, nem os criminosos mais im-
placáveis preferem metralhadoras, pois o uso de uma delas atrai-
rá atenção imediata da polícia e dos militares.
SAW Genérica: As armas automáticas de pelotão ten-
dem a usar a mesma munição que os fuzis de assalto ao lado
dos quais os SAWs são utilizados. Na maioria dos casos, esta
munição é de 5,56 mm da OTAN ou 5,45 mm da URSS.
Exemplos: CETME Ameli, Enfield L86A1 LSW (versão
bullpup SAW do L85; Capacidade 30 + 1; Tamanho 3; usa re-
cargas L85), FN Minimi (“M249 SAW” no serviço americano;
também pode aceitar recarga M16), H & K HK23E, H & K
MG43, IMI Negev, Norinco QJY-88 (padrão chinês; bullpup;
Tamanho 3), RSA RPK e RPK-74 (versões SAW de AK-47 e
AK-74; alimentado por tambor; Capacidade 75 + 1)
GPMG Genérica: As metralhadoras de uso geral ge-
ralmente são cavadas para calibres pesados de fuzil, com a
OTAN de 7,62 mm sendo a mais comum, de longe.
Exemplos: FN MAG (“M240” no serviço dos EUA, pa-
drão para a maioria das nações da OTAN), H & K HK21E,
MAS AAT-52, RSA PK (antigo padrão do Pacto de Varsóvia),
Vektor SS-77
HMG Genérica: Metralhadoras pesadas, geralmente
com mais de um metro e meio de comprimento e várias cen-
tenas de quilos (mais munição) na imaginação. Os requisitos
de força dos HMGs são para fogo preciso quando conectados
a objetos sólidos. Quando os HMGs não estão permanen-
temente presos aos veículos, eles são montados em tripés e
deixados no lugar, frequentemente atrás de paredes de sacos
de areia ou de bunker. A maioria dos calibres HMG origi-
nou-se como calibres anti-tanque durante a Primeira Guerra
Mundial, incluindo 0,50 BMG e 12,7 mm soviéticos. Salvo
indicação em contrário, todos os HMGs possuem Perfurante
de Armadura 6.
Exemplos: CIS .50, RSA NSV, RSA KPV (Soviete de 14,5
METRALHADORAS 81
 Metralhadoras
Tipo Dano Alcance
Metralhadoras Genéricas
SAW Genérica 4 175/350/700 200*
GPMG Genérica 4 (Explosão do 9) 250/500/1000 100*
HMG Genérica 5 (Explosão do 8)* 300/600/1200 50*
Armas de Máquina Notáveis
Browning M1918 BAR 4 (Explosão do 9)* 200/400/800 20+1
Browning M2HB 5 (Explosão do 8)* 300/600/1200 50*
Saco M60 4 (Explosão do 9) 250/500/1000 100*
* Veja o texto para notas ou regras especiais.
mm: Dano 6, Perfurante de Armadura 7)
Browning M1918 BAR (.30-06): Bem antes do termo
“SAW” ter se originado, o Fuzil Automático Browning estava
preenchendo esse papel nas trincheiras da Primeira Guerra Mun-
dial. Nas décadas de 1920 e 1930, as BARs eram valorizadas por
bandidos que não faziam isso. Não quero me conformar com
uma arma de Thompson e uma favorita da polícia que se opunha
a esses gângsteres. A BAR permaneceu no serviço militar ameri-
cano durante os anos 50. A BAR alimenta-se de uma recarga des-
tacável, o que limita sua utilidade na função SAW. Numa época
em que a maioria das armas de infantaria tinha recargas internas
de cinco balas, o SAW era o estado da arte. Sua munição 30/06
tem Perfurante de Armadura 2.
Browning M2HB (.50 BMG): Uma das mais antigas armas
de fogo ainda em serviço militar, o “Ma Deuce” foi implantado
pela primeira vez em 1921. Ele sofreu dezenas de atualizações,
mas o design básico “M2, Heavy Barrel” ainda é o mesmo e serve
mais de 30 nações com distinção. O M2HB tem uma taxa de dis-
paro mais lenta do que a maioria das metralhadoras, parecendo
o maior e mais violento pica-pau do mundo, e pode ser dispara-
do em tiros individuais, se necessário. Como todos os HMGs, o
M2HB não é portátil - pesa 84 quilos sem o tripé, e cada cinturão
de munição de 50 quilos acrescenta mais 14 quilos. O M2HB
possui Perfurante de Armadura 6.
Saco M60 (7,62 milímetros NATO): Apesar de servir como
o padrão americano GPMG durante a maior parte da guerra fria,
o M60 nunca foi considerado mais do que marginalmente ade-
quado pelos soldados designados para transportar e manter o
“porco”. Ele sofria de confiabilidade e peso Os problemas e as re-
soluções desses problemas que ocorreram tardiamente na era do
Vietnã levaram a um modelo “aperfeiçoado” que superaqueceu
se ele disparou mais de 200 rodadas em rápida sucessão. Após 40
anos de desenvolvimento, os M60 da era da Guerra Fria foram
finalmente considerados confiáveis - bem a tempo de serem subs-
tituídos pelo FN MAG. Ainda assim, os M60 são armas icônicas
da época, e milhares deles chegaram às mãos de insurgências e
forças armadas do Terceiro Mundo em todo o mundo.
Armas Arcaicas
As armas de fogo tiveram sete séculos de desenvolvimento
para atingir seu estado atual de maturidade. Enquanto ninguém
nos dias de hoje carrega uma arma de fogo arcaica para proteção
pessoal ou combate, tanto peças históricas originais quanto re-
produções modernas estão disponíveis em grande parte do mun-
do. As seguintes categorias amplas de armas de fogo históricas
fornecem uma visão geral do progresso da arma de pólvora por-
tátil e humana.
Salvo indicação em contrário, nenhuma das armas a seguir
82 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
Capacidade Força Tamanho Custo
- (3/4/5) 3 •••••
- (4/4/5) 4 •••••
- (3/3/4)* 5 •••••
3 (3/4/5) 3 •••••
3 (3/3/4)* 5 •••••
- (3/4/4) 4 •••••
pode usar qualquer tipo de munição especial.
Canhões de Mão (1300s-1450s): As primeiras armas de
fogo que eram tecnicamente portáteis - no sentido de que um
único humano poderia transportá-las e operá-las - eram ver-
sões reduzidas de canhões com poucos refinamentos além do
tamanho. Canhões de mão são armas de carga na boca. Isto é,
para carregar um, o artilheiro deve empacotar manualmente a
pólvora (“pó preto”) pelo cano, depois inserir uma bala de ca-
nhão de pedra, um processo que requer 30 turnos (10 turnos
se outro personagem ajudar). Para disparar, o artilheiro insere
um pedaço de fusível de queima lenta em um buraco de toque
no final da arma, trazendo a chama em contato direto com a
pólvora carregada. Usar um canhão de mão em qualquer tipo
de precipitação é um exercício de futilidade.
Pó preto
A “pólvora” moderna é na verdade nitro-
celulose, mais propriamente chamada de
“pó sem fumaça”. Armas de fogo constru-
ídas antes da virada do século 20 usaram
pólvora “pó preto”, a tradicional mistura de
enxofre, carvão e salitre. O pó preto é muito
mais fácil de inflamar do que o pó sem
fumaça, e qualquer centelha perdida corre
o risco de detonar. Quando uma arma de
pólvora negra dispara, produz uma enorme
nuvem de fumaça obscurecida, caracteristi-
camente com cheiro de enxofre.
Criar pó preto requer oito horas e um teste
de Inteligência + Ciências. Cada sucesso
gera 100g de pó preto, ou o suficiente para
10 tiros. Veja p. 115 para informações sobre
o uso de pó preto como um explosivo bruto.
Fechos de Mechas (1450s-1500s): As primeiras armas pe-
quenas - armas de fogo projetadas diferentemente do canhão
- eram fecho de mechas. Um fecho de mecha é menor que
um canhão de mão e incorpora um mecanismo em forma de
S que se fixa ao lado da arma em um pivô central. A metade
superior do mecanismo, ou trava porque trava de volta, pren-
de um pedaço de fusível de baixa queima, ou slowmatch. Para
disparar, o atirador puxa para trás a metade inferior do me-
canismo, que gira para frente para empurrar o fósforo através
 Armas de Fogo Arcaicas
Tipo Dano Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
Canhão de Mão
Canhão de Mão –2 (Explosão do 8) 40/80/160 1 4 5 ••••
Fecho de Mechas
Pistola –1 (Explosão do 8) 10/20/40 1 2 2/S •••
Mosquete 0 (Explosão do 8) 40/80/160 1 3 4 ••••
Pederneiras
Pistola, simples 1 15/30/60 1 2 2/J •••
Pistola, dupla 1 15/30/60 2 2 2/S •••
Pistola, pepperbox 0 (Explosão do 8) 10/20/40 9 2 2/N ••••
Mosquete 2 (Explosão do 8) 30/60/120 1 3 4 ••
Mosquete duplo 2 (Explosão do 8) 30/60/120 2 3 4 •••
Fuzil 3 50/100/200 1 3 4 ••
Fuzil, duplo 3 50/100/200 2 3 4 •••
Armas de fogo da tampa de percussão
Revólver, leve 2 15/30/60 9 2 2/J •••
Revólver, pesado 3 25/50/100 6 2 2/S •••
Fuzil, leve 3 125/250/500 1 3 3 •••
Fuzil pesado 4 200/400/800 1 3 3 •••
Fuzil, arma de elefante 5 250/500/1000 2 4 4 ••••
* Veja o texto para notas ou regras especiais.
do orifício de toque. Fechos de Mechas são carregadores de boca: extremidade da arma. Uma arma de fogo de percussão ainda
recarregar um requer oito turnos para uma pistola ou 12 turnos requer que o usuário carregue cada câmara e cubra individu-
para um mosquete. almente. Carregar uma única câmara e tampa leva um turno.
Pederneira e Wheel travas (1500s-1830s): Perderneiras fi-
nalmente eliminou a necessidade de manter uma queima lenta
em todos os momentos. Em uma pederneira, um grampo segu-
Municao
Sem munição, uma arma de fogo é pouco mais que um
ra um pedaço de pederneira no final de um dispositivo em for- porrete desajeitado. Apocrifamente, a primeira arma do crime
ma de martelo. O martelo, muito parecido com um alfinete de foi uma rocha. Com o tempo, as pessoas aprenderam a atirar
disparo moderno, recua e é mantido no lugar por um gatilho. pedras em vez de segurá-las, raciocinando que é melhor bater
Quando o atirador puxa o gatilho, o gatilho libera o martelo, no outro cara à distância para que ele não consiga rebater
que empurra o sílex para uma superfície metálica de impacto, ge- com facilidade. Uma bala é simplesmente uma rocha lançada,
rando faíscas que, por sua vez, disparam a pólvora. Um bloqueio refinada através da ciência moderna.
de roda é aproximadamente uma tecnologia contemporânea na Os cartuchos de hoje colocam duas cargas explosivas dis-
qual uma roda de metal giratória, em vez de uma peça de sílex, tintas dentro de um cilindro de metal, cujo fim é selado pela
impacta uma superfície impactante para gerar faíscas. Para fins própria bala. A unidade autônoma de munição resultante é
de jogo, flintlocks e travas de roda funcionam de forma idêntica. imune ao derramamento casual de pólvora, resistente a riscos
Ambos as pederneiras e travas de roda são carregadores de ambientais de curto prazo, como poeira ou umidade, e fácil
focinho. Eles foram as primeiras armas de fogo repetidas, usando de transportar e carregar em uma arma.
vários barris. Estes geralmente têm uma ação separada para cada A parte exterior de um cartucho, o invólucro, é um ci-
barril, mas uma pistola pepperbox tem vários barris montados lindro de metal oco, aberto em uma extremidade para aceitar
em uma placa giratória, o precursor do revólver. Recarregar uma uma bala. As carcaças são tipicamente de latão, embora al-
pederneira requer oito turnos para uma pistola ou 12 turnos guns fabricantes produzam caixas com aço (para maior dura-
para um fuzil. bilidade) ou alumínio (para cortar custos). Antes de disparar,
Armas de fogo Percussion Cap (de 1830 a 1860): As pri- o invólucro serve para manter o círculo inteiro unido e para
meiras armas de fogo da era industrial introduziram tampas de proteger o propulsor do ambiente externo. Após o disparo, o
percussão, um método diferente do fogo direto ou faíscas para invólucro é apenas um pequeno cilindro vazio que deve ser
acender a pólvora. Em uma dessas armas, puxar o gatilho libera removido da arma antes que a próxima rodada possa ser dis-
um gatilho para acionar um martelo ou pino de disparo em uma parada. Entretanto, a maioria das carcaças são duráveis o sufi-
capa de percussão, que é um pequeno copo metálico contendo ciente para serem reutilizadas com novos propelentes e balas,
uma pequena quantidade de um composto explosivo sensível ao o que ajuda a reduzir os custos de munição para um atirador
impacto. A explosão resultante inflama uma quantidade separa- capaz de recarregar latão usado (veja p. 166 para mais informa-
da de pólvora. ções sobre “Recarregar”).
Em uma arma de fogo percussion-cap, a bala e a pólvora são A parte explosiva menor de um cartucho é o primer. Ge-
carregadas na câmara de tiro enquanto a cápsula de percussão é ralmente é feito de um composto metálico explosivo e está
presa em um mamilo separado conectado à câmara. Uma capa localizado na base plana e fechada do invólucro. O primer é
de percussão permitia que a primeira arma de fogo de carga pélvi- sensível ao atrito e ao impacto - embora não seja propenso a
ca, que permitia ao atirador carregar a câmara de tiro diretamen- explodir espontaneamente se cair, o primer será detonado se
te, em vez de ter que atirar pólvora e projétil para dentro da outra for atingido por um golpe brusco e repentino.

ARMAS ARCAICAS - MUNICAO 83

 A parte explosiva maior de um cartucho é o propelente. O tola ou 20 cartuchos de fuzil. A munição FMJ está disponível em
pó sem fumaça, o propelente usual para munição moderna, é todos os calibres e é legal em qualquer lugar que as armas são.
feito principalmente de nitrocelulose (celulose tratada com ácido Perfurante de Armadura (PA): As forças armadas geral-
nítrico). O propelente destina-se a explodir quando submetido mente precisam de munição capaz de perfurar a cobertura, a
ao calor da detonação do primer. No entanto, o propulsor é sen- armadura ou os veículos leves. As perfurantes de armadura
sível a altas temperaturas e pode entrar em combustão espontâ- têm um desempenho insatisfatório contra alvos não arma-
nea se exposto a chamas. dos, muitas vezes drasticamente sobrepostas, mas pequenos
A parte sólida de um cartucho, que se torna o projétil quan- buracos ainda são melhores do que nenhum buraco. As per-
do a bala é disparada, é a bala. Balas “normais” são feitas de furantes de armadura compartilham construções semelhantes
chumbo cobertas por uma camada fina de cobre. No entanto, com munições FMJ, mas contêm núcleos sólidos de aço ou
existe uma grande variedade de tipos especiais de balas, detalha- tungstênio (“penetrantes”) em vez de entrançados de chum-
dos nas seções a seguir. O estojo de um cartucho moderno é duro bo. Quando uma bala perfuradora atinge um objeto sólido, o
contra a bala, tornando-o à prova d’água por curtos períodos de núcleo dessa bala mantém sua forma, em vez de se deformar.
tempo, mas a submersão a longo prazo (ou mesmo uma breve Isso permite que o penetrador continue se movendo em algo
imersão em óleo ou solvente) pode arruinar o propelente ou pri- próximo à sua velocidade original, mesmo quando o avanço
mer de um cartucho. em torno dele diminui.
Mecânica: As balas perfurantes de armaduras são, obvia-
Munição para Armas Curtas e Fuzis mente, perfurantes de armaduras, de acordo com o Livro de
A munição para armas curtas e fuzis é fabricada usando o Regras do Mundo das Trevas (pp. 138 e 167). O nível de uma
mesmo projeto básico descrito acima. No entanto, algumas di- bala perfurante depende do seu calibre:
ferenças fundamentais existem devido a diferentes objetivos de
design. A munição de revólver precisa ser relativamente curta Tipo de Bala Dano PA Alcance
para caber em um cilindro de revólver ou em uma recarga que se Arma Curta 2 ou menor 1
encaixe no punho do carregador automático. Isso significa me- Arma Curta 2 (Explosão do 9) ou maior 2
nos propelente e uma bala mais curta. Para compensar isso, uma Fuzil 4 ou menor 2
ronda de revólver pega uma circunferência e sacrifica a velocida- Fuzil 4 (Explosão do 9) ou maior 3
de por massa na equação de energia cinética.
Em comparação, um cartucho de fuzil não precisa estar em Aquisição: Recursos - para uma caixa de 50 cartuchos de
conformidade com um comprimento confortável. Isso permite pistola ou 20 cartuchos de fuzil. A munição PA é rara em cali-
um projétil mais longo e uma carga de propelente mais longa. A bres não militares e é ilegal para civis possuírem em qualquer
bala faz com que tanto a massa quanto a velocidade sejam cons- nação com leis de armas. Alguns calibres perfuram a munição
truídas nessa dimensão, então a bala pode ser mais fina - o que dá normal de FMJ e não podem ser adquiridos como armadura
um bônus adicional de uma seção transversal menor e, portanto, para efeito duplo (ver “Dano de Armas Curtas e Fuzil por
menos resistência do que está passando (ar, Kevlar, pessoas). Calibre”, p. 87).
Essas diferenças na construção levam a uma discrepância Em Branco: Usado para fins de entretenimento e si-
entre os desempenhos das balas de fuzil e das balas de pistola. mulação, os espaços em branco são cartuchos sem balas. Um
Balas de pistola movem-se muito mais devagar que as balas de espaço em branco é perigoso à queima-roupa porque o prope-
fuzil: compare uma bala Luger de 9 mm (peso 7,5g, velocidade lente ainda explode, mas é inofensivo após cerca de 3 metros.
inicial de 350m por segundo) a uma bala de fuzil .223 Reming- Como o gás de um branco se expande sem a resistência de
ton (peso 3,5g, velocidade inicial 975m por segundo). O revólver uma bala, armas de fogo semiautomáticas e automáticas não
da pistola pesa cerca de duas vezes mais do que o fuzil, mas a funcionam com espaços em branco a menos que tenham um
velocidade da bala da pistola é quase dois terços menor. Além adaptador de queima em branco, um dispositivo dentro do
disso, a bala da pistola tem uma secção transversal mais larga, o cano que contrai o gás em expansão - e provoca falha catastró-
que significa que a bala desacelera mais depressa; e, como está fica se uma bala viva for disparada da arma.
se movendo mais devagar, perde estabilidade e altitude em uma Mecânica: Um espaço em branco causa dano normal den-
distância muito menor. tro de três metros. Caso contrário, o espaço em branco passa
Todos esses fatores se combinam para tornar as balas de “bang” e pisca sem nenhum outro efeito.
fuzil mortais e precisas em intervalos muito mais longos do que Aquisição: Recursos • para uma caixa de 50 cartuchos.
as balas das pistolas. Além disso, velocidades mais altas e diâme- Blanks estão prontamente disponíveis em todos os calibres.
tros menores significam que as balas de fuzil tendem a passar por Frangível: Estas balas caras são uma resposta parcial ao
coisas que impediriam muitas balas de pistola de resfriado: metal problema da superpenetração. A munição frágil, também co-
fino, galhos de árvores, armaduras corporais e assim por diante. nhecida como Advanced Energy Transfer (AET) ou pré-frag-
mentada, é projetada para quebrar o impacto com um alvo
Tipos de Munição para Armas Curtas e Fuzis sólido. Isso maximiza a transferência de energia da bala para
Full Metal Jacket (FMJ): O padrão de fato para munição de o objeto e minimiza as chances de que partes dela saiam em
fuzil e revólver é a bala full metal jacket (“bola” na linguagem mi- velocidades perigosas. Munição de Frangible vem em uma va-
litar). As balas de FMJ, como o nome sugere, são completamente riedade de configurações, de balas vazias preenchidas com pe-
revestidas de metal. Sua construção usual é uma bainha de cobre quenas contas de metal (o conhecido Glaser Safety Slug) para
ou aço sobre um núcleo de chumbo. balas semi-sólidas com ranhuras ou entalhes para facilitar o
Mecânica: Nenhuma. FMJ é o tipo de munição padrão com rompimento. Munição frágil encontrou aceitação tanto no
o qual todas as armas de fogo e fuzis são supostamente carrega- uso de resgate de reféns militares e policiais quanto na defesa
das, a menos que especificado de outra forma. civil de residências.
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 50 cartuchos de pis- Mecânica: A munição Frangible ganha um bônus de um

84 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

dado em seu nível de Dano contra alvos vivos desprotegidos
(ou não-vivos). No entanto, contra um alvo com um nível de
Durabilidade ou Armadura, esse bônus de dano é perdido e o
nível de Durabilidade ou Armadura é triplicado. Um calibre
inatamente perfurante perde esse efeito com munição frágil.
Aquisição: Recursos •• para uma caixa de 20 cartuchos de
revólver ou fuzil. Munição Frangible está disponível na maioria
dos calibres de revolver (qualquer com Dano 3 ou menor e não
listado como “Raro”), bem como alguns calibres de fuzil militar
(Dano menor que 5). Munição Frangível é civil-legal.
Hollowpoint: Uma bala oca, como o nome sugere, tem
um ponto oco, geralmente tomando a forma de uma seção em
forma de cone escavada em seu nariz. Quando uma bala des-
se tipo acerta um alvo, o buraco se expande (ou “cogumelos”)
mais prontamente do que uma bala FMJ. Isso resulta em mais
energia transferida para o alvo e, portanto, em feridas mais espe-
taculares. A principal desvantagem de hollowpoints é que eles
não discriminam entre objetos sólidos. Por exemplo, um colete
Kevlar servirá tão bem quanto um torso humano para diminuir
a velocidade da bala e fazê-la se expandir. Ainda assim, contra
alvos não armados, os hollowpoints são bastante eficazes.
Vários tipos improvisados de balas em expansão, conhe-
cidos coletivamente como “dum-dums”, funcionam como
hollowpoints (pontos vazios/ocos). O método mais comum
de criar um dum-dum é esculpir parte ou todo o revestimento
de uma bala FMJ, entalhando o cabo por baixo.
Mecânica: A munição Hollowpoint ganha um bônus de
um dado em seu nível de Dano contra alvos vivos não protegi-
dos (ou mortos-vivos). No entanto, contra qualquer alvo com
um nível de Durabilidade ou Armadura, um hollowpoints so-
fre uma penalidade de dois dados. Além disso, os hollowpoints
têm um desempenho fraco em relação à distância devido ao
aumento de arrasto, e as penalidades para ataques em médio
e longo alcance são aumentadas para –3 e –5, respectivamen-
te. Um calibre inatamente perfurante perde esse efeito com
munição vazia.
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 20 cartuchos
de revólver ou fuzil. Hollowpoints estão disponíveis em todos
os calibres, exceto os maiores militares (0,50 BMG e acima).
Hollowpoints são legais para compra civil. A Convenção de
Haia proíbe o uso de munição em expansão na guerra, por
isso os militares raramente usam hollowpoints.
Match Grade: Os atiradores competitivos exigem preci-
são de suas munições. A munição de grau de correspondência
é munição FMJ produzida com tolerâncias exatas. Após a pro-
dução, as balas selecionadas aleatoriamente de cada lote são
testadas quanto ao desempenho balístico, e um registro desses
testes é empacotado com cada caixa de munição, mostrando
seu comportamento em intervalos conhecidos (normalmen-
te 50, 100, 200, 300, 400 e 500 metros) . Alguns atiradores
profissionais juram que apenas a munição de grau de partida
permite um desempenho de pico consistente, enquanto ou-
tros insistem que essa munição é muito sensível à umidade e
temperatura para proporcionar qualquer benefício real.
Mecânica: A munição de grau de correspondência for-
nece benefícios significativos somente se o atirador precisar
de tempo para configurar o tiro. Se o atirador tiver acesso às
informações meteorológicas atuais (vento, temperatura, umi-
dade) e a folha de dados para o lote de munição de partida,
o atirador pode gastar 10 minutos calculando o desempenho
e ajustando as miras da arma. Isso requer um teste de Inte-
ligência + Armas de Fogo (com uma penalidade de –3 se as
informações do tempo não estiverem disponíveis). O número
de sucessos é adicionado ao bônus máximo que o personagem
recebe da mira (por exemplo, com quatro sucessos, o perso-
nagem pode receber um bônus máximo de +4 da mira, se ele
tiver por sete turnos). Este bônus é perdido se o tempo mudar
significativamente.
Aquisição: Recursos ••• para uma caixa de 50 cartuchos
de fuzil. A munição de nível de correspondência está disponí-
vel em todos os calibres de fuzil, mas é especialmente difícil
de adquirir em quantidades de mais de algumas centenas de
balas de cada vez devido aos baixos números de produção.
Controle de Tumulto: “Balas de borracha” são balas de
baixa velocidade destinadas a uso não letal contra multidões
que se recusam a se dispersar pacificamente. As balas de borra-
cha são feitas de borracha ou plástico meio duro e destinam-se
a ser disparadas no solo para ricochetear em alvos, pois essas
balas ainda podem causar ferimentos graves ou morte se usa-
das diretamente nos alvos.
Mecânica: A munição de controle de tumulto causa dano
contundente em vez de letal, a menos que a munição seja direcio-
nada para a cabeça do alvo, caso em que a munição ainda é letal.
Aquisição: Recursos •• para uma caixa de 20 cartuchos
de revólver ou fuzil. A munição de controle de distúrbios ge-
ralmente está disponível apenas em calibres militares ociden-
tais comuns (5,56mm da OTAN, 7,62mm da OTAN, 9mm
Luger, 0,45 ACP), já que a grande maioria das armas policiais
usa esses calibres. A munição de controle de distúrbios é tec-
nicamente legal para uso civil, mas a maioria dos fornecedores
restringe as vendas. Um calibre inatamente perfurante perde
esse efeito com munição de controle de distúrbios.
Traçante: A munição Traçante é munição FMJ com uma
pequena quantidade de composto químico combustível (geral-
mente fósforo ou magnésio) no fundo da bala. Quando um
marcador é acionado, esse produto químico é queimado ao
longo de cerca de um segundo (geralmente o voo completo
da bala). Para o olho humano, um pequeno objeto ilumina-
do movendo-se em velocidade supersônica aparece como uma
linha brilhante e pós-imagem. Isso fornece uma referência vi-
sual para a faixa da bala, que permite ao atirador ajustar seu
ponto de objetivo ao disparar rajadas. Por causa do excesso de
traços de resíduos químicos deixados em uma arma, a maioria
dos atiradores carrega um marcador em cada três ou cinco
balas normais. Alguns atiradores também carregam as últimas
balas em uma recarga como rastreadores como um lembrete
visual para recarregar durante o calor da batalha, embora isso
também diga ao inimigo que o alvo está vulnerável.
Mecânica: Os traçadores não dão bônus a tiros simples
ou rajadas curtas. Se um personagem usa traçadores em uma
rajada média, ele pode adicionar metade de seu Raciocínio (ar-
redondada para baixo) à sua Parada de Dados. Por um longo
tempo, ele acrescenta seu Raciocínio completo à sua Parada de
Dados. Além disso, enquanto os traçadores não estão quen-
tes o suficiente para causar dano de fogo (nem mesmo para
os vampiros), as balas podem definir alvos (ou cenários) em
chamas como um efeito secundário. Sempre que um alvo com-
bustível for atingido por traçadores, role um único dado: se o
resultado for menor que a quantidade de dano infligido pelo
ataque, o alvo pegará fogo e começará a causar um único ponto
de dano de fogo por turno até ser extinto (veja p. 180, o Livro
de Regras do Mundo das Trevas). Personagens normalmente
não são considerados combustíveis, mas suas roupas são. Qual-
quer tentativa de identificar um personagem que acabou de
disparar um ou mais rastreadores será bem-sucedida automati-
camente se o observador tiver algum grau de visão.
MUNICAO DE REVOLVER E RIFLE 85
 Aquisição: Recursos •• para uma caixa de 20 cartuchos
de pistola, ••• para um cinto ou caixa de 100 cartuchos de
fuzil. A munição traçador é tecnicamente legal, mas rara, no
mercado civil. Como a munição de rastreador é usada quase
exclusivamente em armas automáticas, é produzida apenas em
calibres militares comuns.

Quem usa qual munição?

Civis: Os caçadores geralmente usam munições FMJ ou
Hollowpoint. Os atiradores competitivos usam munição de
match grade sempre que possível e FMJ quando a match grade
não está disponível. Os atiradores de armas defensivas normal-
mente carregam munições ocas ou frangíveis. Os membros de
gangues usam o que é barato ou moderno - quase sempre FMJ,
no entanto. As porcas usam tudo e qualquer coisa.
Polícia (oficiais de rua): A maioria dos policiais de pa-
trulhamento e detetives usa balas ocas, embora alguns depar-
tamentos bem financiados emitam munição frágil.
Polícia (unidades táticas): As equipes da SWAT geral-
mente usam balas frangíveis em suas pistolas e submetralha-
doras e FMJ em seus fuzis de assalto. Os atiradores de elite da
polícia usam FMJ, hollowpoint ou rodadas match grade com
as preferências pessoais e a política do departamento.
Militares (tropas regulares): Os grunhidos invariavel-
mente usam balas FMJ em seus fuzis de assalto, conforme
exigido pela Convenção de Haia. As metralhadoras recebem
uma mistura de 3: 1 ou 5: 1 de munições FMJ e traçadores,
com um ocasional cinto de munições perfurantes disponíveis
para uso contra veículos leves.
Militares (atiradores de elite): os atiradores de elite mili-
tares geralmente usam balas match grade ou FMJ (quando não
conseguem o material premium).
Militares (tropas de operações especiais): “Operações
especiais” abrange uma ampla gama de tarefas executadas por
pequenas unidades especializadas. As missões mais comuns
em que os personagens provavelmente entrarão em conflito
são as operações de CT (Contra-Terrorismo). As missões de
CT dependem de uma combinação ótima de velocidade, fur-
tividade e poder de matar para o sucesso. Unidades que execu-
tam tais tarefas usam o que for melhor para o trabalho (leia “o
que for melhor para matar os personagens”) - hollowpoints se
as equipes esperam alvos não armados, balas frágeis para lutas
dentro de aeronaves ou munições para inimigos conhecidos
por ter armadura corporal.

Dano de Armas Curtas e Fuzis por

Calibre
Os seguintes níveis de dano são sugeridos
para vários calibres comuns e incomuns
de munição de armas curtas e fuzis. Ao
adaptar uma arma não coberta neste livro
ao Sistema Storytelling, use esta informação
como um guia para seu nível de dano. Se
a arma usa um calibre que não é coberto
aqui, encontre o equivalente mais próximo
para o desempenho balístico e extrapole.

86 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

Dano de Armas Curtas e Fuzis por Calibre
Calibre Dano Notas
Calibres de Armas Curtas
.17 HMR 1 Perfurante de Armadura 1
4.6mm 2 Perfurante de Armadura 2; Raro
5.45mm Soviético 1
.22 LR 1
.22 Magnum 1
.22 Hornet 2 Perfurante de Armadura 1
.25 ACP 1
.32 ACP 1 Também conhecido como “7.65mm Luger”
7.62x25mm Tokarev 1
.32 S&W 1
5.7mm FN 2 Perfurante de Armadura 2; Raro
7.62x19mm Soviético 2
38 especial 2
.380 ACP 2
.38 Super 2 (Explosão do 9) Raro; Desatualizado e sem uso comum
.357 Magnum 3 3
.357 SiG 2 (Explosão do 9)
9x18mm Soviético 2 Também conhecida como “9mm Makarov”; Calibre militar comum na
Europa Oriental
9mm Luger 2 Também conhecida como “9x19mm” e “9mm Parabellum”; Calibre de
arma mais comum do mundo
.40 S&W 2 (Explosão do 9) Calibre mais popular para a polícia americana
10mm ACP 3
.41 Magnum 3
.44 Magnum 3 (Explosão do 9)
.44-40 3 Raro; Arcaico e sem uso comum
.45 ACP 3 Calibre militar comum até os anos 1980
45 Long Colt 3 Raro; Arcaico e sem uso comum
.454 Casull 4
.50 AE 4 Usado somente na Desert Eagle .50
.500 S&W Magnum 4 (Explosão do 9)
Calibres de Fuzis
5.45mm Soviético 4 Padrão para antigos fuzis de assalto do Pacto de Varsóvia
.223 Remington 4
5.56 milímetros NATO 4 Padrão para modernos fuzis de assalto da OTAN
.270 Winchester 4
7mm Magnum 4 (Explosão do 9)
.30 Carabina 3 (Explosão do 9)
.30-30 Winchester 4 Raro; Arcaico e sem uso comum
.300 Winchester Magnum 4 (Explosão do 9)
.308 Winchester 4 (Explosão do 9)
7.62x39mm Soviético 4 Padrão para fuzis de assalto do Pacto de Varsóvia mais antigos
7.62mm NATO 4 (Explosão do 9) Padrão para fuzis de assalto mais antigos da OTAN
7.62x54mm Soviético 4 (Explosão do 9) Perfurante de Armadura 3
.30-06 4 (Explosão do 9) Perfurante de Armadura 2
8mm Mauser 4 (Explosão do 9) Raro; Arcaico e sem uso comum
.375 H&H 5

Calibre Dano Notas

.458 Magnum 5
.460 Tempo 5
.50 BMG 5 (Explosão do 8) Perfurante de Armadura 6
12.7mm Soviético 5 (Explosão do 8) Perfurante de Armadura 6
14.5mm Soviético 6 Perfurante de Armadura 7

MUNICAO DE REVOLVER E RIFLE 87

 Tipos de Munição de Espingarda
Slug: O padrão de fato para cartuchos de espingarda é o
slug, um cilindro de chumbo do tamanho de um polegar, sem
sutileza ou delicadeza. Os slugs são usados para caçar grandes
animais e humanos.
Mecânica: Nenhuma. O slug é o tipo de munição padrão
com o qual todas as espingardas são consideradas carregadas, a
menos que especificado de outra forma.
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 25 conchas. Os
slugs estão universalmente disponíveis em qualquer lugar onde a
munição é vendida.
Buckshot: A munição de tiro é a fonte da qual as espin-
gardas obtêm seus nomes. Um projétil contém várias esferas de
chumbo ou aço que viajam em um cone em expansão a partir do
cano da arma quando são disparadas. Buckshot é o maior tipo de
tiro. A casca de chuck #00 (“double-shouldght”), o tipo mais co-
mumente usado para aplicações de combate, contém nove pelo-
tas de 80 centímetros. Esta tacada é brutal a curta distância e, em
intervalos mais longos, a propagação da tacada torna provável
que uma explosão bem direcionada capture pelo menos parte do
alvo em seu padrão. Atirar em tiro próximo a um alvo amigável é
perigoso ao alcance - um padrão de tiro normalmente se expande
em uma polegada para cada metro que o alvo percorre.
Mecânica: A curto alcance, o buckshot ganha um bônus de
um dado em seu nível de Dano contra alvos vivos não protegi-
dos (ou não-vivos). A médio e longo alcance, o buckshot perde
este bônus, mas sofre apenas metade das penalidades normais,
e qualquer outro personagem em contato físico com o alvo (por
exemplo, agarrado) também sofre dano igual a metade do dano
recebido pelo alvo primário (arredondar para baixo). Em todas
as faixas, a taxa de Durabilidade ou Armadura de qualquer alvo
é dobrada.
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 25 conchas. Bu-
ckshot está universalmente disponível em qualquer lugar onde a
munição é vendida.
Birdshot: Destinado a caça de aves e caça pequena, o bico
de pássaro é semelhante ao chumbo mas composto de bolinhas
muito menores: 0,05 a 0,18 polegadas. Ele rapidamente se dis-
persa ao longo do alcance e dificilmente é perigoso para alvos de
tamanho humano na maioria das distâncias.
Mecânica: Todos os alcances de birdshot são reduzidos pela
metade e seu Dano é reduzido em 1. Em médio e longo alcan-
ce, qualquer outro personagem em contato físico com o alvo
(por exemplo, agarrando ou agarado) também sofre dano igual
a metade do dano que o alvo primário recebe (arredondar para
baixo). Em todas as faixas, a classificação de Durabilidade ou
Blindagem de qualquer alvo é triplicada.
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 25 conchas.
Birdshot está universalmente disponível em qualquer lugar onde
a munição é vendida.
Breaching Rompimento: A munição de rompimento é
uma munição especializada desenvolvida para uso da força pú-
blica quando uma porta precisa ser aberta agora. Uma casca de
ruptura contém metal granulado ou em pó. Essa carga chega tão
forte quanto um slug à queima-roupa, mas se dispersa rapida-
mente, perdendo toda a força significativa a menos de 20 pés
da arma, garantindo que a munição não penetre nas paredes ou
nas portas ou ricocheteie para atingir os espectadores. Normal-
mente, o homem de entrada de uma equipe da SWAT carrega
uma espingarda de ação de bomba carregada com cartuchos de
rompimento, e pode estourar a fechadura e se dobrar em uma
porta em menos de seis segundos.
Mecânica: No alcance de combate próximo, uma concha
88 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
rompida causa dano normal. A curto alcance, uma concha
violadora causa dano contundente. Uma concha rompente
não tem efeito a médio ou longo alcance. Quando um per-
sonagem invade uma concha rompida em uma espingarda se-
mi-automática ou automática, role um dado: em um 1 a 5, a
arma atola, exigindo um turno para liberar.
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 25 conchas. A
quebra de munição é tecnicamente legal para a venda civil,
mas quase todos os fornecedores são revendedores que não
vendem para clientes sem credenciais. A munição de ruptura
está disponível apenas no calibre 12.
Lança-chamas: O auge da munição exótica de espingarda
é a concha de lança-chamas. Vendido sob vários nomes de
marcas (“Dragonsbreath” sendo o mais infame), essas bom-
bas usam cargas de propelente de baixo explosivo para expelir
zircônio em pó em chamas. O volume do invólucro limita a
quantidade de material incendiário que o invólucro pode con-
ter, mas a língua de fogo pode chegar a até 75 metros e dura
de dois a três segundos. Conchas de lança-chamas são de va-
lor limitado para ataques diretos, mas podem cegar com flash
qualquer um que olhe na direção da explosão (especialmente
à noite) e provavelmente inflamará substâncias inflamáveis
como folhas secas, madeira ou roupas. As conchas de lança-
-chamas são anunciadas para não danificar as armas das quais
são disparadas, mas deixam uma quantidade maior do que o
normal de resíduos quimicamente únicos no barril.
Mecânica: Um ataque de escudo de lança-chamas é resol-
vido como uma explosão longa de autofire com um Dano de
base 0: o atirador ganha +3 de bônus em sua jogada de ataque
e pode atacar vários alvos se ela estiver disposta a sofrer as pe-
nalidades necessárias. Livro de Regras do Mundo das Trevas,
p. 160). “Explosão do 9” e “Explosão do 8” não se aplicam a
este ataque. Todo dano causado por um projétil de lança-cha-
mas é dano de fogo. A chama emitida por uma concha de
lança-chamas é do tamanho de uma fogueira (Dano 2) e quei-
ma com a intensidade de um bico de Bunsen (bônus de +2
de dano). Assim, um ataque com uma lança de lança-chamas
nunca infligirá mais de quatro pontos de dano. Em um suces-
so excepcional, itens inflamáveis na vítima (cabelo ou roupas,
por exemplo) pegarão fogo, e, no turno seguinte, ele começará
a receber dois pontos de dano letal por turno até ser extinto
(ver p. 180 no Livro de Regras do Mundo das Trevas).
Como uma concha de lança-chamas queima por até três
segundos, usá-la em qualquer espingarda que ejetar projéteis
gastos automaticamente é perigosa para o atirador e para to-
dos ao seu redor. Usar uma concha de lança-chamas em uma
espingarda semi-automática ou automática significa que o pro-
jétil será ejetado enquanto ainda estiver cuspindo fogo. Todos
dentro de 20 metros do atirador, bem como qualquer alvo sig-
nificativo (por exemplo, qualquer coisa cuja destruição possa
ter efeitos de história interessantes) é submetido a um ataque
de teste de sorte separado do projétil quando ele vira de ponta
a ponta. O atirador sofre os efeitos de todos os fracassos dra-
máticos causados por essas jogadas de acaso.
Aquisição: Recursos • para um blister de três shells (cer-
ca de US$ 5 / shell em média). As conchas de lança-chamas
podem ser encomendadas on-line, mas as vendas no mercado
de balcão geralmente são limitadas a lojas de artigos esporti-
vos em áreas rurais, onde é raro encontrar mais de quatro ou
cinco pacotes em estoque por vez. Eles são ilegais em algumas
regiões - as leis variam. Quando disponíveis, esses cartuchos
são vendidos como itens novidade (“Ei, todos vocês, vejam
isso!”) Ou usados pelos serviços florestais para iniciar queima-
das controladas. As conchas de lança-chamas são fabricadas em
quantidades limitadas e somente em calibre 12, e as compras em
massa despertarão a atenção.
Flare: Flares de espingarda são destinados ao uso de sinali-
zação de emergência. Quando disparado no ar, um raio de luz é
visível por até uma milha à luz do dia e até 16 quilômetros em
uma noite clara. Os sinalizadores de espingarda estão disponíveis
em uma ampla variedade de cores, sendo o vermelho, o branco e
o verde os mais comuns.
Mecânica: Quando atirada em um alvo específico, os alcan-
ces de um flare são reduzidos pela metade e seu dano se torna
um –1 flat, também perdendo todos os efeitos de “Explosão do
8” ou “Explosão do 9”. A chama emitida por um flare é do ta-
manho de uma tocha (Dano 1) e queima com a intensidade de
um fogo químico (bônus de +3 de dano). Assim, um ataque com
um flare nunca infligirá mais de quatro pontos de dano. Em um
sucesso excepcional, itens combustíveis na vítima pegarão fogo,
e, no turno seguinte, ele começará a receber um ponto de dano
letal por turno até ser extinto (ver p. 180, o Livro de Regras do
Mundo das Trevas).
Aquisição: Recursos • para um blister de três cartuchos.
Flares são legais para venda civil e estão disponíveis na maioria
das grandes lojas de artigos esportivos. Flares estão disponíveis
apenas em calibre 12 e 20. Grandes quantidades são difíceis de
adquirir devido à produção limitada, e compras em massa po-
dem chamar a atenção.
Ele Estava Vindo Direito Para Mim!
As granadas de espingarda, lança-chamas,
flare e gás não são consideradas munições
de combate viáveis. Usar qualquer um desses
tipos de munição em alvos vivos irá provocar
uma investigação imediata e intensiva, mesmo
se o tiro fosse justificável legítima defesa
(“Então, vamos ver se entendi... você estava
apenas assistindo televisão quando esse
cara chutou sua porta... e você tinha uma
espingarda carregada com munição Dra-
gonsbreath escondida debaixo do seu sofá
em caso de uma emergência dessas?”). A
reação habitual dos policiais em encontrar
uma aparente cena de crime onde qualquer
uma dessas munições foi disparada contra
um humano não será “Huh, os caçadores
de vampiros devem estar ocupados nova-
mente.” Será mais próximo de “Ei, há um
doente foda à solta, melhor se preparar
para outro assassinato estranho e iniciar
uma força-tarefa assassina em série.”
Flechette: Uma concha flechette substitui o chumbo por
cerca de 20 pequenos dardos de metal. Flechettes embalam
individualmente menos energia cinética que as granadas de
tiro, mas são menos propensas a desviar do cenário ou das
armaduras corporais.
Mecânica: Flechettes funcionam como chumbo grosso,
mas a armadura não oferece proteção dupla contra eles (em-
bora a Durabilidade se aplique).
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 25 conchas. Fle-
chettes são legais para venda civil, mas produzidos em núme-
ros limitados.
Gás: Um invólucro “penetrador CS” apresenta uma tam-
pa de aço sobre um reservatório cheio de gás lacrimogêneo. As
conchas de gás são projetadas para uso policial contra suspei-
tos barricados - uma concha de gás penetra em vidro de segu-
rança reforçado, uma porta de carro ou até duas polegadas de
madeira dura antes de expelir sua carga gasosa. A polícia geral-
MUNICAO DE ESPINGARDA 89
 mente tenta avaliar o que está disparando antes de fazer a tacada,
a fim de garantir que a bala termine do outro lado da barreira.
Mecânica: os intervalos da rodada de gás são meio normais.
Se for disparado contra um personagem, a rodada de gás causará
dano normal. Se for disparado contra um objeto sólido (ou um
personagem usando uma armadura rígida), a bala de gás ganha
a característica Perfurante de Armadura 2. A carga útil do gás
lacrimogêneo da carcaça é suficiente para encher um raio de 3
metros (ver p. 128 para os efeitos do gás lacrimogêneo). Em um
sucesso excepcional, o gás se aloja dentro do alvo, causando um
ponto adicional de dano por fogo no final do próximo turno
do calor e a pressão do gás lacrimogêneo expelido. Quando um
personagem captura uma concha de gás em uma espingarda se-
mi-automática ou automática, role um dado: em um 1 a 5, a
arma atola, exigindo um turno para liberar.
Aquisição: Recursos •• para um pacote de cinco shells.
Conchas de gás são restritas à aplicação da lei e venda militar, e
estão disponíveis apenas em calibre 12.
Controle de Tumulto: Munição de espingarda menos letal
está disponível. Algumas balas de controle de distúrbios são fei-
tas de borracha sólida, enquanto outras queimam pufes de vinil
cheios de chumbo.
Mecânica: A munição de controle de tumulto causa dano
contundente ao invés de dano letal, a menos que a munição seja
apontada para a cabeça do alvo, caso em que a munição ainda
causa dano letal. Munição de controle de tumulto pode ser ad-
quirida em equivalentes de chumbo e bala.
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 25 conchas. A mu-
nição de controle de tumulto é legal para civis, embora seja rara.
Está disponível apenas em calibre 12.
Rock Salt: A munição de sal-gema não é vendida comercial-
mente, mas é feita à mão por muitos residentes rurais, substituin-
do o conteúdo de um projétil comum por pedaços de sal-gema.
Os pedaços irregulares de sal batem com força suficiente para
se inserir na pele da vítima, causando feridas superficiais, mas
extremamente dolorosas.
Mecânica: O sal-gema funciona como um birdshot, mas cau-
sa dano contundente a qualquer distância maior que o alcance
de combate próximo. No entanto, qualquer personagem atingi-
do com sal-gema sofre uma penalidade em todos os testes, igual à
quantidade de dano que ele sofreu até que ela tenha a chance de
arrancar os pedaços de sal de sua carne e enxaguar suas feridas.
Aquisição: Recursos • para o suficiente de sal grosso para
converter algumas centenas de granadas. O sal-gema não é uma
substância controlada.
Sabot: Uma bala de sabot consiste em um pequeno e denso
núcleo cercado por uma jaqueta leve (o próprio sabot). Quando a
bala é disparada, o sabot cai a poucos metros do focinho, deixan-
do o projétil viajar em velocidade extremamente alta. Em uma
espingarda, isso não fornece nenhum efeito de dano adicional,
mas aumenta o alcance efetivo da lesma.
Mecânica: Um sabot funciona como um slug, mas todos os
alcances são aumentados pela metade novamente.
Aquisição: Recursos • para uma caixa de 25 conchas. As
lesmas Sabot estão disponíveis nos modelos 20, 16, 12 e 10.
Dano de Espingarda por Calibre
Os seguintes níveis de Dano são sugeridos
para vários calibres comuns e incomuns de
munição de espingarda. Ao adaptar uma es-
90 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
pingarda não coberta neste livro ao Sistema
Storytelling, use esta informação como guia
para o nível de Dano da espingarda. Se
a arma usa um calibre que não é coberto
aqui, encontre o equivalente mais próximo
para o desempenho balístico e extrapole.
Calibre Dano Notas
Bitola .410 2 (Explosão do 9) Raro fora dos Estados
Unidos
Bitola 28 2 (Explosão do 9) Raro fora da Europa
Bitola 20 3 (Explosão do 9) Comumente usado
para pássaros e caça
pequena
Bitola 16 4
Bitola 12 4 (Explosão do 9) Universalmente
preferido para combate
e caça
Bitola 10 5
Mas e Sobre...?
Graças ao entretenimento popular e aos dedicados caça-
dores de monstros, muitos tipos de munição fora do padrão
estão disponíveis para personagens empreendedores. Nenhu-
ma das seguintes munições está disponível comercialmente.
Os personagens devem carregar seus próprios usando as re-
gras de recarregamento na p. 164. Um calibre perfurante de
armadura perde este efeito com qualquer um dos seguintes
tipos de munição personalizados.
Ferro Frio: O folclore de toda a Europa fala da vulne-
rabilidade do povo das fadas ao ferro frio, e os caçadores de
monstros diante de casos inexplicáveis de rapto de crianças
podem se preparar para o combate aplicando esse antigo re-
médio à munição moderna. Carregar ícone frio é uma propos-
ta complicada devido à sua temperatura e solidez de fusão. No
entanto, é improvável que as balas de ferro se deformassem
pelas mesmas razões.
Mecânica: Uma bala de ferro sólido funciona como uma
bala AP. Um ponto oco de ferro funciona como uma bala nor-
mal (FMJ). Slugs de espingarda de ferro e buckshot funcionam
normalmente.
Ouro: O ouro é muito mais denso que o chumbo, o que
contribui em uma bala mais pesada. Algumas lendas colocam
algumas criaturas sobrenaturais como sendo vulneráveis ao
ouro, mas a suavidade deste metal o torna impraticável para
uso balístico.
Mecânica: A munição de ouro sofre uma penalidade de
–1 em seu nível de Dano e os alcances são reduzidos a três
quartos do seu padrão.
Gelo ou Carne: De acordo com alguns programas de te-
levisão, disparar uma bala de carne ou bala de gelo em um
alvo confundirá os investigadores forenses, que não consegui-
rão pegar o hambúrguer picado da vítima. Na verdade, a carne
não é sólida o suficiente para ter boas propriedades balísticas,
mesmo quando congeladas, e o gelo apenas sublimaria o va-
por de água no calor da detonação do propelente. Se a arma
estiver perto o suficiente para que uma bala realmente mate
alguém, a autópsia ainda mostrará a tatuagem de pólvora, a
explosão estrelada e outros sinais de um tiro de curto alcance.
Mecânica: A munição de gelo ou carne funciona como
um blank.
 Mercúrio: Balas “perfuradas e cheias” são balas FMJ para
as quais um armeiro pegou uma minúscula furadeira elétrica,
escavando uma cavidade no nariz da bala, depois encheu com
mercúrio e selada com um pouco de cera. Ao contrário da crença
popular, isso não é por causa das chances de infligir o envene-
namento por mercúrio no alvo. É muito mais provável que uma
vítima de tiros morra de seu tiro do que de um envenenamen-
to tardio por mercúrio. No entanto, a densidade de mercúrio
é aproximadamente igual à do chumbo que foi removido para
fazer a cavidade, e esse metal líquido tende a se fragmentar em
centenas de minúsculas gotas quando a bala pára de repente.
Mecânica: As balas cheias de mercúrio funcionam como mu-
nição frágil. Slugs de espingarda cheias de mercúrio desintegram-
-se ao disparar, funcionando como um birdshot. Chumbo grosso
cheio de mercúrio é uma perda de tempo e mercúrio.
Prata: A cura tradicional para problemas de lobisomem é
uma bala de prata. Prata e chumbo são ligeiramente diferentes
em densidade, então uma bala de prata é mais ou menos igual
a uma bala FMJ. A prata é um metal mais macio que o cobre, o
que significa que uma bala de prata deixará muito de si no inte-
rior do cano e se deformará mais com a tensão inicial de disparo.
Mecânica: A munição de prata sofre –1 de penalidade em
seu nível de Dano.
Pedra: Estudiosos arcanos com habilidade de armadura po-
dem tentar criar balas de pedra para algum uso ritual obscuro.
Esse processo, embora demorado e ineficiente, pode ser eficaz
em um grau limitado.
Mecânica: Balas de pedra macia (arenito, calcário) ou ba-
las de espingarda funcionam como munição frágil. As balas de
pedra dura (mármore, granito) funcionam como munição FMJ.
Slugs de espingarda de pedra dura funcionam normalmente, as-
sim como todo buckshot de pedra. Em todos os casos, a muni-
ção de pedra reduz todas as faixas de alcance a três quartos da
distância padrão.
Teflon: O Teflon e outros lubrificantes não fazem nada
para melhorar as capacidades de penetração de blindagem de
uma bala. Os lubrificantes reduzem a quantidade de resíduos
metálicos que uma bala deixa no interior do cano de uma arma
quando é disparada, o que torna a manutenção um pouco mais
fácil.
Mecânica: Sem efeito.
Madeira: As balas de madeira são curiosidades históricas
agora, sendo usadas pela última vez na Segunda Guerra Mun-
dial quando os fabricantes alemães de munições tentaram eco-
nomizar metal e criar balas que se estilhaçariam no impacto para
produzir ferimentos maiores. Alguns caçadores de vampiros de-
sesperados, cientes de que a condução de uma estaca de madeira
através do coração de um vampiro paralisa a criatura, pode tentar
fazer balas de madeira na esperança de marcar o tiro de seu cora-
ção. No entanto, a madeira é ainda menos densa que a prata, e
muito menos provável que sobreviva ao fogo.
Mecânica: Uma bala de madeira atua como uma bala frágil,
mas as balas de uma bala de madeira são divididas ao meio e
sofre uma penalidade de –1 por dano. Uma espingarda de espin-
garda de madeira estilhaça-se ao disparar, agindo como um esta-
leiro similar. Atirar em um vampiro no coração com munição
de madeira não faz absolutamente nada de especial. O coração
deve estar completamente transfixado com um único eixo para
“estacar” e ocorrer paralisia. Uma bala simplesmente não é longa
o suficiente (e nem é um palito de dentes, por isso não se preo-
cupe com os cartuchos de espingarda cheios de palitos de dente).
OUTRAS ARMAS DE LONGO ALCANCE
Outras Armas
de Longo Alcance
As armas de fogo não são os únicos instrumentos que os
humanos usam para matar um ao outro no alcance. Armas de
fogo são apenas os desenvolvimentos mais recentes. Esta seção
apresenta uma seleção de outras opções.
Arremessando Coisas
Com força suficiente, qualquer um pode
lançar um objeto sólido com a intenção de
causar ferimentos. O Livro de Regras do
Mundo das Trevas apresenta os fundamen-
tos do arremesso na p. 67
Usar armas brancas como armas improvi-
sadas é difícil porque espadas e machados
não são equilibrados para serem jogados.
Se um personagem lança uma arma branca,
o ataque sofre uma penalidade de -2.
Armas de Longo Alcance Arcaicas
As primeiras armas de longo alcance foram lançadas di-
retamente da mão. Inovações posteriores incluíram vários dis-
positivos mecânicos simples para amplificar o poder do braço
do lançador. Salvo indicação em contrário, uma parada de
dados de Destreza + Esportes se aplica a ataques com todas
as armas a seguir. Todas as armas lançadas são armas de uma
mão e todas as armas são de duas mãos.
Armas Arremessadas
Dardo: Um dardo usado para combate é quase o dobro
do tamanho de um dardo de bar. Tais armas são mais frequen-
temente usadas para transportar veneno do que para infligir
danos por conta própria. Não role novamente os 10s nos ata-
ques com dardos.
Machadinha: Machados de arremesso ou machados de
arremesso são melhor balanceados do que as ferramentas de
corte comuns. Um personagem pode “puxar seu arremesso”
com um machado, cronometrando o giro da arma de modo
que seu cabo atinja o alvo e cause dano contundente.
Dardo (Javelin): Um dardo é uma lança equilibrada para
atirar ao invés de empurrar. Os dardos modernos usados em
competições de atletismo são feitos de fibra de vidro e metal.
Dardos clássicos, como o pilum romano, tinham flechas de
madeira e cabeças de ferro, mais pesadas e mais curtas, mas
também mais danosas. Os dardos têm entre 1,20 e 2,15 me-
tros de comprimento; Seu tamanho baixo vem de sua largura
estreita.
Faca: Uma faca de arremesso é ponderada de maneira
diferente de uma ferramenta ou arma normal. Facas de arre-
messo geralmente são menores que facas de combate também.
Shuriken: As infames “estrelas de arremesso ninja” des-
frutam de uma reputação inflada graças aos filmes de artes
marciais. Shuriken falta a massa e velocidade para penetrar
profundamente o suficiente para causar trauma interno. Se-
melhante aos dardos, o principal uso dessas estrelas é entregar
91
 veneno. Não role novamente os 10s dos ataques por shuriken.
Armas Propelidas
Atlatl: O “bastão de arremesso” foi um implemento Paleo-
lítico precoce para obter mais alcance para os dardos (javelins).
É um poço com um copo ou anzol na extremidade na qual a
extremidade da lança vai. Para lançar o dardo, o portador segura
o atlatl no final oposto ao copo e o lança para frente em um arre-
messo. Isso aplica mais alavancagem ao dardo do que um braço
humano pode fornecer, resultando em maior alcance e potência.
Modernas reproduções de atlatls estão disponíveis, mas são raras.
Um atlatl é uma arma de uma mão.
Zarabatana: Uma zarabatana é um tubo usado para dispa-
rar dardos através da pressão do pulmão. O Alcance curto de
uma zarabatana equivale a duas vezes o Tamanho + Vigor + Es-
portes do atirador. Uma zarabatana é uma arma de uma mão.
Arcos: Os arcos podem ser construídos para se adaptarem
a qualquer físico humano (uma combinação de Força e Tama-
nho). O dano base de um arco é igual à sua Força mínima. O
Alcance curto de um arco é igual ao triplo da Força + Tamanho +
Esportes do atirador. O Tamanho de um arco é um a menos que
o Tamanho do usuário para o qual foi criado. Penalidades por
Força insuficiente são dobradas para os arcos. Um personagem
versado em woodcraft primitivo pode fazer seu próprio arco com
um teste de Destreza + Sobrevivência (os sucessos necessários são
iguais a 10 vezes a Força mínima do arco; cada teste equivale a
quatro horas de trabalho). Um personagem pode usar Esportes
ou Armas de Fogo para disparar um arco. “Recarregar” um arco
leva uma ação.
Um arco composto emprega um conjunto de polias, em vez
da resistência à tração bruta do próprio arco. As características
de um arco composto são as mesmas, exceto pelo Alcance, que é
igual a quatro vezes a Força + Tamanho + Esportes do atirador.
Um personagem não pode fazer seu próprio arco composto.
Setas; Flechas
As características de Dano dos arcos assu-
mem que o portador está usando flechas-alvo
padrão: eixos de madeira ou fibra de vidro com
cones de metal simples. Tais projéteis não são
projetados para combate e causam ferimentos
mínimos. Flechas alvo padrão possuem Custo •.
As flechas de caça de ponta larga são pontu-
adas com um ponto de lâmina em forma de
X, projetado para penetrar profundamente
em carne e cortar artérias. Um arco que atira
uma flecha como essa ganha +1 de Dano e
Perfurante de Armadura 2 contra um alvo sem
armadura balística ou suave. Contra um alvo
sólido ou um personagem com armadura rígi-
da, a flecha sofre -2 de penalidade por Dano.
Flechas Broadhead têm Custo •.
Flechas de sílex arcaicas ou de obsidiana
ganham +1 de Dano contra um alvo sem
armadura, mas com uma penalidade de –2
contra um alvo duro ou blindado. Um perso-
nagem pode fazer flechas arcaicas com seis
horas de trabalho e um teste bem sucedido de
Destreza + Sobrevivência: cada sucesso gera
92 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
uma flecha.
Os pontos Bodkin apareceram na Idade Mé-
dia em resposta à proliferação de armadu-
ras de metal entre os alvos pretendidos dos
arqueiros. Eram pontas de flechas pontia-
gudas, com seções transversais quadradas
que podiam atravessar placas blindadas ou
seis polegadas de carvalho. Um arco que
atira uma flecha do corpo ganha Perfurante
de Armadura 4 e seus Alcances são aumen-
tados pela metade novamente. Os pontos
de Bodkin desapareceram com a obsoles-
cência do arco como uma arma primária
no campo de batalha, e todos os exemplos
sobreviventes são peças de museu hoje. Um
personagem que queira pontos de bodkin
deve comprá-los no mercado de antiguida-
des (Custo ••• para uma dúzia) ou tê-los
customizados por um ferreiro (teste de
Inteligência + Ofícios, cada sucesso produz
um ponto de bodkin).
Semente de História: Elfshot
Durante um encontro com adversários não
identificáveis, um dos personagens (ou um
personagem do Narrador) parece estar
bem posicionado - uma flecha é tradicional,
embora uma bala de espingarda possa ser
apropriada para algumas histórias - e ime-
diatamente cai inconsciente, apesar da falta
de uma lesão aparente do ataque. O resto
dos personagens tem apenas uma pista
para a causa do mal-estar do amigo: o pro-
jétil estranhamente intacto que o derrubou.
Bestas: As bestas vêm em tamanhos variados, desde bes-
tas com uma mão que dobram até o Tamanho 1/J até barras
pesadas capazes de perfurar uma placa de metal. Um persona-
gem pode usar Esportes ou Armas de Fogo para disparar uma
besta. Recarregar uma besta leva um número de turnos igual
a duas vezes a sua Força mínima.
Bestas de repetição viram uso na China como armas de
cerco da dinastia Han até a Guerra Sino-Japonesa de 1895.
Uma besta de repetição usa flechas leves em vez de pesados pa-
rafusos de besta e é operada por alavancar rapidamente uma
alavanca, que puxa a corda para a próxima flecha cai no lugar
de uma recarga alimentada por gravidade no topo da arma. A
besta de repetição é capaz de rajadas curtas e médias de fogo
automático e é recarregada como uma arma de fogo com um
compartimento interno.
Cada besta tem o efeito Perfurante de Armadura: 2 para
uma besta normal, 1 para uma besta de mão ou uma besta de
repetição e 4 para uma balestra de apoio.
Funda: Uma funda é um pedaço de pano ou couro com
um copo no ponto médio para segurar uma pedra ou um pro-
jétil de metal. Para disparar a funda, o portador segura ambas
as extremidades na mesma mão e a coloca em torno de sua
cabeça, depois solta uma extremidade para soltar a bala.
Um estilingue unhas uma extremidade da funda até o
 Armas de Longo Alcance Arcaicas
Tipo Dano Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
Armas Arremessadas
Dardo -1* Aero - 1 0/B •
Machadinha 1* Arremessada - 2 1/J •
Lançamento de dardo, combate 3 Aero - 2 2/N ••
Lançamento do Dardo, competição 2 Arremessada x4 - 2 2/N ••
Faca, Arremessada 1 Aero - 2 1/C •
Shuriken –1* Aero - 1 0/C •
Arma Propelida
Atlatl 4 Arremessada x5 1 2 3 •••
Blowgun 0 * 1 1 2/N •
Arco* Força * 1 * * •
Arco, composto* Força+1 * 1 * * ••
Besta 3 40/80/160 1 2 3 •••
Besta, mão 1 15/30/60 1 1 2/N ••
Besta, balestra 4 75/150/300 1 4 4 ••••
Besta, repetição 2 35/70/140 15 3 5 •••••
Funda 2 Arremessada x3 1 2 0/B -
Funda, stave 3 Arremessada x5 1 2 4 -
* Veja o texto para notas ou regras especiais.

final de um pau de madeira de seis pés. A outra extremidade
está amarrada em um loop e cai na mesma ponta. Para disparar
um estilingue, o portador chicoteia sobre a cabeça dela. O loop
desliza, liberando a bala. A pauta dá ao lançador mais alavanca-
gem, muito parecido com um atlatl auxilia um lance de lança.
Ao contrário de uma funda normal, um estilingue é uma arma
de duas mãos.
Armas de Longo Alcance Modernas
A ciência moderna não se limitou a armas. Muitas outras
armas de longo alcance existem, do útil e não letal ao perigosa-
mente ridículo. Salvo indicação em contrário, todas as armas a
seguir dependem da Habilidade Armas de Fogo.
Faca Balística: A faca balística é uma faca de luta com uma
surpresa para os oponentes confiantes: um gatilho que permite
ao usuário disparar a lâmina da faca com uma mola de aço es-
condida no punho da faca. Facas balísticas foram originalmente
desenvolvidas para as tropas soviéticas de Spetsnaz e são raras
curiosidades. As Características dadas são para uma faca balística
quando disparada; em combate próximo, trate-a como uma faca
de combate. Um ataque à distância com uma faca balística de-
pende da Habilidade Esportes (o esfaqueamento ainda depende
de armamentos antigos comuns). Uma vez que a faca balística é
disparada, seu punho é útil apenas como um sap improvisado,
e a lâmina tem um punho insuficiente para uso independente.
Re-montagem de uma faca balística disparada leva cinco turnos.
Pistola BB: Uma pistola de chumbinho ou uma pistola BB
usa ar comprimido para disparar uma bola de metal ou pellet de
calibre .177. Um acerto bem-sucedido pode matar uma criatura
de Tamanho 1, mas em qualquer coisa maior, uma arma do tipo
BB inflige um máximo de um nível de Dano contundente e não
pode reduzir o alvo a menos níveis de Vitalidade do que seu
Tamanho. Um tiro apontado para os olhos (veja a pág. 165 do
Livro de Regras do Mundo das Trevas) pode causar cegueira
temporária ou a perda permanente do olho se o atacante obtiver
sucesso excepcional. A maioria das pistolas BB assemelha-se a
armas de fogo reais superficialmente, se é que o são.
A maioria das armas BB é semi-automática. No final dos
anos 80, um tipo variante chamado airsoft originou-se na Ásia.
As armas de airsoft são réplicas em tamanho real de armas de
fogo reais que usam motores elétricos que acionam pistões
para alimentar tiros totalmente automáticos. Essas “armas”
são raras fora do Japão, Hong Kong, Reino Unido e Estados
Unidos, onde os proprietários as usam em competições es-
portivas semelhantes ao paintball (veja abaixo). As armas de
airsoft custam •• e possuem Características idênticas às das
pistolas comuns de BB, com exceção de sua capacidade auto-
mática total e seu potencial de blefar.
Armas de Dardo: As armas de dardos usam ar compri-
mido para disparar tranquilizantes ou dardos de rastreamento
de rádio. Todas as armas de dardos são armas silenciosas e têm
os benefícios efetivos dos supressores (veja p. 169). Um ataque
de arma de dardos bem-sucedido não causa dano significativo
(a menos que o alvo seja de Tamanho 2 ou menor, caso em
que uma arma de dardo inflige um nível de Dano letal). Em
vez disso, uma arma de dardo entrega a carga do dardo na
corrente sanguínea do alvo. Os dardos estão comercialmente
disponíveis apenas com solução tranquilizante. Veja p. 130
para informações sobre drogas knockout e outros venenos.
Um dardo de rastreamento tem uma duração de bateria de
12 horas e a engrenagem RDF (detecção de direção de rádio;
Tamanho 4, Custo •••) pode detectá-lo a até 32 quilômetros
de distância.
Extintor de Incêndio: Além de seu efeito primário de
apagar propriedades e caracteres em chamas, um extintor de
incêndio faz uma arma cega de improvisação meio impro-
visada no alcance do alvo. Um ataque com um extintor de
incêndio usa Destreza + Esportes. Um ataque bem-sucedido
não causa dano real, mas o alvo sofre os efeitos do spray de
pimenta (veja p. 130) por um turno completo. As Característi-
cas dadas assumem um extintor de incêndio químico seco ou
dióxido de carbono; O dano é de –4 para um extintor usando
água comum.
Mangueira de Incêndio: Um fluxo de água a uma pres-
são de 300 libras por polegada quadrada é suficiente para
derrubar um homem adulto, tornando uma mangueira de
incêndio uma medida defensiva improvisada - e ideal para o
controle de distúrbios. Um ataque de mangueira de fogo usa

ARMAS DE LONGO ALCANCE MODERNAS 93

 Força + Esportes. Um ataque bem-sucedido inflige dano con-
tundente e tem o efeito Nocaute (veja a página 168 do Livro
de Regras do Mundo das Trevas), além de cegar o alvo por
um turno completo. A mangueira de incêndio média monta-
da em um prédio pode alcançar até 15 metros de sua tomada
de parede. Duplique todas as penalidades de Força e alcance
insuficiente para uma mangueira de incêndio.
Pistolas Flare: Pistolas de flare de ação são equipamentos
de sobrevivência padrão para velejadores, aviadores militares e
outros indivíduos cujas viagens podem levá-los a se perderem
no mar ou em áreas desertas e selvagens. O uso pretendido
de um lançador de luz é disparar um sinal luminoso no ar
para alertar os resgatadores sobre a localização do usuário, e a
maioria das tochas pode atingir uma altitude de pelo menos
150 metros. No entanto, é bem provável que os personagens
do Mundo das Trevas não usem sinalizadores para sinalização,
e os intervalos efetivos de combate para os flares são muito
mais curtos por causa de suas trajetórias de voo irregulares.
Flares lançados de armas de fogo usam a mesma mecânica que
as flares lançadas de espingardas (veja p. 89).
Lança-chamas de Spray de Cabelo: Uma lata de spray de
cabelo e um isqueiro é tudo o que é preciso para aproveitar o
poder do fogo do projétil. Ataques feitos com lança-chamas de
spray de cabelo requerem um teste de Destreza + Atletismo. A
chama emitida por um lança-chamas de spray de cabelo tem
um alcance de um metro, é do tamanho da Tocha (Dano 1) e
queima com a intensidade do fogo da gasolina (+2 de bônus
por Dano). Assim, um ataque com lança-chamas de spray de
cabelo nunca infligirá mais de três pontos de dano. Em um
sucesso excepcional, itens combustíveis na vítima pegarão
fogo, e, no turno seguinte, ele começará a receber um ponto
de dano letal por turno até ser extinto (ver p. 180, o Livro
de Regras do Mundo das Trevas). Uma lata cheia de spray
de cabelo contém material inflamável suficiente para fazer 10
ataques. Para os personagens de latas apenas encontrarem-se
por aí, o Narrador deve rolar um dado; o resultado é quantos
ataques de combustível a lata contém.
Alternativamente, a lata poderia ser feita para explodir
perfurando um buraco e aplicando uma faísca. Isso produz
um explosivo com Área de Explosão 2 e Força 1 (L). Veja p.
101 para mais informações sobre explosivos.
Paintball: As armas de paintball, também conhecidas
como “marcadores” para evitar conotações negativas, são “ar-
mas” recreativas que usam ar comprimido para atirar esferas
de plástico de calibre .68 cheias de tinta solúvel em água. Os
jogadores de paintball geralmente usam máscaras, óculos de
proteção e equipamentos de proteção acolchoados, enquanto
os hits do paintball deixam marcas espetaculares a curta dis-
tância. Um golpe bem-sucedido com uma arma de paintball
causa no máximo um nível de dano contundente e não pode
reduzir um personagem a menos níveis de Vitalidade do que
seu Tamanho, mas tiros direcionados para o rosto (consulte a
página 165, o Livro de Regras do Mundo das Trevas) podem
causar cegueira temporária. Armas de paintball se alimentam
de recargas internas como armas de fogo. O tanque de dióxi-
do de carbono de uma arma de paintball é substituído sepa-
radamente (três voltas para trocar de tanques) e tem pressão
suficiente para 100 tiros. A maioria das armas de paintball
são capazes apenas de fogo semiautomático, mas versões total-
mente automáticas estão disponíveis (Custo •••).
As armas de pimenta são variantes policiais de armas de
paintball que disparam munições cheias de spray de pimenta
em vez de tinta. Essas armas e suas munições estão restritas

94 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance

 Armas de Longo Alcance Modernas
Tipo Dano Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
Armas de Longo Alcance Modernas
Faca Balística 1 (Explosão do 9) 2/5/10 1 1 1/J ••
Pistola BB, pistola 0B* 5/10/20 50 1 1/C •
Pistola BB, fuzil 1B* 10/20/40 300 1 2/S •
Pistola de Dado, pistola 0* 10/20/40 1 1 2/S ••
Pistola de Dardo, fuzil 1* 25/50/100 1 1 3 •••
Extintor de Incêndio –2* 1/2/3 5 1 2/N •
Mangueira de Incêndio 2B* 10/20/30 * 4 4 N/A
Pistola Flare –1L* 20/40/80 1 1 1/C •
Lança chamas de spray de cabelo –1L* 1* 10* 1 1/C N/A
Pistola de Paintball 0B* 15/30/60 20 1 2/J •
Fuzil de Paintball 1B* 30/60/120 120 1 2/N ••
Arma de Atordoamento à Distância –1* 1/3/7 1 1 1/C ••
Estilingue 0B* 5/10/20 1 1 1/C •
Arbalete 3 15/30/60 1 2 2/S ••
* Veja o texto para notas ou regras especiais.

apenas às vendas policiais, e armas de pimenta usam pressões de
disparo ligeiramente menores. A tentativa de usar munição de
bolas de pique em uma arma de paintball resulta na ruptura da
munição quando ela é disparada. Veja p. 130 para informações
sobre spray de pimenta.
Paintballs com Água Benta!
Inevitavelmente, os jogadores verão o poten-
cial de recarregar dardos tranquilizantes ou
bolas de paintball com substâncias perigosas.
Isso é tecnicamente viável, mas provavelmente
um desperdício de recursos, já que nenhum
desses projéteis foi projetado para ser esva-
ziado de seu conteúdo original e preenchido
com outra coisa enquanto permanece utilizá-
vel. Reencher um único projétil de dardo ou
paintball leva 15 minutos e requer um teste
de Destreza + Ofícios bem-sucedido com uma
penalidade de -2 para o trabalho minucioso.
Com o fracasso, a substância e o projétil estão
arruinados. O uso de um material de preen-
chimento que é ativamente perigoso em um
ambiente de bancada de trabalho - fósforo
branco, ácido nítrico, os ídores refinados de
um espírito de corrupção - aumenta a pena-
lidade para -5 e uma falha dramática leva a
problemas ainda maiores.
Arma de Atordoamento à Distância: Armas de choque
à distância, comumente conhecidas como “Tasers”, depois da
linha de produtos mais conhecida, usam uma carga de nitrogê-
nio comprimido para disparar um par de sondas de metal em
um alvo. Essas sondas rastreiam fios isolados através dos quais a
arma libera um choque elétrico como o de uma arma de choque
(veja pág. 36). Esses fios têm sete metros de comprimento em
modelos apenas policiais e cinco metros de comprimento para
versões civis-legais.
Um personagem pode usar uma arma de choque de lon-
go alcance como uma arma de choque normal. Se ela disparar
como uma arma de longo alcance, o sucesso no ataque indica
que as sondas se alojaram no alvo, causando um nível de dano
por contusão, independentemente do número de sucessos
obtidos. A cada turno subseqüente até que as sondas sejam
removidas, o personagem pode usar a arma de choque para
fazer um ataque adicional de arma de choque que automatica-
mente sucede com três sucessos fixos.
Remover as sondas de arma de choque de um alvo sem
causar dano requer um teste de Destreza + Medicina (um mi-
nuto por jogada, exigindo um número de sucessos igual àque-
les obtidos no ataque inicial). Derrubar as sondas é uma ação
livre que inflige um nível adicional de dano contundente. Se
a vítima tentar arrancar as sondas ele mesmo, ele deve marcar
mais sucessos em um teste de Perseverança + Autocontrole do
que o atacante ganhou no ataque inicial.
Estilingue: Um estilingue é um pedaço de madeira, plás-
tico ou metal em forma de Y com um elástico esticado entre
os braços. A maioria dos estilingues são brinquedos infantis
adequados apenas para atirar pedrinhas em latas vazias. Esti-
lingues de caça de alta qualidade (ou “foguete de pulso”) po-
dem causar jogo pequeno ou tirar os olhos de alvos maiores,
e também é eficaz para destruir silenciosamente postes de luz
e lentes de câmeras de segurança. Um estilingue não pode
infligir mais do que um nível de dano contundente, a menos
que seja disparado aos olhos do alvo (ver pág. 165, Livro de
Regras do Mundo das Trevas), caso em que o estilingue causa
dano letal. Um ataque com um estilingue depende da Habi-
lidade Esportes.
Arbalete: Este parente submarino da besta usa ar com-
primido ou elástico para impulsionar uma lança de metal de
dois giros. Uma lança é projetada para uso subaquático e não
sofre penalidades em tal ambiente. Recarregar um arbalete
leva dois turnos. Fora da água, um arbalete é inútil além de
cerca de um metro.

ARMAS DE LONGO ALCANCE MODERNAS 95

 Consideracoes
Práticas
As regras do jogo não cobrem muitos dos problemas nor-
mais que vêm com a posse de uma arma. Esta seção aborda algu-
mas das preocupações com as quais os proprietários de armas do
mundo real precisam lidar, bem como outros itens diversos que
não se encaixavam em nenhum outro lugar deste capítulo.
Manutenção
Armas, como qualquer outro dispositivo mecânico, preci-
sam de manutenção periódica para funcionar adequadamente.
A limpeza simples envolve retirar a pistola dos seus componentes
principais, esfregar qualquer sujeira acumulada, verificar se há
rachaduras ou fraturas por estresse, lubrificando os principais
pontos de contato e remontando a pistola. Essa manutenção
também deve ocorrer após cada vez que a arma é disparada. Uma
arma carregada ou escondida em uma base diária rapidamente
acumula poeira, fiapos, óleos corporais, cabelos e flocos de pele,
e uma vez por mês é um bom cronograma mínimo para a lim-
peza. Para algo que fica na mesa de cabeceira esperando por um
ladrão, um proprietário provavelmente pode se safar com uma
limpeza a cada três ou quatro meses. O processo de limpeza nor-
malmente leva um atirador experiente por 15 minutos ou menos
e requer apenas um kit de limpeza (óleo de pistola, uma escova
de metal circular para o cano, uma escova de dentes para as ou-
tras partes, remendos de tecido para limpar a sujeira; Custo •).
Ambientes agressivos rapidamente cobram seu preço, espe-
cialmente se uma arma está sendo usada neles. A alta umidade
permite que mais partículas se fixem em uma arma e obstruam
seu funcionamento interno (um problema com os primeiros mo-
delos M16 no Vietnã, por exemplo). O frio extremo faz com que
o plástico cresça quebradiço e lascando ou metal se tornando
rapidamente fatigado. Em ambientes desérticos, até mesmo uma
arma deixada sozinha dentro de uma tenda ou veículo atrai rapi-
damente o acúmulo de poeira e areia. O ar marinho, com o sal
que carrega, pode rapidamente corroer ou enferrujar uma arma.
Em qualquer um desses ambientes, um personagem que queira
que sua arma seja confiável quando ela precisar, deve limpá-la
pelo menos diariamente.
Ações simples exigem menos manutenção que as compli-
cadas. Revólveres, espingardas de ação de quebrar e bombear e
fuzis de ação rápida são os mais tolerantes com a manutenção
deficiente. Armas totalmente automáticas são as piores, com me-
tralhadoras sendo notórios porcos de manutenção. Alguns fabri-
cantes fabricam pistolas com acabamentos específicos ou ligas
para resistir às condições de frio ou mar. As armas fabricadas
na Rússia têm uma reputação especial por serem indiferentes ao
mau tratamento e ao mau tempo.
Lateralidade
Para a maior parte do mundo, a mão de uma arma não é
um problema. Isso é porque eles estão na maioria destra. Para
atiradores canhotos, usar a maioria das armas de fogo pode ser
uma experiência dolorosa. Isso ocorre porque a maioria das ar-
mas de fogo de bombeamento, semiautomáticas e automáticas
são projetadas para arremessar suas carcaças vazias para longe do
atirador - o que significa à sua direita. Se um personagem está
segurando uma arma em sua mão esquerda, ele ejeta o latão vazio
através de sua linha de visão, ou ocasionalmente em seu rosto -
geralmente não é uma experiência prejudicial, mas certamente
uma distração. Além disso, os dispositivos de segurança e os bo-
96 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
tões de liberação de recargas geralmente estão localizados em
locais convenientes para atiradores destros, que podem ficar
inacessíveis a canhotos sem algumas contorções no antebraço.
Revólveres não têm o problema de ejetar latão, mas os
mais modernos balançam seus cilindros para a esquerda, para
que um atirador destro possa recarregar com a mão esquerda
enquanto continua segurando a arma com a mão direita. Nos
últimos anos, muitos fabricantes de armas de fogo reconhece-
ram os problemas inerentes a um projeto com a mão direita
e introduziram armas com controles ambidestros. Ruger, em
particular, como o fundador da empresa era ele mesmo ca-
nhoto, lidera o grupo nesses projetos. Muitos fuzis de assalto
podem ser configurados para controle e ejeção com a mão
direita ou esquerda, embora isso exija ferramentas e cerca de
uma hora de trabalho. Um punhado de espingardas é ofere-
cido em configurações canhotas. Finalmente, algumas raras
armas, como a FN P90 e a americana 180, são construídas
para serem verdadeiramente ambidestras, ejetando invólucros
gastos diretamente para baixo.
A maioria dos arcos é feita para arqueiros destros. Bestas
e armas de fogo são geralmente ambidestras, assim como zara-
batanas e todas as armas arremessadas.
Bala Debaixo d’Água
A maioria das armas dispara debaixo d’água - uma vez.
A munição moderna é selada contra a imersão a curto prazo,
e as próprias armas não começam a exibir problemas quando
nadam até que tenham a chance de corroer. A dificuldade
vem com a resistência adicional que o meio líquido mais den-
so da água coloca no mecanismo da arma. Revólveres, espin-
gardas de ação de bombas e outras armas com ações operadas
manualmente não têm muita dificuldade com isso, mas as
ações semi e totalmente automáticas frequentemente encon-
tram muita resistência para o ciclo adequado, resultando em
atolamentos. Sempre que um personagem dispara uma arma
assim embaixo d’água, o Narrador deve rolar um dado: em
um 1 ou 2, a arma atola. Aumente para 1–3 para um burst
curto, 1–4 para um burst médio e 1–5 para um burst lon-
go. Mesmo quando uma arma dispara corretamente embaixo
d’água, a bala perde velocidade: reduza o Dano de um ataque
em 1 para cada três metros ou fração de alcance.
Cozinhar por Fora
O calor extremo pode fazer com que as munições cozi-
nhem quando o propelente dentro dele explode espontane-
amente. Isso pode ocorrer em uma arma automática que foi
disparada continuamente por vários minutos, já que o metal
da câmara de queima atinge temperaturas maiores que 260°C,
mas isso não é um problema para a maioria dos atiradores.
Munição exposta a chama aberta (pelo menos o calor
da combustão normal, como a queima de madeira ou rou-
pas) também pode cozinhar fora. Toda vez que a munição é
exposta ao fogo, role um dado. Se o resultado for menor que
o número total de voltas em que a munição foi aquecida, ela
explodirá. No entanto, isso é mais perturbador do que real-
mente perigoso. Uma bala depende da liberação comprimida
da explosão de seu propelente para direcioná-la. Quando um
cartucho cozinha fora da câmara de disparo de uma arma, não
há resistência à sua explosão, que, portanto, se expande em to-
das as direções. Tal cook-off é barulhento e pode chocar todos
na área com pedaços de metal, mas é improvável que cause
algum dano real. Um personagem cuja munição cozinha por-
que está em chamas não sofre nenhum dano adicional.
Queimando o Cano
Cada bala disparada pelo cano de uma arma inflige uma
quantidade minúscula de desgaste. Com o tempo, isso se soma.
A maioria das armas de fogo tem canos que são bons para deze-
nas de milhares de disparos antes de seu desempenho começar
a sofrer. Isso é causado pelo desgaste do fuzil do cano e por não
dar tanta força às balas de saída como deveria. Os atiradores de
elite podem trocar de canos a cada mil disparos para manter a
precisão, mas essa não é uma grande preocupação para a maioria
dos personagens.
Os canos de armas totalmente automáticas se desgastam
muito mais rápido que os de outras armas. Além do grande nú-
mero de balas que passam por armas totalmente automáticas,
elas correm um risco muito maior de superaquecimento por
causa do fogo rápido sustentado. Quando o cano de uma me-
tralhadora começa a brilhar em brasa, é hora de deixá-lo esfriar
por um tempo. Em casos extremos, a expansão de metal pode
levar a uma bala a ficar presa no cano, que se rompe na próxima
vez que a arma é disparada. Por essa razão, as metralhadoras são
construídas com canos que podem ser trocados em cerca de um
minuto, em vez de uma hora para a maioria das armas (embora
um conjunto de luvas de amianto seja recomendado para troca
de canos no meio de um tiroteio).

Explosão do Focinho
Armas de fogo não são máquinas perfeitamente eficientes.
Sempre que uma arma dispara, ela desperdiça uma certa quanti-
dade de energia liberada. A maior parte desse desperdício ocorre
na explosão do canhão da arma, que é o gás em expansão que
segue a bala até o final do cano. Como partículas de propelente
ainda estão queimando à medida que o gás atinge o final do
cano, a explosão do cano é visível como uma gota de chama ama-
relo-alaranjada. Armas com canos curtos têm mais explosão de
focinho porque a explosão atinge o fim do cano mais cedo, en-
quanto mais propelente ainda não é queimado e o gás está sob
maior pressão.
No disparo diurno, a explosão do focinho é geralmente in-
visível contra um fundo bem iluminado. A onda de choque que
se propaga pelo ar parece uma rajada de vento quente contra a
pele de um espectador. Um fuzil sendo disparado de uma posi-
ção propensa faz a grama e as folhas subirem a vários metros de
distância, o que pode expor um atirador que, de outra forma,
estaria perfeitamente oculto.
À noite, cada explosão de focinho é uma pequena erupção
momentânea de fogo que destaca o atirador e destrói sua visão
noturna e de qualquer outra pessoa olhando para a arma. Armas
de grosso calibre podem ter explosões de focinho cegas tão gran-
des quanto abóboras, enquanto armas totalmente automáticas
exibem uma língua de fogo contínua e gaguejante. Algumas me-
tralhadoras são equipadas com supressores de flash, acessórios
cônicos que protegem os olhos dos atiradores contra as explosões
do focinho para preservar sua visão noturna. Esses supressores
não fazem nada para esconder as explosões de boca de outros
observadores.

Pistola-chicoteando
No Velho Oeste, a bela arte de usar um revólver para der-
rubar algum senso em um idiota sem atirar nele era chamada
de búfalo. Hoje em dia, é uma chicotada de pistola, ou butts-
troking se o personagem está usando o estoque de uma arma de
cano longo para obter seu ponto de vista. Ao usar uma arma de
fogo como uma arma improvisada, a coisa mais importante a ser
lembrada é o importantíssimo mandamento de segurança: man-

CONSIDERACOES PRATICAS 97
 tenha o dedo longe do gatilho se você não estiver pronto para
atirar. Uma arma de fogo usada como uma arma corpo a corpo
causa dano contundente igual ao seu Tamanho.
A maioria das armas de fogo pode lidar com um tratamento
casual grosseiro, mas sua ótica é outra história. Sempre que um
personagem usar uma arma com um escopo anexado ou uma
mira a laser como uma arma corpo a corpo, role um dado. Em
um resultado 1, o dispositivo está fora de alinhamento e não
funciona mais. Se o atirador não souber que está desalinhado, o
bônus normal se tornará uma penalidade.
Recargas
Quando uma arma se alimenta de recargas destacáveis, mui-
tos atiradores pensam neles como sistemas separados da arma.
Basta colocar um, secar, soltar e passar para o próximo. Uma
recarga é um dispositivo simples - basicamente apenas uma caixa
com uma extremidade aberta, uma mola e uma peça de plástico
ou metal chamada seguidor no final da primavera para empurrar
a munição para cima - mas uma recarga ainda pode funcionar
mal. Molas velhas perdem sua elasticidade, o que pode impedi-
-las de alimentar a arma também. Uma recarga cuja extremidade
aberta é esmagada contra algo sólido pode obter um bordo de
alimentação torto, que evita que a munição saia (uma boa razão
para nunca gravar duas recargas de ponta a ponta, não importa
quantas frações de segundo ela reduza o tempo de recarga). Se
muita sujeira e detritos entrarem em um carregador, os detritos
podem entupir ou corroer a mola ou prender o seguidor contra o
lado do carregador, o que pode causar uma falha de alimentação.
A manutenção de recargas não é tão crítica quanto a manuten-
ção de armas, mas ainda não faz mal desmontar uma recarga e
limpar a poeira e o pêlo pelo menos uma vez por ano, ou mais
frequentemente se passar muito tempo no campo e logo que pos-
sível se encontrar água ou lama.
Recargas de alta capacidade estão disponíveis para a maioria
das armas de fogo (Custo •). Estes funcionam como recargas
normais, mas são maiores. Normalmente, as margazines de ar-
mas de mão “hi-cap” seguram duas a quatro balas extras (calibres
menores ganham mais capacidade extra). Submetralhadoras e
fuzis hi-caps possuem 30, 40 ou 50 balas, e tambores possuem
50, 75 ou 100.
Ejetar
Armas que se alimentam de recargas externas têm uma no-
tação “+1” em suas capacidades. Isso significa que um persona-
gem pode colocar uma recarga completa no compartimento da
recarga e ter um cartucho adicional na câmara e pronto para dis-
parar. Normalmente, quando um personagem “ejeta” uma arma,
carregando-a para essa capacidade, ele ordena a primeira bala
na recarga, solta a recarga, carrega uma bala nela de uma fonte
de munição separada para trazê-la até a capacidade total, então
reinsira na arma. Durante o combate, os personagens geralmen-
te não têm tempo para mexer com esse procedimento - se um
personagem recarrega um carregador automático vazio com uma
recarga de 15 balas, a arma contém 15 balas, e não 16.
Alguns especialistas desacreditam, argumentando que man-
ter uma recarga carregada até a capacidade máxima o tempo todo
coloca pressão na mola, o que eventualmente leva a problemas
de confiabilidade, porque a mola não é mais forte o suficiente
para empurrar toda a sua carga para a ação da arma. Outros afir-
mam que as recargas modernas são projetadas para lidar com
sua capacidade total o tempo todo, os fabricantes sabem o que
estão fazendo e os avisos estariam presentes em recargas que não
deveriam ser carregadas até a capacidade total.
98 capitulo DOIS - armas de fogo e de longo alcance
Um personagem pode finalizar em combate se ele ejetar
uma recarga parcialmente disparada enquanto ainda houver
uma bala na câmara da arma, depois recarregar com uma re-
carga nova. Essa técnica, chamada de recarga tática, é práti-
ca recomendada para atiradores que se encontram em uma
trégua em um tiroteio e não querem ser pegos recarregando
enquanto o chumbo está sendo trocado mais tarde.
A Arma Certa
para o seu
Personagem
Então agora é hora de seu personagem ir até a loja de
armas. O que equipá-la? Aqui estão alguns pontos a serem
considerados antes de você ir direto para a coluna Dano para
ver se um Stodola & Mertz .725 Magnum revólver carregado
com Stealth Rhino furtivo perfurante de armadura subsonic
hollowpoints é melhor ou pior do que a submetralhadora de
armas de fogo Herculean 3.2mm e seu estojo -less-hyper-velo-
city empobrecido-urânio incendiário carcinogênico flechette
tracer munição.
• A arma é parte do trabalho dele? Se sim, pare aí mes-
mo. Ele provavelmente não tem escolha no assunto. A maio-
ria das empresas de segurança privada e todos os departamen-
tos de polícia e militares têm armas de emissão padrão que
todo o pessoal armado deve transportar. Os departamentos
de polícia têm uma pequena lista para fazer algumas conces-
sões para preferência pessoal e tamanho da mão; os militares
não vão tão longe. O desvio desses regulamentos pode causar
problemas que variam de ação disciplinar se o personagem
falhar em uma inspeção para a prisão se sua bala de arma
excessivamente poderosa e não autorizada passar por um cri-
minoso para atacar um suspeito.
• O que é legal? Obviamente, isso pode não ser uma pre-
ocupação para alguns personagens, especialmente no Mundo
das Trevas, mas outros farão o melhor para serem cidadãos
cumpridores da lei, mesmo diante de zumbis famintos. Para
mais informações sobre questões legais, consulte o Capítulo
Seis.
• O que ele pode lidar? Os requisitos de Força são ape-
nas inconvenientes em termos de dados em termos de jogo,
mas essa penalidade por usar uma arma muito forte represen-
ta um mundo de dor para um personagem que persistente-
mente usa essa arma. O recuo excessivo deixa os pulsos dolo-
ridos e os ombros machucados, e um atirador que não tenha
uma boa pegada em sua arma pode perder os dentes se virar
para o rosto dele. Existe arma demais.
• Quão experiente ele é? Os atiradores iniciantes são
melhores com armas simples. Revólveres e espingardas de
ação de bomba são simples e simples. Uma arma cuja segu-
rança é muito desajeitada para o seu personagem desfazer no
meio de uma luta pode não estar lá.
• O que ele pode pagar? Este não é apenas um lembrete
para verificar a Vantagem Recursos do seu personagem. A mu-
nição pode ser cara em calibres maiores ou mais escuros. Uma
caixa de 50 cartuchos de 50 AE custa US$ 30, enquanto que
o mesmo dinheiro terá 250 cartuchos de 9mm ou 500 balas
de 22 LR. Essa é uma sessão prática cara para armas maiores.
A munição especializada em calibres grandes pode aumentar
rapidamente os preços de vários dólares por tiro, se estiver
disponível.
 • Eea vai carregá-la escondido? Nesse caso, qualquer coisa
maior que Tamanho 1/J provavelmente não é uma opção. Veja
p. 198 para mais informações sobre o porte de armas escondidas.
• Para que serve a arma? As armas de fogo de autodefesa
são geralmente diferentes das armas de caça, e os assassinos têm
necessidades de um tipo totalmente diferente. Escolha uma arma
que se adapte ao propósito para o qual o personagem pretende
colocá-lo.
• Qual é o seu passado? Atiradores podem entrar em um
buraco (ou um barranco) e se acostumar com uma certa arma,
não importa quais sejam suas qualidades negativas. Se um per-
sonagem tem experiência policial, militar ou de competição, há
boas chances de que ela já esteja bem familiarizada com um de-
terminado modelo de arma, e pode comprar o seu próprio por-
que sabe como vai se sentir e atirar.
• Qual é o antecedente da arma? Tão importante quanto
a história do atirador é a história da arma. O que eles passaram
juntos? Será que o personagem pegou a arma de um inimigo
caído depois de uma década de luta ou arrancou a arma de um
armário antigo empoeirado bem a tempo de atirar no vampiro
que atacava seu marido? A arma era uma companheira fiel que
nunca deixou o coldre em 30 anos de caminhada, sempre pron-
ta, mas nunca testada? O personagem está por aí, esta arma ao
lado dela, desde as noites do Destino Manifesto?
• Tradição. Particularmente nas famílias rurais, as armas
de fogo podem ser heranças passadas ao longo de três ou quatro
gerações, entregues ao filho mais velho como o fuzil doméstico
ou a arma que o Tatar-Grande-Grande-Vovô Charlton carregou
na Guerra da Agressão do Norte. Esta é uma excelente justificati-
va para dar ao personagem uma arma de fogo legal, mas obsoleta
- ou uma com uma história que pode se tornar problemática mais
tarde.
• Fidelidade à marca. Muitos especialistas em armas de
fogo confiam em um certo fabricante, design ou calibre. Alguns
seguram o Colt M1911A1 como o Santo Graal das pistolas e se
recusam a possuir qualquer pistola que não tenha sido constru-
ída sobre esse plano. Outros colecionam exemplos de todas as
armas de fogo da H&K que eles podem possuir legalmente. Ou-
tros ainda passam horas em fóruns da Web discutindo os méritos
relativos de 0,357 SiG acima de 0,40 S&W. Seu personagem tem
algum favorito? Se sim, porque?
• Idiossincrasia. Algumas decisões se resumem à intuição.
Talvez o aperto de uma determinada arma se encaixe perfeita-
mente na mão dela. Talvez o acabamento esfregado à mão no
estoque fosse bonito demais para deixar passar. O fator legal é
sempre um problema, especialmente para personagens que gos-
tam de minúcias técnicas. Talvez o número de série repita o nú-
mero da sorte da personagem três vezes. Algumas armas apenas
parecem certas.
Fogo de Supressão
Fogo de supressão é uma técnica de tiro que
envolve o rápido descarregamento de muitos
tiros para negar ao inimigo a capacidade de
entrar ou sair de uma determinada área. Ao
contrário de um ataque direto, cujo objetivo é
A ARMA CERTA PARA O SEU PERSONAGEM
acertar e matar o alvo, o objetivo principal
do fogo de supressão não é a precisão. Em
vez disso, o objetivo é saturar suficiente-
mente uma área com balas que ninguém
está disposto a passar por aquela chuva de
chumbo e correr o risco de levar um tiro.
As metralhadoras são favorecidas para esta
tarefa devido à sua capacidade de sustentar
a rajada automática por longos períodos
de tempo, mas qualquer arma de fogo (ou
outra arma de longo alcance) capaz de
disparar rapidamente é adequada.
Para realizar o fogo de supressão, um ati-
rador designa uma área específica que ele
quer suprimir: “a porta da frente da casa”,
“o Lincoln Continental preto”, “a área ao
redor do tambor de óleo que o advogado
está usando para se cobrir” e adiante. A
largura máxima de área que o personagem
pode suprimir depende das capacidades de
sua arma:
A arma pode disparar. . . Largura máxima
Tiros individuais 1 metro
Rajadas curtas 2 metros
Rajadas médias 3 metros
Rajadas longas 5 metros
A arma é uma metralhadora 10 metros
Como uma única ação, o personagem dispara pelo me-
nos três balas para cada metro de cobertura (Ele pode escolher
atirar mais de três balas por metro). Se a arma dele não tiver
munição suficiente, ele não poderá cobrir toda a área desig-
nada.
Como o fogo de supressão não é realmente um ataque,
mas uma oração vaga para acertar alguma coisa, nenhuma jo-
gada de ataque ocorre quando a ação ocorre. Em vez disso,
sempre que qualquer alvo entrar na área reprimida antes do
final do turno, faça um teste de ataque imediato contra esse
alvo. Se um alvo está na área suprimida quando a ação começa
e ainda está na área no final do turno, faça uma rolagem de
ataque imediata contra o alvo também. Nenhum bônus é apli-
cado a esses ataques, exceto o nível de Dano da arma. Todas as
penalidades se aplicam normalmente, e cada ataque sofre um
–2 adicional se a arma usada não for uma metralhadora. O
personagem não pode gastar Força de Vontade para adicionar
dados a esse teste.
A desvantagem do fogo de supressão é que o persona-
gem deve se concentrar totalmente na supressão por alguns
preciosos segundos. Até o final do turno, o personagem não
pode usar sua Defesa contra qualquer ataque, e deve se expor
de trás o suficiente para ver e atirar em toda a área reprimida.
Se ele estiver desarmado, incapacitado ou impossibilitado de
continuar atirando, o efeito de supressão termina imediata-
mente.
99
 Eu acabei deixando
eles foderem comigo
e os meus.

Já faz quase quatro anos,

e você nunca sabe quando eles vem.
Às vezes se passam meses.
Às vezes apenas algumas noites entre as visitas.
Eu sento aqui na minha varanda e posso ver minhas vacas.
À direita, as cabras. Eu os encontro de tempos em tempos, mortos.
Dificilmente uma ferida neles, mas um pequeno buraco em algum lugar debaixo do
pescoço,
e eles nunca deixam uma gota de sangue no interior.
As moscas não vão tocá-los também.
Eu olho para Maureen, descansando na sombra do roqueiro,
mas ela não está cochilando porque está com medo.
Ainda posso ver os três pequenos xs esculpidos em seu ouvido naquela noite.

Pobre cão.
Eu, eu encontrei um pedaço de metal em forma de diamante sob o meu dedo min-
dinho um dia.
Eu levei a lasca para a cidade e ninguém sabia o que era.
O colega da RadioShack disse que não era um microchip,
mas que tinha algum tipo de escrita ou gravura nele.
Outro sujeito em Collbran me vendeu algumas daquelas minas da Bouncing Betty
como a minha Pop viu no Vietnã.
Eu os enterrei em todo o lugar.
O sujeito disse que cerca de três quartos deles provavelmente ainda funcionaram,
o que é bom o suficiente para mim.
Comprei também algumas granadas de mão
e tenho um revólver Ruger embaixo do meu travesseiro.
Maureen se lamenta na parte de trás de sua garganta,
e eu sei que eles estão vindo hoje à noite.

Como eu disse,
eles acabaram comigo
e com os meus.
 Capitulo
Capítulo Tres:
Três:
Armamento Tatico
Armamento Tático eePesado
Pesado
Alguns alvos são demais para um humano atacar. Alguns alvos são muito arris-
cados e custariam a vida de muitos humanos. Alguns alvos estão muito bem prote-
gidos; alguns alvos nem estão presentes no momento, mas estarão lá em uma data
posterior. Esses alvos precisam de armas e métodos especiais para serem atacados
com sucesso. Explosivos, fogo, produtos químicos e assim por diante, implantados
de forma tática e eficaz, são as melhores opções para usar contra tais alvos.
As armas táticas, por sua própria natureza, são projetadas para dar aos seus
usuários uma vantagem sobre seus oponentes. Essa vantagem pode vir na forma de
mais destruição ou pode ser que a localização da batalha possa ser escolhida antes
do tempo. Qualquer que seja a forma da vantagem, as armas táticas e pesadas de-
sempenharam um papel em todos os grandes conflitos desde as primeiras histórias
registradas. De armas de cerco medieval a antigos foguetes de fogos de artifício chi-
neses, da artilharia romana ao exército tártaro catapultando vítimas da peste para
a cidade de Kaffa no século XIV, armas táticas permitiram que exércitos atacassem
oponentes maiores e mais duros com uma força mínima e com sofrimento mínimo
perdas e continuará a moldar o futuro dos conflitos modernos.

Implantacao Tática
“Naoserá
sei com queaarmas
“Não sei com que
O que diferencia as armas táticas de outras categorias de armamento é como
será travada a Terceira
armas travada
Terceira Guerra Mundial, essas armas devem ser usadas. Eles ganham seus poderes destrutivos de implantação
Guerra Mundial,
Guerra mas a IV
mas a IV Mundial inteligente. Cada tipo de arma tem um método de implantação único e distinto que,

Guerra Mundialcomserá
paustra-
será travada e quando usado corretamente, maximiza a eficácia ofensiva ou defensiva da arma.

vada com paus e pedras.”

pedras.” Um problema com qualquer um desses tipos de armas é que eles não discrimi-

- Albert Einstein
nam, eles não sabem em qual time eles lutam e eles não reconhecem limites. Mesmo
- Albert Einstein as bombas inteligentes guiadas por laser só atingirão os alvos que detectarem como
sendo “iluminadas” pelos designadores de laser. O laser pode ser apontado incorre-
tamente ou a bomba pode estar captando um reflexo de outro alvo.
Outro problema é a complexidade inerente das armas. A maioria das armas
táticas e pesadas exigem que mais de um botão ou gatilho sejam acionados para seu
uso. Ao implantar armas táticas, geralmente é necessário um período de preparação
ou preparação antes que a arma possa ser usada adequadamente, e o uso indevido
de um sistema de armas acarreta riscos. Enquanto cada arma tem o potencial de
causar grandes quantidades de baixas entre um inimigo, a arma poderia facilmente
fazer o mesmo com as pessoas que tentam usá-la.
Algumas das armas deste capítulo são de nível militar. Militares exigem armas
muito mais poderosas do que as necessárias para aplicações civis de caça e autode-
fesa. Armas militares não são vendidas para uso comercial, e a maioria não está dis-
ponível nem para colecionadores autorizados nem para departamentos de polícia.
Armas de nível militar não receberam características de custo e estão disponíveis
para venda apenas no mercado negro (veja p. 197).

Explosivos
Diz a lenda que um cozinheiro chinês acidentalmente misturou salitre, enxofre
e carvão (todos os ingredientes comuns da cozinha na época) e, ao fazê-lo, criou
pólvora. Ele descobriu que essa mistura queimava quando inflamada. Mais tarde foi
descoberto que, quando colocado em um recipiente (tubos de bambu) e inflamado,
a mistura explodiria - criando assim o primeiro foguete do mundo. Os chineses acre-
ditavam que o estrondo alto criado pela explosão espantaria os demônios e assim
começaria a usar fogos de artifício para celebrar todas as ocasiões especiais, como
casamentos, nascimentos, o Ano Novo e coroações.

102 capitulo tres - armamento tatico e pesado


Li Tian Versus Demônio do Primeiro
Ministro
Durante a dinastia Tang, o primeiro-ministro
Wei Zhou derrotou um dragão maligno apenas
para que ele voltasse para assombrá-lo. Nin-
guém sabia de uma maneira de livrar o reino
desse espírito maligno. Li Tian, um monge
chinês, acendeu um tubo de bambu cheio de
pólvora, e a explosão resultante e o barulho
alto afastaram o espírito. Li Tian continuou
usando esse método para afastar o mal. Ele
acabou sendo homenageado com um templo
e os chineses celebram o dia 18 de abril ofere-
cendo sacrifícios a Li Tian.
No século 10, os chineses começaram a criar
bombas, flechas de fogo e “ratos à terra”
(um tipo de fogo de artifício projetado para
assustar e desorientar). Às vezes, esses “ratos”
lançavam-se rapidamente no ar. Logo depois,
os chineses usaram foguetes explosivos pela
primeira vez. Os primeiros foguetes usavam
tubos de bambu para impulsionar objetos
no ar, embora esses tubos fossem frágeis e
inseguros para uso prático. Em seguida, os
chineses usaram metal para formar canhões
brutos. Essa prática se espalhou rapidamente
pela Ásia até o Oriente Médio e, no século XIII,
chegou à Europa.
Logo, todo país tinha que ter uma divisão de
artilharia em seu exército se o país tivesse
alguma esperança de vencer grandes conflitos.
Fábricas chamadas “powederworks” mistura-
vam e moíam pólvora. Canhões brutos leva-
vam a canhões, morteiros e mosquetes mais
avançados, que inauguravam o fim do mundo
medieval (como balas podiam facilmente pe-
netrar na armadura de um cavaleiro).
Durante o século XVII, a pólvora evoluiu para
uso comercial, para explodir rochas e abrir
caminhos para estradas. Os anos 1800 trou-
xeram uma demanda maior por demolições
comerciais e explosivos ainda mais poderosos,
como a nitroglicerina. Albert Nobel, fundador
do Prêmio Nobel, desenvolveu dinamite, que
estabilizou a nitroglicerina e a tornou relativa-
mente segura para aplicações comerciais.
O século 20 trouxe grandes saltos em tec-
nologias explosivas. Explosivos modeláveis
ou explosivos plasticos permitiam explosões
que podiam ser modeladas e apontadas. Seu
poder destrutivo estava focado diretamente no
alvo e não parcialmente no alvo e parcialmen-
te em tudo o mais. Então, enquanto o mundo
mergulhava em conflitos usando as armas
mais mortais que ainda seriam vistas, explosi-
vos maiores e mais poderosos foram desenvol-
vidos, culminando com o aproveitamento do
poder do átomo para criar devastação em
uma escala épica.
A maioria das armas apresentadas neste
capítulo é explosiva por natureza. Armas
explosivas têm algumas ou todas as seguin-
tes características:
Tipo: Este é o nome ou descritor da arma.
Dano: Este é o número de dados adiciona-
dos ou subtraídos das tentativas de atacar
inimigos com o explosivo. Ataques usando
diferentes tipos de explosivos usam tes-
tes diferentes; por exemplo, ataques com
granadas de mão usa Destreza + Esportes,
enquanto ataques com obuseiros usa Inte-
ligência + Armas de Fogo e requerem uma
Especialização em Artilharia. Veja as descri-
ções de tipos específicos de explosivos para
mais detalhes. Assim como nas jogadas de
ataque de outras armas, os sucessos no ata-
que aumentam o dano causado. Além disso,
todos os explosivos usam a regra de suces-
sos extras. Em um ataque bem sucedido, um
número extra de sucessos é adicionado ao
teste para determinar o Dano infligido - isto
é expresso como um valor após a caracterís-
tica de Dano e Tipo de dano (C: contunden-
te, L: letal), e é geralmente igual ao Força
do explosivo.
Exemplo: Uma granada de fragmentação pesada tem um Dano
0 (L)+3; isto significa que ataques com a granada adicionam zero
dados ao teste de ataque (Destreza + Esportes), o ataque causa dano
letal e, supondo que o teste tenha sucesso, três sucessos são adiciona-
dos aos sucessos marcados no teste para determinar a quantidade de
dano feita. .
Explosivos estacionários têm um Dano de “N/A” porque
são deixados no lugar, não usados para atacar alvos específi-
cos. Quando escondidos, tais explosivos usam o sistema para
armadilhas na p. 186 para determinar quão bem eles estão
escondidos, e o dano que eles infligem a alguém ou qualquer
coisa próxima é determinado somente pela Área de Explosão
e Força da explosão.
Área de Explosão: O diâmetro da explosão em metros.
O número listado é para a área primária de explosão; a área de
explosão secundária é duas vezes esse número. Considera-se
que uma área de explosão de 0 metros afeta apenas a pessoa
com a qual a área está em contato, embora a Área de Explosão
tenha uma Área de Explosão secundária de 1.
Força: Quanto dano a explosão causa a alguém ou a
qualquer coisa que não seja alvo de um ataque direto com a
arma. Espectadores presos na área de explosão primária rece-
bem o nível de Força do explosivo como pontos automáticos
de dano, e os espectadores também sofrem a Força do explo-
sivo em dados de dano.
Personagens fora da área de explosão primária, mas den-
tro da área de explosão secundária, recebem dano de maneira
diferente. Eles simplesmente tomam o nível de Força do ex-
plosivo como dado de dano.
Exemplo: João está a 15 metros de uma bomba C-4 de uma
libra quando se apaga. Em vez de receber automaticamente 4 pontos
explosivos 103
 de dano letal e receber 4 dados adicionais de dano, ele sofre apenas
os 4 dados de dano.
Os explosivos sem um característica Dano têm o tipo de
dano que infligem (C: contundente; L: letal) observado sob
Força, em vez disso.
Alcance: Os alcances curto, médio e longo da arma. Ata-
ques no curto alcance são feitos sem penalidade, ataques em
alcance médio são feitos com –2 e ataques em longo alcance
são feitos com –4.
Custo: Os pontos mínimos na Vantagem Recursos nor-
malmente exigidos para comprar a arma. Uma entrada “N/A”
indica que o item é um dispositivo militar e não está dispo-
nível para o público em geral. Dispositivos militares estão à
venda apenas no mercado negro (veja p. 197).
Tamanho: o tamanho do explosivo. Itens de Tamanho 1
podem ser escondidos dentro de uma mão, itens de Tamanho
2 podem ser escondidos dentro de uma capa e itens de Tama-
nho 3 não podem ser escondidos em nenhuma parte de uma
pessoa. Veja p. 200 para as regras de “ocultação de armas”.
Efeitos: Quaisquer outros efeitos pertinentes ao compor-
tamento do explosivo, como Explosão do 9 ou Explosão do 8,
Perfurante de Armadura ou Nocaute.
Um explosivo com a regra de Explosão do 9 ou Explosão
do 8 aplica essa regra às jogadas de ataque e às jogadas de dano
usando a Área de Explosão e a Força do explosivo.
Perfurante de Armadura é expresso como “PA” seguido
por um número, e os explosivos com perfurante de armadura
aplicam seu valor de Perfurante de Armadura somente ao seu
alvo primário. A exceção é o fósforo branco e a ordenação de
térmitas, que aplicam seus valores de Perfurante de Armadura
a tudo que estiver preso dentro da área de explosão.
Veja p. 168, do Livro de Regras do Mundo das Trevas,
para mais informações sobre o efeito Nocaute.

Armamento Pesado
É preciso mais do que uma metralhadora para destruir
um tanque. Os exércitos do mundo desenvolveram armas pe-
sadas, adequadas para eliminar alvos que existem em uma es-
cala muito maior que os seres humanos. APCs inimigos, caças
e bunkers endurecidos se encaixam nessa descrição, mas tam-
bém outras coisas ocultas, coisas que existem em cavernas iso-
ladas e abaixo das ondas do oceano. Os personagens podem
acreditar que precisam de soluções destrutivas em larga escala
para tais ameaças, mas não se esqueçam de que qualquer uso
de armas pesadas por pessoas que não as forças armadas pro-
vavelmente atrairá a atenção muito além dos meios da maioria
dos personagens para escapar.
Esta seção cobre armas pesadas usadas para atacar ini-
migos a curta distância, sejam lançadores de granadas, lan-
ça-foguetes descartáveis de artilharia sobre o ombro e lança-
-chamas.
Granadas de Mão
Uma granada de mão tem uma alça e um pino de segu-
rança que impede que a alça saia. Depois de remover o pino
e liberar a alça, a granada explodirá em três a cinco segundos.
As granadas de mão geralmente são lançadas imediatamente
após a alavanca ser liberada para dar ao atacante tempo su-
ficiente para sair da área ou jogá-lo longe o suficiente para
alcançar o alvo.
Mecânica: Granadas de mão são armas arremessadas.
Veja p. 67, o Livro de Regras do Mundo das Trevas, para
saber como calcular o Alcance das armas arremessadas. Todas
as granadas são consideradas aerodinâmicas, exceto coquetéis
molotov e bombas para tubos.
Mitos das Granadas

Granadas Para qualquer pessoa que queira remover o

pino de segurança com os dentes, observe
Uma granada é uma bomba do tamanho de um punho
que é necessário remover entre 10 a 35
cheia de material explosivo ou químico e detonada por um
libras de força. É provável que um persona-
sistema de ignição retardado. As primeiras granadas eram sim-
gem arrancasse seus dentes antes mesmo
ples conchas vazias cheias de pólvora. O usuário acendeu um
de ele mover o alfinete de segurança.
pavio e jogou a granada o mais longe possível de si mesmo.
Hoje, granadas são preenchidas com uma variedade de subs- Granadas não saltam. A maioria das
tâncias, dependendo do seu propósito, e usam um sistema de granadas pesa cerca de um quilo e tem
retardamento químico interno para ignição. carcaças de aço ou alumínio. As granadas
podem ricochetear nas portas dos jogos de

104 capitulo tres - armamento tatico e pesado

 computador, mas, no mundo real, as granadas
simplesmente caem no chão.
Depois que o pino de segurança for removido,
ele poderá ser substituído apenas enquanto a
alça não tiver sido liberada. Mesmo o menor
movimento do cabo é suficiente para iniciar o
fusível. Uma vez que o identificador é liberado,
não há como redefinir a granada. Se o pino
de segurança foi reinserido ou não, a granada
explodirá.
As granadas de mão podem ser “cozidas”.
Cozinhar uma granada é uma técnica que
tenta limitar a capacidade do alvo de lançar a
granada de volta ou escapar de sua explosão.
Depois que o usuário soltar a alça, ele segura
a granada por um ou dois segundos antes de
jogá-la.
Regra Opcional para Granada
As granadas não explodem imediatamente após serem lan-
çadas ou mesmo quando aterrissam. Demora 3 a 5 segundos
após a granada ser preparada antes de explodir. Geralmente, um
personagem lançará uma granada imediatamente depois de pu-
xar o pino. Se a granada não for lançada longe demais, isso
pode dar ao inimigo tempo suficiente para lançar a granada
de volta ou simplesmente escapar da área de explosão.
Granadas são imprevisíveis, e não existe um método
verdadeiro para um personagem saber quanto tempo sobrou
antes que a granada exploda. Narradores que desejam adicio-
nar um pouco de perigo ao uso de granadas podem usar as
seguintes regras para imitar o atraso de uma granada:
Uma vez que a granada esteja preparada, o Narrador rola
secretamente um d10. A granada recebe uma iniciativa da
Iniciativa atual do lançador menos o resultado do teste. Na
Iniciativa da Granada durante o turno atual, a granada explo-
dirá. Se isso colocar a Iniciativa da granada em menos de zero,
a granada explodirá após a primeira ação da rodada seguinte.
Os personagens podem tentar interceder, escapar ou até mes-
mo tentar jogar a granada de volta antes que ela exploda.
Um personagem que está “cozinhando” uma granada li-
bera a alavanca da granada. O Narrador rola para determinar
a Iniciativa “secreta” da granada. O jogador afirma por quan-
to tempo (em qual Iniciativa) seu personagem irá segurar a
granada antes de jogá-la. Se o personagem segurar a granada
após sua Iniciativa, a granada explodirá em sua mão. O perso-
nagem pode tentar realizar qualquer outra ação normalmente
permitida durante o tempo em que ele está “cozinhando” a
granada.
Se você estiver usando esta regra, granadas são tratadas
armamento pesado 105
 Granadas
Tipo Dano Área de Explosão Força Tamanho Custo Efeitos Primários
Frag, padrão 2 (L) +3 10 3 1/C
Frag, pesado 0 (L) +3 5 3 1/J
Frag, bastão 3 (L) +2 10 2 1/J
Bomba de tubo 0 (L) +2 5 2 2/J
Atordoar 1 (C) +2 5 2 1/C
Termite –2 (L) +4 5 4 1/J
Fósforo branco –2 (L) +4 5 4 1/J
Coquetel Molotov –1 (L) +2 3 2 2/S
Fumaça –1 10 - 1/J
Gás lacrimogêneo –1 10 - 1/J
* Dano de Fogo: Cada turno após o primeiro, qualquer coisa ainda na área de explosão continua a sofrer dano
de fogo igual à Força do explosivo.
** Ocultação: A área da explosão é preenchida com fumaça oculta. Veja p. 107 para mais informações sobre
alvos ocultos por fumaça.
Nota de Custo: Itens com um Custo “N/A” estão disponíveis para venda não militar apenas através do mercado
negro (p. 197).
como explosivos estacionários - use o teste de ataque para de-
terminar se a granada aterrissa onde o lançador a quer, mas,
depois, a granada causa dano a qualquer pessoa próxima de
acordo com sua Área de Explosão e Força, e não é considera-
do como tendo um alvo principal.
Exemplo: Jim tem uma Iniciativa de 10. No início do seu tur-
no, ele decide “cozinhar” uma granada. Jim declara que ele vai jogá-lo
em uma Iniciativa de 6. O Narrador rola para a granada e recebe
um 6, o que significa que a granada vai explodir em uma Iniciativa
de 4 (A Iniciativa de Jim 10 menos 6 da granada é igual a 4). Jim
joga a granada a tempo de ver explodir.
Granadas de Fragmentação: Uma granada de fragmen-
tação (ou “frag”) é projetada para espalhar estilhaços em todas
as direções após a detonação. As granadas de fragmentação
são geralmente feitas de plástico duro ou aço, e flechettes ou
arames cortados fornecem os fragmentos de estilhaços anti-
pessoal. Algumas granadas contêm até pequenas bolas de
metal no composto explosivo para aumentar as capacidades
destrutivas. A maioria pesa cerca de um quilo, mas contém
apenas uma a três onças de explosivo; existem alguns modelos
mais pesados, assim como modelos mais leves com alças sa-
lientes (“granadas bastão”) para melhor alcance de arremesso.
O poder destrutivo da granada de fragmentação vem mais de
seus fragmentos mortais do que de sua explosão.
Exemplos (padrão): Chinês Tipo 86P, Russo RGN, Alemão
DM51, Austríaco HGR 79, Britânico L109A1, Francês LU
213, Americano M67
Exemplos (pesados): Norte Coreano D-9, Swiss HG85
Exemplos (bastão): German Stielhandgranate 24 (o “espre-
medor de batatas” da Segunda Guerra Mundial), chinês tipo
73, russo RGD-5
As bombas de tubos não são tecnicamente granadas, mas
são dispositivos explosivos mais adequadamente pré-configu-
rados (ver p. 118). No entanto, bombas de tubos estão listadas
aqui por conveniência, já que o uso mais comum de bombas
de tubos é acender o pavio e lançar a bomba em um alvo. Faci-
lidade de fabricação, baixo custo e simplicidade de uso fazem
da bomba de tubo uma ferramenta favorita de insurgentes,
terroristas e brincalhões de quintal. O projeto da bomba é
simples: pólvora em um tubo, um punhado de pregos, parafu-
sos ou outros pequenos pedaços de metal e um tempo se fun-
dem em uma extremidade. Acender o fusível de uma bomba
106 capitulo tres - armamento tatico e pesado
N/A Nocaute
N/A Explosão do 9, Nocaute
N/A Nocaute
• Não é aerodinâmico
•• Nocaute, Atordoar
N/A PA 8, dano por fogo *
N/A PA 3, dano por fogo *, ocultação **
• Não é aerodinâmico, dano por fogo *
•• Ocultação **
•• Ocultação **, Gás Lacrimogêneo
de tubos é um teste de Raciocínio + Ofícios; a bomba de cano
é considerada pronta para lançar a seguinte curva na mesma
contagem de Iniciativa na qual a bomba de cano foi acesa.
Granadas de atordoamento: As granadas de efeito mo-
ral, às vezes chamadas de “flashbangs”, não são projetadas
para causar sérios danos corporais. Em vez disso, elas são
usados para desorientar, distrair ou incapacitar alvos. Quan-
do detonada, uma granada de atordoamento emite uma luz
ofuscante e um estrondo alto ensurdecedor, mas não produz
fragmentos. As granadas de efeito moral são comumente usa-
das em entradas de assalto, e equipes da SWAT e do con-
tra-terrorismo treinam para entrar em uma sala e neutralizar
alvos assim que os flashbangs explodem. Uma granada de
atordoamento normalmente tem um fusível muito curto e, se
as regras da “Granada Alternativa” acima estiverem em uso,
detona a Iniciativa depois que a alça da granada é liberada.
Exemplos: Chinês JYS-1 e JYB-1, americano T470 e M84,
francês ALSETEX
Granadas incendiárias: Granadas incendiárias são pre-
enchidas com produtos químicos que produzem temperaturas
extremas uma vez detonadas. Uma vez incendiada, uma gra-
nada incendiária queimará (em muito da mesma forma que
um clarão de estrada queima) a temperaturas extremamente
altas por 30 a 45 segundos, queimando ou derretendo através
da maioria dos materiais muito rapidamente. Existem dois
subtipos de granadas incendiárias:
As granadas Thermate e thermite são projetadas para des-
truir rapidamente equipamentos duráveis, como blocos de
motor e outras máquinas pesadas, e não explodem, embora
o metal em chamas possa estalar e ameaçar um pequeno raio.
Thermate e thermite são ambas as combinações de alumínio
em flocos e óxido de ferro (ferrugem). Quando incendiada,
uma parte da mistura de thermate é convertida em ferro fun-
dido e queima a cerca de 2.200 graus Celcius. Essa reação
fará com que as partes metálicas fiquem fundidas se entrarem
em contato com a mistura de ferro fundido. O fogo de uma
granada de thermate cobre toda a sua área de explosão, faz
4 (L) pontos de dano por turno e tem o efeito Perfurante de
Armadura 8.
Exemplo: American AN-M14
As granadas de fósforo branco são usadas para iniciar incên-
dios e fornecer fumaça obscurecida, além de ter uma pequena
carga de ruptura para espalhar sua carga. O fósforo branco (WP
ou “Willy-Pete”) é um material ceroso com odor de alho produzi-
do a partir de rochas fosfáticas.
O fogo de uma granada de fósforo branco cobre toda a sua
área de explosão, causa 4 (L) pontos de dano por turno e tem o
efeito Perfurante de Armadura 3. Além disso, uma granada de
fósforo branco também funciona como uma granada de fumaça
(veja abaixo).
Exemplos: Holandês NR-12, alemão DM24, americano M15
Coquetéis molotov, como bombas de cano, são dispositivos
explosivos pré-configurados (ver p. 118), preparados pelo usuá-
rio e então jogados, e por isso são tratados como granadas aqui.
Esses favoritos de Hollywood de desordeiros, punks e membros
de gangues apareceram pela primeira vez durante a guerra russo-
-finlandesa antes do ataque da Segunda Guerra Mundial, e eram
usados com tanta regularidade que o governo finlandês produ-
zia coquetéis Molotov produzidos em massa e até incluía jogos.
Despeje a gasolina em uma garrafa, adicione um pano para um
pavio, luz e jogue. Os coquetéis molotov devem ser acesos antes
de serem lançados. Eles usam as mesmas regras como bombas de
tubo a este respeito. Os coquetéis molotov nunca usam a regra de
granada opcional descrita acima, pois explodem quando o vidro
da garrafa se rompe com o alvo.
Granadas de Fumaça: Granadas de fumaça são preenchi-
das com produtos químicos que emitem fumaça espessa quando
incendiada. Normalmente, as granadas de fumaça brancas são
usadas para ocultar a aproximação ou a fuga, enquanto a fumaça
colorida (geralmente amarela, vermelha, verde ou violeta) serve
para marcar locais específicos para outros observadores. Uma
nuvem de fumaça geralmente dura no mínimo 2 minutos (40
turnos). Um erro que as pessoas cometem às vezes é acreditar que
as granadas de fumaça devem ser lançadas contra as tropas inimi-
gas, a fim de confundi-las e desorientá-las. Tudo isso realmente
esconde o inimigo das tropas amigas.
Exemplos: Dutch NR-16 (branco) e JNS 62-65 (colorido);
Alemão DM15 (colorido); Russo RDG-1 (colorido); Chinês SC-2
(colorido), americano M8 (branco) e M18 (colorido)
Granadas de fumaça enchem sua área de detonação com
fumaça densa que obscurece completamente a linha de visão,
mas não causam dano algum. Trate um personagem oculto pela
fumaça como substancialmente coberto (veja pág. 162, o Livro
de Regras do Mundo das Trevas) de alvos fora da fumaça. Trate
qualquer personagem dentro da fumaça como se eles estivessem
lutando cego (veja pág. 166, o Livro de Regras do Mundo das
Trevas). Grandes munições que produzem fumaça, como projé-
teis de morteiros, funcionam da mesma maneira.
Granadas de Gás Lacrimogêneo: O principal mercado de
Lançadores de Granada
Tipo Alcance Capacidade
Adaptador para Rifle 75/150/300 1 +1*
Inicializador independente 75/150/300 1 3**
Lançador sob o Tambor 75/150/300 1 2**
Pistola de Granadas 400/800/1600 50
* Quando disparado, um adaptador para rifle tem um requisito de Força maior que o do rifle
no qual ele está montado.
** Os lançadores autônomos e sub-canos sofrem com o mesmo recuo alto que aflige os fuzis
grandes (veja p. 73).
*** Veja “Recuo”, p. 54
Nota de Custo: Itens com um Custo “N/A” estão disponíveis para venda não militar apenas
através do mercado negro (veja p. 197).
granadas de gás lacrimogêneo são os departamentos de polí-
cia, que usam essas granadas para controlar tumultos e para
extrair suspeitos de barricadas. Uma granada de gás lacrimo-
gêneo parece e funciona exatamente como uma granada de
fumaça branca, exceto que uma granada de gás lacrimogêneo
emite gás lacrimogêneo em vez de fumaça: veja p. 128 para os
efeitos do gás lacrimogêneo.
Exemplos: American M25A2, russo RDG-2Kh
Lançadores de Granadas
As granadas de mão têm um alcance limitado e, às ve-
zes, é necessário atingir alvos a distâncias maiores do que o
alcance de um braço. Entre em lançadores de granadas, que
disparam grandes projéteis com os mesmos efeitos básicos que
alguns tipos de granada de mão. Essas granadas têm baixas ve-
locidades de focinho e podem ter vários segundos de “tempo
de espera”, então usam fusíveis de impacto em vez de atrasos
de tempo.
Mecânica: Os lançadores de granadas são disparados com
Destreza + Armas de fogo. O dano de um lançador de grana-
das é efetivamente zero, porque um lançador de granadas não
aumenta a precisão dos ataques dos usuários. no entanto, os
sucessos na jogada de ataque ainda aumentam o dano infli-
gido no alvo principal, e a munição do lançador de granadas
ainda adiciona sucessos extras iguais à Força da munição em
jogadas de ataque bem-sucedidas para determinar a quantida-
de de dano infligida.
Adaptadores de rifle: Os primeiros lançadores de grana-
das, introduzidos na década de 1940, eram acessórios de rifle
usados em conjunto com cartuchos vazios. Um adaptador
montado no cano do rifle de um soldado permitiu que ele
prendesse uma granada de fuzil ao fuzil e disparasse um espa-
ço em branco para impulsionar a granada até várias centenas
de metros. Adaptadores de fuzilamento tinham desvantagens
significativas: um adaptador diminuía a precisão do fuzil en-
quanto preso, levava muito tempo para ser usado no campo
de batalha e gerava uma autoimolação espetacular se um sol-
dado acidentalmente usasse munição regular e detonasse a
granada ao atirar. Um rifle equipado com um lançador de
granadas com adaptador de rifle sofre –2 em sua característica
de dano ao disparar munição comum, e se um usuário tentar
lançar uma granada com uma bala comum em vez de um car-
tucho vazio, a granada explode.
Lançadores autônomos: Os lançadores de granadas au-
tônomos normalmente se parecem com espingardas de ação
única de grande capacidade (35mm a 40mm de calibre). Os
lançadores autônomos funcionam como qualquer outra arma
Força Tamanho Custo
- •••
3 ••••
2/N N/A
–(3/3/4)*** 4 N/A
lancadores de granadas 107
 Munição para Granada
Tipo Área de Explosão Força Tamanho Custo Efeitos Principais
HE 10 4(L) 1/C N/A Nocaute
HEDP 10 3(L) 1/C N/A Nocaute, PA 4
Stun 5 3(C) 1/C •• Nocaute, Atordoar
WP 10 4(L) 1/C N/A PA 8, Dano por fogo*, Ocultação**
Fumaça 10 - 1/C •• Ocultação**
Gás lacrimogêneo 10 - 1/C •• Ocultação**, Gás Lacrimogêneo
Iluminação 500*** - 1/C N/A Iluminação***
Baton - 5(C) 1/C •• Nocaute, Atordoar, sem explosão
Buckshot 10 4(L) 1/C N/A Nocaute, Direcional*****
* Dano de Fogo: Cada turno após o primeiro, qualquer coisa que ainda esteja na área de explosão continua a
sofrer dano de fogo igual à Força da granada.
** Ocultação: A área da explosão é preenchida com fumaça oculta. Veja p. 105 para mais informações sobre os
alvos não detectados.
*** Iluminação: A área da explosão é iluminada a níveis crepusculares de visibilidade por um minuto.
**** Direcional: Esta munição faz seu dano listado como uma explosão normal, mas apenas em um cone de 30
graus originado no cano da arma que dispara a munição.
Nota de Custo: Itens com um Custo “N/A” estão disponíveis para venda não militar apenas através do mercado
negro (p. 197).

de fogo, exceto pelo fato de que disparam projéteis de quatro
polegadas de comprimento. Os lançadores autônomos foram
predominantes durante as décadas de 1960 e 1970, mas fi-
caram sem uso militar com a introdução de lançadores sob
cano. Os departamentos de polícia ainda usam lançadores au-
tônomos para entregar munições não-letais contra grupos ou
suspeitos de barricadas.
Exemplos: American M79 (o “Thumper” da fama do Viet-
nã), alemão HK69, CIS de Singapura 40 GL, taiwanês T85
Lançador Sob Cano: A experiência de combate com lan-
çadores independentes provou que eles eram muito volumo-
sos e pesados para os fuzileiros carregarem junto com suas ar-
mas primárias, e granadeiros precisavam de mais autoproteção
do que armas de fogo menores. O lançador sob cano resolveu
esses problemas removendo todas as partes não essenciais de
um lançador e prendendo-o com segurança sob o cano de um
fuzil de assalto. Alguns lançadores sob cano têm estoques de
ombro opcionais que permitem que eles funcionem como lan-
çadores independentes (Custo ••).
Exemplos: M203 americano, F2000 GL belga, AG36 ale-
mão e HK79, GP-25 russo e GP-30, turco MKE MOD 2000
Metralhadoras de Granada: Como o nome sugere, os
GMGs (também conhecidos como lançadores de granadas
automáticos ou AGLs) são metralhadoras em escala capaz de
disparar granadas no modo totalmente automático. Durante
a década de 1970, os GMGs foram desenvolvidos para uso em
canhoneiras e helicópteros e ainda hoje são usados nessas fun-
ções, além de serem montados em caminhões táticos e APCs
para apoio de infantaria. Os GMGs pesam várias centenas de
libras e só podem ser disparados quando montados de forma
segura em um veículo ou tripé.
Exemplos: American Mk. 19, chinês QLZ-87, russo AGS-
17, CIS de Singapura 40 AGL
Munição
Uma ampla variedade de tipos de munição está dispo-
nível para lançadores de granadas. Muitas dessas granadas -
incluindo fumaça, fósforo branco, gás lacrimogêneo e ator-
doamento - funcionam exatamente como suas contrapartes
jogadas à mão. Outros tipos exclusivos de lançadores de gra-
nadas incluem alto explosivo (HE), duplo propósito explosivo
(HEDP), iluminação, bastão e chumbo grosso. As rodadas
produzem um efeito de explosão projetado para suprimir ou
matar alvos inimigos, servindo ao mesmo propósito básico
que granadas de fragmentação. Rodadas HEDP sacrificar um
pouco do seu poder de detonação em troca de até dois cen-
tímetros de penetração de blindagem. A iluminação gira cha-
mas de pára-quedas de fogo. Rodadas de bastão são projéteis
semi-soft não letais. Rodadas Buckshot agem como cartuchos
de espingarda gigantes, proporcionando um poder de fogo
devastador. Todas as granadas lançadas, com exceção das ro-
dadas baton e buckshot, têm uma distância mínima de arma-
mento de 15 metros: dentro dessa faixa, uma granada lançada
não explodirá, funcionando como um slug de espingarda com
dano 4 (L).
Artilharia
Artilharia fornece suporte de tiro de longo alcance. Ao
longo da história da guerra, mais mortes resultaram da arti-
lharia do que por qualquer outro meio - daí seu apelido, “o
Rei da Batalha”.
Armas de artilharia são armas de fogo indireto. No fogo
indireto, uma arma não pode ser mirada no alvo e deve ser
apontada usando a distância e o rumo (direção). Uma arma
de fogo indireto é mais usada quando o alvo não é visível,
como quando está atrás de uma montanha ou outro objeto
que bloqueia a linha de visão. O fogo indireto também pode
ser usado quando o alvo está bem fora do alcance para ata-
ques de armas pequenas, mas ainda é visível para a bateria
(um grupo de peças de artilharia).
Armas de artilharia desempenham vários papéis diferen-
tes nas operações de combate: apoio de fogo próximo, de fogo
cruzado e fogo de interdição.
Missões de apoio de fogo próximas são usadas para ata-
car forças inimigas que estão bem além do alcance de armas
convencionais, mas ameaçam ou estão prestes a ameaçar as
forças amigas. Esta missão ocorre em conjunto com observa-
dores avançados, pessoas que chamam e guiam o fogo de uma
posição onde eles podem observar os pontos de impacto de
cada rodada.

108 capitulo tres - armamento tatico e pesado

 Artilharia
Cartucho de Artilharia Área de explosão Força Tamanho Efeitos Primários
Cartuchos de Morteiro de 51 mm
Alto Explosivo (HE) 10 4 3 Explosão do 9, Nocaute
Iluminação 1.000 - 3 Sem área de explosão secundária, Iluminação
Fumaça 10 - 3 Sem área de explosão secundária, Ocultação

Cartuchos de Morteiro de 60 mm
Alto Explosivo (HE) 10 4 3 Explosão do 8, Nocaute
Iluminação 1.000 - 3 Sem área de explosão secundária, Iluminação
Fumaça 15 - 3 Sem área de explosão secundária, Ocultação

Cartuchos de Artilharia de 105mm

Alto Explosivo (HE) 15 5 3 Explosão do 9, Nocaute
Fragmentar 15 5 3 Explosão do 8, Nocaute
HERA 15 5 3 Explosão do 9, Nocaute
Iluminação 1.500 - 3 Sem área de explosão secundária, Iluminação
Fumaça 20 - 3 Sem área de explosão secundária, Ocultação

Cartuchos de Artilharia de 122mm

HE 20 6 3 Explosão do 8, Nocaute
HEAT-FS 10 6 3 Explosão do 8, Nocaute, Perfurante de Armadura 4
Incendiário 15 4 3 Dano por fogo, Ocultação
Iluminação 1.500 - 3 Sem área de explosão secundária, Iluminação
Fumaça 25 - 3 Sem área de explosão secundária, Ocultação

3 “Tiro Sólido 5 3 3 Nocaute

Nota de Custo: Estas armas estão disponíveis para venda não militar apenas através do
mercado negro (ver p. 197).

Missões de contra-fogo são usadas contra unidades de arti- mira e um dispositivo de ajuste de elevação. Um morteiro é se-
lharia inimigas, que podem incluir equipes de morteiros, defesa melhante a uma munição de lançador de granadas, consistin-
aérea, sistemas de mísseis etc. O objetivo das ações de contra-fogo do em propelente, carcaça, fusível e carga explosiva. Quando
é suprimir a artilharia inimiga para permitir que forças amigas solto no morteiro, o cartucho entra em contato com um pino
liberem livremente o movimento - e matar a artilharia inimiga de disparo, que dispara o propelente instantaneamente. Não
-defender antes que ele possa retornar o sentimento. existe nenhum mecanismo de gatilho complicado. Essa cons-
As missões de fogo de interdição destinam-se a negar o aces- trução simples torna os morteiros os favoritos das forças com
so do inimigo a uma área específica. Este tipo de missão pode ser capacidades técnicas limitadas, como movimentos de insur-
usado para redirecionar as forças inimigas de uma área específica gência. Morteiros podem pesar entre 20 e 130 kg (sem contar
ou para limpar uma área para uso posterior das forças amigas. munição) e podem ser divididos em várias partes para facilitar
Mecânica: Os ataques com artilharia são feitos com um tes- a viagem. A maioria dos morteiros emprega uma equipe de
te não-modificado de Inteligência + Armas de Fogo. Disparar três a quatro pessoas para operar e transportar.
a artilharia é uma habilidade especializada, porque geralmente A maioria dos morteiros modernos incendeiam uma ca-
envolve disparar contra alvos fora do alcance visual da equipe de mada de largura de 60mm a 120mm e são eficazes contra alvos
artilharia, usando coordenadas fornecidas por um mapa e um em distâncias de mais de 1.000 metros. Historicamente, no
observador se comunicando pelo rádio. Personagens sem a Espe- entanto, morteiros foram tão grandes quanto 90cm. Caracte-
cialização Artilharia em Armas de Fogo não podem usar sua Ha- rísticas são dados para os morteiros menores que os persona-
bilidade Armas de Fogo para atacar, e devem, em vez disso, usar gens podem encontrar nas mãos das unidades de infantaria.
Inteligência com uma penalidade de –2 por não ser treinado. Exemplos: American M224, British L-16a2, Israelita C-03
Ao contrário das armas de fogo direto, os sucessos na jogada Commando Mortar
de ataque para armas de fogo indireto não contribuem para o
dano. Em vez disso, assumindo um sucesso, o alvo simplesmente Canhões
recebe dano de acordo com as características da Área de Impacto Os Obuzeiros (canhões modernos) são maiores do que
os morteiros e os disparos de fogo sem propelente interno - os
da Artilharia e da Força. As regras de Explosão do 8 e 9 não se
aplicam ao teste de ataque, mas apenas ao dano. Todas as gra- artilheiros devem carregar um ou mais sacos de propelente
(“cargas de pó”) separadamente antes de disparar. “Obuzeiro”
nadas de artilharia com característica Força infligem dano letal.
é derivado de Haubitze, uma palavra alemã que significa um
Morteiros cartucho explosivo. Canhão também pode ser usado para des-
Um morteiro é uma arma de fogo indireto móvel simples, crever um ataque brutal e impiedoso.
consistindo de um tubo de canal liso preso a uma base com uma Os canhões podem ser rebocados por veículos ou au-

artilharia 109
 topropelidos (geralmente como veículos de tração). Os obus
são projetados para missões de fogo indireto, e a maioria dos
obuseiros está limitada a um arco de disparo de 60 graus. Suas
munições variam de 75 mm a mais de 200 mm, sendo 120
mm a 155 mm a mais comum. Algumas armas da Segunda
Guerra Mundial eram ainda menores, variando de 35mm a
47mm. Por causa de seu poder, essas armas têm faixas listadas
em quilômetros.
Exemplos: US M59 “Long Tom” 155mm (rebocado), Rus-
so 2S3 Akatsiya 155mm (autopropelido), Tipo Chinês 59-1
130mm (rebocado)
Ao contrário dos morteiros, que têm uma alcance limi-
tado a tipos de munição, os obuses têm uma infinidade de
munições disponíveis: alto explosivo (HE), fumaça, ilumina-
ção, alto explosivo assistido por foguete, estabilizador anti-tan-
que altamente explosivo (HEAT-FS), incendiário, químico e
110 capitulo tres - armamento tatico e pesado
nuclear. Círculos de alto explosivo, fumaça e iluminação são
grandes irmãos para as versões disparadas por morteiros, mas
desempenham a mesma função. Um projétil altamente ex-
plosivo assistido por foguete (HERA) é um projétil altamente
explosivo que, uma vez disparado da arma, usa um foguete
a bordo para impulsionar o projétil mais longe do que um
projétil convencional, mas tem os mesmos efeitos que um in-
vólucro HE. O escudo HEAT-FS é um invólucro anti-tanque
que, quando lançado, gera várias barbatanas para ajudar a
controlar sua trajetória de vôo e fornecer uma foto mais preci-
sa. Escudos incendiários são destinados a iniciar incêndios e
produzir fumaça obscurecida.
Cartuchos maiores (com 155mm ou mais) têm a capa-
cidade de transportar cargas úteis de destruição em massa,
como as químicas (ver “Armas Químicas”, p. 126) e até armas
nucleares (ver “Armas Nucleares”, p. 123). Os obus também
 Lançadores de Foguetes e Mísseis
Tipo Dano Área de Força Alcance Força Tamanho Efeitos Primários
Explosão
Lançadores de Foguetes
Anti-Tanque, HE –1(L)+5 10 5 500/1000/2000 3 3 Explosão do 9,
Nocaute
Anti-Tanque, CALOR –1(L)+10 5 3 500/1000/2000 3 3 Nocaute, PA 17
Descartável, Leve HEAT –3(L)+8 3 3 125/250/500 3 2/N Nocaute, PA 14
Descartável, pesado HE –2(L)+5 5 4 250/500/1,000 3 2/N Explosão do 9,
Nocaute
Descartável, Pesado HEAT –2(L)+14 5 4 250/500/1,000 3 2/N Nocaute, PA 20
Lançadores de Mísseis
SAM 2(L)+10 15 3 2,000/4,000/8,000 3 4 Nocaute
ATGM 0(L)+20 5 5 500/1000/2000 3 4 Nocaute, PA 30
Nota de Custo: Estas armas estão disponíveis para venda não militar apenas através do mercado negro (ver p. 197).

têm uma grande variedade de munições carregadas com carga útil, ne-
nhuma das quais será discutida aqui, como minas, granadas, fragmen-
tários, equipamento de interferência de rádio e flechette.

Foguetes e Mísseis
O próximo passo na evolução das armas pesadas militares após a
introdução da artilharia foi o desenvolvimento de foguetes e mísseis,
que fornecem o mesmo perfil de danos básicos, mas com maior alcance
e, no caso de mísseis guiados, maior precisão. Em termos militares, a
principal diferença entre um foguete e um míssil é que o último possui
um sistema de orientação que aumenta sua precisão, em vez de confiar
apenas na habilidade do operador, na balística e na sorte.
Devido à precisão limitada de foguetes não guiados, eles têm dois
usos principais. Os personagens são mais propensos a encontrar pe-
quenos lançadores de foguetes antiteculares portáteis projetados para
desativar tanques ou destruir veículos terrestres mais leves. Os foguetes
de bombardeio são uma alternativa mais barata para os obuseiros, pos-
suindo alcance equivalente e poder impressionante à custa da precisão
e eficiência geral.
Mecânica: Ataques com foguetes e mísseis exigem um teste de Des-
treza + Armas de Fogo. Personagens sem a Especialização Armas de
Fogo Pesadas em Armas de Fogo sofrem –2 de penalidade neste teste.
Ataques contra alvos menores que Tamanho 10 sofrem uma penalidade
igual ao diferencial de Tamanho, e algumas armas exigem que os alvos
sejam ainda maiores (veja descrições individuais).

Lançadores de Foguetes
Lançadores de foguetes portáteis são o principal meio pelo qual
os soldados de infantaria, mesmo as balanças, enfrentam veículos blin-
dados ou posições fortificadas. Os lançadores de foguetes disparam fo-
guetes não guiados com dois tipos principais de ogivas. Ogivas HEAT
(High Explosive Anti-Tank) são em forma de cargas projetadas para
perfurar blindados veiculares com força explosiva e um jato de metal
fundido, enquanto ogivas HE (High Explosive) têm efeitos normais de
explosão omnidirecional.
Lançador de Foguete Antitanque: Apesar do nome, poucos lança-
dores de foguetes “antitanque” têm a chance de destruir um moderno
tanque de guerra (embora um golpe de sorte possa imobilizar um). No
entanto, veículos blindados mais leves são presas fáceis para um ataque
bem colocado. A maioria dos lançadores de foguetes é suficientemente
desajeitada para um soldado, sendo que um deles tem um ou mais assis-
tentes para carregar munição extra - e para protegê-lo de ameaças muito
próximas para se envolver com segurança.
Exemplos: sul-africano FT-5, israelense B-300, russo RPG-7 (o icôni-
co foguete-granulado), sueco Carl Gustav, alemão Panzerfaust 3
Lançador de Foguetes Descartável: Em vez de projetar um caro

lancadores de foguetes e misseis 111

 Armamento de Veículos Militares
Arma Dano Área de Explosão Força Alcance Capacidade Efeitos Especiais
Canhão Automático
Leve 2(L)+2 - - 600/1200/2400 400 PA 8, Traçador (ver p. 85)
Alta velocidade 1(L)+2 - - 800/1600/3200 300 Traçador (ver p. 85)
Pesado 2(L)+2 - - 500/1000/2000 200 PA 18, Traçador (ver p. 85)
Arma de Tanque
Sabot 3(L)+25 - - 1200/2400/4800 1 Explosão do 8, PA 40
CALOR 2(L)+5 4 5 1000/2000/4000 1 PA 30
Míssil Ar-Ar
Curto alcance 2(L)+3 10 3 5000/10.000/20.000 1
Longo alcance 2(L)+4 15 4 9000/18.000/36.000 1

sistema de lançador recarregável para um soldado de infan-
taria que só pode dar um ou dois tiros antes de ser morto,
muitos militares preferem sistemas leves de uso único. Um
lançador de foguetes descartável consiste em um único fogue-
te embalado em um tubo telescópico. Quando colapsado, o
tubo protege o foguete e o mecanismo de observação e dispa-
ro. Quando estendido (o que leva um turno completo e au-
menta o tamanho do lançador em 1), o lançador está pronto
para disparar. Uma vez disparado, o tubo vazio é inútil e pode
ser descartado.
Exemplos (luz): American M72 LEI (Light Anti-Tank Wea-
pon), russo RPG-22, chinês PF-89
Exemplos (pesados): britânico LAW-80, sueco AT-4, russo
RPG-27
Lançadores de Mísseis
Os lançadores de mísseis são mais sofisticados que os lan-
çadores de foguetes, já que os lançadores de mísseis incorpo-
ram sistemas de direcionamento e orientação eletrônica para
controlar os mísseis disparados. Existem dois tipos principais
de mísseis guiados. Os mísseis autoguiados possuem sensores
de bordo (como sensores de radar ou de calor) que substituem
os sistemas de mira dos lançadores após o lançamento para
direcionar os mísseis para seus alvos. Os mísseis guiados por
terminal, em comparação, exigem alguma forma de controle
remoto após o lançamento, seja instruções diretas de direção
transmitidas através de um fio ou um ponto de laser mantido
firme nos alvos até o impacto.
Por questões de simplicidade, essas regras ignoram o tem-
po de voo extenso (possivelmente até vários turnos, em um
alcance extremo) e assumem que todos os mísseis atacam no
mesmo turno quando são disparados. Um personagem que
dispara um lançador de mísseis deve mirar por pelo menos
um turno antes de atirar ou o ataque perde o benefício da Ex-
plosão do 10 e a cada 1 rolado cancela um sucesso. Recarregar
um lançador de mísseis leva três turnos.
Lançador SAM: O míssil terra-ar é a ruína da existên-
cia do helicóptero e é igualmente eficaz contra aeronaves de
asa fixa que voam demasiadamente baixas e lentas. Tanto os
Estados Unidos quanto a União Soviética exportaram ampla-
mente os SAMs durante os anos 80 e, hoje, os SAMs estão
nas mãos de insurgentes e negociantes de mercado negro em
todo o mundo. Os SAMs usam sensores térmicos que detec-
tam o calor do motor, escape ou partes móveis do alvo. A
maioria dos SAMs é fusionada à proximidade, explodindo
quando eles chegam perto o suficiente dos alvos para ter uma
boa chance de causar dano de fragmentação. Como os SAMs
exigem que os alvos sejam recortados contra um fundo unifor-
me para obter o melhor efeito, os SAMs têm um desempenho
fraco contra alvos terrestres, e qualquer ataque de desespero
sempre resulta em apenas uma chance, com um ataque “bem-
-sucedido” causando apenas metade do dano.
Exemplos: Chinês HN-5, americano FIM-92 Stinger, bri-
tânico Javelin, russo SA-7 “Grail”
ATGM Launcher: Um míssil guiado antitanque é a
arma com a qual um único personagem pode destruir um
tanque. Alguns lançadores ATGM avançados usam orien-
tação por radar ou a laser, mas a maioria dos ATGMS são
sistemas TOW (Tubeleirados, Rastreados Opticamente, Guia-
dos por Arame), nos quais os mísseis arrastam fios de direção
atrás deles, através dos quais o artilheiro envia comandos de
direção. ATGMs carregam ogivas HEAT, o que lhes confere
imensa capacidade de penetração de blindagem, mas limita
sua utilidade contra alvos de área. Contra alvos menores que
Tamanho 15, ataques com ATGMs sofrem uma penalidade
igual a diferença de Tamanho.
Exemplos: Eryx Francês, Dragão Americano M47, Pico
Israelense NT-S, Russo 9M131
Armamento de Veículos Militares
Veículos militares (ver Capítulo Três) carregam armas
muito mais poderosas do que os itens de escala pessoal de-
talhados nos outros capítulos deste livro. O que se segue não
é de forma alguma um catálogo completo, mas sim um con-
junto de regras genéricas e descrições suficientes para serem
usadas quando os horrores antigos e as forças militares mo-
dernas colidem.
Mecânica: Os ataques de armamento em escala de veí-
culo são resolvidos usando o sistema de combate a distância:
Destreza + Armas de Fogo + a característica de Dano da arma.
Personagens sem Especialização em Armamento Pesado so-
frem uma penalidade de –2 neste teste.
Canhão Automático: Também conhecido como um ca-
nhão automático ou canhão de corrente, um canhão auto-
mático é uma metralhadora dimensionada para calibres de
20mm ou maior. Veículos terrestres e helicópteros usam os
mesmos projetos básicos de luz. Lutadores de superioridade
aérea carregam canhões giratórios do tipo Gatling, precisan-
do da alta taxa de disparos para garantir batidas enquanto se
movem a 500 milhas por hora ou mais rápido (características
da arma já refletem o equilíbrio de precisão entre uma taxa
de disparo de 1.200 rpm e a suposta alta velocidade de o atira-
dor). Os caças de ataque ao solo, que precisam de velocidade
e potência para matar veículos blindados inimigos, carregam
os modelos mais pesados possíveis. Todos os canhões auto-
máticos são capazes apenas de autofire, não de tiros únicos.

112 capitulo tres - armamento tatico e pesado

A maioria carrega uma mistura de tipos de munição, o que é testemunham a explosão em massa que esta arma produz.
refletida na coluna “Efeitos Especiais” da tabela a seguir. Além do dano físico, o dano psicológico que essa arma cria
Arma de Tanque: Uma arma de tanque moderna é a coisa é imensurável. A área de explosão primária é de 900 metros.
mais próxima de um raio da morte no campo de batalha moder- Para fins de jogo, ao lidar com essa quantidade de explosi-
no, capaz de matar qualquer coisa que o artilheiro da arma possa vos e a própria natureza da explosão, considere a morte de
ver. Um tanque típico carrega uma mistura de 40 tipos de dois qualquer pessoa dentro do efeito primário de explosão, e os
tipos comuns de munição: sabotões de urânio empobrecido, dar- personagens dentro do efeito de explosão secundária estarão
dos de metal de 38 libras que viajam a mais de 1.500 metros por praticamente mortos (1 ponto de Vitalidade à esquerda).
segundo e matam outros tanques e projéteis HEAT (High Explo- Apressado através do desenvolvimento, a fim de ver o
sive Anti-Tank), que matam todo o resto. Recarregar uma arma uso na Operação Iraqi Freedom, o MOAB nunca foi usado
de tanque requer três ações completas, que tanto o artilheiro devido à rápida resolução dos principais combates. O MOAB
quanto o carregador do tanque podem realizar para fazer o tra- ainda precisa ser colocado em campo contra um alvo inimigo.
balho mais rápido. Uma arma de tanque é projetada para atingir Devido a isso e a raridade do MOAB, nenhuma quantidade
os veículos - contra um alvo menor que Tamanho 15, todos os de Recursos, Contatos ou Status permitirá que um persona-
ataques sofrem uma penalidade igual a diferença de Tamanho. gem compre uma dessas armas. O roubo, por outro lado, não
Míssil Antitanque: Os mísseis antitanque transportados está fora de questão.
por IFVs e aeronaves de ataque ao solo possuem características
idênticas às do lançador ATGM (ver p. 109). Na verdade, eles ge-
ralmente são os mesmos modelos, adaptados para o lançamento Veículos e Explosões
de veículos.
A física básica força uma explosão a gastar
Míssil Ar-Ar: Existem dois tipos básicos de mísseis ar-ar.
sua energia uniformemente em todas as
Um modelo de curto alcance prende-se ao calor do escape do
direções, o que resulta na maior parte
motor ou das bordas das asas de um alvo. Outras fontes de ca-
dessa energia sendo desperdiçada no ar
lor fortes no campo de visão dos sensores dos mísseis, como as
vazio. Como um veículo tem mais área de
chamas de magnésio ou o sol poente, podem desviar o míssil,
superfície do que um personagem, o veículo
causando uma penalidade de –5 nos ataques. Mísseis de longo
recebe uma quantidade proporcionalmente
alcance usam orientação por radar. Um alvo que se esconde na
maior dessa energia quando um explosivo
“desordem do solo” (por exemplo, abaixo do nível da copa das
dispara próximo ao veículo. Para simular
árvores ou no topo do telhado) ou implanta o joio (pacotes ex-
essa destruição aumentada, sempre que um
plosivos de tiras de alumínio) também inflige um –5 em tais
veículo sofrer dano de um explosivo, au-
ataques. Os mísseis ar-ar são precisos contra grandes alvos aéreos.
mente o dano causado (após todos os testes
Um ataque contra um alvo menor que Tamanho 20 sofre uma
e rolagens) pelo Tamanho do veículo –5 ou
penalidade igual a diferença de Tamanho e um ataque contra
pela Área de Explosão, o que for menor. Por
um alvo que não esteja voando sofre uma penalidade adicional
exemplo, se um carro esportivo (Tamanho
de –5.
10) sofre 2 pontos de dano de uma explo-
Bombas Aéreas são próxima com uma Área de Explosão 8,
o dano causado é aumentado em 5, até um
As bombas aéreas, em toda a sua simplicidade, nada mais
total de 7 pontos. A critério do Narrador,
são do que grandes dispositivos explosivos lançados de aviões.
essa regra também pode se aplicar a outros
Enquanto em qualquer sessão de jogo, provavelmente não há
alvos de Tamanho maior que 5. Para obter
muita necessidade de um bombardeio aéreo, esses tipos de ar-
mais informações sobre veículos, consulte o
mas fazem backstories perfeitos ou ameaças em potencial.
Capítulo Quatro.
Bomba de 2.000 libras: Apenas cerca de metade do peso
da bomba de 2.000 libras é explosivos. A outra metade é o me-
canismo de armar e a caixa de aço. Estas bombas maciças são
projetadas para fornecer um grande efeito de explosão seguido Lança-chamas
por efeitos fragmentários do invólucro de aço de quase uma po- Lança-chamas não são uma criação moderna. O exérci-
legada de espessura. A área de explosão de uma dessas armas é to bizantino do século 5 bombearia “fogo grego” através de
de 80 metros, a Força é 8 (L) e qualquer coisa dentro da área de tubos de latão nas forças inimigas. Como um lança-chamas
explosão primária sofre Atordoar e Nocaute. continuava a queimar mesmo na água, essa era uma arma par-
US GBU-43/B MOAB: Tão grande, com 9 metros de com- ticularmente eficaz contra as forças navais. Os lança-chamas
primento e pesando 9.500kg (8.500kg do total sendo material modernos são mais avançados, mas ainda funcionam da mes-
explosivo), que esta bomba tem que ser despejada na parte de ma maneira. Eles têm três componentes: a reserva de combus-
trás de um avião de carga C-130 , o GBU-43/B MOAB (pro- tível, o alojamento da arma e o sistema de ignição.
nuncia-se MOE-ab) é oficialmente chamado de Bomba de Ar A reserva de combustível contém uma mistura de com-
Explosivo Massivo, mas foi apelidado de “Mãe de Todas as bustível que produz quase os mesmos efeitos atribuídos ao
Bombas” por causa de seu tamanho e capacidade destrutiva.
Embora não seja a maior arma convencional (não nuclear) Tipo Alcance Capacidade Força Tamanho Custo
que os militares dos EUA têm em seu arsenal (essa distinção Militares 10/20/40 5 3 4 N/A
cairia para a bomba T12 “Terremoto”), certamente está entre Civil 2/5/10 10 10 4 •••
as quatro ou cinco primeiras. Nota de Custo: Itens com um custo “N/A” estão dis-
Além da destruição total, o MOAB tem uma função im- poníveis para venda não militar apenas através do mercado
portante: gerar medo ou aterrorizar as tropas inimigas que negro (veja p. 194).

lanca chamas 113

 “fogo grego” usado séculos atrás. A reserva de combustível
também contém um tanque de pressão que empurra o com-
bustível pelo sistema. O alojamento da pistola controla a taxa
na qual o combustível flui. O sistema de ignição está no final
do bico de pulverização e inflama o combustível quando sai
da arma. Alguns dos primeiros lança-chamas eram chamados
de Zippos, porque os sistemas de ignição eram tão pouco con-
fiáveis que os soldados teriam que usar seus isqueiros para
acender o combustível. Por definição mais rigorosa, os lan-
ça-chamas não atiram fogo; eles atiram líquido em chamas.
Este líquido pode até ser rebatido das paredes, de modo que
possa atingir áreas invisíveis. Lança-chamas são usados princi-
palmente para atacar fortificações, como bunkers. Granadas
podem ser jogadas para trás, mas fogo líquido não pode.
Lança chamas estão disponíveis em modelos civis e mi-
litares. As únicas diferenças reais entre os dois são o alcance
e a capacidade de combustível. Os lança-chamas do mercado
civil são usados para limpar o mato, iniciar queimaduras con-
tra incêndios florestais e, em áreas densas da selva, combater
infestações perigosas de insetos.
Um ataque de lança-chamas é resolvido como uma explo-
são longa de autofire com Dano base 0: o usuário ganha +3
de bônus em sua jogada de ataque, e pode atacar vários alvos
se ele estiver disposto a sofrer as penalidades necessárias (veja
o Livro de Regras do Mundo das Trevas, p. 160). Persona-
gens sem Especialização em Armamento Pesado para Armas
de Fogo recebem –2 de penalidade neste teste. A explosão de
combustível emitida por um lança-chamas é do tamanho de
uma fogueira (Dano 2) e queima com a intensidade de um in-
cêndio a gasolina (+2 de bônus por Dano). Assim, um ataque
com lança-chamas nunca infligirá mais de 4 pontos de dano.
Qualquer personagem atingido por um ataque de lança-cha-
mas é automaticamente incendiado, e nos turnos seguintes e
subsequentes, ele continuará a receber tanto dano quanto ele
sofreu no ataque inicial por turno até ser extinto (veja p. 180,
o Livro de Regras do Mundo das Trevas).

Demolicoes
Enquanto alguns explosivos são armas atiradas contra
um inimigo, a maioria, e especialmente a maioria dos perso-
nagens explosivos que potencialmente terão acesso, não são.
Em vez disso, esses explosivos são usados para destruir alvos
estacionários, seja uma ponte, um túnel de mina aberta ou
a porta de proteção reforçada na base de uma antiga estátua
ciclópica que se eleva do deserto. Esses explosivos são demo-
lições.

Tipos de Explosivos
Explosivos podem ser divididos em duas classificações
básicas, explosivos baixos e explosivos altos. Explosivos bai-
xos inflamam mais devagar e criam menos pressão (A maioria
dos explosivos baixos queima em vez de explodir). Os explosi-
vos baixos mais comuns são propelentes e pó preto. Os altos
explosivos detonam quase imediatamente e criam enormes
quantidades de força. Os explosivos mais comuns são a Com-
posição 4 (C-4) e a TNT.
Os efeitos explosivos vêm em cinco tipos gerais: explo-
são, crateramento, penetração de carga em forma, fragmen-
tação e incendiário. Cada tipo tem suas próprias vantagens e
desvantagens contra um alvo.
Efeitos de explosão são criados pela liberação rápida de
energia na forma de calor, pressão e som. Cada dispositivo

114 capitulo tres - armamento tatico e pesado

explosivo cria, no mínimo, um efeito de explosão. Quando um
personagem é exposto a efeitos de explosão, o personagem pode
ter lesões internas devido à rápida mudança de pressão sem ter
evidência externa do dano.
Efeitos de crateramento criam grandes buracos ou depres-
sões: crateras. Cargas de crateramento podem ser colocadas no
uso da superfície). As cargas aplicadas na superfície são usadas
principalmente para criar obstáculos apressadamente quando o
tempo não permite a colocação correta.
Penetração de Carga em Forma é uma explosão focada
projetada para aplicar a força máxima da explosão em direção
a um determinado alvo. Geralmente, esses tipos de dispositivos
explosivos são projetados para penetração de blindagem, como
em armas antitanque. A explosão cria um efeito de área mínima
e deixa muito poucas evidências externas. Veículos blindados e
estruturas reforçadas (como complexos de bunker) apresentam
os melhores alvos para ataques de carga em forma.
Os efeitos de fragmentação são criados pela quebra do in-
vólucro do invólucro de um explosivo de efeito explosivo. Esses
tipos de dispositivos criam centenas ou milhares de minúsculos
fragmentos que inundam uma área, matando ou ferindo alvos
levemente blindados. O tipo mais comum de explosivos de frag-
mentação são granadas e minas antipessoal.
Dispositivos incendiários criam calor intenso projetado
para acender materiais combustíveis próximos. Dispositivos
incendiários são melhor acoplados a outros efeitos explosivos,
como explosão e fragmentação, para garantir a destruição com-
pleta dos alvos.
Todos os explosivos listados nesta seção criam efeitos explo-
sivos. Os outros efeitos vêm de aplicações técnicas específicas dos
explosivos, como granadas ou minas terrestres.
Nitroglicerina
Desenvolvida em 1847, a nitroglicerina (comumente cha-
mada de “nitro”) foi um dos primeiros explosivos de alta intensi-
dade. A nitroglicerina é um líquido altamente instável. Mesmo o
menor impacto ou atrito pode detonar a mistura. Ao manusear
nitroglicerina, um personagem deve fazer um teste de Destreza
+ Autocontrole a cada cinco minutos. A falha faz com que a ni-
troglicerina detone prematuramente. Devido a questões de segu-
rança, a nitroglicerina não é mais usada na forma líquida. No en-
tanto, é o ingrediente básico para dinamite e outros explosivos.
Dinamite
Em 1867, Alfred Nobel, que mais tarde criaria e financiaria
os Prêmios Nobel, inventou um método para transportar e ma-
nusear com segurança a nitroglicerina. Ele combinou nitroglice-
rina com kieselguhr, uma substância fossilizada e semelhante à
argila. Isso criou uma substância viscosa que ele transformou em
bastões, o que permitiu o uso relativamente seguro e o transporte
de nitroglicerina sem a perda do poder destrutivo.
TNT
O trinitrotolueno (TNT), um dos explosivos mais comuns
encontrados em aplicações militares e civis, é extremamente es-
tável, confiável e seguro para o transporte. Para detonar, o TNT
requer uma grande quantidade de calor e pressão; Nenhum des-
tes, por si só, causará a detonação. Isso oferece uma proteção
significativa ao campo de batalha, já que a TNT é segura contra
incêndios de armas leves e manuseio indevido ocasional.
C-4
A composição 4, comumente chamada de C-4, é um explo-
sivo plástico que é macio e moldável com uma textura seme-
lhante a argila. O C-4 tem sido popularmente caracterizado
como similar ao Silly Putty, quando, na verdade, o C-4 tem
cor branca e mais como argila de modelagem. Ao contrário da
dinamite e da TNT, o C-4 é usado quase exclusivamente pelos
militares. Como o TNT, o C-4 também requer calor e pressão
para detonar. O C-4 vem embalado em duas formas, um bloco
de uma e meia libra ou meia libra, cada uma com fita adesiva
sensível à pressão em um lado. O C-4 é usado principalmente
para cortar e romper metal e concreto.
ANFO
Embora tecnicamente classificado como um agente de
detonação, o óleo combustível de nitrato de amônio (ANFO)
requer TNT ou um explosivo equivalente para detonar. Como
o ANFO é relativamente barato de produzir e não pode ser
detonado por meras tampas de detonação, ele substituiu a
dinamite para a maioria das aplicações de jateamento comer-
cial. O ANFO é o explosivo caseiro preferido dos insurgentes
rurais, que têm acesso ao fertilizante e ao óleo combustível
necessários para sintetizar esse agente explosivo.
Semtex
O Semtex é um explosivo plástico feito na República
Tcheca que é inodoro, estável e altamente destrutivo - quase
duas vezes mais poderoso que o TNT. Tão pouco quanto três
libras de Semtex pode nivelar um prédio de dois andares, e,
como resultado, Semtex se tornou um dos favoritos dos terro-
ristas bem financiados. Exportado pesadamente pelas repúbli-
cas checa e eslovaca durante os anos 80 e recentemente rou-
bado em grandes quantidades, o Semtex é um dos explosivos
mais comuns encontrados no mercado negro hoje.
Pólvora
A pólvora tem estado em constante uso desde sua inven-
ção por acidente na China, com apenas pequenas mudanças
na fórmula ao longo dos mil anos que se passaram. A pólvora
é um explosivo baixo porque explode apenas quando está sob
pressão (quando acesa, a pólvora só queima). A pólvora origi-
nalmente produzia uma fumaça preta quando disparada, mas
no final do século 19, uma versão sem fumaça foi inventada.
Pó Flash
Quando aceso, o pó flash emite um clarão luminoso e
uma nuvem de fumaça, queimando tão rápido que parece de-
saparecer. Flash em pó é um item comum usado em perfor-
mances teatrais e mágicas e foi usado na infância da fotografia.
Acessórios
Fusíveis com atraso de tempo (ou fusíveis de tempo)
contêm pó preto dentro de tubos flexíveis. Quando aceso, o
fusível queima a uma taxa constante. Para determinar a velo-
cidade com que cada carretel de fusível de retardamento de
tempo queima, uma seção de três pés é cortada, acesa e crono-
metrada; os resultados são marcados no carretel. Um fusível
de tempo pode ser iniciado por um dispositivo de ignição de
fusível de tempo (comum em kits de demolição) ou simples-
mente aceso por um fósforo ou alguma outra fonte de calor.
Cordão de Segurança se assemelha a um fusível de
atraso de tempo, mas contém um núcleo altamente explosi-
vo em vez de pó preto. Uma vez detonado, o cabo explode
a uma velocidade quase instantânea. O cordão de segurança
é essencialmente uma corda explosiva e pode ser usado para
demolicoes 115
 pequenas necessidades de demolição, como derrubar árvores a área de explosão primária (em incrementos de cinco metros)
ou abrir locks ao ar livre. ou criar uma quantidade adicional do mesmo explosivo (para
As minas explosivas detonadas apenas pelo calor ou pela criar mais de uma bomba).
pressão são o principal método de detonação para a maioria Equipamento Sugerido: Manuais de demolição militar
dos explosivos modernos. O calor de uma corrente elétrica ou (+2), Livros de química (+1), Produtos químicos de alta qua-
de um segmento de queima de um fusível de atraso de tempo lidade (+2), Acesso à Internet (+1), Espaço de trabalho silen-
é o suficiente para desligar o jateamento. Se jogadas, as deto- cioso (+1)
nações detonarão no impacto. Penalidades sugeridas: Material de referência incorreto
As máquinas de jateamento vêm em muitos tamanhos ou enganoso (–3), Produtos químicos de baixa qualidade (–2),
diferentes e são categorizadas por quantos detonadores eles Falta de material de referência (–1), Distrações (–1)
podem disparar de uma só vez. A maioria das máquinas de de-
capagem portáteis são máquinas de 10 cap, que podem iniciar Armando/Desarmando
10 detonadores conectados em série.
Detonadores de rádio são máquinas de jateamento mi-
Dispositivos Explosivos
Parada de Dados: Raciocínio + Ofícios + Equipamento
niaturizadas com receptores de rádio que se conectam direta- Ação: Estendida (e disputada, quando desarmando);
mente a uma tampa de detonação. Um transmissor separado cada teste representa 10 minutos de trabalho Antes de armar
envia o sinal de detonação, mas os sinais dispersos também um dispositivo explosivo, o personagem deve decidir qual tipo
podem disparar a detonação prematuramente. Sistemas de de sistema de iniciação ele vai usar. Os sistemas de disparo elé-
detonação de rádio têm um alcance de algumas centenas de trico são mais rápidos de armar, mas menos seguros e confiá-
pés a várias milhas. veis que os sistemas não elétricos. Um sistema de tiro elétrico
Os detonadores de contagem regressiva são temporiza- inflige uma penalidade de -1 para armar e desarmar, mas cada
dores digitais com detonadores embutidos. Um detonador de jogada representa apenas cinco minutos de trabalho. Cada
contagem regressiva é colocado em um explosivo (de preferên- pessoa constrói e arma explosivos de forma única, de modo
cia um explosivo plástico como Semtex ou C-4), definido para que cada configuração é como uma impressão digital que os
contar uma quantidade específica de tempo antes de detonar. investigadores podem usar para identificar a pessoa que criou
Um detonador de contagem regressiva é fácil de usar, mas o dispositivo. Essa singularidade também torna os explosivos
uma vez configurado, o operador não tem mais controle sobre desarmáveis ainda mais perigosos do que os armáveis. Um
o dispositivo. Desarmar um detonador de contagem regres- personagem desarmando um explosivo que ele não construiu
siva também é fácil: basta retirar o detonador do explosivo. ou testemunhe sendo construído sofre –2 de penalidade.
Dispositivos anti-adulteração podem ser usados para evitar o Armar um dispositivo explosivo requer um número mí-
desarmamento, mas tais dispositivos negam a facilidade e a nimo de sucessos, dependendo do sistema de iniciação usado
velocidade de armar tais explosivos, então raramente, ou nun- (veja a seguir), mas um personagem pode continuar acumu-
ca, são usados. lando sucessos para representar um trabalho superior. Desar-
Criando Explosivos Caseiros mar um dispositivo é um teste disputado contra o personagem
que o armou. Personagens sem a Especialização Demolições
Parada de Dados: Inteligência + Ciências + Equipamento em Ofícios não podem usar sua Habilidade Ofícios no teste,
Ação: Estendida (cada teste representa uma hora de tra- mas devem testar Raciocínio com uma penalidade de –3 por
balho). agir sem Habilidade.
Ao misturar os ingredientes certos, qualquer um pode Exemplo: Jake está tentando armar uma bomba com um sis-
criar um explosivo. Se o criador viverá ou não o processo é tema de iniciação remota (mínimo de seis sucessos). Com o seu kit
outra história... de demolição na mão (+2), ele parte para uma seção tranquila do
Exemplo: Mad Dog está se preparando para o ataque ao abrigo
complexo para poder trabalhar sem distração (+1). O Raciocínio de
de um vampiro. O trabalho de Mad Dog é criar explosivo suficiente
Jake é 3 e o seu Ofícios é 4. No seu primeiro teste, consegue dois
para atravessar a parede do cofre. Ele começa usando a Internet (+1)
sucessos, no seu segundo teste obtém um sucesso e no terceiro, obtém
para baixar uma cópia de um guia de campo do Exército (+2). Traba-
três sucessos. Ele conseguiu armar a bomba, mas levou 30 minutos.
lhando em sua garagem para que ninguém o incomode (+1), ele expõe
Qualquer um que tente desarmar sua bomba precisa de pelo menos
os ingredientes que pode encontrar (–2; ele teve que conviver com o
sete sucessos.
que tinha, não exatamente o que o livro listou, mas eles farão). A
Inteligência de Mad Dog é 3, e sua Habilidade em Ciências é 5 com Resultados do Teste
um bônus total de +2. Seu jogador rola 7, 6, 5, 7, 8, 9, 8, 4, 2, 8; Fracasso Dramático: Seu personagem acidentalmente
quatro sucessos. Mad Dog decide criar material explosivo suficiente dispara o dispositivo explosivo. Ele detona com toda a sua
para dois usos, cada um com 2 (L) de dano e uma área de explosão força explosiva.
de 10 metros. Fracasso: Seu personagem não consegue avançar no ar-
mamento/desarmarme do dispositivo explosivo.
Resultados do Teste Sucesso: Seu personagem arma/desarma com sucesso o
Fracasso Dramático: Seu personagem é sobrecarregado dispositivo explosivo.
por fumaça tóxica criada a partir dos produtos químicos. Os Sucesso Excepcional: Seu personagem progride extra-
fumos causam 5 (C) de dano. ordinariamente para armar ou desarmar o dispositivo (sem
Fracasso: Seu personagem não consegue criar um explosivo. efeito adicional).
Sucesso: Seu personagem cria um explosivo com sucesso. Equipamento Sugerido: Kit de demolição (+2), Espaço
Um sucesso cria um explosivo com um dano 1 (L) e área de de trabalho silencioso (+1), Diagrama ou manual (+1)
explosão primária de cinco metros. Cada sucesso adicional Penalidades Possíveis: Ferramentas regulares (–1), Dis-
pode ser usado para aumentar o dano do explosivo, aumentar

116 capitulo tres - armamento tatico e pesado

 Explosivos
Tipo Dano Área de Explosão Força Tamanho Custo Efeitos
Explosivos
Nitroglicerina, 1 oz. N/A 5 2(L) 1/B •• Explosão do 9, Nocaute**
Dinamite, 1 bastão N/A 10 2(L) 1/J • Nocaute**
TNT, 1 bastão N/A 10 3(L) 1/J •• Nocaute**
C-4, bloco de 1,25 libras N/A 10 4(L) 1/J •• Explosão do 9, Nocaute**
C-4, folha de 0,5 libras N/A 5 2(L) 1/B •• Nocaute**
ANFO, 1 gal. N/A 5 2(L) 3/N • Explosão do 8, Dano por fogo*,
Nocaute**
Semtex, 1 libra N/A 10 4(L) 1/J •• Explosão do 8, Nocaute**
Pólvora, 1 libra N/A 2 2(L) 1/J •
Pó Flash, 1 lb. N/A 1 1(C) 1/J • Explosão do 9
Det Cord, 10’ N/A 3 2(L) 2/J •• Explosão do 9
Jateamento, não elétrico –3(L)+1 0 1 1/B •• Explosão do 8
Blasting Cap, elétrica –3(L)+1 0 1 1/B • Explosão do 8
Receptor de rádio –3(L)+1 0 1 1/B •• Explosão do 9
c/jateamento
Detonador –4(L)+1 0 1 1/B •••
de Contagem Regressiva
Dispositivos Explosivos
Satchel Charge 1(L)+6 20 6 2/S N/A Explosão do 8, Nocaute**
Cratering Charge, 40 libras. N/A 15 8(L) 3/N N/A Explosão do 8, Nocaute**
Shaped Charge, 15 libras. N/A 5 7(L) 3/N N/A Explosão do 8, Nocaute**, PA 3
Breeching Charge, N/A 1 2(L) 1/B N/A PA 2
0,25 libras
Fougasse N/A 25 3(L) 3/N •• Explosão do 8, Dano por fogo*,
Nocaute**
Fogos de Artifício
Fogo de artifício, minúsculo –3(C)+2 0 2 1/B •
Foguete, M-1000 –1(L)+2 2 2 1/B • Nocaute**
Foguete de Garrafa N/A 0 2(C) 1/C •
Vela Romana N/A 0 1(L)* 1/J •
Acessórios
Fusível de Atraso no Tempo N/A - - 1/C ••
Máquina de Jateamento N/A - - 2/S •••
Detonador de rádio, N/A - - 2/J ••
curto alcance
Detonador de rádio, N/A - - 3/N •••
longo alcance
* O dano desta arma é causado por fogo e explosivos. O dano listado é para o primeiro turno. Depois disso, os
personagens ainda dentro da área de explosão principal recebem mais 3 de dano do fogo (fougasse causa 5 de dano
de fogo a cada turno).

tração (–2), Desarmar um dispositivo que o personagem não recebe uma corrente elétrica. Isso requer fio suficiente para ir
armou/construiu (–2), Dispositivo anti-adulteração (–2), Ferra- do explosivo de volta ao detonador ou a um sistema de detona-
mentas improvisadas (–3), Sem ferramentas ( –5) ção de rádio. A principal desvantagem de um sistema elétrico é
sua suscetibilidade à detonação prematura por interferência de
Dispositivos Explosivos rádio - mesmo que o sistema não use comandos de rádio, um
Um dispositivo explosivo tem três componentes principais: a rádio perdido ou transmissão de microondas pode induzir cor-
própria substância explosiva, um primer explosivo muito menor, rente suficiente nos circuitos do sistema de iniciação para des-
que desencadeia a explosão principal, e o iniciador, que fornece o ligá-lo. Aplicações industriais podem atenuar esse risco, mas as
calor, o impacto ou a corrente elétrica necessária para detonar o forças militares não conseguem eliminar o uso de rádios em um
primer. Substâncias explosivas são descritas acima. Praticamente campo de batalha moderno. Em um sistema de disparo não-
todos os dispositivos modernos usam detonadores como primers. -elétrico, um fusível de tempo suficiente é usado para permitir
Os iniciadores vêm em dois tipos básicos: elétricos e não elétricos. que a pessoa defina a carga para escapar, ou um dispositivo de
Todas as demolições comerciais e, se a situação permitir, a maio- disparo mecânico espera indefinidamente que a pressão física
ria das cargas militares usa múltiplos iniciadores para garantir a a acione. Este é o método preferido de iniciar a maioria das
detonação. demolições militares devido à simplicidade e à falta de susceti-
A maioria das demolições comerciais usa sistemas de inicia- bilidade à detonação acidental induzida por rádio.
ção elétrica para maior controle até o momento do disparo. Em
um sistema de disparo elétrico, o detonador é detonado quando

explosivos 117
 Bombas de Fusíveis com Atraso de Tempo gem: no entanto, uma vez definidas, não há garantia de que
Bombas de fusível com atraso de tempo são familiares a elas serão detonadas no momento em que são programadas.
qualquer um que tenha visto um filme de cowboy acender um Descargas elétricas, baterias fracas, picos de energia, supera-
dinamite com seu charuto. Essas bombas usam um fusível de quecimento: todos esses problemas e mais podem causar pro-
retardamento de tempo, que queima a uma taxa de cerca de blemas e detonar prematuramente uma bomba ou fazer com
dois a quatro segundos por polegada. que uma bomba não detone nada. Além disso, esses tipos de
Ao determinar quanto tempo o fusível de atraso é neces- bombas nem sempre são bem-sucedidas, mesmo que detonem
sário, um personagem sempre testa primeiro uma seção para a tempo. Se um bombardeiro souber que um certo diplomata
determinar a taxa na qual o fusível queima. Uma vez que ele passará por uma caixa de correio às 2:00 da tarde amanhã e
sabe o quão rápido queima, ele corta o fusível no comprimen- colocar uma bomba cronometrada para explodir por volta das
to apropriado. Se ele queimar a uma taxa de três segundos 14:00 de amanhã naquela caixa de correio, não há garantia de
por polegada e ele precisa de 10 segundos de fusível, então que o homem-bomba vai pegar o diplomata na explosão - para
ele cortaria uma seção de três polegadas e meia - no mínimo. não mencionar a possibilidade de acidentalmente prejudicar
Bombardeiros sábios se darão comprimento extra de fusível espectadores.
por segurança. O uso mais eficaz de bombas cronometradas é para in-
Bombas iniciadas por fusíveis retardados são fáceis de de- tervalos de curta duração que são necessários para coorde-
sarmar: basta cortar o fusível ou removê-lo da bomba. A maior nar um evento maior (como a configuração de 10 explosões
parte do fusível está enrolada em uma bainha à prova d’água, para disparar de uma só vez) ou deixar tempo suficiente para
de modo que encharcar o fusível com água geralmente não é escapar da área. Qualquer complexidade mais arrisca fatores
eficaz (nem é coberto com areia ou terra como uma fogueira). que podem diminuir muito o resultado bem-sucedido de um
O benefício de usar esse método é a simplicidade do design e bombardeio.
a facilidade com que a bomba é armada e desarmada. Sucessos Mínimos: 7
Sucessos Mínimos: 5
Bombas Detonadas por Vítimas
Bombas Ativadas Remotamente Um dispositivo detonado pela vítima é uma bomba que
A ativação remota de uma bomba é uma das melhores requer que a vítima da explosão a dispare. Essas bombas são
maneiras de garantir uma demolição bem-sucedida. O ope- provavelmente o tipo de explosivo menos bem-sucedido, mas
rador está no controle total do dispositivo o tempo todo e geralmente são a única opção disponível. A maioria dos sis-
dita quando a bomba se apaga. A ativação remota pode vir temas de detonação de vítimas é ativada por arco, usando
de detonadores de rádio, máquinas de detonação, telefones um puxão repentino em um fio conectado a um iniciador
celulares, telefones sem fio, campainhas de porta e assim por mecânico para fornecer a força necessária para a detonação,
diante. Qualquer coisa que tenha um interruptor liga/desliga mas outros usam pressão, interruptores ou outros métodos
ou função similar e uma fonte de energia pode ser usada para mecânicos criativos para ativação. As minas terrestres são os
ativação remota. Tudo o que é necessário é que o operador explosivos detonados por vítimas produzidos em massa mais
esteja dentro do alcance para ativar o interruptor. comuns. Muitos outros sistemas são dispositivos explosivos
Sucessos Mínimos: 6 improvisados (ou “DEIs” - veja pág. 119), como lâmpadas de
pólvora, batidas de portas, granadas sob itens e assim por
Bombas Temporizadas diante.
As bombas temporizadas usam um mecanismo de re- Sucessos Mínimos: 6
lógio para detonar em um determinado momento. Bombas
temporizadas são usadas mais com explosivos comerciais ou Dispositivos Explosivos Pré-Configurados
militares como TNT, dinamite ou Semtex do que com bom- Dispositivos explosivos pré-configurados são pacotes
bas de cano ou outras cargas improvisadas. completos e incluem o explosivo, o sistema de iniciação e o
As bombas cronometradas sempre confiam na tecno- mecanismo de disparo. Alguns dispositivos explosivos pré-
logia contemporânea para seus iniciadores. Nos anos 70, os -configurados são produzidos em massa para uso militar,
dispositivos de temporização eram relógios analógicos. Cada enquanto outros são produtos de laboratórios de porão. Um
braço agia como uma ligação para uma bateria que era conec- profissional nunca transporta este dispositivo totalmente
tada a cada braço por fios. Quando os braços passavam um montado, já que manter o iniciador, o primário e o explosivo
pelo outro, eles completavam o circuito e provocavam a deto- juntos é uma receita para o desastre. Cada dispositivo ainda
nação. Isso deixa apenas uma hora como o tempo máximo de precisa ser armado usando as regras de “Armando o Dispositi-
contagem regressiva, no entanto. vo Explosivo” (veja p. 116), mas apenas um sucesso é necessá-
Durante a década de 1980, despertadores analógicos fo- rio, o teste leva apenas um turno, e nenhuma Demolição de
ram os sabores da década. Eles eram baratos, fáceis de usar e Especialidade em Artesanato é necessária. Um personagem
estendiam a contagem regressiva máxima para 24 horas. Um que deseje fazer isso pode demorar mais a armar um disposi-
fio preso ao mecanismo de alarme fornece ao primer a corren- tivo explosivo pré-configurado, a fim de tornar mais difícil o
te necessária para detonar: quando o alarme dispara, o mesmo desarmamento; isso usa as regras normais de “Armando um
acontece com a bomba. Dispositivo Explosivo”, com cada teste levando 10 minutos.
Desde a década de 1990, os relógios digitais têm sido o Carga de Mochila: Uma carga de mochila é nada mais
mecanismo preferido para detonar bombas em um horário que 20 libras de explosivo C-4 e um fusível de 10 a 30 segun-
específico. Os relógios digitais ainda são baratos e fáceis de dos retardado por tempo com um ignitor, tudo empacotado
usar, mas têm muito mais recursos, como configuração de em uma bolsa de lona. Este é o explosivo militar padrão para
data, cronômetro e tempo militar versus civil. o trabalho rápido de demolição geral.
Todas as bombas cronometradas têm uma desvanta- Carga de Demolição de Forma: Uma carga de demons-

118 capitulo tres - armamento tatico e pesado

tração militar ou industrial parece um vaso de flores de cabeça
para baixo. Este dispositivo de 15 libras pode criar um buraco de
um metro de profundidade em um de dois metros de altura em
concreto armado.
Carga de Demolição de Crateragem: Uma carga de cratera
é um recipiente de metal em forma de tubo com aproximada-
mente 30 libras de nitrato de amônio e 10 libras de TNT. Essas
cargas destinam-se a gastar enormes quantidades de energia em
todas as direções. Quando colocada em um buraco já cortado
em material rígido (muitas vezes com uma carga de demolição
moldada), essa carga cria uma cratera enorme, daí o nome.
Breaching Charge Carga de Violação: Os principais usuá-
rios desta carga em forma muito pequena (cerca de meio quilo)
são unidades militares e paramilitar envolvidas em resgate de re-
féns ou outras tarefas de assalto rápido. Estes usuários colocam
cargas de violação para explodir fechaduras e dobradiças ao ar
livre para passagem instantânea através de uma entrada trancada
ou segura. Cargas de violação podem ser usadas com detonado-
res de rádio ou fusíveis de atraso de cinco segundos.
Fougasse: Uma fougasse é um barril de 55 galões cheio de
nitrato de amônia, gasolina e TNT (ou outra carga de booster). O
resultado é uma bomba napalm expediente no campo. Existem
muitos derivados, mas os efeitos são todos iguais: muito líquido
é expelido pela boca do cano. Este líquido em chamas pode se
fixar em materiais que normalmente não são inflamáveis (tijolo,
concreto, água). Embora isso não necessariamente cause a quei-
ma do item, o item atuará como um transporte para o incêndio.
Fogos de Artifício: Fogos de artifício são algumas das for-
mas mais simples de explosivos, pouco mais que um pouco de
pólvora e um fusível. Foguetes, foguetes de garrafa e velas roma-
nas são apenas alguns dos muitos tipos de fogos de artifício en-
contrados em todo o mundo. Os fogos de artifício vêm em vários
formatos e tamanhos, variando de menores que um dedo até o
M-1000, com quase a mesma força destrutiva que um bastão de
dinamite. Foguetes de garrafa são minúsculos foguetes propeli-
dos por foguetes projetados para serem disparados do que for
útil (garrafas mais prováveis). Quando acesas, as velas romanas
disparam dez estrelas flamejantes que são disparadas uma a uma
de um tubo.
Bombas de Tubos e Coquetéis Molotov também são dispo-
sitivos explosivos pré-configurados, mas estão descritos em “Gra-
nadas”, acima (veja p. 104-105).
Combinando Explosivos
Duas vezes a quantidade de material explosivo não necessa-
riamente duplica a área de dano ou explosão de um dispositivo.
Os profissionais de demolição usam fórmulas complexas para
determinar a área da explosão e a força destrutiva de um explosi-
vo com base no peso e no tipo, mas não vamos nos desviar para
um número infinito de triturações. Para simplificar, use as duas
regras a seguir:
Para cada dobro do peso inicial do explosivo, adicione +1
ao nível de Dano ou cinco metros à área de explosão. Por exem-
plo, as Características básicas dadas são para um personagem
bloco de libra de C-4. Cinco libras - a quantia inicial, dobra-
da duas vezes - pode causar +1 de dano e +5 metros na área de
explosão, +10 metros na área de explosão ou +2 de dano.
Ao adicionar ao mesmo tempo explosivos diferentes (como
no caso dos DEIs, em que os bombardeiros costumam usar qual-
quer coisa que encontrem), os efeitos de base da arma devem
pertencer à carga principal, como a granada de artilharia ou a
mina terrestre. Em seguida, adicione +1 (L) de dano pela carga
de reforço (a carga que detona o DEI). Se mais explosivos forem
adicionados do que o necessário para detonar o DEI, consulte
a regra acima para efeitos adicionais.
Adicionar outros recursos também altera o perfil de
dano de um explosivo. Partículas fragmentárias (rolamentos
de esferas, BBs, pregos, parafusos e outros) adicionam +1 (L)
de dano. Usando explosivos plasticos em uma forma (crian-
do um explosivo de carga moldada) corta a área de explosão
deles, mas adiciona a qualidade do Piercing de Armadura ao
efeito de explosão com uma classificação igual à quantidade
em jardas pela qual a área de explosão foi reduzida. Cada efei-
to adicional adiciona três sucessos à quantidade necessária
para criar o dispositivo explosivo.
DEIs
Um DEI é basicamente qualquer munição
normal (mina terrestre, projétil de artilharia,
foguete e etc) que tenha sido manipulada
para explodir de uma maneira diferen-
te daquela para a qual foi projetada. Os
projéteis de artilharia se tornaram o padrão
de fato para os DEIs (Dispositivos Explosivos
Improvisados). Anexando uma carga de
primer, como um bastão de TNT ou C-4, a
um projétil de artilharia (ou outro explosivo
maior) e adicionando algum tipo de sistema
de iniciação (geralmente um detonador
remoto de celular), você tem uma poderosa
improvisada bomba.
Para criar um DEI, use as regras “Criando
um Dispositivo Explosivo” (veja p.116). A
única diferença é que o personagem está
usando um explosivo não convencional
como carga principal. Devido à natureza
sensível do manuseio dessas munições,
aplique uma penalidade de -2 a todos os
testes usados para criar o dispositivo. Veja
“Combinando Explosivos” para mais deta-
lhes sobre o dano dos DEIs.
Minas Terrestres
Uma mina terrestre é uma das poucas armas cuja função
primária é de natureza defensiva. Isso não significa que você
não possa usar uma mina terrestre em um papel ofensivo, é
apenas que esse explosivo é limitado pelo tempo necessário
para estabelecer a mina terrestre, sua falta de mobilidade e a
extensão do terreno.
O uso mais antigo de minas terrestres data do século XVI
na Itália e na Sicília. As primeiras minas terrestres eram cha-
madas fougasse, que nada mais eram do que buracos cheios de
pólvora e pedras. A pólvora era suscetível a absorver a umida-
de tanto no ar quanto no solo e muitas vezes não se inflamava.
No século XVIII, os soldados alemães empregavam uma
fladdermina (que significa “mina voadora”). Este era um pote
de cerâmica cheio de detritos de metal e vidro, que seriam
então colocados em um buraco raso. Esta mina foi projetada
para detonar quando alguém pisava nela.
Não foi até que os russos, no ataque do século 19 a Silis-
tra, melhoraram a confiabilidade da fougasse ao empregar um
sistema de disparo elétrico que tornou o uso de minas terres-
minas terrestres 119
 Minas Terrestres
Minas terrestres Área de Explosão Força Tamanho Custo Efeitos Primários
Antipessoal
Mina AP Genérica, pequena 3 2(L) 1 N/A Atordoar
Mina AP Genética 6 3(L) 2 N/A Atordoar
M14 “Toe Popper” 3 2(L) 1 N/A Atordoar, Explosão do 9
M16 “Bouncing Betty” 12 4 2 N/A Nocaute
M18 Claymore 10* 4(L) 2 N/A Nocaute, Explosão do 9
Anti-Armadura
Mina AT Genérica 5 5 3 N/A Nocaute, PA 20
Dispositivo anti-adulteração, caixa de 12 0 1 N/A
* As minas Claymore são direcionais. A área de explosão listada está na direção em que a mina está apontada;
uma área de explosão secundária de cinco metros é criada atrás da mina.

tres como uma ferramenta eficaz no campo de batalha. Ainda
assim, quase outros 100 anos se passaram antes que as mi-
nas terrestres se tornassem um marco da guerra moderna. A
Segunda Guerra Mundial e a introdução da guerra blindada
trouxeram uma necessidade de armas defensivas que seriam
eficazes contra os novos reis do campo de batalha. As minas
terrestres tornaram-se tão importantes durante a guerra que a
Alemanha, que tinha apenas três tipos de minas no começo,
até o final da guerra, havia desenvolvido 16 tipos diferentes de
minas antitanques e 10 tipos diferentes de minas antipessoal.
Desde 1939, mais de 400 milhões de minas foram em-
pregadas, espalhadas e enterradas em todo o mundo. Áreas na
Europa ainda são reivindicadas pelos campos minados da Se-
gunda Guerra Mundial, e essas minas terrestres ainda matam
pessoas hoje. As operações de remoção dos campos minados
da Segunda Guerra Mundial estão em andamento na Holan-
da, França e Sérvia.
As minas terrestres são dispositivos explosivos pré-con-
figurados, contendo um explosivo, um sistema de iniciação
e um mecanismo de disparo. Estes dispositivos não são pré-
-montados, no entanto, apenas pré-configurados para uso
rápido. Cada dispositivo deve ser armado usando as regras
“Armando um Dispositivo Explosivo” (veja p. 116).
Implantação de Campo Minado
As minas terrestres são empregadas princi-
palmente em uma das duas modalidades.
As minas terrestres podem ser colocadas
para proteger tropas amigas e alvos valio-
sos. Quando usadas neste papel, as minas
terrestres são frequentemente enterradas
ou escondidas. O efeito desejado é matar
ou ferir as forças inimigas, forçando-as a
abandonar seu ataque ou minimizar suas
chances de sucesso.
As minas terrestres também podem ser
colocadas para canalizar ou direcionar o
inimigo de uma determinada maneira ou
retardar o avanço de uma força inimiga.
Este método é frequentemente usado como
um obstáculo montado às pressas, com as
minas terrestres sendo geralmente coloca-
das à superfície e à vista de todos. Isso faz
com que o inimigo demore algum tempo
para limpar um caminho pelo campo ou
encontrar uma rota alternativa. Campos de
minas eficazes usados dessa maneira nem
precisam ser reais ou armados. A mera
aparência de um campo minado pode ser
suficiente para dissuadir um inimigo de
prosseguir.
Minas Terrestres Antipessoais
As minas terrestres antipessoal (AP) destinam-se a matar
ou ferir o pessoal inimigo ou outros alvos fáceis (como veí-
culos não blindados). Estas minas terrestres podem ser pro-
gramadas para detonar por pressão, arrasto ou mesmo sob
comando. A maioria das minas AP são classificadas como
explosão, fragmentação limitada ou fragmentação direcional.
Minas de explosão e fragmentação agem como qualquer
outro explosivo de explosão ou fragmentação. Minas de con-
tenção são lançadas ao ar por uma carga de detonação, deto-
nando a cerca de um metro e meio. O ato de limitar permite
que mais dos efeitos explosivos e de fragmentação sejam espa-
lhados e não para cima. Uma fragmentação direcional minha
é muito semelhante a uma carga moldada em que a força da
explosão e fragmentos são apontados em uma direção especí-
fica. Isso não apenas permite que mais força seja direcionada
ao alvo, mas também permite que forças amigas operem com
segurança muito mais perto da mina.
As minas AP vêm em todas as formas e tamanhos - algu-
mas têm a forma de borboletas (como a PFM-1 russa), algu-
mas podem caber na palma de uma mão (como a US M14) e
algumas são tão grandes quanto uma caixa de sapato (como
a chinesa Type 59). Por causa dos pequenos explosivos e do
fato de que a maioria está enterrada, a área de explosão letal
de uma mina antipessoal é pequena e produz mais ferimentos
do que mortes.
Exemplos: Chinês Tipo 69, Russo PMN-3, Israelense No.
4 Italiano Valmara 69, Iraniano YM-1
O infame som de ativação “click!” Foi dramatizado por
Hollywood em quase todos os filmes de guerra desde o Vietnã,
mas essa representação é imprecisa. A maioria das minas ter-
restres é ativada pela aplicação de pressão, não pela remoção.
Mina “Toe Popper” M14 dos EUA: Pressão ativada e do
tamanho de uma lata de refrigerante esmagado, esse tipo de
mina é chamado de “toe popper” porque a M14 geralmente
remove ou danifica severamente o pé de uma pessoa ao ser
detonada. O M14 produz apenas um efeito de explosão, com

120 capitulo tres - armamento tatico e pesado

pouco ou nenhum estilhaço.
US M16A2 “Bouncing Betty” Mina: O M16A2 é classifi-
cado como uma mina delimitadora fragmentária que, quando
acionada, é limitada (lançada) ao ar a cerca de um metro e meio
por uma carga de detonação antes que a carga principal seja de-
tonada. O M16A2 parece uma lata de café e contém um quilo de
explosivo. Betties saltitantes podem ser ajustadas para ativação
de pressão ou tripwire.
US M18 Claymore Mine: A M18 claymore é uma mina
anti-pessoal curvada, retangular e revestida de plástico. É uma
mina de fragmentação direcional, o que significa que a explosão
da mina está concentrada em uma direção (Embora haja uma
pequena área de explosão ao redor da mina, a área está livre de
estilhaços). A mina claymore contém 700 pequenas esferas de
aço e uma libra e meia de explosivo C-4. Esta mina pode ser
iniciada por detonação de tripwire ou comando.
Minas Terrestres Anti-Tanque
As minas terrestres antitanque (AT) são projetadas para
imobilizar (geralmente chamadas de “mortes de mobilidade”) ou
destruir veículos blindados ou seus ocupantes. Uma mobilidade
elimina o mecanismo de acionamento ou a tripulação até o pon-
to de imobilização; infelizmente, isso geralmente deixa o sistema
de armas do veículo intacto. As mortes de mobilidade forçam o
inimigo a gastar recursos para recuperar e reparar o veículo dani-
ficado (e sua tripulação). As minas AT são do tamanho de uma
mochila ou maiores. Eles também embalam um soco maior e são
projetados para penetrar na espessa caixa blindada de tanques e
outros veículos de combate blindados. Na maior parte, as minas
AT também atuam como explosivos penetrantes carregados de
forma, projetados para direcionar toda a sua energia para cima.
Embora as minas AP sejam geralmente somente de pressão
e ativadas por trips, as minas AT têm vários métodos de ativação
diferentes: haste magnética, de inclinação (uma haste de dois pés
saindo do topo de uma mina AT, inclinando a haste em mais de
um certo grau detonar o meu), pressão, sensor acústico e infra-
vermelho mesmo.
Campos minados antitanques são geralmente intercalados
com minas antipessoais para dissuadir ou impedir uma força ini-
miga de limpar o campo minado.
Exemplos: EUA M19, EUA M21, Russo TM-62M, Russo
TM-89, Italiano VS-2.2, Húngaro UKA-63
Dispositivos Anti-Adulteração
Os campos minados são extremamente eficazes quando
usados para atrasar ou redirecionar uma força inimiga. Eles não
seriam tão eficazes se fossem facilmente desarmados ou desar-
mados. Cada mina (com exceção da maioria das minas magneti-
camente ativadas) pode ser desarmada removendo o fusível (ou
conjunto de fusíveis) ou desativando o mecanismo de disparo.
Embora não seja uma tarefa fácil, especialmente quando você
se encontra olhando para um quilo de explosivo projetado para
remover a cabeça de seus ombros, desarmar uma mina pode ser
feito, com tempo suficiente. Enquanto você pode estar descan-
sando confortavelmente pensando que seu flanco direito é guar-
dado por um campo minado, lembre-se de que o inimigo poderia
estar abrindo caminho por ele.
Existem métodos e materiais que podem ser utilizados para
manter as mãos do inimigo afastadas e impedi-las de desarmar
um campo minado. Quase todas as minas ao redor do mun-
do podem ser equipadas com um dispositivo anti-adulteração.
Aquelas minas que não podem receber um dispositivo oficial
anti-adulteração podem simplesmente ser colocadas em cima de
uma granada com o alfinete de segurança puxado - levante a
mina e a granada explode. A maioria das minas também vem
com um fusível secundário que pode ser usado para conectar
um dispositivo anti-adulteração. O propósito de um dispositi-
vo anti-adulteração é detonar a mina quando ela é levantada
ou movida. Esses dispositivos não são maiores que as canetas
de tinta grandes.
Dispositivos anti-adulteração devem ser comprados e
adquiridos separadamente da mina. Dispositivos anti-adul-
teração são instalados durante o processo de armamento e
adicionam uma penalidade de –2 na verificação do dispositi-
vo explosivo de armamento. Qualquer tentativa de desarmar
uma mina armada com um dispositivo anti-adulteração é uma
penalidade de –2.
Ameacas NBQ
Armas nucleares, biológicas e químicas tornaram-se
chavões do século XXI. Armas de destruição em massa, ou
WMDs, como foram rotuladas, são as armas mais temidas já
desenvolvidas.
As WMDs são classificadas como uma das três ameaças:
nucleares, biológicas ou químicas. As armas nucleares são as
únicas armas de destruição em massa que são completamente
indiscriminadas em seu poder destrutivo. Edifícios, pessoas,
plantas, animais, até a paisagem, cairão no poder destrutivo
de uma arma nuclear. Armas químicas e biológicas são usa-
das exclusivamente contra alvos vivos e não causam nenhum
dano físico ao local de seu uso. No entanto, seu potencial de
morte o classifica como uma das maiores ameaças que uma
população pode enfrentar.
Métodos de Entrega
A porção NBQ de um WMD é apenas metade da equa-
ção. A outra metade é como entregar a carga aos seus alvos
pretendidos. Várias opções de entrega estão disponíveis: vasi-
lha, spray aerossol, bomba convencional, projétil de artilharia
e meios não convencionais (utilizáveis apenas por substâncias
não inaladas).
Canister (vasilhas)
A entrega canister é o método mais fácil de usar ao im-
plantar ameaças da NBQ. Este método de entrega nada mais
é do que um líquido (que é aquecido depois que o recipiente
é aberto, pela temperatura ambiente ou outro elemento de
aquecimento) ou gás liberado de uma lata aberta, que sai e
cobre uma área. A implantação da caixa é lenta e geralmente
leva de três a quatro vezes mais tempo para cobrir uma área do
que os sprays de aerosol e exige que alguém abra a caixa para
que a implantação funcione. Vasilhas podem ser preenchidas
com qualquer quantidade de agente e levar três rodadas para
preencher cada incremento de área.
Spray Aerossol
Spray aerossol é um método conveniente para dispersão;
um recipiente selado mantém o agente até que seja pulveriza-
do em uma área. Este método é usado em granadas de armas
químicas, bombas de insetos, granadas de gás lacrimogêneo
e spray de pimenta, e pode ser usado apenas com armas a
gás ou vapor. Recipientes de aerossol vêm em todas as formas
e tamanhos e, portanto, podem conter qualquer quantidade
de agente. Cada incremento de área pode ser preenchido em
apenas uma rodada. Grandes aerossóis podem ser acoplados
121
ameacas NBQ
 a aeronaves especialmente configuradas, embarcações navais e remanescente em 2003. No entanto, vários desses dispositivos
veículos terrestres. chegaram ao mercado negro.
Dispositivos Explosivos Convencionais
O método mais simples de entrega é levar o vaso con-
tendo o material NBQ e prender um explosivo convencional
a ele. Enquanto parte do material será vaporizado pela explo-
são, a maior parte do material será espalhada sobre a área da
explosão e além dela. Além disso, além dos efeitos da NBQ, a
explosão causará sua própria destruição na área.
A área de cobertura para efeitos de NBQ é igual a duas ve-
zes a área de cobertura normal por unidade de agente. Se uma
bomba C-4 contiver duas unidades de gás mostarda, a área de
cobertura será de 40 metros. O explosivo convencional ainda
fornece a quantidade normal de dano a pessoas e equipamen-
tos capturados na área de detonação do dispositivo.
Cartuchos de Artilharia
Artilharia de alto calibre, com 155 mm ou mais, pode vir
com cargas nucleares, biológicas ou químicas. Estes cartuchos
são especialmente projetados e podem transportar uma uni-
dade de um agente NBQ; Cartuchos regulares não podem car-
regar materiais da NBQ. Cartuchos biológicos e químicos têm
uma área de cobertura igual a duas vezes sua área de cobertura
normal. O cartucho também cria uma área de explosão para
danos explosivos igual a um quarto da área de explosão de um
cartucho HE tradicional do mesmo tamanho.
As bombas nucleares produzem o equivalente a uma
explosão de TNT de 70 toneladas no momento do impacto,
capaz de nivelar um quarteirão inteiro e cobrir uma área de vá-
rios quilômetros quadrados com material radioativo. Em 1991
e 1992, os Estados Unidos e a Rússia, respectivamente, retira-
ram seus arsenais de granadas de artilharia movidas a energia
nuclear. Os Estados Unidos desmantelaram sua última casca
122 capitulo tres - armamento tatico e pesado
Dispositivos Não Convencionais
Em 1978, um dissidente búlgaro foi baleado em Londres
por um pellet de ricina atirado em sua perna por um guar-
da-chuva, que foi transformado em uma arma e disparado
por meio de ar comprimido. Ele morreu alguns dias depois.
Meios não convencionais cobrem uma grande parte de possí-
veis métodos de entrega.
As únicas restrições reais aos métodos de entrega não
convencionais estão relacionadas à segurança. Com toda a
honestidade, uma pessoa poderia se cobrir com antraz e ir
para a feira Hug Me, mas as chances de voltar no próximo
ano seriam mínimas. A menos que um personagem esteja pla-
nejando morrer durante a implantação do agente da NBQ,
é prático limitar os métodos de entrega não convencionais
àqueles agentes que são baseados em contato ou injeção.
Descontaminação
Um personagem não pode curar feridas recebidas de
ameaças NBQ até depois de ter sido descontaminado.
A parte mais importante de sobreviver a uma ameaça da
NBQ é a descontaminação (isto é, depois de passar pelo ata-
que inicial). Sem descontaminação, os efeitos da arma podem
permanecer e continuar afetando o alvo. Uma vez exposto a
um ataque NBQ, tudo precisa ser descontaminado - roupas,
veículos, equipamentos e pessoal. A maioria das desconta-
minações consiste em descartar as roupas (para limpá-las, de
qualquer forma, quase as destruiria) e limpar completamente
todos os equipamentos e veículos expostos.
Enquanto um personagem é exposto a um agente NBQ,
ele deve continuar a fazer um teste de Vigor + Perseverança
para Resistir ao Envenenamento/Doença com a freqüência
que é ditada pela descrição do agente. Depois que o personagem
deixou a área de exposição, mas antes de ser descontaminado, ele
deve fazer essa verificação uma vez por dia. Cada falha faz com
que o personagem sofra dano de acordo com as regras normais
de “Toxicidade” (veja p. 180, o Livro de Regras do Mundo das
Trevas).
Lembre-se, porém, não adianta tentar descontaminar nada
enquanto ainda estiver exposto à ameaça. Antes que qualquer
coisa possa ser descontaminada, seja pessoal ou equipamento,
ele deve ser removido da fonte de contaminação.
A descontaminação requer 10 minutos para agentes letais e
apenas um minuto para agentes não letais ao usar a engrenagem
apropriada (Aparelho portátil Decon para agentes letais, sabão
e água para agentes não letais). Quando não estiver usando o
equipamento de limpeza adequado, a descontaminação requer
30 minutos para agentes letais e três minutos para agentes não
letais. Durante o tempo que um personagem está descontami-
nando, ele ainda é suscetível ao agente em questão. No entanto,
ele só precisa checar a exposição ao agente um quarto com a
frequência (Por exemplo, o gás mostarda exige um teste a cada
cinco minutos normalmente, mas, durante o processo de descon-
taminação, os testes só precisam ser feitos a cada 20 minutos). Os
personagens precisam aplicar os antídotos necessários antes da
descontaminação ou sofrer as consequências da exposição contí-
nua Verificações.
Métodos de Descontaminação
Armas Químicas: Produtos químicos de limpeza especiais
são usados em pessoal e equipamentos. Sabão, água e água sa-
nitária são apenas parcialmente eficazes. Cada item ou pessoa
deve ser completamente limpo para remover todos os vestígios
do produto químico. Para armas químicas não letais (como gás
CS), o sabão e a água funcionarão para descontaminar pessoal e
equipamentos.
Armas Biológicas: Água sanitária, sabão e água irão remo-
ver e matar quaisquer agentes biológicos em pessoas e equipa-
mentos. A pessoa e o equipamento também devem ser cuidado-
samente lavados. Temperaturas extremas (baixas e altas) também
podem matar agentes biológicos.
Armas Nucleares: A precipitação radioativa se forma como
um material semelhante a poeira; isso pode ser sacudido ou pol-
vilhado por pessoas e equipamentos. Se algum item ou pessoa
contaminada estiver molhada, ele ou ela deve ser completamente
esfregado com água morna e sabão.
Toda descontaminação é feita para remover contaminantes
das pessoas ou objetos que estão sendo descontaminados. A des-
contaminação não remove os efeitos, nem começa a curar os per-
sonagens dos danos causados pela ameaça NBQ. Uma vez des-
contaminada de qualquer ameaça NBQ, um personagem pode
então proceder ao tratamento. Os personagens não podem curar
ferimentos recebidos de ameaças NBQ até que os personagens
sejam removidos da exposição e descontaminados.
Veja p. 172 para mais informações sobre o equipamento de
proteção da NBQ.
Descrições de Agentes
Cada agente nuclear, biológico, químico ou
medicinal (ver “Suprimentos Médicos”, p. 128)
possui várias qualidades.
Efeitos lista qualquer dano e/ou outros efeitos
(como efeitos de interpretação) que o agente
cause se um personagem falhar em seu
teste de Resistência a Toxinas.
Toxicidade lista o nível de toxicidade para
o agente. Ao resistir aos efeitos dos agentes
NBQ, os personagens rolam Vigor + Perse-
verança menos a Toxicidade do agente. Um
sucesso é suficiente para resistir aos efeitos.
Exposição lista com que frequência um
personagem deve fazer um teste Resistir a
Envenenamento/Doença enquanto ainda
está exposto ao agente em questão.
Unidade descreve em que quantidades
o agente pode ser comprado/criado e o
tamanho de uma área afetada pela conta-
minação.
Forma descreve as várias formas em que o
agente é encontrado (gás, pílula, injeção,
líquido e assim por diante). Forma também
pode descrever possíveis métodos de expo-
sição (contato, inalação e assim por diante).
Tratamento lista todas as substâncias
conhecidas que podem ser usadas para
neutralizar o(s) agente(s).
Armas Nucleares
As ameaças nucleares estavam na consciência popular
durante a maior parte da segunda metade do século XX. O
mundo mudou o dia em que “a bomba” foi lançada em Na-
gasaki. A destruição não pode mais ser medida em metros ou
nas dezenas de mortos; agora a destruição é medida por mi-
lhas e dezenas de milhares. As armas nucleares são os dispo-
sitivos mais destrutivos desenvolvidos até hoje. Seu potencial
de devastação não pode ser igualado por nenhuma arma con-
vencional no arsenal de qualquer exército.
As armas nucleares causam enormes quantidades de da-
nos físicos e uma quantidade ainda maior de efeitos retarda-
dos (precipitação radioativa, efeitos ambientais e assim por
diante). A maioria das pessoas que são mortas da explosão
não morrem da explosão. Aqueles dentro de milhas da deto-
nação serão mortos pelas enormes quantidades de radiação
gama da explosão. De fato, é liberada tanta radiação que as
imagens de corpos humanos se formarão em qualquer ma-
terial concreto por trás delas e tão rápido que os humanos
estarão mortos antes que os impulsos de dor possam atingir
seu cérebro. Estes são os sortudos.
Os demais afetados por uma detonação nuclear não são
mortos pela explosão da radiação gama ou pelo calor que se
segue um décimo de segundo depois. Nem mesmo a onda de
choque que se segue, que pode causar sangramento grave de
todos os orifícios do corpo, ou os ventos de até 160 km/h,
causando detritos semelhantes a estilhaços, terão o maior im-
pacto. Mesmo a luz emitida pela detonação, luz tão brilhante
que destrói os receptores de células de luz nos olhos, deixando
a testemunha permanentemente cega, não terá o maior efeito.
A precipitação radioativa de uma detonação nuclear é o
que matará a maioria das pessoas e continuará a matar pesso-
as, mesmo anos após a explosão. Pulmões, corações, fígados e
outros órgãos vitais se decompõem lentamente devido à expo-
sição à radiação. As taxas de mortalidade disparam em áreas
armas nucleares 123
 ao redor da explosão, e os sobreviventes continuam a sentir os
efeitos, mesmo que tenham conseguido sair da área. A leuce-
mia e outros cânceres se tornam doenças comuns, e o número
de pessoas afetadas aumenta rapidamente. Isso está no topo
dos efeitos ecológicos que as detonações nucleares terão sobre
os rios, a chuva, as plantações, o clima e a população animal.
Os efeitos nucleares não conhecem fronteiras ou o fim
das guerras ou a assinatura de tratados de paz.
Narrando Armas Nucleares
Para fins de jogo, as armas nucleares po-
dem ser um quebra-cabeças.
Sua área letal é medida em quilômetros
e nas dezenas de milhares de mortos.
Suponha que alguém apanhado a 16km
da detonação de uma ogiva nuclear esteja
instantaneamente morto (ou logo depois)
e qualquer pessoa dentro de outros 16km
depois disso estar em estado grave devido a
efeitos de explosão e radiação.
Seria quase impossível que qualquer deto-
nação nuclear pudesse ser escondida das
autoridades apropriadas, da mídia ou das
pessoas que cercam o local da detonação.
Além disso, as consequências, o inverno
nuclear, os ataques de retaliação e outros
efeitos colaterais negativos podem ter sérias
conseqüências no jogo.
No entanto, as armas nucleares podem
ser usadas para mais do que seu poder de
ataque; eles podem fornecer motivação
de caráter razoável e rico cenário. Apenas
lembre-se, sua aplicação pode ter impli-
cações impressionantes para um jogo e os
jogadores nele.
Bomba Suja
Oficialmente chamados Dispositivos de Dispersão Ra-
diológica (RDD), “bombas sujas” são a nova ameaça do século
XXI. Bombas sujas consistem em explosivos convencionais
combinados com material radioativo. O componente radio-
ativo da bomba pode ser material de alta qualidade, como
resíduos de reatores nucleares ou até mesmo pequenas quan-
tidades de plutônio para uso militar ou de hospital ou resídu-
os industriais de baixa qualidade (provavelmente o material
mais fácil e conveniente de obter). O dispositivo em si é usado
principalmente para espalhar o material radioativo sobre uma
grande área para negar seu uso ao inimigo (uma versão moder-
na de salgar a terra).
A letalidade da arma depende unicamente do tipo de
explosivo convencional utilizado, pois os efeitos radiológicos
são limitados mais ao psicológico que ao fisiológico. O uso de
material radioativo mais potente tira essa arma da categoria
“bomba suja” para o reino de uma verdadeira arma nuclear.
Por causa disso, esses tipos de armas são considerados inúteis
para os exércitos convencionais e são encontrados apenas en-
tre os terroristas.
124 capitulo tres - armamento tatico e pesado
Efeitos: O efeito do material radioativo do lixo hospita-
lar é principalmente causar FUD (medo, incerteza e dúvida)
na área de efeito, mas também pode causar envenenamento
por radiação luminosa (ver barra lateral).
Toxicidade: Toxicidade 0 para resíduos médicos para
uma Toxicidade 2 (leve) para materiais residuais tóxicos in-
dustriais.
Exposição: Uma vez por dia
Unidade: Os dispositivos RDD são medidos por libra de
material radioativo.
Forma: Dispositivo explosivo
Recursos: Requisitos de custo normal para a porção ex-
plosiva da bomba, além do material radioativo, que requer
Recursos •• para resíduos médicos e Recursos •••• para
resíduos tóxicos industriais.
Tratamento: A maior parte da radiação da bomba suja
não é letal nem prejudicial a menos que a exposição ocorra
durante longos períodos de tempo. Os danos causados pela
exposição ao material radioativo de uma “bomba suja” podem
ser curados de acordo com as regras normais de “cura”.
Envenenamento por Radiação
A radiação é um aspecto da vida no mundo
moderno. Radiação sangra dos monitores
de computador, nos bate durante radiogra-
fias médicas ou dentárias e até vem do sol
como raios ultravioleta. Em geral, nenhuma
dessa radiação é prejudicial (embora alguns
possam argumentar que até mesmo essa
radiação minúscula pode causar câncer por
um período de tempo suficientemente lon-
go). Radiação em doses excessivas, no en-
tanto, fará com que um personagem sofra
dolorosamente. Como alguém poderia estar
exposto a altas quantidades de radiação io-
nizada? Uma bomba nuclear suja ou outra
poderia causar um raio de tal radiação mui-
to maior que sua área de explosão. Alter-
nativamente, se uma usina nuclear derreter
ou for atingida por um avião comercial,
aqueles que vivem a dezenas de quilôme-
tros de distância poderiam ser afetados.
Várias indústrias que trabalham com urânio
ou plutônio devem monitorar os níveis de
radiação para garantir que os funcionários
não sofram doses fatais.
O envenenamento por radiação vem em
três categorias: Leve, Severa e Aguda, cada
uma progressivamente pior que a anterior. A
radiação requer apenas contato com a pele
(toque) para envenenar um personagem. Os
personagens podem fazer testes de Vigor
+ Perseverança (reflexos e disputados) para
resistir aos efeitos da exposição (Veja p.181,
o Livro de Regras do Mundo das Trevas,
para informações sobre Toxicidade).
A radiação leve (Toxicidade 2) é geralmente
o resultado de estar a 16 ou mais quilô-
mentros de distância da fonte (seja uma
bomba, um colapso na fábrica ou um núcleo gerem esse tipo de sangue sofrem uma pe-
industrial). Um personagem que falhar em nalidade de -3 nas 12 horas subseqüentes.
seu teste de Vigor + Perseverança (feito com No final desse período, o vampiro vomitará
uma penalidade de -2) recebe 3 de dano letal três Vitae.
imediatamente. Ele só leva esse dano uma vez.
Os lobisomens sofrem os mesmos efeitos
Durante as 24 horas resultantes, o perso-
nocivos que os humanos - exceto, é claro,
nagem pode vomitar e sentir dor de cabeça
que os lobisomens muitas vezes aumentam
dolorosa. Todos os testes sofrem uma pena-
o Vigor e podem curar os danos causados
lidade de -1 durante este período de tempo.
pelo envenenamento por radiação muito
Personagens expostos desta maneira também
mais rapidamente, o que reduz o dano a
experimentam infertilidade sexual por até 30
longo prazo causado pelo envenenamento
dias.
por radiação. Lobisomens também podem
Radiação severa (Toxicidade 4) é geralmente o fazer um teste para evitar níveis agudos de
resultado de estar de um a nove quilômetros radiação; o teste Vigor + Perseverança é
de distância da fonte. Um personagem que feito com uma penalidade de –5. Os lupinos
falhar em seu teste de Vigor + Perseverança também não experimentam nenhuma este-
(feito com uma penalidade de -4) levará 3 de rilidade resultante da exposição.
dano letal por dia por até três dias da doença
Os magos, como mortais, sofrem o dano
da radiação. Seu cabelo cai, sua boca sangra,
do envenenamento por radiação da mesma
ele vomita regularmente e experimenta fadiga
forma que os outros seres humanos. Os
extrema. Todos os dados são considerados
magos não têm benefícios naturais contra
como modificadores de -3 por uma semana
o envenenamento por radiação, embora
após a exposição. Além disso, uma vez por
alguma magia os ajude a curar os danos ou
mês após a exposição, um personagem deve
a resistir à radiação.
fazer um teste de Vigor + Perseverança. A
falha neste teste significa que o personagem
sofre algum tipo de câncer do incidente (Veja
“Doença”, p.176 do Livro de Regras do
Semente de História: A Próxima
Mundo das Trevas). Os personagens são
Noite
considerados inférteis por até 60 dias após a Por acidente ou projeto, uma explosão nu-
exposição. clear ocorre em uma grande cidade - aque-
la em que os personagens residem. Esta
Radiação aguda (Toxicidade 5) significa que
história é menos sobre armas (ou uma única
o personagem estava dentro de 1,5km do
arma, neste caso) do que sobre os efeitos
“marco zero” de qualquer evento causado pelo
posteriores dessa arma. À medida que as
pico de radiação. Um personagem não pode
autoridades civis lutam para se reconstituir
fazer um teste de Vigor + Perseverança para
e iniciar os esforços de recuperação, as
evitar esse dano, a menos que ele tenha a
criaturas sobrenaturais sobreviventes da ci-
proteção adequada (como um traje da NBQ).
dade aproveitam-se do caos para levar seus
Caso contrário, os efeitos da radiação são au-
conflitos a público. Quais lados os persona-
tomáticos nessa proximidade. Ele vai receber
gens tomarão numa cidade devastada sem
3 danos letais imediatamente, pois ele vomita
lei, e como eles lidarão com a repentina
incontrolavelmente e experimenta uma fadiga
imposição de ordem quando os militares
poderosa. Pelo período de 12 horas seguintes,
entrarem?
o personagem sofre uma penalidade de -3
em todos os testes. Entretanto, a exposição à
radiação aguda deixa o personagem se sen-
tindo bem por três dias. Ele não experimenta Armas Biológicas
penalidades e dor mínima durante este tempo, O uso da guerra biológica não se limita à era moderna,
muitas vezes referida como a fase de “fantas- como a guerra biológica tem sido praticada ao longo da histó-
ma ambulante”. Depois de três dias, o perso- ria. Os assírios usaram fungo alucinógeno para envenenar os
nagem sofre 5 de dano letal por dia durante poços de seus inimigos. Durante a Idade Média, as vítimas da
cinco dias. Durante esse tempo, o personagem peste seriam catapultadas sobre as muralhas do castelo e para
tem terríveis crises de vômito e diarréia, além as cidades. Mesmo durante a Guerra Civil dos EUA, o exér-
de hemorragia interna maciça. Ele também cito confederado usou animais mortos para envenenar lagoas
experimenta –5 dados em todos os testes. Na que eles sabiam que as tropas da União usariam para a água.
maioria dos humanos, o envenenamento por A guerra biológica, ou guerra germinal, é o uso de qualquer
radiação aguda é fatal. organismo ou toxina como arma de guerra. As desvantagens da
Vampiros e outras formas de mortos-vivos não
guerra biológica são que, ao contrário dos efeitos nucleares ou
sofrem danos e não experimentam efeitos no-
químicos, leva tempo para entrar em vigor, não é facilmente con-
civos da exposição à radiação. Beber o sangue
tido e pode se espalhar até mesmo entre forças amigas.
de alguém que foi exposto, no entanto, pode
A maioria dos agentes biológicos é de ação lenta. Leva
causar efeitos vertiginosos. Vampiros que in-
dias ou possivelmente semanas para um personagem mostrar

armas biologicas 125

 qualquer sinal de infecção. Após a exposição, um personagem
deve fazer um teste de Vigor + Perseverança com –2 de pe-
nalidade uma vez por dia durante um número de dias igual
a 10 menos o Vigor do personagem. Apenas um sucesso é
suficiente para evitar a infecção; se o personagem falhar, ele
será infectado.
Armas químicas e biológicas de nível militar são prati-
camente impossíveis de adquirir. Custo de armas químicas e
biológicas é •••••. Doenças mais comuns, infecções, pesti-
cidas e outros venenos industriais que são usados como armas
têm seus próprios requisitos de compra.
Antraz
O antraz é uma doença infecciosa altamente letal cau-
sada por Bacillus anthracis. O antraz pode ocorrer natural-
mente ou ser produzido em laboratórios. Os seres humanos
podem ser afetados pela exposição a animais infectados ou
pelo tecido de animais infectados ou altas concentrações de
esporos. O antraz entra no corpo por inalação, ingestão ou
contato com a pele. Antraz é listado como não contagioso, o
que significa que há pouca probabilidade de se infectar apenas
de entrar em contato com outra pessoa infectada. O tratamen-
to do antraz inclui grandes quantidades de antibióticos.
O antraz pode ser encontrado naturalmente, mas é ex-
tremamente difícil de cultivar em uma arma, e todos os la-
boratórios médicos ou científicos que abrigam o antraz são
fortemente protegidos.
Efeitos: Infecções por antraz causam 3(B) de dano ime-
diatamente. Uma vez infectado pelo antraz, a condição do per-
sonagem pode continuar a piorar. Depois de ficar infectado,
os personagens devem rolar contra a toxicidade do antraz uma
vez por dia até que tenham superado os efeitos. Cada dia que
o personagem falha em sua verificação de toxicidade, ele sofre
3(B) de dano.
Toxicidade: 4
Exposição: Uma vez por hora
Unidade: Um grama de pó de antraz é suficiente para
cobrir uma área de cinco metros.
Forma: O antraz é principalmente um agente transpor-
tado pelo ar (pequenos esporos), e a infecção normal é por
inalação. No entanto, o antraz pode ser comido ou entrar no
corpo através de uma ferida aberta.
Tratamento: O tratamento é feito através de altas doses
de antibióticos. Quando em um tratamento com antibiótico
para antraz, o personagem recebe um bônus de +2 para Re-
sistir à Doença. Um personagem infectado com antraz deve
fazer um teste de Vigor + Perseverança para Resistir à Doença
uma vez por dia. Um total de 20 sucessos são necessários para
superar os efeitos do antraz.
Ricina
A ricina é um dos venenos mais potentes do mundo,
cerca de 6 mil vezes mais venenoso que o cianureto. A ricina
é derivada da mamona, da qual apenas oito sementes são su-
ficientes para serem fatais em um adulto. A exposição pode
ocorrer sob a forma de injeção ou ingestão, mas a forma mais
comum de exposição é por inalação. Se a ricina for inalada,
as vítimas sofrem sérios danos aos pulmões e, eventualmente,
insuficiência cardíaca. Se ingerido, o envenenamento por rici-
na pode levar a gastroenterite, diarréia sanguinolenta e vômi-
tos. A ricina também pode afetar o sistema nervoso central de
uma pessoa, causando convulsões.
A ricina pode ser encontrada naturalmente, mas é ex-
126
capitulo tres - armamento tatico e pesado
tremamente difícil de cultivar em uma arma, e todos os la-
boratórios médico-científicos que abrigam a ricina são bem
guardados.
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor +
Perseverança sofre 5(L) de dano.
Toxicidade: 8
Exposição: Uma vez por minuto
Unidade: Na forma de pastilha, uma pastilha é suficien-
te para afetar uma pessoa. Em névoa ou pó, um grama de
ricina cobrirá uma área de cinco metros.
Forma: A ricina pode ser encontrada em pó, em forma
de névoa ou granulado. A ricina também pode ser dissolvida
em água.
Tratamento: Não há cura conhecida, apenas tratamen-
tos simpáticos e de suporte, para envenenamento por ricina.
Quando sob cuidados médicos (seja de um médico ou de um
hospital), os personagens recebem um bônus de +1 em todos
os testes de Vigor + Perseverança para Resistir ao Veneno. Per-
sonagens infectados com ricina devem fazer um teste de Vigor
+ Perseverança para Resistir a Veneno uma vez por dia. Um
total de 30 sucessos são necessários para superar os efeitos do
envenenamento por ricina.
Armas Quimicas
Algumas das primeiras aparições conhecidas de armas
químicas foram na forma de caçadores da Idade do Bronze
usando flechas com ponta de veneno. Estes não foram con-
cebidos como armas de guerra, mas foram usados principal-
mente para caçar. O exército espartano, durante um assalto
do século V aC, usou vapores tóxicos da queima de madeira,
piche e enxofre nas muralhas das cidades atenienses, na espe-
rança de incapacitar os atenienses para que eles oferecessem
pouca resistência.
Escritos do século 4 aC descrevem como os chineses usa-
riam mostarda e outros vegetais tóxicos para criar fumaça, que
era então canalizada para o inimigo em túneis subterrâneos.
Escritos chineses foram descobertos que descrevem centenas
de receitas para a criação de fumaça venenosa, juntamente
com as contas de seu uso.
Nos anos de 1400, Leonardo da Vinci teve a idéia de
criar pós venenosos que poderiam ser jogados em navios, e
qualquer um que respirasse tais pós então asfixiaria. O bispo
de Munster usou explosivos cheios de beladona (um veneno
muito tóxico, mas também o ingrediente mais importante da
atropina, ver p. 129) durante o seu cerco de 1672 na cidade
de Groningen.
Em 1854, um químico britânico, a Lyon Playfair, pro-
pôs a utilização de granadas de artilharia como um método
de entrega de cianeto para ser usado contra navios inimigos.
Seu plano foi rejeitado como “um modo de guerra tão ruim
quanto envenenar os poços dos inimigos”. Sua resposta foi:
“É considerado um modo legítimo de guerra encher conchas
com metal derretido que se espalha entre o inimigo e produz
um dos modos mais assustadores de morte. Por que um vapor
venenoso que mataria homens sem sofrer seria considerado
uma guerra ilegítima é incompreensível. A guerra é a destrui-
ção, e quanto mais destrutiva ela pode ser feita com o menor
sofrimento, mais cedo será terminado esse método bárbaro de
proteger os direitos nacionais. Não há dúvida de que a quími-
ca será usada para diminuir o sofrimento dos combatentes e
até mesmo dos criminosos condenados à morte”.
Esta declaração seria usada para inaugurar o uso de ar-
mas químicas durante o século XX.
Agentes Químicos
As armas químicas são categorizadas pelo tipo de efeitos
que causam no corpo humano (bolhas, sangue, asfixia e efeitos
do sistema nervoso).
Agentes de bolha causam ferimentos em uma vítima que se
assemelham a bolhas e queimaduras. Essas feridas não estão li-
mitadas ao lado de fora da vítima - na verdade, as bolhas internas
que são frequentemente fatais. Os agentes sanguíneos infectam
a vítima e interferem na capacidade do organismo de absorver e
processar oxigênio. Agentes nervosos químicos atacam o sistema
nervoso da vítima, sobrecarregando-o com frequência até o pon-
to de exaustão completa. Agentes sufocantes causam problemas
respiratórios por irritação e inflamação dos pulmões.
A exposição a agentes químicos é muitas vezes através, mas
não limitada, a inalação. A maioria dos agentes químicos são ga-
ses ou vapor líquido, mas alguns agentes químicos também vêm
em formas líquidas, e o contato físico com o líquido é muitas
vezes suficiente para desencadear os efeitos do produto químico.
Armas químicas de nível militar são praticamente impossí-
veis de adquirir. Armas químicas exigem Recursos ••••• para
comprá-las. Os pesticidas e outros venenos industriais usados
como armas químicas têm seus próprios requisitos de compra.
Mostarda
O gás mostarda, em sua forma atual, foi implantado pelo
exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial contra as
tropas canadenses. O gás mostarda recebe esse nome porque, na
sua forma impura, o gás tem uma cor amarronzada e um leve
cheiro de mostarda. Na forma pura, porém, o gás mostarda é
inodoro e incolor. A exposição ao gás mostarda em pequenas
doses causa coceira e bolhas em partes do corpo que entraram
em contato com o produto químico (pele, olhos e garganta). Os
olhos ficam inchados e doloridos, o que pode levar à cegueira
se não for tratado imediatamente. O sangramento e a formação
de bolhas podem se desenvolver dentro dos pulmões e do siste-
ma respiratório se o gás for inalado em altas concentrações. Isso
pode levar a danos severos das membranas mucosas, seguidos
de edema pulmonar. O gás mostarda é um agente químico de
bolhas.
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor +
Perseverança sofre 2(L) de dano. Enquanto sob os efeitos do en-
venenamento por gás mostarda, os personagens têm uma penali-
dade de -1 a todos os testes de Autocontrole.
Toxicidade: 4
Exposição: Uma vez a cada cinco minutos
Unidade: O gás mostarda é encontrado em vasilhas do ta-
manho de uma lata de café. Cada vasilha pode cobrir uma área
de 20 metros.
Forma: O gás mostarda está disponível apenas em forma de
gás, que é usado em latas.
Tratamento: O gás mostarda não tem antídoto conhecido.
Personagens envenenados com gás mostarda podem se curar por
regras normais de “cura”, uma vez que tenham sido descontami-
nados, embora eles devam procurar tratamento médico para as
bolhas e queimaduras.
Cianeto de Hidrogenio
Um dos poucos produtos químicos usados como uma arma
que também é usada para atividades comerciais legítimas, o cia-
neto de hidrogênio pode ser encontrado nas indústrias de aço,
tingimento e plásticos. Cianeto de hidrogênio também é produ-
zido naturalmente por algumas frutas, como cerejas e damascos,
bem como por amêndoas amargas. Cianeto de hidrogênio é dito
ter um odor de amêndoa, além de ser incolor e muito veneno-
so. Os sintomas de intoxicação incluem tonturas, ritmo cardí-
aco excitado, vômitos, convulsões, insuficiência respiratória
e morte. O cianeto de hidrogênio é um agente químico do
sangue.
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor
+ Perseverança sofre 3(L) de dano. Uma vez administrado, o
cianeto de hidrogênio permanecerá na corrente sanguínea e
continuará a produzir efeitos prejudiciais. Depois de ser in-
fectado, um personagem deve rolar contra a Toxicidade do
cianeto de hidrogênio uma vez por dia até que ele tenha su-
perado os efeitos. Cada dia que o personagem falha em sua
verificação de toxicidade, ele sofre 3(L) de dano.
Toxicidade: 6
Exposição: Uma vez a cada 10 minutos
Unidade: Na forma líquida, 50 mg são suficientes para
envenenar um adulto. Fervida a um vapor venenoso, 30mg é
suficiente para cobrir uma área de cinco metros.
Forma: O cianeto de hidrogênio vem na forma líquida,
mas deve ser fervido para produzir um vapor altamente tóxico.
Uma vez transformado em gás, o cianeto de hidrogênio pode
ser administrado por pulverizador de vasilha ou aerossol.
Tratamento: Os tratamentos estão disponíveis para en-
venenamento por cianeto de hidrogênio, embora não haja
cura. Enquanto sob cuidados médicos (seja de um médico ou
de um hospital), os personagens recebem um bônus de +1 em
todas as jogadas Vigor + Perseverança para Resistir ao Veneno.
Personagens envenenados com cianeto de hidrogênio podem
fazer testes de Vigor + Perseverança para Resistir a Veneno
uma vez por dia. Um total de 20 sucessos são necessários para
superar os efeitos do cianeto de hidrogênio.
Fosgênio
Usado na Primeira Guerra Mundial, o fosgênio é um gás
altamente tóxico que é incolor, mas tem um odor semelhante
ao feno mofado. Usado pela primeira vez pelos franceses, o
fosgênio mistura-se com a água dentro do sistema respiratório,
criando dióxido de carbono e ácido clorídrico. O ácido des-
trói os tecidos do pulmão, fazendo com que eles se encham
de sangue, eventualmente resultando em morte devido a afo-
gamento, perda de sangue e choque. Fosgene é classificado
como um agente químico asfixiante.
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor +
Perseverança sofre 3(C) de dano. Enquanto sob os efeitos do
envenenamento por fosgênio, os personagens recebem uma
penalidade de -1 em todos os testes de Autocontrole, devido à
tosse e outros efeitos menores de desconforto.
Toxicidade: 5
Exposição: Uma vez por turno
Unidade: Um litro de fosgênio é suficiente para cobrir
uma área de cinco metros.
Forma: Fosfogênio é armazenado como um líquido refri-
gerado e deve ser aquecido a um gás para ser usado. Fosfogê-
nio pode ser usado em vasilhas ou sprays de aerossol.
Tratamento: Como muitas armas químicas, o envenena-
mento por fosgênio não tem cura; apenas tratamentos de su-
porte estão disponíveis. Enquanto sob cuidados médicos (seja
de um médico ou de um hospital), os personagens recebem
um bônus de +1 em todas as jogadas Vigor + Perseverança
para Resistir ao Veneno. Personagens envenenados com fosgê-
nio podem fazer testes de Vigor + Perseverança para Resistir a
Veneno uma vez por dia. Um total de 10 sucessos é necessário
para superar os efeitos do fosgênio.
armas biologicas 127

Sarin
Em 1938, enquanto procuravam um pesticida forte, dois
cientistas alemães descobriram o gás sarin, uma das armas quí-
micas mais mortais do mundo. Sarin funciona fazendo com
que os transmissores neurais disparem constantemente. No
início, a vítima experimenta um corrimento nasal, pupilas di-
latadas e outros sintomas semelhantes aos ataques cardíacos.
Mais tarde, quando a vítima perde o controle das funções bá-
sicas do corpo, ocorrem vômitos, evacuações incontroláveis e
micção. Nos estágios finais, o corpo contorce-se violentamen-
te e a vítima entra em coma, apenas para sufocar como resulta-
do de todos os espasmos. Sarin é um agente químico nervoso.
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor +
Perseverança sofre 5(L) de dano. Enquanto sob os efeitos do
envenenamento por sarin, os personagens recebem uma pe-
nalidade de –2 em todos os testes de Autocontrole e Destreza.
Toxicidade: 8
Exposição: Uma vez por minuto
Unidade: 30mg de sarin é suficiente para cobrir uma
área de cinco metros.
Forma: À temperatura ambiente, o sarin é um líquido
incolor e inodoro, mas evapora rapidamente em um vapor
tóxico. Como líquido, o sarin pode ser absorvido pela pele;
como um vapor, o sarin pode ser inalado para os pulmões.
Tratamento: Enquanto sob cuidados médicos (seja de
um médico ou de um hospital), os personagens recebem um
bônus de +1 em todas as jogadas Vigor + Perseverança para
Resistir ao Veneno. Existe um antídoto (atropina) para enve-
nenamento por sarin. Depois que a atropina é administrada,
um personagem não precisa mais checar a exposição ao sarin,
mas ainda assim deve se retirar da exposição.
O veneno de rato tradicional é um anticoagulante, que
VX causa hemorragia interna quando tomado em grandes quan-
Provavelmente o agente químico mais famoso graças aos tidades. “Grandes quantidades” é um termo relativo ao com-
128 capitulo tres - armamento tatico e pesado
recentes filmes de ação, o VX é também o mais mortal. Com-
parado ao gás mostarda, com uma dose letal de 1.500 mg, ape-
nas 10 mg de VX são suficientes para matar um adulto médio.
O VX pertence a uma família de agentes nervosos chamados
agentes da série V. Agentes da série V foram descobertos por
um químico britânico e, em 1958, negociados com os Estados
Unidos em troca de tecnologias de armas nucleares. O VX
afeta o corpo da mesma maneira que o sarin. A exposição ao
VX pode ocorrer por contato ou inalação de vapores VX. O
VX e outros produtos químicos da série V são agentes nervo-
sos químicos.
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor
+ Perseverança sofre 7(L) de dano. Enquanto sob os efeitos
do envenenamento VX, os personagens recebem uma pena-
lidade de –3 para todos os testes de Autocontrole e Destreza.
Toxicidade: 8
Exposição: Uma vez por turno
Unidade: 30mg de VX é suficiente para cobrir uma área
de 50 metros.
Forma: VX é um líquido que foi descrito como tendo
a textura e sensação de óleo de motor de alta qualidade, mas
evapora rapidamente à temperatura ambiente em um vapor
tóxico.
Tratamento: Enquanto sob cuidados médicos (seja de
um médico ou de um hospital), os personagens recebem um
bônus de +1 em todas as jogadas Vigor + Perseverança para
Resistir ao Veneno. Existe um antídoto (atropina) para enve-
nenamento por VX. Depois que a atropina é administrada,
um personagem não precisa mais checar a exposição ao VX,
mas deve se retirar da exposição.
Veneno de rato
parar ratos e outros pequenos roedores e humanos. Um pellet
é suficiente para matar um rato, mas seriam necessários vários
punhados (e um pouco menos para crianças) para serem fatais
para humanos adultos.
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor +
Perseverança sofre 1(L) de dano. Enquanto expostos a veneno
de rato, os personagens recebem uma penalidade de -1 em todos
os testes de Autocontrole, devido à tosse e outros efeitos me-
nores de desconforto. Depois de se tornarem envenenados, os
personagens devem rolar contra a Toxicidade do veneno de rato
uma vez por dia até que tenham superado os efeitos. A cada dia
os personagens falham em suas verificações de toxicidade, eles
sofrem 1(C) de dano.
Toxicidade: 2
Exposição: A cada 15 minutos
Unidade: Uma caixa contém veneno suficiente para cinco doses. adicional)
Forma: Veneno de rato vem em pequenas pelotas, que são
destinados para o roedor para comer.
Custo: • (encontrado em qualquer drogaria ou supermercado)
Tratamento: Não há cura para veneno de rato, embora
tratamentos de suporte estejam disponíveis. O tratamento mais
comum é ter seu estômago bombeado. Enquanto sob cuidados
médicos (seja de um médico ou de um hospital), os personagens
recebem um bônus de +1 em todas as jogadas Resistência + Re-
solver para Resistir ao Veneno. Personagens afetados por veneno
de rato devem fazer testes de Vigor + Resolver para Resistir a
Veneno uma vez por dia. Um total de 10 sucessos são necessários
para superar os efeitos do veneno.
Bomba de insetos
As fábricas de armas químicas são muitas vezes disfarçadas fazer testes de Vigor + Perseverança para Resistir a Veneno
de fabricantes de pesticidas, já que as substâncias químicas geral- uma vez por dia. Um total de 10 sucessos são necessários para
mente são as mesmas. Uma bomba de insetos é basicamente
uma arma química secundária, mas com uma concentração
muito baixa, de modo a ser eficaz apenas contra insetos e não
muito venenosa para os seres humanos. A exposição prolon-
gada a bombas de insetos pode causar vômitos, pensamentos
confusos, tontura, visão turva e depressão. Embora os efeitos
desses pesticidas sejam rápidos no início, complicações graves
e morte ocorrem somente após exposição prolongada a altas
concentrações.
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor +
Perseverança sofre 1(L) de dano. Enquanto expostos aos vapo-
res de uma bomba, os personagens recebem uma penalidade
de -1 em todos os testes de Autocontrole, devido à tosse e
outros efeitos menores de desconforto.
Toxicidade: 1 (adicione um para cada bomba de inseto
Exposição: Uma vez por 15 minutos
Unidade: Bombas de insetos são compradas em 6 latas
de 600ml e enchem uma sala de 75 metros quadrados.
Forma: As bombas de insetos estão disponíveis apenas
em forma de gás, usadas em latas de aerosol.
Recursos: • (encontrado em qualquer drogaria ou su-
permercado)
Tratamento: Não há cura para a bomba de insetos,
embora tratamentos de apoio, medicamentos anti-náusea e
tratamentos respiratórios estejam disponíveis. Enquanto sob
cuidados médicos (seja de um médico ou de um hospital), os
personagens recebem um bônus de +1 em todas as jogadas de
Vigor + Perseverança para Resistir ao Veneno. Personagens
afetados por envenenamento por bomba de insetos devem
armas biologicas 129
 superar os efeitos do veneno. dico ou de um hospital), os personagens recebem um bônus
de +1 em todas as jogadas Vigor + Perseverança para Resistir
Agentes Químicos não Letais ao Veneno. Personagens afetados por BZ podem fazer testes
Armas químicas nem sempre são letais ou sempre foram de Vigor + Perseverança para Resistir a Veneno uma vez por
criadas para serem. Às vezes, torna-se necessário neutralizar dia. Um total de cinco sucessos são necessários para superar
um alvo sem matá-lo. Essa prática é mais comumente usada os efeitos do BZ.
pelas forças policiais em todo o mundo, mas algumas unida-
des militares são treinadas para usar essas mesmas tecnologias. Gás Lacrimogêneo
O gás lacrimogêneo é uma substância química que pro-
Kolokol-1 duz lágrimas nos olhos, irritações na pele, coriza e até vô-
Kolokol-1 é classificado como um agente incapacitante mitos. Militares dos EUA, bem como as forças armadas de
russo. Produzido pela primeira vez pela KGB em 1970, Ko- outros países, sofrem exposição a gás lacrimogêneo como
lokol-1 foi testado no público de Moscou sem o seu conhe- parte de seu treinamento. Comumente chamada de “câmara
cimento. Esta arma química é um dos agentes de ação mais de gás”, a exposição a gás lacrimogêneo incute confiança nos
rápidos do seu tipo, geralmente levando apenas de um a três equipamentos de proteção química emitidos aos soldados na
segundos para incapacitar completamente um adulto. esperança de que eles não entrem em pânico quando estive-
Efeitos: Um personagem que falhar em seu teste Vigor + rem sob ataque químico.
Perseverança fica inconsciente por 4 turnos. O gás lacrimogêneo geralmente é implantado a partir de
Toxicidade: 8 uma bomba ou de uma granada. Granadas de gás lacrimogê-
Exposição: Uma vez por turno neo têm a mesma faixa que outras granadas de 40mm, e todos
Unidade: 30mg de Kolokol-1 é suficiente para cobrir os lançadores de granadas de 40mm têm munições disponí-
uma área de 10 metros. veis de gás lacrimogêneo. A área de explosão das granadas de
Forma: Kolokol-1 está disponível apenas em forma de gás. gás lacrimogêneo é considerada a mesma da Área de Cober-
Recursos: Como sua composição química é um segre- tura. O gás lacrimogêneo precisa ser inalado para ter algum
do de estado bem guardado e desconhecido do Ocidente, o efeito em um personagem.
Kolokol-1 só está disponível em Contatos que têm acesso a O spray de pimenta é o equivalente civil ao gás CS em uma
equipamentos e armas russas. Mesmo assim, custa ••••. forma líquida em uma lata de spray de aerossol. A capsaicina
Tratamento: Não há tratamento para a exposição ao Ko- é o principal ingrediente do spray de pimenta, que é derivado
lokol-1, mas seus efeitos desaparecem completamente no tempo. do fruto de plantas, incluindo pimentões. O spray de pimenta
precisa ser inalado nos pulmões ou borrifado nos olhos para
BZ ter algum efeito em um personagem. Os dispositivos de spray
BZ também é um agente incapacitante. Ao contrário de pimenta têm um alcance máximo de um metro e exigem um
de Kolokol-1, no entanto, BZ não torna a vítima inconscien- teste bem-sucedido de Destreza + Esportes com uma penalida-
te, apenas ineficaz em combate. BZ afeta o sistema nervoso de de –2 (a Defesa do alvo se aplica) para acertar o alvo.
e pode causar efeitos leves, como confusão, fala arrastada e Os animais são imunes aos efeitos do gás lacrimogêneo e
desorientação. Em altas concentrações, o BZ faz com que a do spray de pimenta, razão pela qual os cães são comumente
vítima tenha alucinações, memória prejudicada e ataxia (inca- usados pelas forças policiais durante o uso de tais armas. Os
pacidade de coordenar os movimentos musculares). lobisomens também são imunes aos efeitos do gás CS e do
Efeitos: Depois de sucumbir ao BZ, um personagem co- spray de pimenta.
meça a sofrer os efeitos do Nível I listados abaixo. Quatro ho- Efeitos: Embora sofram os efeitos de gás lacrimogêneo
ras depois de sucumbir a BZ, o personagem progredirá para o ou spray de pimenta, todas as paradas de dados e caracterís-
Nível II e 16 horas depois, para o Nível III. Os efeitos de cada ticas de Resistência, como Defesa, são reduzidas em cinco
nível são cumulativos. para CS e três para spray de pimenta. Isso substitui as regras
• Nível I: De zero a quatro horas, o personagem sofre de “Mace/Pepper Spray” no Livro de Regras do Mundo das
de fala arrastada e confusão leve; subtraia 1 dado de qualquer Trevas.
parada de dados de Presença ou Inteligência. Toxicidade: Gás lacrimogêneo - 3; spray de pimenta - 2
• Nível II: De quatro a 20 horas, o personagem experi- Exposição: Uma vez por turno
menta ataxia; subtraia 2 dados de qualquer parada de Destreza. Unidade: As latas de gás lacrimogêneo cobrem uma área
• Nível III: De 20 horas até os efeitos se esgotarem, o de 10 metros, e as granadas de gás lacrimogêneo cobrem uma
personagem sofre de delírios e paranoia completos. Durante área igual à área de explosão de uma ronda HE de 40mm (sem
esse tempo, o personagem se torna extremamente paranoico área de explosão secundária). O spray de pimenta é apenas
(–2 em todas as paradas de dados Sociais) e irracional (–2 em um produto químico de contato (veja a descrição da infor-
todas as paradas de dados Mentais). mação de adição), e cada unidade contém produto químico
Toxicidade: 4 suficiente para três usos.
Exposição: Uma vez a cada 10 minutos Forma: O gás lacrimogêneo pode ser encontrado em
Unidade: 30mg de BZ é suficiente para cobrir uma área uma lata ou granada. O spray de pimenta é encontrado na
de 10 metros. forma de um líquido em um aplicador de aerossol.
Forma: BZ está disponível apenas em forma de gás. Recursos: Dispositivos de de spray de pimenta custa •.
Recursos: A BZ possui agentes equivalentes em todo o As latas de gás lacrimogêneo são comuns e custam ••. As gra-
mundo. Mesmo assim, a BZ é difícil de encontrar mesmo em nadas de gás lacrimogêneo são estritamente para uso militar
países sem leis para armas de destruição em massa e custa ••••. ou de aplicação da lei, e custam •••.
Tratamento: Não há tratamento para exposição ao BZ. Tratamento: As áreas afetadas precisam ser lavadas com
No entanto, enquanto sob cuidados médicos (seja de um mé- água morna e sabão.

130 capitulo tres - armamento tatico e pesado

 Sobredose Droga Toxidade Recursos*
Droga Hospitalar Genérica 4–7 •••**
Demerol 5 ••**
Morfina 6 •••**
Codeína 4 ••**
Medicamento de Prescrição Genérica 3–5 ••
OxyContin 4 ••
Tramadol 5 ••
Percocet 4 •
Medicamento OTC Genérico 2–4 •
Tylenol 3 3 •
Aleve 4 ••
Bayer 3 •
* Os Recursos custam se o medicamento não estiver prontamente à mão ou comprado antecipadamente.
** Requer um Contato de pelo menos ••• além do custo dos Recursos.

Suprimentos Médicos efeito sobre os mortos-vivos.

Medicina em sua forma básica é apenas um ou mais pro-
dutos químicos em doses específicas que são adaptados para
ajudar uma pessoa a ficar bem. A medicina pode ser muito útil
quando tomada em doses apropriadas, mas quando abusada ou
tomada em doses muito altas, a medicação pode ser fatal. Mesmo
remédios simples, como pílulas para dormir, podem ser fatais em
caso de overdose. No mesmo sentido que os agentes medicinais
podem ser prejudiciais se usados incorretamente, eles podem se
tornar armas eficazes quando usados adequadamente contra um
inimigo.
Anticoagulantes
Anticoagulantes são uma série de drogas que impedem a
coagulação do sangue. Esses tipos de drogas são usados medica-
mente para pessoas em risco de acidente vascular cerebral e em
equipamentos médicos, como tubos de ensaio, bolsas de transfu-
são e máquinas de diálise. Se usado contra um alvo vivo, nenhu-
ma ferida letal ou agravada pode ser curada até que a droga passe.
Anticoagulantes duram seis horas por dose e requerem Recursos
••• para comprá-los.
Anti-coagulantes têm pouco efeito sobre os mortos-vivos.
No entanto, depois de se alimentar de uma vítima com medica-
mentos anticoagulantes no sangue, os vampiros acharão mais di-
fícil usar o Vitae para alimentar suas habilidades sobrenaturais.
A primeira vez depois de ser infectado com anticoagulantes que
um vampiro tenta usar o Vitae para energizar qualquer Discipli-
na ou outra habilidade sobrenatural, o vampiro precisa gastar
um ponto de Força de Vontade. O Membro deve continuar gas-
tando um ponto de Força de Vontade toda vez que ele desejar
usar o Vitae até que os efeitos do medicamento desapareçam.
Analgésicos
De Demerol a Tylenol, os analgésicos são drogas que quase
todo mundo já experimentou e muitos até se tornaram depen-
dentes. Ambos os analgésicos prontamente disponíveis e alta-
mente potentes podem ser usados como armas de assassinato
efetivas se usados em altas doses. Over-the-counter (OTC) e me-
dicamentos prescritos podem ser dissolvidos em uma bebida e
servidos para uma pessoa inconsciente. Um medicamento que
pode ser encontrado em um hospital pode ser hipodérmico e,
portanto, pode ser injetado em uma pessoa. O cuidado deve ser
usado quando se lida com analgésicos hipodérmicos, que são
muito poderosos e fatais se uma overdose. Analgésicos não têm
Ao usar drogas como armas, trate-as como venenos com
diferentes toxicidades baseadas na própria droga. As regras de
“veneno” podem ser encontradas na p. 180 do Livro de Re-
gras do Mundo das Trevas.
Óxido Nitroso
Óxido nitroso, ou gás do riso, é um anestésico básico
para dentistas em todo o mundo. Um gás incolor, doce e com
gosto doce, óxido nitroso é usado para sedar uma pessoa em
vez de deixá-lo inconsciente. Alguns dos efeitos colaterais do
óxido nitroso são a histeria leve e um riso quase incontrolável,
daí a reputação popular do óxido nitroso de rir. Como muitos
produtos químicos, a exposição prolongada ao óxido nitroso
pode levar a doenças graves e até a morte.
A cada 10 minutos que um personagem respira em óxido
nitroso, seu jogador deve ter sucesso em um teste de Vigor +
Perseverança com uma penalidade de -1, ou o personagem sofre
e perde um ponto de Inteligência. Depois que um personagem
atinge a Inteligência zero, ele perde pontos de Vigor na mesma
proporção. Enquanto sob os efeitos do óxido nitroso, o perso-
nagem também ignora todas as penalidades de ferimento pela
anestesia. Os efeitos duram até que o personagem recupere to-
dos os pontos de Inteligência perdidos. Recursos ••.
Tratamento
Antídotos Genéricos: Cada arma química e biológica tem
antídotos e tratamentos únicos (se existir algum). Em vez de
listar cada antídoto ou tratamento possível e em qual agente ele
trabalha, um personagem pode comprar um “antídoto genéri-
co”. Ao fazer isso, o personagem deve esclarecer em qual agente
ele precisa trabalhar. Para proteção contra múltiplos agentes, o
personagem precisaria comprar múltiplos “antídotos genéricos”
(O personagem precisaria de um para antraz e precisaria de um
separado para tularemia). Custo ••• por dose.
Autoinjetor de Atropina: Um autoinjetor de atropina é
usado quando uma pessoa é exposta a agentes de gás nervoso,
como sarin ou VX. Para exposição a agentes de gases nervo-
sos, a atropina é seguida de cloreto de pralidoxima (também
usado em um autoinjetor); isso ajuda a acelerar o processo de
cicatrização. O autoinjetor de atropina deve ser usado ime-
diatamente após a exposição para ter qualquer esperança de
salvar a vida de uma pessoa. Custo ••• por dose (uma dose
por injetor).

armas biologicas 131

 O jipe é um pedaço de lixo russo, um pedaço de lixo e metal que supostamente foi
feito na cidade natal de Lenin. Ainda assim, o jipe continua repassando cada solavan-
co e vala. A areia no motor ainda não parou o veículo. A coisa enferrujada fica para-
da como um pulmão de ferro quando Collins espia por cima do volante e mastiga o
interior de sua bochecha.

Ao longe, uma batalha. Pelo que parece, as forças aliadas estão sob ataque de
jihadistas estrangeiros e leais iraquianos. Os tiros disparam, cuspindo luz na meia-es-
curidão do crepúsculo. Homens gritam. O cheiro de cordite entra com a brisa, junto
com - outra coisa.

É quando Collins vê, e ele não consegue acreditar em seus olhos. Um dos in-
surgentes - barba negra, jaqueta do exército - leva um monte de balas no rosto e no
peito, entregues pelo M16 de um soldado americano. Mas as balas não importam,
porque o morto se levanta. E arranca a cabeça do soldado com um facão.

Mas isso também não importa, porque então o soldado se levanta - sem cabeça, o
que é impossível, sem cabeça - e os dois estão lutando.

Collins dá outra olhada e vê que isso está acontecendo em todos os lugares. Solda-
dos sem membros atacam jihadistas em chamas. Eles estão mortos. Todos eles mortos.
E eles continuam lutando. É então que Collins percebe o que ele cheira ao vento.

Podridão.
Decadência.
- Isso acontece todas as noites - diz Ansar, o motorista.
Ele sacode a cabeça. - Eu não entendo, mas sei que não
chego perto.

Collins range os dentes. - Temos que

seguir por esse caminho. Não há como
dar a volta?

- Não. Eu lhe disse que haveria

problemas dessa maneira.

- Então faça. Vamos tor-

cer para que essa coisa seja
rápida o suficiente.
 Capitulo
Capítulo Quatro:
Quatro:
Veiculos
Veículos
Antes do advento do veículo a motor, o transporte pessoal era limitado à força
muscular: a cavalo, carroça puxada por boi ou égua de pernil. A introdução de mo-
tores de combustão externa e interna viáveis no século XIX removeu essa limitação,
ampliando o horizonte do viajante individual. Na era moderna, as aeronaves que
atravessam o oceano facilitam a locomoção durante a noite, e os antagonistas têm
maior probabilidade de chegar à cidade em sedãs pretos do que em carregadores
pretos. Os veículos são parte integrante da vida moderna e este capítulo examina as
maneiras pelas quais eles podem criar ou aprimorar histórias.

Chegar Lá é
Metade da Diversao
Os veículos modernos variam de carros comuns de uso geral a cápsulas su-
borbitais experimentais, movidas a foguetes. Para fins de simplicidade, este capítu-

“A estrada esta cheia de

lo se concentra principalmente na variedade de veículos aos quais os personagens

heróis“A quebrados
comuns provavelmente terão acesso: veículos terrestres particulares e comerciais,
estrada está cheia embarcações e aeronaves.
Em uma unidade de for-
de heróis quebrados
ca de ultima
Em uma chance
unidade de Características dos Veículos
Todo mundo esta fu-
força de última chance As seguintes características aparecem nas entradas do veículo ao longo deste

gindo hoje
Todo amundo
noite está fu-
capítulo. Em alguns casos, elas complementam ou substituem as Características

Mas nao ha mais lugar

dadas no Livro de Regras do Mundo das Trevas (pp. 135 e 146).
gindo hoje à noite Durabilidade: É a dureza do material do veículo. Qualquer ataque contra o
para seMasesconder.”
não há mais lugar veículo tem a Durabilidade do veículo subtraída de seus sucessos antes que o dano
- Bruce Springsteen,
para se esconder.” seja aplicado.
Nascido
- Brucepara Correr
Springsteen, Tamanho: Este é o Tamanho do veículo.
Nascido para Correr Estrutura: É a quantidade de dano que o corpo e a estrutura do veículo podem
suportar.
Aceleração: É a taxa máxima na qual o veículo pode aumentar sua velocidade,
medido em metros por turno ao quadrado e quilômetros por hora por turno. Ob-
serve que o primeiro valor (metros por turno por turno) é artificialmente reduzido
para fins dramáticos (por exemplo, permitindo que um pedestre tente pegar um
veículo em fuga). Para valores realistas, dobre essa característica. As características
de quilômetros por hora por turno, que são mais propensos a serem usados quando
veículos são colocados contra outros veículos, são mais precisos no sentido “mundo
real”.
Velocidade Segura: É a velocidade máxima na qual um veículo pode viajar
sem riscos ou instabilidade indevidos, dados em metros por turno e quilômetros
por hora. Um personagem que dirige um veículo terrestre ou aquático mais rápido
que sua Velocidade Segura sofre uma penalidade acumulada de –1 nos testes de ha-
bilidade a cada 30 metros por turno (50km por hora) acima da Velocidade Segura.
Em uma aeronave, isso aumenta em –1 para cada 150 metros por turno (160km por
hora) ou fração.
Velocidade Máxima: É a velocidade máxima possível do veículo em metros por
turno e quilômetros por hora.
Diribilidade: É uma medida relativa da capacidade de manobra do veículo. É
aplicado como bônus ou penalidade em todas as paradas de dados de Destreza +
Condução feitos para controlar o veículo.
Ocupantes: Este é o número de seres humanos adultos (Tamanho 5) para os
quais o veículo possui assentos. Essa característica separa operadores (motoristas,
artilheiros, navegadores) e passageiros: por exemplo, “1 motorista + 3 passageiros”.

134 capitulo quatro - veiculos

 Custo: São os pontos mínimos na Vantagem Recursos ne-
cessários para comprar o veículo, assumindo um novo modelo e
um plano de pagamento de cinco anos. A compra de um modelo
usado (se disponível) reduz o Custo em 1 e a compra imediata no
local aumenta o Custo em 2 (no máximo •••••, assumindo
que o veículo esteja disponível para compra de civis). O aluguel
de um veículo por um dia tem um Custo igual ao custo do ve-
ículo –1. Normalmente, alguns veículos não estão disponíveis
para compra devido a preços excessivos ou restrições legais à sua feitos para os proprietários que precisam ceder à indiscrição
venda.
Conversões
Os leitores que desejam converter entre
medições de jogos e números do mundo real
podem achar úteis as seguintes equivalências:
1 milha por hora = 1,61 quilômetros por hora.
1 quilômetro por hora = 0.621 milhas por
hora.
1 pé por segundo = 1 metro por turno.
1 milha por hora = 1,47 jardas por turno. 1
jarda por turno = 0,682 milhas por hora.
1 quilômetro por hora = 0,621 jardas por
turno. 1 jarda por turno = 1,10 quilômetros
por hora.
Veículos Terrestres
Os veículos terrestres são os meios de transporte mecânicos •, e este serviço inclui um motorista profissional (parada de
mais familiares e comuns e o padrão para as regras de movimen- dados: Condução 6 dados, Conhecimento da Área Local 5
tação do sistema Storytelling. É provável que a maioria dos perso- dados).
nagens possua um veículo que caia em um dos menos caros dos
seguintes tipos gerais.
Automóveis de Passageiros
Os automóveis de passageiros são onipresentes em qualquer
área do mundo que tenha estradas pavimentadas e combustível
refinado disponível. Quase todos os automóveis de passageiros
são fabricados para oferecer utilidade e eficiência ao desempe-
nho, embora algumas montadoras tentem combinar esses fatores
com graus variados de sucesso. Esses veículos variam muito em
tamanho e comodidades. Amostras representativas de automó-
veis de passageiros incluem o seguinte:
Carro Subcompacto: A eficiência do combustível e o preço
baixo são as principais atrações dos subcompactos, embora al-
guns proprietários os comprem por um fator “fofo”.
Exemplos: Chevrolet Aveo, Mini Cooper, Volkswagen Beetle
Carro Compacto: O caminho arquetípico para viajantes e
estudantes universitários pobres, os compactos são acessíveis - e
é isso.
Exemplos: Dodge Neon, Honda Civic, Mazda Protégé, Sa-
turn Ion
Carro de Tamanho Médio: O sedan de tamanho médio
(quatro portas) ou cupê (duas portas) é a média branda no de-
sempenho automotivo. Os tamanhos médios são indefinidos e
onipresentes. Eles ainda são um pouco apertados, mas são mais
fáceis de se movimentar por dentro do que veículos menores.
Exemplos: BMW 325i, Chevrolet Impala, Ford 500, Honda
Accord, Nissan Altima
Desempenho de Tamanho Médio: Alguns fabrican-
tes oferecem versões de alto desempenho de suas caixas de
transporte, que são praticamente indistinguíveis dos modelos
padrão, exceto por alguns detalhes sutis. Cupês e sedãs de
desempenho também apresentam interiores luxuosos, que a
maioria dos compradores espera ver se pagam perto de seis
dígitos. Graças à aparência comum dos carros, eles são per-
ocasional de alta velocidade sem ser muito óbvio. Esses carros
também veem o serviço em algumas nações europeias como
policiais perseguem carros para fiscalização do trânsito.
Exemplos: Cadillac CTS-V, BMW M3, Mercedes AMG E
55, Nissan Altima SE-R
Carro em Tamanho Real: O tamanho real é o menor
carro encontrado na maioria das frotas corporativas e gover-
namentais. Outrora o padrão de fato para automóveis, os ta-
manhos reais agora são superados em número por veículos
menores e mais econômicos. Os carros de tamanho real são
espaçosos, acomodando cinco adultos em relativo conforto
e com espaço para bagagens suficiente para várias malas (ou
mais dois a três adultos). Carros de luxo em tamanho real
servem como símbolos de status para os proprietários que de-
sejam transporte espaçoso com classe.
Exemplos: Lincoln Town Car, Mercedes C320, Toyota
Avalon
Limosine: Uma limosine começa sua existência como
um carro de tamanho normal, mas o processo de conversão
o incendeia ao meio e depois o solda de volta com vários me-
tros adicionais de cabine de passageiros enxertados na parte
central. O desempenho sofre como resultado, mas uma perda
de aceleração é um preço pequeno a pagar por andar com esse
estilo e elegância. Alugar uma limusine por uma noite custa
Pneus de Polícia, Suspensão de
Polícia, Polícia de Choques…
O carro de polícia típico começa a vida
como um carro de quatro portas em tama-
nho real. Antes de sair da fábrica, o veículo
de base sofre modificações para melhorar
seu desempenho e capacidade de suportar
o uso áspero diário. Essas modificações
incluem suspensão e freios reforçados, re-
frigeração elétrica e sistemas elétricos e um
motor mais potente. Departamentos indivi-
duais modificam ainda mais seus carros da
polícia de acordo com especificações indivi-
duais. Um pacote típico inclui o seguinte:
• Identificação: Os carros da polícia
marcados apresentam logotipos de depar-
tamentos e outros gráficos em decalques
refletivos, tornando os veículos altamente
visíveis em todas as condições. Luzes estro-
boscópicas e uma sirene significam que o
motorista está respondendo a uma emer-
gência e um holofote de alta intensidade é
montado perto da porta do motorista. Os
carros não marcados escondem suas luzes e
veiculos terrestres 135
 sirenes dentro da grade, no painel e dentro
da janela traseira.
• Equipamento de comunicação e gra-
vação: O equipamento de comunicação de
um carro da polícia começa com um rádio
da polícia. As câmeras de vídeo do painel
também estão rapidamente se tornando
padrão, ativando automaticamente sempre
que as luzes ou sirenes do veículo estiverem
funcionando e gravando seus dados em um
gravador digital ou VHS no porta-malas. No
final dos anos 90, os primeiros laptops para
automóveis apareceram. Eles usam uma
rede dedicada de rádio ou sem fio e permi-
tem que os policiais verifiquem a identifi-
cação e o registro criminal de um suspeito,
executem a matrícula de um veículo e
troquem mensagens de texto. As redes mais
recentes também permitem que os policiais
enviem ou recebam fotografias digitais para
ajudar a identificar uma criança desapareci-
da ou veículo em fuga.
• Recursos de transporte de prisionei-
ros: Uma blindagem grossa de policarbo-
nato (Durabilidade 3, Tamanho 4, Estrutura
7) separa os bancos dianteiros e traseiros,
impedindo que os prisioneiros atacem
o motorista ou o passageiro do banco
da frente. Projetos mais antigos usavam
gaiolas de aço (Durabilidade 4, Tamanho 4,
Estrutura 8), que eram mais resistentes, mas
ainda permitiam a passagem de lâminas
ou fluidos corporais. As alças internas das
portas traseiras e os controles das janelas
traseiras são removidos para impedir a saí-
da. Os estofados são de vinil e plástico para
facilitar a limpeza.
• Equipamento adicional: O porta-malas
de um carro de polícia típico está cheio de
equipamentos de emergência emitidos pelo
departamento: um extintor de incêndio, um
kit de primeiros socorros, sinalizadores de
estrada e marcadores de perigo, vários litros
de água, cobertores de emergência, fita
da cena do crime, pé de cabra, uma chave
de rodas, uma pá dobrável, kits de coleta
de evidências e de identificação de drogas,
capa de chuva, uma pistola de radar ou
laser e as armas secundárias emitidas pelo
departamento do oficial.
Poucos países têm leis que restringem a
compra de carros policiais, mas muitos fa-
bricantes vendem apenas para departamen-
tos policiais; Representar um policial através
do uso indevido de um veículo marcado é
ilegal. Existe um mercado secundário forte
para carros de polícia usados e sem emble-
mas, principalmente na indústria de táxis.
136
capitulo quatro - veiculos
Carros Esportivos
A maioria dos proprietários de carros esportivos tem
mais probabilidade de se gabar das capacidades de seus veícu-
los do que realmente usá-los. Uma velocidade máxima de 300
quilômetros por hora significa pouco no tráfego de carros nas
auto-estradas. Os carros esportivos são fabricados para condi-
ções operacionais que raramente surgem para a maioria dos
motoristas. Os carros esportivos têm capacidade limitada de
passageiros e espaço de carga, consomem combustível a uma
taxa prodigiosa e podem ultrapassar e superar praticamente
qualquer outra coisa na estrada.
Carro Esportivo: O padrão para carros esportivos é dois
assentos, duas portas, um enorme motor e minimalismo em
todas as outras áreas. Eles foram criados para ir rápido e com
boa aparência ao fazê-lo. O preço desse desempenho não vem
apenas em dólares, mas também em praticidade e, muitas ve-
zes, conforto.
Exemplos: Chevrolet Corvette, Mercedes CLK 55 AMG,
Porsche 911
Muscle Car: Uma inovação americana da década de
1960, os muscle cars trocam um pouco de desempenho por
potência, tamanho e acessibilidade. Eles são altos, não refina-
dos e capazes de acelerar a formação de bolhas. Eles também
apresentam volume marginalmente mais interior que carros
esportivos, incluindo espaço de carga que pode acomodar
mais do que uma mala noturna.
Exemplos: Dodge Charger, Ford Mustang, Pontiac GTO
(também conhecido como Holden Monaro)
Compactos Esportivos: Os fabricantes japoneses trouxe-
ram “compactos esportivos” - carros compactos com veloci-
dade e manuseio aprimorados - em voga no final dos anos
80 com uma sucessão de “foguetes de níquel”. Os compactos
esportivos de hoje variam de roadsteres pequenos a sedãs pe-
sados baseados em carros de corrida de rally. Os compactos
esportivos são os veículos preferidos dos corredores de rua,
cuja engenhosidade na instalação de peças de desempenho é
superada apenas na medida em que os proprietários adicio-
nam decalques extravagantes, esquemas de pintura e acessó-
rios para o corpo.
Exemplos: Chevrolet Cobalt SS, Mitsubishi Lancer Evolu-
tion, Nissan Sentra SE-R Spec V, Subaru Impreza WRX
Supercarro: O máximo em desempenho nas ruas é o
supercarro, uma classificação estabelecida pelas montadoras
italianas cujos principais produtos podem superar, ultrapassar
e superar o preço de qualquer outra coisa na estrada. Os su-
percarros são dolorosamente exclusivos, geralmente limitados
a centenas de modelos vendidos em todo o país e são tão
discretos quanto um soco na cara. Eles são baixos e não se
adaptam bem a superfícies não pavimentadas: suas penalida-
des por off-road são aumentadas em -1 adicionais (consulte
“Fora da Estrada”, p. 136).
Exemplos: Ferrari F40, Lamborghini Murciélago, McLa-
ren F1, Porsche Carrera GT
Viajando em Luxo
Assentos de couro aquecidos, um sistema
de som premium e outras comodidades
podem aumentar o prestígio e o preço de
um veículo. Um veículo de luxo oferece um
bônus de +1 a todos os testes de Presença
 Carros
Tipo Durabi- Tam. Estru- Aceleração Velocidade Rapidez Dirigi- Ocu- Custo
lidade tura Segura bilidade pantes
Automóveis de Passageiros
Carro Subcompacto 2 8 10 11 (25 kmh/turno) 86 (100 km/h) 134 (160 km/h) 3 1+3 •
Carro Compacto 3 9 12 13 (30 kmh/turno) 94 (110 km/h) 147 (175 km/h) 3 1+3 •
Mid-Size Car 3 12 15 17 (40 kmh/turno) 100 (120 km/h) 154 (185 km/h) 2 1+3 ••
Performance Mid-Size 3 12 15 25 (60 kmh/turno) 106 (125 km/h) 207 (245 km/h) 4 1+3 •••
Full-Size Car 3 14 17 12 (30 kmh/turno) 94 (110 km/h) 160 (190 km/h) 2 1+4 •••
Limusine 3 19 22 9 (20 kmh/turno) 74 (85 km/h) 134 (160 km/h) 0 1+11 ••••
Carro de Polícia 3 14 17 13 (30 kmh/turno) 100 (120 km/h) 194 (230 km/h) 3 1+4* •••*
Carros Esportivos
Carro Esportivo 2 10 12 25 (60 kmh/turno) 106 (125 km/h) 227 (270 km/h) 4 1+1 ••••
Muscle Car 3 12 15 23 (55 kmh/turno) 100 (120 km/h) 201 (240 km/h) 3 1+3 ••
Compacto Esportivo 3 9 12 24 (55 kmh/turno) 106 (125 km/h) 194 (230 km/h) 4 1+3 •••
Supercarro 2 10 12 33 (80 kmh/turno) 120 (140 km/h) 275 (325 km/h) 5 1+1 •••••
* Consulte a descrição do veículo para obter regras adicionais.

e Manipulação apropriados que o motorista ou
o proprietário faz enquanto ele e seu alvo es-
tão dentro ou imediatamente perto do veículo.
Limusines, supercarros, SUVs de desempenho
e jatos executivos sempre têm esse bônus.
Alguns outros veículos podem ser comprados
com opções de fábrica de luxo a +1 Custo:
carros de tamanho médio, carros de tamanho
normal, carros esportivos, veículos recreativos,
SUVs de passageiros, ônibus de turismo, casas
flutuantes, iates e iates de corrida. Trabalhos
personalizados em outros veículos podem adi-
cionar opções de luxo por um preço significati-
vo e a critério do Narrador.
Caminhões Leves
Os motoristas que esperam viajar em estradas de terra ou
em áreas abertas consideram inadequadas as suspensões baixas
dos carros de passeio. Os caminhões leves oferecem uma alterna-
tiva: eles são capazes de eliminar obstáculos que deixariam um
carro preso ou pior, podem transportar uma quantidade razoá-
vel de carga e são robustos o suficiente para suportar os abusos
diários.
Caminhonte Leve: As pick-ups leves destinam-se ao uso
duplo em ruas da cidade e trilhas rurais, e seus designs variam
de utilitários sem frescuras a ostentação esportiva e impraticável.
Normalmente, é possível transportar três quartos de uma tonela-
da de carga ou até oito passageiros na cama de uma caminhonete.
Exemplos: Ford Ranger, GMC Canyon, Toyota Tacoma
Caminhonete Pesada: Maiores, mais lentas e mais massivas
que primos menores, as caminhonetes pesadas são criadas para
o trabalho duro diariamente. Uma caminhonete pesada com
uma configuração padrão pode transportar até uma tonelada e
meia de carga ou 16 passageiros, enquanto os modelos “king-tá-
xi” sacrificam cerca de 360kg de capacidade de carga ou quatro
passageiros desprotegidos por um compartimento de passageiros
estendido com dois ou três adicionais assentos relativamente
confortáveis. Muitas caminhonetes pesadas vêm com motores a
diesel e transmissões pesadas, o que lhes permite rebocar um
reboque com cinco ou mais toneladas de carga adicional.
Exemplos: Chevrolet Silverado, Ford F-150, Nissan Titan
Jipe: Os jipes são veículos leves, de transporte de passa-
geiros e off-road, geralmente mais altos e menos longos que os
captadores leves. Os jipes são construídos estritamente para
fins de utilidade, e alguns modelos de jipe carecem de contro-
le climático rudimentar ou de rádios AM. Os jipes, no entan-
to, geralmente possuem características práticas, como gaiolas,
guinchos e suportes de montagem para latas sobressalentes
de combustível. As partes superiores abertas ou de lona dos
jipes fornecem apenas uma proteção mínima aos passageiros
quando as balas começam a voar.
Exemplos: Chevrolet Tracker, Jeep Wrangler, Land Rover
Defender
SUV Off-Road: O veículo utilitário esportivo é o suces-
sor moderno dos projetos de jipe com capota dura do final
dos anos 80. A maioria dos SUVs é lamentavelmente inade-
quada para tarefas difíceis, sendo projetada para uso por pais
suburbanos atormentados, mas alguns exemplos mantêm a ca-
pacidade off-road dos projetos de caminhões em cujas estrutu-
ras foram construídas. Os SUVs off-road são semelhantes em
design geral aos jipes, sendo os transportadores de passageiros
em primeiro lugar e os veículos de carga em segundo, mas são
mais longos e totalmente fechados.
Exemplos: Jeep Grand Cherokee, Land Rover Discovery,
Nissan Xterra
Caminhão Tático Militar: Para operações militares, a
condução fora de estrada é a norma e não a exceção de fim de
semana. Os exércitos exigem veículos de carga e passageiros
de uso geral que são ainda mais duráveis e capazes do que
os caminhões civis mais robustos. A maioria dos caminhões
táticos é movida a diesel, possui um rádio de médio porte
como equipamento padrão e pode montar uma única metra-
lhadora (consulte a pág. 81) em uma montagem giratória no
teto (embora o artilheiro deva se expor parcialmente ao fogo,
recebendo apenas cobertura –2). Como os caminhões táticos
não são construídos com os regulamentos de segurança civil
em mente, esses veículos normalmente não estão disponíveis
para compra de civis.
Exemplos: AM General M998 HMMWV, ATL Pinz-
gauer, BAE Systems Panther, Land Rover Wolf

carros 137

Fora da Estrada
A maioria dos veículos terrestres descritos
aqui é projetada para uso em estradas pavi-
mentadas bem mantidas. Ao tirar carros da
jurisdição do departamento de rodovias, os
motoristas incorrem em suas verificações de
carro com base no tipo de superfície em que
estão dirigindo: –1 para estradas de terra
ou campos gramados, –2 para estradas de
cascalho, –3 para areia ou campos enlame-
ados e –4 para um deserto selvagem. Cami-
nhões leves, bicicletas de sujeira, bicicletas
de montanha, equipamentos de construção
e veículos blindados são mais adequados do
que a maioria para lidar com tais abusos,
portanto, as penalidades desses veículos
nessas situações são reduzidas em 2.
Vans
Melhor descritas como caixas sobre rodas, as vans são
construídas para capacidade máxima de carga e fácil acesso.
Quase todas as vans têm portas traseiras duplas e muitas vans
têm portas deslizantes ou duplas adicionais no lado do pas-
sageiro.
Van de Tamanho Normal: Capazes de transportar até
uma tonelada de carga ou 12 passageiros, as vans são os veícu-
los de serviço onipresentes para todos os tipos de negócios. Os
modelos de passageiros tendem a ter janelas por toda parte,
enquanto os projetos de carga geralmente só têm janelas nas
portas traseiras, se houver - os suprimentos de encanamento
não precisam ser vistos (e os curiosos que passam por quem
não precisam ver). As vans com marcações apropriadas po-
dem permanecer estacionadas por longos períodos de tempo
sem levantar suspeitas, o que as torna ideais para operações
de vigilância e outras atividades secretas. As vans de carga de
tamanho normal podem ter motores a diesel ou a gasolina,
enquanto as vans de passageiros são quase exclusivamente mo-
vidas a gás.
Exemplos: Dodge Sprinter, Ford Econoline E-150, Nissan
Primastar
Minivan: Um compromisso entre a utilidade da van e a
eficiência do automóvel, as minivans surgiram em meados dos
anos 80. A maioria das minivans tem aparência mais simplifi-
cada do que as vans de tamanho normal e são construídas no
chassi do carro com tração dianteira. As minivans geralmente
têm mais comodidades do que as vans de tamanho grande,
já que o principal mercado-alvo das minivans são as grandes
famílias de classe média. A segunda e terceira filas de assentos
dessas vans são projetadas para facilitar a remoção, o que per-
mite a conversão das configurações de passageiro para carga
em poucos minutos. Na Europa, as minivans são chamados
de MPVs (Veículos Multiuso).
Exemplos: Dodge Caravan, Ford Windstar, Honda Odys-
sey, Renault Espace
Furgão de Entrega: Em grande parte do mundo, as vans
de entrega mais familiares (ou “vans de degrau”, pela neces-
sidade de entrar nelas) são a frota de cor marrom da UPS.
Esses veículos são onipresentes em qualquer área urbana ou
suburbana e dificilmente ocasionarão comentários, mesmo
em áreas mais rurais. As vans de entrega geralmente têm cerca
de 6 metros de comprimento; a maior parte do comprimento
138 capitulo quatro - veiculos
é destinada ao espaço de carga para pouco menos de duas to-
neladas de pacotes. Dentro de uma van de entrega, prateleiras
largas, inclinadas levemente para cima para impedir que as
parcelas deslizem durante as curvas, alinham os dois lados de
um corredor central, aberto para os dois assentos da frente.
O teto de muitos modelos mais recentes é de plástico trans-
lúcido para melhor visibilidade interior. Os sistemas de aque-
cimento e refrigeração tendem a ser construídos em excesso
para compensar as frequentes necessidades dos motoristas de
sair e entrar novamente no veículo. Os caminhões leves de
aluguel não oferecem acesso irrestrito entre as áreas de passa-
geiros e de carga, possuindo apenas uma porta deslizante de
um metro quadrado (se houver) e não possuem as prateleiras
das vans de entrega, mas possuem características idênticas
para fins de jogo.
Exemplos: Freightliner MT-45, GMS Utilimaster, Interna-
cional FH1652
Veículo Recreativo: RVs, também conhecidos como
motor homes, são veículos construídos como alojamentos
móveis. RVs pequenos são construídos em estruturas de van,
enquanto modelos de RV maiores se assemelham a ônibus
pequenos. Quase todos os projetos têm pontos de conexão
externos para linhas de eletricidade, água e resíduos, permi-
tindo que os ocupantes permaneçam no mesmo local por um
longo período sem depender apenas dos recursos internos
de combustível e água do veículo. Uma roulotte típica inclui
uma pequena cozinha, um banheiro com um chuveiro e um
banheiro químico, um sistema de entretenimento mínimo e
acomodações para dormir de quatro a seis pessoas. Modelos
de luxo podem adicionar recepção de transmissão via satélite,
banheiros completos, saunas ou os móveis mais decadentes e
extravagantes. As características dadas são para o design típico
usado por aposentados prósperos: cerca de 40 pés de compri-
mento e os maiores veículos que não precisam de uma car-
teira de motorista comercial. Um personagem com Recursos
•••• pode possuir um trailer como residência principal, em
vez de uma casa ou apartamento.
Exemplos: Expedição Fleetwood, Tiffin Phaeton, Winne-
bago Adventurer
SUV de Passageiros: Embora muitos proprietários de
SUV neguem veementemente essa classificação de seus sím-
bolos de status premiados, a verdade é que um número signi-
ficativo de designs modernos de SUV tem capacidade off-road
mínima, manuseio lento e um grande volume de carga com
fácil acesso. Em outras palavras, eles são vans. SUVs Commu-
ter vêm equipados com todo tipo de conforto, de bancos de
couro aquecidos a DVD players.
Exemplos: Chevrolet Equinox, Ford Escape, Nissan Mu-
rano, Toyota Highlander
SUV de Desempenho: Para a maioria dos SUVs, “de-
sempenho” significa ser capaz de levar as crianças para o
acampamento da banda. Alguns fabricantes evitam a sabe-
doria convencional, preferindo construir SUVs que possam
se sustentar contra carros esportivos. Esses gigantes são mui-
to caros, mas são misturas moderadamente bem-sucedidas
de utilidade SUV e desempenho automotivo de alto nível.
Para os proprietários que pretendem se envolver em ativida-
des mais bem mantidas longe da atenção das autoridades, os
SUVs de desempenho têm as mesmas vantagens que os carros
de médio porte: uma aparência indefinida combinada com
velocidade e manuseio superiores. Os SUVs de desempenho
também são ideais para conversões de segurança, porque os
motores sobrecarregados compensam o peso extra da prote-
ção balística.
 Examples: Mercedes AMG ML 55,
Porsche Cayenne
Limusine SUV: As empresas de
conversão rapidamente adotaram os
SUVs de passageiros, como platafor-
mas de limusine, devido ao seu volu-
me interno adicional. As limusines
de SUV tendem a ser mais ostensivas
do que as limusines regulares, além do
maior comprimento e volume. Alugar uma limusine SUV com
um motorista para a noite custa ••.
Vagões de Carne e Evacuação de Ar
Ambulâncias são veículos de emergência
construídos em chassis de van ou caminhão
leve. As ambulâncias estão equipadas para
transportar o equipamento médico necessário
para estabilizar um único paciente e mantê-lo
vivo durante o transporte para um hospital.
Além das modificações básicas de trabalho e
identificação, iguais às de um carro da polícia
(consulte as págs. 133-134), uma ambulância
também recebe uma área de carga expandida
o suficiente para duas pessoas trabalharem
em torno de uma única maca cujas pernas
dobráveis travam nos trilhos. o chão. Ambas
as paredes estão revestidas de armários cheios
de suprimentos médicos. Todas as superfícies
são de metal, plástico ou vinil e construídas
para serem fáceis de limpar após cada opera-
ção de emergência. O inventário completo de
equipamentos normalmente leva oito ou mais
páginas e inclui praticamente tudo, até equi-
pamentos cirúrgicos. As ambulâncias não são
estocadas para nenhuma cirurgia mais básica
do que a pinça de emergência das artérias
cortadas e não carregam espalhadores de cos-
telas, serras ósseas ou sangue sobressalente.
A maioria das ambulâncias tem capacidade
para até quatro pessoas (duas na cabine
e duas em bancos rebatíveis na traseira),
mas quase sempre funciona com equipes de
duas pessoas.
Ambulâncias aéreas são helicópteros equi-
pados para evacuação médica. Devido às
despesas, eles são usados apenas quando
o tempo é crítico ou quando os pacientes
estão localizados em áreas que os veículos
terrestres não podem acessar. Uma ambu-
lância aérea foi projetada para acomodar
sua tripulação de vôo normal de duas pes-
soas, um paciente e duas equipes médicas.
Além de todo o equipamento de emergên-
cia em uma ambulância regular, uma am-
bulância aérea geralmente é equipada com
um guincho para levantar pacientes bem
controlados das áreas em que o helicóptero
não pode pousar.
Mecânica: Uma ambulância ou ambulância
aérea possui Características iguais aos de
uma van de entrega padrão ou helicóptero
de serviço, respectivamente, exceto por um
aumento de +1 no Custo. Em ambos os
casos, as instalações oferecidas por uma
ambulância ou ambulância aérea concedem
um bônus de +3 aos testes de Medicina
apropriados.
vans 139
 Caminhões, Vans e SUVs
Tipo Durabi- Tam. Estru- Aceleração Velocidade Velocidade Dirigi- Ocu- Custo
lidade tura Segura Máxima bilidade pantes
Caminhões Leves
Caminhonete Leve 3 14 17 13 (30 kmh/turno) 73 (95 km/h) 140 (165 km/h) 1 1+2 ••
Caminhonete Pesada 3 15 18 10 (25 kmh/turno) 74 (85 km/h) 120 (140 km/h) 0 1+2 •••
Jipe 3 13 16 8 (15 kmh/turno) 80 (95 km/h) 134 (160 km/h) 1 1+3 ••
SUV Off-Road 3 15 18 10 (25 kmh/turno) 87 (100 km/h) 140 (165 km/h) 0 1+4 •••
Caminhão Tático Militar 4 17 21 6 (15 kmh/turno) 74 (85 km/h) 106 (125 km/h) 0 1+3 N/A
Vans
Van Média 3 16 19 7 (15 kmh/turno) 74 (85 km/h) 120 (145 km/h) –1 1+12 ••
Minivan 3 15 18 10 (25 kmh/turno) 86 (100 km/h) 140 (165 km/h) 0 1+7 ••
Furgão de Entrega 3 17 20 6 (10 kmh/turno) 66 (80 km/h) 120 (140 km/h) –1 1+1 •••
Veículo Recreativo 3 18 21 8 (15 kmh/turno) 74 (85 km/h) 106 (125 km/h) –1 1+6 •••
SUV de Passageiros 3 15 18 13 (30 kmh/turno) 86 (100 km/h) 134 (160 km/h) 0 1+6 •••
SUV de Desempenho 3 15 18 21 (50 kmh/giro) 100 (120 km/h) 221 (265 km/h) 3 1+4 •••••
Limusine SUV 3 20 23 9 (20 kmh/turno) 74 (85 km/h) 120 (140 km/h) –1 1+17 ••••

Motocicletas Exemplos: Agusta Brutale S, Honda RVF400, Yamaha

Duas rodas, um motor, um tanque de combustível e tu-
bos de metal suficientes para manter tudo unido são essen-
cialmente tudo o que compõe uma motocicleta. Com uma
relação peso/potência para envergonhar os melhores carros
esportivos, uma motocicleta pode dominar a maioria das per-
seguições no solo, mas sua falta de estrutura é o calcanhar de
Aquiles.
Mecânica: Manter o lado brilhante de uma motocicleta
para cima e o lado de borracha para baixo pode ser um esfor-
ço fisicamente exigente, e acelerar e frear com controles ma-
nuais é um conceito estranho para o motorista comum. Um
personagem que tenta controlar uma motocicleta sem uma
Especialização Motocicleta na Habilidade Condução sofre –2
de penalidade.
Além disso, como observado no Livro de Regras do
Mundo das Trevas (consulte a pág. 147), uma motocicleta
não possui superfícies externas: motociclista, passageiro e
qualquer carga são expostos ao vento, chuva e balas e sofrem
danos iguais sempre que a própria bicicleta sofrer danos de
uma colisão ou outra fonte de efeito amplo. Os ataques, no
entanto, devem ser direcionados à bicicleta ou a um de seus
ocupantes - atirar em uma motocicleta também não danifica
automaticamente o motociclista.
Street Bike: Uma motocicleta básica tem poucas opções
e carenagens mínimas ou racionalização. A maioria dos com-
ponentes da Street Bike de rua está exposta e foi projetada
para funcionar sobre moda.
XJ600
Dirt Bike: Construída para viagens off-road, uma bicicle-
ta de terra apresenta uma suspensão mais alta e mais pesada,
pneus de borracha e um motor relativamente pequeno. Os
moradores rurais usam essas motos para recreação e utilidade,
e os pilotos de motocross construíram um esporte inteiro em
torno das motos de terra.
Exemplos: Kawasaki KLX110, Yamaha YZ-250
Cruzador: Cruzadores, ou “motocicletas de turismo”,
são destinadas a viagens de longa distância em velocidades
de rodovias. Portanto, os cruzadores são mais confortáveis do
que outras motos, geralmente tendo algum apoio para as cos-
tas do motociclista na posição vertical. Alguns cruzadores são
equipados com sistemas de intercomunicação, permitindo
que motorista e passageiro usem microfones montados no ca-
pacete para conversar audivelmente sobre ruídos de vento de
130 quilômetros por hora. A maioria dos cruzadores também
possui contêineres de carga com travamento rígido em am-
bos os lados do pneu traseiro, cada um capaz de conter cerca
de um pé cúbico de material. As motocicletas favoritas por
clubes e gangues de motoqueiros, conhecidas como “helicóp-
teros” após a construção de peças de diferentes motocicletas
picadas, também se enquadram na categoria de desempenho
dos cruzadores, embora não sejam tão refinadas ou respeitá-
veis.
Exemplos: BMW R100RS, Harley-Davidson Electra-Gli-
de, Honda Gold Wing, Yamaha Wildstar

Motocicletas e Veículos Pessoais

Tipo Durabi- Tam. Estru- Aceleração Velocidade Velocidade Dirigi- Ocu- Custo
lidade tura Segura Máxima bilidade pantes
Motocicletas
Motocicleta de Rua 2 7 9 18 (43 kmh/turno) 80 (86 km/h) 167 (201 km/h) 5 1+1 ••
Motocicleta da Sujeira 2 5 7 16 (40 kmh/turno) 46 (56 km/h) 74 (88 km/h) 4 1+1 •
Cruzador 2 7 9 20 (48 kmh/turno) 94 (112 km/h) 160 (193 km/h) 4 1+1 ••
Motocicleta Esportiva 1 6 7 40 (96 kmh/turno) 106 (128 km/h) 255 (305 km/h) 5 1+1 •••
Veículos Pessoais
Bicicleta de Rua 2 3 5 * +4 +13 3 1 •
Bicicleta de Montanha 3 3 6 * +3 +10 2 1 •
Skate 2 2 4 * +2 +7 4 1 •

140 capitulo quatro - veiculos

 Motocicleta Esportiva: Em muitos casos, as únicas diferen-
ças entre as motos esportivas legais de rua e as motos de compe-
tição são o sistema de exaustão e a instrumentação. As motos
esportivas também são chamadas de “foguetes de gancho” por
sua aceleração: nas mãos de um piloto experiente, uma moto-
cicleta esportiva pode acelerar qualquer coisa menos que um
avião a jato e acompanhar o ritmo de um supercarro. As motos
esportivas apresentam carenagens de plástico leve para reduzir a
resistência ao vento e exigem que seus motociclistas mantenham
posições desconfortáveis de inclinação. Sempre que um persona-
gem anda de motocicleta esportiva por mais horas contínuas que
a metade de seu Vigor, ele sofre uma penalidade de -1 a todas as
outras ações Físicas até que ele gaste pelo menos 10 minutos se
esticando.
Exemplos: Ducati 999R, Kawasaki Ninja ZX-10, Suzuki GSX-
-1300R Hayabusa, Yamaha YZF-R1
Sidecar: Um sidecar é um casulo de uma roda que se prende
ao lado de uma moto de rua ou de um cruzador. Uma motocicle-
ta com um carro lateral tem sua Aceleração, Velocidade Segura e
Velocidade Máxima reduzidas em 1/4 cada e sua Dirigibilidade
reduzida em 2, mas o carro lateral adiciona espaço para outro
passageiro ou um volume e peso equivalente de carga.
Características: Durabilidade 2, Tamanho 4, Estrutura 6,
Ocupante 1 passageiro, Custo •.
Veículos Pessoais
Os veículos terrestres mais simples não têm potência, con-
sistindo apenas de rodas e um corpo. Este veículo terrestre de-
pende do corpo do próprio piloto para fornecer força motriz,
mas é mais eficiente do que apenas atravessar a cidade ou fugir
de uma ameaça.
Mecânica: Um veículo terrestre movido a músculo tem uma
Aceleração igual à Força do ciclista. Para determinar a Velocida-
de Segura e a Velocidade Máxima do veículo terrestre, adicione
o Deslocamento do próprio personagem aos valores dados nas
colunas apropriadas da tabela de veículos. Um personagem só
pode manter velocidades acima da Velocidade Segura por um
número de minutos igual ao dobro de seu Vigor + Perseverança;
depois disso, cada minuto (ou fração do mesmo) de pedalar ou
empurrar em alta velocidade causa um nível de dano contun-
dente. Um personagem que não está se esforçando pode manter
a Velocidade Segura por um número de horas igual ao seu Vi-
gor + Perseverança, após o que deve descansar por metade desse
período de tempo. Todas as manobras com esses veículos usam
Esportes em vez de Condução.
Bicicleta de rua: Uma bicicleta típica é pouco mais que
uma estrutura tubular, uma manivela com pedais e um par de
rodas.
Mountain Bike: As bicicletas destinadas ao uso fora de es-
trada são mais pesadas que as tradicionais. As bicicletas de mon-
tanha são comuns mesmo em ambientes urbanos, pois são mais
capazes de suportar riscos casuais da cidade, como meio-fio e
escada. Alguns departamentos de polícia designam oficiais de
patrulha para o serviço de bicicleta nos distritos comerciais ou
universitários.
Skate: Como o nome indica, um skate é pouco mais do
que uma prancha plana com rodas presas. Um scooter tem rodas
dianteiras direcionáveis e é idêntico para fins de jogo.
Veículos Abertos
Alguns veículos oferecem cobertura menos que
perfeita, resultando em penalidades reduzi-
das aos ataques. Os veículos que não ofere-
cem cobertura incluem motocicletas, motos
aquáticas e veículos pessoais. Os veículos
com cobertura -1 incluem canoas, equipa-
mentos de construção, velejadores, barcos
de pesca, barcos infláveis, jipes, caiaques
e carros laterais para motocicletas. Os
veículos com cobertura -2 incluem lanchas,
barcos de corrida e versões conversíveis de
carros de passeio e carros esportivos.
Veículos Comerciais
Os veículos comerciais são a espinha dorsal do trans-
porte de cargas e passageiros em massa em todo o mundo
industrializado. Na maioria dos países, os operadores de ve-
ículos comerciais com um determinado comprimento devem
ter licenças de operadores especializados devido à massa e ta-
manho excepcionais desses veículos em comparação com os
carros de passageiros comuns. Quase todos os veículos comer-
ciais possuem motores a diesel e transmissões manuais.
Os veículos comerciais são construídos em uma escala
que a maioria dos motoristas realmente não considera, mes-
mo quando passam por comboios na estrada. Os maiores
veículos comerciais pesam 40 toneladas ou mais e requerem
centenas de metros para parar completamente a velocidade
de cruzeiro. Eles carregam combustível suficiente para atraves-
sar países sem reabastecer, e a natureza de seu trabalho exige
construção suficientemente robusta para que possam evitar
colisões e outros danos que tornariam o carro médio em um
acidente irreconhecível.
Mecânica: Dirigir um veículo comercial requer um con-
junto diferente de reflexos e um pouco mais de experiência
do que operar um carro comum. Um personagem que tenta
controlar um dos seguintes veículos sem a Especialização Veí-
culos Comerciais ou outra Especialização similar na Habilida-
de Condução sofre –2 de penalidade.
Caminhão Médio: Caminhões médios são usados prin-
cipalmente para transporte local de cargas e serviços públicos,
embora alguns caminhões médios vejam o uso de rodovias
para o transporte de longa distância de cargas relativamente
pequenas. Caminhões médios normalmente pesam de cinco
a 15 toneladas e têm de seis a dez rodas. Esses veículos vêm
em uma variedade desconcertante de configurações, incluin-
do camas de mesa, caixas de carga, caminhões-tanque líquidos
e caixas de carga refrigeradas. O chassi do caminhão também
está disponível para personalização com equipamentos espe-
cializados, como tambores de mistura de cimento ou braços
de caçamba articulados para reparo de utilidades. Caminhões
médios destinados a obras de construção são construídos para
trabalhos fora de estrada (consulte “Fora de estrada”, p. 136).
Exemplos: Série Freightliner Business Class M2, Interna-
tional 4000, Isuzu F-series, Mercedes-Benz Atego, Mitsubishi
Fuso FM
Caminhão Blindado: Caminhões blindados (também
chamados de “carros blindados”, apesar de seu tamanho e
massa) são construídos para transportar grandes quantidades
de dinheiro ou outros objetos de valor em relativa segurança.
Originalmente uma resposta à violência das gangues na Amé-
rica dos anos 20, os caminhões blindados tornaram-se ferra-
mentas valiosas de bancos e comerciantes de diamantes em
motocicletas 141
 Veículos Comerciais
Tipo Durabi- Tam. Estru- Aceleração Velocidade Velocidade Dirigi- Ocu- Custo
lidade tura Segura Máxima bilidade pantes
Caminhão Médio 3 20 23 9 (20 kmh/turno) 74 (55 km/h) 100 (120 km/h) –1 1+2 •••
Caminhão Blindado 7 17 24 11 (25 kmh/turno) 80 (95 km/h) 114 (135 km/h) –1 1+4* ••••*
Semi-Trator 3 18 21 8 (15 kmh/turno) 93 (110 km/h) 127 (150 km/h) –1 1+2 ••••
Semi-Reboque 3 21 24 - - - - - ••
Equipamento p/ * 25 * 5 (10 kmh/turno) 93 (110 km/h) 120 (140 km/h) –3 * *
Reboque de Trator
Ônibus de Trânsito 3 21 24 8 (15 kmh/turno) 60 (70 km/h) 86 (100 km/h) –2 1+45 •••
Ônibus de Turismo 3 24 27 6 (15 kmh/turno) 86 (100 km/h) 114 (135 km/h) –2 1+56 ••••
* Consulte a descrição do veículo para obter regras adicionais.

todo o mundo. Um caminhão blindado padrão é construído
sobre uma estrutura, um motor e uma transmissão médios.
O corpo é fabricado sob medida em torno de camadas de aço
e armaduras compostas, e cada janela é um sanduíche resis-
tente a balas. Outras opções padrão incluem pneus vazados,
um sistema de extinção de incêndios e tanque de combustível
resistente a explosões e um rádio para comunicação com um
escritório de expedição ou a polícia. A cabine e o compar-
timento de carga do veículo são completamente separados,
com dois bancos de passageiro em cada um. Os portos das
armas nas portas e nas laterais da área de carga permitem que
os ocupantes disparem com uma penalidade de –2 enquanto
completamente ocultos e protegidos. A maioria dos fabrican-
tes de caminhões blindados venderá apenas para empresas de
segurança ou courier estabelecidas, para evitar a responsabili-
dade pelo uso indevido criminal de seus veículos.
Pneus de Pista Plana e de Grandes
Dimensões
Atirar nos pneus de um veículo é uma
das maneiras mais fáceis de desabilitá-lo
sem destruí-lo ou seu conteúdo. Os pneus
furados são a resposta das indústrias de se-
gurança privada e proteção diplomática aos
agressores que usam essa tática. Um pneu
furado incorpora uma pastilha de cerâmica
ou metal enrolada na roda, dentro do pró-
prio pneu. Quando o pneu perde pressão,
seja por um prego ou por uma bala, o peso
do veículo cai na pastilha. Isso atenua os
problemas de manuseio causados por um
furo e permite ao motorista manter o con-
trole por tempo suficiente para escapar de
um risco ou emboscada na estrada.
Mecânica: A remontagem de um veículo
com pneus vazios custa •••, e eles não
estão disponíveis para motocicletas, carros
esportivos ou veículos maiores que Tama-
nho 17. Quando um veículo perde um pneu
vazado, cada pneu soprado impõe apenas
-1 penalidade nos testes de Condução e
10% de velocidade (veja pág. 142, Livro
de Regras do Mundo das Trevas, para
regras sobre pneus danificados).
Embora não estejam disponíveis nas versões
flat run, os pneus de veículos comerciais e
pesados são significativamente mais resis-
tentes do que os de veículos de passageiros
comuns. Qualquer veículo de Tamanho 17
ou maior tem pneus com Durabilidade 2,
Tamanho 3 e Estrutura 5.
Semi-Trator: Um semi-trator é construí-
do para puxar um ou mais semi-reboques
conectados (abaixo). Um semi-trator é
construído em torno de um enorme motor a
diesel e tanques de combustível de grande
capacidade que dão ao veículo um alcan-
ce de pelo menos 1300km. Os tratores
vêm em duas configurações principais. Os
projetos de longnose, que colocam o motor
na frente do motorista, são mais comuns na
América do Norte. Na Europa e na Ásia, a
norma é o design da cabine, que coloca a
cabine em cima do motor. As cabines são
mais curtas e fáceis de manobrar, mas a
cabine inteira deve ser articulada para per-
mitir o acesso ao compartimento do motor.
Um rádio bidirecional é padrão, e muitos
projetos mais recentes têm sistemas de na-
vegação GPS e sinalizadores de localização
para permitir que despachantes corpora-
tivos rastreiem os semi-tratores com mais
eficiência. Os tratores destinados ao uso
em rodovias costumam ter compartimentos
para dormir, que são efetivamente aparta-
mentos em miniatura: uma cama, pequenos
aparelhos projetados para esgotar a fonte
de alimentação e o espaço de armazena-
mento do veículo para alimentos, roupas e
outras necessidades de viagem. Quaisquer
janelas são pequenas e podem ser com-
pletamente seladas contra a luz para os
motoristas que viajam à noite e dormem
durante o dia. As mangueiras umbilicais da
parte traseira do trator são projetadas para
prender nos conectores correspondentes
de um reboque para fornecer energia para
luzes e ar pressurizado para freios.
Exemplos: Kenworth T2000, Mack Vision,
Mercedes-Benz Actros, Peterbilt 378, Volvo
FH16

142 capitulo quatro - veiculos

Semirreboque: um semirreboque foi proje-
tado para ser conectado à parte traseira de
um semi-trator. Um semi-reboque é pouco
mais que uma estrutura de aço com dois ou
três eixos em uma extremidade, um engate na
extremidade oposta e algum tipo de contêiner
de carga na parte superior. A maioria dos
semi-reboques está a cerca de um metro e
meio do chão - apenas o suficiente para que
alguns supercarros excepcionalmente baixos
passem por baixo. O arranjo mais comum é
o trailer da van de carga: uma simples caixa
de metal de 13 a 16 metros de comprimento,
2,4 metros de largura e 2,7 metros de altura,
com um teto de fibra de vidro translúcido (para
melhor iluminação ao carregar e descarre-
gar carga) e portas duplas que só podem ser
aberto de fora. Um trailer de tanque possui
vários compartimentos e amortecedores inter-
nos para impedir que seus 7.000 galões de
carga caiam e altere a distribuição de peso do
trailer em turnos. Um reboque de plataforma
apresenta reforço adicional para lidar com
cargas industriais de até 35 toneladas. Um
trailer de caixa refrigerada é isolado e possui
sua própria unidade de refrigeração, alimen-
tada por um gerador a diesel com um tanque
de combustível separado, bom para três a
cinco dias de operação contínua. Além disso,
existem muitos projetos especializados, adap-
tados para o transporte de cargas específicas.
Enquanto os semi-tratores usam freios mecâni-
cos ou hidráulicos convencionais, os reboques
têm freios operados por ar comprimido. Sob
circunstâncias normais, a pressão do ar man-
tém os freios abertos. Se um reboque perde
a pressão do ar, seus freios travam, causan-
do -2 de penalidade em todas as manobras
(exceto parando) e exigindo imediatamente
que o motorista do trator faça um giro para
evitar um acidente - mas isso é melhor do que
esperar até o meio de uma longa descida para
descobrir a falta de freios.
Contentores de Carga
A década de 1970 viu a expansão noturna do
que a indústria de transporte chama de trans-
porte intermodal, que é o uso de um único
contêiner de carga para transportar mercado-
rias por meio de várias formas de trânsito. Os
padrões internacionais definiam as dimensões
de um contêiner de carga padrão: uma caixa
de aço de dois metros e meio de altura, dois
metros e meio de altura e 6, 12 ou 13 me-
tros de comprimento. Um desses contêineres
padrão pode ser empilhado em cima de outros
em um navio ou em um vagão, enrolado em
uma aeronave de transporte, pendurado em
um helicóptero ou preso a um semi-reboque
esquelético ou de mesa. Isso permite que
um remetente coloque mercadorias em um
contêiner e envie as nações e oceanos atra-
vés da cruz sem a necessidade de reembalar.
Existem unidades de refrigeração e tanque,
e os contêineres padrão também podem
servir como consultórios temporários, casas
ou clínicas médicas. O grande número de
contêineres que se deslocam ao redor do
mundo - vários milhares de cada vez em
um único e grande navio de contêiner - os
torna onipresentes e impossíveis de rastrear
de maneira abrangente, duas qualidades
ideais para contrabandistas ou outras partes
com carga que gostariam de esconder.
Um contêiner de carga normalmente custa
••••. Arrendar um por um mês custa ••.
Equipamento para Reboque de Trator:
Um semi-trator e um semi-reboque conec-
tados têm características de desempenho
marcadamente diferentes dos de um trator
rodando sozinho (um “rabo de boi” na lin-
guagem dos caminhoneiros). A junta articu-
lada que conecta os dois facilita o manuseio
ao girar ou fazer o backup. Em uma parada
de pânico, se o trailer desacelera mais rapi-
damente do que o trator, o trailer pode girar
para um lado nessa junta, uma condição
conhecida como canivete. Em combate, os
veículos componentes de uma plataforma
de reboque de trator são alvejados separa-
damente.
Ônibus de Trânsito: Um ônibus de trânsito
foi projetado para mover as pessoas pela
cidade da maneira mais eficiente possível.
Como o ônibus não costuma ir mais rápido
do que 96 km por hora, ele não possui
nem os recursos de segurança mais bási-
cos, como cintos de segurança ou assentos
acolchoados. As barras de apoio suspensas
permitem que passageiros adicionais fiquem
no corredor central. Os ônibus escolares
têm características mecânicas idênticas.
Exemplos: Blue Bird Xcel 102, International
RE 200, Neoplan Centroliner, Wrightbus
Solar
Ônibus de Turismo: Um ônibus de turis-
mo é ostensivamente construído para um
certo grau de conforto, pois os passageiros
podem esperar passar oito ou mais horas
seguidas nele. Os recursos padrão incluem
assentos reclináveis e um banheiro com um
banheiro químico. Um compartimento de
carga percorre a maior parte do compri-
mento do veículo sob a cabine de passa-
geiros, com portas de enrolar com trava,
proporcionando fácil acesso à bagagem. Os
ônibus de turismo convertidos para a vida
real, como os usados por grupos de rock
e políticos em turnê, sacrificam cerca de
metade de seus assentos por quatro a oito
beliches estreitos e uma cozinha compac-
ta. Um personagem com Recursos •••••
pode ter um ônibus de turismo como sua
residência principal, em vez de uma casa ou
veiculos comerciais 143
 apartamento.
Exemplos: Motor Coach Industries J4500,
Prevost XL II, Van Hool T2100, Volvo 9900
Veículos de Construção
As máquinas amarelas movidas a diesel são uma visão
familiar em todo o mundo, à medida que os engenheiros de
construção passam pela rotina de construção de edifícios e
ampliação de estradas. Poucos observadores param para con-
siderar que o que é bom para a construção também é bom
para a destruição. Histórias de máquinas pesadas que saem
mal permeiam a lenda urbana, e personagens que descobrem
uma colméia cheia de horrores adormecidos podem procurar
uma solução mais fácil de obter do que explosivos.
Mecânica: Os controles dos equipamentos de construção
são definidos de maneira diferente, mesmo contra-intuitiva,
dos controles de veículos comerciais e de consumo. Um per-
sonagem que tenta manobrar qualquer uma das máquinas pe-
sadas a seguir sem um Equipamento de Construção ou uma
Especialização em Condução equivalente sofre –3 de pena-
lidade em todos os testes de Condução. O uso de qualquer
equipamento especial montado nesse veículo, como o braço
da caçamba de uma escavadeira, exige um teste de Destreza +
Ofícios, novamente com uma penalidade de –3 se o opera-
dor não possuir uma Especialização apropriada em Ofícios
ou Condução.
Escavadeira: Comumente conhecida como “retroescava-
deira”, uma escavadeira é pouco mais do que um conjunto de
trilhos sobre os quais giram um motor diesel, uma cabine para
um operador e um grande braço hidráulico que termina em
144 capitulo quatro - veiculos
um balde. A escavadeira pesada típica pode alcançar qualquer
pedaço de terra a 15 metros de si mesma e pode cavar a 10
metros abaixo de seu próprio nível. Cada balde tem cerca de
cinco metros cúbicos, ou aproximadamente uma única sepul-
tura. Escavar ou esvaziar um balde exige uma rodada comple-
ta. Um braço de escavadeira não é particularmente rápido,
mas um operador qualificado pode tentar usá-lo como um
implemento de britagem gigante. Esse ataque é uma jogada
de operação padrão, conforme descrito acima, sofrendo uma
penalidade igual ao dobro da Defesa do personagem alvo. O
ataque se beneficia da regra “Explosão do 8”, tem o efeito
Perfurante de Armadura 4 e causa dano contundente.
Exemplos: Caterpillar 345B, Hitachi EX700, John Deere
690E
Escavadora: Existem alguns obstáculos que uma lâmina
de aço de quatro metros, apoiada por 50 toneladas de motor
a diesel e pisos, não consegue superar. Um trator é o máximo
em força bruta móvel, capaz de arrancar árvores ou achatar
edifícios. O operador pode elevar a lâmina a cerca de um me-
tro do chão, o que protege ele e a maior parte do veículo
contra ataques vindos da frente, mas bloqueia completamen-
te sua visão para a frente de algo a menos de 10 metros. O pro-
cesso de elevar ou abaixar a lâmina leva uma única rodada e
requer um teste de operação padrão. As características abaixo
são para o corpo do trator; a lâmina é considerada um objeto
separado com Durabilidade 10, Tamanho 10 e Estrutura 20.
Desde que a lâmina esteja intacta, ela adiciona quatro dados
ao dano que o trator causa em uma colisão direta. Um trator
também vem com um guincho montado na traseira, cujo mo-
tor e cabo de aço podem suportar o peso do veículo. Um per-
sonagem atingido por uma escavadeira sofre uma penalidade
de –2 na tentativa de evitar o efeito Nocaute. (Veja a página
168, o Livro de Regras do Mundo das Trevas).
 Exemplos: Case 1850K, Caterpillar D9T, Holland DC85
Rolo Compressor: Um rolo compressor tem ainda menos
sutileza que um trator, sendo um mecanismo de suporte para um
tambor de 4,5 metros de largura e oito pés de largura. Um rolo
compressor não possui equipamento especial e, portanto, a ma-
neira mais provável de um personagem entrar em conflito com
um rolo compressor é não conseguir fugir dele a tempo. Um per-
sonagem atingido por um rolo compressor sofre uma penalidade
de –2 na tentativa de evitar o efeito Nocaute. Se ela falhar e o
motorista continuar avançando durante a próxima rodada, role a
quantidade em que o Tamanho do rolo compressor excede o Ta-
manho da vítima como um conjunto de dados para determinar
danos letais adicionais contra os quais a armadura não protege.
O dano é contundente se o personagem estiver propenso a uma
superfície macia ou semi-líquida que possa se deformar para aco-
modar seu corpo, como lama ou asfalto quente.
Exemplos: Caterpillar CP-433E, Komatsu PC4000, Terex
SP2006
Empilhadeira: Pequenas empilhadeiras são vistas comuns
em fábricas e armazéns em todos os lugares, deixando para trás o
aroma único de seus motores de queima de propano, à medida
que seus motoristas vasculham as tarefas de movimentação de
paletes. As empilhadeiras são exceções às regras relativas à ope-
ração de equipamentos de construção e contam com um teste
padrão de Destreza + Condução; as empilhadeiras estão apenas
nessa categoria para facilitar a classificação. Uma empilhadeira
típica de armazém pode elevar até cinco toneladas a uma altu-
ra de cinco metros, mas a maioria dos personagens estará mais
preocupada em empalar alguém no par de dentes de aço de dois
metros da empilhadeira. Tal ataque é resolvido como qualquer
outra colisão intencional (consulte a página 144, o Livro de Re-
gras do Mundo das Trevas) com uma penalidade adicional de –2.
Se o ataque for bem-sucedido, o teste de dano subsequente tem o
efeito Perfurante de Armadura 3. Se um personagem sofre dano
igual ou maior ao seu Vigor, ele é empalado e deve ter sucesso
em um teste de Força + Perseverança para se libertar, sofrendo
uma penalidade igual à quantidade de dano que o ataque inicial
infligiu.
Exemplos: Hyster H130, Palfinger CR50, Toyota 7FBMF
Esteiras
Alguns veículos de construção e blindados re-
pousam sobre esteiras metálicas segmentadas,
em vez de pneus. Essas “esteiras de Cater-
pillar” (depois do fabricante do equipamento
de construção) são significativamente mais re-
sistentes do que a borracha pressurizada presa
às rodas de um carro. As esteiras possuem
Durabilidade 4, Tamanho igual a um terço do
Tamanho do veículo e Estrutura apropriada.
Em um veículo blindado, as esteiras têm saias
blindadas que fornecem +4 de Durabilidade
adicional (sem aumentar a Estrutura). Se um
veículo perde uma esteira, ele fica aleijado,
capaz apenas de girar em torno do lado desa-
tivado. Um veículo que perde as duas esteiras
é imobilizado.
Veículos Blindados
Alguns veículos militares são simplesmente primos apri-
morados ou modificados do transporte civil comum, como
os onipresentes caminhões médios que transportam soldados,
feijões e balas, enquanto outros veículos militares são projetos
mais especializados, criados expressamente para combater e
montar armas muito mais poderosas do que as disponíveis
para até o cidadão privado mais bem conectado. O equipa-
mento padrão em um veículo blindado inclui um sistema de
extintor de incêndio, um sistema de sobrepressão para vedar
o interior contra riscos nucleares, biológicos e químicos, sis-
temas de visão noturna, rádios criptografados e geradores de
fumaça.
Veículos blindados não estão disponíveis para compra
de civis em suas formas armadas originais. Os colecionadores
podem adquirir modelos desmilitarizados obsoletos que tive-
ram suas armas e sistemas eletrônicos classificados removidos
ou desativados permanentemente (Custo •••••), mas essas
compras estão sujeitas a um exame cuidadoso durante o pro-
cesso de importação, para que um veículo blindado não seja
transportado por vento nas mãos de um cartel de drogas.
Mecânica: O uso de um veículo blindado requer não
apenas treinamento especializado para lidar com os contro-
les, mas a confiança e a consciência situacional para dirigir
enquanto vê o mundo através de apenas um conjunto de pris-
mas blindados manchados de sujeira. Um personagem que
tenta manobrar qualquer um dos seguintes veículos sem uma
Especialização Armadura na Habilidade Condução sofre uma
penalidade de –3 em todas as jogadas.
Normalmente, um veículo blindado encerra completa-
mente sua tripulação, e os oponentes não podem dar tiros
contra eles. No entanto, esse mesmo compartimento força a
tripulação a confiar em blocos de visão (os prismas blindados
mencionados) e sistemas eletrônicos para ver. Isso causa uma
penalidade de –2 em todas as tarefas que exigem visão (exceto
ataques com o canhão de um veículo ou tanque de combate
de infantaria, cujos sistemas de mira removem a penalidade).
Um personagem que abre a escotilha e mostra a cabeça - não
é incomum entre os pilotos, por exemplo - pode ser alvejado
com tiros na cabeça na penalidade padrão de –3. Um per-
sonagem que coloca a parte superior do corpo para fora da
escotilha para usar uma metralhadora montada no topo ou
executar outras tarefas recebe o benefício padrão de –2 de
cobertura.
Todos os veículos blindados montam sua armadura mais
pesada, ou placa de geleira, na frente. Contra um ataque ou
efeito danoso que atinge sua frente, a Durabilidade de um
veículo blindado é dobrada.
Transportador de Pessoal Blindado: Os veículos blinda-
dos “mais leves”, relativamente falando, são transportadores
de pessoal blindados (APCs). Como o nome indica, um APC
é projetado para transportar e proteger tropas, servindo efe-
tivamente como um “táxi de batalha”. O APC médio é um
casco blindado em forma de losango, pendurado em quatro
pares de enormes pneus resistentes a balas. Um APC carrega
um motorista, um comandante que atua como artilheiro de
uma metralhadora pesada com torre e um esquadrão de sol-
dados de infantaria e seus pertences. O acesso é feito através
de um par de escotilhas montadas no topo ou de uma porta
traseira que se abre para uma rampa. A maioria dos APCs é
pelo menos nominalmente anfíbia, capaz de nadar desajeita-
damente em águas calmas a alguns quilômetros por hora.
Exemplos: Arzamas BTR-80, General Dynamics M1126
veiculos blindados 145
 Veículos de Contrução e Blindados
Tipo Durabi- Tam. Estru- Aceleração Velocidade Velocidade Dirigi- Ocu- Custo
lidade tura Segura Máxima bilidade pantes
Veículos de Construção
Escavadeira 4 18 22 1 (4 kmh/turno) 3 (4 km/h) 6 (8 km/h) –5 1 •••••
Escavadora 5 20 25 2 (6 kmh/turno) 6 (8 km/h) 11 (14 km/h) –4 1 •••••
Rolo Compressor 5 19 24 1 (4 kmh/turno) 5 (6 km/h) 10 (12 km/h) –4 1 ••••
Empilhadeira 3 9 12 3 (8 kmh/turno) 6 (8 km/h) 14 (17 km/h) –2 1 ••
Veículos Blindados
APC 10 19 29 6 (14 kmh/turno) 46 (56 km/h) 66 (80 km/h) –2 2+11 N/A
IFV 12 18 30 5 (12 kmh/turno) 40 (48 km/h) 60 (72 km/h) –3 3+6 N/A
Tanque de Guerra Principal 26 20 46 3 (9 kmh/turno) 40 (48 km/h) 80 (96 km/h) –4 4 N/A

Stryker, Mowag Piranha III, Oto Melara Puma
Veículo de Combate à Infantaria: O primo maior e
mais desagradável da APC é o veículo de combate à infantaria
(IFV), um veículo blindado rastreado. Além de cumprir o mes-
mo papel básico do transporte de infantaria, um IFV também
carrega armas mais pesadas que podem apoiar suas tropas des-
montadas. Normalmente, um IFV tem uma tripulação de três
homens. O motorista monta sozinho em um compartimento
no nariz do veículo, enquanto o comandante e o artilheiro
ocupam a pequena torre, juntamente com um canhão auto-
mático leve e um lançador de mísseis guiados por um tanque.
O artilheiro opera esses sistemas de armas enquanto o coman-
dante coordena as atividades de sua tripulação ou usa a me-
tralhadora média montada no topo da torre. Cada tripulante
tem sua própria escotilha no topo, enquanto os passageiros
têm uma rampa traseira.
Exemplos: Guerreiro da BAE Systems, Rheinmetall Mar-
der, Kurganmashzavod BMP-3, United Defense M2 Bradley
Tanque de Batalha Principal: Um tanque de batalha
principal é o predador mais mortal no campo de batalha mo-
derno. Construído em torno de um canhão de 120 mm que
pode perfurar mais de um metro de placa de blindagem e ca-
paz de se mover mais de 80 quilômetros por hora em qualquer
terreno sólido, o único objetivo de um tanque é matar tudo
o que puder pegar - e isso é extremamente bom. A armadura
do tanque é grossa o suficiente para evitar a maioria dos ris-
cos casuais e até mesmo atingir diretamente a arma principal
de outro tanque. Um tanque tem uma tripulação de quatro
homens: um motorista, um artilheiro, um carregador para ali-
mentar projéteis de 60 libras no canhão e um comandante
para coordenar as atividades dos outros três. O motorista sen-
ta-se sozinho em seu compartimento no casco do tanque, en-
quanto os outros três tripulantes ocupam a torre. Cada tripu-
lante tem sua própria escotilha no topo de sua posição. Além
da metralhadora principal, uma metralhadora média e uma
metralhadora pesada são montadas nas escotilhas do carrega-
dor e do comandante, respectivamente, e outra metralhadora
média é montada ao lado do canhão.
Exemplos: General Dynamics M1A2 Abrams, KBTM
T-80, Krauss-Maffei Leopard, OMC Engineering Olifant
Embarcações
Os primeiros veículos eram jangadas simples que os hu-
manos primitivos usavam para atravessar rios e lagos. Antes
do advento da ferrovia, as viagens fluviais eram a única manei-
ra de transportar grandes cargas pelos interiores continentais,
e praticamente todas as grandes civilizações se expandiram e
construíram suas primeiras cidades ao longo dos rios. Hoje,
um marinheiro pode comprar um iate particular que pode
atravessar oceanos em questão de semanas, as famílias pos-
suem barcos de recreio nos fins de semana e solteiros ricos
vivem em embarcações ancoradas em marinas. Portos, docas
e portos são partes integrais e frequentemente negligenciadas
de qualquer cidade construída em um rio, lago ou oceano. Os
criminosos favorecem a água como um meio mal patrulhado
de transportar mercadorias ou dispor de evidências proble-
máticas.
Enquanto os veículos terrestres se movem em uma super-
fície estacionária, as embarcações nem sempre têm tanta sor-
te. Marés e correntes podem ajudar ou dificultar a mobilidade
de uma embarcação, dando um impulso para sair da cidade
rapidamente ou inexoravelmente empurrando a embarcação
em direção a um recife de coral. Isso normalmente não deve
ser um problema, mas os Narradores devem se sentir à von-
tade para ocasionalmente jogar esses perigos da água para au-
mentar a tensão dramática.
Botes
As embarcações menores são aquelas grandes o suficien-
te para uma a três pessoas. A maioria dessas embarcações não
é motorizada, mas depende da força muscular do ocupante
para propulsão.
Mecânica: Um barco movido a músculo não é tão efi-
ciente quanto um veículo terrestre movido a músculo. Essa
embarcação tem uma Aceleração igual à Força do remador,
uma Velocidade Segura igual à sua força + Vigor e uma Velo-
cidade Máxima igual à sua Força + Vigor + 10. Para cada 45kg
de passageiro ou carga que a embarcação transporta, reduza
cada esses valores em 1, para os valores mínimos respectivos
de 1, 1 e 2. Um remador só pode manter velocidades acima da
Velocidade Segura por um número de minutos igual ao seu
Vigor + Perseverança; depois disso, cada minuto (ou fração do
mesmo) de remo em alta velocidade causa um nível de dano
contundente. Um remador que não está se esforçando pode
manter a Velocidade Segura por um número de horas igual
ao seu Vigor, após o qual deve descansar por metade desse
período de tempo.
Canoa: Alguns dos primeiros barcos eram canoas sim-
plesmente feitas de troncos de árvores escavados. As canoas
modernas são feitas de madeira laminada leve, fibra de vidro
ou alumínio. Uma canoa típica pode acomodar até cinco pes-
soas, embora apenas um único ocupante precise remar. Para
cada remador adicional, adicione 1 à Força do remador pri-
mário para determinar a Velocidade Segura e a Velocidade

146 capitulo quatro - veiculos

Máxima e não conte o peso desse remador ao determinar as pe-
nalidades (veja acima). As canoas são difíceis de manter estáveis;
todos os ataques feitos de uma canoa sofrem uma penalidade de
-1. As canoas são embarcações com força muscular e usam Espor-
tes em vez de Condução em todas as manobras.
Caiaque: Um caiaque é efetivamente uma canoa fechada
com uma ou duas aberturas nas quais os ocupantes se sentam. O
design fechado de um caiaque reduz a probabilidade de encher
de água se virar, o que o torna ideal para uso em águas turbulen-
tas e em movimento rápido. Os caiaques são embarcações com
força muscular e usam Esportes em vez de Condução em todas
as manobras.
Embarcação Pessoal: Também conhecida como “Jet Ski”
após o design da marca registrada Kawasaki, uma embarcação
pessoal é um veículo aquático semelhante a uma motocicleta que
usa um motor a gasolina para dirigir um jato de água: uma hélice
fechada ou bomba de água de alta velocidade que acelera a água
para propulsão como um motor de turbina a jato. O resultado é
um veículo recreativo leve, veloz e barulhento que um motorista
capaz pode fazer para superar qualquer outra coisa na água. A
maioria das embarcações pessoais tem interruptores de homem
morto que diminuem o impulso para a frente se os pilotos caí-
rem, interrompendo os jet skis a uma curta distância de natação.
As embarcações pessoais são iguais às motocicletas (consulte a
pág. 147, o Livro de Regras do Mundo das Trevas) para propó-
sitos de danos por colisão e ataques à distância direcionados a
seus motociclistas.
Barco Inflável: O design básico de um barco inflável (ou
“Zodiac”, após o fabricante mais conhecido) é pouco mais do
que um conjunto de tubos infláveis conectados a um piso de
lona ou alumínio. Quando embalados para viagem, os tubos en-
rolam para formar uma embalagem plana e compacta. Os usos
para barcos infláveis incluem pesca esportiva, serviço de táxi
aquático, resgate e salvamento e transporte militar de pequenas
unidades. Um barco inflável vem com quatro pás para obter for-
ça muscular, mas também pode ser equipado com um motor
externo (refletido em suas características).
Barcos a Motor
De um modo geral, uma lancha é qualquer coisa maior que
uma embarcação pessoal e menor que um navio que usa um mo-
tor de combustão interna para propulsão. A maioria dos barcos a
motor recebe seu impulso dianteiro das hélices. Lanchas de alto
desempenho usam versões maiores dos jatos de água encontra-
dos em embarcações pessoais. Os barcos a motor com propulsão
externa têm seus motores, transmissões e hélices montados fora
do casco, geralmente girando como peça única para a direção,
enquanto os barcos a motor com seus motores montados dentro
do casco são internos. Os barcos a motor cobrem uma ampla
variedade de tamanhos e modelos, incluindo o seguinte:
Barco de Pesca: Pouco mais do que um casco pequeno de
metal ou fibra de vidro com um motor externo conectado, um
barco de pesca é destinado ao uso recreativo em lagos e rios lisos.
Esses barcos realmente usados para pesca, em oposição à recrea-
ção casual, têm um motor elétrico secundário movido a bateria
para manobras em baixa velocidade (não mais rápidas que Deslo-
camento 5) que não afugentam os peixes com barulho.
Barco a Motor: Um barco a motor possui um motor com-
parável em potência total ao de um carro de tamanho médio.
Essas embarcações são vendidas principalmente para fins recrea-
tivos, embora a polícia portuária e outros serviços de emergência
aquáticos usem lanchas a motor para tarefas de patrulha e salva-
mento de vidas. Os barcos a motor são construídos para serem
tão confortáveis quanto os carros e geralmente têm comodida-
des comparáveis. Muitos são equipados como barcos de esqui,
com uma estrutura de metal na parte traseira à qual um cabo
de reboque está preso para um aquático.
Barco de Regata: Freqüentemente chamado de “barcos
de cigarro”, para o nome do design mais famoso, os barcos
de regata são elegantes e estreitos, barcos de 40 a 50 pés com
motores excessivamente potentes. Além de atrair os esportis-
tas, os barcos de corrida também são populares entre os con-
trabandistas, devido à capacidade dos barcos de ultrapassar
qualquer coisa que a lei possa trazer contra eles, exceto um
helicóptero. Os barcos de corrida são construídos para operar
com uma tripulação de três pessoas: uma para dirigir, uma
para transportar os motores e outra para navegar.
Casa Flutuante: Como o próprio nome sugere, as casas
flutuantes são residências efetivamente flutuantes, com todo
o conforto de um apartamento grande e moderno ou de uma
casa pequena. Algumas casas flutuantes são construídas em
cascos simples, mas a maioria flutua em pares ou quartetos
de pontões cilíndricos. Muitas casas flutuantes não têm mo-
tores, contando com rebocadores fretados para movê-las de
uma amarração para outra; os traços dados assumem uma ver-
são motorizada. Mesmo os projetos de autopropulsão não são
destinados a mais do que o mais rudimentar das viagens e são
mal conduzidos em qualquer mar que não seja o mais suave.
Um personagem com Recursos ••• pode possuir uma casa
flutuante e um espaço de ancoragem em uma marina como
sua residência principal.
Veleiros
O vento é a forma mais antiga de propulsão veicular,
além da força muscular bruta. Os veleiros contam com uma
combinação de técnicas modernas de engenharia e marinha-
ria milenar para explorar essa fonte de energia natural.
Mecânica: A velocidade de um veleiro é limitada pela
quantidade de vento disponível. A Velocidade Máxima de um
veleiro é igual à velocidade atual do vento e sua Velocidade
Segura é igual a três quartos desse valor. Todas as manobras
com um veleiro dependem da compreensão do piloto sobre
vento, ondas e cordas, e a Habilidade Sobrevivência substitui
a Habilidade Condução para esse fim.
As velas de um veleiro têm Durabilidade 0 e Tamanho
iguais ao Tamanho do próprio veleiro. Um atacante pode
mirar as velas sem penalidade, mas a maioria das armas pas-
sa depois de infligir apenas danos estéticos. Um ataque que
cubra uma ampla área de superfície ou cause danos persisten-
tes, como um spray de ácido ou um jato de napalm queima,
danifica as velas normalmente.
Atacar o mastro de um veleiro é possível, mas mais difí-
cil. Um mastro tem Durabilidade 2 e Tamanho igual ao Tama-
nho da embarcação –2 e ataques à distância contra o mastro
sofrem uma penalidade de –3 devido ao seu perfil estreito.
Velejador Diurno: Os veleiros menores são cascos de ca-
pota aberta com comodidades mínimas e pouco ou nenhum
equipamento especial. Em essência, os velejadores são barcos
a remos com mastros e velas. Como o nome sugere, os vele-
jadores diurnos destinam-se apenas a viagens curtas à luz do
dia, pois não estão equipados com luzes ou instrumentos de
navegação. Os cascos dos velejadores são feitos de madeira ou
fibra de vidro.
Iate: As principais diferenças entre um iate à vela e um
velejador diurno são os alojamentos e o tamanho maior do
antigo. Um iate é grande o suficiente para suportar uma área
embarcacoes 147
 Barcos
Tipo Durabi- Tam. Estru- Aceleração Velocidade Velocidade Dirigi- Ocu- Custo
lidade tura Segura Máxima bilidade pantes
Botes
Canoa 1 7 8 * * * 0 3 •
Caiaque 1 6 7 * * * 1 1 •
Embarcações Pessoais 2 6 8 20 (48 kmh/turno) 40 (48 km/h) 80 (96 km/h) 4 1+1 •
Barco Inflável 1 8 10 8 (19 kmh/turno) 20 (24 km/h) 40 (48 km/h) 2 1+7 •
Barcos a Motor
Barco de Pesca 2 9 11 3 (8 kmh/turno) 6 (8 km/h) 20 (24 km/h) 2 1+3 •
Barco a Motor 3 14 17 6 (16 kmh/turno) 33 (40 km/h) 60 (72 km/h) 3 1+5 •••
Barco de Corrida 2 18 20 15 (37 kmh/turno) 66 (80 km/h) 181 (217 km/h) 4 3+2 ••••
Casa Flutuante 3 23 26 1 (4 kmh/turno) 13 (16 km/h) 40 (48 km/h) –1 1+7 •••
Veleiros
Navegador Diurno 1 8 9 * * * 0 1+2 •
Iate 2 20 22 * * * 1 1+5 ••••
Iate de Corrida 3 25 28 * * * 2 6+6 •••••
* Consulte a descrição do veículo para obter regras adicionais.
fechada separada dentro de seu casco, que possui uma peque- terreno) do percurso do veículo pode se
na cozinha (“cozinha” na linguagem náutica), banheiro (“ca- envolver em trabalho em equipe, atuando
beça”) e alojamentos para duas a quatro pessoas. Acima do como navegador ou observador, chamando
convés, o espaço mais utilizável é ocupado pelas necessidades as próximas curvas e riscos para o motorista
de navegação, e os personagens recebem apenas -1 cobertura. principal . Isso requer que o navegador faça
Muitos iates têm um motor diesel secundário para manobras um teste de Autocontrole + Condução em
em locais apertados ou sem vento. Quando este motor está em vez do teste normal de Destreza + Condu-
uso, a embarcação possui Aceleração 2 (3 mph/turno), Veloci- ção. O personagem não precisa estar no
dade Segura 15 (10 mph), Velocidade Máxima 29 (20 mph) e veículo, desde que esteja em contato de
Dirigibilidade 0. Um personagem com Recursos •••• pode voz com o motorista principal e possa ver
possuir um iate como sua residência principal. Os iates de claramente o curso do veículo.
luxo também possuem suítes eletrônicas que incluem rádios Em veículos que possuem vários conjuntos
marítimos de longa distância e radar de navegação. de controles (como helicópteros e navios de
Iate de Corrida: Essas embarcações são construídas para cruzeiro), um motorista secundário em cada
velocidade e viagens prolongadas. Muitos eventos competiti- conjunto extra de controles pode ajudar o
vos nos últimos dias, com as corridas transoceânicas mais lon- motorista principal através do trabalho em
gas que se estendem por semanas. Até seis caracteres podem equipe normal. Um único navegador tam-
navegar em um iate de corrida, de acordo com a barra lateral bém pode ajudar nessa situação.
“Condução no banco traseiro” abaixo. Com menos de três
personagens ajudando, manobras com um iate de corrida so-
frem uma penalidade de –4. Um iate de corrida leva quartos
para até uma dúzia de ocupantes e possui um rádio marítimo
e radar de navegação como equipamento padrão. Modelos de
luxo atualizam o pacote de comunicação para rádio via satéli- Aeronaves
te. Um personagem com Recursos ••••• pode possuir um A aeronave permanece no ar através do efeito Bernoulli,
iate de regata como sua residência principal. que descreve uma mudança na pressão de um fluido médio
- ar - em relação à sua velocidade. À medida que um avião
acelera, a pressão do ar sob suas asas se torna maior que a
do topo. Essa pressão se traduz em sustentação, o que man-
Condução no Banco Traseiro tém a aeronave no ar. A perda de velocidade resulta em perda
de sustentação e todos os aviões têm uma velocidade de es-
A maioria dos veículos não é equipada tol: a velocidade abaixo da qual eles não geram sustentação
com vários conjuntos de controles, o que suficiente para suportar seu peso. A turbulência do ar e as
impede que os personagens se envolvam mudanças de pressão provocadas pelo clima também podem
em trabalho de equipe normal (consulte a causar ganho ou perda inesperada de sustentação.
página 134, o Livro de Regras do Mundo Mecânica: De acordo com o Livro de Regras do Mundo
das Trevas) enquanto dirige. Passar pelo das Trevas (veja a pág. 69), um personagem que tenta con-
console central para afastar a roda no últi- trolar uma aeronave sem uma Especialização Piloto na Habi-
mo instante geralmente também não ajuda lidade Condução é considerado completamente destreinado
muito a situação. No entanto, um único na aviação. Ele não pode usar sua Habilidade Condução e
personagem que tenha uma visão desobs- faz todas as jogadas baseadas apenas no Atributo, com uma
truída (ou um equivalente apropriado, como penalidade não treinada de –1.
uma imagem de radar de mapeamento do

148 capitulo quatro - veiculos

Aviões Leves
As aeronaves leves variam em tamanho, desde aviões de kit
monolugar construídos nas garagens de seus proprietários até
pequenos “jumpers de poça” bimotores usados para transpor-
tar passageiros entre cidades próximas. Um avião leve é o pri-
meiro avião que qualquer piloto aspirante aprende a manusear.
O equipamento padrão em todas as aeronaves leves inclui um
rádio para comunicação geral da aviação, instrumentos básicos
de navegação, extintor de incêndio e kit de primeiros socorros.
A maioria das aeronaves leves não possui os eletrônicos avan-
çados de navegação (chamados aviônicos) necessários para voar
somente com a orientação do instrumento (consulte “Voando
às Cegas”) ou com dados de voo e gravadores de voz da cabine.
As cabines de aeronaves leves não são pressurizadas, o que lhes
confere um teto efetivo (altitude máxima) de cerca de 8.000 pés
acima do nível do mar. As próprias aeronaves são capazes de voar
mais alto, mas, sem suprimento individual de oxigênio, seus pi-
lotos e passageiros não são.
A maioria das aeronaves leves é equipada com motores de
pistão que acionam as hélices. Algumas aeronaves leves maiores,
tipicamente transportes bimotores, são projetos de turboélices,
nos quais os motores de turbinas transformam as hélices em vez
de fornecer propulsão direta como as turbinas a jato.
Avião Monomotor: Centenas de milhares de cidadãos par-
ticulares em todo o mundo possuem aviões monomotor como
veículos comerciais ou brinquedos de fim de semana. Essa ae-
ronave é aproximadamente igual em volume interno a uma van
de tamanho normal, mas muito mais limitada no peso que pode
ser transportado: apenas cerca de 300 libras de carga mais os
ocupantes da aeronave.
Exemplos: série Aero Boero AB, Cessna 150, Piper PA-20
Avião Bimotor: Maiores, mais rápidos e capazes de trans-
portar cargas mais pesadas do que os primos monomotores, os
projetos bimotores são a aeronave escolhida por companhias
aéreas de passageiros e pequenas empresas de carga aérea. A
maioria dos modelos é equipada com um segundo rádio, sempre
sintonizado com a frequência de emergência da aviação inter-
nacional, e alguns são equipados para o vôo por instrumentos.
Alguns projetos podem ser equipados com carros alegóricos ou
esquis para desembarques de água ou gelo, tornando-os popu-
lares para serviços e trabalhos de pesquisa em áreas remotas da
região selvagem. Além da tripulação e dos passageiros, um avião
bimotor pode transportar meia tonelada de carga.
Exemplos: Beechcraft King Air B200, Cessna 404 Titan, De
Havilland Canadá DHC-6 Twin Otter
Avião de Acrobacias: Projetado para manobras acrobáticas
chamativas e estressantes, os aviões de acrobacias são aviões mo-
nomotores, geralmente biplanos (com dois conjuntos de asas,
um acima do outro). Os aviões de acrobacia apresentam moto-
res potentes, construção robusta e amenidades mínimas. Alguns
aviões de acrobacias têm até cockpits abertos em vez de cabines
fechadas. As opções populares incluem geradores de fumaça para
escrita no céu, equipamentos para rebocar faixas publicitárias e
suportes e suspensórios para showmen corajosos ou imprudentes
andar na superfície superior da asa durante o vôo. O espaço de
carga é inexistente e os pára-quedas estão no topo da lista de
equipamentos de segurança recomendados.
Exemplos: Aermacchi F-260, American Bellanca, Pitts S2B,
Stearman Biplane
Planador: Como o nome sugere, um planador não tem
motor. Um planador deve ser rebocado no alto por outro avião,
após o qual o piloto do planador libera o cabo de reboque e voa
livre. Os planadores têm asas longas e finas, que permitem a um
piloto experiente permanecer no ar por várias horas com boas
condições climáticas. Ocasionalmente, os planadores encon-
tram utilidade no transporte de ida no início ou no final das
operações secretas: a construção composta dos planadores os
torna praticamente invisíveis no radar, e sua falta de moto-
res não significa assinatura térmica ou ruído para trair sua
passagem. O espaço de carga é limitado ao que o piloto e o
passageiro podem transportar.
Exemplos: DG Flugzeugbau LS 10, Schempp-Hirth Nim-
bus 4D, Schleicher ASH 25
Voando às Cegas
Dirigir, assim como o combate, é melhor re-
alizado com uma visão clara. Um persona-
gem que tenta operar um veículo com visão
prejudicada sofre uma penalidade determi-
nada pelo pouco que pode ver da estrada
à frente: –1 por precipitação leve ou danos
menores ao veículo, como um para-brisa
estrelado por uma bala; –2 para nevoeiro
leve, nuvens irregulares ou precipitação mo-
derada; –3 para neblina intensa, nevasca
ou condições de chuva torrencial ou sangue
cobrindo as janelas. Se o personagem não
pode ver, ele deve escolher uma direção,
esperar e esperar o melhor, pois o Narrador
faz um teste secreto, como se o motorista
estivesse lutando às cegas (consulte a pág.
166, o Livro de Regras do Mundo das
Trevas).
Aeronaves e navios comerciais e militares
estão equipados com instrumentos de na-
vegação que permitem a um piloto treinado
executar manobras normais com pouca ou
nenhuma penalidade, independentemente
das condições visuais. Tais instrumentos re-
duzem as penalidades acima em 2 e permi-
tem voar completamente às cegas com uma
penalidade de -3 se o personagem tiver o
treinamento necessário para usá-las: uma
Especialização em Navegação por Instru-
mentos na Habilidade Condução.
Aviões Comerciais
Os veículos da aviação comercial são muito caros e com-
plexos para qualquer um com menos de um gênio da enge-
nharia multibilionário possuir e manter por conta própria.
Essas máquinas gigantes exigem o suporte que somente uma
infraestrutura corporativa ou governamental pode oferecer -
muito menos os preços de oito e nove dígitos.
Todas as aeronaves comerciais possuem cabines pressu-
rizadas, permitindo que os aviões voem em grandes altitudes
sem sujeitar seus ocupantes a privação de oxigênio ou outros
problemas relacionados à altitude. Poucos transportes pressu-
rizam os compartimentos de carga, o que é problemático para
os clandestinos. A maioria desses aviões usa duas, três ou qua-
tro turbinas a jato para propulsão, embora alguns transportes
menores ou mais antigos possam usar turboélices ou até héli-
ces acionadas por pistão. É raro encontrar uma aeronave co-
aeronaves 149
 Aviões Leves e Comerciais
Tipo Durabi- Tam. Estru- Aceleração Velocidade Velocidade Manobra- Ocu- Custo
lidade tura Segura Máxima bilidade pantes
Aviões Leves
Monomotor 2 18 20 8 (19 kmh/turno) 160 (193 km/h) 194 (233 km/h) 0 1+3 •••
Bimotor 2 21 23 16 (40 kmh/turno) 335 (402 km/h) 456 (547 km/h) 0 2+14 ••••
Plano de Acrobacias 3 15 15 13 (33 kmh/turno) 187 (225 km/h) 241 (289 km/h) 2 1+1 •••
Planador 1 15 16 14 (35 kmh/turno) 147 (177 km/h) 235 (281 km/h) 2 1+1 •••
Aviões Comerciais
Jato Executivo 2 25 27 15 (37 kmh/turno) 603 (724 km/h) 804 (965 km/h) 0 2+10 •••••
Avião de Passageiros 2 35 37 16 (38 kmh/turno) 630 (756 km/h) 844 (1013 km/h) –2 3+180 N/A
Transporte Leve 2 30 32 6 (14 kmh/turno) 143 (281 km/h) 308 (370 km/h) –1 2+6 •••••
Transporte Pesado 3 40 43 9 (22 kmh/turno) 576 (692 mph) 770 (925 km/h) –3 3+9 N/A

mercial sem instrumentos eletrônicos de navegação ou vários
rádios de aviação, e todos os projetos modernos têm transpon-
ders de rádio e dados de voo e gravadores de voz da cabine.
Jato Executivo: Tanto para escritórios móveis quanto
para transporte de passageiros, um jato executivo moderno
está totalmente equipado para uma pequena equipe realizar
operações comerciais normais enquanto navega a uma altitu-
de de 25.000 pés. As opções padrão incluem luxuosos assentos
de couro, um pequeno banheiro e tomadas elétricas para equi-
pamentos de escritório portáteis. Os modelos de jato high-end
podem ser equipados com bar molhado, cozinha compacta,
rede sem fio, telefone via satélite e conectividade à Internet
e uma cabine privada. A maioria dos fabricantes oferece uma
ampla variedade de layouts de cabine fáceis de modificar, e
os jatos executivos podem ser personalizados ainda mais para
qualquer tarefa, desde o transporte médico de longo alcance
com equipamentos avançados de suporte à vida até a busca e
salvamento no oceano.
Exemplos: Nave Estelar 2000, Bombardier BD-100, Lear
Jet 23
Avião de Passageiros: A espinha dorsal das viagens in-
ternacionais no século 21 é o avião de passageiros a jato. Pro-
jetados para uma combinação ideal de economia e conforto,
os aviões oferecem assentos para o maior número possível de
pessoas que podem ser amontoadas em um tubo de alumí-
nio de 50 metros de comprimento. Embora os aviões sejam
tecnicamente grandes o suficiente para se qualificarem como
locais para cenas, e não para veículos, os personagens podem
se encontrar em situações desesperadoras nas quais não têm
escolha a não ser assumir o controle de um desses gigantes.
Os traços dados são para um avião de tamanho médio; os
maiores modelos de corpo largo podem acomodar mais de
400 passageiros e ter Tamanho 45 e Estrutura 47, mas caracte-
rísticas de voo essencialmente idênticas.
Exemplos: Boeing 727, Airbus A-380, Lockheed L-1011
Transporte Leve: O movimento regional de carga aérea é
a província de aeronaves de transporte leve, que podem trans-
portar até cinco toneladas de mercadorias (ou um peso equi-
valente de passageiros, embora com extremo desconforto). Os
transportes leves são responsáveis pela maioria das aeronaves
comerciais realmente antigas que ainda voam hoje - a total fal-
ta de comodidades em uma estrutura de 60 anos não importa
muito para gado e máquinas-ferramentas, embora os viajantes
a negócios se recusem a embarcar em um preço tão alto. Um
transporte leve é a maior aeronave que a maioria dos persona-
gens poderia possuir em particular.
Exemplos: AASI Jetcruzer, Antonov An-12, Douglas DC-3
Transporte Pesado: As maiores aeronaves do mundo
são transportes pesados, projetados para movimentar forças
militares ou mais de 120 toneladas de carga ao redor do mun-
do. As baías de carga são grandes o suficiente para serem usa-
das como quadras de basquete, e a maioria dos transportes
pesados é pressurizada para acomodar um grande número de
tropas. Assim como acontece com os aviões, é mais provável
que o transporte pesado seja o cenário da ação em escala de
caracteres do que o foco da ação em escala de veículo, mas
os personagens podem precisar assumir os controles de um
transporte pesado em caso de emergência.
Exemplos: Boeing C-17 Globemaster, Ilyushin IL-76, Lo-
ckheed C-5 Galaxy
Aviões de Combate
Desde a Segunda Guerra Mundial, o controle dos céus
tem sido um fator decisivo em praticamente todos os princi-
pais conflitos internacionais. As aeronaves militares são cons-
truídas para cumprir uma ampla gama de missões específicas,
mas todas as aeronaves militares têm os mesmos princípios
gerais de design: voar mais rápido do que qualquer coisa no
mundo civil, carregando uma grande variedade de armamen-
tos. É improvável que os personagens do Mundo das Trevas
tenham a oportunidade de pilotar um avião de combate, e ne-
nhum governo permitirá que um equipamento tão perigoso
deixe a propriedade militar, mas as histórias ambientadas nas
muitas áreas devastadas pela guerra do mundo podem apre-
sentam encontros breves e mortais com o poder aéreo militar.
Todas as aeronaves a seguir são movidas por motores de
turbina a jato, e a maioria delas é capaz de voar supersonica-
mente em altitudes de 40.000 pés ou mais. O equipamento
padrão inclui rádios criptografados de nível militar, aviônicos
de navegação completos para sistemas de vôo e orientação
apenas para instrumentos, para material aéreo ar-ar e ar-so-
lo. Além disso, cada posição da tripulação em um avião de
combate é um assento de ejeção para uma última tentativa de
escapar de um veículo condenado.
Mecânica: Ativar um assento de ejeção é uma ação re-
flexa para um piloto com treinamento de vôo militar (por
exemplo, uma Especialização apropriada em Condução) e
uma ação padrão para qualquer outra pessoa. Quando um
personagem ativa um sistema de ejeção, um conjunto de car-
gas explosivas sopra o dossel da cabine de pilotagem uma fra-
ção de segundo antes que os motores dos foguetes atinjam
cada assento da aeronave. Dois trunos depois, o assento se
afasta de seu antigo ocupante, deixando-o amarrado em um
pára-quedas (ver p. 150).

150 capitulo quatro - veiculos

 Caças de Ataque Terrestre: “Apoio aéreo próximo” é o ter-
mo militar para o uso de aeronaves para matar alvos terrestres
inimigos que estão próximos de forças amigas. Caças de ataque
terrestre são construídos para operar no ambiente perigoso de
baixa altitude de um campo de batalha moderno. Eles podem
voar baixo e devagar o suficiente para identificar visualmente os
inimigos e carregam a armadura e os sistemas redundantes neces-
sários para sobreviver a ataques antiaéreos sustentados e revidar.
O armamento típico de um caça de ataque ao solo inclui um
grande canhão automático e uma série de bombas e mísseis anti-
tanque, além de alguns mísseis ar-ar de curto alcance, apenas por
precaução. Esse é o tipo de aeronave que os personagens enfren-
tarão se fizerem alvos enquanto abusam de um veículo blindado
militar em uma zona de guerra.
Exemplos: Fairchild-Republic A-10 Thunderbolt II, Sukhoi
Su-25 Grach
Caça de Superioridade Aérea: O auge do poder aéreo mi-
litar é projetado para matar qualquer outra coisa que voe. Um
caça de superioridade aérea é capaz de atingir velocidades de
Mach 2 e manobrar com força suficiente para matar um pilo-
to com problemas de saúde. O armamento típico é um canhão
automático de alta velocidade, geralmente uma arma do tipo
Gatling, e seis a 12 mísseis ar-ar guiados por radar e em busca de
calor que podem matar outra aeronave a mais de 32 quilômetros
de distância. Alguns caças de superioridade aérea também po-
dem ser equipados com bombas e mísseis ar-terra para um papel
secundário de ataque ao solo. Esse é o tipo de aeronave que os
personagens enfrentarão se estiverem em uma aeronave própria
e uma força aérea os quiser absolutamente mortos.
Exemplos: Eurofighter Typhoon, McDonnell Douglas F-15C
Eagle, Mikoyan-Gurevich MiG-29 “Fulcrum”, Saab JAS-39 Gri-
pen
Jato de Salto: os jatos de salto operam em um sistema de
empuxo vetorial, no qual os bicos giratórios desviam uma parte
do escapamento de um motor de jato em outras direções além da
reta para trás. Esses fluxos de gás superaquecido permitem que
um piloto empurre sua aeronave em direções que o vôo normal
não permite, equilibrando o jato em um pairar vertical como
um helicóptero ou decolando com uma carga pesada de armas
de uma pista de apenas centenas de metros. O design resultante
combina a velocidade de um avião de combate com a flexibilida-
de de um helicóptero na escolha de bases para operar, tornando
os jatos favoritos das forças terrestres militares que se movem
rapidamente e desejam levar seu apoio aéreo aonde quer que
vão. Além do onipresente canhão automático de alta velocidade,
um jato de salto geralmente carrega uma combinação de bombas
e mísseis ar-ar de curto alcance para lidar com uma variedade de
ameaças. Esse é o tipo de aeronave que os personagens enfrenta-
rão se fizerem alvos no meio de uma invasão anfíbia, operação de
manutenção da paz ou outro empreendimento militar em rápido
desenvolvimento.
Exemplos: Harrier II da BAE Systems GR9A, Yakolev Yak-38
“Forger”
Jato de Treinamento: Os militares não arriscam aeronaves
de combate de vários milhões de dólares em pilotos não compro-
vados. Em vez disso, os estagiários que comprovaram suas habili-
dades básicas em aviação em aeronaves leves de motor único pas-
sam para o treinamento avançado em jatos de alto desempenho.
Os jatos de treinamento têm desempenho apenas um pouco me-
nor que o dos caças de superioridade aérea, mas não possuem as
armas e os eletrônicos de combate de seus primos mortais. Proje-
tos civis similares são comercializados como aviões acrobáticos de
alto desempenho. Teoricamente, um indivíduo particular muito
rico poderia possuir uma aeronave desse tipo, mas a despesa é
suficiente para impedir todos, exceto os colecionadores mais
dedicados ou os poucos pilotos de dublê que ganham a vida
realizando demonstrações em shows aéreos.
Exemplos: Albatroz Aero L-39C, Mitsubishi T-2, Nor-
throp T-38 Talon
Helicópteros
Helicópteros (ou aeronaves de asa rotativa) não têm asas
como os aviões convencionais (aeronaves de asa fixa). Em vez
disso, eles contam com um conjunto de lâminas rotativas, ou
rotores, para fornecer sustentação. A rotação dessas pás forne-
ce a velocidade necessária para gerar pressão de ar de acordo
com o efeito Bernoulli, elevando o helicóptero sobre uma co-
luna de ar. Ajustando o ângulo dos rotores, o piloto pode mu-
dar a direção desta coluna, permitindo que o helicóptero voe
em qualquer direção. A maioria dos helicópteros depende de
turbinas para poder, com apenas alguns projetos muito leves
usando motores de pistão.
Os rotores de giro geram torque reverso que, sem opo-
sição, forçaria o helicóptero a girar na direção oposta. Para
combater isso e facilitar o vôo estável, a maioria dos helicóp-
teros possui um rotor de cauda secundário. Esse conjunto
menor de pás gira em um plano vertical como a hélice de
uma aeronave leve, empurrando a cauda do helicóptero para
o lado para neutralizar o torque dos rotores principais. Varian-
do a força que o rotor de cauda fornece, o piloto pode girar
o helicóptero em torno de seu eixo vertical. Alguns grandes
helicópteros de transporte usam dois rotores principais, que
giram em direções opostas, cancelando o torque um do outro,
e alguns projetos modernos evitam um rotor de cauda em fa-
vor de um sistema de empuxo vetorial na cauda.
Helicópteros estão repletos de desvantagens. Eles são
mais frágeis e exigem mais manutenção e combustível do que
as aeronaves de asa fixa, mais lentas, de menor alcance e com
capacidade de carga. Dependendo do ar relativamente denso
para permanecer no ar, eles não conseguem voar bem acima
de 10.000 pés de altitude. No entanto, sua capacidade de ma-
nobra lhes permite pousar e decolar em qualquer espaço aber-
to tão pequeno quanto uma vez e meia o diâmetro do rotor.
Os helicópteros encontram uso em uma variedade de papéis
que exploram a falta de necessidade de pistas longas, desde o
transporte executivo no topo de arranha-céus até a evacuação
médica em florestas densas.
Mecânica: Os helicópteros estão entre os veículos mais
desafiadores em que um único piloto pode se prender. Con-
sequentemente, um personagem deve ter uma Especialização
em Helicópteros separada na Habilidade Condução para voar
um com seu total de dados. Se ele não possuir essa Especializa-
ção, ele é considerado completamente destreinado, não pode-
rá usar sua Habilidade Condução e fará todos os testes basea-
dos no Atributo sozinho com uma penalidade -1 não treinada
- mesmo se ele tiver a Especialização Piloto que permite o uso
de aeronaves de asa fixa. Muito poucos pilotos aprendem a
pilotar helicópteros sem primeiro receber treinamento básico
de asa fixa; portanto, a maioria dos personagens com licença
de piloto de asa rotativa terá pelo menos duas Especializações
em Condução (embora isso não seja necessário).
Helicóptero de Observação: Pouco mais do que uma bo-
lha de vidro ou policarbonato com um motor, rotores e patins
de aterrissagem, um helicóptero de observação é um design
minimalista destinado a transportar um piloto e um obser-
vador/copiloto para olhar as coisas. Nos Estados Unidos, os
helicopteros 151
 relatórios de tráfego de helicópteros geralmente vêm de pilo-
tos em helicópteros de observação. Em caso de emergência,
um helicóptero de observação pode transportar outros dois
passageiros que são corajosos o suficiente para se pendurar
(ou, com mais segurança, se amarrar) em seus patins. Alguns
helicópteros de serviço possuem pontões no lugar de patins, o
que lhes permite pousar em águas calmas.
Exemplos: Bell 47D, Hughes 269A, Robinson R22 Beta
II, Schweizer 300CBi
Helicóptero de Serviço: Os helicópteros mais comuns
no ar atualmente são helicópteros de serviço, estruturas aéreas
de tamanho médio que podem ser adaptadas a uma variedade
de funções. Os usos comuns incluem suporte aéreo da polícia,
transmissões de notícias na televisão, serviço de ambulância
aérea, transporte VIP e busca e salvamento. Os helicópteros
de serviço podem ser despojados no metal puro de suas fuse-
lagens para acomodar cargas de carga maiores ou luxuosamen-
te equipados com assentos de couro e isolamento de ruído
espesso. Os militares também usam helicópteros de serviço
como transporte leve, geralmente adaptando projetos civis
com nada mais que uma mudança de pintura e aviônicos.
Exemplos: Bell 210 (a versão moderna do onipresente
“Huey”), Bell 206B-3 JetRanger III, Eurocopter BK-117C, Mil
Mi-17 “Hip”, Sikorsky S-62
Helicóptero de Transporte: Os maiores helicópteros são
projetados para levantar cargas relativamente pesadas - para
um helicóptero, 10 toneladas são imensas. Helicópteros de
transporte são comuns nas forças armadas, onde transportam
tropas e equipamentos de e para o campo de batalha. No mer-
cado civil, os helicópteros de transporte geralmente apoiam
operações industriais em áreas remotas, como a perfuração de
petróleo no Mar do Norte e a colheita de madeira da Sibéria.
Exemplos: Aeroespacial Super Frelon, Eurocopter Super
Puma, Mil Mi-26 “Halo”, Super Garanhão Sikorsky CH-53E
Helicóptero de Ataque: Alguns helicópteros são pura-
152 capitulo quatro - veiculos
mente militares, tendo a mesma relação com modelos civis
que os jatos de combate fazem com aviões de passageiros. Os
helicópteros de ataque são projetados para desempenhar o
mesmo papel que os caças de ataque ao solo, esgueirando-se
por trás do terreno e se lançando em uma emboscada para
destruir alvos inimigos. Um helicóptero de ataque típico car-
rega um canhão automático leve em uma torre giratória no
nariz e uma mistura de mísseis guiados antitanque e foguetes
não guiados. Como nas aeronaves militares de asa fixa, heli-
cópteros de ataque não estão disponíveis para venda civil; a
maioria dos personagens só os encontrará em papéis contra-
ditórios. Um helicóptero de ataque é geralmente o primeiro
apoio aéreo que aparece quando as forças militares terrestres
pedem ajuda.
Exemplos: AgustaWestland A129 Mangusta, Boeing AH-
-64D Apache Longbow, Denel Aviation Rooivalk, Kamov Ka-
50 Black Shark
Caça: Caças são compromissos entre a capacidade de
combate de helicópteros de ataque e a capacidade de passagei-
ros de helicópteros de serviço. Um caça carrega praticamente
a mesma mistura de armas que um helicóptero de ataque, mas
um caça lança velocidade e manobrabilidade para transportar
tropas para que possam cair e depois apoiar. O termo “caça”
também se aplica a helicópteros de serviço militar convertidos
para transportar armamento pesado, que não possuem o ca-
nhão automático e possuem apenas Durabilidade 3.
Exemplos: Eurocopter Cougar, Mil Mi-24 “Hind”
Pára-quedas
Um pára-quedas é um dispositivo de tecido, geralmente
feito de nylon na era moderna ou seda nos últimos anos, pre-
so a um arnês que um personagem usa ao redor de seu corpo
e coxas. Geralmente, um para-quedas é colocado em uma mo-
chila e não apenas transportado como um pacote de tecido
e corda. Para implantar um paraquedas, o usuário puxa um
 Aeronaves de Combate e Helicópteros
Tipo Durabi- Tam. Estru- Aceleração Velocidade Velocidade Manobra- Ocu- Custo
lidade tura Segura Máxima bilidade pantes
Aviões de Combate
Caça de Ataque 6 22 28 13 (32 kmh/turno) 536 (643 km/h) 871 (1046 km/h) 3 1 N/A
Terrestre
Caça de 3 20 23 46 (112 kmh/turno) 939 (1126 km/h) 2011 (2414 km/h) 5 2 N/A
Superioridade Aérea
Jato de Salto 2 19 21 33 (80 kmh/turno) 670 (804 km/h) 999 (1198 km/h) 4 1 N/A
Jato de 2 20 22 38 (91 kmh/turno) 764 (917 km/h) 1092 (1311 km/h) 4 2 •••••
Treinamento
Helicópteros
Observação 2 17 19 11 (28 kmh/turno) 160 (193 km/h) 207 (249 km/h) 1 2 ••••
Serviço 3 20 23 13 (33 kmh/turno) 187 (225 km/h) 255 (305 km/h) 2 2+8 •••••
Transporte 3 25 28 10 (24 kmh/turno) 134 (160 km/h) 235 (281 km/h) 1 2+2 •••••
Ataque 6 21 27 17 (41 kmh/turno) 143 (281 km/h) 301 (362 km/h) 3 2 N/A
Caça 6 22 28 10 (25 kmh/turno) 221 (265 km/h) 267 (321 km/h) 1 2+7 N/A

cordão, que abre a mochila e permite que o vento de sua queda
puxe o pára-quedas livre. Uma vez que a rampa é acionada, o
paraquedista pode puxar dois conjuntos de cordas, conhecidas
como risers, para dirigir derramando ar do dossel. A maioria dos
pára-quedistas carrega dois pára-quedas: um primário em uma
mochila e um pequeno reservatório de emergência em uma bolsa
de peito.
A embalagem adequada de um paraquedas em seu recipien-
te para liberação requer um teste de Raciocínio + Ofícios. Técni-
cos profissionais de pára-quedas (por exemplo, personagens com
Especialização Para-quedas em Ofícios) são conhecidos como
riggers. Um fracasso no teste causa –2 de penalidade em todos
os testes adicionais com o paraquedas até que seja reembalado
com sucesso. Um fracasso dramático aumenta essa penalidade
para –5. Sucesso excepcional, por outro lado, oferece um bônus
de +1.
A implantação de um paraquedas exige uma ação padrão e
um teste de Raciocínio + Esportes. Fracasso significa que o per-
sonagem deve tentar novamente no próximo turno - não é um
problema, a menos que ele esteja a apenas alguns turnos de bater
no chão. Com um fracasso dramático, o chute é implantado de
maneira inadequada, enviando o personagem para uma queda
descontrolada sem desacelerá-lo para uma velocidade de impacto
sobrevivível. Se ele tiver uma rampa de reserva, ele deve primeiro
desconectar ou cortar a rampa primária, exigindo outra ação e
outra jogada de Raciocínio + Esportes. Paraquedas nos assentos
de ejeção têm sistemas automáticos que se desdobram após a
ejeção, caso o piloto esteja inconsciente; esses sistemas têm uma
parada de dados de Raciocínio + Esportes eficaz de 5 apenas para
esse fim.
A altitude em que um personagem abre sua rampa pode ser
importante. Um ser humano na velocidade terminal cai a uma
velocidade de cerca de 300 quilômetros por hora (300 metros
por turno) se enrolado. Uma posição com propagação reduzida
reduz essa velocidade para cerca de 200 quilômetros por hora
(180 metros por turno). Como um pára-quedas leva alguns se-
gundos preciosos para diminuir a velocidade de seu ocupante,
abrir o pára-quedas muito baixo pode ser perigoso. Supondo que
um personagem já tenha atingido a velocidade terminal, abrir a
rampa a uma altitude muito baixa ainda não evita danos ao im-
pacto: 10 danos letais por uma altitude de 30 metros ou menos,
reduzido em 1 a cada 30 metros adicionais de altitude. (Na p.
179, Livro de Regras do Mundo das Trevas, o dano de queda de
velocidade terminal é 10 letal).
Quando um personagem está “embaixo da seda”, ele cai
a cerca de 60 quilômetros por hora (60 metros por turno). Du-
rante esse período, ele pode tentar direcionar seu vôo para um
ponto de pouso específico. Isso requer um teste prolongado
de Destreza + Esportes (sucessos dependentes da distância e
tamanho do alvo; um teste é igual a um turno).
Ao pousar, um personagem deve fazer um teste final
para atingir o chão com segurança. Isso requer outro teste de
Destreza + Esportes, desta vez com uma penalidade de –2.
Sucesso indica que o personagem cai sem ferimentos, embora
ele ainda sofra o efeito Nocaute (consulte a página 168, Livro
de Regras do Mundo das Trevas), a menos que ele tenha um
sucesso dramático. Com um fracasso dramático, ele sofre três
pontos de dano letal.
Veículos Muito Grandes
A maioria dos veículos descritos nas seções anteriores é
pequena e barata o suficiente para que um único personagem,
ou no máximo um pequeno grupo de personagens bem-do-
tados, possa se dar ao luxo de possuir e operar um. Alguns
meios de comunicação, porém, estão fora do alcance financei-
ro e prático dos personagens das ruas nos quais o Mundo das
Trevas se concentra, e são grandes o suficiente para funcionar
como cenário de cenas, e não como foco. Esses veículos in-
cluem navios comerciais (navios de cruzeiro, cargueiros, super-
petroleiros), navios de guerra (destróieres, fragatas de mísseis
guiados, submarinos, porta-aviões) e veículos ferroviários (me-
trôs, trens de carga). Aviões imensos, como aviões e grandes
transportes, também se enquadram nessa categoria, embora
sejam pelo menos manobráveis em uma escala comparável à
de outros veículos aéreos.
Na maioria das cenas que envolvem um desses veículos,
a ação ocorrerá dentro ou ao redor do veículo, com os perso-
nagens interagindo com ele de uma das seguintes maneiras:
O veículo está indo para algum lugar, e os personagens
estão tentando pegá-lo e embarcar nele. Nesse caso, a busca
bem-sucedida é praticamente garantida, desde que os perso-
nagens tenham um veículo decente na metade. A maioria dos
navios comerciais tem uma velocidade máxima de menos de
32 quilômetros por hora, com os navios de guerra mais rápi-
dos movendo-se talvez o dobro dessa taxa. O drama é chegar
ao lado do veículo-alvo e pular nele, o que requer uma ação
de salto padrão (ver p. 66, Livro de Regras do Mundo das
Trevas). O Narrador pode avaliar as penalidades para esse

veiculos muito grandes 153

 teste com base no tamanho relativo dos veículos,
condições climáticas ou outros fatores. Considera-
-se que um personagem que falha, está saltando de
um veículo em movimento (veja a página 143, Livro
de Regras do Mundo das Trevas).
O veículo está indo para algum lugar, e os persona-
gens estão tentando escapar dele. Essa cadeia de eventos
ocorre no veículo, com os personagens presumivelmente
opostos por inimigos, sistemas de segurança ou as dificuldades
inerentes à navegação por um ambiente apertado e uniforme.
O veículo está prestes a colidir com alguma coisa, e os per-
sonagens estão tentando assumir o controle do veículo e evitar o
desastre. A melhor maneira de um Narrador lidar com isso é jogar
fora as características do veículo, como Velocidade Máxima e Mano-
brabilidade, e simplesmente declarar: “o navio de cruzeiro colidirá com
o superpetroleiro em oito turnos”. Isso dá aos personagens um limite de
tempo fixo para resolver (ou escapar) um problema imediato. Controlar
uma embarcação muito grande é mais parecido com operar máquinas pesa-
das do que dirigir e requer um teste de Inteligência + Ofícios ou Inteligência
+ Informática, dependendo se os controles do veículo são principalmente
mecânicos ou eletrônicos. Se o personagem não possui uma Especialização
apropriada (como Movimentação de Navios ou Ferrovias), ele deve confiar
em seu conhecimento existente de tecnologia e adivinhar quais controles
criptografados fazem o que, sofrendo uma penalidade de –4 em todos os tes-
tes. Por causa da inércia, alterar o curso de um cargueiro de 35.000 tonela-
das leva vários turnos (realmente, alguns minutos, mas o tempo de compres-
são no interesse de uma tensão dramática não será prejudicial nesse caso),
então o Narrador pode querer exigir um teste de Habilidade estendida.
Os personagens estão fazendo outra coisa a bordo do veículo, e nada
mais é do que o cenário da cena atual.
Nesse caso, nenhuma consideração especial é necessária, a menos
que os personagens entrem em combate em uma parte sensível do veí-
culo (veja abaixo). Para os Narradores que preferem estar preparados, as
plantas de convés ou piso de muitos veículos grandes estão disponíveis
com uma rápida pesquisa na Web.

Combate e Dano
A maioria dos personagens tem acesso a armas que tecnica-
mente podem danificar um veículo muito grande, mas mesmo vá-
rias centenas de buracos de bala de calibre 50 não representam um
impedimento real para o funcionamento de um navio de 900 pés de
comprimento. Qualquer dano a um navio (com exceção de um incên-
dio não controlado ou a detonação de várias centenas de libras de alto
explosivo) é irrelevante para a integridade estrutural geral do navio. No
entanto, a destruição de certos componentes críticos, como motores ou
controles, pode prejudicar o veículo sem destruí-lo fisicamente. Se os
personagens tentam tal sabotagem, lembre-se da escala do maquiná-
rio que eles pretendem destruir. Os motores diesel marítimos de
um cargueiro podem ser objetos de Tamanho 20 ou superior.
Se os personagens se encontrarem no meio de uma ba-
talha naval ou de um combate semelhante em larga escala
com o potencial de realmente destruir sua nave, o Narra-
dor poderá achar mais fácil tratar o combate como um
pano de fundo contra o qual os personagens devem
atingir os objetivos de um navio com natureza mais
pessoal. Manter o controle de vários milhares
de combatentes e seus mísseis, bombas e ca-
nhões guiados é um exercício de futilidade.
Mantenha a ação em um nível sangrento
e íntimo, com explosões ocasionais nas
proximidades e equipes frenéticas de
controle de danos, proporcionan-
do riscos ou complicações.

154 capitulo quatro - veiculos

A Necessidade primeira instância, Tamanho do veículo x4 na segunda instân-
cia. Com a segunda instância, a Velocidade Segura do veículo
também é aumentada em 10% do seu valor original.
de Velocidade
Mecânicos de garagens e as equipes profissionais de corri- cia,
Custo: Igual ao Custo do veículo –1 na primeira instân-
Custo +2 na segunda instância.
da fizeram da indústria um aprimoramento do desempenho dos Limite: Esta modificação não pode ser aplicada a um
veículos motorizados na maior parte de um século. Com tempo, veículo com uma característica de Manobrabilidade negativa.
habilidade e dinheiro suficientes, praticamente qualquer veículo
pode ser atualizado para superar seus irmãos não modificados. Pacote Policial
Modificar um veículo requer uma ação estendida de Inteli- Conforme descrito no texto “Pneus de Polícia, Suspen-
gência + Ofícios. Cada teste é igual a duas horas de trabalho. O são de Polícia, Polícia de Choques…” (p. 135), os veículos
número de sucessos necessários depende do Tamanho do veículo policiais estão sujeitos a uma ampla série de modificações.
e da complexidade da tarefa que está sendo tentada. Cada uma A maioria dos departamentos de polícia escolhe apenas um
das seguintes modificações possui um número base de sucessos punhado de modelos padrão, mas alguns departamentos mo-
determinado pelo Tamanho do veículo que se aplica a todos os dificaram veículos mais inesperados para atuarem como inter-
veículos terrestres. Para veículos blindados e todos os veículos ceptadores ou cruzadores disfarçados. Essa modificação inclui
aquáticos, dobre esse número. Para aeronaves civis, multiplique todas as opções descritas no texto descrito acima mencionado.
esse número por cinco. Para aeronaves e helicópteros militares, Observe que as marcações policiais são ilegais se o veículo não
multiplique esse número por 10. Isso reflete a complexidade rela- pertencer a um departamento de polícia, e a maioria dos for-
tiva dos veículos e os cuidados adicionais que um mecânico deve necedores deste equipamento vende apenas a representantes
tomar para evitar quebrar algo crítico. policiais.
Antes de executar o trabalho, um mecânico deve ter as pe- Efeito: A Manobrabilidade do veículo é aumentada em
ças de desempenho que ele instalará. Cada uma das seguintes 1, até o máximo de 5. A Aceleração e a Velocidade Segura do
modificações também possui um custo associado, determinado veículo são aumentadas em 10% de seus valores originais e a
pelo custo do próprio veículo. O Custo mínimo para qualquer Velocidade Máxima é aumentada em 20%. Além disso, o veí-
modificação é •, e uma modificação com um Custo maior que culo ganha todo o equipamento opcional descrito no texto “
••••• é impossível. O Custo de cada modificação também é Pneus de Polícia, Suspensão de Polícia, Polícia de Choques…”.
aumentado em +1 para aeronaves. Sucessos Necessários: Igual ao Tamanho do veículo x3.
Custo: Igual ao Custo do veículo +1, Custo máximo
Atualizando Aceleração •••.
Limite: Esta modificação pode ser aplicada apenas a
Sair da linha de partida mais rapidamente é extremamente
importante em eventos competitivos, como corridas de arranca- carros de passeio, carros esportivos (exceto supercarros), cami-
da, e os entusiastas gastam milhares de dólares na busca por eco- nhões leves e vans.
nomizar alguns décimos de segundo em um tempo de milhagem
decorrido. Essa modificação pode ser aplicada até cinco vezes. Pacote de Segurança
Efeito: A Aceleração do veículo é aumentada em 10% do Com a ameaça generalizada de violência no mundo mo-
seu valor original. derno, dignitários e empresários freqüentemente investem em
Sucessos Necessários: Igual ao Tamanho do veículo em pri- veículos modificados para mantê-los a salvo de assassinatos ou
meira instância; +5 para cada instância sucessiva. tentativas de sequestro. Tais meios de transporte começam a
Custo: Igual ao Custo do veículo –2 nas duas primeiras ins- vida como projetos normais, e um objetivo secundário de suas
tâncias; Custo do veículo –1 para instâncias sucessivas. extensas alterações é mantê-los com a aparência o mais padrão
e sem pretensões possível. Essa modificação começa com a
Atualizando Velocidade adição de material balístico dentro dos painéis da carroceria
A velocidade máxima não é tão importante quanto a acele- do veículo e a substituição de todos os vidros das janelas por
ração na maioria das perseguições ou corridas, mas possuir um compostos de policarbonato em camadas, para impedir balas
carro a 300 km/h confere uma certa quantidade de direito de se e estilhaços. Camadas adicionais de armadura protegem os
gabar. Essa modificação pode ser aplicada até três vezes. sistemas críticos do veículo. Os pneus de rodagem plana (con-
Efeito: A Velocidade Máxima do veículo é aumentada em sulte a pág. 142) substituem a borracha original do veículo.
10% do seu valor original. A Velocidade Segura do veículo não Muitas conversões também incluem extintores de colchetes
é afetada. no interior do compartimento de passageiros, braçadeiras ou
Sucessos Necessários: Igual ao Tamanho do veículo em pri- cofres para revólveres ou metralhadoras e telefones celulares
meira instância; +5 para cada instância sucessiva. ou rádios criptografados.
Custo: Igual ao Custo do veículo –2 na primeira instância, Efeito: O veículo ganha três pontos de Durabilidade e
Custo -1 na segunda instância e Custo na terceira instância. pneus de rodagem plana. As janelas do veículo são atualizadas
para Durabilidade 4 e Estrutura 7, as portas para a Durabili-
Atualizando Manobrabilidade dade 6 e Estrutura 9 e o tanque de gás para a Durabilidade 8
Ser capaz de percorrer 320 km/h não significa muito, do e Estrutura 10. A Manobrabilidade do veículo é reduzida em
ponto de vista prático, se o carro não conseguir desviar de bu- 1 (até um mínimo de –1) e a Velocidade Máxima e Aceleração
racos e pedestres. Essa modificação pode ser aplicada até duas são reduzidas em um quarto de seus valores originais.
vezes. Sucessos Necessários: Igual ao Tamanho do veículo x5.
Efeito: A Manobrabilidade do veículo é aumentada em 1, Custo: Igual ao Custo do veículo +1, Custo máximo
até um máximo de 6. ••••.
Sucessos Necessários: Igual a Tamanho do veículo x2 na Limite: Esta modificação pode ser aplicada apenas a

a necessidade por velocidade 155

 carros de passeio, carros esportivos (exceto supercarros), cami-
nhões leves e vans.
Personalização de Aparência
Dos cafetões do Brooklyn aos corredores de rua de Mos-
cou, as subculturas de todo o mundo consideram símbolos de
status dos veículos e cada subcultura tem seu próprio conjun-
to de padrões para julgar essas posses. As possíveis maneiras
pelas quais as lojas personalizadas podem alterar a aparência
de um veículo são objeto de inúmeras revistas e programas de
televisão e variam de bom gosto sutil a extravagância chamati-
va. Imaginação e dinheiro são os únicos limites práticos para
essa modificação.
Efeito: Ao aplicar esta modificação, escolha uma sub-
cultura específica. O veículo concede ao seu proprietário ou
motorista um bônus de +1 nos testes Socialização e Manha
apropriados ao lidar com essa subcultura. O Narrador tem a
palavra final sobre o que constitui uma subcultura que aprecia
a aparência personalizada de um veículo - é improvável que os
executores da Máfia do Velho Mundo fiquem impressionados
com as últimas novidades em bling hidráulico, com flocos
de metal, luz de neon, luzes de neon e acabamento de ouro
-bling. No lado negativo, um veículo personalizado concede
um bônus de +2 a qualquer observador que tentar identifi-
car, rastrear ou investigar visualmente o veículo e pode infligir
uma penalidade de -1 nos testes Socialização e Manha contra
um observador que considera o veículo particularmente bobo
ou insípido.
Sucessos Necessários: Igual ao Tamanho do veículo x2.
Custo: Igual ao Custo do veículo –1. Os personagens
podem optar por gastar menos, a um Custo mínimo •, mas
cada nível de desconto inflige uma penalidade acumulada de
–2 em cada jogada.
Perigos dos Veículos
As máquinas pesadas têm alguns perigos únicos, princi-
palmente quando estão a 120km por hora. As regras a seguir
coletam uma variedade de situações especiais nas quais os
personagens podem se encontrar quando lutam ou tentam
outras travessuras dentro ou ao redor de veículos.
Rodovias da Morte Industriais
Devido à massa excepcional dos veículos maiores, muitos
veículos apresentados neste capítulo matam um pedestre infe-
liz o suficiente para ser atingido por um. Uma plataforma de
reboque de trator movendo-se à velocidade da estrada causa
uma parada de mais de 30 dados de dano. Felizmente, a maio-
ria dos veículos de Tamanho 17 ou superior (exceto empilha-
deiras a vapor e empilhadeiras) é construída suficientemente
alta do chão para que um adulto de raciocínio rápido caia no
chão para evitar ser atingido por uma colisão. Uma vítima que
não conseguir sair do caminho terá sorte se o seu parente mais
próximo puder identificar seus restos pulverizados.
Mergulhar para evitar ser atropelado por esse veículo é
uma ação reflexa que requer um teste bem sucedido de Des-
treza + Autocontrole. Esse teste sofre uma penalidade cumula-
tiva de –1 para cada 30km por hora em que o veículo estiver
em movimento e só é possível para personagens de Tamanho
5 ou menor. Um personagem que cai com sucesso pode fazer
um teste de Força + Esportes com uma penalidade equivalen-
te para agarrar a parte de baixo do veículo quando ele passa
por ele, o que pode prepará-lo para futuros heroísmos.
156 capitulo quatro - veiculos
Hélices
Quando a hélice de uma aeronave está girando, suas pás
criam uma zona de perigo de dois metros de largura. A força
de uma hélice não é forte o suficiente para puxar um objeto
ou personagem sólido desprotegido, mas qualquer coisa ou
alguém jogado através da hélice sofre um teste de ataque com
uma parada de seu próprio Tamanho +4. A hélice, que possui
Tamanho 4, Durabilidade 2 e Estrutura 6, recebe dano igual à
Durabilidade +1 ou Vigor +1 do objeto ou personagem.
As hélices de barco são muito menores, porém mais du-
ráveis, pois seus projetistas esperam que periodicamente en-
contrem perigos sólidos. As hélices de barco também não são
fortes o suficiente para absorver personagens, mas qualquer
pessoa forçada no arco de uma hélice sofre um ataque de sete
dados.
Turbinas
As pás de um motor de turbina giram a 10.000 rotações
por minuto. Nas turbinas de aeronaves, isso gera sucção su-
ficiente para puxar objetos pequenos. Os pilotos chamam o
perigo resultante de FOD: dano a objetos estranhos. Perso-
nagens e itens desprotegidos na frente de uma turbina em
operação correm o risco de serem invadidos e purificados.
Uma turbina tem uma zona de perigo que se estende 4,5
metros de sua extremidade frontal em um arco de 90 graus.
Para cada turno que um item não seguro passa nesta zona, o
Narrador rola o Tamanho da zona. Esse teste ganha um bônus
de +1 por cada metro inteiro de distância entre o objeto e a
turbina. Fracasso significa que a entrada da turbina suga o
objeto. Os jogadores devem fazer esse mesmo teste para qual-
quer personagem na zona de perigo, mas podem adicionar a
Força de um personagem ao teste se ele estiver pendurado em
algo imóvel com pelo menos uma mão.
Um personagem ou objeto sugado para uma turbina
causa dano igual ao dobro do seu Tamanho diretamente ao
veículo, cuja Durabilidade não protege contra esse “ataque”.
No entanto, o objeto também sofre dano igual à metade do
Tamanho do veículo, contra o qual a Durabilidade protege
mas a armadura corporal não. Um jogador cujo personagem
está prestes a ser purificado dessa maneira pode fazer um teste
de Força + Raciocínio para a vítima incipiente agarrar a borda
da entrada e aguentar até ser resgatada.
Educacao do
Motorista
A maioria dos adultos nos países industrializados mo-
dernos sabe ao menos dirigir um automóvel convencional no
trânsito diário, mas poucos adultos são treinados especifica-
mente em técnicas de condução de corrida ou perseguição de
alto desempenho, e a operação de veículos mais especializados
é frequentemente uma profissão em e de si mesmo. A seção a
seguir detalha as fontes mais comuns das quais os caracteres
podem receber instruções básicas e avançadas em vários tipos
de veículos.
Você Quer Que Eu Dirija Um Quê?
Alguns veículos são suficientemente idios-
sincráticos que a Habilidade Condução não
se aplica a seus controles. Todos os veículos
 controlados com movimento corporal bruto e
movidos exclusivamente pelo operador ou por
forças naturais, como bicicletas, canoas, wind-
surf, planadores e pára-quedas, dependem
do equilíbrio do motorista e da aptidão geral
e são controlados com a Habilidade Espor-
tes. Todas as embarcações maiores movidas
a vento, de balões a escunas, contam com a
compreensão do piloto sobre ondas, vento e
cordas, além da Habilidade Sobrevivência.
Finalmente, a operação de veículos pilotados
remotamente, como os drones de vigilância
militar, se enquadra na Habilidade Informáti-
ca. Em todos esses casos, nenhuma Especiali-
zação é necessária para que um personagem
exercite toda a sua parada de dados em tais
manobras.
Veículos Terrestres
O Livro de Regras do Mundo das Trevas pressupõe que
qualquer personagem que tenha crescido em uma sociedade mo-
derna seja capaz de dirigir um carro em condições normais de
estrada, sem penalidade. Um personagem com esse grau de pro-
ficiência (nenhum, em outras palavras) não possui treinamento
especializado, tendo cursado um curso de educação de onduto-
res no ensino médio ou aprendido com amigos ou familiares. Da
mesma forma, o treinamento em como andar de moto ou pilotar
uma lancha é suficientemente comum que nenhuma habilidade
é necessária para a proficiência básica. Os seguintes tipos gerais
de treinamento lidam com veículos mais especializados ou apri-
moram as habilidades básicas com os comuns.
Escola de Condução Comercial: Escolas especializadas exis-
tem em todo o mundo industrializado para certificar motoristas
na operação segura de veículos com problemas de massa, inércia
e tamanho que os passageiros comuns raramente consideram.
A escola de condução comercial, ou “escola de caminhoneiros”,
geralmente dura seis semanas e os custos •, e muitas empresas
de transporte pagam pela educação da carteira de motorista co-
mercial (CH) de um novo funcionário se ele assinar um contrato
de dois anos ou mais. Treinamento formal adicional além de
uma CH básica atesta a capacidade do motorista de transportar
materiais perigosos.
Treinamento de Veículos Blindados Militares: O treina-
mento no uso de veículos militares é limitado aos tripulantes
designados para operar e manter os veículos. A escola de arma-
dura dura entre oito e 12 semanas na maioria dos exércitos, após
o que o soldado é designado para uma unidade de armadura por
pelo menos dois anos (qualquer outra coisa seria um desperdício
do treinamento caro que ele acabou de receber).
Treinamento de Perseguição Policial: Durante o treina-
mento inicial, os cadetes da lei recebem cerca de uma semana
de instruções em direção em alta velocidade, perseguição por
meio de paradas de trânsito e veículos (batidas controladas). Esta
instrução não confere habilidades especiais ou certificação, mas
garante que a maioria dos oficiais de patrulha tenha pelo menos
Condução 1 ou 2, possivelmente com uma Especialização como
Perseguição ou Abalroamento (colisões controladas). Escolas in-
dependentes oferecem treinamento semelhante para forças poli-
ciais que não possuem seus próprios programas de treinamento,
mas essas escolas não são abertas ao público em geral e os de-
partamentos pagam pelo treinamento com seus próprios fundos.
Escola de Condutores de Segurança: Enquanto os pro-
gramas de treinamento da polícia ensinam seus alunos a con-
duzir uma perseguição, os programas de guarda-costas e de
motorista de segurança lidam com o outro lado da equação:
como evitar perseguidores e emboscadas. O objetivo principal
da direção de segurança é afastar o veículo e os passageiros
das ameaças, não se envolver em combate veicular que possa
deixar o veículo do motorista desativado na mira do inimigo.
Os tópicos secundários incluem tiro do assento do motorista
e inspeção de um veículo em busca de sabotagem ou explosi-
vos antes de usá-lo. É provável que um personagem que tenha
passado por esse treinamento (uma a duas semanas, Custo
•••) tenha pelo menos Condução 2 com uma Especializa-
ção, como Evitar Perseguição, bem como a Vantagem Ás do
Volante.
Escola de Corrida: Muitos pilotos profissionais começa-
ram em derbies de demolição e pistas de arrasto locais, desen-
volvendo suas habilidades através da prática por anos antes de
adquirir uma equipe ou um patrocinador. As escolas existem,
no entanto, para fornecer uma introdução formal ao esporte a
motor em um ambiente controlado. Esse treinamento é caro,
principalmente por causa do alto preço do seguro de respon-
sabilidade civil e dos veículos de substituição para a escola. A
escola de corrida normalmente dura de uma a duas semanas e
custa ••••. É improvável que os personagens que passaram
pela escola de corrida (e que mantiveram suas habilidades na
competição depois) tenham menos do que Condução 3.
Transporte Ferroviário: Aprender a operar um veícu-
lo ferroviário não é difícil, mas é difícil obter instruções e o
treinamento prático é em grande parte inacessível para quem
ainda não está empregado por uma autoridade ferroviária ou
de transporte de massa. Engenheiros e motoristas - dois títu-
los diferentes para as pessoas que operam trens e metrôs, res-
pectivamente - são normalmente funcionários que passaram
dois a cinco anos em outros cargos nessas empresas antes de
serem promovidos e treinados como operadores. Os períodos
de treinamento, geralmente consistindo em aprendizagens in-
formais e instrução no trabalho, em vez de aulas formais em
sala de aula, variam muito entre as organizações.
Embarcações
Os personagens que estão acostumados a dirigir carros
podem pegar os controles de uma lancha padrão com pou-
ca ou nenhuma dificuldade, e os cruzadores de cabine ainda
maiores e os pequenos iates a motor não são muito diferentes
(embora o conhecimento especializado possa ser útil na in-
terpretação do radar de navegação ou entendimento de que
ondulações indicam um recife logo à frente). Para embarca-
ções maiores, porém, entender a variedade de controles e lei-
turas requer treinamento extensivo em manuseio de navios.
Existem apenas duas fontes para esse conhecimento, e ambas
requerem compromissos significativos de tempo.
Transporte Comercial: Um personagem que assina con-
trato para trabalhar como marinheiro em uma das dezenas de
milhares de embarcações comerciais que percorrem as rotas
marítimas do mundo não deve esperar se tornar um capitão
por conta própria em breve. Os novos marinheiros mercantis
geralmente começam nos confins escuros e oleosos da casa
das máquinas, aprendendo a manter diesel gigante e outros
sistemas que mantêm uma embarcação à tona. A promoção
só é rápida para quem tem educação, embora seja possível
adquirir um conhecimento prático dos controles de uma em-
barcação durante seis meses a um ano no mar. A obtenção da
perigos dos veiculos 157
 certificação de capitão de pleno direito, que autoriza o perso-
nagem a procurar emprego em todo o mundo como coman-
dante de navio, exige um diploma de bacharel em um campo
apropriado (arquitetura naval, meteorologia, oceanografia) e
cerca de uma década de experiência.
Treinamento Naval: Oficiais navais cujas carreiras os le-
vam para as áreas de especialização de guerra de superfície ou
guerra submarina recebem meses ou anos de treinamento em
manejo de navios e como dar ordens às dezenas de marinhei-
ros que realmente controlam os controles de seus navios. O
pessoal alistado que recebe essas ordens começa com tarefas
mais especializadas, mas geralmente treina à medida que avan-
ça nas fileiras.
Aeronaves
As viagens aéreas são um evento cotidiano para pessoas
de todo o mundo, mas as complexidades do voo com motor
e os regulamentos internacionais sobre tráfego aéreo deixam
o piloto em uma elite privilegiada. O treinamento no local
de trabalho é potencialmente caro e fatal, para que os pilotos
aprendam primeiro em campo.
Escola de Vôo: Para cidadãos comuns interessados em
aprender a voar, o melhor caminho é se matricular em escolas
de vôo, encontradas em aeroportos ao redor do mundo. An-
tes de um aluno entrar em um avião pela primeira vez para um
vôo supervisionado sob o olhar atento de um instrutor, ele
normalmente passa várias semanas em estudos em sala de aula
sobre os princípios da aviação e os controles básicos de vôo
da aeronave. Para obter uma licença de piloto particular, ele
deve passar nos testes práticos e por escrito, incluindo o voo
real em condições de clima claro durante o dia. Além do trei-
namento de voo básico, algumas escolas oferecem instruções
adicionais em outras aeronaves. A escola de vôo para uma li-
cença de piloto particular custa ••• e requer três semanas
para estudantes em período integral ou três a seis meses para
cursos uma vez por semana. Os custos das instruções avança-
das são os mesmos, mas o treinamento dura duas a três vezes
mais. Um personagem com uma Especialização Piloto na Ha-
bilidade Condução quase certamente foi para a escola de vôo.
Programas Piloto de Graduação: Algumas universida-
des oferecem programas que preparam seus graduados para
carreiras na aviação comercial. Além do treinamento de vôo,
conforme descrito acima, os estudantes obtêm diplomas de
bacharel em engenharia aeroespacial, meteorologia e campos
relacionados. Esses programas são a principal rota de entrada
na carreira de aspirantes a pilotos profissionais que não dese-
jam se comprometer primeiro com o serviço militar e são tão
caros e demorados quanto qualquer outro diploma universitá-
rio. Um graduado desse programa provavelmente possui Con-
dução 3 com uma Especialização Piloto, bem como a Ciências
2 com uma Especialização em um dos campos mencionados
acima.
Aviação Militar: O poder aéreo tem sido um fator do-
minante na guerra convencional desde a Segunda Guerra
Mundial. Militares de todo o mundo estão constantemente
treinando novos oficiais para lidar com os aviões de combate e
helicópteros de alto desempenho que projetam força em nível
internacional, além de pilotar uma infinidade de aeronaves
de transporte e apoio que mantêm os suprimentos e as infor-
mações em movimento. Na maioria das forças armadas, os
pilotos devem primeiro ser oficiais comissionados, o que exige
um diploma de bacharel e seis a nove meses de treinamento
militar básico. A escola de vôo militar introdutória ensina o
158 capitulo quatro - veiculos
equivalente a uma licença de piloto particular, após a qual
um piloto que ainda não saiu da escola passa para uma escola
avançada que o ensina a pilotar caças, helicópteros ou aerona-
ves de transporte e apoio. O treinamento em várias escolas de
vôo avançadas é raro, pois um piloto pode pilotar o mesmo
modelo específico de aeronave durante toda a sua carreira.
Todo o processo leva de 10 a 18 meses, após os quais o perso-
nagem tem uma obrigação de serviço plurianual. Um piloto
treinado em forças armadas deve ter pelo menos Condução 3
com uma Especialização Piloto (e possivelmente uma segunda
Especialização apropriada ao tipo de aeronave que ele voou),
bem como pelo menos a Sobrevivência 2 do treinamento de
fuga e evasão.
Veículos em
Histórias de Terror
Entre as minúcias técnicas de turbocompressores e aile-
rons, é fácil esquecer que este capítulo faz parte de um livro
para um jogo de terror. Na superfície, não há nada de horrível
em um SUV e é difícil ter medo de um barco inflável, a me-
nos que você já tenha medo da água. No entanto, os veículos
têm desempenhado papéis centrais nas histórias do sobrena-
tural há séculos. Considere as seguintes maneiras pelas quais
o mecanismo apresentado neste capítulo pode aprimorar ou
até ser o foco de suas histórias:
Passeio Como um Demônio
A vantagem da velocidade oferecida pelos veículos os tor-
na os melhores meios possíveis de escapar de todos os tipos
de ameaças. Quando os personagens precisam se afastar de
um bando de lobisomens escravos, um carro veloz pode salvar
vidas e pequenos problemas mecânicos podem se transformar
em complicações terminais. Histórias de terror estão cheias de
exemplos desse tipo de perseguição desesperada, e jogar um
mau funcionamento nos personagens pode dar aos tecnica-
mente inclinados a chance de salvar o dia, enquanto seus alia-
dos mais combativos evitam a ameaça pelos últimos segundos
preciosos necessários para se reconectar linha de combustível
ou ignorar o curto-circuito.
Através da Noite
Em uma situação de sobrevivência de horror a longo
prazo, como uma revolta mundial de zumbis, um bom veí-
culo vale seu peso em ouro. Um estilo de vida nômade pode
oferecer uma chance muito maior de sobrevivência do que
uma existência fortificada, forçando os personagens a abrir
caminho através de um terreno baldio pós-apocalíptico. O
transporte ideal para esse cenário é robusto o suficiente para
suportar as ameaças paranormais do dia, capaz de sair da es-
trada e fácil de reparar (ou encontrar peças para) e manter
o combustível. Em uma situação em que ficar em um local
por muito tempo pode significar a morte, encontrar peças de
reposição assume uma importância totalmente nova.
Uma existência nômade não é apenas para sobreviventes
humanos de um desastre global. Vários seres sobrenaturais
podem achar mais fácil viver na estrada (ou no alto mar) do
que ficar em um lugar onde suas diferenças possam vir à tona.
Alguns seres sobrenaturais continuam se movendo para man-
ter um passo à frente dos caçadores ou das consequências de
suas ações, enquanto outros apenas têm medo de descobrir.
Novamente, para esses personagens, um veículo apropriado é
uma posse obrigatória, principalmente se eles exigirem equipa- rência superficialmente normal, mas detalhes sutis que estão
mento especial ou proteção específica que um quarto de motel terrivelmente errados. Em tal viagem, o veículo dos persona-
ou viaduto da rodovia pode não fornecer. gens pode ser o único caminho seguro para casa, pois as regras
sobrenaturais de tais viagens geralmente exigem que os viajan-
Ela é um Bom Navio tes retornem como vieram ou não.
Membros de profissões relacionadas ao transporte e subcul- Outras artérias de viagem podem não chegar a lugar al-
turas obcecadas pela velocidade em todo o mundo personificam gum anormal, mas são prejudicadas de outras maneiras. Um
seus veículos. Marinheiros e pilotos também se referem às suas trabalhador pode cair no cimento molhado durante a cons-
transmissões com o pronome feminino (exceto os russos, para trução da ponte e ser sepultado em seu último trabalho. Um
quem os navios são sempre masculinos). Os entusiastas do setor naufrágio também pode para sempre manchar a água ao redor
automotivo secretamente e um tanto envergonham nomeiam de um recife com o sangue de suas vítimas. Um avião que bate
seus carros. Profissionais militares de todas as faixas personali- em uma encosta da montanha pode ser visto mais tarde cru-
zam suas máquinas de combate com arte de nariz, marcadores zando sua trajetória de vôo ou descarregando seus passageiros
de morte e outras interpretações modernas de pinturas antigas espectrais em um portão de aeroporto desativado. Os fantas-
de guerra, projetadas para expressar o espírito de guerreiro e se mas vinculados a esses locais podem alertar os companheiros
gabar de façanhas do passado. de viagem sobre perigos ou tentar atraí-los para a morte, de-
No Mundo das Trevas, onde objetos inanimados podem ter pendendo da disposição dos fantasmas.
espíritos mais poderosos que muitos personagens, esse tipo de
comportamento animista pode ter consequências inesperadas, Quem Está no Porta-Malas?
mesmo para personagens espiritualmente cegos. Um Douglas Veículos assombrados são quase tão comuns quanto es-
DC-3 cuidadosamente restaurado pode ter um desempenho me- tradas assombradas no folclore urbano. Qualquer embarcação
lhor do que o possível (do ponto de vista estritamente mecâni- em que alguém tenha morrido pode levar a essência dessa
co) para um proprietário de longa data que suou e sangrou para morte ou servir de âncora para o fantasma. Um proprietário
restaurar o avião a uma condição primitiva, mas voa como uma anterior pode retornar da sepultura para recuperar sua posse
baleia ferida para qualquer piloto que não o faça respeitar ade- premiada, ou uma vítima inocente pode exigir justiça do her-
quadamente sua idade e história. Jogadores e personagens nunca deiro de seu assassino. Veículos maiores também não são imu-
devem confiar nessas ocorrências, mas os Narradores devem se nes a tais assombrações, e passageiros e tripulantes fantasma-
sentir à vontade para recompensar a interpretação consistente góricos percorrem as passagens de navios e trens ao redor do
com ocorrências ocasionais de fortuna ímpar. mundo. A corrupção espiritual de um veículo no qual várias
Indivíduos capazes de lidar diretamente com os reinos es- pessoas morreram ao mesmo tempo, como um semi-reboque
pirituais, como lobisomens e magos, podem estabelecer laços usado para transportar uma carga de imigrantes ilegais sufo-
ainda mais fortes com veículos que tratam como parceiros iguais. cantes, pode ser uma fonte poderosa de ressonância negativa.
Isso pode levar a algumas barganhas inquietantes, principalmen-
te quando um veículo experimenta combate e desenvolve um Navio dos Mortos
gosto por sangue. As demandas por sacrifício podem começar Às vezes, o veículo em si é o fantasma. O Holandês
com o atropelamento (“Bata no esquilo!”) e aumentar gradual- Voador é o navio fantasma mais famoso - por alguns relatos
mente. Um espírito particularmente forte pode chegar ao ponto amaldiçoado a navegar eternamente por causa do juramento
de animar sua forma corporal, caçando autonomamente veículos mal considerado de seu capitão em uma tempestade ou por
menores ou até presas vivas. um acordo que ele fez com o diabo para executar uma rota
comercial em tempo recorde. As ferrovias de Urbana, Ohio,
Bagagem de Mão assistem à aparição do trem funerário de Abraham Lincoln
Veículos grandes são configurações ideais para mistérios todo mês de abril, tripulado e guardado por engenheiros e
em salas trancadas. Quando uma crise inexplicável acontece no soldados esqueléticos. Caminhoneiros fantasmagóricos e suas
meio do Atlântico Norte ou a 30.000 pés acima do solo, os per- plataformas assombram as rodovias interestaduais dos Esta-
sonagens não podem simplesmente ligar para a polícia ou descer dos Unidos, ainda tentando fazer as entregas que eles morre-
na próxima parada. Algo pode acontecer com a tripulação do ram se esforçando para concluir.
veículo, exigindo que os personagens assumam o controle do Como alternativa, uma embarcação pode aparecer como
veículo - ou a tripulação pode estar perfeitamente bem, mas inca- a Mary Celeste, funcionando normalmente, mas sem passagei-
paz de parar o veículo ou alterar seu curso. Uma tempestade re- ros ou tripulação. Os personagens que viajam em uma área re-
pentina pode apagar a iluminação interna do veículo por alguns mota podem encontrar esse tipo de situação abandonada, ou
segundos, e o retorno da iluminação revela alguns passageiros os investigadores podem precisar explicar o desaparecimento
desaparecidos - ou adicionados. da tripulação de voo de um avião e seu subsequente pouso
perfeito a centenas de quilômetros do destino pretendido.
Rodovias para o Inferno
Às vezes, a jornada mais longa pode começar com uma Ilimitado pelas Luzes da Estrada
curva errada. Histórias de trilhas e estradas que aparecem em Antes da ciência moderna afastar as sombras das rodo-
determinados horários da noite, levando a locais que não são vias, os viajantes contavam histórias de encontrar estranhos
vistos por olhos humanos, antecedem a invenção da maioria dos misteriosos na encruzilhada ou nas ruas desertas. Comercian-
veículos. Se essas rotas existirem, elas podem ter mudado com tes vestidos de preto ofereciam pechinchas boas demais para
o tempo, agora aparecendo como ruas laterais sombreadas ou ser verdade, e cavaleiros feéricos e terríveis lançavam desafios
rampas de saída de estradas mal marcadas. Os personagens que com recompensas no valor de um resgate do rei. Esses seres
fazem uma mudança tão errada podem não perceber seu erro a podem ter se adaptado à era moderna, abrir caminhões no-
princípio - até que se encontrem em um mundo com uma apa- turnos para de vender qualquer coisa necessária ou ousar

veiculos em historias de terror 159

 personagens com carros velozes para participar da derradeira
corrida de arrancada.

Helicópteros Pretos
Às vezes, a simples aparência de um veículo estranho
pode ser motivo de preocupação. A moderna teoria da cons-
piração está repleta de histórias de agentes malévolos do go-
verno desembarcando de helicópteros ou Cadillacs apagados
para encobrir encobrimentos sombrios. As janelas espelhadas
podem ocultar o motorista de um carro de olhares indiscre-
tos, revelando apenas uma silhueta distorcida que de alguma
forma não corresponde às proporções humanas. As velas no
horizonte podem sombrear um navio por dias ou semanas,
nunca chegando perto o suficiente para serem identificadas,
mas sempre permanecendo em sua pedreira. Encontros desse
tipo podem gerar paranóia desproporcional à ameaça real, se
houver, que o veículo e seus ocupantes representam.

160 capitulo quatro - veiculos

 Lutando em Espaços Confinados
As regras normais de narração de histórias assumem que o combate ocorre em ambientes grandes o
suficiente para que todos os combatentes manobrem sem restrições. Algumas situações forçam os comba-
tentes a lutar em locais apertados, dificultados tanto por cadeiras e portas quanto por ataques inimigos.
Qualquer espaço menor que 3 metros de largura - espaço para dois combatentes ao alcance do braço
- tem um Tamanho total mínimo de personagem e arma. Um personagem que excede esse mínimo sofre
uma penalidade igual à diferença de Defesa, Iniciativa e todas as ações físicas (incluindo ataques). Os
exemplos de espaços confinados incluem o seguinte:

Espaço Confinado Tamanho Total Mínimo

Baú de carro, tambor de 55 galões, carro subcompacto 3
Caixão, carro compacto ou esportivo, cabine telefônica 4
Banheiro, avião leve, carro de tamanho médio 5
Quarto desordenado, carro de tamanho normal, SUV 6
Avião comercial, gaiola de tubarão 7
Portanto, um lobisomem de Tamanho 7 que balança um machado de Tamanho 3 em
um passageiro de um carro de Tamanho médio sofre uma penalidade de –5.

Nota: Um personagem de Tamanho 5 ou menor nunca sofre essas penalidades nas tentativas de operar
um veículo. Os assentos do piloto não são construídos para gigantes; portanto, personagens de Tamanho 6
e superior sofrem penalidades totais para esses testes baseados em Destreza.

lutando em espacos confinados 161

 Harris tinha uma coisa na mão que parecia um pouco com uma
daquelas lanternas de punho de pistola. Antes, ele me disse
que era um “scanner térmico”, que emitia um feixe de infra-
vermelho invisível e podia medir temperaturas de longe. Vin-
te e três graus Ceusius, era o que estávamos procurando, ele
disse.
Eu o observei na tela através das câmeras de circuito fe-
chado da estação de trem. O feio idiota estava sentado em um
banco, escondendo o rosto na sombra de um boné de beisebol e
mantendo o scanner embaixo de um jornal aberto. O trem - SEP-
TA, vindo de Lansdale - parou e os passageiros chegaram à
plataforma. Harris estava acertando todos eles com o scanner,
e eles não sabiam disso.
Um sujeito alto e magro saiu do trem. Casaco jeans desgre-
nhado, costeletas como fechaduras, mãos enfiadas nos bolsos da
calça. Alguns segundos depois, Harris confirmou.
- Aqui está, - disse ele, sua voz transmitida através do
pequeno microfone preso à lapela. Eu o ouvi no meu fone de
ouvido. - Está 23°C.

NÓS TEMOS UM.

O monstro entrou na multidão e eu o perdi por um
segundo. Odeio eles. Parasitas. Harris e eu não
nos entendemos, mas entendemos o que eles podiam
fazer.
Na próxima vez que vi o monstro, havia
uma mulher presa contra um poste a 3 metros
de onde Harris estava sentado. Eles pare-
ciam estar se beijando. Não estavam.
- Harris, - eu disse. - Devemos pro-
teger a garota.
- Não, - ele respondeu de volta.
- Eu só quero observar. Relaxe, Ri-
fkin. No tempo devido.
Eu cerrei os dentes.

HARRIS APROVEITOU
ESTE MODO DEMAIS.
 Capitulo
Capítulo Cinco:
Cinco:
Equipamentos
Equipamentos
eeAcessórios
Acessorios
O equipamento pode dar a um personagem uma vantagem sobre aqueles que se opõem
a ele, empurrando-o uma polegada extra além de seus adversários. Uma escuta telefônica
pode permitir o acesso a informações secretas. Um par de algemas pode subjugar os escravos
de seu inimigo enquanto ele persegue sua presa principal ou enquanto tortura seus escravos
para descobrir exatamente onde o monstro dorme. Mesmo algo tão simples como um por-
ta-munição amarrado na coronha de uma espingarda pode lhe dar essa vantagem sangrenta
- uma que vem na forma de uma única concha adicional com a qual ele despacha o atacante.
Sim, alguém pode entrar no campo de batalha com nada além de punhos e fúria, mas um
personagem descobrirá que isso não lhe dá vantagem.

Prepare-se
“Nao
“Nãoháhávitória
vitória nos
nospre- babilidades a seu favor. Alguns desses itens modificam as armas existentes, enquanto outros
Este capítulo detalha uma série de itens que podem ajudar uma personagem até as pro-

cos das pechinchas”.

preços das pechinchas”. são acessórios que podem dar a ela vantagem antes, durante e após a batalha.

- Dwight D. Eise-
A maioria dos equipamentos listados neste capítulo pode ajudar um personagem a con-
- Dwight D. Eisenhower cluir uma tarefa mais facilmente. Geralmente, isso significa que o item oferece um bônus à

nhower
parada de dados pertinente do personagem, como uma mira anexada a um rifle que concede
dados de bônus ao ataque de um personagem a longo prazo, diminuindo as penalidades
associadas. Esses bônus variam de +1 a +5 e são listados com a descrição do item. Também
estão listados a Durabilidade, Tamanho, Estrutura e Custo de um item. Todas essas coisas
afetam a eficácia de um item em seu trabalho, bem como o dano que o item pode sofrer se
sofrer um ataque concertado.
É importante reconhecer que tudo isso é relativo. As estatísticas listadas para cada item
não são firmes. Eles podem mudar, dependendo das circunstâncias específicas da história. A
mira mencionada acima pode ter uma lente arranhada ou ser mal montada na arma de fogo.
Como conseqüência, a mira pode não fornecer seu bônus total ao atirador. A mira também
pode ter uma estrutura menor como resultado. Se a mira for um equipamento mais antigo,
talvez ela já tenha sofrido os efeitos de uso frequente e tenha um modificador -1 resultante
em sua Estrutura; a menos que o vendedor seja um artista enganador, ele acomodará o preço
do item menor, o que significa que ele também pode sofrer um modificador -1 no Custo.
Como alternativa, considere um par de binóculos de alta qualidade: não do tipo que
um personagem compraria no Wal-Mart ou na Sears, mas aqueles que ele teria que fazer um
pedido especial. Talvez os binóculos ofereçam ampliação e estabilização de imagem extrema-
mente alta e permitam uma distância e largura de visualização três ou quatro vezes maiores
que a maioria dos binóculos. O item pode ser reforçado e envolto em uma moldura de
borracha para manter os binóculos seguros em caso de queda ou queda. Esse dispositivo cer-
tamente concederia bônus maiores do que os binóculos normais (listados abaixo), e poderia
ter uma Durabilidade e Estrutura mais alta (+1 para ambos) como resultado. Obviamente,
esses bônus também terão um ou dois zeros extras no preço. Esse par de binóculos pode
custar tanto quanto um carro usado (Custo •••).
A seguir, estão listadas as estatísticas “normais” associadas a itens específicos. Esses ele-
mentos podem mudar a critério do Narrador ou durante a crônica. No momento da compra,
à medida que a eficácia do item aumenta, o Custo também aumenta. À medida que o Custo
diminui, o mesmo acontece com seus bônus avaliados. Alguns itens podem se tornar tão
eficazes que seu preço vai além do que o Recurso pode pagar. Tais Custos são deixados ao
capricho do vendedor e podem exigir que um personagem pague em favores ou em sangue.
Para mais informações sobre “Equipamento”, consulte a p. 139 do Livro de Regras do
Mundo das Trevas.

164 capitulo cinco - equipamentos e acessorios

Acessórios para Armas de Fogo Kit de Armas
Uma arma não precisa de muito para operar além de uma Durabilidade 2, Tamanho 2, Estrutura 4, Custo ••
bala e um dedo disposto a puxar o gatilho. Essa combinação es- As armas ficam sujas. Pistolas emperram. Os rifles pre-
sencial pode ser mortal a mais de 335 metros por segundo. No cisam de novos cabos, miras telescópicas e canos. Um perso-
entanto, os personagens podem querer ter uma vantagem extra nagem pode usar ferramentas normais para lidar com essas
com alguns dos equipamentos listados abaixo. necessidades, mas não facilmente. Um kit de ferraria (limpa-
dores de furos, chaves Allen, pinças e assim por diante) per-
Bipés mitirá que um personagem lide com a maioria das modifica-
Durabilidade 2, Tamanho 2, Estrutura 4, Custo • ções e manutenção de armas com pouco problema. Limpar,
Atirar a longa distância não é fácil, mesmo com uma mira consertar ou modificar qualquer arma de fogo requer um
montada. Se o cano balançar por meros milímetros, o tiro pode teste estendido de Destreza + Ofícios, com cada teste igual
ser ampliado em muitos metros. Atiradores de longo alcance, a 15 minutos. O número de sucessos deve ser determinado
como caçadores ou atiradores de elite, tendem a encaixar suas pela complexidade da tarefa. Limpar um cano ou substituir a
armas com bipés. A maioria dos bipés realmente se prende ao empunhadura de um revólver é fácil e provavelmente requer
fundo dos rifles e se dobra sob a frente das ações. Quando o cinco sucessos. Substituir um cano inteiro, ou qualquer outra
atirador está prestes a atirar, ele abre o bipé e descansa a arma parte crítica da arma, pode exigir 15 sucessos. Ter um kit de
em uma superfície plana. Isso lhe dá uma maior estabilidade ao armas adiciona 2 dados de bônus aos testes de Ofícios apro-
alinhar seu disparo. priados. Sem o kit, trabalhar com uma arma pode ser mais
Quando usado, um bipé reduz a penalidade por disparar difícil e o Narrador pode conferir uma penalidade de -1.
em médio e longo alcance em um. Um osciloscópio telescópico
pode reduzir ainda mais essas penalidades de acordo. Lanterna Montada
Um bipé também garante estabilidade ao atirador ao usar Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •
o disparo automático. Suponha que o bipé possa reduzir uma Também chamado de “iluminador tático”, esse dispositi-
penalidade em um ao disparar uma rajada de uma arma auto- vo é essencialmente uma lanterna feita para ser amarrada ou
mática. presa a uma arma de fogo. Suportes leves são fabricados para
Um atirador também pode usar um tripé em sua arma, em- praticamente todos os tipos de pistolas existentes. A maioria
bora um tripé não ofereça uma diferença apreciável em relação a dos iluminadores está pendurada embaixo do cano da arma,
um bipé. Alguns rifles não funcionarão corretamente, a menos algo semelhante a uma baioneta. Usar uma lanterna acoplada
que os bipés sejam implantados. Os bipés ainda concedem a es- a uma arma de fogo não oferece bônus na jogada de ataque,
sas armas os bônus apropriados para atirar. Mais informações mas permite que um personagem ignore as regras de “Com-
sobre essas armas podem ser encontradas na p. 50 bate às Cegas” (consulte a p.166, o Livro de Regras do Mundo
das Trevas). Em vez de atirar literalmente no escuro desconhe-
Proteção de Orelha cido, um personagem pode ver um alvo com a lanterna mon-
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo • tada e atirar. As jogadas de ataque realizadas dessa maneira
Protetores de ouvido ou tampões para os ouvidos ajudam sofrem uma penalidade de –3.
a impedir que um personagem fique temporariamente surdo ao As luzes de maior intensidade (halogênio ou LED) são
descarregar uma arma de fogo. Personagens usando proteção incrivelmente brilhantes e reduzem a penalidade para –2. Essa
para os ouvidos (que podem ser protetores de ouvido ou tampões vantagem não está isenta de um preço mais alto (Custo ••).
para os ouvidos) não sofrem as penalidades que um Narrador Usar uma lanterna montada dessa maneira anuncia a
pode aplicar como resultado do disparo de armas barulhentas. localização do atirador. Qualquer testemunha próxima pro-
Enquanto uma personagem estiver realmente usando a proteção vavelmente verá o raio de luz. Portanto, ataques feitos contra
para os ouvidos, ele sofre –2 de penalidade em todos os testes de o atirador agora podem ignorar a complicação “Combate às
Raciocínio + Autocontrole relacionados à audição. Cegas” e são feitos com uma penalidade de –4.

Que Som é Esse?
Quanto menor o cano e maior a bala, mais
alto será o som da arma. Algumas armas são
tão barulhentas que deixam os atiradores meio
surdos com zumbidos debilitantes nos ouvidos.
O Narrador pode invocar penalidades iguais
ao modificador de Dano da arma de fogo nos
testes Raciocínio + Autocontrole relacionados
à audição devido a esse toque. Tais penalida-
des duram 10 minutos após o disparo de uma
arma.
A proteção auditiva, listada acima, ajuda a
mitigar essa penalidade nos testes baseados
em Percepção.
Mesa de Recarga
Durabilidade 2, Tamanho 5, Estrutura 6, Custo ••
Um personagem pode aprender a recarregar suas pró-
prias balas, cartuchos e até seu próprio pó preto se estiver
atirando com um tambor antiquado. Aparentemente, pare-
ce haver poucas razões para fazê-lo. As balas são mais baratas
quando compradas em lojas de armas locais (ou no onipresen-
te Wal-Mart), e leva menos tempo para subir em um balcão do
que carregar cada bala manualmente.
No entanto, alguns personagens podem ter boas razões
para carregar suas próprias balas. Por um lado, pode ser um
hobby. As pessoas não precisam caçar ou pescar, mas o fazem
de qualquer maneira. Além disso, algumas pessoas sentem
que podem obter melhor precisão e velocidade das balas pres-
sionadas em casa; sendo este o Mundo das Trevas, no entanto,
os personagens podem ter outros motivos. Personagens com
espírito de conspiração (ou aqueles que têm antecedentes cri-
minais muito reais) não querem ser pegos comprando balas
do Wal-Mart ou de qualquer outro lugar, apenas no caso de

assessorios para armas de fogo 165

 a polícia (ou os “monstros”) descobrirem. Além disso, os per-
sonagens podem estar interessados em fazer os tipos de balas
que não estão à venda em lojas de armas (Para mais informa-
ções sobre “Munição Caseira”, consulte a página 90).
Carregar balas em casa requer vários itens, todos geral-
mente encontrados em uma única bancada: pólvora, carti-
lhas, balanças de precisão, cartuchos vazios, polidor de latão
e uma prensa de balas. Os cartuchos de espingarda também
requerem medidor, ferramentas de crimpagem, cartuchos de
plástico vazios e maços.

Recarregar Balas
Parada de Dados: Destreza + Ofícios + Equipamento
Ação: Estendida (6 a 12 sucessos; cada teste equivale a 30
minutos de trabalho)
Recarregar cartuchos de balas é uma ação estendida,
exigindo vários sucessos com base na complexidade das balas
desejadas. Balas normais ou cartuchos de espingarda, como
as adquiridas em uma loja de armas ou em um varejista como
o Wal-Mart, exigem apenas seis sucessos. Mais complicadas,
as balas “especiais” (qualquer uma das munições exclusivas
listadas nas págs. 82-89) requerem 12 sucessos.
Como regra geral, suponha que a conclusão da tarefa re-
sulte em uma caixa de munição pronta, aproximadamente 30
cartuchos. Com munição normal, um sucesso normalmente
faz cerca de cinco tiros. Com cartuchoss personalizados, um
sucesso faz dois.
Recarregar é um procedimento bastante complicado
para exigir o equipamento que vem com uma bancada de re-
carga. Sem isso, um personagem ainda pode tentar, mas age
com uma penalidade de –5 dados para fazê-lo.

Resultados do Teste
Fracasso Dramático: O fracasso dramático resulta em
um punhado (cinco a 10) de balas aparentemente viáveis. O
uso dessas balas em uma arma, no entanto, faz com que elas
disparem inadequadamente e danifiquem a arma e, potencial-
mente, o atirador.
Fracasso: A critério do Narrador, sucessos que ficam
aquém dos seis ou 12 exigidos ainda podem conceder ao per-
sonagem um punhado de balas. Nenhum sucesso significa
que não são feitas balas.
Sucesso: O personagem recarrega uma caixa de munição:
30 cartuchos de munição normal ou 24 cartuchos de munição
única.
Sucesso Excepcional: O personagem realiza o recarrega-
mento com uma velocidade surpreendente, diminuindo dras-
ticamente seu tempo.
Equipamento Sugerido: Mesa de Recarga, veja acima
(+2), Cartuchos e balas de alta qualidade (+1), Espaço de tra-
balho silencioso (+1)
Penalidades Possíveis: Sem mesa de recarga (–5), sem
pontuação em Armas de Fogo (–1), distrações (–1) a maioria das armas não seja vista de forma inadequada e que
suas estatísticas básicas reflitam isso.
Ferramentas de Mira e
A “mira” de uma arma é um procedimento demorado
requer vários itens diferentes. A precisão do cano pode ser
Durabilidade 1, Tamanho 2, Estrutura 3, Custo ••
Um personagem não tem garantia de que sua arma é pre- medida com o equipamento de perfuração. Miras e escopos
cisa. Qualquer número de variantes pode estragar a precisão podem ser ajustados com ferramentas normais. O atirador
de uma arma de fogo. As miras podem estar mal ajustadas, a também deve disparar sua arma em um alvo várias vezes para
mira pode não ser montada com precisão ou o cano da pistola ver quão apertados são os grupos de balas.
pode estar um milímetro escasso. Uma arma sofre solavancos Qualquer um pode tentar ver sua arma com um teste
e cutucadas ao longo do tempo, e uma série de pequenas coli- estendido de Raciocínio + Armas de Fogo. São necessários
sões pode resultar em imprecisão geral. De fato, suponha que dez sucessos totais, e cada teste leva 10 minutos e consome 10

166 capitulo cinco - equipamentos e acessorios

cartuchos de munição. O uso das ferramentas de mira apropria-artifício”, a maioria das miras de fibra óptica substitui as miras
das adiciona +2 a este teste. existentes de uma arma de fogo, tanto na frente quanto atrás.
A mira bem sucedida em uma arma de fogo com as ferra- Essas miras iluminadas nada mais são do que luzes coloridas
mentas adequadas fornece um bônus de +1 a todos os ataques decom miçangas (duas na parte de trás e uma na frente) que
médio e longo alcance. Esse efeito dura um número de usos igual
permitem ao atirador alinhar um tiro mais preciso. A maioria
ao dobro da taxa de Dano da arma (Um “uso” é considerado das miras costuma brilhar em vermelho durante o dia e verde
uma única bala disparada da arma). ou amarelo à noite. Sob quaisquer condições, tais pontos de
vista concedem ao usuário +1 adicional a todas as jogadas de
Miras, Fibra Ótica tiro nas quais o atirador faz uma curva para mirar, embora as
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo • penalidades normais de outras condições ainda se apliquem.
Às vezes chamadas de “luzes incandescentes” ou “fogos de Os personagens podem comprar essas miras para qual-

miras fibra otica 167

 quer tipo de arma de fogo (pistola, espingarda, escopetas, ar- normal, e os benefícios normais da mira não se aplicam. A
mas de assalto). Essas miras também estão disponíveis para longo alcance, a visão noturna reduz o modificador para uma
arcos e oferecem os mesmos benefícios. penalidade de –3. A médio alcance, a visão noturna não ofe-
rece outro bônus além de permitir que o atirador ignore as
Mira Laser penalidades normais de Combate às Cegas. No entanto, com
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •• uma visão noturna em sua arma, um personagem também
As miras a laser melhoram a precisão a curto e médio pode ignorar as complicações do Combate às Cegas a curto
alcance, mas são ineficazes a longo alcance, pois o laser se dis- alcance. Tiros de curto alcance com uma visão noturna são re-
sipa e se torna inútil. A curta distância, um atirador pode adi- alizados com -1 de penalidade (Essas regras se aplicam a tiros
cionar +1 à sua jogada de ataque. No alcance médio, ela pode disparados durante períodos de escuridão). Observe que, se
reduzir pela metade o modificador –2 padrão, tornando-o -1. as lentes da luneta forem expostas a luz severa, como luz solar
A longo alcance, a penalidade normal de –4 ainda se aplica. ou halogênio, o dispositivo será desligado para evitar danos à
As miras a laser não funcionam com disparo automático de sua óptica sensível, permanecendo inútil até um turno após
rajada média ou rajada longa. No entanto, as miras a laser ain- o fim da exposição à luz brilhante. Os personagens podem
da oferecem benefícios ao usar uma rajada curta, pois ainda comprar versões diurnas/noturnas dessas miras telescópicas
permitem a aquisição inicial mais fácil do alvo. que funcionam normalmente tanto na luz do sol quanto na
O ponto vermelho de uma mira a laser é visível, no en- escuridão, mas esse equipamento tem um preço maior (Custo
tanto. O alvo de um ataque surpresa usando uma arma mira ••••).
a laser ganha um bônus de +1 em seu teste de Raciocínio + Personagens com a Vantagem Sexto Sentido que ob-
Autocontrole para evitar surpresa (consulte a pág. 151, o Livro tiverem sucesso em um teste de Raciocínio + Autocontrole
de Regras do Mundo das Trevas). Se as condições estiverem podem ser capazes de capturar um vislumbre de um ou dois
nubladas ou empoeiradas, o laser ficará ainda mais fácil de segundos de fantasmas ou espíritos através de uma visão no-
ver, porque os detritos transportados pelo ar iluminam todo turna. Tais entidades não aparecem claramente, mas podem
o feixe de luz (que normalmente está oculto). Em tais circuns- aparecer como bolhas do tamanho humano que aparente-
tâncias, o bônus para evitar surpresa aumenta para +2. mente não têm forma corporal quando o personagem desvia
Uma variação (Custo •••) utiliza um feixe de laser o olhar do escopo.
infravermelho. Normalmente, o ponto infravermelho pode
ser visto apenas usando visores ou óculos de visão noturna. Miras, Telescópicas (Térmicas)
Personagens usando miras a laser infravermelho e uma visão Durabilidade 2, Tamanho 2, Estrutura 4, Custo •••••
noturna se beneficiam de ambos. Utilizado extensivamente pelas Forças Especiais e SWAT,
uma mirat térmica capta o calor corporal de um alvo e ilus-
Miras, Telescópicas tra o alvo mais claramente. Todo o resto é azul, mas o alvo é
Durabilidade 1, Tamanho 2, Estrutura 3, Custo • mostrado em branco brilhante. Essas miras de visão térmica
A mira telescópica é um grampo de tiro de rifle ou es- funcionam igualmente bem na luz do dia e na escuridão. A vi-
pingarda a médio ou longo alcance. Uma mira telescópica fica são noturna requer a presença de alguma luz ambiente (da lua
montada na parte superior da arma e permite ao atirador cap- ou de uma luz distante da rua), mas uma luneta térmica pede
turar um alvo com uma visão ampliada. apenas que o sujeito tenha uma assinatura de calor acima da
As penalidades de alcance a médio alcance com um rifle temperatura ambiente.
ou espingarda são ignoradas ao usar uma mira telescópica. As A longo alcance, uma mira térmica minimiza a penali-
penalidades de alcance para longo alcance são reduzidas pela dade de –4 para um modificador –1. Em alcances médios e
metade. Uma mira telescópica não oferece bônus ao fotogra- curtos, um personagem que usa uma mira de visão térmica
far a curta distância, mas também não prejudica o tiro. em uma arma não sofre penalidades de alcance. No escuro, as
Miras telescópicas podem ser usadas em uma pistola mesmas penalidades se aplicam, mas as regras de “Combate
(revólver ou pistola), mas disparar a arma a curto ou médio às Cegas” não.
alcance com uma mira não oferece ajuda. Ao atacar a lon- Uma consideração importante, no entanto, é que uma
ga distância, no entanto, a penalidade é novamente reduzida mira térmica oferece benefícios apenas ao disparar em alvos
pela metade (–4 se torna –2) como acima. quentes (ou seja, vivos). Animais, humanos e outras criatu-
ras de sangue quente aparecem perfeitamente na visão tér-
Miras, Telescópica (Visão Noturna) mica. Os vampiros aparecem apenas minimamente. Alvejar
Durabilidade 1, Tamanho 2, Estrutura 3, Custo ••• um vampiro com visão de calor não oferece ao atirador mais
Uma mira telescópica de visão noturna é o mesmo que benefício do que uma mira normal (veja acima em “Miras Te-
uma mira telescópica normal, exceto que uma mira telescópica lescópicas”), pois o vampiro não está suficientemente quente
de visão noturna permite que um personagem atire com mais para se destacar um pouco.
precisão à noite. A visão noturna geralmente é infravermelha As miras térmicas geralmente não oferecem bônus em
- olhar através da luneta mostra tudo como tons variados de ver fantasmas ou espíritos. No entanto, se um espírito pu-
verde. Uma mira telescópica de visão noturna facilita muito a der afetar a temperatura (escrever um Ghost Sign na porta do
filmagem à noite, mas ainda é difícil encontrar e manter um chuveiro com vapor, usando Ruptura Magnética, aumentar
alvo. Olhar através desse círculo fornece apenas uma pequena ou diminuir a temperatura na sala), o espírito poderá aparecer
fração verde do mundo. Tentar avaliar um alvo, em movimen- na mira no segundo em que o espírito invoca sua Nume.
to ou imóvel, em um quadro tão limitado requer paciência.
O uso de uma mira telescópica de visão noturna permite Carregador de Velocidade
que o usuário ignore as penalidades de combate às cegas, mas Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •
ainda é mais complicado do que usar uma mira telescópica A maioria das pistolas e alguns rifles podem ser facil-

168 capitulo cinco - equipamentos e acessorios

mente recarregados em campo mantendo recargas extras, mas eficaz, e os espectadores têm apenas uma penalidade de –2
revólveres e revólveres internos ou armas alimentadas por ação no teste.
(como espingardas com carregador automático e alguns fuzis)
exigem que as balas sejam colocadas na arma uma por uma (veja
p. 55).
Um carregador de velocidade, no entanto, muda tudo isso.
Existem carregadores de velocidade para várias armas e permi-
tem que um personagem jogue munição rapidamente de volta
na arma sem abrir mão de sua Defesa. Os carregadores de velo-
cidade do revólver são de seis a oito balas (dependendo da capa-
cidade da arma) carregados em um carrossel. Um personagem
abre o cilindro e bate as balas de uma só vez. Os personagens
podem carregar rapidamente outras armas internas alimentadas
por recargas, como algumas espingardas e fuzis, lançando muni-
ção quatro de cada vez.
Suporte, Dobrável
Durabilidade 2, Tamanho n/a, Estrutura 3, Custo ••
Um material dobrável ou telescópico é uma modificação na
extremidade de uma arma de fogo e permite ao usuário tornar a
arma mais compacta. Isso permite que algumas armas se tornem
ocultas. Um estoque dobrável reduz o Tamanho da arma em um,
embora o Tamanho da arma não possa ser reduzido abaixo de 2
(Ou, no que diz respeito às regras de “Tamanho Alternativo”, as
armas de Tamanho 3 e 2/N se tornam 2/L).
A instalação de uma arma com material desmontável re-
quer seis sucessos em um teste estendido de Destreza + Ofícios.
Cada teste leva 15 minutos. Sem um Kit de Armeiro (veja acima),
o personagem sofre uma penalidade de -1 no teste de Ofícios.
Para mais informações sobre “Suportes Desmontáveis”,
consulte a p. 73
Supressor
Durabilidade 3, Tamanho 1, Estrutura 4, Custo •••
Assassinos discretos que desejam um silêncio total ao usar
um supressor podem se surpreender com a quantidade de baru-
lho ainda presente ao disparar. Um supressor funciona dissipan-
do parte da pressão acumulada resultante da descarga de uma
bala em um cano fino. O supressor permite que parte do gás
escape antes que a bala saia do cano, amortecendo o ruído.
Infelizmente, a maioria das balas ainda viaja 1.100 pés por
segundo ou mais e ainda rompe a barreira do som com um som
sonoro. Enquanto um supressor abafa o som da bala saindo do
cano, um supressor não pode silenciar explosões sônicas. O tru-
que é usar munição subsônica. Balas de menor calibre ou balas
feitas especialmente podem ser subsônicas: elas viajam um pouco
abaixo da velocidade do som e, embora tenham menos energia,
também produzem quase zero ruído (Embora a bala ainda faça
um som fraco no impacto).
Todas as armas fazem barulho, não importa que tipo de su-
pressor ou munição esteja sendo usado. No entanto, os especta-
dores próximos (em um raio de 50 metros) têm –4 de penalidade
no teste de Raciocínio + Autocontrole ao tentar perceber o som
de uma bala subsônica suprimida. No entanto, os espectadores
têm mais facilidade em ouvir uma bala supersônica suprimida.
Testemunhas em um raio de 100 metros podem ouvir o tiro, so-
frendo apenas –2 de penalidade no teste de Percepção. Observe
que os supressores também diminuem o flash do cano. Persona-
gens que tentam identificar de onde veio uma bala o fazem com
uma penalidade de –3 se o atirador usar um supressor.
Ao contrário da crença popular, podem ser feitos supresso-
res para todas as armas de fogo, incluindo espingardas e revólve-
res. No entanto, os revólveres são difíceis de silenciar de maneira
Fazendo um Supressor
Os personagens podem montar um supres-
sor para qualquer arma de fogo. Assassinos
inteligentes podem produzir supressores de
latas, canos de PVC ou tubos de borracha.
Para isso, é necessário um teste estendido
de Destreza + Ofícios. Dez sucessos devem
ser acumulados e cada teste é igual a 15
minutos.
O uso de um supressor com um fracasso
em uma arma reduz o potencial de Dano
da arma em 1. Se o personagem sofre um
fracasso dramático no teste de construção, o
supressor parece bem, mas a bala não pode
sair do cano da arma e destrói a arma.
Equipamento de Vigilância
O equipamento de vigilância, também chamado de
“equipamento de espionagem”, porque quase sempre envolve
espionagem ou coleta de informações sobre um alvo, já foi um
domínio exclusivo da comunidade de inteligência. Agentes do
FBI usavam equipamento de espionagem; Mary Jane, a dona
de casa, não. Os equipamentos que podiam ser comprados no
setor doméstico eram itens de novidade, a par dos óculos de
raio-x encontrados à venda na parte de trás dos velhos qua-
drinhos.
O novo milênio, no entanto, trouxe um aumento repen-
tino de equipamentos de vigilância no mercado público. A
vida moderna envolve medos modernos - ataques terroristas,
altos índices de criminalidade, abuso doméstico - e abriu as
portas para a venda de equipamentos espiões. Agora, Mary
Jane, a dona de casa, pode espiar as atividades extracurricu-
lares de seu marido com uma câmera escondida e etiquetar
eletronicamente seus filhos para garantir que não sejam ar-
rebatados por predadores urbanos. Os equipamentos de vigi-
lância agora podem fazer parte de qualquer casa ou escritório,
escola ou esquina. Abaixo estão alguns dos itens relacionados
à espionagem disponíveis para os personagens.
James Bond, Viciado em Internet
Equipamentos de espionagem parecem
coisas que os personagens não podem
comprar, exceto que podem. O primeiro
lugar para comprar itens de espionagem
ou vigilância é nas “lojas de espionagem”
locais. A maioria das cidades os possui,
embora a maior parte do que eles vendam
consista em coisas baratas ou presentes de
mordaça. Os personagens podem comprar
uma Bíblia oca para esconder objetos de
valor, ou podem comprar itens de brinca-
deira, como campainhas de mão. Suponha
equipamento de vigilancia 169
 que, de todos os itens listados abaixo, os
caracteres possam encontrar apenas um ou
dois dos dispositivos listados, geralmente
aqueles com Custo •• ou menos.
A Internet é a outra saída disponível para os
personagens ao comprar os itens encontra-
dos abaixo. Vários sites de espionagem e
vigilância os vendem para o setor público.
Sem papelada, sem frescuras e sem registro
permanente. Sites de leilão como o eBay
também vendem algumas dessas coisas,
mas, na maioria das vezes, a mercadoria é
igual ao nível de lixo vendido em uma loja
de espionagem local.
Binóculos
Durabilidade 2, Tamanho 1, Estrutura 3, Custo •
O valor de um bom par de binóculos não pode ser su-
perestimado. Pode ser necessário ver algo além do que o olho
humano permite. Deseja ver o que há em um monitor de
computador
no prédio do outro lado do caminho? Seu personagem
precisa ficar de olho no esqueleto abandonado que acabou de
entrar em seu território? Qualquer coisa além de 90 metros
terá penalidades em qualquer teste de Percepção baseado em
Investigação ou Autocontrole quando feito a olho nu. Um par
de binóculos, no entanto, erradica a maioria dessas penalida-
des relacionadas à distância.
Um bom par de binóculos pode ver até 900 metros, em-
bora depois de 450 metros, o personagem comece a perder
detalhes. A cada 90 metros e menos de 500 metros, confere
um modificador -1 a qualquer teste baseado em Percepção,
usando os binóculos até um máximo de –5 dados.
Também existem binóculos de visão noturna. A visão no-
turna permite uma visão de longo alcance no escuro, mas um
personagem começa a aplicar as penalidades a 180 metros (-1
para cada 90 metros depois). Tais dispositivos de mira custam
•••.
Pontos (Dispositivos de Escuta Secreta)
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo ••
Pontos são pequenos dispositivos de áudio que trans-
mitem sons, como conversas, para o usuário que está longe.
Os personagens que plantam pontos podem escondê-los em
uma sala ou no corpo de uma pessoa, na tentativa de ouvir
informações privilegiadas. A polícia usa pontos nas operações
de picada, geralmente conectando agentes para obter provas
de más ações. Os criminosos usam pontos nas operações de
picada, procurando capturar traidores que roubam dinheiro
ou dão dicas para o outro lado. Os dispositivos de escuta se-
creta não são mais relegados ao setor policial. Qualquer um
pode comprá-los em vários sites, lojas de penhores ou lojas de
espionagem.
A maioria dos pontos é facilmente ocultável. Os perso-
nagens podem prendê-los ou escondê-los no teto, ou colá-los
em uma planta de casa ou até debaixo de uma mesa com cola
ou fita adesiva. Alguns pontos são pequenos o suficiente para
caber no final de uma caneta ou de um botão, mas a maio-
ria deles possui fios que ainda devem estar ocultos no corpo,
frequentemente presos à pele (“usar um fio”, na linguagem
comum).
170 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
Os pontos transmitem o áudio para uma parte através de
uma frequência de rádio. A maioria dos dispositivos de escuta
exige que o ouvinte esteja a 400 metros. Um dos problemas
com os pontos é que, se eles estão transmitindo através de
uma frequência de rádio, alguém pode ouvir o que você está
ouvindo. Se o outro personagem encontrar a frequência ade-
quada com um teste de Raciocínio + Informática ou Raciocí-
nio + Ofícios, ele estará a par da transmissão.
Plantar um ponto requer um teste de Raciocínio + Fur-
to. Qualquer pessoa que tentar encontrar o dispositivo no
futuro deve ter êxito em um teste disputado de Raciocínio
+ Investigação (ou Raciocínio + Autocontroke). Se os suces-
sos nesse teste excederem os alcançados no teste de Furto do
usuário, o investigador encontrará o ponto. Se o sucesso for
menor, o ponto permanecerá oculto.
Suponha que as estatísticas acima reflitam um ponto de
uma a duas polegadas de diâmetro. Pontos menores estão dis-
poníveis para os personagens; esses pontos podem caber nas
pontas de uma caneta ou parecerem um botão na camisa de
alguém. Esses dispositivos são pequenos o suficiente para con-
ferir uma penalidade de -1 a todos os testes de Raciocínio +
Investigação feitos para encontrar o dispositivo. Dispositivos
menores, no entanto, têm um preço mais alto (Custo •••).
Alguns pontos também são maiores, tendo as dimensões
aproximadas de um maço de cigarros. Dispositivos de escuta
maiores tendem a ser mais antigos. Seu custo permanece o
mesmo, mas eles têm +1 no Tamanho e, como resultado, +1
na Estrutura. Ocultar um dispositivo tão volumoso, que tam-
bém pode ter fios que precisam ser ocultados, é mais difícil. O
teste Raciocínio + Furto para ocultar o dispositivo é realizado
com uma penalidade de -1.
Varredores de Ponto
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •••
Personagens paranóicos ou pragmáticos podem acreditar
que foram enganados. Talvez alguém esteja ouvindo no escri-
tório. Talvez uma câmera de vídeo grave o que o personagem
está fazendo em seu quarto. Talvez seus amigos, sua esposa e
até seus filhos possam ouvir o que ele diz a outras pessoas por
causa de um ponto colocado nos sapatos ou no bolso. É ver-
dade? Provavelmente não. Mas, como diz o ditado, só porque
você é paranóico não significa que eles não querem pegá-lo.
Varredores de pontos ajudam essas pessoas a varrer uma
área em busca de dispositivos de gravação, seja vídeo ou áu-
dio. Esse dispositivo geralmente se parece com um pequeno
walkie-talkie preto. Um personagem varre o dispositivo por
várias partes da sala. Se o varredor de pontos captar algo que
emite frequências de rádio ou radiação eletromagnética ím-
par, ele será mostrado através de uma série de luzes. Ao procu-
rar pontos, os personagens podem adicionar um modificador
de +2 ao teste de Raciocínio + Investigação disputado se esti-
ver usando um varredor de pontos.
Câmera Disfarçada
Durabilidade 1, Tamanho 2, Estrutura 3, Custo ••
As câmeras ocultas tornaram-se facilmente acessíveis ao
público, substituindo frequentemente a vigilância por vídeo
em circuito fechado. Elas são baratas e populares. Os pais as
usam para espionar babás, chefes assistem funcionários em
escritórios ou salas de descanso, namoradas bisbilhotam na-
morados (e vice-versa). Os monstros deste mundo também
acham as câmeras ocultas infinitamente úteis: os predadores
observam os hábitos das presas favoritas enquanto examinam
os limites de seu território, e alguns feiticeiros sujam seus santu-
ários e bibliotecas com essas câmeras, monitorando cada canto e
prateleira obsessivamente.
Câmeras estacionárias como essas são fornecidas de inúme-
ras formas: rádios-relógio, detectores de fumaça, purificadores de
ar. Todos os dispositivos são funcionais, além de serem câmeras.
Os rádios-relógios ainda têm alarmes e indicam as horas, e as
lâmpadas da mesa ainda iluminam a papelada. Esses itens devem
ser de Tamanho 2 ou superior. Câmeras menores, como aquelas
que podem parecer uma caneta, relógio de pulso ou óculos, são
mais caras (Custo •••) e têm Tamanho 1 e Estrutura 2.
As câmeras ocultas geralmente não transmitem uma ima-
gem para um monitor enquanto a ação acontece, mas exigem que
o vídeo capturado seja visualizado mais tarde depois de conectá-
-lo às entradas de áudio/vídeo de uma TV. O vídeo resultante
é de baixa resolução com cores desbotadas e dura apenas cerca
de duas horas. Câmeras melhores estão disponíveis, mas vêm
com um preço maior. Suponha que quaisquer sinos e assobios
(melhor vídeo, monitoramento e reprodução sem fio, tempo de
gravação mais longo, submersível até 30 metros) adicionem +1
ao Custo, até um máximo de Custo ••••. Por um preço se-
melhante, os personagens também podem comprar câmeras que
transmitem uma imagem sem fio para um monitor. Este monitor
deve estar dentro de 4 quilômetros.
Os personagens que caçam ativamente para encontrar essas
câmeras disfarçadas podem fazer um teste de Raciocínio + Inves-
tigação, com uma penalidade igual ao Custo da câmera (Quanto
mais alto o Custo, mais autêntico o dispositivo aparece). Esses
itens foram projetados para serem difíceis de encontrar, e um
transeunte casual não terá permissão para que um teste de Racio-
cínio + Autocontrole o encontre acidentalmente.
Aparelho de Rastreamento
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •••
Os dispositivos de rastreamento são muito mais prevalentes
do que as pessoas pensam. Alguns carros vêm equipados com ras-
treamento LoJack ou OnStar, caso os carros sejam roubados. Os
criminosos que saem da cadeia ou potencialmente presos quase
sempre usam etiquetas eletrônicas, geralmente amarradas nos
tornozelos, para que os policiais possam rastrear seus movimen-
tos de longe. As pessoas podem comprar dispositivos de rastrea-
mento para seus filhos, animais de estimação, computadores ou
quaisquer outros bens que desejam monitorar.
Muitos dispositivos de rastreamento no nível do consumi-
dor (rastreadores de carros, rastreadores de crianças ou animais
de estimação) podem ser adquiridos e rastreados por terceiros.
Alguns dispositivos permitem rastrear o item ou indivíduo por
meio de um site, mas a maioria informa a localização a partir de
uma ligação telefônica. Outros dispositivos podem rastrear atra-
vés de um dispositivo GPS. Em teoria, apenas oficiais da polícia
ou do governo podem monitorar as etiquetas do setor privado
de aplicação da lei, mas alguém com conhecimento suficiente
pode reconfigurar esse dispositivo de rastreamento e rastrear ele
mesmo. Fazer isso exige 15 sucessos em um teste estendido de
Inteligência + Ofícios, e cada teste leva meia hora.
As etiquetas eletrônicas usadas na comunidade de inteligên-
cia (CIA, FBI, Mossad etc.) não estão disponíveis para o setor
público, mas indivíduos particularmente ricos ou astutos podem
conseguir colocar esses dispositivos em suas mãos.
Fisicamente, um dispositivo de rastreamento é um peque-
no microchip. A etiqueta eletrônica que rastreia um animal de
estimação, por exemplo, é um microchip implantado no ouvido
do animal. Alguns dispositivos de rastreamento não-padrão são
encerrados em casos difíceis de quebrar, como os colares de
plástico reforçado em torno do tornozelo ou pescoço de um
prisioneiro. Os dispositivos reforçados têm uma Durabilidade
2 e uma Estrutura de 3, mas, como esses dispositivos são me-
nos ocultáveis, eles não têm um Custo mais alto.
Ocultar um dispositivo de rastreamento padrão requer
um teste de Raciocínio + Furto. O pequeno Tamanho do
dispositivo concede um bônus de +2. A implantação de uma
etiqueta de microchip em uma criatura viva ou morta requer
um teste de Inteligência + Medicina. Tornar o chip parte de
um dispositivo existente (carro, telefone celular, laptop) re-
quer um teste de Raciocínio + Ofícios. A descoberta de uma
etiqueta eletrônica oculta ou implantada exige um teste de
Raciocínio + Investigação, cujos sucessos devem exceder os
obtidos no teste para ocultar o dispositivo em primeiro lugar.
Registrador de Pressionamento de Tecla
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •
Esta peça de hardware requer acesso físico ao computa-
dor de um alvo. Um registrador de teclas não é maior que o
polegar de uma pessoa; Para usar o logger, um persoangem o
insere entre o plugue do teclado (USB ou PS/2) e a porta do
computador. Qualquer coisa digitada no teclado é capturada
neste dispositivo, que pode ser recuperado pelo usuário poste-
riormente, conectando-o ao PC do personagem. Obviamente,
ele deve encontrar uma maneira de aplicar e remover furti-
vamente o dispositivo, mas, uma vez feito, ele pode ver uma
transcrição em arquivo de texto de tudo o que o alvo digitou
- senhas do BIOS, logins do sistema, e-mails, cartas. Empregar
e recuperar o dispositivo pequeno requer testes separados de
Raciocínio + Informática.
Olho Mágico Reverso
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •
Com esse gadget, um personagem pode usar um olho
mágico para espiar de fora para dentro. O dispositivo se pa-
rece com uma lupa de joalheiro (a pequena lupa usada para
avaliar uma gema). O olho mágico reverso se encaixa no olho
mágico do lado de fora da porta. Um personagem pode então
olhar para dentro do prédio. A visão é limitada, é claro, pois
nenhum olho mágico permite uma avaliação totalmente pre-
cisa através de uma abertura tão mínima. Os personagens que
procuram algo específico através do olho mágico podem fazer
um teste de Raciocínio + Investigação com uma penalidade
de –4, assumindo que o objeto seja visível do ponto de vista
do usuário. Embora esse dispositivo pareça incomum, muitos
agentes imobiliários os carregam à mão, assim como vários
policiais e criminosos.
Spyware
Durabilidade n/a, Tamanho n/a, Estrutura n/a, Custo ••
O spyware geralmente é algo baixado inadvertidamente
ao usar um computador conectado à Internet. Essa instalação
acidental pode ocorrer devido ao rastreamento de cookies em
softwares que “bombardeiam” seu sistema com anúncios en-
quanto assistem a cada movimento seu.
Alguns spywares, no entanto, podem ser instalados por
terceiros em um esforço para monitorar o uso do computador
de alguém. O spyware não apenas grava as teclas digitadas,
mas também captura todos os movimentos visuais do usuário.
O “espião” pode ver todos os sites visitados pelo alvo, todos
os documentos digitados e todas as sessões de bate-papo. O
usuário deve instalar o software no PC de um sujeito. Uma
equipamento de vigilancia 171
 vez instalado, o spyware coleta todas as informações e até as
transmite automaticamente ao hacker, desde que o sistema
infectado esteja conectado à Internet.
A instalação do spyware pode significar que um persona-
gem precisa de acesso físico ao computador de destino, mas
hackers experientes podem forçar o envio de software por
uma conexão de rede (com ou sem fio) ou até mesmo por
um anexo de Trojan por email. Suponha que essa instalação
exija uma tentativa de invasão contestada (consulte a página
57, o Livro de Regras do Mundo das Trevas), exigindo sete
sucessos. O spyware adiciona +2 de bônus no equipamento a
este teste.
Farejador Wi-Fi
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •
Um farejador é geralmente um dispositivo do tamanho
de um chaveiro que busca redes sem fio (ou seja, “Wi-Fi” ou
“Fidelidade sem fio”). Este dispositivo não requer um com-
putador para usar; o farejador simplesmente detecta redes
sem fio em um raio de 100 metros e identifica sua presença
e a força da frequência com algumas luzes verdes. Laptops e
dispositivos portáteis sem fio comprados nos últimos quatro
anos geralmente podem executar essa função, mas são muito
mais visíveis. Um personagem pode monitorar o chaveiro sem
chamar a atenção. Depois de encontrar uma rede sem fio, um
personagem pode retornar com um laptop, dispositivo portá-
til ou telefone compatível com Wi-Fi e usar a rede sem exigir
contato físico com o sistema. Se isso significa que ele está pro-
curando acesso gratuito à Internet a partir de um roteador
sem fio de algum tolo ou se está tentando invadir os registros
financeiros de uma grande corporação, ele ainda exige o teste
de Hacking disputado apropriado (consulte a página 57, o Li-
vro de Regras do Mundo das Trevas).
Warchalking, Wardriving
Nos “velhos tempos” dos hackers, a divisão
era o processo pelo qual o hacker encon-
trava uma linha de modem através da qual
ele simplesmente configurava um dispositivo
para discar inúmeros números de telefone.
Se o dispositivo detectasse uma linha de
modem, ele tentaria invadir. Caso contrá-
rio, o dispositivo desligaria e discaria outro
número.
Esses dias se foram em grande parte e
foram substituídos por desviar-se e fazer
guerra. Wardriving é simplesmente a prática
de percorrer toda e qualquer rede sem fio
(veja acima) e marcá-la em notas ou em um
site público. Os Warchalkers, por outro lado,
recorrem a uma metodologia mais tribal de
marcação de WAPs (pontos de acesso sem
fio). Um warchalker marca fisicamente a
área com símbolos que identificam a natu-
reza da rede. Esses símbolos, com base nas
antigas marcações “hobo”, podem dizer se
uma rede está aberta ou fechada, sua lar-
gura de banda ou de que maneira está pro-
tegida. Na verdade, o hacker marca o local
com giz ou tinta (embora alguns arranhem
o símbolo em paredes, caixas de correio ou
172 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
calçadas) para outros caçadores de guerra
encontrarem. A maioria das pessoas ignora
os símbolos, supondo que sejam apenas
grafites ou as marcas sem sentido de uma
expansão urbana.
Em uma ou duas cidades, um novo con-
junto de símbolos começou a aparecer.
Essa linguagem de giz é infinitamente mais
complexa, parecendo quase flocos de neve
fractal ou conjuntos bizarros de Mandelbrot.
As marcas parecem coincidir com as redes
sem fio, mas o que as marcas significam?
Mais estranho ainda, por que alguns magos
experimentam dores de cabeça dolorosas
ao se aproximar desses ícones incomuns?
Escuta Telefônica
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo ••
Uma escuta telefônica é uma forma variante de um dis-
positivo de escuta secreta. Um personagem não usa uma es-
cuta telefônica para gravar sons ambientais, mas o oculta em
um telefone ou em uma linha telefônica. Quaisquer conversas
faladas nessa linha são transmitidas ao usuário ou a um ter-
ceiro apropriado. Alguns grampos são instalados no receptor
de um telefone, enquanto outros são colocados ao longo do
fio do telefone ou na tomada na parede. Um número raro de
toques telefônicos pode ser colocado na central, como os loca-
lizados no piso inferior de muitos arranha-céus ou edifícios de
escritórios, geralmente encontrados em armários trancados.
A colocação de um toque no telefone requer um teste de In-
teligência + Furto. Este é um teste disputado contra qualquer
tentativa de encontrar o dispositivo (com um teste de Raciocí-
nio + Investigação apropriado). Esses dispositivos também são
feitos para caber dentro de telefones celulares.
Equipamento de Sobrevivência
Equipamento de sobrevivência ajuda os personagens a
permanecerem vivos em lugares estranhos e em más condi-
ções. Os personagens podem precisar desse equipamento ao
passear no deserto ou quando ficam presos ou perdidos em
meio aos perigos da decadência urbana. Equipamento de so-
brevivência pode ajudar um personagem a sobreviver a tsuna-
mis, terremotos ou inundações, ou manter um personagem
seguro e são durante blecautes, tempestades ou ataques terro-
ristas. Quando um edifício desmorona, quando uma bomba
suja explode no centro da cidade ou quando o suprimento
de água é envenenado com produtos químicos ou toxinas in-
fecciosas, a ameaça pode ser atenuada pelas ferramentas ade-
quadas.
NBQ Suit
Durabilidade 1, Tamanho 5, Estrutura 6, Custo ••
NBQ significa “Nuclear, Biológico, Químico”. Não se
pode fazer muito para diminuir diretamente a varíola, a radia-
ção ou o gás nervoso. A única opção para um personagem é se
proteger em caso de exposição. Um dos principais métodos de
proteção é um traje da NBQ: um traje plástico equipado com
máscara de gás e unidade de filtragem. Essas roupas oferecem
alguma proteção contra o trio de ataques acima mencionado.
A máscara oferece proteção contra inalantes, e o traje sem cos-
tura em si protege o personagem contra as toxinas ou radiação
que danificam pelo toque. Um processo da NBQ protege contra cientes para um personagem durar um único dia (após o qual
toxinas inaladas ou baseadas no toque, oferecendo um bônus de o personagem deve procurar ou procurar comida). Este kit
+5 contra essa toxicidade (consulte “Venenos e toxinas” na pági- oferece +1 a todos os testes baseados em Sobrevivência e todos
na 180 do Livro de Regras do Mundo das Trevas). No caso de os testes de Vigor + Perseverança feitos para resistir a danos
envenenamento por radiação (consulte a p. 123), um processo da causados por exposição.
NBQ anula todas as penalidades associadas aos testes de Vigor +
Perseverança apropriados.
As roupas da NBQ protegem o usuário por apenas tanto
tempo, no entanto. O plástico suporta toxinas por cinco dias. O Pão Nosso de Cada Dia nos Dai
Depois disso, o dado de bônus que o naipe oferece ao Vigor + Hoje
Perseverança de um personagem diminui um por dia até que o
Quanta comida e água equivale ao valor de
modificador seja anulado. Além disso, mesmo um único ponto
um dia? O que vem com um kit de sobre-
de dano letal ao traje (que deve superar sua Durabilidade nor-
vivência provavelmente difere do que um
malmente; veja a página 139, Livro de Regras do Mundo das
personagem normalmente come por dia. O
Trevas) perfurará o traje e negará sua proteção.
valor de um único dia de comida é geral-
Fatos completos de risco biológico têm Durabilidade 2,
mente igual a uma ração de 2.500 calorias.
Custo •••• e proporcionam imunidade completa, em vez de
Esta refeição é uma barra não perecível
um bônus no teste de resistência.
(como uma grande barra de granola) carre-
Iodeto de Potássio gada de vitaminas, carboidratos e calorias,
que vem em sabores diferentes (canela,
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo ••
maçã com pepitas de chocolate, amora e
O iodeto de potássio protege um personagem contra a do-
nozes). Alguns tipos de kits de sobrevivência
ença da radiação. Este medicamento mantém os cânceres de lon-
vêm com RPC, ou Refeições Prontas par a
go prazo afastados e ajuda a evitar os efeitos imediatos da exposi-
Comer, uma ração militar que é essencial-
ção. Tomar duas pílulas por dia confere um bônus de +1 ao teste
mente uma refeição liofilizada de carne e
de Vigor + Perseverança de um personagem ao tentar suportar
legumes.
os efeitos da toxicidade da radiação (ver p. 123). Para que os com-
primidos concedam esse bônus, eles precisam ser tomados pelo O valor de um dia de água embalado com
menos quatro horas antes da exposição à radiação. As estatísticas um kit de sobrevivência é de cerca de 700
acima são para um frasco de 500 comprimidos. gramas fluidas, dividido entre três pacotes
iguais. Os kits que vêm com vários dias de
Kit de Sobrevivência, Básico comida e água simplesmente oferecem mais
Durabilidade 1, Tamanho 2, Estrutura 3, Custo • rações.
Um kit básico de sobrevivência inclui itens como saco de
dormir, cantina, lanterna, vareta luminosa e comida e água sufi-

equipamento de sobrevivencia 173


Kit de Sobrevivência, Avançado
Durabilidade 2, Tamanho 2, Estrutura 4, Custo ••
Um kit de sobrevivência avançado inclui os itens encon-
trados no kit básico, além de vários outros. Esses itens podem
ser uma bússola, corda, uma barraca de uma a duas pessoas,
cobertor solar, almofadas térmicas, uma faca multifuncional
ou canivete suíço e possivelmente até um livro sobre sobrevi-
vência, além de comida e água suficientes para um persona-
gem durar dois dias (após os quais um personagem deve pro-
curar ou procurar comida). Este kit oferece um bônus de +2
a todos os testes baseados em Sobrevivência e todos os testes
de Vigor + Perseverança feitos para resistir a danos causados
pela exposição.
Kit de Sobrevivência, Superior
Durabilidade 2, Tamanho 3, Estrutura 5, Custo •••
Um kit de sobrevivência superior geralmente inclui os
itens encontrados nos kits básicos e avançados, além de itens
mais caros, como um dispositivo de localização GPS, unida-
de de filtragem de água, barraca para quatro pessoas durante
toda a estação, kit de primeiros socorros, kit de costura, ca-
bos elásticos , vara de pescar portátil, facão do acampamento
ou poncho de emergência, além de comida e água suficientes
para um personagem sobreviver por uma semana inteira. Este
kit oferece um bônus de +3 a todos os testes baseados em
Sobrevivência e todos os testes de Vigor + Perseverança feitos
para resistir a danos causados por exposição.
Kit de Sobrevivência, Urbano
Durabilidade 2, Tamanho 2, Estrutura 4, Custo ••
O kit de sobrevivência urbana (às vezes chamado de “Go
Bag”) é um pouco diferente do equipamento médio, porque
este kit foi projetado com a sobrevivência metropolitana em
mente. No caso de uma emergência urbana, este kit ajudará
um personagem a sobreviver em condições extremas da cida-
de, como blecautes, ataques químicos ou desastres naturais.
Esse kit provavelmente apresenta os mesmos itens encontra-
dos no kit básico de sobrevivência, mas o kit urbano também
oferece vários objetos específicos para condições urbanas per-
turbadas, incluindo máscaras protetoras, mapas da cidade,
jogos de tempestade, antibióticos, rádio AM/FM, Lanterna
LED e um cobertor de emergência Mylar, além de comida
e água suficientes para uma única pessoa sobreviver por três
dias. Este kit oferece +3 a todos os testes baseados em Sobre-
vivência e todos os testes de Vigor + Perseverança feitos para
resistir a danos causados por exposição e toxinas transporta-
das pelo ar (inaladas) se usadas na cidade ou nos subúrbios
(+1 no deserto).
Diversos
Abaixo estão alguns itens que não se enquadram nas ou-
tras categorias. Esses itens podem ajudar um personagem em
uma luta ou, em vez disso, podem funcionar fora de situações
de combate.
Camuflagem
Durabilidade variável, Tamanho variável, Estrutura vari-
ável, Custo •
Camuflagem permite que um personagem se misture
com seu ambiente. Para se esconder, um personagem pode
usar roupas camufladas ou pintar sua pele com a tinta adequa-
damente colorida. Para disfarçar sua arma ou outros objetos
174 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
(Tamanho 4 ou menor), ele pode embrulhá-los usando um
rolo de fita adesiva. Ele pode esconder objetos maiores sob
lonas disfarçadas para se misturarem com o ambiente.
Os personagens podem comprar camuflagem ou fazer
eles mesmos. Camuflagem comprada em loja é facilmente
encontrada em lojas de artigos esportivos, de departamento
ou do Exército/Marinha. Essa camuflagem apresenta padrões
mosqueados de verde para áres selvagens, marrom para o de-
serto e cinza para ambientes urbanos e adiciona +1 ao teste
de Raciocínio + Dissimulação de um personagem quando se
move e +2 quando permanece parado. Este teste é disputado
por qualquer teste de Raciocínio + Autocontrole feito por tes-
temunhas em potencial para ver o personagem.
Fazer camuflagem requer um teste de Raciocínio + So-
brevivência e envolve um personagem decorando a si mesmo
ou a um objeto com peças reais do ambiente. Esse teste é mais
fácil em uma floresta densa (+1 no teste), mas difícil em am-
bientes desérticos ou urbanos (–2 no teste). Um personagem
pode se cobrir de folhas, gravetos, terra, areia e até cinzas.
Se o teste for bem-sucedido, ele pode adicionar +2 ao teste
de Raciocínio + Dissimulação disputado ao se mover e +3
quando ficar parado. Um sucesso excepcional na criação da
camuflagem concede um bônus adicional de +1 aos persona-
gens móveis e estáticos.
Outra exceção é digna de nota: a camuflagem tem um
valor excepcional contra a visão noturna. A visão noturna es-
conde tudo em verde, sem distinguir cores. Por esse motivo,
a camuflagem combina perfeitamente com a maioria dos am-
bientes. Qualquer personagem que use a visão noturna para
tentar localizar um indivíduo camuflado é prejudicado por
uma penalidade de -1 no teste baseado na percepção.
Equipamento de Caça Fantasmas
Durabilidade 3, Tamanho 3, Estrutura 6, Custo ••••
Alguns caçadores de fantasmas são espíritas da Nova
Era, preocupados com a ressonância emocional e psíquica dos
que partiram. O arsenal desses caçadores de fantasmas é um
pastiche de objetos pagãos e ocultos: tábuas Ouija, cristais, va-
retas de radiestesia, sinos de vento (para “capturar” a alma ou
a atenção do fantasma). Outros caçadores de fantasmas, no
entanto, inclinam-se para o fim mais científico do espectro.
Esses investigadores paranormais são geralmente amadores,
embora alguns exerçam seu ofício profissionalmente. A maio-
ria dos caçadores de fantasmas profissionais ganha a maior
parte do dinheiro com a atenção de estações de rádio locais
e outros shows promocionais no Halloween, do que através
da detecção de espíritos. Alguns pesquisadores conseguem ga-
nhar a vida com isso, mas esses pesquisadores são raros.
Enquanto a comunidade científica considera duvidosa
a metodologia por trás de tais caçadores de fantasmas, os ca-
çadores de fantasmas sustentam que o que fazem tem mérito
científico genuíno. Portanto, eles têm seu próprio arsenal de
equipamentos. A maioria dos equipamentos de caça a fantas-
mas inclui vários medidores e dispositivos de detecção. Os
scanners térmicos detectam quedas drásticas de temperatura
(“pontos frios” fantasmagóricos). Os detectores EMF procu-
ram revelar interrupções eletromagnéticas. Outro equipamen-
to sensorial ajuda a detectar picos de íons ou movimentos
invisíveis. Caçadores de fantasmas costumam trazer gravado-
res de voz digitais para capturar EVP (“fenômeno eletrônico
da voz”) e câmeras digitais para encontrar “orbes fantasmas”.
Como muitos caçadores de fantasmas optam por trabalhar
no escuro, eles também compram óculos ou lentes de visão
noturna para suas câmeras. .
Quando as peças são compradas juntas, o equipamento de
fantasma é caro. Por esse motivo, alguns grupos de caçadores de
fantasmas compram equipamentos inferiores ou são forçados a
procurar patrocinadores para seguir seu hobby/carreira. A maio-
ria dos caçadores de fantasmas acha que poucos estão dispostos a
apoiar essa pseudo-ciência. Existem alguns grupos que ajudarão
a financiar um grupo de caçadores de fantasmas em desenvolvi-
mento, como o Grupo Eurydice sem rosto.
A grande questão é: essas coisas realmente funcionam? O
equipamento de caça fantasma pode realmente detectar uma
presença fantasmagórica? Geralmente não. Esse equipamento
fornece muitos falsos positivos. A fiação antiga nas paredes tro-
peçará nos detectores de CEM, as partículas de poeira parecem
“esferas fantasmas” quando capturadas na maioria das câmeras e
as frequências de rádio são tão onipresentes que fornecem uma
marca d’água inútil. Os caçadores de fantasmas podem respeitar
alguma ciência, mas esse esforço científico é ruim, na melhor das
hipóteses.
Isso não quer dizer que o equipamento deles falha em cap-
tar atividades sobrenaturais; significa apenas que não é confiável.
Um equipamento eletrônico que atrapalha os fantasmas pode
causar estragos no leitor de EMF de um caçador de fantasmas.
Espíritos inquietos podem imprimir mensagens em formas de
mídia, afetando, assim, gravadores de voz ou vídeo. Os fantasmas
podem criar vários efeitos ilusórios (e contraditórios), e o equipa-
mento de caça aos fantasmas pode muito bem capturar isso, mas,
no final, é prova de alguma coisa? Um sussurro em uma fita de
áudio, uma leitura estranha no detector de movimento ou uma
luz brilhante no vídeo digital nada mais são do que especulações
e ceticismo.
No entanto, o equipamento de caça a fantasmas pode de-
tectar inadvertidamente outros seres sobrenaturais. Os vampiros
capturados na câmera aparecerão como distorções embaçadas. A
menos que sejam bem alimentados, os vampiros têm uma tempe-
ratura corporal mais baixa do que a maioria dos humanos, e um
scanner térmico que pode medir com segurança a temperatura
de um sujeito a até 100 metros de distância revelará essa dispa-
ridade (consulte a p. 168). Alguns espíritos não fantasmagóricos
também podem afetar um ambiente com sua Nume e criar leitu-
ras bizarras no equipamento de um investigador.
Investigando o Invisível
A critério do Narrador, o equipamento de caça
a fantasmas pode ajudar os personagens com
a Vantagem Sexto Sentido a identificar com
mais facilidade as presenças espectrais. Perso-
nagens que possuem essa Vantagem e utilizar
qualquer forma de equipamento de caça
fantasma pode fazer um teste de Raciocínio
+ Investigação. O sucesso nesse teste permi-
te ao personagem confirmar a presença dos
mortos inquietos. Um personagem interpreta
leituras estranhas dos dispositivos, bem como
as reações físicas estranhas que essa presença
manifesta (estremecimentos, arrepios, boca de
algodão). O equipamento não ajuda o per-
sonagem a se comunicar ou ver o espírito; o
equipamento apenas garante sua localização.
Algemas
Durabilidade 3, Tamanho 1, Estrutura 4, Custo •
Algemas policiais, feitas de aço inoxidável e conectadas
por uma corrente pequena, mas robusta, são difíceis de que-
brar, principalmente quando um personagem se encontra em
seu punho de metal.
Quebrar um par de algemas requer um teste estendido
de Força + Vigor (feito com uma penalidade de –4). Cada
jogada leva um turno. Um total de quatro sucessos deve ser
alcançado para quebrar a corrente; cada sucesso diminui a
Estrutura da corrente em um. Fracasso significa que as alge-
mas não sofrem danos. Um fracasso dramático a qualquer
momento significa que o personagem sofre de cãibras muscu-
lares ou pulso machuca, e pode não tentar quebrar as algemas
pelo resto da cena. O personagem leva um ponto de dano
contundente após um fracasso dramático. Observe que mui-
tas criaturas sobrenaturais podem aprimorar seus Atributos
Físicos de várias maneiras que podem ajudá-las a quebrar as
algemas mais facilmente. Quebrar a corrente ainda significa
que a personagem tem algemas desconectadas que adornam
seus pulsos.
Os personagens também podem tentar escapar dos pu-
nhos em uma façanha de escapologia, mas para isso, eles de-
vem ter sucesso em um teste de Destreza + Esportes, realizado
com uma penalidade de –4. Um sucesso permite que o perso-
nagem escape, mas ele leva um ponto de dano em suas mãos.
Um sucesso excepcional permite que ele evite esse dano.
Escolher abrir a fechadura em um par de algemas requer
quatro sucessos em um teste estendido de Abrir Fechaduras
(consulte a página 76, o Livro de Regras do Mundo das Tre-
vas), com cada teste igual a um turno de trabalho.
Um personagem usando algemas nas costas pode estar
sujeito a várias outras penalidades. Quaisquer jogadas que en-
volvam destreza manual (disparar uma arma, escalar, arremes-
sar um objeto, abrir a trava em um par de algemas) são feitas
com uma penalidade de –4. A critério do Narrador, algumas
ações podem até não ser possíveis. As mãos algemadas na
frente infligem apenas uma penalidade de –2. A menos que
um personagem possa ocultar o fato de que ele está algemado
(com um teste de Raciocínio + Dissimulação), provavelmente
invocará uma penalidade Social –3 na discreção do Narrador
por parecer um condenado.
Alguns policiais (ou assassinos em série) preferem amar-
rar seus alvos com presilhas em vez de algemas. As presilhas
são tiras de plástico reforçado que apertam e travam no lugar
e, de certa forma, são mais difíceis de quebrar do que as alge-
mas, porque a estanqueidade permite o movimento zero das
mãos. Mecanicamente, as algemas e as gravatas zip funcionam
da mesma maneira, exceto que as últimas tem Durabilidade
2, Tamanho 1 e Estrutura 3 e, onde as penalidades das alge-
mas são –4 e –2, as penalidades são –5 e –3. Ao contrário das
algemas, as presilhas não têm trava para escolher, mas são vul-
neráveis a um corte rápido da faca ou outro atrito repentino.
Detector de Mentiras (Máquina de Polígrafo)
Durabilidade 2, Tamanho 4, Estrutura 6, Custo ••••
As máquinas de polígrafo são projetadas para medir um
mundo de respostas fisiológicas em um alvo, todas voltadas
para a captura de mentirosos no ato. Uma moderna máquina
de polígrafo mede a pressão sanguínea de um alvo, sua frequ-
ência respiratória e sua atividade eletro-dérmica (verificação
de suor na ponta dos dedos). Muitas máquinas também regis-
diversos 175
 tram uma taxa de “contração”, detectando movimentos ansio-
sos nas pernas, braços, mãos e até olhos. O truque é que um
examinador de polígrafo precisa ser bem versado nas manei-
ras de mentir. A máquina detalha apenas leituras biológicas.
Cabe ao examinador determinar se as informações apontam
para fato ou ficção. Mentir é um teste disputado de Manipu-
lação + Astúcia do mentiroso contra Raciocínio + Astúcia do
examinador. Usar um polígrafo concede ao examinador um
bônus de +5 ao seu teste para detectar mentiras, e também
permite que o examinador troque Raciocínio por Inteligência
no teste, se assim o desejar.
Muitos detectores de mentira modernos são digitais. O
examinador conecta todo o equipamento a um laptop, desk-
top ou dispositivo portátil. Algumas máquinas são arcaicas,
no entanto, ainda imprimem dados em rolos de papel. Os
dispositivos de polígrafo arcaico custam o mesmo, mas geram
apenas um bônus de +3 ao teste do examinador.
Os vampiros não oferecem batimentos cardíacos, pressão
arterial ou suor para uma máquina de polígrafo ler. Um vam-
piro ainda pode oferecer pistas ao mentir (espasmos no corpo,
olhar para cima e para a esquerda, gaguejar), mas uma máqui-
na de polígrafo é apenas tão útil para detalhar essas pequenas portáteis que direcionam o perfume para longe de presas ou
informações. Por esse motivo, as máquinas de polígrafo ofere-
cem apenas um bônus de +1 ao examinador. Obviamente, a
maior preocupação é o que acontece quando o examinador
percebe que seu sujeito está perdendo várias funções biológi-
cas importantes.
Telefone via Satélite
Durabilidade 2, Tamanho 1, Estrutura 3, Custo •••
Um telefone via satélite ignora as principais operadoras Algumas criaturas têm a capacidade de cheirar essas másca-
e recebe seu sinal diretamente dos satélites em órbita. As van- ras odoríferas. Os vampiros que usam uma habilidade como
176 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
tagens disso são que um personagem pode usar esse telefone
em locais extremos (montanhas, florestas distantes, desertos).
Além disso, esses telefones apresentam pouca interferência
que os telefones celulares/digitais normais recebem. A maio-
ria dos telefones via satélite é um pouco maior que o telefone
celular comum e também é reforçado em borracha dura para
aguentar a surra. Os telefones via satélite não usam o serviço
de satélite em ambientes fechados, pois exigem o uso sob um
céu claro. Dentro de casa, eles assumem o padrão de cober-
tura celular.
Os telefones via satélite são usados com freqüência por
funcionários do governo (de agentes do FBI a senadores), bem
como por empreiteiros de alto nível (que podem não conseguir
receber um sinal normal ao trabalhar em cima de um arranha-
-céu ou em alguma outra peça de arquitetura distante).
Eliminador de Perfume
Durabilidade 1, Tamanho 1, Estrutura 2, Custo •
Eliminadores de perfume vêm em várias formas. Os ca-
çadores de caça usam urina ou sangue de animais para masca-
rar o cheiro de sua trilha. Outros usam pequenos ventiladores
predadores. Outra forma é um tipo de odor “neutralizante”,
destinado a ser usado como perfume ou uma barra de sabão.
Esse perfume contrabalança os cheiros normais emitidos pelo
corpo humano, tornando-os menos perceptíveis. Geralmen-
te, um eliminador de odor causa uma penalidade de –2 em
qualquer teste de Raciocínio + Autocontrole usado para ten-
tar detectar o usuário pelo perfume, ou em qualquer teste
de Raciocínio + Sobrevivência usado para rastrear o perfume.
Sentidos Aguçados negam as penalidades associadas a um elimi-
nador de odores, enquanto os lobisomens cancelam as penali-
dades com os bônus dos testes de Percepção fornecidos por suas
diversas formas.
Os personagens podem tentar fazer seu próprio eliminador
de perfume. Fazer isso requer um teste estendido de Raciocínio +
Ciência. Cinco sucessos devem ser alcançados e cada teste é igual a
30 minutos. Eliminadores de perfume caseiros funcionam da mes-
ma forma que os comprados em lojas. A única diferença notável
é que, se o personagem alcançar um sucesso excepcional além dos
sucessos exigidos, o eliminador de odor confere uma penalidade
de –4 a qualquer teste de detecção baseado em perfume.
Disfarce de Voz
Durabilidade 1, Tamanho 2, Estrutura 3, Custo ••
Às vezes, um indivíduo pode querer mudar de voz. Talvez
um chefe deseje agir como uma secretária, ou talvez um adoles-
cente planeje fazer trotes telefônicos. Outras razões mais som-
brias persistem também. Um pedófilo pode querer parecer ou-
tra criança, ou um mortal dominado pelo Espírito pode não se
sentir mais à vontade com sua própria voz. Um alterador de voz
não permite que o usuário pareça uma pessoa específica, mas
provavelmente oferece a chance de soar como um tipo de pessoa.
O dispositivo pode modular sua voz para torná-la mais profunda,
mais feminina e até pré-pubescente.
Os trocadores de voz oferecem um bônus de +2 aos testes
de Dissimulação de um usuário ao tentar disfarçar sua voz. Um
ouvinte pode tentar um teste de Raciocínio + Autocontrole para
reconhecer que a voz está sendo modulada. O sucesso contínuo
permite que o ouvinte saiba que a voz foi alterada, e um sucesso
excepcional permite que ela identifique a pessoa por trás da mo-
dulação. Se o ouvinte falhar no teste Raciocínio + Autocontrole,
ele não consegue identificar o orador ou o baile de máscaras.
Vários tipos de trocador de voz estão disponíveis no merca-
do. O trocador de voz de brinquedo de uma criança (tornando
sua voz vagamente como a de Darth Vader ou Bob Esponja) cus-
ta •, mas oferece apenas um bônus de +1 ao teste de Dissimula-
ção. Como alternativa, estão disponíveis moduladores de voz de
software de ponta, que custam •••, mas oferecem +3 ao teste.
Esses pacotes de software exigem um teste de Raciocínio + Infor-
mática para configurar corretamente.
Um traje de bomba é um colete enorme e desajeitado
que cobre todo o tronco superior do alvo (incluídos braços, se
ele quiser apertá-lo atrás da armadura). Essencialmente, é um
grande cobertor de Kevlar para o corpo, entrelaçado com pe-
sadas placas de cerâmica. Essas placas funcionam absorvendo
uma explosão e depois quebrando. O processo contra a bom-
ba protege particularmente bem as balas de espingarda e os
explosivos, mas é extremamente pesado. Depois que as placas
de cerâmica se quebram, o traje deve ser recolocado com as
placas antes que possa se tornar totalmente funcional. Supo-
nha que uma explosão que cause quatro ou mais pontos letais
de dano destrua as placas no traje de bomba. Neste ponto, o
traje de bomba adapta os rebaixamentos a um colete à prova
de balas particularmente pesado, com um Índice de 2/3.
Os esquadrões de bombas nas principais áreas metropo-
litanas são bem financiados o suficiente para pagar vários des-
ses fatos pesados. Os esquadrões nas áreas suburbanas podem
ter um, e os distritos policiais nas áreas rurais provavelmente
nem sequer têm um esquadrão antibomba.
Colete à Prova de Balas
Índice 2/3, Força 1, Defesa –1, Deslocamento 0, Custo •••
O colete à prova de balas médio é preto e feito de Kevlar.
O colete para balas, armas afiadas e ataques contundentes
com alguma eficiência. Como toda a verdadeira armadura à
prova de balas, um colete à prova de balas diminui o dano
causado pelas Armas de Fogo de letal para contundente.
Usadas na parte superior do tronco, a maioria dos cole-
tes à prova de balas cobre apenas o peito. As costas do usuário
não estão protegidas com o colete Kevlar comum. De fato,
vários locais permanecem desprotegidos e ataques direciona-
dos ignoram qualquer defesa oferecida pelo colete. Para forti-
ficação corporal além da região do peito, consulte “Acessórios
para Coletes à Prova de Balas”, abaixo.
Um colete à prova de balas não é tecnicamente um “co-
lete à prova de balas” (veja abaixo), embora esse colete seja
frequentemente denominado por engano.
Acessórios para Colete à Prova de Balas
Índice 1/2, Força 1, Defesa 0, Deslocamento 0, Custo ••
Um colete cobre apenas o peito. Vários lugares no corpo
ainda são totalmente vulneráveis a todos os tipos de danos.

Armadura e Blindagem
Os personagens podem querer se proteger de ataques futu-
Os personagens podem comprar separadamente “peças” indi-
viduais de armaduras à prova de balas para diferentes partes
do corpo, como escudos na virilha, protetores de pescoço/gar-
ros. Embora fazer isso possa exigir inúmeras manobras estratégi- ganta, armaduras de braços ou pernas, armaduras traseiras ou
cas, a maneira mais fácil de proteção improvisada é usar algum até capacetes. Nenhum desses acessórios oferece exatamente
tipo de armadura ou entrar em batalha com um escudo portátil. o mesmo nível de proteção que o colete, mas cada peça ofere-
ce seu Índice contra ataques direcionados especificamente à
Armaduras região que a peça protege. Suponha que cada seção deve ser
Às vezes, a armadura é a única coisa que mantém um per- comprada separadamente. No conjunto, isso não é o mesmo
sonagem vivo. Uma jaqueta de couro pode ajudar a diminuir o que “Equipamento Anti-Motim Completo” (veja abaixo).
ataque de uma faca e um colete à prova de balas pode impedir
uma bala .38 de perfurar um pulmão. Seja essa proteção arcaica Cota de Malha
ou moderna, qualquer defesa é uma boa defesa. Índice 2/1, Força 3, Defesa –2, Deslocamento –2, Custo
O que se segue é uma lista de armaduras que um perso- ••
nagem pode possuir e/ou usar. Para obter informações sobre o Na Idade Média, a medicina era lamentavelmente ina-
significado das classificações, consulte a seção “Armadura” do dequada. Uma ferida aberta era vulnerável a várias infecções
Livro de Regras do Mundo das Trevas, encontrada na p. 166 fatais. Cavaleiros no campo de batalha podiam suportar con-
tusões, mas os cortes eventualmente se tornariam mortais. A
Traje de Bomba cota de malha ajudou a manter um cavaleiro seguro: ele ain-
Índice 3/6, Força 3, Defesa –3, Deslocamento –3, Custo da aguentava vários inchaços e até ossos quebrados, mas pelo
••••• menos estaria livre de infecções fatais. A cota de malha é um

armadura e blindagem 177

 tecido de anéis de metal entrelaçados, pendurados no tronco
como uma camisa. A cota de malha não oferece tanta prote-
ção quanto a armadura, mas também é muito menos compli-
cada. Uma malha completa de cota de malha oferece proteção
a todo o corpo e não apenas ao tronco, mas custa •••.
Hoje em dia, a cota de malha pode ser comprada através
de vários pontos de vaidade, como acessórios para roupas de
fantasia ou roleplaying sexual. Esses ternos ou camisas de ma-
lha são feitos de alumínio em vez de aço. Eles são mais leves
por causa disso (e apresentam -1 Defesa e -1 no Deslocamento
em vez das estatísticas listadas acima), mas também sofrem
menos Durabilidade. O Índice na cota de malha personaliza-
da é 1/1 em vez de 2/1. A cota de malha personalizada parece
bom e custa o mesmo, mas oferece uma função menos prática.
178 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
Colete à Prova de Bala Flak Jacket
Índice 1/2, Força 1, Defesa –1, Deslocamento 0, Custo •
As pessoas assumem que um colete à prova de balas e
um colete à prova de bala são a mesma coisa, mas não são. A
maioria dos policiais ou fuzileiros navais não gostaria de ser
pego morto usando coletes à prova de balas. Popular durante
as guerras do Vietnã e da Coréia, os coletes à prova de bala
agora são tecnologia ultrapassada. Eles deveriam parar balas
e estilhaços explosivos, mas não conseguiram fazê-lo no nível
prometido pelos militares. Algumas lascas e balas de baixo
calibre não conseguiram penetrar no colete. O resto passou
pela carne tenra do soldado inocente.
Um colete à prova de balas não é tecnicamente à prova
de balas. Ele interrompe algumas balas, mas qualquer dano
causado ao seu Índice ainda é letal, não contundente. O im-
 embutidos, meia dúzia de bolsos, displays de crachás, coldres
de rádio e até abas de microfone na cabeça e no pescoço. A
desvantagem do equipamento anti-motim é que ele é pesado
e incomodo: os personagens que o usam terão seus movimen-
tos impedidos (como refletido nas penalidades mais altas de
Defesa e Deslocamento).
Por um preço mais alto (Custo ••••), um personagem
pode encontrar equipamentos anti-motim que também prote-
gem contra armas perfurantes. Esse equipamento oferece as
mesmas estatísticas que o equipamento anti-motim normal,
exceto que esse equipamento oferece proteção igual contra
armas com Perfurante de Armadura (balas de perfuração de
armaduras, sabres, chaves de fenda).
Equipamento anti-motim não pode ser comprado no
mercado aberto. Embora os compradores mais experientes
possam encontrar um fornecedor pela Internet ou pelo mer-
cado negro, essa armadura geralmente está disponível apenas
por canais governamentais ou policiais.

Armadura de Couro
Índice 1/0, Força 2, Defesa –1, Deslocamento 0, Custo •
A armadura de couro é uma alternativa barata e menos
eficaz à cota de malha ou armadura de ou placa. A maioria
das armaduras de couro consiste em uma camisa de couro
resistente ou perneiras embebidas em cera e endurecidas (um
processo chamado courboulli). A armadura de couro oferece
a mesma proteção que roupas reforçadas, como uma jaqueta
pesada. Historicamente, cavaleiros sem senhor ou que ser-
viam a um mestre necessitado usavam a armadura porque não
podiam pagar nada melhor. Alguns escudeiros e camponeses
que deviam lutar foram autorizados a levar armaduras de cou-
ro para a batalha. Hoje, um personagem pode comprar essa
armadura pela Internet ou em festivais da Renascença.
Algumas lojas de vaidade vendem uma versão mais forte
da armadura de couro. Essa armadura consiste em escamas de
couro ou tiras de couro rebitadas uma sobre a outra, tornan-
do a armadura mais resistente. Esse couro rebitado, às vezes
chamado de lamelar, custa ••, mas oferece um Índice 2/0
contra ataques.

Lorica Segmentata
Índice 2/2, Força 3, Defesa –2, Deslocamento –2, Custo
••••
Os legionários do Império Romano usavam essa com-
plexa armadura montada, que consistia em várias placas de
metal segmentadas sobrepostas umas às outras em vários pon-
tos. A criação da lorica segmentata (literalmente, “armadura
segmentada”) era considerada uma arte, e somente os legioná-
pacto da bala não diminui sobre todo o colete, como ocorre com rios podiam usá-la.
a verdadeira armadura à prova de balas, e a bala ainda pode atra- Vale a pena notar que os vampiros do Lancea Sanctum
vessar o material e entrar no corpo. ainda fazem uso dessa armadura, como traje cerimonial e em
Os coletes à prova de balas podem ser comprados em lojas combate real. O profeta deles, o quase mítico Longinus, usa-
do Exército/Marinha, em mercados de pulgas ou na Internet. va esse tipo de armadura ao empurrar a lança na lateral do
Messias. Muitos vampiros Santificados até espalham sangue
Equipamento Anti-Motim em suas armaduras para imitar a aparência da lorica de seu
Índice 3/4, Força 2, Defesa –2, Deslocamento -1, Custo ••• fundador.
Equipamento anti-motim completo protege quase todo o
corpo humano, inclusive mãos e pés. Além disso, este equipa- Armadura de Completa
mento oferece proteção mais forte que a armadura Kevlar nor- Índice 3/2, Força 4, Defesa –2, Deslocamento –3, Custo
mal. Essa armadura é macia e flexível por fora (usando Kevlar), ••••
mas dura por dentro (usando chapas de armadura feitas de me- Entre os séculos XIII e XV, os melhores cavaleiros e guer-
tal ou fibras rígidas de polietileno). O equipamento anti-motim reiros usavam armaduras completas. Ele pesava o cavaleiro e
também vem com vários acessórios: porta-balas e coldres, coldres seu cavalo, mas ainda estava funcional porque era ajustado

armadura e blindagem 179

 às especificações do corpo do cavaleiro. Capacete, couraça,
perneiras, peitoral - todos foram feitos exclusivamente para
um guerreiro individual.
Atualmente, poucos usam armaduras, exceto em simula-
ções de combate. Algumas criaturas elfas ainda se apegam aos
rigores do combate antiquado e, portanto, ainda carregam ar-
maduras de placas em um ritual corpo a corpo. Se a armadura
de placas não estiver ajustada ao usuário (por exemplo, se um
personagem simplesmente pegar uma armadura de um museu
ou coleção e tentar usá-la em batalha), o personagem sofre –3
de penalidade de Defesa e –4 Penalidade de Deslocamento
em vez das Características acima, embora a armadura ainda
forneça os requisitos de Índice e Força listados.
Roupas Reforçadas
Índice 1/0, Força 1, Defesa 0, Deslocamento 0, Custo •
As roupas não param muito no caminho de um ataque,
mas se uma jaqueta de couro ajudar a parar um canivete ou
uma jaqueta de esqui pesada enfraquece um soco no estô-
mago, que assim seja. O Narrador deve decidir o que conta
como roupas reforçadas e o que não conta. Uma boa regra
é que qualquer tipo de roupa em camadas ou pesada fará o
truque. Uma camiseta não protege contra agachamento, mas
um sobretudo longo ou colete de construção pode ajudar a
amortecer um golpe.
Equipamentos Esportivos
Índice 2/0, Força 2, Defesa -1, Deslocamento -1, Custo •
O equipamento esportivo deve levar uma surra. As jo-
elheiras ajudam quando caem, os capacetes reduzem alguns
dos danos ao serem atacados ou atingidos com um taco de hó-
quei e as ombreiras absorvem mais impacto. Personagens que
procuram armaduras baratas podem fazer pior do que ir às
compras em uma loja de artigos esportivos local (ou no armá-
rio de esportes de uma escola). Melhor entrar em uma briga
com uma máscara de hóquei e ombreiras do que com nada.
Pontos Fracos
Nenhuma armadura é perfeita. Mesmo
um terno completo tem pontos de vulne-
rabilidade. A maioria das armaduras não
cobre as articulações dos braços ou pernas.
Alguma armadura deixa o pescoço ou os
pulsos abertos. Outra armadura não vem
com capacete ou não tem defesa para os
membros.
A mira de peças desprotegidas requer um
ataque direcionado com as penalidades
apropriadas. Se a armadura cobre a maior
parte do corpo de um alvo, no entanto, um
personagem pode tentar atingir seu ataque
contra esse ponto fraco. Isso é universal-
mente feito com uma penalidade de –5. Se
um ataque desse tipo for bem sucedido, o
atacante pode ignorar o Índice da armadu-
ra.
Somente ataques com Armamento ou
Armas de Fogo podem ser feitos contra os
pontos fracos da armadura.
180 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
Escudos
Um escudo é uma maneira de potencialmente desviar
os ataques. Os personagens podem usar qualquer coisa para
impedir que os golpes se conectem: um broquel medieval, um
escudo da polícia, até mesmo uma tampa de lata de lixo.
Usar um escudo em batalha pode ser complicado. Em
termos de jogo, um personagem que empunha um escudo
e uma arma em combate descobre que seus ataques sofrem
com o custo de Defesa adicional. Todos os ataques feitos en-
quanto segura um escudo são feitos com uma penalidade de
–2. Personagens com a Vantagem Ambidestro reduzem esta
penalidade para –1.
Em combate corpo a corpo, um escudo aumenta a pon-
tuação de Defesa de um personagem. Se o personagem optar
por não usar uma arma em combate enquanto estiver usando
o escudo, ele poderá receber um bônus adicional de +1 em
sua Defesa, pois se concentra em evitar danos, se escondendo
atrás do escudo e usando-o para combater ataques.
Em combate de longo alcance, um escudo não é parti-
cularmente útil. As balas atravessam a maioria dos escudos
e atingem o corpo mole de um personagem. A menos que
especificado de outra forma (como o “Escudo Balístico”, abai-
xo), os escudos não oferecem proteção à prova de balas. No
entanto, todos os escudos permitem ao usuário reivindicar
ocultação. Na maioria dos casos, ataques à distância contra
alguém segurando um escudo são realizados com uma pena-
lidade de -1.
Escudos também têm um requisito de Força. Um per-
sonagem com Força insuficiente para usar um determinado
escudo não pode ser usado com rapidez suficiente, e isso não
lhe fornece bônus de Defesa, embora ele ainda se beneficie
da penalidade de ocultação a ataques à distância feitos contra
ele.
Os personagens podem tentar atacar com um escudo.
Os escudos são pesados e podem ser usados para golpear ou
golpear um oponente. Geralmente, ataques feitos com um
escudo são executados com uma penalidade de -1 e causam
danos contundentes se bem-sucedidos.
A seguir, alguns tipos de escudo que podem ser usados
em seu jogo. Esses escudos variam do arcaico ao moderno, e
alguns são improvisados.
Escudo Balístico
Defesa +2, Força 3, Custo •••
Às vezes chamado de “bunker de corpo”, o escudo balís-
tico pode ser o melhor amigo de um policial. Quando um tu-
multo ou outra situação fica fora de controle, esse escudo pes-
soal fortificado pode muito bem salvar a vida de um oficial.
Feito de policarbonato balístico e aço, este escudo pro-
tege contra todos os tipos de ataques, mesmo os de armas de
fogo. Esse escudo geralmente tem cerca de um metro e meio
de altura e dois de largura, cobrindo a maioria do usuário. A
maioria dos escudos balísticos tem janelas pequenas e claras
em direção ao topo do escudo (também à prova de balas),
para que os manejadores tenham uma visão do combate sem
expor o rosto.
Se usado em combate corpo a corpo, o escudo funciona
normalmente, adicionando +2 à Defesa do usuário. O escudo
também funciona em situações de combate de longo alcance.
Um personagem que usa o escudo balístico conta como sendo
substancialmente oculto e, portanto, todos os ataques relacio-
nados a armas de fogo feitos contra ele sofrem uma penali-
dade de –3. As balas que atingem o escudo não penetram, a
menos que sejam balas perfurantes. Os atacantes que usam balas
perfurantes de armadura podem ignorar a penalidade –3, pois
as balas cortam a proteção do escudo. Observe que, se o usuário
dispara sua própria arma contra a ocultação, ele o faz com uma
penalidade de –2 (de acordo com as regras das páginas 163-164,
no Livro de Regras do Mundo das Trevas).
Parede de Armadura Balística
Defesa n/a, Força n/a, Custo ••••
Uma parede de armadura é lançada em combate em um
conjunto de rodas. A parede da armadura não é precisamente
um escudo, mas sim uma proteção contra ataques de entrada.
Os policiais usam a parede de armadura em tiroteios particular-
mente tensos ou usam várias paredes de armadura juntas para
formar uma parede de proteção. Uma das vantagens da parede
de armadura é que ela protege contra todos os tipos de balas,
incluindo perfurante de armadura.
Os personagens por trás das paredes de armaduras balísticas
são cobertos em combate à distância (consulte “Cobertura”, pp.
162-163, Livro de Regras do Mundo das Trevas). Para determi-
nar se as balas podem atravessar a parede de armadura, ela possui
Durabilidade 5, Tamanho 7 e Estrutura 12. A parede de armadu-
ra não oferece Defesa em combate corpo a corpo.
Escudos Improvisados
Defesa +1, Força Variável, Custo Variável
Escudos improvisados devem assumir +1 para Defesa e re-
querem Força 1 para manejar. Escudos improvisados não são
feitos para combate, no entanto, e sofrem vários problemas.
Primeiro, qualquer ataque feito com o escudo improvisado é
realizado com uma penalidade de –3. Segundo, a maioria dos
escudos improvisados não dura muito. Suponha que um escudo
improvisado tenha um número de acertos igual à Estrutura do
escudo. Um guarda-chuva não suporta muito dano (Estrutura 2,
portanto são necessários dois acertos antes de se tornar inútil),
mas uma tampa de lata de lixo de metal (Estrutura 4) ou cadeira
de madeira (Estrutura 5) pode desviar alguns golpes antes de se
tornar inútil.
Escudo Medieval
Defesa +2, Força 3, Custo ••
Hoje em dia, os escudos no estilo medieval são relegados a
museus, coleções particulares e simulações de combate, mas, às
vezes, esse tipo de escudo é tudo o que temos. Se um escudo des-
se tipo puder ser retirado da parede no paraíso de um historiador
ou se um usuário for adepto desse escudo por causa de anos de
combate em estágio simulado, talvez esse escudo seja melhor do
que nada. Além disso, algumas criaturas (Membros mais velhos,
magos anacrônicos) ainda preferem a sensação antiquada de es-
cudo e espada.
Os escudos medievais são de vários tipos (metal, couro
temperado) e formas (redondas, retangulares, pipas). Todos os
escudos medievais oferecem proteção semelhante em combate
corpo a corpo.
Escudo Anti-motim
Defesa +2, Força 2, Custo ••
Esses escudos opacos de policarbonato têm cerca de um
metro de altura e um metro de largura com uma ligeira curva.
Os policiais usam esses escudos para desviar garrafas, pedras,
punhos e armas de manifestantes. Os policiais também usam es-
cudos anti-motim em massa para controle rápido da multidão,
apresentando uma linha súbita e unificada de policiais blinda-
dos pressionando para frente até a multidão se mover ou se
dispersar.
Os escudos anti-motim não são à prova de balas e não
oferecem proteção contra armas de fogo. No entanto, ao con-
trário de outros escudos, os escudos anti-motim oferecem pro-
teção contra armas arremessadas, como garrafas, pedras ou
machadinhas. Um personagem com um escudo anti-motim
em combate pode contar toda a sua Defesa (incluindo o mo-
dificador +2 do escudo) contra ataques arremessados.
As prisões, em particular, armam alguns guardas com es-
cudos eletrificados. Esses escudos têm um número de pinos
de metal na frente que, quando tocados em um ser vivo, for-
necem uma carga de 80.000 volts. Policiais e guardas podem
imobilizar um grande número de manifestantes ou prisionei-
ros com este dispositivo. Qualquer alvo que entrar em contato
com um desses escudos deve ter sucesso em um teste de Vigor
para permanecer em pé. Se falhar neste teste, o alvo cairá e
permanecerá imobilizado (mas consciente) por um número de
turnos igual a cinco menos sua pontuação em Vigor. Escudos
de choque eletrificados oferecem a mesma proteção contra
ataques normais de combate corpo a corpo, mas custam mais
(Custo •••).
Seguranca e
Armadilhas
Às vezes, não se trata apenas de manter sua forma corpo-
ral segura. Manter a casa ou os negócios em segurança pode
significar instalar alguns detectores de movimento e um siste-
ma de alarme ou salpicar a calçada com armadilhas de urso
com garras de aço.
Sistemas de Segurança
Quebrar e entrar pode ser uma necessidade sombria no
Mundo das Trevas. Uma vítima pode invadir a noite para cor-
tar a garganta de um opressor adormecido, ou durante o dia,
quando ele planeja mergulhar uma estaca de perna de cadeira
no coração morto de um vampiro. Um ladrão pode precisar
roubar um ídolo frígio da deusa Cibele de um museu local
para sua amante sombria. Um personagem pode planejar des-
truir vírus estranhos alienígenas em um laboratório de ciên-
cias fora do caminho, destruir arquivos pessoais encontrados
em seu último emprego ou até enfiar um nariz calibre .38 no
tribunal para executar um juiz problemático.
Cada um desses personagens terá oposição. Essa oposi-
ção também não pode vir de uma presença humana ou mons-
truosa. Em todos os casos acima, cada personagem provavel-
mente contenderá com algum tipo de sistema de segurança,
que pode soar um alarme e ligar para a polícia local, bom-
beiros ou qualquer coisa cruel que possua o local. O que um
intruso deve fazer?
A primeira opção é passar pelo sistema de segurança. Isso
é possível com alguns sistemas de segurança domésticos e de
pequenas empresas. As portas e janelas certamente estarão
protegidas, mas e as aberturas de ventilação? Ou uma porta
da adega? Alguns ladrões e intrusos conseguiram puxar um
Papai Noel e derrubá-lo por chaminés antiquadas (As chami-
nés mais novas tornam essa invasão impossível). Como alter-
nativa, talvez o invasor tenha entrado em casa ou no escritório
durante o dia (usava o banheiro e se escondia no duto, foi
trazido para dentro de uma caixa de transporte, fingia ser um
exterminador e se escondeu em um armário de zelador) e ape-
seguranca e armadilhas 181
 nas tem que se esconder de sensores de movimento e câmeras.
Quando possível, passar por um recurso de segurança
envolve um teste de Destreza + Furto (uma ação instantânea
quando a situação surge). Esse teste requer apenas um sucesso,
mas pode ser prejudicado por penalidades (–2 para sensores
de movimento, –4 para câmeras automatizadas). Como alter-
nativa, um personagem também pode ter bônus: roupas pre-
tas, sapatos macios, uma planta da localização ou esquemas de
alarme podem adicionar +1 ou mais ao teste. Um personagem
invasor deve rolar toda vez que entra em uma sala segura e
deseja passar despercebido. Todas as câmeras e sensores de
movimento devem ser superados individualmente.
Alguns intrusos reconhecem o perigo inerente a isso.
Um passo em falso, uma tosse mal sufocada ou um guarda
diligente assistindo a uma tela de vigilância em circuito fecha-
do, e são cortinas para o invasor. Além disso, alguns sistemas
particularmente sofisticados não podem ser enganados por
pura discrição.
Nesse caso, é enganar o sistema de segurança ou ignorá-
-lo. Enganar envolve um personagem ser alguém que ele não
é. Talvez ele roube um cartão-chave de um funcionário bêbado
em um bar ou talvez corte o dedo desse funcionário e o use
no scanner biométrico de impressões digitais. Talvez ele con-
sidere (ou intimide ou sobrenaturalmente “convença”) uma
empregada a fornecer o código de acesso. O Narrador deve
incentivar várias situações sociais e jogar dados para que tais
sucessos ou falhas aconteçam.
A outra opção é ignorar um sistema de segurança. Os
personagens têm duas maneiras de conseguir isso. O primeiro
é realizado no local. Um ladrão pode precisar reconfigurar um
sistema simples de circuito fechado e, em sistemas mais com-
plexos, pode ser necessário reconectar um teclado numérico
ou outro dispositivo de entrada. Tais tentativas não podem ser
realizadas em ritmo lento, no entanto. Em relação a todos os
sistemas de segurança, um invasor geralmente tem um perío-
do de 10 a 60 segundos para executar sua tarefa. Não fazer isso
no prazo apropriado acionará o alarme (Mais informações po-
dem ser encontradas em “Ignorando sistemas de segurança”
na página 74, Livro de regras do Mundo das Trevas).
A segunda maneira é invadir o sistema. Mais da metade
dos sistemas de segurança apresentados abaixo são controla-
dos por empresas de segurança que vendem a configuração
básica, mas cobram uma taxa mensal para manter o sistema
funcionando. A maioria desses sistemas é controlada por com-
putador, o que significa que eles são vulneráveis a um hacker
capaz. Hackear o computador real na empresa de segurança
é tecnicamente mais fácil do que fazê-lo de longe. Isso tam-
bém significa que um personagem deve primeiro obter acesso
à empresa de segurança (raramente fácil) e depois obter acesso
a um terminal. A maioria dos hackers prefere atacar uma con-
figuração de segurança no conforto de seus próprios sistemas.
Embora seja mais difícil fazer à distância (–2 de penalidade
nos testes de Hacking; veja a pág. 57, Livro de Regras do
Mundo das Trevas), o hacker permanece em segurança fora
do local. Ao quebrar e reconfigurar um sistema de segurança
via computador, o hacker pode aprender as senhas do sistema,
fazer o download dos esquemas ou reconfigurá-lo para que
funcione apenas para ele.
A seguir, são apresentados vários sistemas de segurança
genéricos e suas possíveis configurações, com o objetivo de for-
necer regras básicas sobre o que os personagens podem querer
comprar para proteger suas casas ou empresas, bem como o que
outros personagens podem encontrar ao tentar invadir locais.
182 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
Configurações dos Sistemas de Se-
gurança
Os sistemas de segurança são ativados com
várias variáveis que podem ser úteis, mas
inesperadas. Por exemplo, a maioria dos
sensores de movimento normais são detec-
tores PIR, também chamados de “infraver-
melho passivo”. Esses sensores dependem
de serem ajustados adequadamente para
uma faixa de temperatura corporal, geral-
mente entre 32 e 37 °C. A menos que con-
figurado para aceitar uma faixa mais ampla
de temperaturas, a maioria dos detectores
de movimento não detectaria um vampiro.
Algumas pessoas têm sistemas de segu-
rança baseados em saúde. Esses sistemas
fornecem botões ao redor da casa para
os enfermos ou idosos, para que possam
chamar atenção médica. Versões particu-
larmente sofisticadas monitoram sem fio os
sinais vitais de um indivíduo e ligam auto-
maticamente para o 911 se eles caírem.
Algumas criaturas têm uma audição tão
sensível que podem detectar a modulação
subsônica quando um alarme silencioso é
acionado. Todos os lobisomens e alguns
vampiros (aqueles com sentidos elevados)
em particular podem perceber o som fraco
e normalmente inaudível que um alarme
silencioso faz ao ter sucesso em um teste de
Raciocínio + Autocontrole.
Muitos sistemas de alarme também estão
ligados a outros sistemas de detecção, dis-
parando ao detectar incêndio, inundação,
monóxido de carbono ou canos estourados.
Sistema de Segurança, Básico
Custo ••
Este é o sistema de segurança que você encontrará para
proteger apartamentos, residências urbanas ou casas peque-
nas. É possível que um tolo possa proteger sua mansão com
esse sistema, mas é improvável. Esta proteção central defende
apenas a parte externa da casa da invasão. Esse sistema básico
não coloca sensores de movimento dentro ou oferece uma
divisão por zona. A segurança básica oferece uma janela de
60 segundos (20 turnos) na qual um usuário legítimo (ou in-
truso) pode desativar o sistema. Após esse período, o alarme
dispara e a empresa de segurança entrará em contato com
a polícia, que deve aparecer dentro de 15 a 30 minutos. A
invasão desse tipo de sistema de segurança (de acordo com
o teste estendido do “Ignorar Sistema de Segurança”) requer
cinco sucessos.
Esse sistema geralmente possui alguma combinação do
seguinte:
Teclado: Dentro da porta há um teclado para entrada
de senha (sempre números, nunca letras). Se um personagem
pode pegar a trava e chegar ao bloco, ele pode operar com
um modificador de +2 no teste de desvio. Observe, no entanto, alarme de quebra de vidro, que é acionado pelo som do vidro
que a trava começa a contagem regressiva de 60 segundos. Cada quebrando ou vibrando abertamente.
turno gasto na trava é diminuído a partir deste temporizador. Acesso Externo: Os proprietários podem operar seus
Luzes e Sirene: Os sistemas básicos têm um alarme quase sistemas de segurança fora de casa. Isso pode envolver uma
ensurdecedor. Essa sirene ou klaxon pode ser acompanhada de ligação telefônica ou um chaveiro programável. Ao fazer isso,
luzes piscando, saindo do lado de fora da porta da frente. Essas um personagem pode tocar o alarme ou ativá-lo ou desativá-
luzes visam notificar os vizinhos e sinalizar a polícia que chega, e -lo, e pode programar luzes ou outros dispositivos eletrônicos,
também tendem a espantar os invasores. Os vizinhos ou outras como portas de garagem ou termostatos, para responder com
testemunhas em potencial podem precisar ter sucesso em um tes- o toque de um botão. Se o acesso for concedido por meio de
te de Raciocínio + Autocontrole para observar as luzes ou sons. um dispositivo de chaveiro, esse dispositivo poderá ser rouba-
Duas janelas, Duas Portas: A maioria dos sistemas básicos do (um teste disputado, consulte “Prestidigitação”, p. 76 do
não abrange tecnicamente todos os pontos de entrada e saída. Livro de Regras do Mundo das Trevas). Como alternativa, os
Uma boa regra geral é que duas portas estão cobertas, assim personagens podem tentar construir eles mesmos um disposi-
como duas janelas. Tudo o resto é intocado pelo sistema de alar- tivo que “invadirá” o sistema. Fazer isso requer um teste esten-
me. Um personagem pode discernir quais pontos estão protegi- dido de Raciocínio + Ofícios que sofre uma penalidade de –3
dos e quais não estão, fazendo um teste bem-sucedido de Racio- (por improvisar um hack físico). São necessários dez sucessos
cínio + Furto. Penalidades podem surgir (–2 para escuridão, por totais; cada teste é igual a 30 minutos.
exemplo). Zonas: A empresa de segurança pode saber qual zona foi
Luz do Sensor de Movimento: Esse sistema geralmente ofe- violada. O perímetro da localização é uma única zona. Outras
rece uma única luz baseada em movimento na porta da frente. zonas são geralmente configuradas por sala. Cada zona é pro-
Quem chega à porta da frente está sujeito a ser banhado por uma tegida por um sensor de movimento. Os personagens que per-
luz repentina e severa. Enganar a luz requer movimento lento e correm essas áreas devem primeiro desativar uma zona através
um teste prolongado de Destreza + Dissimulação. Um persona- da tela sensível ao toque. Um personagem que atravessa sua
gem deve alcançar cinco sucessos totais, e cada jogada é igual a casa para pegar uma tigela de sorvete à meia-noite corre o risco
15 segundos (cinco turnos) no tempo. Se a qualquer momento de acionar seu próprio alarme se não tomar cuidado.
o personagem se mover repentinamente (se afasta de um tiro, Botão de Pânico: Os sistemas intermediários vêm com
espirra, vira a cabeça em direção a um som), ele anula sua furti- um único botão na casa que pode ser pressionado para cha-
vidade e aciona o sensor de movimento. Apagar a luz do sensor mar a polícia. Este botão não está conectado ao restante do
de movimento não aciona o alarme. Se isso acontecesse, todo sistema e, se o sistema estiver desativado, o botão ainda fun-
guaxinim que farejasse a entrada de carros traria a polícia. cionará. Na verdade, está conectado às linhas telefônicas. Se
essas linhas forem cortadas ou a energia do local for desligada,
Sistema de Segurança, Intermediário o botão não funcionará. Esses botões geralmente são manti-
Custo ••• dos em um local seguro, longe do alcance das crianças, e geral-
Provavelmente, esse é o nível de segurança encontrado nas mente são pelo menos parcialmente obscurecidos (no quarto
residências da classe média nas cidades e nos subúrbios. Esse atrás de um vaso, por exemplo).
sistema oferece mais do que mera proteção de perímetro e for-
nece segurança em toda a casa, geralmente usando detectores de Sistema de Segurança Avançado
movimento nos cantos superiores de várias salas. Esse nível de Custo ••••
segurança também está presente na maioria das pequenas empre- Os sistemas avançados são normalmente encontrados
sas e escritórios. em grandes edifícios de escritórios, laboratórios, alguns pré-
A segurança intermediária permite uma janela de 45 segun- dios governamentais de nível inferior e casas de alto custo
dos (15 turnos) na qual um usuário ou intruso pode desativar (mansões, propriedades, condomínios elaborados). Esse nível
o sistema. Depois disso, um alarme silencioso dispara e alerta a de segurança é profundamente complexo. A segurança avan-
empresa de segurança, que liga para o proprietário da casa ou da çada permitirá 20 segundos (6 turnos) nos quais um usuário
empresa (pela linha principal ou telefone celular) e solicita uma válido ou inválido pode limpar ou ignorar o sistema. As câme-
senha. Se o proprietário fornecer a senha correta em 30 segun- ras concentram-se no local em que a violação está ocorrendo
dos, o alarme será desligado. Se não fornecer a senha correta du- antes mesmo que esses 20 segundos sejam concluídos. Depois
rante esse período, o sistema entrará em contato com a polícia. que o tempo termina, o sistema alerta a polícia ou a segurança
A menos que seja impedido de outra forma, eles são exibidos em da construção. Eles aparecem o mais rápido possível.
cinco a 10 minutos. Ignorar este sistema requer 10 sucessos no Ignorar este sistema exige 15 sucessos para desarmar e,
teste estendido. como o sistema é particularmente sofisticado, o teste é reali-
Este sistema pode ter um ou todos os seguintes recursos: zado com uma penalidade de –2. Um personagem pode de-
Tela Sensível ao Toque: Mais do que um teclado numérico sativar ou modificar os parâmetros do sistema de segurança
simples, uma tela sensível ao toque é um computador com uma (como fechar a segurança do elevador ou modificar as restri-
tela de cristal líquido sensível ao toque. Tentativas de ignorar di- ções de senha ou cartão de chave) de longe através do compu-
retamente na tela invocam uma penalidade de –2, por causa dos tador. Fazer isso requer 15 sucessos no teste de Hacking. Esse
eletrônicos sensíveis. No entanto, como se trata de um compu- teste também é feito com –2 devido à sofisticação do sistema.
tador, uma tentativa de hacking pode ser feita na tela sensível ao Alguns ou todos os seguintes elementos podem estar pre-
toque (o que significa levar algum tempo para abrir a fechadura). sentes neste nível de sistema:
Os sistemas intermediários podem ter várias telas sensíveis ao Vigilância por Vídeo: Sistemas de segurança de alta
toque em toda a casa, como nos quartos ou na cozinha. tecnologia geralmente possuem câmeras de vídeo conectadas
Todas as Portas, Todas as Janelas: Todos os pontos de en- a um sistema de TV em circuito fechado. Essas câmeras ge-
trada são cobertos. As janelas também são protegidas por um ralmente são colocadas em todos os locais de tráfego de pe-

seguranca e armadilhas 183

 destres, como corredores, elevadores e escritórios. As câmeras
visam dissuadir a intrusão e impedir os funcionários de rou-
bar material de escritório ou de se envolver em qualquer tipo
de espionagem corporativa. As câmeras geralmente não são
encontradas nas partes menos movimentadas de uma casa ou
prédio, como dutos, passagens de acesso, poços de elevadores
e até mesmo algumas escadas. A maioria das câmeras nesse
nível de segurança percorre um caminho fixo e não é acionada
pelo movimento. Eles têm um cone de visão, que é a área que
a câmera pode ver a qualquer momento (se a câmera se mover,
o cone também). Esgueirar-se por este cone requer um teste
de Raciocínio + Dissimulação (Os modificadores para isso po-
dem ser +2 para uma sala cheia ou para uma área em que a
câmera não pode diferenciar entre intrusos e transeuntes nor-
mais ou –2 para uma sala vazia que não oferece sombras ou
objetos por trás dos quais se esquivar). Depois de ter sucesso
no teste Dissimulação, um personagem pode passar rapida-
mente pelas câmeras para um novo local - e potencialmente o
cone de visão de uma nova câmera - ou pode tentar desmontar
a câmera com um teste de Destreza + Oficios. Sucesso indica
que a câmera não tem mais visual, mas o sistema é alertado
sobre a falha da câmera. Sucesso excepcional significa que o
sistema não tem conhecimento da falha do dispositivo.
Cartão-Chave: Alguns sistemas não exigem códigos de
acesso. Em vez disso, o proprietário do sistema fornece aos
funcionários, agentes ou membros da família cartões-chave.
Aqueles que possuem esses cartões os alimentam em scanners
de slot ou os passam por scanners magnéticos, como os en-
contrados em supermercados ou lojas de departamento. O
cartão-chave pode ser tão grande quanto um cartão de crédito
ou tão pequeno quanto um chaveiro. Esses sistemas são difí-
ceis de enganar (eles são tão sensíveis que nem sempre leem
corretamente o cartão-chave real, muito menos um falso), en-
tão a única opção confiável é roubar o cartão-chave de alguém,
o que exige sucesso em um rolo de Prestidigitação disputado.
Alteração de Códigos: Alguns sistemas ainda dependem
de códigos de acesso, mas dificultam o aprendizado de um
código ou o código. Esses códigos podem mudar diariamente
ou até variar a cada cinco minutos. Se o tempo entre as altera-
ções for longo (um dia ou mais), o sistema poderá enviar um
email aos funcionários com o código quando ele for alterado.
Se o código mudar mais cedo, a empresa fornecerá aos fun-
cionários relógios, porta-chaves ou telefones que recebem o
novo código sem fio à medida que ele muda. Roubar um deles
exigiria o teste de Prestidigitação apropriado.
Biometria de Impressão Digital: Em alguns sistemas, o
acesso é concedido a um edifício (ou a uma sala específica,
computador ou cofre) usando um scanner biométrico. Nesse
nível, quase sempre é o reconhecimento de impressões digi-
tais. Além de cortar o dígito de um funcionário e usá-lo para
obter entrada, a máquina pode ser enganada de outras manei-
ras. O primeiro é através de hackers. Se um indivíduo pode
obter acesso do computador à rede do sistema (no local ou
fora dele), ele pode fazer o que é chamado de “ataque de repe-
tição”, o que significa repetir repetidamente a última impres-
são digital válida. Qualquer dedo digitalizado para reconhe-
cimento acaba sendo identificado como a última impressão
digital válida (Reconfigurar qualquer sistema biométrico para
fazer isso exige oito sucessos no teste estendido de Hacking).
Da mesma forma, alguns scanners podem ser enganados por
técnicas simples, como borrar resíduos de gordura no scan-
ner, espaná-lo com pó de grafite ou aplicar vapor quente no
dispositivo. Fazer isso requer cinco sucessos em um teste do
184 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
Ignorar Sistemas de Segurança. O sucesso desse teste não di-
minui nenhum dos outros recursos do sistema e o scanner de
impressões digitais retorna à funcionalidade completa em 30
segundos.
Rastreamento de Acesso: Várias empresas acompanham
o movimento de seus funcionários através de um edifício. O
sistema pode rastreá-los de sala em sala ou apenas quando
eles viajam entre departamentos. O sistema mostra a hora
exata em que cada funcionário chega e sai de todas as áreas
do edifício. Alguns sistemas exigem entrada de cartão-chave
ou senha em todas as portas. Toda vez que o cartão ou códi-
go do funcionário entra no sistema, o sistema o registra. Dia
após dia, os movimentos de um funcionário são rastreados
de acordo, pintando uma imagem de onde ele vai e quando.
Como alternativa, cada funcionário pode receber uma etique-
ta RFID (Identificação por Radio Frequência), monitorando
sua localização. O sistema provavelmente é sofisticado o sufi-
ciente para sinalizar quando alguém está em uma área que ele
não deveria estar.
Sistema de Segurança, Margem Sangrenta
Custo •••••
Poucos estão dispostos a desembolsar dinheiro por um
sistema de ponta como esse. É muito dinheiro, muitos pro-
blemas. Esses sistemas são universalmente projetados à mão e
não são “enlatados” como a maioria das outras configurações.
Somente os mais ricos possuem essas maravilhas tecnológi-
cas protetoras. Os personagens podem encontrar sistemas de
ponta em museus como o Louvre ou o MOMA, subestações
sensíveis da comunidade de inteligência ou nas casas de bilio-
nários paranóicos.
Ignorar um desses sistemas requer esforço hercúleo. É
necessário um total de 20 sucessos no teste, e o intrincado
sistema confere uma penalidade de –3 automática a qualquer
tentativa. Além disso, o alarme dispara após 10 segundos (o
que significa que uma tentativa deve ser bem-sucedida dentro
de três turnos, pois o alarme soará no quarto). Por fim, é pra-
ticamente impossível obter os esquemas do sistema, porque
esses sistemas são praticamente tão únicos quanto os flocos
de neve. Os designers podem ter apenas algumas cópias das
plantas e são mantidos trancados sob sua própria segurança
de ponta.
É provável que os sistemas de borda sangrenta possu-
am muitos dos recursos de sistemas anteriores (câmeras, por
exemplo) e também possam incluir qualquer um dos seguin-
tes elementos:
Biometria de Corpo Inteiro: Os scanners biométricos
deste sistema não apenas digitalizam impressões digitais. Um
scanner de corpo inteiro verifica impressões digitais e duas
das seguintes opções: reconhecimento de voz, padrão de olho,
impressão manual, marcadores faciais ou analisador de pas-
sos. Isso significa que o sistema pode identificar indivíduos
pela maneira como andam, pela maneira como falam ou por
todos os recursos exclusivos da mão, do rosto ou dos olhos.
Alguns sistemas até fazem referência a bancos de dados nacio-
nais de informações biométricas e podem identificar crimino-
sos, terroristas ou agentes do governo.
Almofadas de Pressão: Qualquer pessoa pode comprar
ou montar uma almofada de pressão barata sob um tapete
pequeno. Quem pisar no teclado conecta dois contatos e dis-
para um alarme. Mas esses sistemas de segurança de ponta
não se contentam com apenas um. Não, geralmente todos
os andares estão cheios deles. Cada ladrilho ou pé quadrado
de madeira é sensível à pressão. Quando uma sala é fechada e a
segurança é ativada, qualquer pressão nessas almofadas sinaliza o
alarme. Superá-los exige desativá-los ou, de alguma forma, flutu-
ar ou voar sobre eles. Eles disparam a 9kg de pressão.
Portões: Em muitas mansões e museus, ser pego invadindo
uma sala fora dos limites significa ficar naquela sala. A razão para
isso é que o acionamento de qualquer tipo de sensor (movimen-
to, pressão, infravermelho) em uma área restrita significa que as
entradas e saídas ficam subitamente fechadas por portões de aço.
Quer sejam de barras ou de malha de aço, esses portões desabam
e geralmente retêm os intrusos indefinidamente. Suponha que
esses portões tenham as seguintes estatísticas: Durabilidade 3,
Tamanho 6, Estrutura 9.
Quartos Seguros: Os quartos seguros, que ficaram famosos
no filme Quarto do Pânico, estão crescendo em popularidade.
Pouco mais do que uma sala quadrada fortemente fortificada
com uma porta, a sala segura é um bunker combinado, cofre
de banco e abrigo para bombas. Estes quartos oferecem 10 pole-
gadas de defesa de concreto por todos os lados, reforçados por
chapas de aço e uma porta de aço. A sala é monitorada por sua
própria câmera e sistema de segurança, os quais permanecem
desconectados do sistema principal. Se a segurança primária for
ignorada, o sistema da sala de pânico permanecerá ativo. Essas
salas geralmente têm mais de 5 horas de iluminação de backup
alimentada por bateria e oferecem uma linha telefônica separada
com a qual entrar em contato com algum tipo de segurança. As
salas seguras devem ser estocadas com os itens de sobrevivência
adequados (primeiros socorros, lanterna, comida e água) e po-
dem conter outras adições (armas, bens valiosos). Suponha que a
porta de uma sala segura tenha as seguintes estatísticas: Durabili-
dade 5, Tamanho 7, Estrutura 12.
Sistema de Segurança, Manequim
Custo •
Personagens sem muito dinheiro (ou que não desejam gas-
tá-lo em um sistema caro) podem comprar as armadilhas físicas
de um sistema de segurança sem toda a tecnologia para fazer o
backup. Um sistema de segurança fictício pode vir com adesivos
para colar nas janelas ou uma placa para colocar no gramado
da frente (“Protegido pela WLD Segurança!”). Os sistemas falsos
também oferecem itens fictícios, como sensores de movimento,
câmeras e touchpads. Outras versões podem ameaçar “Cuidado
com o cachorro” ou até tocar uma trilha sonora de um cachorro
latindo, desencadeado por movimento na porta da frente. Da
mesma forma, as lojas de varejo evitam a segurança real pela pro-
teção do falso. Os detectores de roubo na porta podem parecer
reais, mas são realmente apenas grandes plásticos.
Essas falsificações geralmente enganam os criminosos de
nível inferior que não estão dispostos a criar problemas para apa-
relhos de DVD baratos. Qualquer invasor que se deparar com o
sistema fictício pode querer examiná-lo com um teste de Inteli-
gência + Furto para determinar se este é ou não um sistema real
ou apenas uma maquete.
Barato como Segurança Gratuita
Personagens astutos podem criar segurança
fácil (e principalmente gratuita) em tempo real,
quando necessário. Essa segurança da sarjeta
não será bonita, mas funciona. Somente um
sucesso é necessário em um teste Raciocínio +
Ofícios para fazer a maioria dessas configura-
ções rudimentares. Alguns exemplos são os
seguintes:
• Às vezes, os sem-teto espalham um raio
de 1,5 a 3 metros de casca de amendoim
ou vidro quebrado ao redor deles enquanto
dormem. Qualquer pessoa que pisar nos
escombros acordará o vagabundo.
• As crianças sabem como fazê-lo. Ao
proteger uma casa na árvore, uma criança
pode amarrar um fio de pesca ou barbante
com latas, arruelas ou sinos de vento ao
longo de seu comprimento. Qualquer pes-
soa que entre em contato com esses itens
fará barulho. Essa segurança primitiva não
é relegada apenas para crianças.
• Enquanto dorme em um quarto de motel
ou mesmo em seu próprio quarto, um per-
sonagem pode acumular um monte de lixo
na porta. Qualquer coisa, de vassouras a
latas de tinta, funciona. Quem tentar entrar
por aquela porta fará bastante barulho.
• Consiga um cachorro. Não, um cachorro
não é tecnicamente livre (e não precisa de
um teste de Ofícios para mantê-lo), mas os
cães podem ser comprados na maioria dos
abrigos por apenas alguns dólares. Cães
são criaturas territoriais e tendem a latir
para possíveis invasores.
Segurança Sobrenatural
Os vampiros fazem uso frequente de sistemas de seguran-
ça. Poucos têm o sistema que automaticamente disca para a
polícia ou dispare contra invasões, porque o que os Membros
querem que a polícia arrombe a porta do seu refúgio? Geral-
mente, os Membros preferem ter o sistema de segurança mor-
tal de discagem automática para os empregados Amaldiçoados
ou mantido sob seu domínio, se isso significa uma força de
segurança bem paga, guarda-costas escravo ou um assistente
ghoul “Minha Gal Sexta-feira”. Além disso, os Amaldiçoados
podem reconfigurar seus detectores de movimento para de-
tectar uma faixa mais ampla de temperaturas corporais, para
incluir os corpos frios de seus companheiros mortos-vivos.
Alguns vampiros fornecem seus sistemas de segurança
com modificações sobrenaturais. Rumores falam de um ritual
de Crúac (às vezes chamado de “Olhos de Bruxa”) que envol-
ve fileiras de Vitae através de portas e peitoris de janelas, e
qualquer coisa que cruze essas linhas aparece como imagens
nebulosas na mente do vampiro por um único momento. O
vampiro sabe que a linha foi ultrapassada e, potencialmente,
quem a atravessou. Alguns dizem que os Membros do Lancea
Sanctum e Ordo Dracul conseguiram proteger seus santuários
de várias maneiras estranhas. Alguns Membros invocam bar-
reiras invisíveis que, quando atravessadas, fazem com que os
invasores se sintam fracos e confusos. Outros Membros usam
uma feitiçaria estranha para manter animais como cobras,
corvos, cães e gatos escondidos nas sombras e funcionando
como sistemas de segurança vivos (aqueles com presas, dentes
e garras).
Os lobisomens urbanos não rejeitam a tecnologia mo-
seguranca e armadilhas 185
 derna de imediato e podem usar esses sistemas para proteger
suas casas ou territórios. Alguns espíritos podem ser intimida-
dos ou persuadidos a manter os olhos voltados para os terri-
tórios dos lobisomens, além de agirem como olhos e ouvidos
invisíveis. Os lupinos dentro e fora das cidades também fazem
uso de armadilhas (veja abaixo). Por fim, qualquer sistema de
segurança combinado com os “Dons de Proteção dos Destitu-
ídos” (pp. 143-145 de Lobisomem: Os Destituídos) pode ser
bastante poderoso para proteger o território de uma alcatéia.
Os magos também usam segurança mortal, aprimorada
com magia. As lendas falam de sistemas de segurança “vivos”
que se opõem ativamente a intrusos com um tipo de cons-
ciência alienígena. Outras histórias falam de armadilhas de
poço ensorceladas que capturam intrusos e os trancam em
lugares escuros e sombrios fora dos limites normais do mundo
físico. Algumas histórias até sugerem que magos aprenderam
a aproveitar ou escravizar o poder de fantasmas inquietos para
vigiar os domínios dos magos. Os magos do Mysterium, em
particular, têm muito orgulho de suas vastas bibliotecas e os
protegem com o que estiver disponível.
Armadilhas
As armadilhas não chamam a polícia quando acionadas
e não podem ser desativadas com a senha adequada. Os per-
sonagens que montam armadilhas podem ficar presos por um
conjunto de dentes de metal enferrujados ou quebrar uma
perna em um buraco escuro.
Quem usaria invenções tão cruéis como a segurança pri-
mitiva? Os sobreviventes podem usar armadilhas do tamanho
de humanos para conter ou até matar invasores. Lobisomens
e seus parentes de sangue de lobo que vivem no deserto po-
dem não querer confiar na tecnologia para manter seu territó-
rio seguro, e podem pontilhar a área com armadilhas ou arma-
dilhas para surpreender invasores incautos. Alguns vampiros e
feiticeiros das trevas usam sistemas elaborados de armadilhas
para capturar e matar presas. Aqueles mortais ou outras cria-
turas que se encontram vivendo em áreas perigosas podem, de
maneira similar, montar armadilhas um pouco maiores que o
habitual, por precaução.
Algumas armadilhas podem ser compradas, mas a maio-
ria deve ser armada e oculta. Isso pode significar ocultar um
fio de disparo, cobrir e camuflar um poço ou esconder uma
armadilha de mandíbula. Para ocultar uma armadilha, é ne-
cessário um teste de Raciocínio + Furto, disputado por testes
de Raciocínio + Autocontrole ou Raciocínio + Investigação
de qualquer testemunha para identificar a armadilha antes
de acioná-la. Os personagens que escondem uma armadilha
podem ganhar bônus de até +3 se o ambiente for rico em
ocultação em potencial (floresta densa, lixeira, escuridão) ou
penalidades até –3 se o ambiente oferecer pouca oportunida-
de de ocultação (escritório bem iluminado, vazio armazém,
rua movimentada).
Cada tipo de armadilha vem com várias estatísticas im-
portantes. Primeiro é o nível de dano de uma armadilha. Se
um personagem dispara uma armadilha, ele sofre automatica-
mente o nível de Dano. O mesmo número de dados também
é rolado, com qualquer sucesso sendo adicionado ao dano
total causado. Portanto, uma armadilha com um Dano de 4
inflige quatro pontos de Vitalidade automaticamente. Quatro
dados são então rolados. Cada sucesso adiciona outro ponto
de dano ao total. Se dois sucessos são rolados, o dano total é
seis. Algumas armadilhas permitem que a Defesa de um per-
sonagem se aplique a esse teste. Os danos podem ser contun-
186 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
dentes ou letais e são listados em cada armadilha.
As armadilhas também vêm com um Modificador de
Montagem. Algumas armadilhas são mais fáceis de configurar
do que outras. Este modificador adiciona ou subtrai do teste
de um personagem ao manipular a armadilha (veja abaixo).
Montagem de Armadilhas
Parada de Dados: Destreza + Ofícios + Equipamento
Ação: Estendida (cinco a 15 sucessos; um teste é igual a
30 minutos de trabalho)
Montar ou construir uma armadilha é uma ação esten-
dida. Os personagens podem comprar algumas armadilhas,
enquanto outros exigem improvisação. As armadilhas podem
ser projetadas para prender, prejudicar ou até matar um intru-
so. Algumas armadilhas são de construção simples (cavar uma
cova do tamanho de um corpo; são necessários cinco suces-
sos) ou complexas (montar um cabo de disparo que, quando
acionado, dispara uma espingarda em uma área específica;
são necessários 15 sucessos). Quanto mais complexa a arma-
dilha, maiores serão os sucessos necessários.
Algumas armadilhas requerem ferramentas específicas.
Uma pá seria necessária para cavar um poço, um machado
poderia ser necessário para derrubar árvores e assim por dian-
te. Outros itens necessários podem ser fios, facas, alicates ou
similares. Se o personagem não possui o equipamento neces-
sário, ele opera com uma penalidade de –2 ao fazer sua arma-
dilha. A falta de todo o equipamento adequado significa que
ela não pode tentar fazer a armadilha.
Se um personagem deseja criar uma armadilha menos
prejudicial, ele pode voluntariamente reduzir o dano auto-
mático que uma armadilha específica causa (preenchendo o
fundo de uma cova, por exemplo), embora os dados de dano
não possam ser reduzidos dessa maneira.
A critério do Narrador, um personagem pode fazer a
montagem rolando com Sobrevivência no lugar de Ofícios.
Isso só deve ser permitido se o personagem estiver fazendo
a armadilha no deserto. Da mesma forma, a armadilha deve
ser feita a partir do ambiente circundante (árvores, pedras,
barrancos) e não de itens feitos pelo homem.
Resultados do Teste
Fracasso Dramático: O personagem sofre dois pontos
de dano (contundente ou letal, dependendo da gravidade da
armadilha) enquanto desencadeia uma resposta precoce e in-
feliz do dispositivo. Ele pode cair no buraco que cavou ou
acidentalmente fechar a armadilha sobre si.
Fracasso: O personagem não faz progresso na elaboração
de uma armadilha útil.
Sucesso: O item sai como projetado.
Sucesso Excepcional: O personagem completa a armadi-
lha com uma velocidade alarmante. Ele também pode adicio-
nar +1 ao teste para ocultar a armadilha ou adicionar +1 ao
nível de Dano da armadilha.
Equipamento Sugerido: Ferramentas apropriadas,
como martelo, serra ou pá (+1 por item)
Penalidades Possíveis: Distrações (–1), Ambiente peri-
goso (–2)
Estrepes (Cravos para Pneus)
Dano 1 (L), Montagem 3, Durabilidade 3, Tamanho 1,
Estrutura 4, Custo ••
Estrepes parecem brinquedos de uma criança, exceto
que são pretos, metálicos e com pontas. Um personagem
pode espalhar uma estrada ou passagem com estrepes
na esperança de danificar os pneus de um carro ou os
pés de um alvo. Como alternativa, os estrepes podem
ser comprados em uma faixa longa e colocados em
uma estrada.
Se os estrepes danificarem os pneus de um carro,
eles podem se romper (consulte “Estatísticas do pneu”
na p. 142 do Livro de Regras do Mundo das Trevas).
Contra pneus de veículos, cascos de um cavalo ou qual-
quer coisa com um tamanho igual ou Superior a 8, o
nível de dano dos estrepes é 2 (L); eles causam dois da-
nos letais automáticos e dois dados são lançados para
causar dano adicional.
O dano dos estrepes ignora automaticamente um
ponto da Durabilidade de um item. Se feito para uma
pessoa ou animal, considera-se que os estrepes pos-
suem Perfurante de Armadura 1.
Estrepes são fáceis de montar, pois exigem pouco
mais que posicionamento estratégico na estrada ou na
passarela. Suponha que isso exija apenas cinco suces-
sos no teste de Montagem de Armadilhas. Esse teste
pode ser feito com +3 (de acordo com o modificador
de Montagem listado acima). Os personagens podem
tentar fazer seus próprios estrepes, o que exige 10 suces-
sos no teste de Montagem de Armadilhas.
Esconder os estrepes, por outro lado, pode ser di-
fícil, pois é óbvio. Os personagens podem tentar usar
áreas de luz solar e sombra para esconder os espinhos,
mas isso pode ser difícil. O teste Raciocínio + Furto
para escondê-los é feito com –3 dados. Personagens
que identificam os espinhos podem evitá-los com se-
gurança. Se estiver dirigindo em condições precárias,
o Narrador pode exigir que os personagens façam um
teste de Destreza + Condução para evitar ativamente
os estrepes.

Queda Mortal
Dano variável, Montagem variável, Durabilidade
3, Tamanho 5, Estrutura 8, Custo n/a
Uma armadilha de queda é uma rocha ou outro
peso pesado suportado por uma barra travada em ân-
gulo reto. Quando alguém ou algo tropeça em um gati-
lho oculto, a barra bloqueada sai da posição. Quando
isso acontece, o peso recai sobre a vítima inocente.
Suponha que, para cada 45kg de peso colocado
na queda, ele causará um ponto de dano contundente.
No entanto, para cada 45kg colocadas na queda, o mo-
dificador de Montagem diminui em um até um máxi-
mo de –5. Portanto, qualquer objeto igual ou superior
a 225kg confere a penalidade total de –5 ao teste de
Montagem de Armadilhas.
Um personagem pode tornar letal o dano de
uma armadilha de queda. Adicionar objetos pontiagu-
dos (cacos de vidro, pregos, bordas de metal) tornará
o dano letal, mas também tornará a armadilha mais
difícil de manusear e manipular. Tornar o item letal
confere uma penalidade de -1 ao teste de Montagem de
Armadilhas, além de quaisquer modificadores que já
existem (máximo de –5 de penalidade).
A montagem de uma armadilha de queda mortal
requer um total de 10 sucessos. Esconder a queda mor-
tal é difícil, porque exige ocultar uma grande massa de
um indivíduo inocente. Suponha que esse teste para

seguranca e armadilhas 187

 ocultar seja feito com uma penalidade de –3, embora a cober-
tura ambiental apropriada possa anulá-lo.
Um personagem que não consegue ver a armadilha e
a aciona ainda pode aplicar sua Defesa contra a rolagem de
dano. Um personagem ainda recebe o nível de Dano base da
queda mortal, mas pode potencialmente evitar mais danos ro-
lando para fora do caminho ou movendo-se com o movimen-
to da armadilha (conforme refletido pela Defesa).
Armadilha de Mandíbula
Dano 2 (C/L), Montagem 2, Durabilidade 3, Tamanho contar como um poço já existente que pode ser usado para
2, Estrutura 5, Custo •
A armadilha de mandíbula (às vezes chamada de armadi- ser adequadamente ocultado por um teste de Raciocínio +
lha para as pernas) é, como o nome sugere, uma mandíbula de Furto disputado por um teste de Raciocínio + Autocontrole.
metal aberta. Quando um animal ou pessoa pisa em um prato
encontrado no centro da armadilha, as mandíbulas se fecham
sobre o membro. As armadilhas de mandíbula são comuns en-
tre caçadores e agricultores que procuram prender pequenos
animais, coiotes ou lobos.
Essa armadilha pode causar danos contundentes ou le-
tais. As armadilhas de mandíbula que causam danos letais
têm garras de metal com bordas afiadas e serrilhadas. As arma-
dilhas que causam danos contundentes estão sem os dentes e
são simplesmente garras de metal planas. Personagens presos
em um deles podem escapar. Para fazer isso, é necessário um
teste de Força + Esportes bem sucedido, com uma penalidade
de -1, devido à dor que causa distração. Um personagem pode
encontrar seu braço preso em uma armadilha de mandíbula
por caçadores inteligentes que colocam “isca” no centro ocul-
to da armadilha. Quando um personagem alcança a isca (um
relógio, uma carteira, uma pequena bolsa), ele aciona o prato,
e a armadilha se fecha com força no pulso ou no antebraço.
Personagens que tentam escapar desse tipo de armadilha fa-
zem o teste de Força + Esportes com –3 por causa do braço
preso.
Animais sem polegares opostos não podem se libertar
dessa maneira, embora algumas criaturas como coiotes sejam
conhecidos por mastigar membros para controlar fugas.
A configuração de uma armadilha de mandíbula requer
cinco sucessos no teste de Montagem de Armadilhas.
Armadilha de Poço
Dano variável, Montagem 2, Durabilidade n/a, Tama-
nho variável, Estrutura n/a, Custo n/a
Cavar um poço de 3x3 metros exige cinco sucessos no
teste de Montagem de Armadilhas. Para cada 1,5 metros
quadrados adicionais adicionados ao poço, outro sucesso é
necessário neste teste. Um poço de 6x6 metros exigiria sete
sucessos totais. O nível de Dano de um poço é contado pela
profundidade do poço. Um poço causa um ponto de dano
a cada 3 metrosde profundidade. Um poço de 3 metros de
profundidade teria um dano de 1, enquanto um poço de 15
metros de profundidade teria um dano de 5.
Um personagem pode adicionar outras modificações a
uma armadilha para torná-la mais perigosa. Forrar o fundo
do poço com objetos pontiagudos torna o dano letal. Tornar
as paredes do poço escorregadias, lisas ou pouco anguladas
confere uma penalidade de –3 a quaisquer jogadas feitas no
esforço de escapar do poço. Cada uma dessas modificações
subtrai um dado do teste de Montagem de Armadilha do per-
sonagem.
Ocultar uma armadilha requer cobri-la de alguma for-
ma, talvez com um cobertor coberto de folhas, um ninho de
188 capitulo cinco - equipamentos e acessorios
gravetos e detritos ou um tapete ou carpete. Se uma vítima
desavisada não perceber a armadilha e cair nela, ela pode ten-
tar escapar com um teste de Escalada (consulte a página 64, o
Livro de Regras do Mundo das Trevas). Este teste é estendido
se o poço for mais fundo que 3 metros, de acordo com as
regras de “Escalada”.
Alguns poços não precisam ser cavados, e o teste de
Montagem de Armadilhas pode ser ignorado. Uma grade de
esgoto solta em uma rua abandonada, uma ravina natural ou
um abismo na floresta ou um bueiro escondido podem todos
prender uma vítima involuntária, embora o poço ainda deva
Fezes e Veneno
Qualquer armadilha que cause ferimentos
graves e corta a carne pode ser agravada,
manchando as partes afiadas com fezes ou
veneno.
O exemplo mais famoso disso foi a estaca
punji, uma ferramenta simples usada pelos
vietcongues na guerra do Vietnã. O punji
era um graveto afiado (tão pequeno quanto
um lápis ou tão grande quanto uma lança)
colocado no fundo de uma armadilha
oculta ou simplesmente no chão, por cami-
nhos bem gastos. Os soldados americanos
caíram ou pisaram nessas varas e furaram
a pele ou atravessaram pela bota. Os paus
estavam cobertos de matéria fecal para
ajudar a promover a infecção e manter o
soldado fora de combate a longo prazo.
As fezes não precisam estar no palito, no
entanto. As fezes podem ser esfregadas em
qualquer superfície afiada ou pontiaguda.
O veneno ou outras toxinas também podem
funcionar dessa maneira. Um personagem
pode amarrar uma armadilha com veneno
de cobra, repelente de insetos, sangue do-
ente, uma droga soporífica ou até LSD líqui-
do. As histórias dizem que um terror urbano
mata de longe, atando pequenas agulhas
ocas com venenos potentes e sangue infec-
tado. Eles dizem que a polícia encontrou
essas agulhas nas cavidades de retorno de
moedas dos telefones públicos, nas covas
coloridas das crianças nos playgrounds de
fast food e nos dispensadores de papel
higiênico nos banheiros públicos.
Consulte “Venenos e Toxinas” na p. 181 do
Livro de Regras do Mundo das Trevas
para obter informações sobre os efeitos de
várias toxinas no corpo humano. O excre-
mento tem um nível de Toxicidade (injeção)
de 3. O teste de Vigor + Perseverança para
resistir é estendido (cada teste representa
uma hora) e sofre uma penalidade de -3.
São necessários dez sucessos para superar
 a infecção, e todo fracasso no teste causa um
ponto de dano contundente, que se recusa
a curar até que todos os 10 sucessos sejam
acumulados. Se algum dos testes de Resistên-
cia falhar, um personagem infectado começará
a sofrer uma penalidade de –2 em todos os
outros testes, o que não desaparece até que
todo o dano causado pela doença seja curado.
O repouso na cama concede um bônus de +2
ao teste de Resistência.
Armadilha de Projéteis
Dano variável, Montagem –3, Durabilidade 3, Tamanho 3,
Estrutura 6, Custo n/a
Fazer uma armadilha de projétil envolve equipar uma arma
de projétil (provavelmente uma arma de fogo) para disparar em
uma área quando acionada. Essa armadilha pode envolver trope-
çar em um fio ou pisar em um prato. De qualquer maneira, essa
ação literalmente puxa o gatilho da arma.
O dano de um dispositivo desse tipo é o dano da arma de
fogo usada, reduzida pela metade (arredondada para cima). Um
revólver pequeno, normalmente Dano 2, teria um Dano 1. Um
rifle na armadilha normalmente causa Dano 5, mas aqui faria
Dano 3. O dano da armadilha é letal e automático. Um número
de dados igual a esse nível também deve ser rolado (como todas
as armadilhas). Os sucessos nesse teste são tomados como dano
adicional, mas o alvo da armadilha pode aplicar sua Defesa, po-
tencialmente diminuindo ou evitando esse dano adicional.
Fazer uma armadilha como essa é difícil. Requer 15 suces-
sos totais no teste de Montagem de Armadilhas, e esse teste
também é feito com uma penalidade de –3 (de acordo com o
modificador de Montagem listado acima).
Laço
Dano 1 (C), Montagem 1, Durabilidade 1, Tamanho 5,
Estrutura 6, Custo n/a
Na sua essência, uma armadilha é um laço escondido de
corda, barbante ou arame destinado a capturar o membro de
uma criatura e detê-lo. A maioria das armadilhas arrasta os ca-
tivos e os levanta no ar, dificultando ainda mais a fuga. Como
uma queda da morte, uma armadilha de laço não é comprada,
mas construída.
Fazer uma armadilha requer sete sucessos no teste de
Montagem de Armadilhas. A armadilha de laço feita com este
teste pode içar uma criatura que pesa até 90kg. Qualquer coi-
sa além disso é muito pesada. Para cada 20kg de peso acima
de 90kg que o personagem deseja que o laço segure, ele deve
obter um sucesso adicional no teste. Se ele quiser que a ar-
madilha segure uma criatura de 130kg, ele precisaria de nove
sucessos totais.
Personagens que são presos por armadilhas terão difi-
culdade em escapar. É preciso ser capaz de subir para cima
enquanto oscila e tentar desfazer ou afrouxar o laço. Um per-
sonagem deve ter sucesso em uma Força + Destreza para fazer
isso, mas o faz com uma penalidade de –4. Uma exceção a isso
é se o personagem tiver uma faca ou outro objeto pontiagu-
do com o qual cortar a armadilha; nesse ponto, ele deve ter
sucesso em um teste de Força + Armamento com apenas um
modificador –2.
seguranca e armadilhas 189
Eles
me chamam de
hnakaung shay,
“nariz comprido”,
porque sou america-
no. Eles me observam
como corvos nervosos até
eu pegar a maleta e abrir
a trava. Então eles desmaiam
e sorriem.
Esses birmaneses pertencem a um
dos 100 exércitos de senhores da
guerra que controlam esse país fodido
por DEUS. Tudo foi cortado tão finamen-
te: a cada poucos quilômetros, as leis e
os nomes mudam, mas as DROGAS, ARMAS e DI-
NHEIRO permanecem os mesmos. Estou aqui ape-
nas para vender meus produtos.
Ficamos ali ao sol, caminhões à nossa volta, ar-
mas apontadas para as minhas costas. O cara prin-
cipal - Kun Lone, acho que é o nome dele - é um dos
superiores do exército do diretor Shan do norte. Kun
Lone está tentando trazer heroína de volta para esta re-
gião desde que foi adquirida por laboratórios de metanfe-
tamina administrados por monstros sugadores de sangue. Isso é
problema dele. O que há no caso é meu.
Ele puxa uma das pistolas.
É uma RUGER MARK III HUNTER, aço inoxidável e brilhante
como o inferno. Ele olha seu reflexo no cano. Meu cora-
ção está batendo. Eu sei que ele poderia me matar ago-
ra, pegar minhas mercadorias e ir embora, deixando
meu corpo para um leopardo faminto. Mas o olhar em
seus olhos é bom.
É engraçado.
Os birmaneses adoram pistolas. Elas são difí-
ceis de conseguir.
Os AKs, os Kalashnikovs, são fáceis.
Mais comum que sapatos. Pistolas, porém,
são uma marca de distinção, pistolas
são arte.
Ele me joga uma sacola de dinheiro
e fecha a mala, depois me ofere-
ce um sorriso sem graça. É um
acordo, e ainda estou vivo.

AMÉM.
 Capitulo Seis:
Capítulo Seis:
Armas e o
Armas e o
Mundo das
Mundo das Trevas
Trevas
Para um personagem que abusa alegremente dos itens apresentados neste
livro, sem pensar nas leis locais, as consequências podem incluir uma equipe
de batidas policiais abrindo caminho pela porta da frente às três horas da ma-
nhã, enquanto uma granada de gás lacrimogêneo atravessa janela do quarto
dele. Este capítulo examina as questões legais, sociais e práticas que enfrentam
um personagem armado nos Estados Unidos e em outras nações ao redor do
mundo.

“Estou ligando agora de
Posso Mesmo...?
Sim. As leis citadas aqui são atuais até a redação deste livro (meados de
2005). Optamos por apresentar o mundo real como uma linha de base e permi-
tir que os Narradores individuais o adaptem aos seus próprios jogos do Mundo
das Trevas, conforme entenderem. Dependendo do tipo de jogo que você deseja
executar, as autoridades de sua crônica podem ser corruptas, permitindo que o

Honduras
mercado negro corra galopante, ou as autoridades podem exercer um controle
“Estou ligando agora de Hon- rígido para impedir que qualquer pessoa que se oponha a seus lacaios se arme
Eu sou um homem desespe-
duras legalmente, usando as leis de armas como mais uma ferramenta para esmagar

rado
Eu sou um homem desespera- potenciais criminosos.
do A posse de armas é uma questão política ou moral altamente controversa
Mande advogados, armas e
Mande advogados, armas e para cidadãos de qualquer nação. Este livro não tenta discutir nenhum lado
dinheiro
dinheiro
da questão. Como sempre, incentivamos você a se educar e a formular suas
A merda atingiu o ventilador. próprias opiniões informadas.
A merdaZevon,
atingiuadvogados,
o ventila-
Nota Criticamente Importante: Não considere nada neste capítulo como
- Warren
dor.
aconselhamento jurídico para você, leitor. Faça sua própria pesquisa e verifique
armas e dinheiro suas descobertas antes de tomar qualquer ação que possa ser contra a lei em que
você mora. Nós não somos responsáveis por suas travessuras ilegais.

- Warren Zevon, advoga-

dos, armas e dinheiro
Se Preparando
O primeiro passo para usar e abusar de armas é, obviamente, obtê-las.
Um personagem que quer colocar as mãos em uma arma tem várias opções
disponíveis.

Armas Civis
Nos Estados Unidos, a lei federal define amplamente as armas que os ci-
dadãos particulares podem possuir livremente. Não há restrições sobre armas
brancas. Uma arma de fogo civil-legal pode não ser totalmente automática e
não pode ser classificada como um “dispositivo destrutivo” ou “qualquer outra
arma” nos termos da Lei Nacional de Armas de Fogo de 1934 (consulte Itens
não seguros para crianças, a seguir). Os rifles devem ter canos de pelo menos 16
polegadas de comprimento, as espingardas devem ter canos de pelo menos 18
polegadas de comprimento e todas as armas de ombro devem ter pelo menos
26 polegadas de comprimento total (com estoques dobráveis totalmente esten-
didos, se aplicável). Alguns estados adotaram restrições adicionais, mas essas leis
se aplicam em todo o país.
O método mais óbvio de comprar uma arma de fogo é comprá-lo através
de um revendedor de armas. A lei federal exige que o vendedor faça uma verifi-

192 capitulo seis - armas e o mundo das trevas

cação de antecedentes em qualquer transação de arma de fogo
se o vendedor tiver uma licença federal de armas de fogo (por
exemplo, é um revendedor de armas) ou se o comprador for
um residente de um estado diferente. As verificações de ante-
cedentes normalmente levam menos de 10 minutos durante
o horário comercial normal. O vendedor liga para a Divisão
de Serviços de Informações sobre Justiça Criminal do FBI
e fornece o nome e o número de segurança social (SSN) do
comprador. Se a verificação de antecedentes for limpa (con-
sulte a barra lateral), a compra terá o selo de aprovação do
governo federal. Alguns estados exigem um período de espera
para compras, um atraso de vários dias entre a transação e o
tempo em que o comprador pode se apossar da arma, mas não
há lei federal nesse sentido.
A compra de uma arma de fogo de outro cidadão parti-
cular não requer uma verificação de antecedentes, desde que
o vendedor e o comprador morem no mesmo estado. Alguns
estados exigem o registro de todas essas transações, enquanto
outros não as regulam; os últimos incluem Alabama, Alasca,
Geórgia, Idaho, Kentucky, Maine, Mississippi, New Hamp-
shire, Carolina do Sul, Texas, Vermont e Virgínia Ocidental.
Mesmo em estados que não exigem registro, um vendedor
particular ainda é responsável se vender uma arma de fogo a
alguém proibido de possuí-la. Se um cidadão privado vender
uma arma registrada para ele e a arma for usada posteriormen-
te em um crime, a polícia rastreará a arma de volta para ele,
não para o proprietário real.
Números de Série
Cada arma de fogo é fabricada com um número de sé-
rie único. Esse número é carimbado ou impresso nas partes
principais da arma: no mínimo, no receptor, e geralmente no
cano e na armação. O número de série é como varejistas e
governos registram transações e propriedade de armas especí-
ficas. Estar na posse de uma arma de fogo com um número
de série obscurecido ou removido é crime. Quando a polícia
apreende uma arma de fogo como prova, ela normalmente
executa seu número de série em um banco de dados nacional
para verificar se a arma está listada como roubada ou ligada a
outros crimes.
Legalidades
Segundo a lei federal dos Estados Unidos,
os seguintes fatores impedem um persona-
gem de possuir ou comprar explosivos ou
uma arma de fogo:
• Ter qualquer condenação ou acusação
atual por um crime com uma possível sen-
tença de prisão de mais de um ano, inde-
pendentemente da punição efetiva imposta.
• Ser fugitivo da justiça (por exemplo, sujei-
to a um mandado de prisão ativo).
• Uso ilegal e/ou dependência de uma
substância controlada, incluindo qualquer
teste positivo de drogas no ano passado ou
várias prisões por acusações de substâncias
controladas nos últimos cinco anos.
• Ser julgado mentalmente defeituoso ou
incompetente, ou estar involuntariamente
comprometido com uma instituição mental.
Isso inclui acusações criminais pelas quais
o personagem foi considerado inocente por
motivo de insanidade.
• Ser um estrangeiro ilegal ou residente
legal que não se enquadra especificamente
na propriedade de armas de fogo.
• Ser desonrosamente dispensado do servi-
ço militar.
• Renúncia à cidadania dos Estados Unidos.
• Ter qualquer condenação por delito pelo
uso de força física ou ameaça de uso de
força mortal em uma situação de violência
doméstica, ou estar sujeito a uma ordem de
proteção emitida por violência doméstica.
Vários dos procedimentos legais menciona-
dos neste capítulo fazem uso de verificações
de antecedentes realizadas por ou através
de autoridades federais. Uma verificação
básica de antecedentes, como a realizada
quando um personagem tenta comprar uma
arma de fogo ou solicita uma licença C&R
FFL (Licença Federal de Armas de Fogo de
Colecionador de Raridades e Relíquias), é
simplesmente uma verificação do banco de
dados do NICS (Sistema Nacional de Verifi-
cação de antecedentes criminais instantâne-
os) contra o SSN do requerente. Este banco
de dados contém registros completos de
todos os fatores acima. O NICS não acessa
atestados de óbito, que podem ser relevan-
tes para um personagem que esteve ou está
morto.
Um personagem que solicita uma permissão
de FFL ou de explosivos enfrenta um exame
mais detalhado. Isso começa com uma pes-
quisa de registros semelhante à verificação
básica do NICS, mas que é executada con-
tra as impressões digitais do solicitante, não
seu SSN, o que torna problemático o uso
da identificação forjada. Após esse procedi-
mento, os investigadores federais examinam
seu histórico de crédito, confirmam seu
histórico de emprego e residência, verifi-
cam os registros dos tribunais de todas as
jurisdições em que viveu na última década
e entrevistam as pessoas que ela lista como
referências pessoais. Essa pesquisa intensiva
não inclui registros médicos, mas seu es-
copo descobrirá um atestado de óbito, que
os investigadores terão como prova de que
seu candidato roubou a identidade de uma
vítima morta.
armas civis 193
 Licenças Federais de Armas de Fogo
Uma licença federal de armas de fogo (FFL) é uma licen-
ça emitida pelo Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de
Fogo e Explosivos (coloquialmente “ATFE” ou apenas “ATF”)
que permite ao titular fazer transações de armas de fogo por
correspondência e através das linhas estaduais e operar um
negócio de varejo em armas. Além disso, a maioria dos fabri-
cantes oferece preços de revendedor aos detentores de FFL
(normalmente • Custo mais baixo).
Para obter uma FFL, um personagem deve se inscrever
através do ATFE. Esse processo leva até um mês e meio e exige
uma taxa de inscrição (Custo •). O candidato deve passar por
uma verificação de antecedentes federal e uma entrevista com
os investigadores da ATFE, e deve ter um site para conduzir
seus negócios. Sabe-se que o ATFE audita os detentores de
FFL sem aviso prévio e é provável que um indivíduo que não
esteja usando seu FFL para administrar uma empresa enfrente
problemas legais. Um detentor da FFL também é obrigado
a relatar qualquer perda ou roubo de uma arma de fogo ao
ATFE dentro de 48 horas.

Colecionador de Raridades e Relíquias

Um colecionador de raridades e relíquias FFL é um tipo
restrito de FFL que se aplica principalmente a colecionadores
de armas de fogo. Um detentor de C&R pode comprar armas
de fogo por correspondência e através de linhas estaduais, des-
de que as armas tenham sido fabricadas antes de 1946 ou este-
jam em uma lista de armas de fogo colecionáveis que o ATFE
mantém e atualiza regularmente. O processo de inscrição para
um C&R é o mesmo que para uma FFL, menos a entrevista e
a prova de ter um site de negócios.

Itens Não Seguros para Crianças

Os itens que os cidadãos comuns não podem comprar
na loja de armas local incluem supressores, espingardas e es-
pingardas de cano curto, armas totalmente automáticas ou
qualquer coisa que se enquadre na categoria “dispositivo
destrutivo” ou “qualquer outra arma” (AOW). Os dispositi-
vos destrutivos incluem explosivos, munição perfurante, in-
cendiários, gás venenoso e todas as armas de fogo com um
diâmetro maior que meia polegada (com exceção das espin-
gardas Esportivas). Espingardas totalmente automáticas não
são enfaticamente esportivas. AOW é uma categoria ampla e
pouco definida que inclui armas de fogo escondidas em cane-
tas, bengalas, telefones celulares e outras caixas, além de itens
como caixas de maleta para submetralhadoras. As armas de
fogo restritas são coletivamente chamadas de “armas de fogo
da NFA”, após a Lei Nacional de Armas de Fogo que as classi-
ficou, ou como armas de “Classe 3”, após a classificação fiscal assinada por um chefe de polícia local (chefe de polícia, xerife,
especial que se aplica a seus revendedores. Todas as armas de procurador distrital, chefe de polícia estadual ou procurador
fogo da NFA são registradas no Registro da NFA, um banco geral do estado). O chefe da aplicação da lei deve atestar que
de dados federal. o comprador mora dentro de sua jurisdição e que não possui
Para adquirir uma arma de fogo da NFA, um civil deve informações de que o comprador pretende usar a arma para
comprá-la de um revendedor ou outro cidadão em seu estado fins ilegais. Esse processo complicado reduz as transações rá-
de origem (a menos que tenha uma licença C&R e a arma seja pidas ou casuais de armas automáticas. Também garante que
uma arma C&R). Além do preço de venda, ele também deve as armas de fogo da NFA registradas legalmente não vejam
pagar um imposto de transferência de US $ 200, que é inci- muito uso criminoso nas mãos de seus proprietários.
dental próximo aos milhares ou dezenas de milhares de dó- Qualquer pessoa que possua uma arma de fogo da NFA é
lares que normalmente custa uma arma de NFA do mercado legalmente responsável por mantê-la protegida o tempo todo.
civil. Ele também deve enviar ao ATFE um formulário que in- Parte da documentação que um comprador assina concede ao
clua suas impressões digitais, sua fotografia e uma declaração ATFE o direito de revistar sua casa, veículo ou propriedade a

194
capitulo seis - armas e o mundo das trevas
qualquer momento, sem um mandado de busca, para verificar um fabricante. As empresas da NFA não precisam pagar im-
se todas as armas de fogo da NFA registradas estão realmente postos de transferência, enviar impressões digitais ou fotos ou
em sua posse. Além disso, qualquer arma de fogo da NFA já obter apoio da lei para transferir armas de fogo da NFA entre
transferida ilegalmente está sujeita a apreensão, mesmo que o si. Para se tornar um SOT, é necessário um extenso processo
proprietário atual tenha cumprido todas as leis. de inscrição (Custo •••), que envolve uma investigação apro-
O transporte de uma arma de fogo da NFA para fora do fundada do ATFE.
estado em que o proprietário mora exige aprovação da ATFE,
mesmo que seja o proprietário que a move. Consequências da NFA
O governo federal leva a NFA muito a sério. Violações
Empresas NFA da NFA, incluindo transferências ilegais, são crimes puníveis
Um Contribuinte Especial (Profissional) da Classe 3 é com 10 anos de prisão e uma multa de US $ 250.000. O uso
licenciado para negociar armas de fogo da NFA, enquanto um de um supressor ou arma automática na prática de um crime
SOT de Classe 1 é um importador e um SOT de Classe 2 é pode adicionar 30 anos à pena de prisão. É uma prova das

itens nao seguros para criancas 195

 Itens Aliados/Status Mercado Negro Custo
Armas de Fogo
Revólver • 3 sucessos -
Espingarda/rifle • 3 sucessos -
Espingarda /rifle, NFA (encurtado ilegalmente) •• 4 sucessos -
Metralhadora ••• 8 sucessos +1
Rifle de Assalto •••• 12 sucessos +1
Metralhadora ••••• 20 sucessos +2
Munição, civil-legal • 2 sucessos -
Munição, controle de distúrbios/violações/gás • 3 sucessos +1
Munição, perfurante de armadura ••• 6 sucessos +1
Armas pesadas
Lança-chamas •••• 15 sucessos +1
Lançador de Granadas •••• 15 sucessos +2
Lança-Foguetes ••••• 20 sucessos +2
Morteiro ••••• 25 sucessos +1
Lançador de Mísseis Guiados ••••• 30 sucessos +2
Munição, armas não guiadas ••• 15 sucessos +2
Munição, armas guiadas •••• 20 sucessos +2
Explosivos
Nível Industrial ••• 6 sucessos +1
Militar, demolições (plástico, detonador) •••• 12 sucessos +1
Militar, combate (granadas de mão, minas terrestres) ••••• 15 sucessos +2
Acessórios para armas
Óculos de Visão Noturna •• 5 sucessos -
Supressor ••• 8 sucessos -
Outros Equipamentos
Sistemas de Segurança •• 4 sucessos +1
Armadura Corporal •• 5 sucessos +1
Equipamento de Vigilância •• 6 sucessos -
Veículos
Veículo Civil, sem licença • 3 sucessos +1
Veículo Comercial, sem licença •• 5 sucessos +1
Embarcação, sem licença ••• 9 sucessos +1
Aeronaves, sem licença ••• 12 sucessos +2
Veículo Militar, transporte desarmado •• 8 sucessos +1
Veículo Militar, armado/blindado ••••• 40 sucessos +2
Aeronaves Militares ••••• 60 sucessos +3

rigorosas verificações de antecedentes envolvidas no processo pessoal com um agente da ATFE, que também inspeciona as
de que há apenas uma instância registrada de um detentor da instalações de armazenamento e os custos •••. Assim como
FFL sendo condenado por usar uma de suas armas da NFA na posse de armas de fogo da NFA, a posse de uma licença
para cometer um crime. federal de explosivos perde os direitos da Quarta Emenda do
A maioria dos personagens que se preocupa em adquirir personagem em certa medida: os agentes da ATFE podem pes-
armas da NFA provavelmente violará algumas ou todas as leis quisar sua propriedade e auditar seus registros e inventário de
apresentadas acima durante o curso do jogo. Os Narradores explosivos a qualquer momento.
são avisados de que o sistema de justiça federal investiga agres-
sivamente o tipo de cenas de crime que os jogadores tendem
a deixar seus personagens para trás.
Armazenamento Seguro
Licenças de Explosivos Os personagens que solicitam o status SOT
Os explosivos são ainda mais fortemente regulamentados
ou autorizações de explosivos devem ter ins-
que as armas de fogo da NFA. Para fabricar, vender ou com-
talações de armazenamento que atendam
prar legalmente explosivos (mesmo “explosivos baixos”, como
aos requisitos federais de segurança e, no
fogos de artifício sofisticados), o cidadão deve ter uma permis-
caso de explosivos, resistência à explosão.
são federal de explosivos. Isso exige que o solicitante forneça
Tais adições custam ••••. Como alternati-
fotografias e impressões digitais não apenas de si mesmo, mas
va, se um personagem tem Refúgio Seguro
de todas as outras partes autorizadas que podem lidar com
(veja Vampiro: O Requiem, pág. 100),
os explosivos que ele ou sua empresa compram. Ele também
três ou mais pontos dessa Vantagem podem
deve provar que possui uma instalação segura e resistente a ex-
qualificar seu domicílio - mas é melhor ele
plosões para armazenar seu material. O processo de inscrição
ter uma boa explicação pronta quando os
geralmente leva de um a três meses, envolve uma entrevista
agentes da ATFE perguntarem sobre qual-

196 capitulo seis - armas e o mundo das trevas

 quer outra características que erguem as poucas ou nenhuma autoridade, ou com aqueles que estão
sobrancelhas. tão envolvidos no mercado negro que ele pode comprar sua
desatenção com dinheiro ou favores suficientes. Atualmente,
os principais centros de guerra do comércio internacional de
armas são a África central, o Oriente Médio e os Balcãs - to-
Compras Fora do Registro das áreas com conflitos em andamento, onde equipamentos
militares estão prontamente disponíveis. Há rumores de que
As informações anteriores pressupõem que um persona-
gem deseja adquirir seu material letal por meios legais. Se ele outros “centros de negócios” ainda não envolvidos em guerras
não se importa em seguir a lei, ou quer ativamente evitá-la, ele de tiro incluem a Líbia (especialmente a cidade de Trípoli),
tem três opções: roubo, criação própria ou entrada no merca- Honduras, a ilha da Córsega e o Sudeste Asiático.
do negro. Uma vez que um personagem tenha adquirido seu arma-
Roubar armas ou explosivos é como roubar qualquer mento altamente ilegal, devolvê-lo ao país em que pretende
outra coisa, e os Narradores devem executar tais cenas caso usá-lo é outro problema que ele deve resolver.
a caso. Praticamente todo funcionário de uma loja de armas
tem pelo menos uma arma em sua pessoa o tempo todo, como Compras no Mercado Negro
precaução contra tais atos. Além disso, virtualmente todos os Os personagens que desejam trabalhar no mercado negro
proprietários legítimos de armas de fogo reportarão os roubos têm três opções principais: usar um amigo existente por den-
e os números de série das armas à polícia local o mais rápido tro, encontrar alguém no negócio ou se envolver na economia
possível. Os personagens que desejam roubar armaduras mi- paralela. A tabela a seguir resume os requisitos recomendados
litares precisarão lidar com vários guardas treinados e bem para os personagens adquirirem vários equipamentos restritos
armados, com um apoio avassalador. ilegalmente. A coluna “Aliados/Status” representa a quanti-
As regras para a fabricação de explosivos estão na p. 114.dade mínima de Aliados (Criminoso) ou Status (Submundo)
A cobertura de armas de fogo caseiras (tirolesas) está na p. 67,que o personagem precisa adquirir o item em questão, se ele
e a conversão ilegal de armas semiautomáticas em fogo total- já é um insider ou conhece um (A critério do Narrador, outras
mente automático está na p. 54 Vantagens, como Contatos, podem ajudar ou ser substituí-
Um personagem que só quer uma arma civil legal sem dos, assim como diferentes Aliados ou Status que parecerem
um registro da venda pode encontrar uma através de um cri- apropriados). A coluna “Mercado Negro” é o número de su-
minoso local, geralmente pagando não mais do que normal- cessos que o personagem deve obter na tentativa de trabalhe
mente faria. Tais armas de fogo são quase sempre roubadas, no mercado negro através de sua Habilidade Manha (consulte
e a polícia já pode ter evidências balísticas que as vinculam o Livro de Regras do Mundo das Trevas, p. 86). A coluna
a crimes anteriores. Espingardas e fuzis serradas também são “Custo” é a quantia pela qual o custo do item é alterado se o
comumente disponíveis na rua. Os compradores que desejam personagem o comprar por canais ilegais.
equipamentos mais pesados precisam de conexões mais pesa- Nota: Os pré-requisitos a seguir são exatamente o que o
das: traficantes de armas do mercado negro. personagem precisa para localizar um vendedor que está dis-
posto a negociar com ele. Se ele não tiver um nível adequado
Requisições da Meia-noite de recursos, precisará encontrar outro meio de pagamento,
Fazer contato com traficantes do mercado negro em ar- que pode se transformar em uma história por si só.
mas e munições ilegais não é tão fácil quanto parece. É uma
longa caminhada desde a compra de uma sacola de moedas de Engrenagem no Cumprimento do Dever
dez centavos até o estabelecimento de um acordo para AK-47s Profissionais da aplicação da lei e militares recebem ar-
e Semtex. mas conforme necessário para desempenhar suas respectivas
Os comerciantes do mercado negro domésticos geral- funções. Isso não lhes dá o direito de fazer compras de armas
mente se limitam a negociar quantidades maciças de armas na conta de despesa do departamento. Eles geralmente têm
roubadas, com algumas armas de fogo da NFA lançadas para menos opções de armamento do que os cidadãos que prote-
uma boa medida. São provavelmente submetralhadoras ou gem. Os membros das forças policiais e militares recebem o
espingardas ou espingardas encurtadas ilegalmente. Os ex- direito de portar e usar armas através de grandes organizações
plosivos industriais roubados também estão disponíveis no que favorecem a padronização, porque esse sistema permite
mercado negro doméstico. Os traficantes de crime organizado compras em massa com desconto, garante um padrão unifor-
geralmente evitam rifles de assalto e metralhadoras, pois a de- me de treinamento, simplifica a manutenção e permite que
manda é baixa o suficiente para que o potencial de lucro não forças amigas compartilhem os equipamentos uns dos outros
valha as complicações legais de ser pego. durante combate.
Para armamento de nível militar, a maioria dos perso- Dependendo das restrições orçamentárias e da política,
nagens precisará viajar internacionalmente. Os “traficantes o departamento de polícia emite armas de serviço aos seus po-
internacionais de armas” que podem adquirir metralhadoras, liciais ou exige que eles comprem as suas. Em ambos os casos,
explosivos de tipo militar ou outros equipamentos normal- a lista de armas de fogo aprovadas é muito curta, geralmente
mente de propriedade exclusiva dos exércitos não costumam não mais que dois ou três modelos. Além de uma arma de ser-
fazer negócios em países com aplicação da lei ativa e onipre- viço, todos os policiais carregam spray de pimenta e uma arma
sente. O traficante de armas típico é um ex-soldado que passou de impacto (bastão dobrável, bastão de billy ou tonfa) quan-
algum tempo em locais problemáticos, como parte de seu ser- do estão de serviço, e aqueles em departamentos bem finan-
viço regular ou posteriormente como mercenário (“prestador ciados também têm armas de choque ou armas de pimenta.
de serviço militar privado”). Ele favorece áreas do mundo com Muitos departamentos emitem espingardas (ou rifles semi-au-

compras fora do regristro 197

 tomáticos, em algumas áreas rurais) para oficiais selecionados
como armas suplementares, embora estas permaneçam tran-
cadas nos carros dos oficiais, a menos que seja necessário. As
políticas do departamento variam em revólveres de backup; a
maioria dos departamentos geralmente autoriza revólveres de
backup apenas para trabalhos secretos e exige aprovação pré-
via. Poucos departamentos autorizam o uso de armas secun-
dárias primárias fora do padrão, e os poucos departamentos
que o fazem são quase exclusivamente pequenos e rurais. Um
policial que carrega, muito menos usa, uma arma de fogo não
autorizada estará sujeito a ação administrativa, no mínimo.
As equipes da SWAT mantêm seu próprio arsenal su-
plementar. Eles normalmente padronizam com um modelo
de pistola, submetralhadora, fuzil de assalto, espingarda e ri-
fle sniper. As equipes da SWAT também têm acesso a muni-
ções não letais, como granadas de fumaça, gás lacrimogêneo,
bastões e flashbang. Apenas algumas equipes grandes e bem
financiadas usam explosivos letais, e estes se limitam a acu-
sações de violação (ver p. 86). As armas de fogo da NFA, de
propriedade dos departamentos de polícia, quase sempre são
atribuídas às armas da SWAT e não estão disponíveis para uso
pessoal ou são entregues a oficiais de patrulha.
As forças militares são ainda mais rígidas em sua padro-
nização, adquirindo um grande número de uma pequena
variedade de armas para fins específicos. Um exército típico
tem um único rifle de assalto que serve como arma de infan-
taria padrão, e praticamente todo soldado de combate recebe
um, se ele não usa uma arma de apoio especializada, como
um rifle sniper ou metralhadora. O pessoal de suporte pode
receber as mesmas armas que as tropas de combate ou se con-
tentar com submetralhadoras e revólveres. As espingardas são
limitadas às unidades policiais militares.
Os soldados são proibidos de portar armas de fogo de
propriedade pessoal enquanto estão de serviço. Outras armas
também costumam estar fora dos limites, embora alguns ofi-
ciais comandantes autorizem lâminas. Armas fora do padrão
são emitidas apenas para unidades de elite que operam de
maneira negativa (sem benefício de sanção oficial) ou em
áreas onde o reabastecimento estará indisponível e os solda-
dos terão que adquirir munição de fontes locais. Os solda-
dos das guerras anteriores podem ter sido capazes de enviar
equipamentos inimigos domésticos como lembranças, mas os
exércitos modernos destroem o armamento capturado para
evitar que caia nas mãos erradas (incluindo as de veteranos
insatisfeitos).
Durante o tempo de paz, as armas em bases militares
são trancadas com segurança em arsenal, exceto por aquelas
armas nas mãos dos guardas. Quando uma unidade vai para o
campo ou campo de tiro para treinar, ela recebe armas e mu-
nições e deve entregar a primeira (e qualquer quantidade não
utilizada da última) na conclusão do treinamento. A unidade
deve responder por qualquer material perdido ou destruído,
e um soldado que perde (ou “perde”) uma arma enfrenta seve-
ras ações disciplinares.
Semente de História: A Mão Direita
do Diabo
Armas amaldiçoadas (entre outros objetos)
desempenham papéis em muitas histó-
rias, e um personagem pode achar que os
198
capitulo seis - armas e o mundo das trevas
efeitos colaterais negativos de uma arma
específica valem os benefícios que ela
concede. Para o melhor efeito, uma maldi-
ção ou mancha escura semelhante deve ser
sutil, influenciando suavemente as ações do
personagem, em vez de direcioná-lo aberta-
mente. Possíveis efeitos mecânicos incluem
recompensar um portador que se entrega
ao vício da Ira ou remover um dado da
parada para resistir à degeneração toda vez
que ele mata com a arma.
Calor da Embalagem
Uma vez que um personagem tenha adquirido armamen-
to, ele sem dúvida desejará carregá-lo. Isso acarreta complica-
ções logísticas e legais.
Transporte
Assim como nas compras de armas de fogo, as leis rela-
tivas ao transporte de armas variam de estado para estado. A
lei mais restritiva estabelece que uma arma de fogo em um
veículo a motor deve residir em um caso e ser armazenada em
uma área do veículo não acessível a partir do compartimento
de passageiros. Em outras palavras, a arma deve estar trancada
no porta-malas. Os personagens com licenças de armas ocul-
tas (ver p. 198) recebem tratamento mais brando nos estados
em que suas licenças são válidas. Os policiais que param o
trânsito tendem a errar por precaução se virem uma arma em
um veículo, e essa evidência é provável causa de uma busca
intensiva.
Um personagem só pode carregar uma arma em um
avião comercial se for um agente federal da lei cujas funções
a autorizem especificamente a carregar um o tempo todo, se
for policial e tiver uma declaração assinada por seu chefe ates-
tando que está realizando deveres que exigirão que ele seja
armado imediatamente na chegada (por exemplo, transporte
de um criminoso para extradição) ou se ele é um piloto que
foi submetido à certificação e delegação do oficial de bordo
da aeronave. Os regulamentos de viagens aéreas exigem que
todos os outros proprietários de armas verifiquem suas armas
de fogo na bagagem de porão, descarregadas, em casos de tra-
va dupla e declarem o conteúdo desses casos no momento do
check-in. A munição deve estar em uma caixa trancada separa-
da da que contém a arma. Todos os casos devem ser “duros”;
bolsas macias, mesmo de couro resistente, são inaceitáveis.
Outras armas (espadas, por exemplo) também devem ser
verificadas em caixas trancadas. Explosivos, materiais incendi-
ários e recipientes pressurizados (incluindo spray de pimenta
e similares) são estritamente proibidos, mesmo para proprietá-
rios com as devidas permissões. Ao lidar com vôos internacio-
nais, as leis locais do destino se aplicam assim que a aeronave
pousar, e as transportadoras aéreas recusarão a passagem para
um personagem que tenta mover algo ilegalmente.
Nenhuma lei proíbe o transporte de armas em voos fre-
tados ou particulares. No entanto, empresas de fretamento
e pilotos particulares tendem a errar do lado da segurança
quando solicitadas a transportar esses itens.
Transporte Aberto
Mais uma vez, as leis relativas ao transporte aberto (car-
regar uma arma abertamente visível por uma pessoa) variam
muito. Alguns estados permitem que qualquer cidadão que
possua uma arma de fogo legalmente a carregue a qualquer
momento. Estados mais moderados restringem o porte aberto
à caça ou tiro esportivo, enquanto os estados mais restritivos
proíbem qualquer exibição aberta de uma arma. Nas áreas
urbanas, a exibição aberta de uma arma geralmente leva os
cidadãos a supor que a violência é iminente e a fazer chama-
das de pânico para a polícia. Um personagem cuja exibição
de armamento gera tal resposta pode ou não ter a chance de
guardar suas armas em um local seguro antes de ser preso,
acusado de perturbar a paz.
A maioria dos observadores casuais não considera as ar-
mas no coldre ou de outra forma seguras tão ameaçadoras
quanto as que são carregadas na mão ou penduradas no om-
bro. Um cidadão comum, ao ver uma arma em um coldre,
provavelmente pensa primeiro em “policial”. Ao ver a mesma
arma presa na cintura de seu dono, o pensamento reflexivo
provavelmente será “criminoso”. Os policiais reagirão com o
mesmo procedimento básico, independentemente de como
um personagem está carregando uma arma, mas pode ser mais
cortês se parecer estar lidando com ele com responsabilidade.
A maioria dos estados não considera pequenas facas de
utilidade armas. A definição de “pequeno” é tipicamente de
sete a quinze centímetros, mas a definição varia de acordo
com o estado. Os olhos da lei vêem lâminas maiores como
armas letais. Personagens que pensam que podem evitar as leis
sobre armas portando armas brancas são tão propensos a cha-
mar a atenção da polícia. Enquanto os policiais assumem que
um personagem com uma espingarda de assalto é um crimi-
noso perigoso, eles assumem que seu amigo com uma grande
espada é um paciente mental perigoso.
A lei federal proíbe todas as armas (exceto as que estão
na posse de agentes da lei) em todos os prédios federais e em
todas as terras federais, incluindo parques nacionais. Exceções
a este último são concedidas para fins legais, como caçar ou
usar um campo de tiro no parque. As armas de fogo também
são proibidas em um raio de 300 metros das escolas, a menos
que as armas sejam de propriedade legal e estejam sendo trans-
portadas pela zona da escola ou armazenadas em uma casa
dentro desse raio. A maioria dos estados também proíbe todas
as armas de instalações e parques estaduais.
Estado a Estado
Este capítulo qualifica a maioria das leis
de armas descritas neste documento como
não se aplicando a todos os estados. Nos
Estados Unidos, cada estado tem o poder
de promulgar suas próprias leis, desde que
não impeçam os regulamentos federais ou a
Segunda Emenda da Constituição. Conse-
quentemente, as leis podem variar ampla-
mente entre os estados, e os personagens
que viajam armados podem ter surpresas
desagradáveis se assumirem que as leis na
fronteira estadual são as mesmas que em
casa. Informações sobre as leis de armas
de cada estado, como a disponibilidade
de licenças de armas ocultas ou a duração
do período de espera para armas de mão,
estão disponíveis on-line.
A maioria dos estados decretou leis de pre-
venção de estados, que proíbem os gover-
nos locais de mais armas legislativas. Isso
garante que os residentes do estado possam
pelo menos comutar de uma cidade ou
município para outro sem entrar em conflito
com a mudança de leis. Os estados que não
possuem leis de prevenção incluem Illinois
(onde Chicago proibiu todas as armas de
mão dentro dos limites da cidade) e Ohio.
Fora dos Estados Unidos, a maioria dos
países possui leis uniformes em todo o país,
com a Alemanha e a Finlândia sendo duas
exceções.
Brandir
“Brandir” é o ato de exibir uma arma de maneira ame-
açadora. Isso requer que o agressor realmente tenha a arma
na mão e apontada na direção geral de alguém. Brandir uma
arma é uma ofensa criminal, mesmo em áreas onde a perso-
nagem estaria dentro de seus direitos de carregá-la. Brandir é
uma ofensa altamente subjetiva, e a execução varia amplamen-
te, dependendo das circunstâncias, da confiabilidade das tes-
temunhas e da rapidez com que o acusado cumpre a polícia.
De um modo geral, qualquer pessoa que mostre uma
arma de maneira ameaçadora e não corrija o risco de ser víti-
ma de força mortal pode ser acusada de brandi-la.
A Regra dos 6 metros
A maioria dos cursos de armas de fogo defensivas en-
sinam o padrão Tueller, nomeado para o policial que o ar-
ticulou pela primeira vez. Essa regra afirma que um sujeito
armado com uma arma branca é capaz de cobrir 6 metros e
dar um golpe fatal em um segundo e meio que leva um defen-
sor treinado a sacar uma arma e disparar em legítima defesa.
Os departamentos de polícia do mundo todo usam algumas
variações dessa distância mínima como orientação para o uso
da força letal contra suspeitos armados com facas, porretes e
outros instrumentos. Na prática, a maioria dos policiais con-
frontados com os personagens que acenam katanas provavel-
mente interpretará o padrão como uma sugestão educada, e
os departamentos apoiarão os policiais na decisão de atirar
nos viciados em drogas loucos com as grandes espadas.
Semente de História: História Viva
Um roubo em um museu local resulta no
roubo de várias armas arcaicas ou clara-
mente antigas. Elas ainda são mortais, mas
extremamente ineficientes em comparação
com as armas de fogo modernas. Semanas
depois, essas mesmas armas começam a
calor da embalagem 199
 aparecer em uma série de assassinatos ou
outros crimes de alto nível. Os personagens
podem ser patronos do museu, amigos dos
falecidos, detetives da polícia designados
para investigar o caso ou, de alguma forma,
conectados a esses eventos bizarros. Existe
um assassino à solta com uma propensão
pela história ou um culpado mais estranho
está trabalhando com os instrumentos que
ele conhece melhor?

Transporte Oculto
Um personagem que quer uma arma letal que ninguém
veja deve recorrer a carregá-la escondida. Trata-se de uma ofen-
sa criminal em quase todos os estados, com o argumento de
que carregar uma arma oculta indica automaticamente uma
intenção criminosa (em Vermont, é legal, a menos que a trans-
portadora realmente tenha intenção criminosa). No entanto,
mais de dois terços dos estados têm leis que permitem que ci-
dadãos cumpridores da lei solicitem licenças de armas ocultas
com base em legítima defesa.
Para obter uma permissão de transporte oculto, um per-
sonagem deve primeiro fazer um curso de treinamento que
o educa sobre as leis de seu estado sobre transporte oculto,
autodefesa e uso de força letal e posse de armas de fogo (Os
cursos pressupõem que os solicitantes da licença pretendem
portar armas de fogo escondidas, não armas brancas). O per-
sonagem deve demonstrar proficiência em um campo de tiro
sob o olhar de um instrutor certificado pelo estado. Depois
que o personagem concluir o curso, ele deverá se inscrever
pessoalmente no escritório do xerife em seu condado de resi-
dência, fornecendo suas impressões digitais e fotografias. Seu
pedido vai às autoridades estaduais para uma verificação de
antecedentes, cobrindo praticamente as mesmas informações
que qualquer pedido para comprar uma arma de fogo, mas
também examinando repetidas contravenções ou ofensas rela-
cionadas a armas. Se o requerente passar no exame do estado,
ele recebe sua permissão em um a três meses. As licenças são
válidas por três a cinco anos e devem ser renovadas pessoal-
mente. O custo combinado para o curso de treinamento e
aplicação é •.
Um personagem com uma licença de armas ocultas pode
transportar legalmente uma arma oculta em qualquer lugar
que possa transportar legalmente abertamente, sujeito a cer-
tas restrições. A maioria dos estados não permite que seus
detentores de licenças de transporte oculto realizem negócios
com álcool ou licenças de jogo. O personagem está sujeito a
todas as outras leis sobre armas e não obtém autoridade espe-
cial ou proteção legal.

Ocultação de Armas
O Livro de Regras do Mundo das Trevas afirma que
todas as armas com Tamanho 0 ou Tamanho 1 podem ser es-
condidas em uma mão e todos os itens Tamanho 2 podem ser
escondidos sob um casaco. Isso permite que os personagens
escondam uma grande variedade de armas com impunidade.
Os seguintes valores opcionais de ocultação, usados ao longo
deste livro para complementar as classificações de Tamanho
de itens de Tamanho 2 ou menor, fornecem um método al-

200
capitulo seis - armas e o mundo das trevas
ternativo para determinar com que facilidade um personagem
pode ocultar uma determinada arma. Nas tabelas apropriadas,
cada um desses itens possui um dos cinco códigos a seguir
atribuídos ao seu Tamanho como um valor suplementar: do
menor ao maior, são 1/B, 1/C, 1/J, 2/J, 2/L e 2/N
B (Palma ou Bolso): A arma é pequena o suficiente para
ser escondida no bolso de uma camisa ou calça. Poucas armas
de fogo são tão pequenas; a maioria são armas de “contenção”
com calibres e capacidade de munição baixas. As armas com
Tamanho 1/B têm menos de 12cm de comprimento total e
10cm de altura: pequenas o suficiente para caber na mão de
um adulto sem se sobrepor a qualquer momento.
C (Camisa): A arma é pequena o suficiente para não
produzir uma protuberância perceptível se o personagem a
esconder debaixo de uma camisa folgada, em um coldre de
tornozelo ou no bolso de carga de uma jaqueta ou calça. Ar-
mas com Tamanho 1/C têm menos dezessete centímetros de
comprimento.
J (Jaqueta): A arma caberá sob uma jaqueta leve ou o
casaco de um terno de negócios. A arma tem menos 25 cen-
tímetros de comprimento e menos de 20 centímetros de al-
tura. Esta é a maior arma que cabe em uma bolsa ou maleta.
A maioria das armas de Tamanho 2/J tem esse valor apenas
com a recarga removida ou com uma recarga de baixa capa-
cidade inserida - se um personagem tentar ocultar uma sob
uma jaqueta com uma recarga cheia na arma, ela se moverá
para o Tamanho 2/S devido aos 6 a 15 centímetros de altura
adicionados.
S (Casaco Longo): Um personagem pode esconder a
arma sob um casaco de comprimento de bezerro. A arma tem
menos de um metro e meio de comprimento, o que não tor-
na confortável enfiar uma axila. A maioria das armas de fogo
com Tamanho 2/S tem esse valor apenas com o carregador
removido. Se um personagem tentar ocultar a arma debaixo
de um casaco com a recarga, ela subirá para o Tamanho 2/N
devido ao acréscimo de 15 a 30 centímetos de altura.
N (Não Ocultável): A arma é muito grande para um ser
humano de tamanho normal escondê-la sob qualquer quanti-
dade razoável de roupa. A arma tem mais de um metro e meio
ou possui características que a tornam muito volumosa para
se esconder sem uma protuberância grande e óbvia. Persona-
gens que são significativamente maiores que a norma humana
podem esconder algumas armas desse tamanho a critério do
Narrador, mas provavelmente chamarão a atenção de outras
maneiras.
Maneiras de Transportar Armas Ocultas
Os fabricantes de armas e equipamentos oferecem uma
ampla variedade de estojos, bainhas e outros dispositivos para
transporte oculto. Tudo isso foi projetado para manter uma
arma próxima ao corpo e minimizar sua visibilidade. No en-
tanto, sempre há uma troca. Quanto mais escondida é uma
arma, mais difícil é sacar rapidamente. Os métodos a seguir
são algumas das maneiras pelas quais os personagens podem
ocultar armas.
Cada uma das seguintes opções lista dois fatores: um Ta-
manho máximo para ocultação e um modificador de parada
de dados. O último é o modificador de uma verificação de Per-
cepção (Raciocínio + Autocontrole, Raciocínio + Investigação
ou Raciocínio + Armas de Fogo) para detectar visualmente
uma arma oculta usando esse método. Para cada passo em que
uma arma esteja abaixo do Tamanho mínimo desse método,
reduza o modificador em –1. Por exemplo, uma arma de Ta-
manho 1/B oculta usando um método adequado para o tama-
nho 2/J inflige um modificador –3 adicional nas tentativas de
detectá-la. Uma busca manual dá ao observador um bônus de
+2, e o pessoal de segurança que realiza a triagem geralmente
também dispõe de equipamento adicional.
Cinto (Tamanho máximo 1/J, +2): Embora um simples
coldre de cinto possa não parecer muito escondido, o usuário
pode prender um casaco comercial ou um blusão pela metade
e organizá-lo para cobrir completamente a arma. Um coldre
de cinto é “ocultação casual” - muitas vezes não é um meio de
esconder uma arma, mas uma maneira de cobri-la educada-
mente. Muitos policiais à paisana preferem coldres de cinto,
que maximizam a acessibilidade, mantendo as armas fora do
caminho enquanto estão sentados.
Axila (Tamanho máximo 2/J, +1): O coldre de ombro
onipresente, que coloca a arma contra as costelas do usuário
e debaixo do braço, caiu em desuso nos últimos anos. En-
quanto o coldre de ombro permite que o usuário esconda a
arma com uma roupa externa mais curta do que um coldre de
cinto, o coldre de ombro também é menos confortável para
uso prolongado. Além disso, a localização debaixo do braço
faz com que a arma capte mais suor e sujeira do usuário, e as
usuárias reclamam de armas cavando seus seios.
Tornozelo (Tamanho máximo 1/C, –1): Este é um local
preferido para o transporte de uma pequena arma de reser-
va, além de uma arma lateral primária. É improvável que um
coldre de tornozelo seja notado em um confronto. No entan-
to, um coldre de tornozelo também é bastante inacessível, a
menos que o usuário se abaixe “para amarrar os sapatos”. O
peso adicionado em um tornozelo tende a afastar os passos da
maioria dos usuários, portanto, as armas usadas nos coldres
de tornozelo tendem a ser muito leves.
Pequenas na Parte de Trás (Tamanho máximo 1/J, 0):
Alguns estojos de cinto são projetados para roupas pequenas,
e os proprietários também podem enfiar as armas na parte
de trás das calças (conhecido como “transporte mexicano” ).
Qualquer arranjo é eficaz desde que ninguém olhe por trás do
personagem. No entanto, ter um objeto de metal duro pres-
sionado contra as vértebras inferiores de uma pessoa é des-
confortável, principalmente para sentar, e pode causar graves
lesões na coluna vertebral se um personagem cair para trás em
sua arma.
Virilha (Tamanho máximo 1/B, –2): Embora descon-
fortável, a virilha é o local menos provável para uma arma ser
descoberta durante uma revista (A maioria dos policiais veri-
fica, mas os amadores nem sempre são tão detalhados). Um
volume suspeito neste local também tende a ser descartado
como algo diferente de uma - ei - arma pequena, pelo menos
para um homem. Remover uma arma de um coldre de virilha
não é um processo que um personagem possa executar com
segurança e rapidez, enquanto ainda usa calças.
Coxa Interna (Tamanho máximo 1/C, –2): A melhor
disposição para um coldre interno da coxa envolve uma saia,
curta ou longa, mas com costuras removíveis no meio da coxa.
Este coldre é apenas um pouco menos desconfortável do que
um coldre de virilha, mas o coldre interno da coxa tem a van-
tagem de estar mais firmemente posicionado contra o corpo
e menos provável de ser visto (a menos que o personagem fi-
que em uma posição comprometedora). O ato de sacar a arma
transporte oculto 201
 também pode dar ao personagem uma vantagem momentâ-
nea de surpresa, já que a maioria das mulheres não levanta as
saias no meio de tiroteios.
Pulso ou Antebraço (Tamanho máximo 1/B, 0): O
uso de um coldre de pulso exige mangas largas e esvoaçan-
tes, o que geralmente significa que o personagem precisa estar
vestindo uma jaqueta ou vestindo 30 anos fora de moda. A
quantidade de movimento do braço que uma pessoa comum
realiza exige que esse tipo de coldre segure a arma com segu-
rança, o que impede empates rápidos.
Acessório (Tamanho máximo 1/C, –1): Pacotes de cin-
to são populares entre turistas e caminhantes de shopping e
proprietários de armas que desejam se misturar a eles. Para
as mulheres, uma bolsa que incorpora um coldre oculto tam-
bém é uma opção.
Cavidade Corporal (especial: somente armas de Tama-
nho 1/B, impossíveis de inspeção visual): Os personagens do
Mundo das Trevas às vezes são dedicados ao desespero. Qual-
quer arma pequena o suficiente para ser escondida em uma
cavidade corporal é provavelmente uma pistola de canhão de
tiro único (veja a p. 67) ou algo semelhante em geral. Os méto-
dos para desenhar e usar rapidamente essa arma são deixados
ao jogador e ao Narrador.
Calor da Embalagem na Linha de Serviço
Os policiais estão autorizados a portar armas de fogo
abertamente quando em serviço. Os oficiais estão sem uni-
forme se não estiverem armados. Além disso, a maioria dos
estados permite unilateralmente os policiais portarem armas
ocultas quando estão de folga. Quando de uniforme, a arma
lateral de um oficial e outras armas montam em seu cinto
de serviço, à vista de todos e facilmente acessíveis. Estudos
no início dos anos 90 mostraram que uma porcentagem sig-
nificativa de policiais mortos são mortos com suas próprias
armas; muitos departamentos adotaram coldres de retenção.
Esse coldre não libera sua arma sem pressionar uma trava
de segurança ou uma série específica de movimentos, como
balançar a arma para frente e para trás. O treinamento e a
prática tornam o procedimento de liberação uma segunda
natureza para o policial que usa um coldre de retenção, mas
poucos criminosos estão familiarizados com ele. Os oficiais de
plantão carregam suas armas na “Condição Um”: carregados,
com uma bala na câmara e a segurança ativada. A maioria dos
oficiais carrega duas recargas sobressalentes para suas armas
principais.
Alguns departamentos mantêm as armas da equipe da
SWAT trancadas em armaduras até uma chamada, mas outros
departamentos as entregam a oficiais individuais que são res-
ponsáveis por manter as armas seguras. O último caso é mais
comum em departamentos menores que não possuem equi-
pes SWAT em período integral, onde os oficiais da SWAT
cumprem tarefas normais de patrulha na maioria das vezes.
Esses oficiais carregam armas de serviço, mantendo suas ar-
mas especializadas trancadas com segurança em seus veículos.
Quando uma unidade militar se prepara para o comba-
te, ela extrai armas e munições do seu arsenal básico. Depois
que um soldado assina as armas que recebeu, ele é responsável
por mantê-las sob seu controle e em bom estado de funciona-
mento até que as entregue novamente. O método usual para
carregar um braço longo envolve uma funda no ombro, e as
fundas táticas modernas permitem que o soldado pendure o
202 capitulo seis - armas e o mundo das trevas
peso da arma no torso, mantendo a arma pronta para dar a
volta na cintura. Em áreas de base, os soldados devem descar-
regar suas armas para evitar acidentes, embora paranóicos ou
experientes não se incomodem. Enquanto estiver em campo,
a Condição Um é a norma, e as tropas que esperam um com-
bate iminente já têm suas armas nas mãos com a segurança
desligada.
Um soldado não se preocupa em carregar armas ocultas.
O equipamento de suporte de carga, conhecido coloquial-
mente como “engrenagem de teia”, é um conjunto de correias
e bolsas que distribui a carga de um soldado pelos ombros,
quadris e torso, e é aí que residem as recargas, granadas e
uma arma lateral no coldre. Um coldre militar incorpora uma
cinta ou aba de retenção para impedir que a arma caia em
momentos inoportunos. Um soldado com uma espingarda de
assalto geralmente tem seis recargas sobressalentes e provavel-
mente carrega um cinto sobressalente para a metralhadora de
seu esquadrão, além de duas ou mais granadas de fumaça,
algumas granadas de fragmentação e uma baioneta ou faca
de sobrevivência. Se ele designou um lançador de granadas,
parte de seu equipamento de suporte de carga é um colete
de granadeiro que comporta até duas dúzias de granadas de
40mm. Um artilheiro tem, no mínimo, dois cintos completos
para sua arma principal.
Semente de História: Nós Poucos
Perdidos e de mãos vazias em um canto re-
moto do mundo, os personagens tropeçam
em um esconderijo de armas militares que
sobraram da última guerra que ocorreu na
região. Sem o conhecimento de seus novos
portadores, porém, as armas são âncoras
dos fantasmas dos soldados que morreram
empunhando-os. Dependendo da origem
das armas e das etnias dos personagens,
as atitudes dos fantasmas podem variar de
úteis a iradas. Como alternativa, se os per-
sonagens encontrarem as armas em uma
área urbana, eles podem ser os antigos per-
tences de membros de gangues ou policiais.
Forca Letal
Na verdade, o uso de uma arma mortal em outra pessoa
(ou uma criatura que possa passar por uma pessoa aos olhos
das autoridades) é ilegal, exceto em legítima defesa ou defesa
da vida de terceiros. Isso não vai parar a maioria dos persona-
gens durante o momento da verdade, mas pode levar a conse-
qüências desagradáveis quando a polícia analisar as evidências
da luta.
A maioria dos incidentes violentos chama a atenção das
autoridades - imediatamente se uma testemunha (ou partici-
pante) ligar para o 911 ou em alguns dias quando um tran-
seunte encontrar manchas de sangue ou um cadáver em de-
composição. As leis estaduais nos Estados Unidos também
exigem que os hospitais notifiquem a polícia de pacientes
admitidos com tiros ou facadas ou outros sinais de violência.
A violência “comum” - envolvendo punhos, facas, armas
civis e outras armas ilegais ou incomuns por si só - permanece
um assunto local, a menos que evidências específicas liguem a
violência a crimes cometidos em outros lugares. Ao lidar com
esse nível de incidente, a polícia coleta evidências físicas. Uma
vítima, viva ou morta, é a única evidência mais útil, pois a
natureza das feridas no corpo pode identificar o tipo de arma
usada ou mesmo a arma específica, se tiver uma característica
distintiva, como uma lâmina entalhada. Se balas ou cartuchos
vazios estiverem presentes no local, marcas de ejetor ou fuzil
podem vinculá-los à arma que os disparou, e evidências da
mesma arma em várias cenas informam à polícia que eles têm
um reincidente nas mãos.
Se uma arma totalmente automática estiver envolvida em
um crime, a aplicação da lei federal (geralmente na forma do
ATFE) pode tomar nota, com essa possibilidade se tornando
uma certeza se ocorrerem vários incidentes. Graças ao ban-
co de dados nacional da ATFE de todas as armas registradas
da NFA, esta agência pode identificar rapidamente qualquer
arma de fogo recuperada de uma cena de crime e combinar
a arma com o proprietário registrado. Se os criminosos estão
usando uma arma de fogo não registrada da NFA, essa é outra
acusação federal que o governo pode usar para colocá-los atrás
das grades após sua apreensão.
É provável que tipos estranhos de munição levantem as
sobrancelhas por causa de sua raridade. Pequenos criminosos
compram as marcas mais baratas ou com os nomes mais ame-
açadores, e até a Máfia não envia seus executores com revistas
cheias de munição perfuradora ou rastreadora. A evidência
balística de qualquer tipo de munição, exceto a FMJ ou o
ponto oco, é uma bandeira vermelha para os investigadores.
Dependendo da cena do crime, eles rotularão o atirador como
uma porca louca ou um profissional especializado.
O uso de explosivos em qualquer crime sempre traz in-
vestigadores federais do ATFE. Resíduos químicos e detritos
de uma explosão podem apontar para a natureza do material
explosivo ou do dispositivo ou veículo no qual o material foi
alojado.
Os crimes que envolvem o uso de armas puras de nível
militar, como mísseis terra-ar ou gás nervoso, trazem não ape-
nas o ATFE, mais uma vez, mas também o FBI e possivelmen-
te até inteligência militar ou unidades de investigação interna.
Na era moderna, qualquer aparição desse armamento fora
das mãos dos militares ganha automaticamente o rótulo de
“ação terrorista”. Personagens tolos o suficiente para usar tais
medidas fora das áreas mais sem lei do mundo terão sorte se
puderem evitar serem vinculados a suas ações . Personagens
azarados podem esperar ter suas identidades distribuídas para
todas as agências policiais do planeta.

Autodefesa
Alguns personagens que matam podem não fazer ne-
nhum esforço para esconder suas ações, confiando na lei para
absolvê-los de culpa declarando suas ações como homicídio
justificável. Nas ruas americanas e nas cortes americanas, o
padrão de governo para determinar se um personagem foi jus-
tificado pelo uso da força letal é o seguinte: um adulto razoá-
vel teria acreditado, com base nas informações que ele tinha
na época, que a vida dele ou de outra pessoa era em perigo
iminente do agressor? Se a resposta for “sim”, qualquer in-

forca letal 203

 vestigação provavelmente descobrirá que o personagem agiu
dentro dos limites da lei, embora seja provável que ele seja
preso por assassinato até que sejam encontradas evidências
para apoiar sua alegação.
A percepção de ameaça é importante em muitos casos.
Se um cidadão vê um agressor mascarado apontando uma
arma para ele, ele tem o direito de atirar e matar o agressor,
mesmo que a arma que ele vê mais tarde seja mais um suporte
de palco do que uma arma real, desde que ele acreditava estar
em perigo iminente no momento em que apertou o gatilho.
As vítimas incipientes de agressão sexual também têm
o direito de usar a força letal em legítima defesa, e muitos
estados têm alguma variação de uma lei de “não retirada”,
afirmando que um morador de uma casa pode usar força letal
em vez de se retirar de sua casa ao confrontar um intruso.
Fora de sua própria casa, no entanto, um personagem tem a
obrigação legal de tentar se retirar antes de usar a força letal.
É muito mais provável que a polícia veja favoravelmente
um personagem que reivindica autodefesa se ele é o único a
notificá-la de que acabou de matar alguém. Qualquer tenta-
tiva de encobrir tal ação e apenas tentar justificá-la quando
capturado resultará em acusações de assassinato, independen-
temente da justificativa.
Força Aceitável
Aos olhos da lei, todas as armas letais são igualmente
letais. Uma faca, corrente de motocicleta ou cano é tão mortal
quanto uma arma de fogo (consulte “A regra dos 6 metros”,
p. 197), e um personagem com uma espingarda não tem a ne-
cessidade de guardá-la e “lutar de maneira justa” quando um
lunático empunhando uma espada o ataca. Teoricamente, um
personagem pode usar qualquer arma pessoal que ele possua
legalmente ao se defender (os tribunais não aceitam dinamite
ou VX como arma legítima de defesa). No entanto, o uso de
armas de fogo da NFA e afins pode trazer investigações dire-
tas das autoridades federais, que estarão muito interessadas
nas explicações do personagem sobre por que ele estava car-
regando uma metralhadora suprimida e vestindo armadura
de Classe IIIA enquanto passeava com seu tigre de estimação
no parque .
Força Letal no Cumprimento do Dever
Todos os departamentos de polícia têm uma política de
uso da força claramente definida, que regula o grau de força
que um policial pode usar em resposta a várias situações. A
política padrão é que um oficial tenha permissão para usar
um nível de força maior que um oponente esteja usando. Um
contínuo típico de força, do mais baixo para o mais alto, é o
seguinte:
• Comandos verbais.
• “Mão macia”: travas dos braços, pontos de pressão, algemas.
• Irritantes químicos: spray de pimenta.
• “Mão dura”: socos, chutes.
• Armas de impacto: bastões, armas de choque elétrico.
• Força letal.
Um policial tem o direito de usar força mortal para im-
pedir um suspeito de crime violento em fuga, mesmo que o
suspeito não esteja usando a força no momento. O oficial
também pode usar força mortal para impedir que qualquer
criminoso condenado tente escapar da custódia. O preceden-
te legal declara que um policial nunca está sujeito a nenhuma
204 capitulo seis - armas e o mundo das trevas
obrigação de sofrer ferimentos, e a ameaça de violência imi-
nente é suficiente para que ela atue preventivamente com o
nível de força apropriado.
Regras de Engajamento
Os soldados operam sob regras de engajamento (RoE)
que definem de maneira semelhante como e quando os solda-
dos podem usar a força. O RoE de uma unidade militar vem
de sua cadeia de comando e pode variar bastante, dependen-
do da missão da unidade. Uma disposição comum do RoE
quando uma nação está tentando evitar provocar um inciden-
te é que as forças “não podem disparar a menos que sejam dis-
paradas”, exigindo efetivamente que as tropas deixem o outro
sujeito dar o primeiro tiro. Se um exército está em guerra, o
RoE da unidade permite que seu pessoal atire primeiro quan-
do acredita estar em perigo iminente de ataque. Ao contrário
dos policiais, a maioria dos soldados não carrega armas não
letais ou é treinada para usar medidas menores.
As leis de guerra, coletivamente derivadas das Conven-
ções de Genebra e Haia e outros tratados internacionais, são
o corpo da lei internacional e o precedente legal que rege os
conflitos armados entre países. Esses padrões servem ostensi-
vamente para atenuar os efeitos da guerra, protegendo os não-
-combatentes, salvaguardando os direitos de cativos ou ocu-
pantes de território conquistado, minimizando o sofrimento
indevido causado pela guerra ou o uso de tipos específicos
de armas e encerrando conflitos o mais rápido possível após
a resolução das questões políticas que geraram os conflitos.
A maioria dos militares exige que suas tropas sigam as leis
da guerra e tenham severas multas por justiça militar para os
malfeitores.
Da Dinamarca
até Mombassa
A maior parte deste capítulo trata das leis sobre armas
nos Estados Unidos, pois é aqui que a maioria das crônicas do
Mundo das Trevas é ambientada (Não pretendemos ofender
nossos leitores estrangeiros, mas nossos números de vendas
confirmam essa afirmação). Esta seção resume as leis de outras
nações selecionadas onde os personagens podem se encontrar.
Leis Nacionais Sobre Armas
Os Estados Unidos são significativamente mais permis-
sivos do que muitos outros países no que diz respeito à pro-
priedade privada de armas de fogo e outras armas letais. Os
resumos das cápsulas a seguir fornecem diretrizes para as leis
nacionais de armas em outras partes do mundo.
Austrália
Um punhado de incidentes altamente divulgados em
meados dos anos 90 e início dos anos 2000 levou a Austrália
a impor leis estritas sobre armas. Os únicos canhões de longo
alcance legais na Austrália são os rifles de ação de parafuso
e de ação de ruptura, rifles de calibre 22 semiautomáticos e
algumas espingardas de ação de bomba e semi-automáticas. As
armas de fogo são restritas a uma capacidade de 10 cartuchos
ou menos e calibres de 0,38 ou menos e devem ter um com-
primento de cano de pelo menos 12 cm.
Para adquirir uma arma, o australiano deve solicitar a
compra dessa arma específica através do departamento de
polícia estadual, demonstrando uma necessidade válida dela.
Segundo a lei australiana, a autodefesa não é justificativa para
a compra de uma arma. A associação em uma organização de
tiro competitiva é necessária para a compra de uma arma, e
a arma deve ser armazenada no clube ao qual o proprietário
pertence. É necessária uma licença separada para compras de
munição. Armas e munições devem ser armazenadas de forma
segura e separada o tempo todo. O uso da força letal em legí-
tima defesa é ilegal na Austrália.
Brasil
No momento da redação deste documento, os cidadãos
brasileiros têm acesso aos mesmos tipos de armas de fogo que
os americanos podem comprar, embora isso possa ter mudado
antes de você ler essas palavras. Um referendo nacional sobre
a proibição de todas as vendas de armas de fogo no Brasil está
atualmente agendado para outubro de 2005. Um brasileiro
que tenta comprar uma arma de fogo deve ter pelo menos 25
anos e passar na verificação de antecedentes. Os únicos cida-
dãos autorizados a portar armas de fogo em público são guar-
das de segurança ou caçadores. O crime violento é comum no
Brasil, e o uso da força letal em legítima defesa é permitido.
Canadá
A lei canadense tradicionalmente inclui fortes medidas
de controle de armas. Tecnicamente, os canadenses têm aces-
so à maioria das mesmas armas de fogo que os americanos
podem comprar sem permissões específicas, com exceção das
armas compactas e de todas as armas de calibre 0,32 e 0,25.
Um proprietário de arma em potencial deve solicitar um cer-
tificado de aquisição de armas de fogo, que exige a conclusão
de um curso de segurança de armas, além de uma verificação
de antecedentes. O Canadá exige o registro de armas de fogo,
embora muitos governos provinciais se oponham ao registro
universal e não processem um infrator, a menos que ele come-
ta outro crime com a arma.
O transporte de armas em público é tecnicamente ilegal
para os cidadãos. Na prática, as longarmas são comuns nas
áreas rurais para lidar com predadores ou vermes. Revólveres
são relativamente incomuns. Tecnicamente, existem licenças
ocultas de armas de mão, embora sejam praticamente impos-
síveis de obter para cidadãos comuns. A maioria das contas
afirma que menos de 100 autorizações estão em circulação, to-
das nas mãos de ex-chefes de Estado, advogados da coroa que
processam o crime organizado ou outros funcionários do go-
verno altamente colocados que correm o risco de assassinato.
As licenças para transporte aberto também estão disponíveis
e são quase tão difíceis de obter. As autoridades canadenses
geralmente as emitem a cidadãos que trabalham em áreas re-
motas do deserto e precisam de armas para proteção contra
animais selvagens.
Finlândia
Para comprar uma arma de fogo (ou uma alternativa não
letal, como o spray de pimenta) na Finlândia, o cidadão deve
primeiro obter uma licença para comprar essa arma específi-
ca, que ele obtém através do departamento de polícia local.
Depois de fazer a compra, ele deve solicitar uma permissão de
propriedade separada (que, na prática, geralmente é aprovada
pro forma, a menos que o governo veja um motivo para mu-
dar de idéia no último minuto). Os motivos válidos para a ob-
tenção de uma licença incluem caça, caça ao passatempo e um
trabalho de segurança ou aplicação da lei, mas não a autodefe-
sa. As armas disponíveis para os finlandeses são equivalentes
às disponíveis para os americanos, mas os departamentos de
polícia locais têm o direito de restringir ainda mais a compra
de armas dentro de suas jurisdições - por exemplo, armas não
maiores que calibre 22 ou fuzis semiautomáticos.
Apesar dessas leis bastante rigorosas, a população civil
da Finlândia é a terceira mais armada do mundo em uma
base per capita (depois dos Estados Unidos e do Iêmen), com
uma arma registrada para cada quatro famílias. Além disso,
algumas estimativas sofisticadas elevam o número de armas
de fogo ilegais e não registradas na Finlândia a vários milhões.
Apesar dessas estatísticas, crimes violentos são raros na Fin-
lândia (A menos que o suicídio seja contado, uma vez que
90% dos suicídios finlandeses são por armas de fogo). A maio-
ria das armas não registradas está escondida em casas rurais,
relíquias da Segunda Guerra Mundial ou do início da Guerra
Fria.
Os cidadãos comuns são proibidos de portar armas de
fogo carregadas em público, de forma aberta ou oculta. Qual-
quer arma deve ser descarregada e revestida. As licenças de
transporte ocultas são emitidas muito raramente, e o solici-
tante deve provar que possui um motivo válido: serviço de
guarda-costas, transporte de objetos de valor ou guarda de um
local de alto valor público. É necessário um detentor de per-
missão para ocultar sua arma o tempo todo. Matar em legíti-
ma defesa quase sempre resulta em um julgamento, e a conde-
nação é garantida, a menos que o réu possa indiscutivelmente
provar que não tinha outra opção.
França
As leis francesas sobre armas restringem a maioria das ar-
mas a membros de clubes de tiro esportivo. Somente rifles de
calibre 22 de alavancas e alavancas e armas de pólvora negra
estão disponíveis abertamente para cidadãos maiores de 18
anos. Essa arma de fogo permite que o proprietário participe
de um clube de tiro, onde deve ser sócio por pelo menos seis
meses antes de poder comprar qualquer outra arma. Durante
esses seis meses, ela deve participar de pelo menos três sessões
de tiro certificadas no clube, que são registradas com a polí-
cia local como prova de associação. Depois de estabelecer a
associação, ela pode solicitar, através do clube, a compra de
qualquer outra arma de fogo civil-legal (qualquer coisa legal
para propriedade civil nos Estados Unidos), pela qual ela deve
ter uma arma segura em sua casa. Se a associação ao clube de
um personagem expirar, geralmente devido à falta de várias
sessões bimestrais de tiro, a polícia confiscará todas as suas ar-
mas se ela não as vender para um revendedor de armas licen-
ciado. A França também emite licenças de arma para defesa
doméstica. Essa permissão permite ao proprietário qualquer
arma de calibre não militar e 50 cartuchos de munição, mas
não permite que ela leve a arma para fora de sua casa.
Alemanha
As leis alemãs permitem teoricamente a posse das mes-
mas armas que os cidadãos americanos podem adquirir, com
exceção dos rifles semiautomáticos baseados no design de ar-
mas totalmente automáticas e armas de choque. A posse de
armas de fogo é restrita a titulares de licenças e é necessária
uma permissão separada para cada arma. A Alemanha emite
da dinamarca ate mombassa 205
 dois tipos de permissão. Uma licença de caça (para espingar-
das de caça ou espingardas) exige que o candidato tenha 18
anos de idade, enquanto uma licença esportiva (para todas as
outras armas) tem uma idade mínima de 21 anos. Um candi-
dato deve passar por um exame psicológico e médico se tiver
menos de 25 anos, e as autoridades podem impor esses re-
quisitos aos solicitantes mais velhos, se houver necessidade.
Todos os candidatos iniciantes também devem passar em um
teste padronizado pelo governo, comparável em dificuldade a
um exame (ação estendida de Inteligência + Armas de Fogo,
deve alcançar cinco sucessos com quatro jogadas). Estados
alemães individuais podem restringir ainda mais a posse de
armas de fogo.
Uma licença autoriza o portador a comprar munição
para a arma pela qual foi emitida e a transportá-la em sua pró-
pria casa ou propriedade comercial. O transporte público exi-
ge um certificado adicional de armas de fogo (Waffenschein),
que o governo alemão emite apenas para candidatos que pos-
sam provar necessidades distintas. Na prática, essa permissão
está disponível apenas para guarda-costas e pessoal de segu-
rança. Um Waffenschein permite transporte aberto e oculto.
Irlanda
As leis irlandesas sobre armas são semelhantes às do Rei-
no Unido, mas não são idênticas. Para possuir uma arma de
fogo, um cidadão irlandês deve ter pelo menos 16 anos de ida-
de, ser “de bom caráter e bom senso” e ter um motivo válido
para a posse de armas de fogo. Como em muitos outros países
europeus, razões válidas incluem caça e tiro recreativo, mas
não autodefesa. A lei irlandesa também estabelece disposições
específicas para veterinários e outros profissionais que possam
ter que sacrificar humanamente animais durante o exercício
de suas funções.
A posse de armas particulares na Irlanda é ilegal desde a
década de 1970. Os cidadãos irlandeses podem possuir espin-
gardas ou rifles, mas a compra de qualquer arma requer uma
permissão. As licenças de espingarda são mais fáceis de obter
do que as de espingarda, mas apenas relativamente falando. O
requerente de uma licença deve provar que é caçador licencia-
do ou é proprietário de terras e precisa da arma para proteger
suas colheitas ou animais de animais nocivos e predadores.
Todas as armas de fogo registradas na Irlanda são registradas
em um banco de dados nacional. As bestas também são regu-
lamentadas como armas de fogo.
A lenda urbana irlandesa é repleta de histórias de gan-
gues bem armadas. Na realidade, os criminosos comuns rara-
mente estão melhor armados do que os cidadãos locais. No
entanto, o IRA e outros grupos separatistas são muito bem
supridos, com estoques que variam de rifles de assalto a mor-
teiros caseiros e um punhado de lança-granadas. A maior par-
te desse armamento está enterrada em campos e pântanos em
toda a Irlanda, em vez de pronta para uso imediato.
Itália
A lei italiana distingue entre armas que os cidadãos
possuem, mas não usam, e aquelas armas cujos proprietários
pretendem usá-las (para caça ou autodefesa). Os proprietários
devem registrar todas as armas na filial local de uma das duas
agências policiais nacionais (a Polizia di Stato civil ou a Ca-
rabinieri militar), e o governo rastreia todas as compras de
munição. É permitido aos cidadãos italianos possuir armas
206
capitulo seis - armas e o mundo das trevas
de fogo e espingardas; rifles são proibidos, assim como todas
as armas de nível militar. Além disso, todas as armas de fogo
reservadas para calibres militares - 9 mm Luger, 5,56 mm
NATO, 7,62x39 mm soviético e assim por diante - são ilegais
para propriedade civil.
Aqueles que desejam portar suas armas para qualquer fi-
nalidade devem obter uma autorização de armas porto d’armi.
Existem três tipos de licenças: licenças esportivas (que permi-
tem o transporte de armas descarregadas de e para um campo
de tiro), licenças de caça (que permitem o transporte de armas
descarregadas de e para uma área de caça e o uso delas durante
a caça) e licenças de autodefesa (que permitem o transporte
oculto de uma arma carregada em público). O uso de uma
arma na autodefesa sempre envia o atirador a julgamento.
Japão
As leis japonesas sobre armas, impostas após a Segunda
Guerra Mundial, proíbem absolutamente qualquer proprie-
dade privada de armas de fogo ou espadas. As únicas exceções
são as espingardas, disponíveis apenas para tiro ao alvo e caça
(Os fuzis tornaram-se ilegais em 1971, mas os atuais proprie-
tários podem reter os seus até a morte; atualmente, cerca de
25.000 existem no Japão). Para solicitar uma licença de espin-
garda ou pistola pneumática, o cidadão deve primeiro assistir
às aulas de segurança com armas de fogo e passar nos testes
de escrita e tiro. Ele deve então passar em um exame psico-
lógico, um teste de drogas e uma verificação de antecedentes
policiais. Qualquer histórico criminal ou participação em um
grupo político ou ativista radical desqualifica o candidato. Se
ele passar, ele deve armazenar suas armas e munições em co-
fres trancados separados e fornecer à polícia local um mapa
de sua casa mostrando onde eles estão. As licenças devem ser
renovadas a cada três anos, e a polícia japonesa verifica a casa
de todos os proprietários duas vezes por ano para garantir que
as armas sejam armazenadas adequadamente e não tenham
sido roubadas.
O transporte público, e muito menos uso, de armas de
fogo é estritamente proibido, e os códigos e imperativos cultu-
rais japoneses resultam em rígida obediência a essas leis pela
grande maioria dos cidadãos. O Japão tem menos de 200 cri-
mes violentos relacionados a armas de fogo por ano, a maioria
cometida por membros de grupos do crime organizado. Os
policiais japoneses normalmente não carregam nada mais pe-
sado que os revólveres .38 especiais e podem ser julgados se
usarem as armas para infligir mais danos do que os tiros impe-
didos. Os policiais japoneses preferem confiar em cabeceiras
e artes marciais, nas quais recebem muito mais treinamento.
Isso, por sua vez, resulta em um código não escrito que reduz
efetivamente o nível de violência que a maioria dos crimino-
sos japoneses estão dispostos a enfrentar contra a polícia.
México
A constituição mexicana garante aos cidadãos mexicanos
o direito de possuir armas de fogo e usar a força letal para
defender suas vidas e lares. No entanto, existem alguns limites
para as armas de fogo que os mexicanos podem possuir. As
pistolas são restritas ao calibre .38 ou menor e as espingardas
ao calibre 12 ou menor. Além disso, calibres militares para
pistolas e rifles (9 mm Luger, 5,56 mm NATO e assim por
diante) são ilegais, embora isenções a esta lei estejam disponí-
veis para membros registrados de clubes de tiro e caça. A Se-
cretaria da Defesa Nacional administra as leis mexicanas sobre
armas, incluindo a exigência de registro de todas as armas de
fogo nas instalações do exército local do proprietário.
O México tem apenas uma loja de armas legais, a Unida-
de de Comercialização de Armamento e Munições na Cidade
do México. A maioria das vendas de armas são transações pri-
vadas sem verificação de antecedentes. Muitas lojas de artigos
esportivos armazenam munição, embora seja difícil encontrar
calibres militares.
Estão disponíveis licenças de transporte ocultas, embora
difíceis de serem adquiridas pela maioria dos cidadãos. Na
prática, um cidadão que deseja uma permissão deve ter um
emprego que exija que ele esteja armado ou que seja capaz de
provar às autoridades que sua vida está ameaçada.
Noruega
As leis norueguesas sobre armas são um produto da his-
tória do país. Quando a Noruega se tornou uma nação inde-
pendente em 1905, era muito pobre para equipar um exército
permanente, então a lei exigia que todas as fazendas forneces-
sem, equipassem e armassem um miliciano. Hoje, a cultura
norueguesa ainda vê a habilidade com armas de fogo como
vital para a segurança nacional, e aproximadamente um terço
dos lares noruegueses tem armas.
A compra de uma arma de fogo na Noruega exige uma
licença, que o potencial comprador adquire através da polícia
local, para a arma específica. Existem quatro tipos de permis-
são. As licenças de caça permitem a compra de espingardas
e espingardas, com exceção das espingardas semiautomáticas
militares, e exigem que o candidato seja aprovado no curso de
segurança do caçador. As licenças de tiro ao alvo abrangem
qualquer tipo de arma, espingarda ou espingarda apropriada
para os campos de competição do candidato e exigem compro-
vação de filiação ao clube por pelo menos seis meses. Um co-
lecionador deve definir sua “área de interesse”, como “armas
russas da Segunda Guerra Mundial” ou “rifles Lee-Enfield”,
e já deve ter uma coleção relacionada de armas ou memora-
bilia, mas pode comprar qualquer tipo de arma apropriado
para a coleção, incluindo armas totalmente automáticas. As
autorizações de autodefesa são raras e permitem a compra e o
transporte oculto de armas de fogo. As idades mínimas para
compra são 18 para armas longas (16 com autorização dos
pais) e 21 para armas de fogo. Os supressores não são regula-
mentados na Noruega.
Semente de História: Estilhaços
Alguém explode a casa, o veículo ou a
empresa de um personagem - possivelmen-
te com seus amigos ou familiares. Agora,
ele não apenas precisa se preocupar com
novas tentativas de vida de um inimigo que
está disposto a zombar de uma investigação
federal, mas também precisa se preocupar
com os mesmos investigadores encontrarem
evidências de seus próprios crimes ou pro-
priedades ilegais dentro dos destroços. Ou
estava trazendo essas perguntas para ele
o ponto principal da explosão? Alternativa-
mente, a explosão destrói um local público
que o grupo usou coletivamente como local
de reunião, local de caça ou outro recurso,
de preferência em uma noite em que todos
planejavam estar lá, mas que estavam
atrasados.
Rússia
As leis russas sobre armas são remanescentes das da
União Soviética. A maioria das ex-repúblicas soviéticas e mui-
tas outras nações da Europa Oriental têm leis semelhantes.
Na Rússia, a posse de armas civis é estritamente proibida, com
as únicas exceções oficiais sendo oficiais militares aposenta-
dos, anteriormente de alto escalão. Cidadãos adultos com
licenças de caça podem solicitar licenças de armas de fogo
(Custo •••), que inicialmente lhes permitem adquirir armas
de caça de cano liso (espingardas ou armas de fogo arcaicas).
Caçadores profissionais, ou cidadãos que possuem espingar-
das há pelo menos cinco anos sem colidir com as autoridades,
também podem possuir rifles de caça. Qualquer arma de fogo
de propriedade civil deve ser registrada dentro de duas sema-
nas após a sua compra, e o processo de registro envolve testes
de tiro e o registro das características balísticas da arma em
registros oficiais. Os supressores e a óptica de visão noturna
são proibidos, assim como as armas de fogo totalmente auto-
máticas.
Os cidadãos russos podem comprar sprays não letais,
como gás lacrimogêneo, sem licença; esses dispositivos geral-
mente estão disponíveis. As armas elétricas de choque não po-
dem ser importadas, mas os modelos produzidos internamen-
te são legais. Os russos têm direito à autodefesa armada, mas
apenas dentro de suas casas. O transporte público de armas
letais é estritamente proibido, a menos que o proprietário es-
teja transportando sua arma para fins de caça. Mesmo assim,
as armas de fogo devem ser desmontadas - mas, de acordo
com a lei russa, remover a revista de uma arma a torna “des-
montada”.
Vale notar que os criminosos organizados na Rússia e
no resto da antiga União Soviética estão entre os principais
fornecedores mundiais de armamento militar no mercado
negro. Eles não costumam exibir seus produtos, pois exibi-
ções ostensivas de poder de fogo exigiriam que as autoridades
locais pagassem, mas estão sempre próximas, se necessário.
Qualquer tentativa de adquirir armas no mercado negro na
Rússia recebe um bônus de +1.
Reino Unido
As leis de armas do Reino Unido são algumas das mais
rígidas do mundo, depois de uma série de aumentos graduais
desde a década de 1920. As únicas armas de fogo que são
legais para a propriedade civil são as espingardas de tiro com
trinco e de alavanca, as espingardas semiautomáticas no cali-
bre 22 e as espingardas com capacidade de três tiros ou me-
nos. Existem dois tipos de licenças de armas de fogo. As licen-
ças de espingarda não exigem que os candidatos demonstrem
necessidade. Os certificados de armas de fogo, que autorizam
a propriedade do rifle, exigem que o aplicativo pertença a um
clube de tiro ou possua uma licença de caça. Um proprietário
deve armazenar todas as armas e munições de forma segura
e deve ter um motivo comercial ou esportivo legítimo para
possuir armas de fogo. Arma de fogo e munição Os Custos no
207
da dinamarca ate mombassa
 Reino Unido aumentam em 1 em relação aos valores normais prar algo que já passou por algumas batalhas e alguns anos
indicados no Capítulo Dois devido ao pequeno mercado. de clima severo. A critério do Narrador, qualquer arma desse
A lei do Reino Unido não considera a autodefesa uma tipo é mantida de maneira inadequada; não role novamente
razão legítima para a posse ou uso de armas de fogo, e portar os resultados 10 nos dados ao usá-la.
uma arma abertamente provocará uma resposta imediata da
polícia. Não existem disposições para os cidadãos obterem li- Viagem Internacional
cenças de transporte ocultas, pois as únicas exceções às leis Carregar armas internacionalmente é arriscado, na me-
locais são para “Servos da Coroa” (por exemplo, policiais e lhor das hipóteses. As nações normalmente desaprovam os
militares). não-cidadãos armados. Um proprietário de armas que viaja
A maioria da polícia no Reino Unido não está armada. comercialmente deve observar todas as leis de armas para seu
Oficiais de armas de fogo autorizados (AFOs) devem passar país de origem e destino. Ao entrar em um país pela alfân-
por um processo de certificação antes de serem emitidos ar- dega, um viajante com armas deve declarar tudo o que está
mas de fogo e armas de choque à distância e, mesmo assim, trazendo para o país. Muitas nações exigem que cidadãos es-
operar sob o uso estrito das políticas de força. trangeiros recebam permissão prévia antes de trazer armas, o
que pode ser difícil ou impossível se a nação anfitriã tiver leis
Pontos Problemáticos do Mundo restritivas sobre armas. Os policiais podem ter mais facilidade
Em zonas de guerra ou regiões sem lei, como a África com isso se estiverem viajando a negócios oficiais, embora ain-
central, os Bálcãs e partes do Oriente Médio, qualquer lei so- da não tenham jurisdição.
bre armas de fogo é respeitada mais pela violação do que pela A União Europeia tem uma disposição específica para
observância. Os governos podem proclamar proibições totais cidadãos de um país membro que viajam para outros países
de armas, e muitos o fazem, mas é difícil para a polícia fazer membros. Um passe europeu de armas de fogo da UE con-
cumprir leis em áreas nas quais eles não conseguem sobrevi- cede ao portador permissão para viajar para qualquer estado
ver. Qualquer área que tenha assistido a ações militares nos membro da UE com armas, desde que ele observe todas as
últimos anos é generosamente espalhada por traficantes de leis locais. O processo de inscrição para tal passe passa pela
armas - alguns dos principais jogadores, mas a maioria dos comunidade nacional de aplicação da lei do país do cidadão
habitantes locais procura lucrar rapidamente com o resgate e exige uma verificação de antecedentes e uma declaração da
no campo de batalha. Nessas áreas, os personagens podem ad- marca, modelo e número de série de cada arma de fogo à qual
quirir praticamente o que quiserem, incluindo armas de nível o passe será aplicado.
militar (geralmente as exportações da era soviética). Como os
bens roubados nunca são vendidos com prejuízo, esses itens Contrabando de Armas
geralmente são baratos: os custos são um menor do que os Os viajantes que desejam mover armas ilegalmente têm
apresentados neste livro. No entanto, faça ressalvas ao com- uma ampla variedade de opções. Se um personagem quiser

208
capitulo seis - armas e o mundo das trevas
contrabandear uma arma em sua própria bagagem, ele deve estão fora do escopo deste livro. Os Narradores podem fazer
fazer as malas para derrotar as buscas na alfândega e a triagem tais tentativas de criar suspense ou exigir que o jogador faça
nos pontos de entrada. Esta é uma ação disputada: o jogador Inteligência + Sobrevivência disputada e/ou estendida (se es-
rola Inteligência + Furto - o Tamanho da arma e o Narrador tiver viajando a pé) ou Inteligência + Condução (se estiver
rola uma parada de Raciocínio + Investigação separada uma usando um veículo) rolando contra uma parada de Raciocínio
vez para cada investigador que inspeciona a bagagem. Obser- + Investigação pela patrulha da fronteira local.
ve que a maioria das pesquisas de segurança alfandegária e
portuária usa assistência da máquina: um bastão de detector
de metais portátil oferece um bônus de +1, uma máquina de
raios-x +3 e um farejador/scanner de explosivos +4. Por outro Semente de História: Ferro Quente
lado, uma arma disfarçada para se parecer com um objeto
Os personagens recebem ou interceptam
não ameaçador (por exemplo, uma pistola de canetas ou uma
um carregamento de armas ilegais, apenas
bomba de sapato) fornece um bônus de +2 ao teste do joga-
para descobrir que as armas estão de algu-
dor.
ma forma marcadas ou sendo rastreadas.
Se um personagem quiser mover grandes quantidades
As armas que os personagens pensavam
de armas, ele terá que enviá-las, de preferência ocultas em
que resolveriam todos os seus problemas
uma remessa inócua de bananas ou peças de carros. O proce-
são passivas. Agora, os personagens devem
dimento é o mesmo que acima, mas nem toda carga recebe
se dissociar do espólio antes que as auto-
uma pesquisa completa. Para cada instalação portuária, fron-
ridades ou outras partes interessadas os
teira ou outro ponto de pesquisa possível, o Narrador deve
localizem.
rolar um dado: de 1 a 6, nenhuma pesquisa ocorre.
Os pretensos contrabandistas de armas podem evitar
a segurança portuária inteiramente atravessando fronteiras
ilegalmente. Isso traz seus próprios riscos, mas essas viagens

209
viagem internacional
Apendice:
Apêndice: Vantagens
Vantagens
A seguir, é apresentado um conjunto de Vantagens para personagens es-
pecialistas em certos tipos de equipamentos. Enquanto os capítulos anteriores
se concentraram em itens e objetos, este Apêndice se concentra em talentos e
truques que podem colocar o equipamento em seu uso mais eficaz.

Vantagens Mentais
DME (••••)
Pré-requisito: Raciocínio ••• ou Destreza •••, Ofícios •••, Especiali-
zação de Demolições em Ofícios
Efeito: Seu personagem é bem versado em lidar com todos os tipos de
explosivos. Ele conhece todos os tipos de técnicas utilizadas na fabricação de
bombas, desde a criação de seus próprios explosivos até a identificação e o ar-
mamento de manufaturados. Ele também foi treinado em descarte de material
explosivo (DME) e se sente à vontade para desarmar dispositivos desconheci-
dos. Seu personagem não sofre a penalidade de –2 por desarmar um explosivo

“Se vocemora
moraentre
entre
que ele não construiu (ver p. 114).

caes,
tenhatenha um pedaco de Afi-
“Se você cães,
Tecnófilo (• até ••)
pau.
nal, Afinal, é para issocão
que
um pedaço de pau.
um cao tem dentes - morder
é para isso que um Efeito: Através da experiência profissional ou do fanatismo de um hobby,
quando lhes convir!
tem dentes - morder quando seu personagem é excepcionalmente experiente em relação a um tipo específico
lhes convir! de equipamento, escolhido na compra desta Vantagem. Com um ponto nes-
--Nikita Khrushchev, sa Vantagem, seu foco é relativamente específico: Armas Afiadas, Revólveres,
primeiro-ministro soviético
Nikita Khrushchev, pri- Veículos de Consumo, Equipamento Militar Francês do Século XX e assim
meiro-ministro soviético por diante. Com dois pontos, o foco da Vantagem pode ser mais amplo: por
exemplo, Armas Brancas, Armas de Fogo, Veículos, Equipamento Militar do
Século XX.
No que diz respeito aos itens que se enquadram apenas no foco escolhido,
essa Vantagem funciona como a Vantagem do Conhecimento Enciclopédico
(ver p. 108, Livro de Regras do Mundo das Trevas). Com um teste bem-suce-
dido, seu personagem é totalmente versado na performance, história e curiosi-
dades de qualquer item específico que ele encontrar. Além de identificar um
item, ele pode recitar a provável composição metálica de uma espada antiga, as
características balísticas da arma lateral de um inimigo, a velocidade máxima de
um carro esportivo ou o rendimento explosivo de uma ogiva nuclear.
Esta Vantagem não confere bônus ou habilidades reais quando o persona-
gem tenta usar um item que se enquadra em seu campo de estudo. Diferente-
mente do Conhecimento Enciclopédico, essa Vantagem está disponível após a
criação do personagem, embora as ações e os interesses do personagem por um
longo período de tempo justifiquem a compra.

Vantagens Físicas
Estilo de Luta: Arqueirismo (• até ••••)
Pré-requisitos: Força ••, Destreza ••, Esportes ••.
Efeito: Seu personagem dedicou anos de prática ao arco. Ele pode ser
um arqueiro competitivo, um caçador de baixa tecnologia ou um entusiasta da
história medieval.
Os pontos adquiridos nesta Vantagem permitem o acesso a manobras es-

210 apendice - vantagens

peciais de combate. Cada manobra é um pré-requisito para a pró-
xima. Portanto, seu personagem não pode ter “Recarga Rápida”
até que ele tenha “Carregar e Soltar”. As manobras e seus efeitos
são descritas abaixo. Todas as manobras a seguir funcionam ape-
nas com arcos.
Carregar e Soltar (•): Os músculos do braço do seu perso-
nagem estão bem tonificados para a tarefa exigente de desenhar
repetidamente um arco pesado. Ele ganha +1 de Força com o
objetivo de atender os requisitos mínimos de Força, Dano e Al-
cance de um arco.
Recarga Rápida (••): Seu personagem pode manter uma
taxa de disparos menor. Uma vez por turno, ele pode “recarre-
gar” um arco como uma ação reflexa.
Arco de Fogo (•••): As flechas, como todos os outros pro-
jéteis, viajam em arcos balísticos. Seu personagem é um mestre
em estimar alcance, vento e outros fatores para disparar muito
mais longe do que viajaria se disparado diretamente. Duplique o
Alcance de qualquer arco que seu personagem usar.
Fogo Imerso (••••): Seu personagem pode evitar ataques
diretos a favor de lançar flechas no ar para despencar diretamen-
te em vítimas infelizes. Os ataques de arco do seu personagem
não sofrem penalidades pela ocultação de objetos atrás de obje-
tos sólidos, desde que o alvo não tenha proteção aérea e seu per-
sonagem possa ver qualquer parte do alvo para medir sua locali-
zação. Por exemplo, um alvo escondido atrás de um tronco com
o pé para fora não aplica penalidade, mas um personagem em
uma curva fetal nas tábuas do piso de uma van recebe proteção
normal. Desvantagem: Seu personagem pode usar essa manobra
apenas ao ar livre ou em espaços fechados, grandes o suficiente
para fornecer centenas de metros de vôo vertical (por exemplo,
estádios de futebol).

Estilo de Luta: Arma de Corrente (• até ••••)

Pré-requisitos: Força ••, Destreza •••, Armamento •••
Efeito: Seu personagem é treinado na difícil arte de lutar
com armas de corrente. Armas de corrente são notoriamente im-
previsíveis, a menos que sejam dominadas - um lutador pouco
habilidoso tem tanta probabilidade de se enrolar ou se cortar
quanto de prejudicar um oponente. É provável que o treinamen-
to do seu personagem tenha sido formalizado, tendo aprendido
a habilidade em um dojo de artes marciais ou talvez em com-
bate de palco para o teatro (Observe que um personagem que
usa armas de corrente e que não possui pontos nessa Vantagem
sofre uma penalidade de –2 automática em todas as jogadas de
ataque.)
Os pontos adquiridos com esta Vantagem permitem o aces-
so a manobras de combate únicas com armas de corrente. Cada
manobra é um pré-requisito para a manobra subsequente. Por-
tanto, seu personagem não pode ter “Prender Mão” até que ele
tenha “Defesa Impenetrável”. Essas manobras e seus efeitos são
descritas abaixo. Todas as manobras são baseadas na Habilidade
Armamento.
Defesa Impenetrável (•): Seu personagem pode optar por
não atacar em um determinado turno e girar a corrente na dire-
ção de seu oponente (ou oponentes). Durante o turno inteiro,
independentemente da Iniciativa, você pode adicionar +2 à De-
fesa do seu personagem para evitar os golpes recebidos. Seu per-
sonagem também não sofre penalidade por se defender contra
vários oponentes até que ele enfrente três ataques. Os primeiro
e segundo ataques feitos contra ele não causam modificadores
negativos à sua Defesa.

vantagens mentais - vantagens fisicas 211

 Prender Mão (••): Essa manobra defensiva é feita con-
tra um ataque recebido (baseado em Briga ou Armamento).
Quando um inimigo ataca com uma arma ou com seu corpo,
seu personagem envolve o membro atacante com a corrente,
agarrando-o com um ataque de Força + Armamento. A Defesa
do inimigo não é subtraída dessa jogada, mas seus sucessos na
jogada de ataque são. Se o seu personagem for bem-sucedido,
o membro está preso à corrente e o oponente pode tentar es-
capar no próximo turno com um teste de Força + Briga. Se o
inimigo conseguiu mais sucessos em seu ataque, ele ainda será
diminuído por quaisquer sucessos que você tenha obtido no
teste de Prender Mão. Essa manobra deve ser feita no turno
da Iniciativa do atacante, e executar esta ação significa que seu
personagem não pode fazer um ataque neste turno.
Sufocar (•••): Seu personagem tenta enrolar a corrente
no pescoço do oponente. Teste Força + Armamento. A vítima
pode tentar se libertar de sua próxima ação com um teste de
Força + Briga, que é reduzido pela Força +1 do seu persona-
gem. Essa manobra não deve causar dano ou matar o oponen-
te - essa manobra deve deixá-lo inconsciente pressionando a
corrente contra as artérias do pescoço, interrompendo o fluxo
sanguíneo para o cérebro. Se seu personagem for bem-suce-
dido no combate, ele poderá começar a sufocar a vítima no
turno seguinte. A cada turno em que o estrangulamento não é
interrompido, a vítima sofre -1 adicionais em todas as jogadas
para resistir. Quando seu personagem acumular um número
de turnos ininterruptos igual ao Vigor da vítima, ela fica in-
consciente. Essa manobra, quando concluída, causa um único
ponto de dano contundente à vítima. Essa manobra de com-
bate é ineficaz contra personagens que não precisam respirar.
Girar e Impulsionar (••••): Seu personagem neste ní-
vel é altamente hábil em usar correntes, e pode fazer ataques
focados com qualquer parte da arma. Girando a corrente al-
gumas vezes, ele pode ganhar impulso com um único ataque,
que pode ser feito com uma precisão surpreendente. Em um
ataque direcionado, você pode ignorar até –2 das penalidades
associadas aos ataques direcionados. Em outras palavras, ata-
ques ao tronco ou membros de um oponente são feitos sem
penalidade, ataques à cabeça em –1, na mão –2 e no olho
–3. Desvantagem: Seu personagem nega sua Defesa pelo res-
to do turno. Se o seu personagem aplicar sua Defesa contra
qualquer ataque recebido antes de seu turno, ele não pode
executar esta manobra.
Estilo de Luta: Pontaria Precisa (• até •••••)
Pré-requisitos: Força ••, Destreza••, Autocontrole
••• e Armas de Fogo ••.
Efeito: Seu personagem não é apenas proficiente em ar-
mas de fogo, mas também treinou extensivamente para man-
ter sua precisão no estresse do combate (consulte “Pontaria em
combate”, p. 51, para uma discussão sobre esses desafios). Ele
provavelmente tem experiência na aplicação da lei ou nas for-
ças armadas, embora possa simplesmente ser um defensor da
autodefesa ou um amador dedicado com possessão incomum.
Os pontos adquiridos nesta Vantagem permitem o acesso
a manobras especiais de combate. Cada manobra é um pré-re-
quisito para a próxima. Portanto, seu personagem não pode
ter “Tecarga Tática” até que ele tenha “Primeiro Tiro”. As ma-
nobras e seus efeitos são descritos abaixo, a maioria baseada na
Habilidade Armas de Fogo.
Primeiro Tiro (•): Os reflexos treinados de seu perso-
212 apendice - vantagens
nagem dão a ele uma vantagem de uma fração de segundo
em um tiroteio. Sempre que ele inicia um combate com uma
arma de fogo na mão, ele ganha um bônus no teste de Inicia-
tiva igual à sua Habilidade com Armas de Fogo. Se ele tam-
bém tiver a Vantagem Saque Rápido para armas de fogo (con-
sulte o Livro de Regras do Mundo das Trevas, p. 113) e sacar
uma arma de fogo durante o primeiro turno de combate, esse
bônus será adicionado retroativamente, começando no início
do segundo turno de combate.
Recarga Tática (••): A memória muscular do seu per-
sonagem permite que ele recarregue sem pensamento cons-
ciente. Uma vez por turno, ele pode recarregar uma arma de
fogo que se alimenta de um carregador destacável ou usar um
carregador de velocidade para recarregar um revólver, como
uma ação reflexa.
Toque Duplo (•••): Ao usar uma arma de fogo de ação
com alavanca, ação de bomba ou semiautomática, seu perso-
nagem pode fazer ataques rápidos, como se sua arma fosse
capaz de disparar automaticamente.
Alcance de Baioneta (••••): Seu personagem pode
manter a precisão e o controle, mesmo quando enfrenta um
oponente no comprimento do braço. A Defesa do alvo não
se aplica a ataques de armas de fogo que seu personagem faz
dentro do alcance de combate corpo a corpo (consulte a pág.
155, Livro de Regras do Mundo das Trevas).
Tiro Rápido (•••••): A concentração do seu perso-
nagem é tal que ele pode desencadear uma série de balas. Em
uma única ação, ele pode fazer um ataque extra de armas de
fogo para cada ponto em que seu Autocontrole exceder 2.
Cada ataque extra é feito com um modificador cumulativo
de -1. Assim, ele pode executar um total de dois ataques com
Autocontrole 3 (o segundo dos quais é feito com –1), três
ataques com Autocontrole 4 (o terceiro dos quais é feito com
–2) e quatro com Autocontrole 5 (o quarto dos quais é feito
com –3). Ele deve declarar os alvos de todos os ataques antes
de lançar o primeiro. Cada ataque não direcionado contra
seu alvo inicial sofre uma penalidade adicional de -1. Todos
os ataques feitos com esta manobra devem ser de tiro único.
Desvantagem: Seu personagem não pode usar sua Defesa
contra nenhum ataque no mesmo turno em que ele preten-
de usar essa manobra. Se ele usar Defesa contra ataques que
ocorreram no início da lista de Iniciativas, antes que ele pos-
sa executar esta manobra, ele não poderá usar Tiro Rápido
neste turno. Além disso, seu personagem não pode usar esta
manobra com armas de fogo de ação de parafuso ou de ação
de quebra.
Estilo de Luta: Esgrima (• até ••••)
Pré-requisitos: Destreza •••, Armamento •••
Efeito: Seu personagem é treinado na arte da esgrima.
Ele provavelmente aprendeu essa habilidade em uma acade-
mia de esgrima e está familiarizado com o esporte em mais
do que uma capacidade de passagem. Os pontos adquiridos
com essa Vantagem permitem o acesso a manobras de com-
bate únicas usando armas de esgrima. Cada manobra é um
pré-requisito para a manobra subsequente. Portanto, seu per-
sonagem não pode ter “Finta” até que ele tenha “Impulso”.
Essas manobras e seus efeitos são descritas abaixo. Todas as
manobras são baseadas na Habilidade Armamento.
Esgrima deve ser realizada com espadas específicas. As
manobras abaixo podem ser usadas sem penalidade, desde
que seu personagem use uma das seguintes espadas: espada
curva, espada de esgrima, rapieira ou bengala. Qualquer outro
tipo de espada incorre em -1 de penalidade contra qualquer
uma das manobras listadas abaixo (Para mais informações so-
bre espadas como armas brancas, consulte o Capítulo Um).
Impulso (•): O golpe é um ataque simples, mas pode-
roso. A postura de um esgrimista (uma perna ancora a posi-
ção do seu personagem e a outra perna o lança para a frente)
dá a esse ataque força extra. Quando seu personagem faz um
ataque de impulso, mergulhando a lâmina na direção de um
oponente, ele o faz com um bônus de +1.
Finta (••): Seu personagem sabe como fazer um ataque
falso destinado a desorientar um oponente. Faça um teste de
ataque “normal” (Força + Armamento), e esse teste é pena-
lizado pela Defesa do oponente, como sempre. Esse ataque
é falso; não ataca o inimigo nem causa nenhum dano. Se o
seu personagem conseguir um único sucesso, no entanto, o
oponente fica momentaneamente confuso e desequilibrado, e
pode não aplicar sua Defesa contra o próximo ataque que ele
sofrer (que pode ser do seu personagem no turno seguinte ou
pode ser de outra fonte antecipadamente).
Ripostar (•••): Um Ripostar exige que um ataque seja
feito contra seu personagem. Ele sai do caminho do ataque
usando sua Esquiva (isto é, a Defesa dele, dobrou). Enquanto
seu oponente estiver aberto, ele pode fazer um ataque repen-
tino e rápido, que é executado com uma penalidade de -1.
No entanto, a Defesa do oponente não penaliza ainda mais
a jogada de ataque. Desvantagem: Se o seu oponente sofrer
mais ataques em um turno em que ele usou Ripostar, ele não
poderá aplicar sua Defesa contra ele.
Moulinet (••••): Se o seu personagem acertar um ad-
versário com a espada, ele poderá girar o pulso e executar um
rápido corte em espiral com a ponta da arma. Esse corte adi-
cional não requer teste adicional; o corte causa dano letal ao
oponente igual à Destreza do seu personagem. Desvantagem:
Para realizar esta manobra, o personagem deve gastar um pon-
to de Força de Vontade antes de fazer seu ataque inicial. A
Força de Vontade não concede a ele +3 adicionais para atacar.
Se a jogada de ataque inicial falhar, o ponto de Força de Von-
tade é desperdiçado e o Moulinet não pode ser adicionado.
Kendo: Esgrima Japonesa
A Vantagem acima é para o estilo de esgri-
ma europeu, mas pode ser adaptado para
o kendo japonês com bastante facilidade.
Embora as técnicas (chamadas waza) sejam
ligeiramente diferentes, a mecânica perma-
nece a mesma.
Impulso (•) se torna Kaburi; em vez de
estocar, seu personagem faz um ataque
aéreo, mas o modificador +1 permanece.
Finta (••) se torna Kiai. Envolve gritar alto
enquanto faz uma manobra de distração.
Ripostar (•••) se torna Uchiotoshi Waza,
ou “matar a espada”. O personagem pode
não sair do caminho, mas evita o ataque
antes de seu próprio contra-ataque.
Moulinet (••••) se torna Nidan Waza,
permitindo um ataque completo e um se-
gundo corte rápido com a espada.
Novamente, toda a mecânica é a mesma,
e a Vantagem trabalha da maneira exata,
embora com termos diferentes. No entanto,
as espadas usadas são diferentes. Um per-
sonagem pode executar kendo waza com
katana, wakizashi e espadas curvas - usá-lo
com qualquer outra espada incorre em -1
de penalidade.
Estilo de Luta:
Artes Marciais Filipinas (• até ••••)
Pré-requisitos: Destreza •••, Armamento •••
Efeito: Seu personagem é treinado na arte da luta filipi-
na, que costuma ser chamada de escrima ou kali. Ele pode ter
aprendido isso com um instrutor ou um membro da família.
A maioria das técnicas de escrima usa armas e destina-se pre-
dominantemente à autodefesa.
Os pontos adquiridos com essa Vantagem permitem o
acesso a manobras de combate únicas com armas contunden-
tes. Cada manobra é um pré-requisito para a manobra subse-
quente. Portanto, seu personagem não pode ter “Desarmar”
até que ele tenha “Travar e Bloquear”. Essas manobras e seus
efeitos são descritas abaixo. Todas as manobras são baseadas
na Habilidade Armamento.
Note que, para realizar essas manobras, um personagem
deve ter pelo menos uma arma contundente na mão. Essa
arma é potencialmente um bastão de escrima (ou um par),
mas pode ser qualquer objeto sem corte com menos de um
metro de comprimento. Se o personagem empunhar duas ar-
mas, ele ainda assume a penalidade de –2 por ataques com
a mão. Quando o personagem atingir o quarto e último ní-
vel deste estilo, ele poderá optar por usar qualquer uma das
manobras sem armas. Nesta fase, ele aprende as técnicas de
escrima da “mão vazia”.
Travar e Bloquear (•): Com esse movimento, seu per-
sonagem usa o impulso de um adversário contra ele. Se você
obtiver sucesso em um teste de Força + Armamento, seu per-
sonagem captura o braço de ataque de um oponente e ganha
um domínio sobre ele (para regras de combate corpo-a-corpo,
consulte a pág. 157, o Livro de Regras do Mundo das Trevas).
Você pode adicionar a Defesa do seu personagem ao teste de
Força + Armamento, pois ele está tecnicamente fazendo uma
manobra defensiva. No entanto, se você optar por adicionar
a Defesa a esse ataque, você não poderá aplicar a Defesa dele
contra nenhum ataque que ocorrer. Se ele já aplicou sua Defe-
sa, ele ainda pode utilizar essa manobra, mas ele não consegue
adicionar sua Defesa ao teste.
Desarmar (••): Isso permite que seu personagem cap-
ture um ataque recebido e bata com sua própria arma no an-
tebraço de um inimigo, potencialmente forçando o inimigo
a largar sua arma (Observe que isso é diferente da Vantagem
Desarmar). Para decretar essa manobra, faça um teste de ata-
que normal (Destreza + Armamento). Compare os sucessos
neste teste com o Vigor do oponente. Se o sucesso for igual ou
vantagens fisicas 213
 superior ao seu índice de Vigor, ele solta a arma. Esse ataque
também causa dano ao oponente. Pegue os sucessos obtidos
na jogada de ataque e reduza-os pela metade (arredondar para
cima). O oponente recebe esse dano, por contusão.
Ataque Desequilibrado (•••): Com este ataque, seu
personagem usa sua arma para deixar um inimigo desequili-
brado. Esse ataque pode assumir qualquer forma: empurrar
um bastão para dentro do plexo solar, atingir a têmpora de um
inimigo ou a ponte do nariz ou usar o impulso de um bastão
para empurrá-la para uma posição desconfortável. O ataque
é realizado com uma penalidade de –2. Se for bem-sucedido,
o ataque causa dano total e o próximo ataque do oponente é
executado com uma penalidade de –3.
Defesa de Muitas Mãos (••••): Os praticantes do Es-
crima sabem como se mover e fluir com o combate de manei-
ras muitas vezes incomparáveis em outros sistemas de armas.
Nesse caso, você pode aplicar a Defesa completa do seu per-
sonagem (ou Esquivar) a todos os ataques contra ele em um
único turno. Eles não são diminuídos por ataques feitos após
o primeiro.
Estilo de Luta: Sniping (• até •••••)
Pré-requisitos: Destreza •••, Perseverança •••, Armas
de Fogo ••• e Dissimulação ••.
Efeito: Um franco-atirador é a antítese de um pistoleiro,
paciente e sereno, em vez de rápido e cruel. Seu personagem,
através de uma experiência ao longo da vida ou treinamento
militar intensivo, é paciente e habilidoso o suficiente para pas-
sar horas olhando através de uma mira de espingarda antes de
dar um tiro perfeito que decide o destino de um refém ou de
uma nação.
214 apendice - vantagens
Os pontos adquiridos nesta Vantagem permitem o aces-
so a manobras especiais de combate. Cada manobra é um
pré-requisito para a próxima. Portanto, seu personagem não
pode ter “Mira de Combate Zero” até que ele tenha “Dentro
do Alcance”. As manobras e seus efeitos são descritas abaixo,
a maioria baseada na Habilidade Armas de Fogo. Todas as
manobras a seguir funcionam apenas com rifles (incluindo
rifles de assalto).
Dentro do Alcance (•): Seu personagem tem uma
compreensão intuitiva da balística de longo alcance e passou
inúmeras horas se esforçando para captar pequenos detalhes
através de uma visão telescópica. O bônus máximo que ele
pode receber ao mirar (consulte o Livro de Regras do Mundo
das Trevas, p. 162) é aumentado para seu Autocontrole +1
para rifles semiautomáticos e automáticos e seu Autocontrole
+2 para rifles quebra de ação (break-action), ação de parafu-
so (bolt-action) e alavanca (lever-action). Além disso, ao usar
um osciloscópio ou outro dispositivo óptico de longo alcan-
ce (por exemplo, binóculos), ele recebe um bônus de +2 em
todos os testes de percepção (consulte o Livro de Regras do
Mundo das Trevas, p. 45).
Mira de Combate Zero (••): Quando seu personagem
estiver familiarizado com as capacidades de um rifle, ele pode-
rá obter desempenho incomparável. Sempre que seu persona-
gem mira com um rifle (consulte “Ferramentas de Mira”, p.
164), ele duplica o número de ataques que recebem o bônus
desse processo. Além disso, sempre que ele faz um ataque
com um rifle que recebe esse bônus, o curto alcance da arma
é aumentado em cinco metros vezes o seu Raciocínio, o alcan-
ce médio é duas vezes maior e o alcance longo em três vezes
esse valor.
Tiro Focado (•••): Seu personagem pode ficar à es-
preita em uma emboscada por dias, ignorando a privação do
sono, temperaturas extremas e até lesões com risco de vida,
em nome de colocar chumbo no alvo. Ao fazer um tiro certei-
ro, ele pode ignorar uma quantidade de penalidades por feri-
mentos, drogas, doenças, dor, fadiga, condições ambientais e
fatores semelhantes iguais à sua Perseverança. Por exemplo,
se seu personagem tiver Perseverança 4, tiver dois pontos de
Vitalidade restantes (–2), ficar sem dormir por 36 horas (–2)
e ingerir fortes alucinógenos (–3), os tiros apontados sofrerão
apenas –3 penalidade ao invés dos –7 que afetaria toda sua
parada de dados.
Intervenção tática (••••): O tempo de fracionamento
e os nervos de aço permitem que seu personagem aproveite as
menores oportunidades para uma colocação precisa do tiro.
Ao fazer um tiro certeiro, todas as penalidades por tiro em
combate corpo-a-corpo e cobertura são reduzidas pela metade,
arredondando para baixo.
Um Tiro, Um Morte (•••••): Quando seu persona-
gem pega seu rifle, as pessoas caem. É simples assim. Ao fazer
um tiro certeiro, não adicione o nível de Dano do rifle à pa-
rada de dados de ataque (embora a “Explosão do 9 “ ou “Ex-
plosão do 8” ainda se apliquem normalmente). Em vez disso,
se o ataque for bem-sucedido, adicione o nível de Dano do
rifle como sucessos extras. Desvantagem: Gaste um ponto de
Força de Vontade por ataque. Note que esse gasto em Força
de Vontade não adiciona três dados ao ataque.
Estilo de Luta:
Combate com faca Spetsnaz (• até ••••)
Pré-requisitos: Destreza •••, Armamento ••
Efeito: Seu personagem é treinado para lutar efetivamen-
te com uma faca. Esta forma específica de treinamento com
faca marcial é baseada no treinamento original das forças rus-
sas da Spetsnaz. Esse treinamento agora é padrão entre muitas
das Forças Especiais do mundo. Isso envolve segurar uma faca
de um gume em uma garra para baixo (ou “invertida”). As
manobras envolvem muitos movimentos rápidos e fluidos,
complementados por uma mistura de cortes e facadas em di-
reção a áreas vitais.
Os pontos adquiridos com essa Vantagem permitem o
acesso a manobras de combate exclusivas com uma faca. Cada
manobra é um pré-requisito para a manobra subsequente. Seu
personagem não pode ter “Ângulo Vantajoso” até que ele te-
nha “Antecipar Ataque”. Essas manobras e seus efeitos são
descritas abaixo. Todas as manobras são baseadas na Habili-
dade Armamento.
Antecipar o Ataque (•): Aqueles treinados em luta com
facas das Forças Especiais sabem se mover rapidamente antes
dos ataques recebidos e em resposta a eles. Para fazer isso, é
necessário um nível de antecipação e estratégia antes mesmo
do início de um combate. Nesse nível, seu personagem pode
substituir a pontuação de Autocontrole por seu Armamen-
to ao determinar o modificador de Iniciativa. Isso é apenas
durante situações de combate nas quais seu personagem está
usando uma arma afiada ou pontiaguda de Tamanho 2 ou
inferior.
Ângulo Vantajoso (••): Seu portador de faca sabe como
fazer um ataque fingido pela lateral ou pela retaguarda de uma
maneira que lhe conceda vantagem. Enquanto normalmente
esses ataques não conferem bônus, o personagem está cien-
te de como enganar um oponente para montar uma Defesa
contra um ataque que não está chegando - e então realizar um
ataque de um ângulo diferente. A Defesa do inimigo recebe
em -1 durante esse ataque. Desvantagem: Essa manobra só
pode ser feita a cada dois turnos.
Ataque Vital (•••): Seu personagem sabe como dire-
cionar seus ataques a órgãos vitais e outras vulnerabilidades.
Os ataques feitos com uma faca têm Perfurante de Armadura
1, e as penalidades para atingir alvos específicos ou partes do
corpo (consulte “Alvos Específicos”, p.165 do Livro de Regras
do Mundo das Trevas) são reduzidas em um.
Cortar e Apunhalar (••••): A destreza do seu perso-
nagem com uma faca permite que ele faça dois ataques contra
um alvo em uma única ação. O primeiro ataque é um corte,
o segundo uma punhalada. O primeiro ataque é realizado
normalmente, mas o segundo sofre uma penalidade de -1.
Desvantagem: Essa manobra rápida deixa o personagem um
pouco mais vulnerável contra o próximo ataque que vem em
sua direção. Sua Defesa é contada como sendo uma a menos
contra o próximo ataque.
Estilo de Luta: Combate com Bastão, (• até •••)
Pré-requisitos: Força •••, Destreza••, Armamento••
Efeito: Seu personagem aprendeu a manejar um bastão,
cajado bo ou cajado efetivamente em combate. Isso foi prova-
velmente algo que ele aprendeu com um praticante de artes
marciais. Esse estilo às vezes é chamado de bojutsu.
Os pontos adquiridos com essa Vantagem permitem o
acesso a manobras de combate exclusivas com armas de haste.
Cada manobra é um pré-requisito para a manobra subsequen-
te. Seu personagem não pode ter “Ataque à Têmpora” até que
ele tenha “Rasteira”. Essas manobras e seus efeitos são descri-
tas abaixo. Todas as manobras são baseadas na habilidade de
armas.
Observe que, embora equipar um bastão, bo ou jo seja
a norma para esse estilo de luta, as manobras não se limitam
a essas armas. Um personagem pode usar qualquer arma de
haste para essas manobras, mas o uso de outras armas com
um item que não seja um dos três tipos de cajado menciona-
dos anteriormente exige um ponto adicional de Armamento
(Armamento •••). Um personagem também pode utilizar
armas de haste improvisadas (incluindo pás, foices ou outros
objetos com pelo menos um metro e meio de comprimento)
com essas manobras. Nesses casos, o Armamento ••• ainda
é necessário e todas as jogadas de ataque são feitas com as
penalidades de armas improvisadas apropriadas. Lembre-se
também que a utilização de uma arma de haste em combate
concede ao usuário Defesa +1.
Rasteira (•): Seu personagem pode usar sua arma de has-
te para dar uma rasteira em um único oponente, com sorte
enviando-o para o chão. É uma jogada disputada, colocando a
jogada normal de ataque do personagem contra a Destreza +
Esportes do oponente. O ataque do personagem é penalizado
pela Defesa do inimigo, como de costume. Se o oponente cair,
assuma as regras de Derrubada (por p. 168, Livro de Regras
do Mundo das Trevas). Nesse caso, no entanto, a queda no
chão causa um único ponto de dano contundente ao opo-
nente.
Ataque à Têmpora (••): Seu personagem coloca o caja-
do dele contra o lado da cabeça do adversário. A penalidade
normal de –3 para acertar a cabeça ainda se aplica, mas se o
vantagens fisicas 215
 dano atingir ou exceder o Tamanho do alvo, o alvo ficará in-
consciente por um número de turnos igual ao dano causado.
Esse dano geralmente é contundente, pois deve ser realizado
com uma arma contundente. O dano pode ser realizado com
uma arma de lâmina, como o naginata, no entanto. O efeito
é o mesmo, mas o dano agora é letal, em vez de contundente.
Raio Perigoso (•••): Com esta técnica, seu personagem
pode balançar sua arma em um amplo arco, atingindo qual-
quer pessoa em um raio de três metros. Faça um teste de ata-
que normal para o personagem (Força + Armamento + bônus
216 apendice - vantagens
de arma). Essa jogada recebe uma penalidade de dados igual
ao número de oponentes atingidos com este golpe (até um
máximo de –5 dados). Os sucessos alcançados neste teste são
causados como danos a todos dentro do raio de três metros.
Se a arma for uma arma normal e sem corte (isto é, um caja-
do), o dano é contundente. Se tiver uma lâmina, a arma causa
dano letal. Desvantagem: Este ataque não pode distinguir en-
tre amigo ou inimigo. Qualquer aliado dentro do raio de três
metros é atingido junto com os inimigos. A técnica não pode
ser usada para excluir amigos do dano.
 Indice
Índicede
deTabelas
de
deArmas
ArmaseeVeiculos
Tabelas
Veículos
Facas e Adagas 26 Dano de Espingarda por Calibre 90
Espadas 29 Armas de Longo Alcance Arcaicas 93
Armas Contundentes 32 Armas de Longo Alcance Modernas 95
Armas de Corrente 33 Granadas 106
Armas de Haste 34 Lançadores de Granadas 107
Machados e Martelos 35 Munição de Granadas 108
Armamento Corpo-a-Corpo Diverso 38 Artilharia 109
Ferramentas 41 Lançadores de Foguetes e Mísseis 111
Armamento Encontrado e Manufaturado 46 Armamento de Veículos Militares 112
Revólveres 62 Explosivos 117
Tabela Aleatória de Armas da Polícia 67 Minas Terrestres 120
Semi-automáticas 69 Carros 137
Armas Curtas Genéricas 70 Caminhões, Vans e SUVs 140
Submetralhadoras 72 Motocicletas e Veículos Pessoais 140
Fuzis 76 Veículos Comerciais 142
Fuzis de Assalto 77 Veículos de Construção e Blindados 146
Espingardas 80 Barcos 148
Metralhadoras 82 Aeronaves Leves e Comerciais 150
Armas de Fogo Arcaicas 83 Aeronaves de Combate e Helicópteros 153
Dano de Armas Curtas e Fuzis por Calibre 87

217