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São Paulo
2017
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São Paulo
2017
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AGRADECIMENTOS:
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................9
2. OBJETIVO..............................................................................................11
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Fragmentação e descontextualização dos conteúdos..................12
3.2 Projetos de Trabalho e Sequência Didática..................................15
3.3 Ensino de Fisiologia Humana: Homeostase.................................20
4. MÉTODOS..............................................................................................23
5. RESULTADOS.......................................................................................26
6. DISCUSSÃO
6.1 Aspectos Positivos........................................................................35
6.2 Aspectos Negativos......................................................................39
6.3 Aplicabilidade...............................................................................47
6.4 Sugestões.....................................................................................49
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................52
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................54
9. ANEXOS
9.1 Anexo 1...........................................................................................56
9.2 Anexo 2...........................................................................................95
1. INTRODUÇÃO
Quando entrei no curso de Ciências Biológicas minha escolha pela
Licenciatura não foi imediata, mas me lembro claramente da professora Magda
dizendo na primeira etapa “Não execrem a licenciatura, pois vocês podem se
identificar muito com ela!”. Eu entrei sem muita certeza se eu gostaria, mas ao
longo dos semestres eu me identifiquei muito.
Hoje posso dizer: a Licenciatura mudou minha vida! Eu penso diferente,
enxergo as situações de outros ângulos. Acho que na Licenciatura nós
aprendemos a nos conhecer também. Ensinar envolve valores e muitas vezes
precisamos nos superar para que nossos alunos sejam melhores do que
fomos/somos.
A ideia central desse trabalho foi elaborada na quinta etapa na disciplina
de Projetos Educacionais para o Ensino de Ciências e Biologia na Licenciatura.
Meu grupo e eu precisávamos criar uma sequência didática sobre Fisiologia
Humana. Não conseguíamos entrar em nenhum acordo, então a Magda nos
perguntou “O que vocês acham que seus alunos não podem sair da escola sem
saber sobre Fisiologia Humana?”. E eu respondi instantaneamente “Quero que
eles saibam que homeostase não é igual a equilíbrio”.
Minha relação com a Fisiologia Humana (FH) é anterior ao meu ingresso
na universidade. Sempre estive envolvida com a área da saúde e quando iniciei
a graduação comecei a trabalhar na área e me encantei ainda mais pelo assunto.
Lembro-me muito bem que durante minha vida escolar pouco era dedicado à
FH, fato que ainda acontece. A divisão sugerida pelos órgãos públicos de
educação a coloca apenas no final do terceiro ano do ensino médio associada
basicamente a hábitos alimentares e nutrição. Por isso, bons trabalhos
publicados sobre o ensino de fisiologia são escassos e a criação de instrumentos
sobre o tema torna-se essencial.
Mas não foi assim que esse trabalho começou... Eu comecei o TCC na
quinta etapa fazendo um levantamento bibliográfico sobre concepção de
Ciência. Contudo, eu não conseguia avançar, pois não me identificava com
aquilo, apesar de gostar muito do tema. Então, encontrei um antigo amigo de
laboratório, o Luiz Finatti. Ele também tinha feito levantamento, mas disse que
se pudesse voltar atrás faria sequência didática pela aplicabilidade e impacto
que isso poderia ter tido na formação dele enquanto professor.
10
11
2. OBJETIVO
O objetivo do seguinte trabalho de conclusão de curso foi analisar o que
especialistas de diferentes áreas do conhecimento pensam sobre uma proposta
de sequência didática para o ensino de Fisiologia Humana pela homeostase.
Os principais alvos dessa sequência foram permitir a percepção da
fisiologia humana no cotidiano e desmitificar o errôneo conceito de que
homeostase é equilíbrio estático.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Fragmentação e descontextualização dos conteúdos
O desenvolvimento da ciência trouxe muitos atributos positivos para a
sociedade como o desenvolvimento de tecnologias, criação de medicamentos,
descoberta de novos tratamentos, entre outros. Entretanto, conforme ela foi se
desenvolvendo o fenômeno da superespecialização do conhecimento científico
foi crescendo também (MORIN, 2008).
Para Zabala (2002), a compartimentalização do saber trouxe às escolas
a divisão disciplinar dos conteúdos, de maneira que a fragmentação cultural e
intelectual ocasionou a dispersão do conhecimento. Diante desse fato tem-se
discutido como integrar o saber em uma visão interdisciplinar. Contudo, percebe-
se que de modo geral os cientistas já produzem um conhecimento especializado
e fragmentado, tornando o fenômeno de reagrupamento sempre desatualizado.
A ciência e a sociedade mudam e se aperfeiçoam mutuamente de
maneira que quando uma muda a outra logo é influenciada. No início do século
XX o modelo fordista ganhou força e junto com ele veio a divisão de tarefas,
juntamente com superespecialização da ciência e a lógica parcializadora da
educação (MORIN, 2008; SANTOMÉ, 1998; ZABALA, 2002). Vivia-se uma
política trabalhista desqualificadora em prol da mecanização (SANTOMÉ, 1998),
sendo que a mesma comparação pode ser utilizada para a educação brasileira:
privilegia-se a quantidade de informações descontextualizadas e desconexas a
fim de que o aluno aprenda “tudo” durante sua vida escolar (SANTOS, 2011).
O modelo fordista não trouxe apenas a divisão do trabalho, mas também
foi responsável pela introdução de um pensamento alienador: havia pessoas
responsáveis por pensar nos produtos, ter ideias inovadoras (representados
pelos ricos e donos das fábricas); e havia a mão de obra que apenas executava
tarefas previamente determinadas (SANTOMÉ, 1998). Dessa forma, percebe-se
que os operários eram isentos de refletir sobre a montagem dos produtos, ou até
mesmo nem sabiam o que estavam montando, pois detinham uma pequena
parte do todo.
Alves (2000) diz que a superespecialização isenta as pessoas da tarefa
de pensarem sobre algo que esteja fora do seu próprio círculo de conhecimento
e passem a responsabilidade para alguém mais habilitado para tal. Inicialmente
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chegar, uma vez que os diferentes saberes estão tão relacionados que não é
possível distinguir de onde eles vieram originalmente; todo o conhecimento se
unifica para a resolução de um problema que é maior do que uma própria
disciplina, mas tem a ver com a realidade/cotidiano.
Sabendo-se isso, estabeleceu-se uma ordem que mostra o quão
interdisciplinar o ensino está: primeiro vem a multidisciplinaridade, seguida da
inter e por último a transdisciplinaridade (SANTOMÉ, 1998).
A interdisciplinaridade tornou-se imprescindível para a sociedade e para
o processo de ensino e de aprendizagem, entretanto isso não significa que ela
seja fácil de ser realizada. Coimbra (2014) diz que ela vem pela constante
vivência prática que as transformações do mundo exigem.
Contra essa lógica da especialização e fragmentação Zabala (2002)
defende que é necessário se ensinar para a complexidade. Morin (2008) afirma
que a complexidade trata da realidade de uma maneira não-linear que vai além
da soma das partes de um todo, mas que considera a relação existente entre
elas. Assim, ensinar para a complexidade significa permitir que o aluno possa
identificar, entender, interpretar e intervir no meio em que vive, compreendendo
os fenômenos e acontecimentos em sua extensão e profundidade de maneira
holística.
Dessa forma, a primeira ação do professor deve ser escolher conteúdos
que façam parte da realidade e cotidiano do seu aluno, pois assim mais do que
o entendimento da teoria, é possível vivenciar conscientemente o que se
aprende (ZABALA, 2002).
Zabala (2002) defende que a aprendizagem significativa é alcançada
quando o aluno consegue refletir, compreender e agir na sociedade para
melhorá-la, e diz que um ensino com enfoque globalizador que diminua a
fragmentação do saber é fundamental para tal.
“O ser humano é estável. Isso ocorre para que ele não seja destruído,
dissolvido ou desintegrado pelas forças colossais, muitas vezes
adversas, que o cercam. Por uma aparente contradição mantém sua
estabilidade somente se é excitável e capaz de modificar a si mesmo
de acordo com os estímulos externos e ajustar sua resposta à
estimulação. Em certo sentido é estável porque é modificável – a leve
instabilidade é a condição necessária para a verdadeira estabilidade
do organismo” (RICHET, 1900 apud CANNON, 1929).
4. MÉTODOS
Tendo em vista que o objetivo do presente trabalho de conclusão de curso
foi analisar o que especialistas de diferentes áreas pensam sobre uma proposta
do ensino de fisiologia humana pela homeostase, foi elaborada uma sequência
didática (SD). O tema deste projeto foi definido durante as aulas da disciplina
“Projetos Educacionais” na quinta etapa do curso de Licenciatura de Ciências
Biológicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Aula
1
Aula
2
Aula
3
Dessa forma foram feitas quatro tabelas, uma para cada tema, contendo
os comentários de todos os pareceristas sobre aquele item: aspectos positivos,
aspectos negativos, aplicabilidade e sugestões. Para facilitar a visualização e
entendimento, cada especialista teve seus comentários representados por uma
cor nas tabelas. Seguindo a ordem da breve descrição feita acima de cada um
deles, foram usadas as cores azul, preto, laranja e verde, respectivamente. As
análises foram feitas de acordo com o referencial teórico.
5. RESULTADOS
Os resultados foram obtidos a partir dos comentários de pareceristas
ligados às de Educação e Fisiologia Humana. Abaixo seguem as tabelas com os
pareceres tabulados. Apenas frisando novamente que nenhum dos comentários
a seguir foram mantidos na forma literal, mas foram parafraseados para melhor
ajuste e visualização geral. Todos os comentários literais (sem nenhuma
alteração) encontram-se no anexo 2.
• Aspectos positivos:
Parecerista 1
Parecerista 2
Valorização da atuação do aluno com mediação do professor
Aulas no geral são detalhadas e têm boas propostas
Parecerista 3
Parecerista 4
• Aspectos negativos:
Parecerista 1
O produto final deveria ficar mais para o final da SD. Na aula 9 os alunos
ainda não estão preparados para algo tão difícil
O gabarito da aula 7 (aula do experimento) contém muito mais conteúdo
do que a atividade proporcionaria. É necessário repensa-lo
Alguns pontos das aulas 2 e 3 estão confusos e não se passa a real ideia
da complexidade para os alunos, pois não existe uma linha de raciocínio
O gabarito da aula 4 exige mais do que as aulas sobre o tema dão conta e
apenas um vídeo é insuficiente para a aula
Parecerista 2
Objetivo da aula 19 é muito mais complexo do que apenas uma aula pode
dar conta
Parecerista 3
Parecerista 4
Nem todos os objetivos propostos podem ser alcançados com essa SD
Há ausência de levantamento de conhecimentos prévios
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• Aplicabilidade:
Parecerista 1
A aula 7 (aula do experimento) deveria ser realizada em casa, pois os alunos
não terão tempo de beber toda a água e urinar em apenas 50 minutos
Parecerista 2
Nas aulas 6 e 7 perde-se muito tempo indo ao laboratório de informática
A aula 7 (aula do experimento) apresenta problemas na dinâmica, pois nem
todos os alunos estarão participando ativamente
Aula 19 é muito extensa e seria preciso mais tempo nessa mesma atividade
para alcançar o objetivo proposto
Parecerista 3
Nem toda escola pública tem uma sala multimídia
Na aula 12 há pouco tempo para montar as apresentações e terminar
pesquisas
É possível que a sala de informática esteja indisponível
Parecerista 4
As aulas não consideram o tempo que o professor perde para organizar a sala
e e começar. O tempo de 50 min é insuficiente para as atividades propostas
• Sugestões:
Parecerista 1
Parecerista 2
As aulas 6, 7, e 19 são extensas e precisam de mais de 50 minutos, então
a professora poderia trocar uma aula antes ou depois com o outro
professor para ter mais tempo
Parecerista 3
A discussão da homeostase poderia focar em como os processos acontecem
e não apenas no motivo
Na aula 4 seria interessante passar o vídeo uma vez antes e outra depois de
entregar a folha
Dar outra atividade aos alunos ociosos na aula 7 (aula do experimento)
Terminar o produto final para depois começar outra atividade
Seria interessante discutir o tema logo após as apresentações
A aula 17 (terceira socialização) é repetitiva e poderia ser substituída por outra
dinâmica.
Parecerista 4
Dedicar mais tempo para a elaboração de hipóteses, diálogos e dúvidas ao
longo da SD
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6. ANÁLISE
Sabendo-se que o objetivo do presente trabalho foi analisar as opiniões e
comentários de especialistas das áreas de Educação e Fisiologia Humana sobre
uma sequência didática cujo tema era homeostase, os pareceres foram
analisados à luz do referencial teórico.
A análise foi realizada de acordo com os quatro tópicos descritos
anteriormente: aspectos positivos, aspectos negativos, aplicabilidade e
sugestões.
pois há muito valor em entender o corpo humano holisticamente, mas nesse caso
ou a sequência deveria ser reclassificada como intradisciplinar ou ela deveria ser
reelaborada para poder se assumir inter.
Esse argumento se torna ainda mais forte quando se considera uma das
críticas do parecerista dois: “ A SD não dá conta de integrar TODA a fisiologia”,
conforme era proposto no projeto. Esse é um objetivo muito pretencioso, pois
nunca seria possível estudar todas as relações existentes em todo o corpo
humano. Elas são inúmeras! Entretanto, esse ponto não desmerece a sequência
didática elaborada, uma vez que faz parte da função dos professores selecionar
os conteúdos que consideram mais relevantes.
Além disso, esse ponto se relaciona à outra crítica do parecerista 2 sobre
um dos objetivos propostos na SD, em que ele diz que ao invés de dizer que o
objetivo é “Relacionar como diferentes órgãos trabalham em conjunto” (assim
como proposto do projeto), o correto seria conhecer ou explicitar essas relações,
pois que os órgãos trabalham juntos é um fato e isso ocorre porque eles se
relacionam. Não se está criando uma relação anteriormente inexistente, mas se
está trazendo à luz a existência dela.
Coimbra (2014) diz que as dificuldades da realização da
interdisciplinaridade são dissolvidas a maneira que ela é praticada. Para fechar
esse ponto faz-se necessária a utilização das palavras de Santomé (1998) sobre
a interdisciplinaridade:
... Não é apenas uma proposta teórica, mas sobretudo uma
prática. Sua perfectibilidade é realizada na prática; na medida
em que são feitas experiências reais de trabalho em equipe,
exercitam-se suas possibilidades, problemas e limitações. É
uma condição necessária para a pesquisa e criação de modelos
mais explicativos desta realidade tão complexa e difícil de
abranger (SANTOMÉ, 1998, p. 66).
alcançados apenas com isso, mas seriam necessários mais vídeos e outros
meios de consulta. Ainda assim, uma aula talvez não fosse suficiente para
chegar ao objetivo, vista a complexidade do conceito. A mesma discussão
aplicada a aula 7 (do experimento) pode estar presente aqui: é necessário fazer
gabaritos menos extensos que contenham as informações consideradas chave
(CALLUF, 2012).
Em relação ao gabarito da aula 17 o parecerista afirmou que havia
problemas na comanda e no gabarito, mas devido a falta de especificidade no
comentário, não foi possível identificar o real problema.
O Produto Final (PF) também recebeu várias críticas. As observações
feitas foram de diferentes naturezas: “O produto final deveria ficar mais para o
final da SD. Na aula 9 os alunos ainda não estão preparados para algo tão difícil”
(Parecerista 1); “ Produto final não é valorizado e destina-se pouco tempo para
a elaboração dele” (Parecerista 2); “ A escrita do produto final em trios é ruim,
pois um geralmente não contribui” (Parecerista 3).
Quando a SD foi criada houve a preocupação de que os alunos pudessem
ter vários feedbacks antes da entrega final e dessa forma, tivessem bastante
tempo para trabalhar em seus textos. Por isso a aula de introdução do PF foi
escolhida tão cedo. Caso essa atividade fosse deixada mais para o final seria
necessário aumentar ainda mais o número de aulas para que os alunos
pudessem trabalhar em sala na elaboração dele, o que não seria vantajoso,
considerando quão longa já está a sequência. Da maneira atual os alunos fazem
a maior parte do trabalho em casa, sempre com constantes devolutivas para que
o tudo seja processual e não sejam necessários mais momentos presenciais
para isso.
Assim, quando os dois primeiros pareceristas dizem que o PF não é
corretamente valorizado e que ele deveria estar no final da SD é necessário
pensar na questão de aplicabilidade envolvida e no impacto que essas
mudanças gerariam para o número de aulas propostas.
Como já dito anteriormente, não existe uma ordem ou linearidade para a
elaboração das aulas ao longo da SD e é possível que exista mais de um
momento ou etapa coexistindo ao longo dos 50 minutos propostos
(HERNÁNDEZ, 1998). Logo, o que mais importa não é em si onde uma tarefa
aparece, mas o quão bem elaborada e o impacto que ela tem na formação dos
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6.3 Aplicabilidade
Alguns tópicos referentes a aplicabilidade já foram anteriormente
discutidos nos aspectos positivos e negativos porque isso deixou a análise mais
fluida e organizada. Alguns pareceristas acabaram repetindo comentários
anteriormente já ditos nesse tópico, o que deixou essa sessão pouco
diversificada e pouco profunda.
A questão da aula do experimento (aula 7) já foi previamente discutida,
assim como questão do produto final e o número de aulas. De maneira geral, os
4 pareceristas não apontaram problemas graves de aplicabilidade, sendo os dois
47
6.4 Sugestões
Esse item foi extremamente diversificado em relação aos comentários.
Todos objetivaram melhorar a SD proposta. Por conta disso ficou difícil elaborar
uma linha linear de raciocínio que integrasse todos eles. Alguns já foram tratados
anteriormente, como as críticas e possíveis melhoras na aula do experimento 7
e o produto final.
A seguir está o ponto ainda não mencionado do parecerista 1. Ele apenas
disse que a lição de casa da aula 3 deveria ser feita em sala, devido à
complexidade da tarefa. Nenhum outro parecerista chegou a comentar nada
dessa atividade e como já teriam sido realizadas 2 aulas sobre o mesmo tema,
ela não parece ser tão complexa de ser realizada como lição de casa, mesmo
porque terá feedback. Caso a professora veja muitos problemas ela pode voltar
novamente nos mesmos conceitos e sanar dúvidas gerais.
O parecerista 2 fez diversos comentários sobre diferentes assuntos. Em
um deles foi dito que algumas aulas podem ser muito compridas para
acontecerem em apenas 50 minutos (assim como a avaliadora 4). A entrevista
50
de Sposito e Peralva (1996) pode ser trazida novamente para embasar esse
comentário. Como sugestão o avaliador disse que talvez a professora poderia
conversar com o docente responsável pela aula anterior ou posterior da de
Biologia para trocar os horários, assim seria possível ter mais tempo para as
atividades mais extensas. Isso seria muito positivo especialmente naquelas que
envolvem apresentações.
O mesmo parecerista também disse que seria interessante anexar no
projeto os critérios utilizados para a escolha dos livros e sites sugeridos para as
pesquisas. Isso é algo realmente relevante que faltou ser adicionado. De
qualquer forma, essas referências foram escolhidas de acordo com o material
usado para o preparo das atividades, comandas e gabaritos.
Outra ideia interessante foi em relação a aula 15, em que os alunos
poderiam elaborar hipóteses antes de começar as pesquisas. Essa é uma ótima
sugestão, uma vez que o levantamento de hipóteses não foi muito explorado ao
longo da SD, apesar de haver várias pesquisas e situações problemas ao longo
dela.
Carvalho (2014) diz que a criação de um ambiente investigativo nas aulas
permite que os alunos relacionem seus conhecimentos prévios, ou espontâneos
como ela mesma define, com a elaboração de soluções para a pergunta que
estão tentando responder. Não se trata apenas de buscar uma resposta, mas de
reconstruir seus próprios conceitos, pensar e refletir sobre os próprios
conhecimentos. Essa sugestão poderia inclusive ser estendida a outras tarefas
também.
Além disso, pode-se relacionar esse comentário à única sugestão
realizada pela parecerista 4, em que ela disse a importância de mais tempo para
a elaboração de hipóteses, criação de discussões e esclarecimento de dúvidas
ao longo da SD.
Ainda segundo o parecerista 2, os grupos de trabalho para o bloco de
atividades "A homeostase e as sensações" deveria ser realizado por afinidade
de tema, e não pode sorteio. Esse ponto é muito relevante, pois quando os
alunos podem escolher trabalhar com o que se sentem mais confortáveis eles
rendem e ficam mais motivados a participar. Isso leva a um ponto que não foi
apontado por nenhum parecerista: não foi dita como seria a divisão dos grupos
em nenhum momento. De qualquer maneira, a divisão por afinidade parece ser
51
uma ótima saída, a não ser naquelas tarefas como o produto final, em que a
dupla se escolhe antes do tema.
Por fim, a última sugestão desse parecerista consistiu na ampliação da
aula 19. Segundo ele, os alunos poderiam voltar os novelos de lã, sendo
forçados a pensar em novas relações, mas agora sem o poder de escolher uma
estrutura, pois o caminho do fio já estaria traçado. Essa atividade é muito rica e
dá possibilidade de ser aplicada de muitas formas, assim como dito pelo
parecerista 1 nos aspectos positivos. De qualquer forma, a principal vantagem
dela é que os alunos precisam relacionar conceitos e são levados a olhar a
fisiologia sistemicamente, como ela é.
A terceira parecerista também apresentou alguns comentários
interessantes. Primeiramente ela diz que os alunos deveriam ser deixados com
material de apoio na aula 1, pois eles poderiam se sentir perdidos nas respostas
que devem dar. Entretanto, como essa atividade trata-se de um levantamento
de conhecimentos prévios isso não é uma possibilidade, uma vez que interessa
à professora o que os estudantes pensam sobre o assunto. Não existe certo ou
errado para eles nesse primeiro momento. Isso se relaciona com o que é
defendido pelos parâmetros curriculares nacionais (SÃO PAULO, 2007), em que
a principal característica da aula de levantamento inicial é provocar e estimular
o alunado, inclusive para que o professor possa direcionar as próximas aulas e
discussões com mais clareza.
Além disso, ela levanta novamente uma questão sobre o PF, dizendo que
ele deveria ser finalizado antes de começar outra atividade. Contudo, a questão
da aplicabilidade e da escolha da dinâmica já foram anteriormente explicitadas.
Em alguns momentos, não apenas com essa avaliadora, percebe-se muita
preocupação com lugar/período em que uma determinada atividade aparece,
mas não em si com o impacto final que ela terá na aprendizagem. Conforme já
dito por Hernández (1998) e explicitado várias vezes ao longo da análise, a
linearidade não é o foco de uma sequência didática, ao contrário do que o nome
sugere.
Um comentário extremamente relevante foi: “ A discussão da homeostase
poderia focar em como os processos acontecem e não apenas no motivo”. A SD
proposta tinha como preocupação, além da integração do corpo, permitir que os
alunos percebessem que o organismo não é um sistema totalmente fechado,
52
mas que possui comunicação com o meio externo, que pode fazer com que as
regulações internas se modifiquem para alcançar o equilíbrio dinâmico. O foco
eram sempre as respostas fisiológicas, o que criou o estabelecimento de uma
relação de causa e consequência ao longo das aulas. Seria um equívoco dizer
que isso é incorreto porque isso ocorre, mas a SD poderia ganhar alguns pontos
positivos se ela focasse um pouco mais nos processos em alguns momentos.
Isso se relaciona com uma importante frase dita por Carvalho (2014, p. 7):
“Ciências não é a natureza, mas leva a uma explicação da natureza”. Trazendo-
se essa frase para o contexto dessa SD, seria possível dizer que a Fisiologia
Humana não é o organismo, e sim o que usamos para estuda-lo. Portanto,
estudar como o corpo trabalha e não apenas como ele responde é um ponto
crucial.
Por fim, a última sugestão consistia na criação de discussões após os
momentos de apresentações dos grupos. Isso é bastante relevante e necessário,
não apenas para o aprofundamento de conceitos e estabelecimento de relações,
mas também para dar feedbacks para as apresentações em si. Como já dito por
Villas Boas (2013), os feedbacks são imprescindíveis ao processo de ensino e
de aprendizagem e as apresentações precisam fazer parte disso.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos as análises dos pareceristas especialistas em educação
e/ou Fisiologia Humana sobre a sequência didática desenvolvida, que objetivava
o ensino da fisiologia humana pela homeostase, extremamente cruciais para o
aprimoramento do instrumento bem como para atuação docente no ensino.
53
8. REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS
9. ANEXOS
9.1 ANEXO 1
2. Problematização
3. Justificativa
“O ser humano é estável. Isso ocorre para que ele não seja
destruído, dissolvido ou desintegrado pelas forças colossais,
muitas vezes adversas, que o cercam. Por uma aparente
contradição mantém sua estabilidade somente se é excitável e
capaz de modificar a si mesmo de acordo com os estímulos
externos e ajustar sua resposta à estimulação. Em certo sentido
é estável porque é modificável – a leve instabilidade é a condição
necessária para a verdadeira estabilidade do organismo”
(RICHET, 1900 apud CANNON, 1929).”
• Conceituar homeostase
• Conceituar equilíbrio dinâmico
• Entender a fisiologia de diferentes órgãos
PROCEDIMENTAIS
ATITUDINAIS
6. Método
PRIMEIRO MOMENTO:
1-) Por que você acha que sentimos fome, sede, calor, dor, entre outros?
2-) Você acha que as regulações que ocorrem no nosso organismo mudam de
acordo com as alterações que ocorrem no ambiente? Justifique.
4-) Você acha que seu corpo está em equilíbrio? Explique sua resposta.
SEGUNDO MOMENTO:
- Nosso organismo trabalha 24 horas por dia e nossas sensações nos ajudam a
perceber o meio à nossa volta. O que acontece quando colocamos nossa mão
em uma chapa quente? Caso não sentíssemos dor o que aconteceria?
- Nosso corpo não pode estar em equilíbrio estático com o ambiente. Nem os
meios intra e extracelular de nossas células podem estar em igualdade entre si.
Caso houvesse equilíbrio estático, certamente morreríamos. O que existe é um
equilíbrio dinâmico, ou seja, tudo se mantém em ordem, mas sem estaticidade.
Quando somos colocados em alguma situação desconfortável ou desafiadora e
nossa estabilidade é confrontada, nosso organismo trabalha para alcançá-la
novamente.
- Além dos seres humanos, em que outros seres ela pode ser encontrada?
Aqui seria o momento para abordar que apesar do foco ser a homeostase em
pessoas, os animais e plantas também se mantêm nela para viverem. Apesar
das regulações dos animais, plantas e humanos serem diferentes em muitos
aspectos (também há semelhanças), são elas que permitem que o organismo se
adapte às condições e se mantenha vivo.
Com base nas nossas discussões, escreva o que você entende por homeostase.
Seu próximo prazo de entrega é nossa próxima aula, dia ____\____\____.
Nas nossas células possuem canais para a passagem dos íons de sódio e
potássio. A regulação correta desses canais é muito importante para o bom
funcionamento de todas as células, e consequentemente da nossa vida. Eles, em
conjunto com outros canais menores, ajudam a manter mais sódio fora da célula e
mais potássio dentro. Esse processo requer um gasto energético, fornecido pelo
ATP. Muitos processos dependem da bomba de sódio e potássio, entre eles
podemos citar a contração muscular. Além disso, toda vez que o íon sódio se
movimenta ele carrega consigo água, então problemas na concentração dele gera
problemas de solubilidade celular.
Grupo Rim:
- Vá ao banheiro e faça xixi. Observe a cor e o volume de urina que você fizer. Anote
suas observações aqui:
____________________________________________________________.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________.
- Quando você sentir vontade de fazer xixi observe novamente todos os parâmetros
anteriormente percebidos e anote como eles estão agora. Caso você tenha notado
mais alguma diferença que não tinha percebido antes, anote neste momento.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________.
Sites: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/formacao-urina.htm
http://escolakids.uol.com.br/formacao-da-urina.htm
A cor do xixi varia de acordo com a diluição da urina. Quanto mais diluída,
mais clara será a cor. Em condições normais nosso corpo é perfeitamente capaz de
absorver a quantidade de líquido que precisamos para manter nossas funções e
processos fisiológicos em ordem. O órgão responsável por essa regulação é o rim.
- Quando seu xixi ficou mais claro ele ficou mais ou menos concentrado? Por
que?
- Por que sentimos mais sede quando praticamos alguma atividade física ou
quando o dia está muito quente?
72
Quanto mais comerciantes vendendo o mesmo que você, mais baixo será
seu preço, pois quanto maior a procura, menores os valores tendem a ser. O
mercado financeiro está o tempo todo se ajustando e se autorregulando de acordo
com essas variações, sendo que os principais objetivos são se manter estável
economicamente e gerar lucro.
Dentro do seu corpo acontece algo similar: assim como um comerciante quer
sobreviver às intemperes do mercado financeiro, você quer se manter estável e vivo
mesmo que as condições do ambiente mudem.
Nomes:___________________________________________________________
_________________________________________________________________
Grupo: Fome.
O desafio para as próximas aulas é entender de que forma a fisiologia está presente
no tema que receberam. Realize todas as anotações aqui. Lembrem-se de que dia
___\___\___ é a apresentação. Seguem abaixo algumas perguntas para ajudar a
começar:
“Felipe é um garoto muito curioso. Após ter aula sobre a glicose na escola onde
estuda, ele decidiu fazer um experimento em casa. Para isso mediu sua glicemia
antes de comer, logo após se alimentar e duas horas após a refeição. Ele observou
os seguintes valores:
1- O que é glicemia?
2- Por que minha glicemia não ficou constantemente alta depois de
comer?
3- O que aconteceu com a glicose quando a glicemia abaixou?
4- Qual a relação das taxas de glicose com o processo homeostático?
5- Comemos apenas quando sentimos fome? Por que? ”
76
Nomes:____________________________________________________________
__________________________________________________________________
Grupo: Calor.
O desafio para as próximas aulas é entender de que forma a fisiologia está presente
no tema que receberam. Realize todas as anotações aqui. Lembrem-se de que dia
___\___\___ é a apresentação. Seguem abaixo algumas perguntas para ajudar a
começar.
“Imagine que você fez uma excursão para Manaus, onde as temperaturas chegam
a 40°C e a umidade relativa do ar alcançam 90% facilmente todos os dias. De
repente você começa a suar, a sentir tonturas e seu rosto fica vermelho.
Nomes:___________________________________________________________
__________________________________________________________________
Grupo: Medo.
O desafio para as próximas aulas é entender de que forma a fisiologia está presente
no tema que receberam. Realize todas as anotações aqui. Lembrem-se de que dia
___\___\___ é a apresentação. Segue abaixo algumas perguntas para ajudar a
começar.
Nomes:___________________________________________________________
_________________________________________________________________
Grupo: Frio.
O desafio para as próximas aulas é entender de que forma a fisiologia está presente
no tema que receberam. Realize todas as anotações aqui. Lembrem-se de que dia
___\___\___ é a apresentação. Segue abaixo algumas perguntas para ajudar a
começar.
“Sua família decidiu passar as férias de julho no Alasca, onde é verão nessa parte
do ano. As temperaturas ficaram entre 0°C e 5°C todos os dias. Ao longo dos dias
você percebeu que passou a comer mais do que o habitual e passou a urinar mais
vezes também.
Sites: http://www.infoescola.com/fisiologia/temperatura-corporal/
https://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/19837/fisiologia-das-
sensacoes-termicas
https://www.youtube.com/watch?v=229BxrV30Hw
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/saude-bem-estar/mecanismo-fome.htm
A mediação ao longo dessas aulas será muito importante, uma vez que a
docente precisa garantir que cada grupo em seu respectivo tema alcance os
seguintes pontos:
80
Grupo Fome: Nosso corpo precisa de energia para todas as atividades que
realizamos. Dessa forma, precisamos comer de tempos em tempo para obter
energia. Existem muitas causas pelas quais sentimos fome, como ansiedade,
por exemplo.
Grupo Calor: Nosso corpo está o tempo todo em contato com o ambiente. Calor
nada mais é do que energia térmica em movimento. A física diz que dois corpos
em contato trocam energia térmica entre si até que fiquem com a mesma
temperatura. Nosso corpo não é diferente! Uma boa parte de todo o nosso
metabolismo gera energia térmica como subproduto. As células estão o tempo
todo em atividade produzindo-a cada vez mais. Como precisamos manter a
temperatura constante e em torno de 37°C é necessário perdermos esse
excesso de energia térmica para o meio. Quanto mais frio mais fácil é perdermos
energia térmica e quanto mais quente, mais difícil.
A energia térmica irradia por todo nosso corpo através das artérias e
veias, então quando a temperatura do ambiente está alta eles se dilatam para
ficarem mais próximos a pele, e assim auxiliar na perda de energia com o meio.
Por isso ficamos vermelhos.
Grupo Frio: Nosso corpo está o tempo todo em contato com o ambiente. Calor
nada mais é do que energia térmica em movimento. A física diz que dois corpos
em contato trocam energia térmica entre si até que fiquem com a mesma
temperatura. Nosso corpo não é diferente! Quando a temperatura ambiental está
baixa tendemos a perder energia térmica, então precisamos criar mecanismos
para isso não acontecer. Somos experts em aumentar nossa temperatura!
Grupo Medo: O medo tem uma importância evolutiva: nos manter seguros.
Quando estamos com medo tendemos a não seguir adiante com aquilo que nos
amedronta.
82
Nomes:_____________________________________________________________
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Nomes:
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Nomes:
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Cada aluno deve contar sobre a situação que recebeu e discutir com os
demais integrantes sobre as respostas fisiológicas do corpo naquelas situações.
Ao final da aula cada grupo de alunos receberá uma folha com uma comanda
para elaborar um pequeno texto relacionando a homeostase com as questões
fisiológicas das situações problema propostas.
O gabarito para essa discussão é muito difícil, pois ela depende do que
os alunos falarão e na ordem que ocorrerá. Apesar disso, foi elaborada uma
sugestão inicial, hipotetizando o que poderia acontecer.
89
Dupla Cérebro escolhe dupla pulmão. Explicação: não precisamos pensar para
respirar porque o cérebro sempre está controlando esse processo até mesmo quando
estamos dormindo.
Dupla Coração escolhe dupla vasos e veias. Explicação: o coração bombeia o sangue
para todo o corpo e que é transportado através de vasos e veias por/para todo o
organismo.
Dupla Vasos e veias escolhe dupla hormônios. Explicação: além do sangue os vasos
e veias transportam diversas substâncias, como os hormônios que agem em todo
organismo.
Dupla Hormônios escolhe dupla ouvidos. Explicação: quando ouvimos algo que nos
deixa com medo nosso corpo libera a adrenalina que age preparando o corpo para
uma situação de fuga.
Dupla olhos escolhe dupla músculos. Explicação: uma das ações da adrenalina é nos
músculos, aumentando a quantidade de sangue neles para podermos correr mais
rápido.
Dupla músculos escolhe dupla nervos. Explicação: todos os músculos do corpo são
presos aos ossos pelos nervos, que também auxiliam no movimento.
Dupla nervos escolhe dupla bexiga. Explicação: o fato de nossa bexiga ser inervada
permite que possamos identificar a hora que precisamos fazer xixi.
Dupla bexiga escolhe dupla rins. Explicação: a bexiga fica cheia com a urina produzida
pelos rins.
Dupla rins escolhe pele. Explicação: o rim é o principal órgão responsável pela
excreção de água, mas ele não age sozinho, pois a pele também elimina água por
meio do suor.
Dupla pele escolhe dupla olhos. Explicação: quando vemos algo nos deixa com medo
os pelos que existem na nossa pele ficam levantados. Isso acontece os pelos eriçados
dão a impressão de que somos maiores e intimidadores.
Dupla olhos escolhe dupla estômago. Explicação: quando vemos algo que gostamos
de comer nossa boca logo começa a salivar, preparando nosso corpo para o
recebimento da comida.
90
- Giz e lousa;
6.3. Cronograma
1ª Conceito de - - -
homeostase
5ª Experimento do - - -
rim
6ª Interpretação dos - - -
resultados do
experimento do
rim
experimento do
rim
8ª Exposição - Discussão de -
dialogada sobre a concentração
sede
9ª Homeostase em Escrita e - -
outro contexto interpretação de
texto
10 ª A homeostase e - - Discussão de
as sensações temperatura e
agitação das
moléculas
11 ª A homeostase e - - Discussão de
as sensações temperatura e
agitação das
moléculas
14 ª A homeostase e - - -
as sensações
15 ª A homeostase em - - -
diferentes
situações
16 ª A homeostase em - Discussão de -
diferentes pressão e
situações altitude
92
17 ª A homeostase em - Discussão de -
diferentes pressão e
situações altitude
18 ª A homeostase em Escrita - -
outro contexto
19 ª Atividade da Teia - - -
6.5. Avaliação
10
T2 = nota única
10
Aula 1
Aula 2
Aula 3
95
9.2 ANEXO 2
Parecerista 1
Larissa, primeiramente tenho que te parabenizar pelo belo trabalho. Pude
acompanhar parte de seu desenvolvimento quando estava na graduação, e
percebo por este trabalho o quanto você cresceu. Espero que você siga na
carreira da educação, como eu fiz, depois de anos imerso no mundo da
fisologia... rs.
Aspectos Positivos
Para mim essa atividade é o ponto alto da SD. É super aplicável em qualquer
contexto escolar. Aliás, para mim a sequência estaria perfeita se terminasse ai,
com a apresentação como produto final.
Gosto de como você respeita o tempo dos alunos, reservando várias aulas
para eles socializarem, pesquisarem, trabalharem em sala sob orientação da
docente. Esse é um grande ponto positivo, fundamental na hora de elaborar uma
SD.
Em geral sua SD é muito bem feita, bem planejada, com atividades novas,
criativas e ao meu ver permitem o aprendizado dos conceitos de fisiologia.
Parabéns!
Aspectos negativos
Achei muito bom você escrever um gabarito para suas atividades, pois
cria um padrão do que se espera que os alunos respondam. Só que mais uma
vez, a resposta que você espera não será possível de se obter. Na aula 4, o
vídeo não fala sobre a relação da bomba com a contração muscular, nem da
presença da molécula de água no processo. Isso são pequenos detalhes, mas
devem ser pensados. Como o vídeo é bem curto, sugiro exibir mais um ou dois
vídeos como esse, para dar mais suporte aos alunos na atividade. A atividade
em si é bem interessante e aplicável.
Aplicabilidade
Parecerista 2
Aplicabilidade
• Aula 6 e 7. A ideia das aulas é muito boa, mas gasta-se muito tempo
indo ao laboratório de informática, ligando computadores, passando
comando, explicando dúvidas das comandas, iniciando atividade,
desligando computadores, saindo da sala de informática e voltando
para a sala de aula. Duas aulas de 50 minutos é pouco. Sugestão:
planejar utilizar a aula do professor da aula anterior ou posterior,
trocando aulas com outros professores para que seja possível fazer
uma dobradinha de biologia. Ainda, pode-se propor que parte desta
atividade seja feita em casa. Enfim, a aplicabilidade destas aulas
deve ser melhorada de alguma forma.
• Aula 19. A proposta desta aula é muito extensa para ser aplicada
em apenas uma aula. Portanto, é necessário que se reserve mais
aulas para dar contar de alcançar o extenso objetivo: “Integrar os
órgãos do corpo e entender que todos os órgãos são fundamentais
para a manutenção da homeostase”.
Aspectos Positivos
Aspectos Negativos
• Objetivo Geral. Aspecto negativo: o objetivo geral não é tão geral assim.
Identifiquei quatro objetivos específicos, de maneira fragmentada, dentro do
objetivo geral. Todos os objetivos específicos devem ser reunidos, de
preferência, em um único objetivo que deve incluir o teor de todos os objetivos
específicos.
• Aulas: Não há uma aula derradeira que feche a sequência didática como
um todo. Esta etapa é importante para pontuar os aspectos mais
importantes estudados, realizar uma avaliação do processo e dar
oportunidade para os estudantes tirarem as dúvidas finais.
Comentários Gerais
• Aula 6. Nesta aula, afirma-se que: “No início da aula a docente entregará a
folha preenchida por cada um com os resultados do experimento da aula
anterior“. No entanto, nem todos os alunos foram voluntários do experimento,
assim eles terão que receber uma cópia de algum voluntário/colega e isto
tem que estar no projeto. Além disso, acho importante que em algum
momento os resultados sejam socializados e discutidos pelos alunos. Acho
pertinente, as cinco anotações serem socializadas com a turma toda em uma
aula anterior. Após esta socialização, cópias deverão ser entregues aos
alunos que não foram voluntários para a coleta de urina. Apenas depois
dessas etapas que os estudantes poderão elaborar hipóteses para o que foi
observado.
• Aula 8. Nesta aula afirma-se: “O conteúdo teórico a ser explicado aqui é que
existem células específicas ao longo do corpo que conseguem perceber a
concentração do sangue”. É uma turma de terceiro ano do ensino médio,
assim considero que é importante falar o nome destas células específicas e
onde elas estão no nosso corpo.
• Aula 9. Nesta aula afirma-se: “As alterações que acontecem no ambiente têm
impacto direto nas regulações, pois requerem que o corpo trabalhe mais ou
menos para alcançar esse objetivo“. Acho estranho afirmar que o corpo tem
este objetivo.
• Aulas 10, 11, 12, 13 e 14. Nas duas útlimas aulas se pretende que os grupos
apresentem suas conclusões, mas não é planejado separar um tempo para
discussão. Como cada grupo estudará profundamente apenas um tema, eu
acho pertinente que seja reservado uma aula para discussão de cada
apresentação (ou no máximo duas) para que o tema seja aprofundado pelo
professor e para que os alunos tirem dúvidas dos temas que não estudaram
na atividade. Além disso, serão cinco grupos e quatro temas. Um tema será
apresentado por dois grupos? Isto deve ser escrito no projeto.
106
• Aula 15. Nesta aula afirma-se: “Os alunos se dividirão em grupos de 5 alunos
e receberão histórias ficcionais sobre pessoas em diferentes situações. A
tarefa deles é discutir de que forma o corpo se adaptaria àquelas situações.
Caso seja necessário, será permitida a consulta em aparelhos eletrônicos
como celulares, além dos materiais trazidos pela docente para auxiliar nas
pesquisas”. As situações problemas são muito interessantes, mas acho
mais pertinente que em um primeiro momento os alunos levantem hipóteses
sem poder consultar informações em livros e na internet. Posteriormente,
eles poderão ter o desafio de resolver os problemas utilizando quaisquer
materiais.
• Aula 18. Nesta aula afirma-se: “Cada trio vai expor rapidamente sua ideia e
no que pensou”. Esta socialização tem que ser mais valorizado do que “expor
rapidamente as ideias”. As produções dos alunos devem ser valorizadas,
sobretudo o produto final do projeto.
• Aula 19. A ideia desta aula é muito complexa e o seu conteúdo é muito rico.
Por este motivo, acredito que uma aula de 50 minutos é muito pouco para o
seu desenvolvimento na profundidade adequada. Sugiro que mais aulas
sejam separadas para esta finalização da sequência didática. Ainda, acho
relevante tentar acordar com outros professores a possibilidade de aplicar
aulas seguidas de biologia para que esta etapa não seja realizada em dias
diferentes. Por fim, tenho uma sugestão para contribuir na ampliação da
profundidade do conteúdo trabalhado nesta aula. Sugestão: se a aula
proposta for bem-sucedida, um desafio maior poderá ser proposto. Depois
de toda a rede de lã ter sido formada, as placas de órgãos poderão ser
sorteadas e entregues a novas duplas. Assim, o desafio de cada dupla será
enrolar a lã até a dupla de que recebeu na primeira etapa da atividade e
relacionar os seus novos órgãos aos novos órgãos da outra dupla. Deste
modo, enquanto a primeira etapa consiste em os alunos poderem relacionar
com os órgãos que preferirem, nesta etapa o nível de dificuldade pode ser
aumentado. Obs.: acho que está sugestão é pertinente para aplicação em
turmas em que a primeira etapa da atividade for bem-sucedida.
• Aula 19. Vasos e veias são agrupados em um grupo. Mas veias são vasos.
Assim, sugiro usar o termo vasos sanguíneos, pois compreenderia artérias,
arteríolas, veias, vênulas e capilares sanguíneos.
107
• Aula 19. Nervos e hormônios não podem ser chamados de órgãos como é
feito no gabarito presente na aula 19. Considerando o contexto do projeto é
compreensível nervos e hormônios serem chamados desta maneira, no
entanto, para que não seja considerado um erro conceitual é necessário
colocar uma observação contextualizando a circunstância em alguma parte
da proposta.
Parecerista 3
108
Aspectos Positivos Aspectos Negativos Aplicabilidade Comentários Gerais
Aula Não aplicar nota neste Entregar a folha de questões sem Seria interessante fornecer algum tipo de
1 primeiro momento é bom, algum material de apoio pode material de leitura simples para os alunos
pois assim os alunos não deixar os alunos perdidos. se basearem. Nada muito complexo,
ficam com receito de errar podendo ser até mesmo uma matéria de
e têm mais liberdade nas revista, como a Galileu.
respostas.
Aula Deixar claro que não Dizer que a homeostase não é Seria interessante dar exemplos de
3 ocorre apenas no ser algo exclusivo do ser humano homeostase em outros seres vivos
humano é essencial. apenas no final da terceira aula enquanto explicava sobre homeostase e
pode der um aspecto negativo. A introduzia o assunto, não apenas no final.
docente constrói a ideia de que a Poderia usar exemplos mais próximos do
homeostase é algo exclusivo do ser humano, como macaco e outros
ser humano para, no final, mamíferos.
descontruir isso.
Aula Utilizar mídia. Entregar a folha de questões antes Nem toda escola Uma possibilidade seria passar o video
4 de passar o vídeo pode fazer com pública tem uma duas vezes. Uma vez antes da entrega da
que os alunos assistam de sala de folha de questões e outra vez após a
maneira tendenciosa, buscando multimídia. entrega.
apenas as respostas.
Aula Dar feedback da A segunda questão da comanda Os alunos que não participarão da
5 atividade anterior e denominada “Grupo Rim” está atividade da urina ficarão ociosos. Seria
discutir a respeito é confusa. Não entendo o sentido interessante dar alguma outra atividade
essencial. Tanto para o dos alunos responderem se para eles.
aluno compreender sentem dificuldade de ficar em pé.
melhor o conteúdo e
corrigir erros, quanto para
o professor acompanhar
a evolução dos alunos.
Aula Utilizar a internet da Permitir que os alunos utilizem A sala de Não entendi quais as “folhas previamente
6 escola é interessante. seus próprios aparelhos informática pode comentadas” em que os alunos deverão
eletrônicos pode ser arriscado, estar fazer seus registros.
pois eles podem perder o foco indisponível.
facilmente.
109
Aula Gabarito é importante Uso do termo “xixi” para alunos do A sala de O termo “xixi” poderia ser substituído por
7 para que o aluno saiba o Ensino Médio. informática pode urina. Nesta faixa etária os adolescentes
que era esperado e possa estar já entendem o que é urina.
questionar. indisponível.
Aula As questões estão claras Apenas o uso do quadro pode não Seria interessante uso de video, pois não
e acho interessante a
8 ser suficiente para a compreensão se sabe se os alunos tiveram conteúdo
ideia de fazer parceria
com o professor de de diluições, mesmo com a suficiente de química antes desta aula,
química.
presença do professor de química. para compreender tão rápido e isso pode
Os alunos podem ter uma gerar confusão.
bagagem escassa sobre este
assunto. Utilizar videos poderia
ajudar.
Aula A entrega de um texto Construir um único texto em três Sugiro fazer esta atividade individual ou,
9 modelo para que os pessoas é arriscado, pois sempre no máximo, duplas, para que o texto fique
alunos se baseiem é vai ter um dos alunos que vai mais homogêneo e todos trabalhem
importante para que eles trabalhar mais e algum pode ficar igualmente.
tenham um exemplo para ocioso.
se basear e não fiquem
muito perdidos na
elaboração do texto.
Aula Os casos expostos na Os alunos estarão fazendo o Seria interessante terminar o “produto
10 comanda e as perguntas produto final em sala de aula e, final” e só então começar a montar as
estão muito apropriados antes de concluí-lo, darão início a apresentações sobre os temas.
para motivação dos montagem do trabalho e
alunos, pois fazem parte apresentação sobre regulações e
do dia-a-dia e geram respostas fisiológicas cotidianas.
curiosidade. Talvez fique confuso.
Aula O tempo de 15 minutos Não foi especificado se haverá um Seria interessante uma discussão sobre o
13 para cada apresentação tempo para os alunos fazerem tema, logo após a apresentação.
é apropriado. perguntas ou discutir a
apresentação.
Aula O tempo de 15 minutos Não foi especificado se haverá um Seria interessante uma discussão sobre o
14 para cada apresentação tempo para os alunos fazerem tema, logo após a apresentação.
é apropriado.
110
perguntas ou discutir a
apresentação.
Aula Talvez os alunos terminem muito Seria interessante fornecer material para
16 antes do final da aula e fiquem pesquisa novamente.
ociosos.
Aula Painel integrado é uma A aula parece um pouco repetitiva. Talvez apenas a discussão e troca de
17 ideia interessante. Escrever um texto novamente ideias entre os alunos fosse suficiente
pode ser cansativo. para esta aula.
Aula A mediação da docente é A ideia a teia é genial. A aula 17, que ficou
19 essencial para que não se um pouco repetitiva, poderia ser
perca o foco do tema substituída por uma dinâmica deste tipo.
principal.
Parecerista 4
- Aspectos Positivos:
Público escolhido;
Realização de experimentos;
Elaboração de hipóteses;
- Aspectos Negativos;
A SD possui muitos objetivos e que, no meu ponto de vista, são difíceis de serem alcançados em
uma SD apenas;
Não há planos para que o professor descubra o que os alunos já sabem sobre o assunto;
Pouco tempo para a devolutiva da atividade sobre “o que é homeostase?”, assim como para a
elaboração de hipóteses na aula 6;
Não há uma aula para que os alunos e o professor conversem e avalie as apresentações;
- Aplicabilidade;
Pode ser aplicado em diferentes contextos escolares, mas sugiro que a autora indique
alternativas para uma escola sem espaço de informática.
Como professora de sala de aula e em contato com a realidade, penso que é essencial que a
autora pense em como a SD será aplicada em uma sala de aula com alunos em diferentes níveis
de aprendizagem.
Na SD, cada aula possui 50 minutos. É necessário considerar que nesse tempo o professor
precisa organizar a sala, a chamada, entre outras coisas que fazem parte do cotidiano escolar.
Para o que é proposto para cada aula, o tempo real é insuficiente.
- Comentários Gerais:
Gostei de ler a SD. O texto está bem escrito e é uma proposta criativa e que possibilita o
envolvimento dos alunos, pois apresenta temas interessantes, além de atividades práticas,
trabalhos coletivos e espaço para refletir os assuntos. Mas o que mais me chamou atenção foi a
proposição de se discutir vários temas e situações em pouco tempo. Penso que no ensino é
primordial que lancemos mão de conteúdos para valorizar a construção do pensamento. Em
outras palavras: menos é mais. A sugestão é que exista mais tempo para o diálogo, as dúvidas e
a construção de hipóteses.
112
Eu, professora Magda Medhat Pechlyie, estou ciente do conteúdo do Trabalho de
Conclusão de Curso apresentado pela aluna Larissa Mello Vargas com o Título
“PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE FISIOLOGIA HUMANA:
HOMEOSTASE” a ser defendido em sessão pública como parte dos requisitos para a
obtenção do grau de licencianda em Ciências Biológicas pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
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Assinatura da aluna
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